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O que são? São dispositivos que garantem, simultaneamente, a manobra e a proteção contra correntes de sobrecarga e contra corrente de curto-circuito. Disjuntores termomagnéticos Numa instalação elétrica, residencial, comercial, industrial ou hospitalar, o importante é garantir as condições ideais de funcionamento do sistema sob quaisquer condições de operação, protegendo os equipamentos e a rede elétrica de acidentes provocados por alteração de corrente. Função Disjuntores termomagnéticos Em resumo, os disjuntores cumprem três funções básicas: 1. Permite abrir e fechar os circuitos (manobra), “operando-o como um interruptor, seccionando somente o circuito necessário para uma eventual manutenção” ou instalação de novos equipamentos. 2. Proteger a fiação, ou mesmo os aparelhos, contra sobrecarga por meio do seu dispositivo térmico; 3. Proteger a fiação contra curto-circuito por meio de seu disparador ou dispositivo magnético. Disjuntores termomagnéticos Permite o religamento sem necessidade de substituição de componentes. Característica Caso o defeito na rede persistir no momento do religamento, o disjuntor desliga novamente. Ele não deve ser manobrado até que se elimine o problema do circuito. Disjuntores termomagnéticos Disjuntores termomagnéticos O disjuntor NEMA segue o padrão Americano, e o DIN a norma Européia. O DIN é superior em termos do material de contato e poder de interrupção de corrente. O desarme acontece de duas formas: A sobrecorrente aquece uma lâmina bimetálica que se curva e aciona o desligamento. Corrente curto: um aumento súbito de corrente, cria um campo magnético em uma bobina, tal como em um relé, e desloca um pino que desarma rapidamente o disjuntor. Disjuntores termomagnéticos O disjuntor termomagnético é constituído de diversos componentes, tais como: Fusíveis Dentre todos os dispositivos de proteção, o fusível é o, mais simples construtivamente, mas apesar disso, é importante observar que são elementos mais fracos (de seção reduzidas), propositadamente intercalados no circuito, para interrompê-los sob condições anormais. Fusíveis Tipos 1. Segundo a tensão de alimentação: baixa tensão ou alta tensão; 2. Segundo as características de desligamento: efeito rápido ou efeito retardado. Fusíveis Nomenclatura A IEC utiliza a montagem com 2 letras, sendo que a primeira letra, denomina a "Faixa de Interrupção" , ou seja, que tipo de sobrecorrente o fusível irá atuar, que são elas: "g" - Atuação para sobrecarga e curto "a" - Atuação apenas para curto-circuito, A segunda letra, denomina a "Categoria de Utilização", ou seja, que tipo de equipamento o fusível irá proteger, que são elas: "L/G" - Proteção de cabos e uso geral "M" - Proteção de Motores "R"- Proteção de circuitos com semicondutores Sendo assim, temos as montagens dos principais fusíveis utilizados no mercado: "gL/gG"- Fusível para proteção de cabos e uso geral (Atuação para sobrecarga e curto) (Esta curva é que em sua maioria denominam erroneamente - "Retardados") "aM" - Fusível para proteção de motores (Pela confusão, nunca se sabe se esta curva pode denominar-se "rápida" ou "retardada") "aR" -Fusível para proteção de semicondutores (Este podendo ser chamado de "Ultra-Rápido", por não criar conflito com outras curvas) Fusíveis Tipos Fusíveis de baixa tensão: Fusíveis Diazed - são usados preferencialmente na proteção dos condutores de rede de energia elétrica e circuitos de comando. Podem se do tipo rápido ou retardado. DIA= diâmetro, Z=duas partes, ED=rosca tipo Edson Fusíveis NH – os fusíveis limitadores de corrente NH reúnem as características de fusíveis retardado para corrente de sobrecarga e de fusível rápido para correntes de curto-circuito. N=baixa tensão – H= alta capacidade de interrupção. Fusíveis Neozed - são fusíveis de menores dimensões e com características de retardo de retardo da atuação, utilizados para proteção de redes de energia elétrica e circuitos de comando. Fusíveis Tipos Fusíveis Tipos Fusíveis Tipos Fusíveis Constituição Proteção contra choques elétricos e efeitos térmicos Introdução A proteção das instalações elétricas deve ser analisada de acordo com os seguintes aspectos: Os dispositivos de proteção diferencial-residual (DR) exercem importância fundamental... Ultra-rápidos Dimensionamento Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais - DR ...assegurando a qualidade da instalação. 