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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
RESUMO DA UNIDADE 
 
A Segurança do Trabalho é o conjunto de técnicas e procedimentos que têm por 
objetivo eliminar ou diminuir os riscos de acidentes do trabalho. Os atos inseguros 
são causas da maioria dos acidentes de trabalho, que residem exclusivamente no 
fator humano, ou seja, aqueles que ocorrem na execução das tarefas, de forma 
contrária às normas de segurança. O fenômeno acidente do trabalho possui 
natureza complexa, apresentando-se como resultado indesejado da interação de 
múltiplos fatores causais, que ocorrem no exercício das atividades laborais do 
trabalhador, acarretando em consequências que interferem diretamente na sua 
saúde, como a lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte e a perda 
ou redução, temporária ou permanente, da capacidade para o trabalho. Em razão do 
caráter multifatorial e complexo deste evento, verifica-se a necessidade de buscar 
todos os fatores que deram causa ao acidente decorrente do trabalho, desde a sua 
origem. É esperado que nessa unidade o aluno consiga aprender, compreender e 
desenvolver os conhecimentos sobre as legislações e as normas regulamentadoras 
da Segurança de Trabalho, para que esta seja elaborada no ambiente industrial. 
 
Palavras-chave: Segurança; Trabalho; Engenharia; Legislação; Normas. 
 
 
LEGISLAÇÃO E NORMAS TÉCNICAS 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
RESUMO DA UNIDADE ............................................................................................. 1 
APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 3 
CAPÍTULO 1 - LEGISLAÇÃO NA SEGURANÇA DO TRABALHO ......................... 5 
1.1 LEGISLAÇÃO E CAUSA DE ACIDENTES .................................................... 5 
1.2 CLASSIFICAÇÃO DE MONTEAU ................................................................ 13 
1.3 HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL ........................ 16 
1.4 HIERARQUIA LEGISLATIVA ....................................................................... 19 
1.5 LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA, PREVIDENCIÁRIA E SINDICAL ................ 21 
1.6 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS ........................................... 23 
CAPÍTULO 2 - NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO ............................................. 26 
2.1 SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA .................................................. 26 
2.2 ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO .................................. 28 
2.3 NORMAS TÉCNICAS .................................................................................. 29 
2.4 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALAHO – NR 4 ........................................................................ 32 
2.5 TRANSPORTE ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATÉRIAS – NR 11 . 40 
2.6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) – NR 6 ................... 43 
CAPÍTULO 3 - NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO 12, 24 E 26 .......................... 48 
3.1 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - NR 12 .................................................... 48 
3.2 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE 
TRABALHO – NR 24 ................................................................................................. 50 
3.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA – NR 26 .................................................. 51 
CONSIDERAÇÕES FINAIS ...................................................................................... 60 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 61 
 
 
 
 
 
 
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO 
 
Os atos inseguros são causas da maioria dos acidentes de trabalho, que 
residem exclusivamente no fator humano, ou seja, aqueles que ocorrem na 
execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança. 
Os acidentes do trabalho então podem ser classificados como fenômenos 
socialmente previsíveis e preveníveis. Como também os fatores provocadores dos 
acidentes do trabalho são considerados multicausas. 
A NR 11 estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais 
de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao 
manuseio de materiais, tanto de forma mecânica, quanto manual, objetivando a 
prevenção de infortúnios laborais. 
A NR 12 trata da Proteção do Trabalhador no uso de máquinas e 
equipamentos e de várias características a elas associadas. O empregador deve 
garantir condições e medidas seguras de trabalho, como: proteção coletiva e 
individual, administração e organização do trabalho. As máquinas devem atender 
aos princípios de falha de segurança, principalmente quando em fase de utilização. 
Nas especificações da norma regulamentadora 24 estão presentes 
informações de segurança com relação aos alojamentos, cozinha, instalações 
sanitárias, refeitórios e vestiários. 
A NR 26 foi criada com o intuito de alcançar todas as gestões dentro de uma 
empresa, de modo que fosse possível disponibilizar mais segurança aos seus 
funcionários. Ela transmite informações que são de fácil compreensão, com a 
finalidade de promover uma norma direta e objetiva, sem abrir margem para 
interpretações ou entendimentos diversos. Isso porque, a norma busca que o 
mercado de trabalho seja uniforme, seguindo exatamente o mesmo conjunto de 
regras, promovendo uma melhoria dos processos. 
A norma 14725-3 possui anexos com símbolos, frases e pictogramas já 
definidos, de acordo com a categoria do produto químico. Essa rotulagem é aplicada 
no contexto industrial, assim, o produto para o consumo apresentará um rótulo 
diferenciado. 
 
 
 
 
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As fichas de Informação de Segurança para Produtos Químicos devem ser 
criadas com base no disposto no GHS e obedecer a NBR 14725-4. O fabricante ou 
importador deve fornecer e tornar disponível a FISPQ para todo produto classificado 
como perigoso e para produtos que não sejam classificados como perigosos, mas 
que seus usos previstos ou recomendados originem riscos à segurança e à saúde 
dos trabalhadores. 
É esperado que nessa unidade o aluno consiga aprender, compreender e 
desenvolver os conhecimentos sobre as legislações e as normas regulamentadoras 
da Segurança de Trabalho, para que esta seja elaborada no ambiente industrial. 
 
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CAPÍTULO 1 - LEGISLAÇÃO NA SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
1.1 LEGISLAÇÃO E CAUSA DE ACIDENTES 
 
Legalmente, o Plano de Benefícios da Previdência Social, através da Lei 8.213 
de 24/07/91 (BRASIL, 1991), em seu art. 19 define acidente do trabalho como 
 
aquele que ocorre no exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo 
exercício do trabalho dos segurados, provocando lesão corporal ou 
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, 
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho. 
 
Os acidentes de trabalho podem ser classificados como típico, doenças e 
trajeto. 
 
Tabela 1: Tipos de acidentes de trabalho 
Tipos de acidentes de trabalho 
Típico 
Ocorre no local de trabalho, também denominado de trauma do 
trabalho. 
Doenças 
Lei 8.213/91, art. 20: 
Doenças Profissionais → peculiar à atividade 
Doenças do Trabalho → em função de condições especiais em 
que o trabalho é realizado 
Trajeto 
Lei 8.213/91, art. 21: “É aquele sofrido pelo trabalhador no 
percurso da residência para o trabalho ou vice-versa e no 
percurso de ida ou volta para o local da refeição em intervalo do 
trabalho, quer na área urbana, quer na área rural, qualquer que 
seja o meio de locomoção.” 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
Considera-se acidente do trabalho, aquele que ocorreu pelo exercício do 
trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, perturbação funcional ou 
doença que cause morte, perda ou redução permanente ou temporária da 
capacidade para o trabalho. 
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Existem dois tipos de conceitos relacionados à segurança do trabalho: o 
conceito prevencionista ou da prevenção e o conceito legal ou previdenciário, que 
está relacionado à previdência social. 
Acidente do Trabalho é uma ocorrência não programada, que interrompe ou 
interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil 
e/ou lesões no trabalhador e/ou danos materiais. A figura 1 esboça como é 
constituído o conceito prevencionista e a relação com o incidente e o conceito legal. 
 
Figura 1: Acidente de Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. 
 
Com relação aos conceitos de incidente, não se pode limitar o estudo sobre os 
acidentes somente àqueles que produzem lesões aos trabalhadores. Muitos 
acidentes passam inadvertidos porque não chegam a produzir lesões, assim, sabe-
se que a relação entre um acidente com lesão e um sem pode chegar a se 
configurar apenas como incidente. A prevenção elimina ou diminui a possibilidade de 
origem do risco. A proteção minimiza-se as consequências do acidente. O perigo é a 
fonte ou situação potencial de provocar danos, em se tratando de lesões, doenças, 
danos à propriedade, dano ao meio ambiente, ou uma combinação destas. 
O risco é a combinação de probabilidade de ocorrência e da consequência de 
um determinado evento perigoso. A condição insegura é a aquela que, presente no 
ambiente de trabalho, coloca em risco a integridade física e mental do trabalhador, 
devido à possibilidade do mesmo acidentar-se. 
incidente 
Conceito Prevencionista 
 
 
Conceito Legal 
Incidente 
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O fator pessoal de insegurança é o nome técnico dado as falhas humanas 
decorrentes de problemas de ordem psicológica, social, congênitos ou de formação 
cultural que alteram o comportamento do trabalhador. 
São exemplos de condições inseguras e fatores pessoal de insegurança: 
• Exposição de parte vida nos quadros elétricos; 
• Proteção de periferia de laje; 
• Cabo de fiação elétrica pelo chão; 
• Operador de grau em posição de risco de queda sem cinto de segurança; 
• Falta de capacete; 
• Falta de máscara; 
• Falta de fardamento e botas; 
• Falta de cinto de segurança. 
 
Para a avaliação e análise de um risco, o processo global busca estimar a 
magnitude e decidir se ele é considerado tolerável ou inaceitável. Assim, Todas as 
medidas de segurança aplicadas ao ambiente visam proteger as pessoas por 
intermédio de uma das seguintes alternativas: 
• ELIMINAR O RISCO: Torná-lo definitivamente inexistente; 
• ISOLAR O RISCO: É a alternativa mais utilizada e não deve ser usada 
como substituta da primeira; e, 
• SINALIZAR O RISCO: É o recurso utilizado quando não há possibilidade 
de se aplicar nenhum dos anteriores. 
 
Para a identificação das causas dos acidentes de trabalho é utilizada uma 
abordagem, por meio de modelos, para que através dessa identificação, seja 
possível adotar a melhor estratégia. Entre os modelos temos: 
• Acidentes casuais; 
• Abordagem proativa; 
• Melhoria contínua; 
• Árvore de causas. 
 
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Os ATOS INSEGUROS são causas da maioria dos acidentes de trabalho, com 
origem quase que exclusiva da falha humana, ou seja, são aqueles que ocorrem na 
execução das tarefas, bem como de forma contrária às normas de segurança. 
Já as CONDIÇÕES INSEGURAS são as que têm menor índice de causas de 
acidentes, uma vez que são aquelas decorrentes do ambiente de trabalho e não da 
ação do homem. Mesmo sendo de origem diversa, as condições inseguras também 
colocam em risco a integridade física e/ou mental do trabalhador, devido à 
possibilidade de ele acidentar-se como deficiência técnica. 
Existem duas teorias sobre a ocorrência dos acidentes de trabalho. A primeira 
teoria é chamada de DOMINÓ, na qual os acidentes têm como causa os atos 
inseguros e as condições inseguras. A segunda teoria é a MODERNA, em que os 
acidentes têm origem social e multicausal. 
 
Figura 2: Causa dos acidentes 
 
Fonte: Sindicato dos Químicos SP/Sindicato dos Plásticos SP (1993). 
 
Heinrich representa sua concepção da casualidade dos acidentes de trabalho 
por meio de um arranjo específico de cinco peças de dominó (Ancestralidade, Falha 
pessoal, Condições inseguras, Acidente e Lesão). Na concepção de Heinrich, os 
elementos chaves para a prática de prevenção são os atos inseguros e as condições 
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inseguras, sendo que a grande maioria dos acidentes seria causada pelo 
comportamento inseguro do trabalhador. 
 
FIQUE ATENTO 
Os ATOS INSEGUROS são causas da maioria dos acidentes de trabalho, que 
residem exclusivamente no fator humano, ou seja, aqueles que ocorrem na 
execução das tarefas de forma contrária às normas de segurança. 
 
