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WBA0302_v1.0 EFICIÊNCIA E QUALIDADE DE ENERGIA APRENDIZAGEM EM FOCO 2 APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA Autoria: Leandro Cesini Leitura crítica: Giancarlo Michelino Gaeta Lopes A disciplina Eficiência e qualidade de energia tem como objetivo trabalhar formas de otimizar o consumo de energia, bem como estudar as características da energia que impactam sua qualidade. O conteúdo inicia-se pela discussão sobre os conceitos de energia e sua influência no meio social, ambiental e econômico. Apresentam-se também os principais fundamentos relacionados à qualidade de energia elétrica. Para o entendimento completo sobre os fundamentos da energia elétrica no Brasil, é preciso entender como o setor elétrico brasileiro está constituído e as responsabilidades de cada agente do setor. A disciplina também possui como objetivo apresentar os principais distúrbios que a rede elétrica pode sofrer e quais as suas causas e consequências. Além disso, a disciplina apresenta os principais fundamentos que norteiam o tema da eficiência energética. Dentre os assuntos abordados neste tema estão a utilização de equipamentos mais eficientes e a busca por reduzir o consumo de energia elétrica, tratando-se de algumas ações aplicadas na indústria e analisando os seus efeitos e principais resultados. O acompanhamento do consumo energético também é um tema relevante na disciplina em que é discutida a importância da instituição de indicadores de eficiência energética e a necessidade de acompanhamento para que ações sejam tomadas a cada desvio encontrado. 3 O último tema abordado relaciona-se aos programas brasileiros destinados à eficiência energética e ao consumo consciente. E então são apresentados o Programa Nacional de Conservação de Energia (Procel) e o Programa Brasileiro de Etiquetagem (PBE). INTRODUÇÃO Olá, aluno (a)! A Aprendizagem em Foco visa destacar, de maneira direta e assertiva, os principais conceitos inerentes à temática abordada na disciplina. Além disso, também pretende provocar reflexões que estimulem a aplicação da teoria na prática profissional. Vem conosco! TEMA 1 Eficiência e Qualidade de Energia ______________________________________________________________ Autoria: Cesar Calo Peghini Leitura crítica: Regiane Stocco Laudario 5 DIRETO AO PONTO A energia, a partir da Revolução Industrial, vem sendo cada vez mais utilizada em suas variadas formas. E a maneira como o homem a utiliza, bem como a maneira como extrai e processa os recursos naturais, tem uma implicação direta com o meio em que vivemos. A Figura 1 representa o fluxo da energia elétrica, passando pela geração, transmissão e distribuição, chegando até o consumidor final, elencando os principais pontos. Figura 1 – Características dos agentes do setor elétrico Fonte: elaborada pelo autor A geração de eletricidade utiliza-se de recursos naturais primários para a geração de eletricidade, como os recursos renováveis, tendo como exemplo o sol e o vento. A utilização de recursos não renováveis implica processos que emitem para a natureza gases, 6 por exemplo, de efeito estufa. Esse tipo de atividade coloca em risco o meio em que vivemos. Os sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica conduzem a eletricidade até os consumidores finais, disponibilizando o recurso para aumento de sua qualidade de vida. Mas todos têm acesso? Muitas das comunidades mais remotas do país ainda sofrem com a falta de infraestrutura para receber a eletricidade em suas residências. E mesmo sem acesso, também sofrem com a degradação do meio, devido a operação de usinas térmicas que utilizam combustíveis não renováveis. A indústria, o comércio e os usuários residenciais dependem de uma boa qualidade da eletricidade para que os seus equipamentos funcionem de maneira adequada, proporcionando o bem-estar esperado. Dentre os aspectos que estão relacionados à qualidade da energia elétrica fornecida, podem-se citar os aspectos físicos da energia fornecida, como as perturbações no sistema, bem como estabilidade da tensão em regime. Outro aspecto está relacionado à qualidade do serviço prestado pelo agente distribuidor da energia elétrica. Por último, pode-se citar a qualidade do atendimento que as empresas de distribuição oferecem aos seus usuários. A falta de qualidade da energia elétrica disponibilizada pelo sistema traz uma série de impactos para a economia e para a sociedade de modo geral. Por exemplo, uma indústria que tem a sua produção interrompida devido a problemas de fornecimento incorrerá em grandes perdas e prejuízos. Um serviço essencial para a sociedade como o serviço hospitalar, por exemplo, depende também de qualidade do fornecimento para que os serviços não sejam interrompidos. A maioria dos hospitais, para que possam mitigar os efeitos de uma baixa 7 qualidade de energia fornecida pelo distribuidor, possui um sistema de geração de eletricidade independente, para ocorrências emergenciais na rede. A qualidade do fornecimento de energia elétrica, a depender de sua origem, pode causar efeitos adversos aos sistemas, desencadeando perdas que necessitam ser compensadas por maior disponibilidade de energia na rede. À medida