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CONCURSO NACIONAL UNIFICADO BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES ABAIXO. 01 - O candidato recebeu do fiscal o seguinte material: a) este CADERNO DE QUESTÕES, com o enunciado das 15 (quinze) questões objetivas, sem repetição ou falha, com a seguinte distribuição: Língua Portuguesa Redação Questões Pontuação Pontuação 1 a 15 1,0 cada 10,0 Total: 15,0 pontos Total: 10,0 pontos Total: 25,0 pontos b) CARTÃO-RESPOSTA destinado às respostas das questões objetivas formuladas nas provas. 02 - O candidato deve verificar se este material está em ordem e se o seu nome e número de inscrição conferem com os que aparecem no CARTÃO-RESPOSTA. Caso não esteja nessas condições, o fato deve ser IMEDIATAMENTE notificado ao fiscal. 03 - Após a conferência, o candidato deverá assinar, no espaço próprio do CARTÃO-RESPOSTA, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente. 04 - No CARTÃO-RESPOSTA, a marcação das letras correspondentes às respostas certas deve ser feita cobrindo a letra e preenchendo todo o espaço compreendido pelos círculos, com caneta esferográfica de tinta preta, fabricada em material transparente, de forma contínua e densa. A leitura ótica do CARTÃO-RESPOSTA é sensível a marcas escuras; portanto, os campos de marcação devem ser preenchidos completamente, sem deixar claros. Exemplo: 05 - O candidato deve ter muito cuidado com o CARTÃO-RESPOSTA, para não o DOBRAR, AMASSAR ou MANCHAR. O CARTÃO-RESPOSTA SOMENTE poderá ser substituído se, no ato da entrega ao candidato, já estiver danificado em suas margens superior e/ou inferior - DELIMITADOR DE RECONHECIMENTO PARA LEITURA ÓTICA. 06 - Imediatamente após a autorização para o início das provas, o candidato deve conferir se este CADERNO DE QUESTÕES está em ordem e com todas as páginas. Caso não esteja nessas condições, o fato deve ser IMEDIATAMENTE notificado ao fiscal. 07 - As questões objetivas são identificadas pelo número que se situa acima de seu enunciado. 08 - Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 alternativas classificadas com as letras (A), (B), (C), (D) e (E); só uma responde adequadamente ao quesito proposto. O candidato só deve assinalar UMA RESPOSTA: a marcação em mais de uma alternativa anula a questão, MESMO QUE UMA DAS RESPOSTAS ESTEJA CORRETA. 09 - SERÁ ELIMINADO deste Concurso Público o candidato que: a) for surpreendido, durante as provas, em qualquer tipo de comunicação com outro candidato; b) portar ou usar, durante a realização das provas, aparelhos sonoros, fonográficos, de comunicação ou de registro, eletrônicos ou não, tais como agendas, relógios de qualquer natureza, notebook, transmissor de dados e mensagens, máquina fotográfica, telefones celulares, pagers, microcomputadores portáteis e/ou similares; c) se ausentar da sala em que se realizam as provas levando consigo o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA; d) se recusar a entregar o CADERNO DE QUESTÕES e/ou o CARTÃO-RESPOSTA, quando terminar o tempo estabelecido; e) não assinar a LISTA DE PRESENÇA e/ou o CARTÃO-RESPOSTA. Obs. O candidato só poderá ausentar-se do recinto das provas após 2 (duas) horas contadas a partir do efetivo início das mesmas. Por motivos de segurança, o candidato NÃO PODERÁ LEVAR O CADERNO DE QUESTÕES, a qualquer momento. 10 - O candidato deve reservar os 30 (trinta) minutos finais para marcar seu CARTÃO-RESPOSTA. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES NÃO SERÃO LEVADOS EM CONTA. 11 - O candidato deve, ao terminar as provas, entregar ao fiscal o CADERNO DE QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA e ASSINAR A LISTA DE PRESENÇA. 12 - O TEMPO DISPONÍVEL PARA ESTAS PROVAS DE QUESTÕES OBJETIVAS É DE 4 (QUATRO) HORAS, já incluído o tempo para marcação do seu CARTÃO-RESPOSTA, findo o qual o candidato deverá, obrigatoriamente, entregar o CARTÃO-RESPOSTA e o CADERNO DE QUESTÕES. 13 - As questões e os gabaritos das Provas Objetivas serão divulgados a partir do primeiro dia útil após sua realização, no endereço eletrônico da FUNDAÇÃO CESGRANRIO (http://www.cesgranrio.org.br). 4º Simulado Bas ea do n o fo rm at o de p ro va ap lic ad o pe la b an ca C es gr an rio FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO! INSTRUÇÕES GERAIS ● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. ● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. ● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado. – Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de respostas erradas. – Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas em branco. ● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno. ● Não serão realizadas correções individuais das provas discursivas. Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail: treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para responder à solicitação. Desejamos uma excelente prova! FICHA TÉCNICA DO MATERIAL grancursosonline.com.br CÓDIGO: 2402163202M TIPO DE MATERIAL: Simulado Preparatório NUMERAÇÃO: 4º Simulado NOME DO ÓRGÃO: Concurso Nacional Unificado CNU BLOCO: 8 NÍVEL/DISCIPLINA: Intermediário – Português MODELO/BANCA: Cesgranrio EDITAL: Pós-Edital DATA DE APLICAÇÃO: 2/2024 ÚLTIMA ATUALIZAÇÃO: 2/2024 Este material está sujeito a atualizações. O Gran não se responsabiliza por custos de impressão, que deve ser realizada sob responsabilidade exclusiva do aluno. CNU – 4º SIMULADO – BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO (15 QUESTÕES + REDAÇÃO) LÍNGUA PORTUGUESA Andréa Cerqueira TEXTO I � “Sorria, você está sendo filmado.” Há tempos, quando começamos com essa prática social de co- locar câmeras em locais públicos, esse aviso tinha um sentido bem pertinente. A advertência, além de prevenir os mais incautos de que eles não estavam protegidos do olhar de julgamento do outro, fazia um apelo que ainda tinha sentido naquela época que, por sinal, é bem recente. � A interpelação contida no cartaz − em caráter imperativo − buscava fisgar o amor-próprio de cada um que o lesse para que, assim, pudesse mostrar o melhor de si aos outros que o observassem. Afinal, ninguém queria ser flagrado em atitude considerada constrangedora e que pudesse provocar vergonha. Sim: havia vergonha, recato, decoro. Lembro, por exemplo, que no livro “Na Sala com Danuza” − publi- cado no início dos anos 90 −, um trecho dizia que de-terminado ato não deveria ser praticado nem mesmo na solidão de um banheiro escuro. � Bem, os tempos mudaram. As placas com o ci- tado aviso se multiplicaram e as câmeras também, como um sinal visível de que vivemos numa socieda- de do controle. Entretanto, elas registram também o descontrole das pessoas e a desorganização do es- paço social compartilhado. � Uma cena gravada e apresentada na semana passada em todos os canais de TV e sites com víde- os mostrou o prefeito de São Paulo tendo um chilique porque um cidadão protestava contra um ato de seu governo. O homem, ao ser alvo da ira do prefeito, caiu no choro. A cena, explorada à exaustão, foi paté- tica: dois adultos se comportando como crianças em pleno espaço público, portanto sob o olhar de julga- mento de todos. � Está certo que todos os adultos mantêm uma parcela de infância que precisa ser superada diaria- mente, e essa é a tarefa árdua do exercício de matu- ridade. Mas parece que atualmente essa nossa cota infantil, ao invés de ser superada, tem sido cultivada com esmero. � Além disso, o julgamento do outro não mais nos incomoda nem importa. Não nos envergonhamos mais de nossos descuidos, nada mais parece nos constranger. O aviso “Sorria, você está sendo filma- do” ganhou, portanto, um tom irônico. � Adolescentes são tentados a fazer caretas e ges- tos obscenos quando sabem que alguém os observa. À frente de uma câmera, então, eles se superam e perdem qualquer pudor. É uma maneira de dizer “Eu sou assim, o que você tem com isso?”. É um modo de enfrentar com insolência o mundo adulto, do qual acabaram de escapar e para o qual se encaminham. � Pois parece que é dessa maneira que os adultos têm se comportado publicamente. Não nos importa- mos mais − aliás, parece que nos orgulhamos disso − de expor nossas piores qualidades e características aos outros. � O roxo, uma cor que já foi associada à vergonha, na expressão “roxo de vergonha”, passou recente- mente para nossa história como cor que simboliza o orgulho que temos de nossas atitudes irrefletidas e muitas vezes violentas − quando um presidente ex- clamou em um discurso que “tinha aquilo roxo”. Uma publicidade veiculada pela TV, ao mostrar tudo o que se pode fazer com o dedo indicador, mostra uma criança com o dedo no nariz enquanto o narrador diz “limpar o salão”. � É isso: parece que já não queremos mais mos- trar o que temos de melhor aos outros e sim o que temos de pior. Isso mostra um grande desprezo pelos outros, não? Basta assistir a algumas cenas do pro- grama “BBB” para fazer essa constatação. Mas não nos iludamos: isso não ocorre apenas nesse progra- ma, mas no cotidiano de nossa vida pública. � Será que concluímos que o que nos une e o que nos equipara na convivência pública são nos- sas mazelas? SAYÃO, Rosely. Folha de S. Paulo, 15 de fevereiro de 2007. 