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“O Privilégio da Servidão” – O novo proletariado de serviços na prova do CNU Pontos do Edital: 2.5 A crise atual da sociedade do trabalho: 2.5.1 O processo de globalização, seus efeitos sociais e as novas cadeias produtivas. 2.5.2 O proletariado de serviços, as plataformas digitais, a inteligência artificial e o ciberproletariado. 2.5.3 A necessidade de novas competências, qualificações e as funções em extinção. 2.5.4 Flexibilização, informalidade, terceirização e precarização das condições de trabalho. Pergunta principal: Qual é o panorama global da formação de uma nova classe trabalhadora na Era Digital? O que seria esse “proletariado de serviços”? Diálogo com Guy Standing - PRECARIADO - Antunes desmistifica a ideia de que o avanço das TICs promoveriam uma transformação positiva no mundo do trabalho. - Esperava-se o “fim do trabalho”. - Uma sociedade digitalizada não acabou com o trabalho, mas transformou-o. - A partir do abandono do fordismo e das novas configurações mundias do trabalho e da tecnologia surge uma nova classe trabalhadora. - Proletariado de serviços: * desindustrialização *ascensão do setor de serviços - Há também fatores políticos no processo, como a redução do Estado (neoliberal). - Consequências do processo: * redução de salários; * perda de direitos; * precarização; * terceirização; * informalidade - o setor de serviços, através de novas tecnologias produtivas, de comunicação e de administração do trabalho, cria novas formas de extração de valor do trabalho. - outro aspecto importante é a falta de consciência de classe dos trabalhadores precarizados. - Antunes se contrapõe a Guy Standing ao dizer que não acredita que a precarização é um processo intrínseco ao capitalismo, mas que depende também da capacidade de resistência e organização dos trabalhadores. - Como esse processo ocorreu no Brasil? * Reestruturação produtiva – Collor/FHC/Lula * Alguns setores se destacaram na superexploração - Agroindústria de exportação - telemarketing * Maior intensidade e produtividade; * Extensão de jornadas; * Salário por produção; * Redução de piso salarial; * Controle rigoroso de tempo; * Metas inalcançáveis; * Muitos acidentes e lesões. - Quanto mais flexível e precarizado o trabalho, mais doenças laborais. - O debate de Antunes desmistifica a ideia de que o aporte de novas tecnologias poderia tornar o trabalho mais saudável. - Entretanto, o perfil das doenças do trabalho mudou, e no setor de serviços imperam questões psíquicas. - Turbinadas por um trabalho cada vez mais individual (solitário) e individualista (discurso meritocrático). - Filme “Aloners” - Mubi E os sindicatos? - Antunes faz um breve panorama do sindicalismo brasileiro. - Foco na inovação importante que representou o “novo sindicalismo” dos anos 70/80 e sua posterior crise. - Governos do PT representaram uma grande vitória e ao mesmo tempo uma derrota ao sindicalismo, que se atrelou ao governo e acomodou-se num momento crítico de mudança laboral. - Crítica aos governos do PT “A construção e corrosão do mito” Apesar de políticas importante “nenhum dos pilares estruturantes da miséria foi afetivamente enfrentado”. - Crise de junho de 2013 Precariado jovem + Classe média empobrecida - Reação às políticas do PT vem na forma de uma política liberal mais agressiva (Temer/Bolsonaro) QUESTÃO 1 (CESGRANRIO IPEA 2024) Considere o texto abaixo sobre novas tecnologias no mundo do trabalho. A chamada quarta revolução industrial, em pleno curso na atualidade, baseia-se na difusão e na integração das tecnologias já utilizadas desde os anos 1970, por meio das tecnologias de informação e comunicação (TIC), bem como em novos avanços tecnológicos nos campos da inteligência artificial, da nanotecnologia e da biologia. Essa revolução traz em seu bojo a possibilidade de automação de atividades altamente especializadas e não rotineiras. As alterações nos padrões sociais e tecnológicos impostos pela atual revolução tecnológica impõem a necessidade de ajustes nas políticas públicas, em particular daquelas relacionadas ao mercado de trabalho. No Brasil, a introdução de tecnologias relacionadas à quarta revolução industrial ocorre, mas é, ainda, incipiente, principalmente devido às deficiências na infraestrutura de comunicações, ao alto custo de importação de máquinas e equipamentos e ao reduzido grau de inovação tecnológica verificado para o conjunto da economia. MACIENTE, A.; RAUEN, C.; KUBOTA, L. Tecnologias digitais, habilidades ocupacionais e emprego formal no Brasil entre 2003 e 2017. Brasília: Ipea. Mercado de trabalho: conjuntura e análise, ano 25, n. 66, abr. 2019. p. 2. Adaptado. No Brasil, essas novas tecnologias provocam o seguinte impacto no mundo do trabalho: (A) redução do grau de especialização dos trabalhadores formais (B) diminuição do grau de competitividade das empresas no mercado (C) queda do uso de habilidades cognitivas nos setores de comunicação (D) desempenho de atividades rotineiras por máquinas e/ou computadores (E) busca de soluções pelo trabalhador bloqueada por tecnologias de informação QUESTÃO 2 (FGV 2023) Em setembro de 2023, Brasil e Estados Unidos lançaram um programa conjunto de defesa dos direitos trabalhistas frente aos desafios tecnológicos, climáticos e econômicos. Isso é uma resposta ao problema da precarização do trabalho no mundo atual. Essa precarização do trabalho deve ser entendida como: A) as relações de emprego formal em que são praticados os pisos salariais de uma determinada categoria ou em que é pago apenas o salário mínimo regional ou nacional; B) o trabalho realizado em situações excepcionais decorrentes de desastres, conflitos ou catástrofes naturais, como pandemia, terremoto, guerras, enchentes etc.; C) o conjunto das ocupações e postos de trabalho existentes em startups (empresas emergentes e inovadoras) e que envolve, necessariamente, mediação tecnológica e internet; D) a atividade profissional que é realizada em home office (usando a própria casa do trabalhador como escritório); E) trabalho não regulamentado ou pouco regulamentado que é socialmente desprotegido e que gera redução de direitos e benefícios trabalhistas aos trabalhadores. QUESTÃO 3 (CESPE 2021) Trata-se de criar o “Estado mínimo”, que apenas estabelece e fiscaliza as regras do jogo econômico, mas não joga. Tudo isso baseado no pressuposto de que a gestão pública ou estatal de atividades direta e indiretamente econômicas é pouco eficaz, ou simplesmente ineficaz. O que está em causa é a busca de maior e crescente produtividade, competitividade e lucratividade, a partir dos mercados nacionais, regionais e mundiais. Daí a impressão de que o mundo se transforma no território de uma vasta e complexa fábrica global. Octavio Ianni. Capitalismo, violência e terrorismo. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2004, p. 313-314 (com adaptações). O texto apresentado se refere a um modelo de Estado específico que emergiu concomitantemente ao processo de globalização da economia e que ficou conhecido como A) interventor. B) corporativista. C) neoliberal. D) policial. E) socialista. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12