Figura 3: Teoria de Heinrich 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
Em 1960, o modelo de Heinrichfoi atualizado por Bird e Lotus, o novo modelo 
também era composto por 5 peças. A primeira peça seria a falta de controle, que é 
proveniente de programas e padrões inadequados e do cumprimento indevido 
destes padrões. A segunda peça seria a de causas básicas, que é composta pelos 
fatores pessoais e os fatores de trabalho. A terceira peça é a de causas imediatas, 
H 
O 
M 
E 
M 
M 
E 
I 
O 
A 
M 
B 
I 
E 
N 
T 
E 
Fatores pessoais 
de insegurança 
 
Fatores 
Materiais 
Atos 
Inseguros 
Condições 
Inseguras 
A 
C 
I 
D 
E 
N 
T 
E 
S 
e/ou 
D 
O 
E 
N 
Ç 
A 
S 
Lesões Físicas 
Danos Materiais 
Perda de Tempo 
 Doenças 
Ocupacionais 
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onde estão incluídos os atos e as condições abaixo dos padrões exigidos. A quarta 
peça é o incidente que se refere ao contato com a energia ou substâncias durante a 
operação do trabalho. A quinta e última peça é a das perdas que podem ser de 
pessoas, propriedades, processos e do meio ambiente. 
Os acidentes do trabalho, então, podem ser classificados como fenômenos 
socialmente previsíveis e preveníveis. Como também os fatores provocadores dos 
acidentes do trabalho são considerados como multicausas. 
Ao contrário de se constituir obra do acaso, como sugere a palavra acidente, os 
acidentes do trabalho são fenômenos previsíveis, dado que os fatores capazes de 
os desencadear encontram-se presentes na situação de trabalho (passíveis de 
identificação) muito tempo antes de serem desencadeados. 
 
Figura 4: Fatores que intervêm na produção do acidente 
 
 
Ferramentas Substâncias perigosas Iluminação 
Instalações Objetos Ordem 
Máquinas Ruído 
 
 ACIDENTE 
Conhecimento Sistemas de comunicação 
Habilidades Formação 
Atitudes Métodos e procedimentos 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
Agentes Materiais 
Características Pessoais Organização 
Entorno Ambiental 
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Para o acidente de trabalho, de modo geral, o fator humano remete sempre aos 
erros, às falhas humanas ou mesmo aos erros ocasionados por ações diretas dos 
operadores no desempenho de suas atividades. Desta forma, o comportamento do 
obreiro também faz parte do fator humano, sendo aquele que podemos observar, 
registrar e, em muitos casos, até filmar e quantificar, ou seja, é o conjunto de ações 
que determinada pessoa executa na interação com o mundo. 
É no âmbito dessa interação que ocorrem os acidentes e são geradas as 
condições para a sua ocorrência. Portanto, o comportamento é o fator humano mais 
visível, imediato e superficial, pois ocorre por diversos fatores, estando, entre eles, a 
própria visão que o homem tem do ambiente. 
Os valores das pessoas se desenvolvem como consequência do aprendizado e 
da experiência que elas encontram no ambiente cultural em que vivem. A liderança 
exerce forte influência na formação dos valores da organização. O mais forte 
instrumento para comunicar valores é o exemplo. As atitudes são influenciadas 
pelos valores. Uma atitude é o resultado de um comportamento pretendido. 
A crença é algo em que se acredita e não se pergunta o porquê. Algumas 
crenças exercem comandos negativos que prejudicam a segurança da pessoa: 
“ninguém morre na véspera; sofrer acidente faz parte do destino das pessoas; 
acidente faz parte do trabalho; coisa ruim não acontece comigo; sempre trabalhei 
assim e nunca aconteceu nada; sou esperto e sei como fazer; só acontece com 
quem não tem experiência”. As pessoas não se sentem motivadas para controlar 
riscos por não acreditarem na possibilidade de interferir nos acontecimentos. 
 
SAIBA MAIS 
Os acidentes do trabalho, então, podem ser classificados como fenômenos 
socialmente previsíveis e preveníveis. Como também os fatores provocadores dos 
acidentes do trabalho são considerados como multicausas. 
 
A cultura de segurança diz respeito ao conjunto de ações e costumes 
compartilhados por um grupo de pessoas que se sentem responsáveis pela 
segurança, com a finalidade de evitar ou diminuir os riscos de acidente. Os 
empregados vão além de suas “obrigações” para identificar comportamentos e 
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condições de risco para, intervindo, corrigi-los. Sendo assim, a segurança não é uma 
prioridade que pode ser mudada dependendo das exigências da situação; ao 
contrário, é um valor que está ligado a todas as outras prioridades, porém, isto é 
mais fácil ser dito do que ser feito. 
Entre os fatores responsáveis pela segurança e pela saúde, temos a gestão de 
pessoas, que deve estar voltada à formação de uma consciência prevencionista em 
todos os níveis da empresa, com o objetivo maior de alcançar uma cultura de 
segurança na organização e a gestão de ambiente e comportamental. 
De acordo com dados do Ministério da Previdência Social, no ano de 2009, os 
riscos decorrentes dos fatores ambientais do trabalho geraram 83 acidentes a cada 
hora, bem como uma morte a cada 3,5 horas de jornada diária, totalizando 2,5 mil 
registros apenas naquele ano. Por isso, a necessidade de uma gestão de segurança 
dentro do ambiente de trabalho. Estatísticas da Organização Internacional do 
Trabalho (OIT) indicam que o Brasil é o 4º colocado mundial em acidentes fatais e o 
15º em acidentes gerais. 
O fenômeno acidente do trabalho possui natureza complexa, apresentando-se 
como resultado indesejado da interação de uma rede múltiplos fatores causais. 
Dada a origem multifatorial e complexa deste evento, infere-se a necessidade de 
buscar todos os fatores que participam de sua gênese. 
A melhor maneira de minimizar os custos da empresa é investir na prevenção 
de acidentes. Muitos empresários têm a ideia errônea de que devem diminuir seus 
investimentos em equipamentos de proteção individual, contratação de pessoal de 
segurança do trabalho e medidas de segurança. O custo de um acidente pode trazer 
inúmeros prejuízos à empresa. 
Equiparam-se aos acidentes de trabalho os acidentes que acontecem quando o 
trabalhador: 
• está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho; 
• estiver em viagem a serviço da empresa; 
• estiver no trajeto entre a casa e o trabalho ou do trabalho para casa; 
• doença profissional (as doenças provocadas pelo tipo de trabalho); 
• doença do trabalho (as doenças causadas pelas condições do trabalho). 
 
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1.2 CLASSIFICAÇÃO DE MONTEAU 
 
Monteau sugere uma classificação dos acidentes do trabalho, que pode auxiliar 
na escolha de métodos para sua investigação,em condições de segurança do 
trabalho heterogêneas, como as existentes em nosso país. Ele classifica em três 
tipos. 
 
IMPORTANTE 
Equiparam-se aos acidentes de trabalho os acidentes que acontecem quando o 
trabalhador está prestando serviços por ordem da empresa fora do local de trabalho. 
 
MONTEAU analisa as principais características do fenômeno acidente (AT) 
segundo as fases de controle de risco das empresas e as respectivas taxas de 
frequência de AT, sugerindo uma classificação de acidentes de trabalho (TIPO 1, 
TIPO 2 e TIPO 3) que pode auxiliar a investigação das condições que possibilitaram 
a ocorrência destes eventos. 
• Tipo 1: Estrutura linear; 
• Tipo 2: Conjunções de poucos fatos variados; 
• Tipo 3: Conjunções de muitos fatos variados. 
 
Na tipo 1, a taxa de frequência é elevada e apresenta uma estrutura de poucos 
ou um único fator; é capaz de desencadear o acidente de trabalho. Eventos do tipo 1 
são frequentes em empresas onde inexiste sistema de gestão de segurança e saúde 
no trabalho ou onde essa gestão é ineficaz. A gravidade dos danos pode ser alta, 
inclusive com a ocorrência de acidentes fatais. Entre as situações acidentogênicas 
temos: 
• frequência de aparecimento: alta; 
• atividades em desenvolvimento: habituais e cotidianas; 
• natureza dos problemas: desrespeito às medidas de segurança; 
• diagnóstico a priori: fácil; 
• como diagnosticar: inspeções de segurança de rotina; 
• sistema de gestão de SST: inexistente ou ineficaz. 
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Podemos tomar como exemplo, o trabalhador sobe em telhado de fibrocimento, 
sem nenhuma proteção contra quedas, e cai de altura de 20 metros, vindo a falecer. 
Na tipo 2, a taxa de frequência é moderada e apresenta uma estrutura de 
acidentes de trabalho com conjunções de alguns fatores para o acontecimento. 
Eventos do tipo 2 em geral ocorrem em empresas com sistemas de gestão de SST 
reativo e baseado em controle de comportamentos, que fundamentam a segurança 
na avaliação policialesca de falhas visíveis e na capacitação, sem abandonar a 
punição. Assim, no tipo 2, temos as seguintes situações acidentogênicas: 
• frequência de aparecimento: esporádica; 
• atividades em desenvolvimento: manutenção, recuperação de incidentes, 
alterações não programadas ou não esperadas, atividades sequenciais 
interdependentes etc.; 
• natureza dos problemas: relacionados a fatores da organização do 
trabalho/ gerenciamento da empresa 
• diagnóstico a priori: baseado em bom nível de conhecimento do sistema e 
das atividades; 
• como diagnosticar: análises específicas; 
• sistema de gestão de SST: reativo e baseado em controle de 
comportamentos. 
 
Podemos tomar como exemplo, a furadeira de peças, com sistema de fixação 
do conjunto peça-gabarito, quebra e é temporariamente substituída por outra 
furadeira de peças, mas sem fixação. Durante a furação, uma peça sem fixação 
escapa, atingindo o operador. 
Na tipo 3, a taxa de frequência é baixa e apresenta uma estrutura de acidentes 
de trabalho com conjunções de vários fatores para o acontecimento. Entre as 
situação acidentogênicas do tipo 3, temos: 
• frequência de aparecimento: excepcional; 
• atividades em desenvolvimento: não habituais ou inespecíficas; 
• natureza dos problemas: acúmulo de fatores; 
• diagnóstico a priori: requer bom conhecimento sobre o sistema; 
• como diagnosticar: auditorias, AET e outros; 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
• sistema de gestão de SST: implantado e em funcionamento. 
 
Podemos tomar como exemplo, uma empresa que possui dois pega-toras 
(equipamentos tipo guindaste, destinados a transportar grandes toras de madeira). 
Por questões de redução de vendas, tem sido utilizado somente um deles. Cada um 
dos pega-toras tem sistema de operação diferente. Um dos operadores do turno 
noturno, sem o que fazer, está deslocado para outras tarefas no turno diurno. 
 
FIQUE ATENTO 
Podemos tomar como exemplo, o trabalhador sobe em telhado de fibrocimento, sem 
nenhuma proteção contra quedas, e cai de altura de 20 metros, vindo a falecer. 
 
O pega-toras, em uso, entra em pane durante o turno noturno e a equipe de 
manutenção de plantão (reduzida) não consegue consertá-lo. O operador disponível 
não está habituado a operar o outro equipamento. Um carregamento de toras, 
aguardado para o dia seguinte, chega à empresa ainda durante a noite e precisa ser 
descarregado. 
O supervisor designa o operador do pega-toras em pane para operar o outro 
raramente utilizado e determina que a descarga das toras seja feita de forma 
acelerada. Nessa situação, o trabalhador sofre um acidente. 
No Brasil, as empresas normalmente adotam uma visão monocausal nas 
análises de acidentes, que consiste na procura por uma causa única e fundamental 
para a ocorrência do acidente, no indivíduo ou no meio que o cerca, atos e 
condições inseguras, respectivamente. Na maioria dos acidentes, a falha humana é 
considerada como causa, o que é uma visão limitada, e que por isso, impede 
soluções definitivas para o problema. 
Para compreensão das causas dos acidentes faz-se necessário buscar 
respostas mais profundas, que só poderão ser obtidas com a migração da Visão 
Monocausal para uma Visão Multicausal, a qual considera que as causas dos 
acidentes são decorrentes da interação de diversos fatores humanos e 
organizacionais. 
 