1 Com base no texto acima, marque a alternativa correta. (A) As câmeras produzem um comportamento despudo- rado em todos que se veem diante delas. (B) Quando tomam ciência de serem filmadas, as pes- soas agem normalmente. (C) No mundo moderno, as câmeras são usadas para controlar as pessoas, mas também registrar altera- ções comportamentais. (D) O texto, eminentemente narrativo, mostra o registro das ações diante das câmeras. (E) A expressão “roxo de vergonha” é um exemplo de lin- guagem denotativa. 2 Em “Sorria, você está sendo filmado”, o verbo se encon- tra no imperativo afirmativo na 3ª pessoa. Ao reescrever- mos a oração na 2ª pessoa do plural do imperativo afir- mativo, teremos: (A) Sorrias, estás sendo filmado. (B) Sorri, estás sendo filmado. (C) Sorriais, estais sendo filmados. (D) Sorride, estais sendo filmados. (E) Sorriam, estão sendo filmados. 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 4BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO 3 Quanto à pontuação do texto acima, marque a alterna- tiva correta. (A) Em “Sorria, você está sendo filmado”, as aspas são utilizadas para ressaltar ironia. (B) Em “A interpelação contida no cartaz – em caráter imperativo – buscava a fisgar o amor-próprio...”, os tra- vessões podem ser suprimidos sem erro gramatical. (C) Em “Sim: havia vergonha, recato, decoro”, as vírgu- las separam palavras que desempenham a mesma função gramatical – sujeito. (D) Em “O homem, ao ser alvo do prefeito, caiu no choro”, ao deslocarmos a oração destacada para o início do período, podemos dispensar a vírgula. (E) Em “A cena, explorada à exaustão, foi patética: dois adultos se comportando como crianças em pleno espaço público...”, os dois-pontos introduzem uma explicação. 4 Nas passagens abaixo, a palavra destacada corresponde corretamente à sua classificação gramatical em: (A) Está certo que todos os adultos mantêm uma parcela de infância ... – pronome relativo. (B) Além disso, o julgamento do outro não nos inco- moda... – pronome demonstrativo. (C) Pois parece que é dessa maneira que os adultos têm se comportado publicamente – conjunção coordena- tiva conclusiva. (D) ...aliás, parece que nos orgulhamos disso ... – palavra denotativa retificadora. (E) ...mostra uma criança com o dedo no nariz enquanto o narrador diz “limpar o salão” – conjunção subordina- tiva adverbial de proporção. TEXTO II Eu sei, mas não devia � Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. � A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as costinhas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostu- ma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. � A gente se acostuma a acordar de manhã so- bressaltado porque está na hora. A tomar o café cor- rendo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do tra- balho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. � A gente se costuma a abrir o jornal e ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas nego- ciações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. [...] � A gente se acostuma para não se ralar na as- pereza, para preservar sempre a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. 2 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 199. P. 9-10. 5 Após a leitura da crônica acima, marque o item correto. (A) O título do texto já aparece definido por uma relação de oposição estabelecida pela conjunção coordena- tiva adversativa. (B) No primeiro parágrafo do texto, o leitor já pode identi- ficar quais são as “coisas” a que a autora se refere. (C) O uso reiterado da conjunção “e” permite à autora enfatizar o acúmulo de coisas adequadas a nossa qualidade de vida. (D) O texto é construído exclusivamente pela relação de parataxe. (E) Os acontecimentos tratados como naturais na crônica chocam as pessoas, levando-as a não os aceitar. 6 Marque a única alternativa que apresente uma passagem do texto com a ideia de finalidade. (A) A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as jane- las ao redor. (B) A gente acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. (C) E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. (D) Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e baioneta, para poupar o peito. (E) Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acos- tumar, se perde de si mesma. 7 Marque a única alternativaem que o pronome oblíquo átono foi indevidamente colocado. (A) Eu sei que a gente se acostuma. (B) E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. (C) E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. (D) A gente se acostuma para não se ralar na aspereza. (E) Se acostuma para evitar feridas, sangramentos. 1 5 10 15 20 25 30 5BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO TEXTO III Quando a Bola se rende à bola � Cientistas franceses, com base em dados coleta- dos pela Nasa, agência norte-americana, chegaram à conclusão de que a Terra é uma bola. Formada por 12 pentágonos arredondados, eles, juntos, têm a for- ma exata de uma esfera. � Pode ou não ser verdade, mas serve ao menos para dar um verniz de ciência ao reinado global da hiper-micro versão da Terra, a bola de futebol “+Teamgeist”.[...] � Mas, bem feitas as contas, como a Terra é redonda como uma bola de futebol, a história da “+ Temageist” não será contada pelos policiais, pelos aviões, pelos hotéis, pela Adidas, pelos negócios, pelos apostadores ou pelos árbitros. Será contada pelos homens que a chutarem com mais competência. � Agora é esperar que os homens disputem a final do mundial com a Terra, ou melhor, com a bola. ROSSI, Clóvis. Folha de S. Paulo, 9 jun 2006. (Fragmento.) (Adaptado.) 8 Em relação à estrutura morfossintática e à compreensão do texto anterior, marque a alternativa correta. (A) No título do texto, a crase é facultativa, podendo ser retirada sem nenhum prejuízo gramatical. (B) O substantivo Bola, escrito com inicial maiúscula, representa o objeto com qual se joga futebol. (C) Segundo o texto, cientistas franceses concluíram, com base em dados coletados pela Nasa, que a Terra é um bola formada por 12 pentágonos arredondados. (D) Em “chegaram à conclusão de que a Terra é uma bola”, a crase deve ser retirada, pois o verbo chegar não está acompanhado por uma locução adver- bial de lugar. (E) Ficaria gramaticalmente correto usar o acento grave indicativo de crase diante da palavra “final” no último parágrafo do texto. Texto IV � O ano em que a Amazônia começou a morrer � � Como o músculo cardíaco de pois de um infarto, o sistema ecológico amazônico já tem partes irreme- diavelmente feridas. Evitar sua morte é o desafio do século para o Brasil. � Em 2005, a Floresta Amazônica começou a mor- rer. Não se trata ainda de uma condenação irrever- sível. Mas o mal crônico que está asfixiando o ecos- sistema já passou do ponto em que seu metabolismo possa recuperar a exuberância do passado. A com- paração mais didática é enxergar a mata como uma pessoa cujo coração foi salvo pela revascularização por pontes de safena não antes, porém, de parte do músculo cardíaco ser destruída. Mantido o atual ritmo de devastação e de mudanças climáticas, dentro de meio século o que é hoje o maior e mais rico ecos- sistema do planeta pode estar totalmente desfigura- do. A Amazônia não é apenas um bosque fechado e cortado por uma malha de rios. É um organismo vivo em que, como as células do corpo humano, cada ser exerce um, papel diferenciado e interconectado. O solo depende das árvores, que não vivem sem os rios, onde nadam os peixes, que se alimentam dos frutos das árvores, que são polinizadas pelos insetos que se escondem no solo...São inúmeros e interli- gados os ciclos da vida na Amazônia. Isoladamen- te, cada um deles tem alto poder de regeneração, mas, quando a agressão ambiental corta os dutos entre diferentes nichos, a vida começa a ficar mais pobre, a floresta entra no lento mas inexorável pro- cesso de morte. � [...] Até recentemente, as previsões catastro- fistas sobre o futuro da Amazônia eram difundidas principalmente pelos militantes ambientalistas, que tinham uma relação antes de tudo afetiva com a flo- resta. Agora, o alarme vem da ciência. Neste mês de dezembro se encerrou o maior mutirão de pesquisa da história da Amazônia, o projeto LBA (sigla resu- mida de Experimento de Grande Escala da Biosfera- -Atmosfera na Amazônia, que consumiu 100 milhões de dólares e reuniu mais de 1000 estudiosos do mun- do inteiro. São eles que estão decretando a morte da floresta. Persistindo na comparação com um organis- mo humano, é como se antes o alerta sobre a saúde da floresta fosse dado por parentes e amigos. Agora, trata-se de um diagnóstico elaborado por uma junta médica de primeira linha. � [...] os cientistas acham que existe um limiar de devastação da floresta a partir do qual ela não mais se regenera. Esse umbral seria ultrapassado depois de 30% da mata destruída. Os estudos recentes mostram que esse ponto pode estar perigosamen- te próximo. LIMA, João Gabriel de. O ano em que a Amazônia começou a morrer. Veja. São Paulo: Abril, ano 38, ed. 1937, n.52, p.172-173. (Fragmento.) 