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201) 
202) 
Língua Portuguesa para TSE Unificado - 2024
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3gldq
Ordenação: Por Matéria e Assunto (data)
www.tecconcursos.com.br/questoes/66645
CEBRASPE (CESPE) - AJ TST/TST/Judiciária/"Sem Especialidade"/2008
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Indefinidos
Muitas coisas nos diferenciam dos outros animais, mas nada é mais marcante do que a nossa
capacidade de trabalhar, de transformar o mundo segundo nossa qualificação, nossa energia, nossa
imaginação. Ainda assim, para a grande maioria dos homens, o trabalho nada mais é do que puro
desgaste da vida. Na sociedade capitalista, a produtividade do trabalho aumentou simultaneamente a tão
forte rotinização, apequenamento e embrutecimento do processo de trabalho de forma que já não há
nada que mais nos desagrade do que trabalhar. Preferimos, a grande maioria, fazer o que temos em
comum com os outros animais: comer, dormir, descansar, acasalar.
Nossa capacidade de trabalho, a potência humana de transformação e emancipação de todos, ficou
limitada a ser apenas o nosso meio de ganhar pão. Capacidade, potência, criação, o trabalho foi
transformado pelo capital no seu contrário. Tornou-se o instrumento de alienação no sentido clássico da
palavra: o ato de entregar ao outro o que é nosso, nosso tempo de vida.
 
Emir Sader. Trabalhemos menos, trabalhemos todos. In: Correio Braziliense, 18/11/2007 (com adaptações).
Julgue o seguinte item a respeito do texto acima.
 
No primeiro período do texto, o pronome "nada" integra, como auxiliar da ênfase, uma expressão
comparativa; mas, no terceiro período, o mesmo pronome perde o sentido comparativo pela presença do
"não".
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/460237
CEBRASPE (CESPE) - APPGE (SEDF)/SEDF/Apoio Administrativo/2017
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Interrogativos
Não têm conta entre nós os pedagogos da prosperidade que, apegando-se a certas soluções onde,
na melhor hipótese, se abrigam verdades parciais, transformam-nas em requisito obrigatório e único de
todo progresso. É bem característico, para citar um exemplo, o que ocorre com a miragem da
alfabetização. Quanta inútil retórica se tem desperdiçado para provar que todos os nossos males ficariam
resolvidos de um momento para o outro se estivessem amplamente difundidas as escolas primárias e o
conhecimento do abc.
 
A muitos desses pregoeiros do progresso seria difícil convencer de que a alfabetização em massa não é
condição obrigatória nem sequer para o tipo de cultura técnica e capitalista que admiram.
Desacompanhada de outros elementos fundamentais da educação, que a completem, é comparável, em
certos casos, a uma arma de fogo posta nas mãos de um cego.
 
Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil. 27.ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2015 (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, que trata de aspectos gramaticais do texto.
https://www.tecconcursos.com.br/s/Q3gldq
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/66645
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/460237
203) 
 
O vocábulo “Quanta” classifica-se, na oração em que ocorre, como pronome interrogativo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/4115
CEBRASPE (CESPE) - AUFC (TCU)/TCU/Controle Externo/2005
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Interrogativos
Quem são esses senhores
 
Para entender os senhores de Davos, temos de recorrer à história da filosofia e ao filósofo Pitágoras, o
homem que, primeiro, conseguiu esta proeza extraordinária do pensamento humano: dissociou o número
da coisa numerada.
Antes de Pitágoras, era necessário que duas vacas e dois bois se apresentassem diante do comerciante
para que ele pudesse concluir que duas vacas mais dois bois perfaziam um total de quatro animais. Se
vacas e bois, cansados de ser contados, resolvessem pastar no campo, as aritméticas dos comerciantes
desmaiariam.
Pitágoras veio e disse: "Façamos abstração dos números, pensemos números abstratamente." O filósofo
separou os números das vacas numeradas e deu certo: as contas podiam ser feitas, mesmo na ausência
dos animais, pouco dispostos. Foi um extraordinário avanço para o ser humano...e para as vacas, que
puderam pastar em paz.
Hoje, neste mesmo instante em que estamos aqui reunidos discutindo os malefícios da globalização, o
que estarão fazendo os Senhores de Davos? Estão fazendo exatamente o contrário de Pitágoras - estão
reificando, coisificando os números... e fazendo abstração dos seres humanos.
Os Senhores de Davos pensam no lucro abstrato e esquecem a fome concreta. Os números passam a ser
o sujeito da História: alíquotas, juros, índices Dow Jones e Nasdaq, dividendos... Não a saúde, a
educação, o trabalho, a habitação e o lazer, porque estas são preocupações humanitárias e não
econômicas.
Essa visão de Economia Abstrata opera tremenda divisão da Humanidade, que se torna tríade: a Primeira
Humanidade, que controla o Deus-Mercado, verdadeira senhora do mundo; a Segunda Humanidade,
que, a qualquer título, está dentro do Mercado; e a Terceira Humanidade, descartável, inútil, encontrese
ela nos extremos da África ou no ventre dos Estados Unidos.
Não quero parodiar filósofos, não quero imitar Descartes, mas creio que hoje devemos dizer: "Eu estou
no mercado, logo existo". Ai de quem não puder pronunciar essa frase terrível: será condenado à
Terceira Humanidade e será, com ela, descartado!
Nós queremos a Paz, não a Guerra! Queremos Paz, sim, mas nunca a Passividade! Queremos conter a
metástase da globalização.
 
Augusto Boal. Revista Caros Amigos, n.o 47, fev./2001, p.10 (com adaptacões).
Acerca das idéias desenvolvidas no texto e de aspectos gramaticais, julgue o item subseqüente.
Na expressão interrogativa "o que", pode-se suprimir "o", sem prejuízo para a correção gramatical.
 
 
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/4115
204) 
205) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/2531734
CEBRASPE (CESPE) - Prof I (Pref Recife)/Pref Recife/Sem Área/2023
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Demonstrativos
Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais,de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em que a
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No segundo parágrafo, o pronome ‘Este’ veicula a mesma ideia de agora, considerado o contexto
enunciativo da fala citada.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/596156
CEBRASPE (CESPE) - AJ (STM)/STM/Apoio Especializado/Revisão de Texto/2018
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Demonstrativos
Texto 6A1AAA
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2531734
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/596156
206) 
Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que se não confundiu
imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado,confundido ou imaginado
nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se não é erro tomar as palavras à
letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. Porém, esta suprema máxima não pode
ser utilizada como desculpa universal que a todos nos absolveria de juízos coxos e opiniões mancas.
Quem não sabe deve perguntar, ter essa humildade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la
sempre presente o revisor, tanto mais que nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde
agora está trabalhando, pois não faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e
prudência de não acreditar cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores,
não da ignorância. Nestas ajoujadas estantes, milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma
curiosidade inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento.
Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diversas fontes de
informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as tecnologias da
informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, é altura de dizê-lo, inclui-
se entre os mais mal pagos do orbe. Um dia, mas Alá é maior, qualquer corrector de livros terá ao seu
dispor um terminal de computador que o manterá ligado, noite e dia, umbilicalmente, ao banco central
de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar que entre esses dados do saber total não se tenha
insinuado, como o diabo no convento, o erro tentador.
Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, e as
palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá fixar num
sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as explicações do universo,
também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre oferece subitamente outra
interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidência do seu erro próprio .Aqui, neste
escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma cara sobreposta às infinitas máscaras variantes,
estão os costumados dicionários da língua e vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas,
algumas gramáticas, o Manual do Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6.
 
Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se segue.
 
O emprego de “neste” decorre da presença do vocábulo “Aqui”, de modo que sua substituição por nesse
resultaria em incorreção gramatical.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/693174
CEBRASPE (CESPE) - Diplomata/IRBr/2018
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Demonstrativos
Texto X
A facilidade de comunicações acabou com esses tanques em que floresciam as diferentes culturas.
Quando antes se olhava o mapa-múndi e via-se cada país de um colorido diferente, podia-se tomar isso
ao pé da letra. É verdade que o mundo continuou a ser uma colcha de retalhos; mas são todos da
mesma cor. Bombaim, Roma, Tóquio, que se escondiam, cada um com seu peculiar mistério, nos
compartimentos estanques da sua própria civilização, agora, a julgar pelos filmes, estão perfeitamente
padronizados, universalizados.
E, no mundo de hoje, para desconsolo dos descendentes de Sindbad e de Marco Polo, a única cor local
das cidades famosas são os turistas.
Mário Quintana. Mapa-múndi. In: Prosa&Verso. Porto Alegre: Globo, 1978, p. 60.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/693174
207) 
208) 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto X, julgue (C ou E) o item a seguir.
Caso o pronome “esses” (R.1) fosse substituído por estes, seriam mantidas a correção gramatical do
período e as principais informações veiculadas pelo texto, mas haveria maior distanciamento do autor
com relação aos “tanques em que floresciam as diferentes culturas”
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1609655
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Demonstrativos
No dia seguinte, estando na repartição, recebeu Camilo este bilhete de Vilela: “Vem já, já, à nossa
casa; preciso falar-te sem demora”. Era mais de meio-dia. Camilo saiu logo; na rua, advertiu que teria
sido mais natural chamá-lo ao escritório; por que em casa?(...)
 
A cartomante foi à cômoda, sobre a qual estava um prato com passas, tirou um cacho destas, começou a
despencá-las e comê-las, mostrando duas fileiras de dentes que desmentiam as unhas. (...)
 
Machado de Assis. A cartomante. In: Obra completa.
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, v. II, 1994.
 
A respeito do trecho do conto apresentado, julgue o próximo item.
 
Tanto em “recebeu Camilo este bilhete de Vilela” quanto em “tirou um cacho destas”, os pronomes
demonstrativos foram empregados para retomar termos antecedentes.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/65620
CEBRASPE (CESPE) - TJ TRE ES/TRE ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2011
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Demonstrativos
No Brasil, a tradição política no tocante à representação gira em torno de três ideias fundamentais.
A primeira é a do mandato livre e independente, isto é, os representantes, ao serem eleitos, não têm
nenhuma obrigação, necessariamente, para com as reivindicações e os interesses de seus eleitores. O
representante deve exercer seu papel com base no exercício autônomo de sua atividade, na medida em
que é ele quem tem a capacidade de discernimento para deliberar sobre os verdadeiros interesses dos
seus constituintes. A segunda ideia é a de que os representantes devem exprimir interesses gerais, e não
interesses locais ou regionais. Os interesses nacionais seriam os únicos e legítimos a serem
representados. A terceira ideia refere-se ao princípio de que o sistema democrático representativo deve
basear-se no governo da maioria. Praticamente todas as leis eleitorais que vigoraram no Brasil buscaram
a formação de maiorias compactas que pudessem governar.
 
Gilberto Bercovici. A origem do sistema eleitoral proporcional no Brasil. In: Estudos Eleitorais, TSE, vol. 5,
n.º 2, 2010, p. 53. Internet: <www.tse.gov.br> (com adaptações) .
Julgue o item que se segue, relativo às estruturas sintáticas e semânticas do texto.
 
Em "A segunda ideia é a de que", o "a" que precede "de que" poderiaser retirado, sem acarretar
prejuízo à correção gramatical, ao passo que, em "A primeira é a do", o "a" que precede "do" não
poderia ser retirado, visto que substitui a palavra "ideias".
Certo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609655
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/65620
209) 
210) 
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/4036
CEBRASPE (CESPE) - AUFC (TCU)/TCU/Controle Externo/2005
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Demonstrativos
 
A exaltação do indivíduo, como representante dos mais elevados valores humanos que esta sociedade
produziu, combinada ao achatamento subjetivo sofrido pelos sujeitos sob os apelos monolíticos da
sociedade de consumo, produz este estranho fenômeno em que as pessoas, despojadas ou
empobrecidas em sua subjetividade, dedicam-se a cultuar a imagem de outras, destacadas pelos meios
de comunicação como representantes de dimensões de humanidade que o homem comum não
reconhece em si mesmo. Consome-se a imagem espetacularizada de atores, cantores, esportistas e
alguns (raros) políticos, em busca do que se perdeu exatamente como efeito da espetacularização da
imagem: a dimensão, humana e singular, do que pode vir a ser uma pessoa, a partir do singelo ponto de
vista de sua história de vida.
Maria Rita Kehl. O fetichismo. In: Emir Sader (Org.). Sete pecados do capital. Rio de Janeiro/ São Paulo:
Record, 1999.
Com base nas idéias e nos aspectos morfossintáticos do texto, julgue o seguinte item.
O emprego do pronome "esta" tem o efeito de marcar a atualidade do texto.
 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2271063
CEBRASPE (CESPE) - APO (SEPLAN RR)/SEPLAN RR/Planejamento e Orçamento/2023
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto CB1A1
A governabilidade refere-se à capacidade política de governar, que deriva da relação de legitimidade do
Estado e do seu governo com a sociedade. Está presente quando a população legitima o exercício do
poder pelo Estado. A legitimidade, nesse contexto, deve ser entendida como a aceitação do poder do
governo ou do Estado pela sociedade.
Nesse sentido, os cidadãos e a cidadania organizada são a fonte ou a origem principal da
governabilidade, ou seja, é a partir deles (e de sua capacidade de articulação em partidos, associações e
demais instituições representativas) que surgem e se desenvolvem as condições para a governabilidade
plena.
Vinculada à dimensão estatal, governabilidade diz respeito às condições sistêmicas e institucionais sob as
quais se dá o exercício do poder, tais como as características do sistema político, a forma de governo, as
relações entre os poderes, o sistema de intermediação de interesses. Representa, assim, um conjunto de
atributos essenciais ao exercício do governo, sem os quais nenhum poder pode ser exercido.
Há três dimensões inerentes ao conceito de governabilidade: capacidade do governo de identificar
problemas críticos e de formular políticas adequadas ao enfrentamento desses problemas, capacidade de
mobilizar meios e recursos necessários à execução e à implantação das políticas públicas e capacidade de
liderança do Estado, sem a qual as decisões se tornam ineficientes. A governabilidade, então, significa
que o governo deve tomar decisões amparadas em um processo que inclua a participação dos diversos
setores da sociedade, dos poderes constituídos, das instituições públicas e privadas e dos segmentos
representativos da sociedade, para garantir que as escolhas atendam aos anseios da sociedade e contem
com seu apoio na implementação de programas e projetos e na fiscalização dos serviços públicos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/4036
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2271063
211) 
Sob esse enfoque, significa a participação dos diversos setores da sociedade nos processos decisórios
que dizem respeito às ações do poder público, uma vez que incorpora a articulação do aparelho estatal
ao sistema político de uma sociedade, ampliando o leque possível e indispensável à legitimidade e ao
suporte das ações governamentais em busca de sua eficácia.
Em resumo, governabilidade refere-se às condições do ambiente político em que se efetivam ou se
devem efetivar as ações da administração, à base de legitimidade dos governos, à credibilidade e à
imagem públicas da burocracia. Desse modo, o desafio da governabilidade consiste em conciliar os
muitos interesses desses atores (na maioria, divergentes) e reuni-los em um objetivo comum (ou em
vários objetivos comuns) a ser perseguido por todos. Assim, a capacidade de articular-se em alianças
políticas e pactos sociais constitui-se em fator crítico para a viabilização dos objetivos do Estado. Essa
tentativa de articulação que a governabilidade procura é uma forma de intermediação de interesses.
 
Thiago Antunes da Silva.
Conceitos e evolução da administração pública: o desenvolvimento do papel administrativo, 2017. Internet:
<www.online.unisc.br> (com adaptações).
 
No que concerne aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
No primeiro período do primeiro parágrafo, o pronome “que” retoma a expressão “capacidade política de
governar”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2338529
CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em
liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário
estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a
permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O
foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de
modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da
quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos
contra invasões arbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de
busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um
delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida
mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no
banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre
quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o
material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente
utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca
e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a
esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência
de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado.
Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338529
212) 
213) 
sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou
quando os interesses do Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue com base em aspectos linguísticos do texto 1A1.
 
No trecho “em que há suspeita individualizada da existência de entorpecentes” (segundo período do
terceiro parágrafo), a substituição de “em que” por onde prejudicaria a correção do texto.
Certo
Erradowww.tecconcursos.com.br/questoes/2368653
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto 2A2-III
 
Justiça é justiça social. É atualização dos princípios condutores, emergindo nas lutas sociais, para levar à
criação de uma sociedade em que cessem a exploração e a opressão do homem pelo homem. O direito
não é mais, nem menos, do que a expressão daqueles princípios supremos, como modelo avançado de
legítima organização social da liberdade. Mas até a injustiça como também o antidireito (isto é, a
constituição de normas ilegítimas e sua imposição em sociedades mal organizadas) fazem parte do
processo, pois nem a sociedade justa, nem a justiça corretamente vista, nem o direito mesmo, o
legítimo, nascem de um berço metafísico ou são presente generoso dos deuses: eles brotam nas
oposições, no conflito, no caminho penoso do progresso, com avanços e recuos.
 
Direito é processo, dentro do processo histórico. Não é uma coisa feita, perfeita e acabada. É aquele vir a
ser que se enriquece nos movimentos de libertação das classes e dos grupos ascendentes e que definha
nas explorações e opressões que o contradizem, mas de cujas próprias contradições brotarão as novas
conquistas.
 
Roberto Lyra Filho. O que é direito. São Paulo: Brasiliense, 2003, p. 86 (com adaptações).
 
Acerca de aspectos gramaticais do texto 2A2-III, julgue o item subsequente.
 
No texto, a forma pronominal “cujas” resulta da contração do pronome relativo cujo com o artigo
feminino definido as.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2520615
CEBRASPE (CESPE) - ATM (Pref Fortaleza)/Pref Fortaleza/2023
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto CG1A1-I
Responsabilidade fiscal combina com responsabilidade social?
Quando analistas do mercado financeiro e economistas ditos “ortodoxos” referem-se à necessidade de
haver responsabilidade fiscal, parece, à primeira vista, que estão se referindo à necessidade de o Estado
não realizar gastos (ou abrir mão de receitas públicas) de modo descontrolado, eleitoreiro e ineficiente,
aumentando aceleradamente a dívida pública (em proporção do PIB) sem um planejamento econômico-
orçamentário de médio e longo prazo. Se fosse somente isso, se fossem somente essas as suas
preocupações, não haveria muita polêmica, visto que os políticos e os economistas que questionam a
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368653
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2520615
214) 
visão do mercado financeiro também concordam com esses parâmetros para qualificar a
responsabilidade fiscal.
O problema está em alguns diagnósticos e causalidades evocados pelos economistas porta-vozes do
mercado financeiro, que podemos sintetizar em duas ideias centrais.
A primeira ideia central é a de que a economia brasileira apresentaria historicamente um sério “risco
fiscal”, suficiente para tirar o sono daqueles que compram títulos da dívida pública. Exatamente por esse
grave risco fiscal, argumenta o economista ortodoxo, é que haveria a necessidade de o Banco Central
manter a taxa de juros reais nas alturas, colocando o Brasil quase sempre na posição de país com a
maior taxa de juros reais no mundo. Os maiores juros reais do mundo seriam uma espécie de prêmio
exigido de modo justo e justificado pelos “investidores” que emprestam seus recursos ao governo: maior
risco, maior incerteza, maior prêmio — uma simples e sadia “lei do mercado”.
A segunda ideia central é a de que a inflação decorreria de um excesso de demanda na economia. Não
adianta apresentar dados objetivos indicando que, em muitos casos, a inflação é gerada por choques de
oferta que nada têm a ver com excesso de demanda. A partir desse diagnóstico imutável (e imune aos
fatos) de que a inflação — ou o risco de inflação — seria sempre um problema de excesso de demanda,
os porta-vozes do mercado estão sempre cobrando do governo que colabore para a redução da demanda
e modere seus gastos (exceto o gasto com os juros da dívida pública), e estão sempre cobrando do
Banco Central que aumente a taxa básica de juros diante de qualquer tipo de sinal de pressão
inflacionária, pois o aumento dos juros causa refluxo da demanda — demissões, queda nos investimentos
— e esse refluxo da demanda combateria eficazmente a inflação.
Podemos agora formular com precisão: o mercado financeiro não vê antagonismo entre responsabilidade
fiscal e responsabilidade social porque, em sua visão, a primeira é sempre uma pré- condição para a
segunda. Como o mercado financeiro sempre vê um risco fiscal significativo na economia brasileira,
nunca estará satisfeito com o nível de responsabilidade fiscal demonstrado pelo governo, nunca achará
que já estamos em condições de avançar com segurança nas tarefas sociais e sempre tachará de
“populista” ou “demagógica” qualquer alternativa que signifique abandonar esse beco sem saída ao qual
o país foi condenado nas últimas décadas.
Internet: <anima.pucminas.br> (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
No trecho “que podemos sintetizar em duas ideias centrais” (terceiro parágrafo), o vocábulo “que” pode
ser substituído, com correção gramatical, por os quais.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2035865
CEBRASPE (CESPE) - Tec (FUB)/FUB/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto CB2A1-I
Ser mais humano em meio a um mundo cada vez mais digital — esse é o grande desafio das
organizações para o ano de 2022 no Brasil e em todo o mundo. O equilíbrio entre home office e
escritório, em um modelo híbrido de trabalho, deve ser a tendência para os próximos anos. E, no
contexto da vida pós-pandemia, há desafios que os departamentos de recursos humanos (RH) vão
enfrentar para manter uma relação saudável e positiva entre empresas e colaboradores e garantir, ainda,
a produtividade do negócio. E no meio de tudo isso, a tecnologia mais uma vez surge como a
viabilizadora de bons resultados.
O primeiro desafio do RH é demonstrar segurança em um mundo de incertezas. É fundamental que toda
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2035865
215) 
a comunicação da companhia com seus colaboradores seja feita de maneira clara, precisa e sem
hesitação, para evitar dúvidas e ansiedades, transmitindo-se segurança às equipes de trabalho. Nesse
sentido, uma plataforma digital workplace, a famosa intranet, é uma ferramenta indispensável para
sustentar uma comunicação de fato eficiente.
Não há mais espaço para um modelo de trabalho independente e não colaborativo nas organizações,
depois de quase dois anos de mudanças profundas nas relações de trabalho. Se o RH não dá as
respostas certas no tempo certo, os gestores tendem a agir sozinhos em busca de soluções para seus
desafios de atração e retenção de talentos. O resultado é uma desvalorização da área de recursos
humanos, que é um dos pilares para a produtividade e sustentabilidade de qualquer empresa.
O suporte da tecnologia ganha um papel cada vez mais estratégico para apoiar a tomada de decisão, que
precisa ser cada vez mais humanizada. Não se trata de usar a tecnologia para automatizar e otimizar
processos em uma estrutura “robotizada”, mas de ampliar o uso de ferramentas que humanizem as
relações a partir de dados mais ricos e informações mais completas e valiosas, para buscar o melhor
tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa.
Em 2022, o foco deve ser encontrar soluções que possam resolver os desafios da gestão de capital
humano das organizações. Mesmo com toda a tecnologia existente, a ideia não é substituir pessoas, mas
conferir-lhes poder para que suas tomadas de decisões sejam ainda melhores. É a tecnologia viabilizando
relações mais humanas, precisas, por meio de dados reais, confiáveis. Esse é o caminho para o futuro.
Robson Campos. Internet: <www.abeinfobrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte item.
 
Em “há desafios que os departamentos de recursoshumanos (RH) vão enfrentar” (terceiro período do
primeiro parágrafo), o emprego do vocábulo “que” atribui ao trecho o sentido de que os “desafios”
pertencem aos “departamentos de recursos humanos”, logo seria gramaticalmente correto substituir o
segmento “que os” por cujos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2155999
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto 10A1-I
A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para
denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino
específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores
brasileiros do século 20.).
Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a
entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é
difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente
discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade,
priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso
neutro.
Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a
interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e
substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de
gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2155999
216) 
O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições
de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez
de recorrer à demarcação de gênero binário.
Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e
custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas
anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção
daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os
substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de
um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é
demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo
a ou o (como em a intérprete).
Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições
mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do
português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a
história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem
vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já
existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os
falantes.
Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto 10A1-I, julgue o item que se segue.
 
Os vocábulos “onde” (primeiro período do quinto parágrafo) e “que”, no segmento “em que” (sexto
parágrafo), estão empregados como pronomes relativos e, como “onde” e “em que” apresentam sentido
semelhante, estes são intercambiáveis no texto, sem prejuízo da correção gramatical.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1729607
CEBRASPE (CESPE) - Of (PM AL)/PM AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto CB1A1-I
Tradicionalmente, as conquistas democráticas nas sociedades modernas estiveram associadas à
organização de movimentos sociais que buscavam a expansão da cidadania. Foi assim durante as
revoluções burguesas clássicas nos séculos XVII e XVIII. Também a organização dos trabalhadores
industriais nos séculos XIX e XX foi responsável pela ampliação dos direitos civis e sociais nas
democracias liberais do Ocidente. De igual maneira, as demandas dos chamados novos movimentos
sociais, nos anos 70 e 80 do século XX, foram responsáveis pelo reconhecimento dos direitos das
minorias sociais (grupos étnicos minoritários, mulheres, homossexuais) nas sociedades contemporâneas.
Em todos esses casos, os espaços privilegiados das ações dos grupos organizados eram os Estados
nacionais, espaços privilegiados de exercício da cidadania. Contudo, a expansão do conjunto de
transformações socioculturais, tecnológicas e econômicas, conhecido como globalização, nas últimas
décadas, tem limitado de forma significativa os poderes e a autonomia dos Estados (pelo menos os dos
países periféricos), os quais se tornam reféns da lógica do mercado em uma época de extraordinária
volatilidade dos capitais.
Manoel Carlos Mendonça Filho et al. Polícia, direitos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1729607
217) 
218) 
humanos e educação para a cidadania. Internet: <corteidh.or.cr> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
 
No final do segundo parágrafo, a substituição do termo “os quais” por onde manteria a correção
gramatical e o sentido do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1190267
CEBRASPE (CESPE) - Ana Min (MPE CE)/MPE CE/Administração/2020
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
“Desprezo o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito a dizê-lo.” É com essa afirmação
atribuída a Voltaire, filósofo do iluminismo francês, que Nigel Warburton principia o seu ensaio sobre
liberdade de expressão. A liberdade de expressão — entendida em sentido amplo, em que se incluem a
palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas, entre
outros — é um direito consagrado no artigo 19.º da Declaração Universal dos Direitos do Homem, de
1948.
A liberdade de expressão é particularmente valiosa em uma sociedade democrática, ao ponto de haver
quem sustente que, na ausência de uma ampla liberdade de expressão, nenhum governo seria de todo
legítimo e não deveria ser denominado democrático. Essa é a perspectiva defendida por Ronald Dworkin,
para quem “A livre expressão é uma das condições de um governo legítimo. As leis e políticas não são
legítimas a menos que tenham sido adotadas por meio de um processo democrático, e um processo não
é democrático se o governo impediu alguém de exprimir as suas convicções acerca de quais devem ser
essas leis e políticas”.
Desde os alvores da democracia ateniense, são sobejamente conhecidas as suas relações com a
argumentação e a retórica. Porém, tal como a retórica e a argumentação podem ser postas ao serviço da
mentira e da manipulação, também em relação à liberdade de expressão se coloca a questão dos seus
limites.
Internet: <https://agora-m.blogs.sapo.pt> (com adaptações).
Acerca das ideias, dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item, seguinte.
 
Sem prejuízo para a correção gramatical e para os sentidos originais do texto, o trecho “em que se
incluem a palavra escrita, as peças teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas,
entre outros” poderia ser reescrito da seguinte forma: onde se incluem a palavra escrita, as peças
teatrais, os filmes, os vídeos, as fotografias, os cartuns, as pinturas e entre outros.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1100377
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Arte/Educação Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
O professor que realmente ensina, quer dizer, quetrabalha os conteúdos no quadro da
rigorosidade do pensar certo, nega, como falsa, a fórmula farisaica do “faça o que eu mando, e não o
que eu faço”. Quem pensa certo está cansado de saber que as palavras a que falta a corporeidade do
exemplo pouco ou nada valem. Pensar certo é fazer certo.
Que podem pensar alunos sérios de um professor que, há dois semestres, falava com quase ardor sobre
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1190267
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1100377
219) 
a necessidade da luta pela autonomia das classes populares e hoje, dizendo que não mudou, faz o
discurso pragmático contra os sonhos e pratica a transferência de saber do professor para o aluno?
Não há pensar certo fora de uma prática testemunhal que o rediz em lugar de desdizê-lo. Não é possível
ao professor pensar que pensa certo, mas, ao mesmo tempo, perguntar ao aluno se “sabe com quem
está falando”.
O clima de quem pensa certo é o de quem busca seriamente a segurança na argumentação, é o de
quem, discordando do seu oponente, não tem por que contra ele ou contra ela nutrir uma raiva
desmedida, bem maior, às vezes, do que a razão mesma da discordância.
Paulo Freire. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. SP: Paz e Terra, 1996, p. 16
(com adaptações).
Acerca das ideias, dos sentidos e das propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
A substituição de “a que” por onde manteria a correção gramatical e os sentidos originais do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/354176
CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2016
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto
 
Naquele novo apartamento da rua Visconde de Pirajá pela primeira vez teria um escritório para trabalhar.
Não era um cômodo muito grande, mas dava para armar ali a minha tenda de reflexões e leitura: uma
escrivaninha, um sofá e os livros. Na parede da esquerda ficaria a grande e sonhada estante onde
caberiam todos os meus livros. Tratei de encomendá-la a seu Joaquim, um marceneiro que tinha oficina
na rua Garcia D’Ávila com Barão da Torre.
 
O apartamento não ficava tão perto da oficina. Era quase em frente ao prédio onde morava Mário
Pedrosa, entre a Farme de Amoedo e a antiga Montenegro, hoje Vinicius de Moraes. Estava ali havia uma
semana e nem decorara ainda o número do prédio. Tanto que, quando seu Joaquim, ao preencher a nota
de encomenda, perguntou-me onde seria entregue a estante, tive um momento de hesitação. Mas foi só
um momento. Pensei rápido: “Se o prédio do Mário é 228, o meu, que fica quase em frente, deve ser
227”. Mas lembrei-me de que, ao ir ali pela primeira vez, observara que, apesar de ficar em frente ao do
Mário, havia uma diferença na numeração.
 
― Visconde de Pirajá, 127 ― respondi, e seu Joaquim desenhou o endereço na nota.
― Tudo bem, seu Ferreira. Dentro de um mês estará lá sua estante.
― Um mês, seu Joaquim! Tudo isso? Veja se reduz esse prazo.
― A estante é grande, dá muito trabalho... Digamos, três semanas.
 
Ferreira Gullar. A estante. In: A estranha vida banal. Rio de Janeiro: José Olympio, 1989 (com adaptações).
 
Julgue o seguinte item, a respeito de aspectos linguísticos do texto.
 
Seria mantida a correção do texto caso o trecho “onde caberiam” fosse substituído por que caberia.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1963489
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2016
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/354176
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1963489
220) 
221) 
222) 
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Em agosto de 1954, chegava ao fim o governo de Getúlio Vargas, mergulhado em profunda crise
política cujo desfecho dramático foi o suicídio do presidente. Dez anos mais tarde, o trabalhismo
defendido pelos seguidores de Vargas e seus aliados foi apeado do poder com o golpe que derrubou o
presidente João Goulart. Passados os dez primeiros anos do regime militar, as eleições legislativas de
1974 expressaram o crescente sentimento oposicionista da sociedade em relação ao autoritarismo.
Começava o tortuoso e difícil caminho da transição que, ao cabo de dez anos, levaria o país a
reencontrar-se com as liberdades democráticas.
Considerando o trecho acima, julgue os itens de 78 a 86 e assinale a opção correta no item 87, que é do
tipo C.
 
Na linha 2, o pronome “cujo” tem como referente o termo “profunda crise política”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/288405
CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2015
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto III
A UnB investe em ideias e projetos comprometidos com a crítica social e a reflexão. Muitas dessas
experiências têm fomentado o debate nacional de temas polêmicos da realidade brasileira, das quais uma
foi a criação, em 2003, de cotas no vestibular para inserir negros e indígenas na universidade e ajudar a
corrigir séculos de exclusão racial. A medida foi polêmica, mas a UnB — a primeira universidade federal a
adotar o sistema — buscou assumir seu papel na luta por um projeto de combate ao racismo e à
exclusão.
Outra inovação é o Programa de Avaliação Seriada (PAS), criado como alternativa ao vestibular, em que
candidatos são avaliados em provas aplicadas ao término de cada uma das séries do ensino médio. A
intenção é a de estimular as escolas a preparar melhor o aluno, com conteúdos mais densos desde o
primeiro ano do ensino médio. Em treze anos de criação, mais de oitenta mil estudantes participaram
desse processo seletivo, dos quais 13.402 tornaram-se calouros da UnB.
Internet: < www.unb.br> (com adaptações).
Julgue o item que se segue com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto III.
 
Na linha 5, o pronome relativo “que” refere-se a “vestibular”.
 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/317826
CEBRASPE (CESPE) - AJ (TJDFT)/TJDFT/Apoio Especializado/Medicina - Clínica Médica/2015
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
O Programa de Responsabilidade Socioambiental Viver Direito do TJDFT foi instituído por meio da
Portaria GPR n.º 1.313/2012. As bases do Programa Viver Direito, seus objetivos e sua meta permanente
são apresentados, respectivamente, nos artigos 1.º, 2.º e 3.º da referida portaria, os quais são
transcritos abaixo:
 
Art. 1.º Reeditar o Programa de Responsabilidade Socioambiental do TJDFT Viver Direito, cuja base é a
Agenda Socioambiental do TJDFT que, em permanente revisão, estabelece novas ações sociais e
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/288405
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/317826
223) 
ambientais e as integra às existentes no âmbito do Poder Judiciário do Distrito Federal e Territórios,
visando à preservação e à recuperação do meio ambiente, por meio de ações sociais sustentáveis, a fim
de torná-lo e mantê-lo ambientalmente correto, socialmente justo e economicamente viável.
 
Art. 2.º O Programa de Responsabilidade Socioambiental Viver Direito objetiva indicar e programar ações
bem como sensibilizar os públicos interno e externo quanto ao exercício dos direitos sociais, à gestão
adequada dos resíduos gerados pelo órgão, ao combate a todas as formas de desperdício dos recursos
naturais e à inclusão de critérios socioambientais nos investimentos, nas construções, nas compras e nas
contratações de serviços da instituição.
 
Art. 3.º Define-se como meta permanente do Viver Direito a gestão ambientalmente saudável,
caracterizada pela adoção de práticas ecologicamente eficientes, que visem poupar matéria-prima, água
e energia, bem como enfatizem a reciclagem de resíduos e a promoção da cidadania e da paz social, com
base no desenvolvimento do ser humano e na preservação da vida.
Internet: <www.tjdft.jus.br> (com adaptações).
A respeito das estruturas linguísticas do texto precedente, julgue o item subsequente.
O antecedente do pronome relativo “cuja” é “base”, o que justifica o emprego do feminino singular nesse
pronome.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/162781
CEBRASPE (CESPE) - AJ (STF)/STF/Apoio Especializado/Comunicação Social/2013Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Texto para o item
Durante o século passado, a doutrina da tábula rasa norteou os trabalhos de boa parte das ciências
sociais e humanidades. Uma longa e crescente lista de conceitos que pareceriam naturais ao modo de
pensar humano (emoções, parentesco, sexo, doença, natureza, mundo) passou a ser vista como
inventada ou socialmente construída.
A tábula rasa frequentemente anda em companhia de duas outras doutrinas que também alcançaram
status sagrado na vida intelectual moderna.
Uma dessas doutrinas é geralmente atribuída a Descartes (1596-1650). Para ele, existe uma grande
diferença entre mente e corpo, porquanto o corpo é, por natureza, sempre divisível, e a mente,
inteiramente indivisível. Ele contestou Thomas Hobbes (1588-1617), que dizia que a mente podia operar
segundo princípios físicos, e argumentou que, ao contrário, o comportamento, especialmente a fala, não
era causado por nada, e sim, livremente escolhido. Um nome memorável para a doutrina defendida por
Descartes foi dado três séculos depois pelo filósofo Gilbert Ryle (1900-1976), que a considerava a teoria
“oficial”, o dogma do fantasma da máquina, segundo a qual o corpo e a mente estão atrelados, e,
enquanto o corpo está sujeito a leis mecânicas, a mente não existe no espaço nem suas operações estão
sujeitas a leis mecânicas.
A outra teoria que acompanha a tábula rasa é comumente atribuída ao filósofo Jean-Jacques Rousseau
(1712-1778), embora, na verdade, provenha de John Dryden, em peça publicada em 1670:
Sou tão livre quanto o primeiro homem da Natureza,
Antes de começarem as ignóbeis leis da servidão,
Quando o nobre selvagem corria solto nas florestas.
O conceito do bom selvagem capta a crença de que os seres humanos, em seu estado natural, são
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/162781
224) 
altruístas, pacíficos e serenos, portanto males como a ganância, a ansiedade e a violência são produtos
da civilização.
Segundo Rousseau, muitos autores se precipitaram ao concluir que o homem é naturalmente cruel e
requer um sistema de polícia regular, para regenerar-se. Cita, por exemplo, Thomas Hobbes, segundo o
qual está evidente que, durante o tempo em que vivem sem um poder comum que os mantenha em
temor reverencial, os homens encontram-se naquela condição denominada guerra; e essa é de cada
homem contra cada homem. Hobbes acreditava que as pessoas somente poderiam escapar dessa
existência infernal se entregassem sua autonomia a uma pessoa ou assembleia soberana, um leviatã.
Muito depende de qual desses antropólogos de gabinete está correto. Se considerarmos que as pessoas
são bons selvagens, um leviatã dominador é desnecessário. De fato, ao forçar as pessoas a descrever a
propriedade privada para que ela seja reconhecida pelo leviatã, este cria a própria cobiça e beligerância
para cujo controle foi concebido. Se, em contraste, as pessoas são naturalmente perversas, o melhor que
podemos esperar é uma trégua precária, mantida graças à polícia e ao exército. As duas teorias também
têm, por conseguinte, implicações para a vida privada.
Steven Pinker. Tábula rasa: a negação contemporânea da natureza humana. São Paulo: Companhia da Letras,
2004, p. 24-8 (com adaptações)
 
Com base no conteúdo e nos elementos estruturais, de coesão e de coerência do texto, julgue o item a
seguir.
 
