Prévia do material em texto
Resumo AP1 Educação e Trabalho Aula 3: NEOLIBERALISMO E PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO No texto do sociólogo Ricardo Antunes, vocês deverão atentar para a as mudanças provocadas pela reestruturação produtiva, isto é, a mudança do modelo de produção (do taylorismo/fordismo para o toyostismo – também chamando de acumulação flexível –, que inicialmente aconteceu nos países de capitalismo central e depois adotado nos países de capitalismo periférico. No texto, vocês perceberão que a reestruturação produtiva foi uma das orientações dada pelos economistas aos governantes como forma de superar a crise estrutural do capitalismo, iniciada em 1973 com a chamada crise do petróleo. Além da reestruturação produtiva, outras medidas foram orientadas, entre elas, a adoção da política neoliberal e a reconfiguração do Estado neoliberal. A adoção do neoliberalismo incidirá numa série de mudanças no mundo do trabalho, já que as relações de trabalho serão reconfiguradas. Sairemos da “era das certezas” e do “pleno emprego” para a “era das incertezas” e do alto desemprego, conjugada com a adoção de relações precarizadas do trabalho, como a terceirização, o part-time, empregos por tempo determinado etc. A questão é: a flexibilização, apresentada como algo positivo no discurso governamental e empresarial, é realmente bom para os trabalhadores? Quais as consequências para os trabalhadores nesse contexto de flexibilização? Quais as principais consequências sociais da adoção da política neoliberal? Essas consequências sinalizadas no texto de Ricardo Antunes são percebidas no atual contexto brasileiro? A resposta para essas questões e a compreensão desse contexto de mudanças, iniciado nos países de capitalismo central e depois espraiado aos demais países, são importantes para se compreender os efeitos da política neoliberal na educação. Texto “Precarização do trabalho na ordem neoliberal” Contexto e Transformações na Sociedade Contemporânea: • Neoliberalismo e reestruturação produtiva da acumulação flexível causaram desemprego em massa, precarização do trabalho e degradação ambiental. • Representações equivocadas sugerem um suposto ápice da humanidade, ignorando as realidades precárias. Precarização Global do Trabalho: • Crise atinge países capitalistas centrais, como evidenciado pelo declínio do modelo toyotista no Japão. • Crise afeta parques industriais em várias regiões do mundo, resultando em desemprego e precarização para mais de 1 bilhão de pessoas. Impacto nos Países em Desenvolvimento: • Modelos asiáticos de industrialização são insustentáveis e dependem da superexploração do trabalho. • Exemplos de exploração extrema, como mulheres trabalhadoras recebendo salários mínimos em jornadas exaustivas. Lógica Destrutiva do Capital: • Destruição e precarização da força de trabalho e degradação ambiental são expressões da crise estrutural do capitalismo. • Flexibilização, terceirização e desregulamentação são formas de valorização do capital em detrimento dos trabalhadores. Tendências do Capitalismo Contemporâneo: • Substituição do padrão taylorista e fordista pela acumulação flexível e modelo toyotista. • Erosão do estado de bem-estar social em favor do neoliberalismo. Crise no Movimento Operário: • Crise estrutural do capitalismo desde os anos 70 afeta o movimento operário e sindical. • Desmoronamento do Leste Europeu e socialdemocratização da esquerda influenciam a classe trabalhadora. • Neoliberalismo promove desmontagem dos direitos sociais e enfraquece a resistência sindical. Conclusão: • Complexidade da crise do mundo do trabalho é influenciada por uma interação de fatores econômicos, políticos e ideológicos. • Tendências significativas incluem a precarização do trabalho, a erosão dos direitos sociais e a hegemonia do neoliberalismo. Este resumo abrange os principais pontos do texto, destacando as transformações sociais, os impactos globais da precarização do trabalho e as tendências do capitalismo contemporâneo, além de examinar as causas da crise no movimento operário e suas consequências. Metamorfoses no Processo de Produção Capitalista: • Resposta do capital à crise estrutural através de transformações no processo produtivo. • Intensificação das mudanças após a crise dos anos 70, com avanço tecnológico e formas de acumulação flexível. • Destaque para o toyotismo como modelo alternativo ao taylorismo/fordismo. Características do Toyotismo: • Produção vinculada à demanda. • Trabalho operário em equipe com funções variadas. • Princípios do "just in time" e do sistema de kanban. • Horizontalização do processo produtivo e transferência de atividades para terceiros. • Ênfase na "qualidade total" e nos Círculos de Controle de Qualidade (CCQ). Impactos no Mundo do Trabalho: • Redução do proletariado fabril estável e aumento do trabalho precarizado. • Crescimento do trabalho feminino, assalariados médios e de serviços. • Exclusão de jovens e idosos do mercado de trabalho nos países centrais. • Inclusão precoce de crianças no mercado de trabalho em países em desenvolvimento. • Expansão do trabalho social combinado e aumento da exploração do trabalho. Complexificação da Classe Trabalhadora: • Fragmentação e heterogeneidade da classe trabalhadora, dividida em diversos segmentos. • Desafio de articular os diferentes segmentos em uma identidade de classe. Persistência e Transformação do Trabalho sob o Capitalismo: • Mudança qualitativa no trabalho, com aumento da qualificação e da exploração. • Crescente capacidade de trabalho socialmente combinado. • Equívoco na perspectiva do fim do trabalho sob o capitalismo. Desafios para o Movimento Operário: • Impacto das transformações no movimento sindical e político dos trabalhadores. • Necessidade de uma análise totalizante que considere a singularidade de cada país. • Importância de compreender as metamorfoses e mutações afetando a classe trabalhadora na era do neoliberalismo. Aula 4: NOVAS FORMAS DE SUBORDINAÇÃO ESTRUTURAL DO TRABALHO / PLATAFORMAS DIGITAIS E UBERIZAÇÃO DO TRABALHO O termo precarização do trabalho tem relação com um conjunto de mudanças econômicas e sociais no mundo do trabalho, geralmente caracterizadas pela desqualificação nas relações de contrato trabalhista. Essa questão se situa num contexto de mudança no padrão de acumulação de capital, que engendra transformações importantes na organização da produção de mercadorias e de serviços. O fenômeno demonstra, mais uma vez, a velha tendência do processo de produção capitalista quando, diante das contradições sistêmicas que impedem a manutenção das taxas de lucro, intensifica a produtividade do trabalho vivo, potencializando um nível mais elevado de exploração da mais-valia do trabalhador.” Estamos focando, portanto, em desemprego. É precisamente essa massa de desempregados ou trabalhadores não formalizados na economia (sem carteira de trabalho) que permitirá novas formas de contratações, terceirizações e demais relações sem proteção da legislação trabalhista. Em resumo: precarização. Entre as atuais relações de trabalho precarizado encontra-se a uberização do trabalho - uma nova forma de gestão, organização e controle, compreendida como uma tendência que atravessa o mundo do trabalho globalmente. O artigo de Ludmila Abílio faz uma crítica ao uso da noção de empreendedor para o trabalhador uberizado, propondo-se seu deslocamento para a definição de autogerente subordinado e analisa o fenômeno em tela a partir da própria experiência dos trabalhadores. Texto “Plataformas digitais, Uberização do trabalho e regulação no Capitalismo contemporâneo” (Ricardo Antunes) Objetivo do Texto: • Analisar a relação entre trabalhadores/as e plataformas digitais e aplicativos, assim como as possibilidades de regulação, considerando o uso das novas tecnologias de informação e comunicação (TIC). Principais Pontos: Narrativa empresarial vs. Realidade:• As plataformas digitais promovem uma intensa exploração do trabalho, apesar da narrativa empresarial que enfatiza a autonomia e flexibilidade dos trabalhadores. Desafios na Regulação: • Enquanto tecnicamente é mais fácil regular o direito do trabalho com o uso das TIC, politicamente isso se torna difícil, devido à narrativa de que as novas formas de trabalho não podem ser reguladas. Mudanças no Mundo do Trabalho: • Há uma crescente discussão sobre transformações nas relações de trabalho devido ao avanço das TIC, como a Indústria 4.0, mas a centralidade do trabalho na sociedade não desapareceu. Terminologia e Conceitos: • Existem várias terminologias para descrever essas transformações, como gig-economy, platform economy, entre outras, mas todas se referem à intermediação de trabalho via TIC. Uberização do Trabalho: • A chamada "uberização" do trabalho envolve estratégias que mascaram o assalariamento, promovendo a subordinação dos trabalhadores às plataformas digitais. Impacto das Plataformas Digitais: • As plataformas digitais aumentam a flexibilidade, mas também contribuem para a precarização do trabalho, transferindo custos e responsabilidades para os trabalhadores. Desafios e Críticas: • Apesar das alegadas oportunidades de renda e flexibilidade, há críticas quanto à instabilidade e precarização do trabalho em plataformas digitais. Complexidade da Regulação: • A regulação do trabalho nessas plataformas é desafiadora devido à resistência das empresas em reconhecer a subordinação dos trabalhadores e à falta de compromisso de continuidade na contratação. Ampliação da Precarização Global: • A expansão das TIC tem contribuído para a precarização global do trabalho, criando um novo proletariado de serviços vulnerável à chamada "escravidão digital". Conclusão: • As plataformas digitais têm transformado as relações de trabalho, promovendo flexibilidade para as empresas, mas também precarização para os trabalhadores. A regulação dessas relações enfrenta desafios políticos e conceituais significativos. Liberdade e flexibilidade versus subordinação e controle: • Tecnologia digital não é essencial para a adoção de modalidades flexíveis e precárias de trabalho. • Estratégias de negar o assalariamento dos trabalhadores vêm sendo utilizadas há décadas. • Plataformas digitais intensificaram a negação de direitos e garantias aos trabalhadores, aumentando o controle sobre eles. Controle e subordinação nas plataformas digitais: • Empresas impõem diversas medidas de controle sobre os trabalhadores, desde a admissão até a execução das tarefas. • Algoritmos direcionam a força de trabalho conforme a demanda, criando competição entre os trabalhadores e rebaixando os salários. • Baixa remuneração e instabilidade das tarifas obrigam os trabalhadores a longas jornadas para garantir sua sobrevivência. Exploração e riscos para os trabalhadores: • Trabalhadores são submetidos a jornadas excessivas e baixos salários, ignorando limites legais. • Pesquisas mostram que a maioria dos trabalhadores gostaria de trabalhar mais, devido à insuficiência de trabalho e baixos salários. • Riscos à saúde e segurança dos trabalhadores são ignorados pelas empresas, levando a acidentes fatais e violência no trabalho. Contradições e sutil mecanismo de sujeição: • Exploração se torna mais explícita com a individualização dos serviços e remuneração. • Plataformas digitais controlam todo o processo de trabalho, apesar da ideia de liberdade e autonomia dos trabalhadores. • Consentimento dos trabalhadores aos ditames empresariais pode ser resultado de uma falsa sensação de liberdade e flexibilidade. Desafios da regulação do trabalho na era digital: • Proteger o trabalho do ponto de vista tecnológico é mais fácil, mas implementar essa regulação politicamente é difícil devido à retórica que enaltece a liberdade e flexibilidade. • Este resumo aborda os principais pontos do texto, destacando a dinâmica de controle, exploração e precarização do trabalho nas plataformas digitais, assim como os desafios enfrentados na regulação do trabalho na era digital. Objetivos e metas da aula: • Compreender os desafios enfrentados na efetivação dos direitos da classe trabalhadora no contexto do capitalismo. • Analisar como as novas tecnologias, especialmente as TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), influenciam a relação de trabalho e a aplicação das normas trabalhistas. • Explorar as perspectivas teóricas sobre as mudanças nas relações de trabalho e o surgimento de novas formas de trabalho, como o crowdwork e o precariado. • Avaliar as possibilidades e limitações das regulamentações do trabalho diante das transformações no mercado laboral, especialmente no contexto das plataformas digitais. Resumo em tópicos: • No capitalismo, a efetivação dos direitos da classe trabalhadora é um desafio histórico marcado pela resistência do capital. • O uso das TIC pelas empresas facilita a gestão e o controle do trabalho, tornando tecnicamente mais fácil aplicar normas trabalhistas. • As novas tecnologias permitem uma identificação detalhada da relação de emprego, como jornadas de trabalho, descansos e pagamentos, por meio de bases de dados digitais. • Apesar da facilidade técnica, a imposição de normas de proteção ao trabalho enfrenta uma grande ofensiva do capital sobre o trabalho, sustentada por uma ideologia neoliberal. • Discursos que enfatizam a natureza flexível do trabalho nas plataformas digitais contribuem para enfraquecer o direito do trabalho, promovendo a ideia de que regulamentações podem gerar desemprego. • Existem três perspectivas sobre as mudanças nas relações de trabalho: substituição do trabalho assalariado pelo autônomo, expansão de novas formas de trabalho e surgimento do precariado. • A resistência dos trabalhadores e ações judiciais em diversos países demonstram que é possível impor limites à exploração do trabalho pelas plataformas digitais, apesar das pressões empresariais. Questões das atividades: Quais são os desafios enfrentados na efetivação dos direitos da classe trabalhadora no contexto do capitalismo? • O principal desafio reside na resistência do capital em conceder e manter os direitos da classe trabalhadora, como destacado por Marx em "O Capital". • Apesar da disponibilidade técnica para aplicar as normas trabalhistas devido ao uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), há uma ofensiva do capital sobre o trabalho, sustentada pela ideologia neoliberal. • Discursos que associam regulamentações do trabalho ao desemprego contribuem para dificultar a efetivação dos direitos trabalhistas. Como as novas tecnologias influenciam a relação de trabalho e a aplicação das normas trabalhistas? • As novas tecnologias, especialmente as TIC, facilitam a gestão e o controle do trabalho, tornando mais rápida e precisa a identificação de aspectos da relação de emprego, como jornadas de trabalho, descansos e pagamentos. • Essas tecnologias permitem a disponibilização detalhada das informações relacionadas ao trabalho na rede e nas bases de dados das empresas, tornando a aplicação das normas trabalhistas tecnicamente mais fácil. Quais são as perspectivas teóricas sobre as mudanças nas relações de trabalho e o surgimento de novas formas de trabalho? Existem três perspectivas principais: • Substituição do trabalho assalariado pelo autônomo, onde se pressupõe que o trabalho autônomo está substituindo o trabalho assalariado. • Expansão de novas formas de trabalho, incluindo o que tem sido chamado de "zona cinzenta", que não se enquadram claramente como assalariadas ou autônomas. • Surgimento do "precariado", uma nova classe social que se diferencia dos assalariados e cujo crescimento está associado ao crowdwork, realizado por taskers em atividadesdesprovidas de direitos e estabilidade. Quais são as possibilidades e limitações das regulamentações do trabalho diante das transformações no mercado laboral, especialmente no contexto das plataformas digitais? • As possibilidades incluem a resistência e mobilização dos trabalhadores, bem como ações judiciais que impõem limites à exploração do trabalho pelas plataformas digitais, como evidenciado em precedentes legais em diversos países. • No entanto, as limitações são impostas pela resistência do capital, ideologias que associam regulamentações do trabalho ao desemprego e pela natureza em constante transformação do mercado laboral, que desafia as regulamentações existentes. Aula 5: PRECARIZAÇÃO DO TRABALHO NA ERA DA FLEXIBILIZAÇÃO: O EMPREENDEDORISMO JUVENIL NO BRASIL Introdução: • Destaca o interesse em compreender a participação dos jovens brasileiros no empreendedorismo, dadas as características demográficas do país e o aumento observado na participação dos jovens nessa atividade. • Levanta questões sobre quem são esses jovens empreendedores, sua escolaridade, motivação para empreender, setor de atividade e renda alcançada. • Apresenta os objetivos do artigo em analisar o perfil do jovem empreendedor no Brasil durante o período de 2001-2008 e compreender as condições e tendências dessa atividade. Concepção e contextualização da atividade empreendedora: • Refuta concepções individualizantes do empreendedorismo, como a de McClelland, que busca um fator psicológico determinante, e a abordagem behaviorista, que reduz o comportamento empreendedor a estímulos externos. • Adota uma concepção sócio-histórica e cultural da atividade empreendedora, enfatizando o sujeito, a atividade e o contexto cultural. • Explora a situação do jovem empreendedor no Brasil, destacando a realidade socioeconômica desafiadora e a precarização das condições de trabalho, especialmente para os empreendedores por necessidade. • Discute a distinção entre empreendedorismo por necessidade e por oportunidade, relacionando-os às ideias de comportamento e ação propostas por Guerreiro-Ramos. • Destaca a importância da aprendizagem na formação do empreendedor jovem, relacionando- a com a construção de identidade e habilidades por meio da prática social. Atividade empreendedora do jovem: • Objetivo: Revelar a atividade empreendedora do jovem brasileiro com base em dados da Pesquisa GEM 2008 e do Projeto Cepal/Pnud/OIT. O jovem no mapa do empreendedorismo da América Latina e países do Bris: • A taxa de empreendedorismo inicial (TEA) do Brasil manteve-se em torno de 13% de 2001 a 2008, colocando-o na 12ª posição no ranking mundial. • No Brasil, um quarto da população jovem entre 18 e 24 anos se denomina empreendedora, colocando o país em terceiro lugar no ranking mundial. • Países menos desenvolvidos tendem a ter maiores taxas de empreendedorismo jovem, refletindo a necessidade econômica. A situação da juventude brasileira em relação ao trabalho: • A participação da juventude no mercado de trabalho diminuiu devido ao envelhecimento da população e à dificuldade de inserção dos jovens. • A taxa de desemprego entre os jovens é significativamente mais alta do que entre os adultos, e a informalidade é mais comum entre os jovens. Tendências demográficas da atividade empreendedora no Brasil: • A maioria dos jovens empreendedores possui entre cinco e 11 anos de escolaridade, com uma pequena tendência de melhoria na formação. • Mais de 50% dos jovens empreendem em serviços orientados a consumidores, muitas vezes de baixa produtividade. • A renda dos jovens empreendedores é predominantemente baixa, com quase metade ganhando até três salários mínimos. Conclusão: A atividade empreendedora dos jovens brasileiros reflete a necessidade econômica e as dificuldades de inserção no mercado de trabalho formal, com muitos jovens optando pelo empreendedorismo como alternativa de renda, mesmo com baixa formação e rendimentos limitados. A busca de uma tipologia a partir dos indicadores da atividade do jovem empreendedor no Brasil: • Tipologia que caracteriza a posição do jovem empreendedor no Brasil, segmentado por oportunidade e necessidade. • Características predominantes dos empreendedores de 18 a 24 anos em relação à renda, escolaridade e tipo de atividade. • Observações sobre empreendedores por necessidade e por oportunidade com base nos dados de 2008. • Análise dos fatores determinantes na mudança demográfica do empreendedor brasileiro, destacando a participação dos jovens entre 16 e 24 anos. O jovem empreendedor brasileiro: um debate sobre comportamento e ação empreendedora: • Diferenciação entre ação empreendedora e comportamento empreendedor. • Discussão sobre o comportamento empreendedor motivado por necessidade e pela flexibilização do trabalho precário. • Importância da aprendizagem na compreensão do perfil empreendedor do jovem. • Distinção entre políticas públicas para jovens empreendedores por oportunidade e por necessidade. Políticas públicas: orientações estratégicas para o jovem empreendedor: • Necessidade de políticas públicas adequadas para jovens empreendedores por necessidade e por oportunidade. • Sugestões de políticas e programas de suporte para ambos os grupos. • Panorama das políticas públicas destinadas aos jovens no Brasil nos últimos anos. Considerações finais: • Reflexão sobre a expressiva presença dos jovens no empreendedorismo brasileiro. • Análise das condições socioeconômicas que influenciam o empreendedorismo jovem. • Necessidade de políticas públicas diferenciadas para atender à diversidade dos jovens empreendedores. Aula 6: ADOECIMENTO DO TRABALHADOR FRENTE ÀS METAMORFOSES DO MUNDO DO TRABALHO Introdução: • Reflexão sobre os processos de saúde e adoecimento no trabalho no capitalismo contemporâneo. • Análise das mudanças nos locais de trabalho em relação à reorganização do padrão de acumulação capitalista e da divisão internacional do trabalho. Transformações no Mundo do Trabalho: • Impacto das mudanças econômicas nas últimas três décadas do século XX. • Crise estrutural do sistema do capital e reorganização da divisão internacional do trabalho. • Redução do proletariado industrial e expansão dos setores de serviços e agroindústria. • Aumento da precarização das condições de trabalho e vida da classe trabalhadora. Trabalho e Adoecimento: • Histórico dos acidentes e adoecimentos relacionados ao trabalho no capitalismo. • Mudanças nas formas de organização do trabalho e produção. • Diferenças na incidência de acidentes e doenças entre países do centro e da periferia do sistema. • Redesenho do mapa mundial de acidentes e doenças profissionais. Flexibilização e Adoecimento: • Impacto da flexibilização nas relações de trabalho. • Diminuição das fronteiras entre trabalho e vida privada. • Diversas formas de manifestação da flexibilidade no cotidiano laboral. • Relação entre flexibilização e precarização do trabalho. • Pressão por aumento da produtividade e adoecimento dos trabalhadores. Conclusão: • Ambiente de trabalho como espaço de adoecimento devido à pressão por aumento da produtividade e controle extremo sobre o tempo de trabalho. • Ausência de controle dos trabalhadores sobre o processo de trabalho como fator de risco para diversos tipos de adoecimento. Laços Solidários Rompidos: Individualização e Solidão no Local de Trabalho Origem dos Processos de Adoecimento: • Crescente processo de individualização do trabalho. • Ruptura do tecido de solidariedade entre os trabalhadores. Impacto da Quebra dos Laços de Solidariedade: • Aumento dos processos de adoecimento psíquico. • Expressão mais contundente: suicídio no local de trabalho. Desmonte dos Laços de Solidariedade: • Anteriormente, os laços de solidariedade entre os trabalhadores mascaravam situações desfavoráveis. • Aquebra desses laços contribui para o aumento da incidência de suicídios nos locais de trabalho. Suicídio como Mensagem de Solidão: • O suicídio é uma mensagem endereçada à comunidade, indicando a solidão emergente das novas formas de organização e gestão do trabalho. A Gestão por Metas Origem e Disseminação: • Surgiu como desdobramento das medidas de reestruturação produtiva dos anos 1980. • Coincidiu com a financeirização das corporações e a necessidade de mensuração de resultados. Características e Objetivos: • Busca o envolvimento e o engajamento dos trabalhadores nos objetivos da empresa. • Baseia-se na mensuração de resultados e na busca pela ampliação da produtividade. Funcionamento e Impactos: • Estabelece metas anuais que organizam a vida do local de trabalho. • Opera como mecanismo disciplinador, incentivando a competição e o aumento da produtividade. • Não garante contrapartidas para os trabalhadores em termos de melhorias nas condições de trabalho. Contexto no Brasil: • Instituído após a desindexação salarial e durante a expansão do "toyotismo sistêmico". • Polo disseminador: indústria automobilística, especialmente no ABC paulista. Estratégias Corporativas: • Estabelecem metas vinculadas a indicadores de produtividade, competitividade e segurança. • O foco na segurança muitas vezes se limita ao comportamento individual do trabalhador, sem abordar as condições gerais de trabalho. O assédio como estratégia de gestão: • Espaços de trabalho competitivos utilizam mecanismos de controle, incluindo o assédio moral, para manter altos índices de desempenho. • O assédio moral, embora direcionado a indivíduos, afeta o coletivo e é parte das práticas de gestão que visam aumentar a produtividade e excluir obstáculos. • No contexto da acumulação flexível, o assédio moral se torna mais difundido e ganha nova relevância. Terceirização: porta aberta para os acidentes e mortes no trabalho: • A terceirização é uma estratégia central de gestão corporativa, facilitando a flexibilidade das relações de trabalho e a desestruturação da classe trabalhadora. • A terceirização cria condições de trabalho precárias, diferenciando os trabalhadores em categorias e ampliando a fragmentação sindical. • Ela resulta em condições de trabalho desiguais, salários reduzidos, insegurança e altas taxas de rotatividade, contribuindo para acidentes e mortes no trabalho. Resgatar o sentido de pertencimento de classe: • O capitalismo contemporâneo explora a força de trabalho ao máximo, levando à precarização do trabalho e à deterioração das condições de saúde física e mental dos trabalhadores. • É essencial que os sindicatos adotem estratégias que considerem a nova morfologia do trabalho e articulem uma dimensão de classe ampla, incluindo questões de gênero, idade e etnia. • Os sindicatos têm um papel crucial na defesa dos direitos dos trabalhadores e na resistência contra flexibilizações e tentativas de desmonte dos direitos trabalhistas. Objetivos e Metas: • Entender o papel do assédio moral como estratégia de gestão: O assédio moral é utilizado como ferramenta de controle e coerção nos espaços de trabalho competitivos para aumentar a produtividade. • Analisar os impactos da terceirização nas condições de trabalho: A terceirização leva à precarização do trabalho, resultando em condições desiguais, insegurança e altas taxas de rotatividade, afetando negativamente a saúde e segurança dos trabalhadores. • Refletir sobre o papel dos sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores: Os sindicatos devem adotar estratégias que considerem as mudanças no mundo do trabalho e promover uma articulação ampla entre os trabalhadores para resistir às tentativas de flexibilização e desmonte dos direitos trabalhistas. Questões das Atividades: Quais são os mecanismos de controle utilizados nos espaços de trabalho competitivos? • O assédio moral é um desses mecanismos, utilizado para aumentar a produtividade e excluir obstáculos. Quais são os principais impactos da terceirização nas condições de trabalho? • A terceirização leva à precarização do trabalho, cria condições desiguais, aumenta a insegurança e contribui para acidentes e mortes no trabalho. Qual é o papel dos sindicatos na atual conjuntura do mundo do trabalho? • Os sindicatos têm o papel de defender os direitos dos trabalhadores e resistir às tentativas de flexibilização e desmonte dos direitos trabalhistas, articulando uma dimensão de classe ampla e considerando as mudanças no mundo do trabalho.