1 5 10 15 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 6BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO 9 No texto acima, percebe-se que a revista de circulação nacional investiu na força da linguagem figurada para apresentar aos leitores uma avaliação do estado de destruição da Amazônia. Após a leitura atenta do texto, quanto à compreensão, interpretação e linguagem utili- zada, é correto afirmar que (A) a metáfora da aproximação da morte introduz a ideia de um processo de renovação, visto que na natureza nada se perde, tudo se transforma. (B) a comparação entre o sistema ecológico amazônico e um coração infartado ilustrará o argumento de que é possível reverter os danos. (C) apesar de a devastação humana e as mudanças cli- máticas terem provocado uma mudança tão radical no perfil do ecossistema, ainda é possível, a curto prazo, reconstituí-lo. (D) a combinação entre metáforas e comparações con- funde o leitor, uma vez que a linguagem figurada é subjetiva, não permitindo que se enxergue a gravi- dade do problema. (E) “mal crônico”, “ “metabolismo” e “organismo vivo” são exemplos de metáforas que colaboram na argumenta- ção para manter o campo semântico. 10 Quanto aos mecanismos de coesão do texto, marque a alternativa correta. (A) Em “É um organismo vivo, em que, como as células do corpo humano, cada ser exerce um papel...” , o termo destacado pode ser substituído por aonde, sem prejuízo semântico e gramatical. (B) Na passagem “ O solo depende das árvores, que não vivem sem os rios”, o pronome relativo em destaque retoma o antecedente solo. (C) Em “São eles que estão decretando a morte da flo- resta”, o termo destacado substitui 1000 estudiosos . (D) No trecho “Os cientistas acham que existe um limiar de devastação...”, o termo em destaque retoma cientistas. (E) Em “Esse umbral seria ultrapassado...”, o pronome demonstrativo em destaque pode, sem prejuízo gra- matical ou semântico, ser substituído por Este. TEXTO V Sacrifícios pessoais � Quais foram os últimos sacrifícios que você fez só para tentar ficar amigo de alguém? Provavelmen- te, você mentiu um pouquinho sobre o seu gosto musical. Se todo mundo gosta daquela banda, quem sou eu para não gostar? Também deve ter mudado algumas vezes o seu jeito de se vestir. Porque, se não acompanhar a moda, vai ser chamado de cafo- na. Existe acusação mais grave? � Não se assuste. Todo mundo, alguns pouco, ou- tros mais, faz esse tipo de coisa. Mas, às vezes, o buraco é mais embaixo. E nós acabamos fazendo coisas que realmente nos machucam só para “pegar bem” com a galera. Não, não tem nada a ver com aquele papo de mãe sobre o problema de andar com más companhias. Segundo os psicanalistas, nós fa- zemos isso para sermos aceitos. E, mais do que isso, para ter uma imagem boa diante dos outros. Isso por- que a gente costuma usar os outros como espelho e, vez ou outra, cai no pensamento: “Se eles me acham legal, então eu sou legal”, “se eles me acham péssi- ma, eu sou péssima”. Deu para entender? LEMOS, NINA. Folha de S.Paulo, São Paulo, Folhateen, 13 out 2019. 11 Quanto à estrutura morfossintática do texto acima, marque aalternativa correta. (A) Em “Se todo mundo gosta daquela banda...”, a con- junção “se” estabelece uma relação entre uma condi- ção e uma causa. (B) Em “...se você não acompanhar a moda...”, a condi- ção que o “se” indica é mudar o jeito de vestir. (C) Em “Mas, às vezes, o buraco é mais embaixo”, a con- junção “mas” atua como uma indicação de que a dire- ção argumentativa do texto será alterada. (D) Em “E nós acabamos fazendo coisas que realmente nos machucam...”, a conjunção “e” introduz mais uma ação somada às demais já citadas no texto. (E) Em “ Se eles me acham legal, então eu sou legal”, a palavra destacada é conjunção coordenativa que dá ideia de conclusão. 1 5 10 15 20 7BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO 12 Ainda sobre a estrutura morfossintática do texto, sobre- tudo os períodos construídos por subordinação e coorde- nação, marque a alternativa correta. (A) Se todo mundo gosta daquela banda, quem sou eu para não gostar? – oração absoluta. (B) Porque, se você não acompanhar a moda, vai ser chamada de cafona. – oração subordinada adverbial condicional. (C) E nós acabamos fazendo coisas que realmente nos machucam só para “pegar bem” com a galera. – Oração coordenada sindética conclusiva. (D) Mas, às vezes, o buraco é mais embaixo. – Oração coordenada sindética aditiva. (E) Segundo os psicanalistas, nós fazemos isso para sermos aceitos. – Oração subordinada adverbial final. TEXTO VI As leis do internauta brasileiro � Sinto-me à vontade para falar desta criatura nas- cida da estatística, o brasileiro médio conectado à rede, porque ele só existe no mundo virtual da mate- mática. Por tanto, não ofende ninguém. Sim, porque o brasileiro médio, dentro ou fora da rede, pra come- çar ofende todo mundo mas não aceita críticas e não leva desaforos pra sua homepage. [...] � A primeira lei do internauta médio é a lei da não inércia: nada fica como está, pois tudo o que existe de bom ou ruim, sempre tende a piorar. [...] � A segunda lei é o princípio fundamental da dinâ- mica do julgamento dos outros. A resultante de tudo que age sobre uma pessoa é igual ao produto de suas medidas (como estatura, idade, massa) pelos seus bens materiais. [...] � A terceira e última lei do internauta brasileiro mé- dio é a lei da virtude e compensação: “ a cada virtude corresponde um defeito contrário de igual intensida- de e no sentido de derrubar a pessoa”. Basta perce- ber um ponto positivo de um ser humano para que a terceira lei entre em ação dizendo que “ em compen- sação ela tem um defeito péssimo”. Exemplos vividos e observados são coisas como “o Jô era inteligente mas era gordo”, “a Gisele é perfeita mas é chata”, [...] “o Sílvio Santos é rico mas é doido”. Nem os ídolos do futebol escapam [...] “o Ronaldinho Gaúcho joga bonito mas é feio que dói”. [...] em suma, ninguém é bom o suficiente para suas virtudes em primeiro plano. Sempre há um problema que desmerece ou desabona até o melhor dos melhores. HERMANN, Rosana. Blônicas. Disponível em: http://blonicas.zip.net. Acesso em 8 fev 2024. 13 Quanto à compreensão e interpretação do texto acima, marque a alternativa correta. (A) No texto, são identificadas três leis: “lei da não inér- cia”, a lei de não julgar pela aparência e a “lei da vir- tude e da compensação”. (B) De acordo com o texto, o brasileiro encara de forma positiva as críticas que recebe. (C) Na denominação “lei da virtude e da compensação”, o termo “compensação” adquire sentido de adição. (D) Os exemplos citados no fim do texto ilustram as três leis que explicam o comportamento do internauta bra- sileiro médio. (E) Para que a terceira lei possa ser formulada, pode- ríamos acrescentar a palavra “também” à con- junção “mas”. 14 A reescritura da sentença “Sempre há um problema que desmerece ou desabona até o melhor dos melhores” no plural está gramaticalmente correta e mantém o sentido original em: (A) Sempre hão uns problemas que desmereçam ou desabonem até os melhores dos melhores. (B) Sempre existe uns problemas que desmereçam e desabonem até os melhores dos melhores. (C) Sempre há uns problemas que desmerece ou desa- bona até os melhores dos melhores. (D) Sempre há problemas os quais desmerecem e desa- bonam até os melhores dos melhores. (E) Sempre existem uns problemas o qual desmereçam e desabonem até os melhores dos melhores. 