O emprego do elemento referencial “a qual” evita a repetição viciosa da palavra “máquina”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/821562
CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2013
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Um cientista chamado Francis Galton é considerado um dos fundadores do que chamamos hoje de
biometria: a aplicação de métodos estatísticos para estudo dos fenômenos biológicos. Sua pesquisa em
habilidades e disposições mentais, a qual incluía estudos de gêmeos idênticos, foi pioneira em
demonstrar que vários traços são genéticos. A paixão de Galton pela medição permitiu que ele abrisse,
em 1884, o Laboratório de Antropométrica na Exibição Internacional de Saúde, ondeele coletou
estatísticas de milhares de pessoas. Em 1892, Galton inventou o primeiro sistema moderno de impressão
digital. Adotado pelos departamentos de polícia em todo o mundo, a impressão digital era a forma mais
confiável de identificação, até o advento da tecnologia do DNA no século XX.
Os avanços comerciais na área da biometria começaram na década de 70 do século passado. Nessa
época, um sistema chamado Identimat foi instalado em um número de locais secretos para controle de
acesso. Ele mensurava a forma da mão e olhava principalmente para o tamanho dos dedos. A produção
do Identimat acabou na década de 80 do século passado. Seu uso foi pioneiro na aplicação da geometria
da mão e pavimentou o caminho para a tecnologia biométrica como um todo.
Paralelamente ao desenvolvimento da tecnologia de mão, a biometria digital estava progredindo nas
décadas de 60 e 70 do século XX. Nessa época, algumas companhias estavam envolvidas com
identificação automática das imagens digitais para auxiliar as forças policiais. O processo manual de
comparação de imagens digitais em registros criminais era longo e necessitava de muito trabalho. No
final dos anos 60, o FBI começou a checar automaticamente as imagens digitais e, na metade da década
de 70, já havia instalado certa quantidade de sistemas de scanners digitais automáticos. Desde então, o
papel da biometria nas forças policiais tem crescido rapidamente, e os AFIS (Automated Fingerprint
Identification Systems) são utilizados por um número significante de forças policiais em todo o mundo.
Internet: <www.consultoresbiometricos.com.br> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/821562
225) 
226) 
 
Com relação à estrutura linguística do texto, julgue o seguinte item.
 
Mantendo-se a correção gramatical e o sentido do texto, a expressão “a qual” poderia ser substituída por
que.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1377008
CEBRASPE (CESPE) - Ass Tec (TCE-RN)/TCE RN/Controle e Administração/2009
Língua Portuguesa (Português) - Pronomes Relativos
Trata-se de uma carta cujo enigma perdura e perdurará. Por isso, ela continua sempre atual,
continua a nos falar hoje sem que nenhum de nós também se julgue seu destinatário privilegiado ou seu
decodificador absoluto.
Estamos nos referindo à famosa Carta de Pero Vaz de Caminha dirigida em 1500 a el-rei dom Manuel,
anunciando a descoberta de uma nova terra. E se essa carta não tivesse chegado ao seu destino, ao seu
destinatário, se ela tivesse se extraviado, com se diz hoje no linguajar dos correios? Em virtude de
naufrágio, seria uma hipótese. Por errância sem fim da caravela no caminho de volta à pátria, ou seja,
por morte dos estafetas, seria outra hipótese. No entanto, a carta chegou ao seu destino. E, ao chegar
às mãos do rei, no momento mesmo em que o rei de Portugal dela toma posse, também toma posse da
terra e dos seres humanos por ela descritos pela primeira vez. A carta cria o acontecimento da
descoberta do Brasil por um país europeu. Ela sela de vez o devir ocidental e cristão de uma terra e de
seus habitantes, o devir de um futuro estado- nação chamado Brasil.
A Carta de Caminha serve, antes de tudo, para que todos aqueles aos quais ela não se destina reflitam
tanto sobre palavras e gestos que recobrem o encontro de dois bandos que se desconhecem, quanto
sobre o sentido do acontecimento histórico na época das descobertas e, mais ainda, sobre o papel
desempenhado pelos vários atores sociais na empreitada heroica.
Silviano Santiago. Navegar é preciso, viver.
In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia das Letras – Secretaria Municipal de Cultura,
1992, p. 464 (com adaptações).
A partir da argumentação do texto acima, bem como das estruturas linguísticas nele utilizadas, julgue o
item.
 
Se a opção fosse a de evitar o uso do pronome “cujo” (R.1), as relações entre as ideias do texto
permitiriam que, sem prejudicar a coerência ou a correção gramaticaldo texto, assim se iniciasse o
parágrafo: Trata-se de uma carta do qual o enigma perdura e perdurará.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1656065
CEBRASPE (CESPE) - Tec Cien (BASA)/BASA/Administração/2010
Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes
A discussão acerca da influência do pensamento econômico na teoria moderna é aparentemente
uma discussão metateórica, ou seja, de caráter metodológico. Mas, na ciência econômica, como de resto
nas ciências sociais em geral, não há consenso sobre a forma de evolução dos paradigmas.
Contrariamente ao que, em regra, acontece no mundo das ciências naturais, há aqui dúvidas a respeito
de se o conhecimento mais recente é necessariamente o melhor, o mais verdadeiro, ou seja, aquele que
incorporou produtivamente os desenvolvimentos teóricos até então existentes, tendo deixado de lado
aqueles que não se mostraram adequados a seu objeto.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1377008
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1656065
227) 
228) 
 
O economista Pérsio Arida tratou desse problema em um texto que se tornou clássico muito antes de ser
publicado. Afirma ali que o aprendizado da teoria econômica tem sido efetuado de acordo com dois
modelos distintos: o que ele chama de hard science, que ignora a história do pensamento e segundo o
qual o estudante deve familiarizar-se de imediato com o estágio atual da teoria, e o que ele chama de
soft science, que considera que o estudante deve conhecer bem, e, se possível, dominar, os clássicos do
passado, mesmo que em prejuízo de sua familiaridade com os desenvolvimentos mais recentes.
Acrescenta a esse enquadramento que, por trás do modelo hard science, está a ideia de uma “fronteira
do conhecimento”: o estudante não precisaria perder tempo com antigos pensadores, porque todas as
suas eventuais contribuições já estariam incorporadas ao estado atual da teoria. De outro lado,
subjacente à visão do modelo soft science, estaria a ideia de que o conhecimento está disperso
historicamente, ensejando a necessidade de os estudantes se dedicarem a esses pensadores.
Leda Maria Paulani. Internet: <www.fipe.org.br> (com adaptações).
 
Acerca do texto, julgue o item a seguir.
 
Os pronomes “aqui” e “ali”, que geralmente denotam referência a lugar, são usados no texto para
retomar objetos concretos.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1943282
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2008
Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes
Os rios recebem, no seu percurso, pedaços de pau, folhas
secas, penas de urubu
E demais trombolhos.
Seria como o percurso de uma palavra antes de chegar ao
poema.
As palavras, na viagem para o poema, recebem nossas
torpezas, nossas demências, nossas vaidades.
E demais escorralhas.
As palavras se sujam de nós na viagem.
Mas desembarcam no poema escorreitas: como que
filtradas.
E livres das tripas do nosso espírito.
Manoel de Barros. Ensaios fotográficos. Rio de Janeiro: Record, 2000, p. 21.
Considerando as idéias do poema acima e suas inter-relações com a literatura, a geografia e a história
brasileiras, julgue os itens a seguir.
 
O desenvolvimento das idéias no poema indica que, no verso 9, por impossibilidade de se usar um
pronome pessoal como objeto indireto em uma construção reflexiva, o elemento “nós” deve ser
interpretado como substantivo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/54763
CEBRASPE (CESPE) - PCF/PF/Área 1/1997
Língua Portuguesa (Português) - Questões Mescladas sobre Pronomes
Um perito criminal federal deverá executar exames periciais em documentos, moedas, mercadorias
e instrumentos utilizados na prática da infração penal, em locais de crime ou de sinistro, bem como
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1943282
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/54763
229) 
230) 
realizar a coleta dos dados necessários à complementação dessas perícias.
A partir dessa estrutura sintática, julgue o seguinte item.
Não há pronomes de qualquer natureza nesse período.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368592
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Texto 2A2-I
 
O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência da
história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em uma visão
automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva necessariamente a
pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa visão, bastaria ficarmos
quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus mecanismos. Mas o real é outro. A
justiça está se fazendo pela organização popular, pelo aguçamento dos conflitos. E cada um de nós
vislumbra o norte da justiça, por via da busca de uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a
uma análise rigorosa das circunstâncias presentemente vividas.
 
A busca da justiça como virtude não é equidistante, não é neutra, não é equilibrada. Ela nos força, a
cada momento, a tomar partido, a ser parcial, tendo a parcela maior dos seres humanos como
fundamento. Ser justo é viver a virtude de tomar partido em busca do melhor, fundado na visão mais
lúcida possível da história e na análise das circunstâncias maiores e menores que isso envolve. A justiça é
uma virtude agente que se explicita na prática social comprometida.
 
Roberto Aguiar. O que é justiça: uma abordagem dialética. Brasília:
Senado Federal. Conselho Editorial, 2020, p. 319-20 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item a seguir.
 
Assim como “necessariamente”, o advérbio “presentemente” estabelece uma relação sintática com um
verbo no texto, modificando sua circunstância de modo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2534099
CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Texto 8A1-I
O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de
professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso
mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas
mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na
aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no
Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são
10% e, em países desenvolvidos, 8%.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368592
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534099
231) 
Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino
médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no
Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na
universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são
mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou
licenciatura.
“Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para
conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma
que isso não é bom para a educação.
“A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças
vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de
formação de professores,Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de
abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de
pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países
latinos.
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à classificação gramatical de palavras, à pontuação e à sintaxe de
concordância e regência no texto 8A1-I.
A palavra “muita” (primeiro período do quarto parágrafo), que expressa intensidade, pertence à classe
gramatical dos advérbios.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637234
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637234
232) 
233) 
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
O deslocamento da palavra “agora” (segundo período do último parágrafo) para o início do período, com
o devido ajuste das letras iniciais maiúsculas e minúsculas, manteria o sentido e a correção gramatical do
texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2637252
CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No primeiro período do último parágrafo, o vocábulo ‘bem’ intensifica o sentido do termo ‘provável’.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2642960
CEBRASPE (CESPE) - Aux ET (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Texto CG2A1-II
 
Estima-se que 12 bilhões de dias de trabalho são perdidos anualmente por causa da depressão e da
ansiedade, custando à economia mundial quase 1 trilhão de dólares. Os dados são do relatório Diretrizes
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637252
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2642960
234) 
sobre Saúde Mental no Trabalho, publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em setembro de
2022, e confirmam a necessidade de se trazer o debate ainda mais à tona. Na mesma época, a
Organização Internacional do Trabalho (OIT) publicou uma nota conjunta com a OMS, na qual as novas
diretrizes são explicadas por meio de estratégias práticas para governos, empregadores, trabalhadores e
suas organizações, nos setores públicos e privados. “De acordo com as diretrizes globais, 60% da
população mundial trabalha e esse trabalho pode impactar a saúde mental tanto de forma positiva
quando negativa. As diretrizes também apontam questões importantes referentes à inserção e à
permanência de pessoas com problemas de saúde mental no mercado de trabalho. Além do estigma e
das barreiras que essas pessoas vivenciam para ingressar no mercado de trabalho, a ausência de
estruturas de suporte afeta a sustentação das atividades laborais”, explica a consultora nacional de saúde
mental da OMS, Cláudia Braga.
 
De acordo com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em 2022, 209.124 mil pessoas foram
afastadas do trabalho por transtornos mentais, entre depressão, distúrbios emocionais e Alzheimer,
enquanto, em 2021, foram registrados 200.244 afastamentos. “Esse cenário nos mostra a importância de
discutirmos essas questões e esperamos que essas diretrizes possam nortear os debates sobre as
responsabilidades dos diferentes atores, de modo a mobilizarmos esforços para prevenir os impactos
negativos do trabalho na saúde mental, promover e proteger a saúde mental e o bem-estar dos
trabalhadores e trabalhadoras, assim como dar suporte às pessoas com problemas de saúde mental para
que tenham seus direitos garantidos”, afirma a consultora da OMS.
 
Erika Farias. Alertas globais chamam a atenção para o papel do trabalho na saúde mental. Internet:
<epsjv.fiocruz.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, considerando as ideias e estruturas linguísticas do texto CG2A1-II.
 
No segundo período do primeiro parágrafo, o vocábulo “ainda” classifica-se como advérbio e expressa
circunstância de intensidade, podendo ser substituído por “muito”, sem prejuízo ao sentido e à correção
gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883730
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do
direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a famade
serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.
 
Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.
 
Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.
 
Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e
o cotidiano dos operadores do direito.
 
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem
do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam
inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e
vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883730
235) 
também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.
 
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria
Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No parágrafo do texto, o emprego dos vocábulos “muito” e “sempre” enfatizam a opinião expressa pelo
autor.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883953
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Na sociedade líquido-moderna da hipermodernidade globalizante, o fazer compras não pressupõe
nenhum discurso. O consumidor — o hiperconsumidor — compra aquilo que lhe apraz. Ele segue as suas
inclinações individuais. O curtir é o seu lema.
 
Esse movimento social de hiperconsumismo, de vida para o consumo, guiou a pessoa natural para o
caminho da necessidade, da vontade e do gosto pelo consumo, bem como impulsionou o descarte de
cada vez mais recursos naturais finitos. Isso tem transformado negativamente o planeta, ao trazer
prejuízos não apenas para as futuras gerações, como também para as atuais, o que resulta em
problemas sociais, crises humanitárias e degradação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, além
de afetar o desenvolvimento humano, ao se precificar o ser racional, dissolvendo-se toda solidez social e
trazendo-se à tona uma sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores vorazes e indiferentes às
consequências de seus atos sobre o meio ambiente ecologicamente equilibrado e sobre as gerações
atuais e futuras.
 
O consumismo é uma economia do logro, do excesso e do lixo, pois faz que o ser humano trabalhe duro
para adquirir mais coisas, mas traz a sensação de insatisfação porque sempre há alguma coisa melhor,
maior e mais rápida do que no presente. Ao mesmo tempo, as coisas que se possuem e se consomem
enchem não apenas os armários, as garagens, as casas e as vidas, mas também as mentes das pessoas.
 
Nessa sociedade líquido-moderna de hiperconsumidores, o desejo satisfeito pelo consumo gera a
sensação de algo ultrapassado; o fim de um consumo significa a vontade de iniciar qualquer outro. Nessa
vida de hiperconsumo e para o hiperconsumo, a pessoa natural fica tentada com a gratificação própria
imediata, mas, ao mesmo tempo, os cérebros não conseguem compreender o impacto cumulativo em um
nível coletivo. Assim, um desejo satisfeito torna-se quase tão prazeroso e excitante quanto uma flor
murcha ou uma garrafa de plástico vazia.
 
O hiperconsumismo afeta não apenas a relação simbiótica entre o ser humano e o planeta, como
também fere de morte a moral, ao passo que torna tudo e todos algo precificável, descartável e
indiferente.
 
Fellipe V. B. Fraga e Bruno B. de Oliveira. O consumo colaborativo
como mecanismo de desenvolvimento sustentável na sociedade
líquido-moderna. LAECC. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Com base nas ideias e nos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se seguem.
 
No parágrafo, o vocábulo “Assim” é um advérbio que se refere ao modo como um desejo satisfeito torna-
se prazeroso e excitante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883953
236) 
237) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935021
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Alguns linguistas acreditam que o Homo erectus, há mais ou menos 1 milhão e meio de anos, já
tinha uma linguagem. Os argumentos que eles dão são que o Homo erectus tinha um cérebro
relativamente grande e usava ferramentas de pedra primitivas, porém bastante padronizadas. Essa
hipótese pode ser verdadeira, mas pode também estar bem longe do correto. O uso de ferramentas
certamente não requer linguagem.
Chimpanzés usam galhos como ferramentas para caçar cupins, ou pedras para quebrar nozes.
Obviamente, mesmo as ferramentas mais primitivas do Homo erectus (pedras lascadas) são muito mais
sofisticadas que qualquer coisa usada por chimpanzés, mas ainda assim não há uma razão convincente
para crer que essas pedras não pudessem ter sido produzidas sem linguagem.
O tamanho do cérebro é igualmente problemático como indicador da presença de linguagem, porque
ninguém tem uma boa ideia de quanto cérebro exatamente é necessário para a linguagem. Além disso, a
capacidade para a linguagem pode ter permanecido latente no cérebro por milhões de anos, sem ter sido
de fato colocada em uso.
Guy Deutscher. O desenrolar da linguagem.
Renato Basso e Guilherme Henrique May (Trad.). Campinas: Mercado de Letras, 2014, p. 28-29 (com adaptações).
 
A respeito das ideias, dos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item que se
segue.
 
O uso do advérbio “Obviamente” (segundo parágrafo) desempenha importante papel na argumentação
apresentada no texto, realçando uma informação que já é tomada como conhecimento geral.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010655
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Texto CB1A1-I
 
Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a
sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das contas,
a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é
imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de
que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação e nosso
descontentamento.
 
Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da
melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente
todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga
política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do
perfeccionismo.
 
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935021
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010655
238) 
pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia
talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes
a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente —
incorporadas ao sistema político.
 
Dessa forma, podemos delegarcada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de
tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se
reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do
Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa
poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.
 
Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139
(com adaptações).
 
Com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, o vocábulo “afinal” confere sentido conclusivo à oração que
introduz.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1704520
CEBRASPE (CESPE) - AJ (PGDF)/PG DF/Administração/2021
Língua Portuguesa (Português) - Advérbio
Texto CB1A1
A palavra sonho significa muitas coisas diferentes: “o sonho da minha vida” e “meu sonho de consumo”
são expressões usadas pelas pessoas para dizer que pretendem ou conseguiram alcançar algo. Todo
mundo tem um sonho, no sentido de plano futuro. Todo mundo deseja algo que não tem. Por que será
que o sonho, fenômeno normalmente noturno que tanto pode evocar o prazer quanto o medo, é
justamente a palavra usada para designar tudo aquilo que se quer ter?
O repertório publicitário contemporâneo não tem dúvidas de que o sonho é a força motriz de nossos
comportamentos, a motivação íntima de nossa ação exterior. Desejo é o sinônimo mais preciso da
palavra “sonho”. Na área de desembarque de um aeroporto nos Estados Unidos, uma foto enorme de um
casal belo e sorridente, velejando num mar caribenho em dia ensolarado, sob a frase enigmática: “Aonde
seus sonhos o levarão?”, embaixo o logotipo da empresa de cartão de crédito. Deduz-se do anúncio que
os sonhos são como veleiros, capazes de levar-nos a lugares idílicos, perfeitos, altamente… desejáveis.
As equações “sonho é igual a desejo, que é igual a dinheiro” têm como variável oculta a liberdade de ir,
ser e principalmente ter, liberdade que até os mais miseráveis podem experimentar no mundo de regras
frouxas do sonho noturno, mas que no sonho diurno é privilégio apenas dos detentores de um mágico
cartão plástico.
Entretanto, a rotina do trabalho diário e a falta de tempo para dormir e sonhar, que acometem a maioria
dos trabalhadores, são cruciais para o mal-estar da civilização contemporânea. É gritante o contraste
entre a relevância motivacional do sonho e sua banalização no mundo industrial globalizado. No século
XXI, a busca pelo sono perdido envolve rastreadores de sono, colchões high-tech, máquinas de
estimulação sonora, pijamas com biossensores, robôs para ajudar a dormir e uma cornucópia de
remédios. A indústria da saúde do sono, um setor que cresce aceleradamente, tem valor estimado entre
30 bilhões e 40 bilhões de dólares. Mesmo assim impera a insônia. Se o tempo é sempre escasso, se
despertamos diariamente com o toque insistente do despertador, ainda sonolentos e já atrasados para
cumprir compromissos que se renovam ao infinito, se tão poucos se lembram de que sonham pela
simples falta de oportunidade de contemplar a vida interior, quando a insônia grassa e o bocejo se
impõe, chega-se a duvidar da sobrevivência do sonho.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1704520
239) 
240) 
E, no entanto, sonha-se. Sonha-se muito e a granel, sonha-se sofregamente apesar das luzes e dos
ruídos da cidade, da incessante faina da vida e da tristeza das perspectivas.
Sidarta Ribeiro. O oráculo da noite: a história e a ciência do sonho.
São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 19-20 (com adaptações).
No que se refere aos sentidos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
O termo “ainda” está empregado no texto com o mesmo sentido de embora.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/88768
CEBRASPE (CESPE) - Cons Sub (TCE ES)/TCE ES/2012
Língua Portuguesa (Português) - Numeral
O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que tribunais regionais do trabalho utilizaram
indexadores de correção monetária e juros diferentes dos previstos na legislação para pagamentos de
passivos a servidores e juízes. O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, instância de supervisão
administrativa dos tribunais trabalhistas, provocado pelo TCU, recalculou o montante devido desses
passivos, reduzindo o valor de R$ 2,4 bilhões para R$ 1,2 bilhão, aproximadamente.
De acordo com o relatório, o valor total de R$ 1,5 bilhão já foi pago em duas parcelas (2010 e 2011).
Unidade técnica do TCU vai monitorar as providências adotadas pelos órgãos responsáveis para a
recomposição aos cofres públicos dos valores pagos indevidamente.
No relatório, identificou-se que os erros cometidos na quantificação e no registro dos passivos de
pessoal, em todo o país, se referiam a diferenças da conversão dos salários de unidade real de valor
(URV), a diferenças remuneratórias do recálculo da parcela autônoma de equivalência e a diferenças no
adicional de tempo de serviço que deveria ser pago entre janeiro de 2005 e maio de 2006. O montante
não inclui o valor referente ao cálculo do VPNI e a eventuais compensações nem possíveis valores pagos
acima do teto remuneratório constitucional.
O tribunal deu início à fiscalização em outros tribunais regionais após constatar passivos indevidos na
ordem de aproximadamente R$ 270 milhões em um desses órgãos do país. Nesse processo, determinou-
se a suspensão dos pagamentos até que os cálculos fossem revistos.
 
Internet: <http://portal2.tcu.gov.br> (com adaptações).
A partir das ideias e das estruturas linguísticas do texto acima, julgue o item subsequente.
O emprego do plural em “bilhões” e do singular em “bilhão” deve-se à presença dos numerais “2,4” e
“1,2”, respectivamente.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/143652
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE ES)/TCE ES/Auditoria Governamental/2012
Língua Portuguesa (Português) - Numeral
Leis anticorrupção não andam
 
O Brasil é signatário de pelo menos quatro convenções internacionais que tratam do combate à
corrupção. No entanto, segundo estudo da Fundação Getúlio Vargas, desperdiça cerca de R$ 7 bilhões
por ano com a perda de produtividade provocada por fraudes públicas, além de figurar entre os
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/88768
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/143652
241) 
principais países onde a corrupção é um empecilho para o crescimento. De acordo com a organização
não governamental Transparência Internacional, o país ocupa a 73.ª posição no quesito corrupção, entre
182 países. Um dos motivos apontados por especialistas para esse mau desempenho é a falta de leis
mais rígidas. Um levantamento da Frente Parlamentar Mista de Combate à Corrupção revela que aprová-
las não tem sido prioridade do Congresso Nacional.
 
A pesquisa mostra que, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, tramitam 139 projetos de lei
que tratam, em algum ponto, do enfrentamento da corrupção. A maior parte impõe punições mais
rigorosas para os corruptos, como o aumento de penas, a ampliação de prazos de prescrição e o
enquadramento dos ilícitos ligados à corrupção em crimes hediondos e inafiançáveis. No entanto, as
propostas estão paradas em comissões e no plenário à espera de um empurrão. Pelo menos dez projetos
aguardam votação há mais de uma década.
 
Correio Braziliense, 19/9/2012, p. 6 (com adaptações).
 
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, julgue o item que se segue.
 
Se o numeral ordinal “73.ª” fosse escrito por extenso, a forma correta seria: seteptuagésima terceira.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2399844
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto 15A2-I
Em uma linha de estudos, um dos fatores apontados frequentemente como possível solução para a
diminuição da demanda nos tribunais diz respeito aos mecanismos de resolução alternativa de conflitos.
O relatórioFazendo com que a justiça conte: medindo e aprimorando o desempenho do
Judiciário no Brasil, produzido pelo Banco Mundial, já apontava em 2004 a maior difusão do instituto
da conciliação como uma possível solução para a excessiva sobrecarga de processos na justiça estadual.
Segundo o relatório, tal medida poderia ser um importante mecanismo de diminuição das demandas hoje
paralisadas no Poder Judiciário estadual.
Ribeiro (2008), em análise acerca do acesso ao sistema judiciário no Brasil, destaca o papel do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ) como órgão encarregado de desenvolver ações que visem à redução da
morosidade processual e à simplificação dos procedimentos judiciais. A autora destaca dentre os projetos
desenvolvidos pelo CNJ a ênfase nos procedimentos alternativos de justiça, entre os quais figura o
instituto da conciliação.
Em mesmo sentido, Veronese (2007) realizou análise da evolução de experiências alternativas de
resolução de conflitos, descrevendo os projetos e as questões políticas implicadas nesse fenômeno.
Segundo o autor, apesar do consenso de que o Brasil se insere em um contexto de tradição jurídica
formalista, ocorre atualmente um movimento descrito como “permeabilidade às novas referências
institucionais para a solução dos conflitos e ao discurso de intervenção social” (2007, p. 19), agenda que,
segundo Veronese, vem-se desenvolvendo de modo célere no Brasil. Um exemplo citado por ele diz
respeito à realização do Dia Nacional da Conciliação, evento promovido pelo CNJ com o intuito de
difundir nos tribunais a cultura da realização de acordos entre os litigantes com vistas a extinguir
demandas judiciárias.
Renato Máximo Sátiro e Marcos de Moraes Sousa.
Determinantes quantitativos do desempenho judicial: fatores associados à produtividade dos tribunais de
justiça. In: Revista Direito GV, v. 7, n.º 1, 2021, p. 8-9 (com adaptações).
 
Com relação à pontuação e às categorias semânticas em uso no texto 15A2-I, julgue o item
subsecutivo.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399844
242) 
 
No trecho “análise da evolução de experiências alternativas de resolução de conflitos” (início do último
parágrafo), a preposição de, em suas quatro ocorrências, introduz argumentos que assumem o mesmo
papel temático: o de paciente
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2534067
CEBRASPE (CESPE) - Prof II(Pref Recife)/Pref Recife/Língua Portuguesa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto 8A1-I
O Brasil é um dos países com maior proporção de alunos matriculados em cursos de formação de
professores, mas com um dos mais baixos índices de interesse na profissão. Para especialistas, isso
mostra que a docência se torna opção pela facilidade em ingressar no ensino superior, pelas baixas
mensalidades e pela alternativa de cursos a distância — não pela vocação.
Estudos internacionais mostram que um bom professor é um dos fatores que mais influenciam na
aprendizagem. Os dados são de pesquisa feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID),
que traçou o perfil de quem estuda para ser professor na América Latina e no Caribe. Enquanto, no
Brasil, 20% dos universitários estão em cursos como licenciatura e pedagogia, na América Latina são
10% e, em países desenvolvidos, 8%.
Em compensação, só 5% dos jovens brasileiros dizem querer ser professores quando estão no ensino
médio. E, apesar da grande quantidade de alunos matriculada em cursos de licenciatura e pedagogia no
Brasil, faltam docentes para lecionar disciplinas específicas em áreas de ciências exatas e da natureza.
Na Coreia do Sul, por exemplo, 21% se interessam pela profissão e só 7% ingressam, de fato, na
universidade, porque há muita concorrência e maior seleção. No Chile e no México, os dois índices são
mais próximos: cerca de 7% se interessam pelo magistério e menos de 15% cursam pedagogia ou
licenciatura.
“Muitos alunos concluintes do ensino médio entram em programas de formação de professores para
conseguir um título”, diz o economista chefe da divisão de educação no BID, Gregory Elacqua. Ele afirma
que isso não é bom para a educação.
“A gente atrai as pessoas mais vulneráveis e que lá na frente vão enfrentar o desafio de educar crianças
vulneráveis também”, diz a diretora de políticas públicas do Instituto Península, que atua na área de
formação de professores, Mariana Breim. “Se é este público que está procurando a docência, temos de
abraçá-lo e fazê-lo se apaixonar por ela”, completa. Os dados mostram que 71% dos estudantes de
pedagogia e licenciatura no Brasil são mulheres, índice semelhante ao verificado em outros países
latinos.
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, no que diz respeito à sintaxe de orações e períodos no texto 8A1-I.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, a oração introduzida pela preposição “para” expressa
circunstância de finalidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883734
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2534067
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883734
243) 
244) 
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
A tecnologia finalmente está derrubando os muros do tradicionalismo que envolve o mundo do
direito. Cercado de costumes e hábitos por todos os lados, o direito e seus operadores têm a fama de
serem apegados a formalismos, praxes e arcaísmos resistentes a mudanças mais radicais. São práticas
persistentes, passadas adiante por gerações e cultivadas como se necessárias para manter a integridade
e a operacionalidade costumeira do sistema.
 
Nem mesmo o hermético universo do direito resistiu às mudanças tecnológicas trazidas pela rede
mundial de computadores e pela possibilidade do uso de softwares de inteligência artificial para análise
de grandes volumes de dados.
 
Novidades cuja aplicação foi impulsionada pelo incessante crescimento de demandas judiciais e pela
necessidade de implementar e efetivar o sistema de precedentes qualificados.
 
Todas essas inovações, sem dúvida nenhuma, transformaram o sistema de justiça como o conhecíamos e
o cotidiano dos operadores do direito.
 
O direito, o processo decisório e os julgamentos são eminentemente de natureza humana e dependem
do ser humano para serem bem realizados. Assim, mesmo que os avanços tecnológicos sejam
inevitáveis, todas as inovações eletrônicas e virtuais devem sempre ser implementadas com parcimônia e
vistas com muito cuidado, não apenas para sempre permitirem o exercício de direitos e garantias, mas
também para não restringirem — e, sim, ampliarem — o acesso à justiça e, sobretudo, para manterem a
insubstituível humanidade da justiça.
 
Rafael Muneratti. Justiça virtual e acesso à justiça. In: Revista da Defensoria
Pública do Estado do Rio Grande do Sul, ano 12, v. 1, n.º 28, 2021 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No texto, a preposição “para”, em suas três ocorrências, veicula uma ideia de finalidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1692319
CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC DF)/PC DF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Nova Iorque já foi vista como uma das metrópoles mais perigosas do mundo. Em 1990, alcançou
seu pico de homicídios: 2.262 em um ano, média de 188 por mês. Mas esse cenário mudou, e a cidade
apresentou uma das maiores reduções de crimes registradas nos EUA.
Uma das medidas adotadas pela prefeitura de Nova Iorque ficou conhecida como “janelas quebradas” e
previa o combate a crimes pequenos e a prevenção do vandalismo, para impedir uma espiral de violência
que levasse a crimes mais graves.
Para alguns observadores, entretanto, o modelo da “janela quebrada” foi superestimado. O mais
importante, dizem, foi identificar focos de criminalidade para concentrar, ali, ação preventiva. Foi possível
assinalar áreas pequenas onde criminosos mais atuavam, onde se sabia que crimes iam ocorrer.
O ex-policial Tom Reppetto sugere que essas áreas tenham presença visível e constante da polícia.As
patrulhas preventivas — e em grande número — em focos de crime foi essencial para reduzir a violência.
“O crime é mais situacional do que se pensa, inclusive homicídios. Com a patrulha policial, pessoas que
iam cometer crimes simplesmente foram fazer outra coisa”, afirma outro especialista, Frank Zimring.
Outra medida que teve papel importantíssimo foi a implementação de cortes (tribunais), nos anos 90,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1692319
245) 
para tratar de crimes menores, mediar conflitos comunitários e casos de violência doméstica e para lidar
com usuários de drogas. A ideia é evitar que esses conflitos evoluam e aumentar a confiança dos
cidadãos no sistema judiciário e político.
Internet: <www.bbc.com > (com adaptações).
 
No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue os próximos itens.
 
No trecho “e previa o combate a crimes pequenos e a prevenção do vandalismo”, o “a”, em ambas as
ocorrências, classifica-se como preposição e seu emprego deve-se à presença da palavra “combate”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752407
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto 2A1-III
 
Você sabia que comprar um lote irregular ou clandestino pode trazer um grande prejuízo financeiro e um
enorme incômodo, como não conseguir a instalação de energia elétrica e o fornecimento de água e até
ser proibido de construir no terreno?
 
Você sabia que a Lei n.º 6.766/1979 fala sobre a divisão (parcelamento) do solo para fins urbanos e traz
as condições para um loteamento ou desmembramento?
 
MAS O QUE É LOTEAMENTO?
 
Loteamento é a subdivisão do solo em lotes destinados à construção, com aberturas de novas ruas de
circulação. Lote é todo terreno, ou menor pedaço de terra, que conta com uma infraestrutura mínima.
 
E DESMEMBRAMENTO, O QUE SIGNIFICA?
 
O desmembramento é uma divisão de terras mais simples, quando não é necessário abrir novas ruas,
aproveitando-se as já existentes. Apenas se divide um terreno grande em porções menores.
 
Internet: <documentos.mpsc.mp.br> (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto 2A1-III, julgue o item que se segue.
 
Em “até ser proibido de construir no terreno”, a preposição “até” expressa um limite de tempo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2313205
CEBRASPE (CESPE) - ASoc (SESAU AL)/SESAU AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752407
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2313205
246) 
247) 
Texto CG1A1-I
Uma forte tendência na moderna medicina americana é buscar, na prática médica milenar oriental,
explicações para paradigmas existentes no século em que vivemos. Essa medicina entende que o bem-
estar mental e o espiritual fazem parte da saúde. Existe uma preocupação especial, nesta prática, com o
funcionamento normal do organismo.
Esse conceito novo de atuar na preservação da qualidade de vida do paciente vem sendo denominado
como medicina de gerenciamento do envelhecimento. O fundamento desta área da medicina baseia-se
na ideia de que o paciente pode envelhecer com doenças ou com saúde. Com o avanço da tecnologia e
das pesquisas, muitos estudos já consolidaram o que então era apenas uma hipótese: que o corpo
humano foi desenvolvido para não adoecer e que, quando há uma falha, ocasionando alguma doença,
isso ocorre por motivos que podem, sim, ser evitados. Talvez o que mais tenha corroborado essa
afirmação tenha sido a descoberta do radical livre, em 1900.
Em 50 anos, se conheceu toda a sua química. Em 1954, pela primeira vez, essas substâncias reativas e
tóxicas foram relacionadas a uma doença inexorável, o envelhecimento. O radical livre é um elemento
gerado no organismo desde o momento da concepção, e sua produção é contínua, durante toda a nossa
existência. Até certa idade, o organismo consegue neutralizar esses elementos, mas chega uma fase em
que sua produção excede a sua degradação e sobrepuja a dos mecanismos de defesa naturais
(antioxidantes). Ocorre, então, o início das alterações estruturais que culminam na lesão celular. Doenças
relacionadas com o envelhecimento estão intimamente associadas com o aumento de radicais livres.
A medicina do gerenciamento do envelhecimento preocupa-se em conceituar e promover a saúde de
forma diferente. Em vez de aguardar passivamente pelo dano ou pelas doenças, ela atua na vida das
pessoas de forma preventiva e preditiva, muito antes que as patologias se manifestem. A proposta
consiste em ajustar todos os parâmetros biológicos, metabólicos e hormonais aos mesmos níveis
encontrados em um indivíduo de aproximadamente 30 anos – fase em que todos nós atingimos o apogeu
de nossa performance e idade a partir da qual começamos a envelhecer.
Internet: <revistainterativa.org> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto
CG1A1-I.
 
A omissão da preposição “em”, no trecho “explicações para paradigmas existentes no século em que
vivemos” (primeiro período do primeiro parágrafo), prejudicaria a correção gramatical e o sentido original
do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1103252
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Catar feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103252
248) 
249) 
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Considerando as propriedades linguísticas e os sentidos do poema precedente, julgue o item.
 
O vocábulo “entre”, em suas duas ocorrências, classifica-se como preposição.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/615283
CEBRASPE (CESPE) - OI (ABIN)/ABIN/Área 1/2018
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto 
 
No começo dos anos 40, os submarinos alemães estavam dizimando os cargueiros dos aliados no
Atlântico Norte. O jogo virou apenas em 1943, quando Alan Turing desenvolveu a Bomba, um aparelho
capaz de desvendar os segredos da máquina de criptografia nazista chamada de Enigma. A
complexidade da Enigma — uma máquina eletromagnética que substituía letras por palavras aleatórias
escolhidas de acordo com uma série de rotores — estava no fato de que seus elementos internos eram
configurados em bilhões de combinações diferentes, sendo impossível decodificar o texto sem saber as
configurações originais. Após espiões poloneses terem roubado uma cópia da máquina, Turing e o
campeão de xadrez Gordon Welchman construíram uma réplica da Enigma na base militar de Bletchey
Park. A máquina replicava os rotores do sistema alemão e tentava reproduzir diferentes combinações de
posições dos rotores para testar possíveis soluções. Após quatro anos de trabalho, Turing conseguiu
quebrar a Enigma, ao perceber que as mensagens alemãs criptografadas continham palavras previsíveis,
como nomes e títulos dos militares. Turing usava esses termos como ponto de partida, procurando outras
mensagens em que a mesma letra aparecia no mesmo espaço em seu equivalente criptografado. 
 
