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FACULDADE ESTÁCIO DE MACAPÁ CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA VITÓRIA DE JESUS DE SOUZA SALAZAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO B (Parcial 2) Macapá – AP 2024 FACULDADE ESTÁCIO DE MACAPÁ CURSO DE BACHARELADO EM PSICOLOGIA VITÓRIA DE JESUS DE SOUZA SALAZAR RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO ESPECÍFICO B (Parcial 2) Macapá – AP 2024 Relatório de estágio apresentado referente ao Estágio Supervisionado Específico B, pertencente ao curso de Psicologia da Faculdade Estácio de Macapá. Supervisor (a): Priscila Pereira Sumário 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 4 2 REFERECIAL TEÓRICO ................................................................................................................. 5 3 ENCONTROS DE SUPERVISÃO .................................................................................................. 9 3.1 Relato dos atendimentos ..................................................................................................... 10 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS .................................................................................................................................. 12 ANEXOS ................................................................................................................................................. 13 1 INTRODUÇÃO O presente relatório apresenta os resumos sobre a importância clínica psicanalítica e o conceito de associação livre, e os relatos de cada atendimento, obedecendo assim, como é realizado o acordo referente à ética e ao sigilo do grupo. As supervisões são obrigatórias para pôr em prática os aprendizados e os conhecimento dependendo de cada abordagem que o acadêmico escolher, e cumprir a carga horária de estágio. Durante o estágio somos coordenado pela professora supervisora. 2 REFERECIAL TEÓRICO A psicanálise surge e se desenvolve na escuta e a partir da escuta singular à qual se propõe. Buscando nesse relatório resgatar e percorrer a história e o desenvolvimento do processo de escuta como recurso da técnica psicanalítica e suas implicações na psicanálise como teoria. À medida que o campo psíquico pode ser equiparado a um sistema aberto, a escuta destaca-se como ponto fundamental no campo intersubjetivo, característico do encontro analítico. A psicanálise surge em reação ao niilismo terapêutico dominante na psiquiatria alemã do final do século XIX, que preconizava a observação do enfermo sem escutá- lo e a classificação da patologia sem o intuito de oferecer-lhe tratamento (Roudinesco e Plon, 1998). Freud inquieta-se com tal conduta. Mesmo tendo formação médica e estando imerso em um contexto científico de caráter positivista, a conduta psiquiátrica da época não o satisfaz. Freud propõe a todo tempo – e desde o início de sua experiência clínica no Hospital Salpêtrière com Charcot – que o paciente fosse escutado. Embora ainda distante de fundar a psicanálise, já começa a demarcar o importante papel que atribuiria à palavra. Cabe ressaltar que estamos falando de uma palavra que lhe abriria novas possibilidades de compreensão do sofrimento humano. Desta forma, dois trabalhos se impõem: o de escutar a palavra do outro e o de produzir palavras que viessem ao encontro dessa demanda de ajuda. Talvez se demarque, desde esses tempos iniciais, uma característica essencial da psicanálise como método e técnica: estar aberta à singularidade desse outro que fala, seja na dimensão referente a seu sofrimento e pedido de ajuda, seja no que diz respeito ao efeito de sua ação terapêutica sobre ele. Ao abrir caminhos para que o homem repense sua história, a própria psicanálise escreve sua história de transformações e ampliações. Introduzindo o conceito de inconsciente, Freud desloca a fala até um outro lugar, muito além da intenção consciente de comunicar algo: ao falar, o sujeito comunica muito mais do que aquilo a que inicialmente se propôs. O inconsciente busca ser escutado e ter seus desejos satisfeitos, comunicando-se por meio de complexas formações: sonhos, sintomas, lapsos, chistes, atos-falhos; fenômenos que apontam para esse “desconhecido” que habita o sujeito. E assim abre-se na palavra a dimensão do que escapa ao próprio