que mais usinas térmicas, por exemplo, não renováveis são colocadas em operação, maior será a quantidade de gases efeito estufa na atmosfera. A busca pela qualidade da eletricidade se torna cada vez mais importante à medida que equipamentos mais sensíveis são introduzidos no cotidiano das indústrias e das pessoas. PARA SABER MAIS A energia elétrica, que teve o seu uso mais intensificado a partir da Primeira Revolução Industrial, após o homem dominar a tecnologia do vapor, trouxe uma série de preocupações para a sociedade. A eletrificação das atividades humanas está fazendo com que a demanda por essa energia cresça cada dia mais. Mas como a energia elétrica é um tipo de energia secundária, é preciso que outras fontes energéticas sejam transformadas em eletricidade. A abundância dos combustíveis fósseis na natureza trouxe para a indústria de energia elétrica opções de geração que se utilizam da queima desses combustíveis. Como você já sabe, a queima desses combustíveis libera para a atmosfera gases danosos ao meio ambiente, como os gases efeito estufa. 8 O efeito estufa, naturalmente, tem a finalidade de manter constante a temperatura na Terra em torno de 15 °C. Porém, a sua intensificação pode gerar danos catastróficos no meio ambiente e para a vida no planeta. Por exemplo, o aumento dos níveis dos oceanos, aumento das temperaturas médias no inverno, mudanças climáticas intensas, como mudanças no regime de chuvas e secas, influenciando em processos biológicos, como a multiplicação de pragas e de organismos patogênicos. Pesquisadores observaram que quanto maior a temperatura da Terra, maior é a concentração de CO2 na atmosfera. Sendo assim, para conter o avanço do efeito estufa, é necessário que haja uma diminuição das emissões desse gás. O dióxido de carbono é proveniente da queima de combustíveis fósseis, portanto, é necessário que haja uma diminuição da queima desses combustíveis, utilizando-se de fontes alternativas de energia (BRAGA, 2002). Com o advento das tecnologias para utilização de fontes renováveis para a geração de eletricidade, pode-se citar a queima de biomassa, muito utilizada nas usinas de açúcar e álcool no país. A geração solar fotovoltaica e eólica, que utilizam a energia do sol e dos ventos para gerar a eletricidade, tem sido cada vez mais utilizada e os preços dos equipamentos vêm reduzindo nos últimos anos. Gerar energia elétrica de fontes renováveis é uma das saídas encontradas para redução dos efeitos que a queima de combustíveis fósseis causa no planeta. Mais do que isso, emitindo menos gases poluentes, é possível manter o equilíbrio dos ecossistemas e garantir que os processos estejam cada vez mais sustentáveis. Você já parou para pensar nisso? Quanto mais energiaelétrica você desperdiça, mais usinas térmicas movidas a combustíveis 9 fósseis são colocadas em operação no nosso sistema elétrico em momentos de escassez hídrica. A sua ineficiência no uso da eletricidade pode estar contribuindo para a poluição do planeta. Referências bibliográficas BRAGA, B. et al. Introdução à engenharia ambiental. São Paulo: Pearson, 2002. TEORIA EM PRÁTICA Você é o responsável pela gestão energética de uma grande empresa que atua na produção de ligas metálicas. Como você sabe, a sua empresa possui um alto consumo de energia elétrica, pois necessita de grandes fornos para realizar a fundição dos metais e produzir as ligas necessárias ao mercado. A empresa possui uma matriz energética diversificada pelo mundo, utilizando desde lenha para secagem de alguns produtos até gás natural para geração de vapor. Para mitigar os efeitos de suas operações, a empresa instituiu uma meta global de redução de CO2 emitido para a atmosfera. A matriz de sua empresa fica na Alemanha e lá eles já conseguiram atingir 90% da meta. As unidades de sua empresa no Brasil ainda não possuem nenhum benchmark para que possa se comparar. A sua diretoria lhe propôs um grande desafio. A meta global da empresa para redução das emissões passou a ser a sua meta para a unidade em que trabalha. Diante dessa nova demanda e de todo o desafio que está por vir, qual alternativa você poderia propor aos seus diretores como ação efetiva para atingimento da meta, ou pelo menos uma ação que contribua com o atingimento dela? 10 Lorem ipsum dolor sit amet Autoria: Nome do autor da disciplina Leitura crítica: Nome do autor da disciplina Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Consulte um texto que reforça a hipótese de que a relação sociedade-meio ambiente-desenvolvimento- energia, quando não inter-relacionados, tende a gerar uma ambiência insalubre e com impactos significativos sobre as relações sociais, economia e saúde. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro EBSCOhost. FERREIRA, D. B. Desenvolvimento, energia e ambiência urbana: uma abordagem histórica. Parcerias Estratégicas, Brasília-DF, v. 14, n. 29, p. 75-98, 2009. Indicação 2 Para conhecer melhor os vários tipos de energia disponíveis no planeta, com ilustrações e exemplos, e também as principais unidades de medidas para a energia, consulte o capítulo 1 do livro indicado. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca. MOREIRA, J. R. S.; GRIMONI, J. A. B.; ROCHA, M. S. Energia e panorama energético. In: MOREIRA, J. R. S.