Gabriel Garcia. 5 descobertas de Alan Turing que mudaram o rumo da história.
In: Exame, 2/fev./2015. Internet: <https://exame.abril.com.br> (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto, julgue o item subsequente.
 
No trecho “para testar possíveis soluções”, o emprego da preposição“para”, além de contribuir para a
coesão sequencial do texto, introduz, no período, uma ideia de finalidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/694386
CEBRASPE (CESPE) - Aux Inst (IPHAN)/IPHAN/Área 1/2018
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto CB2A1BBB
Uma das principais características da sociedade contemporânea é a velocidade de suas transformações.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/615283
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/694386
250) 
Esse novo cenário traz um desafio para as cidades: a necessidade de conciliar os novos hábitos de sua
população, em constante mutação, com a ocupação territorial, ou seja, com as soluções de habitação, de
localização de equipamentos públicos, de mobilidade.
Essas mudanças são um reflexo da inserção das cidades na economia global, o que aumentou o número
de atores (empresas, instituições públicas, associações) envolvidos na condução das políticas públicas.
Com a multiplicação das demandas sociais, no lugar de soluções únicas para a cidade, passou-se a
considerar a segmentação ainda maior de interesses. É cada vez mais difícil imaginar que uma ação
pública vá atingir a aspiração de todos em um único objetivo comum.
Há de se pensar em sistemas mais ágeis de governança urbana, em que os cidadãos sejam chamados a
participar das decisões para ações de pequena ou grande escala.
Além de todos os desafios impostos pela inconstância e pela fragmentação das demandas sociais,
vivemos um divórcio entre política e poder.
Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de planejamento urbano. Conceitos
rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na
formulação das políticas.
Nesse contexto novo, o patrimônio histórico tem de ser integrado ao planejamento da cidade, sob pena
de ficar à deriva em um mar de interesses puramente econômicos.
Vanessa Fernandes Correa e Mauro Sérgio Procópio Calliari. As transformações da cidade contemporânea. In:
Preservando o patrimônio histórico – um manual para gestores municipais. São Paulo (com adaptações).
Acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue o item seguinte.
 
Mantendo-se a correção gramatical e a coerência do texto, a expressão “Com a” poderia ser substituída
pela expressão Devido à.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/694387
CEBRASPE (CESPE) - Aux Inst (IPHAN)/IPHAN/Área 1/2018
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto CB2A1BBB
Uma das principais características da sociedade contemporânea é a velocidade de suas transformações.
Esse novo cenário traz um desafio para as cidades: a necessidade de conciliar os novos hábitos de sua
população, em constante mutação, com a ocupação territorial, ou seja, com as soluções de habitação, de
localização de equipamentos públicos, de mobilidade.
Essas mudanças são um reflexo da inserção das cidades na economia global, o que aumentou o número
de atores (empresas, instituições públicas, associações) envolvidos na condução das políticas públicas.
Com a multiplicação das demandas sociais, no lugar de soluções únicas para a cidade, passou-se a
considerar a segmentação ainda maior de interesses. É cada vez mais difícil imaginar que uma ação
pública vá atingir a aspiração de todos em um único objetivo comum.
Há de se pensar em sistemas mais ágeis de governança urbana, em que os cidadãos sejam chamados a
participar das decisões para ações de pequena ou grande escala.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/694387
251) 
252) 
Além de todos os desafios impostos pela inconstância e pela fragmentação das demandas sociais,
vivemos um divórcio entre política e poder.
Para fazer frente a essas transformações, é necessário um novo tipo de planejamento urbano. Conceitos
rígidos dão lugar à flexibilidade, à análise de cenários alternativos e à inclusão da sociedade na
formulação das políticas.
Nesse contexto novo, o patrimônio histórico tem de ser integrado ao planejamento da cidade, sob pena
de ficar à deriva em um mar de interesses puramente econômicos.
Vanessa Fernandes Correa e Mauro Sérgio Procópio Calliari. As transformações da cidade contemporânea. In:
Preservando o patrimônio histórico – um manual para gestores municipais. São Paulo (com adaptações).
Acerca das ideias e dos aspectos linguísticos do texto CB2A1BBB, julgue o item seguinte.
 
A substituição da expressão “Além de” por Apesar de não alteraria os sentidos originais do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1609645
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2018
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
O estado de São Paulo realiza o chamado “dia D” da vacinação contra a febre amarela em 54
cidades da Grande São Paulo, do Vale do Paraíba e da Baixada Santista. O governo do estado pretende
imunizar 9,2 milhões de pessoas. Para se vacinar, as pessoas devem apresentar documento de identidade
e carteiras do SUS e de vacinação.
 
A campanha será feita com a dose fracionada da vacina. Segundo o Ministério da Saúde, a vacina
fracionada tem eficácia de oito anos, e quem já tomou uma dose não precisará se vacinar novamente.
 
Também serão disponibilizadas doses convencionais para crianças com idade entre nove meses e dois
anos, pessoas que viajarão para países que exigem imunização, grávidas que moram em área de risco,
transplantados e portadores de doenças crônicas. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), a dose padrão tem validade para a vida toda.
 
São Paulo faz mutirão para vacinação contra a febre
amarela. Internet: <www.g1.com.br> (com adaptações).
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
Em “Para se vacinar, as pessoas precisam de documento de identidade e carteiras do SUS e de
vacinação”, a preposição “Para” exerce o papel de conectivo e introduz uma oração que expressa
finalidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/386484
CEBRASPE (CESPE) - Aud CE (TCE-PA)/TCE PA/Procuradoria/2016
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto CB5A1BBB
A partir do momento em que o Estado passa a cobrar tributos de seus cidadãos, amealhando para si
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1609645
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/386484
253) 
parte da riqueza nacional, surge a necessidade de destinação de tais quantias à realização das
necessidades públicas, pois, não visando ao lucro, o Estado não pode cobrar mais do que os dispêndios
que lhe são imputados. Na chamada atividade financeira do Estado, sua principal ferramenta é o
orçamento público, pois nele constam as decisões políticas tomadas pelo administrador com o objetivo de
satisfação dos interesses coletivos.
Muito mais do que um mero documento de estimação e fixação das receitas e despesas, o orçamento,
conforme o texto constitucional vigente, constitui um verdadeiro sistema integrado de planejamento, de
sorte que, constituindo um verdadeiro orçamento-programa, o orçamento público passa a constituir
etapas do planejamento de desenvolvimentoeconômico e social, isto é, passa a ser conteúdo dos planos
e programas nacionais, regionais e setoriais, que devem ser compatibilizados com o plano plurianual.
Extrapolando-se os limites da simples teoria clássica do orçamento, pode-se dizer que o orçamento, em
sua feição atual, não deve ser compreendido unicamente como a simples autorização de gastos do Poder
Executivo pelo Poder Legislativo. Não se pode olvidar que, a partir do momento em que houve a
limitação das antigas monarquias absolutistas, o rei passou a necessitar de autorização de seus vassalos
para a realização dos gastos da coroa — como preceituado, por exemplo, na Magna Charta Libertatum,
de 1215, e na Petition of Rights, de 1628. Também não se deve desconsiderar que a revolução
orçamentária deveu-se, em grande parte, à idealização do Estado liberal burguês, que emana, segundo
especialistas da área, de razões políticas, e não financeiras.
Conquanto esses fatos tenham contribuído para a formaçãodo orçamento em sua tessitura tradicional, é
preciso, hoje, refletir sobre a real natureza da lei orçamentária atual, se autorizativa ou impositiva.
César Augusto Carra. O orçamento impositivo aos estados e aos municípios. Internet: <libano.tce.mg.gov.br> (com
adaptações).
Julgue o item seguinte, com relação aos aspectos linguísticos do texto CB5A1BBB.
 
A supressão da preposição “em” prejudicaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/240084
CEBRASPE (CESPE) - Eng (CEF)/CEF/Engenharia Agronômica/2014
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
As primeiras moedas, peças representando valores, geralmente em metal, surgiram na Lídia (atual
Turquia), no século VII a.C. As características que se desejava ressaltar eram transportadas para as
peças por meio da pancada de um objeto pesado, em primitivos cunhos. Com o surgimento da
cunhagem a martelo e o uso de metais nobres, como o ouro e a prata, os signos monetários passaram a
ser valorizados também pela nobreza dos metais neles empregados.
Embora a evolução dos tempos tenha levado à substituição do ouro e da prata por metais menos raros
ou suas ligas, preservou-se, com o passar dos séculos, a associação dos atributos de beleza e expressão
cultural ao valor monetário das moedas, que quase sempre, na atualidade, apresentam figuras
representativas da história, da cultura, das riquezas e do poder das sociedades.
A necessidade de guardar as moedas em segurança levou ao surgimento dos bancos. Os negociantes de
ouro e prata, por terem cofres e guardas a seu serviço, passaram a aceitar a responsabilidade de cuidar
do dinheiro de seus clientes e a dar recibos escritos das quantias guardadas. Esses recibos
passaram, com o tempo, a servir como meio de pagamento por seus possuidores, por ser mais seguro
portá-los do que portar dinheiro vivo. Assim surgiram as primeiras cédulas de “papel moeda”, ou cédulas
de banco; concomitantemente ao surgimento das cédulas, a guarda dos valores em espécie dava origem
a instituições bancárias.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/240084
254) 
255) 
Casa da Moeda do Brasil: 290 anos de História, 1694/1984.
 
No que se refere aos aspectos linguísticos, à classificação tipológica do texto acima e às ideias nele
expressas, julgue o item a seguir.
 
A substituição da preposição “a”, em “a dar recibos escritos das quantias guardadas” (l.9-10), pela
preposição de manteria a correção gramatical do texto, embora acarretasse alteração de sentido.
 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1558180
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2013
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Com uma bengala na mão e um guarda-chuva na outra, o professor de língua portuguesa Júlio
César Sbarrais caminha com dificuldade pelos corredores da Escola Estadual Padre Afonso Paschotte, em
Mauá, na Grande São Paulo. Enquanto os alunos aguardam o início da aula, ele abre a porta da classe
caracterizado da cabeça aos pés: sapatos extravagantes, calças coloridas, maquiagem no rosto e um
nariz de palhaço, fantasia caprichada para arrancar sorrisos dos estudantes da 8.ª série do ensino
fundamental.
Formado em Letras e em Artes Cênicas, Júlio César é o que se pode chamar de artista- docente,
expressão utilizada para denominar educadores que trabalham com a linguagem artística em suas
práticas pedagógicas. Desde 2007, o professor recorre ao palhaço Tinin para tornar as suas atividades
com os alunos mais lúdicas. “Há uma questão pedagógica e didática na linguagem teatral. Apesar de o
palhaço ser mudo, ele passa as regras de convivência em sala de aula. Eu uso lousa e giz, mas utilizo o
palhaço como uma forma de conquistar o aluno, que tem de dar conta de muita coisa. Esses projetos são
válidos no sentido de amenizar a sobrecarga do conteúdo ensinado”, afirma o docente.
Frederico Guimarães. A sala é um palco. In: Sala
de aula, ed.199, nov.2013. Internet: <http://revistaeducacao.uol.com.br> (com adaptações).
No que concerne às estruturas linguísticas e gramaticais do texto acima, julgue o item.
 
Nas estruturas “Com uma bengala na mão e um guarda-chuva na outra” e “com dificuldade”, a
preposição “com”, em ambas as ocorrências, tem o mesmo conteúdo significativo e estabelece a mesma
função relacional entre os termos do enunciado.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1947863
CEBRASPE (CESPE) - Vest (UnB)/UnB/Regular/2013
Língua Portuguesa (Português) - Preposição
Texto
 
[...]
uma dança
de espadas
esta
escrita
delirante
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1558180
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1947863
256) 
lâminas cursivas
 
a lua
entre dois
dragões
 
com uma haste
de bambu
 
passar
por entre lianas
sem desenredá-las
 
Haroldo de Campos. Signância quase céu. Melhores poemas de Haroldo de Campos. Seleção de Inês Oseki Dépré.
3.ª ed. São Paulo: Global, 2000, p. 82.
 
Tendo como base o trecho apresentado acima, extraído de um poema de Haroldo de Campos, julgue o
item.
 
No trecho “passar/por entre lianas” (v.12-13), “por” indica movimento, e “entre”, a ideia de limite.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777779
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem, chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777779
257) 
258) 
 
O segmento “na medida em que” (segundo período do segundo parágrafo) introduz um argumento que
expressa o motivo de a imagem organizacional pública ter valor estratégico.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2777782
CEBRASPE (CESPE) - Aud Est (CGE RJ)/CGE RJ/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
Uma organização é um sistema complexo de comunicações com um objetivo funcional. Durante sua
existência e atuação, a organização vai formando uma imagem perante seus diversos públicos em função
de todo um conjunto de contatos realizados, e não somente pelas iniciativas planejadas de comunicação
que ela toma para formar a imagem pretendida. Essa imagem,chamada imagem organizacional, pode
ser descrita como uma compilação de opiniões e pontos de vista baseados em informações processadas
de várias fontes, ao longo do tempo, que gera uma imagem mental dos atributos da organização.
Seguindo uma tendência já percebida na iniciativa privada, os órgãos públicos têm-se preocupado, cada
vez mais, com sua imagem organizacional. A imagem organizacional pública tem valor estratégico na
medida em que interfere diretamente no relacionamento da organização com diferentes atores, bem
como na sua legitimação e credibilidade perante a sociedade. No entanto, apesar de sua relevância,
ainda há poucos estudos sobre a imagem organizacional no contexto público, tanto nacional quanto
internacionalmente.
Quando se trata da construção da imagem de uma organização, ressalta-se o papel dos veículos de
imprensa. Esses veículos, ao publicarem uma notícia, atuam na associação e formação das crenças, das
ideias, dos sentimentos e das impressões que uma pessoa ou um grupo tem ou passa a ter sobre aquela
organização. Não obstante, a migração desses meios de comunicação para a Internet aumenta o volume
de informações em circulação e eleva o seu poder de influência, uma vez que é possível acessar dados e
informações de qualquer lugar e a qualquer momento, de modo a expandir a comunicação entre as
pessoas e as organizações.
Carolina Coelho da Silveira, Carla Bonato Marcolin e
Carlos Henrique Rodrigues. Como somos vistos? Análise da imagem organizacional pública utilizando ciência de
dados. Internet: <https://revista.cgu.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
A expressão “apesar de” (terceiro período do segundo parágrafo) tem o mesmo sentido da preposição
malgrado.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779486
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
As regiões metropolitanas e as grandes cidades brasileiras concentram hoje a atenção das
autoridades de gestão territorial em nível local, regional e nacional. O conhecimento da complexa
realidade dessas áreas em suas múltiplas dimensões e de modo dinâmico torna se imprescindível para
geri-las de forma eficiente. Não se trata apenas do levantamento de dados brutos, mas da proficiente
manipulação e interpretação desses dados a partir de processamentos quantitativos (matemáticos e
lógicos) sobre uma base espacial, de forma a revelar características e processos intrínsecos aos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2777782
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2779486
259) 
fenômenos em análise. Dito de outra forma, não basta somente a confecção de mapas digitais coloridos
ilustrando, por exemplo, a exclusão social de uma determinada cidade por quantis, mas é fundamental
que, com o auxílio de técnicas apropriadas de análise espacial, se possam extrair tendências do padrão
de manifestação da exclusão social de forma contínua no espaço. Ou ainda, não é suficiente apenas
mapear a ocorrência de crimes em um sistema georreferenciado, mas sim estudá-los de forma dinâmica,
entendendo a sua proliferação no espaço e no tempo em articulação com inúmeras variáveis
socioeconômicas e biofísicas, e como as estradas podem atuar como vetores de expansão da
criminalidade.
Nessa linha de pensamento, elaborar mapas estáticos de uso do solo urbano não mais atende às
necessidades atuais dos gestores locais, mas é necessário que se permitam simulações de diferentes
cenários futuros de expansão urbana e dinâmica de uso do solo em ambiente computacional. Aí reside o
desafio da geoinformação em gestão urbana e regional, que pode ser entendida como um paradigma
emergente na pesquisa multi e interdisciplinar que se dedica a explorar a extrema complexidade de
problemas socioambientais em um ambiente de Sistemas de Informações Geográficas (SIG). Openshaw
(2000) argumenta que a geoinformação não se reduz ao uso de técnicas computacionais para solucionar
problemas espaciais, mas se refere, ao contrário, a uma forma totalmente nova de se fazer ciência em
um contexto geográfico.
Cláudia Maria de Almeida, Gilberto Câmara e Antonio Miguel
V. Monteiro (Org.). Geoinformação em urbanismo. Cidade Real X Cidade Virtual. São Paulo: Oficina de Texto,
2007, p. 5 e 6. (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto apresentado anteriormente, julgue o próximo item.
 
Em todas as suas ocorrências nos 3º, 4º e 5º períodos do primeiro parágrafo, a conjunção “mas”
introduz no texto uma ideia de contraste.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2783397
CEBRASPE (CESPE) - Ass (CAU BR)/CAU BR/Administrativo/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever
eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus
habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos
continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por
inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de
arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta
de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.
O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos
cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa
capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se
lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria
imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.
O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última
instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência
significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje,
especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões
coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2783397
260) 
261) 
desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu
significado.
Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência
artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
O vocábulo “Enquanto”, que inicia o texto, denota a simultaneidade do que se menciona nas orações do
primeiro período do primeiro parágrafo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2783399
CEBRASPE (CESPE) - Ass (CAU BR)/CAU BR/Administrativo/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever
eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus
habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos
continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por
inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de
arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta
de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.
O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos
cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa
capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (oudesenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se
lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria
imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.
O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última
instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência
significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje,
especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões
coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro
desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu
significado.
Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência
artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
O vocábulo “então” introduz uma explicação no penúltimo período do último parágrafo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2783400
CEBRASPE (CESPE) - Ass (CAU BR)/CAU BR/Administrativo/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2783399
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2783400
262) 
Enquanto Singapura e Dublin lançaram suas réplicas digitais usando aprendizado de máquina para prever
eventos e tendências futuras, países inteiros ainda não garantiram água potável e eletricidade para seus
habitantes. Como a arquitetura reflete as sociedades, a acentuada desigualdade social em que vivemos
continuará sendo refletida na arquitetura que construímos: algumas obras totalmente projetadas por
inteligência artificial (IA), outras criadas manualmente e com modelos físicos em um escritório de
arquitetura boutique, e a grande maioria sendo feita no local com papel e lápis, sem a intervenção direta
de arquitetos. Talvez todos esses cenários coexistam na mesma cidade.
O escritor Benjamin Labatut declarou: “se a inteligência artificial fosse capaz de pensar, teria pontos
cegos; se conseguisse ser criativa, teria limites, pois limites são frutíferos; se fosse capaz de imitar nossa
capacidade de raciocínio, talvez precisasse do (ou desenvolvesse o) nosso talento para a loucura. E se
lhe faltasse compreensão, se não se importasse com a beleza e o horror que pode criar, então seria
imprudente nos colocarmos em suas mãos.”.
O futuro da arquitetura está na interseção entre inovação tecnológica e intenção humana. Em última
instância, a agência humana — sociedade civil, políticos e partes interessadas — exerce uma influência
significativa. O curso da história não está escrito em pedra, mas é moldado pelas decisões tomadas hoje,
especialmente se a IA afeta nossos bolsos. A arquitetura, então, torna-se o resultado de decisões
coletivas, em que os avanços da IA se cruzam com as aspirações e os valores da sociedade. É dentro
desse jogo de interações que a evolução e o impacto da arquitetura encontram sua ressonância e seu
significado.
Nicolás Valencia. O impacto das ferramentas de inteligência
artificial na arquitetura em 2024 (e além). Internet: <www.archdaily.com.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
No segundo período do primeiro parágrafo, a substituição de “Como” por Conforme preservaria os
sentidos e a coerência do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2789185
CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789185
263) 
264) 
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
A expressão “não obstante” evidencia o contraste estabelecido pelo autor do texto entre o fato de a crise
hídrica ser “opcional” e “terrível como parábola climática”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2793739
CEBRASPE (CESPE) - APGIPI (INPI)/INPI/Gestão e Suporte/Administração/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-II
O conceito de civilização não pode ser precisamente definido, não apenas por ser um processo
evolucionário, mas também por ter se manifestado de formas muito diferentes através dos tempos. Entre
as civilizações antigas, havia múltiplas diferenças nas crenças religiosas, nos costumes sociais, nas
formas de governo e na criação artística. Contudo, uma faceta de fundamental importância para todas
elas era a tecnologia, que, em sentido mais amplo, pode significar a aplicação do conhecimento para
finalidades práticas.
Hoje, a tecnologia é, na prática, sinônimo de ciência aplicada, mas as tecnologias básicas — tais como
agricultura, construção, cerâmica, tecidos — foram originalmente empíricas e transmitidas de uma
geração para outra, enquanto a ciência, no sentido de pesquisa sistemática das leis do universo, é um
fenômeno relativamente recente. A tecnologia foi fundamental, já que proporcionava os recursos
necessários para sociedades organizadas, e essas sociedades tornaram possíveis não apenas a divisão do
trabalho — por exemplo, entre trabalhadores da terra, oleiros, marinheiros e similares —, como também
um ambiente no qual puderam florescer as artes em geral, não necessárias à vida no dia a dia. A maioria
dessas artes dependia de alguma espécie de suporte tecnológico: o escultor requeria ferramentas, o
escritor necessitava de tinta e de papiro (ou papel, mais tarde), o dramaturgo precisava de teatros
especialmente construídos.
Trevor I. Williams. História das invenções: do machado de pedra às tecnologias da informação. Tradução de
Cristina Antunes. Atualização e revisão de William E. Schaaf, Jr. e Arianne E. Burnette. Belo Horizonte: Gutenberg,
2009, p. 12-13 (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, referente a aspectos gramaticais do texto CB1A1-II.
 
No primeiro período do texto, o conectivo “mas também” confere sentido aditivo à oração que introduz,
de modo que são complementares entre si as informações veiculadas no trecho “não apenas por ser um
processo evolucionário, mas também por ter se manifestado de formas muito diferentes através dos
tempos”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2793743
CEBRASPE (CESPE) - APGIPI (INPI)/INPI/Gestão e Suporte/Administração/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-II
 
O conceito de civilização não pode ser precisamente definido, não apenas por ser um processo
evolucionário, mas também por ter se manifestado de formas muitodiferentes através dos tempos. Entre
as civilizações antigas, havia múltiplas diferenças nas crenças religiosas, nos costumes sociais, nas
formas de governo e na criação artística. Contudo, uma faceta de fundamental importância para todas
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2793739
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2793743
265) 
elas era a tecnologia, que, em sentido mais amplo, pode significar a aplicação do conhecimento para
finalidades práticas.
Hoje, a tecnologia é, na prática, sinônimo de ciência aplicada, mas as tecnologias básicas — tais como
agricultura, construção, cerâmica, tecidos — foram originalmente empíricas e transmitidas de uma
geração para outra, enquanto a ciência, no sentido de pesquisa sistemática das leis do universo, é um
fenômeno relativamente recente. A tecnologia foi fundamental, já que proporcionava os recursos
necessários para sociedades organizadas, e essas sociedades tornaram possíveis não apenas a divisão do
trabalho — por exemplo, entre trabalhadores da terra, oleiros, marinheiros e similares —, como também
um ambiente no qual puderam florescer as artes em geral, não necessárias à vida no dia a dia. A maioria
dessas artes dependia de alguma espécie de suporte tecnológico: o escultor requeria ferramentas, o
escritor necessitava de tinta e de papiro (ou papel, mais tarde), o dramaturgo precisava de teatros
especialmente construídos.
Trevor I. Williams. História das invenções: do machado de pedra às tecnologias da informação. Tradução de
Cristina Antunes. Atualização e revisão de William E. Schaaf, Jr. e Arianne E. Burnette. Belo Horizonte: Gutenberg,
2009, p. 12-13 (com adaptações)
 
Julgue o item a seguir, referente a aspectos gramaticais do texto CB1A1-II.
 
No segundo parágrafo, a oração introduzida por “já que” (segundo período) denota a razão que justifica
a afirmação contida na oração imediatamente anterior.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2846384
CEBRASPE (CESPE) - Tec Min (MPE TO)/MPE TO/Especializado/Fotografia/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG2A1
Foi em 1975 que a Organização das Nações Unidas (ONU) começou a celebrar o dia 8 de março como o
Dia Internacional das Mulheres, na busca por evidenciar a discussão sobre a importância da igualdade de
gênero, do combate à violência e da garantia dos direitos de meninas e mulheres. Mas a celebração tem
suas origens no começo do século XX, em manifestações ligadas aos direitos das mulheres trabalhadoras.
 
A data passou a ser definitivamente estabelecida a partir do dia 8 de março de 1917, com a realização de
uma manifestação de operárias por pão e paz, na atual cidade de São Petersburgo, na Rússia. Nove anos
antes, em 8 de março de 1908, já havia ocorrido um encontro massivo em Nova Iorque, nos Estados
Unidos da América (EUA), em defesa do sufrágio universal, com a presença de um comitê feminino local
para apoiar o voto das mulheres.
No Brasil, as mulheres só passaram a exercer o direito ao voto em 1932. As casadas, porém, só o
puderam fazer em 1934, e até 1962 elas só podiam trabalhar fora se o marido anuísse.
Atualmente, a presença das mulheres na educação brasileira é forte. Hoje, as meninas apresentam,
inclusive, maior sucesso na trajetória escolar. Entre a população adulta com mais de 25 anos de idade,
49,5% das mulheres e 45% dos homens concluíram o ensino médio, de acordo com dados da PNAD
Contínua 2018. No ensino superior, elas compõem 55% das matrículas de graduação. Na docência, esse
fato se repete: elas também são maioria.
Ainda assim, nem tudo é um mar de rosas. Conforme as mulheres vão progredindo na carreira
acadêmica, por exemplo, esse cenário muda. No Brasil, apenas um em cada quatro pesquisadores
seniores são mulheres. A maternidade e a desigualdade na divisão das tarefas domésticas são alguns dos
fatores que dificultam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal das mulheres — mas não dos
homens.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2846384
266) 
Internet: <www.cenpec.org.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CG2A1.
O vocábulo “Conforme” introduz, no segundo período do quinto parágrafo, uma oração que expressa, em
relação à oração subsequente, circunstância de conformidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2873970
CEBRASPE (CESPE) - ERRHSB (ANA)/ANA/Especialidade 1/2024
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
O Comentário Geral n.º 15 do Comitê de Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (CDESC) da ONU é
claro ao apontar para a necessidade de proteger os ecossistemas, em especial o aquático, contra a
poluição, pois ter acesso a uma água poluída não representa, de fato, o gozo do direito humano à água.
Nessas condições, há risco de comprometimento imediato da saúde individual e coletiva, o que afeta
outros direitos humanos, como o direito à saúde e ao bem-estar. Antes disso, a Agenda 21, aprovada na
Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUMAD), em 1992,
recomendou que se preservem as funções hidrológicas, biológicas e químicas dos ecossistemas, para que
se assegure água com qualidade.
Em uma perspectiva menos antropocêntrica e mais ecocêntrica, em 2000, a Declaração da 4.ª Cúpula do
P7, composto dos sete países mais pobres do mundo, em seu primeiro princípio, trouxe a ideia de que a
água é uma fonte de vida não substituível, a que todos os seres vivos têm direito, e sua conservação
seria uma responsabilidade coletiva fundamental.
A mesma declaração complementa o raciocínio, defendendo a necessidade de as culturas que defendem
a água como um bem comum serem protegidas e reinventadas. E, nesse ponto, a Declaração da 4.ª
Cúpula do P7 e o Comentário Geral n.º 15 do CDESC convergem entre si, pois este último se refere à
preocupação com o respeito à cultura e o acesso à água, nas formas tradicionais de uso por
comunidades antigas e originárias, o que valoriza o componente da independência no conceito de
segurança hídrica. O que aqui se chama simplisticamente de independência corresponde na verdade à
minimização de uma relação de dependência e sujeição, por meio de mecanismos formais de
cooperação, tanto interbacias como intrabacias hidrográficas. O quarto princípio da Declaração da 4.ª
Cúpula do P7 afirma que “a água deve contribuir para a solidariedade entre comunidades, países,
sociedades, gerações e sexos”. Ao mesmo tempo reconhece que a água doce é distribuída de forma
desigual em torno da Terra, e afirma que isso não deve ser utilizado como fator de exercício de poder.
Carlos Hiroo Saito. Segurança hídrica e direito humano à água.
In: Ruscheinsky, Calgaro & Weber. Ética, direito socioambiental e democracia. Caxias do Sul: Educs, 2018, p.
100-101 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, o vocábulo “pois” introduz um trecho que expressa uma
conclusão a respeito do que se afirma na oração anterior.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2876020
CEBRASPE (CESPE) - ERVS (ANVISA)/ANVISA/Engenharia/2024
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2873970
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2876020
267) 
268) 
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
Devemos salientar mais uma vez o caráter essencial dos sentimentos negativos. Manifestações populares
e mudança social advêm do acúmulo de muitos cidadãos irritados e ofendidos. Ocultar sentimentos
negativos sob o tapete do pensamento positivo significa estigmatizar e tornar vexaminosa a estrutura
emocional do mal-estar social e da instabilidade. Alguns dirão que optamos por privar trabalhadores dos
benefícios da ciência do bem-estar em troca do aceno de uma ideia vaga de consciência coletiva. A
felicidade, como alguns empiristas ferrenhos afirmarão, é o único bem tangível em que podemos pôr as
mãos aqui e agora. Nossa resposta e nossa objeção final podem ser encontradas na famosa refutação do
utilitarismo do filósofo Robert Nozick. Em 1974, elepediu a seus leitores que participassem de um
experimento mental que consistia em imaginar que estamos conectados a uma máquina que nos
proporciona qualquer experiência prazerosa. Nossos cérebros seriam estimulados a acreditar que
estaríamos vivendo a vida que desejamos. A pergunta de Nozick, então, era: dada a possibilidade de
escolha, você preferiria a máquina prazerosa à vida real (e presumivelmente mais infeliz)? Uma resposta
a essa questão parece hoje ainda mais relevante do que antes, sobretudo agora que a ciência da
felicidade e as tecnologias virtuais se tornam tão predominantes. Nossa resposta, assim como a de
Nozick, é a de que o prazer e a busca da felicidade não podem superar a realidade e a busca por
conhecimento — o pensamento crítico sobre nós mesmos e sobre o mundo que nos rodeia. Uma
“máquina da experiência” do tipo que Nozick imaginou tem hoje seu equivalente em uma indústria da
felicidade que pretende nos controlar: ela não apenas borra e confunde a capacidade de conhecer as
condições que moldam nossa existência, mas também faz que essas condições em si sejam irrelevantes.
Conhecimento e justiça, e não felicidade, continuam a ser o propósito moral revolucionário da vida.
Edgar Cabanas e Eva Illouiz. Happycracia: fabricando cidadãos felizes. São Paulo: Ubu, 2022, p. 274-275 (com
adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto apresentado, julgue o item a seguir.
 
Na oração “como alguns empiristas ferrenhos afirmarão” (quinto período), os autores estabelecem uma
comparação para emitir um juízo de valor pejorativo a respeito do que pensam os empiristas.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368417
269) 
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos gramaticais do texto 2A1-I, julgue o seguinte item.
 
No parágrafo, o vocábulo “quais” classifica-se como conjunção integrante, pois introduz uma oração que
funciona como complemento do verbo “diferenciar”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
Em relação às construções sintáticas do texto 2A1-I, julgue o próximo item.
 
No segundo período do segundo parágrafo, a expressão “uma vez que” confere noção de consequência à
oração “o processo decisório decorreu de um aprendizado automático”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368424
270) 
271) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 2A2-I
 
O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência da
história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em uma visão
automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva necessariamente a
pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa visão, bastaria ficarmos
quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus mecanismos. Mas o real é outro. A
justiça está se fazendo pela organização popular, pelo aguçamento dos conflitos. E cada um de nós
vislumbra o norte da justiça, por via da busca de uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a
uma análise rigorosa das circunstâncias presentemente vividas.
 
A busca da justiça como virtude não é equidistante, não é neutra, não é equilibrada. Ela nos força, a
cada momento, a tomar partido, a ser parcial,tendo a parcela maior dos seres humanos como
fundamento. Ser justo é viver a virtude de tomar partido em busca do melhor, fundado na visão mais
lúcida possível da história e na análise das circunstâncias maiores e menores que isso envolve. A justiça é
uma virtude agente que se explicita na prática social comprometida.
 
Roberto Aguiar. O que é justiça: uma abordagem dialética. Brasília:
Senado Federal. Conselho Editorial, 2020, p. 319-20 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item a seguir.
 
No parágrafo, a locução conjuntiva “à medida que” denota proporcionalidade entre duas situações.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Licenciatura em Letras/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 15A1-I
Você mora em um lugar competitivo? Essa é a pergunta feita pelo Ranking de competitividade dos
estados, que metrifica, em uma escala de 0 a 100, todos os cantos do Brasil, para classificar as 27
unidades federativas com base em dez pilares diferentes: segurança pública, infraestrutura,
sustentabilidade social, solidez fiscal, educação, sustentabilidade ambiental, eficiência da máquina
pública, capital humano, potencial de mercado e inovação.
De acordo com os gráficos mostrados a seguir, dos mais de vinte estados, apenas cinco não mudaram de
posição ao longo do último ano (2022), com destaque para São Paulo e Santa Catarina, que lideram,
assim como Rio de Janeiro e Roraima, que subiram bastante.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368568
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2399799
272) 
Ao todo, são quase noventa critérios avaliados dentro dos pilares fundamentais, que incluem desde
infraestrutura até o capital humano de cada localidade, com pesos diferentes entre si. Paulistas lideram o
ranking há anos. No ano de 2022, porém, houve piora no quesito segurança patrimonial, com aumento
no número de furtos e roubos. Estados do Norte e do Nordeste são os menos competitivos do país.
Trata-se de uma ferramenta de avaliação da administração pública, de diagnóstico e auxílio na escolha
das prioridades e de promoção de boas práticas organizacionais, que, além de ajudar políticos a
priorizarem ações com base em uma inteligência de dados bem robusta — ou seja, como um sistema de
incentivo para os líderes públicos —, pode ser um bom indicador da gestão pública da região. São
referências adotadas pelo ranking que apresentam novos parâmetros para os estados brasileiros.
Internet: <https://igdd.org.br> (com adaptações).
No que diz respeito aos indícios contextuais, às relações de sentido entre palavras e às relações coesivas
no texto 15A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
No penúltimo parágrafo, a conjunção “porém” (segundo período), por estar entre vírgulas, mantém elo
coesivo que indica conclusão em relação ao período imediatamente anterior.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Apoio Especializado/Taquigrafia/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 20A2-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2400249
273) 
Falar ou escrever sobre Antonio Candido é, para mim, extremamente difícil. A geração à qual pertenço
não seria a mesma sem a sua presença e influência. Eu próprio não seria o mesmo se a vida não me
pusesse em contato com Antonio Candido, com o seu carinho, a sua severidade íntegra, a sua modéstia
e o seu orgulho intelectual — enfim, a sua personalidade de educador, que se irradia irresistível, como
uma exigência de perfeição e de compromisso crítico. Uma existência fecunda, devotada ao estudo, ao
cultivo do talento dos jovens, ao ensino, ao florescimento da antiga Faculdade de Filosofia, Ciências e
Letras da Universidade de São Paulo, à contestação socialista constante e à esperança de que o Brasil
venceria, por meio dos mais humildes e dos trabalhadores, as tragédias de sua dependência e o
subdesenvolvimento. Sem alarde, sempre esteve na vanguarda ousada, realizando tarefas simples e
complexas, escondendo-se no anonimato, mas enfrentando, sem se perturbar, todos os riscos. Duas
ditaduras e muitas incompreensões cercaram a sua atuação inconformista, pois escapava à sua posição
na sociedade e ao controle das elites para servir às causas da justiça social, dos jovens e dos oprimidos.
Em sua carreira, percorreu três estações: a de agitador de ideias por meio dos ensaios jornalísticos; a de
professor e pesquisador no campo da sociologia; a de professor de literatura comparada e do invento
literário, na qual se notabilizou convertendo a crítica literária em forma de criação cultural e em ramo da
literatura.
Escapou aos ismos, que circulavam nos ambientes acadêmicos, e forjou recursos complexos de
explicação, integrativos e de síntese, que demarcam a obra da inteligência erudita e criadora, que, em
outros tempos, se caracterizariam como a ciência da produção literária. Em nossos dias, de resistência ao
positivismo e ao cientificismo, tal preocupação desvaneceu-se. O que não impede de trazê-la à baila,
para que se possa conferir à razão como dar conta da categoria de saber a que chegou Antonio Candido,
por seus méritos, sua capacidade de trabalho e seu espírito inventivo.
Florestan Fernandes. A contestação necessária. São Paulo: Expressão Popular, 2015, p. 107-108 (com
adaptações).
 