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1.3 HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL 
 
A Revolução Industrial começou na Inglaterra e, posteriormente, espalhou-se 
pelos Estados Unidos e pela Europa Ocidental. O processo evolutivo nas operações 
de manufatura ocorreu entre 1760 e 1840. Essa etapa de transformação culminou 
na utilização de máquinas, na fabricação de produtos químicos, nos processos de 
produção do ferro, na maior eficiência da utilização da água como recurso de 
energia a vapor e no aperfeiçoamento de ferramentas, além da substituição da 
madeira pelo carvão mineral. 
No Brasil, a evolução da segurança do trabalho aconteceu mais tarde do que 
na Europa, uma vez que a nossa revolução industrial começou por volta de 1930. O 
país passava por um momento de desenvolvimento, mudando a economia de 
agrária para industrial. Nessa época, o então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, 
iniciou o processo de direitos trabalhistas individuais e coletivos com a criação da 
CLT, em 1943. 
 
SE LIGA 
O pega-toras em uso entra em pane, durante o turno noturno, e a equipe de 
manutenção de plantão (reduzida) não consegue consertá-lo. O operador disponível 
não está habituado a operar o outro equipamento. 
 
A Lei que tratava da proteção ao trabalho dos menores, foi desenvolvida só em 
23 de janeiro de 1819, devido à preocupação prevencionista que existia. Esta foi a 
primeira lei brasileira sobre acidentes de trabalho. A partir daí foi possível, em 21 de 
abril de 1941, empresários fundarem a Associação Brasileirapara Prevenção de 
Acidentes (ABPA). 
A Constituição Federal de 1934 incluiu a Justiça do Trabalho no capítulo "Da 
Ordem Econômica e Social". A função a ela atribuída era a de resolver os conflitos 
entre empregadores e empregados, dando origem à CLT e, no ano seguinte, com a 
reforma da lei de acidentes de trabalho, foi possível surgir a COMISSÃO INTERNA 
DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES, conhecida como CIPA. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A regulamentação da utilização dos equipamentos de proteção individual (EPI) 
só veio acontecer no ano de 1960. Com isso, em 1966 foi criada, conforme Lei n° 
5.161 a Fundação Centro Nacional de Segurança Higiene e Medicina do Trabalho, a 
atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, em 
homenagem ao seu primeiro presidente, hoje mais conhecida 
como FUNDACENTRO. 
A criação da Fundacentro foi sem dúvida um dos grandes feitos na história da 
segurança do trabalho e, partir de ações da entidade, a segurança do trabalho pode 
avançar de forma significativa. 
A Portaria 3.237, do Ministério do Trabalho de 1972, criou os serviços de 
Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o divisor entre a fase 
do profissional espontâneo e o legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos 
de preparação dos profissionais da área. 
Em 1978 foi feita a criação das NR – Normas Regulamentadoras, aprovadas 
pela Portaria 3.214 do MTE, aproveitando e ampliando as postarias existentes e 
Atos Normativos, adotados até na construção da Hidrelétrica e Itaipu. Na ocasião 
foram criadas 28 NR’s. Essa portaria representou um dos principais impulsos dados 
à área de Segurança e Medicina do Trabalho nos últimos anos. 
Devido à escassez de profissionais para compor o SESMT, em 1979 ocorreu 
uma resolução que regulamentou e realizou a criação de cursos em voltados à 
necessidade que se tinha para esses profissionais. Em 1983 a Portaria n° 33 alterou 
a Norma Regulamentadora 5 introduzindo nela os riscos ambientais. 
Em 1985 foi oficializada a especialização em Engenharia de Segurança do 
Trabalho e criada a categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho. No 
ano seguinte, correu a regulamentação para as profissões de Enfermagem, Técnico 
em Enfermagem e Auxiliar de Enfermagem. 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 5: Interseção do Programa de Prevenção dos Riscos Ambientais (PPRA) com o 
Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO). 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
Em 1990 o quadro do SESMT da Norma regulamentadora 4 foi atualizado. O 
SESMT a partir de então é formado por: 
• Engenheira de Segurança do Trabalho; 
• Medicina do Trabalho; 
• Enfermagem do Trabalho; 
• Técnico em Segurança do Trabalho; 
• Auxiliar de Enfermagem do Trabalho. 
 
A Lei 8.213/91, que foi posteriormente alterada pelo Decreto nº 611, de 21 de 
julho de 1992, também estabelece, nos artigos 19 a 21 e no artigo 22, a obrigação 
da empresa em comunicar os Acidentes do Trabalho às autoridades competentes. 
Em 1994 a NR 9, que anteriormente era nomeada como “Riscos Ambientais”, 
teve sua nomenclatura alterada para “Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais”. As empresas e trabalhadores da área, que trabalhavam sobre essas 
normas na época, imaginaram que tal mudança na norma resultaria em mudanças 
permanentes e impactantes nos conceitos da segurança do trabalho. Apesar dos 
impactos que a NR 9 trouxe terem sido de grande escala, a norma não chegou ao 
patamar do que se era imaginado. 
No ano de 2001 entra em vigor a Portaria n° 458, de 4 de outubro de 2001, e 
fica proibido a partir de então, o trabalho infantil no Brasil. O termo Ato Inseguro é 
retirado do item 1.7 da Norma Regulamentadora 1 em 2009. E isso é motivo de 
PPRA 
 
Higiene física, química, 
ocupacional, biológica. 
 
Segurança do trabalho 
PCMSO 
Admissional, periódico, 
demissional, 
mudança de função, 
retorno ao trabalho. 
Medicina do Trabalho 
 
ASO 
(ATESTADO DE SAÚDE 
OCUPACIONAL) 
Exames médicos 
19 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
comemoração para muitos prevencionistas, que reclamam que o termo retirava, em 
muitas vezes, a responsabilidade do empregador. Pois, era fácil rotular os acidentes 
somente como Ato Inseguro, e isso dificultava encontrar a verdadeira causa. 
 
1.4 HIERARQUIA LEGISLATIVA 
 
É importante conhecer e compreender corretamente a relação hierárquica 
existente entre as diferentes espécies normativas que integram nosso ordenamento 
jurídico. A repartição de competência legislativa entre os entes da federação pode 
ser horizontal, na qual se estabelecem campos materiais distintos, em atenção ao 
princípio da predominância do interesse, pelo qual cabe à União as matérias em que 
predomine o interesse nacional; aos Estados, as de interesse regional e aos 
Municípios as de interesse local, o que será sempre averiguado de acordo com 
a Constituição, em respeito ao denominado princípio da supremacia constitucional. 
A pirâmide de Kelsen representa um sistema normativo, em que há normas de 
hierarquia diversas. No topo da pirâmide está a Constituição. Em nível intermediário 
estão as leis. Em níveis inferiores os decretos editados pelo Poder Executivo. 
Para Kelsen, o fundamento de validade, não expresso, mas pressuposto, de 
uma determinada norma, não é o fato de uma pessoa ter posto essa norma num 
certo tempo e lugar, mas a norma segundo a qual devemos obedecer às ordens ou 
mandamentos daquela pessoa. 
A consequência é que normas de hierarquia inferior deverão observar as de 
hierarquia superior. Se uma norma inferior entra no ordenamento jurídico e viola a 
superior, aquela não pode ser apta a produzir efeitos jurídicos. Se a norma superior 
é inaugurada no sistema normativo e viola a inferior, ocorre a ab-rogação 
(revogação integral) ou derrogação (revogação parcial) desta. 
 
“as leis se classificam, hierarquicamente, segundo a maior ou menor 
extensão de sua eficácia e sua maior ou menor intensidade criadora do 
direito. Sob o primeiro aspecto, nos regimes políticos baseados na 
federação, as leis se distinguem em federais, estaduais e municipais. Sob o 
segundo aspecto, a classificação hierárquica se baseia na conformidade 
das normas inferiores às de categoria superior e esta conformidade se 
traduz em dois princípios: o da constitucionalidade e o da legalidade” (RÃO, 
1999, p. 23). 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
As leis federais têm precedência – ou seja, prioridade – sobre as leis estaduais 
e municipais, contemplando aspectos importantes da rotinado país. Nesse sentido, 
a liberdade de legislação dos estados e municípios é relativamente estreita. 
As leis delegadas são consideradas ato normativo elaborado pelo chefe do 
poder executivo, nos âmbitos federal, estadual e municipal, com a autorização da 
sua respectiva casa legislativa, para casos de relevância e urgência, quando a 
produção de uma lei ordinária levaria muito tempo para dar uma resposta à situação. 
O chefe do executivo solicita a autorização e o poder legislativo fixa o conteúdo e os 
termos de seu exercício. Depois de criada a lei pelo chefe do executivo, ela é 
remetida ao legislativo para avaliação e aprovação. Considerando que os limites 
foram respeitados e que a lei é conveniente, o legislativo a aprova, contudo, essa 
norma entra no sistema jurídico na qualidade de lei ordinária. 
Ao contrário do que muitos podem ser levados a acreditar, as leis federais, 
estaduais, distritais e municipais possuem o mesmo grau hierárquico. Assim sendo, 
um eventual conflito entre leis federais e estaduais ou entre leis estaduais e 
municipais não será resolvido por um critério hierárquico; a solução dependerá da 
repartição constitucional de competências. 
Analisando as normas federais, estaduais, municipais e distritais, convém 
ressaltar que também não existe hierarquia entre as normas oriundas de diferentes 
entes da federação brasileira. Portanto, descabe afirmar a superioridade da lei 
federal diante da lei estadual ou municipal. Afinal, o exercício de suas competências 
legislativas constitucionais, cada ente federado é dotado de autonomia política, 
inexistindo subordinação entre estes. 
As portarias são atos administrativo de qualquer autoridade pública, que 
contêm instruções acerca da aplicação de leis ou regulamentos, recomendações de 
caráter geral, normas de execução de serviço, nomeações, demissões, punições, ou 
qualquer outra determinação da sua competência. 
No Direito do Trabalho, os princípios constituem o fundamento do ordenamento 
jurídico. Dentre os principais princípios informadores do Direito do trabalho pode-se 
elencar o princípio da irrenunciabilidade dos direitos, princípio da continuidade da 
relação de emprego, princípio da primazia da realidade, princípio da razoabilidade, 
princípio da boa-fé e princípio protetor. 
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1.5 LEGISLAÇÃO ACIDENTÁRIA, PREVIDENCIÁRIA E SINDICAL 
 