15 São acentuadas pela mesma regra de acentuação as palavras: (A) matemática - médio (B) Jô – dói (C) críticas - gaúcho (D) até – há (E) última – ninguém 1 5 10 15 20 25 30 8BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO REDAÇÃO Andréa Cerqueira Texto I � O Brasil enfrenta uma crise na área de meio ambiente. Além da persistência de problemas já conhecidos, como a escassez de água e a questão do descarte de lixo, o país tem registrado um aumento nos números de desmatamento e queimadas. � A prova disso são os dados do Monitor do Fogo do MapBiomas: segundo a pesquisa, em 2022 o fogo consumiu aproximadamente 2,8 milhões de hectares; enquanto isso, no ano anterior, foram cerca de 1,4 milhão de hectares queimados. A diferença entre as áreas destruídas de um ano para o outro é praticamente o dobro. � Além disso, a natureza deu outros sinais de que está sendo destruída. Tanto que o dia 3 de julho de 2023 foi o dia mais quente já registrado, conforme dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos. Fonte: https://querobolsa.com.br/revista/13-citacoes-sobre-meio-ambiente-para-usar-na-redacao. Acesso 7 fev 2024. Texto II � � “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Artigo 225 da Constituição Federal de 1988. Texto III � “O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.” Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e líder internacional em desenvolvimento sustentável. Com base nos textos acima, de caráter exclusivamente motivador, redija uma dissertação argumentativa, com no mínimo 25 linhas e no máximo 40 linhas, sobre o seguinte tema: A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BRASIL 9 4º SIMULADOBLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 10 4º SIMULADOBLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS CONCURSO NACIONAL UNIFICADO 4º SIMULADO GRAN GABARITO Bloco 8 – Nível Intermediário – Português 1 2 3 4 5 C D E D A 6 7 8 9 10 D E C E C 11 12 13 14 15 C B A D D ESCRITA PARA PROVA Entenda que os requisitos para uma prova de concurso público e os métodos de correção são diferentes do habitual. Descubra o que cada banca cobra e não caia mais em armadilhas da escrita. SIMULADOS DISCURSIVOS Com temas de atualidades exclusivos para cada concurso, você terá acesso a um simulado online, orientado pelo professor e com correção. JORNAL TEMÁTICO O Jornal Temático é um periódico com dicas, de temas atuais para a prática de redações. Os tópicos mais solicitados pelas bancas são abordados para que você não seja pego de surpresa na hora da prova. ACOMPANHE SEU DESENVOLVIMENTO Tenha acesso a um portfólio individual, com seus textos, correções e gráficos de evolução. Com o acompanhamento de um professor, você consegue ver erros e acertos e monitorar as melhorias nas suas redações. GRAN MESTRES EXCLUSIVOS Os professores Diogo Alves e Elias Santana são os mestres responsáveis pelo projeto. Especialistas na Língua Portuguesa e em Redação Discursiva, acompanham de perto a evolução dos alunos com dicas, conselhos e técnicas. TUDO NA SUA MÃO: só a Assinatura Ilimitada oferece, de forma livre e gratuita: Gran Questões, Gerenciador de Estudos, Audiobookse muito mais! (61) 99884-6348 | De segunda a quinta até as 22h e sexta até as 21h. Contato para vendas: Quero passar na prova discursiva REDAÇÃO SOB MEDIDA Não é qualquer texto. É o texto que vai fazer você ser aprovado. O Projeto Redação Sob Medida é o seu caminho para tirar nota máxima na prova discursiva. Aprenda a escrever do jeito certo, saiba como cada banca avalia as provas discursivas. Escreva, reescreva, corrija e conquiste a sua vaga. https://www.grancursosonline.com.br/redacao-sob-medida/#utm_source=Landing_Page&utm_medium=Simulados&utm_campaign=anuncio_simulado_redacao CNU – 4º SIMULADO – BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO (15 QUESTÕES + REDAÇÃO) LÍNGUA PORTUGUESA Andréa Cerqueira TEXTO I � “Sorria, você está sendo filmado.” Há tempos, quando começamos com essa prática social de co- locar câmeras em locais públicos, esse aviso tinha um sentido bem pertinente. A advertência, além de prevenir os mais incautos de que eles não estavam protegidos do olhar de julgamento do outro, fazia um apelo que ainda tinha sentido naquela época que, por sinal, é bem recente. � A interpelação contida no cartaz − em caráter imperativo − buscava fisgar o amor-próprio de cada um que o lesse para que, assim, pudesse mostrar o melhor de si aos outros que o observassem. Afinal, ninguém queria ser flagrado em atitude considerada constrangedora e que pudesse provocar vergonha. Sim: havia vergonha, recato, decoro. Lembro, por exemplo, que no livro “Na Sala com Danuza” − publi- cado no início dos anos 90 −, um trecho dizia que de- terminado ato não deveria ser praticado nem mesmo na solidão de um banheiro escuro. � Bem, os tempos mudaram. As placas com o ci- tado aviso se multiplicaram e as câmeras também, como um sinal visível de que vivemos numa socieda- de do controle. Entretanto, elas registram também o descontrole das pessoas e a desorganização do es- paço social compartilhado. � Uma cena gravada e apresentada na semana passada em todos os canais de TV e sites com víde- os mostrou o prefeito de São Paulo tendo um chilique porque um cidadão protestava contra um ato de seu governo. O homem, ao ser alvo da ira do prefeito, caiu no choro. A cena, explorada à exaustão, foi paté- tica: dois adultos se comportando como crianças em pleno espaço público, portanto sob o olhar de julga- mento de todos. � Está certo que todos os adultos mantêm uma parcela de infância que precisa ser superada diaria- mente, e essa é a tarefa árdua do exercício de matu- ridade. Mas parece que atualmente essa nossa cota infantil, ao invés de ser superada, tem sido cultivada com esmero. � Além disso, o julgamento do outro não mais nos incomoda nem importa. Não nos envergonhamos mais de nossos descuidos, nada mais parece nos constranger. O aviso “Sorria, você está sendo filma- do” ganhou, portanto, um tom irônico. � Adolescentes são tentados a fazer caretas e ges- tos obscenos quando sabem que alguém os observa. À frente de uma câmera, então, eles se superam e perdem qualquer pudor. É uma maneira de dizer “Eu sou assim, o que você tem com isso?”. É um modo de enfrentar com insolência o mundo adulto, do qual acabaram de escapar e para o qual se encaminham. � Pois parece que é dessa maneira que os adultos têm se comportado publicamente. Não nos importa- mos mais − aliás, parece que nos orgulhamos disso − de expor nossas piores qualidades e características aos outros. � O roxo, uma cor que já foi associada à vergonha, na expressão “roxo de vergonha”, passou recente- mente para nossa história como cor que simboliza o orgulho que temos de nossas atitudes irrefletidas e muitas vezes violentas − quando um presidente ex- clamou em um discurso que “tinha aquilo roxo”. Uma publicidade veiculada pela TV, ao mostrar tudo o que se pode fazer com o dedo indicador, mostra uma criança com o dedo no nariz enquanto o narrador diz “limpar o salão”. � É isso: parece que já não queremos mais mos- trar o que temos de melhor aos outros e sim o que temos de pior. Isso mostra um grande desprezo pelos outros, não? Basta assistir a algumas cenas do pro- grama “BBB” para fazer essa constatação. Mas não nos iludamos: isso não ocorre apenas nesse progra- ma, mas no cotidiano de nossa vida pública. � Será que concluímos que o que nos une e o que nos equipara na convivência pública são nos- sas mazelas? SAYÃO, Rosely. Folha de S. Paulo, 15 de fevereiro de 2007. 1 Com base no texto acima, marque a alternativa correta. (A) As câmeras produzem um comportamento despudo- rado em todos que se veem diante delas. (B) Quando tomam ciência de serem filmadas, as pes- soas agem normalmente. (C) No mundo moderno, as câmeras são usadas para controlar as pessoas, mas também registrar altera- ções comportamentais. (D) O texto, eminentemente narrativo, mostra o registro das ações diante das câmeras. (E) A expressão “roxo de vergonha” é um exemplo de lin- guagem denotativa. Letra c. Assunto abordado: Compreensão de textos. (A) Errada. Isso é uma extrapolação. Conforme ex- plicitado no texto, nem todos perdem o pudor diante das câmeras. (B) Errada. Conforme o texto, nos dias atuais, as câ- meras registram atos que outrora não seriam pratica- dos nem mesmo na solidão de um banheiro escuro. (C) Certa. A ideia está explicitamente abordada pela autora no 4º parágrafo do texto. 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 13BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO (D) Errada. O texto é eminentemente dissertativo-argu- mentativo e tem por objetivo levar o leitor à reflexão sobre uma sociedade do controle. (E) Errada. É linguagem figurada, cujo sentido é cono- tativo, metafórico, pois a cor roxa estava associada a uma vergonha exagerada. 2 Em “Sorria, você está sendo filmado”, o verbo se encon- tra no imperativo afirmativo na 3ª pessoa. Ao reescrever- mos a oração na 2ª pessoa do plural do imperativo afir- mativo, teremos: (A) Sorrias, estás sendo filmado. (B) Sorri, estás sendo filmado. (C) Sorriais, estais sendo filmados. (D) Sorride, estais sendo filmados. (E) Sorriam, estão sendo filmados. Letra d. Assunto abordado: As classes de palavras – aspec- tos morfológicos. DICA: Para formar o imperativo afirmativo das pessoas TU e VÓS, flexione o verbo no presente do indicativo e tire-lhe o -s. (A) Errada. A forma imperativa refere-se à segunda pessoa do singular (tu) e está incorreta, pois o verbo sorrir no imperativo afirmativo da 2ª pessoa do singu- lar é SORRI. (B) Errada. Essa é a forma do imperativo afirmativo da 2ª pessoa do singular (TU). (C) Errada. O verbo SORRIR está flexionado na 2ª pessoa do plural do presente do subjuntivo. (D) Certa. Essa é a forma da 2ª pessoa do plural impe- rativo afirmativo. Para formá-la, conjugue o verbo sorrir no presente do indicativo e tire-lhe o -s: Vós sorrides/ Sorride (vós). (E) Errada. O verbo SORRIR está no imperativo afir- mativo, na 3ª pessoa do plural. 3 Quanto à pontuação do texto acima, marque a alterna- tiva correta. (A) Em “Sorria, você está sendo filmado”, as aspas são utilizadas para ressaltar ironia. (B) Em “A interpelação contida no cartaz – em caráter imperativo – buscava a fisgar o amor-próprio...”, os tra- vessões podem ser suprimidos sem erro gramatical. (C) Em “Sim: havia vergonha, recato, decoro”, as vírgu- las separam palavras que desempenham a mesma função gramatical – sujeito. (D) Em “O homem, ao ser alvo do prefeito, caiu no choro”, ao deslocarmos a oração destacada para o início do período, podemos dispensar a vírgula. (E) Em “A cena, explorada à exaustão, foi patética: dois adultos se comportando como crianças em pleno espaço público...”, os dois-pontos introduzem uma explicação. Letra e. Assunto abordado: Pontuação. (A) Errada. As aspas, nesse caso, marcam uma cita- ção – em forma de advertência – encontrada em cartaz em lugares públicos que possuem câmeras. (B) Errada. A mera supressão dos travessões na locu- ção adverbial deslocada incorreria em erro de pontua- ção. Podemos trocaros travessões pelas vírgulas, mas não podemos apenas suprimi-los. (C) Errada. De fato, as vírgulas separam palavras com a mesma função sintática, porém a função é de objeto direto. O verbo haver no sentido de existir é caso de oração sem sujeito. (D) Errada. A oração em questão já está deslocada. Se a colocarmos no início, continuará deslocada e precisa- rá da vírgula para marcar esse deslocamento. Temos, nesse caso, uma oração subordinada adverbial causal reduzida de infinitivo. (E) Certa. Uma das funções dos dois-pontos é justa- mente introduzir uma explicação. Nesse caso, explica a cena patética. 4 Nas passagens abaixo, a palavra destacada corresponde corretamente à sua classificação gramatical em: (A) Está certo que todos os adultos mantêm uma parcela de infância ... – pronome relativo. (B) Além disso, o julgamento do outro não nos inco- moda... – pronome demonstrativo. (C) Pois parece que é dessa maneira que os adultos têm se comportado publicamente – conjunção coordena- tiva conclusiva. (D) ...aliás, parece que nos orgulhamos disso ... – palavra denotativa retificadora. (E) ...mostra uma criança com o dedo no nariz enquanto o narrador diz “limpar o salão” – conjunção subordina- tiva adverbial de proporção. Letra d. Assunto abordado: As classes de palavras – aspec- tos morfológicos, sintáticos e estilísticos. Coerência e coesão. Classe de vocábulos. (A) Errada. Nesse caso, temos uma conjunção subor- dinativa integrante (troque toda a oração iniciada por ela pela palavra ISSO. Teremos uma oração subordi- nada substantiva subjetiva – sujeito da oração principal “Está certo”). DICA: Para saber se que é pronome relativo, tente tro- cá-lo por o qual, a qual, os quais, as quais. (B) Errada. Outro é pronome indefinido conforme nos- sa gramática. (C) Errada. A conjunção coordenativa pois, nesse contexto, expressa a ideia de explicação, podendo ser substituída pela palavra sinônima, também conjun- ção, porque. (D) Certa. Aliás é uma palavra denotativa. Segundo a gramática, palavras denotativas são aquelas que não 14BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO possuem nenhuma classificação morfológica específica, porém apresentam sentido. Aliás e a expressão ou me- lhor são palavras denotativas com sentido retificativo. (E) Errada. O vocábulo em questão é classificado como conjunção subordinativa adverbial temporal. TEXTO II Eu sei, mas não devia � Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. � A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as costinhas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostu- ma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. � A gente se acostuma a acordar de manhã so- bressaltado porque está na hora. A tomar o café cor- rendo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do tra- balho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. � A gente se costuma a abrir o jornal e ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas nego- ciações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração. [...] � A gente se acostuma para não se ralar na as- pereza, para preservar sempre a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma. COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. 2 ed. Rio de Janeiro: Rocco, 199. P. 9-10. 5 Após a leitura da crônica acima, marque o item correto. (A) O título do texto já aparece definido por uma relação de oposição estabelecida pela conjunção coordena- tiva adversativa. (B) No primeiro parágrafo do texto, o leitor já pode identi- ficar quais são as “coisas” a que a autora se refere. (C) O uso reiterado da conjunção “e” permite à autora enfatizar o acúmulo de coisas adequadas a nossa qualidade de vida. (D) O texto é construído exclusivamente pela relação de parataxe. (E) Os acontecimentos tratados como naturais na crônica chocam as pessoas, levando-as a não os aceitar. Letra a. Assunto abordado: Compreensão de texto. (A) Certa. A conjunção que expressa tal adversidade é “mas”. O primeiro parágrafo expandirá a ideia que dá título à crônica. (B) Errada. Segundo o texto, as pessoas não deveriam se acostumar com determinadas “coisas”. Essas “coi- sas”, ainda indefinidas, só começam a ser apresenta- das no segundo parágrafo. (C) Errada. O texto mostra justamente o contrário. Nes- se parágrafo, de modo mais específico, aparecem as “coisas” a que as pessoas se acostumam, quando não deveriam aceitá-las, uma vez que vão tirando nossa qualidade de vida. (D) Errada. O texto tem a presença de períodos com- postos pela coordenação (parataxe) e também de pe- ríodos compostos pela subordinação (hipotaxe) que se combinam. (E) Errada. É justamente o contrário, as pessoas se submetem aos acontecimentos absurdos, que passam a ser tratados como “normais” e deixam de chocá-las, de revoltá-las, de levá-las à ação. 6 Marque a única alternativa que apresente uma passagem do texto com a ideia de finalidade. (A) A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as jane- las ao redor. (B) A gente acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. (C) E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. (D) Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e baioneta, para poupar o peito. (E) Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acos- tumar, se perde de si mesma. Letra d. Assunto abordado: Compreensão de texto. Coesão e coerência. As classes de palavras. (A) Errada. O conectivo “e” estabelece, nesse caso, uma adição e uma consequência. (B) Errada. O conectivo “porque” estabelece a ideia de causa na passagem. (C) Errada. A conjunção “e”, nesse caso, tem papel discursivo sobretudo. Além de marcar uma adição, ela também indica que será dada continuidade à reflexão de autora. (D) Certa. A preposição “para” desempenha, nesse caso, função de conjunção. Introduz oração reduzida que expressa finalidade. (E) Errado. A ideia na sentença é de consequência (se perde de si mesma). 