Considerando aspectos estilísticos e coesivos do texto 20A2-I, bem como o atendimento à norma-
padrão da língua portuguesa, julgue o item a seguir.
No último período do primeiro parágrafo, a conjunção “pois” coordena duas orações que mantêm entre si
uma relação de causa e consequência.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2423601
274) 
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) eo da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas — no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
No início do quinto parágrafo, o vocábulo “Entretanto” introduz uma ideia de conclusão em relação ao
que é expresso no parágrafo imediatamente antecedente.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Braillista/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-I
Com altos índices de evasão escolar, baixo engajamento e conteúdos pouco conectados à realidade dos
alunos, o ensino médio já era, antes da pandemia de covid-19, a etapa mais desafiadora da educação
básica. Com o fechamento das escolas e o distanciamento dos estudantes do convívio educacional, os
últimos anos escolares passaram a trazer ainda mais dificuldades a serem enfrentadas — reforçadas
pelas desigualdades raciais, socioeconômicas e de acesso à Internet.
Nenhuma avaliação diagnóstica precisou os prejuízos totais da pandemia para a aprendizagem dos
alunos, mas há alguns estudos que ajudam a entender melhor o cenário. Uma pesquisa realizada pelo
Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
apontou que houve piora em todas as séries avaliadas. Segundo a pesquisa amostral, em matemática, o
desempenho alcançado no 3.º ano do ensino médio foi de 255,3 pontos na escala de proficiência, inferior
aos 261,7 obtidos pelos estudantes ao final do 9.º ano do ensino fundamental no Sistema de Avaliação
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2459390
275) 
da Educação Básica (SAEB) de 2019. Em língua portuguesa, os estudantes do 9.º ano apresentaram uma
queda de 12 pontos, e os do 3.º ano do ensino médio, de 11 pontos.
Após o retorno presencial, estados e municípios ainda têm muito trabalho para identificar os reais
prejuízos, dimensioná-los e encontrar caminhos e soluções para que professores e estudantes possam
retomar a aprendizagem.
Para Suelaine Carneiro, coordenadora de educação na Geledés, organização da sociedade civil que se
posiciona em defesa de mulheres e homens negros, “há um consenso de que não foi possível atender
todos os alunos” na educação pública. “Os dados indicam um baixo número de participação dos
estudantes, somado à impossibilidade de os familiares acompanharem a resolução das tarefas”, afirma.
Mas não fica apenas nisso. “Em termos de aprendizagem, os dados também mostram dificuldades no
que diz respeito à compreensão e à resolução das tarefas.”
De acordo com ela, a situação de alunos negros requer ainda mais atenção. “É preciso prestar atenção
nessa condição: a pessoa já estava vulnerável socialmente, sem a possibilidade de realizar um
isolamento dentro de casa, pois vive em uma casa pequena ou onde não há cômodos suficientes”,
contextualiza Suelaine.
 
Agravada pela pandemia, que engrossou o número de trabalhadores desempregados, a questão
econômica foi um dos grandes fatores que impactou a vida dos estudantes do ensino médio. “Temos
alunos que estão trabalhando no horário de aula, dizendo que precisam ajudar a família, e aos fins de
semana assistem às atividades”, relata a professora Lucenir Ferreira, da Escola Estadual Mário Davi
Andreazza, em Boa Vista (RR). Lucenir conta que muitos alunos chegam a falar que não conseguem
aprender nada e desabafam por sentir que a aprendizagem foi prejudicada, principalmente os que estão
em processo de preparação para o vestibular.
Apesar dos desafios, Suelaine acredita que os impactos não são irreversíveis, como outros especialistas
têm apontado. “Você pode recuperar dois anos se houver políticas públicas, compromisso público com a
educação, de forma a desenvolver diferentes ações”, diz ela.
Internet: <novaescola.org.br> (com adaptações).
 
Em relação aos aspectos gramaticais do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
 
No segundo período do quinto parágrafo, a conjunção ‘pois’ introduz uma conclusão.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof I (Pref Recife)/Pref Recife/Sem Área/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-I 
Em uma de suas últimas entrevistas, o antropólogo Darcy Ribeiro (1922-1997) relatou que havia fugido
do hospital onde se submetia a tratamento contra um câncer, para terminar o livro que considerava o
coroamento de sua obra: O povo brasileiro, publicado em 1995. Na mesma entrevista, reconhecia ser
um homem de “muitas peles”: foi etnólogo indigenista, antropólogo, educador, gestor público, político
militante e romancista. Entretanto, dizia ter fracassado em sua missão de tornar o Brasil aquilo que
“poderia ser”.
“Darcy Ribeiro é uma figura fascinante e um dos autores latino-americanos que projetaram mais futuros.
Em alguns dos textos, ele parece comentar em voz alta as alternativas, utópicas e distópicas, para o
Brasil e a América Latina”, observa o sociólogo Fabrício Pereira da Silva. “Este é um momento excelente
para reexaminar suas ideias, suas utopias e seus projetos.”
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2531736
276) 
Sua carreira de educador teve início na Escola Brasileira de Administração Pública, da Fundação Getúlio
Vargas, no Rio de Janeiro, onde, durante dois anos, ensinou etnologia brasileira. Na mesma época,
participou da fundação do Museu do Índio, em 1953, e, dois anos mais tarde, da criação do primeiro
curso de pós-graduação em antropologia cultural no Brasil. Ao deixar o Serviço de Proteção aos Índios,
lecionou na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Nesse período,
desenvolveu trabalhos com o pedagogo Anísio Teixeira (1900-1971), uma das principais referências em
educação no Brasil e defensor do ensino básico integral. Sua influência perduraria por toda a trajetória de
Darcy Ribeiro e se concretizaria no projeto dos centros integrados de educação pública (CIEP), escolas
de tempo integral criadas no Rio de Janeiro nos anos 80 do século passado.
A crítica ao colonialismo, a análise dos povos latino-americanos e a valorização do ponto de vista
indígena fazem da obra de Darcy Ribeiro uma fonte de inspiração para pesquisadores do campo de
estudos pós-coloniais e decoloniais, de acordo com Pereira da Silva. “São releituras e apropriações,
porque, quando ele publicou, esses termos não eram usados. A tendência ao evolucionismo e ao
eurocentrismo de seus primeiros anos deu lugar, no exílio, a uma visão mais diversificada, em quea
América Latina aparece como um polo civilizacional”, afirma.
Apesar de ter sido reitor, fundador e reformador de universidades, Darcy viveu a maior parte de sua
carreira fora de instituições universitárias brasileiras. Entretanto, jamais deixou de refletir sobre seu
projeto para o ensino superior. Publicou livros como A universidade necessária e La universidad
latinoamericana, em que expôs seu projeto baseado em interdisciplinaridade, investimento em
pesquisa científica avançada, compromisso social e participação do corpo discente na tomada de
decisões.
Diego Viana. Darcy Ribeiro: a chama da utopia. Revista Pesquisa FAPESP, 30/10/2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No início do último parágrafo, o termo “Apesar” introduz uma oração que expressa noção de causa
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A cibersegurança, embora seja um tema há muito discutido em âmbito global, é um campo
relativamente novo no Brasil. No entanto, tem ganhado destaque por conta da intensa migração de
dados para ambientes em nuvem e da interconexão praticamente global de dispositivos na Internet. A
proliferação de dispositivos conectados à Internet, desde eletrodomésticos até equipamentos industriais,
aumentou consideravelmente a superfície de ataque, transformando o cenário de riscos. O que antes
parecia ficção científica, como geladeiras ou medidores de pressão de gasodutos conectados à rede de
computadores, agora é uma realidade tangível.
 
Entretanto, a adoção apressada de tecnologias conectadas à Internet muitas vezes ocorre sem a devida
atenção à segurança. Essa falta de consideração em relação à cibersegurança pode expor empresas a
riscos substanciais, pois a falta de preparação e avaliação da superfície de ataque pode permitir que
brechas sejam exploradas por agentes maliciosos.
 
Uma das principais questões, quando se fala em cibersegurança, é a de que não existe uma “bala de
prata”, ou seja, uma solução única para todas as falhas que podem ocorrer. Cada organização possui
características, riscos e necessidades distintos, o que exige a criação de soluções personalizadas para
mitigar ameaças específicas.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637232
277) 
278) 
Nesse sentido, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) desempenhou um papel significativo no cenário
de cibersegurança ao estabelecer diretrizes para a prevenção de vazamentos e a proteção de dados.
Empresas são agora obrigadas a adotar medidas proativas para evitar incidentes de segurança e garantir
a privacidade dos dados. O investimento em cibersegurança deve ser entendido como um seguro de
carro: deve-se investir na prevenção para minimizar os danos de um eventual incidente.
 
Internet: <economiasc.com> (com adaptações).
 
Julgue o item que segue, com base nas ideias, no vocabulário e na estruturação linguística do texto
precedente.
 
No segundo período do segundo parágrafo, a conjunção “pois” poderia ser substituída por então, sem
prejuízo do sentido e da correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Proc (DATAPREV)/DATAPREV/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A expectativa de vida da população brasileira ao nascer subiu no ano de 2021, segundo dados da
Tábua Completa de Mortalidade de 2021 divulgados em novembro do ano passado pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados, publicados no Diário Oficial da União, mostram
que o número subiu de 76,8 para 77 anos na comparação com 2020. Anualmente, o IBGE divulga esses
números para o total da população brasileira, com data de referência em 1.º de julho do ano anterior e
para todas as idades, conforme prevê o artigo 2.º do Decreto n.º 3.266/1999.
 
As informações sobre a expectativa de vida da população são usadas para a tomada de decisão em
várias políticas públicas. Esse dado é utilizado, por exemplo, para determinar o fator previdenciário no
cálculo das aposentadorias do Regime Geral de Previdência Social. Na divulgação dos números de 2020,
o IBGE informou que as mortes decorrentes da pandemia de covid-19 não foram incluídas no
levantamento e que essas informações só devem ser incorporadas na divulgação de 2023, referente ao
ano de 2022. Mesmo assim, a inclusão seria apenas em caráter preliminar. Portanto, a divulgação seguiu
a mesma metodologia do ano anterior, sem o impacto da pandemia.
 
“É bem provável que em 2023 a gente tenha uma Tábua preliminar (corrigida pela covid-19) para o
Brasil; para as unidades da Federação, são necessários os dados do Ministério da Saúde, que demoram
um pouco mais”, explicou a demógrafa Izabel Guimarães Marri, gerente de população do IBGE na
ocasião. “Em 2024, a gente vai ter a Tábua (referente a 2023) com todos os ajustes e estudos por
unidades da Federação”, previu.
 
Internet: <noticias.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No terceiro período do segundo parágrafo, ambas as orações iniciadas pelo vocábulo “que” expressam
circunstância de causa em relação à primeira oração do período — “Na divulgação (...) informou”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Esp FEPPE (FNDE)/FNDE/2023
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-II
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2637251
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2704946
279) 
Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua, 2022), 18,3%
dos jovens de 14 a 29 anos não concluíram alguma das etapas da educação básica seja por abandono,
seja por nunca terem frequentado a escola. Sabe-se que a evasão é multifatorial, uma vez que são várias
as razões que conduzem ao abandono escolar. A necessidade de trabalhar e o desinteresse pelo estudo
foram os principais motivos apontados na pesquisa.
O público da educação de jovens e adultos (EJA) é caracterizado pela diversidade: diversidade de
experiências escolares e de vivências no mundo do trabalho, diversidade geracional, além daquelas
presentes em todas as salas de aula, como a diversidade étnico-racial e de gênero. Defendemos a
inserção do termo “idosos”, porque reconhece e enfatiza a necessidade de oferecer oportunidades
educacionais a todas as faixas etárias que não tiveram acesso à educação formal ou que desejam
retomar seus estudos. Utilizar a expressão completa — educação de jovens, adultos e idosos (EJAI) —
busca promover a igualdade de oportunidades, o que pode ajudar a combater e evitar preconceitos e
estereótipos.
Paula Cobucci; Weruska Machado.
Educação linguística para jovens e adultos.
São Paulo: Editora Contexto, p. 7-8 (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, em relação a estruturas linguísticas do texto CB1A1-II.
 
No primeiro período do texto, a expressão “seja...seja” é empregada para coordenar, com sentido
alternativo, duas causas atribuídas ao fato de jovens de 14 a 29 anos não concluírem alguma das etapas
da educação básica.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1917430
CEBRASPE (CESPE) - TAmb (ICMBio)/ICMBio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
Nossas cidades estão perdendo suas árvores rapidamente, mas até nisso somos um país desigual. Os
bairros mais nobres do Rio de Janeiro e de São Paulo seguem maravilhosamente arborizados, alguns
cada vez mais, frequentemente com árvores das mesmas espécies das que foram cortadas na frente da
sua casa ou do seu trabalho por serem supostamente inadequadas, para não causarem danos à
infraestrutura.
As castanholas, também conhecidas como sete-copas, são uma espécie extremamente abundante no Rio
de Janeiro, mas demonizadas em outras regiões menos urbanizadas, como no Pará, por exemplo, sob o
argumento de que “A raiz dela cresce demais” ou de que “Vai quebrar a calçada”. Árvores com raízes
robustas e que crescem por grandes distânciassão acusadas de destruir a pavimentação, ao passo que
aquelas de raízes reduzidas caem com facilidade.
As espécies de crescimento rápido são as que mais assustam os técnicos responsáveis pela arborização
exageradamente tementes à infraestrutura. Todavia, as outras demoram uma eternidade para crescer, a
vida passa ligeiramente e todos querem ver a tão sonhada arborização avançada. Não podem ficar muito
altas, especificam os técnicos, nem derrubar muitas folhas. Se derrubarem frutos grandes, como
mangas, por exemplo, nem pensar! Podem amassar a lataria de um carro! Flores e pequenos frutos
podem manchar a pintura! Há também aquelas árvores que atraem morcegos. Melhor não! Espinhos
estão fora de questão. E se alguém se machuca? Na autobiografia de Woody Allen, ele afirma algo
interessante: mais do que os outros, o inferno é o gosto dos outros.
A expectativa é que, nas próximas décadas, a temperatura das cidades suba consideravelmente devido
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1917430
280) 
às mudanças climáticas globais. Nesse contexto, é muito bem-vinda qualquer sombra que venha a
reduzir a temperatura do asfalto, da calçada ou de uma parede. O canto dos pássaros e dos insetos e o
colorido das flores também têm importante papel na qualidade de vida dos cidadãos, comprovadamente
reduzindo o estresse e o risco de depressão. Esses são outros benefícios da arborização que, geralmente,
não são incluídos no contexto técnico, mas que devem ser mais bem pesados na equação dos riscos e
benefícios da arborização.
Rodolfo Salm. Cadê a árvore que estava aqui?, 19/2/2021. Internet: <www.correiocidadania.com.br> (com
adaptações).
 
A respeito das ideias e dos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o próximo item.
 
No primeiro período do texto, a conjunção “mas” introduz uma ressalva à afirmação de que “Nossas
cidades estão perdendo suas árvores rapidamente”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1934998
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
O texto mais célebre de A República é sem dúvida a Alegoria da Caverna, em que Platão,
utilizando-se de linguagem alegórica, discute o processo pelo qual o ser humano pode passar da visão
habitual que tem das coisas, “a visão das sombras”, unidirecional, condicionada pelos hábitos e
preconceitos que adquire ao longo de sua vida, até a visão do Sol, que representa a possibilidade de
alcançar o conhecimento da realidade em seu sentido mais elevado e compreendê-la em sua totalidade.
A visão do Sol representa não só o alcance da Verdade e, portanto, do conhecimento em sua acepção
mais completa, já que o Sol é “a causa de tudo”, mas também, como diz Sócrates na conclusão dessa
passagem: “Nos últimos limites do mundo inteligível, aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com
dificuldade, mas que não se pode ver sem se concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de
belo. Acrescento que é preciso vê-la se se quer comportar-se com sabedoria, seja na vida privada, seja
na vida pública.”.
De acordo com este texto, a possibilidade de um indivíduo tornar-se justo e virtuoso depende de um
processo de transformação pelo qual deve passar. Assim, afasta-se das aparências, rompe com as
cadeias de preconceitos e condicionamentos e adquire o verdadeiro conhecimento. Tal processo culmina
com a visão da forma do Bem, representada pela matéria do Sol. O sábio é aquele que atinge essa
percepção. Para Platão, conhecer o Bem significa tornar-se virtuoso. Aquele que conhece a justiça não
pode deixar de agir de modo justo.
Danilo Marcondes. Textos básicos
de ética: de Platão a Foucault. 1ª ed. Rio de Janeiro: Jahar, 2007, p. 31 (com adaptações).
 
Em relação às ideias, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item subsecutivo.
Dado o fato de o vocábulo “mas”, em sua primeira ocorrência no segundo período do primeiro parágrafo,
ter sido empregado com sentidos adversativo, de oposição, os sentido originais do texto seriam mantidos
caso ele fosse substituído por porém.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1968105
CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1934998
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968105
281) 
282) 
Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede para entrar
na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo reflete e
depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o porteiro, “mas agora não”. Uma
vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina
para o interior através da porta. Quando nota isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar
apesar da minha proibição. Mas veja bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala
para sala, porém, existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não
esperava tais dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se havia equipado
para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que seja, para subornar o
porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem observa o porteiro quase sem
interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-lhe o único obstáculo para a entrada na lei.
Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências
daquele tempo convergem na sua cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro.
Faz-lhe um aceno para que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro.
“Você é insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos, ninguém
além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim e, para ainda alcançar
sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava
destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com adaptações).
 
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a
seguir.
 
A locução “Uma vez que”, que inicia o período “Uma vez que a porta da lei continua como sempre aberta,
e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina para o interior através da porta”, foi empregada no
sentido de conformidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1972076
CEBRASPE (CESPE) - Esp GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Advogado/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são
um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais
verdade no mundo de amanhã.
 
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou
o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda,
otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava desesperadamente.
A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros
terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
 
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram o
acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
 
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação.
A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são
usados para combater as alteraçõesclimáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência
de cidades mais limpas.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1972076
283) 
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso tecnológico
é mais urgente.
 
Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).
Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
No último parágrafo, a expressão “Ao passo que” estabelece uma relação de proporcionalidade entre as
orações que formam o período.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1981922
CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da
cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas
tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse
conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege),
publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é
contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das
notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que
seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos
com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais,
enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,
desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se
trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos
a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A
telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato.
Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade
moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos.
Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux
compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em
comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos
colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.
São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1981922
284) 
Os dois primeiros períodos do primeiro parágrafo compõem uma relação de causa e consequência, de
modo que seria correto uni-los em um só período, empregando-se uma conjunção causal, como já que,
imediatamente antes de “Da guerra”, desde que feitos os devidos ajustes de maiúsculas e minúsculas e
de pontuação.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1981927
CEBRASPE (CESPE) - Tec GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Assistente Administrativo/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A comunicação tem-se transformado em um setor estratégico da economia, da política e da
cultura. Da guerra, ela sempre o foi. A inclusão da informação e da comunicação nas estratégias bélicas
tem aumentado no correr de milênios.
No século VII a.C., o chinês Sun Tzu, em A arte da guerra, dizia que “toda guerra é embasada em
dissimulação”, referindo-se à distribuição de informações falsas. Contudo, quem mais desenvolveu esse
conceito foi o general prussiano Carl von Clausewitz, em seu amplo tratado Da guerra (Vom Kriege),
publicado em 1832. No capítulo VI, Clausewitz afirma: “Grande parte das notícias recebidas na guerra é
contraditória, uma parte ainda maior é falsa e a maior parte de todas é incerta. Em suma, a maioria das
notícias é falsa, e o medo do ser humano reforça a mentira e a inverdade. As pessoas conscientes que
seguem as insinuações alheias tendem a permanecer indecisas no lugar; acreditam ter encontrado as
circunstâncias distintas do que imaginavam. Na guerra, tudo é incerto, e os cálculos devem ser feitos
com meras grandezas variáveis. Eles direcionam a observação apenas para magnitudes materiais,
enquanto todo o ato de guerra está imbuído de forças e efeitos espirituais”.
Trata-se de desinformar, e não de informar. A desinformação é a informação falsa, incompleta,
desorientadora. É propagada para enganar um público determinado. Seu fim último é o isolamento do
inimigo em um conflito concreto, é o de mantê-lo em um cerco informativo. Os nazistas levaram essa
estratégia do engano quase à perfeição.
Atualmente, pratica-se tanto o cerco econômico, militar e diplomático quanto o informativo. Já não se
trata apenas de isolar o inimigo. As novas tecnologias permitem aos militares intervir nos conflitos bélicos
a distância, direcionando até mesmo os foguetes com a ajuda de GPS, a partir de um satélite. A
telecomunicação militar apoiada em satélites e a eletrônica determinarão as guerras do futuro imediato.
Fala-se já de bombas eletrônicas (E) que podem paralisar estabelecimentos neurais da sociedade
moderna, como hospitais, centrais elétricas, oleodutos etc., destruindo os seus circuitos eletrônicos.
Parece que hoje já se pode fazer a guerra sem bombas atômicas. As bombas E do tipo FCG (flux
compression generator — gerador de compressão de fluxo), cujo emprego não está limitado às grandes
potências bélicas, têm o mesmo efeito e fazem parte dos arsenais de alguns exércitos, e consistem em
comprimir, mediante uma explosão, um campo eletromagnético, como um raio, sem os custos, os efeitos
colaterais ou o enorme alcance de um dispositivo de pulso eletromagnético nuclear.
Vicente Romano. Presente e futuro imediato das telecomunicações.
São Paulo em Perspectiva. Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB4A1-I, julgue o próximo item.
 
No segundo período do segundo parágrafo do texto, o vocábulo “Contudo” introduz uma ressalva.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2007218
CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1981927
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2007218
285) 
286) 
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
A atividade política, para os antigos, estava associada à prática das virtudes e à busca por uma
ordem moral duradoura. A corrupção, por sua vez, era identificada com vícios como a ambição, a
ganância pelo poder, a covardia etc., ou seja, tudo aquilo que causa caos social, desordem e violência.
 
Essa noção de corrupção associada ao desvirtuamento e à falta de cuidado com o bem comum
atravessaria a Idade Média e chegaria até o início da modernidade com os teóricos políticos do 
Renascimento. Contudo, com a ampliação das relaçõescomerciais decorrentes das grandes navegações,
o crescimento urbano, o advento da indústria, a ascensão da burguesia como classe política — por meio
de revoluções como a inglesa (1640-1668) e a francesa (1789-1799) —, o sistema político começou a ser
pensado de forma diferente.
 
A concepção antiga das virtudes como guias da política não funcionava mais na modernidade. Era
necessária uma concepção de política que levasse em conta os interesses individuais e as ambições, que
faziam parte do mundo moderno. Mas como fazer isso sem deixar que tais interesses e ambições
degenerassem o sistema político? Montesquieu foi quem ofereceu o melhor modelo, que, em grande
parte, ainda se faz presente até hoje nos regimes democráticos.
 
Segundo Montesquieu, para que os interesses pessoais dos governantes não triunfassem sobre o bem
público e para que o corpo político não se corrompesse, seriam necessárias as leis positivas, isto é, um
conjunto de medidas jurídicas que se ajustassem à realidade dos interesses de determinada sociedade e
impusesse controle sobre ela, sendo capaz de intermediar os homens e suas necessidades.
 
Esse modelo foi seguido pelas democracias liberais do século XIX. No entanto, desde a transição do
século XIX para o século XXI, o mundo ficou cada vez mais integrado, tanto econômica quanto
politicamente, sobretudo após as guerras mundiais. Essa integração, apesar de ter trazido inúmeros
benefícios, também trouxe grandes dificuldades.
 
Internet: <https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativo às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No segundo parágrafo, o emprego de “Contudo” indica que as informações do segundo período
expressam adversidade em relação às ideias apresentadas no primeiro período.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010920
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A2-II
 
A pseudociência difere da ciência errônea. A ciência prospera com seus erros, eliminando-os um a um.
Conclusões falsas são tiradas todo o tempo, mas elas constituem tentativas. As hipóteses são
formuladas de modo a poderem ser refutadas. Uma sequência de hipóteses alternativas é confrontada
com os experimentos e a observação. A ciência tateia e cambaleia em busca de melhor compreensão.
Alguns sentimentos de propriedade individual são certamente ofendidos quando uma hipótese científica
não é aprovada, mas essas refutações são reconhecidas como centrais para o empreendimento científico.
 
A pseudociência é exatamente o oposto. As hipóteses são formuladas de modo a se tornar invulneráveis
a qualquer experimento que ofereça uma perspectiva de refutação, para que em princípio não possam
ser invalidadas.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010920
287) 
Talvez a distinção mais clara entre a ciência e a pseudociência seja o fato de que a primeira sabe avaliar
com mais perspicácia as imperfeições e a falibilidade humanas do que a segunda. Se nos recusamos
radicalmente a reconhecer em que pontos somos propensos a cair em erro, podemos ter quase certeza
de que o erro nos acompanhará para sempre. Mas, se somos capazes de uma pequena autoavaliação
corajosa, quaisquer que sejam as reflexões tristes que isso possa provocar, as nossas chances melhoram
muito.
 
Carl Sagan. O mundo assombrado pelos demônios.Tradução de Rosaura Eichemberg.
São Paulo: Companhia das Letras, 2016, p. 39-40 (com adaptações).
 
A respeito dos aspectos linguísticos do texto CB1A2-II, julgue o item que se segue.
 
No trecho “Conclusões falsas são tiradas todo o tempo, mas elas constituem tentativas” (primeiro
parágrafo), o teor da oração introduzida pelo vocábulo “mas” atenua a força argumentativa do conteúdo
da primeira oração.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2020004
CEBRASPE (CESPE) - ERM (ANM)/ANM/"Sem Área"/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-I
 
Em 2015, pesquisadores argentinos anunciaram a descoberta dos fósseis da maior criatura da Terra. Eles
estimaram que o dinossauro tivesse 40 metros de comprimento e 20 metros de altura (quando esticava o
pescoço). Com 77 toneladas, teria sido tão pesado quanto 14 elefantes africanos e teria tido sete
toneladas a mais do que o recordista anterior, o argentinossauro, também localizado na Patagônia. Um
mês após o anúncio dos argentinos, paleontólogos brasileiros apresentaram um fóssil resgatado em
Presidente Prudente (SP), que afirmaram ser do maior dinossauro do país. O Austroposeidon magnificus,
como o chamaram, tinha 25 metros de comprimento e viveu há 70 milhões de anos, segundo os
estudiosos. E o Planalto Central abrigou gigantes como esses? Embora escavações nunca tenham sido
feitas no Distrito Federal e no Entorno até então, especialistas detectaram indícios de esqueletos de
animais extintos e de instrumentos usados por homens das cavernas na região.
 
O ser humano não conviveu com os dinossauros em nenhuma parte do mundo. Os dinossauros foram
extintos há milhões de anos, antes do surgimento da humanidade. Mas o primeiro registro da presença
humana no Planalto Central coincide com a fase de extinção dos primeiros animais que habitaram a
região, bichos grandes e ferozes, como o tigre-dentes-de-sabre. Os homens da caverna também tinham
a companhia de outros animais enormes, como o megatério, uma espécie de preguiça, e o gliptodonte,
um tatu gigante de até um metro de altura. Por uma faixa de terra onde hoje é a América Central,
animais do norte chegaram ao sul. Entre eles, o mastodonte, os cães-urso e os ancestrais dos cavalos,
todos antigos moradores do cerrado.
 
Apesar da longa coexistência, não há nenhuma evidência confiável de que o homem tenha caçado os
animais gigantes de forma sistemática no território nacional ou mesmo na América do Sul, ao contrário
do que ocorreu na América do Norte, onde mamutes e mastodontes eram presas constantes das
populações humanas. O desaparecimento da megafauna no território nacional provavelmente não teve
relação direta com a chegada do serhumano, como algumas hipóteses para essa extinção sugerem. Os
pesquisadores Mark Hubbe e Alex Hubbe acreditam que a extinção dos animais tenha sido desencadeada
por uma mudança climática. Na teoria deles, as espécies da megafauna teriam se extinguido
gradualmente a partir da última grande glaciação, no fim do período chamado Pleistoceno (há
aproximadamente 12 mil anos). Os maiores não teriam vivido além de dez mil anos atrás, e os menores
teriam avançado um pouco além da nova era, até quatro mil anos atrás.
 
Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2020004
288) 
 
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
 
Os dois primeiros períodos do segundo parágrafo estabelecem uma relação de causa e consequência, em
que o primeiro período consiste na causa e o segundo, na consequência.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2035471
CEBRASPE (CESPE) - Assist (FUB)/FUB/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB2A1-I
Ser mais humano em meio a um mundo cada vez mais digital — esse é o grande desafio das
organizações para o ano de 2022 no Brasil e em todo o mundo. O equilíbrio entre home office e
escritório, em um modelo híbrido de trabalho, deve ser a tendência para os próximos anos. E, no
contexto da vida pós-pandemia, há desafios que os departamentos de recursos humanos (RH) vão
enfrentar para manter uma relação saudável e positiva entre empresas e colaboradores e garantir, ainda,
a produtividade do negócio. E no meio de tudo isso, a tecnologia mais uma vez surge como a
viabilizadora de bons resultados.
O primeiro desafio do RH é demonstrar segurança em um mundo de incertezas. É fundamental que toda
a comunicação da companhia com seus colaboradores seja feita de maneira clara, precisa e sem
hesitação, para evitar dúvidas e ansiedades, transmitindo-se segurança às equipes detrabalho. Nesse
sentido, uma plataforma digital workplace, a famosa intranet, é uma ferramenta indispensável para
sustentar uma comunicação de fato eficiente.
Não há mais espaço para um modelo de trabalho independente e não colaborativo nas organizações,
depois de quase dois anos de mudanças profundas nas relações de trabalho. Se o RH não dá as
respostas certas no tempo certo, os gestores tendem a agir sozinhos em busca de soluções para seus
desafios de atração e retenção de talentos. O resultado é uma desvalorização da área de recursos
humanos, que é um dos pilares para a produtividade e sustentabilidade de qualquer empresa.
O suporte da tecnologia ganha um papel cada vez mais estratégico para apoiar a tomada de decisão, que
precisa ser cada vez mais humanizada. Não se trata de usar a tecnologia para automatizar e otimizar
processos em uma estrutura “robotizada”, mas de ampliar o uso de ferramentas que humanizem as
relações a partir de dados mais ricos e informações mais completas e valiosas, para buscar o melhor
tanto para os colaboradores quanto para a própria empresa.
Em 2022, o foco deve ser encontrar soluções que possam resolver os desafios da gestão de capital
humano das organizações. Mesmo com toda a tecnologia existente, a ideia não é substituir pessoas, mas
conferir-lhes poder para que suas tomadas de decisões sejam ainda melhores. É a tecnologia viabilizando
relações mais humanas, precisas, por meio de dados reais, confiáveis. Esse é o caminho para o futuro.
Robson Campos. Internet: <www.abeinfobrasil.com.br> (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o seguinte item.
 
No segundo período do quarto parágrafo, o trecho introduzido pela conjunção “mas” tem sentido aditivo,
o que se confirma pelo emprego do advérbio de negação no início do período.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2064577
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2035471
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2064577
289) 
CEBRASPE (CESPE) - PJM (Pires do Rio)/Pref Pires do Rio/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
 
Enquanto apenas 30% da população mundial vivia em ambiente urbano no ano de 1950, em 2018 esse
índice já representava 55%, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU). A projeção
de longo prazo da ONU indica a intensificação dessa tendência, com a população urbana mundial
representando 68% do total em 2050.
No Brasil, 36% da população era urbana em 1950, valor bastante próximo da média mundial até então.
Nas décadas subsequentes, o país experimentou um rápido processo de urbanização, evidenciado pelo
fato de que, no ano de 2018, expressivos 87% da população brasileira residia em ambientes urbanos. As
projeções de mais longo prazo indicam que essa tendência deve se estabilizar em patamar próximo a
90%.
As cidades representam o mais importante lócus de consumo de energia e emissões relacionadas.
Estimativas da IEA (International Energy Agency), em 2016, indicavam que as cidades respondiam por
64% do uso global de energia primária e 70% das emissões globais de dióxido de carbono. Tal fato
evidencia o papel central que as cidades têm e terão na determinação do padrão de uso de energia e de
emissões de carbono dos países e do mundo. Em particular, a própria transição energética terá seu ritmo
bastante afetado pelas mudanças que ocorrerem nas cidades. O mesmo vale para o uso eficiente de
recursos (inclusive não energéticos), segurança energética e desenvolvimento sustentável.
Para os estudos de planejamento energético, é importante identificar as mudanças estruturais que
impactarão o uso de energia nas cidades no longo prazo. Do ponto de vista tecnológico, no momento em
que, simultaneamente, emergem e convergem novas tecnologias de informação, novas tecnologias e
modelos de negócios de geração de energia e novas formas de mobilidade, é possível vislumbrar
revoluções em diferentes nichos que utilizarão a inteligência artificial, o uso massivo de dados (big data)
e a Internet das Coisas como plataformas tecnológicas de propósito geral.
 
Nesse pano de fundo, emergem fenômenos como cidades inteligentes e indústria 4.0, importantes
evoluções no sentido de cidades sustentáveis. A implementação desses conceitos é acompanhada de um
número crescente dos mais variados sensores nas mais diferentes situações, o que gera aumento
exponencial de dados, que são utilizados para comunicação via Internet, em última instância, de forma a
subsidiar tomadas de decisão mais eficientes. Para tornar essa revolução possível, é necessário
significativo investimento em infraestrutura, que será a base da economia no futuro próximo.
No entanto, deve-se reconhecer que uma cidade inteligente é um passo necessário, mas não suficiente,
e que é preciso abranger mais do que a aplicação inteligente de tecnologia nas áreas urbanas. A adoção
de tecnologia deve tornar as cidades mais sustentáveis, melhorando a qualidade de vida de sua
população e sua relação com o meio ambiente. Assim, em relação ao uso de energia, é importante que
as discussões sobre cidades inteligentes sejam feitas levando-se em consideração tópicos importantes no
contexto de transição energética, como uso do espaço urbano e impactos sobre o bem-estar coletivo,
mudanças climáticas, os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a economia circular.
Internet: <www.epe.gov.br> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativos a propriedades linguísticas do texto CG1A1-I.
 
A expressão “Nesse pano de fundo” (início do quinto parágrafo) exprime a mesma noção transmitida pela
locução “No entanto” (início do sexto parágrafo).
Certo
Errado
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2153539
290) 
291) 
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Artes/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século
20, Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que
refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. A marca do pensador Anísio era uma
atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como algo definitivo,
mas que se busca continuamente.
O mundo em transformação requer um novo tipo de homem, consciente e bem-preparado para resolver
seus próprios problemas, acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo incremento
das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo Anísio,
“uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução”.
As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres
em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e
ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar
a escola, começando-se por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil.
O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu
sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo
mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado
o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido.
Para o pensador, não se aprendem apenas ideias ou fatos, mas também atitudes, ideais e senso crítico —
desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma criança só pode praticar a
bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da
aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive, e não em um centro preparatório
para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o
interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas
atividades.Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para professores e
alunos, como a escola parque, por ele fundada em 1950, em Salvador, que mais tarde inspirou os centros
integrados de educação pública (CIEP) do Rio de Janeiro e as demais propostas de escolas de tempo
integral que se sucederam. Cuidando da higiene e saúde da criança, bem como da sua preparação para a
cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação básica no livro Educação não é
privilégio. Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também municipalizada, para
atender aos interesses de cada comunidade. O ensino público deveria ser articulado numa rede até a
universidade.
Márcio Ferrari. Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil. In: Revista Nova Escola, jul./2008
(com adaptações).
 
Considerando aspectos sintáticos e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
No terceiro parágrafo do texto, o vocábulo “portanto” veicula sentido conclusivo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Artes/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-II
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2153576
292) 
Muito se tem pesquisado sobre os impactos positivos da educação, que valeram inclusive um prêmio
Nobel de economia a James Heckman, em 2000, por ele ter evidenciado, em um estudo longitudinal, as
inegáveis vantagens de pré-escolas de qualidade para a obtenção futura de emprego e salários e para a
redução de encarceramento.
Mas uma nova pesquisa, feita aqui no Brasil, sobre uma política pública de visível efeito na
aprendizagem, o ensino médio integral, um programa realizado por Pernambuco ao longo de 16 anos,
trouxe evidências que também transcendem a educação.
O estudo, feito por pesquisadores da USP e do INSPER, mostrou que, com o aumento da carga horária e
um currículo que incorpora ideias de Antonio Carlos Gomes da Costa, que concebeu a proposta para a
escola piloto, o Ginásio Pernambucano, no qual há tempo para se trabalhar o projeto de vida do aluno e
o protagonismo juvenil, reduz-se em 50% a taxa de homicídio de homens jovens.
Não se trata do primeiro estudo sobre os efeitos da escola em tempo integral. Outros analisaram salários
dos formados e empregabilidade de mulheres, mas a melhora nos índices de criminalidade foi capturada
apenas nessa interessante pesquisa.
Visitei muitas escolas de ensino médio em Pernambuco, em áreas de grande vulnerabilidade. O resultado
de uma política que se construiu ao longo de anos, tendo passado por diferentes governos e se
fortalecido, é visível não só pelas melhores condições de trabalho dos professores, com dedicação
exclusiva a uma única escola, como também pelo clima escolar. Não é por acaso que tantos estados, com
governadores de partidos diferentes, têm-se inspirado no exemplo pernambucano, como Paraíba, Ceará,
Maranhão e Goiás.
O país pode aprender com nações com bons sistemas educacionais, nenhum deles com quatro horas de
aula por dia, e, ainda, com o que dá certo por aqui.
Claudia Costin. Os impactos da educação em tempo integral. Internet: <www1.folha.uol.com.br> (com
adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativo a aspectos linguísticos do texto CG1A1-II.
 
Dada a relação de convergência das informações do primeiro e do segundo parágrafos, seria correto
substituir, sem alteração do sentido original do texto, a conjunção “Mas” (segundo parágrafo) por
Portanto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PANS (ANP)/ANP/Atividades de Fiscalização/Produção de Combustíveis
I/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG1A1-I
 
É uma falácia comum supor que mudanças graduais, pequenas, só podem engendrar resultados
graduais, incrementais.
 