(Org.). Energias Indicações de leitura 11 renováveis, geração distribuída e eficiência energética. Rio de Janeiro: LTC, 2019. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Dentre as mais variadas fontes de energia disponíveis no planeta, a energia elétrica é um tipo de fonte _____________ de energia, pois necessita passar por um processo de conversão. Assinale a alternativa que complete a lacuna com a resposta correta. a. Segura. b. Direta. c. Secundária. d. Primária. e. Não renovável. 2. Supondo que um determinado hidrocarboneto possua 3.600 kJ de energia e considerando a conversão total, sem 12 perdas em energia elétrica, quanto os mesmos 3.600 kJ representariam em kWh? a. 0,5 kWh. b. 1,5 kWh. c. 1 kWh. d. 2 kWh. e. 10 kWh. GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Toda energia gerada proveniente de um processo de conversão é dita secundária. Questão 2 - Resposta C Resolução: Aqui é uma conversão direta de kJ para kWh, mostrando que 1 kWh é o mesmo que 3.600 kJ. TEMA 2 O setor elétrico e os distúrbios na rede ______________________________________________________________ Autoria: Leandro Cesini Leitura crítica: Giancarlo Michelino Gaeta Lopes 14 DIRETO AO PONTO O setor elétrico como conhecemos hoje é fruto de constantes aperfeiçoamentos e modificações. Muitas dessas mudanças foram dadas principalmente após a crise hídrica de 2001. O novo modelo do setor, após essa crise, trouxe uma nova concepção para contratação de energia para os consumidores e para a confiabilidade do sistema. Na nova concepção do setor elétrico, vários agentes governamentais foram instituídos para compor a governança e fiscalização desse setor tão complexo. A Figura 1 mostra como a hierarquia desses agentes se organiza dentro da estrutura do governo federal. Figura 1 – Agentes do setor elétrico Fonte: elaborada pelo autor. Além dos agentes governamentais, o novo modelo do setor elétrico instituiu os agentes consumidores livres que atuam no Ambiente de Contratação Livre (ACL) e os consumidores cativos que atuam no Ambiente de Contratação Regulada (ACR). A esses agentes, podem- 15 se incluir os geradores, os comercializadores, os distribuidores e os transmissores de energia elétrica. No ACL, as negociações e preços de energia são realizadas de forma livre e bilateral, ou seja, não existe uma tarifa fixa para energia elétrica, a contratação é realizada via concorrência de mercado. Já no ACR, existem as tarifas reguladas que são calculadas e divulgadas pela Aneel para cada distribuidora de energia elétrica no país. A forma como o consumidor é tarifado depende da sua tensão de conexão (grupos tarifários), das horas do dia em que consome (posto tarifário) e de sua modalidade tarifária. O agente de consumo localiza-se na última etapa da cadeia do setor elétrico. Além das questões comerciais e regulatórias vistas anteriormente, o consumidor também deve se preocupar com as questões de qualidade de energia, precavendo-se dos distúrbios elétricos que podem acometê-lo. A distorção harmônica é um deles. Esse distúrbio causa no sistema elétrico aquecimentos excessivos nos cabos, acionamentos indevidos de proteção, ressonância, interferência eletromagnética e excesso de corrente no neutro. O cálculo da taxa de distorção harmônica total representa o grau de distorção total comparada à forma de onda de frequência fundamental. A automação industrial trouxe ao sistema elétrico um aumento significativo de distorção harmônica no sistema elétrico, sendo os principais vilões os retificadores e carregadores de bateria, inversores de frequência, fontes chaveadas, máquinas de solda, etc. Existem outros distúrbios na rede elétrica que causam grandes transtornos aos usuários e podem ser de longa ou curta duração. Por exemplo, sobretensões e subtensões na rede, nas quais a tensão do sistema aumenta ou reduz em relação ao valor da tensão nominal em períodos relativamente longos. Quando a tensão sofre uma abrupta elevação, atingindo um valor de várias vezes a tensão de pico, seguido por uma queda também muito rápida, 16 dá-se o nome de spikes. Os ruídos na rede são comuns e podem ocasionar variações em sinais de comunicação e de dados. As interferências eletromagnéticas também podem afetar os sistemas de comunicação e de sinais, tendo como responsáveis pela emissão dessas interferências o acionamento de motores elétricos, abertura e fechamento de relés e reatores de lâmpadas fluorescentes, por exemplo. Nas interrupções, ou seja, quando a tensão cai a zero ou próximo disso, o sistema fica praticamente desligado, ocasionando grandes prejuízos a indústrias, comércios, etc. PARA SABER MAIS O Ambiente de Contratação Livre (ACL) possui uma lógicade precificação muito diferente da que vimos até aqui, como modelo tarifário do Ambiente de Contratação Regulada (ACR). Enquanto no ACR a Aneel é a responsável por fiscalização, cálculo e divulgação das tarifas que serão aplicadas aos consumidores, no ACL, é o mercado que define os preços. A definição dos preços no ACL, muitas vezes, é baseada no preço de referência, que é divulgado semanalmente. O preço de referência é chamado de PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), esse