1 5 10 15 20 25 30 15BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO 7 Marque a única alternativa em que o pronome oblíquo átono foi indevidamente colocado. (A) Eu sei que a gente se acostuma. (B) E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. (C) E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão. (D) A gente se acostuma para não se ralar na aspereza. (E) Se acostuma para evitar feridas, sangramentos. Letra e. Assunto abordado: A estruturação do período. (A) Certa. O pronome “se” está em posição proclítica corretamente colocado, pois o sujeito está explícito e anteposto ao verbo. (B) Certa. O pronome “se” está em posição de próclise obrigatoriamente, pois o advérbio “logo” é um atrativo de próclise. (C) Certa. O pronome “se” está em posição de próclise obrigatória, pois a locução conjuntiva “à medida que” é fator de próclise. (D) Certa. O pronome “se” está em posição proclítica corretamente colocado, pois o sujeito está explícito e anteposto ao verbo. (E) Errada. Os pronomes oblíquos não iniciam oração, só se colocam em posição proclítica se houver um fator de próclise (palavras negativas, advérbios, pronomes relativos, conjunções subordinativas etc.). TEXTO III Quando a Bola se rende à bola � Cientistas franceses, com base em dadoscoleta- dos pela Nasa, agência norte-americana, chegaram à conclusão de que a Terra é uma bola. Formada por 12 pentágonos arredondados, eles, juntos, têm a for- ma exata de uma esfera. � Pode ou não ser verdade, mas serve ao menos para dar um verniz de ciência ao reinado global da hiper-micro versão da Terra, a bola de futebol “+Teamgeist”.[...] � Mas, bem feitas as contas, como a Terra é redonda como uma bola de futebol, a história da “+ Temageist” não será contada pelos policiais, pelos aviões, pelos hotéis, pela Adidas, pelos negócios, pelos apostadores ou pelos árbitros. Será contada pelos homens que a chutarem com mais competência. � Agora é esperar que os homens disputem a final do mundial com a Terra, ou melhor, com a bola. ROSSI, Clóvis. Folha de S. Paulo, 9 jun 2006. (Fragmento.) (Adaptado.) 8 Em relação à estrutura morfossintática e à compreensão do texto anterior, marque a alternativa correta. (A) No título do texto, a crase é facultativa, podendo ser retirada sem nenhum prejuízo gramatical. (B) O substantivo Bola, escrito com inicial maiúscula, representa o objeto com qual se joga futebol. (C) Segundo o texto, cientistas franceses concluíram, com base em dados coletados pela Nasa, que a Terra é um bola formada por 12 pentágonos arredondados. (D) Em “chegaram à conclusão de que a Terra é uma bola”, a crase deve ser retirada, pois o verbo chegar não está acompanhado por uma locução adver- bial de lugar. (E) Ficaria gramaticalmente correto usar o acento grave indicativo de crase diante da palavra “final” no último parágrafo do texto. Letra c. Assunto abordado: Compreensão de texto. A oração e seus termos. (A) Errada. O substantivo feminino “bola”, antecedido pelo artigo definido feminino singular, desempenha a função de objeto indireto e está posposto ao ver- bo “render-se”, que rege a preposição “a”, portanto, a crase é obrigatória. (B) Errada. O substantivo “Bola”, escrito com inicial maiúscula, representa a Terra (planeta). O autor faz uso da linguagem figurada para construir o título do texto. (C) Certa. É exatamente essa descoberta que o autor Clóvis Rossi utiliza como referência para afirmar: “a Bola se rende à bola”. (D) Errada. A crase é utilizada porque o verbo “che- gar”, com sentido de “alcançar, atingir”, é transitivo in- direto e necessita da preposição “a” para se vincular ao seu complemento, objeto indireto, “à conclusão”. (E) Errada. O verbo “disputar” é transitivo direto, e “a final” é objeto direto, dispensando o uso da preposição. 1 5 10 15 16BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO Texto IV � O ano em que a Amazônia começou a morrer � � Como o músculo cardíaco de pois de um infarto, o sistema ecológico amazônico já tem partes irreme- diavelmente feridas. Evitar sua morte é o desafio do século para o Brasil. � Em 2005, a Floresta Amazônica começou a mor- rer. Não se trata ainda de uma condenação irrever- sível. Mas o mal crônico que está asfixiando o ecos- sistema já passou do ponto em que seu metabolismo possa recuperar a exuberância do passado. A com- paração mais didática é enxergar a mata como uma pessoa cujo coração foi salvo pela revascularização por pontes de safena não antes, porém, de parte do músculo cardíaco ser destruída. Mantido o atual ritmo de devastação e de mudanças climáticas, dentro de meio século o que é hoje o maior e mais rico ecos- sistema do planeta pode estar totalmente desfigura- do. A Amazônia não é apenas um bosque fechado e cortado por uma malha de rios. É um organismo vivo em que, como as células do corpo humano, cada ser exerce um, papel diferenciado e interconectado. O solo depende das árvores, que não vivem sem os rios, onde nadam os peixes, que se alimentam dos frutos das árvores, que são polinizadas pelos insetos que se escondem no solo...São inúmeros e interli- gados os ciclos da vida na Amazônia. Isoladamen- te, cada um deles tem alto poder de regeneração, mas, quando a agressão ambiental corta os dutos entre diferentes nichos, a vida começa a ficar mais pobre, a floresta entra no lento mas inexorável pro- cesso de morte. � [...] Até recentemente, as previsões catastro- fistas sobre o futuro da Amazônia eram difundidas principalmente pelos militantes ambientalistas, que tinham uma relação antes de tudo afetiva com a flo- resta. Agora, o alarme vem da ciência. Neste mês de dezembro se encerrou o maior mutirão de pesquisa da história da Amazônia, o projeto LBA (sigla resu- mida de Experimento de Grande Escala da Biosfera- -Atmosfera na Amazônia, que consumiu 100 milhões de dólares e reuniu mais de 1000 estudiosos do mun- do inteiro. São eles que estão decretando a morte da floresta. Persistindo na comparação com um organis- mo humano, é como se antes o alerta sobre a saúde da floresta fosse dado por parentes e amigos. Agora, trata-se de um diagnóstico elaborado por uma junta médica de primeira linha. � [...] os cientistas acham que existe um limiar de devastação da floresta a partir do qual ela não mais se regenera. Esse umbral seria ultrapassado depois de 30% da mata destruída. Os estudos recentes mostram que esse ponto pode estar perigosamen- te próximo. LIMA, João Gabriel de. O ano em que a Amazônia começou a morrer. Veja. São Paulo: Abril, ano 38, ed. 1937, n.52, p.172-173. (Fragmento.) 9 No texto acima, percebe-se que a revista de circulação nacional investiu na força da linguagem figurada para apresentar aos leitores uma avaliação do estado de destruição da Amazônia. Após a leitura atenta do texto, quanto à compreensão, interpretação e linguagem utili- zada, é correto afirmar que (A) a metáfora da aproximação da morte introduz a ideia de um processo de renovação, visto que na natureza nada se perde, tudo se transforma. (B) a comparação entre o sistema ecológico amazônico e um coração infartado ilustrará o argumento de que é possível reverter os danos. (C) apesar de a devastação humana e as mudanças cli- máticas terem provocado uma mudança tão radical no perfil do ecossistema, ainda é possível, a curto prazo, reconstituí-lo. (D) a combinação entre metáforas e comparações con- funde o leitor, uma vez que a linguagem figurada é subjetiva, não permitindo que se enxergue a gravi- dade do problema. (E) “mal crônico”, “ “metabolismo” e “organismo vivo” são exemplos de metáforas que colaboram na argumenta- ção para manter o campo semântico. Letra e. Assunto abordado: Compreensão texto. Lingua- gem figurada. (A) Errada. O título é o ponto de partida para a criação da metáfora que dará sustentação ao texto: a Amazô- nia é um organismo vivo, sofrendo com os abusos prati- cados contra ela. A metáfora da aproximação da morte introduz a ideia de um processo degenerativo que pode dar fim a esse organismo. (B) Errada. A comparação entre o sistema ecológico amazônico e um coração infartado ilustrará o argumen- to de que alguns danos praticados pelo homem já são irreversíveis. Releia a passagem: “...enxergar a mata como uma pessoa cujo coração foi salvo pela revascu- larização por pontes de safena não antes, porém, de parte do músculo cardíaco ser destruída.” (C) Errada. Segundo o texto, a devastação humana e as mudanças climáticas têm provocado uma mudança tão radical no perfil do ecossistema que, em pouco tem- po, sua reconstituição será impossível. (D) Errada. A combinação entre metáforas e compa- rações permite que o leitor da matéria compreenda a gravidade do diagnóstico e acompanhe a linha argu- mentativa necessária para aceitação da tese central anunciada já no título: a Amazônia está morrendo. (E) Certa. Essas são metáforas que ajudam o campo semântico criado pelo título. Mal crônico = destruição da Amazônia. Metabolismo = processos estabelecidos no interior do ecossistema amazônico. Organismo vivo = Amazônia. 