Mas esse é um raciocínio linear, que parece ser nosso modo padrão de pensar a respeito do mundo. Isso
pode decorrer do simples fato de que a maior parte dos fenômenos perceptíveis para os seres humanos,
em escalas de tempo e de magnitude habituais e dentro do escopo limitado de nossos sentidos, tende a
seguir direções lineares — duas pedras parecem duas vezes mais pesadas que uma; é necessária uma
quantidade de comida três vezes maior para alimentar um número três vezes maior de pessoas, e assim
por diante. No entanto, fora da esfera das ocupações humanas práticas, a natureza está cheia de
fenômenos não lineares. Processos de extrema complexidade podem emergir de regras ou partes
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2205110
293) 
enganosamente simples, e pequenas mudanças num fator subjacente a um sistema complexo podem
engendrar mudanças radicais e qualitativas em outros fatores que dele dependem.
 
Pense neste exemplo muito simples: imagine que você tenha um bloco de gelo na sua frente e esteja
aquecendo-o pouco a pouco. Na maior parte do tempo, o aquecimento por um grau a mais não causa
nenhum efeito interessante: a única coisa que você tem e que não tinha um minuto atrás é um bloco de
gelo ligeiramente menos gelado. Mas, então, chega-se a 0 °C e, assim que essa temperatura crítica é
atingida, você vê uma mudança abrupta, espetacular. A estrutura cristalina do gelo desagrega-se, e, de
repente, as moléculas de água começam a escorregar e a fluir livremente umas em torno das outras. Sua
água congelada torna-se líquida, graças a um grau crítico de energia térmica.
 
Nesse ponto-chave, mudanças incrementais cessaram de ter efeitos incrementais e precipitaram uma
súbita mudança qualitativa chamada transição de fase.
 
Vilayanur Subramanian Ramachadran. O que o cérebro tem para contar: desvendando
os mistérios a natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 32-3 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
No parágrafo, “assim que” exprime circunstância de tempo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2208302
CEBRASPE (CESPE) - AGE (SEE PE)/SEE PE/Geral/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CG101-I
 
Alguns idiomas fictícios foram criados especialmente para a série Game of Thrones. Daí surgiram
palavras e expressões bem conhecidas pelos fãs, como “dracarys” – palavra que a personagem Daenerys
Targaryen (Emilia Clarke) usa para mandar seus dragões cuspirem fogo. A palavra faz parte do alto
valiriano, uma língua muito presente no decorrer da trama dos Targaryen e que apareceu de novo em
House of the Dragon, spin-off de Game of Thrones.
 
A Antiga Valíria era um antigo império localizado em Essos, continente a leste de Westeros. Ela é pouco
mencionada na série, pois não existe mais, mas sua língua (o alto valiriano) ainda é usada por uma elite
seleta. Seria como falar latim clássico na Europa medieval.
 
Segundo As Crônicas de Gelo e Fogo, livros escritos por George R. R. Martin que inspiraram a série, o
alto valiriano não seria uma linguagem de comunicação cotidiana, mas utilizada pela nobreza na
literatura e na música. Ao longo do tempo, o idioma originou dialetos simplificados, falados em várias
regiões, como o baixo valiriano, sendo possível traçar um paralelo com o latim clássico e o latim vulgar.
Daenerys, inclusive, domina e usa estrategicamente ambas as variações.
 
No alto valiriano, idioma do mundo de GOT, diferentemente do português, há quatro gêneros
gramaticais, divididos entre lunares, solares, terrestres ou aquáticos. Nomes que se referem a humanos
são geralmente lunares; profissões e partes do corpo, solares; alimentos e plantas são terrestres; e os
líquidos são aquáticos.
 
Internet: <super.abril.com.br> (com adaptações).
 
Com base nas ideias e construções linguísticas do texto CG101-I, julgue o item a seguir.
 
No segundo período do segundo parágrafo, os vocábulos “pois” e “mas” introduzem, respectivamente,
orações com sentido explicativo e adversativo.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2208302
294) 
295) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2215971
CEBRASPE (CESPE) - Tec TI (BANRISUL)/BANRISUL/Analista deSegurança da Tecnologia da
Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
Faz parte da natureza humana a incansável busca por relacionamentos ideais. Em se tratando de carreira
ou de relações românticas, a tendência é sempre a mesma: apego à falível ideia de que há alguém ou
algo perfeito — seja qual for o objeto de desejo. Perfeição significa ausência de falhas ou defeitos em
relação a um padrão ideal, no entanto isso não existe, pois ninguém nem lugar nenhum são infalíveis. A
perfeição é irreal e inalcançável. O componente das organizações são as pessoas, que trazem em suas
bagagens as falhas. Portanto, não haveria a possibilidade de existir uma empresa perfeita.
Embora algumas companhias já comecem a expor suas imperfeições um pouco mais nas redes sociais,
reconhecendo seus erros, e estimulem seus líderes a demonstrar vulnerabilidade, ainda há o discurso
estereotipado de que aquele trabalho é o melhor do mundo ou de que aquela empresa é a melhor de
todas. Apesar de ser louvável a busca por construir um excelente ambiente de trabalho, disseminar a
ilusão de perfeição pode ser altamente prejudicial para as empresas e para seus funcionários, que podem
acabar frustrados diante da realidade, muitas vezes mais dura do que o ideal prometido.
Internet: <https://vocerh.abril.com.br> (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
Os períodos do segundo parágrafo veiculam um contraste de ideias, estabelecido a partir dos conectivos
“Embora” e “Apesar de”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2215973
CEBRASPE (CESPE) - Tec TI (BANRISUL)/BANRISUL/Analista de Segurança da Tecnologia da
Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto
 
Faz parte da natureza humana a incansável busca por relacionamentos ideais. Em se tratando de carreira
ou de relações românticas, a tendência é sempre a mesma: apego à falível ideia de que há alguém ou
algo perfeito — seja qual for o objeto de desejo. Perfeição significa ausência de falhas ou defeitos em
relação a um padrão ideal, no entanto isso não existe, pois ninguém nem lugar nenhum são infalíveis. A
perfeição é irreal e inalcançável. O componente das organizações são as pessoas, que trazem em suas
bagagens as falhas. Portanto, não haveria a possibilidade de existir uma empresa perfeita.
Embora algumas companhias já comecem a expor suas imperfeições um pouco mais nas redes sociais,
reconhecendo seus erros, e estimulem seus líderes a demonstrar vulnerabilidade, ainda há o discurso
estereotipado de que aquele trabalho é o melhor do mundo ou de que aquela empresa é a melhor de
todas. Apesar de ser louvável a busca por construir um excelente ambiente de trabalho, disseminar a
ilusão de perfeição pode ser altamente prejudicial para as empresas e para seus funcionários, que podem
acabar frustrados diante da realidade, muitas vezes mais dura do que o ideal prometido.
Internet: <https://vocerh.abril.com.br> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2215971
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2215973
296) 
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
O último período do primeiro parágrafo transmite ideia de concessão.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
 
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demandam serviços de cuidado. De acordo com o
último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões
de pessoas em 2030 — há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas
configurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos disponíveis para
assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar seus sistemas de
atenção a populações vulneráveis. Partindo desse panorama, as sociólogas Nadya Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas de
Paris, na França, identificaram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam
amparar indivíduos com distintos níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas com
deficiência. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em outras, a atuação de
instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias representa o aspecto
mais marcante.
 
Conforme definição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos
de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade
e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata que o conceito
de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta anos e, desde
então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e filosofia política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo.
Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de
dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para
assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se fragilizar e se tornar
dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa levaram à
constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de
forma mais intensa, sobre as mulheres.
 
Ao refletir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos
Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de
cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente.
Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a respeito da
maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
 
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos
serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse fato, aliado
ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no provimento de
cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses serviços,
além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento,
expansão de políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a
socióloga.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2224774
297) 
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas
quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e
pessoas com deficiência. Para a minoria que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que
compensam a escassa presença do Estado.
 
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 299, jan./ 2021. Internet:
<https://revistapesquisa.fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
 
Acerca de aspectos semânticos e sintáticos do texto CB1A1, julgue o item que se segue.
 
Seria preservada a coerência das ideias do texto se, no segundo parágrafo, a expressão “na medida em
que” fosse substituída pelo vocábulo pois.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2224777
CEBRASPE (CESPE) - Tec (INSS)/INSS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1
 
Cresce, no mundo todo, o número de pessoas que demandam serviços de cuidado.De acordo com o
último relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), esse universo deverá ser de 2,3 bilhões
de pessoas em 2030 — há cinco anos, eram 2,1 bilhões. O envelhecimento da população e as novas
configurações familiares, com mulheres mais presentes no mercado de trabalho e menos disponíveis para
assumir encargos com parentes sem autonomia, têm levado os países a repensar seus sistemas de
atenção a populações vulneráveis. Partindo desse panorama, as sociólogas Nadya Guimarães, da
Universidade de São Paulo (USP), e Helena Hirata, do Centro de Pesquisas Sociológicas e Políticas de
Paris, na França, identificaram, em estudo, o surgimento, nos últimos vinte anos, de arranjos que visam
amparar indivíduos com distintos níveis de dependência, como crianças, idosos e pessoas com
deficiência. Enquanto, em algumas nações, o papel do Estado é preponderante, em outras, a atuação de
instituições privadas se sobressai. Na América Latina, o protagonismo das famílias representa o aspecto
mais marcante.
 
Conforme definição da OIT, o trabalho de cuidado, que pode ou não ser remunerado, envolve dois tipos
de atividades: as diretas, como alimentar um bebê ou cuidar de um doente, e as indiretas, como
cozinhar ou limpar. “É um trabalho que tem uma forte dimensão emocional, se desenvolve na intimidade
e, com frequência, envolve a manipulação do corpo do outro”, diz Guimarães. Ela relata que o conceito
de cuidado surgiu como categoria relevante para as ciências sociais há cerca de trinta anos e, desde
então, tem sido crescente a sua presença em linhas de investigação em áreas como economia,
antropologia, psicologia e filosofia política. “Com isso, a discussão sobre essa concepção ganhou corpo.
Os estudos iniciais do cuidado limitavam-se à ideia de que ele era uma necessidade nas situações de
dependência, mas tal entendimento se ampliou. Hoje, ele é visto como um trabalho fundamental para
assegurar o bem-estar de todos, na medida em que qualquer pessoa pode se fragilizar e se tornar
dependente em algum momento da vida”, explica a socióloga. Os avanços da pesquisa levaram à
constatação de que a oferta de cuidados é distribuída de forma desigual na sociedade, recaindo, de
forma mais intensa, sobre as mulheres.
 
Ao refletir sobre esse desequilíbrio, a socióloga Heidi Gottfried, da Universidade Estadual Wayne, nos
Estados Unidos da América, explica que persiste, nas sociedades, a noção arraigada de que o trabalho de
cuidado seria uma manifestação de amor e, por essa razão, deveria ser prestado gratuitamente.
Conforme Gottfried, a ideia decorre, entre outros aspectos, de construção cultural a respeito da
maternidade e de que cuidar seria um talento feminino.
 
Por outro lado, Guimarães lembra que, a partir de 1970, as mulheres aumentaram sua participação no
mercado de trabalho brasileiro. Em cinco décadas, a presença feminina saltou de 18% para 50%,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2224777
298) 
segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. “Consideradas provedoras naturais dos
serviços de cuidado, as mulheres passaram a trabalhar mais intensamente fora de casa. Esse fato, aliado
ao envelhecimento da população, gerou o que tem sido analisado como uma crise no provimento de
cuidados que, em países do hemisfério norte, tem se resolvido com uma mercantilização desses serviços,
além de uma maior atuação do Estado, por meio da criação de instituições públicas de acolhimento,
expansão de políticas de financiamento, formação e regulação do trabalho de cuidadores”, conta a
socióloga.
 
Na América Latina, entretanto, o fornecimento de cuidados é tradicionalmente feito pelas famílias, nas
quais mulheres desempenham gratuitamente papel central como cuidadoras de crianças, idosos e
pessoas com deficiência. Para a minoria que pode pagar, o mercado oferece serviços de cuidado que
compensam a escassa presença do Estado.
 
Christina Queiroz. Revista Pesquisa FAPESP. Ed. 299, jan./ 2021. Internet:
<https://revistapesquisa.fapesp.br/economia-do-cuidado> (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativos a aspectos estruturais e gramaticais do texto CB1A1.
 
No início do último parágrafo, o emprego da conjunção “entretanto” objetiva evidenciar uma
contraposição com o que se afirma no parágrafo anterior; por isso, essa conjunção poderia ser
substituída, sem prejuízo dos sentidos e da coerência do texto, por conquanto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1729596
CEBRASPE (CESPE) - Of (PM AL)/PM AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-I
Tradicionalmente, as conquistas democráticas nas sociedades modernas estiveram associadas à
organização de movimentos sociais que buscavam a expansão da cidadania. Foi assim durante as
revoluções burguesas clássicas nos séculos XVII e XVIII. Também a organização dos trabalhadores
industriais nos séculos XIX e XX foi responsável pela ampliação dos direitos civis e sociais nas
democracias liberais do Ocidente. De igual maneira, as demandas dos chamados novos movimentos
sociais, nos anos 70 e 80 do século XX, foram responsáveis pelo reconhecimento dos direitos das
minorias sociais (grupos étnicos minoritários, mulheres, homossexuais) nas sociedades contemporâneas.
Em todos esses casos, os espaços privilegiados das ações dos grupos organizados eram os Estados
nacionais, espaços privilegiados de exercício da cidadania. Contudo, a expansão do conjunto de
transformações socioculturais, tecnológicas e econômicas, conhecido como globalização, nas últimas
décadas, tem limitado de forma significativa os poderes e a autonomia dos Estados (pelo menos os dos
países periféricos), os quais se tornam reféns da lógica do mercado em uma época de extraordinária
volatilidade dos capitais.
Manoel Carlos Mendonça Filho et al. Polícia, direitos
humanos e educação para a cidadania. Internet: <corteidh.or.cr> (com adaptações).
 
Com relação aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o seguinte item.
No segundo período do primeiro parágrafo, o termo “assim” é uma conjunção que introduz uma
conclusão.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1729596
299) 
300) 
www.tecconcursos.com.br/questoes/1738705
CEBRASPE (CESPE) - Tec Ban III (BANESE)/BANESE/Informática/Desenvolvimento/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto CB1A1-II
Historicamente, o meio ambiente tem sido tratado pela economia apenas como a fonte de recursos e o
local de destino dos rejeitos do sistema econômico. Uma vez que não é preciso que todo ser humano aja
sobre o meio ambiente para obter os materiais de que necessita, seu uso e seu consumo se fizeram de
forma despreocupada ao longo do tempo. No final do século XVIII, a preocupação com a escassez
começou a tomar forma com os estudos de Malthus, o qual avaliou que, com a limitação da quantidade
de terra disponível para o plantio e com o contínuo crescimento populacional, a disponibilidade de
alimentos seria restrita, vindo eventualmente a esgotar-se.
Com o acúmulo histórico da degradação das fontes ambientais de recursos, compreendeu-se que a
escassez não era apenas um exercício teórico. Ela estava transformando-se em realidade, e a
preocupação com o valor do meio ambiente foi lentamente inserida na teoria econômica.
Assim, nos anos mais recentes, problemas como a redução da disponibilidade natural de recursos e a
poluição passaram a gerar custos que começaram a indicar que os recursos e serviços ambientais,
embora de livre acesso, não são, de forma alguma, gratuitos, impondo gastos para sua reposição ou pela
sua degradação.
José Julio Ferraz de Campos Jr. Introdução à economia
ambiental, economia ecológica e valoração econômica. Edição do Kindle (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.
No segundo período do primeiro parágrafo, a expressão “Uma vez que” exprime circunstância de causa e
poderia ser corretamente substituída por Como, sem alteração do sentido original do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1752423CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Estabelecer fronteiras é o fenômeno originário da violência instauradora do direito em geral,
segundo Walter Benjamin, autor do ensaio Para uma crítica da violência, de 1921. O ato jurídico-
político originário é o estabelecimento de fronteiras que delimitam dentro e fora, incluídos e excluídos,
amigos e inimigos da pátria. Em seus primórdios, “todo direito foi um direito de prerrogativa (ou
privilégio) dos reis ou dos grandes; em suma: dos poderosos”. O privilégio primordial de apropriar a
terra, nomeá-la e ordená-la indica o nexo território-Estado-nascimento que caracteriza o antigo e ainda
atual nómos da terra, do qual o fechamento de fronteiras em tempos de pandemia é mero sintoma. Se a
figura do refugiado nos é tão inquietante, é porque coloca em questão uma vida humana em terra de
ninguém.
 
Em O nómos da terra, o controverso jurista alemão Carl Schmitt, com quem Benjamin trocou
correspondências, descreve a origem do termo nómos, palavra grega para “lei”. Nómos indica a
ordenação espacial original necessária para o estabelecimento de toda e qualquer ordem jurídica. Nómos
indica que o direito está objetivamente enraizado na apropriação da terra. A constituição jurídica de um
nómos, ou seja, a apropriação jurídica do espaço, tem por pressuposto a capacidade de nomear. No
termo alemão landnahme, apropriação ou tomada da terra, encontramos o termo nahme, antiga grafia
de name, que significa “nome”. Nomear e constituir uma ordem jurídica são atos similares, na medida em
que implicam apropriação. Exemplos históricos — incrivelmente ainda frequentes — são a imposição
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1738705
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752423
301) 
302) 
do nome do marido à mulher, que é “tomada em casamento”, ou o patronímico imposto à criança no
momento do nascimento.
 
Internet: <https://revistacultc.omu oblr.> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativos aos aspectos linguísticos do texto anterior.
 
No último período do primeiro parágrafo, a substituição do conectivo “Se” por Conquanto seria
gramaticalmente correta, pois ambos expressam noção de condição.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e nos
impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser estabelecidos no
futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças ao discurso, e seu ímpeto
endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para a sua própria liberdade, que nosso
estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo — incessante e infinito: nosso vir a ser e o vir a ser
do nosso “mundo da vida” — juntar-se, misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente,
entrançados e entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até que a morte
nos separe.
 
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimo filosófico, ou “os fatos da questão”
quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de palavras. Nenhuma outra realidade
nos é acessível: não acessamos o passado “como ele realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke
celebremente conclamou (instruiu) seus colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando
sobre a história de Juan Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia —
qualquer biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens, reunida pela
memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às presunções do senso comum,
o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da irrealidade — esquivando-se/evadindo-se
obstinadamente, como ambos o fazem, das redes tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante,
essa irrealidade é a única realidade a ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o
peixe na água”.
 
Zygmunt Bauman e Riccardo Mazzeo. O elogio da
literatura. Zahar. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
A locução conjuntiva “Não obstante” (último período do segundo parágrafo) tem valor adversativo no
texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 14A1-I
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752449
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825443
303) 
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
Apesar de funcionar, no texto, como recurso coesivo que introduz uma oração explicativa, a conjunção
“embora” poderia ser substituída por quando, sem prejuízo da correção gramatical e da coerência do
texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) -Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825448
304) 
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
A inserção da conjunção mas para introduzir o trecho “não de uma imaginária vantagem literária de se
utilizar o francês como veículo de expressão” manteria a correção gramatical e a coerência do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
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305) 
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
No parágrafo, a oração introduzida por “desde que” exprime uma condição hipotética relacionada ao
trecho “Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Conjunção
Teoria do medalhão
(diálogo)
— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos teus vinte e um
anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e estás
homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te
coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes
entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou
nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam apenas a primeira
sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te
faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1826446
306) 
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim também é de boa
prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indenizem
suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útile cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha
mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e
relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem, meu querido filho, ouve-me e
entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que
houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste
nobre ofício.
Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-
versa, porque esse fato, posto indique certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma
traição da memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as
tuas simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou
calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo
acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente
o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas
irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue
o medalhão completo do medalhão incompleto.
Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos
de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado anteriormente, julgue
o item a seguir.
 
No trecho “posto indique certa carência de ideias”, o vocábulo “posto” classifica-se como conjunção
explicativa.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ass Adm (UNIPAMPA)/UNIPAMPA/2009
Língua Portuguesa (Português) - Interjeição
A escola era na Rua do Costa, um sobradinho de grade de pau. O ano era de 1840. Naquele dia —
uma segunda-feira, do mês de maio — deixei-me estar alguns instantes na Rua da Princesa a ver onde
iria brincar a manhã. Hesitava entre o morro de S. Diogo e o Campo de Sant’Ana, que não era então esse
parque atual, construção de gentleman, mas um espaço rústico, mais ou menos infinito, alastrado de
lavadeiras, capim e burros soltos. Morro ou campo? Tal era o problema. De repente disse comigo que o
melhor era a escola. E guiei para a escola. Aqui vai a razão.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1529371
307) 
Na semana anterior tinha feito dois suetos*, e, descoberto o caso, recebi o pagamento das mãos de meu
pai, que me deu uma sova de vara de marmeleiro. As sovas de meu pai doíam por muito tempo. Era um
velho empregado do Arsenal de Guerra, ríspido e intolerante. Sonhava para mim uma grande posição
comercial, e tinha ânsia de me ver com os elementos mercantis, ler, escrever e contar, para me meter de
caixeiro. Citava-me nomes de capitalistas que tinham começado ao balcão. Ora, foi a lembrança do
último castigo que me levou naquela manhã para o colégio. Não era um menino de virtudes.
Subi a escada com cautela, para não ser ouvido do mestre, e cheguei a tempo; ele entrou na sala três ou
quatro minutos depois. Entrou com o andar manso do costume, em chinelas de cordovão, com a jaqueta
de brim lavada e desbotada, calça branca e tesa e grande colarinho caído. Chamava-se Policarpo e tinha
perto de cinquenta anos ou mais. Uma vez sentado, extraiu da jaqueta a caixa de rapé e o lenço
vermelho, pô-los na gaveta; depois relanceou os olhos pela sala. Os meninos, que se conservaram de pé
durante a entrada dele, tornaram a sentar-se. Tudo estava em ordem; começaram os trabalhos.
*sueto = feriado escolar
 
Machado de Assis. Obra completa. Rio de
Janeiro: Nova Aguilar, v. II, 1994 (com adaptações).
 
Com referência às ideias do texto acima, bem como aos seus aspectos estruturais e gramaticais, julgue o
item a seguir.
 
A interjeição “Ora” poderia ser substituída, sem provocar alterações sintático-semânticas no texto, pela
conjunção Portanto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/365664
CEBRASPE (CESPE) - Con Tec Leg (CL DF)/CL DF/Taquígrafo Especialista/2006
Língua Portuguesa (Português) - Interjeição
 
Tomando como referência o texto acima e suas evocações, julgue o item a seguir.
 
“Viva!” e “Hurra!” são expressões de valor interjetivo. As interjeições caracterizam a fala como
constrangente, como algo inevitável, não sendo suscetíveis, portanto, a avaliações em termos de verdade
ou falsidade.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2779457
CEBRASPE (CESPE) - Adv (CAU BR)/CAU BR/2024
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/365664
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308) 
309) 
Fábula de um arquiteto
A arquitetura como construir portas,
de abrir; ou como construir o aberto;
construir, não como ilhar e prender,
nem construir como fechar secretos;
construir portas abertas, em portas;
casas exclusivamente portas e teto.
O arquiteto: o que abre para o homem
(tudo se sanearia desde casas abertas)
portas por-onde, jamais portas-contra;
por onde, livres: ar luz razão certa.
Até que, tantos livres o amedrontando,
renegou dar a viver no claro e aberto.
Onde vãos de abrir, ele foi amurando
opacos de fechar; onde vidro, concreto;
até fechar o homem: na capela útero,
com confortos de matriz, outra vez feto.
João Cabral de Melo Neto. Fábula de um arquiteto.
In: Antologia poética. Rio de Janeiro: Ed. José Olympio, 1978, p.18.
 
Considerando o texto e a imagem da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, obra de Oscar
Niemayer, julgue o item a seguir.
O verbo “construir”, presente reiteradamente nos cinco versos iniciais do texto, é empregado no poema
como substantivo.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368412
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Questões Variadas de Classe de Palavras
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368412
310) 
311) 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízode censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
No que se refere a aspectos gramaticais do texto 2A1-I, julgue o seguinte item.
 
No parágrafo, o vocábulo “que”, em “que culminou com escolhas” e “que hackers interfiram no sistema”,
pertence à mesma classe gramatical.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - APGIPI (INPI)/INPI/Gestão e Suporte/Administração/2024
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A1-III
Toda língua satisfaz à necessidade humana de comunicação. Embora muitas pessoas do mundo de hoje
sejam tentadas a gastar mais tempo em mídias sociais do que talvez deveriam, é o impulso das trocas
linguísticas que as está levando a essa situação. Não importa o quão ocupadas algumas pessoas
estejam, é difícil não participarem de alguma conversa na tela à sua frente, para opinar sobre assuntos
dos quais elas sabem pouco e se importam menos ainda. Seja por meio de conversas informais, da
absorção de informações vindas da televisão, da discussão de jogos ou da leitura/escrita de romances,
falar e escrever conecta os humanos, de modo ainda mais íntimo, em uma comunidade.
Daniel Everett. Linguagem: a história da maior invenção da humanidade. Tradução de Mauricio Resende. São
Paulo: Editora Contexto, Belo Horizonte: Gutenberg, 2019, p. 12-13 (com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, relativo a aspectos linguísticos do texto CB1A1-III.
 
No trecho “é o impulso das trocas linguísticas que as está levando a essa situação” (segundo período),
seria gramaticalmente correta a colocação da forma pronominal “as” em ênclise à forma de gerúndio
“levando” — levando-as.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2796494
CEBRASPE (CESPE) - Pesq Ass (CTI)/CTI/Tecnologias Habilitadoras/Micro e
Nanoeletrônica/2024
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG1A1
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https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2796494
312) 
Alguns problemas éticos com a inteligência artificial (IA) não são específicos dela. Por exemplo, existem
paralelos com outras tecnologias de automação. Considere os robôs industriais que são programados e
não são considerados IA, mas que, no entanto, acarretam consequências sociais quando levam ao
desemprego. Não só isso, alguns dos problemas da IA estão relacionados às tecnologias com as quais ela
está conectada, como mídias sociais e Internet, que, quando combinadas com a IA, nos apresentam
novos desafios. É o caso das plataformas de mídia social que usam IA para saber mais sobre seus
usuários, o que gera preocupações com a privacidade.
Essa ligação com outras tecnologias também significa que muitas vezes a IA não é visível. Isso é assim
em primeiro lugar porque já se tornou uma parte arraigada de nossa vida cotidiana. A IA é
frequentemente anunciada em aplicativos novos e espetaculares. Mas não devemos nos esquecer da IA
que já alimenta plataformas de mídia social, mecanismos de busca e outras mídias e tecnologias que se
tornaram parte de nossa experiência cotidiana. A IA está em todo lugar. A linha entre a IA propriamente
dita e outras formas de tecnologia pode ser confusa, tornando-se a IA invisível: se os sistemas de IA
estão incorporados à tecnologia, tendemos a não os notar. E, se sabemos que há IA envolvida, é difícil
dizer se é a IA que cria o problema ou o impacto, ou se é a outra tecnologia conectada à IA.
Em certo sentido, não há IA em si: a IA sempre depende de outras tecnologias e está inserida em
práticas e procedimentos científicos e tecnológicos mais amplos. Embora ela também levante problemas
éticos próprios e específicos, qualquer ética da IA deve estar conectada à ética mais geral das
tecnologias de informação e comunicação digital, ética computacional, e assim por diante.
Mark Coeckelberg, Ética na inteligência artificial.
São Paulo: Ubu Editora, 2023, p. 78 (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto CG1A1, julgue o seguinte item.
 
No segmento “tendemos a não os notar” (penúltimo período do segundo parágrafo), a anteposição da
forma pronominal “os” ao verbo “notar” é obrigatória, não sendo admitida a ênclise pronominal, em
razão do emprego do vocábulo “não”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2841411
CEBRASPE (CESPE) - Ana Min (MPE TO)/MPE TO/Especializado/Administração de Banco de
Dados/2024
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Quando falamos em direito, estamos falando inicialmente de um enorme conjunto de regras
obrigatórias, o chamado direito positivo. Mas o vocábulo direito é usado também para os estudos, o
curso de direito, a assim chamada “ciência do direito”. Numa terceira acepção, a palavra designa os
direitos de cada um de nós, chamados de direitos subjetivos, pois somos os sujeitos, os titulares, desses
direitos.
Ninguém ignora que paira sobre nossas cabeças uma gigantesca teia de normas, que atinge
praticamente todas as nossas atividades. Muitos pensadores têm destacado que o direito atual parece ter
invadido tudo: há direito em toda parte, para todos, para tudo. A contrapartida é que, assim como temos
de seguir as normas, os outros também têm de obedecer a elas e, desse modo, respeitar os direitos de
cada um de nós, os ditos direitos subjetivos.
Vivemos num tempo em que as questões legais se tornaram corriqueiras. Apesar dessa popularização,
ainda existe uma enorme dificuldade de acesso às coisas do direito. Ao mesmo tempo, os mecanismos
da justiça são cada vez mais acionados, até para resolver quem fica com o cachorro depois da separação,
ou se o condomínio pode impedir seus moradores de ter animais. A sobrecarga dos tribunais, e sua
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313) 
lentidão, é parcialmente consequência desse excesso de litigiosidade e da incapacidade das pessoas de
resolver com bom senso, compreensão e respeito as questões de convivência em sociedade.
Eduardo Muylaert. Direito no cotidiano: guia de
sobrevivência na selva das leis. São Paulo: Editora Contexto, 2020, p. 11-13 (com adaptações).
 
Acerca dos sentidos e de aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No primeiro período do terceiro parágrafo, a forma pronominal “se” poderia ser corretamente deslocada
para logo após a forma verbal “tornaram” — escrevendo-se tornaram-se.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Min (MPE TO)/MPE TO/Especializado/Letras/2024
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 11A05
Não negueis jamais ao erário, à administração, à União os seus direitos. São tão invioláveis, como
quaisquer outros. O direito dos mais miseráveis dos homens, o direito do mendigo, do escravo, do
criminoso, não é menos sagrado, perante a justiça, que o do mais alto dos poderes. Antes, com os mais
miseráveis é que a justiça deve ser mais atenta, e redobrar-se de escrúpulo, porque são os mais mal
defendidos, os que suscitam menos interesse, e os contra cujo direito conspiram a inferioridade na
condição com a míngua nos recursos.
Preservai, juízes de amanhã, preservai vossas almas juvenis desses baixos e abomináveis sofismas. A
ninguém importa mais do que à magistratura fugir do medo, esquivar-se de humilhações, e não conhecer
covardia. Todo bom magistrado tem muito de heroico em si mesmo, na pureza imaculada e na plácida
rigidez, que a nada se dobre, e de nada se tenha medo, senão da outra justiça, assente, cá embaixo, na
consciência das nações, e culminante, lá em cima, no juízo divino.
Não tergiverseis com as vossas responsabilidades, por mais atribulações que vos imponham, e mais
perigos a que vos exponham. Nem receeis soberanias da terra: nem a do povo, nem a do poder. O povo
é uma torrente, que rara vezse não deixa conter pelas ações magnânimas. A intrepidez do juiz, como a
bravura do soldado, arrebata-o e o fascina.
Os poderosos que investem contra a justiça, provocam e desrespeitam tribunais, por mais que lhes
espumem contra as sentenças, quando justas, não terão, por muito tempo, a cabeça erguida em ameaça
ou desobediência diante dos magistrados, que os enfrentam com dignidade e firmeza.
Na missão do advogado também se desenvolve uma espécie de magistratura. As duas se entrelaçam,
diversas nas funções, mas idênticas no objeto e na resultante: a justiça. Com o advogado, justiça
militante. Justiça imperante, no magistrado.
Rui Barbosa. Oração aos moços. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2019, p. 61-63 (com adaptações).
 
Considerando os recursos estilísticos e estruturais e os mecanismos de coesão e coerência do texto
11A05, julgue o item seguinte.
 
O trecho “que rara vez se não deixa conter pelas ações magnânimas” (terceiro período do terceiro
parágrafo) poderia ser corretamente reescrito como que rara vez não deixa se conter pelas ações
magnânimas.
Certo
Errado
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314) 
315) 
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CEBRASPE (CESPE) - ERSTT (ANTT)/ANTT/"Sem Área"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Há muitas especulações sobre qual meio de transporte teria sido “inventado” primeiro, desde o
início da evolução humana, antes mesmo do surgimento da escrita. Referentemente a esse período, o
fato é que muito pouco pode ser comprovado, o que nos deixa com algumas hipóteses e poucas
certezas.
É provável que o ser humano tenha pensado em formas de solucionar problemas como transportar sua
caça ou transpor obstáculos, mas afirmar com exatidão que isso se transformou em algum meio de
transporte da forma como conhecemos hoje é bem mais complicado.
Sabemos que o homem pré-histórico se deslocava em função do clima e da oferta de alimentos. Os pés
humanos foram os primeiros responsáveis por esses deslocamentos. A melhor solução para o transporte
a partir dessa época surgiu com a domesticação de animais selvagens. O homem pode ter notado a
facilidade de lidar com determinadas espécies animais a ponto de utilizar sua força para transportar seus
pertences.
Oswaldo Dias dos Santos Junior. Transportes turísticos. Curitiba, InterSaberes, 2014, p. 20 (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, em relação aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No primeiro período do terceiro parágrafo, a próclise pronominal em “se deslocava” justifica-se pelo
caráter desenvolvido da oração subordinada em que tal trecho se insere.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2024
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A1-I
Dizer que o petróleo é um elemento de influência nas relações geopolíticas contemporâneas é repetir o
óbvio. Desde que ele se tornou a matriz energética básica da sociedade industrial e o elemento
fundamental para o funcionamento da economia moderna, ter ou controlar as fontes de petróleo e as
rotas por onde ele é transportado representa questão de vida ou morte para as sociedades
contemporâneas.
Quando pensamos na geopolítica do petróleo neste início do século XXI, o primeiro fato que nos vem à
mente são os conflitos do Oriente Médio, como a guerra Irã-Iraque e a guerra do Golfo em 1990-1991.
Reduzir esses conflitos ao elemento “petróleo” seria um erro, pois questões outras estavam e estão
envolvidas. Contudo, não se deve esquecer que aí estão as maiores reservas petrolíferas do mundo.
No entanto, se examinarmos com alguma atenção as notícias do dia a dia, veremos como o problema do
petróleo dentro da geopolítica contemporânea não é algo que afeta apenas os países do Oriente Médio.
A busca pelo “ouro negro” está tendo impacto em outras regiões do mundo.
Em nível menor, países como o Brasil têm enfrentado os mesmos problemas das maiores potências no
que se refere a suprir suas necessidades energéticas, e isso tende apenas a piorar. Aqui cabe uma
reflexão sobre os efeitos geopolíticos da futura mudança da matriz energética global. Mesmo sendo algo
pouco provável em curto e médio prazo, o próprio esgotamento do petróleo vai obrigar a economia
global a convocar outras fontes de energia, como a nuclear ou as células de hidrogênio. As alterações na
sociedade global que tal mudança provocará serão, evidentemente, imensas, mas ninguém parece ainda
ter refletido a contento sobre seus impactos geopolíticos.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2854241
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2869102
316) 
317) 
João Fábio Bertonha. Notas sobre a geopolítica do petróleo no século XXI.
In: Boletim de Análise de Conjuntura em Relações Internacionais,
n.º 58, p. 9-10, 2005 (com adaptações)
 
Ainda com relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
No último período do segundo parágrafo, a próclise do pronome “se” justifica-se pela presença do
vocábulo “não”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PPNT (PETROBRAS)/PETROBRAS/Enfermagem do Trabalho/2024
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A1-II
Há 70 anos, em 3 de outubro de 1953, era criada a PETROBRÁS, uma empresa estatal que detinha o
monopólio da prospecção e exploração do petróleo no território brasileiro. A criação da empresa foi fruto
da campanha “O petróleo é nosso”, iniciada após a eleição de Getúlio Vargas para seu segundo período
na Presidência.
Sete décadas após sua criação, ficaram para trás o acento agudo e o foco exclusivo no território
brasileiro. A PETROBRAS do século XXI opera em 14 países, prioritariamente nas áreas de exploração,
produção, refino, comercialização e transporte de petróleo, gás natural e seus derivados, e ganhou
reputação internacional no desenvolvimento de tecnologia avançada para a exploração petrolífera em
águas profundas e ultraprofundas. Ficou para trás também o caráter 100% estatal. Atualmente, a
PETROBRAS está organizada como sociedade de economia mista, submete-se às regras gerais da
administração pública e não mais detém o monopólio da exploração do petróleo em território nacional.
Seu papel, no entanto, vai além da obtenção de lucro e envolve aspectos como geração de emprego e
renda, além da promoção do desenvolvimento local nos lugares onde instala suas unidades e
empreendimentos. Estes, muitas vezes, se situam em regiões remotas, que não despertam o apetite de
companhias privadas. Permanece, assim, uma empresa estratégica para diversos aspectos do
desenvolvimento econômico do país.
Renato Coelho. Jornal da UNESP, 3/10/2023 (com adaptações).
 
Considerando ainda os aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item seguinte.
 