O acidente pode decorrer de um acontecimento brusco e repentino (acidente 
típico), quando a data do acidente coincide com a do evento lesivo. Pode decorrer 
de doença do trabalho ou profissional, que foram equiparadas legalmente ao 
acidente típico. Nesses casos, a data do acidente é uma criação jurídica, já que as 
doenças ocupacionais são de lenta e progressiva evolução, pois, são decorrentes de 
um ambiente de trabalho agressivo ou de uma atividade laborativa agressiva. 
A legislação acidentária no Brasil seguiu o modelo germânico, modelo este 
que, fica para o Estado o monopólio do seguro acidentário. As peculiaridades do 
modelo germânico são que as empresas ficaram obrigadas a firmarem 
contrato de seguro de acidentes do trabalho, jurisdição especial para julgar as 
causas decorrentes de acidente de trabalho, e a fixação das indenizações 
através de lei, com órgão estatal. 
Ocorre que, apesar do sistema germânico adotar uma jurisdição especial, para 
julgar as ações decorrentes de acidente de trabalho, no Brasil, até 2004, competia à 
justiça comum processar e julgar esse tipo de litígio. 
Além das Constituições Federais de 1934, 1937 e 1942 trazerem 
expressamente a competência da justiça Estadual, para dirimir conflitos decorrentes 
de acidente de trabalho, também a súmula nº. 501, do Supremo Tribunal Federal, 
editada em 1969, declarava a competência da justiça ordinária estadual para 
processar e julgar, em ambas as instâncias, causas decorrentes de acidentes de 
trabalho. (MARTINS, 2010). 
A segunda (ergopatia ou mesopatia ou doenças atípicas) advêm não da 
profissão em si, mas das condições do exercício da função e do ambiente do 
trabalho. A doença do trabalho não depende da existência de qualificação 
profissional do obreiro, não acompanha o trabalhador no exercício da atividade. 
Alcança todos que laborem em condições adversas à saúde. É contraída, deflagrada 
ou agravada em virtude das circunstâncias em que o trabalho é realizado. Os 
acidentados devem provar que a atividade exercida determinou o surgimento ou o 
agravamento da doença. Não há presunção de nexo causal entre a doença e o 
labor, mesmo sendo obrigatório que a doença ou lesão esteja relacionada como tal 
22 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
na lista de que trata o Anexo II do Regulamento dos Benefícios da Previdência 
Social do Decreto nº.3.048, de 06 de maio de 1999. 
A primeira lei brasileira que tratava das questões previdenciárias foi um 
Decreto de 01/10/1821, de Dom Pedro, concedendo aposentadoria aos mestres e 
professores que completavam 30 anos de serviço. No entanto, o marco da 
Previdência Social no Brasil foi a publicação da Lei Eloy Chaves (Decreto 4.682 de 
24/01/1923) que criou as Caixas de Aposentadorias e Pensões para os ferroviários, 
em nível nacional, garantindo aposentadoria por invalidez, doença, velhice e morte. 
Posteriormente, os benefícios foram estendidos para os trabalhadores dos serviços 
portuários, marítimos, telegráficos, de luz, bonde e bancários, por meio de 
legislações próprias. Com o passar do tempo, as caixas de aposentadoria e pensões 
foram agrupadas em “Institutos de Aposentadoria e Pensões”. Em 1966, todos os 
institutos foram unificados pelo Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), o 
embrião do atual INSS (MARTINS, 2010). 
De acordo com a Constituição Federal, a saúde é um direito de todos e um 
dever do Estado. Isso significa que seu acesso é universal e igualitário, 
independentemente de contribuição direta pelo segurado. 
O Estado, no sentido de ente público — o que inclui Estados, Distrito Federal, 
União e Municípios — deve promover políticas sociais e econômicas com o objetivo 
de reduzir o risco de doenças, mediante ações e serviços para 
a proteção, promoção e recuperação da saúde. Isso significa que as ações voltadas 
à saúde pública devem tanto ser preventivas, quanto recuperativas. O Direito 
Previdenciário é, portanto, fundamental para a garantia do direito social de 
previdência social e, consequentemente, da dignidade do ser humano. 
Os sindicatos são a união dos trabalhadores para defenderem seus interesses, 
manifestarem seus anseios e conduzirem a luta por suas necessidades. A 
Contribuição Sindical, até outubro/2017, era devida por todos aqueles que 
participassem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma 
profissão liberal, em favor do sindicato representativo da mesma categoria ou 
profissão (artigo 583, decreto 5.452). 
A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma 
determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em 
23 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusivefotocópias ou 
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favor do sindicato representativo da mesma categoria ou profissão ou, inexistindo 
este, na conformidade do disposto no artigo 591. (NR pelo Decreto-Lei nº 229/1967) 
A legislação trabalhista em vigor está permitindo que os trabalhadores se 
tornem menos dependentes dos sindicatos, mas ao mesmo tempo, que fiquem mais 
expostos aos ditames da empresa em que trabalham, exigindo dos mesmos maior 
organização coletiva. 
 
1.6 CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS TRABALHISTAS 
 
As primeiras legislações sobre férias começaram a surgir no fim do século XIX, 
e eram permitidas, apenas quando o empregador oferecia. Na Dinamarca, por 
exemplo, havia uma lei que garantia o direito, mas somente para o trabalho 
doméstico. Posteriormente, começaram surgir leis nesse sentido, exemplo dos 
ingleses que adotaram lei específica em 1872 para determinadas indústrias. Mas 
esse direito conquistou um alcance mundial, mesmo com a criação da Organização 
Internacional do Trabalho. 
Férias é o período em que o trabalhador tem o direito de gozar de 30 dias de 
descanso. Segundo a Organização Internacional do Trabalho, as férias mantêm a 
saúde e a segurança do trabalhador. Todo o funcionário terá direito às férias, não 
havendo prejuízos a sua remuneração, além disso, esse período é contabilizado 
como tempo de serviço. O artigo 129 da lei da CLT diz: “Todo empregado terá direito 
anualmente ao gozo de um período de férias, sem prejuízo da remuneração” (Art. 
129). 
A jornada de trabalho é o período estabelecido no contrato da empresa, que 
deve ser cumprido pelo empregado. A CLT prevê a quantidade máxima de 8 horas 
diárias, um total de 44 horas semanais, desde que não seja definido outro horário 
específico. Essas horas devem estar registradas em um documento, que pode ser 
chamado de folha de ponto para o controle de horas. Ele anotará o seu horário de 
saída e término, além dos intervalos. 
Para muitos empregados, a jornada de trabalho serve para mensurar em que 
momento estes passam a receber horas extras e engordar os seus vencimentos no 
final do mês. Por outro lado, este não é o objetivo da Lei, a mesma está preocupada 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
em evitar abusos por parte do empregador e exposição do empregado a uma carga 
horária que possa prejudicar sua saúde e o próprio convívio familiar e social. 
Segundo o artigo. 7º inciso XIII, da Constituição Federal, a jornada de trabalho 
terá a duração de no máximo 8 horas diárias, com o limite de 44 horas semanais, 
esclarecendo que jornadas menores podem ser fixadas pela Lei, convenções 
coletivas ou regulamento de empresas. 
 
Tabela 2: 44 horas semanais com e sem compensação 
 
 SEM COM 
Segunda 08:00 08:40 
Terça 08:00 08:40 
Quarta 08:00 08:40 
Quinta 08:00 08:40 
Sexta 08:00 08:40 
Sábado 08:00 Folga 
Domingo Folga Folga 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
Atividades insalubres são aquelas em que os trabalhadores são expostos a 
agentes prejudiciais à saúde, em quantidades acima do que são permitidas por lei. 
São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem na 
Norma Regulamentadora 15. 
Diante do disposto no artigo 192 da CLT, o trabalho exercido em condições 
insalubres garante ao trabalhador a percepção de adicional, incidente sobre o 
salário-base do empregado, conforme inteligência da súmula 228 do Tribunal 
Superior do Trabalho. O percentual pode variar de 10%, 20% ou de 40%. 
Considerando que a base de cálculo do adicional de insalubridade é o salário-
mínimo da região. 
Periculosidade é a qualidade daquilo que é perigoso ou arriscado à vida. A 
diferença entre insalubridade e periculosidade causa muitas dúvidas, tanto para os 
trabalhadores, que recebem o adicional, como às empresas que pagam. É muito 
comum se deparar com uma pessoa que acredita estar recebendo o adicional de 
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periculosidade, mas na verdade é insalubridade. Também ocorre de uma pessoa 
não entender o valor adicional do benefício, por acreditar que este está inferior ao de 
uma determinada pessoa. 
 
“Serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por 
sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os 
empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância 
fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de 
exposição aos seus efeitos” (Consolidação das Leis do Trabalho, artigo 
189º). 
 
Homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações nos termos do art. 5º, I 
da CF/88, porém, sempre que houver uma diferença que os desiguale, a lei deve 
implementar formas de eliminá-la levando em conta os princípios da 
proporcionalidade e da razoabilidade, de modo a concretizar a igualdade também 
em sua acepção material. 
Com a realização das convenções da OIT, a tutela do trabalho da mulher foi se 
aprimorando progressivamente e, ainda em 1919, deu-se importante passo em 
relação à proteção da empregada gestante, com a realização da Convenção OIT nº 
3, relativa ao emprego das mulheres antes e depois do parto (proteção à 
maternidade), assegurando o afastamento da mulher do trabalho sem prejuízo do 
salário, licença-maternidade de 12 semanas, a qual podia ser inclusive prorrogada 
por motivo de saúde da gestante, mediante exibição de atestado médico e dois 
intervalos de meia hora para amamentar o filho. Também em 1919, a Convenção 
OIT nº 4 estabeleceu a proibição do trabalho da mulher nas indústrias. 
Proteção do trabalho da mulher: quando não específicas, e por força de 
igualdade entre homens e mulheres, constitucionalmente assegurada, as normas 
trabalhistas se aplicam sem distinção; quando necessária proteção especial, 
assegurada por lei extravagante, esta prevalecerá; se for menor de 18 anos, 
aplicam-se prioritariamente as leis de proteção aos menores de idade; é vedada a 
discriminação de salário por motivo de sexo e de trabalho insalubre às mulheres, 
que gozam ainda, de proteção à maternidade e à aposentadoria. 
 
 
 
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CAPÍTULO 2 - NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO 
 
2.1 SISTEMA DE GESTÃO DE SEGURANÇA 
 
O sistema de gestão de segurança é uma terminologia usada para se referir 
a sistemas abrangentes concebidos para gerenciar aspectos de risco de segurança 
operacional ("safety", sistema de gerenciamento da segurança operacional - SGSO), 
de segurança contra atos ilícitos ("security", sistema de gerenciamento da segurança 
contra atos ilícitos), de saúde ("health", sistema de gerenciamento da segurança da 
saúde), de meio ambiente ("environment", sistema de gerenciamento da segurança 
do meio ambiente) e em geral da indústria. Certas estruturas regulatórias e 
de fiscalização são aplicáveis. Um SGS (SMS) é a aplicação da gestão da 
qualidade de forma específica para a segurança.Os SGS se destinam a apoiar um movimento de afastamento 
da regulação prescritiva (que especifica os critérios que devem ser respeitados) em 
direção à regulação baseada em desempenho, que descreve os objetivos e permite 
que cada entidade regulada desenvolva seu próprio sistema para atingir os 
objetivos. Em outras palavras, a indústria deve desenvolver suas próprias políticas e 
sistemas para reduzir o risco, os quais devem incluir a implementação de sistemas 
para relatar e corrigir as deficiências. O regulador modifica então sua ênfase em 
verificação da conformidade com os regulamentos, passando a examinar os 
sistemas organizacionais e sua efetividade. 
A saúde e a integridade física dos funcionários de uma empresa são os 
principais suportes do sucesso. Para proteger e promover ainda mais a saúde e o 
desempenho dos funcionários, um novo padrão de sistema de gerenciamento de 
ISO 45001 foi desenvolvido. 
A política de segurança e saúde do trabalho (SST) deve ser apropriada à 
natureza e à escala dos riscos da SST da organização, tal pressupõe que a 
organização considera como prioridade a prevenção da sinistralidade laboral e das 
doenças profissionais. Quando uma organização tem consciência da natureza e 
gravidade dos seus riscos e dos perigos associados às suas atividades, concretiza 
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uma das etapas mais importantes para a consolidação e suporte dos princípios 
basilares da prevenção. 
O responsável da SST da organização apresenta os resultados do diagnóstico 
inicial, tentando sensibilizar a gestão de topo, para as vantagens de implementar um 
SGSST. A organização deve começar a ministrar formação apropriada aos seus 
diretores e quadros superiores e médios. O responsável pela aplicação efetiva do 
sistema, poderá necessitar ter formação em sistemas de gestão e nos requisitos da 
norma que a organização decida aplicar. Para além da formação é essencial 
começar a promover ações de sensibilização para o maior número possível de 
colaboradores, a fim de conseguir a adesão de todos e a boa colaboração de cada 
um para a implementação do sistema. Devem ser criados canais de comunicação 
que permitam informar todos os colaboradores sobre o desenvolvimento do projeto. 
A norma ABNT NBR 18001/2010 define sistema de gestão como sendo 
 
“uma estrutura organizacional com definições de responsabilidades técnicas 
e administrativas para desenvolver e implementar sua política de SST e 
para gerenciar seus riscos por meio de técnicas e das melhores práticas 
disponíveis de SST”. 
 
