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<p>7</p><p>O ENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO COMBATE À OBESIDADE INFANTIL</p><p>Dhiane Rodrigues Pacheco[footnoteRef:1] [1: ]</p><p>Fernanda Pereira da Silva2</p><p>Resumo</p><p>A infância é considerada um período de grande desenvolvimento físico, marcado pelo gradual crescimento da altura e do peso da criança, para garantir o crescimento e o desenvolvimento é importante que a criança pratique atividades desportivas para melhorar a saúde e a socialização. A atividade física é outro fator que combate e previne a obesidade infantil. Além disso, a atividade física melhora o desenvolvimento motor da criança, ajuda no seu crescimento e estimula a participação futura em demais programas esportivos. O objetivo desse artigo é compreender basicamente a situação atual da obesidade infantil, as causas destes distúrbios alimentares e a relevância da Educação Física no combate à obesidade na infância. Foram realizadas pesquisas em diversas fontes científicas, como artigos, livros e trabalhos realizados a respeito do tema em questão. Utilizou-se como método a revisão literária, fundamentando-se nos principais autores que dissertam acerca do tema. Abordou-se a obesidade e sua etiologia, a mesma obedece a dois tipos: a etiologia de origem biológica em uma proporção mínima, já que ela representa apenas a 7%, e a causada por fatores sociais, especialmente as relações com os hábitos alimentares e o estilo de vida, que significa os 93% restantes. No estilo de vida encontramos, naturalmente, exercício físico, como um fator determinante da ocorrência ou não de obesidade infantil. Nesse sentido, a educação física se mostra como um recurso poderoso para lutar contra a epidemia que já se tem assentada nas nossas escolas. O estudo possibilitou interiorizar conceitos explicando a importância da conscientização desta causa para evitar problemas futuros. Com isso, na proposta, encontramo-nos com uma difícil realidade, como os maus hábitos adquiridos pelas crianças, mas devemos incentivar à prática de atividade física e fazer a sociedade ciente disso.</p><p>Palavras-chave: Obesidade. Sedentarismo. Educação Física.</p><p>THE INVOLVEMENT OF PHYSICAL EDUCATION IN THE FIGHT AGAINST CHILD OBESITY</p><p>Abstract</p><p>Childhood is considered a period of great physical development, marked by the gradual growth of the child's height and weight, in order to ensure growth and development it is important that the child practices sport activities to improve health and socialization. Physical activity is another factor that fights and prevents childhood obesity. In addition, physical activity improves the child's motor development, helps in their growth and encourages future participation in other sports programs. The objective of this article is to basically understand the current situation of childhood obesity, the causes of these eating disorders and the relevance of Physical Education in combating childhood obesity. Researches were carried out in several scientific sources, such as articles, books and works on the subject in question. Literary review was used as method, based on the main authors who talk about the theme. Obesity and its etiology were addressed, it obeys two types: the etiology of biological origin in a minimal proportion, since it represents only 7%, and that caused by social factors, especially the relations with eating habits and the lifestyle, which means the remaining 93%. In the lifestyle, we find, of course, physical exercise, as a determining factor of the occurrence or not of childhood obesity. In this sense, physical education shows itself as a powerful resource to fight the epidemic that has already been based in our schools. The study made it possible to internalize concepts explaining the importance of raising awareness of this cause to avoid future problems. With that, in the proposal, we find ourselves with a difficult reality, such as the bad habits acquired by children, but we must encourage the practice of physical activity and make society aware of it.</p><p>Keywords: Obesity. Sedentary lifestyle. Physical Education.