Em “Estes, muitas vezes, se situam em regiões remotas” (penúltimo período do texto), é obrigatória a
próclise do pronome “se” em razão da expressão adverbial “muitas vezes”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Papis (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 1A1
A obrigatoriedade do fornecimento do DNA e a submissão daqueles ainda não condenados e em
liberdade condicional à entrega de seu material genético foram assuntos bastante discutidos no cenário
estadunidense. A grande abrangência dos crimes que autorizam a extração do DNA assim como a
permanência da informação por tempo indeterminado no índice também são questões controversas. O
foco é a privacidade e a intimidade do indivíduo.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2869115
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2338530
318) 
Prevê a Constituição estadunidense direito à inviolabilidade da intimidade e da privacidade da pessoa, de
modo a obstar buscas e apreensões desarrazoadas e sem mandados pelo Estado. O propósito básico da
quarta emenda constitucional estadunidense é proteger a privacidade e a segurança dos indivíduos
contra invasõesarbitrárias de autoridades governamentais. Assim, para surtir efeito, um mandado de
busca e apreensão deve ser motivado por uma causa provável (suspeita individualizada da prática de um
delito) e deferido, antes da execução, por um juiz imparcial.
A coleta de sangue ou outro material biológico deve atender aos ditames da quarta emenda (procedida
mediante mandado/decisão motivada), sob pena de ilegalidade. Ocorre que, para a inclusão do DNA no
banco de dados nacional, nem sempre há suspeita individualizada da prática de crime: a coleta ocorre
quando o sujeito já foi condenado, está detido ou está sendo processado por algum crime, mas o
material será armazenado em banco de dados para esclarecer crimes futuros e não será necessariamente
utilizado para o esclarecimento do crime atual — diferentemente, por exemplo, de um mandado de busca
e apreensão com o fim de apreender drogas, em que há suspeita individualizada da existência de
entorpecentes e de que o sujeito pratica mercancia, ocasião em que se expede mandado.
Então, para a coleta de sangue ou outro material biológico pelo Estado não representar uma ofensa a
esse direito constitucional — que proíbe buscas e apreensões desarrazoadas —, é necessária a existência
de uma necessidade especial ou um interesse do Estado predominante ao interesse do jurisdicionado.
Essas são as exceções reconhecidas pela Corte Suprema estadunidense para que haja busca e apreensão
sem mandado: quando houver uma razão especial, além da normal necessidade da aplicação da lei, ou
quando os interesses do Estado superarem os do particular.
Internet: <www.revistadoutrina.trf4.jus.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue com base em aspectos linguísticos do texto 1A1.
 
Haveria prejuízo da correção gramatical do texto caso o trecho “em que se expede mandado” (segundo
período do terceiro parágrafo) fosse reescrito como em que expede-se mandado.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368464
319) 
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Tendo em vista as normas de colocação pronominal, julgue o item subsequente, relativos ao texto 2A1-I.
 
No trecho “em que se pode vislumbrar”, a ênclise do pronome “se” ao verbo auxiliar da locução verbal —
em que pode-se vislumbrar —preservaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2368466
CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 2A1-I
 
O ordenamento jurídico vem sendo confrontado com as inovações tecnológicas decorrentes da aplicação
da inteligência artificial (IA) nos sistemas computacionais. Não apenas se vivencia uma ampliação do uso
de sistemas lastreados em IA no cotidiano, como também se observa a existência de robôs com sistemas
computacionais cada vez mais potentes, nos quais os algoritmos passam a decidir autonomamente,
superando a programação original. Nesse contexto, um dos grandes desafios ético-jurídicos do uso
massivo de sistemas de inteligência artificial é a questão da responsabilidade civil advinda de danos
decorrentes de robôs inteligentes, uma vez que os sistemas delituais tradicionais são baseados na culpa
e essa centralidade da culpa na responsabilidade civil se encontra desafiada pela realidade de sistemas
de inteligência artificial.
 
Perante a autonomia algorítmica na qual os sistemas de IA passam a decidir de forma diversa da
programada, há uma dificuldade de diferenciar quais danos decorreram de erro humano e aqueles que
derivaram de uma escolha equivocada realizada pelo próprio sistema ao agir de forma autônoma. O
comportamento emergente da máquina, em função do processo de aprendizado profundo, sem receber
qualquer controle da parte de um agente humano, torna difícil indicar quem seria o responsável pelo
dano, uma vez que o processo decisório decorreu de um aprendizado automático que culminou com
escolhas equivocadas realizadas pelo próprio sistema. Há evidentes situações em que se pode vislumbrar
a existência de culpa do operador do sistema, como naquelas em que não foram realizadas atualizações
de software ou, até mesmo, de quebra de deveres objetivos de cuidado, como falhas que permitem que
hackers interfiram no sistema. Entretanto, excluídas essas situações, estará ausente o juízo de censura
necessário para a responsabilização com base na culpa.
 
B. L. da Anunciação Melo e H. Ribeiro Cardoso. Sistemas de inteligência artificial e
responsabilidade civil: uma análise da proposta europeia acerca da atribuição de
personalidade civil. In: Revista Brasileira de Direitos Fundamentais
& Justiça, 16(1), 2020, p. 93-4 (com adaptações).
 
Tendo em vista as normas de colocação pronominal, julgue o item subsequente, relativos ao texto 2A1-I.
 
No trecho “Não apenas se vivencia”, a ênclise do pronome “se” à forma verbal — não apenas vivencia-
se — comprometeria a correção gramatical do texto.
Certo
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368466
320) 
321) 
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 2A2-I
 
O justo se desvela no decorrer das lutas de libertação na história. O justo é um saber que se vai
constituindo à medida que nossa consciência da história se aguça. Mas não basta a consciência da
história, pois procurar a justiça é uma atitude ética — é uma escolha. Não podemos cair em uma visão
automática da história, na qual nossa simples posição em dado estrato social nos leva necessariamente a
pensar de certa forma, a valorizar em certa medida. Se aceitássemos essa visão, bastaria ficarmos
quietos esperando que a história se fizesse de acordo com seus mecanismos. Mas o real é outro. A
justiça está se fazendo pela organizaçãopopular, pelo aguçamento dos conflitos. E cada um de nós
vislumbra o norte da justiça, por via da busca de uma visão coerente da história, aliada a uma prática e a
uma análise rigorosa das circunstâncias presentemente vividas.
 
A busca da justiça como virtude não é equidistante, não é neutra, não é equilibrada. Ela nos força, a
cada momento, a tomar partido, a ser parcial, tendo a parcela maior dos seres humanos como
fundamento. Ser justo é viver a virtude de tomar partido em busca do melhor, fundado na visão mais
lúcida possível da história e na análise das circunstâncias maiores e menores que isso envolve. A justiça é
uma virtude agente que se explicita na prática social comprometida.
 
Roberto Aguiar. O que é justiça: uma abordagem dialética. Brasília:
Senado Federal. Conselho Editorial, 2020, p. 319-20 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item a seguir.
 
No texto, a ênclise do pronome “se” à forma verbal “desvela”, escrevendo-se desvela-se, seria
gramaticalmente correta.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2609003
CEBRASPE (CESPE) - Mus (FUB)/FUB/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB3A1-I
Descobertas científicas demonstram que ouvir música pode melhorar a qualidade de vida das pessoas,
uma vez que contribui para estimular a concentração e a criatividade, fortalecer o sistema imunológico,
tornar menos cansativas as atividades físicas, entre outros benefícios à saúde.
A empresa focus@will desenvolve músicas que estimulam a concentração de quem as escuta. Segundo a
empresa, como a maior parte das distrações é causada pela audição, ouvir a trilha sonora certa pode
potencializar a capacidade humana de focar em algo. Pesquisas indicam que, em condições normais,
uma pessoa consegue se manter concentrada por cerca de 20 minutos. Com a música certa, esse tempo
poderia ser até cinco vezes maior, de acordo com a empresa.
Cinco pacientes com danos que afetaram a área do cérebro ligada à memória e cinco pessoas sem o
problema foram submetidos a um experimento por uma dupla de médicos da Universidade Macquarie, na
Austrália. Nos testes, após ouvirem trechos de músicas antigas, os sujeitos da pesquisa deveriam relatar
que memórias aquelas canções lhes traziam. Após o experimento, os cientistas constataram que os
trechos musicais fizeram com que a mesma quantidade de integrantes dos dois grupos se lembrasse de
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2368563
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2609003
322) 
fatos da própria vida. O fato observado parece indicar que a música é um estímulo que pode trazer à
tona lembranças autobiográficas para todas as pessoas.
Música e poesia estimulam áreas parecidas do lado direito do cérebro. A constatação é de neurologistas
da Universidade de Exeter, na Inglaterra. Para chegar a essa conclusão, eles realizaram experimentos
com voluntários submetidos ao contato com essas formas de arte enquanto suas atividades cerebrais
eram monitoradas.
Após analisarem mais de 400 estudos sobre música, cientistas da Universidade de McGill, no Canadá,
concluíram que ela aumenta a produção de imunoglobulina A e glóbulos brancos pelo corpo,
responsáveis por atacar bactérias e outros organismos invasores. Além disso, segundo a pesquisa,
escutar música reduz os níveis de cortisol (o hormônio do estresse) e aumenta os níveis de oxitocina (o
hormônio do bem-estar).
 
Realizar esforços físicos ao mesmo tempo em que se ouve música é menos cansativo. A descoberta é do
Instituto Max Planck, na Alemanha. Em uma série de experimentos, pesquisadores monitoraram diversas
variáveis do comportamento do corpo de voluntários que praticavam exercícios físicos. Depois, a equipe
analisou os dados reunidos e constatou que os músculos dos participantes consumiam menos energia
quando estes se exercitavam ouvindo música e mais energia quando praticavam exercícios sem trilha
sonora.
Ouvir música pode ser também um bom remédio contra a dor e a ansiedade em idosos. A descoberta é
de uma especialista em enfermagem da Universidade de Essex, no Reino Unido. Em análise de artigos
sobre o tema, a pesquisadora constatou que o uso da música como terapia entre pessoas com mais de
65 anos de idade está associado a aumento da qualidade de vida e redução de dores, ansiedade e
depressão.
Internet: <exame.com> (com adaptações).
 
No que diz respeito a aspectos gramaticais do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
Seria gramaticalmente correta a substituição de “se manter” (terceiro período do segundo parágrafo) por
manter-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2614640
CEBRASPE (CESPE) - TAE (MEC)/MEC/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A1-I
 
À medida que o homem cria, recria e decide, vão se formando as épocas históricas. E é também criando,
recriando e decidindo como deve participar nessas épocas. É por isso que obtém melhor resultado toda
vez que, integrando-se no espírito delas, se apropria de seus temas e reconhece suas tarefas concretas.
 
Ponha-se ênfase, desde já, na necessidade permanente de uma atitude crítica, a única com a qual o
homem poderá apreender os temas e tarefas de sua época para ir se integrando nela. Uma época, por
outro lado, realiza-se na proporção em que seus temas forem captados e suas tarefas, resolvidas. E se
supera na medida em que os temas e as tarefas não correspondem a novas ansiedades emergentes.
 
Uma época da história apresentará uma série de aspirações, de desejos, de valores, em busca de sua
realização. Formas de ser, de comportar-se, atitudes mais ou menos generalizadas, das quais somente os
visionários que se antecipam têm dúvidas e frente às quais sugerem novas fórmulas.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2614640
323) 
A passagem de uma época para outra caracteriza-se por fortes contradições que se aprofundam, dia a
dia, entre valores emergentes em busca de afirmações, de realizações, e valores do ontem em busca de
preservação.
 
Quando isso ocorre, verifica-se o que chamamos transição. Observa-se um aspecto fortemente dramático
que vai atingir as mudanças de que se nutre a sociedade. Porque é dramático, é fortemente desafiador. E
a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo-se de mudanças, a transição é mais que as
mudanças. Implica realmente a marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas
tarefas ou, mais precisamente, de sua objetivação. As mudanças se produzem numa mesma unidade de
tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria
busca de plenitude que fazem estes temas.
 
Quando, por fim, estes temas começam a esvaziar e a perder sua significação, emergindo novos temas, a
sociedade começa a passar para outra época. Nestas fases, mais do que nunca, se faz indispensável a
integração. Mais do que nunca se faz indispensável o desenvolvimento de uma mente crítica, com a qual
o homem possa se defender dos perigos dos irracionalismos, encaminhamentos distorcidos da emoção,
característica dessas fases de transição.
 
Paulo Freire. Educação e mudança. 41.ª ed. Rio de Janeiro/São Paulo:
Paz e Terra, 2020, p. 87-89 (com adaptações).
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o próximo item.
 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em “se apropria” (último período do
primeiro parágrafo), fosse deslocado para logo após a forma verbal — apropria-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2764003
CEBRASPE (CESPE) - Tec Jr (TBG)/TBG/Segurança/2023
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB3A1-II
Foi só a OpenAI lançar, em novembro de 2022, o ChatGPT, a versão 3.5 conversacional e acessível a
todos, para que os especialistas em comunicação, matemática, computação, lógica, linguística, tecnologia
da informação etc. começassem a se preocupar com os danos da inteligência artificial (IA) generativa.
Essa diz respeito a um dos tipos da IA de nível narrow, ou seja, compartimentada e (ainda)limitada.
Apesar do cipoal de estudos e opiniões apresentados sobre a inovação tecnológica baseada em dados
inseridos na sociedade das plataformas, até hoje vemos lives em que moderadores perguntam o que é e
como funciona o ChatGPT. Vale destacar: por “dados”, devemos considerar informações obtidas de
determinado período no passado, com o intuito de prever efeitos no futuro.
Obviamente, internautas que estão a par do que se trata e já experimentaram ao menos uma pergunta
ao robô simpático em eterno plantão torcem o nariz, pois já sabem o básico: querem mais. Eles sabem,
inclusive, que somos cada vez mais usados pelas máquinas e constatam que é imprescindível aguçar e
explorar ao máximo a intencionalidade em face da IA. Como isso é possível? Ao fazer perguntas de
elevada qualidade — preferencialmente, advindas de um pensamento crítico — no proveito de se
produzir um bom objeto de análise. Ainda, fazê-lo de forma contextualizada, sinalizando-se para qual
finalidade, determinado público etc., de modo a obter respostas mais refinadas em tempo real.
Magaly Prado. O poder da inteligência artificial
no cruzamento entre ChatGPT e deepfakes. In: Jornal da USP, 31/jul./2023 (com adaptações).
 
A respeito de aspectos gramaticais do texto CB3A1-II, julgue o item subsequente.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2764003
324) 
325) 
No trecho “a par do que se trata” (terceiro parágrafo), a anteposição da partícula “se” ao verbo justifica-
se pela presença do vocábulo “que”.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1883721
CEBRASPE (CESPE) - DP RS/DPE RS/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Um registro de mutações ligadas ao mundo eletrônico se refere ao que chamo de a ordem das
propriedades, tanto em um sentido jurídico — o que fundamenta a propriedade literária e o copyright —
quanto em um sentido textual — o que define as características ou propriedades dos textos.
 
O texto eletrônico, tal qual o conhecemos, é um texto móvel, maleável, aberto. O leitor pode intervir em
seu próprio conteúdo, e não somente nos espaços deixados em branco pela composição tipográfica. Pode
deslocar, recortar, estender, recompor as unidades textuais das quais se apodera. Nesse processo,
desaparece a atribuição dos textos ao nome de seu autor, já que são constantemente modificados por
uma escritura coletiva, múltipla, polifônica.
 
Essa mobilidade lança um desafio aos critérios e às categorias que, pelo menos desde o século XVIII,
identificam as obras com base na sua estabilidade, singularidade e originalidade. Há um estreito vínculo
entre a identidade singular, estável, reproduzível dos textos e o regime de propriedade que protege os
direitos dos autores e dos editores. É essa relação que coloca em questão o mundo digital, que propõe
textos brandos, ubíquos, palimpsestos.
 
Roger Chartier. Os desafios da escrita. Tradução de Fulvia M. L. Moreto. São Paulo:
Editora UNESP, 2002, p. 24-25 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
Seria mantida a correção gramatical do texto se o pronome “se”, no parágrafo, fosse deslocado para
imediatamente após a forma verbal “refere”, da seguinte maneira: refere-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935015
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil. Para isso, muito
foi investido em infraestrutura, com operações que consomem quase 100 bilhões de reais ao ano,
conforme dados de 2021.
O caminho do petróleo do poço até virar combustível no carro das pessoas é longo e complexo. Começa
na procura: acertar onde furar e encontrar petróleo exige conhecimento técnico de geólogos e geofísicos
e bastante investimento. E, mesmo com um time de experts do mais alto nível, achar petróleo não é
certo.
Transportar o petróleo do mar até as refinarias é também uma tarefa complexa, para a qual são
utilizados dutos e navios. Em terra, ele é tratado em refinarias, que separam desse óleo as frações de
gasolina, diesel e gás de cozinha, entre outros derivados. Os produtos são então disponibilizados às
diversas distribuidoras que hoje atendem o mercado brasileiro, responsáveis por fazer chegar cada um
deles aos consumidores finais.
Internet: <duvidasgasolina.petrobras.com.br> (com adaptações).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1883721
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935015
326) 
327) 
 
Considerando as ideias, os sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item
subsequente.
 
Se o trecho “A PETROBRAS responde por cerca de 80% dos combustíveis ofertados no Brasil” fosse
reescrito como A PETROBRAS está à frente de aproximadamente 80% dos combustíveis que
produz-se no Brasil, seriam mantidos os sentidos e a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1935025
CEBRASPE (CESPE) - PPNS (PETROBRAS)/PETROBRAS/Administração/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
As tecnologias de contar e escrever histórias não seguiram um caminho linear. A própria escrita foi
inventada pelo menos duas vezes, primeiro na Mesopotâmia e depois nas Américas. Os sacerdotes
indianos se recusavam a escrever as histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas.
Professores carismáticos (como Sócrates) se recusaram a escrever. Algumas invenções posteriores foram
adotadas somente de forma seletiva, como quando os eruditos árabes usaram o papel chinês, mas não
demonstraram nenhum interesse por outra invenção chinesa, a impressão. As invenções relacionadas à
escrita tinham muitas vezes efeitos colaterais inesperados. Preservar textos antigos significava manter
vivas artificialmente as línguas. Desde então, passou-se a estudar línguas mortas e alguns textos
acabaram sendo declarados sagrados.
Martin Puchner. O mundo da escrita: como a literatura
transformou a civilização. Pedro Maia Soares (Trad.). São Paulo: Companhia das Letras, 2019, p. 18 (com
adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativo à tipologia, aos sentidos e aspectos linguísticos do texto precedente.
 
Estaria mantida a correção gramatical do trecho “Os sacerdotes indianos se recusavam a escrever as
histórias sagradas por medo de perder o controle sobre elas. Professores carismáticos (como Sócrates)
se recusaram a escrever”, caso a posição do pronome “se”, em suas duas ocorrências, fosse alterada de
proclítica — como está no texto — para enclítica.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1968101
CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Diante da lei está um porteiro. Um homem do campo dirige-se a este porteiro e pede para entrar
na lei. Mas o porteiro diz que agora não pode permitir-lhe a entrada. O homem do campo reflete e
depois pergunta se então não pode entrar mais tarde. “É possível”, diz o porteiro, “mas agora não”. Uma
vez que a porta da lei continua como sempre aberta, e o porteiro se põe de lado, o homem se inclina
para o interior através da porta. Quando nota isso, o porteiro ri e diz: “Se o atrai tanto, tente entrar
apesar da minha proibição. Mas veja bem: eu sou poderoso. E sou apenas o último dos porteiros. De sala
para sala, porém, existem mais porteiros, cada um mais poderoso que o outro. O camponês não
esperava tais dificuldades: a lei deve ser acessível a todos e a qualquer hora, pensa ele. Ele faz muitas
tentativas para ser admitido, e cansa o porteiro com os seus pedidos. O homem, que se havia equipado
para a viagem com muitas coisas, lança mão de tudo, por mais valioso que seja, para subornar o
porteiro. Este aceita tudo. Durante todos esses anos, o homem observa o porteiro quase sem
interrupção. Esquece outros porteiros e este primeiro parece-lhe o único obstáculo para a entrada na lei.
Nos primeiros anos, amaldiçoa em voz alta o acaso infeliz. Antes de morrer, todas as experiências
daquele tempoconvergem na sua cabeça para uma pergunta que até então não havia feito ao porteiro.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1935025
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968101
328) 
Faz-lhe um aceno para que se aproxime. “O que é que você ainda quer saber?”, pergunta o porteiro.
“Você é insaciável.” “Todos aspiram à lei”, diz o homem. “Como se explica que, em tantos anos, ninguém
além de mim pediu para entrar?” O porteiro percebe que o homem já está no fim e, para ainda alcançar
sua audição em declínio, ele berra: “Aqui ninguém mais podia ser admitido, pois esta entrada estava
destinada só a você. Agora eu vou embora e fecho-a”.
Franz Kafka. O processo. Tradução de Modesto Carone. Companhia das Letras, 1997 (com adaptações).
 
Com referência às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a
seguir.
 
Seria mantida a correção gramatical do texto caso, no trecho “que se havia equipado para a viagem”, o
pronome “se” fosse deslocado para depois do particípio, escrevendo-se equipado-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1972032
CEBRASPE (CESPE) - Esp GT (TELEBRAS)/TELEBRAS/Advogado/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
No mundo de hoje, as telecomunicações representam muito mais do que um serviço básico; são
um meio de promover o desenvolvimento, melhorar a sociedade e salvar vidas. Isso será ainda mais
verdade no mundo de amanhã.
 
A importância das telecomunicações ficou evidente nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou
o Haiti, em janeiro de 2010. As tecnologias da comunicação foram utilizadas para coordenar a ajuda,
otimizar os recursos e fornecer informações sobre as vítimas, das quais se precisava desesperadamente.
A União Internacional das Telecomunicações (UIT) e os seus parceiros comerciais forneceram inúmeros
terminais satélites e colaboraram no fornecimento de sistemas de comunicação sem fio, facilitando as
operações de socorro e limpeza.
 
Saúdo essas iniciativas e, de um modo geral, o trabalho da UIT e de outras entidades que promoveram o
acesso à banda larga em zonas rurais e remotas de todo o mundo.
 
Um maior acesso pode significar mais progressos no domínio da realização dos Objetivos de
Desenvolvimento do Milênio. A Internet impulsiona a atividade econômica, o comércio e até a educação.
A telemedicina está melhorando os cuidados com a saúde, os satélites de observação terrestre são
usados para combater as alterações climáticas e as tecnologias ecológicas contribuem para a existência
de cidades mais limpas.
 
Ao passo que essas inovações se tornam mais importantes, a necessidade de atenuar o fosso tecnológico
é mais urgente.
 
Ban Ki-moon (secretário-geral das Nações Unidas).
Pronunciamento acerca do Dia Mundial das Telecomunicações e da Sociedade de Informação.
17 de maio de 2010. Internet: <unicrio.org.br> (com adaptações).
 
Com relação às ideias, aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
Em “nos dias que se seguiram ao terremoto que devastou o Haiti” (segundo parágrafo), a colocação do
pronome “se” antes da forma verbal justifica-se para reforçar a indeterminação do sujeito oracional.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010839
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1972032
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010839
329) 
330) 
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A1-I
 
Não é preciso temer as máquinas, à maneira do Exterminador do futuro, para se preocupar com a
sobrevivência da democracia em um mundo dominado pela inteligência artificial (IA). No fim das contas,
a democracia sempre teve como alicerces os pressupostos de que nosso conhecimento do mundo é
imperfeito e incompleto; de que não há resposta definitiva para grande parte das questões políticas; e de
que é sobretudo por meio da deliberação e do debate que expressamos nossa aprovação e nosso
descontentamento.
 
Em certo sentido, o sistema democrático tem se mostrado capaz de aproveitar nossas imperfeições da
melhor maneira: uma vez que de fato não sabemos tudo, e tampouco podemos testar empiricamente
todas as nossas suposições teóricas, estabelecemos certa margem de manobra democrática, uma folga
política, em nossas instituições, a fim de evitar sermos arrastados pelos vínculos do fanatismo e do
perfeccionismo.
 
Agora, novas melhorias na IA, viabilizadas por operações massivas de coleta de dados, aperfeiçoadas ao
máximo por grupos digitais, contribuíram para a retomada de uma velha corrente positivista do
pensamento político. Extremamente tecnocrata em seu âmago, essa corrente sustenta que a democracia
talvez tenha tido sua época, mas que hoje, com tantos dados à nossa disposição, afinal estamos prestes
a automatizar e simplificar muitas daquelas imperfeições que teriam sido — deliberadamente —
incorporadas ao sistema político.
 
Dessa forma, podemos delegar cada vez mais tarefas a algoritmos que, avaliando os resultados de
tarefas anteriores e quaisquer alterações nas predileções individuais e nas curvas de indiferença, se
reajustariam e revisariam suas regras de funcionamento. Alguns intelectuais proeminentes do Vale do
Silício até exaltam o surgimento de uma “regulação algorítmica”,celebrando-a como uma alternativa
poderosa à aparentementeineficaz regulação normal.
 
Evgeny Morozov. Big Tech. A ascensão dos dados e a morte da política. São Paulo: Ubu Editora, 2018, p. 138-139
(com adaptações).
 
Julgue o item a seguir, que apresenta proposta de substituição ou de reescrita para trechos do texto
CB1A1-I.
 
No primeiro período do texto, caso o pronome “se”, na expressão “se preocupar”, fosse deslocado para
depois do verbo, escrevendo-se preocupar-se, a correção gramatical do texto seria mantida.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2010879
CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Organizacional/Tecnologia da Informação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB1A2-I
 
O uso da palavra está, necessariamente, ligado à questão da eficácia. Visando a uma multidão indistinta,
a um grupo definido ou a um auditório privilegiado, o discurso procura sempre produzir um impacto
sobre seu público. Esforça-se, frequentemente, para fazê-lo aderir a uma tese: ele tem, então, uma
visada argumentativa. Mas o discurso também pode, mais modestamente, procurar modificar a
orientação dos modos de ver e de sentir: nesse caso, ele tem uma dimensão argumentativa. Como o uso
da palavra se dota do poder de influenciar seu auditório? Por quais meios verbais, por quais estratégias
programadas ou espontâneas ele assegura a sua força?
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2010879
331) 
332) 
Essas questões, das quais se percebe facilmente a importância na prática social, estão no centro de uma
disciplina cujas raízes remontam à Antiguidade: a retórica. Para os antigos, a retórica era uma teoria da
fala eficaz e também uma aprendizagem ao longo da qual os homens da cidade se iniciavam na arte de
persuadir. Com o passar do tempo, entretanto, ela tornou-se, progressivamente, uma arte do bem dizer,
reduzindo-se a um arsenal de figuras. Voltada para os ornamentos do discurso, a retórica chegou a se
esquecer de sua vocação primeira: imprimir ao verbo a capacidade de provocar a convicção. É a esse
objetivo que retornam, atualmente, as reflexões que se desenvolvem na era da democracia e da
comunicação.
 
Ruth Amosy. A argumentação no discurso.
São Paulo: Editora Contexto, 2018, p. 7 (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativo aos aspectos linguísticos do texto CB1A2-I.
 
Na oração “ao longo da qual os homens da cidade se iniciavam na arte de persuadir” (segundo período
do segundo parágrafo), a posição proclítica do pronome “se” justifica-se pela flexão de tempo na forma
verbal “iniciavam”, que determina o uso obrigatório da próclise.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2027953
CEBRASPE (CESPE) - Adm (FUB)/FUB/2022Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
É notável que todo o percurso filosófico desenvolvido por Karl Popper trouxe grandes contribuições
para a epistemologia da primeira metade do século XX, bem como críticas ao positivismo lógico,
pensamento que era considerado na época como imperioso. Nas páginas das obras do filósofo austríaco,
constata-se não só seu incômodo perante os problemas da indução e do verificacionismo, mas também a
preocupação epistemológica, ética, social e política, isto é, formas de verificar e observar — empirismo —
os objetos na natureza de modo racional. Essas questões pressupõem não somente seu modo de
compreender e tentar solucionar problemas filosóficos, mas também o que foi enfatizado diversas vezes
em seus escritos, que é esta a proposta da busca de um mundo melhor: a defesa de uma sociedade
aberta, crítica e libertária. De início, vale considerar a análise da tolerância como fundamento do método
falseacionista, do racionalismo crítico e da prática política no pensamento de Karl Popper.
Nancy Nunes de Souza e Bortolo Valle. Karl Popper:
conhecimento e tolerância. Curitiba: CRV, 2017 (com adaptações).
 
No que se refere às ideias e a aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
No segundo período, a posição do pronome “se”, em “constata-se não só seu incômodo”, é motivada pela
presença da palavra “não”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 10A1-I
A discussão sobre um gênero neutro na linguagem deriva do uso do gênero gramatical masculino para
denotar homens e mulheres (Todos nessa sala de aula devem entregar o trabalho.) e do feminino
específico (Clarice Lispector é incluída pela crítica especializada entre os principais autores
brasileiros do século 20.).
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2027953
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2155972
333) 
Na gramática, o uso do masculino genérico é visto como gênero não marcado, ou seja, usá-lo não dá a
entender que todos os sujeitos sejam homens ou mulheres — ele é inespecífico. Por ser algo cotidiano, é
difícil pensar nas implicações políticas de empregar o masculino genérico, mas o tema foi amplamente
discutido por especialistas como uma forma de marcar a hierarquização de gêneros na sociedade,
priorizando o homem e invisibilizando a mulher. O masculino genérico é chamado, inclusive, de falso
neutro.
Entretanto, essa abordagem não é unânime no campo da linguística. Para muitos estudiosos, a
interpretação sexista do masculino genérico ignora as origens latinas da língua portuguesa.
No latim havia três designações: feminina, masculina e neutra. As formas neutras de adjetivos e
substantivos no latim acabaram absorvidas por palavras de gênero masculino. A única marcação de
gênero no português é o feminino. O neutro estaria, portanto, junto ao masculino.
O Brasil não é o único país onde a linguagem neutra é discutida. Alguns setores acadêmicos, instituições
de ensino e ativistas estadunidenses já consideram usar pronome neutro para se referir a todos, em vez
de recorrer à demarcação de gênero binário.
Especialistas avaliam que a modificação gramatical em línguas latinas pode ser muito mais complexa e
custosa do que no inglês ou no alemão, em que já está em uso o gênero neutro, porque as línguas
anglo-saxônicas em si já oferecem essa opção.
Segundo especialistas, esse tipo de inovação é mais fácil de ocorrer no inglês, em que, com exceção
daquelas palavras herdadas do latim, como actor (ator) e actress (atriz), a flexão de gênero não altera os
substantivos e adjetivos. No caso do português, essa transformação não depende apenas da alteração de
um pronome, porque a flexão de gênero afeta todo o sintagma nominal. Assim, a flexão de gênero é
demarcada pela vogal temática a ou o (como em pesquisadoras brasileiras) e(ou) por meio do artigo
a ou o (como em a intérprete).
Mesmo com os desafios morfológicos, linguistas afirmam que não é impossível pensar em proposições
mais inclusivas, e que isso não necessariamente significa que haja uma tentativa de destruição do
português. Segundo explicam esses especialistas, a história de uma língua sempre conta muito sobre a
história de seus falantes, de modo que as coisas que falamos hoje em dia não brotaram da terra nem
vieram prontas, mas dependem da nossa história como humanidade. Nesse sentido, as propostas já
existentes seriam os primeiros passos nesse movimento, e não uma forma final a ser imposta a todos os
falantes.
Internet: <https://tab.uol.com.br> (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto 10A1-I, julgue o item que se segue.
 
No sexto parágrafo, a substituição de “oferecem essa opção” por oferecem-a prejudicaria a correção
gramatical e a coerência do texto.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2156259
CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Língua Portuguesa/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
São Paulo, 25 de julho de 1880.
Meu caro Lúcio,
Recebi o teu cartão com a data de 28 do pretérito.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2156259
334) 
Não me posso negar ao teu pedido (...), aí tens os apontamentos que me pedes, e que sempre eu os
trouxe de memória.
Nasci na cidade de São Salvador, capital da província da Bahia, em um sobrado da rua do Bângala,
formando ângulo interno, em a quebrada, lado direito de quem parte do adro da Palma, na freguesia de
Sant’Ana, a 21 de junho de 1830, pelas sete horas da manhã, e fui batizado, oito anos depois, na igreja
matriz do Sacramento, da cidade de Itaparica.
Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina (Nagô de Nação), de nome Luíza Mahin,
pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã.
Minha mãe era baixa de estatura, magra, bonita, a cor era de um preto retinto e sem lustro, tinha os
dentes alvíssimos como a neve, era muito altiva, geniosa, insofrida e vingativa.
Dava-se ao comércio — era quitandeira, muito laboriosa, e mais de uma vez, na Bahia, foi presa como
suspeita de envolver-se em planos de insurreições de escravos, que não tiveram efeito.
(...) Nada mais pude alcançar a respeito dela. Nesse ano, 1861, voltando a São Paulo, e estando em
comissão do governo, na vila de Caçapava, dediquei-lhe os versos que com esta carta envio-te.
Meu pai, não ouso afirmar que fosse branco, porque tais afirmativas neste país constituem grave perigo
perante a verdade, no que concerne à melindrosa presunção das cores humanas: era fidalgo; e pertencia
a uma das principais famílias da Bahia de origem portuguesa. Devo poupar à sua infeliz memória uma
injúria dolorosa, e o faço ocultando o seu nome.
Ele foi rico; e nesse tempo, muito extremoso para mim: criou-me em seus braços. Foi revolucionário em
1837. Era apaixonado pela diversão da pesca e da caça; muito apreciador de bons cavalos; jogava bem
as armas, e muito melhor de baralho, armava as súcias e os divertimentos: esbanjou uma boa herança,
obtida de uma tia em 1836; e reduzido à pobreza extrema, a 10 de novembro de 1840, em companhia
de Luiz Cândido Quintela, seu amigo inseparável e hospedeiro, que vivia dos proventos de uma casa de
tavolagem, na cidade da Bahia, estabelecida em um sobrado de quina, ao largo da praça, vendeu-me,
como seu escravo, a bordo do patacho Saraiva.
Sérgio Rodrigues. Meu pai me vendeu – de Luiz Gama para Lúcio de Mendonça. In: Cartas brasileiras:
correspondências históricas, políticas, célebres, hilárias e inesquecíveis que marcaram o país. 1.ª ed. São Paulo:
Companhia das Letras, 2017.
 
A respeito do texto precedente, julgue o item que se segue.
 
O uso de pronomes oblíquos em posição de próclise, como o que se identifica em “Não me posso negar
ao teu pedido” (segundo parágrafo), é atestado no português brasileiro coloquial.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2157239
CEBRASPE (CESPE) - ACP (MP TCE-SC)/TCE SC/Direito/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação PronominalA palavra “corrupção” tem origem nas palavras latinas corruptio e corrumpere, que indicam algo
que foi corrompido, deturpado. Por ela ser um termo polissêmico, entendemos que a sua história
conceitual é incerta. É usual o tratamento da corrupção sob uma perspectiva moralista, como algo
resultante da falta de caráter dos indivíduos. Contudo, tal abordagem não apresenta validade científica,
já que moral é um atributo individual, dotado de subjetividade e culturalmente circunscrito.
A manifestação de práticas corruptas pode-se dar em ambientes públicos ou privados, a partir de
numerosos tipos de ação e em variada magnitude. Em todos os casos, a corrupção sempre se materializa
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2157239
335) 
a partir de trocas entre os agentes. Em relação a quem participa da troca corrupta, em situações nas
quais há participação de agentes públicos, distinguem-se três tipos de corrupção: a grande corrupção, a
corrupção burocrática (a pequena corrupção) e a corrupção legislativa. A primeira normalmente se refere
a atos da elite política que cria políticas econômicas que a beneficiem. A segunda tem a ver com atos da
burocracia em relação aos superiores hierárquicos ou ao público. A terceira se relaciona à compra de
votos dos legisladores.
Nas três formas, encontramos algum tipo de pagamento. Isso nos leva a concluir que a corrupção tem
uma natureza essencialmente econômica: ela é uma troca socialmente indesejada. Com isso, queremos
dizer que, apesar de não se configurar necessariamente como ilegal em todos os seus tipos, ela se
configura como um jogo de soma zero entre a sociedade e os participantes do ato corrupto.
Luiz Fernando Vasconcellos de Miranda. Corrupção: debate conceitual.
In: Cláudio André de Souza (org). Dicionário das eleições.
Curitiba: Juruá, 2020, p. 209-210 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1-II, julgue o item subsequente.
 
Sem prejuízo da correção gramatical do texto, o pronome “se”, em “pode-se dar” (primeiro período do
segundo parágrafo), poderia ser colocado em seguida ao verbo “dar”, reescrevendo-se o trecho da
seguinte forma: pode dar-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2159297
CEBRASPE (CESPE) - TAA (MP TCE-SC)/TCE SC/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CB2A1-I
A astrônoma Jocelyn Bell Burnell disse sobre Ron Drever: “Ele realmente curtia ser tão engenhoso”. Ela
tinha ido da Irlanda do Norte para Glasgow para estudar física e Drever foi arbitrariamente designado
para ser seu supervisor. Ele contava ao grupo de seus poucos orientandos as ideias mais interessantes
que surgiam em sua mente, inclusive as que levaram ao experimento de Hughes-Drever (embora ela não
tivesse se dado conta de que ele o realizara no quintal da propriedade rural de sua família), mas
nenhuma que os ajudasse a passar nos exames. Após a frustração inicial, ao ver que ele não ia ajudá-la
em seu dever de casa de física de estado sólido, ela acabou admirando seu profundo entendimento de
física fundamental e seu notável talento como pesquisador.
Drever, por sua vez, seria influenciado pelas iminentes e vitais descobertas de sua ex-aluna de
graduação. A respeito de Bell Burnell, disse: “Ela também era obviamente melhor do que a maioria
deles… então cheguei a conhecê-la muito bem”. Drever escreveu uma carta de recomendação para
apoiar o pedido de emprego dela à principal instalação de radioastronomia na Inglaterra, em meados da
década de 60, Jodrell Bank. Mas, ele continua, “não a admitiram, e a história conta que foi porque era
mulher. Mas isso não é oficial, você sabe. Ela ficou muito desapontada”. Drever acrescenta, esperando
que se reconheça a obviedade daquele absurdo: “Sua segunda opção era ir para Cambridge. Vê como
são as coisas?”. Ele considerou isso uma reviravolta muito feliz. “Então ela foi para Cambridge e
descobriu pulsares. Vê como são as coisas?”, ele diz, rindo.
Janna Levin. A música do universo: ondas gravitacionais
e a maior descoberta científica dos últimos cem anos.
São Paulo, Cia. das Letras, 2016, p. 103-104 (com adaptações).
 
Acerca de aspectos linguísticos do texto CB2A1-I, julgue o item que se segue.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2159297
336) 
337) 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso a forma pronominal “os”, em “mas nenhuma que os
ajudasse a passar nos exames” (terceiro período do primeiro parágrafo), fosse deslocada para a posição
enclítica — ajudasse-os.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2208313
CEBRASPE (CESPE) - AGE (SEE PE)/SEE PE/Geral/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG101-II
 
É inquestionável que um importante marco da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/1996) foi o conceito de educação básica composta por três
etapas, que devem estar organizadas de forma orgânica e articulada. De acordo com Cury (2002), “a
educação básica é um conceito mais do que inovador para um país que, por séculos, negou, de modo
elitista e seletivo, a seus cidadãos o direito ao conhecimento pela ação sistemática da organização
escolar”.
 
Para que esse conceito se efetive, é fundamental a intervenção do Estado, com a participação da
sociedade civil, por meio de políticas — programas e projetos — definidas em um planejamento, que leve
em conta a análise estratégica da realidade como um todo e em cada situação específica.
 
Nesse entendimento, dilemas presentes na educação básica brasileira necessitam ser confrontados:
desigualdades econômicas, sociais, culturais e de cor ou raça, bem como desequilíbrios regionais.
 
Ana Maria de Albuquerque Moreira. Dilemas e desafios para a consolidação da educação básica no Brasil. In: Maria
Zélia Borba Rocha; Nara Maria Pimentel (Orgs.). Organização da educação brasileira: marcos contemporâneos.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016, p. 230 - 31 (com adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CG101-II, julgue o item a seguir.
 
Estaria mantida a correção gramatical do texto caso o pronome “se”, em “se efetive” (segundo
parágrafo), estivesse posposto à forma verbal — efetive-se.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2213113
CEBRASPE (CESPE) - Aud Con Sub (TCE PB)/TCE PB/2022
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 1-A1
 
Nos umbrais do Século XXI, a pós-modernidade vem provocando alterações cada vez mais velozes nas
diversas formas de relação entre os países. Vários são os temas que desafiam o direito internacional do
presente e do futuro, tais como o meio ambiente, o terrorismo, os direitos humanos, a miséria, a
corrupção e tantos outros. Destaca-se desse rol o tema da tributação internacional, fonte primordial de
recursos do mais tradicional sujeito de direito internacional: o Estado.
 
O fenômeno da globalização trouxe severas mudanças ao cenário da tributação mundial. A livre
movimentação de fatores de produção, especialmente do capital, ameaçando as bases de tributação dos
diferentes Estados, estimulou o que se convencionou denominar concorrência tributária internacional.
 
O cerne do fenômeno concorrencial está na pressão internacional exercida sobre a política tributária dos
Estados, que passaram a ver nos incentivos fiscais uma das principais alavancas para o desenvolvimento.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2208313
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2213113
338) 
339) 
 
Desde o ocaso do século XIX, registram-se negociações bilaterais entre Estados europeus visando regrar
situações econômicas conectadas a ambas as jurisdições. Contudo, foi somente na segunda metade do
século XX que o direito tributário avançou robustamente, movido pela interação dos agentes econômicos
e pela revolução tecnológica. A modificação do cenário internacional tornou mais complexa a tarefa do
legislador doméstico, cuja possibilidade de escolha das situações passíveis de imposição ou desoneração
tributária, antes livre, passou a sofrer limitaçõesexternas pelo mercado e por força de acordos bilaterais,
regionais ou multilaterais.
 
Assim, ao atuar sobre os agentes econômicos, por meio de incentivos fiscais, o legislador brasileiro
estará limitado por cláusulas não discriminatórias da Organização Mundial do Comércio no campo
externo, e vinculado, internamente, pelo “vetor da atuação estatal positiva”, segundo o qual deverá
buscar a concretização de diversos princípios da Ordem Econômica, que bem poderiam ser acobertados
sob o manto do Princípio do Estado Democrático de Direito.
 
Carlos Otavio Ferreira de Almeida. Concorrência internacional e tributação da renda no Brasil.
Tese de doutorado. São Paulo: USP, 2012, p. xvi-xvii. Internet: <www.teses.usp.br> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, relativos a aspectos linguísticos do texto 1-A1.
 
Estaria preservada a correção gramatical do texto caso o termo “Destaca-se” fosse reescrito como Se
destaca.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 2A1-II
 
As discriminações atreladas à falta de oportunidades são a tradução da complexa realidade de diversos
países e compõem um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário, surgem as chamadas ações
afirmativas: medidas políticas que visam acabar com a exclusão social, cultural e econômica de
indivíduos pertencentes a grupos que sofrem algum tipo de discriminação. Essas medidas se baseiam na
igualdade e garantem a equidade ao estimularem a inserção, a inclusão e a participação política de
grupos sociais vulneráveis nos espaços sociais.
 
Julia Ignácio. Igualdade, Equidade e Justiça Social: o que significam?
Internet: <www .polítize.com.br> (com adaptações).
 
Quanto aos aspectos linguísticos do texto 2A1-II, julgue o item a seguir.
 
Sem prejuízo da correção gramatical do trecho “Essas medidas se baseiam na igualdade”, o pronome
“se” poderia ser deslocado para imediatamente após a forma verbal “baseiam” — escrevendo-se Essas
medidas baseiam-se na igualdade.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PJ (MPE SC)/MPE SC/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
É o discurso que nos liberta e é o discurso que estabelece os limites da nossa liberdade e nos
impulsiona a transgredir e transcender os limites — já estabelecidos ou ainda a ser estabelecidos no
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752397
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1752447
340) 
futuro. Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos. E é graças ao discurso, e seu ímpeto
endêmico de espreitar além das fronteiras que ele estabelece para a sua própria liberdade, que nosso
estar no mundo é um processo de vir a ser perpétuo — incessante e infinito: nosso vir a ser e o vir a ser
do nosso “mundo da vida” — juntar-se, misturar-se, embora sem solidificar, estreita e inseparavelmente,
entrançados e entrelaçados, e compartilhando nossos respectivos sucessos e infortúnios, ligados um ao
outro para o melhor e para o pior, desde o momento de nossa concepção simultânea até que a morte
nos separe.
 
O que nós chamamos de “realidade”, quando entramos em um ânimo filosófico, ou “os fatos da questão”
quando seguimos obedientemente as instâncias da doxa, é tecido de palavras. Nenhuma outra realidade
nos é acessível: não acessamos o passado “como ele realmente aconteceu”, o qual Leopold von Ranke
celebremente conclamou (instruiu) seus colegas historiadores do século XIX a recuperar. Comentando
sobre a história de Juan Goytisolo a respeito de um velho, Milan Kundera salienta que a biografia —
qualquer biografia que tente ser o que seu nome sugere — é, e não poderia deixar de ser, uma lógica
artificial inventada, imposta retrospectivamente a uma sucessão incoerente de imagens, reunida pela
memória de partículas e fragmentos. Ele conclui que, em total oposição às presunções do senso comum,
o passado compartilha com o futuro a ruína incurável da irrealidade — esquivando-se/evadindo-se
obstinadamente, como ambos o fazem, das redes tecidas de palavras movidas pela lógica. Não obstante,
essa irrealidade é a única realidade a ser captada e possuída por nós, que “vivemos em discurso como o
peixe na água”.
 
Zygmunt Bauman e Riccardo Mazzeo. O elogio da
literatura. Zahar. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, com relação a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No trecho “Discurso é aquilo que nos faz enquanto nós o fazemos” (primeiro parágrafo), é obrigatório o
emprego da forma pronominal “nos” antes da forma verbal “faz”.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Educação Especial/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG1A1-I
A teoria das causas cerebrais dos transtornos mentaispassou gradualmente a ironizar tudo o que se
relacionava com a forma de vida do sujeito, compreendida como unidade entre linguagem, desejo e
trabalho. As narrativas de sofrimento da comunidade ou dos familiares com quem se vive, a própria
versão do paciente, o seu “lugar de fala” diante do transtorno, tornaram-se epifenômenos, acidentes que
não alteram a rota do que devemos fazer: correção educacional de pensamentos distorcidos e medicação
exata.
Quarenta anos depois, acordamos em meio a uma crise global de saúde mental, com elevação de índices
de suicídio, medicalização massiva receitada por não psiquiatras e insuficiência de recursos para
enfrentar o problema.
Esse é o custo de desprezar a cultura como instância geradora de mediações de linguagem necessárias
para que enfrentemos o sofrimento antes que ele evolua para a formação de sintomas. Esse é o
desserviço dos que imaginam que teatro, literatura, cinema e dança são apenas entretenimento
acessório — como se a ampliação e a diversidade de nossa experiência cultural não fossem essenciais
para desenvolver capacidade de escuta e habilidades protetivas em saúde mental. Como se eles não nos
ensinassem como sofrer e, reciprocamente, como tratar o sofrimento no contexto coletivo e individual do
cuidado de si.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1815272
341) 
Christian Dunker. A Arte da quarentena para principiantes.
São Paulo: Boitempo, 2020, p. 32-33 (com adaptações).
 
Julgue o próximo item, relativos aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto CG1A1-I.
 
A correção gramatical do texto seria prejudicada caso, no trecho “se vive”, a forma pronominal “se” fosse
deslocada para logo após a forma verbal — escrevendo-se vive-se.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicosda contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
A respeito dos aspectos gramaticais do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825539
342) 
No parágrafo, o uso da próclise pronominal em “se dá” é obrigatório.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Teoria do medalhão
(diálogo)
— Saiu o último conviva do nosso modesto jantar. Com que, meu peralta, chegaste aos teus vinte e um
anos. Há vinte e um anos, no dia 5 de agosto de 1854, vinhas tu à luz, um pirralho de nada, e estás
homem, longos bigodes, alguns namoros...
— Papai...
— Não te ponhas com denguices, e falemos como dois amigos sérios. Fecha aquela porta; vou dizer-te
coisas importantes. Senta-te e conversemos. Vinte e um anos, algumas apólices, um diploma, podes
entrar no parlamento, na magistratura, na imprensa, na lavoura, na indústria, no comércio, nas letras ou
nas artes. Há infinitas carreiras diante de ti. Vinte e um anos, meu rapaz, formam apenas a primeira
sílaba do nosso destino. (...) Mas qualquer que seja a profissão da tua escolha, o meu desejo é que te
faças grande e ilustre, ou pelo menos notável, que te levantes acima da obscuridade comum. (...)
— Sim, senhor.
— Entretanto, assim como é de boa economia guardar um pão para a velhice, assim também é de boa
prática social acautelar um ofício para a hipótese de que os outros falhem, ou não indenizem
suficientemente o esforço da nossa ambição. É isto o que te aconselho hoje, dia da tua maioridade.
— Creia que lhe agradeço; mas que ofício, não me dirá?
— Nenhum me parece mais útil e cabido que o de medalhão. Ser medalhão foi o sonho da minha
mocidade; faltaram-me, porém, as instruções de um pai, e acabo como vês, sem outra consolação e
relevo moral, além das esperanças que deposito em ti. Ouve-me bem, meu querido filho, ouve-me e
entende. (...)
— Entendo.
— Venhamos ao principal. Uma vez entrado na carreira, deves pôr todo o cuidado nas ideias que
houveres de nutrir para uso alheio e próprio. O melhor será não as ter absolutamente (...).
— Mas quem lhe diz que eu...
— Tu, meu filho, se me não engano, pareces dotado da perfeita inópia mental, conveniente ao uso deste
nobre ofício.
Não me refiro tanto à fidelidade com que repetes numa sala as opiniões ouvidas numa esquina, e vice-
versa, porque esse fato, posto indique certa carência de ideias, ainda assim pode não passar de uma
traição da memória. Não; refiro-me ao gesto correto e perfilado com que usas expender francamente as
tuas simpatias ou antipatias acerca do corte de um colete, das dimensões de um chapéu, do ranger ou
calar das botas novas. Eis aí um sintoma eloquente, eis aí uma esperança. No entanto, podendo
acontecer que, com a idade, venhas a ser afligido de algumas ideias próprias, urge aparelhar fortemente
o espírito. As ideias são de sua natureza espontâneas e súbitas; por mais que as soframos, elas
irrompem e precipitam-se. Daí a certeza com que o vulgo, cujo faro é extremamente delicado, distingue
o medalhão completo do medalhão incompleto.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1826436
343) 
344) 
Machado de Assis. Teoria do medalhão. In: 50 contos escolhidos
de Machado de Assis. Seleção, introdução e notas de John Gledson.
São Paulo: Companhia das Letras, 2007, p. 82-83 (com adaptações).
 
Considerando os aspectos linguísticos do texto Teoria do medalhão, apresentado anteriormente, julgue
o item a seguir.
 
Na oração “se me não engano”, seria igualmente correto realizar a próclise pronominal da seguinte
maneira: se não me engano.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1896074
CEBRASPE (CESPE) - ATCG (MJSP)/MJSP/Técnico Especializado em Formação e
Capacitação/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG1A1-I
 
Na ótica da saúde pública, pode-se conceituar a política de redução de danos como um conjunto de
estratégias que visam minimizar os danos causados pelo uso de diferentes drogas, sem necessariamente
exigir a abstinência de seu uso. Vale dizer, enquanto não for possível ou desejável a abstinência, outros
agravos à saúde podem ser evitados, como, por exemplo, as doenças infectocontagiosas transmissíveis
por via sanguínea, tais quais as hepatites e HIV/AIDS.
 
Na concepção da política de redução de danos, tem-se como pressuposto o fator histórico-cultural do uso
de psicotrópicos — uma vez que o uso dessas substâncias é parte indissociável da própria história da
humanidade, a pretensão de um mundo livre de drogas não passa de uma quimera. Dentro dessa
perspectiva, contemplam-se ações voltadas para as drogas lícitas e ilícitas, e suas intervenções não são
de natureza estritamente públicas, delas participando, também, organizações não governamentais e
necessariamente, com especial ênfase, o próprio cidadão que usa drogas.
 
Maurides de Melo Ribeiro. Drogas e redução de danos.
São Paulo: Editora Saraiva, 2013, p. 45-46 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item a seguir.
 
No segmento “pode-se conceituar”, a colocação do pronome “se” em ênclise ao verbo “conceituar” —
escrevendo-se pode conceituar-se — prejudicaria a correção gramatical e alteraria os sentidos
originais do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Farm (SESAU AL)/SESAU AL/2021
Língua Portuguesa (Português) - Colocação Pronominal
Texto CG1A1-II
Para uma criança pequena, é muito mais difícil racionalizar a emergência vivida em uma pandemia. Ela
ainda não tem os recursos cognitivos necessários para compreender algo tão abstrato como o
coronavírus. Ainda nos estágios iniciais do desenvolvimento da afetividade e da inteligência, as crianças
se guiam pelas experiências, pelo que podem ver, ouvir, tocar, cheirar, imaginar, imitar, dizer, brincar.
Muito mais do que atentar para os conceitos que explicam a situação excepcional, elas se guiam pela
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1896074
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2313260
345) 
346) 
observação de seus pais ou familiares: como eles interagem entre si e com elas? Estão próximos e
carinhosos? Estão juntos, mas “distantes”, ansiosos, sem tempo para ficar com elas?
Esse tipo de conduta dos pais é, por definição, particular. O mesmo estímulo ou situação ambiental não
provoca necessariamente as mesmas reações em diferentes crianças ou até em diferentes momentos de
uma mesma criança, ou seja, a resposta da criança a um estímulodo ambiente depende, em alto grau,
de sua condição cognitiva e emocional, e essa condição tem a ver com os adultos que a cercam.
Internet: <portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br> (com adaptações).
 
Julgue o item subsequente, considerando as ideias e as construções linguísticas do texto CG1A1-II.
 
No último período do texto, o deslocamento da forma pronominal “a” para logo depois da forma verbal
“cercam” — escrevendo-se cercam-na — preservaria a correção gramatical do texto.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana Amb (MMA)/MMA/"Sem Área de Concentração"/2024
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB1A1
 
Hoje, a crise hídrica é política — o que significa dizer não inevitável ou necessária, nem além da nossa
capacidade de consertá-la — e, logo, opcional, na prática. Esse é um dos motivos para ser, não obstante,
terrível como parábola climática: um recurso abundante torna-se escasso pela falta de infraestrutura,
pela poluição e pela urbanização e desenvolvimento descuidados. A crise de abastecimento de água não
é inevitável, mas presenciamos uma, de um modo ou de outro, e não estamos fazendo muita coisa para
resolvê-la.
 
Algumas cidades perdem mais água por vazamentos do que a que é entregue nas casas: mesmo nos
Estados Unidos da América (EUA), vazamentos e roubos respondem por uma perda estimada de 16% da
água doce; no Brasil, a estimativa é de 40%. Em ambos os casos, assim como por toda parte, a escassez
se desenrola tão patentemente sobre o pano de fundo das desigualdades entre pobres e ricos que o
drama resultante da competição pelo recurso dificilmente pode ser chamado, de fato, de competição; o
jogo está tão arranjado que a escassez de água mais parece um instrumento para aprofundar a
desigualdade. O resultado global é que pelo menos 2,1 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso a
água potável segura, e 4,5 bilhões não dispõem de saneamento.
 
David Wallace-Wells. A terra inabitável: uma história do futuro.
São Paulo: Cia das Letras, 2019. (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CB1A1, julgue o próximo item.
 
O vocábulo “parábola” está sendo usado com o sentido de adágio.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2845010
CEBRASPE (CESPE) - Ana Min (MPE TO)/MPE TO/Especializado/Letras/2024
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto 11A05
Não negueis jamais ao erário, à administração, à União os seus direitos. São tão invioláveis, como
quaisquer outros. O direito dos mais miseráveis dos homens, o direito do mendigo, do escravo, do
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2789181
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2845010
347) 
criminoso, não é menos sagrado, perante a justiça, que o do mais alto dos poderes. Antes, com os mais
miseráveis é que a justiça deve ser mais atenta, e redobrar-se de escrúpulo, porque são os mais mal
defendidos, os que suscitam menos interesse, e os contra cujo direito conspiram a inferioridade na
condição com a míngua nos recursos.
Preservai, juízes de amanhã, preservai vossas almas juvenis desses baixos e abomináveis sofismas. A
ninguém importa mais do que à magistratura fugir do medo, esquivar-se de humilhações, e não conhecer
covardia. Todo bom magistrado tem muito de heroico em si mesmo, na pureza imaculada e na plácida
rigidez, que a nada se dobre, e de nada se tenha medo, senão da outra justiça, assente, cá embaixo, na
consciência das nações, e culminante, lá em cima, no juízo divino.
Não tergiverseis com as vossas responsabilidades, por mais atribulações que vos imponham, e mais
perigos a que vos exponham. Nem receeis soberanias da terra: nem a do povo, nem a do poder. O povo
é uma torrente, que rara vez se não deixa conter pelas ações magnânimas. A intrepidez do juiz, como a
bravura do soldado, arrebata-o e o fascina.
Os poderosos que investem contra a justiça, provocam e desrespeitam tribunais, por mais que lhes
espumem contra as sentenças, quando justas, não terão, por muito tempo, a cabeça erguida em ameaça
ou desobediência diante dos magistrados, que os enfrentam com dignidade e firmeza.
Na missão do advogado também se desenvolve uma espécie de magistratura. As duas se entrelaçam,
diversas nas funções, mas idênticas no objeto e na resultante: a justiça. Com o advogado, justiça
militante. Justiça imperante, no magistrado.
Rui Barbosa. Oração aos moços. Brasília: Senado Federal, Conselho Editorial, 2019, p. 61-63 (com adaptações).
 
No que diz respeito à estrutura da frase e à significação dos vocábulos no texto 11A05, julgue o item
subsecutivo.
 
Sem prejuízo dos sentidos do texto, a palavra “intrepidez” (último período do terceiro parágrafo), cujo
sentido se opõe ao da palavra “covardia” (segundo período do segundo parágrafo), poderia ser
substituída pelo vocábulo coragem.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec Min (MPE TO)/MPE TO/Especializado/Fotografia/2024
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG2A1
Foi em 1975 que a Organização das Nações Unidas (ONU) começou a celebrar o dia 8 de março como o
Dia Internacional das Mulheres, na busca por evidenciar a discussão sobre a importância da igualdade de
gênero, do combate à violência e da garantia dos direitos de meninas e mulheres. Mas a celebração tem
suas origens no começo do século XX, em manifestações ligadas aos direitos das mulheres trabalhadoras.
 
A data passou a ser definitivamente estabelecida a partir do dia 8 de março de 1917, com a realização de
uma manifestação de operárias por pão e paz, na atual cidade de São Petersburgo, na Rússia. Nove anos
antes, em 8 de março de 1908, já havia ocorrido um encontro massivo em Nova Iorque, nos Estados
Unidos da América (EUA), em defesa do sufrágio universal, com a presença de um comitê feminino local
para apoiar o voto das mulheres.
No Brasil, as mulheres só passaram a exercer o direito ao voto em 1932. As casadas, porém, só o
puderam fazer em 1934, e até 1962 elas só podiam trabalhar fora se o marido anuísse.
Atualmente, a presença das mulheres na educação brasileira é forte. Hoje, as meninas apresentam,
inclusive, maior sucesso na trajetória escolar. Entre a população adulta com mais de 25 anos de idade,
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2846394
348) 
49,5% das mulheres e 45% dos homens concluíram o ensino médio, de acordo com dados da PNAD
Contínua 2018. No ensino superior, elas compõem 55% das matrículas de graduação. Na docência, esse
fato se repete: elas também são maioria.
Ainda assim, nem tudo é um mar de rosas. Conforme as mulheres vão progredindo na carreira
acadêmica, por exemplo, esse cenário muda. No Brasil, apenas um em cada quatro pesquisadores
seniores são mulheres. A maternidade e a desigualdade na divisão das tarefas domésticas são alguns dos
fatores que dificultam o equilíbrio entre a vida profissional e pessoal das mulheres — mas não dos
homens.
Internet: <www.cenpec.org.br> (com adaptações).
 
Julgue o item que se segue, relativo a aspectos linguísticos do texto CG2A1.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, a forma verbal “anuísse” tem o mesmo sentido de
assentisse.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2341663
CEBRASPE (CESPE) - Aux Per (POLC AL)/POLC AL/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB3A1
Em 2007, o Brasil recebeu a exposição de anatomia intitulada Bodies revealed: fascinating + real,
traduzida como Corpo humano: real e fascinante. Cerca de 670 mil pessoas de diversas cidades
brasileiras puderam visitar a exposição na qual os objetos expostos eram nada menos do que 16
cadáveres e 225 órgãos humanos. Adentrar em um salão repleto de cadáveres estripados e mutilados
deveria suscitar a mesma sensação de uma câmara dos horrores, já que os mortos são notoriamente
objetos de tabu, fontes de mana, considerados impuros, perigosos e, não raramente, repugnantes.
Entretanto, os corpos dissecados da exposição, apresentados esfolados ou fatiados, inteiros ou em
partes, eviscerados ou não,e tematicamente organizados em sistemas — esquelético, muscular, nervoso,
respiratório, digestório, excretor, reprodutor, circulatório — eram tratados como objetos de “arte”. Ao
contrário daqueles grandes vidros de formol que distorcem a imagem do seu conteúdo desbotado,
largamente usados em laboratórios e museus para conservar restos biológicos, Bodies revealed é um
espetáculo cadavérico no qual corpos dissecados e partes corporais — reduzidos a formas, cores e
texturas — são espetacularmente exibidos em pedestais, displays e caixas transparentes, distribuídos
meticulosamente em espaços organizados e iluminados para realçar suas formas e cores.
Há um evidente sensacionalismo mórbido nas exposições de corpos humanos, visto que não haveria o
mesmo impacto se os corpos expostos fossem sintéticos ou de animais. Isto evidencia o fato de que a
relação que se estabelece entre nós, espectadores, e os cadáveres expostos tem uma dimensão social,
distinta da que teríamos se fossem apenas modelos de plástico ou cera, ainda que reproduções perfeitas,
ou de um cadáver animal, qualquer que seja a técnica de conservação. As exposições de corpos
humanos até podem oferecer motivações mais nobres do que o simples entretenimento mórbido, mas
sem abrirem mão da morbidez como peça fundamental do espetáculo. Com efeito, o tom geral daqueles
que defendem essas exposições apela para a utilidade educativa de se usarem corpos humanos reais,
dissecados e modelados, em posições didáticas, pois essa técnica possibilita o acesso a “espécimes” cuja
riqueza de detalhes e de informações era antes acessível apenas aos anatomistas.
Internet: <www.scielo.br> (com adaptações).
 
No que se refere aos sentidos do texto CB3A1, julgue o item a seguir.
 
As expressões “objetos de tabu”, “fontes de mana” e “impuros, perigosos e (...) repugnantes” (terceiro
período doprimeiro parágrafo) são empregadas no texto como sinônimas.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2341663
349) 
350) 
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/2395636
CEBRASPE (CESPE) - AJ 02 (TJ ES)/TJ ES/Administrativa/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG1A1-I
A apropriação colonial das terras indígenas muitas vezes se iniciava com alguma alegação genérica de
que os povos forrageadores viviam em um estado de natureza — o que significava que eram
considerados parte da terra, mas sem nenhum direito a sua propriedade. A base para o desalojamento,
por sua vez, tinha como premissa a ideia de que os habitantes daquelas terras não trabalhavam. Esse
argumento remonta ao Segundo tratado sobre o governo (1690), de John Locke, em que o autor
defendia que os direitos de propriedade decorrem necessariamente do trabalho. Ao trabalhar a terra, o
indivíduo “mistura seu trabalho” a ela; nesse sentido, a terra se torna, de certo modo, uma extensão do
indivíduo. Os nativos preguiçosos, segundo os discípulos de Locke, não faziam isso. Não eram, segundo
os lockianos, “proprietários de terras que faziam melhorias”; apenas as usavam para atender às suas
necessidades básicas com o mínimo de esforço.
James Tully, uma autoridade em direitos indígenas, aponta as implicações históricas desse pensamento:
considera-se vaga a terra usada para a caça e a coleta e, “se os povos aborígenes tentam submeter os
europeus a suas leis e costumes ou defender os territórios que durante milhares de anos tinham
erroneamente pensado serem seus, então são eles que violam o direito natural e podem ser punidos ou
‘destruídos’ como animais selvagens”. Da mesma forma, o estereótipo do nativo indolente e
despreocupado, levando uma vida sem ambições materiais, foi utilizado por milhares de conquistadores,
administradores de latifúndios e funcionários coloniais europeus na Ásia, na África, na América Latina e
na Oceania como pretexto para obrigar os povos nativos ao trabalho, com meios que iam desde a
escravização pura e simples ao pagamento de taxas punitivas, corveias e servidão por dívida.
David Graeber e David Wengrow.
O despertar de tudo: uma nova história da humanidade. São Paulo: Cia das Letras, 2022, p. 169-170 (com
adaptações).
 
Considerando as estruturas morfossintáticas e os aspectos semânticos do texto CG1A1-I, julgue os
seguinte item.
No primeiro período do segundo parágrafo, a palavra “implicações” tem o mesmo sentido de
impertinências.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Tec (CNMP)/CNMP/Apoio Técnico Administrativo/Administração/2023
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB3A1-I
Ao final do período de revoluções e guerras que caracterizaram a virada do século XVIII para o XIX, os
recém-emancipados países da América e os antigos Estados europeus se viram diante da necessidade de
criar estruturas de governo, marcando a transição do Antigo Regime ao constitucionalismo e do
colonialismo à independência. Os arquitetos da nova ordem se inspiraram em fontes antigas e modernas:
de Aristóteles (384 a.C. – 322 a.C.) e Políbio (c.200 a.C. – c.118 a.C.) a John Locke (1632 – 1704) e
Montesquieu (1689 – 1755). Um dos principais problemas com os quais lideranças e pensadores políticos
se confrontaram estava materializado em uma passagem do poeta satírico romano Juvenal (c.55 –
c.127), em que se lê: “Quis custodiet ipsos custodes?”, traduzida como “Quem vigia os vigias?” ou “Quem
controla os controladores?”.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2395636
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351) 
“Uma coisa é teorizar sobre a separação em três poderes, como lemos em Montesquieu. Outra coisa é
colocar em prática”, observa a historiadora Monica Duarte Dantas, do Instituto de Estudos Brasileiros da
Universidade de São Paulo. “Aí surgem os problemas, porque um poder pode tentar assumir as
atribuições de outro. Não era possível antever todas as questões que iriam aparecer, até porque havia
assuntos que diziam respeito a mais de um poder. Na prática, era preciso definir a quem competia o quê.
Essas questões emergiram rapidamente nos séculos XVIII e XIX, quando se tentou colocar em prática a
separação de poderes.”
Alguém que acompanhasse os trabalhos de elaboração de textos constitucionais no início do século XIX
não necessariamente apostaria que, ao final desse período, estaria consolidado um modelo de
organização do Estado em que o poder se desdobraria em três partes: o Executivo, o Legislativo e o
Judiciário, conforme apresentado pelo filósofo francês Montesquieu em O espírito das leis (1748).
Havia projetos com quatro, cinco ou até mais poderes. Na França, o filósofo político franco-suíço
Benjamin Constant (1767 – 1830) imaginou meia dezena: o Judiciário, o Executivo, dois poderes
representativos, correspondentes ao Legislativo — o da opinião (Câmara Baixa) e o da tradição (Câmara
Alta) —, e um poder “neutro”, exercido pelo monarca. O revolucionário venezuelano Simon Bolívar (1783
– 1830) chegou a formular a ideia, em 1819, de um “poder moral” que deveria cuidar, sobretudo, de
educação.
 
As mesmas preocupações estavam na cabeça dos deputados na primeira Assembleia Constituinte do
Brasil, em 1823. Até que, em novembro, o conflito de poderes se concretizou: tropas enviadas pelo
imperador Dom Pedro I (1789 – 1834) dissolveram a assembleia. Em março do ano seguinte, quando o
imperador outorgou a primeira Constituição brasileira, ela se afastava pouco do projeto elaborado em
1823, mas continha uma diferença crucial: os poderes eram quatro e incluíam um Moderador.
Entretanto, só em dois países esse quarto poder chegou a ser formalmente inscrito no texto
constitucional, como uma instituição em separado. O Brasil, com o título 5.º da Constituição de 1824, e
Portugal, em 1826, com a Carta Constitucional outorgada também por Dom Pedro — em Portugal, IV, e
não I —, no breve período de seis dias em que acumulou a coroa de ambos os países. As funções do
Poder Moderador, tanto na doutrina de Constant quanto na Constituição brasileira, guardam semelhanças
com algumas das funções que hoje cabem às cortes supremas— no Brasil, ao Supremo Tribunal Federal
(STF). Trata-se de garantir que a atuação dos poderes, seja na formulação de leis, seja na administração
pública ou no julgamento de casos, não se choque com as normas constitucionais.
Diego Viana. Experimentação constitucional fomentou criação de Poder Moderador. In: Revista Pesquisa FAPESP,
ago./2022 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos e à estruturação do texto CB3A1-I, julgue o item subsequente.
 
O termo “crucial” (último período do quarto parágrafo) é empregado no texto como sinônimo de
decisivo, importante.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AAAJ (DP DF)/DP DF/Direito e Legislação/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Espinosa atravessou lentamente a rua, olhar no chão, mãos nos bolsos, em direção à praça. O sol
ainda brilhava forte na tarde de primavera. Procurou um banco vazio, de frente para o porto, tendo às
costas o velho prédio do jornal A Noite. À sombra de um grande fícus, deixou as ideias surgirem
anarquicamente.
Poucas pessoas considerariam a praça Mauá um lugar adequado à reflexão, exceto ele e os mendigos.
No começo era visto com desconfiança, mas aos poucos eles foram se acostumando a sua presença.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1968093
352) 
Nunca frequentou a praça à noite, respeitava a metamorfose produzida pelos frequentadores do
Scandinavia Night Club ou da Boite Florida.
Enquanto prestava minuciosa atenção ao movimento dos guindastes no porto, deixou o pensamento
emaranhar-se livremente em sua própria trama. Formara, havia tempos, a ideia de que momentos de
solidão eram propícios à reflexão. Sentado naquele banco, acabara por concluir que isso não se aplicava
a si próprio. A forma mais comum como transcorria sua vida mental era a de um fluxo semienlouquecido
de imagens acompanhado de diálogos inteiramente fantásticos. Não se julgava capaz de uma reflexão
puramente racional, o que, para um policial, era no mínimo embaraçoso.
Luiz Alfredo Garcia-Roza. O silêncio da chuva. Companhia das Letras, 2005 (com adaptações).
 
No que concerne aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item que se segue.
 
No segundo período do terceiro parágrafo, o termo “propícios” é sinônimo de favoráveis.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - TCE (TCE RJ)/TCE RJ/Técnico/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A preocupação com o desenvolvimento das indústrias criativas ocorre de forma não intuitiva e
direcionada há muitos anos. Em 1918, o presidente dos Estados Unidos da América, Woodrow Wilson,
promoveu a nascente indústria cinematográfica, considerando que “o comércio vai atrás dos filmes”, uma
afirmação clássica sobre o fato de que as indústrias criativas têm um significado que vai muito além do
seu impacto econômico imediato. O governo australiano publicou, em 1994, um documento chamado
Creative Nation, no qual já apresentava alguns posicionamentos oficiais sobre a pauta. Nele, afirmava
que “uma política cultural também é uma política econômica” e que “o nível de nossa criatividade
determina substancialmente nossa capacidade de adaptação aos novos imperativos econômicos”.
 
Após as eleições para primeiro-ministro do Reino Unido, em 1997, foi realizado o primeiro mapeamento
concreto e aprofundado sobre a economia criativa em uma nação. Esse mapeamento causou polêmica
quanto à conceituação de indústria criativa. De acordo com a definição do governo inglês, as indústrias
criativas são aquelas atividades que têm origem na criatividade, na habilidade e no talento individual e
que potencializam a geração de riqueza e empregos por meio da geração e da exploração da propriedade
intelectual. Os críticos que analisaram o projeto de Tony Blair/DCMS consideraram que as colocações
deixaram o contexto muito aberto, pois poderia englobar áreas como engenharia e indústria
farmacêutica, que não têm conexão com a economia criativa.
 
Como em qualquer área de pesquisa, alguns cientistas apresentam visões bem controversas. O
pesquisador estadunidense Richard Florida, por exemplo, trouxe o conceito de classe criativa. Segundo
Florida, regiões metropolitanas com alta concentração de trabalhadores ligados a tecnologia, artistas,
músicos, lésbicas e gays e o grupo definido por high bohemians são áreas com alto potencial de
crescimento neste milênio. Na visão de Florida, as cidades devem posicionar-se de forma diferente no
novo milênio e virar todos os holofotes para a economia criativa.
 
Vinnie de Oliveira. Economia criativa 4.0: o mundo não gira ao contrário. Edição do Kindle (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, no que diz respeito às ideias e a aspectos linguísticos do texto precedente.
 
No segundo parágrafo, os termos “economia” (primeiro período) e “indústria” (segundo período) são
empregados no texto como sinônimos.
Certo
Errado
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353) 
354) 
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CEBRASPE (CESPE) - ERM (ANM)/ANM/"Sem Área"/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB1A1-I
 
Em 2015, pesquisadores argentinos anunciaram a descoberta dos fósseis da maior criatura da Terra. Eles
estimaram que o dinossauro tivesse 40 metros de comprimento e 20 metros de altura (quando esticava o
pescoço). Com 77 toneladas, teria sido tão pesado quanto 14 elefantes africanos e teria tido sete
toneladas a mais do que o recordista anterior, o argentinossauro, também localizado na Patagônia. Um
mês após o anúncio dos argentinos, paleontólogos brasileiros apresentaram um fóssil resgatado em
Presidente Prudente (SP), que afirmaram ser do maior dinossauro do país. O Austroposeidon magnificus,
como o chamaram, tinha 25 metros de comprimento e viveu há 70 milhões de anos, segundo os
estudiosos. E o Planalto Central abrigou gigantes como esses? Embora escavações nunca tenham sido
feitas no Distrito Federal e no Entorno até então, especialistas detectaram indícios de esqueletos de
animais extintos e de instrumentos usados por homens das cavernas na região.
 
O ser humano não conviveu com os dinossauros em nenhuma parte do mundo. Os dinossauros foram
extintos há milhões de anos, antes do surgimento da humanidade. Mas o primeiro registro da presença
humana no Planalto Central coincide com a fase de extinção dos primeiros animais que habitaram a
região, bichos grandes e ferozes, como o tigre-dentes-de-sabre. Os homens da caverna também tinham
a companhia de outros animais enormes, como o megatério, uma espécie de preguiça, e o gliptodonte,
um tatu gigante de até um metro de altura. Por uma faixa de terra onde hoje é a América Central,
animais do norte chegaram ao sul. Entre eles, o mastodonte, os cães-urso e os ancestrais dos cavalos,
todos antigos moradores do cerrado.
 