A gestão da segurança e da saúde ocupacional até recentemente estava 
situada em um modelo que lhe atribuía um caráter marginal dentro da organização, 
com a finalidade única de atender a legislação pertinente, que tentava mudar o 
comportamento dos trabalhadores, por serem considerados os únicos culpados 
pelos acidentes, além de não permitir a participação deste grupo de interessados 
nas questões relacionadas à SSO (BENITE, 2004). 
A implantação de uma gestão eficiente de Saúde e Segurança do Trabalho traz 
benefícios nas mais variadas esferas da empresa. Ela melhora a vida dos 
empregadores e empregados e aumenta a sensação de segurança dentro do 
ambiente de trabalho. Ter um sistema integrado, que mostra detalhadamente quais 
ações foram tomadas e que resultados foram gerados a partir dessas ações, torna o 
processo de segurança mais eficiente e eficaz. 
Um dos maiores benefícios para uma empresa que realiza a gestão eficiente e 
responsável de SST é a redução do absenteísmo durante o ano, pois, ela reduz as 
chances de acidentes de trabalho e melhora o ambiente em que o profissional atua. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Todos esses cuidados melhoram a qualidade de vida e saúde física do trabalhador, 
diminuindo o número de faltas por doença e afastamento temporário por acidentes. 
Quando as ações estratégicas para solucionar ou minimizar os riscos e 
acidentes são colocadas em prática, há uma redução no custo dos acidentes de 
trabalho, gerando economia com processos judiciais, o pagamento de FGTS durante 
todo o período de afastamento do colaborador da empresa, diminuição no 
absenteísmo, presenteísmo, aumento do Fator Acidentário Previdenciário (FAP), 
assim como multas pela falta de segurança dos trabalhadores, entre outros itens. 
 
2.2 ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DO TRABALHO 
 
Fundada em 1919 para promover a justiça social, a Organização Internacional 
do Trabalho (OIT) é a única agência das Nações Unidas, que tem estrutura tripartite, 
na qual representantes de governos, de organizações de empregadores e de 
trabalhadores de 187 Estados-membros participam em situação de igualdade das 
diversas instâncias da Organização. 
Em 1926, a Conferência Internacional do Trabalho estabeleceu uma inovação 
importante, a comissão de peritos, composta por juristas independentes e que 
examina os relatórios enviados pelos governos sobre a aplicação de convenções por 
eles ratificadas (as chamadas “memórias”). Todo ano, esta comissão apresentam 
seu próprio relatório à conferência. 
Na década de 30 a OIT é confrontada com o problema do desemprego em 
massa, produto da grande depressão. Como resultado, as convenções adotadas 
ofereciam um mínimo de proteção aos desempregados. Valores e princípios básicos 
da OIT até hoje: 
• o trabalho deve ser fonte de dignidade; 
• o trabalho não é uma mercadoria; 
• a pobreza, em qualquer lugar, é uma ameaça à prosperidade de todos; 
• todos os seres humanos têm o direito de perseguir o seu bem-estar 
material em condições de liberdade e dignidade, segurança econômica e 
igualdade de oportunidades. 
29 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A OIT realiza anualmente (todo mês de junho) a Conferência Internacional do 
Trabalho, que funciona como uma Assembleia Geral. Cada Estado-membro tem 
direito a enviar quatro delegados à Conferência, acompanhados por conselheiros 
técnicos: dois representantes do governo, um dos trabalhadores e um dos 
empregadores, todos com direito a voto independente. Nestas conferências 
internacionais é que se originam as convenções, recomendações e resoluções que 
tratam das relações do trabalho. 
As Convenções depois de votadas precisam ser ratificadas dentro do prazo de 
12 meses, pois, do contrário, entende-se ter ocorrido a Concordância Tácita. 
Enquanto que a Recomendação não é ratificada. 
As normas internacionais de trabalho são apoiadas por um sistema de controle 
que é único no nível internacional e que ajuda a assegurar que os países 
implementem as convenções que ratificam. A OIT examina regularmente a aplicação 
de normas nos Estados-membros e aponta as áreas onde elas poderiam ser melhor 
aplicadas. Se houver algum problema na aplicação das normas, a OIT procura 
ajudar os países através do diálogo social e da assistência técnica. 
Em 4 de maio de 2006, durante a XVI Reunião Regional Americana, em 
Brasília, oGoverno brasileiro lançou oficialmente a Agenda Nacional de Trabalho 
Decente (ANTD), elaborada em consulta com organizações de empregadores e de 
trabalhadores. Desde então, as áreas de atuação da OIT no Brasil têm se articulado. 
 
2.3 NORMAS TÉCNICAS 
 
No Brasil, a segurança e a saúde ocupacionais são regulamentadas na forma 
dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho (SESMT). Este serviço está previsto na legislação trabalhista brasileira e 
regulamentado pela portaria nº 3.214 de 08 de junho de 1978, considerando o 
disposto no art. 200, da CLT, com redação dada pela Lei n.º 6.514, de 22 de 
dezembro de 1977 do Ministério do Trabalho e Emprego, por intermédio 
da Regulamentadora 4,(NR-4) e as normas da ABNT referentes a segurança no 
trabalho. 
 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Consolida%C3%A7%C3%A3o_das_Leis_do_Trabalho
30 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
• NR 01 - Disposições Gerais 
• NR 02 - Inspeção Prévia (Revogada pela Portaria SEPRT 915, de 30 de 
julho de 2019)SEPRT 915, de 30 de julho de 2019) 
• NR 03 - Embargo ou Interdição 
• NR 04 - Serviços Especializados em Eng. de Segurança e em Medicina 
do Trabalho 
• NR 05 - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes 
• NR 06 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI 
• NR 07 - Programas de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
• NR 08 - Edificações 
• NR 09 - Programas de Prevenção de Riscos Ambientais 
• NR 10 - Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade 
• NR 11 - Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de 
Materiais 
• NR 12 - Máquinas e Equipamentos 
• NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressão 
• NR 14 - Fornos 
• NR 15 - Atividades e Operações Insalubres 
• NR 16 - Atividades e Operações Perigosas 
• NR 17 - Ergonomia 
• NR 18 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção 
• NR 19 - Explosivos 
• NR 20 - Líquidos Combustíveis e Inflamáveis 
• NR 21 - Trabalho a Céu Aberto 
• NR 22 - Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração 
• NR 23 - Proteção Contra Incêndios 
• NR 24 - Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho 
• NR 25 - Resíduos Industriais 
• NR 26 - Sinalização de Segurança 
31 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
• NR 27 - Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho 
(Revogada pela Portaria 262, de 30/05/2008) 
• NR 28 - Fiscalização e Penalidades 
• NR 29 - Segurança e Saúde no Trabalho Portuário 
• NR 30 - Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário 
• NR 31 - Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária 
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura 
• NR 32 - Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde 
• NR 33 - Segurança e Saúde no Trabalho em Espaços Confinados 
• NR 34 - Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da 
Construção e Reparação Naval 
• NR 35 - Trabalho em Altura 
• NR 36 - Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e 
Processamento de Carnes e Derivados 
• NR 37 - Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo 
 
• NRR 1 - Disposições Gerais (Revogada pela Portaria MTE 191/2008) 
• NRR 2 - Serviço Especializado em Prevenção de Acidentes do Trabalho 
Rural (Revogada pela Portaria MTE 191/2008) 
• NRR 3 - Comissão Interna De Prevenção De Acidentes Do Trabalho 
Rural (Revogada pela Portaria MTE 191/2008) 
• NRR 4 - Equipamento De Proteção Individual – EPI (Revogada 
pela Portaria MTE 191/2008) 
• NRR 5 - Produtos Químicos (Revogada pela Portaria MTE 191/2008) 
 
Em março de 2002 encontravam-se atualizados 71 convênios (de 184), 5 
protocolos e 73 recomendações (de 1945). Encontra-se em curso de elaboração 
outra ferramenta, que inclui uma base de dados com análises por país. Esta base de 
dados disponível no site da OIT contém informações, para cada Estado-membro, 
acerca dos convênios atualizados que se convida a ratificar, além de dados sobre a 
legislação e a prática dos Estados em relação às normas. A presente publicação, 
32 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
assim como a base de dados, responde a um pedido do Conselho de Administração 
que almejava assegurar a divulgação dos resultados de seus trabalhos. 
• Capítulo 1. Liberdade sindical, negociações coletivas e relações de 
Trabalho 
• Capítulo 2. Trabalho forçado 
• Capítulo 3. Igualdade de oportunidades e de tratamento 
• Capítulo 4. Eliminação do trabalho infantil e proteção dos menores 
• Capítulo 5. Administração e inspeção do trabalho 
• Capítulo 6. Consultas Tripartites 
• Capítulo 7. Política e promoção do emprego 
• Capítulo 8. Orientação e formação profissionais 
• Capítulo 9. Política Social 
• Capítulo 10. Salários 
• Capítulo 11. Tempo de trabalho 
• Capítulo 12. Seguridade e saúde no trabalho 
• Capítulo 13. Seguridade social 
• Capítulo 14. Proteção da maternidade 
• Capítulo 15. Trabalhadores do mar 
• Capítulo 16. Trabalho portuário 
• Capítulo 17. Trabalhadores migrantes 
• Capítulo 18. Povos indígenas e tribais 
• Capítulo 19. Categorias particulares de trabalhadores 
 
2.4 SERVIÇOS ESPECIALIZADOS EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA E EM 
MEDICINA DO TRABALHO – NR 4 
 
Sabemos que grande parte dos acidentes de trabalho ocorre porque os 
trabalhadores encontram-se despreparados para enfrentar certos riscos. 
Baseado nesse aumento de acidentes decorrentes das atividades profissionais 
criou-se em 1976 o SESMT a partir do Decreto-Lei Nº 229, de 28/02/1967. E 
posteriormente foi regulamentado, mais precisamente em 1972 pela Portaria Nº 
33 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3237. Em 1990 o quadro do SESMT foi alterado, sendo introduzidos todos os 
profissionais que participam dele atualmente. 
A Norma Regulamentadora 4 – NR4, cujo título é Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho, estabelece a obrigatoriedade 
das empresas públicas e privadas, os órgãos públicos da administração direta e 
indireta e dos poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos 
pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão Serviços Especializados 
em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), com a 
finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no local de 
trabalho. 
O SESMT é constituído por profissionais da área da saúde, variando somente a 
quantidade de empregados e o tipo das atividades. Estão entre eles: 
• Enfermeiros do Trabalho 
• Técnicos de Enfermagem do Trabalho 
• Engenheiro de Segurança do Trabalho 
• Técnico de Segurança do Trabalho 
• Médico do Trabalho 
 
Cada profissional desempenha uma função específica dentro da empresa. Os 
médicos,por exemplo, são responsáveis pelas questões relacionadas à saúde, 
como prescrição de medicamentos, primeiros socorros, tratamentos, vacinações e 
diagnósticos e por tratar dos casos de acidentes que estão sujeitos a acontecer em 
qualquer empresa. Os engenheiros e técnicos fazem parte da seção operacional, 
que é responsável por prevenir que aconteçam acidentes de trabalho, mantendo os 
equipamentos em bom funcionamento. 
Entre as cláusulas da NR-04 que esclarecem sobre os membros da SESMT, 
temos: 
• 4.4.1 Os profissionais integrantes do SESMT devem possuir formação e 
registro profissional em conformidade com o disposto na regulamentação 
da profissão e nos instrumentos normativos emitidos pelo respectivo 
Conselho Profissional, quando existente. 
 
34 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
• 4.4.2 Os profissionais integrantes dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho deverão ser 
empregados da empresa, salvo os casos previstos nos itens 4.14 e 4.15, 
da NR-04. 
 
• 4.14 As empresas cujos estabelecimentos não se enquadrem no Quadro 
II, anexo a esta NR, poderão dar assistência na área de segurança e 
medicina do trabalho a seus empregados através de SESMT comuns, 
organizados pelo sindicato ou associação da categoria econômica 
correspondente ou pelas próprias empresas interessadas. 
 
• 4.15 As empresas referidas no item 4.14 poderão optar pelos SESMT de 
instituição oficial ou instituição privada de utilidade pública, cabendo às 
empresas o custeio das despesas. 
 