preço é cálculo e divulgado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). A base de cálculos que a CCEE utiliza para cálculo do PLD é divulgado pelo ONS. A CCEE faz um tratamento nesses dados e os utiliza em dois softwares distintos, o NewWave e Decomp. Esses dois softwares utilizam-se de uma extensa base de dados que leva em consideração, principalmente, a expectativa de chuvas e níveis dos reservatórios, além de outras variáveis. À medida que os níveis estejam baixos e existe a perspectiva de poucas chuvas, logo o sistema calculará 17 valores mais elevados de PLD, caso contrário, a CCEE divulgará um preço mais baixo. Nota-se que a curva do PLD segue o comportamento da curva dos níveis dos reservatórios. O valor do PLD é o preço da energia que chamamos de curto prazo, utilizado para contratação de energia para balanceamento do sistema na CCEE, para que não haja nem sobra nem déficits contratuais. Apesar de ser o PLD o referencial para precificação dessa energia no curto prazo, toda a negociação é realizada bilateralmente entre as partes. A contratação de longo prazo possui outra lógica de precificação. Geralmente, para o primeiro ano de contrato, o PLD influencia de forma considerável nos preços, mas não o define. Para anos mais a frente, as curvas de preços vão convergindo para o custo de expansão do sistema, e o preço de curto prazo vai perdendo a sua influência. A matriz elétrica brasileira é constituída principalmente de fontes hídricas, e apesar da penetração de fontes renováveis, como eólica e solar, esse tipo de fonte não garante confiabilidade no sistema, pois são fontes intermitentes, que geram à medida que possuem combustível para operar, no caso, o sol e o vento. O que garante a confiabilidade são usinas com capacidade de estocagem de combustíveis e que podem ser despachadas a critério do operador do sistema. Por isso, o despacho de térmicas no sistema elétrico é constante para manter a estabilidade entre demanda e oferta de energia. À medida que os níveis dos reservatórios diminuem, térmicas são despachadas, que consomem um combustível com preços altos, o que leva, consequentemente, ao aumento do preço no curto prazo, no caso, no aumento do PLD. 18 TEORIA EM PRÁTICA A sua empresa, produtora de peças automotivas, convidou-o para participar de um grande projeto, dada a experiência que você possui no setor elétrico, ela considera que as suas habilidades serão muito utilizadas durante esse processo. Sabe-se que o novo projeto está relacionado à instalação de uma nova unidade fabril no estado de São Paulo. As premissas que lhe apresentaram até o momento é que a demanda de potência necessária para a operação em regime da nova fábrica será de aproximadamente 3.000 KW. Sabe-se também que a unidade fica próxima a uma linha de transmissão de 138 KV e que, possivelmente, será construída uma subestação para acesso a essa linha que energizará a planta. O consumo médio esperado mensal é de aproximadamente 1500 MWh e espera-se operar 24 horas. Para iniciar os seus trabalhos nesse projeto, foi-lhe solicitado que consultasse a distribuidora de energia elétrica local para verificar quais seriam as suas características de faturamento. Nesse caso, o que a distribuidora lhe responderia, considerando o nível de tensão, o posto tarifário e sobre modalidade tarifária? Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. 19 LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta leitura irá lhe proporcionar uma visão geral dos distúrbios que ocorrem na rede elétrica e visualização, graficamente, da interferência de cada um deles na forma de onda da rede elétrica. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca. CAPELLI, A. Energia elétrica: qualidade e eficiência para aplicações industriais. 1. ed. São Paulo: Érica, 2013. p. 100-118. Indicação 2 O capítulo do livro indicado irá lhe apresentar, de forma sucinta, como o setor elétrico brasileiro está organizado e os principais agentes que o compõem. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro Biblioteca Virtual 3.0. NEVES, E.; PAZZINI, L. H. A. Fundamentos da comercialização da energia elétrica no Brasil. In: NERY, E. (Org.). Mercados e regulação de energia elétrica. Rio de Janeiro: Interciência, 2012. p. 57-64. Indicações de leitura 20 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Os serviços do setor elétrico considerados como serviços de rede e monopólio natural são: a. Comercialização e distribuição. b. Geração e transmissão. c. Transmissão e distribuição. d. Distribuição e geração. e. Comercialização e transmissão. 2. Um transiente pode ser definido como: a. Um pulso de baixa amplitude. b. Um pulso de baixíssima amplitude. c. Uma forma de onda na frequência fundamental. d. Um pulso de alta amplitude. e. Um pulso que não causa risco ao sistema elétrico. 