Apesar da longa coexistência, não há nenhuma evidência confiável de que o homem tenha caçado os
animais gigantes de forma sistemática no território nacional ou mesmo na América do Sul, ao contrário
do que ocorreu na América do Norte, onde mamutes e mastodontes eram presas constantes das
populações humanas. O desaparecimento da megafauna no território nacional provavelmente não teve
relação direta com a chegada do ser humano, como algumas hipóteses para essa extinção sugerem. Os
pesquisadores Mark Hubbe e Alex Hubbe acreditam que a extinção dos animais tenha sido desencadeada
por uma mudança climática. Na teoria deles, as espécies da megafauna teriam se extinguido
gradualmente a partir da última grande glaciação, no fim do período chamado Pleistoceno (há
aproximadamente 12 mil anos). Os maiores não teriam vivido além de dez mil anos atrás, e os menores
teriam avançado um pouco além da nova era, até quatro mil anos atrás.
 
Internet: <www.correiobraziliense.com.br> (com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos do texto CB1A1-I, julgue o item que se segue.
 
Em “como algumas hipóteses para essa extinção sugerem” (segundo período do último parágrafo), o
verbosugerir tem o mesmo sentido de propor.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEE PE)/SEE PE/Artes/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG1A1-I
Considerado o principal idealizador das grandes mudanças que marcaram a educação brasileira no século
20, Anísio Teixeira (1900-1971) foi pioneiro na implantação de escolas públicas de todos os níveis, que
refletiam seu objetivo de oferecer educação gratuita para todos. A marca do pensador Anísio era uma
atitude de inquietação permanente diante dos fatos, considerando a verdade não como algo definitivo,
mas que se busca continuamente.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2020003
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2153542
355) 
O mundo em transformação requer um novo tipo de homem, consciente e bem-preparado para resolver
seus próprios problemas, acompanhando a tríplice revolução da vida atual: intelectual, pelo incremento
das ciências; industrial, pela tecnologia; e social, pela democracia. Essa concepção exige, segundo Anísio,
“uma educação em mudança permanente, em permanente reconstrução”.
As novas responsabilidades da escola eram, portanto, educar em vez de instruir; formar homens livres
em vez de homens dóceis; preparar para um futuro incerto em vez de transmitir um passado claro; e
ensinar a viver com mais inteligência, mais tolerância e mais felicidade. Para isso, seria preciso reformar
a escola, começando-se por dar a ela uma nova visão da psicologia infantil.
O próprio ato de aprender, dizia Anísio, durante muito tempo significou simples memorização; depois seu
sentido passou a incluir a compreensão e a expressão do que fora ensinado; por último, envolveu algo
mais: ganhar um modo de agir. Só aprendemos quando assimilamos uma coisa de tal jeito que, chegado
o momento oportuno, sabemos agir de acordo com o aprendido.
Para o pensador, não se aprendem apenas ideias ou fatos, mas também atitudes, ideais e senso crítico —
desde que a escola disponha de condições para exercitá-los. Assim, uma criança só pode praticar a
bondade em uma escola onde haja condições reais para desenvolver o sentimento. A nova psicologia da
aprendizagem obriga a escola a se transformar num local onde se vive, e não em um centro preparatório
para a vida. Como não aprendemos tudo o que praticamos, e sim aquilo que nos dá satisfação, o
interesse do aluno deve orientar o que ele vai aprender. Portanto, é preciso que ele escolha suas
atividades.
Para ser eficiente, dizia Anísio, a escola pública para todos deve ser de tempo integral para professores e
alunos, como a escola parque, por ele fundada em 1950, em Salvador, que mais tarde inspirou os centros
integrados de educação pública (CIEP) do Rio de Janeiro e as demais propostas de escolas de tempo
integral que se sucederam. Cuidando da higiene e saúde da criança, bem como da sua preparação para a
cidadania, essa escola é apontada como solução para a educação básica no livro Educação não é
privilégio. Além de integral, pública, laica e obrigatória, ela deveria ser também municipalizada, para
atender aos interesses de cada comunidade. O ensino público deveria ser articulado numa rede até a
universidade.
Márcio Ferrari. Anísio Teixeira, o inventor da escola pública no Brasil. In: Revista Nova Escola, jul./2008
(com adaptações).
 
Considerando aspectos sintáticos e semânticos do texto CG1A1-I, julgue o próximo item.
 
O termo “incremento” (primeiro período do segundo parágrafo) poderia ser substituído, sem alteração do
sentido original do texto, por desenvolvimento.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - PANS (ANP)/ANP/Atividades de Fiscalização/Produção de Combustíveis
I/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG1A1-I
 
É uma falácia comum supor que mudanças graduais, pequenas, só podem engendrar resultados
graduais, incrementais.
 
Mas esse é um raciocínio linear, que parece ser nosso modo padrão de pensar a respeito do mundo. Isso
pode decorrer do simples fato de que a maior parte dos fenômenos perceptíveis para os seres humanos,
em escalas de tempo e de magnitude habituais e dentro do escopo limitado de nossos sentidos, tende a
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356) 
seguir direções lineares — duas pedras parecem duas vezes mais pesadas que uma; é necessária uma
quantidade de comida três vezes maior para alimentar um número três vezes maior de pessoas, e assim
por diante. No entanto, fora da esfera das ocupações humanas práticas, a natureza está cheia de
fenômenos não lineares. Processos de extrema complexidade podem emergir de regras ou partes
enganosamente simples, e pequenas mudanças num fator subjacente a um sistema complexo podem
engendrar mudanças radicais e qualitativas em outros fatores que dele dependem.
 
Pense neste exemplo muito simples: imagine que você tenha um bloco de gelo na sua frente e esteja
aquecendo-o pouco a pouco. Na maior parte do tempo, o aquecimento por um grau a mais não causa
nenhum efeito interessante: a única coisa que você tem e que não tinha um minuto atrás é um bloco de
gelo ligeiramente menos gelado. Mas, então, chega-se a 0 °C e, assim que essa temperatura crítica é
atingida, você vê uma mudança abrupta, espetacular. A estrutura cristalina do gelo desagrega-se, e, de
repente, as moléculas de água começam a escorregar e a fluir livremente umas em torno das outras. Sua
água congelada torna-se líquida, graças a um grau crítico de energia térmica.
 
Nesse ponto-chave, mudanças incrementais cessaram de ter efeitos incrementais e precipitaram uma
súbita mudança qualitativa chamada transição de fase.
 
Vilayanur Subramanian Ramachadran. O que o cérebro tem para contar: desvendando
os mistérios a natureza humana. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 32-3 (com adaptações).
 
Em relação a aspectos linguísticos do texto CG1A1-I, julgue o item subsecutivo.
 
Em “precipitaram uma súbita mudança”, o verbo precipitar está empregado com o mesmo sentido de
apressar.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AGE (SEE PE)/SEE PE/Geral/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG101-II
 
É inquestionável que um importante marco da Constituição Federal de 1988 e da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/1996) foi o conceito de educação básica composta por três
etapas, que devem estar organizadas de forma orgânica e articulada. De acordo com Cury (2002), “a
educação básica é um conceito mais do que inovador para um país que, por séculos, negou, de modo
elitista e seletivo, a seus cidadãos o direito ao conhecimento pela ação sistemática da organização
escolar”.
 
Para que esse conceito se efetive, é fundamental a intervenção do Estado, com a participação da
sociedade civil, por meio de políticas — programas e projetos — definidas em um planejamento, que leve
em conta a análise estratégica da realidade como um todo e em cada situação específica.
 
Nesse entendimento, dilemas presentes na educação básica brasileira necessitam ser confrontados:
desigualdades econômicas, sociais, culturais e de cor ou raça, bem como desequilíbrios regionais.
 
Ana Maria de Albuquerque Moreira. Dilemas e desafios para a consolidação da educação básica no Brasil. In: Maria
Zélia Borba Rocha; Nara Maria Pimentel (Orgs.). Organização da educação brasileira: marcos contemporâneos.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2016, p. 230 - 31 (com adaptações).
 
Acerca das ideias e de aspectos linguísticos do texto CG101-II, julgue o item a seguir.
 
Estariam preservados o sentido e a correção gramatical do texto caso a palavra “estratégica” (segundo
parágrafo) fosse substituída por tática.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2208312
357) 
358) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ET (BNB)/BNB/Analista de Sistemas/Desenvolvimento de
Sistemas/2022
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CG1A1-II
A crescente adoção do conceitode tecnologias sociais ocorre concomitantemente com o avanço de dois
conceitos que lhe são complementares: economia solidária e capital social. As graves consequências do
capitalismo e da globalização, refletidas em altos índices de desemprego, aumento de índices de violência
e criminalidade, aprofundamento da pobreza e da degradação ambiental, não podem ser abordadas por
projetos paternalistas e compensatórios. Ao contrário, requerem estudos aprofundados sobre um novo
tipo de desenvolvimento. O professor Henrique Rattner pontua que, entre os cientistas sociais que se
debruçam sobre os fracassos do desenvolvimento e suas causas, em todos os debates travados nos
últimos anos, o conceito de capital social tem ocupado espaço crescente. O capital social, segundo
Rattner, procura trabalhar com a necessidade gregária, o espírito de cooperação e os valores de apoio
mútuo e solidariedade, com base na “eficiência social coletiva”.
Capital social, segundo o estudioso John Durston, é o conjunto de normas, instituições e organizações
que promovem a confiança, a ajuda recíproca e a cooperação e que incorporam benefícios como redução
dos custos de transação, produção de bens públicos e facilitação da constituição de organizações de
gestão de bases efetivas, de atores sociais e de sociedades civis saudáveis. Sua importância está na
busca de estratégias de superação da pobreza e de integração de setores sociais excluídos.
No Brasil, nas últimas décadas, tem havido uma multiplicação de experiências baseadas no conceito de
economia solidária. Diferentemente de iniciativas meramente paliativas, como respostas emergenciais a
situações de pobreza e miséria, há agora uma interpretação de que essas experiências devam ser uma
base para a reconstrução do tecido social. Como diz o pesquisador Luis Inácio Gaiger, elas “constituiriam
uma ação geradora de embriões de novas formas de produção e estimuladora de alternativas de vida
econômica e social”.
Ivete Rodrigues e José Carlos Barbieri. A emergência da tecnologia social: revisitando o movimento da
tecnologia apropriada como estratégia de desenvolvimento sustentável. In: Revista de Administração
Pública – FGV, Rio de Janeiro, 42(6):1069-94, nov./dez. 2008 (com alterações).
 
A respeito dos aspectos linguísticos e estruturais do texto CG1A1-II, julgue o item subsecutivo.
 
A forma verbal “pontua” (quarto período do primeiro parágrafo) é empregada como sinônimo de
assinalar.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - ACE (TCE RJ)/TCE RJ/Controle Externo/Ciências Contábeis/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A ideia de cultura foi cunhada e batizada no terceiro quartel do século XVIII como termo sintético
para designar a administração do pensamento e do comportamento humanos. A palavra “cultura” não
nasceu como um termo descritivo, uma forma reduzida para as já alcançadas, observadas e registradas
regras de conduta de toda uma população. Só cerca de um século mais tarde, quando os gerentes da
cultura olharam em retrospecto para aquilo que tinham passado a ver como criação sua e, seguindo o
exemplo de Deus na criação do mundo, com carga positiva, é que “cultura” passou a significar a forma
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/2265516
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359) 
como um tipo regular e “normativamente regulado” de conduta humana diferia de outro, sob outro
gerenciamento. A ideia de cultura nasceu com uma declaração de intenções.
O termo “cultura” entrou no vocabulário como o nome de uma atividade intencional. No limiar da Era
Moderna, homens e mulheres, não mais aceitos como “um dado não problematizado”, como elos
preordenados na cadeia da criação divina (“divina” como algo inegociável e com o qual não devemos nos
imiscuir), indispensáveis, ainda que sórdidos, torpes e deixando muito a desejar, passaram a ser vistos
ao mesmo tempo como maleáveis e terrivelmente carentes de ajustes e melhoras. O termo “cultura” foi
concebido no interior de uma família de conceitos que incluía expressões como “cultivo”, “lavoura”,
“criação” — todos significando aperfeiçoamento, seja na prevenção de um prejuízo, seja na interrupção e
reversão da deterioração. O que o agricultor fazia com a semente por meio de atenção cuidadosa, desde
a semeadura até a colheita, podia e devia ser feito com os incipientes seres humanos pela educação e
pelo treinamento. As pessoas não nasciam, eram feitas. Precisavam tornar-se humanas — e, nesse
processo de se tornar humanas (uma trajetória cheia de obstáculos e armadilhas que elas não seriam
capazes de evitar nem poderiam negociar, caso fossem deixadas por sua própria conta), teriam de ser
guiadas por outros seres humanos, educados e treinados na arte de educar e treinar seres humanos.
O termo “cultura” apareceu no vocabulário menos de cem anos depois de outro conceito moderno
crucial, o de “gerenciar”, que significa, segundo o Oxford English Dictionary: “forçar (pessoas,
animais etc.) a se submeter ao controle de alguém”, “exercer efeito sobre”, “ter sucesso em realizar”. E
mais de cem anos antes de outro sintético, de “gerenciamento”, o de “obter sucesso ou sair-se bem”.
Gerenciar, em suma, significava conseguir que as coisas fossem feitas de uma forma que as pessoas não
fariam por conta própria e sem ajuda.Significava redirecionar eventos segundo motivos e desejo
próprios. Em outras palavras, “gerenciar” (controlar o fluxo de eventos) veio a significar a manipulação
de probabilidades: fazer a ocorrência de certas condutas (iniciais ou reativas) de “pessoas, animais etc.”
mais provável, ou, de preferência, totalmente improvável a ocorrência de outros movimentos. Em última
instância, “gerenciar” significa limitar a liberdade do gerenciado.
Zygmunt Bauman. Vida líquida. Carlos Alberto Medeiros (Trad.). Rio de Janeiro: Zahar, 2009 (com adaptações).
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto anterior, julgue o item subsequente.
 
O verbo pronominal imiscuir-se está empregado, na linha 19, com o mesmo sentido de intrometer-
se.
Certo
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CEBRASPE (CESPE) - AgFEP (DEPEN)/DEPEN/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A Casa de Detenção Feminina era antiquada, embolorada, lúgubre e sombria. O chão da sala de
admissão era de cimento, sem pintura, com a sujeira dos sapatos de milhares de prisioneiras, policiais e
inspetoras de polícia incrustada na superfície.
Disseram para eu me sentar no banco da frente, na fileira da direita. De repente, ouviu-se um estrondo
do lado de fora do portão. Várias mulheres se aproximavam da entrada, esperando que o portão de ferro
se abrisse.
Enquanto as mulheres que tinham voltado do tribunal estavam em pé do lado de fora dos portões de
ferro, fui levada para fora da sala. Lá, havia o mesmo piso de cimento imundo, paredes de azulejos
amarelados descorados e duas escrivaninhas velhas de escritório. Uma inspetora branca e robusta estava
no comando. Quando eu descobri, entre os papéis grudados na parede, um cartaz de pessoas
procuradas pelo FBI com a minha fotografia e descrição, ela o arrancou de lá.
Eu ainda estava esperando naquela sala suja quando houve a troca de turno. Outra agente prisional foi
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1656945
360) 
enviada para me vigiar. Ela era negra, jovem — mais nova do que eu —, usava cabelos crespos naturais
e, ao se aproximar, não demonstrou nenhum tipo de arrogância. Foi uma experiência que me desarmou.
No entanto, não foi o fato de ela ser negra que me surpreendeu, foi seu comportamento: sem
agressividade e aparentemente solidário.
Imaginando que eu pudesse ser capaz de obter dela alguma informação sobre a minha situação,
perguntei por que a demora era tão longa. Ela não sabia detalhes, disse, mas achavaque estavam
tentando decidir como me manteriam separada da população prisional. Seu pressentimento era de que
eu seria colocada na área da prisão reservada para mulheres com transtornos psicológicos. Olhei paraela
com incredulidade. Para mim, prisão era prisão — não existia gradação de melhor ou pior.
Angela Y. Davis. Uma autobiografia. Heci Regina Candiani (Trad.). 1.ª ed. São Paulo: Boitempo, 2019 (com
adaptações).
 
Com referência às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
 
Sem alteração dos sentidos do texto, a palavra “lúgubre”, no primeiro parágrafo do texto, poderia ser
substituída por fúnebre.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Esc Pol (PC DF)/PC DF/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Fernando arrancou o paletó no auge da impaciência e perguntou com voz esganiçada se eu
pretendia ficar a noite inteira ali de estátua enquanto ele teria que encher o tanque naquela escuridão de
merda porque ninguém lhe passava o raio da lanterna.
— Onde está a lanterna?
— Mas onde poderia estar a lanterna senão no porta-luvas, a princesa esqueceu?
 
Através do vidro, a estrela maior (Vênus) pulsava reflexos azuis. Gostaria de estar numa nave, mas com
o motor desligado, sem ruído, sem nada. Quieta. Ou neste carro silencioso mas sem ele. Já fazia algum
tempo que eu queria estar sem ele, mesmo com o problema de ter acabado a gasolina.
 
— As coisas ficariam mais fáceis se você fosse menos grosso — eu disse, entreabrindo a mão e
experimentando a lanterna no pedregulho que achei na estrada.
— Está bem, minha princesa, se não for muito incômodo, será que poderia me passar a lanterninha?
Quando me lembro dessa noite (e estou sempre lembrando) me vejo repartida em dois momentos: antes
e depois. Antes, as pequenas palavras, os pequenos gestos, os pequenos amores culminados nesse
Fernando, aventura medíocre de gozo breve e convivência comprida. Se ao menos ele não fizesse aquela
voz para perguntar se por acaso alguém tinha levado a sua caneta. Se por acaso alguém tinha pensado
em comprar um novo fio dental, este estava no fim. Não está, respondi, é que ele se enredou lá dentro,
se a gente tirar esta plaqueta (tentei levantar a plaqueta) a gente vê que o rolo está inteiro mas
enredado e quando o fio se enreda desse jeito, nunca mais!, melhor jogar fora e começar outro rolo. Não
joguei. Anos e anos tentando desenredar o fio impossível, medo da solidão? Medo de me encontrar
quando tão ardentemente me buscava?
Lygia Fagundes Telles. Noturno Amarelo. In: Mistérios. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 1981 (com adaptações).
 
Julgue o item seguinte, relativos aos sentidos e a aspectos linguísticos do texto precedente.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1692374
361) 
 
Os sentidos originais e a correção gramatical do texto seriam preservados se o vocábulo “esganiçada”
fosse substituído por estridente.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto 14A1-I
As línguas são, de certo ponto de vista, totalmente equivalentes quanto ao que podem expressar, e o
fazem com igual facilidade (embora lançando mão de recursos bem diferentes). Entretanto, dois fatores
dificultam a aplicação de algumas línguas a certos assuntos: um, objetivo, a deficiência de vocabulário;
outro, subjetivo, a existência de preconceitos.
É preciso saber distinguir claramente os méritos de uma língua dos méritos (culturais, científicos ou
literários) daquilo que ela serve para expressar. Por exemplo, se a literatura francesa é particularmente
importante, isso não quer dizer que a língua francesa seja superior às outras línguas para a expressão
literária. O desenvolvimento de uma literatura é decorrência de fatores históricos independentes da
estrutura da língua; a qualidade da literatura francesa diz algo dos méritos da cultura dos povos de
língua francesa, não de uma imaginária vantagem literária de se utilizar o francês como veículo de
expressão. Victor Hugo poderia ter sido tão importante quanto foi mesmo se falasse outra língua —
desde que pertencesse a uma cultura equivalente, em grau de adiantamento, riqueza de tradição
intelectual etc., à cultura francesa de seu tempo.
Igualmente, sabe-se que a maior fonte de trabalhos científicos da contemporaneidade são as instituições
e os pesquisadores norte-americanos; isso fez do inglês a língua científica internacional. Todavia, se os
fatores históricos que produziram a supremacia científica norte-americana se tivessem verificado, por
exemplo, na Holanda, o holandês nos estaria servindo exatamente tão bem quanto o inglês o faz agora.
Não há no inglês traços estruturais intrínsecos que o façam superior ao holandês como língua adequada
à expressão de conceitos científicos.
Não se conhece caso em que o desenvolvimento da superioridade literária ou científica de um povo
possa ser claramente atribuído à qualidade da língua desse povo. Ao contrário, as grandes literaturas e
os grandes movimentos científicos surgem nas grandes nações (as mais ricas, as mais livres de restrições
ao pensamento e também — ai de nós! — as mais poderosas política e militarmente). O desenvolvimento
dos diversos aspectos materiais e culturais de uma nação se dá mais ou menos harmoniosamente; a
ciência e a arte são também produtos da riqueza e da estabilidade de uma sociedade.
O maior perigo que correm as línguas, hoje em dia, é o de não desenvolverem vocabulário técnico e
científico suficiente para acompanhar a corrida tecnológica. Se a defasagem chegar a ser muito grande,
os próprios falantes acabarão optando por utilizar uma língua estrangeira ao tratarem de assuntos
científicos e técnicos.
Mário A. Perini. O rock português (a melhor língua para
fazer ciência). In: Ciência Hoje, 1994 (com adaptações).
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto 14A1-I, julgue o item a seguir.
 
O vocábulo “suficiente” é sinônimo de bastante.
Certo
Errado
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825451
362) 
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (SEDUC AL)/SEDUC AL/Português/2021
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Quem sou eu?
Se negro sou, ou sou bode,
Pouco importa. O que isto pode?
Bodes há de toda a casta,
Pois que a espécie é muita vasta...
Há cinzentos, há rajados,
Baios, pampas e malhados,
Bodes negros, bodes brancos,
E, sejamos todos francos,
Uns plebeus, e outros nobres,
Bodes ricos, bodes pobres,
Bodes sábios, importantes,
E também alguns tratantes...
Aqui, nesta boa terra,
Marram todos, tudo berra;
Nobres Condes e Duquesas,
Ricas Damas e Marquesas,
Deputados, senadores,
Gentis-homens, vereadores;
Belas Damas emproadas,
De nobreza empantufadas;
Repimpados principotes,
Orgulhosos fidalgotes,
Frades, Bispos, Cardeais,
Fanfarrões imperiais.
Gentes pobres, nobres gentes,
Em todos há meus parentes.
Entre a brava militança
Fulge e brilha alta bodança;
Guardas, Cabos, Furriéis,
Brigadeiros, Coronéis,
Destemidos Marechais,
Rutilantes Generais,
Capitães de mar e guerra,
— Tudo marra, tudo berra —
Na suprema eternidade,
Onde habita a Divindade,
Bodes há santificados,
Que por nós são adorados.
Entre o coro dos Anjinhos
Também há muitos bodinhos.
O amante de Siringa
Tinha pelo e má catinga;
O deus Midas, pelas contas,
Na cabeça tinha pontas;
Jove quando foi menino,
Chupitou leite caprino;
E, segundo o antigo mito,
Também Fauno foi cabrito.
Nos domínios de Plutão,
Guarda um bode o Alcorão;
Nos lundus e nas modinhas
São cantadas as bodinhas:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1825652
363) 
Pois se todos têm rabicho,
Para que tanto capricho?
Haja paz, haja alegria,
Folgue e brinque a bodaria;
Cesse, pois, a matinada,
Porque tudo é bodarrada.
Luís Gama. Quem sou eu? In: Sílvio Romero. História da literatura brasileira.
Rio de Janeiro: Garnier, 1888. Internet: <www.brasiliana.usp.br> (com adaptações).
Glossário
Siringa: belíssima ninfa da água na mitologia clássica.
Midas: personagem da mitologia grega, rei da Frígia.
Jove: ou Júpiter, ou Zeus, deus dos deuses e dos homens.
Fauno: deus romano protetor dos pastores e rebanhos.
Plutão: ouHades, deus que possuía as chaves do reino dos mortos.
 
Com relação a aspectos linguísticos do poema Quem sou eu?, anteriormente apresentado, julgue os
próximos itens.
 
Do 5.º ao 7.º verso e do 9.º ao 11.º verso, o poeta constrói, em cada verso, uma descrição baseada em
adjetivos antônimos entre si.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AssP (PGE PE)/PGE PE/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A modernidade é um contrato. Todos nós aderimos a ele no dia em que nascemos, e ele regula
nossa vida até o dia em que morremos. Pouquíssimos entre nós são capazes de rescindi-lo ou
transcendê-lo. Esse contrato configura nossa comida, nossos empregos e nossos sonhos; ele decide onde
moramos, quem amamos e como morremos.
À primeira vista, a modernidade parece ser um contrato extremamente complicado, por isso poucos
tentam compreender no que exatamente se inscreveram. É como se você tivesse baixado algum software
e ele te solicitasse assinar um contrato com dezenas de páginas em “juridiquês”; você dá uma olhada
nele, passa imediatamente para a última página, tica em “concordo” e esquece o assunto. Mas a
modernidade, de fato, é um contrato surpreendentemente simples. O contrato interno pode ser resumido
em uma única frase: humanos concordam em abrir mão de significado em troca de poder.
Yuval Noah Harari. Homo Deus: uma breve história do amanhã. São Paulo: Companhia das Letras, 2016 (com
adaptações).
Considerando as ideias, os sentidos e os aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item a seguir.
No trecho “tica em ‘concordo’” , o verbo ticar é sinônimo de clicar, mas difere deste por ser de uso
informal.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - AssP (PGE PE)/PGE PE/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/874709
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/874728
364) 
365) 
Passávamos férias na fazenda da Jureia, que ficava na região de lindas propriedades cafeeiras.
Íamos de automóvel até Barra do Piraí, onde pegávamos um carro de boi. Lembro-me do aboio do
condutor, a pé, ao lado dos animais, com uma vara: “Xô, Marinheiro! Vâmu, Teimoso!”. Tenho ótimas
recordações de lá e uma foto da qual gosto muito, da minha infância, às gargalhadas, vestindo um
macacão que minha própria mãe costurava, com bastante capricho. Ela fazia um para cada dia da
semana, assim, eu podia me esbaldar e me sujar à vontade, porque sempre teria um macacão limpo
para usar no dia seguinte.
Jô Soares. O livro de Jô:
uma autobiografia desautorizada. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
Com relação aos aspectos linguísticos desse texto, julgue o item a seguir.
 
A palavra “capricho” está empregada no texto com o mesmo sentido de zelo.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Ana GRS (SLU DF)/SLU DF/Administração/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB1A1-III
Não faz muito tempo, fui assistir à ópera As Bodas de Fígaro, de Mozart. Aproximando-se o final do
espetáculo, o personagem mais importante, Fígaro, faz um comentário cruel a respeito das mulheres. Na
montagem que vi, o diretor de cena teve a ideia de acender as luzes da plateia durante o canto de
Fígaro, que saiu do palco e dirigiu-se aos homens presentes.
Logo atrás de mim, uma senhora furiosa levantou-se. Fez o sinal de “não” nas fuças do pobre cantor e
retirou-se protestando em voz alta. Pensei que ela poderia ter prestado mais atenção. O tema nuclear de
As Bodas de Fígaro é atual: trata-se de desmascarar, denunciar e punir um poderoso aristocrata que é
violento predador sexual.
Aquela senhora furiosa revoltou-se antes do tempo e não viu a condenação do conde brutal. Tal
suscetibilidade, decorrente da situação inferior em que, do modo mais injusto, as mulheres são mantidas
em nossas sociedades, é compreensível. Mas indignou-se cedo demais.
Indignação: eis o problema. Nunca tive simpatia por essa palavra. Pressupõe cólera e desprezo. Quando
estamos sozinhos, a indignação nos embriaga como se fosse uma droga. Arrebata a alma, enfurece as
vísceras, dilata os pulmões e nos faz acreditar na veemência do nosso ódio. Viramos heróis justiceiros
diante de nós mesmos.
A solidão indignada faz grandes discursos interiores contra aquilo que erigimos como inimigo. Serve para
dar boa consciência. É um prazer solitário. Exaltados, arquitetamos vinganças e reparações. Depois, o
balão murcha, sobrando apenas nossa miserável impotência.
Ao se manifestar na presença de outra pessoa, ou de duas, ou em um pequeno grupo, a indignação leva
ao descontrole. Nervosos, falamos alto e dizemos coisas que, na calma, jamais pronunciaríamos. Porque
não somos mais nós que falamos, mas algo que está em nós e que ocupou nosso corpo esvaziado de
qualquer poder reflexivo: a indignação.
Jorge Coli. A indignação enfurece as vísceras
e nos embriaga como se fosse droga. Internet: <www.folha.com.br> (com adaptações).
 
A respeito dos sentidos e dos aspectos linguísticos do texto CB1A1-III, julgue o item subsecutivo.
 
No período em que aparece, o termo “nuclear” tem o mesmo sentido de central.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/904215
366) 
367) 
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Proc Mun (Boa Vista)/Pref Boa Vista/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto CB1A1-II
A cultura brasileira sempre se viu como uma cultura da mistura. Louva-se a tendência brasileira à
assimilação do que é significativo e importante das outras culturas. O Brasil celebra a mistura da
contribuição de brancos, negros e índios na formação da nacionalidade, exaltando o enriquecimento
cultural e a ausência de fronteiras de nossa cultura. De nosso ponto de vista, o misturado é completo; o
puro é incompleto. Trata-se evidentemente de uma autodescrição da cultura brasileira. Há então todo um
culto à mulata, representante por excelência da raça brasileira; do sincretismo religioso, sinal de
tolerância; do convívio harmônico de culturas que se digladiam em outras partes do mundo. A identidade
nacional está inextricavelmente vinculada à mistura racial.
No entanto, a decantada mistura brasileira não é indiscriminada, ela é seletiva. Há sistemas que não são
aceitos na mistura. No primeiro período de construção da identidade nacional, não há a ideia da mistura
das três raças, que hoje se consideram constitutivas da nacionalidade, mas somente dos índios e
brancos. Os negros estavam excluídos. Essa mistura não era desejável, pois se tratava de escravos.
Jose Luiz Fiorin. Identidade nacional e exclusão racial. In: Cadernos de estudos linguísticos, v. 58, n.º 1,
2016, p. 64-5 (com adaptações).
 
Acerca das ideias e dos sentidos do texto CB1A1-II, julgue o item a seguir.
 
O advérbio “inextricavelmente” tem o significado de inexoravelmente.
Certo
Errado
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CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Catar feijão
Catar feijão se limita com escrever:
joga-se os grãos na água do alguidar
e as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo:
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.
Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entre
um grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/921915
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103251
368) 
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a como o risco.
João Cabral de Melo Neto. A educação pela pedra. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.
Considerando as propriedades linguísticas e os sentidos do poema precedente, julgue o item.
No primeiro verso,o verbo limitar está empregado como sinônimo de contentar.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1103261
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
A leitura feita pelo aluno talvez seja a modalidade que atualmente mais precise de investimento na
escola. É comum ouvirmos dizer que o computador, a televisão e o video game são os maiores
concorrentes da leitura, e que estão ganhando a disputa. Há uma queixa recorrente dos professores de
que os alunos leem pouco, não leem bem, não entendem o que leem, ou seja, não são leitores fluentes.
Mas o que é ler bem? O que significa fluência leitora?
Ler fluentemente não significa compreender o que se lê, pois é possível ler rapidamente sem entender o
assunto de que trata o texto. A leitura de um texto requer conhecimento de seu propósito pelos alunos,
já que fluência também tem a ver com a intenção da leitura: para que ler, quais estratégias poderão ser
utilizadas e o que se espera ao final. E é importante expor aos alunos esses propósitos em cada
atividade. Costumamos “tomar” um texto sempre com uma intenção, e esta não necessariamente está
vinculada ao gênero. Dessa forma, nem sempre vou ler obras literárias apenas para apreciá-las. Também
posso ler para fazer um estudo sobre a época em que se passa um romance, ou para analisar o estilo
empregado pelo autor, ou ainda para traçar um perfil das personagens. Lemos notícias com intuitos
variados, além de nos informarmos. Podemos ler para conhecer mais sobre outro país, para ampliar
nosso conhecimento sobre um assunto específico, para estudar para uma prova etc. Essa intenção irá
determinar minha leitura e a compreensão que tenho do assunto abordado por aquele texto.
Falamos, portanto, da fluência leitora para alunos que já conquistaram a base alfabética do sistema de
escrita, aqueles que já dominam a escrita e estabelecem relações entre grafemas e fonemas.
O leitor que ainda está preso à decifração dificilmente consegue entender o que aborda o texto lido, pois
não utiliza as estratégias mais adequadas para a compreensão. É necessário um trabalho que o ajude a ir
além da leitura palavra a palavra ou sílaba a sílaba, para buscar outros meios de identificação que
permitam tornar a leitura mais fluente, utilizando paralelamente os processos de decifração e
compreensão.
Valquiria Pereira. O que significa fluência leitora? In: Revista Nova Escola. jul./2013 (com adaptações).
Com relação às propriedades linguísticas do texto anterior, julgue o item a seguir.
 
Os vocábulos “compreensão” e “decifração” apresentam-se em relação de sinonímia.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/1103280
CEBRASPE (CESPE) - Prof (São Cristóvão)/Pref São Cristóvão/Português/Educação
Básica/2019
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103261
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/1103280
369) 
370) 
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Em tempos pré-modernos, os humanos experimentaram uma espantosa variedade de modelos
econômicos. Boiardos russos, marajás indianos, mandarins chineses e caciques de tribos ameríndias
tinham ideias muito diferentes sobre dinheiro, comércio, impostos e emprego. Hoje em dia, em
contraste, quase todo mundo acredita em pequenas variações sobre o mesmo tema capitalista, e somos
engrenagens de uma única linha de produção global. Se os ministros da Fazenda de Israel e do Irã se
encontrassem num almoço, eles teriam uma linguagem econômica comum e poderiam facilmente
compartilhar agruras.
Porém a homogeneidade contemporânea é mais evidente quando se trata de nossa maneira de ver o
nosso corpo. Se você ficasse doente mil anos atrás, importaria muito o lugar onde vivesse. Médicos
europeus ou chineses, xamãs siberianos, médicos feiticeiros africanos, curandeiros ameríndios — todo
império, reino e tribo tinha suas próprias tradições e seus especialistas, cada um adotando uma visão
diferente do corpo humano e da natureza da doença, cada um oferecendo seu próprio manancial de
rituais, preparados e curas. A única coisa que unia todas essas práticas médicas era que, em toda parte,
no mínimo um terço das crianças morriam antes de se tornarem adultas, e a expectativa de vida média
era bem abaixo de cinquenta anos de idade. Hoje, se você adoecer, faz muito menos diferença o lugar
onde vive. Em Toronto, Tóquio, Teerã ou Tel Aviv, será levado a hospitais parecidos, onde médicos com
aventais brancos seguirão protocolos idênticos e farão exames idênticos para chegar a diagnósticos
muito semelhantes. Ao que tudo indica, todos acreditam que o corpo é formado por células, que doenças
são causadas por patógenos e que antibióticos matam bactérias.
Yuval Noah Harari. 21 lições para o século 21. Trad. Paulo Geiger. 1.ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2018,
p. 138-41 (com adaptações).
A respeito das propriedades linguísticas do texto 9A2-I, julgue o item subsecutivo.
As palavras “muito” e “menos” são antônimas no contexto em que foram empregadas.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/705222
CEBRASPE (CESPE) - Tec MPU/MPU/Apoio Técnico e Administrativo/Administração/2018
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto 
 
Se a cultura, no que tange a valores e visões de mundo, é fundamental para nossa constituição enquanto
indivíduos (servindo-nos como parâmetro para nosso comportamento moral, por exemplo), limitarmo-nos
a ela, desconhecendo ou depreciando as demais culturas de povos ou grupos dos quais não fazemos
parte, pode nos levar a uma visão estreita das dimensões da vida humana. O etnocentrismo, dessa
forma, representa uma visão de mundo que toma a cultura do outro (alheia ao observador) como algo
menor, sem valor, errado, primitivo. Ou seja, a visão etnocêntrica desconsidera a lógica de funcionamento
de outra cultura, o que faz o indivíduo limitar-se à visão que possui como referência cultural. A herança
cultural que recebemos de nossos pais e antepassados contribui para isso, pois nos condiciona ao mesmo
tempo em que nos educa.
 
Tomar conhecimento do outro sem aceitar sua lógica de pensamento e seus hábitos acaba por gerar uma
visão etnocêntrica e preconceituosa, o que pode até mesmo se desdobrar em conflitos diretos. O
etnocentrismo está, certamente, entre as principais causas da intolerância internacional e da xenofobia.
Basta pensarmos nas relações entre norte-americanos e latinos imigrantes, entre franceses e os povos
vindos do norte do continente africano que buscam residência em países estrangeiros, apenas como
exemplos. A visão etnocêntrica caminha na contramão do processo de integração global decorrente da
modernização dos meios de comunicação como a Internet, pois é sinônimo de estranheza e de falta de
tolerância.
https://www.tecconcursos.com.br/questoes/705222
371) 
 
Internet: <https://brasilescola.uol.com.br> (com adaptações).
 
 
Considerando os sentidos e os aspectos linguísticos do texto, julgue o próximo item.
 
No texto, a palavra “depreciando” foi empregada com o sentido de desprezar.
Certo
Errado
www.tecconcursos.com.br/questoes/767575
CEBRASPE (CESPE) - Assist (FUB)/FUB/Administração/2018
Língua Portuguesa (Português) - Sinônimos e Antônimos
Texto
 
Ciência e tecnologia são potentes motores do desenvolvimento da sociedade moderna, pois produzem
conhecimentos e inovações que transformam a vida de bilhões de pessoas. Da Internet à agricultura, da
automação à indústria farmacêutica, o investimento em pesquisa científica viabilizou melhorias
significativas no nosso dia a dia. A revolução nas comunicações, na produção de alimentos, na
diversificação de máquinas e equipamentos e na sofisticação da medicina atesta avanços extraordinários
alcançados pela sociedade na transição do século XX para o atual.
 
Além disso, a complexidade dos desafios do mundo moderno coloca a ciência cada vez mais em
evidência. A Organização Mundial de Saúde, em 2016, declarou o vírus zika uma emergência de saúde
pública internacional. Esse vírus se

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