1 5 10 15 20 25 30 35 40 45 17BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO 10 Quanto aos mecanismos de coesão do texto, marque a alternativa correta. (A) Em “É um organismovivo, em que, como as células do corpo humano, cada ser exerce um papel...” , o termo destacado pode ser substituído por aonde, sem prejuízo semântico e gramatical. (B) Na passagem “ O solo depende das árvores, que não vivem sem os rios”, o pronome relativo em destaque retoma o antecedente solo. (C) Em “São eles que estão decretando a morte da flo- resta”, o termo destacado substitui 1000 estudiosos . (D) No trecho “Os cientistas acham que existe um limiar de devastação...”, o termo em destaque retoma cientistas. (E) Em “Esse umbral seria ultrapassado...”, o pronome demonstrativo em destaque pode, sem prejuízo gra- matical ou semântico, ser substituído por Este. Letra c. Assunto abordado: Coesão e coerência. (A) Errada. Jamais se pode trocar em que por aonde, pois aonde acompanha verbos de movimento que pe- dem a preposição a (ir, dirigir-se, chegar). (B) Errada. O pronome relativo em destaque retoma o antecedente árvores. São as árvores que não vivem sem os rios. (C) Certa. O pronome pessoal do caso reto em destaque não só substitui a expressão, como também a retoma, evitando a repetição da mesma palavra ou expressão. (D) Errada. O termo em destaque é uma conjunção su- bordinativa integrante. Ela introduz uma oração subor- dinada substantiva objetiva direta. (DICA: para saber se é pronome relativo, tente substituí-lo por o qual, a qual, os quais, as quais.) (E) Errada. O termo Esse é um pronome demonstra- tivo que retoma o antecedente já exposto no texto, “limiar”. Tem caráter anafórico, de retomada, não po- dendo, pois, ser trocado por Este, que antecipa algo, sendo de caráter catafórico. TEXTO V Sacrifícios pessoais � Quais foram os últimos sacrifícios que você fez só para tentar ficar amigo de alguém? Provavelmen- te, você mentiu um pouquinho sobre o seu gosto musical. Se todo mundo gosta daquela banda, quem sou eu para não gostar? Também deve ter mudado algumas vezes o seu jeito de se vestir. Porque, se não acompanhar a moda, vai ser chamado de cafo- na. Existe acusação mais grave? � Não se assuste. Todo mundo, alguns pouco, ou- tros mais, faz esse tipo de coisa. Mas, às vezes, o buraco é mais embaixo. E nós acabamos fazendo coisas que realmente nos machucam só para “pegar bem” com a galera. Não, não tem nada a ver com aquele papo de mãe sobre o problema de andar com más companhias. Segundo os psicanalistas, nós fa- zemos isso para sermos aceitos. E, mais do que isso, para ter uma imagem boa diante dos outros. Isso por- que a gente costuma usar os outros como espelho e, vez ou outra, cai no pensamento: “Se eles me acham legal, então eu sou legal”, “se eles me acham péssi- ma, eu sou péssima”. Deu para entender? LEMOS, NINA. Folha de S.Paulo, São Paulo, Folhateen, 13 out 2019. 11 Quanto à estrutura morfossintática do texto acima, marque a alternativa correta. (A) Em “Se todo mundo gosta daquela banda...”, a con- junção “se” estabelece uma relação entre uma condi- ção e uma causa. (B) Em “...se você não acompanhar a moda...”, a condi- ção que o “se” indica é mudar o jeito de vestir. (C) Em “Mas, às vezes, o buraco é mais embaixo”, a con- junção “mas” atua como uma indicação de que a dire- ção argumentativa do texto será alterada. (D) Em “E nós acabamos fazendo coisas que realmente nos machucam...”, a conjunção “e” introduz mais uma ação somada às demais já citadas no texto. (E) Em “ Se eles me acham legal, então eu sou legal”, a palavra destacada é conjunção coordenativa que dá ideia de conclusão. Letra c. Assunto abordado: Coesão e coerência. Classes de palavras. (A) Errada. A conjunção “se” estabelece uma relação entre uma condição e uma consequência. No caso, a consequência seria o questionamento pessoal diante da constatação hipotética de todas as pessoas gosta- rem de uma mesma banda. (B) Errada. A condição que o “se” indica é não mudar o jeito de vestir. Muito cuidado com esse item. O não atendimento a essa condição tem uma consequência (ser rotulado de cafona). (C) Certa. Até agora tratou-se de pequenos sacrifícios; de agora em diante, o texto ilustrará comportamentos que trazem consequências mais sérias. (D) Errada. A conjunção “e”, nesse caso, tem papel dis- cursivo. Em vez de marcar uma adição, apenas indica que se dará continuidade ao que vinha sendo dito. Su- gere exatamente que o texto vai prosseguir. (E) Errada. O advérbio “então” reforça a ideia de con- sequência provocada pela satisfação da condição an- terior, porque estabelece um vínculo conclusivo (eu me achar legal é algo que acontece como uma consequên- cia de eles me acharem legal). 1 5 10 15 20 18BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO 12 Ainda sobre a estrutura morfossintática do texto, sobre- tudo os períodos construídos por subordinação e coorde- nação, marque a alternativa correta. (A) Se todo mundo gosta daquela banda, quem sou eu para não gostar? – oração absoluta. (B) Porque, se você não acompanhar a moda, vai ser chamada de cafona. – oração subordinada adverbial condicional. (C) E nós acabamos fazendo coisas que realmente nos machucam só para “pegar bem” com a galera. – Oração coordenada sindética conclusiva. (D) Mas, às vezes, o buraco é mais embaixo. – Oração coordenada sindética aditiva. (E) Segundo os psicanalistas, nós fazemos isso para sermos aceitos. – Oração subordinada adverbial final. Letra b. Assunto abordado: A estruturação do período. (A) Errada. Tem-se aí um período composto formado por subordinação, portanto não podemos ter oração absoluta (período simples). A oração destacada é a oração principal do período. (B) Certa. Essa é de fato a condição. O não atendimen- to a essa condição traz como consequência ser rotula- do de cafona. (C) Errada. A oração em destaque estabelece com a anterior uma ideia de subordinação com sentido de fi- nalidade. A preposição “para” desempenha, nesses ca- sos, função de conjunção. Introduz orações reduzidas que expressam uma finalidade. (D) Errada. Na verdade , tem-se aí um período sim- ples, oração absoluta. A conjunção “mas”, nesse caso, é apenas discursiva. Ela apenas sinaliza que a argu- mentação irá mudar de direção. (E) Errada. A oração destacada (2ª oração) é a oração principal da primeira oração (oração subordinada ad- verbial conformativa) e da terceira oração (oração su- bordinada adverbial final reduzida de infinitivo). TEXTO VI As leis do internauta brasileiro � Sinto-me à vontade para falar desta criatura nas- cida da estatística, o brasileiro médio conectado à rede, porque ele só existe no mundo virtual da mate- mática. Por tanto, não ofende ninguém. Sim, porque o brasileiro médio, dentro ou fora da rede, pra come- çar ofende todo mundo mas não aceita críticas e não leva desaforos pra sua homepage. [...] � A primeira lei do internauta médio é a lei da não inércia: nada fica como está, pois tudo o que existe de bom ou ruim, sempre tende a piorar. [...] � A segunda lei é o princípio fundamental da dinâ- mica do julgamento dos outros. A resultante de tudo que age sobre uma pessoa é igual ao produto de suas medidas (como estatura, idade, massa) pelos seus bens materiais. [...] � A terceira e última lei do internauta brasileiro mé- dio é a lei da virtude e compensação: “ a cada virtude corresponde um defeito contrário de igual intensida- de e no sentido de derrubar a pessoa”. Basta perce- ber um ponto positivo de um ser humano para que a terceira lei entre em ação dizendo que “ em compen- sação ela tem um defeito péssimo”. Exemplos vividos e observados são coisas como “o Jô era inteligente mas era gordo”, “a Gisele é perfeita mas é chata”, [...] “o Sílvio Santos é rico mas é doido”. Nem os ídolos do futebol escapam [...] “o Ronaldinho Gaúcho joga bonito mas é feio que dói”. [...] em suma, ninguém é bom o suficiente para suas virtudes em primeiro plano. Sempre há um problema que desmerece ou desabona até o melhor dos melhores. HERMANN, Rosana. Blônicas. Disponível em: http://blonicas.zip.net. Acesso em 8 fev 2024. 13 Quantoà compreensão e interpretação do texto acima, marque a alternativa correta. (A) No texto, são identificadas três leis: “lei da não inér- cia”, a lei de não julgar pela aparência e a “lei da vir- tude e da compensação”. (B) De acordo com o texto, o brasileiro encara de forma positiva as críticas que recebe. (C) Na denominação “lei da virtude e da compensação”, o termo “compensação” adquire sentido de adição. (D) Os exemplos citados no fim do texto ilustram as três leis que explicam o comportamento do internauta bra- sileiro médio. (E) Para que a terceira lei possa ser formulada, pode- ríamos acrescentar a palavra “também” à con- junção “mas”. Letra a. Assunto abordado: Compreensão de texto. Coesão e coerência. 