21 GABARITO Questão 1 - Resposta C Resolução: Os serviços considerados de rede e monopólio natural são a transmissão e distribuição, pois o ganho de escala reduz os custos. Questão 2 - Resposta D Resolução: Um transiente é um pulso de alta amplitude que traz riscos ao sistema elétrico. TEMA 3 Fundamentos de eficiência energética ______________________________________________________________ Autoria: Leandro Cesini Leitura crítica: Giancarlo Michelino Gaeta Lopes 23 DIRETO AO PONTO O consumo de energia dentro de uma instalação industrial, por exemplo, está ganhando cada vez mais relevância, por ser um custo de produção muito representativo. Para garantir competitividade no mercado sem perder a margem de lucro nas vendas, torna-se muito interessante reduzir os custos de produção, consequentemente, a busca por redução no consumo de energia torna-se um ponto-chave. Reduzir o consumo de energia mantendo a produtividade só é possível trabalhando em ações de eficiência energética. Essas ações estão ligadas à busca por redução das perdas energéticas nos processos, levando em consideração a tecnologia empregada, se existem processos automatizados e a conservação dos ativos que estão envolvidos nessa análise. O entendimento sobre a diferença entre os termos perdas de energia e o que são desperdícios de energia é muito importante para que ações assertivas possam ser tomadas. As perdas estão relacionadas ao processo quando se leva em consideração principalmente o conteúdo tecnológico do processo, sejam equipamentos, ou o processo em si. Essas perdas geralmente não podem ser eliminadas de forma imediata e muitas vezes recursos financeiros são necessários. Quando o assunto é desperdício de energia, pode-se dizer que este está intimamente ligado ao comportamento humano, o que torna as ações de redução de desperdícios imediatas. As ações de aumento de eficiência energética devem partir de uma análise minuciosa dos dados de consumo do sistema analisado paraque um diagnóstico possa ser realizado. A Figura 1 mostra os principais itens que devem estar contemplados na seção de estudos energéticos dentro de um relatório de diagnóstico energético. 24 Figura 1 – Estudos energéticos Fonte: elaborada pelo autor. Na composição do diagnóstico energético, além dos itens mostrados na Figura 1, devem-se utilizar diagramas energéticos, como o diagrama de Sankey, para que as análises dos fluxos de energia atuais e futuros possam ser facilmente entendidas. O diagrama de Sankey é composto pelos fluxos energéticos desde a sua entrada, passando por todas as transformações e perdas associadas até a sua saída, que seria o uso final propriamente dito. A busca por eficiência energética passou a ser um item inserido nas políticas públicas a partir de 2001 com a Lei nº 10.295 de 17 de outubro de 2001. A chamada Lei da Eficiência Energética foi um importante passo para o Brasil, pois foi a partir dela que se iniciou um trabalho de definição dos índices mínimos de eficiência em equipamentos, como os motores elétricos. Para 25 esses equipamentos, logo em 2002, com o Decreto 4.058 de 11 de dezembro, foram definidos os índices de eficiência para a produção e importação de motores elétricos no Brasil. A busca por eficiência energética passa pela busca de equipamentos e processos eficientes. Em sistema de iluminação, por exemplo, não basta ter uma lâmpada eficiente, é necessário que haja um entendimento completo sobre como projetar a iluminação de ambientes para que se tenha um consumo ótimo para esse fim. Outros sistemas que merecem atenção são os sistemas de condicionamento de ar do ambiente. Aparelhos antigos e sem manutenções podem provocar um aumento do consumo de energia e comprometer os índices de eficiência dados pelo fabricante. Os motores elétricos, que são muito utilizados na indústria para movimentar equipamentos, devem ser analisados de forma ampla. Deve-se considerar todo o conjunto, desde o tipo de acionamento até a carga que será acionada para que um projeto de instalação de um motor possa ser energeticamente eficiente. PARA SABER MAIS A indústria, de um modo geral, é a grande consumidora de energia elétrica no país. Assim, em suas instalações, existem grandes oportunidades para a redução do consumo de energia elétrica, seja pela existência de instalações industriais antigas ou pela falta de condução específica de projetos e ações para esse fim. Dentro de uma indústria, as áreas produtivas e as áreas de manutenção devem trabalhar de forma conjunta para que se encontre a otimização energética dentro de um processo. A manutenção dos equipamentos é muito importante para que 26 se possa garantir o bom funcionamento deles e manter as suas características de fabricação. De outro lado, nada adianta existir um equipamento adequado se o modo de uso estiver em desacordo com as práticas recomendadas pelo fabricante. Assim, é possível verificar que manutenção e operação de equipamentos devem andar lado a lado. A identificação do consumo específico de um equipamento ou de um processo é muito importante para que ações de otimização energética sejam aplicadas. Por exemplo, é muito comum, na indústria, existirem indicadores de consumo específico de determinados processos. O consumo específico é utilizar-se da energia empregada em um processo e relacioná-la com o resultado obtido, é sempre uma relação entre entrada e saída. Veja um exemplo da utilização de um indicador de consumo específico: uma indústria automobilística, que possui como resultado final a produção de unidades de carro, pode possuir um indicador para energia elétrica dado por