enunciante. No seio da associação livre vai se produzindo um deslocamento da imagem, do fato como fixo, e este vai se incluindo em múltiplas imagens caleidoscópicas cujas combinações possíveis se multiplicam e onde o ritmo, a cadência, a intensidade maior de alguns fonemas, a excitação explícita no gaguejar de uma palavra, o sentido duvidoso de uma frase mal construída, tudo isso vai dando tonalidades diferentes a estas figuras que não passam desapercebidas à escuta sutil da atenção flutuante. Ao mesmo tempo, ao ser escutado pelo analista, o próprio sujeito que fala se escuta (Alonso, 1988, p. 2). O psicanalista clínico Nos fundamentos da Psicanálise, o psicanalista clínico tenta compreender o diagnóstico e esclarecer a pacientes de clínicas o que acontece. Nisso, pode tratá-lo e ajudá-lo a se livrar dos problemas causados pela mente danificada. Tudo acontece com a permissão do indivíduo, já que isso colabora aos resultados. Entretanto, nem sempre essa jornada é tão fácil já que muitos pacientes internados não conseguem colaborar como é devido. Em parte, isso acontece por causa do tempo prolongado do tratamento, se assim for necessário. Muitas pessoas não conseguem lidar com as frustrações do caminho inerentes ao longo do caminho. Por isso que o psicanalista precisa se valer de variados recursos para colocar em prática o seu trabalho. Além dos benefícios voltados aos pacientes, a própria clínica precisa dar a base que o psicanalista precisa. 3 Encontros de supervisão As supervisões ocorrem semanalmente segunda e sexta, porém, os acadêmicos podem escolher estudar em uns dos horários que seja flexível para os alunos, coordenado pela professora supervisora de estágio. Na maior parte das aulas, professora nos enviava sugestões de leitura através do grupo do WhatsApp, assim conseguiríamos está informada de qualquer imprevisto, prontos para o debate durante as aulas e a escuta dos relatos de casos dos colegas, obedecendo o sigilo do grupo. 3.1 Relato dos atendimentos 1° A paciente relata que depois que se mudou do Afuá pra Macapá, tem sido muito difícil de lidar com certas situações, como não conseguir se aproximar da sua prima, que sofre com depressão, de não ter essa aproximação com seus parentes por parte paterna, indecisão em relação ao vestibular, ainda ao curso, por se sentir obrigada a fazer as vontades dos pais, por ser a filha única. Relata também de como é difícil falar abertamente sobre a sua sexualidade com os seus pais, por gostar de mulheres também. 2° A paciente relatou a importância de se cuidar, que não consegue dividir os seus pensamentos com ninguém, porque não quer que as pessoas vejam como fraca, e sim, forte. Relata que sua relação com seu filho não tem sido fáceis, pela sua irritabilidade constante, ao ponto de se machucar. Antes de levar ao médico, achou que ele tinha autismo, TDAH ou algo do tipo, o seu filho foi diagnosticado com a ansiedade generalizada, com essa descoberta, a paciente relata que se sente culpada por isso, disse que protege demais, relata que por ter passado por situações de violência com seu ex marido e por ter visto na adolescência pessoas ruins na rua, disse que quer evitar que seu filho passe por isso, disse que percebeu que precisavade ajuda também, quando o seu filho Emanuel surtou, disse que ficou desesperada por não ter conseguido ajuda-lo, que nunca tinha visto tanta gente em sua casa. Relata também que perdeu o seu pai muito cedo, que se sente triste por ver que sua mãe abraça e diz que o ama, porque não recebeu isso dela, que tem mágoa, mas diz que o ama muito, por ser sua mãe. 3° A paciente relata que tens passada por uma semana conturbada por conta de seus esquecimentos, tem esquecido rápido até demais, ao ponto de atrapalhar nos deveres doméstico, faculdade, trabalho, por não ter saído mais de casa para levar o seu filho a passeio, parou de fazer academia, de ir a igreja, por conta do cansaço, relata que tem dormindo muito pouco, que quando se sente esgotada, pede ajuda a sua mãe, para cuidar do seu filho, para que possa dormi um pouco. A paciente relata também que tem medo de adoecer, porque diz que seu filho e sua mãe precisam dela, a paciente diz não conseguir ser organizar pra nada e que pretende ir ao médico por conta da sua menstruação, que tem vindo o mês inteiro, diz que fica sem menstruar durante três dias. 4°A paciente relatou que veio a procura de psicóloga por conta da sua ansiedade, que não está a conseguindo lidar, tanto em casa quanto na faculdade. Relata que os sintomas começaram na época quando os seus pais começaram a brigar muito feio, mas não ao ponto de ter agressão, só bate boca, que veio os tremores, a falta de ar no peito, as coceiras no corpo. Lhe perguntei se esse diagnóstico foi dado pelo médico? A paciente responde que sim, e que inclusive tinha parado de tomar os medicamentos porque não estava conseguindo dormir por causa dos pesadelos e insônia. 