• 4.7 Os Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em 
Medicina do Trabalho deverão ser chefiados por profissional qualificado, 
segundo os requisitos especificados no subitem 4.4.1 desta NR. 
 
A NR4 estipula uma jornada de trabalho dos profissionais integrantes do 
SESMT. Segundo esta norma, os Técnico de Segurança do Trabalho, Auxiliares de 
Enfermagem do Trabalho e Engenheiros de Segurança do Trabalho devem ter uma 
jornada de trabalho de oito horas. Enquanto os Médicos do Trabalho e Enfermeiro 
do Trabalho devem ter uma jornada de no mínimo três horas em período parcial ou 
seis horas em período integral. 
De acordo com a NR-04, compete ao SESMT as seguintes funções: 
 
a) aplicar os conhecimentos de engenharia de segurança e de Medicina do 
Trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, inclusive 
máquinas e equipamentos, de modo a reduzir até eliminar os riscos ali existentes à 
saúde do trabalhador; 
 
35 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
b) determinar, quando esgotados todos os meios conhecidos para a eliminação 
do risco e este persistir, mesmo reduzido, a utilização, pelo trabalhador, de 
Equipamentos de Proteção Individual – EPI, de acordo com o que determina a NR 6, 
desde que a concentração, a intensidade ou característica do agente assim o exija; 
 
c) colaborar, quando solicitado, nos projetos e na implantação de novas 
instalações físicas e tecnológicas da empresa, exercendo a competência disposta na 
alínea “a”; 
 
d) responsabilizar-se tecnicamente, pela orientação quanto ao cumprimento do 
disposto nas NR aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou seus 
estabelecimentos; 
 
e) manter permanente relacionamento com a CIPA, valendo-se ao máximo de 
suas observações, além de apoiá-la, treiná-la e atendê-la, conforme dispõe a NR-05; 
 
f) promover a realização de atividades de conscientização, educação e 
orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças 
ocupacionais, tanto através de campanhas quanto de programas de duração 
permanente; 
 
g) esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho e 
doenças ocupacionais, estimulando os em favor da prevenção; 
 
h) analisar e registrar em documento(s) específico(s) todos os acidentes 
ocorridos na empresa ou estabelecimento, com ou sem vítima, e todos os casos de 
doença ocupacional, descrevendo a história e as características do acidente e/ou da 
doença ocupacional, os fatores ambientais, as características do agente e as 
condições do(s) indivíduo(s) portador(es) de doença ocupacional ou acidentado(s); 
 
i) registrar mensalmente os dados atualizados de acidentes do trabalho, 
doenças ocupacionais e agentes de insalubridade, preenchendo, no mínimo, os 
36 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
quesitos descritos nos modelos de mapas constantes nos Quadros III, IV, V e VI, 
devendo o empregador manter a documentação à disposição da inspeção do 
trabalho; 
 
j) manter os registros de que tratam as alíneas “h” e “i” na sede dos Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho ou 
facilmente alcançáveis a partir da mesma, sendo de livre escolha da empresa o 
método de arquivamento e recuperação, desde que sejam asseguradas condições 
de acesso aos registros e entendimento de seu conteúdo, devendo ser guardados 
somente os mapas anuais dos dados correspondentes às alíneas “h” e “i” por um 
período não inferior a 5 (cinco) anos; 
 
k) as atividades dos profissionais integrantes dos Serviços Especializados em 
Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho são essencialmente 
prevencionistas, embora não seja vedado o atendimento de emergência, quando se 
tornar necessário. Entretanto, a elaboração de planos de controle de efeitos de 
catástrofes, de disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao 
salvamento e de imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de 
acidente estão incluídos em suas atividades”. 
 
Figura 6: Quadro III da NR 4 
 
Fonte: NR 4; Portaria MTPS n.º 510 (2016). 
37 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 7: Quadro IV da NR 4. 
 
Fonte: NR 4; Portaria MTPS n.º 510 (2016). 
 
Figura 8: Quadro V da NR 4 
 
Fonte: NR 4; Portaria MTPS n.º 510 (2016). 
 
 
38 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 9: Quadro VI da NR 4. 
 
Fonte: NR 4; Portaria MTPS n.º 510 (2016). 
 
É importante destacar, que o item 4.19 da NR-04 estabelece que: 
 
A empresa é responsável pelo cumprimento da NR, devendo assegurar, 
como um dos meios para concretizar tal responsabilidade, o exercício 
profissional dos componentes dos Serviços Especializados em Engenharia 
de Segurança e em Medicina do Trabalho. O impedimentodo referido 
exercício profissional, mesmo que parcial e o desvirtuamento ou desvio de 
funções constituem, em conjunto ou separadamente, infrações, se 
devidamente comprovadas, para os fins de aplicação das penalidades 
previstas na NR-28. 
 
Portanto, as empresas devem cumprir o estabelecido pelas normas 
regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. Evitando assim, possíveis 
notificações, interdições e/ou embargos pelos órgãos competentes, tal como 
despesas trabalhistas e previdenciárias. 
O texto da NR 4 que se refere ao dimensionamento do SESMT está previsto no 
item 4.2. Vejamos: 
 
o dimensionamento dos Serviços Especializados em Engenharia de 
Segurança e em Medicina do Trabalho vincula-se à gradação do risco da, 
atividade principal e ao número total de empregados do 
estabelecimento, constantes dos Quadros I e II anexos, observadas as 
exceções previstas nesta NR. 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
De maneira geral, o que tal texto da NR quis dizer é que o dimensionamento do 
SESMT é feito com base no grau de risco da atividade (que consta no Quadro I) 
e número total de empregados (Quadro II). 
 
Figura 10: Quadro I da NR 4. 
 
Fonte: NR 4; Portaria MTPS n.º 510 (2016). 
 
 
40 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Figura 11: Quadro II da NR 4 
 
Fonte: NR 4; Portaria MTPS n.º 510 (2016). 
 
2.5 TRANSPORTE ARMAZENAGEM E MANUSEIO DE MATÉRIAS – NR 11 
 
A NR 11 estabelece os requisitos de segurança a serem observados nos locais 
de trabalho, no que se refere ao transporte, à movimentação, à armazenagem e ao 
manuseio de materiais, tanto de forma mecânica, quanto manual, objetivando a 
prevenção de infortúnios laborais. 
As operações de elevadores, guindastes, transportadores industriais e 
máquinas transportadoras estão especificadas na cláusula 11.1 onde define que 
estes equipamentos devem ser construídos de modo a suportar a carga de projeto. 
Deve ser evitada a operação destas máquinas com emissão gases tóxicas em locais 
fechados. Os funcionários precisam de treinamento para operar estes equipamentos 
e os mesmos devem possuir buzina. 
Os transportes manuais de sacas especificadas na cláusula 11.2. Esta cláusula 
define que a distância máxima de transporte deve ser de 60 metros. Depois de 60 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
metros deve ser feita por carros. Para carga e descarga em caminhão é necessário 
ter ajudante. O número máximo de fiadas é definido em 30 para mecanizado e 20 
para manual. É recomendado para empilhamento de saco o uso esteira ou 
máquinas de empilhamento (empilhadeiras) e deve ser evitado o transporte manual 
em pisos molhados. 
A cláusula 11.3 e 11.4 remetem-se ao armazenamento de matérias. Nelas 
informam que o peso do material a ser armazenado não deverá exceder a 
capacidade de carga calculada para o piso. 
 
Tabela 3: Anexo I-2 da NR11 
ANEXO I – 2 
Tipo Definição 
Fueiros 
Peça metálica em formato de L com um de seus lados 
encaixados sobre a base do carro porta-bloco, que 
garante a estabilidade das chapas durante e após a 
serrada e enquanto as chapas estiverem sobre o carro. 
Carro porta blocos e 
carro transportador 
 
O carro porta bloco e o carro transportador devem dispor 
de proteção das partes que ofereçam risco com atenção 
especial aos cabos de aço, ganchos, roldanas, rodas do 
carro, polias, correias, engrenagens, acoplamentos e 
partes elétricas. 
Nenhum trabalho pode ser executado com pessoas entre 
chapa. É proibida a retirada de chapas por um único lado 
do carro porta bloco. 
As operações dos carros devem ser realizada por, no 
mínimo, duas pessoas treinadas e capacitadas. 
Pátio de estocagem 
Nos locais do pátio onde for realizada a movimentação e 
armazenagem de chapas deve ser observado os 
seguintes critérios: 
➢ Piso pavimentado, não escorregadio, sem 
saliências, nivelado e resistente ás cargas usuais; 
➢ Área de armazenagem deve ser protegida contra 
intempéries. 
Cavaletes 
Os cavaletes devem estar instalados sobre bases 
construídas de material resistente e impermeável, de 
42 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
forma a garantir perfeitas condições de estabilidade e de 
posicionamento, observando os seguintes requisitos: 
➢ Garantir apoio adequado e altura mínima de 1,5 m; 
➢ Os cavaletes verticais devem ser compostos de 
seções com largura máxima de 0,25 m; 
➢ As distâncias entre cavaletes e paredes do local 
deve ser de no mínimo 0,50 m; 
➢ A área principal de circulação de pessoas deve ser 
demarcada e possuir no mínimo 1,20 m de largura. 
Ventosas 
• Na movimentação de chapas com uso de 
ventosas, devem ser observados os seguintes 
requisitos mínimos: 
a. A válvula direcional das ventosas deve ter acesso 
e localização facilitada ao operador, respeitando a 
ergonomia e segurança do operador; 
b. Ventosas dotadas de dispositivo auxiliar que 
garanta a contenção da mangueira, evitando 
ricocheteamento em caso de desprendimento 
acidental; 
c. Borrachas das ventosas devem ter manutenção 
periódica e imediata substituição verificado 
desgaste, defeito ou deslocamento; 
d. Procedimentos de segurança em caso de falta de 
energia elétrica. 
As ventosas a vácuo gerado por equipamento elétrico 
devem possuir alarme sonoro e visual quando a 
pressão estiver fora dos limites de segurança. 
Cintas e laços 
sintéticos 
Movimentação de chapa para cargas com superfície 
extremamente escorregadias ou sensíveis. 
Cabos de aço 
Movimentação de chapa para cargas com superfície lisa, 
oleosa ou escorregadia. 
Correntes 
Movimentação de chapa para materiais em altas 
temperaturas e cargas que não tenham chapas ou perfis. 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
43 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2.6 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) – NR 6 
 
De acordo com a Norma Regulamentadora NR 6, é considerado Equipamento 
de Proteção Individual todo dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo 
trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a 
saúde no trabalho. É todo aquele composto por vários dispositivos, que o fabricante 
tenha associado contra um ou mais riscos que possam ocorrer simultaneamente, e 
que sejam suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho. 
O equipamento de proteçãoindividual, de fabricação nacional ou importado, só 
poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - 
CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego 
O equipamento de proteção individual, de fabricação nacional ou importado, só 
poderá ser posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação - 
CA, expedido pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego 
A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI 
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento, nas 
seguintes circunstâncias de sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam 
completa proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de doenças 
profissionais e do trabalho, enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem 
sendo implantadas e para atender a situações de emergência. 
Entre as obrigações do empregador, temos a de fornecer os Equipamentos de 
Proteção Individual (EPI’s) adequados, a depender da função e do risco de cada 
atividade, tal como exigir seu uso. Só deve ser fornecido ao trabalhador os EPI’s 
aprovados pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no 
trabalho, ainda, o empregador também precisa orientar e treinar o trabalhador sobre 
o uso adequado, guarda e conservação destes equipamentos. 
Quando danificado ou extraviado, o EPI deverá ser substituído imediatamente, 
bem como é necessário fazer a higienização e manutenção periódica, além de 
comunicar qualquer irregularidade observada no equipamento e registrar o seu 
fornecimento ao trabalhador, por meio de livros, fichas ou sistema eletrônico. 
44 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A NR 6 também estipula responsabilidades para os fabricantes dos EPI e aos 
importadores dos mesmos, entre essas temos o cadastro realizado no órgão 
nacional competente, certificado de aprovação do EPI, quando a especificação do 
EPI mudar, manutenção da qualidade do EPI que originou o CA, comercializar 
somente o EPI que tenha CA, comunicar o órgão competente caso houver 
alterações de dados cadastrais, o EPI deve ser vendido com instruções técnicas, 
orientação de uso, manutenção, restrições e número de lote de fabricação e avaliar 
conformidades do EPI no âmbito Sinmetro. 
A NR 6 também lista quais são os equipamentos de proteção individual, como 
os presente na tabela a seguir: 
 