</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A obesidade na infância se constitui hoje em um dos maiores problemas de saúde. Por isso, através desta pesquisa bibliográfica busca-se compreender basicamente a situação atual da obesidade infantil, as causas destes distúrbios alimentares e a relevância da Educação Física no combate à obesidade na infância. Vale destacar que tal estudo pode contribuir tanto para o agente da pesquisa em seu ofício diário como profissional da Educação Física como também para a comunidade atendida no que diz respeito à obesidade na infância.</p><p>Da mesma forma, a pesquisa contribui com o debate acadêmico em torno desse assunto. Como problema de pesquisa procurou-se responder à seguinte questão: Qual a importância da atividade física para enfrentar o problema da obesidade infantil?</p><p>A obesidade é um distúrbio metabólico caracterizado por um acúmulo excessivo de tecido adiposo do corpo. É uma doença crônica e seu estado nutricional de grande complexidade, o que pode ser considerada como uma doença multifatorial, já que, por um lado, existe um fator genético, uma predisposição, e, por outro lado, encontramos os fatores ambientais que desempenham um papel fundamental, bem como os hábitos alimentares, mudanças dietéticas, tanto do ponto de vista da quantidade e da qualidade, e a redução da atividade física.</p><p>A obesidade é uma doença nutricional bastante comum entre crianças e adolescentes em países desenvolvidos, está se tornando um dos problemas emergentes para a saúde pública, sendo preocupante em nossa sociedade.</p><p>Na infância e na adolescência, a obesidade tem importantes repercussões físicas e também psicossociais causadas pela discriminação social e as dificuldades de se relacionar</p><p>com os outros, que sofre uma pessoa cuja figura não corresponde com o que podemos considerar uma silhueta saudável, levando a doenças como a depressão.</p><p>Vários estudos documentam que entre 50 e 70% dos adolescentes obesos também permanecerão obesos na idade adulta. De acordo com Viuniski (2011, p. 38), o diretor do Centro de Pesquisa da Obesidade, e editor da Revista Internacional de obesidade, afirma clara e taxativamente que “crianças obesas o serão toda a vida”. Oliveira (2012), afirma que 22% das crianças têm alto colesterol e que pediatras alertam para os maus hábitos alimentares e sedentarismo.</p><p>Dâmaso et al (2003), observa que os pediatras reiteram seu chamamento para que se leve a sério a dieta mediterrânica e abandonem os hábitos alimentares atuais, caracterizados pela ingestão excessiva de gordura saturada e se priorize fundamentalmente a educação física.</p><p>Diante do exposto, a pesquisa está segmentada em quatro partes que foram realizadas conforme os estágios construtivos, com o propósito de viabilizar o melhor acompanhamento das diversas etapas e dos objetivos propostos.</p><p>Em um primeiro momento foi abordado acerca da atual situação da obesidade infantil e, por conseguinte, as causas e dificuldades que envolvem este distúrbio alimentar. Feito o recorte desta problemática, foi feito um estudo bibliográfico sobre os benefícios da atividade física para combater a obesidade na infância.</p><p>2 OBESIDADE INFANTIL</p><p>2. 1 SITUAÇÃO ATUAL DA OBESIDADE INFANTIL</p><p>A Organização Mundial de Saúde (OMS, 2014) estima que cerca de 10% das crianças em idade escolar em todo o mundo estão acima do peso e, destes, 25% são obesos. Araújo; Brito; Silva (2012, p. 32) afirma que, segundo pesquisas realizadas pelo médico pesquisador brasileiro Victor Rodríguez Mastsudo, "10% das crianças brasileiras de 3 a 12 anos já são obesos" e reafirma que "22% das crianças analisadas sofre com excesso de peso".</p><p>A obesidade e o sobrepeso afetam 39% das crianças brasileiras, o que representa 1.000% a mais que há 40 anos, segundo o pesquisador e médico brasileiro Víctor Rodríguez Matsudo, um dos responsáveis pelo Estudo Internacional de Obesidade Infantil, desenvolvido em vários países. Esta taxa foi considerada por Matsudo "extremamente alta", e o profissional adverte que a tendência é esta</p><p>porcentagem continuar subindo (ARAÚJO; BRITO; SILVA, 2012, p. 33).</p><p>O pesquisador brasileiro alerta, ainda, que “a tendência é dramática porque a quantidade de crianças com excesso de peso é muito maior do que as que têm obesidade, de modo que em pouco tempo aumentará a quantidade de crianças obesas” (ARAÚJO; BRITO; SILVA, 2012, p. 33).