5°A paciente relatou que a semana "normal", que seu filho estava bem também, lhe perguntei sobre como foi a sua gravidez? A paciente respondeu o seguinte, essa foi a quarta gravidez, a primeira ela tinha 17 anos quando perdeu o seu primeiro filho e disse que foi melhor ter perdido na época porque era muito nova pra ter Filhos e que não tinha maturidade para cuidar, na segunda gravidez foi com 19 anos, perdeu o filho também e que no 3 já queria, engravidou com 20 mas acabou perdendo também, nessa época os médicos lhe disse que não iria conseguir engravidar mas, por conta do descolamento do útero e que por isso não conseguia gerar o feto por muito tempo, só nas primeiras semanas e quando descobriu a quarta gravidez, a paciente relatou q não esperava por essa notícia e nessa mesma época ,o seu avô havia falecido, disse que esse avô era como um pai, e com essa perda resolveu que iria fazer de tudo para conseguir ter esse bebê, porque sentia q com a perda do avô, esse bebê veio para lhe trazer alegria, lhe tirar desse vazio, mas o ex marido não queria esse filho, fazia de tudo para que ela mudasse de ideia a relação ao bebê e mesmo dela falando que ia criar esse filho com ou sem ele, depois de 3 meses da gravidez ela resolveu se separar e ficar na sua gravidez, ele fazia de tudo pra ela perder, com ameaças, lhe seguindo, mandando vídeos para lhe assustar, e que ele chegou até cavar uma cova para lhe enterrar, disse que ele lembra muito o seu pai, ele era muito violento quanto com a mãe quanto aos filhos, batia neles sem dó, relatou também que teve um dia que a mãe deixou eles brincarem na rua porque achacam eles muito preso dentro de casa e quando o pai chegou do trabalho e viu na rua, lhe puxou pelo cabelo até chegar até a sua casa, e nesse dia lhe deu muito surra, e que a mãe não fazia nada, e que quando ela queria repetir a comida, pedia cutucando a sua mãe, porque o seu pai lhe batia quando via ela repetindo e que mesmo ter passado por tudo isso, ela ainda queria ele por perto, porque queria um pai, q na época que perdeu o pai, tinha entre 5 a 6 anos, q prefere guardar coisa boa q seu fez, foi o dia q ganhou uma boneca . Nesse momento a paciente chorou muito e repetindo, dizendo "não quero que meu filho seja essa pessoa, não quero que ele se torne essa pessoa". 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Os fundamentos da psicanálise elaboram uma perspectiva rica e complexa a respeito da mente humana. Por meio dessas diretrizes, conseguimos entender melhor a razão de ser da humanidade e esclarecer nossas falhas, virtudes e aspirações. É preciso que se avaliem as propostas de diversos psicanalistas para que se chegue a uma conclusão mais rica. Afinal, ser plural em relação ao saber te deixa mais perto do crescimento. A clínica mostrou-se como uma das possibilidades de atuação da psicologia como ciência e profissão, ao mesmo tempo em que seus fundamentos estão presentes em todas as áreas de inserção profissional. REFERÊNCIAS FREUD, Sigmund. “Além do Princípio de Prazer e Psicologia de Grupo e Outros Trabalhos (1925-26)”, in Obras Psicológicas de Sigmund Freud (Edição Eletrônica Brasileira –versão 2.0). Rio de Janeiro, Imago, s/d. ________. “A Dissecção da Personalidade Psíquica” (Volume XXII), in Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas. Rio de Janeiro, Imago, s/d. KANT, Immanuel. Crítica da Razão Pura. São Paulo, Nova Cultural, 1987. ALONSO, S. L. (1988). A escuta psicanalítica. Disponível em:www.uol.com.br/percurso/mais/ pcs01/artigo0120.htm. Acesso em:28\04\2024. [ Links ] ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. [ Links ] ANEXOS http://www.uol.com.br/percurso/mais/%20pcs01/artigo0120.htm javascript:void(0); javascript:void(0);