1 5 10 15 20 25 30 19BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO (A) Certa. A primeira lei identifica a tendência dos in- ternautas brasileiros médios ao pessimismo, tudo pode piorar. A segunda identifica a tendência de julgar os ou- tros pela aparência, e a última identifica a tendência de procurar sempre algum defeito para “compensar” quali- dades evidentes em pessoas famosas. (B) Errada. De acordo com o final do primeiro parágra- fo, o internauta brasileiro médio ofende todo mundo, mas não aceita críticas e não guarda desaforos. (C) Errada. O termo na denominação adquire o sentido de ressalva, uma vez que, segundo a autora, “a cada virtude corresponde um defeito contrário de igual inten- sidade e no sentido de derrubar a pessoa”. (D) Errada. Os exemplos apresentados deixam evi- dente a tendência dos internautas brasileiros médios para procurarem defeitos que compensem as virtudes das pessoas nomeadas. Portanto ilustra somente a terceira lei. (E) Errada. Ao acrescentarmos “também” à conjunção “mas”, daremos ideia de adição, e não de adversida- de, da oposição que caracteriza a “lei da virtude e da compensação”. 14 A reescritura da sentença “Sempre há um problema que desmerece ou desabona até o melhor dos melhores” no plural está gramaticalmente correta e mantém o sentido original em: (A) Sempre hão uns problemas que desmereçam ou desabonem até os melhores dos melhores. (B) Sempre existe uns problemas que desmereçam e desabonem até os melhores dos melhores. (C) Sempre há uns problemas que desmerece ou desa- bona até os melhores dos melhores. (D) Sempre há problemas os quais desmerecem e desa- bonam até os melhores dos melhores. (E) Sempre existem uns problemas o qual desmereçam e desabonem até os melhores dos melhores. Letra d. Assunto abordado: A oração e seus termos. A estrutu- ração do período. Coesão e coerência. (A) Errada. O verbo “haver” no sentido de “existir” não varia, e houve mudança do tempo verbal do presente do indicativo para o presente do subjuntivo. (B) Errada. O verbo “existir” deveria flexionar no plural para concordar com o sujeito “problemas”, e houve mu- dança do tempo verbal do presente do indicativo para o presente do subjuntivo. (C) Errada. Os verbos “desmerecer” e “desabonar” de- vem ser flexionados no plural para concordar o sujeito semântico “problemas”. (D) Certa. Todas as concordâncias foram devidamente respeitadas. (E) Errada. O pronome relativo deveria estar no mascu- lino plural (os quais) para concordar com o antecedente “problemas”, e houve mudança do tempo verbal do pre- sente do indicativo para o presente do subjuntivo. 15 São acentuadas pela mesma regra de acentuação as palavras: (A) matemática - médio (B) Jô – dói (C) críticas - gaúcho (D) até – há (E) última – ninguém Letra d. Assunto abordado: Ortografia e acentuação. (A) Errada. Matemática segue a regra das proparoxíto- nas (todas são acentuadas) e médio é uma paroxítona terminada em ditongo. (B) Errada. Jô é acentuada por ser oxítona terminada em -o e dói por ser ditongo oral aberto em palavra oxítona. (C) Errada. Críticas segue a regra das proparoxítonas (todas são acentuadas) e gaúcho segue a regra do hiato. (D) Certa. Seguem a regra das oxítonas (são acentua- das as oxítonas terminadas em -a, -e, -o). (E) Errada. Última segue a regra das proparoxítonas (todas são acentuadas) e ninguém segue a regra das oxítonas terminadas em -em. 20BLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS 4º SIMULADO REDAÇÃO Andréa Cerqueira Texto I � O Brasil enfrenta uma crise na área de meio ambiente. Além da persistência de problemas já conhecidos, como a escassez de água e a questão do descarte de lixo, o país tem registrado um aumento nos números de desmatamento e queimadas. � A prova disso são os dados do Monitor do Fogo do MapBiomas: segundo a pesquisa, em 2022 o fogo consumiu aproximadamente 2,8 milhões de hectares; enquanto isso, no ano anterior, foram cerca de 1,4 milhão de hectares queimados. A diferença entre as áreas destruídas de um ano para o outro é praticamente o dobro. � Além disso, a natureza deu outros sinais de que está sendo destruída. Tanto que o dia 3 de julho de 2023 foi o dia mais quente já registrado, conforme dados dos Centros Nacionais de Previsão Ambiental dos Estados Unidos. Fonte: https://querobolsa.com.br/revista/13-citacoes-sobre-meio-ambiente-para-usar-na-redacao. Acesso 7 fev 2024. Texto II � � “Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.” Artigo 225 da Constituição Federal de 1988. Texto III � “O desenvolvimento sustentável é o desenvolvimento que encontra as necessidades atuais sem comprometer a habilidade das futuras gerações de atender suas próprias necessidades.” Gro Harlem Brundtland, ex-primeira-ministra da Noruega e líder internacional em desenvolvimento sustentável. Com base nos textos acima, de caráter exclusivamente motivador, redija uma dissertação argumentativa, com no mínimo 25 linhas e no máximo 40 linhas, sobre o seguinte tema: A IMPORTÂNCIA DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO BRASIL 21 4º SIMULADOBLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS PADRÃO DE RESPOSTA Na questão discursiva, o candidato deverá produzir uma dissertação argumentativa com base do assunto solicitado, a importância do desenvolvimento sustentável no Brasil, com extensão mínima de 25 linhas e máxima de 40 linhas. O tema é extremamente atual. Nesse tipo de produção textual, avalia-se a capacidade de expressão na modalidade escrita, conhecimento a respeito do tema, capacidade de argumentação, coesão e coerência. Como sugestão de resposta, o candidato pode afirmar que o desenvolvimento sustentável é uma questão essencial para a garantia da qualidade de vida das gerações presentes e futuras, e no Brasil, essa temática se torna ainda mais relevante devido à vasta diversidade de recursos naturais e à complexidade das questões socioambientais presentes no país. Nesse sentido, é fundamental compreender a importância do desenvolvimento sustentável para o Brasil e o papel que cada cidadão e as instituições têm na promoção de práticas sustentáveis. O Brasil é um país abençoado com uma riqueza natural incomparável, com uma das maiores biodiversidades do planeta, vastas reservas de água doce, terras férteis e uma diversidade cultural e étnica única. No entanto, a exploração desenfreada desses recursos, muitas vezes sem considerar os impactos ambientais e sociais, tem gerado desequilí- brios e ameaçado a sustentabilidade desses recursos. Nesse cenário, o desenvolvimento sustentável se torna essencial para conciliar o desenvolvimento econômico com a conservação ambiental e a justiça social. Isso significa promover um crescimento econômico que respeite os limites ecológicos, reduza as desigualdades sociais e garanta a participação e o bem-estar de todos os cidadãos. Além disso, o desenvolvimento sustentável busca promover o uso inteligente e equitativo dos recursos naturais, a preservação da biodiversidade, a redução das emissões de gases do efeito estufa e a promoção de energias limpas e renováveis. No Brasil,o desenvolvimento sustentável é ainda mais crucial devido à sua vasta extensão territorial e à sua impor- tância global para a conservação da Amazônia, do Pantanal, da Mata Atlântica e de outros biomas únicos. Além disso, o país enfrenta desafios como o desmatamento, a contaminação dos rios, a escassez de água e a desigualdade socio- econômica, que demandam uma abordagem sustentável e integrada. Diante desse contexto, o candidato pode concluir que é fundamental que o Brasil promova políticas públicas e es- tratégias de desenvolvimento que incorporem a sustentabilidade como eixo central. Isso inclui a implementação de leis e regulamentos ambientais eficazes, o incentivo à produção e consumo responsáveis, a promoção de práticas agrícolas sustentáveis, o estímulo à inovação tecnológica verde e a conscientização da população sobre a importância da preser- vação ambiental. Além disso, a sociedade brasileira tem um papel crucial na promoção do desenvolvimento sustentável, ao exigir práticas empresariais responsáveis, ao adotar hábitos de consumo consciente, ao participar ativamente da gestão ambiental e ao defender os direitos das comunidades tradicionais e indígenas. Em síntese, o desenvolvimento sustentável é essencial para a garantia de um futuro próspero e equitativo para o Brasil. É fundamental que o país adote medidas urgentes e eficazes para promover essa abordagem, de modo a asse- gurar a conservação dos seus recursos naturais, o bem-estar de sua população e a sua contribuição para a preservação do planeta como um todo. 22 4º SIMULADOBLOCO 8 – NÍVEL INTERMEDIÁRIO – PORTUGUÊS