</p><p>Segundo Araújo; Brito; Silva (2012), Matsudo apontou um diagnóstico preocupante, de acordo com as informações analisadas na pesquisa, a atividade física exercida pelos jovens e adolescentes é maior que a realizada pelas crianças na puberdade, e estes, além disso, realizam mais exercícios e movimentos do que as crianças que estão na Educação Infantil.</p><p>Conforme observamos no gráfico 1, o Brasil está entre os 10 países que mais sofrem com a obesidade infantil. Quatro países das Américas, entre eles o Brasil, estão entre os dez no ranking de obesidade no mundo.</p><p>Gráfico 1 - Crianças acima do peso em alguns países</p><p>Fonte: NCD-RisC. Estimativas de peso calculadas por IMC – Foto: Adaptado de BBC.</p><p>Conforme o indicado na imagem 1, estudos indicam que a obesidade infantil tem aumentado continuamente nas últimas décadas, no Brasil, e que tem alertado os sistemas de saúde. Neste aspecto segundo Costa (2013, p. 67): “O Brasil hoje disputa com a China ser o país que mais aumenta o peso corporal por pessoa por ano e alertou que os brasileiros têm ganhado meio quilo de peso corporal por pessoa ao ano, o que é um desastre”.</p><p>Imagem 1 - Obesidade na Infância</p><p>Fonte: Obesidade na Infância. IBGE 2008-2009</p><p>De acordo com Costa (2013), a obesidade infantil mais do que quadruplicou em 20 anos, e explica que em nível de América, há uma prevalência de excesso de peso entre 10 a 20% e, por outro lado, no Brasil, a prevalência é mais alta, entre 20 e 35%. Pelo que se pode deduzir que a obesidade progride mais rapidamente no Brasil do que no restante da América</p><p>Latina. Se seguir assim, a obesidade na infância pode se tornar uma epidemia em nossa sociedade atual, algo sobre o qual não há acordo entre os especialistas envolvidos neste problema e parece que está intimamente relacionada com o estilo de vida de nossa sociedade desenvolvida.</p><p>Nos últimos anos tem havido uma evolução muito rápida das pessoas que mostram um excesso de peso, especialmente no Brasil, de acordo com a OMS (2014), a porcentagem de crianças obesas de 8% em 1990 para 21% hoje. O que significa que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), o crescimento da obesidade infantil está próximo de 1% por ano, a não tomar as medidas adequadas, em duas décadas, 1 de cada 3 crianças serão obesas.</p><p>Este rapidíssimo crescimento do excesso de peso, elimina a possibilidade de explicar o problema em termos puramente biológicos e genéticos, e é por isso que focamos principalmente nas demais causas que levam à obesidade e, em particular, a educação física como um elemento condicionante e determinante.</p><p>Conforme Costa (2013), apenas cerca de 7% dos casos de sobrepeso ou obesidade tem como resultado mais relevante os fatores de tipos biológicos, enquanto que 93% restante correspondem a uma obesidade exógena, isto é, aquela que tem sua causa em um maior consumo de calorias e um menor gasto energético do organismo. O ser humano, e curiosamente também seus animais de estimação, são os únicos animais que podem desenvolver obesidade durante toda a sua vida, o que indica a relação entre os aspectos sociais, psicológicos e de estilo de vida (fatores ambientais) e o problema da obesidade.</p><p>Nos países da União Europeia surgem 400.000 novos casos de crianças obesas por ano. Em outros países, como os EUA esse número é de 30% da população adulta é obesa e mais de 60% dos seus habitantes tem problemas relacionados ao excesso de peso. Na França, por exemplo, esse índice oscilaria em cerca de 15%. No entanto, o crescimento da obesidade continua a ser exagerado: enquanto em 1998 apenas 7% dos Estados da América do Norte tinham uma taxa de obesidade infantil superior a 20% da população, em 2000 já eram 50% os países que chegaram a esta cifra, e em 2002 três estados dos EUA superavam entre a sua população um percentual de obesidade infantil de 25% (COSTA, 2013, p. 57).</p><p>Em suas pesquisas, Costa (2013) explica a população brasileira deixa de ser a mais baixa e em apenas 20 anos, tem sido equiparada de altura aos canadenses, franceses e americanos, mas os homens têm ganhado peso de uma forma exagerada e desproporcionada, de acordo com os médicos, até beirar o índice de massa corporal da população dos Estados Unidos, que é a mais afetada de todo o continente pela obesidade e sobrepeso.</p><p>As curvas de crescimento da obesidade infantil no Brasil nos últimos anos e as que foram registradas nos Estados Unidos há duas décadas, poucos são tão semelhantes que tudo indica que a atual situação americana de excesso de peso se dará com toda a probabilidade em nosso país em uma década. Passo a passo nos movemos cada vez mais para o grande problema da obesidade que já têm os americanos.</p><p>2.1.1 Causas</p><p>De acordo com Costa (2013), não há um único fator que determine ou causa obesidade de um menino ou uma menina, ao contrário, as causas são múltiplas e podem ser de origem</p><p>genética, causada por doenças como hipotireoidismo (hormônio da tireoide), o hipogonadismo (o declínio do hormônio testosterona aumenta a quantidade de tecido adiposo). Mas a causa mais frequente, sem dúvida, está relacionada a fatores ambientais: o estilo de vida, dieta e exercício físico, influenciam consideravelmente na expressão de obesidade.</p><p>Essas causas estão descritas em textos de especialistas, tais como Oliveira (2012). Da mesma forma, Dâmaso et al (2003) cita que a epidemia de obesidade é um fenômeno mundial. Afirma também que a obesidade dos pais é um dos fatores que fazem prever a obesidade infantil. Por outro lado, Costa (2013) assegura que as causas da obesidade são muitas e isso faz com que seja muito difícil de tratar. Sua aparição envolve fatores genéticos e fatores ambientais.</p><p>Pouco pode ser feito contra o primeiro, especialmente porque, de acordo com os últimos estudos, há muitos genes ligados à obesidade que estão estreitamente relacionados entre si. O que se pode controlar são os fatores ambientais, isto é, hábitos alimentares e a atividade física. Estas são educáveis e é aqui onde deve inserir a desempenhar um papel muito importante, que é o exercício físico e, consequentemente, a Educação Física que deve ser ensinada. Por esta razão, este artigo não se centra sobre a causa genética ou biológica, mas nas causas ambientais, hábitos alimentares e de atividade física, pois é sobre estes que se pode intervir e tratar a doença, isto é, educar. Observa-se no gráfico 2 a respeito das causas da obesidade.</p><p>Gráfico 2 - Causas da obesidade</p><p>Fonte: Adaptado de Costa (2013).</p><p>Certamente existem estudos genéticos e metabólicos que revelam que há pessoas mais suscetíveis a ganhar peso do que outros, mas a maior incidência da obesidade é devido a fatores ambientais e sociais, tais como o nível socioeconômico: a obesidade em crianças não afeta igualmente a todos os setores da população. De acordo com Viuniski (2011), tem sido observado que é muito mais comum entre as crianças de classe média baixa e classe baixa, como revelado pelo estudo da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica) que diz que este fator é outro dos possíveis determinantes, e afirma que a prevalência da obesidade é maior em pessoas de classe social baixa.</p><p>Dessa forma, podem-se apontar causas relacionadas aos hábitos alimentares. Oito são, basicamente, os maus hábitos de comportamento que são normalmente encontrados, de acordo com CELAFISCS (Estudo mede sedentarismo infantil no Brasil e no Mundo), a saber:</p><p>1) Comer vendo televisão: a Academia Americana de Pediatria publicou recentemente um estudo em que afirma que o fator predito do peso da criança é apenas o tempo diário que as crianças passam vendo televisão. Adultos e</p><p>crianças que passam mais horas em frente da TV tem, em geral, um índice de massa corporal (IMC) maior e uma maior probabilidade de ter sobrepeso ou obesidade.</p><p>2) Ausência de horários alimentares e “beliscar” entre horas da refeição: da mesma forma que um site pode acabar suscitando o desejo de comer, a nossa fome pode aprender a ser ativada em determinados momentos ou em determinadas ocasiões. Isto é o que acontece às pessoas que tenham uma programação regular de refeições, e são capazes de esperar o tempo para sentar-se à mesa sem muita ansiedade ou descontrole. Nestes casos, o organismo aprendeu a comer na hora e isso é muito importante, porque significa que as sensações de fome podem ser colocadas sob um controle de horário.</p><p>3) Comer só: alimentar-se tem sido sempre ao longo da história e em todas as culturas um ato social. As pessoas reúnem-se para comer porque é um momento para a socialização e pode supor um saudável exercício de bem-estar. Contudo, em nossa sociedade, cada vez mais é frequente que as refeições se façam solitárias, ou por diferentes horários de cada um dos membros da família, pelo grande número de pessoas que vivem sós, ou por outras razões. Esta situação tem uma grande influência sobre os hábitos de alimentação.</p><p>4) Pular o lanche: a ausência dos pais durante alguns momentos da jornada de trabalho faz com que algumas crianças não façam nenhuma das refeições do dia. Isto é especialmente grave e frequente, se nos referimos a um dos mais importantes: o lanche.</p><p>5) Comer unicamente o que gosta: Muitas crianças têm um gosto limitado a um pequeno número de alimentos, e também é comum que os pais cedam a dar-lhes apenas aos alimentos que elas gostam para evitar o transtorno sofrido quando a criança se recusa a comer o que é colocado no prato.</p><p>6) Superar aborrecimentos comendo: às vezes, o "beliscar" responde apenas a um momento de tédio e todos em alguma ocasião temos encontrado no final o "beliscando" feito para passar um momento de espera, temos muito mais fome do que tínhamos antes, de modo que, no final, e contra o que tínhamos planejado, acabamos comendo até saciarmos.</p><p>7) Acalmar a ansiedade e a depressão: um meio comum em que se recorre para acalmar a ansiedade e a depressão é o consumo de alimentos que são ricos em calorias. Não é surpreendente: os estados emocionais afetam o apetite. Um grupo minoritário de pessoas vem reduzir seu apetite quando estão sob estado de ansiedade ou depressão. Mas majoritariamente essas alterações do humor dão origem a um aumento, às vezes incontroláveis, de comida, com uma clara preferência por alimentos altamente calóricos. Ou seja, os nervos também engordam.</p><p>8) Praticar estilo de vida sedentário: o balanço energético do ser humano, isto é, a diferença entre as calorias que se ingere e as que se gasta, é mais fácil de alterar o primeiro dos dois fatores, a dieta, do que aumentando o gasto energético através de atividade física.</p><p>No entanto, os dados parecem indicar que a prevenção do sedentarismo e a prática regular de exercício físico é um excelente método para controlar o excesso de peso. Como foi dito anteriormente, as crianças que passam mais tempo brincando com o computador, com jogos ou vendo TV são mais propensas a ter um grau de sobrepeso ou obesidade que as crianças mais ativas fisicamente. Além disso, alguns estudos têm mostrado que reduzir o tempo que as crianças passam em frente à televisão, ao mesmo tempo em que lhes proporciona uma alternativa de jogos ativos, é suficiente para conseguir uma redução do índice de massa corporal (IMC).</p><p>Conforme Viuniski (2011) é importante ressaltar que quando falamos de atividade física infantil não se entende, em absoluta, o esporte exagerado ou a competição, mas a realização de alguma atividade física que leve a criança a um estilo de vida ativo, bem como a prática da educação física na escola, ensinada por um professor especialista.</p><p>Nota-se também que existe outra maneira em que o sedentarismo pode levar ao ganho de peso. Tem sido observado que as pessoas que são fisicamente inativas mostram maiores sinais de crescente ansiedade e problemas emocionais. Como mencionado anteriormente, a ansiedade pode causar uma maior ingestão de alimentos, a atividade física pode, sem dúvida, permitir um maior autocontrole alimentar, na medida em que reduz a ansiedade.</p><p>Portanto, podemos associar o sedentarismo com um índice de massa corporal mais elevado em meninos e meninas, e a atividade física regular constitui um elemento essencial para se manter dentro de um peso normal. O sedentarismo ou falta de atividade física estão associados com a obesidade. A atividade física de crianças e adolescentes diminuíram consideravelmente nas últimas décadas. A vida atual (o uso de meios de transporte para ir à escola, jogar em casa e não na rua como antes, uma maior acessibilidade aos meios de comunicação audiovisuais, etc.) favorece este tempo de inatividade.</p><p>De acordo com Viuniski (2011), a pesquisa “CELAFISCS (Estudo mede sedentarismo infantil no Brasil e no Mundo) ”, mostra que os jovens que dedicam mais de três horas diárias em atividades não sedentárias, são menos prováveis de terem sobrepeso ou obesidade. Por outro lado, as pessoas com predisposição genética a obesidade lhes manifestará se, além disso, existirem fatores ambientais, mas se estas tiverem uma dieta saudável, exercício e manter bons hábitos alimentares, a obesidade não irá ser manifestada com maior incidência. Tudo isto nos leva a compreender a educação física como um dos principais fatores influenciadores, condicionantes e determinantes da obesidade infantil, de prevenção e tratamento.</p><p>2.2 A ATIVIDADE FÍSICA CONTRA A OBESIDADE NA INFÂNCIA</p><p>O nosso bem-estar físico e mental depende, em grande medida, da realização de atividade física regular e moderada. Todos os sistemas fisiológicos do nosso corpo (cardiovasculares, metabólicos, imunológicos, nervosos, etc.) alcançam seu melhor funcionamento quando mantém um nível adequado de atividade física.</p><p>Conforme Dâmaso et al (2003) conhecer os hábitos não dá a entender que os levem em consideração, todos sabemos da conveniência de se realizar exercício físico e, no entanto, uma boa parte da população infantil tem um estilo de vida muito próximo ao sedentarismo. Além disso, sobre valoramos tanto o conforto que a compreensão de que tudo que envolve algum esforço é algo que provavelmente não vale a pena ser feito, e essa pessoa sempre vai tentar justificar-se para procurar uma alternativa mais cômoda.</p><p>A prática da atividade física incorporada como um elemento de rotina a mais na vida cotidiana é uma das ferramentas mais úteis que temos de permanecer dentro de uma faixa de peso normal. A vida nos oferece oportunidades para a prática de atividades físicas saudáveis sem a necessidade de realizar explicitamente atividades desportivas para esta finalidade. Ir a pé para os lugares que se precisa ir ao longo de todo o dia, em vez de ir de carro ou ônibus, escolher as escadas em vez do elevador ou executar determinadas tarefas domésticas seriam bons exemplos de atividades que representam um exercício físico moderado e adequado para crianças, e que é possível executar de forma cotidiana e facilmente.</p><p>Os mecanismos através dos quais a atividade física é utilizada para esta finalidade são basicamente três: seu efeito sobre o apetite e consumo de alimentos, seu efeito sobre o controle dos estados emocionais e do aumento do gasto calórico. “Muitas crianças de 2 anos passam até três horas diárias assistindo vídeos animados. Os genes dos seres humanos estão preparados para fazer uma grande atividade física, que não fazemos" (DÂMASO et al., 2003, p. 46).</p><p>É possível, assim, programas de ensino multidisciplinares para o tratamento do sobrepeso e da obesidade em crianças para promover mudanças no estilo de vida e hábitos alimentares pouco saudáveis, que contribuem para o ganho de peso, alterações na dieta, educação física, e a emotividade, sempre com o objetivo de alcançar uma normalização do índice de massa corporal.</p><p>Quando se sugere que a criança fique em movimento, isto promove a atividade e educação física, abordando a inatividade física, colocando especial ênfase no aumento da autoestima e relações sociais e, consequentemente, promove uma dieta equilibrada, já que os estilos de vida saudáveis, tanto da criança e o ambiente familiar, devem estar em combinação com os princípios da terapia cognitivo-comportamental.</p><p>Para Araújo; Brito; Silva (2012), a atividade física está baseada em três pilares que vêm a ser como um triângulo que não podem ser quebrados: a alimentação, o aspecto emocional e o exercício. Deve-se procurar trabalhar a obesidade e hábitos de educação alimentar, a educação emocional e a autoestima e, finalmente, a atividade física. Cuidar tanto da saúde física e mental. Deve-se compreende que estas três variáveis saudáveis são essenciais para enfrentar o problema do sobrepeso e obesidade infantil.</p><p>Esta nova forma de entender a saúde, representa uma abordagem inovadora que tem chegado à escola e está afetando a reconstrução do currículo na área da Educação Física. A abordagem global, que procura abordar esta questão de uma forma transversal em todas as áreas.</p><p>Araújo; Brito; Silva (2012) explica que a educação para a saúde, ganhou muita importância nos últimos anos, devido ao fato de que muitas doenças são causa de mortes, e estão relacionados com o estilo de vida e hábitos individuais. Em resposta a isso, a escola deve tornar-se um agente promotor da saúde. Não só deve ser feito a partir da área de Educação Física, mas que deve ser realizada de uma forma globalizada, em todas as áreas curriculares.</p><p>A promoção da saúde em torno da alimentação correta pode ser considerada hoje como um grande problema a nível internacional. Desde a escola, devemos promover os hábitos alimentares e de atividade física para combater uma série de consequências negativas que em longo prazo pode ser traduzida em um grave problema para a saúde pública e para a sociedade.</p><p>3 CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Quase todos os fatores ligados à obesidade infantil estão associados com o estilo de vida. Devemos primeiro fazer uma prevenção, ou seja, reconhecer precocemente o problema para poder mudar os maus hábitos. Os tratamentos devem ser baseados em uma educação que se aplicam à atividade física, hábitos alimentares, e, claro, sempre com um acompanhamento médico e um especialista da Educação Física para a boa saúde das crianças.</p><p>Os pais são também um dos exemplos para as crianças porque também desempenham um papel importante nesta mudança de hábitos, uma vez que as crianças agem por imitação. Isto quer dizer que é de fundamental importância que os pais pratiquem atividades físicas regularmente. Deve-se acostumar desde uma idade precoce, o ensino da prática de uma atividade física ou esporte para ajudar as crianças a permanecerem saudáveis e em boa forma para que no futuro este seja um hábito.</p><p>Foi possível interiorizar conceitos explicando a importância da conscientização desta causa para evitar problemas futuros. Com isso, na proposta, encontramo-nos com uma difícil realidade, como os maus hábitos adquiridos pelas crianças, mas devemos incentivar à prática de atividade física e fazer a sociedade ciente disso.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ARAÚJO, Rafael André; BRITO, Ahécio Araujo; SILVA, Francisco Martins. O papel da educação física escolar diante da epidemia da obesidade em crianças e adolescentes. Data da publicação: 2012. Disponível em: file:///C:/Users/windows%2010/Downloads/508-1462-1-PB.pdf Acesso em: 01 fev. 2020.</p><p>CELAFISCS. Estudo mede sedentarismo infantil no Brasil e no Mundo. 2015. Disponível em: http://www.celafiscs.org.br/index.php/noticias/item/estudo-mede-sedentarismo-infantil-no-brasil-e-no-mundo. Acesso em: 01 fev. 2020.</p><p>COSTA, Ana Raimundo. Obesidade na Infância e na adolescência. In: TEIXEIRA, Luzimar R. Educação Física Escolar Adaptada: postura, asma, obesidade e diabetes na infância e adolescência. São Paulo: EEFUSP/EFP, 2013.</p><p>DÂMASO et al, A. R. Etiologia da Obesidade. In: DÂMASO, A.R. (Coord.). Obesidade. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.</p><p>Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE). Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2012-2013. Comunicação Social, 16 de dezembro de 2014.</p><p>OLIVEIRA, Renata Giudice. Obesidade: fatores genéticos ou ambientais. Data da publicação: 2002. Disponível em: file:///C:/Users/windows%2010/Downloads/508-1462-1-PB.pdf Acesso em: 01 fev. 2020.</p><p>Organização Mundial da Saúde. Estratégia global em alimentação saudável, atividade física e saúde. Genebra: Organização Mundial de Saúde; 2014.</p><p>VIUNISKI, Nataniel. ABESO, Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica. Pontos de Corte de IMC Para Sobrepeso e Obesidade em Crianças e adolescentes. 2011. Disponível em: http://www.ufscar.br/~efe/pdf/2a/colloca.pdf Acesso em: 01 fev. 2020.</p><p>Vendas</p><p>Alimentação inadequada	Sedentarismo	Hormônios	Causa genética	5	3.5	1	0.5</p><p>Taxas de sobrepeso e obesidade em crianças de 5-19 anos</p><p>Meninas	Brasil	EUA	Austrália	China	Índia	Reino Unido	México	Chile	Fiji	África do Sul	35	58	45	38	7	40	47	46	40	42	Meninos	Brasil	EUA	Austrália	China	Índia	Reino Unido	México	Chile	Fiji	África do Sul	40	68	49	50	9	41	52	54	50	30</p><p>Pós-graduanda em Treinamento Desportivo – UNIASSELVI – Bacharela em Enfermagem – Estácio de Sá Goiás – Licenciada em Educação Física – Faculdade Claretiano - dhianepacheco@hotmail.com</p><p>2 Mestre em Desenvolvimento Regional – UNIALFA – Graduada em Administração – PUC-Goiás – Especialista em Docência Universitária e Gestão Financeira e Controladoria - fesilvape@gmail.com</p><p>image1.jpeg</p>

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