KWh/unidade. De forma mais abrangente, também é possível unir todos os gastos energéticos como energia elétrica, ar comprimido, gás natural em uma única unidade de medida de energia e relacioná-la com a produção final de carros. Sendo essa unidade, por exemplo, o Joule, logo um indicador de consumo específico poderia ser J/ unidade. Assim, colocando números nesse exemplo, se uma fábrica consume 1 MJ para produzir dez carros, logo o seu consumo específico será de 100 KJ/carro. A definição de um indicador de eficiência é muito importante, porém, de nada adianta se não for acompanhado sistematicamente. À medida que o indicador oscila fora da faixa definida como um consumo específico adequado, ações de investigação devem ser tomadas para que se possa identificar no processo o que levou a essa oscilação. Se for uma oscilação que 27 leva o indicador para uma faixa pior de consumo, devem-se tomar ações corretivas. Se for uma oscilação para uma faixa de melhor consumo específico, deve-se identificar o causador dessa melhora no sistema e mantê-lo. TEORIA EM PRÁTICA Você trabalha em uma indústria química de produção de fertilizantes e atualmente você é o responsável pela produção de energia elétrica da sua unidade. Na sua unidade fabril, existe uma usina térmica que é uma cogeração que utiliza o vapor proveniente do processo produtivo de ácido sulfúrico para girar uma turbina e, consequentemente, gerar energia elétrica por meio de um gerador acoplado em seu eixo. Neste tipo de processo, é necessário que você esteja atento à produção horária de energia elétrica, pois qualquer oscilação na quantidade ou qualidade do vapor disponibilizado pode ocasionar sérias variações da produção. O conjunto turbina e gerador utilizados é de fabricação antiga, por volta da década de 1960, que torna o acompanhamento da produção e manutenção muito importantes. Atualmente, o seu conjunto turbina/gerador consume mensalmente 20.000 toneladas de vapor e gera aproximadamente 3.650 MWh por mês. Além disso, o vapor utilizado possui pressão de 40 bar e temperatura próxima aos 400 °C. Como se trata de uma turbina de condensação pura, o vácuo do sistema chega próximo a 1 bar. Diante do exposto acima, você necessita identificar um indicador de eficiência energética que faça sentido o seu acompanhamento diário. Qual seria esse indicador? É possível calculá-lo? 28 Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta leitura irá lhe proporcionar uma visão geral sobre os principais sistemas utilizados na indústria e como torná-los eficientes. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca. BARROS, B. F. de.; BORELLI, R.; GEDRA, R. L. Gerenciamento de energia: ações administrativas e técnicas de uso adequado da energia elétrica. 2. ed. São Paulo: Érica: 2016. Cap. 4, p. 104-134,. Indicação 2 O capítulo do livro indicado irá lhe apresentar, de forma geral, o sistema de ar comprimido utilizado em muitos processos industriais. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título da obra no parceiro Minha Biblioteca. BARROS, B. F.; BORELLI, R.; GEDRA, L. R. Eficiência energética – técnicas de aproveitamento, gestão de recursos e fundamentos. São Paulo: Érica, 2015. Cap. 4 e 5, p. 79-94. Indicações de leitura 29 QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 1. Qual das alternativas abaixo não corresponde às etapas de um diagnóstico energético? a. Estudo dos fluxos de materiais e produtos. b. Avaliação das perdas de energia. c. Elaboração das recomendações e conclusões. d. Implementação das melhorias e projetos de eficiência. e. Caracterização do consumo energético. 2. Qual das alternativasabaixo corresponde ao diagrama de Sankey? a. Diagrama que demonstra somente o consumo de energia elétrica. b. Diagrama que representa os fluxos energéticos. c. Diagrama que representa os índices de eficiência energética. d. Diagrama que representa o consumo somente de energia térmica. e. Diagrama que representa somente as perdas de energia. 30 GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: A implementação de melhorias e projetos de eficiência é uma ação após a elaboração do diagnóstico energético. Questão 2 - Resposta B Resolução: O diagrama de Sankey representa os fluxos energéticos, independentemente do tipo de energia. TEMA 4 Programas de conservação de energia e cases de sucesso ______________________________________________________________ Autoria: Leandro Cesini Leitura crítica: Giancarlo Michelino Gaeta Lopes 32 DIRETO AO PONTO A aplicação de projetos e ações de eficiência energética, muitas vezes, não caminha sozinha, é necessário que existam programas que incentivem essa discussão e que promovam a sua aplicabilidade, seja na concepção de equipamentos, na utilização racional de energia ou mesmo na mudança de processos e renovação tecnológica. Nesse conceito, o Brasil, desde a década de 1980, vem construindo programas governamentais que promovam esses aspectos, é o caso do PBE (Programa Brasileiro de Etiquetagem) e do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica). Para que o próprio consumidor tenha autonomia para buscar e escolher produtos eletricamente mais eficientes, o PBE apresenta as informações necessárias para que essa decisão possa