Tabela 4: EPI’s listados na NR 6 
EPI para 
proteção 
EPI Objetivo 
CABEÇA 
Capacete 
Contra impacto de objetos, choques 
elétricos e para proteção do crânio e 
face contra agentes térmicos. 
Capuz ou balaclava 
Contra riscos de origem térmica, 
respingos e produtos químicos, 
agentes abrasivos e umidade 
proveniente de operações com uso 
de água. 
OHOS e FACE 
Óculos 
Proteção contra impacto de 
partículas volantes, luminosidade 
intensa, radiação ultravioleta, 
radiação infravermelha e respingos 
de produtos químicos. 
Protetor facial 
Proteção contra impactos de 
partículas volantes, luminosidade 
intensa, radiação ultravioleta, 
radiação infravermelha e respingos 
de produtos químicos. 
Máscara de solda 
Proteção contra impactos de 
partículas volantes, luminosidade 
intensa, radiação ultravioleta e 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
radiação infravermelha. 
AUDITIVA 
Circum-auricular Para proteção do sistema auditivo 
contra níveis de pressão sonora 
superiores ao estabelecido na NR 
15. 
Inserção 
Semi-auricular 
RESPIRATÓRIA 
Respirador purificador 
de ar 
Proteção contra poeiras, névoas, 
fumos, radionuclídeos, vapores 
orgânicos ou gases ácidos em 
ambientes com concentração 
inferior a 50 ppm 
gases emanados de produtos 
químicos, partículas e gases 
emanados de produtos químicos. 
Respirador purificador 
de ar motorizado 
Proteção contra poeiras, névoas, 
fumos e radionuclídeos. 
Respirador de adução 
de ar tipo linha de ar 
comprimido 
Para proteção das vias respiratórias 
em atmosferas com concentração 
imediatamente perigosa à vida e à 
saúde e em ambientes confinados. 
Máscara autônoma de 
circuito aberto ou 
fechado 
Para proteção das vias respiratórias 
em atmosferas com concentração 
imediatamente perigosa à vida e à 
saúde e em ambientes confinados. 
Respirador de fuga 
Contra agentes químicos em 
condições de escape de atmosferas 
imediatamente perigosa à vida e à 
saúde ou com concentração de 
oxigênio menor que 18% em 
volume. 
 
TRONCO 
 
Vestimentas 
Oferecem proteção ao tronco contra 
riscos de origem térmica, mecânica, 
química, radioativa, meteorológica e 
umidade proveniente de operações 
com uso de água. 
MEMBROS Luvas Proteção contra agentes abrasivos e 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
SUPERIORES escoriantes, agentes cortantes e 
perfurantes, choques elétricos, 
agentes térmicos, agentes 
biológicos, agentes químicos, 
vibrações e radiações ionizantes. 
Creme protetor 
Proteção dos membros superiores 
contra agentes químicos. 
Manga 
Para proteção do braço e antebraço 
contra choques elétricos, agentes 
abrasivos e escoriantes, cortantes e 
perfurantes, umidades provenientes 
de operações com uso de água, 
agentes térmicos e químicos. 
Braçadeira 
Proteção do antebraço contra 
agentes cortantes e escoriantes. 
Dedeira 
Proteção dos dedos contra agentes 
abrasivos e escoriantes. 
MEMBROS 
INFERIORES 
Calçado 
Proteção contra impactos de quedas 
de objetos sobre os dedos, agentes 
provenientes de energia elétrica, 
agentes térmicos, agentes abrasivos 
e escoriantes, agentes cortantes e 
perfurantes, umidade proveniente 
de operações com uso de água. 
Meia 
Proteção dos pés contra baixas 
temperaturas. 
Calça 
Proteção das pernas contra agentes 
abrasivos, escoriantes, químicos, 
térmicos e umidade proveniente de 
operações com uso de água. 
CORPO INTEIRO 
Macacão de segurança 
Proteção contra chamas, agentes 
térmicos, respingos de produtos 
químicos e umidade. 
Conjunto de segurança 
Conjunto de calça e blusão ou 
jaqueta ou paletó. 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Vestimenta de corpo 
inteiro 
Contra respingos de produtos 
químicos e umidade. 
QUEDAS COM 
DIFENÇA DE 
NIVEL 
Cinturão de segurança 
com dispositivo trava-
queda 
Dispositivo de proteção do usuário 
contra quedas em operações com 
movimentação vertical ou horizontal 
Cinturão de segurança 
com talabarte 
Proteção contra risco de queda no 
posicionamento em trabalhos em 
altura. 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2019).48 
 
 
 
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CAPÍTULO 3 - NORMAS DE REGULAMENTAÇÃO 12, 24 E 26 
 
3.1 MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS - NR 12 
 
A Norma Regulamentadora 12, cujo título é Segurança no Trabalho em 
Máquinas e Equipamentos, estabelece as medidas prevencionistas de segurança e 
higiene do trabalho a serem adotadas na instalação, operação e manutenção de 
máquinas e equipamentos, visando a prevenção de acidentes do trabalho. 
O homem não é apto, por si só, em seu meio de trabalho, a se proteger sem 
dispositivos de segurança. As máquinas e equipamentos devem se integrar, aos 
dispositivos de segurança. Dispositivos de segurança normalizados diminuem 
sensivelmente os riscos existentes, mas não eliminam totalmente. Ações adicionais, 
tais como capacitação contínua para operadores e pessoal da manutenção são 
sempre necessárias, bem como manutenções preventivas, conforme manuais são 
imprescindíveis. 
 
Figura 12: Estrutura NR12 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborada pelo autor, 2019. 
Estrutura 
NR 12 
18 
Tópicos 
12 
Anexos 
Outros 
Anexos 
8 áreas 
técnicas 
específicas 
3 anexos 
de apoio 
1 conteúdo 
programático 
198 itens 
/subitens 
Moinhos e Sopradores 
100 itens de aplicação 
imediata 
56 itens de prazo de 
máquinas novas e usadas 
Distâncias seguras 
Acesso permanente 
Glossário técnico 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
A norma NR 12 está estruturada de uma forma que possa ser mais fácil 
compreendida e aplicada. Iremos principalmente estudar os 18 tópicos mais 
importantes e seus 12 anexos da NR 12. 
A NR 12 trata da Proteção do Trabalhador no uso de máquinas e 
equipamentos e de várias características a elas associadas. O empregador deve 
garantir condições e medidas seguras de trabalho, como: proteção coletiva e 
individual, administração e organização do trabalho. As máquinas devem atender 
aos princípios de falha de segurança, principalmente quando em fase de utilização. 
Entre os pontos importantes da NR12 estão as cláusulas 12.1.1, 12.1.1.1 e a 
12.2, onde temos: 
 
12.1.1 “Esta Norma Regulamentadora e seus anexos definem referências 
técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a 
saúde e a integridade física dos trabalhadores e estabelece requisitos 
mínimos para a prevenção de acidentes e doenças do trabalho nas fases de 
projeto e de utilização de máquinas e equipamentos de todos os tipos, e 
ainda à sua fabricação, importação, comercialização, exposição e cessão a 
qualquer título, em todas as atividades econômicas,[...]” 
 
12.1.1.1 “Entende-se como fase de utilização a construção, transporte, 
montagem, instalação, ajuste, operação, limpeza, manutenção, inspeção, 
desativação e desmonte da máquina ou equipamento.” 
 
12.1.2. “As disposições desta Norma referem-se a máquinas e 
equipamentos novos e usados,[...]” 
 
O arranjo físico das instalações das fábricas é mencionado com o marcador 
principal 12.2. Estas cláusulas informam que as ferramentas a serem usadas 
durante a produção devem ser organizadas, armazenadas e dispostas em locais 
com especificações das mesmas e com suas finalidades. As máquinas estacionárias 
devem possuir medidas preventivas quanto à sua estabilidade, de modo que 
permaneçam estáveis e não se desloquem intempestivamente por vibrações, 
choques, forças externas previsíveis, forças dinâmicas internas ou qualquer outro 
motivo acidental. Nas máquinas móveis que possuem rodízios, deve se ter pelo 
menos duas travas. 
Na cláusula 12.3 da NR 12 estão presentes as informações sobre as 
instalações de dispositivos elétricos, onde entre as principais informações dessas 
especificações, temos: 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
12.3.2 Devem ser aterradas, conforme as normas técnicas oficiais vigentes, 
as instalações, carcaças, invólucros, blindagens ou partes condutoras das 
máquinas e equipamentos que não façam parte dos circuitos elétricos, mas 
que possam ficar sob tensão. 
 
12.3.6 As ligações e derivações dos condutores elétricos das máquinas e 
equipamentos devem ser feitas mediante dispositivos apropriados e 
conforme as normas técnicas oficiais vigentes, de modo a assegurar 
resistência mecânica e contato elétrico adequado, com características 
equivalentes aos condutores 3 elétricos utilizados e proteção contra riscos. 
 
12.3.7 As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que utilizem 
energia elétrica fornecida por fonte externa devem possuir dispositivo 
protetor contra sobrecorrente, dimensionado conforme a demanda de 
consumo do circuito. 
 
12.3.8 São proibidas nas máquinas e equipamentos: 
 
a) a utilização de chave geral como dispositivo de partida e parada; 
b) a utilização de chaves tipo faca nos circuitos elétricos; 
c) e a existência de partes energizadas expostas de circuitos que utilizam 
energia elétrica. 
 
As instalações elétricas das máquinas e equipamentos que estejam ou possam 
estar em contato direto ou indireto com água ou agentes corrosivos devem ser 
projetadas com meios e dispositivos que garantam sua blindagem, estanqueidade, 
isolamento e aterramento, de modo a prevenir a ocorrência de acidentes. 
 
3.2 CONDIÇÕES SANITÁRIAS E DE CONFORTO NOS LOCAIS DE TRABALHO 
– NR 24 
 
Nas especificações da Norma Regulamentadora 24 estão presentes 
informações de segurança com relação aos alojamentos, cozinha, instalações 
sanitárias, refeitórios e vestiários. 
Os alojamentos devem ter uma capacidade máxima de cem trabalhadores. Não 
sendo permitida a colocação de mais do que duas camas em posição vertical 
(beliches). As janelas devem ter medições mínima de 60 cm de lado. 
As cozinhas devem ser elaboradas nas proximidades dos refeitórios e devem 
ter ao menos uma ligação entre eles, que deverá ser utilizada como passagem para 
o local de alimentação. A altura mínima do teto deve estar a três metros. É 
imprescindível a utilização de portas metálicas ou de madeiras com métrica mínima 
de um metro de largura por dois metros e dez de altura. 
51 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
As instalações sanitárias devem ser separadas e indicadas pelo o sexo de uso 
dele. A cada vinte trabalhadores em atividade, é exigido um dimensionamento 
mínimo das áreas de um metro quadrado para cada cabine sanitária. 
As instalações sanitárias devem ter mictório de porcelana, ou outra composição 
semelhante, com acionamento da descarga manual ou automática. Com relação aos 
lavatórios, seu posicionamento deve ser feito em locais insalubres e devem conter 
uma torneira para a proporção de 10 trabalhadores em atividade. Em demais 
localizações é recomendado ouso de uma torneira para cada vinte operadores. 
Os refeitórios são necessários nas empresas que tenham mais de 300 
funcionários. Estes devem ser colocados em regiões luminosas e apropriadas, onde 
não deverá haver ligação direta entre o refeitório, instalações sanitárias e 
localidades insalubres ou perigosos. 
Nos refeitórios a ventilação e a luminosidade devem seguir as normas das 
legislações municipal, estadual e federal. Os funcionários devem nesse local ter 
acesso à água potável, que podem ser fornecidas tanto por bebedouros de jato 
inclinados, como em copos individuais. 
Os vestiários devem ser instalados em todos os estabelecimentos em que 
sejam necessárias as trocas de roupa, seja esse em ambiente industrial ou não. No 
local deve ter armários para uso individual e separados por sexo. 
Por se tratar de uma Norma Regulamentadora, todas as suas exigências lidam 
diretamente com a garantia da segurança e da saúde de seus trabalhadores. Além 
disso, qualquer eventual problema, coloca a empresa diante de questões 
pagamentos financeiros por doenças, ou até mesmo morte, de funcionários, bem 
como questões judiciais trabalhistas. 
 
3.3 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA – NR 26 
 
A NR 26 foi criada com o intuito de alcançar todas as gestões dentro de uma 
empresa, de modo que fosse possível disponibilizar mais segurança aos seus 
funcionários, com informações de compreensão simples e objetiva, a fim de evitar 
interpretações desnecessárias à aplicação da norma, fazendo com que o mercado 
52 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
de trabalho opere no mesmo sistema de regras, isto é, de forma padronizada 
promovendo uma melhoria dos processos. 
O primeiro ponto na NR 26 são as cores, que têm como objetivo indicar e 
advertir os riscos existentes, através dos reflexos e da visão. Devem ser utilizadas 
em estabelecimentos ou locais de trabalho, os quais possuam riscos a serem 
sinalizados. São utilizadas também para identificar os equipamentos de segurança, 
delimitar áreas, identificar tubulações empregadas para a condução de líquidos e 
gases e, por fim, para advertir contra riscos, tudo de acordo com o disposto nas 
normas técnicas oficiais. 
Embora a utilização de cores seja essencial, não dispensa o emprego de 
outras formas de prevenção de acidentes. A utilização das cores deve seguir as 
disposições de normas técnicas oficiais. Não devem ser utilizadas em excesso, já 
que podem provocar distração, confusão e fadiga ao trabalhador. 
A norma brasileira de regulamentação de cores para segurança (NBR 7195) 
informa qual cor deve ser utilizada para cada tipo de atividade de risco, sejam essas 
de proibição, perigo, cuidado, segurança, ação obrigatória, radiação etc. Nessas 
mencionadas as cores para cada uma podem ser encontradas na figura 13. 
 
Figura 13: Normas técnicas oficiais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
NBR 7195 
Cores para Segurança 
NBR 13434 
Sinalização de segurança contra 
incêndio e pânico 
NBR 6493 
Emprego de cores para 
identificação de tubulações 
industriais 
53 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
Com exceção das cores verde, branca e preta, as demais cores padronizadas 
nesta Norma não devem ser utilizadas na pintura do corpo de máquinas. Também é 
dada uma tabela de sugestão de cores de contraste, para destacar a visibilidade do 
anúncio de segurança. 
Segundo a norma da ABNT NBR 7195, o vermelho é usado para distinguir e 
indicar equipamentos e aparelhos de combate e proteção contra incêndio. A cor 
amarela, que representa cuidado, é para sinalizar partes baixas de escadas, 
corrimões, pisos, equipamentos perigosos, etc. 
 
Figura 14: Cores de Segurança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
A cor azul é usada para demonstrar uma ação que implique em segurança, 
como a utilização de EPIs. O preto é indicado para sinalizar coletores de resíduos 
que não sejam oriundos da saúde. A cor laranja é usada para sinalizar tanto perigo, 
como partes móveis de equipamentos. O verde é uma indicação de segurança, é 
utilizado em equipamentos seguros para uso. O púrpura sinaliza perigo proveniente 
de radiação. O branco é uso para as mais diversas aplicações, como localização do 
sanitário, faixa de pedestres etc. 
Na NBR 13434 estão especificados os empregos de cores para sinalização de 
segurança contra incêndio e pânico. Esta norma é dividida em três partes. A primeira 
BRANCO SEGURANÇA CUIDADO 
PRETO AÇÃO OBRIGATÓRIA PERIGO 
PROIBIÇÃO RADIAÇÃO 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
refere-se aos princípios de projeto. A segunda aos símbolos e suas forma, cores e 
dimensões. A terceira parte aos requisitos e métodos de ensaio. 
 O sinal de proibição tem o intuito e proibir ações que 
possam acarretar o princípio ou agravamento do incêndio. Para tal 
sinalização é usada uma forma circular, com barra diametral e 
faixa circular vermelha, usando o branco como cor de fundo e 
vermelho para o símbolo. 
O sinalizador de alerta é usado para áreas e materiais com 
risco potencial. Para tal sinalização é usada uma forma triangular 
na cor amarela, com moldura e símbolos de alerta na cor preta. 
O sinalizador de orientação e salvamento serve para 
sinalizar rotas de saída e qual ação deve ser feita para tal. É utilizada uma forma 
retangular ou quadrada na cor verde e sua borda e símbolos podem ser 
apresentados em outras cores, entretanto, devem ser fotoluminescentes. 
Os sinalizadores básicos para equipamentos servem para localizar a posição 
de algum equipamento de combate a incêndio. Tal sinalização deve ser feita 
utilizando uma forma retangular ou quadrada, na cor vermelha, com margem e 
símbolos em cores fotoluminescentes. 
Além das formas mencionadas, que são as formas básicas de sinalização, 
também é possível utilizar símbolos complementares, que utilizam uma combinação 
de cores de acordo com cada atividade com outros elementos, que podem ser 
símbolos complementares ou até mesmo mensagens. O mesmo acontece com os 
sinalizadores de segurança, nos quais mensagens são escritas, com cores e formas 
que atribuem especificações de segurança e tem contraste com as cores aplicadas. 
 
FIQUE LIGADO 
O sinalizador de alerta é usado para áreas e materiais com risco potencial. Para tal 
sinalização é usada uma forma triangular na cor amarela, com moldura e símbolos 
de alerta na cor preta. 
 
A ONU criou um sistema harmonizado globalmente para classificação e 
rotulagem de produtos químicos (GHS). Este sistema é uma abordagem lógica e 
 
55 
 
 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
abrangente,que tem o propósito unificar a classificação de perigos nos produtos 
químicos a nível mundial, realizando através de rótulos a comunicação do perigo, 
como também por meio das fichas de informação de segurança para produtos 
químicos (FISPQ). 
 
Figura 15: Formas de segurança 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019. 
 
Por meio da NR 26 e da NBR 14725 é que no Brasil a GHS é aplicada. A NBR 
14725 trata de produtos químicos, fornecendo informações sobre o meio ambiente, 
saúde e segurança. A NR 26 cobre todos os elementos da FISPQ seja pela 
classificação ou rotulagem. A classificação dos perigos deve ser baseada em 
ensaios predeterminados ou na GHS, que deve seguir os critérios estabelecidos na 
NBR 14725-2. A NBR 14725-3 trata das informações que devem estar contidas nos 
rótulos, tais como: 
• Identificação do produto e telefone de emergência do fornecedor; 
Circular: 
Símbolos de 
proibição e ação 
de comando 
Triangular: 
Símbolos de 
perigo ou alerta. 
Quadrada ou Retangular: 
Símbolos de orientação, socorro e 
emergência, identificação de 
equipamentos de combate ao 
incêndio e alarme 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
• Composição química; 
• Pictogramas de perigo; 
• Palavras de advertência; 
• Frases de perigo; 
• Frases de precaução; 
• Outras informações. 
 
A norma 14725-3 possui anexos com símbolos, frases e pictogramas já 
definidos, de acordo com a categoria do produto químico. Essa rotulagem é aplicada 
no contexto industrial, assim, o produto final para o consumo apresentará um rótulo 
diferenciado. 
O produto químico não classificado como perigoso deverá ter rotulagem 
preventiva simplificada que contenha, no mínimo, a indicação do nome, a 
informação de que se trata de produto não classificado como perigoso e 
recomendações de precaução. Os produtos notificados ou registrados como 
saneantes na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estão dispensados 
do cumprimento das obrigações de rotulagem preventiva. 
 
Figura 16: Rotulação segundo a NBR 14725-3 
 
Fonte: ABNT - NBR 14725-3, 2017. 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
As fichas de Informação de Segurança para Produtos Químicos devem ser 
criadas com base no disposto no GHS e obedecer a NBR 14725-4. O fabricante ou 
importador deve fornecer e tornar disponível a FISPQ para todo produto classificado 
como perigoso e para produtos que não sejam classificados como perigosos, mas 
que seus usos previstos ou recomendados originem riscos à segurança e à saúde 
dos trabalhadores. 
Assim como as outras, a NBR 14725-4 determina o que cada item da FISPQ 
deverá conter. Para misturas, devem ser explicitados na ficha com dados de 
segurança, o nome e a concentração, ou faixa de concentração, das substâncias 
que representam perigo à saúde dos trabalhadores 
 
Figura 17 - Símbolos, frases e pictogramas definidos na NBR 14725-3 
 
Fonte: ABNT NBR 14725-3, 2017. 
 
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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
O empregador deve assegurar o acesso dos trabalhadores às fichas com 
dados de segurança dos produtos químicos que utilizam no local de trabalho e os 
operários devem ser treinados. 
Muitos produtos químicos que são utilizados no cotidiano laboral podem 
representar um grande perigo às pessoas, e sua utilização incorreta pode causar 
diversos tipos de doenças decorrentes do trabalho além de transtornos ao meio 
ambiente. O local onde esses itens são guardados e a forma como é preservado 
também são itens fundamentais para garantir a segurança de todos. 
 
Figura 18: Modelo Orientativo de FISPQ de produto químico 
 
Fonte: ABNT – NBR 14725-4, 2014. 
 
A FISPQ (Ficha de Informações de Segurança de Produtos Químicos) é um 
documento normalizado pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
conforme norma, ABNT-NBR 14725. Este documento, denominado “Ficha com 
Dados de Segurança” segundo Decreto nº 2.657 de 03/07/1998 (promulga a 
Convenção nº 170 da Organização Internacional do Trabalho -OIT), deve ser 
recebido pelos empregadores que utilizem produtos químicos, tornando-se um 
documento obrigatório para a comercialização destes produtos. 
 
INDICAÇÕES BIBLIOGRÁFICAS 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR14725: Ficha de 
informações de segurança de produtos químicos - FISPQ. Rio de Janeiro, p. 2001. 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR13434: Sinalização 
contra incêndio e pânico Rio de Janeiro, 2004. 
 
 
 
 
 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A partir da análise completa deste estudo, verifica-se que a Segurança do 
Trabalho é uma ciência que tem a finalidade de proteger o trabalhador no seu 
ambiente de trabalho, através de um conjunto de técnicas e procedimentos 
estabelecidos na Norma Regulamentadora, eliminando ou diminuindo os riscos de 
acidentes do trabalho. 
Sendo assim, entende-se que acidente do Trabalho é uma ocorrência não 
programada, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, 
ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões no trabalhador e/ou danos materiais, 
ou seja, causando redução da capacidade funcional de trabalho, ou de ganho, ou, 
até de morte do indivíduo. 
Esperamos que nesta unidade tenhamos conseguido aprender, compreender e 
desenvolver os conhecimentos sobre algumas das principais legislações e normas 
regulamentadoras da Segurança aplicada ao Trabalho, desde as necessidades e 
peculiaridades do ambiente, como também dos procedimentos e equipamentos que 
devem ser utilizados a depender do tipo de função e de atividade desenvolvida, 
sempre levando em consideração o risco e a possibilidade de reduzir ou neutralizá-
lo. 
 
 
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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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_____. NBR 13434-2: Sinalização contra incêndio e pânico- Parte 2:Símbolose suas 
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Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma 
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou 
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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