4. Controlar o isolamento da instalação impedindo o desperdício de energia por fuga de corrente... 3. Proteção da instalação e do patrimônio (locais) contra incêndios; 2. Proteção das pessoas e animais contra choques elétricos; 1. Proteção dos condutores elétricos contra sobrecorrentes; Os disjuntores diferenciais exercem múltiplas funções: Funções Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais - DR Características Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais - DR Em caso de defeito na isolação, as correntes de fuga passam à fonte de tensão (Figura no slide seguinte) e o disjuntor ou interruptor diferencial percebe ou capta a corrente de fuga e se desliga, quando ultrapassa corrente nominal de fuga. Porém, em caso de defeito de isolação, não somente pode aparecer uma tensão de contato excessivamente elevada, como pode ser provocada por incêncio através de um arco voltaico, originado pela corrente do circuito a terra. A interrupção da corrente de fuga baseia-se em princípio de “vigiar” os circuitos contra essas correntes indesejáveis e altamente prejudiciais às instalações elétricas, ao patrimônio e principalmente ao usuário. Funcionamento Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais - DR Revista EM-Eletricidade Moderna Funcionamento Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais - DR Ocorrendo uma corrente de falta à terra Id, a corrente “de retorno” I2 não será mais igual à corrente “de ida” I1 e essa diferença provoca a circulação de uma corrente I3 no enrolamento de detecção. Cria-se, no circuito magnético do relé, um campo que vence o campo permanente gerado pelo pequeno imã, liberando a alavanca. A liberação da alavanca detona o mecanismo de abertura dos contatos. Revista EM- Eletricidade Moderna Funcionamento Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais - DR Utilização Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais - DR Disjuntor diferencial residual é um dispositivo que protege: - os condutores do circuito contra sobrecarga e contra curto- circuito; e - as pessoas contra choques elétricos. Disjuntor diferencial termomagnético DX. Cortesia: Pial-Legrand. Utilização Disjuntores e Interruptores Diferenciais Residuais - DR Interruptor diferencial residual é um dispositivo que: - Liga e desliga, manualmente, o circuito; e - protege as pessoas contra choques elétricos. Interruptor diferencial IDR. Cortesia: Pial-Legrand. Dispositivo de Proteção contra Surtos – DPS O que é? É um dispositivo de proteção conta sobretensões transitórias (surtos de tensão) “anulando as descargas indiretas na rede elétrica causados por descargas atmosféricas”. A NBR 5410:2004, item 6.3.5, estabelece as prescrições para o uso e localização dos DPS. Dispositivo de Proteção contra Surtos – DPS Modelos DPS UNIC. Cortesia PIAL- Legrand. DPS MTM. Cortesia MTM. Vários tipos de DPS. Cortesia ABB. Aterramento do Sistema Elétrico Aterramento significa colocar instalações de estruturas metálicas e equipamentos elétricos no mesmo potencial ou estabelecer um referencial de modo que a diferença de potencial entre a terra e o equipamento ou a estrutura seja zero. “Tem também a finalidade de equalizar os potenciais das descidas (descargas atmosféricas, correntes de fuga, etc) e os potenciais no solo, devendo haver preocupação com os locais de freqüência de pessoas, minimizando as tensões de passo” (Trmotécnica). “Tem tambéma finalidade de equalizar os potenciais das descidas (descargas atmosféricas, correntes de fuga, etc) e os potenciais no solo, devendo haver preocupação com os locais de freqüência de pessoas, minimizando as tensões de passo” (Trmotécnica). O que é? Aterramento do Sistema Elétrico Objetivos 1. Escoar as cargas estáticas geradas nas carcaças de equipamentos, aeronaves e caminhões com tanque de combustíveis; 2. Sistemas de pára-raios (SPDA), para proporcionar um caminho de escoamento para a terra de descargas atmosféricas; 3. Manter as correntes de falta dentro de limites de segurança de 30 mA, de modo a não causar fibrilações cardíacas, facilitar o funcionamento de dispositivos DR, disjuntores e relés por justamente estabelecer a referência ao potencial zero e, também, estabelecer uma blindagem eletromagnética. Aterramento do Sistema Elétrico Objetivos 4. Usar a terra como retorno de corrente do sistema; 5. Obter uma resistência de aterramento a mais baixa possível, para correntes de falta a terra. Ex.: Local Resistência (Ω) Residências ou sistemas sem pára-raios 25 Sistema com pára-raios 10 Sistemas de computação - CPD 1 Tabela 11.1 – Valor da resistência em função do local. Aterramento do Sistema Elétrico Objetivos Alertas: 1. O Sistema de Aterramento deverá ser projetado e executado por profissionais qualificados (eletricistas). 2. Para manter a resistência de terra abaixo de 10 ohms (Ω) exigida pela NBR 5419:2005, item 5.1.3.3.2, nota 2, é necessário conhecer o tipo de solo e as opções de aterramento. Aterramento do Sistema Elétrico Objetivos Com o aterramento adequado das instalações e equipamentos elétricos, no caso de falha da isolação do equipamento a corrente de falta passa pelo condutor de proteção (condutor de aterramento), ao invés de percorrer o corpo da pessoa, proporcionando segurança aos usuários. Aterramento do Sistema Elétrico Objetivos Para a segurança o sistema de aterramento deverá ser feito conforme normas, pois num momento de falha o sistema deve oferecer um percurso de retorno para a terra da corrente de falta, permitindo que haja o desligamento automático das instalações elétricas, evitando assim conseqüências maiores para os usuários. Aterramento do Sistema Elétrico Objetivos Para a Instalação de equipamentos eletrônicos em geral, de modo especial computadores, CPD, etc., “o aterramento deve fornecer um plano de referência zero, sem perturbações, de tal modo que eles possam operar satisfatoriamente tanto em altas quanto em baixas freqüências” (Procobre). No caso de alimentação elétrica de computadores, o aterramento tem a função de proteger o usuário, única e exclusivamente, contra cargas elétricas estáticas e não o computador. Aterramento do Sistema Elétrico Glossário A seguir são apresentados alguns conceitos importantes sobre aterramento: 1. Tensão de Contato: “É a tensão que pode aparecer acidentalmente, quando da falha de isolação, entre duas partes simultaneamente acessíveis” (Procobre). 2. Tensão de toque: “Se uma pessoa toca um equipamento sujeito a uma tensão de contato, pode ser estabelecida uma tensão entre mãos e pés, chamada de tensão de toque”. “Em conseqüência, poderemos ter a passagem de uma corrente elétrica pelo braço, tronco e pernas, cuja duração e intensidade poderão provocar fibrilação cardíaca, queimaduras ou outras lesões graves ao organismo” (Procobre). Aterramento do Sistema Elétrico Glossário 3. Tensão de Passo: Quando da queda de um condutor no solo ou uma descarga atmosférica, ocorre uma elevação de potencial em torno do ponto de contato ou eletrodo de aterramento, formando anéis chamados de distribuição de queda de tensão, que são maiores junto ao ponto de contato e ficando menores quando se distanciam do ponto. Se a pessoa estiver em pé dentro da região dos anéis de pés juntos, provavelmente estará segura. Caso saia correndo, com passos de aproximadamente 1 metro, estará sob a influência da diferença de potencial entre dois pontos e, consequentemente fará com que haja circulação de corrente através das duas pernas, provocando acidentes graves. O correto é permanecer parado ou deslocar-se aos saltos com os pés juntos. Aterramento do Sistema Elétrico Glossário Vpasso Aterramento do Sistema Elétrico Glossário 4. Ligação equipotencial: Ligação entre SPDA e as instalações metálicas, destinada a reduzir as diferenças de potencial causadas pela corrente de descarga atmosférica. (NBR 5419:2005, item 3.8). 5. Eletrodo de aterramento: Elemento ou conjunto de elementos do subsistema de aterramento que assegura o contato elétrico com o solo e dispersa as correntes provenientes de cargas estáticas, falhas de isolação, descarga atmosférica, etc., para a terra. (NBR 5419:2005, item 3.12). 6. Eletrodo de aterramento em anel: Eletrodo de aterramento formando um anel fechado em volta da estrutura. Aterramento do Sistema Elétrico Glossário 7. Equipotencialização: “É o procedimento que consiste na interligação de elementos específicos (todos os barramentos e infra-estrutura), visando obter a eqüipotencialização para os fins desejados”. Tem a função de “proteção contra choque elétricos e contra sobretensões e perturbações eletromagnéticas. Uma determinada eqüipotencialização pode ser satisfatória para proteção contra choques elétricos, mas insuficiente para proteção contra perturbações eletromagnéticas” (NBR 5410:2004, item 3.3.1). Alertas: 1. Para evitar choques do chuveiro elétrico é importante que o fio terra do equipamento seja conectado diretamente ao aterramento da residência. 2. A falta de aterramento ou aterramento mal dimensionado é causa de acidentes graves. O aterramento correto é feito com haste de cobre. Relé de Sobrecarga O que é? O relé de sobrecarga é um dispositivo que tem a finalidade de proteger, controlar ou comandar um circuito elétrico, atuando sempre pelo efeito térmico provocada pela corrente elétrica e proteção contra falta de fase. São utilizados principalmente na proteção de motores elétricos constituindo uma proteção contra sobrecarga. Os relés bimetálicos de sobrecarga são acoplados em série a contatores eletromagnéticos Relé de Sobrecarga Tipos Quanto ao princípio de funcionamento pode ser: Térmico ou bimetálico e eletrônico. Relé de Sobrecarga Funcionament o Funcionamento do relé de sobrecarga bimetálico “O funcionamento do relé de sobrecarga bimetálico baseia- se no princípio da dilatação linear de dois materiais diferentes quando acoplados rigidamente. O material de maior coeficiente de dilatação é denominado componente ativo enquanto o de menor coeficiente é denominado componente passivo. Relé de Sobrecarga Funcionamento A curvatura de um bimetal numa dada temperatura depende da diferença entre os dois coeficientes e tende sempre para o lado do material de menor coeficiente. Relé de Sobrecarga Circuitos O relé de sobrecarga bimetálico pode ser dividido em dois circuitos fundamentais: - Circuito principal ou de potência; e - Circuito auxiliar ou de comando. No circuito principal a corrente do motor circula através de lâminas bimetálicas e de resistências auxiliares que envolvem estes bimetais. Estas resistências variam de acordo com a faixa de operação do relé. A corrente nominal aquece os bimetais provocando uma deformação não suficiente para desarmar o relé. Quando ocorre uma sobrecarga, esta se reflete num aumento de corrente fazendo com que os bimetais se desloquem desarmando o relé. Relé de Sobrecarga Circuitos A interligação dos dois circuitos é feita por uma alavanca mecânica acionada pelos bimetais. O Circuito auxiliar é composto de: 1. Contato do tipo reversor, por onde circula a corrente de comando (alimentação da bobina do contator); 2. Botão de regulagem tipo “came” através do qual é feito o ajuste de corrente; Relé de Sobrecarga Circuitos 3. Botão de rearme que tanto pode seracionado manualmente como pode ser fixado em posição de rearme automático através de dispositivo de trava; e O Circuito auxiliar é composto de: 4. Bimetal de compensação de temperatura que proporciona ao relé operar, de -20 a 60ºC, sobre uma mesma curva de desarme. Este bimetal desloca-se conforme a temperatura ambiente de forma favorável ou desfavorável à regulagem do came. Relé de Sobrecarga Constituição Relé de Sobrecarga Constituição Relé de Sobrecarga Constituição Relé de Sobrecarga Esquema Representação esquemática do relé de sobrecarga Alerta: Características técnicas tanto para os relés bimetálicos como eletrônicos devem ser consultados catálogos dos fabricantes.