ser tomada. A partir das etiquetas que os produtos apresentam, o consumidor consegue identificar qual o nível de consumo de cada equipamento e isso pode impactar a sua decisão de compra. Além disso, o próprio PBE faz uma classificação da eficiência de cada produto, classificando-os de A até a letra E, facilitando ainda mais para o consumidor que não possua intimidade com os termos técnicos relacionados ao consumo de energia elétrica. Outro programa muito importante para o país é o Procel, também implementado desde a década de 1980, vem trazendo grandes benefícios ao país. Esse programa é o responsável por promover, disseminar e incentivar a eficiência energética nos bens e serviços utilizados pelos brasileiros. No ano de 2018, o Procel promoveu a economia de 22,99 milhões de MWh e retirou da ponta a demanda de 7.257 MW. 33 Para você ter uma real dimensão desse resultado, com essa energia economizada, daria para atender, aproximadamente, a 12,12 milhões de residências por um ano inteiro. A promoção da eficiência energética traz resultados significativos ao Brasil e para os investidores que acreditam que investir em eficiência também faz sentido. Isso quer dizer que investir em utilização mais eficiente dos recursos energéticos disponíveis é mais interessante do que investir em novos recursos energéticos e continuar a consumir de forma ineficiente. A Tabela 1 mostra os principais resultados de aplicações de projetos em eficiência energética em diferentes sistemas utilizados pelas indústrias e prédios comerciais, evidenciando as economias encontradas. Tabela 1 – Estudos energéticos Projeto Investimento [R$] Retorno financeiro [anos] Economia de energia [MWh/ano] Sistema de iluminação em uma empresa fabricante de pneus. 6.725,00 < 1 217,50 Motores elétricos em uma indústria alimentícia. 380.000,00 2,3 739,00 Sistema de ar comprimido em uma indústria metalúrgica. 317.000,00 2,7 530,00 Sistema de ar condicionado em prédio comercial. 2.250.000,00 2,8 890,00 Fonte: elaborada pelo autor, adaptada de Marques (2007). 34 Nota-se pela análise da Tabela 1 que os investimentos realizados em eficiência energética tiveram um bom retorno financeiro, todos eles menores que três anos. O total de energia economizada com os quatro projetos indicados foi de aproximadamente 2.376,50 MWh/ano. Todos os sistemas listados na Tabela 1 que tiveram ações de eficiência energética são amplamente utilizados na indústria e nos prédios comerciais. Dada a importância desses sistemas e larga utilização, eles se tornam grandes vetores de promoção de eficiência energética. Os motores elétricos e os sistemas de ar comprimido, que são utilizados largamente na indústria, necessitam estar sempre sendo estudados, gerando as suas curvas de consumo e identificando as oportunidades de redução e otimização operacional e de manutenção. A busca constante por eficiência faz parte da rotina de todo profissional que se dedica a realizar a gestão energética de suas instalações. Referências bibliográficas MARQUES, Milton Cesar Silva et al. (org.). Eficiência Energética: teoria e prática. Itajubá: Fupai, 2007. PARA SABER MAIS Na indústria, de modo geral, a busca por eficiência energética é constante e os seus sistemas devem sempre estar em constante análise. Os motores elétricos são os principais equipamentos da indústria e responsáveis por uma parcela significativa do consumo 35 de energia elétrica. Assim, focar no estudo do comportamento desses equipamentos é essencial, mas também é essencial focar em como esses equipamentos estão sendo mantidos nas instalações industriais. O histórico de manutenção de motores elétricos deve existir nas instalações industriais e deve ser constantemente atualizado pela equipe de manutenção. Deve-se ter o histórico de quais manutenções cada motor já passou, o que foi realizado, se o motor já foi rebobinado, quantas vezes já foi rebobinado, etc. Como a renovação das pessoas dentro de uma indústria sempre acontece, à medida que existe um histórico atualizado, é possível que cada novo membro da equipe de manutenção possa prosseguir com as devidas tratativas em manutenção. A importância do acompanhamento da vida de um motor é essencial para promover e manter a eficiência energética do sistema elétrico. Um motor, quando é rebobinado, perde as garantias de eficiência do fabricante, ainda mais se o serviço de rebobinamento for realizado em empresas não autorizadas pelo fabricante do equipamento. Com o passar do tempo, um motor sem histórico pode ser rebobinado por várias vezes e o custo disso pode se tornar maior do que a aquisição de um novo motor. Outra questão muito comum na indústria é a substituição de motores diferentes para uma mesma carga. Por exemplo, às vezes, um motor de 20 CV destinado a uma bomba específica se queima e no estoque não há outro de mesma potência, e decide- se instalar um de 25 CV, que não irá interferir em nenhum tipo de mudança estrutural. Nesse caso, se não há um acompanhamento de manutenção, esse motor de 25 CV passará de uma alternativa momentânea e se tornará uma alternativa definitiva, resultando, 36 portanto, em um consumo de energia elétrica maior que o necessário, pois, provavelmente, esse motor trabalhará de forma mais folgada e menos eficiente. O aumento da eficiência energética na operação de motores elétricos pode ser alcançado também por meio da utilização de inversores de frequência, que são dispositivos que conseguem reproduzir os efeitos de estratégias mecânicas para controle de vazão, como a utilização de válvulas. De forma geral, muitas vezes, para a promoção da eficiência energética na indústria não é somente preciso investir em equipamentos mais eficientes ou realizar uma mudança em algum processo. Muitas das ações não requerem investimentos para realização, basta um olhar mais crítico para o sistema já instalado e buscar alternativas para manter a eficiência dos equipamentos. No caso dos motores elétricos, eles se tornam muito importantes nesse processo, pois são os responsáveis, por exemplo, pelo acionamento de um compressor de ar. Assim, a eficiência global desse sistema depende de uma abordagem também sobre os motores elétricos. Assim como sistemas de condicionamento de ar, que muitas vezes utilizam bombas, ventiladores e exaustoresem torres de resfriamento. TEORIA EM PRÁTICA Na empresa automobilística em que você é responsável pela manutenção existe uma central de ar comprimido responsável por garantir o funcionamento das ferramentas pneumáticas utilizadas durante a montagem dos veículos. 37 O seu sistema de monitoramento de consumo de ar comprimido mostra uma curva de utilização durante a semana que é maior do que a observada aos finais de semana. Do seu ponto de vista, isso é normal, pois, aos finais de semana, o consumo deve realmente ser menor, pois a montagem dos veículos é paralisada aos sábados pela manhã e retorna na segunda-feira, também pela manhã. O seu gestor, em uma visita à fábrica durante um domingo, ao passar pela área de montagem dos veículos, verificou um constante barulho, parecendo de ar comprimido sendo utilizado e soprando o tempo todo. E desafiou-o com o seguinte questionamento: “É possível reduzir o consumo de ar comprimido aos finais de semana? Por qual razão temos esse consumo aos finais de semana com a fábrica parada?” Indique, portanto, quais os motivos que implicam a utilização do ar comprimido aos finais de semana e o que você faria para atenuá-la. Para conhecer a resolução comentada proposta pelo professor, acesse a videoaula deste Teoria em Prática no ambiente de aprendizagem. LEITURA FUNDAMENTAL Indicação 1 Esta leitura irá lhe mostrar uma aplicação de uma ação de eficiência energética utilizada em motores elétricos de indução no processo de irrigação na agricultura. Para realizar a leitura, Indicações de leitura 38 acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título do artigo no parceiro EBSCOhost. LIMA, A. S. et al. Desempenho operacional no bombeamento em pivô central utilizando inversor de frequência. Revista Brasileira de Tecnologia Aplicada nas Ciências Agrárias, [s. l.], v. 8, n. 2, p. 51-61, 2015. Indicação 2 O capítulo do livro indicado irá lhe apresentar os principais programas voltados à conservação de energia no país. Para realizar a leitura, acesse a plataforma Biblioteca Virtual da Kroton e busque pelo título do livro no parceiro Minha Biblioteca. ROMÉRO, M. de A.; REIS, L. B. dos. Eficiência energética em edifícios. 1. ed. Barueri: Manole, 2012. Cap. 2, p. 64-74. QUIZ Prezado aluno, as questões do Quiz têm como propósito a verificação de leitura dos itens Direto ao Ponto, Para Saber Mais, Teoria em Prática e Leitura Fundamental, presentes neste Aprendizagem em Foco. Para as avaliações virtuais e presenciais, as questões serão elaboradas a partir de todos os itens do Aprendizagem em Foco e dos slides usados para a gravação das videoaulas, além de questões de interpretação com embasamento no cabeçalho da questão. 39 1. Qual das alternativas abaixo representa o significado da sigla Procel? a. Programa Nacional de Conservação de Energia. b. Programa Brasileiro de Conservação de Energia Elétrica. c. Programa Nacional de Conservação de Energéticos. d. Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. e. Programa Brasileiro de Conservação de Energéticos. 2. Com relação à eficiência luminosa, é correto afirmar que: a. É a razão entre o fluxo luminoso e a potência consumida pela lâmpada. b. É a razão entre a potência consumida pela lâmpada e o fluxo luminoso. c. É dada em porcentagem. d. É a razão entre a vida mediana nominal e o fluxo luminoso. e. É dada em Watt/lúmen. GABARITO Questão 1 - Resposta D Resolução: Procel significa Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica. Questão 2 - Resposta A Resolução: Eficiência luminosa é a razão entre o fluxo luminoso e a potência da lâmpada, dada em lúmen/Watt. Apresentação da disciplina Introdução TEMA 1 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 2 Direto ao ponto Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 3 Direto ao ponto Para saber mais Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito TEMA 4 Direto ao ponto Teoria em prática Leitura fundamental Quiz Gabarito Botão TEMA 5: TEMA 2: Botão 158: Botão TEMA4: Inicio 2: Botão TEMA 6: TEMA 3: Botão 159: Botão TEMA5: Inicio 3: Botão TEMA 7: TEMA 4: Botão 160: Botão TEMA6: Inicio 4: Botão TEMA 8: TEMA 5: Botão 161: Botão TEMA7: Inicio 5: