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<p>(</p><p>O exerc</p><p>í</p><p>cio pro</p><p>fi</p><p>ssional do t</p><p>é</p><p>cnico em seguran</p><p>ç</p><p>a do trabalho n</p><p>ã</p><p>o</p><p>concorre</p><p>nem</p><p>se</p><p>confunde</p><p>com</p><p>o</p><p>de</p><p>outros</p><p>pro</p><p>fi</p><p>ssionais,</p><p>apesar</p><p>dos</p><p>demais</p><p>integrantes da empresa tamb</p><p>é</p><p>m serem respons</p><p>á</p><p>veis pela seguran</p><p>ç</p><p>a no</p><p>trabalho. A atua</p><p>çã</p><p>o de todos os pro</p><p>fi</p><p>ssionais se complementa na aplica</p><p>çã</p><p>o</p><p>de um conjunto de conhecimentos t</p><p>é</p><p>cnicos e cient</p><p>í</p><p>fi</p><p>cos na busca</p><p>permanente</p><p>de</p><p>encontrar</p><p>os</p><p>meios</p><p>poss</p><p>í</p><p>veis</p><p>para</p><p>promover</p><p>a</p><p>seguran</p><p>ç</p><p>a</p><p>e</p><p>a</p><p>sa</p><p>ú</p><p>de dos trabalhadores, n</p><p>ã</p><p>o somente t</p><p>é</p><p>cnica e economicamente, mas,</p><p>acima</p><p>de</p><p>tudo,</p><p>eticamente.</p><p>)</p><p>Pode-se acrescentar que o conjunto de “meios possíveis para promover a segurança e a saúde” visa a conhecer a magnitude dos acidentes e das doenças relacionados ao trabalho; identificar os fatores de riscos ocupacionais; estabelecer medidas de controle e prevenção; e avaliar os serviços de saúde permanentemente, visando à transformação das condições de trabalho e à garantia da qualidade da assistência à saúde do trabalhador.</p><p>Segundo o técnico em segurança do trabalho e coordenador do e-group SESMT, Cosmo Palasio de Moraes Junior:</p><p>O fato é que hoje cuidamos das formigas enquanto os elefantes andam soltos pelas organizações, adoecendo, mutilando e matando. Se o tempo dedicado às pequenas coisas fosse dedicado ao cuidado das grandes, as ações implementadas seriam mais eficazes.</p><p>Os hábitos inseguros de trabalho estão profundamente enraizados, até mesmo entre os trabalhadores mais jovens. A sociedade e os seus padrões, influenciados pela mídia, enaltecem as atividades de alto risco. Desde muito pequenas, as crianças</p><p>aprendem que os heróis são pessoas ousadas, que arriscam a própria vida principalmente no exercício da profissão.</p><p>(</p><p>Tais h</p><p>á</p><p>bitos profundamente enraizados, seja no trabalhador, seja</p><p>n</p><p>a</p><p>s</p><p>o</p><p>r</p><p>g</p><p>a</p><p>n</p><p>i</p><p>z</p><p>a</p><p>ç</p><p>õ</p><p>e</p><p>s</p><p>,</p><p>a</p><p>ss</p><p>o</p><p>c</p><p>i</p><p>a</p><p>d</p><p>o</p><p>s</p><p>a</p><p>o</p><p>n</p><p>ã</p><p>o</p><p>c</p><p>o</p><p>n</p><p>h</p><p>e</p><p>c</p><p>i</p><p>m</p><p>e</p><p>n</p><p>t</p><p>o</p><p>d</p><p>a</p><p>s</p><p>c</p><p>o</p><p>n</p><p>d</p><p>i</p><p>ç</p><p>õ</p><p>e</p><p>s</p><p>perigosas do ambiente de trabalho, constituem as principais barreiras</p><p>para</p><p>a</p><p>seguran</p><p>ç</p><p>a</p><p>e</p><p>a</p><p>sa</p><p>ú</p><p>de</p><p>do</p><p>trabalhador.</p><p>)</p><p>Espera-se que a organização encontre o equilíbrio entre a perspectiva econômica (que deve assegurar competitividade), a conformidade legal (que deve assegurar legalidade no cumprimento da legislação aplicável), a atuação ética (que deve assegurar responsabilidade social na busca do que é correto) e a postura política (que deve assegurar a legitimidade junto às partes interessadas), a fim de criar um ambiente favorável para a continuidade de suas atividades.</p><p>Como é regulamentada a profissão do técnico em segurança do trabalho?</p><p>O técnico em segurança do trabalho é um profissional integrante do SESMT (Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho). Esse serviço tem seu dimensionamento fundamentado na NR-4, a qual define o número de profissionais nas empresas em função da quantidade de funcionários e do grau de risco. Quanto mais funcionários e maior o grau de risco da empresa, maiores serão a equipe do SESMT e a quantidade de técnicos em segurança do trabalho.</p><p>A NR-4 contém atribuições específicas para esses profissionais, não estabelecendo hierarquia específica. O técnico em segurança do trabalho poderá trabalhar sozinho (muitas empresas contam com apenas um profissional de segurança do trabalho) ou em equipes, por vezes numerosas.</p><p>Resumidamente, tais atribuições são:</p><p>Aplicação dos conhecimentos de segurança e de medicina do trabalho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes</p><p>Determinação dos equipamentos de proteção individual (EPIs)</p><p>Colaboração nos projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas da empresa</p><p>Orientação quanto ao cumprimento do disposto nas NRs aplicáveis às atividades executadas pela empresa e/ou pelos estabelecimentos</p><p>Relacionamento com a CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes)</p><p>Promoção e realização de atividades de conscientização, educação e orientação dos trabalhadores para a prevenção de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais</p><p>Conscientização dos empregadores sobre acidentes do trabalho e doenças ocupacionais, estimulando a prevenção</p><p>Análise e registro de todos os acidentes ocorridos na empresa ou no estabelecimento</p><p>Registro mensal dos dados atualizados de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade</p><p>Atendimento a emergências, elaboração de planos de controle de efeitos de catástrofes, disponibilidade de meios que visem ao combate a incêndios e ao salvamento, imediata atenção à vítima deste ou de qualquer outro tipo de acidente</p><p>A NR-4 descreve que os profissionais integrantes do SESMT devem conter formação e registro profissional em conformidade com o disposto na regulamentação da profissão. Sendo assim, quanto à regulamentação da profissão do técnico em segurança do trabalho, deve-se observar a Lei n.º 7.410, de 27 de novembro de 1985.</p><p>Cabe ao Ministério da Economia definir as atividades da função de técnico em segurança do trabalho. Para tanto, em 21 de setembro de 1989, foi promulgada a Portaria n.º 3.275, que, em resumo, determina os seguintes pontos:</p><p>Informar o empregador e os empregados sobre os riscos existentes nos ambientes de trabalho e a forma de controlar esses riscos</p><p>Analisar os métodos e os processos de trabalho e identificar os fatores de risco de acidente de trabalho e doenças profissionais e do trabalho e a presença de agentes ambientais agressivos ao trabalhador, propondo um controle</p><p>Executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os resultados alcançados, visando à melhoria contínua</p><p>Executar programas de saúde e segurança do trabalho</p><p>Promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, treinamentos e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com objetivos de saúde e segurança do trabalho</p><p>Executar as normas de segurança referentes a projetos de construção, ampliação, reforma, arranjos físicos e de fluxos, visando à observância das medidas de segurança e higiene do trabalho, inclusive por terceiros</p><p>Encaminhar aos setores e às áreas competentes normas, regulamentos, documentação, dados estatísticos, resultados de análise e avaliações, materiais de apoio técnico e/ou educacional e outros de divulgação para conhecimento e autodesenvolvimento do trabalhador</p><p>Indicar, solicitar e inspecionar equipamentos de proteção contra incêndio Cooperar com as atividades do meio ambiente</p><p>Orientar as atividades desenvolvidas por empresas contratadas quanto aos procedimentos de segurança e higiene do trabalho</p><p>Executar atividades ligadas à segurança e à higiene do trabalho, utilizando técnicas e métodos científicos e observando dispositivos legais</p><p>Levantar e estudar dados estatísticos de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho e calcular a frequência e a gravidade deles</p><p>Articular-se e colaborar com os setores responsáveis pelos recursos humanos, fornecendo-lhes resultados de levantamento técnicos de riscos das áreas e das atividades</p><p>Informar os trabalhadores e o empregador sobre as atividades insalubres, perigosas e penosas existentes na empresa</p><p>Avaliar as condições ambientais de trabalho e emitir parecer técnico</p><p>Articular-se e colaborar com os órgãos e as entidades relacionados à saúde e à segurança do trabalho</p><p>Participar de seminários, treinamentos, congressos e cursos visando ao intercâmbio e ao aperfeiçoamento profissional</p><p>Segundo Barsano (2018), a ética é definida como uma explicação teórica dos comportamentos morais do ser humano, seja na busca da realização individual, seja na busca do bem comum. A ética profissional na saúde e na segurança do trabalho é de suma importância para o ambiente organizacional, pois compreende comportamentos morais de ambos os lados (empregador e empregados) nas relações trabalhistas.</p><p>(</p><p>Voc</p><p>ê</p><p>, como t</p><p>é</p><p>cnico em seguran</p><p>ç</p><p>a do trabalho, precisa ter</p><p>compromisso com a moral, principalmente nos atendimentos aos</p><p>clientes (internos e externos), com deveres e responsabilidades</p><p>indeleg</p><p>á</p><p>veis. Al</p><p>é</p><p>m disso,</p><p>previdenciárias é uma obrigação da empresa e pode ajudar a gerir mais assertivamente os riscos e as condições de trabalho. Os documentos, embora não tenham cunho de prevenção, apresentam informações extremamente importantes sobre o ambiente de trabalho e indicam se a condição é ou não salutar. Além disso, se bem gerenciados, podem ser aliados no estabelecimento de medidas de prevenção e correção.</p><p>Conceitos e tipos de acidente de trabalho (CAT, NTEP e FAP)</p><p>Um dos principais conceitos que o senso comum aborda ao tratar da segurança do trabalho é a prevenção dos acidentes de trabalho. Portanto, é de suma importância que tal conceito esteja claro para os futuros profissionais da área de saúde e segurança do trabalho.</p><p>Outro fato interessante é que o acidente de trabalho é tratado sob diferentes pontos de vista nesse ramo de atividade, os quais são divididos basicamente em dois conceitos: legal e prevencionista.</p><p>(#modal-constituicao)</p><p>(#modal-codigo)</p><p>Conceito legal x conceito prevencionista</p><p>A principal divergência entre os dois conceitos está no fato de que, no conceito legal, é preciso ocorrer alguma lesão ou alguma perturbação à saúde do trabalhador. Já no conceito prevencionista, antes mesmo de ocorrerem lesões, a perda de tempo e</p><p>de materiais também é levada em conta, pois houve uma falha no processo de trabalho. Ainda, se a perda for apenas material, é classificada como incidente, ou seja, um quase acidente.</p><p>(</p><p>Quando um incidente ocorre, deve-se dar a devida aten</p><p>çã</p><p>o ao fato,</p><p>pois, por mais que naquele momento n</p><p>ã</p><p>o houvesse nenhum tipo de</p><p>l</p><p>e</p><p>s</p><p>ã</p><p>o</p><p>a</p><p>o</p><p>s</p><p>t</p><p>r</p><p>a</p><p>b</p><p>a</p><p>l</p><p>h</p><p>a</p><p>d</p><p>o</p><p>r</p><p>e</p><p>s</p><p>,</p><p>e</p><p>m</p><p>u</p><p>m</p><p>p</p><p>r</p><p>ó</p><p>x</p><p>i</p><p>m</p><p>o</p><p>,</p><p>s</p><p>e</p><p>a</p><p>m</p><p>e</p><p>s</p><p>m</p><p>a</p><p>f</p><p>a</p><p>l</p><p>h</p><p>a</p><p>f</p><p>o</p><p>r</p><p>r</p><p>e</p><p>p</p><p>e</p><p>t</p><p>i</p><p>d</p><p>a</p><p>,</p><p>algo</p><p>com</p><p>propor</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>maiores</p><p>pode</p><p>vir</p><p>a</p><p>acontecer.</p><p>)</p><p>CAT</p><p>Segundo determinação da Previdência Social, os empregadores devem comunicar acidentes de trabalho ou de trajeto e a ocorrência de doenças ocupacionais com os funcionários por meio da CAT (comunicação de acidente de trabalho).</p><p>Acidente de trabalho ou de trajeto é aquele ocorrido no exercício da atividade profissional a serviço da empresa ou no deslocamento entre residência e trabalho (e vice-versa) que provoque lesão corporal ou perturbação funcional e que cause a perda ou a redução (permanente ou temporária) da capacidade para o trabalho. Em último caso, pode causar a morte.</p><p>As doenças ocupacionais são aquelas geradas em consequência do trabalho, podendo ser classificadas como doenças profissionais e doenças do trabalho.</p><p>O período para preencher a comunicação é até o primeiro dia útil após o acidente ocorrido, e, quando há óbito, este deve ser comunicado imediatamente às autoridades competentes.</p><p>Mesmo havendo a obrigatoriedade de as empresas realizarem a comunicação do acidente por meio da CAT, o não preenchimento desta não impede que seja caracterizada a relação entre a atividade executada e a comprovação por perícia médica, principalmente nos casos em que ocorrem afastamentos superiores a 15 dias.</p><p>(</p><p>Preencher</p><p>a</p><p>CAT</p><p>n</p><p>ã</p><p>o</p><p>necessariamente</p><p>concede</p><p>aos</p><p>trabalhadores</p><p>acidentados</p><p>pagamento</p><p>de</p><p>benef</p><p>í</p><p>cio</p><p>por</p><p>incapacidade.</p><p>Algumas</p><p>empresas,</p><p>equivocadamente,</p><p>apenas</p><p>preenchem</p><p>a</p><p>CAT</p><p>em</p><p>situa</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>em</p><p>que</p><p>o</p><p>trabalhador</p><p>acidentado</p><p>é</p><p>afastado.</p><p>Contudo,</p><p>todos</p><p>acidentes</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>devem</p><p>ser</p><p>comunicados,</p><p>para</p><p>fi</p><p>ns</p><p>os</p><p>de</p><p>levantamentos</p><p>estat</p><p>í</p><p>sticos</p><p>e</p><p>estudos</p><p>de</p><p>aumento</p><p>de</p><p>casos</p><p>de</p><p>acidentes.</p><p>)</p><p>As empresas sempre devem comunicar ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) os acidentes do trabalho. As comunicações podem ser feitas destas formas:</p><p>A CAT inicial é utilizada para acidentes típicos ou de trajeto, doenças profissionais e óbitos.</p><p>A CAT de reabertura será utilizada para casos de afastamento por agravamento de lesão de acidente do trabalho ou de doença profissional ou do trabalho.</p><p>A CAT de comunicação de óbito: utilizada quando um óbito não ocorre imediatamente em virtude de um acidente de trabalho ou de uma doença ocupacional. Cabe ressaltar que, nessa situação, uma CAT inicial já foi aberta.</p><p>Na CAT de reabertura, deverão constar as mesmas informações da época do acidente, exceto quanto ao afastamento, último dia trabalhado, atestado médico e data da emissão, que serão relativos à data da reabertura. Não será considerada CAT de reabertura a situação de simples assistência médica ou de afastamento com menos de 15 dias consecutivos.</p><p>A CAT deve ser preenchida preferencialmente no portal da Previdência Social na Internet, por meio de um software específico, ou nas agências de atendimento do INSS.</p><p>As CATs emitidas junto ao INSS devem ser fornecidas em quatro cópias:</p><p>Primeira via ao INSS</p><p>Segunda via ao segurado ou dependente</p><p>Terceira via ao sindicato de classe do trabalhador</p><p>Quarta via à empresa</p><p>Ainda, é possível acessar o programa disponível no site do INSS. O sítio disponibiliza o modelo de formulário da CAT e os documentos e as informações necessários para emissão desta etc.</p><p>NTEP</p><p>Há algum tempo, um trabalhador que tivesse sofrido um acidente de trabalho ou adquirido uma doença ocupacional receberia benefícios específicos ou até mesmo estabilidade no emprego. Porém, para tanto, a CAT deveria ser emitida pela empresa, pois, caso contrário, o próprio trabalhador deveria comprovar que a lesão ou a doença adquirida teria relação com o trabalho por ele executado (nexo causal).</p><p>Quando a empresa emitia a CAT, o INSS declarava o nexo técnico (NTP) afirmando que a doença tinha relação com o trabalho executado. Entretanto, se a CAT fosse emitida por outras partes diferentes das da empresa (sindicato ou o próprio trabalhador), o perito do INSS não levava tal fato em consideração e a doença não era vista como atrelada à atividade laboral.</p><p>A Previdência Social não deixava de conceder o benefício de auxílio-doença (quando o afastamento é necessário, mas não tem relação com o trabalho). Nessas situações, o trabalhador deveria tentar comprovar o nexo da sua doença com o seu trabalho e converter o benefício para auxílio-doença acidentário.</p><p>Em 2006, entrou em vigor a Lei n.º 11.430, que trouxe alterações significativas quanto à comprovação de acidentes de trabalho e ao trabalho do acidentado. Criou-se então o NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário). A forma de abordagem passou a ter um aspecto coletivo ao invés de individual. A partir daí, para caracterizar o nexo causal das doenças ocupacionais, passaram a ser levados em conta levantamentos epidemiológicos estatísticos.</p><p>(</p><p>O</p><p>signi</p><p>fi</p><p>cado</p><p>de</p><p>epidemiologia</p><p>est</p><p>á</p><p>ligado</p><p>a</p><p>estudos</p><p>interdisciplinares</p><p>de</p><p>fatores</p><p>que</p><p>podem</p><p>in</p><p>fl</p><p>uenciar</p><p>o</p><p>aumento</p><p>de</p><p>doen</p><p>ç</p><p>as e a difus</p><p>ã</p><p>o delas em determinada popula</p><p>çã</p><p>o. O NTEP</p><p>é</p><p>aplicado</p><p>para</p><p>fi</p><p>xar</p><p>o</p><p>nexo</p><p>causal</p><p>das</p><p>doen</p><p>ç</p><p>as</p><p>ocupacionais,</p><p>n</p><p>ã</p><p>o</p><p>estando</p><p>ligado</p><p>aos</p><p>acidentes</p><p>t</p><p>í</p><p>picos.</p><p>O NTEP pode ser representado pelo seguinte conceito:</p><p>NTEP</p><p>=</p><p>NTP</p><p>+</p><p>EVID</p><p>Ê</p><p>NCIAS</p><p>EPIDEMIOL</p><p>Ó</p><p>GICAS</p><p>)</p><p>O NTEP é mais abrangente, pois considera primeiramente o NTP (diagnóstico individual) e o cruza com as ocorrências estatísticas dentro da classificação nacional de atividades econômicas (CNAE). Resumidamente, o NTEP identifica quais são as</p><p>doenças e os acidentes que têm relação com o exercício de determinada atividade laboral de acordo com o INSS.</p><p>Se estatisticamente existe relação entre a doença e o setor econômico, automaticamente o trabalhador tem direito ao benefício acidentário, diferentemente do que era praticado anos atrás, quando era pago apenas o benefício previdenciário normal.</p><p>Nesses casos, a empresa precisa provar que não é responsável por causar dano ao trabalhador. Daí a importância de elaborar dados estatísticos e documentar programas de prevenção para uma possível justificativa da empresa de que não tem responsabilidade por aquela lesão.</p><p>FAP</p><p>O FAP (fator acidentário de prevenção) funciona com um multiplicador que visa a cobrar</p><p>das empresas que apresentam maiores índices de doenças ocupacionais aposentadorias especiais e acidentes de trabalho. Essa cobrança serve como uma forma de custear os gastos públicos gerados com essas ocorrências, ou seja, quem não tem controle sobre a segurança paga alíquotas maiores.</p><p>O FAP varia de 0,5 a 2,0 de acordo com o número de doenças ocupacionais e acidentes ocorridos e deve ser multiplicado sobre percentuais de 1%, 2% e 3% conforme o grau de risco de cada uma das empresas. Essa situação está diretamente ligada ao seguro de acidente de trabalho (SAT), o qual é uma contribuição compulsória das organizações ao INSS, sendo um direito fundamental dos trabalhadores.</p><p>Para custear esse direito dos trabalhadores, as empresas que apresentam atividades com risco relativamente menor contribuem mensalmente com um valor equivalente a 1% das remunerações pagas aos seus trabalhadores.</p><p>As empresas que apresentam atividades com grau de risco médio são obrigadas a efetuar o pagamento de 2% dos valores totais de remuneração dos seus funcionários, e as empresas com atividades com grau de risco grave contribuem com 3% dentro dos mesmos critérios das demais empresas.</p><p>O FAP varia anualmente, e o seu cálculo é feito com base nos últimos dois anos, no histórico de acidentes e registros de acidentes junto à Previdência Social.</p><p>Veja o quadro a seguir para entender como são classificados os percentuais das empresas com relação aos graus de risco:</p><p>Grau de risco</p><p>Tipo de risco</p><p>Contribuição (%)</p><p>Grau 1</p><p>Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho seja considerado leve</p><p>1%</p><p>Grau 2</p><p>Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho seja considerado médio</p><p>2%</p><p>Grau 3</p><p>Atividade preponderante cujo risco de acidente do trabalho seja considerado grave</p><p>3%</p><p>Figura 1 – Quadro do grau de risco x percentual de contribuição</p><p>Com relação ao funcionamento do NTEP e do FAP, a principal crítica parte do setor patronal e é a de que o diagnóstico de nexo de uma doença ocupacional se baseia apenas em estatísticas, não levando em conta, por exemplo, fatores individuais de predisposição ligados à genética das vítimas. Porém, a crítica não tem fundamento legal, até porque as legislações ligadas ao assunto definem que algumas doenças não são consideradas doenças do trabalho, tais como:</p><p>Doenças degenerativas (provocam a degeneração do organismo envolvendo vasos sanguíneos, tecidos, ossos, visão, órgãos internos e cérebro. Por exemplo: diabetes, arteriosclerose, hipertensão, doenças cardíacas e da coluna vertebral, câncer, mal de Alzheimer, reumatismo etc.)</p><p>Doenças inerentes a grupos etários (são comuns a determinada faixa de idade)</p><p>Doenças que não produzem incapacidade laborativa (não produzem empecilhos para o trabalhador executar suas atividades)</p><p>Doenças endêmicas (afetam simultaneamente um grande número de pessoas)</p><p>Tipos de acidente de trabalho</p><p>Os acidentes que ocorrem no exercício de um trabalho a serviço da empresa e que podem provocar lesões corporais ou perturbações funcionais, óbito, perda ou diminuição da capacidade para o exercício de uma atividade, seja permanente ou</p><p>temporária, são considerados acidentes de trabalho.</p><p>As seguintes situações são consideradas acidentes de trabalho:</p><p>Doença profissional – É causada pelo exercício da atividade, de forma característica a determinada profissão, e consta na relação elaborada pela Previdência Social.</p><p>Doença do trabalho – É uma consequência de um trabalho realizado em condições especiais e que tenha ligação direta com a relação elaborada pela Previdência Social.</p><p>Há equiparação a acidentes de trabalho também nestes casos:</p><p>Acidentes com relação ao trabalho que tenham contribuído diretamente para a morte, a perda ou a diminuição da capacidade laboral do trabalhador ou até mesmo gerado alguma lesão em que seja necessário auxílio médico para que o trabalhador se recupere</p><p>Acidentes sofridos pelos trabalhadores em seus locais de trabalho como consequência de agressões, ofensa física intencional, imprudência, negligência ou imperícia, desabamentos, inundações, incêndios etc.</p><p>Doenças causadas por contaminação acidental do trabalhador no exercício de sua função</p><p>Acidentes sofridos fora do local de trabalho em situações como prestação de serviços para a empresa, viagens a serviço da empresa e deslocamento de trabalhador entre a residência e o local de trabalho deste, ou vice-versa (desde que não tenha havido alteração ou interrupção no percurso alheia ao trabalho)</p><p>É fundamental compreender a diferença entre conceitos legal e prevencionista do acidente de trabalho, para que os técnicos em segurança do trabalho possam atuar preventivamente, realizando ações nos primeiros sinais de falha nos processos.</p><p>Além disso, os técnicos em segurança do trabalho precisam compreender que o acidente de trabalho é algo que pode ir além do que somente acidentes instantâneos, podendo também ser causado por doenças ocupacionais, o que gera danos à saúde dos trabalhadores e prejuízo às empresas.</p><p>Definição e aplicabilidade de inspeção</p><p>prévia, embargo e interdição</p><p>Inspeção prévia</p><p>O artigo 160 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) determina que os estabelecimentos não podem iniciar suas atividades sem prévias inspeção e aprovação das respectivas instalações e que nova inspeção deve ser feita sempre</p><p>que ocorrerem modificações substanciais, após comunicação da empresa à Delegacia Regional do Trabalho.</p><p>A partir daí, elaborou-se a Norma Regulamentadora 2 (NR-2 – Inspeção prévia), que normatizava todos os processos relacionados ao tema, como o certificado de aprovação de instalações (CAI), o qual era emitido pelo delegado responsável pela Delegacia Regional do Trabalho após a elaboração de uma declaração das instalações do estabelecimento novo.</p><p>Os principais objetivos eram verificar e constituir os elementos capazes de assegurar que o novo estabelecimento inicie suas atividades livre de riscos de acidentes e/ou de doenças do trabalho. Porém, as unidades regionais não foram capazes de dar conta da demanda de solicitações, e raramente um CAI foi emitido.</p><p>(</p><p>Recentemente, tal norma foi avaliada e, na sua revis</p><p>ã</p><p>o, revogada, ou</p><p>seja, dispensaram o pro</p><p>fi</p><p>ssional de sa</p><p>ú</p><p>de e seguran</p><p>ç</p><p>a de elaborar as</p><p>declara</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>das</p><p>instala</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es.</p><p>)</p><p>Embargo e interdição</p><p>O embargo e a interdição são abordados no artigo 161 da CLT e na NR-3. Para melhor compreender o tema, é preciso definir alguns termos:</p><p>Risco grave e iminente – É toda condição ou toda situação de trabalho que possa causar acidente ou doença com lesão grave ao trabalhador.</p><p>Embargo – Aplica-se à paralisação parcial ou total da obra.</p><p>Interdição – Aplica-se à paralisação parcial ou total da atividade, da máquina ou equipamento, do setor de serviço ou do estabelecimento.</p><p>Sempre que houver caracterização de risco grave e iminente a partir da constatação da condição ou da situação de trabalho, deverão ser adotadas medidas de urgência, quais sejam o embargo ou a interdição.</p><p>Para ocorrer o embargo ou a interdição, o risco precisa ser grave e iminente, concomitantemente. A lesão que possa vir a ocorrer deve ser grave, e não média ou mínima. A norma não apresenta um conceito objetivo de lesão grave. Contudo, o conceito de acidente de trabalho grave está determinado na Notificação de Acidentes de Trabalho Fatais, Graves e com Crianças e Adolescentes, do Ministério da Saúde:</p><p>Acidente de trabalho grave é aquele que acarreta mutilação, física ou funcional, e o que leva à lesão cuja natureza implique em comprometimento extremamente sério, preocupante; que pode ter consequências nefastas ou fatais. (BRASIL, 2006)</p><p>Quem pode interditar/embargar?</p><p>A competência para embargar/interditar (e respectiva cessação) é do superintendente regional do trabalho e emprego (SRTE), como definido no artigo 161 da CLT. Porém, a Portaria 40/2011 regulamenta tal artigo da CLT, prevendo a</p><p>possibilidade de delegação dessa competência</p><p>e disciplinando os procedimentos de</p><p>embargo e interdição.</p><p>Dessa forma, o superintendente delega aos auditores fiscais do trabalho (AFTs) que estes poderão proceder ao embargo/à interdição no momento da fiscalização em vez de submeter o procedimento administrativo de embargo/interdição ao SRTE para aprovação.</p><p>(</p><p>A paralisa</p><p>çã</p><p>o das atividades</p><p>é</p><p>a principal consequ</p><p>ê</p><p>ncia do embargo</p><p>ou da interdi</p><p>çã</p><p>o, podendo ser total ou parcial, a depender do alcance</p><p>da situa</p><p>çã</p><p>o que a motivou. Enquanto o estabelecimento estiver</p><p>parado,</p><p>as</p><p>atividades</p><p>de</p><p>corre</p><p>çã</p><p>o</p><p>das</p><p>situa</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>de</p><p>grave</p><p>e</p><p>iminente</p><p>risco ser</p><p>ã</p><p>o as</p><p>ú</p><p>nicas permitidas, desde que n</p><p>ã</p><p>o ofere</p><p>ç</p><p>am riscos aos</p><p>trabalhadores.</p><p>)</p><p>Enquanto estiver vigente o embargo ou a interdição, todos os empregados deverão receber os salários como se estivessem prestando os serviços normalmente.</p><p>O empregador, caso descumpra o embargo ou a interdição, ou seja, ordene ou permita o funcionamento do estabelecimento ou de um dos seus setores, a utilização de máquina ou equipamento ou o prosseguimento de obra, conforme parágrafo 4.º do artigo 161, responderá por desobediência.</p><p>Quanto aos documentos relativos ao tema, como se trata de um procedimento administrativo, eles devem ser formalizados e fundamentados por meio de registros.</p><p>A formalização do embargo ou da interdição (e respectiva cessação) é realizada mediante termo de embargo ou termo de interdição, sendo necessário emitir um relatório técnico elaborado pelo AFT. A empresa poderá elaborar e protocolar o documento na Secretaria Regional do Trabalho e Emprego mais próxima</p><p>do local, no prazo de dez dias contados após a lavratura do termo de embargo ou interdição.</p><p>Enquanto permanecer a situação de grave e iminente risco que levou à paralisação, a interdição ou o embargo se manterá. Portanto, não há prazo determinado para tal procedimento.</p><p>Logo, assim que as situações forem regularizadas, pode ser solicitada a suspensão do embargo/da interdição. Dessa forma, todo o processo depende apenas da empresa, porque é dela a prioridade de voltar à operação.</p><p>A figura 1 esquematiza os procedimentos de embargo e interdição, considerando que não houve interposição de recurso por parte da empresa:</p><p>Legenda:</p><p>(1) Durante a vigência do embargo ou da interdição, poderão ser desenvolvidas somente as atividades necessárias à correção da situação de grave e iminente risco (GIR), desde que adotadas medidas de proteção adequadas aos trabalhadores envolvidos.</p><p>(2) O prazo para que a empresa regularize a situação de risco grave e iminente e solicite o levantamento do embargo ou da interdição depende da própria empresa, a qual deverá adotar as medidas necessárias e suficientes para eliminar o risco grave e iminente.</p><p>(3) Preferencialmente, a nova inspeção (após o pedido de levantamento do embargo ou da interdição) deve ser feita pelo AFT que participou da inspeção inicial, quando foi constatada a existência de situação de risco grave e iminente.</p><p>Figura 1 – Explanação sobre embargo e interdição Fonte: Camisassa (2015).</p><p>A NR-3 foi revisada recentemente, e sua nova versão entrou em vigência em 22 de janeiro de 2020. A principal alteração é a caracterização do grave e iminente risco a partir da consequência e da probabilidade de ocorrência.</p><p>As consequências são classificadas em morte, severa, significativa e leve. Já as probabilidades são classificadas em provável, possível, remota e rara. Como resultado, haverá os excessos de risco, classificados como: extremo (E), substancial (S), moderado (M), pequeno (P) ou nenhum (N). Apenas os excessos de risco</p><p>classificados como extremo e substancial são passíveis de embargo ou interdição.</p><p>(</p><p>Para</p><p>mais</p><p>detalhes</p><p>sobre</p><p>o</p><p>tema,</p><p>pesquise</p><p>no</p><p>s</p><p>í</p><p>tio</p><p>da</p><p>ENIT</p><p>(Escola</p><p>Nacional</p><p>de</p><p>Inspe</p><p>çã</p><p>o</p><p>do</p><p>Trabalho)</p><p>as</p><p>Portarias</p><p>ns. 1.068 e 1.069</p><p>,</p><p>datadas</p><p>de</p><p>23</p><p>de</p><p>setembro</p><p>de</p><p>2019.</p><p>)</p><p>Por fim, as empresas devem sempre buscar garantir ambientes seguros, livres de riscos e perigos desnecessários aos empregados. O técnico em segurança tem</p><p>papel primordial nas tarefas de antecipar, reconhecer e controlar os riscos nos ambientes de trabalho.</p><p>Dessa forma, além de assegurar a integridade dos trabalhadores, a empresa não precisará passar por transtornos e prejuízos que uma interdição ou um embargo pode gerar.</p><p>(</p><p>Indicadores</p><p>de</p><p>modelo</p><p>de</p><p>gest</p><p>ã</p><p>o</p><p>–</p><p>Tipos</p><p>e</p><p>caracter</p><p>í</p><p>sticas</p><p>Uma</p><p>das</p><p>maneiras</p><p>de</p><p>acompanhar</p><p>a</p><p>e</p><p>fi</p><p>c</p><p>á</p><p>cia</p><p>de</p><p>um</p><p>sistema</p><p>de</p><p>gest</p><p>ã</p><p>o,</p><p>seja</p><p>ele</p><p>de seguran</p><p>ç</p><p>a do trabalho, de qualidade e/ou de meio ambiente,</p><p>é</p><p>por meio da</p><p>avalia</p><p>çã</p><p>o de desempenho. Essa avalia</p><p>çã</p><p>o</p><p>é</p><p>realizada por meio do uso de</p><p>indicadores. Os indicadores fazem parte de uma estrutura maior, composta pela</p><p>pol</p><p>í</p><p>tica,</p><p>pelos</p><p>objetivos,</p><p>pelas</p><p>metas,</p><p>pelos</p><p>planos</p><p>de</p><p>a</p><p>çã</p><p>o</p><p>e,</p><p>fi</p><p>nalmente,</p><p>pelos</p><p>indicadores.</p><p>A</p><p>pol</p><p>í</p><p>tica</p><p>de</p><p>fi</p><p>ne</p><p>os</p><p>prop</p><p>ó</p><p>sitos</p><p>da</p><p>empresa</p><p>na</p><p>á</p><p>rea</p><p>em</p><p>quest</p><p>ã</p><p>o</p><p>(por</p><p>exemplo,</p><p>“</p><p>reduzir</p><p>acidentes</p><p>e</p><p>doen</p><p>ç</p><p>as</p><p>relacionados</p><p>ao</p><p>trabalho</p><p>”</p><p>ou</p><p>“</p><p>apoiar</p><p>o</p><p>desenvolvimento</p><p>sustent</p><p>á</p><p>vel</p><p>de</p><p>empresas</p><p>parceiras</p><p>”</p><p>).</p><p>J</p><p>á</p><p>os</p><p>objetivos</p><p>e</p><p>as</p><p>metas</p><p>de</p><p>fi</p><p>nem</p><p>claramente</p><p>)</p><p>o que se espera de determinada condição e que patamar deseja-se atingir, respectivamente. Um objetivo poderia ser a “adequação de máquinas, conforme NR- 12, no setor de produção de pneus”, associado a uma meta do tipo “100% de adequação até dezembro de 2020”.</p><p>Naturalmente, para atingir a meta estabelecida, um planejamento baseado em prioridades é elaborado, o qual é chamado de plano de ação, contendo as ações e os recursos necessários, além de prazos e responsáveis.</p><p>Para acompanhar e avaliar o atendimento aos objetivos e às metas, indicadores são utilizados, e ao menos um deles deve estar relacionado diretamente à meta. Como exemplo, poderia ser utilizado o indicador “percentual de máquinas adequadas à NR-12”.</p><p>Os principais indicadores se concentram no desempenho em saúde e segurança com a intenção de melhoria contínua. Eles são um sinal e um monitor do que está sendo feito de forma continuada para evitar doenças e lesões do trabalhador.</p><p>(</p><p>n</p><p>ã</p><p>o</p><p>somente</p><p>para</p><p>planejar,</p><p>induzir</p><p>e</p><p>controlar,</p><p>mas</p><p>tamb</p><p>é</p><p>m</p><p>para</p><p>diagnosticar.</p><p>Nesse</p><p>sentido,</p><p>é</p><p>importante ir so</p><p>fi</p><p>sticando a medi</p><p>çã</p><p>o de desempenho conforme a empresa</p><p>vai</p><p>passando</p><p>pelos</p><p>n</p><p>í</p><p>veis</p><p>de</p><p>maturidade</p><p>na</p><p>implementa</p><p>çã</p><p>o</p><p>da</p><p>gest</p><p>ã</p><p>o</p><p>pela</p><p>qualidade</p><p>total</p><p>(encenando,</p><p>demonstrando,</p><p>comprometida</p><p>e</p><p>incorporada)</p><p>”</p><p>.</p><p>Sendo</p><p>assim,</p><p>é</p><p>importante</p><p>entender</p><p>que</p><p>é</p><p>necess</p><p>á</p><p>rio</p><p>identi</p><p>fi</p><p>car</p><p>as</p><p>necessidades</p><p>a</p><p>partir</p><p>dos</p><p>dados</p><p>e</p><p>determinar</p><p>os</p><p>indicadores</p><p>que</p><p>auxiliar</p><p>ã</p><p>o</p><p>a</p><p>organiza</p><p>çã</p><p>o</p><p>a</p><p>alcan</p><p>ç</p><p>ar</p><p>os</p><p>seus</p><p>objetivos.</p><p>Os</p><p>indicadores</p><p>devem</p><p>demonstrar</p><p>onde</p><p>a</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>s</p><p>ã</p><p>o</p><p>necess</p><p>á</p><p>rias</p><p>para</p><p>que</p><p>se</p><p>evitem</p><p>efeitos</p><p>indesejados</p><p>e</p><p>para</p><p>que</p><p>se</p><p>possam</p><p>alcan</p><p>ç</p><p>ar</p><p>as</p><p>metas</p><p>estabelecidas.</p><p>Um</p><p>indicador</p><p>deve</p><p>permitir</p><p>uma</p><p>interpreta</p><p>çã</p><p>o,</p><p>seja</p><p>de</p><p>n</p><p>ú</p><p>meros</p><p>ou</p><p>at</p><p>é</p><p>mesmo</p><p>de</p><p>tend</p><p>ê</p><p>ncias,</p><p>e</p><p>tornar</p><p>poss</p><p>í</p><p>vel</p><p>uma</p><p>compara</p><p>çã</p><p>o.</p><p>Os</p><p>n</p><p>ú</p><p>meros</p><p>podem</p><p>ser</p><p>absolutos</p><p>)Para Martins e Costa Neto (1998), “a medição do desempenho deve ser feita</p><p>(números de acidentes) ou até mesmo taxas (em função de horas trabalhadas) que orientem decisões gerenciais.</p><p>Antes de executar qualquer atividade, é preciso planejar, ou seja, visualizar o futuro e elaborar planos que permitam às pessoas tomar as ações no presente para enfrentar desafios vindouros.</p><p>Esse planejamento deve ser feito com base em informações estratégicas. Elas moldarão o plano de trabalho, que funcionará como balizamento para assegurar a obtenção dos recursos necessários, a integração entre os vários objetivos organizacionais e o trabalho em diferentes atividades, além do monitoramento e da avaliação da realização de cada etapa em relação aos</p><p>padrões ou aos indicadores estabelecidos.</p><p>Segundo Chiavenato (2005), o planejamento é um processo composto por seis etapas:</p><p>Definição dos objetivos Para onde queremos ir?</p><p>(</p><p>An</p><p>á</p><p>lise</p><p>da</p><p>situa</p><p>çã</p><p>o</p><p>moment</p><p>â</p><p>nea</p><p>Onde</p><p>estamos</p><p>no</p><p>momento?</p><p>An</p><p>á</p><p>lise</p><p>das</p><p>premissas</p><p>em</p><p>rela</p><p>çã</p><p>o</p><p>ao</p><p>futuro</p><p>O</p><p>que</p><p>temos</p><p>pela</p><p>frente?</p><p>An</p><p>á</p><p>lise</p><p>das</p><p>alternativas</p><p>de</p><p>a</p><p>çã</p><p>o</p><p>Quais</p><p>s</p><p>ã</p><p>o</p><p>os</p><p>caminhos</p><p>poss</p><p>í</p><p>veis?</p><p>De</p><p>fi</p><p>ni</p><p>çã</p><p>o</p><p>da</p><p>melhor</p><p>alternativa</p><p>Qual</p><p>é</p><p>o</p><p>melhor</p><p>caminho?</p><p>Implementa</p><p>çã</p><p>o</p><p>do</p><p>plano</p><p>escolhido</p><p>e</p><p>avalia</p><p>çã</p><p>o</p><p>dos</p><p>resultados</p><p>Como</p><p>percorreremos</p><p>o</p><p>caminho?</p><p>O</p><p>plano</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>geralmente</p><p>é</p><p>composto</p><p>de:</p><p>Descri</p><p>çã</p><p>os</p><p>do</p><p>problema</p><p>identi</p><p>fi</p><p>cado</p><p>Objetivos</p><p>do</p><p>plano</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>)</p><p>Justificativa baseada no monitoramento de indicadores</p><p>Metas e indicadores de monitoramento para o acompanhamento do plano de trabalho</p><p>Veja um exemplo:</p><p>Problema identificado: aumento do número de acidentes no setor de corte. Objetivos: Resguardar a saúde dos trabalhadores do setor de corte.</p><p>Justificativa: os acidentes no setor de corte têm potencial de gerar danos irreparáveis.</p><p>Meta: Acidente zero no setor de corte.</p><p>Indicador ligado diretamente à meta: percentual de redução de acidentes no setor de corte em comparação ao período anterior.</p><p>(</p><p>processo</p><p>de</p><p>avalia</p><p>çã</p><p>o:</p><p>n</p><p>ú</p><p>mero</p><p>de</p><p>acidentes</p><p>no</p><p>setor</p><p>de</p><p>corte,</p><p>n</p><p>ú</p><p>mero</p><p>de</p><p>situa</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>de</p><p>desvios</p><p>de</p><p>seguran</p><p>ç</p><p>a</p><p>identi</p><p>fi</p><p>cados</p><p>e</p><p>corrigidos.</p><p>A</p><p>redu</p><p>çã</p><p>o</p><p>no</p><p>n</p><p>ú</p><p>mero</p><p>de</p><p>acidentes</p><p>s</p><p>ó</p><p>ser</p><p>á</p><p>poss</p><p>í</p><p>vel</p><p>com</p><p>o</p><p>monitoramento</p><p>das</p><p>a</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>propostas.</p><p>Para</p><p>isso,</p><p>é</p><p>necess</p><p>á</p><p>rio</p><p>contar</p><p>com</p><p>planos</p><p>de</p><p>a</p><p>çã</p><p>o</p><p>claros</p><p>e</p><p>objetivos.</p><p>A</p><p>escolha</p><p>de</p><p>ao</p><p>menos</p><p>um</p><p>indicador</p><p>ligado</p><p>diretamente</p><p>à</p><p>meta</p><p>é</p><p>fundamental</p><p>para</p><p>que</p><p>a</p><p>compara</p><p>çã</p><p>o</p><p>do</p><p>desempenho</p><p>seja</p><p>poss</p><p>í</p><p>vel.</p><p>O</p><p>n</p><p>í</p><p>vel</p><p>moment</p><p>â</p><p>neo</p><p>de</p><p>desempenho</p><p>da</p><p>SST</p><p>de</p><p>uma</p><p>organiza</p><p>çã</p><p>o</p><p>é</p><p>importante</p><p>para</p><p>que</p><p>se</p><p>possa</p><p>modi</p><p>fi</p><p>car</p><p>alguma</p><p>a</p><p>çã</p><p>o</p><p>que</p><p>n</p><p>ã</p><p>o</p><p>est</p><p>á</p><p>contribuindo</p><p>para</p><p>o</p><p>atendimento da meta. Estes s</p><p>ã</p><p>o mais e</p><p>fi</p><p>cazes quando est</p><p>ã</p><p>o alinhados com os</p><p>objetivos</p><p>espec</p><p>í</p><p>fi</p><p>cos</p><p>de</p><p>SST</p><p>de</p><p>uma</p><p>organiza</p><p>çã</p><p>o.</p><p>Consequentemente,</p><p>o</p><p>que</p><p>é</p><p>considerado</p><p>adequado</p><p>para</p><p>uma</p><p>organiza</p><p>çã</p><p>o</p><p>pode</p><p>n</p><p>ã</p><p>o</p><p>ser</p><p>um</p><p>bom</p><p>ajuste</p><p>para</p><p>)Indicadores não ligados diretamente à meta, mas que podem auxiliar no</p><p>outra, inclusive dentro da mesma indústria.</p><p>Seguem três conjuntos diferentes de indicadores principais, os quais são utilizados de forma conjunta conforme o nível da organização.</p><p>Foco no cumprimento</p><p>Organizações nos estágios iniciais do desenvolvimento de programa de SST ou cujo nível de desempenho de SST requer melhorias podem apresentar determinados</p><p>indicadores para apenas confirmar a conformidade com os requisitos legais. Os indicadores podem confirmar se as avaliações de perigos e riscos estão realmente sendo concluídas e garantir que os trabalhadores estejam envolvidos no processo.</p><p>Os empregadores podem desenvolver sua lista de principais indicadores e monitorar tarefas de trabalho, bem como fatores de risco e medidas de controle identificados durante avaliações formais de perigo.</p><p>Foco na melhoria</p><p>(</p><p>(al</p><p>é</p><p>m</p><p>da</p><p>conformidade</p><p>b</p><p>á</p><p>sica)</p><p>podem</p><p>apresentar</p><p>indicadores</p><p>para</p><p>crescer</p><p>e</p><p>para</p><p>aprimorar</p><p>programas</p><p>existentes,</p><p>de</p><p>modo</p><p>a</p><p>buscar</p><p>a</p><p>melhoria</p><p>cont</p><p>í</p><p>nua.</p><p>S</p><p>ã</p><p>o</p><p>exemplos</p><p>de</p><p>indicadores:</p><p>percentual</p><p>da</p><p>for</p><p>ç</p><p>a</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>que</p><p>tem</p><p>treinamento em SST al</p><p>é</p><p>m da conformidade legislativa b</p><p>á</p><p>sica; frequ</p><p>ê</p><p>ncia com que</p><p>sa</p><p>ú</p><p>de</p><p>e</p><p>seguran</p><p>ç</p><p>a</p><p>s</p><p>ã</p><p>o</p><p>discutidas</p><p>nas</p><p>reuni</p><p>õ</p><p>es;</p><p>e</p><p>frequ</p><p>ê</p><p>ncia</p><p>com</p><p>que</p><p>a</p><p>administra</p><p>çã</p><p>o</p><p>anda</p><p>no</p><p>ch</p><p>ã</p><p>o</p><p>de</p><p>f</p><p>á</p><p>brica.</p><p>Foco</p><p>na</p><p>aprendizagem</p><p>cont</p><p>í</p><p>nua</p><p>Organiza</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>com</p><p>uma</p><p>cultura</p><p>de</p><p>SST</p><p>madura,</p><p>com</p><p>um</p><p>n</p><p>í</p><p>vel</p><p>consistentemente</p><p>alto</p><p>de</p><p>desempenho</p><p>(baixas</p><p>taxas</p><p>de</p><p>incid</p><p>ê</p><p>ncia),</p><p>podem</p><p>selecionar</p><p>indicadores</p><p>para</p><p>explorar</p><p>um</p><p>conhecimento</p><p>mais</p><p>profundo,</p><p>extraindo</p><p>informa</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>sobre</p><p>sua</p><p>cultura</p><p>de</p><p>sa</p><p>ú</p><p>de</p><p>e</p><p>seguran</p><p>ç</p><p>a.</p><p>Eles</p><p>podem</p><p>selecionar</p><p>)Organizações com programas de SST com níveis de desempenho melhores</p><p>indicadores para rastrear qual percentual de seu orçamento de comunicação é dedicado a SST ou quantas vias diferentes a organização usa para comunicar mensagens de SST.</p><p>Nas organizações, existem dois tipos de indicadores de SST: os reativos e os proativos.</p><p>Indicadores reativos</p><p>Os indicadores reativos medem eventos passados, como acidentes e doenças ocupacionais, e nem sempre refletem a situação de SST da empresa. Por exemplo, a ausência de acidentes não significa, por si só, um ambiente de trabalho seguro.</p><p>Os indicadores reativos são objeto de preocupação apenas quando um acidente já aconteceu ou uma doença já se desenvolveu. No Brasil, a Norma Regulamentadora 4 (NR-4) estabelece que compete aos profissionais do Serviço</p><p>(</p><p>analisar</p><p>e</p><p>registrar</p><p>em</p><p>documento(s)</p><p>espec</p><p>í</p><p>fi</p><p>co(s),</p><p>uma</p><p>s</p><p>é</p><p>rie</p><p>de</p><p>indicadores</p><p>reativos:</p><p>acidentes</p><p>ocorridos</p><p>na</p><p>empresa</p><p>ou</p><p>no</p><p>estabelecimento,</p><p>com</p><p>ou</p><p>sem</p><p>v</p><p>í</p><p>tima,</p><p>taxas</p><p>de</p><p>acidentes,</p><p>casos</p><p>de</p><p>doen</p><p>ç</p><p>a</p><p>ocupacional,</p><p>entre</p><p>outros.</p><p>Al</p><p>é</p><p>m</p><p>disso,</p><p>cabe</p><p>ainda</p><p>ao</p><p>SESMT</p><p>registrar</p><p>mensalmente</p><p>os</p><p>dados</p><p>atualizados</p><p>de</p><p>acidentes</p><p>do</p><p>trabalho,</p><p>doen</p><p>ç</p><p>as</p><p>ocupacionais</p><p>e</p><p>agentes</p><p>de</p><p>insalubridade.</p><p>É</p><p>preciso</p><p>preencher,</p><p>no</p><p>m</p><p>í</p><p>nimo,</p><p>os</p><p>quesitos</p><p>descritos</p><p>nos</p><p>modelos</p><p>de</p><p>mapas</p><p>constantes</p><p>nos</p><p>quadros</p><p>III,</p><p>IV,</p><p>V</p><p>e</p><p>VI</p><p>da</p><p>NR-4,</p><p>devendo</p><p>o</p><p>empregador</p><p>manter</p><p>a</p><p>documenta</p><p>çã</p><p>o</p><p>à</p><p>disposi</p><p>çã</p><p>o</p><p>da</p><p>inspe</p><p>çã</p><p>o</p><p>do</p><p>trabalho.</p><p>No</p><p>quadro</p><p>III</p><p>da</p><p>NR-4,</p><p>s</p><p>ã</p><p>o</p><p>apresentados</p><p>os</p><p>acidentes</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>e</p><p>dois</p><p>indicadores</p><p>de</p><p>car</p><p>á</p><p>ter</p><p>reativo:</p><p>taxa</p><p>de</p><p>gravidade</p><p>(TG)</p><p>e</p><p>taxa</p><p>de</p><p>frequ</p><p>ê</p><p>ncia</p><p>(TF)</p><p>de</p><p>acidentes.</p><p>Essas</p><p>equa</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>j</p><p>á</p><p>foram</p><p>trabalhadas</p><p>em</p><p>unidades</p><p>curriculares</p><p>)Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT)</p><p>anteriores).</p><p>No quadro IV da NR-4, são apresentadas as doenças profissionais desenvolvidas nos ambientes de trabalho da organização.</p><p>No quadro V da NR-4, são apresentados os dados de insalubridade nos ambientes de trabalho.</p><p>No quadro VI da NR-4, são apresentados os acidentes sem vítima desenvolvidos no ambiente de trabalho.</p><p>Cabe citar que a Previdência Social mantém dados históricos de indicadores reativos de acidentes e doenças ocupacionais relacionados ao trabalho para consulta pública. Os dados estão separados por tipo de acidente, por estado, por ocupação etc. e representam uma fonte de pesquisa. Eles podem ser consultados na página da Secretaria da Previdência Social, em anuário estatístico da Previdência</p><p>Social.</p><p>Quadro III da NR-4</p><p>Indicadores proativos</p><p>(</p><p>Os</p><p>indicadores</p><p>proativos</p><p>devem</p><p>contemplar</p><p>uma</p><p>s</p><p>é</p><p>rie</p><p>de</p><p>aspectos,</p><p>de</p><p>modo</p><p>a</p><p>abranger</p><p>diversas</p><p>e</p><p>variadas</p><p>situa</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>ou</p><p>condi</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>de</p><p>realiza</p><p>çã</p><p>o</p><p>das</p><p>tarefas</p><p>e</p><p>permitir</p><p>uma</p><p>atua</p><p>çã</p><p>o</p><p>preventiva.</p><p>“</p><p>Os</p><p>indicadores</p><p>proativos</p><p>s</p><p>ã</p><p>o</p><p>uma</p><p>forma</p><p>de</p><p>monitoriza</p><p>çã</p><p>o</p><p>ativa</p><p>centrada</p><p>sobre</p><p>alguns</p><p>sistemas</p><p>de</p><p>controle</p><p>cr</p><p>í</p><p>tico</p><p>do</p><p>risco</p><p>para</p><p>assegurar</p><p>sua</p><p>e</p><p>fi</p><p>c</p><p>á</p><p>cia</p><p>cont</p><p>í</p><p>nua.</p><p>Exigem</p><p>uma</p><p>veri</p><p>fi</p><p>ca</p><p>çã</p><p>o</p><p>sistem</p><p>á</p><p>tica</p><p>regular</p><p>das</p><p>a</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es-chave</p><p>ou</p><p>atividades.</p><p>Podem,</p><p>portanto,</p><p>ser</p><p>considerados</p><p>como</p><p>medidas</p><p>do</p><p>processo</p><p>ou</p><p>condi</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es a ter em conta em rela</p><p>çã</p><p>o ao patamar de seguran</p><p>ç</p><p>a desejado</p><p>”</p><p>(SILVA,</p><p>2012).</p><p>É</p><p>necess</p><p>á</p><p>ria</p><p>uma</p><p>postura</p><p>proativa</p><p>dos</p><p>gestores</p><p>junto</p><p>aos</p><p>processos</p><p>de</p><p>modo</p><p>a</p><p>identi</p><p>fi</p><p>car</p><p>e</p><p>controlar</p><p>os</p><p>riscos</p><p>em</p><p>sua</p><p>fonte</p><p>e,</p><p>assim,</p><p>poder</p><p>adotar</p><p>indicadores</p><p>)</p><p>que deixem entrever as melhorias. O estabelecimento de dados de monitoramento proativo depende de cada organização (em função da sua política e da complexidade</p><p>de seus processos).</p><p>A norma BS 8800 (1996), guia reconhecido mundialmente, cita alguns exemplos de dados de monitoramento proativo:</p><p>a. A extensão em que planos e objetivos têm sido estabelecidos e atingidos</p><p>b. Percepções do pessoal sobre o comprometimento da administração com a SST</p><p>c. A designação de um diretor para a SST</p><p>d. A designação de pessoal especializado em SST</p><p>e. O grau de influência dos especialistas em SST</p><p>f. A publicação da política de SST</p><p>g. Uma adequada comunicação da política de SST</p><p>h. O número de pessoas treinadas em SST</p><p>i. A eficácia do treinamento em SST</p><p>(</p><p>O</p><p>n</p><p>ú</p><p>mero</p><p>de</p><p>avalia</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>de</p><p>riscos</p><p>completadas</p><p>em</p><p>rela</p><p>çã</p><p>o</p><p>à</p><p>s</p><p>requeridas</p><p>A</p><p>extens</p><p>ã</p><p>o</p><p>da</p><p>conformidade</p><p>com</p><p>os</p><p>controles</p><p>de</p><p>riscos</p><p>A</p><p>extens</p><p>ã</p><p>o</p><p>da</p><p>conformidade</p><p>com</p><p>os</p><p>requisitos</p><p>legais</p><p>O</p><p>n</p><p>ú</p><p>mero</p><p>e</p><p>a</p><p>e</p><p>fi</p><p>c</p><p>á</p><p>cia</p><p>das</p><p>“</p><p>rondas</p><p>”</p><p>de</p><p>SST</p><p>dos</p><p>gerentes</p><p>s</p><p>ê</p><p>niores</p><p>A</p><p>quantidade</p><p>de</p><p>sugest</p><p>õ</p><p>es</p><p>do</p><p>pessoal</p><p>para</p><p>melhorias</p><p>de</p><p>SST</p><p>Atitudes</p><p>do</p><p>pessoal</p><p>frente</p><p>a</p><p>riscos</p><p>e</p><p>a</p><p>controle</p><p>de</p><p>riscos</p><p>Conhecimento</p><p>do</p><p>pessoal</p><p>sobre</p><p>os</p><p>riscos</p><p>e</p><p>os</p><p>controles</p><p>de</p><p>riscos</p><p>Frequ</p><p>ê</p><p>ncia</p><p>das</p><p>auditorias de</p><p>SST</p><p>Tempo</p><p>para</p><p>implementar</p><p>as</p><p>recomenda</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>das</p><p>auditorias</p><p>de</p><p>SST</p><p>)</p><p>s. Frequência e eficácia das reuniões do comitê de SST</p><p>t. Frequência e eficácia dos resumos (briefings) sobre SST</p><p>u. Relatórios dos especialistas em SST</p><p>v. Tempo para implementar ações sobre reclamações ou sugestões</p><p>w. Relatórios do monitoramento da saúde</p><p>x. Relatórios da amostragem da exposição do pessoal</p><p>y. Níveis de exposição nos locais de trabalho (ruídos, poeiras, fumos)</p><p>z. Utilização de EPIs (equipamentos de proteção individual)</p><p>Há vários indicadores proativos utilizados por instituições no Brasil, como:</p><p>Percentual de acidentes resolvidos Monitora-se a quantidade de registros de acidentes investigados pelos profissionais de SST.</p><p>Não conformidades versus acidentes de trabalho Avalia-se o número de não conformidades que contribuíram para a ocorrência de acidentes de trabalho.</p><p>Integração dos trabalhadores no ambiente de trabalho Monitora-se a porcentagem de treinamentos realizados a partir do número de funcionários contratados.</p><p>Controle de treinamento As NRs determinam quais funcionários devem passar por treinamento. Monitora-se então a porcentagem de treinamentos realizados.</p><p>Investimento em EPIs Avalia-se o custo médio (consumo) de EPIs por funcionário.</p><p>Ações do Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) Verificam-se o percentual de ações resolvidas e o número de ações planejadas no PPRA por um determinado período.</p><p>Ações do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) Monitora-se o percentual de ações resolvidas entre o número de ações planejadas no PCMSO por um determinado período, incluindo exames médicos.</p><p>Ações da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) Monitoram-se as ações da CIPA a partir do percentual de não conformidades corrigidas e do número de não conformidades registradas por ela.</p><p>Ações de manutenção preventiva Verificam-se as manutenções preventivas programadas versus as realizadas. Elas são muito importantes para a segurança da empresa.</p><p>Quantidade de inspeções Monitoram-se o número de inspeções realizadas e o número de inspeções planejadas.</p><p>Além desses, o técnico em segurança do trabalho poderá, na organização em</p><p>(</p><p>que</p><p>trabalha,</p><p>estipular</p><p>outros</p><p>indicadores</p><p>proativos</p><p>com</p><p>o</p><p>objetivo</p><p>de</p><p>melhorar</p><p>o</p><p>desempenho</p><p>dela</p><p>em</p><p>SST.</p><p>Os</p><p>indicadores</p><p>reativos</p><p>fazem</p><p>refer</p><p>ê</p><p>ncia</p><p>a</p><p>algo</p><p>que</p><p>j</p><p>á</p><p>se</p><p>passou.</p><p>E</p><p>qual</p><p>ser</p><p>á</p><p>a</p><p>sua</p><p>ger</p><p>ê</p><p>ncia</p><p>sobre</p><p>isso?</p><p>Podem-se</p><p>apenas</p><p>detectar</p><p>as</p><p>causas</p><p>do</p><p>problema</p><p>e</p><p>almejar</p><p>uma</p><p>sistem</p><p>á</p><p>tica</p><p>de</p><p>corre</p><p>çã</p><p>o</p><p>para</p><p>evitar</p><p>novas</p><p>ocorr</p><p>ê</p><p>ncias.</p><p>Os</p><p>indicadores</p><p>proativos</p><p>,</p><p>por</p><p>sua</p><p>vez,</p><p>permitem</p><p>antecipar</p><p>situa</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>indesejadas.</p><p>O</p><p>seu</p><p>foco</p><p>é</p><p>preven</p><p>çã</p><p>o:</p><p>o</p><p>que</p><p>pode</p><p>ser</p><p>feito</p><p>para</p><p>prevenir</p><p>que</p><p>um</p><p>acidente</p><p>ocorra?</p><p>N</p><p>ã</p><p>o</p><p>é</p><p>poss</p><p>í</p><p>vel</p><p>evitar</p><p>todo</p><p>e</p><p>qualquer</p><p>acidente,</p><p>mas</p><p>certamente</p><p>ser</p><p>á</p><p>reduzida</p><p>drasticamente</p><p>a</p><p>possibilidade</p><p>de</p><p>ocorr</p><p>ê</p><p>ncia.</p><p>A</p><p>utiliza</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>ambos</p><p>os</p><p>tipos</p><p>de</p><p>indicadores</p><p>permite</p><p>que</p><p>as</p><p>decis</p><p>õ</p><p>es</p><p>na</p><p>á</p><p>rea</p><p>de</p><p>seguran</p><p>ç</p><p>a</p><p>do</p><p>trabalho</p><p>sejam</p><p>mais</p><p>assertivas.</p><p>Indicadores</p><p>proativos</p><p>permitem</p><p>)</p><p>que problemas sejam identificados e corrigidos em suas fases iniciais Já indicadores reativos apontam falhas no processo de modo objetivo.</p><p>,</p><p>Gestão da CIPA</p><p>A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e a Norma Regulamentadora 5 (NR-5) tornam a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) uma obrigação legal. A CIPA é composta por funcionários da empresa indicados pelo empregador e por representantes escolhidos em processo eletivo. O mandato tem duração de um ano, sendo possível a reeleição. Desde o registro da candidatura até um ano após o mandato, é vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do colaborador que foi eleito para fazer parte da comissão.</p><p>Atribuições</p><p>A principal atribuição da CIPA é prevenir doenças e acidentes provenientes do ambiente de trabalho. O objetivo é preservar a vida e a integridade física de todos os trabalhadores.</p><p>Conforme a legislação, a CIPA é constituída no âmbito de cada estabelecimento. A sua manutenção é garantida no âmbito de empresas privadas ou públicas, sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, associações recreativas ou cooperativas, instituições beneficentes ou qualquer outra que conte com trabalhadores como empregados.</p><p>Dimensionamento da CIPA</p><p>Muitas dúvidas podem surgir durante o dimensionamento da CIPA. Porém, há um passo a passo estabelecido pela NR-5 (Portaria nº 3.214/77).</p><p>O primeiro passo é saber o número de funcionários da empresa. Depois, devem-se coletar dados disponíveis a respeito dela, como ramo de atuação e a CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas). Esta informação pode ser encontrada na inscrição do CNPJ da empresa.</p><p>Após a obtenção das informações listadas, basta realizar a consulta e analisar os dados contidos nos quadros I, II e III da NR-5.</p><p>(</p><p>CNAE</p><p>Descri</p><p>çã</p><p>o</p><p>Grupo</p><p>16.10-</p><p>2</p><p>Fabrica</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>produtos</p><p>de</p><p>madeira</p><p>(serrarias</p><p>com</p><p>desdobramento</p><p>de</p><p>madeiras)</p><p>C-6</p><p>)</p><p>Exemplo</p><p>Vamos imaginar que uma determinada empresa do ramo de marcenaria conte com 550 pessoas em seu quadro de funcionários. Ela tem a CNAE 16.10-2 (fabricação de produtos de madeira – serrarias com desdobramento de madeiras). Antes de dimensionarmos a sua CIPA,</p><p>precisamos consultar o quadro III da NR-5 para descobrir a qual grupo pertence. No caso, devido à sua atividade, trata-se do grupo C-6, conforme o quadro a seguir:</p><p>Figura 1 – CNAE, descrição e grupo, de acordo com o Quadro III da NR-</p><p>5</p><p>Em seguida, é possível consultar o quadro I da NR-5 para encaminhar o dimensionamento. É importante lembrar sempre que devemos cruzar as informações referentes ao número de funcionários e ao grupo ao qual a empresa pertence:</p><p>Grupo</p><p>Número de empregados no estabelecimento Número de membros da CIPA</p><p>0</p><p>a 19</p><p>20</p><p>a 29</p><p>30</p><p>a 50</p><p>51</p><p>a 80</p><p>81</p><p>a 100</p><p>101</p><p>a 120</p><p>121</p><p>a 140</p><p>141</p><p>a 300</p><p>301</p><p>a 500</p><p>501</p><p>a 1000</p><p>1001</p><p>a 2500</p><p>C5a</p><p>Efetivos</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>2</p><p>2</p><p>3</p><p>3</p><p>Suplentes</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>2</p><p>2</p><p>3</p><p>3</p><p>C6</p><p>Efetivos</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>5</p><p>6</p><p>8</p><p>Suplentes</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>3</p><p>3</p><p>4</p><p>4</p><p>4</p><p>6</p><p>(</p><p>Figura</p><p>2</p><p>–</p><p>Dimensionamento</p><p>da</p><p>CIPA</p><p>por</p><p>meio</p><p>do</p><p>Quadro</p><p>I</p><p>da</p><p>NR-5</p><p>(apresenta</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>trecho</p><p>do</p><p>quadro</p><p>da</p><p>norma)</p><p>O</p><p>resultado</p><p>obtido</p><p>mostra</p><p>que</p><p>a</p><p>CIPA</p><p>da</p><p>empresa</p><p>dever</p><p>á</p><p>ter</p><p>seis</p><p>membros</p><p>efetivos</p><p>e</p><p>quatro</p><p>membros</p><p>suplentes.</p><p>De</p><p>acordo</p><p>com</p><p>a</p><p>NR-5,</p><p>a</p><p>CIPA</p><p>dever</p><p>á</p><p>ser</p><p>composta</p><p>do</p><p>mesmo</p><p>n</p><p>ú</p><p>mero</p><p>de</p><p>representantes</p><p>eleitos</p><p>e</p><p>indicados</p><p>pelo</p><p>empregador.</p><p>Portanto,</p><p>ao</p><p>realizarmos</p><p>a</p><p>soma</p><p>do</p><p>n</p><p>ú</p><p>mero</p><p>de</p><p>membros</p><p>efetivos</p><p>e</p><p>suplentes</p><p>(dez),</p><p>devemos</p><p>multiplicar</p><p>o</p><p>valor</p><p>por</p><p>dois.</p><p>Chegamos,</p><p>assim,</p><p>ao</p><p>resultado</p><p>de</p><p>dez</p><p>membros</p><p>indicados</p><p>pelo</p><p>empregador</p><p>e</p><p>de</p><p>dez</p><p>membros</p><p>eleitos.</p><p>)</p><p>No caso de o estabelecimento não se enquadrar no Quadro I da CIPA, é necessário indicar um “designado”, o qual será responsável por cumprir as exigências da NR-5.</p><p>Gestão da CIPA</p><p>A CIPA é um dos mecanismos mais importantes no que se refere à prevenção de acidentes e de doenças laborais. O seu objetivo principal é compatibilizar o ambiente de trabalho com a preservação e a manutenção integral da saúde física e mental do trabalhador.</p><p>Por isso, a CIPA é uma comissão essencial. Ela deve trabalhar em conjunto com os demais planos e ferramentas na gestão administrativa das questões de saúde e segurança do trabalho (SST).</p><p>Pode-se inclusive dizer que a CIPA está em constante utilização nas tarefas exercidas dentro da empresa. Por isso, sabemos que os profissionais envolvidos e que fazem parte da comissão devem também manter uma comunicação constante com os demais profissionais da área de SST dentro e fora da empresa.</p><p>Responsabilidades da CIPA</p><p>Há algumas ações importantes a serem realizadas no momento de se implantar a gestão da CIPA, como:</p><p>Cumprir e fazer cumprir a legislação em vigor, especialmente os itens de que trata a NR-5</p><p>Divulgar e promover os textos em vigor de normas regulamentadoras, acordos coletivos, convenções e cláusulas de acordos envolvendo SST</p><p>Revisar e atualizar o mapa de riscos</p><p>Elaborar propostas e material de comunicação sobre condições inseguras no ambiente de trabalho</p><p>Proceder com sugestões para possíveis reparos ou medidas visando à neutralização ou à redução de condições inseguras ou de agentes de risco</p><p>Realizar, conforme cronograma, reuniões programadas em calendário</p><p>Avaliar qualquer impacto causado pela alteração do ambiente de trabalho ou métodos envolvendo funções e atividades</p><p>Produzir material impresso, em forma de panfleto ou cartilha, para informar os funcionários a respeito dos procedimentos de emergência a serem adotados em caso de evento indesejável</p><p>Promover a SIPAT (Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho), visando a alcançar o maior número de trabalhadores possível</p><p>Registrar os acidentes de trabalho e de trajeto para análise e possível adequação de procedimentos</p><p>Ao longo do percurso traçado nas áreas de saúde no trabalho e higiene ocupacional, podemos contar com a contribuição de diversas áreas do conhecimento. Buscam-se sempre a preservação e a manutenção da saúde e da integridade física dos trabalhadores em seu ambiente laboral.</p><p>No entanto, podemos verificar que muitas empresas têm muita dificuldade em implementar os sistemas de gestão de segurança e saúde ocupacionais. Não basta apenas identificar os fatores de riscos ambientais e estabelecer um programa de</p><p>prevenção, ou até mesmo SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) ou CIPA. A empresa deve estar realmente comprometida com a geração de impactos na sua cultura organizacional. Os programas exigem movimentação e conscientização nos dois sentidos (horizontal e vertical) dentro da organização.</p><p>No segmento industrial, o desafio é ainda mais amplo devido à quantidade e à qualidade dos riscos envolvidos. Um dos aspectos mais importantes para o sucesso na implementação de sistemas de gestão de segurança no trabalho é a total eliminação da cultura do “fatalismo”. Acidentes não podem ser considerados naturais, decorrentes de</p><p>fatalidades, pois isso faz com que não se tomem atitudes para mudar a realidade.</p><p>Sabemos que os acidentes e as doenças de trabalho têm o potencial de causar prejuízo a todos os agentes envolvidos no processo: trabalhadores, empresa e governo.</p><p>No caso dos trabalhadores, o prejuízo direto de um acidente ou de uma doença é primeiramente a dor física. Depois, há também o sofrimento pessoal e familiar, a redução ou a perda de rendimentos e o receio de perder o emprego, além de custos relacionados ao cuidado com a saúde.</p><p>Os empregadores têm danos diretamente relacionados a custos, como tarefas não realizadas, indenizações e despesas, reparação ou troca da máquina ou equipamento, custos administrativos, perda de qualidade de produto e de serviço e redução do moral dentro da empresa. Entre os custos indiretos ao empregador, podem-se considerar a substituição parcial ou permanente do trabalhador acidentado e a queda de produção.</p><p>Por parte do governo, os custos envolvem indenizações e seguros.</p><p>Atualmente, com o grande espaço da mídia e a velocidade com que as notícias são compartilhadas, é importante para a imagem das empresas zelar por seus colaboradores. O não comprometimento do estabelecimento com condições de segurança do trabalho e os repetidos acidentes podem, inclusive, comprometer o nome da empresa perante os consumidores.</p><p>Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho</p><p>As normas referentes ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) estão contempladas no artigo 162 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e regulamentadas na NR-4, por meio da Portaria n.º 3.214 da Lei n.º 6.514, de 1978.</p><p>Trata-se de uma equipe multidisciplinar que trabalha na empresa e tem como objetivo principal proteger a saúde e a integridade física dos trabalhadores, além de preservar o meio ambiente.</p><p>O elevado número de acidentes de trabalho pode ser reduzido ou até mesmo evitado por meio do trabalho do SESMT.</p><p>O objetivo dos profissionais integrantes do SESMT é garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores em seu ambiente laboral, tanto nas empresas públicas quanto nas empresas privadas.</p><p>Pode-se dizer que o diferencial do SESMT é a multidisciplinaridade dos profissionais, formados em Engenharia de Segurança do Trabalho, Medicina do Trabalho, Técnico em Segurança do Trabalho, Enfermagem do Trabalho e Auxiliar de</p><p>Enfermagem do Trabalho.</p><p>Todo trabalho do SESMT deve ter início com a diretriz do modelo de gestão administrativa voltada para a cultura da prevenção, fazendo cumprir as normas regulamentadoras dadas pela Portaria 3.214/78.</p><p>A instituição formal do SESMT ocorreu por meio da Portaria 3.214/78, na NR-4, tornando o SESMT obrigatório para todas as empresas que contam com trabalhadores ou empregados contratados sob o regime celetista ou CLT.</p><p>Conforme a legislação (NR-4), as empresas públicas e privadas, órgãos públicos de administração direta e indireta, dos poderes Legislativo ou Judiciário, desde que tenham empregados regidos pela CLT, devem manter, obrigatoriamente, o SESMT, com o objetivo de promover a saúde e a proteção da integridade física dos trabalhadores.</p><p>AVANÇAR</p><p>(#menu2)</p><p>Atribuições para a elaboração, a implantação e a implementação da política e da gestão de segurança e saúde do trabalho</p><p>O SESMT deve ser composto por uma equipe multidisciplinar conforme o dimensionamento, bem como acompanhar e monitorar as ações e os indicadores contidos nos programas de prevenção e controle.</p><p>É fundamental que tais profissionais façam a gestão dos programas de segurança e saúde ocupacional, garantindo a execução e a implementação de medidas necessárias para prevenir os riscos contidos nos ambientes laborais e evitando as doenças ocupacionais e os acidentes de trabalho.</p><p>O item 4.4 da Portaria 3.214/78 faz referência ao fato de que o SESMT deve ser formado ou composto por médico do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, técnico em segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho e auxiliar ou técnico em enfermagem do trabalho, conforme estabelecido no Quadro II da NR-4.</p><p>Porém, é muito importante saber que as empresas desobrigadas da elaboração do SESMT, em função do grau de risco e do número de empregados, devem contratar empresa ou profissional habilitado para proceder à elaboração dos programas de prevenção e controle exigidos também pela legislação.</p><p>De modo geral, em conjunto com as lideranças de uma organização, é de competência do SESMT criar e conduzir a gestão da segurança e da saúde</p><p>dos trabalhadores. Essa gestão deve ser baseada em normas, legislações e comportamentos.</p><p>Tal gerenciamento tem como principal objetivo encontrar metodologias de avaliação e melhorias no que tange aos assuntos relativos à prevenção de incidentes, acidentes e doenças ocupacionais nos ambientes laborais. A gestão da segurança e da saúde no trabalho deve ser implantada gradativamente, decidindo o que e como realizar e definindo e acompanhando os objetivos a serem alcançados.</p><p>Como forma de auxílio à gestão da segurança e da saúde no trabalho, recomenda-se que o SESMT, juntamente com as lideranças da empresa, elabore e aplique uma política de segurança e saúde do trabalho, a qual deve ser considerada uma base.</p><p>A elaboração da política de segurança do trabalho deve ser uma ação realizada coletivamente pela empresa, envolvendo de maneira significativa todos os diferentes níveis hierárquicos da organização. Além disso, essa política deve visar à apresentação do compromisso de todos para o fornecimento de um ambiente laboral seguro e saudável, cumprindo as legislações vigentes, definindo metas e objetivos de segurança e saúde no trabalho e buscando a melhoria contínua.</p><p>AVANÇAR</p><p>(#menu3)</p><p>VOLTAR</p><p>(#menu1)</p><p>Dimensionamento de profissionais</p><p>A identificação da classificação nacional de atividades econômicas (CNAE) é o primeiro passo para o correto dimensionamento do SESMT, podendo ser consultada no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (sistema nacional de</p><p>classificação). Trata-se de um código identificador da atividade econômica, o qual</p><p>consta nas informações do CNPJ da empresa.</p><p>Após a identificação da CNAE, faz-se necessário consultar o Quadro I da NR-4. Nele, poder-se-á encontrar o grau de risco correspondente, variando do maior (4) ao</p><p>menor (1).</p><p>É importante mencionar que as empresas com 50% dos empregados exercendo funções de grau de risco superior ao da atividade principal devem dimensionar o SESMT conforme o maior grau de risco.</p><p>Há alguns fatores que podem influenciar o dimensionamento do SESMT (por exemplo, em empresas que não se enquadram no Quadro II da NR-4, pode haver um SESMT por estado ou centralizado).</p><p>Porém, o mais comum no dimensionamento do SESMT é consultar o Quadro II da NR-4. Nele, será realizado o dimensionamento do SESMT, considerando o cruzamento das informações de grau de risco e o número de empregados.</p><p>Exemplo de dimensionamento do SESMT</p><p>Indústria de fabricação de bebidas destiladas com 745 funcionários</p><p>Seção</p><p>C</p><p>Indústria de transformação</p><p>Divisão</p><p>11</p><p>Fabricação de bebidas</p><p>Grupo</p><p>111</p><p>Fabricação de bebidas alcoólicas</p><p>Classe</p><p>1111-9</p><p>Fabricação de aguardentes e bebidas destiladas</p><p>Subclasse</p><p>1111-9/02</p><p>Fabricação de outras bebidas aguardentes e destiladas</p><p>Quadro I – NR-4</p><p>Código</p><p>Denominação</p><p>Grau de risco</p><p>11.11-9</p><p>Fabricação de aguardentes e outras bebidas destiladas</p><p>3</p><p>Quadro II – NR-4</p><p>Deslize para visualizar todo o conteúdo.</p><p>Grau de risco</p><p>Técnicos</p><p>N de empregados no Estabelecimento</p><p>50</p><p>a 100</p><p>101</p><p>a 250</p><p>251</p><p>a 500</p><p>501 a</p><p>1.000</p><p>1.001</p><p>a 2.000</p><p>2.001</p><p>a 3.500</p><p>3.501</p><p>a 5.000</p><p>Acima de 5000 para cada grupo de 4000 ou fração acima de 2000</p><p>**</p><p>1</p><p>Técnico Seg. do trabalho</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>1</p><p>Engenheiro Seg.</p><p>Trabalho</p><p>1*</p><p>1</p><p>1*</p><p>Aux. Enferm. Do Trabalho</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Enfermeiro do Trabalho</p><p>1*</p><p>Médico do Trabalho</p><p>1*</p><p>1*</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>Técnico Seg. do trabalho</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>5</p><p>1</p><p>Engenheiro Seg.</p><p>Trabalho</p><p>1*</p><p>1</p><p>1</p><p>1*</p><p>Aux. Enferm. Do Trabalho</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>Enfermeiro do Trabalho</p><p>1</p><p>Médico do Trabalho</p><p>1*</p><p>1</p><p>1</p><p>1</p><p>3</p><p>Técnico Seg. do trabalho</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>6</p><p>8</p><p>3</p><p>Engenheiro Seg.</p><p>Trabalho</p><p>1*</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>1</p><p>Aux. Enferm. Do Trabalho</p><p>1</p><p>2</p><p>1</p><p>1</p><p>Enfermeiro do Trabalho</p><p>1</p><p>Médico do Trabalho</p><p>1*</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>1</p><p>4</p><p>Técnico Seg. do trabalho</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>4</p><p>5</p><p>8</p><p>10</p><p>3</p><p>Engenheiro Seg.</p><p>Trabalho</p><p>1*</p><p>1*</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>1</p><p>Aux. Enferm. Do Trabalho</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>1</p><p>1</p><p>Enfermeiro do Trabalho</p><p>1</p><p>Médico do Trabalho</p><p>1*</p><p>1*</p><p>1</p><p>1</p><p>2</p><p>3</p><p>1</p><p>(*) Tempo parcial (mínimo de três horas)</p><p>(**) O dimensionamento total deverá ser feito levando-se em consideração o dimensionamento de faixas de 3501 a 5000 mais o dimensionamento do(s) grupo</p><p>(s) ou fração acima de 2000 Fonte: adaptado de ENIT</p><p>Conforme o Quadro II da NR-4, o SESMT da empresa de bebidas deverá ser composto por uma equipe de três técnicos em segurança do trabalho, um engenheiro de segurança do trabalho e um médico do trabalho (os últimos dois profissionais com uma jornada de trabalho de, no mínimo, três horas).</p><p>AVANÇAR</p><p>(#menu4)</p><p>VOLTAR</p><p>(#menu2)</p><p>Funções dos membros do SESMT</p><p>Conheça a seguir algumas funções dos membros no SESMT.</p><p>AVANÇAR</p><p>(#menu5)</p><p>VOLTAR</p><p>(#menu3)</p><p>Gestão administrativa do SESMT e gestão de SST</p><p>Sabe-se que o SESMT é um modelo de gestão e que deve atuar diretamente na prevenção dos riscos presentes no meio ambiente de trabalho onde a empresa encontra-se instalada.</p><p>A questão pontual e problemática refere-se ao fato de enfrentarmos mudanças consideráveis nas características físico-ambientais nos ambientes de trabalho, devido ao surgimento contínuo de novas atividades ou interferências tecnológicas – o que exige, dessa forma, a intervenção multidisciplinar das equipes componentes do SESMT.</p><p>Essa formatação de gestão integrada torna-se, portanto, uma das principais características da área de segurança do trabalho, contribuindo significativamente para reduzir os riscos presentes nas atividades laborais das empresas.</p><p>Dessa forma, sempre teremos disponível o profissional adequado nos momentos de demanda técnica nas diversas situações encontradas durante a gestão de saúde e segurança aplicada no âmbito do SESMT.</p><p>Além de proteger a saúde dos trabalhadores, o SESMT também busca garantir a segurança dentro do ambiente laboral, oferecendo ações preventivas relativas a acidentes e doenças.</p><p>Uma das mais importantes responsabilidades do SESMT é conscientizar os trabalhadores sobre a necessidade e a importância das ações preventivas referentes aos acidentes e às doenças ocupacionais, proporcionando a devida orientação quanto às formas de controle dos agentes e das situações.</p><p>SESMT e gestão para pequenas e médias empresas</p><p>No contexto da segurança do trabalho e de todos os problemas enfrentados pelos profissionais da área de segurança e saúde do trabalho (SST), pode-se afirmar que o mais comum seria a dificuldade de implementar e melhorar processos que envolvam a gestão de segurança do trabalho nas pequenas e médias empresas, seja pelo custo inicial, seja pela inexistência de uma cultura prevencionista de nossos empresários.</p><p>A necessidade legal da implementação do SESMT, levando em consideração o seu dimensionamento, faz com que as pequenas e médias empresas não se enquadrem nessas situações, devido ao reduzido número de funcionários, ficando a questão da segurança limitada ao conteúdo dos programas de prevenção de riscos ambientais.</p><p>Dessa forma, podemos ficar limitados ao simples atendimento da legislação para fins fiscalizatórios.</p><p>O desafio dos profissionais da área de segurança do trabalho consiste exatamente em enfrentar esse tipo de adversidade, buscando implementar um sistema de gestão e manutenção de serviço especializado em segurança e medicina do trabalho nas empresas, visando não somente ao atendimento da legislação, mas</p><p>também à atuação preventiva e efetiva nas organizações, proporcionando um</p><p>ambiente de trabalho seguro aos trabalhadores.</p><p>AVANÇAR</p><p>(#menu6)</p><p>VOLTAR</p><p>(#menu4)</p><p>Considerações finais</p><p>Cada empregador deverá, portanto, ter consciência da importância dos investimentos oriundos da formação, da implementação e da manutenção do SESMT.</p><p>Os profissionais contemporâneos que trabalham no contexto</p><p>da segurança laboral não devem sucumbir ao status de simplesmente exercer sua profissão e buscar o atendimento legal.</p><p>VOLTAR</p><p>(#menu5)</p><p>GESTÃO DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO NAS ORGANIZAÇÕES</p><p>Gestão de saúde e segurança</p><p>do trabalho nas organizações</p><p>Pode−se dizer que uma gestão eficaz no que se refere à saúde e à segurança do trabalho (SST) é um dos principais fatores para o êxito duradouro de qualquer organização. As boas práticas nesse sentido devem ter como propósito não apenas resguardar a integridade física, como também promover a qualidade de vida dos colaboradores. Isso garante trabalhadores seguros, saudáveis, motivados e comprometidos e resulta na redução de acidentes e de doenças e até mesmo das interrupções no processo de produção e na diminuição do absenteísmo.</p><p>Objetivos</p><p>A gestão de SST é importante para que se conheçam os níveis de desempenho organizacional no que se refere a essa área. Assim, é possível implementar ações específicas para melhorar esse desempenho.</p><p>Uma gestão adequada contribui para que a empresa obtenha um nível de melhoria continua de desempenho. Ela apresentará assim mecanismos sistêmicos de melhoria, fundamentando− se em uma atuação proativa, isto é, antecipando possíveis situações de risco no ambiente de trabalho.</p><p>Além disso, o comprometimento da alta direção se reflete também no comportamento dos funcionários. Estes passam a se sentir mais dispostosaparticipardasiniciativas propostas pela organização e</p><p>a contribuir com sugestões para melhorar o ambiente de trabalho, além de</p><p>promoverem uma responsabilidade compartilhada em que cada trabalhador se compromete também ajudam a conscientizar os colegas.</p><p>Acidentes e incidentes são eventos que podem ser evitados, pois, muitas vezes, podem estar relacionados a inúmeras causas, exigindo um olhar crítico sobre cada atividade laboral.</p><p>Análises simplistas e sem aprofundamento podem levar a pensar que acidentes estão relacionados exclusivamente a fatores isolados (humanos, técnicos ou gerenciais). No entanto, a maior parte dos acidentes ocorre por um conjunto desses fatores − fatores estes que, juntos, levam à ocorrência do evento.</p><p>Vamos ver a seguir como as organizações podem implantar um sistema de gestão em SST eficiente tendo como estratégia minimizar o problema social e econômico dos acidentes e das doenças ocupacionais.</p><p>2 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Implantação</p><p>As organizações podem agir de duas maneiras: implementando ações proativas, com auditorias, inspeções e estudos de riscos; ou de modo reativo, depois de um acidente. A primeira delas é a mais econômica e a menos dolorosa.</p><p>(</p><p>Identificar</p><p>riscos</p><p>que</p><p>possam</p><p>causar</p><p>acidentes</p><p>e</p><p>doenças</p><p>ocupacionais</p><p>Analisar</p><p>e</p><p>determinar</p><p>a</p><p>natureza</p><p>dos</p><p>riscos</p><p>que</p><p>podem</p><p>afetar</p><p>a</p><p>saúde</p><p>Identificar</p><p>e</p><p>corrigir</p><p>as</p><p>não</p><p>conformidades</p><p>Assegurar</p><p>que</p><p>os</p><p>controles</p><p>sejam</p><p>eficazes</p><p>para</p><p>diminuir</p><p>e/ou</p><p>eliminar</p><p>s</p><p>situações</p><p>de</p><p>risco</p><p>Garantir</p><p>que</p><p>as</p><p>condições</p><p>de</p><p>risco</p><p>sejam</p><p>minimizadas</p><p>e/ou</p><p>eliminadas</p><p>) (</p><p>dentificar fatores de riscos que possam causar acidentes e doenças ocupac</p><p>nalisar e determinar a natureza dos fatores de riscos que podem afetar a s</p><p>dentificar</p><p>e</p><p>corrigir</p><p>as</p><p>não</p><p>conformidades</p><p>liminar</p><p>fatores</p><p>de</p><p>riscos</p><p>(ou</p><p>perigos)</p><p>ssegurar</p><p>a</p><p>eficácia</p><p>dos</p><p>controles</p><p>para</p><p>reduzir</p><p>o</p><p>nível</p><p>de</p><p>risco</p><p>a</p><p>patamares</p><p>ceitáveis</p><p>arantir</p><p>que</p><p>o</p><p>nível</p><p>de</p><p>risco</p><p>seja</p><p>mantido</p><p>em</p><p>patamares</p><p>aceitáveis</p><p>) (</p><p>I</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>I</p><p>A</p><p>I</p><p>I</p><p>E</p><p>I</p><p>A</p><p>a</p><p>I</p><p>G</p><p>) (</p><p>dentificar fatores de risco que possam causar acidentes e doenças ocupacionais</p><p>nalisar e determinar a natureza</p><p>dos fatores de riscos que podem afetar a saúde</p><p>a</p><p>dentificar</p><p>e</p><p>corrigir</p><p>as</p><p>não</p><p>conformidades</p><p>liminar</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>(ou</p><p>perigos)</p><p>ssegurar</p><p>a</p><p>eficácia</p><p>dos</p><p>controles</p><p>para</p><p>reduzir</p><p>o</p><p>nível</p><p>de</p><p>risco</p><p>a</p><p>patamares</p><p>ceitáveis</p><p>arantir</p><p>que</p><p>o</p><p>nível</p><p>de</p><p>risco</p><p>seja</p><p>mantido</p><p>em</p><p>patamares</p><p>aceitáveis</p><p>) (</p><p>I</p><p>A</p><p>I</p><p>E</p><p>A</p><p>a</p><p>G</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>Id</p><p>ionais</p><p>Id</p><p>úde</p><p>Id</p><p>Id</p><p>Id</p><p>Id</p><p>)Muito se pode aprender de fato quando um acidente acontece. Entretanto, aprender com as adversidades envolve conviver com lesões, danos físicos e psicológicos, perdas materiais e até mesmo de vidas.</p><p>Já a atuação preventiva envolve investimento em informação, tecnologia e qualificação e principalmente adoção de técnicas de gerenciamento de riscos.</p><p>O objetivo de agir preventivamente é reduzir os riscos e melhorar as condições de trabalho atendendo a requisitos técnicos e legais que são cada vez mais rígidos e necessários.</p><p>Nesse sentido, é preciso:</p><p>(</p><p>Identificar</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>que</p><p>possam</p><p>causar</p><p>acidentes</p><p>e</p><p>doenças</p><p>ocupacionais</p><p>Analisar e determinar a natureza dos fatores de risco que podem afetar a saúde</p><p>Identificar</p><p>e</p><p>corrigir</p><p>as</p><p>não</p><p>conformidades</p><p>Eliminar</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>(ou</p><p>perigos)</p><p>Assegurar</p><p>a</p><p>eficácia</p><p>dos</p><p>controles</p><p>para</p><p>reduzir</p><p>o</p><p>nível</p><p>de</p><p>risco</p><p>a</p><p>patamares</p><p>aceitáveis</p><p>Garantir</p><p>que</p><p>o</p><p>nível</p><p>de</p><p>risco</p><p>seja</p><p>mantido</p><p>em</p><p>patamares</p><p>aceitáveis</p><p>)</p><p>(</p><p>a</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>) (</p><p>I</p><p>)A gestão de SST passou a ter muita importância nas organizações. Por isso, os profissionais do SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) tiveram de transformar a sua postura. De fiscalizadora, ela passou para uma postura educadora e motivadora.</p><p>Embora a tecnologia tenha eliminado o elemento humano em muitas atividades de alto risco, é fundamental que o profissional do SESMT conheça os métodos de trabalho e novas didáticas para treinamento e que intervenha quando perceber que ações preventivas não estão sendo compreendidas ou colocadas em prática. Essa abordagem pode ser realizada a partir de inspeções diárias e auditorias periódicas.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 3</p><p>Rotinas para inspeções de segurança</p><p>(</p><p>Os</p><p>riscos</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>podem</p><p>ser</p><p>identificados</p><p>em</p><p>inspeções</p><p>de</p><p>segurança.</p><p>Essas</p><p>inspeções</p><p>são</p><p>uma</p><p>das</p><p>medidas</p><p>preventivas</p><p>mais</p><p>importantes</p><p>para</p><p>assegurar</p><p>um local de trabalho seguro. A natureza do</p><p>trabalho</p><p>determinará</p><p>a</p><p>frequência</p><p>com</p><p>que as inspeções de segurança devem ser</p><p>realizadas.</p><p>) (</p><p>Os</p><p>fatores</p><p>de</p><p>riscos</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>podem ser identificados em inspeções de</p><p>segurança.</p><p>Essas</p><p>inspeções</p><p>são</p><p>uma</p><p>das</p><p>medidas preventivas mais importantes para</p><p>assegurar um local de trabalho seguro. A</p><p>natureza</p><p>do</p><p>trabalho</p><p>determinará</p><p>a</p><p>frequência</p><p>com</p><p>que</p><p>as</p><p>inspeções</p><p>de</p><p>segurança</p><p>devem</p><p>ser</p><p>realizadas.</p><p>) (</p><p>Os</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>podem ser identificados em inspeções de</p><p>segurança.</p><p>Essas</p><p>inspeções</p><p>são</p><p>uma</p><p>das</p><p>medidas preventivas mais importantes para</p><p>assegurar um local de trabalho seguro. A</p><p>natureza</p><p>do</p><p>trabalho</p><p>determinará</p><p>a</p><p>frequência</p><p>com</p><p>que</p><p>as</p><p>inspeções</p><p>de</p><p>segurança</p><p>devem</p><p>ser</p><p>realizadas.</p><p>) (</p><p>Os</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>podem ser identificados em inspeções de</p><p>segurança.</p><p>Essas</p><p>inspeções</p><p>são</p><p>uma</p><p>das</p><p>medidas preventivas mais importantes para</p><p>assegurar um local de trabalho seguro. A</p><p>natureza</p><p>do</p><p>trabalho</p><p>determinará</p><p>a</p><p>frequência</p><p>com</p><p>que</p><p>as</p><p>inspeções</p><p>de</p><p>segurança</p><p>devem</p><p>ser</p><p>realizadas.</p><p>)É uma iniciativa interessante realizar a inspeção de segurança a cada três meses, com a participação do gerente de produção, do supervisor, do representante de segurança e de membros da CIPA. Os próprios trabalhadores presentes nos postos de trabalho também podem colaborar.</p><p>(</p><p>Além</p><p>de verificar</p><p>se as</p><p>medidas preventivas</p><p>foram</p><p>implementadas,</p><p>é</p><p>necessário</p><p>identificar riscos que possam ocorrer,</p><p>por</p><p>exemplo,</p><p>durante</p><p>o</p><p>manuseio</p><p>de</p><p>novas</p><p>substâncias</p><p>químicas,</p><p>de máquinas ou</p><p>de</p><p>novos</p><p>equipamentos</p><p>introduzidos</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>) (</p><p>Além</p><p>de</p><p>verificar</p><p>se</p><p>as</p><p>medidas</p><p>preventivas</p><p>foram</p><p>implementadas,</p><p>é</p><p>necessário</p><p>identificar os fatores de riscos que possam</p><p>ocorrer, por exemplo, durante o manuseio</p><p>de</p><p>novas</p><p>substâncias</p><p>químicas,</p><p>de</p><p>máquinas</p><p>ou de novos equipamentos introduzidos no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>) (</p><p>Além</p><p>de</p><p>verificar</p><p>se</p><p>as</p><p>medidas</p><p>preventivas</p><p>foram</p><p>implementadas,</p><p>é</p><p>necessário</p><p>identificar os fatores de risco que possam</p><p>ocorrer, por exemplo, durante o manuseio</p><p>de</p><p>novas</p><p>substâncias</p><p>químicas,</p><p>de</p><p>máquinas</p><p>ou de novos equipamentos introduzidos no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>)Caso a empresa tenha CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) ou SESMT, os profissionais envolvidos devem tomar a iniciativa para realizar as inspeções nos locais de trabalho; do contrário, a gerência pode organizar uma equipe interna para realizar esse tipo de tarefa.</p><p>Além de verificar se as medidas preventivas foram implementadas, é necessário identificar os fatores de risco que possam ocorrer, por exemplo, durante o manuseio de novas substâncias químicas, de máquinas ou de novos equipamentos introduzidos no ambiente de trabalho.</p><p>Para realizar essas inspeções, é importante considerar:</p><p>Objetivo</p><p>Qualificação dos membros da equipe Modo de realização</p><p>Forma do relatório</p><p>Identificação de um responsável para acompanhar a implantação das melhorias que serão estabelecidas a partir dos itens a serem corrigidos</p><p>Em uma empresa de grande porte, organizada em muitos departamentos e setores, será difícil realizar apenas uma inspeção. Quanto maior for a empresa, mais difícil será lembrar os itens que devem ser observados. Por isso, para que a inspeção alcance os seus objetivos, a elaboração de uma lista de verificação é fundamental.</p><p>É fundamental que as não conformidades detectadas sejam registradas visando à proposição de soluções ou de oportunidades de melhoria, as quais devem ser comunicadas posteriormente aos interessados. Além disso, ao se proporem medidas preventivas, deve−se observar o ponto de vista de todos os envolvidos no processo (como engenheiros, profissionais de segurança, supervisores e operadores) antes da implementação. É importante</p><p>saber quem é o responsável pela elaboração do relatório e como ele será guardado, para que esteja disponível para consulta em</p><p>caso de acidente ou exigência da fiscalização.</p><p>4 Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>(</p><p>A implementação de boas práticas está associada à necessidade de implementar a melhoria</p><p>contínua</p><p>das</p><p>condições</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>A</p><p>indiferença</p><p>aos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>presentes</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>cria</p><p>a</p><p>propensão</p><p>para</p><p>a</p><p>ocorrência</p><p>de</p><p>acidentes</p><p>e</p><p>doenças</p><p>ocupacionais.</p><p>)</p><p>(</p><p>A</p><p>implementação</p><p>de</p><p>boas</p><p>práticas</p><p>está</p><p>associada</p><p>à</p><p>necessidade</p><p>de</p><p>implementar</p><p>a</p><p>melhoria</p><p>continua</p><p>das</p><p>condições</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>A</p><p>indiferença</p><p>aos</p><p>riscos</p><p>presentes</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>cria</p><p>a</p><p>propensão</p><p>para</p><p>a</p><p>ocorrência</p><p>de</p><p>acidentes</p><p>e</p><p>doenças</p><p>ocupacionais.</p><p>) (</p><p>A</p><p>implementação</p><p>de</p><p>boas</p><p>práticas</p><p>está</p><p>associada</p><p>à</p><p>necessidade</p><p>de</p><p>implementar</p><p>a</p><p>melhoria</p><p>continua</p><p>das</p><p>condições</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>A</p><p>indiferença</p><p>aos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>riscos</p><p>presentes</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>cria</p><p>a</p><p>propensão</p><p>para</p><p>a</p><p>ocorrência</p><p>de</p><p>acidentes</p><p>e</p><p>doenças</p><p>ocupacionais.</p><p>) (</p><p>A</p><p>implementação</p><p>de</p><p>boas</p><p>práticas</p><p>está</p><p>associada</p><p>à</p><p>necessidade</p><p>de</p><p>implementar</p><p>a</p><p>melhoria</p><p>continua</p><p>das</p><p>condições</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>A</p><p>indiferença</p><p>aos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>presentes</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>cria</p><p>a</p><p>propensão</p><p>para</p><p>a</p><p>ocorrência</p><p>de</p><p>acidentes</p><p>e</p><p>doenças</p><p>ocupacionais.</p><p>)A seguir, veremos como se dá o processo de melhoria continua das condições de SST nas organizações.</p><p>Melhoria continua</p><p>(</p><p>Mais</p><p>do</p><p>que</p><p>cumprir</p><p>os</p><p>aspectos</p><p>relacionados</p><p>com</p><p>a</p><p>legislação</p><p>de</p><p>segurança</p><p>e</p><p>saúde</p><p>ocupacional,</p><p>a</p><p>alta</p><p>administração</p><p>deve</p><p>conduzir</p><p>o</p><p>processo</p><p>de</p><p>melhoria</p><p>continua</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho,</p><p>a</p><p>fim</p><p>de</p><p>buscar</p><p>constantemente</p><p>eliminar</p><p>e</p><p>reduzir</p><p>riscos</p><p>que</p><p>possam</p><p>surgir</p><p>ou</p><p>que</p><p>ainda</p><p>estejam</p><p>presentes</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Isso</p><p>só será possível se, nesse processo, houver</p><p>confiança,</p><p>compromisso,</p><p>colaboração</p><p>e</p><p>atitude</p><p>gerencial.</p><p>) (</p><p>Mais</p><p>do</p><p>que</p><p>cumprir</p><p>os</p><p>aspectos</p><p>relacionados</p><p>com</p><p>a</p><p>legislação</p><p>de</p><p>segurança</p><p>e</p><p>saúde</p><p>ocupacional,</p><p>a</p><p>alta</p><p>administração</p><p>deve</p><p>conduzir</p><p>o</p><p>processo</p><p>de</p><p>melhoria</p><p>continua no ambiente de trabalho, a fim de</p><p>buscar constantemente eliminar fatores de</p><p>riscos ou reduzir os riscos que possam surgir</p><p>ou</p><p>que</p><p>ainda</p><p>estejam</p><p>presentes</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de trabalho. Isso só será possível se, nesse</p><p>processo, houver confiança, compromisso,</p><p>colaboração</p><p>e</p><p>atitude</p><p>gerencial.</p><p>) (</p><p>Mais</p><p>do</p><p>que</p><p>cumprir</p><p>os</p><p>aspectos</p><p>relacionados</p><p>com</p><p>a</p><p>legislação</p><p>de</p><p>segurança</p><p>e</p><p>saúde</p><p>ocupacional,</p><p>a</p><p>alta</p><p>administração</p><p>deve</p><p>conduzir</p><p>o</p><p>processo</p><p>de</p><p>melhoria</p><p>continua no ambiente de trabalho, a fim de</p><p>buscar constantemente eliminar fatores de</p><p>risco ou reduzir os riscos que possam surgir</p><p>ou</p><p>que</p><p>ainda</p><p>estejam</p><p>presentes</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de trabalho. Isso só será possível se, nesse</p><p>processo, houver confiança, compromisso,</p><p>colaboração</p><p>e</p><p>atitude</p><p>gerencial.</p><p>) (</p><p>Mais</p><p>do</p><p>que</p><p>cumprir</p><p>os</p><p>aspectos</p><p>relacionados</p><p>com</p><p>a</p><p>legislação</p><p>de</p><p>segurança</p><p>e</p><p>saúde</p><p>ocupacional,</p><p>a</p><p>alta</p><p>administração</p><p>deve</p><p>conduzir</p><p>o</p><p>processo</p><p>de</p><p>melhoria</p><p>contínua no ambiente de trabalho, a fim de</p><p>buscar constantemente eliminar fatores de</p><p>risco ou reduzir os riscos que possam surgir</p><p>ou</p><p>que</p><p>ainda</p><p>estejam</p><p>presentes</p><p>no</p><p>ambiente</p><p>de trabalho. Isso só será possível se, nesse</p><p>processo, houver confiança, compromisso,</p><p>colaboração</p><p>e</p><p>atitude</p><p>gerencial.</p><p>)utilizados para melhorar o nível de atenção e de concentração durante a rotina de trabalho. Esse conjunto de ações promove a redução de acidentes e de doenças relacionados ao trabalho.</p><p>Cada vez mais, exigem−se responsabilidade e compromisso dos empregadores para melhorar as condições do meio ambiente de trabalho. É preciso que exista um programa de SST que possibilite também a participação dos empregados para encontrar alternativas economicamente viáveis e eficientes.</p><p>(</p><p>Sempre</p><p>que</p><p>identificamos</p><p>um</p><p>risco</p><p>e</p><p>procuramos eliminá−lo, reduzi−lo ou minimizá−</p><p>lo por meio da implantação de medidas de</p><p>controle,</p><p>estamos</p><p>promovendo</p><p>um</p><p>ambiente</p><p>e</p><p>condições</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>melhores.</p><p>) (</p><p>Sempre</p><p>que</p><p>identificamos</p><p>um</p><p>fator</p><p>de</p><p>risco</p><p>e</p><p>procuramos eliminá−lo ou então reduzir o nível</p><p>de risco por meio da implantação de medidas</p><p>de</p><p>controle,</p><p>estamos</p><p>promovendo</p><p>um</p><p>ambiente</p><p>e</p><p>condições</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>melhores.</p><p>) (</p><p>Sempre</p><p>que</p><p>identificamos</p><p>um</p><p>fator</p><p>de</p><p>risco</p><p>e</p><p>procuramos eliminá−lo ou então reduzir o nível</p><p>de risco por meio da implantação de medidas</p><p>de</p><p>controle,</p><p>estamos</p><p>promovendo</p><p>um</p><p>ambiente</p><p>e</p><p>condições</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>melhores.</p><p>) (</p><p>Sempre</p><p>que</p><p>identificamos</p><p>um</p><p>fator</p><p>de</p><p>risco</p><p>e</p><p>procuramos</p><p>eliminá-lo</p><p>ou</p><p>então</p><p>reduzir</p><p>o</p><p>nível</p><p>de risco por meio da implantação de medidas</p><p>de</p><p>controle,</p><p>estamos</p><p>promovendo</p><p>um</p><p>ambiente</p><p>e</p><p>condições</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>melhores.</p><p>)Organizações que conseguem promover continuamente a segurança e o bem−estar e dar um certo conforto e tranquilidade aos seus colaboradores têm profissionais comprometidos com o processo de melhoria continua, visto que eles se sentem beneficiados por tal processo.</p><p>Além disso, programas antiestresse,</p><p>como palestras e ginástica laboral, têm sido</p><p>Cada vez mais, percebe−se o comprometimento das empresas com o desenvolvimento de programas relacionados à responsabilidade social, visando à melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores. O apoio de creche para as mulheres é um benefício que pode trazer tranquilidade para as mães trabalhadoras que não têm condições financeiras para deixar seus filhos em um local adequado e seguro. Mesmo que indiretamente, esses fatores contribuem para a segurança dos trabalhadores.</p><p>A criação de um comitê de segurança é importante para unir esforços da gerência e dos trabalhadores para melhorar as condições de segurança, saúde e trabalho. Esse comitê pode atuar em nível gerencial ou até mesmo em nível operacional, como no caso da CIPA. Os comitês reforçam o sentimento de pertencimento dos trabalhadores, e contar com um representante de segurança</p><p>pode agregar valor e tornar as ações mais assertivas.</p><p>A composição de uma CIPA é obrigatória se</p><p>a empresa estiver enquadrada nos</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 5</p><p>(</p><p>aspectos</p><p>legais</p><p>apresentados</p><p>pela</p><p>Norma</p><p>Regulamentadora</p><p>5</p><p>(NR-5).</p><p>Algumas</p><p>atividades econômicas apresentam regulamentação específica quanto ao</p><p>dimensionamento da comissão, como mineração (NR- 22) e trabalhos</p><p>portuários</p><p>(NR-29).</p><p>)</p><p>(</p><p>aspectos</p><p>legais</p><p>apresentados</p><p>pela</p><p>Norma</p><p>Regulamentadora</p><p>5</p><p>(NR−5).</p><p>Algumas</p><p>atividades</p><p>econômicas</p><p>apresentam</p><p>regulamentação</p><p>específica</p><p>quanto</p><p>ao</p><p>dimensionamento</p><p>da</p><p>comissão,</p><p>como</p><p>construção</p><p>civil</p><p>(NR−18),</p><p>mineração</p><p>(NR−</p><p>22)</p><p>e</p><p>trabalhos</p><p>portuários</p><p>(NR−29).</p><p>) (</p><p>aspectos</p><p>legais</p><p>apresentados</p><p>pela</p><p>Norma</p><p>Regulamentadora</p><p>5</p><p>(NR−5).</p><p>Algumas</p><p>atividades</p><p>econômicas</p><p>apresentam</p><p>regulamentação</p><p>específica</p><p>quanto</p><p>ao</p><p>dimensionamento</p><p>da</p><p>comissão,</p><p>como</p><p>mineração</p><p>(NR−</p><p>22)</p><p>e</p><p>trabalhos</p><p>portuários</p><p>(NR−29).</p><p>) (</p><p>aspectos</p><p>legais</p><p>apresentados</p><p>pela</p><p>Norma</p><p>Regulamentadora</p><p>5</p><p>(NR−5).</p><p>Algumas</p><p>atividades</p><p>econômicas</p><p>apresentam</p><p>regulamentação</p><p>específica</p><p>quanto</p><p>ao</p><p>dimensionamento</p><p>da</p><p>comissão,</p><p>como</p><p>mineração</p><p>(NR−</p><p>22)</p><p>e</p><p>trabalhos</p><p>portuários</p><p>(NR−29).</p><p>)Embora não seja o fator principal, a melhoria das condições de trabalho contribui também para o aumento da produtividade, uma vez que diminui as interrupções no processo e reduz o absenteísmo resultante de acidentes e/ou doenças ocupacionais. Então, é fundamental que as empresas identifiquem as oportunidades de melhoria e elaborem programas com objetivos consistentes de SST.</p><p>As inspeções e as auditorias também desempenham um papel fundamental para que se possam identificar vulnerabilidades e elaborar programas eficazes de SST.</p><p>A Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomenda que alguns pontos sejam observados em um programa de gestão. São eles:</p><p>Realizar um diagnóstico inicial para identificar as vulnerabilidades Estabelecer programa de SST</p><p>Implementar rotinas de inspeção de segurança Identificar necessidades de saúde e higiene Implementar boas práticas de SST</p><p>Prever apoio social a acidentados e suas famílias</p><p>Conduzir um programa de melhoria contínua das condições de trabalho Monitorar a eficácia das medidas de controle implementadas</p><p>A empresa deve divulgar os seus objetivos, indicadores de desempenho e resultados, de modo a estimular a participação dos trabalhadores. A divulgação eficaz das informações, respaldada nos aspectos de SST e no desempenho do sistema de gestão, contribui para a conscientização a respeito da segurança de todos os trabalhadores.</p><p>6 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Podem−se citar ainda outros mecanismos para buscar a participação de todos os trabalhadores, como solicitar a eles sugestões de melhorias. Posteriormente, deve−se comunicar aos trabalhadores o resultado das propostas, divulgando aquelas que forem implementadas e reconhecendo a importância dos colaboradores.</p><p>(</p><p>atuar</p><p>) (</p><p>agir</p><p>) (</p><p>agir</p><p>)Para se obter sucesso na implantação de um sistema de gestão de SST, recomenda− se utilizar os princípios do ciclo PDCA (planejar, executar, verificar e agir ). É importante então lembrar que a base</p><p>para a implantação do PDCA está atrelada aos valores e aos compromissos a serem assumidos pela alta direção. Eles incluem, por exemplo, atendimento a normas regulamentadoras, decretos, portarias, normas técnicas da ABNT e normas internacionais, entre outros documentos aplicáveis e necessários para garantir as condições de SST da organização.</p><p>Vamos ver agora como pode ser realizado o processo de melhoria continua dos processos relacionados à gestão em SST levando em consideração o ciclo PDCA.</p><p>PDCA</p><p>PDCA é um método de gerenciamento iterativo composto por quatro etapas. É usado nos negócios para garantir o controle e a melhoria contínua de processos e produtos. Suas origens remontam a estudos científicos realizados pelo doutor Walter Shewhart na década de 1930 e pelo doutor Edwards Deming na década de 1950, na melhoria dos métodos de produção.</p><p>Deming enfatizou a importância da interação contínua entre design, produção, vendas e pesquisa e defendeu que as quatro etapas deveriam ser “giradas”</p><p>constantemente. Assim, o PDCA tornou− se conhecido como “a roda Deming”, que, no Japão, foi reformulada como o ciclo PDCA, para enfatizar “a prevenção da recorrência do erro”, estabelecendo padrões e modificando−os em curso.</p><p>Assim, o ciclo contínuo do modelo PDCA possibilita que o processo ao qual ele é aplicado (no caso, à gestão de SST) seja frequentemente revisitado. Isso permite que a mudança seja feita para qualquer aspecto particular do loop quando não é cumprido o padrão necessário e que o processo seja corrigido e aperfeiçoado.</p><p>Os benefícios do PDCA se devem a estas características:</p><p>Ele é simples de aplicar e eficaz em termos de fornecer uma estrutura direta.</p><p>É abrangente, na medida em que liga todos os estágios necessários juntos em um processo iterativo.</p><p>É flexível, pois é facilmente adaptado a uma multiplicidade de circunstâncias, processos e disciplinas.</p><p>É envolvente, pois incentiva o trabalho em equipe.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 7</p><p>(</p><p>atuar</p><p>) (</p><p>agir</p><p>) (</p><p>agir</p><p>)O processo de implantação das ações de SST nas empresas envolve a organização dos requisitos ou das atividades da área dentro de uma visão do ciclo PDCA (planejar, executar, verificar e agir ). Observe a figura 1.</p><p>A P</p><p>AGIR PLANEJAR</p><p>A figura 1 é a representação das 4</p><p>etapas (Planejar; Executar; Agir e Verificar) que envolvem o ciclo PDCA.</p><p>VERIFICAR EXECUTAR</p><p>C D</p><p>O ciclo PDCA é uma visão sistemática de melhoria continua que promove a participação de líderes e trabalhadores. O seu propósito é assegurar um processo efetivo de avaliação de desempenho e a implantação de ações que garantam segurança e qualidade de vida no ambiente de trabalho.</p><p>Acompanhe como o ciclo PDCA auxilia na implantação de gestão de SST nas organizações tendo em vista a melhoria continua dos processos.</p><p>Figura 1 – Ciclo PDCA</p><p>Fonte: <http://www.timerh.com.br/blog/conceito−do−ciclo−pdca/>.</p><p>Planejar</p><p>É preciso conhecer o estado inicial da organização no que se refere aos aspectos de SST. Analisa−se o que a organização faz e com o quê, identificando todas as suas atividades.</p><p>Posteriormente, deve−se fazer um diagnóstico relacionado a atividades, materiais, equipamentos, instalações e serviços, identificando os perigos relacionados a esses aspectos observados e os mecanismos existentes para o controle. Os requisitos legais devem ser</p><p>considerados.</p><p>O responsável da área de SST apresenta os resultados do diagnóstico inicial à organização e justifica a importância da implantação de ações voltadas à área. Paralelamente, é fundamental promover ações de sensibilização, para que se obtenha um número grande de colaboradores para a implementação de uma gestão adequada.</p><p>8 Gestão de saúde e</p><p>tamb</p><p>é</p><p>m deve cumprir as obriga</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es e os</p><p>deveres determinados pelo respons</p><p>á</p><p>vel da empresa e pela pro</p><p>fi</p><p>ss</p><p>ã</p><p>o</p><p>escolhida.</p><p>)</p><p>O técnico em segurança do trabalho, assim como outros profissionais, tem responsabilidades. Conforme o artigo 186 do Código Civil, aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito ou causar prejuízo a outro, fica obrigado a reparar o dano.</p><p>A empresa, quando não estabelece ações de prevenção à saúde e à integridade dos trabalhadores e dos prestadores de serviço ou quando tem comprovada a sua culpa por algum tipo de acidente de trabalho, tem o dever de indenizar o dano material e o dano moral requeridos.</p><p>O artigo 132 do Código Penal determina: Expor a vida ou a saúde de outro em perigo direto ou iminente. Pena – detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. O artigo pune a simples exposição a título de perigo à vida ou à saúde do trabalhador. O perigo deve apresentar-se direto e iminente, isto é, como realidade concreta, efetiva, presente, imediata (por exemplo, exposição à substância altamente tóxica, máquinas perigosas sem proteção e operários atuando em grandes alturas sem equipamentos de proteção).</p><p>Responsabilidade civil é a obrigação de reparar o dano que uma pessoa causa a outra. No direito, a teoria da responsabilidade civil procura determinar em que condições uma pessoa pode ser considerada responsável pelo dano sofrido por outra e em que medida aquela está obrigada a repará-lo. A reparação do dano é feita por meio da indenização, que é quase sempre pecuniária. O dano pode ser à integridade física, à honra ou aos bens de uma pessoa.</p><p>Especificamente, para imputar a responsabilidade civil, podem-se utilizar dois dispositivos legais:</p><p>(</p><p>C</p><p>ó</p><p>digo</p><p>Civil</p><p>Responsabilidade</p><p>criminal</p><p>é</p><p>a</p><p>obriga</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>sofrer</p><p>o</p><p>castigo</p><p>ou</p><p>incorrer</p><p>nas</p><p>san</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>penais</p><p>impostas</p><p>ao</p><p>agente,</p><p>em</p><p>decorr</p><p>ê</p><p>ncia</p><p>de</p><p>fato</p><p>ou</p><p>omiss</p><p>ã</p><p>o</p><p>criminosa:</p><p>Art.</p><p>186.</p><p>Aquele</p><p>que,</p><p>por</p><p>a</p><p>çã</p><p>o</p><p>ou</p><p>omiss</p><p>ã</p><p>o</p><p>volunt</p><p>á</p><p>ria,</p><p>neglig</p><p>ê</p><p>ncia</p><p>ou</p><p>imprud</p><p>ê</p><p>ncia,</p><p>violar</p><p>direito</p><p>e</p><p>causar</p><p>dano</p><p>a</p><p>outrem,</p><p>ainda</p><p>que</p><p>exclusivamente</p><p>moral,</p><p>comete</p><p>ato</p><p>il</p><p>í</p><p>cito.</p><p>[...]</p><p>Art. 927.</p><p>Aquele</p><p>que, por</p><p>ato</p><p>il</p><p>í</p><p>cito</p><p>(arts. 186</p><p>e</p><p>187),</p><p>causar danos</p><p>a</p><p>outrem,</p><p>fi</p><p>ca</p><p>obrigado</p><p>a</p><p>repar</p><p>á</p><p>-lo.</p><p>(BRASIL,</p><p>1999)</p><p>)</p><p>(</p><p>Constitui</p><p>çã</p><p>o</p><p>Federal</p><p>De</p><p>acordo</p><p>com</p><p>a</p><p>Constitui</p><p>çã</p><p>o</p><p>Federal,</p><p>no</p><p>artigo</p><p>7.º,</p><p>s</p><p>ã</p><p>o</p><p>direitos</p><p>dos</p><p>trabalhadores:</p><p>XXII</p><p>–</p><p>redu</p><p>çã</p><p>o</p><p>dos</p><p>riscos</p><p>inerentes</p><p>ao</p><p>trabalho,</p><p>por</p><p>meio</p><p>de</p><p>normas</p><p>de</p><p>sa</p><p>ú</p><p>de,</p><p>higiene</p><p>e</p><p>seguran</p><p>ç</p><p>a</p><p>[...];</p><p>[...]</p><p>XXVIII</p><p>–</p><p>seguro</p><p>contra</p><p>acidente</p><p>do</p><p>trabalho,</p><p>a</p><p>cargo</p><p>do</p><p>empregador,</p><p>sem</p><p>excluir</p><p>a</p><p>indeniza</p><p>çã</p><p>o</p><p>a</p><p>que</p><p>est</p><p>á</p><p>obrigado,</p><p>quando</p><p>incorrer</p><p>em</p><p>dolo</p><p>ou</p><p>culpa.</p><p>(BRASIL,</p><p>1999)</p><p>)</p><p>Percebe-se então que a empresa também assume a responsabilidade civil em casos de acidente do trabalho. Após concluído o devido processo legal e comprovada a culpa da empresa no acidente, esta será responsabilizada civilmente por reparar o dano causado ao empregado, tanto no campo patrimonial quanto no plano moral.</p><p>Quando o empregador desatende às normas e às recomendações de segurança do trabalho, embora dispusesse de meios para concretizá-los, expõe-se ao duplo risco de ter de responder criminalmente pelas consequências de seu gesto, e de ressarcir os danos sofridos pelo empregado vitimado, que a legislação acidentária cobre de modo imperfeito.</p><p>O profissional da área de segurança do trabalho assume a responsabilidade criminal em casos de acidente do trabalho com lesões corporais ou morte do trabalhador, situações em que devem ser instaurados o inquérito policial e,</p><p>posteriormente, a ação penal. Comprovada a omissão, a imperícia ou a negligência do profissional como causa do acidente, o profissional poderá ser penalizado nos termos dos artigos 121 e 129 do Código Penal.</p><p>Toda empresa, inclusive os governos federal, estadual e municipal, os órgãos da administração direta ou indireta, as fundações e as demais entidades do país, está sujeita às responsabilidades legais com relação aos acidentes ocorridos em suas dependências durante a jornada de trabalho.</p><p>Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o acidente de trabalho é um dano à vida e à saúde do trabalhador e pode produzir, em um primeiro caso, como consequência de uma causa brusca, resultado direto de uma condição de casualidade, ou, em um segundo caso, um risco nocivo, permanentemente existente no local de trabalho e que, pouco a pouco, pode atingir a saúde do trabalhador.</p><p>No primeiro caso, caracterizam-se os acidentes típicos; e, no segundo, as doenças ocupacionais decorrentes do trabalho realizado com fatores de riscos nocivos, que podem levar a vítima – ou os beneficiários dela – à propositura de ação de reparação de dano, pela omissão (culpa) do empregador em cumprir a legislação de segurança e medicina do trabalho.</p><p>Conclui-se, assim, que neste material foi possível compreender melhor as atribuições, a ética e a responsabilidade do técnico em segurança do trabalho.</p><p>Classificação de riscos ambientais de acordo com a portaria vigente</p><p>Em atividades desenvolvidas por um trabalhador, podem existir condições de trabalho que o exponham a situações geradoras de acidentes (por exemplo, cortes e fraturas) e doenças ocupacionais (por exemplo, silicose – doença associada à inalação de sílica livre cristalizada; e lesões por esforço repetitivo –danos ao sistema musculoesquelético).</p><p>Os acidentes e as doenças ocupacionais são gerados por agentes presentes no ambiente de trabalho que têm potencial ou característica inerente capaz de gerar um dano ao trabalhador, caracterizando-se uma situação de perigo.</p><p>Com relação ao perigo, existe ainda o conceito de risco. Esse conceito representa a probabilidade de o perigo se materializar. A simples presença de um agente no ambiente não configura uma situação crítica. Para avaliar se a condição em que ocorre a exposição ao perigo é aceitável ou não, avaliam-se a probabilidade de ocorrência da lesão ou da doença, e a frequência de exposição, ambos parâmetros que definem o risco.</p><p>Exemplo 1</p><p>Um trabalhador da construção civil, que realiza atividades em altura (perigo), limpando fachadas de prédios, está sujeito a fraturas e até mesmo morte devido à queda. A possibilidade de esse acidente ocorrer está diretamente ligada à presença de medidas de controle. Assim, se existirem proteções e o trabalhador tiver uma instrução de como executar a atividade com segurança, a chance (risco) de ele sofrer alguma lesão é menor. Outras medidas podem ser adotadas até o patamar em que a atividade se torne aceitável.</p><p>A única forma de tornar o risco inexistente é acabar com a fonte de perigo, no caso, o trabalho em altura.</p><p>Exemplo 2</p><p>Na movimentação manual de sacas de adubo (perigo), o trabalhador pode desenvolver uma lesão na coluna se a atividade não for executada corretamente ou se a carga exceder a capacidade física do colaborador. Uma das possibilidades para reduzir a probabilidade (risco) da ocorrência de lesão é reduzir a massa de cada saca, exigindo assim menos esforço físico do trabalhador.</p><p>Para tornar o risco inexistente, deve-se atuar na fonte do perigo, qual seja o transporte de sacas, no caso mecanizando tal transporte.</p><p>Algumas situações podem resultar nos mesmos agravos à saúde. Por exemplo, fraturas podem ser geradas por quedas de níveis diferentes, mas também podem ser causadas por impactos de materiais, por prensamento em máquinas, entre outros.</p><p>Já outras situações podem ser agrupadas pelo tipo de agente envolvido. Por exemplo, perda auditiva e catarata ocupacional podem ser geradas por formas de energia, uma acústica e outra eletromagnética, respectivamente. Devido a tais características, as situações são agrupadas por tipo de agente e definidas como fatores de riscos ocupacionais (a expressão “fator de risco ocupacional” é diferente do</p><p>segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Após a análise do projeto pela organização, é necessário definir o que pode ser feito e quem pode fazê−lo, além do modo como se podem monitorar os progressos do projeto de implantação das melhorias no ambiente de trabalho.</p><p>Nesta fase, determinam−se as prioridades, preparam−se as medidas de proteção, e criam−se os programas de prevenção de</p><p>acidentes. O objetivo é planejar todas as ações que devem ser executadas para atuar sobre os riscos ou prover melhorias, sendo importante também criar canais de comunicação para conscientizar os funcionários sobre possíveis riscos existentes no ambiente de trabalho.</p><p>Executar</p><p>Após o planejamento das ações, é o momento de executá−las. É fundamental que todas as pessoas designadas para as tarefas sigam todos os itens discutidos na fase de planejamento, de modo a evitar a ocorrência de erros e de ações que gerem resultados insatisfatórios no que se refere a boas práticas de SST.</p><p>Esta etapa corresponde, por exemplo, à instalação de proteções, à troca ou à manutenção de maquinário, à substituição de químicos, à instalação de placas de sinalização, à realização de DDS (dialogo diário de segurança) e ao desenvolvimento de programas e de procedimentos voltados a garantir a segurança nos locais de trabalho.</p><p>Verificar</p><p>Nesta fase, faz−se uma comparação entre o que foi definido na etapa de planejamento e o que foi executado e procura−se verificar se o que foi executado está atendendo ao proposto. No contexto de SST, vários itens podem ser observados, como a redução do número de acidentes e de doenças ocupacionais e a taxa de absenteísmo.</p><p>Assim, nesta etapa, confrontam−se os indicadores com as metas. Caso os indicadores obtidos estejam em desacordo com as metas definidas, é o momento de se pensar o que pode estar impedindo o alcance de resultados mais satisfatórios e o que pode ser feito para que os resultados planejados sejam atingidos ou superados.</p><p>Cabe citar que os objetivos e as metas no âmbito da saúde e da segurança do trabalho normalmente estão relacionados à prevenção de riscos ocupacionais e às oportunidades de melhoria no sistema de gestão de SST.</p><p>As oportunidades de melhoria podem estar presentes, por exemplo, na definição de políticas de SST e na implementação de novos processos.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 9</p><p>(</p><p>Corrigir</p><p>) (</p><p>Agir</p><p>) (</p><p>Agir</p><p>) Agir</p><p>Se os objetivos definidos não forem atingidos, a correção é fundamental para alinhar e renovar o projeto. Para que possa haver o cumprimento pleno dos procedimentos de segurança, são executadas mudanças nos programas de prevenção de acidentes, são implantadas novas tecnologias e são feitas adequações necessárias para seguir com o projeto e obter os resultados esperados. Isso é a realização de ações corretivas, que visam a corrigir falhas ao longo do processo.</p><p>Após a realização das correções, deve−se repetir o ciclo. É nesta etapa que o ciclo se reinicia, dando continuidade ao processo de melhoria continua. Essa busca, proposta pelo ciclo PDCA, é fundamental para a manutenção de processos seguros e ambientes adequados.</p><p>Ao se analisarem os elementos que compõem um sistema de gestão, pode−se constatar que as fases de planejamento e de execução terão peso maior, por demandarem mais tempo e recursos financeiros.</p><p>Sem um planejamento adequado, não é possível atingir o sucesso esperado do sistema de gestão. Além disso, a qualidade na fase de implementação do programa de SST, principalmente nos sistemas de controle operacional, é fundamental para garantir a eficácia e o desempenho desejável do sistema de gestão.</p><p>Vamos acompanhar um case para entender como o ciclo PDCA pode ajudar a empresa a melhorar indicadores relacionados à saúde e à segurança ocupacional. Mas atente que as ações que podem ser desenvolvidas em uma empresa no que se refere a SST vão além do que é sugerido. Há programas que devem ser obrigatoriamente implantados, por obrigação legal; e a empresa pode verificar a necessidade de implantar outros visando a uma maior segurança no ambiente de trabalho.</p><p>10 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Empresa: Grupo Lobato</p><p>O Grupo Lobato atua no Brasil no ramo calçadista e se esforça para criar um ambiente de trabalho seguro e confortável em todos os seus locais de produção.</p><p>No ano de 2016, foram estabelecidas regras específicas para as principais empresas do grupo. Paralelamente, iniciou−se a implementação experimental de um sistema de gestão da segurança e saúde ocupacional, de modo a incentivar cada uma delas a</p><p>implementar um ciclo PDCA por sua própria iniciativa.</p><p>Assim, a implementação experimental, levando em consideração o ciclo PDCA, foi realizada em uma das empresas do Sul do Brasil. Fez−se uma avaliação do cumprimento das leis e dos regulamentos de saúde e de segurança ocupacional para que fossem implementadas algumas medidas visando à segurança de todos os colaboradores.</p><p>Planejamento</p><p>A empresa, localizada no Sul do Brasil, conta com uma CIPA, que, no mês de janeiro, realizou a etapa de planejamento. No período, foram analisados indicadores relacionados à taxa de sinistralidade (quadro 1). Além disso, foram verificados os programas e as ações que a empresa executava no que diz respeito a SST.</p><p>No quadro 1, é possível perceber que há um aumento considerável da taxa de frequência e da taxa de gravidade, sendo também detectado um aumento no número de acidentes fatais, considerando−se os anos de 2014 e 2015.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 11</p><p>Taxas de</p><p>sinistralidade</p><p>2020</p><p>2021</p><p>Taxa de frequência</p><p>total</p><p>5,2</p><p>6,4</p><p>Taxa de gravidade</p><p>700</p><p>740</p><p>Quantidade de aci-</p><p>dentes fatais</p><p>2</p><p>4</p><p>(</p><p>2014</p><p>) (</p><p>2015</p><p>) (</p><p>5</p><p>) (</p><p>8</p><p>) (</p><p>2020</p><p>) (</p><p>2021</p><p>) (</p><p>2</p><p>) (</p><p>4</p><p>) (</p><p>2020</p><p>) (</p><p>2021</p><p>) (</p><p>2</p><p>) (</p><p>4</p><p>)Quadro 1 − Taxas de sinistralidade</p><p>(</p><p>Constatou−se</p><p>que</p><p>a</p><p>empresa</p><p>realizava</p><p>ações</p><p>voltadas aos temas de saúde e segurança,</p><p>como</p><p>o</p><p>Projeto</p><p>Zero</p><p>Acidentes,</p><p>cujo</p><p>objetivo</p><p>era</p><p>eliminar</p><p>rapidamente</p><p>os</p><p>riscos</p><p>às</p><p>pessoas</p><p>nos</p><p>locais</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Com</p><p>relação</p><p>a</p><p>programas</p><p>de</p><p>SST,</p><p>constatou−se</p><p>anecessidadedeseatualizaroPPRA</p><p>(Programa</p><p>de</p><p>Prevenção</p><p>de</p><p>Riscos</p><p>Ambientais)</p><p>uma</p><p>vez</p><p>que o setor de corte passou por reformas,</p><p>o que caracterizou o surgimento de novos</p><p>riscos</p><p>ambientais</p><p>no</p><p>local</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Além</p><p>disso, constatou−se que alguns funcionários</p><p>estavam</p><p>com</p><p>os</p><p>exames</p><p>médicos</p><p>em</p><p>atraso.</p><p>) (</p><p>Foram</p><p>definidas</p><p>as</p><p>datas</p><p>de</p><p>realização</p><p>dos</p><p>exames</p><p>pendentes</p><p>dos</p><p>funcionários</p><p>da empresa. Planejou−se também a data</p><p>de</p><p>realização</p><p>do</p><p>monitoramento</p><p>dos</p><p>riscos de todos os setores, para o PPRA ser</p><p>atualizado.</p><p>Além</p><p>disso,</p><p>foram</p><p>definidas</p><p>ações</p><p>de</p><p>melhoria,</p><p>fóruns,</p><p>revisão</p><p>de</p><p>matriz</p><p>de</p><p>risco,</p><p>segurança</p><p>em</p><p>processos</p><p>e plano de comunicação de ações a serem</p><p>desenvolvidas</p><p>na</p><p>empresa.</p><p>) (</p><p>Constatou−se</p><p>que</p><p>a</p><p>empresa</p><p>realizava</p><p>ações</p><p>voltadas aos temas de saúde e segurança,</p><p>como</p><p>o</p><p>Projeto</p><p>Zero</p><p>Acidentes,</p><p>cujo</p><p>objetivo</p><p>era</p><p>eliminar</p><p>rapidamente</p><p>os</p><p>fatores</p><p>de</p><p>riscos</p><p>às</p><p>pessoas</p><p>nos</p><p>locais</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Com</p><p>relação</p><p>a</p><p>programas</p><p>de</p><p>SST,</p><p>constatou−se</p><p>a</p><p>necessidade</p><p>de</p><p>atualizar</p><p>o</p><p>PGR</p><p>(Programa</p><p>de</p><p>Gerenciamento</p><p>de</p><p>Riscos),</p><p>uma</p><p>vez</p><p>que</p><p>o</p><p>setor de corte passou por reformas, o que</p><p>caracterizou</p><p>o</p><p>surgimento</p><p>de</p><p>novos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>riscos</p><p>no</p><p>local</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Além</p><p>disso,</p><p>constatou-se</p><p>que</p><p>alguns</p><p>funcionários</p><p>estavam</p><p>com</p><p>os</p><p>exames</p><p>médicos</p><p>em</p><p>atraso.</p><p>) (</p><p>Foram</p><p>definidas</p><p>as</p><p>datas</p><p>de</p><p>realização</p><p>dos</p><p>exames</p><p>pendentes</p><p>dos</p><p>funcionários</p><p>da</p><p>empresa.</p><p>Planejou−se</p><p>também</p><p>a</p><p>data</p><p>de</p><p>realização</p><p>do</p><p>monitoramento</p><p>dos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>riscos de todos os setores,</p><p>para o PGR ser</p><p>atualizado.</p><p>Além</p><p>disso,</p><p>foram</p><p>definidas</p><p>ações</p><p>de melhoria, fóruns, revisão de matriz de</p><p>risco, segurança em processos e plano de</p><p>comunicação de ações a serem desenvolvidas</p><p>na</p><p>empresa.</p><p>) (</p><p>Constatou−se</p><p>que</p><p>a</p><p>empresa</p><p>realizava</p><p>ações</p><p>voltadas aos temas de saúde e segurança,</p><p>como</p><p>o</p><p>Projeto</p><p>Zero</p><p>Acidentes,</p><p>cujo</p><p>objetivo</p><p>era</p><p>eliminar</p><p>rapidamente</p><p>os</p><p>fatores</p><p>de</p><p>riscoàs</p><p>pessoas</p><p>nos</p><p>locais</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Com</p><p>relação</p><p>a</p><p>programas</p><p>de</p><p>SST,</p><p>constatou−se</p><p>a</p><p>necessidade</p><p>de</p><p>atualizar</p><p>o</p><p>PGR</p><p>(Programa</p><p>de</p><p>Gerenciamento</p><p>de</p><p>Riscos),</p><p>uma</p><p>vez</p><p>que</p><p>o</p><p>setor de corte passou por reformas, o que</p><p>caracterizou</p><p>o</p><p>surgimento</p><p>de</p><p>novos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>no</p><p>local</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Além</p><p>disso,</p><p>constatou-se</p><p>que</p><p>alguns</p><p>funcionários</p><p>estavam</p><p>com</p><p>os</p><p>exames</p><p>médicos</p><p>em</p><p>atraso.</p><p>) (</p><p>Foram</p><p>definidas</p><p>as</p><p>datas</p><p>de</p><p>realização</p><p>dos</p><p>exames</p><p>pendentes</p><p>dos</p><p>funcionários</p><p>da</p><p>empresa.</p><p>Planejou−se</p><p>também</p><p>a</p><p>data</p><p>de</p><p>realização</p><p>do</p><p>monitoramento</p><p>dos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco de todos os setores, para o PGR ser</p><p>atualizado.</p><p>Além</p><p>disso,</p><p>foram</p><p>definidas</p><p>ações</p><p>de melhoria, fóruns, revisão de matriz de</p><p>risco, segurança em processos e plano de</p><p>comunicação de ações a serem desenvolvidas</p><p>na</p><p>empresa.</p><p>) (</p><p>Constatou-se</p><p>que</p><p>a</p><p>empresa</p><p>realizava</p><p>ações</p><p>voltadas aos temas de saúde e segurança,</p><p>como</p><p>o</p><p>Projeto</p><p>Zero</p><p>Acidentes,</p><p>cujo</p><p>objetivo</p><p>era</p><p>eliminar</p><p>rapidamente</p><p>os</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>às</p><p>pessoas</p><p>nos</p><p>locais</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Com</p><p>relação</p><p>a</p><p>programas</p><p>de</p><p>SST,</p><p>constatou-se</p><p>a</p><p>necessidade</p><p>de</p><p>atualizar</p><p>o</p><p>PGR</p><p>(Programa</p><p>de</p><p>Gerenciamento</p><p>de</p><p>Riscos),</p><p>uma</p><p>vez</p><p>que</p><p>o</p><p>setor de corte passou por reformas, o que</p><p>caracterizou</p><p>o</p><p>surgimento</p><p>de</p><p>novos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>no</p><p>local</p><p>de</p><p>trabalho.</p><p>Além</p><p>disso,</p><p>constatou-se</p><p>que</p><p>alguns</p><p>funcionários</p><p>estavam</p><p>com</p><p>os</p><p>exames</p><p>médicos</p><p>em</p><p>atraso.</p><p>)ambiente de trabalho.</p><p>(</p><p>Foram definidas as datas de realização dos</p><p>exames</p><p>pendentes</p><p>dos</p><p>funcionários</p><p>da</p><p>empresa.</p><p>Planejou-se</p><p>também</p><p>a</p><p>data</p><p>de</p><p>realização</p><p>do</p><p>monitoramento</p><p>dos</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco de todos os setores, para o PGR ser</p><p>atualizado.</p><p>Além</p><p>disso,</p><p>foram</p><p>definidas</p><p>ações</p><p>de melhoria, fóruns, revisão de matriz de</p><p>risco, segurança em processos e plano de</p><p>comunicação de ações a serem desenvolvidas</p><p>na</p><p>empresa.</p><p>)</p><p>Diante dessa situação, em março de 2016, a equipe de SST da empresa Lobato reuniu− se com a direção para, juntas, definirem as ações, as pessoas responsáveis por elas e o modo de monitoramento do progresso do projeto de implantação das melhorias no</p><p>O objetivo de todas essas ações era evitar acidentes graves e proporcionar a todos os trabalhadores mais qualidade de vida e segurança no ambiente de trabalho. As metas eram reduzir a taxa de frequência dos acidentes e a sua gravidade, bem como fazer com que todos os funcionários passassem a apresentar um comportamento seguro.</p><p>12 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em SRegcursaonsçaHduomTarnaobsalho</p><p>Execução das ações em SST</p><p>Na fase de execução, todas as ações planejadas foram colocadas em prática: implantaram−se dispositivos de segurança em máquinas no setor de costura com o propósito de reduzir riscos; reforçou−se a sinalização de segurança; realizaram−se as inspeções; e, consequentemente, implantaram−se melhorias em todos os setores da empresa.</p><p>Todos os funcionários tiveram os exames atualizados. A partir dos resultados, a empresa também pôde adotar novas ações em SST. Além disso, foi feito o monitoramento dos riscos no ambiente de trabalho; e, consequentemente, atualizou−se o PPRA.</p><p>Verificações das ações em SST</p><p>Paralelamente, a equipe de SST da empresa Lobato monitorou as ações planejadas e o que estava sendo efetivamente realizado, a fim de, na medida do possível, realizar as devidas correções.</p><p>Em janeiro de 2017, em seu relatório anual, foram divulgadas informações no que se refere aos índices obtidos de taxa de gravidade e taxa de frequência (quadro 2), bem como o índice de comportamento seguro dos funcionários (quadro 3).</p><p>Taxas de</p><p>sinistralidade</p><p>2014</p><p>2015</p><p>2016</p><p>Taxa de</p><p>frequência total</p><p>5,2</p><p>6,4</p><p>3</p><p>Taxa de gravidade</p><p>700</p><p>740</p><p>500</p><p>Quantidade de aci-</p><p>dentes fatais</p><p>2</p><p>4</p><p>0</p><p>(</p><p>5</p><p>) (</p><p>8</p><p>) (</p><p>3</p><p>) (</p><p>após</p><p>as</p><p>ações</p><p>em</p><p>SST</p><p>de</p><p>2016</p><p>) (</p><p>2</p><p>) (</p><p>4</p><p>) (</p><p>0</p><p>) (</p><p>2</p><p>) (</p><p>4</p><p>) (</p><p>0</p><p>)Quadro 2 − Taxas de sinistralidade</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 13</p><p>Índice de comportamento seguro</p><p>2014</p><p>2015</p><p>2016</p><p>Não avaliado</p><p>Não avaliado</p><p>83,5%</p><p>Quadro 3 − Índice de comportamento seguro dos funcionários</p><p>Como se pode verificar, no ano de 2016, as taxas de frequência e de gravidade diminuíram, e atingiu−se um índice de comportamento seguro de 83,5%.</p><p>Além desses, foram analisados os indicadores relacionados a ações em saúde e segurança. Veja:</p><p>Para aperfeiçoamento da gestão dos processos e equipamentos, foram investidos, no ano de 2016, R$ 5 milhões em programas de segurança, saúde e qualidade de vida.</p><p>(</p><p>oito</p><p>) (</p><p>três</p><p>) (</p><p>três</p><p>)Foram realizadas três semanas internas de prevenção de acidentes.</p><p>(</p><p>riscos</p><p>potenciais,</p><p>para</p><p>) (</p><p>manter</p><p>a</p><p>gestão</p><p>sempre</p><p>atualizada.</p><p>) (</p><p>fatores</p><p>de</p><p>riscos</p><p>) (</p><p>potenciais,</p><p>para</p><p>manter</p><p>a</p><p>gestão</p><p>sem</p><p>) (</p><p>pre</p><p>atualizada.</p><p>) (</p><p>fatores</p><p>de</p><p>risco</p><p>) (</p><p>potenciais,</p><p>para</p><p>manter</p><p>a</p><p>gestão</p><p>sempr</p><p>) (</p><p>e</p><p>atualizada.</p><p>)Os planos de segurança da empresa foram revisados, incluindo os fatores de risco</p><p>potenciais, para manter a gestão sempre atualizada.</p><p>Todos os funcionários tiveram seus exames atualizados.</p><p>Em 2016, 80% dos empregados receberam treinamento em SST.</p><p>14 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em SRegcurssaoonssçaHduomTarnaobsalho</p><p>(</p><p>Correção</p><p>) (</p><p>Agir</p><p>) (</p><p>Agir</p><p>) Agir</p><p>(</p><p>Levando em consideração os resultados obtidos após a implantação</p><p>das melhorias, constatou-se que, embora a taxa de frequência e a</p><p>taxa de gravidade tenham tido uma redução e uma ausência de</p><p>novos</p><p>acidentes</p><p>fatais,</p><p>ainda</p><p>seria</p><p>necessária</p><p>a</p><p>implantação</p><p>de</p><p>novas</p><p>ações</p><p>em</p><p>SST.</p><p>)</p><p>(</p><p>Levando em</p><p>consideração</p><p>os</p><p>resultados</p><p>obtidos</p><p>após</p><p>a</p><p>implantação</p><p>das melhorias, constatou−se que, embora a taxa de frequência, a taxa</p><p>de gravidade e a quantidade de acidentes fatais tenham tido uma</p><p>redução, ainda seria necessária a implantação de novas ações em</p><p>SST.</p><p>) (</p><p>Levando</p><p>em</p><p>consideração</p><p>os</p><p>resultados</p><p>obtidos</p><p>após</p><p>a</p><p>implantação</p><p>das melhorias, constatou-se que, embora a taxa de frequência e a</p><p>taxa de gravidade tenham tido uma redução e uma ausência de</p><p>novos</p><p>acidentes</p><p>fatais,</p><p>ainda</p><p>seria</p><p>necessária</p><p>a</p><p>implantação</p><p>de</p><p>novas</p><p>ações</p><p>em</p><p>SST.</p><p>) (</p><p>Levando</p><p>em</p><p>consideração</p><p>os</p><p>resultados</p><p>obtidos</p><p>após</p><p>a</p><p>implantação</p><p>das melhorias, constatou-se que, embora a taxa de frequência e a</p><p>taxa de gravidade tenham tido uma redução e uma ausência de</p><p>novos</p><p>acidentes</p><p>fatais,</p><p>ainda</p><p>seria</p><p>necessária</p><p>a</p><p>implantação</p><p>de</p><p>novas</p><p>ações</p><p>em</p><p>SST.</p><p>)Os índices apresentados ainda não eram satisfatórios, pois não estavam dentro das metas traçadas pela empresa. Então, para o ano de 2017, a meta seria atingir um índice maior que 83,5% no que diz respeito a comportamento seguro.</p><p>Então, para o ano de 2017, foram definidas as seguintes ações:</p><p>Ações em SST já implantadas serão aprimoradas, com foco multidisciplinar em toda a empresa, buscando</p><p>desenvolver ações que impactem positivamente a qualidade de vida dos empregados e que estejam alinhadas ao planejamento estratégico e à realidade das unidades.</p><p>Será formado um SESMT próprio para a unidade, que se localiza na região Sul do Brasil.</p><p>Assim, levando em consideração as ações a serem desenvolvidas, um segundo ciclo de PDCA tornou−se necessário,</p><p>caracterizando uma melhoria continua de todo o processo.</p><p>Pode−se então dizer que o ciclo PDCA proporciona diversas vantagens para as empresas. Ele otimiza as diretrizes de controle e gera a melhoria continua nas etapas de trabalho, contribuindo para a obtenção de excelentes resultados no que se refere à saúde e à segurança no ambiente de trabalho.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 15</p><p>Considerações fifinais</p><p>As boas práticas em SST são fundamentais para eliminar riscos e consequentemente evitar os acidentes e ainda garantir a saúde dos trabalhadores.</p><p>É fundamental que sempre se tenha atenção para as regras e os procedimentos de SST e a implantação de programas no que se refere ao atendimento dos requisitos legais aplicáveis à atividade da empresa. O ciclo PDCA auxilia nesse processo porque possibilita tornar os processos de gestão ágeis, claros e com objetivos bem−definidos, o que garante ótimos resultados.</p><p>Entender e divulgar os benefícios de uma gestão adequada nas organizações propicia um ambiente favorável à melhoria do desempenho em SST e à implementação dos sistemas de gestão. Se os conceitos não são conhecidos ou se são mal aplicados pelos profissionais responsáveis pelo sistema de gestão, o desempenho é influenciado negativamente, e há repercussão em custos.</p><p>16 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) sobre gestão de saúde e segurança do trabalho</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é uma instituição privada, sem fins lucrativos, reconhecida como uma entidade de utilidade pública. Ela é responsável pela publicação das Normas Brasileiras (NBRs).</p><p>Diferentemente das Normas Regulamentadoras (NRs) da Secretaria do Trabalho, as NBRs não têm seu campo de atuação restrito a assuntos relacionados à saúde e à segurança do trabalho (SST). Elas permitem a padronização de diversos procedimentos (como qualificação de produtos, implementação de gestão, padronização de registros) e contribuem para a adequada implementação de um sistema de gestão nos ambientes de trabalho.</p><p>Por virem de uma entidade privada, as NBRs não são de observância obrigatória. Contudo, existem diversas leis que exigem que algumas delas sejam atendidas para que certos procedimentos sejam considerados válidos. Neste caso, a NBR passa a ser de cumprimento obrigatório, tanto quanto uma NR.</p><p>As NRs tratam especificamente da saúde e da segurança do trabalhador; e a NBR diz respeito aos mais variados assuntos, não sendo obrigatório o seu cumprimento. Sendo assim, a NR é de observância obrigatória desde a sua emissão; e a NBR, somente quando houver orientação, no caso de ser necessário complementar e subsidiar a NR, ou até mesmo para padronizar um procedimento.</p><p>As normatizações são fundamentais para a área de saúde e segurança, principalmente quando se trata de aspectos que envolvem a gestão de SST. O intuito é orientar a melhor maneira de realizar determinados procedimentos.</p><p>As normas procuram gerar um padrão de qualidade, o qual deve ser seguido pelas empresas que buscam melhorar sua produtividade e minimizar falhas nos seus processos. Seguir as normas ainda reduz a incidência de acidentes de trabalho,</p><p>a poluição e a contaminação do meio ambiente, evitando assim sanções pesadas.</p><p>É primordial que você, como técnico em segurança do trabalho, compreenda os conceitos das normatizações criadas pela ABNT. Elas certamente estarão presentes no seu ambiente de trabalho e lhe darão subsídios para atuar na elaboração e na implementação da política de SST da empresa onde estiver inserido, pois os procedimentos e a cultura organizacional permeiam as políticas das empresas.</p><p>Definição</p><p>Normalização é o processo de formulação e aplicação de regras para a solução ou prevenção de problemas (com a cooperação de todos os interessados em regulamentar um produto ou serviço) e, em particular, para a promoção da economia global. No estabelecimento dessas regras, recorre-se à tecnologia como um instrumento para estabelecer, de maneira objetiva, condições que possibilitem que o produto, projeto, processo, sistema, pessoa, bem ou serviço atenda às finalidades a que se destina, sem deixar de lado aspectos de segurança.</p><p>A norma é um documento estabelecido por consenso e aprovado por um organismo reconhecido. Ela fornece regras, diretrizes ou características mínimas para as atividades ou para seus resultados, visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado contexto.</p><p>Objetivos</p><p>O intuito das normalizações da ABNT é estabelecer soluções, por consenso das partes interessadas, para assuntos que têm caráter repetitivo. Elas simplificam os assuntos e evidenciam ao legislador a necessidade de regulamentação específica em matérias não cobertas por NRs.</p><p>Importância e benefícios</p><p>As normas têm como propósito permitir a padronização e garantir a qualidade. Além da qualidade, elas asseguram outras características desejáveis para produtos e serviços, como:</p><p>Segurança</p><p>Confiabilidade Eficiência</p><p>Intercambiabilidade Respeito ambiental</p><p>As normas contribuem positivamente não só para o ambiente de trabalho, mas para a maioria dos aspectos de nossas vidas. As normatizações se fazem presentes nos diversos ambientes: acadêmico, escolar, doméstico, ocupacional.</p><p>Para verificar tudo isso, realize uma simples busca no site da ABNT. Filtre, por exemplo, a palavra “segurança”. Os resultados mostrarão uma variedade grande de normas, cada qual com a sua especificidade. Todas elas buscam atender aos requisitos dos diferentes segmentos e ambientes. Veja alguns exemplos:</p><p>NBR 15481:2017</p><p>Transporte rodoviário de produtos perigosos – Requisitos mínimos de segurança</p><p>ABNT NBR 14725-3:2017</p><p>Produtos químicos – Informações sobre segurança, saúde e meio ambiente – Parte 3: Rotulagem</p><p>ABNT NBR 16276:2018</p><p>Cremes protetores de segurança contra agentes químicos – Requisitos e métodos de ensaio</p><p>ABNT NBR 16660:2017</p><p>Máquinas para panificação – Formadoras e recheadoras de salgados e doces – Requisitos para segurança e higiene</p><p>ABNT NBR 15321-1:2019</p><p>Utensílios domésticos metálicos – Revestimentos – Parte 1: Segurança</p><p>Como é possível perceber, a normatização está presente na vida de todos nós, e são inúmeros os seus benefícios para a sociedade. Esses benefícios são técnicos, econômicos e sociais.</p><p>As empresas sentem a necessidade de serem competitivas no mercado de trabalho e adotam ferramentas que as ajudam a gerenciar os seus negócios. Com isso, percebem os benefícios de trabalhar pontualmente e com precisão em fatores como questões ambientais e qualidade do produto, bem como naqueles relacionados com qualidade de vida, segurança e saúde dos trabalhadores.</p><p>Um sistema de gestão corretamente implantado, além de agregar valor ao negócio, é uma excelente oportunidade para consolidar a melhoria contínua. Com a adoção de normas, os fornecedores podem desenvolver e oferecer produtos e serviços que atendam a especificações de ampla aceitação.</p><p>Para atender a esse gerenciamento, o órgão internacional ISO, com auxílio de especialistas em segurança e saúde ocupacional, constituiu a Norma ISO 45001, a qual, no Brasil, foi traduzida e publicada pela ABNT com o objetivo de proporcionar que as empresas mantenham um sistema de gestão voltado para a segurança e a saúde dos trabalhadores.</p><p>Outro beneficiado são os consumidores, que têm garantias sobre os produtos ou serviços pelos quais pagam, já que a conformidade com as normas garante qualidade, segurança e confiabilidade.</p><p>Portanto, as normas técnicas brasileiras fundamentam e orientam inúmeros processos e instalações, os quais promovem um ambiente de trabalho seguro e propício para as atividades dos trabalhadores. A normatização é fundamental para a gestão da saúde e da segurança no ambiente de trabalho.</p><p>Reforçamos que o técnico em segurança do trabalho, além de conhecer as normatizações respaldadas nas orientações da Organização</p><p>Internacional do Trabalho, deve atentar para as normatizações da ABNT. Em muitos momentos, as NBRs são imprescindíveis para regulamentar e orientar alguns processos de trabalho, como é caso da NBR 14280. Esta visa à identificação e ao registro de fatos fundamentais relacionados com os acidentes de trabalho, de modo a proporcionar meios de orientação aos esforços prevencionistas.</p><p>Segurança do Trabalho</p><p>Plano Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho</p><p>O Plano Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho estabelece a Política Nacional de Saúde e Segurança do Trabalho (PNSST) e os seus objetivos.</p><p>A história da política no Brasil envolvendo saúde e segurança no trabalho (SST) começa em 1981, por ocasião da Convenção da Organização Internacional do Trabalho (OIT) n.º 155, aprovada pelo Congresso Nacional em 1992 e incluída no</p><p>ordenamento jurídico do país em 1994. Ela estabelece que todo Estado-membro deve formular, implementar e rever periodicamente uma política de segurança.</p><p>Porém, somente em 7 de novembro de 2011, pelo Decreto n.º 7.602, foi criada a PNSST. Ela apresenta uma série de diretrizes a serem seguidas. Veremos a seguir quais são elas e como implementá-las nas empresas.</p><p>1ª diretriz</p><p>Inclusão de todos os trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção da saúde</p><p>Para atingir o objetivo de incluir todos os trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoção e proteção de SST, sugerem-se quatro estratégias de trabalho. A primeira é criar e aprovar dispositivos legais que adotem princípios comuns de SST. Como o nosso objetivo é demonstrar de forma prática a implantação das ações sugeridas pela PNSST, podemos dizer que o atendimento a essa estratégia ocorre no</p><p>momento em que a empresa elabora a sua política de SST, implementando-a a partir de um documento escrito e formalizado pela alta administração. Também é preciso torná-la disponível para todas as pessoas envolvidas direta ou indiretamente com as atividades da empresa.</p><p>Outra estratégia é a participação dos trabalhadores nas decisões e nas ações que envolvem a sua saúde e a sua segurança. É muito importante para os resultados das empresas que os trabalhadores participem ativamente dando ideias e</p><p>implantando ações, mesmo que sejam muito simples. Assim, a conscientização das pessoas será maior, porque, de alguma maneira, elas se sentirão donas das ideias e trabalharão firmemente no sentido de alcançar os objetivos da área.</p><p>Uma outra estratégia é levar para as pequenas empresas a ideia de um ambiente salubre e confortável para garantir segurança e saúde. Na prática, essa estratégia é desenvolvida pela CIPA (Comissão Interna para a Prevenção de Acidentes) e por consultorias e profissionais contratados pela empresa para desenvolver atividades em SST.</p><p>2ª diretriz</p><p>Harmonização da legislação e articulação das ações de promoção, proteção, prevenção, assistência, reabilitação e reparação da saúde do trabalhador.</p><p>Dentro de uma empresa, a principal estratégia para harmonizar a legislação é acompanhar a evolução e as mudanças em todas as leis, normas de SST pertinentes ao negócio e ao segmento da empresa.</p><p>Quando a empresa tiver a intenção de seguir um mínimo de ações na área, ela deve estar atenta à legislação e segui-la. Assim, evitará passivos trabalhistas e perda de tempo e de energia para justificar o que é injustificável.</p><p>Para o trabalho de um profissional de SST, essa atividade deve ser organizada e bem-elaborada. Ele deve conseguir acessar rápida e eficientemente as legislações pertinentes para a empresa, passar informações ao empregador e sugerir ações.</p><p>3ª diretriz</p><p>Adoção de medidas especiais para atividades laborais de alto risco</p><p>Ela estabelece a necessidade de implantar ações para prevenir acidentes e doenças do trabalho em atividades de alto risco.</p><p>As estratégias a serem tomadas nesse sentido passam por estudar a legislação referente a atividades de alto risco, buscar fatos e experiências sobre os assuntos tratados, priorizar ações para essas atividades, estabelecer recursos humanos e financeiros e estabelecer (por meio de estudos e da documentação existente) quais são as atividades consideradas de alto risco para a SST.</p><p>Na prática, o profissional de SST faz um diagnóstico utilizando toda a documentação da empresa que fundamente o estabelecimento das operações mais perigosas e críticas aos olhos da saúde e da segurança. Posteriormente, ele verifica a legislação que se aplica a essas atividades e sugere ações e melhorias a serem colocadas em prática, sempre analisando a viabilidade financeira e considerando o custo/benefício das decisões tomadas para melhorar o ambiente de trabalho e reduzir a ocorrência de acidentes e doenças do trabalho.</p><p>4ª diretriz</p><p>Estruturação de rede integrada de informações em saúde do trabalhador</p><p>Esta diretriz foi implantada com a esperança de promover a troca de informações entre as empresas de todos os segmentos do país.</p><p>Sabemos que a troca de informações e de experiências entre os profissionais da área e de empresas gera grande aprendizado. A estratégia principal para atingir esse objetivo é o compartilhamento, estabelecendo formas de coleta de dados e de acesso a todas as informações importantes.</p><p>Um técnico em segurança do trabalho de SESMT (Serviço Especializado Em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho) precisa ter uma rede de contatos com profissionais de SST visando a essa troca de dados entre as empresas. Ele pode participar de grupos de estudo da legislação, grupos de empresas do mesmo segmento industrial e de órgãos sindicais dos trabalhadores e da classe patronal.</p><p>5ª diretriz</p><p>Promoção da implantação de sistemas e programas de gestão de segurança e saúde nos locais de trabalho</p><p>Esta diretriz da PNSST incentiva as empresas a implementarem um sistema de gestão em SST. A principal estratégia para atingi-lo é o estabelecimento de indicadores de SST e, posteriormente, a implantação de ações operacionais visando a atingi-los eficientemente.</p><p>Na prática, para o técnico em segurança do trabalho, isso significa estabelecer e implantar um sistema de gestão em SST seguindo todos os passos estabelecidos e necessários no sentido de alcançar os resultados esperados.</p><p>Existem diferentes sistemas de gestão: há aqueles para fins de certificação e outros que podem ser utilizados. Entretanto, todos são suficientes como programa de gestão. A empresa pode escolher o que julgar mais adequado para os seus propósitos dentro do seu segmento de trabalho.</p><p>Caso o mercado exija, é preciso que se tenha um sistema certificado e reconhecido internacionalmente pela eficiência. A empresa também pode criar o seu sistema de gestão, desde que tenha bases sólidas no levantamento de dados e na implantação das ações, de forma a ser facilmente gerenciado e capaz de alcançar resultados satisfatórios.</p><p>6ª diretriz</p><p>Reestruturação da formação em saúde do trabalhador e em segurança do trabalho e estímulo à capacitação e à educação continuada dos trabalhadores</p><p>É possível entender a sua grande importância devido ao objetivo que permite alcançar dentro de um sistema de gestão em SST.</p><p>A estratégia principal é capacitar toda a força de trabalho da empresa para os assuntos a que as pessoas estão intimamente ligadas na execução das suas atividades. Para o técnico em segurança do trabalho, trata-se de uma atividade relativamente fácil, pois é umas de suas principais responsabilidades.</p><p>O melhor a se fazer é criar um plano de treinamento anual para todas as funções existentes na empresa, visando à conscientização do papel de todos frente à prevenção de acidentes e doenças do trabalho.</p><p>7ª diretriz</p><p>Promoção de uma agenda integrada de estudos e pesquisas em SST</p><p>Esta diretriz visa a promover a realização de pesquisas e de estudos sobre a área visando à evolução e à melhoria contínua dos programas de SST. A principal estratégia é firmar parcerias com organismos de estudo e financeiros, tanto nacionais quanto internacionais.</p><p>Para o técnico em segurança do trabalho, podemos sugerir parcerias com instituições de ensino</p><p>e de consultoria da área. Isso possibilita a atualização quanto a informações, ações e equipamentos de SST. É muito importante que o profissional esteja atento à evolução tecnológica e documental.</p><p>O futuro das empresas e dos profissionais da área da segurança no trabalho é trilhar o caminho da gestão. É notório que, em empresas com um sistema de gestão em SST, seja ele qual for, os resultados são alcançados conforme um planejamento prévio para essa implantação.</p><p>A PNSST é uma forma de o governo tentar conscientizar as empresas da necessidade de implantação de ações de prevenção e de controle de riscos nos locais de trabalho, visando à redução de acidentes e de doenças do trabalho, bem como das suas consequências, que são severas para a população trabalhadora.</p><p>Princípios e diretrizes da OIT e da OMS: melhoria das condições de segurança do ambiente de trabalho e da saúde do trabalhador</p><p>O trabalho faz parte da vida das pessoas. A maioria dos trabalhadores passa pelo menos oito horas do seu dia exercendo suas atividades laborais. Elas podem ser executadas no campo, na indústria, em um escritório, em um porto, na construção civil, enfim. São muitos os ambientes que requerem o desempenho de atividades profissionais.</p><p>O progresso tecnológico e a competição extrema conduzem a mudanças rápidas nas condições, nos processos e na organização do trabalho. Portanto, os profissionais inseridos na área de saúde e segurança do trabalho (SST) devem se manter atentos às condições de saúde e segurança dos trabalhadores.</p><p>Para que o trabalhador exerça as suas atividades com segurança e para preservar a saúde dele, as empresas investem em uma gestão de SST iniciando com a elaboração e a implantação de uma política de saúde e segurança.</p><p>O desenvolvimento dessa política provém de um diagnóstico e de um prévio estudo do ambiente de trabalho, respaldado nos princípios e nas diretrizes da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), as quais prezam por ambientes laborais seguros e saudáveis. Sabe-se que</p><p>qualquer condição de trabalho deficiente pode afetar a saúde e segurança de um trabalhador, bem como o ambiente que ele habita.</p><p>As diretrizes propostas pela OIT contribuem para as mudanças necessárias na cultura de SST e estimulam a elaboração de normas específicas para diferentes setores econômicos, tipos de segmentos ou fatores de risco. Elas devem ser adequadas ao contexto nacional e podem resultar efetivamente no melhor desempenho em SST no âmbito das organizações.</p><p>Uma gestão de SST contribui para que as empresas tenham melhorias em seu processo de trabalho e, consequentemente, em seus resultados. Com ela, é possível antecipar possíveis situações de risco no ambiente de trabalho ou até minimizar situações que expõem o trabalhador, principalmente a acidentes de trabalho.</p><p>Com o intuito de classificar as empresas de acordo com seus indicadores de gestão, Tavares (2016) descreve como a Organização Internacional do Trabalho (OIT) interpreta as taxas de acidentes (frequência e gravidade nas empresas) do seguinte modo:</p><p>Taxa de frequência (número de acidentes)</p><p>Até 20</p><p>Muito boa</p><p>De 20,01 – 40</p><p>Boa</p><p>De 40,01 – 60</p><p>Ruim</p><p>Acima de 60</p><p>Péssima</p><p>Figura 1 – Quadro da análise das taxas de frequência</p><p>Taxa de gravidade (dias perdidos)</p><p>Até 500</p><p>Muito boa</p><p>De 500,01 – 1000</p><p>Boa</p><p>De 1000,01 – 2000</p><p>Ruim</p><p>Acima de 2000</p><p>Péssima</p><p>Figura 2 – Quadro da análise das taxas de gravidade</p><p>Esses indicadores (taxas de frequência e gravidade) certamente serão objeto de estudo mais à frente, podendo haver outras formas de registro e avaliação estatística de acidentes do trabalho, doenças ocupacionais e agentes de</p><p>insalubridade. A Norma Regulamentadora 4 (NR-4), por exemplo, requer o preenchimento dos Quadros III, IV, V e VI com tais dados, sendo uma exigência legal.</p><p>A OIT realiza convenções, que são tratados internacionais de caráter normativo que podem ser ratificados sem limitação de prazo por qualquer Estado-membro interessado. Elas exercem papel relevante na segurança do trabalho porque são utilizadas como referência normativa para criar e modificar NRs e políticas nacionais de saúde e segurança do trabalho. Depois de serem ratificadas pela autoridade nacional competente (o Congresso Nacional, no caso do Brasil), elas ganham força de lei em todo o território nacional.</p><p>Atualmente, já se tem até a NR-37, com o objetivo de fundamentar e regulamentar as práticas de saúde e segurança dos funcionários de todas as empresas, públicas ou privadas.</p><p>Fazem parte dos objetivos estratégicos da OIT:</p><p>Liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociação coletiva</p><p>Eliminação de todas as formas de trabalho forçado Abolição efetiva do trabalho infantil</p><p>Eliminação de todas as formas de discriminação em matéria de emprego e ocupação</p><p>Promoção do emprego produtivo e de qualidade Extensão da proteção social</p><p>Fortalecimento do diálogo social</p><p>Já o objetivo da OMS é:</p><p>Desenvolver o nível de saúde de todos os povos</p><p>A OMS define saúde como bem-estar físico, mental e social. Não se trata, portanto, apenas de ausência de uma enfermidade.</p><p>Os princípios da OIT e da OMS são fundamentais para elaborar e implantar políticas de saúde e segurança no trabalho, já que estabelecem padrões internacionais e constituem um instrumento único para desenvolver uma cultura de segurança sustentável dentro e fora das empresas.</p><p>Tanto as organizações quanto os trabalhadores devem seguir os princípios e as diretrizes que respaldam a segurança e a saúde nos ambientes de trabalho. Assim, todos serão beneficiados.</p><p>CONCEITOS E PRINCÍPIOS</p><p>DE ADMINISTRAÇÃO</p><p>Conceitos e princípios</p><p>de administração</p><p>Quanto ao conceito de administração, as atividades diárias de uma organização, como planejamento, organização, direção e controle, são fundamentais para uma empresa. Para conhecer tais informações, este material aborda os estudos sobre conceitos e princípios da administração, cultura organizacional nas relações de trabalho aplicada à segurança do trabalho e ações do SESMT (Serviço Especializado em Segurança e em Medicina do Trabalho) e dos profissionais da área de saúde e segurança do trabalho (SST).</p><p>(</p><p>trona−se</p><p>)Esses assuntos são importantes para o técnico em segurança do trabalho, porque, ao identificar a cultura organizacional da empresa e o modelo de gestão da administração, torna-se mais fácil direcionar as ações em SST.</p><p>Conceitos e princípios de administração</p><p>e seus modelos de gestão</p><p>Quando falamos da administração, falamos de uma ciência nova, com pouco mais de 100 anos. Ao longo desse tempo, essa ciência vem sofrendo diversas modificações e atualizações.</p><p>Embora existam diversos conceitos de administração, aqui iremos abordar os pontos que mais aparecem nessas definições. O ponto que mais aparece nos conceitos é o atendimento a objetivos, deixando claro que a administração sempre vai procurar atingir objetivos, que podem ser os mais diversos, embora o mais mencionado seja o lucro desejado para que a organização se perpetue.</p><p>Outro ponto bastante difundido é sobre trabalhar no sentido de coordenar, controlar, organizar e liderar os membros de uma organização empregando adequadamente os recursos financeiros disponíveis e os recursos humanos</p><p>que fazem parte das organizações − isto é, um processo continuo e sistêmico envolvendo uma série de atividades nos processos de entrada, processamento e saída, com a finalização do produto ou serviço a que a empresa está propondo ao mercado.</p><p>No processo da administração, não podemos deixar de lado o papel das lideranças, pois, em uma administração conduzida pela alta administração da organização, todos os resultados, bons ou ruins, vêm das consequências de suas atitudes, decisões e estratégias.</p><p>2 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Para fundamentar os estudos, veja a seguir</p><p>conhecimentos sobre algumas</p><p>teorias e alguns teóricos da administração:</p><p>Teoria da administração</p><p>cientifica</p><p>A administração cientifica tem como expoente Frederick Wislow Taylor e seus seguidores, que, preocupados com a criação de uma ciência da administração com ênfase nas tarefas, constituíram a primeira das teorias de administração. Em um primeiro instante, essa teoria era voltada para a racionalização do trabalho, fundamentando-se em análise, estudo dos tempos e movimentos, fragmentação das tarefas e especialização do trabalhador. Buscava−se a eliminação do desperdício, a redução da ociosidade e dos custos, e para isso foram introduzidos aumentos salariais e prêmios de produção. Mesmo assim, foi estabelecido um sistema de controle e supervisão sobre os trabalhadores, balizando as ações de todos os níveis hierárquicos nas empresas, na tentativa de mudar o comportamento empírico dos empregados e trazendo−os mais próximos das ideias de Taylor e sua administração cientifica do trabalho.</p><p>Para relacionar as ideias de Taylor com SST, somos remetidos para os aspectos da organização racional do trabalho, dentre os quais podemos destacar o estudo da fadiga humana. Podemos acreditar que foi uma maneira de preocupar−se com saúde</p><p>e segurança, pois Taylor realizou o estudo dos movimentos baseado na anatomia e na fisiologia do ser humano, utilizados ainda nos dias atuais para os estudos ergonômicos. No entanto, na verdade, o objetivo principal era a redução da fadiga, pois acreditava-se que ela diminuiu a produtividade e a qualidade pela perda de tempo, aumentando a rotatividade e os casos de doenças e acidentes do trabalho.</p><p>As condições de trabalho no início do século eram difíceis: as fábricas eram mal iluminadas e mal ventiladas, não havia instalações sanitárias, máquinas eram dispostas de maneira inadequado e sem proteções, a jornada de trabalho era extensa, os funcionários trabalhavam aos domingos e frequentemente eram espancados.</p><p>Podemos dizer que, basicamente, foi desse tipo de gestão que surgiram a Avaliação Ergonômica do Trabalho − AET, proposta na Norma Regulamentadora nº 17 − Ergonomia, e a melhoria das condições sanitárias proposta pela Norma Regulamentadora nº 24 − Condições Sanitárias e de Conforto nos Locais de Trabalho.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 3</p><p>Teoria clássica da administração</p><p>Em 1916, a teoria clássica, que tem como expoente Henry Fayol, foi divulgada, dando ênfase na estrutura que a organização deveria ter para ser eficiente, partindo de um todo organizacional e chegando à segmentação de toda a estrutura. Isso quer dizer que o propósito era obter máxima eficiência nas organizações, analisando desde o operacional até o gerencial e instituindo a figura do homem como um agente que almeja alcançar as recompensas materiais dentro da organização. Fayol propôs que toda empresa deveria ser dividida em seis funções essenciais: técnicas, comerciais, financeiras, segurança, contábeis e administrativas.</p><p>Analisando as funções expostas por Fayol, podemos encontrar indícios de que ele estava preocupado com a saúde e a segurança dos seus trabalhadores, pois uma das funções é a segurança, que, na visão dele, está relacionada com a proteção e a preservação dos bens e das pessoas.</p><p>Basicamente, essas ideias colocaram em pauta os sistemas de prevenção à saúde e o tratamento das pessoas acidentadas e que adquiriram algum tipo de doença no trabalho. Essas ações</p><p>fomentaram diversas organizações do trabalho e de proteção das pessoas a exigirem mecanismos para o bem-estar das pessoas dentro e fora das empresas, quando estivessem afastadas por motivo relativo ao trabalho realizado.</p><p>Em São Paulo, em 1917, ocorreu a manifestação política mais importante da Primeira República, que foi uma greve geral. O movimento reivindicava jornada de trabalho diária de oito horas, pagamento de indenização aos funcionários acidentados, tratamento dos inválidos e campanhas contra o alcoolismo. Como consequência, o governo brasileiro foi forçado a implantar o Decreto n.º 3.724, de 15 de janeiro de 1919, que regula as obrigações resultantes dos acidentes no trabalho.</p><p>Em 1923, a Lei Eloy Chaves criou a Previdência Social, junto com a Caixa de Aposentadoria e Pecúlio de uma empresa ferroviária − estrutura que posteriormente estendeu-se a outras empresas. Os atendimentos aos acidentados eram feitos nas santas casas de misericórdia e os trabalhadores davam entrada como indigentes, pois era a única maneira de receberem atendimento.</p><p>4 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Teoria das relações humanas</p><p>A teoria das relações humanas, também denominada de escola humanística da administração, surgiu da consequência das conclusões obtidas na experiência de Hawtorne, desenvolvida por Elton Mayo, que é considerado o fundador da escola. A teoria das relações humanas foi um movimento de oposição à teoria clássica da administração e analisa o trabalho e a adaptação do trabalhador ao trabalho realizado, com preocupação voltada ao homem e ao seu grupo social, criando a concepção de “homem social”, deslocando a preocupação da tarefa e da estrutura para a preocupação com as pessoas.</p><p>Nesse período, os trabalhadores começaram a receber melhores atendimentos, e essa foi a época do nascimento das primeiras</p><p>regulamentações legais, devido a fortes pressões por políticas de SST por parte dos trabalhadores. Como exemplo de avanço nas relações de trabalho, neste período, foi criada, em 1934, a Inspetoria de Higiene e Segurança do Trabalho; em 1938, foi criado o Serviço de Higiene do Trabalho; em 1934 e 1944, respectivamente, foram criadas a segunda e terceira lei acidentária; e, em 1943, foi criada a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.</p><p>Fica claro que durante esse período e com esse estilo de administração ocorreram diversos avanços para a área de SST. Com isso, é possível perceber que, quando o foco de uma gestão está nas pessoas e no ambiente de trabalho, existe uma grande preocupação com o bem-estar das pessoas e com as condições de trabalho.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 5</p><p>Teoria comportamental</p><p>A teoria comportamental surgiu em 1947 como uma oposição às teorias vistas anteriormente, passando a representar uma tentativa de uma nova teoria da organização formal com enfoque nas relações humanas. Essa teoria é um desdobramento da teoria das relações humanas, com a qual se mostra crítica e severa, e propõe que o administrador deve conhecer mecanismos motivacionais para poder dirigir pessoas. A base da teoria trata da motivação humana e os maiores contribuintes foram McGregor, Maslow e Herzberg.</p><p>Realizando uma análise do que propõe a teoria comportamental, somos levados a crer que os administradores que a seguiam poderiam estar levando em conta assuntos de SST relacionados aos</p><p>seus trabalhadores, pois o centro da teoria eram as relações humanas, o que provocou muitos avanços da área e no tratamento com as pessoas.</p><p>O importante é que cada vez mais, a cada nova teoria, as pessoas estão se</p><p>tornando o centro das atenções, com ações de melhoria para o bem-estar de todos.</p><p>Em 1960, ocorre a redemocratização da Previdência Social, com a criação da Lei Orgânica da Previdência Social, equiparando e uniformizando os benefícios dos institutos de aposentadorias e pensões.</p><p>6 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Teoria do desenvolvimento organizacional</p><p>A teoria do desenvolvimento organizacional surgiu, a partir de 1962, de um conjunto de ideias a respeito do homem, da organização e do ambiente, para propiciar seu crescimento e desenvolvimento.</p><p>A teoria é um desdobramento da teoria comportamental a caminho da abordagem sistêmica, e os fatores que a originaram foram a dificuldade de operacionalizar as teorias já conhecidas, os estudos e a influência na dinâmica das organizações da motivação humana</p><p>e as mudanças ocorridas no mundo</p><p>nessa época. Embora a teoria possa parecer passageira, é analisada como uma alternativa democrática e participativa para a renovação e a revitalização das organizações.</p><p>Fazendo uma análise de SST dessa teoria e verificando as variáveis dos modelos de desenvolvimento organizacional, encontramos duas variáveis que nos levam a crer que havia uma preocupação com as pessoas, que são o grupo social e o indivíduo, ressaltando motivações, atitudes, necessidades e relações interpessoais.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 7</p><p>Teoria estruturalista</p><p>A teoria estruturalista representou um desdobramento da teoria da burocracia com uma leve aproximação com a teoria das relações humanas, representando uma visão crítica da organização formal. As origens da teoria foram a oposição surgida devido à incompatibilidade entre a teoria das relações humanas e as outras teorias tradicionais, a necessidade de visualizar a organização como uma unidade social e complexa, a influência do estruturalismo nas ciências sociais e a repercussão dessas ciências no estudo das organizações e novos conceitos de estrutura. Analisando criticamente o estruturalismo dentro da administração com seus aspectos positivos e negativos, esta é uma teoria de transição para a teoria dos sistemas.</p><p>Analisando essa teoria, ela não foi um período com progressos na área de SST. Sendo assim, esse período foi regido pelas leis aprovadas anteriormente e pela continuação dos convênios de atendimento entre as empresas e órgãos de atendimento à saúde.</p><p>8 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Teoria neoclássica</p><p>A teoria neoclássica surgiu em 1954, quando os autores não se preocuparam em alinharem−se nos seus pensamentos, nem tampouco divergiram, por isso ela não se torna uma escola definida. As características básicas da teoria neoclássica dão ênfase aos princípios gerais da administração, aos objetivos e aos resultados e ao ecletismo (termo que se refere a uma tendência ou a uma doutrina que seleciona e recolhe elementos de outros tipos de teorias que parecem ser mais apropriadas). Boa parte dos trabalhos neoclássicos estão voltados aos fatores que levam à decisão de descentralização e enfatizam as funções do administrador, bem como os aspectos relacionados com a direção de pessoas, que o administrador deve conhecer para estar alinhado com a teoria.</p><p>Durante o período dessa teoria, seus pensadores não fazem qualquer citação a respeito de ações que tenham sido tomadas nesse período. Isso nos leva a crer que não foram criadas novas leis para SST, permanecendo em vigor as legislações já implantadas anteriormente.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 9</p><p>Teoria de sistemas</p><p>A teoria de sistemas iniciou, em 1951, com os trabalhos de Ludwig Von Bertalanffy, representando uma das maiores contribuições para a ciência moderna e para a administração. Essa teoria não busca solucionar problemas, mas, sim, produzir teorias que possam criar condições de aplicação na realidade. As premissas básicas dessa teoria são as de que sistemas existem dentro de sistemas, sistemas são abertos e funções de um sistema dependem de sua estrutura. O conceito de sistemas expressa a ideia de um conjunto de elementos interligados para formar um todo, apresentando propriedades e características próprias que não são encontradas em nenhum dos elementos isolados. A perspectiva sistêmica diz que a organização deve ser administrada como um todo e o presidente da organização deve ser um conhecedor da totalidade, e não</p><p>um coordenador de áreas.</p><p>Nesse período, ocorreu a criação do adicional de periculosidade, consistindo no pagamento ao trabalhador de um adicional sobre o salário-base, como forma de indenização por trabalhar em ambiente periculoso, sem mencionar a melhoria do ambiente de trabalho. Outro fato relevante desse período foi a criação do Ministério da Saúde.</p><p>Mas falando especificamente sobre a criação do adicional de periculosidade, estamos vendo a iniciação do que temos hoje na Norma Regulamentadora nº 16 − Atividades e Operações Perigosas. Na atualidade, essa norma determina quais são as operações consideradas perigosas que recebem esse adicional, bem como qual é o valor desse adicional.</p><p>10 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Teoria da contingência</p><p>A teoria da contingência enfatiza que não há nada de absoluto. Tudo é relativo. Tudo depende. A abordagem contingencial diz que existe uma relação entre as condições do ambiente e as técnicas de administração.</p><p>Essa teoria surgiu a partir de 1972, por meio de uma série de estudos feitos para verificar modelos e estruturas mais eficazes nas organizações. A ênfase é colocada no ambiente e nas demandas ambientais sobre a dinâmica organizacional, e não existe uma melhor maneira de organizar, em vez disso, as organizações precisam ser sistematicamente ajustadas às condições ambientais.</p><p>Nesse período, foi criado o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço − FGTS, quando o Brasil recebeu o titulo nada interessante de campeão mundial de acidentes no trabalho. Uma das</p><p>medidas tomadas pelo governo para reverter essa situação foi o desmembramento entre o Ministério da Previdência e Assistência Social e o Ministério do Trabalho, sendo que o primeiro ficou com o pagamento dos benefícios, e o segundo ficou com a prevenção de acidentes e a segurança e medicina do trabalho.</p><p>Diante desse cenário, fica clara a real necessidade de trabalhar com objetivos definidos para a área de SST. A partir dessa época, começou a criação de diversos órgãos enfatizando a prevenção de acidentes e doenças no trabalho. Posteriormente, foram criadas as normas regulamentadoras com força de lei pela Lei n.º 6.514, de 1977, e a regulamentação do profissional técnico em segurança no trabalho por meio da Portaria n.º 3.275, de 21 de setembro de 1989.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 11</p><p>Novos caminhos da teoria</p><p>geral da administração</p><p>Nos dias atuais, vivendo em uma globalização em que temos acesso a todas às informações e noticias em tempo real, o sistema de administração também sofre as consequências desse cenário, que podem ser tanto positivas quanto negativas, dependendo apenas da forma como serão entendidas e aplicadas no dia a dia das organizações.</p><p>Inicia-se, na década de 1990, a era da informação com total influência da tecnologia da informação. A tecnologia passa a ser uma importante ferramenta para o homem e, consequentemente, para o administrador, pois ele passa a ter as informações da sua organização e do andamento das operações em tempo real. Inclusive, a gestão da empresa passou a ficar mais sólida e rápida nas decisões, pois a tecnologia permite um cruzamento de dados para analisar uma série de indicadores, indicando novos caminhos para a empresa e novas decisões a respeito da gestão administrativa e industrial.</p><p>Outro ponto importante a ser considerado pelas organizações com a globalização é a inovação, que tem um papel muito importante para a sobrevivência das empresas nesse mercado competitivo.</p><p>Inovação é a capacidade que alguém tem para estar com permanente atenção no mercado consumidor para as novas tendências e exigências deste mercado. A melhoria continua é uma das ações implantadas pelas empresas na atualidade dentro desse novo cenário. O ponto principal dela é a introdução da cultura organizacional de que sempre podemos fazer</p><p>melhor do que estamos fazendo.</p><p>Isso quer dizer que estamos em permanente análise e coleta de dados, encontrando sempre mais oportunidades para melhorar os processos e os produtos, implantando as ações necessárias para buscar os resultados esperados − é uma mudança suave e continua na cultura</p><p>organizacional da empresa, porém, quando ela estiver arraigada nas pessoas dentro da organização, os resultados sempre tendem a ser os melhores.</p><p>Com o advento da melhoria continua chegamos ao que chamamos de qualidade total. Por trás dessa cultura sempre estará a figura do cliente, tanto externo quanto</p><p>A inovação pode ser um novo produto ou um serviço diferente, um novo método ou processo de trabalho, um novo modelo de negócio, uma nova solução, uma cultura empreendedora</p><p>e criadora e um</p><p>novo modelo de administração.</p><p>12 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>interno; isso quer dizer que a organização está pensando no cliente que adquire o seu produto ou o seu serviço, mas em paralelo também está preocupada com a satisfação das pessoas que integram toda a sua cadeia de trabalho. Diante disso, foram estabelecidos os dez mandamentos da qualidade total, que são:</p><p>1. Satisfação do cliente</p><p>O cliente é peça fundamental da organização, pois busca qualidade e estabelece uma permanente troca de informações e aprendizado com seus clientes.</p><p>2. Gerência participativa</p><p>É preciso criar a cultura da participação e passar as informações necessárias aos empregados, fortalecendo a tomada de decisão, mobilizando forças e gerando o compromisso de todos com os resultados.</p><p>3. Melhoria continua</p><p>Com o avanço tecnológico, a renovação dos costumes e do comportamento reflete nas necessidades dos clientes, as quais se tornaram dinâmicas. Dessa forma, acompanhar e antecipar as mudanças que ocorrem são formas de garantir mercado e descobrir novas oportunidades de negócios.</p><p>4. Desenvolvimento de pessoas</p><p>As pessoas são o maior patrimônio de uma empresa. Elas até podem ser controladas por normas rígidas, supervisão e fiscalização, mas nada se torna tão eficaz quanto o espírito de colaboração e iniciativa daqueles que acreditam no trabalho da organização.</p><p>5. Disseminação de informações</p><p>A transparência das informações na empresa é fundamental para que todos entendam o negócio, a missão, os propósitos e os planos da empresa.</p><p>6. Não aceitação de erros</p><p>A busca pelo aperfeiçoamento de todos os envolvidos no processo de trabalho deve ser constante, almejando−se assim um padrão de desempenho em que não ocorram erros.</p><p>7. Constância de propósitos</p><p>A adoção de novos valores é um processo lento e gradual que leva em conta a cultura da organização. Por isso, os novos princípios devem ser repetidos e reforçados, estimulados em sua prática, até que a mudança desejada se torne irreversível.</p><p>8. Delegação</p><p>O melhor controle é aquele que resulta da responsabilidade atribuída a cada um que compõe a empresa de modo a delegar as competências.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 13</p><p>9. Garantia de qualidade</p><p>A garantia de qualidade é possível a partir do planejamento e da formalização/do registro dos processos, os quais devem estar disponíveis em local de fácil acesso, permitindo identificar o caminho percorrido.</p><p>10. Gerência de projetos</p><p>O gerenciamento e a integração dos processos devem ser aliados ao conceito de cadeia cliente-fornecedor.</p><p>Analisando todos esses dados e cenários da administração na atualidade, fica mais fácil fazer uma analogia com a segurança do trabalho dentro desse processo. Com todas as mudanças ocorrendo dentro das organizações por meio da sua administração e com a influência total da tecnologia, podemos entenderqueosriscosdeexposiçãodaspessoas também mudaram juntamente com a visão da empresa sobre esse assunto, pois foram criadas novas legislações de proteção para as pessoas, foram introduzidos novos modelo de gestão em saúde e segurança do trabalho, inclusive com modelos de certificação, pois as empresas estão se voltando para a satisfação, a saúde e a segurança das pessoas.</p><p>Diante desses fatos, temos o profissional da área de SST que está exercendo o papel principal dentro desse cenário. Está se exigindo uma formação melhor desse</p><p>profissional, um conhecimento do todo em que a empresa está inserida, um grande conhecimento da cultura organizacional e dos estilos e sistemas de gestão que estão implantados nas empresas.</p><p>Com isso, a saúde e a segurança do trabalho passam a sera ser vistas como uma área estratégica para o negócio da empresa, pois podem ser alcançados ótimos resultados diante do mercado quando se entende e percebe essa preocupação.</p><p>A atenção também deve estar voltada a o público interno em geral, pois gera satisfação, aumento da produtividade e alcance dos resultados operacionais esperados, melhorando a prevenção dos acidentes e gerando consequente redução de eventualidades, influenciando também nos resultados da saúde das pessoas.</p><p>14 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Cultura organizacional</p><p>Nos primórdios da civilização e na história antiga, a cultura era vista como um sinônimo de artes, incluindo a pintura, a música, a arquitetura, a filosofia e diversas outras áreas que caracterizavam a identidade de um povo ou de uma época. Com o passar dos tempos, particularmente nos anos 1980 e 1990, com o desenvolvimento da globalização e das certificações, principalmente na área da qualidade, começou−se a utilizar o termo cultura organizacional, principalmente por causa dos seguintes fatores:</p><p>Estudos dos</p><p>comportamentos humanos dentro das organizações</p><p>Surgimento de</p><p>tecnologias em gestão</p><p>Necessidade de entender as características das</p><p>organizações em um</p><p>momento de reestruturação</p><p>Papel desempenhado</p><p>pela cultura nos processos de fusão das empresas</p><p>Necessidade de ampliar o papel desempenhado</p><p>pelos empregados nas organizações</p><p>Necessidade de</p><p>entender o homem e o seu comportamento dentro da organização em função das mudanças ocorridas nas</p><p>estratégias de mercado</p><p>Ao longo do tempo e de todas as mudanças observadas nas empresas, podemos citar alguns elementos básicos da cultura organizacional: as crenças, os valores, as normas, as sanções, os símbolos, o idioma e a tecnologia. Não podemos afirmar que todos eles estejam presentes nas organizações, pois algumas apresentam diferenças de cultura e poderão ter inseridos outros elementos, não apenas os citados.</p><p>Existem inúmeros conceitos de cultura organizacional encontrados em uma série de bibliografias disponíveis, porém todas elas se resumem em dizer que é um conjunto de crenças, atitudes, regras, comportamentos que são seguidos dentro de uma empresa, sejam eles escritos e doutrinados, ou implícitos dentro da empresa e, dessa forma, todos os seguem,</p><p>entendem e obedecem.</p><p>A cultura organizacional dentro das empresas é formada desde o início da organização. Ela é implantada de acordo com as ideias do seu fundador ou de acordo com as ideias da equipe de acionistas, e diversos fatores contribuem para a sua implantação. Além disso, outros itens contribuem para a formação da cultura organizacional, como, por exemplo, o local geográfico da implantação empresa, a cultura da sociedade instalada ao redor da instituição, as crenças e os valores das pessoas que farão parte da organização, as instalações físicas, as cores utilizadas nessas instalações, o tipo de processo de trabalho utilizado e, principalmente, o estilo de administração implantado pelos gerentes responsáveis.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 15</p><p>Cultura organizacional</p><p>nas relações de trabalho</p><p>A partir do momento em que a cultura organizacional está bem disseminada e bem implantada dentro de uma empresa e todos os envolvidos a conhecem, entendem e a praticam, as relações de trabalho dentro da instituição ficam mais fáceis, principalmente nas relações entre as pessoas e nas relações das pessoas para com a empresa.</p><p>Logo, se acontecer algo relacionado ao sistema de trabalho ou às relações interpessoais, é possível identificar quais serão os desencadeamentos e as condutas a serem realizadas diante dessas ocorrências, o que torna o processo</p><p>de administração entendível e de conhecimento geral.</p><p>A cultura organizacional de uma empresa pode ter diversos focos, ou apenas um − isso dependerá muito de como foi criada. Um dos focos é o poder, que é exercido pela administração da empresa, em que será exercido um poder absoluto e de benevolência para com todas as pessoas da organização.</p><p>Outro foco é para a função, em que todas as funções da empresa estão perfeitamente definidas e coordenadas por uma série de</p><p>normas em que a hierarquia é privilegiada em detrimento da operação propriamente dita.</p><p>Dentro da cultura organizacional, outro foco identificado é para a tarefa, no qual é valorizada a experiência de vida e a capacidade para resolver problemas, em queaprincipalvalorizaçãosãoosresultados alcançados independentemente da forma de como isso é conseguido.</p><p>Outro foco da cultura organizacional é o foco no processo, em que todas as prioridades de trabalho são colocadas no processo de trabalho, as pessoas não são consideradas parte do todo e recebem um tratamento secundário, privilegiando o resultado do processo produtivo.</p><p>O foco para as pessoas está ganhando muito espaço nos últimos tempos devido à implantação dos sistemas de gestão dentro das organizações, em que a estrutura da organização está a serviço dos seus membros e a individualidade é valorizada ao extremo, ocasionando uma competitividade velada entre as pessoas envolvidas nos processos em questão.</p><p>Porém, a criatividade, a originalidade</p><p>16 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>e o esforço para contribuir com as mudanças são bem diferentes das demais organizações. Dentro dessas empresas, toda vez que ocorrem mudanças, é necessário tratar com as pessoas de forma individual para que sejam preservadas das consequências que podem ocorrer.</p><p>O foco na inovação é mais uma abordagem da cultura organizacional dentro das organizações em que a hierarquia é mais achatada e a autoridade é diluída entre as pessoas. As pessoas são incentivadas a assumirem riscos no seu trabalho, sabendo que podem ocorrer muitos erros e muitos acertos, que serão comemorados da mesma forma, pois se acredita em um processo de aprendizado continuo com essas ações.</p><p>E, por último, temos o foco para a equipe, e as empresas têm uma cultura orientada para grupos de pessoas colaborativas em que o principal é a colaboração entre as pessoas. Essas organizações tendem a contratar pessoas que fazem parte de grupos variados fora do ambiente de trabalho, pois tendem a relacionamentos positivos entre si e com as pessoas responsáveis pela administração, gerando um ambiente de trabalho participativo em todas as decisões.</p><p>Com o passar dos anos e principalmente a partir dos anos 2000, temos visto nas organizações a implantação de um novo foco nas suas administrações, visto como o</p><p>foco da saúde e da segurança no trabalho.</p><p>Atualmente, em muitas empresas esse foco se firmou na cultura organizacional, tornando-se parte integrante de todas as ações e decisões tomadas pela administração, possibilitando cada vez mais um ambiente de trabalho extremamente saudável e participativo, em que a valorização das pessoas é a base da organização.</p><p>Para valorizar as pessoas e os sentimentos delas, é preciso avaliar o clima organizacional. O clima da empresa é o conjunto de propriedades mensuráveis do ambiente de trabalho utilizado como um indicador de satisfação dos membros que compõem uma empresa, abrangendo os aspectos de cultura e a realidade da organização.</p><p>Tal indicador influencia diretamente a motivação e o comportamento das relações no trabalho, fazendo−se assim pertinente quando melhorias de segurança nos processos de trabalho são planejadas.</p><p>Portanto, as organizações estão cada vez mais preocupadas com a cultura e o clima organizacional, realizando pesquisas com as pessoas sobre esses temas visando a maior participação das pessoas, gerando resultados positivos para o engrandecimento das empresas.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações 17</p><p>Cultura organizacional, segurança no</p><p>trabalho e o técnico em segurança</p><p>Já vimos que a cultura organizacional pode ser implantada em uma empresa, dessa forma a cultura da segurança do trabalho não foge a essa regra. A cultura da segurança do trabalho depende da vontade da alta administração dentro da sua visão de negócios futuros e da sua sobrevivência no mercado competitivo. A sua implantação pode ter diversos fatos geradores, sendo o principal deles a necessidade de uma certificação na área de SST. Nesse caso, a cultura da segurança passa a ter um caráter obrigatório, pois passa a ser um requisito essencial e auditável para as certificações, em que a sua implantação deve ser visível e entendida por todas as pessoas da organização.</p><p>Quando as empresas resolvem não participar de uma certificação, não quer dizer que a cultura de segurança não possa ser implantada. Independentemente das certificações, a empresa pode implantar um processo de gestão que atenda às suas necessidades e gerem os resultados esperados. Esta implantação pode se dar por inúmeros meios conhecidos e disponíveis na área, podendo ser inclusive pelos programas de saúde e segurança do trabalho.</p><p>Nesse momento, o papel do profissional da saúde e segurança do trabalho é primordial, pois das ações dele dependerá o sucesso da implantação, da evolução, da manutenção e dos resultados alcançados. Inicialmente, é necessário verificar o grau de entendimento de todas as pessoas, desde a alta cúpula até as pessoas do chão de fábrica e de atividades operacionais, obtendo−se um bom diagnóstico da cultura organizacional da empresa no que se refere a SST.</p><p>18 Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações Técnico em Segurança do Trabalho</p><p>Posteriormente, é preciso elaborar um plano para a implantação da cultura, estabelecendo todas as ações ao longo do tempo necessário para começar a obter os resultados desejados. Esses resultados não serão imediatos, porque até que todos entendam e assumam essa cultura leva um tempo, que é diferente de organização para organização. Porém, para o sucesso dessa empreitada, os primeiros a comprarem esse projeto devem ser a alta administração, pois sem esse apoio o resultado poderá ser um fracasso total.</p><p>Porém, caso o técnico em segurança do trabalho faça parte de uma organização onde a cultura da segurança já esteja implantada, ele irá pular a etapa da disseminação. Porém, é preciso fazer a manutenção da cultura, pois o cuidado nas relações e a melhoria continua deverá ser permanentemente uma preocupação desse profissional.</p><p>Para concluir esse item, é preciso dizer ao profissional de SST o quanto é necessário e importante entender o que é a cultura organizacional de uma empresa, pois é a partir dela que ele pode alcançar o sucesso total das suas atividades, explorando adequadamente</p><p>a cultura já introduzida ou implantando uma nova cultura referente a SST.</p><p>Esse ponto deve ser visto pelo técnico em segurança do trabalho como uma grande oportunidade de atuação, principalmente o desenvolvimento de estratégias criativas para que possa colocar em prática sua principal atividade, que é zelar pela saúde e pela segurança dos trabalhadores.</p><p>Para isso, ao iniciar o seu trabalho em uma empresa, é preciso entender como a instituição funciona a respeito desses assuntos − é preciso entender e perceber a cultura organizacional, entender e perceber o estilo de administrar da alta cúpula da empresa, entender e perceber o modelo de gestão da empresa e, com essas informações, elaborar um plano de trabalho adequado para a área dentro da empresa.</p><p>O objetivo do plano de trabalho é a implementação dos programas de SST necessários para a empresa, principalmente no atendimento da legislação pertinente e na prevenção de acidentes e doenças do trabalho.</p><p>Técnico em Segurança do Trabalho Gestão de saúde e segurança do trabalho nas organizações</p><p>19</p><p>Diretrizes do MTE e NRs sobre política e gestão de saúde e segurança do trabalho</p><p>No início de 2019, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) foi extinto. As atribuições relativas à segurança do trabalho e à previdência social passaram então a fazer parte do Ministério da Economia, o qual se tornou o órgão administrativo do governo federal responsável por regulamentar e fiscalizar os aspectos das relações de trabalho no país.</p><p>Ao longo de todos os materiais, serão estudadas as Normas Regulamentadoras (NRs). Elas são instrumentos importantes para fundamentar as relações trabalhistas e subsidiam a atividade de trabalhadores de maneira geral.</p><p>É preciso lembrar que as diretrizes nacionais se pautam por ações que promovem a saúde e a segurança nos ambientes de trabalho. Quando o órgão cria uma normatização, esta é respaldada por instruções e/ou indicações. Elas estabelecem um plano ou uma ação e efetivamente orientam o procedimento a ser desenvolvido sem trazer prejuízo à saúde e à integridade física do trabalhador.</p><p>Para cumprir essa função, as NRs, as portarias e as resoluções, entre outras espécies normativas, com frequência são atualizadas conforme as necessidades apontadas por novas pesquisas.</p><p>A partir dessas publicações, as organizações devem garantir que suas operações e atividades sejam realizadas de maneira segura e saudável, de modo a atender aos requisitos legais de saúde e segurança estabelecidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).</p><p>Depois de atender a essas normatizações e legislações, é preciso voltar o olhar para a política de gestão da saúde e segurança do trabalho, de maneira que seja possível atender aos requisitos legais e regulatórios necessários para garantir a segurança no ambiente de trabalho e a lucratividade da empresa.</p><p>A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora tem como princípios e diretrizes:</p><p>Universalidade Integralidade</p><p>Participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social</p><p>Descentralização Hierarquização Equidade</p><p>Precaução</p><p>Assim, pode-se dizer que os sistemas de gestão da segurança e saúde no trabalho são um conjunto de iniciativas da organização. Ele é formalizado por meio de políticas, programas, procedimentos e processos, que a ajudam a estar em conformidade com as exigências legais e demais partes interessadas. Assim, a</p><p>empresa pode conduzir suas atividades com ética e responsabilidade social.</p><p>As empresas devem eliminar fatores de risco e reduzir riscos e danos nos ambientes de trabalho. Para que isso seja possível, é fundamental minimizar ou eliminar os prejuízos ao se desenvolver e implementar sistemas de gestão voltados para a segurança e saúde ocupacional, mapeando os processos e o ambiente de trabalho, identificando falhas e propondo melhorias.</p><p>Os controles implementados devem ser capazes de identificar e de avaliar as causas associadas aos acidentes e incidentes e fornecer subsídios importantes para prevenir eventos semelhantes.</p><p>Os elementos que compõem o sistema de gestão não são estáticos e devem se adaptar a desvios que ocorram em relação aos seus objetivos e propósitos, visando à melhoria contínua nos processos de trabalho.</p><p>A globalização tem aumentado consideravelmente a competitividade mundial, o que impõe às organizações a contínua busca por novas ferramentas de gestão para lhe auxiliar na melhoria de seus processos, na qualidade e na segurança do ambiente ocupacional.</p><p>Com a implantação de sistemas de gestão de qualidade, meio ambiente, segurança e saúde do trabalho, as organizações buscam o aumento da qualidade de produtos e serviços, o desenvolvimento sustentável, um melhor relacionamento com a sociedade e, portanto, o aumento da lucratividade.</p><p>Hoje em dia, um bom desempenho em segurança e saúde no trabalho é decisivo para as empresas. Esse sistema de gestão de saúde e segurança no trabalho reduz os riscos de acidentes, promove a saúde e a satisfação dos trabalhadores e melhora os resultados operacionais e a imagem da organização, criando novas oportunidades de crescimento.</p><p>Considerações finais</p><p>É preciso que fique claro que as NRs e as diretrizes nacionais de segurança do trabalho são fundamentais. Elas respaldam o fazer profissional e os ambientes de trabalho, dando subsídios para o técnico em segurança do trabalho desempenhar suas atividades com eficiência e eficácia.</p><p>Atualmente, fazer a gestão de saúde e segurança do trabalho vai muito além de apenas seguir a legislação. O profissional precisa ter um olhar atento ao processo produtivo da empresa e às suas verdadeiras necessidades. Assim, é possível</p><p>implementar políticas adequadas à sua realidade. Todo sistema de gestão tem pontos fortes e fracos, e a eficácia deste está conectada ao modo com que ele é compreendido e aplicado ao contexto das organizações.</p><p>Segurança do Trabalho</p><p>Política de saúde e segurança do trabalho</p><p>Uma política, de modo geral, é um documento elaborado e assinado pela alta direção da empresa, no qual esta demonstra comprometimento com determinada área: meio ambiente, qualidade, segurança e saúde do trabalho, responsabilidade social. A administração de qualquer atividade desenvolvida em uma empresa é mais fácil e eficaz quando alicerçada em uma política definida com o assunto a ser administrado.</p><p>A atividade de saúde e segurança do trabalho está entre as atividades que devem ter o respaldo de uma política. Esta política deve estar em conformidade com as obrigações legais e sociais da empresa e com os princípios fundamentais de combate aos infortúnios de trabalho, principalmente em decorrência da importância socioeconômica que as atividades da empresa apresentam e pela sensibilidade</p><p>administrativa.</p><p>É fundamental que a política de saúde e segurança do trabalho – SST – faça parte do conjunto de políticas de uma empresa, pois ela trata de algo indispensável ao pleno êxito das demais atividades. Segurança e saúde no ambiente de trabalho é algo fundamental para uma maior qualidade de vida dos empregados e para a</p><p>produtividade da empresa.</p><p>Ao estabelecer princípios e regras, uma política de SST orienta ações de saúde do trabalhador, indicando o comprometimento da hierarquia e dos trabalhadores com saúde e segurança. A política de SST deve incluir a intenção de tratar quais são as obrigações legais aplicáveis não como sendo o objetivo maior, mas como um padrão mínimo de ação.</p><p>Para conhecer um pouco mais sobre a política de SST assista o vídeo a seguir.</p><p>voltar (#menu-acessivel)</p><p>Conceito</p><p>A política que trata da prevenção de acidentes é diferente de outras políticas empresariais somente no conteúdo, embora os conceitos sejam os mesmos, pois é um documento normativo que estabelece uma linha de conduta a ser observada pelas pessoas e pelos setores da empresa, uma vez que estão incluídos nessa definição de</p><p>conduta o Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do</p><p>Trabalho (SESMT) – como órgão da empresa – e a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) – como comissão legalmente constituída. Assim, a política abrange principalmente as atividades relacionadas à engenharia de segurança e medicina do trabalho e pode ser descrita em um único texto ou em um texto individual para cada</p><p>setor, sendo que, independentemente do modo como seja redigido o texto, deve levar as atividades a se encontrarem nos pontos em que devem se complementar e caminhar juntas.</p><p>A política de SST é um instrumento utilizado pelas organizações para definir normas e práticas a serem exercidas e/ou aplicadas aos ativos, que são funcionários, clientes, prestadores de serviço etc. Estas orientações devem ser coerentes com as características da organização, com seus processos e produtos, bem como com a cultura e a personalidade da empresa e com os objetivos traçados pela gestão. Desta maneira, a política deve ser coerente com os fatores de risco, com a legislação, com o propósito de melhoria contínua e deve ser compreendida por todos e comunicada à organização. O objetivo básico de uma política de SST é envolver todos os níveis da</p><p>empresa</p><p>termo “risco”).</p><p>Os fatores que podem estar presentes no ambiente de trabalho são divididos em cinco categorias, de acordo com a Portaria n.º 25, de 29 de dezembro de 1994: físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. Ainda, os fatores de riscos físicos, químicos e biológicos são classificados como agentes ambientais ou agentes de risco.</p><p>Veja a seguir os cinco grupos de riscos:</p><p>As cinco categorias e o controle delas são trabalhados pela maioria das normas regulamentadoras (NRs), de forma geral ou específica para algumas atividades econômicas, abrangendo um ou mais fatores de risco. Alguns exemplos são a NR-9, voltada aos agentes ambientais, a NR-17, relacionada às questões ergonômicas, e a NR-35, destinada ao controle de acidentes associados ao trabalho em altura.</p><p>Classificação dos fatores de riscos ocupacionais</p><p>Fatores de riscos físicos</p><p>Os riscos físicos são as formas de energia presentes (por exemplo, energias sonoras, eletromagnéticas, de pressão, térmicas e mecânicas) no ambiente de trabalho e capazes de gerar doenças ocupacionais. Os agentes físicos associados a tais energias são o ruído, o ultrassom e o infrassom, as vibrações, as temperaturas extremas, as radiações ionizantes e não ionizantes, as pressões anormais e a umidade.</p><p>O ruído, um agente muito presente em diversas atividades, é dividido em ruído contínuo, intermitente e de impacto. Os dois primeiros se diferenciam apenas pela amplitude das oscilações e, em termos práticos, são avaliados da mesma maneira. Já o ruído de impacto tem uma característica quase impulsiva, ocorrendo por breves instantes de tempo e com intervalos entre impactos respeitando certo critério. O ruído contínuo/intermitente ocorre, por exemplo, na operação de uma betoneira, no corte de madeira com ferramentas elétricas. O ruído de impacto pode ser encontrado na operação de um bate-estacas.</p><p>A exposição ao ruído tem como principal problema associado a perda auditiva. Quando o ruído está em faixas não audíveis (abaixo de 20 Hz e acima de 20 kHz), pode ser caracterizado como infrassom ou ultrassom.</p><p>O agente de risco vibração é dividido em vibração de mãos e braços e vibração de corpo inteiro e exige o contato do trabalhador com a fonte de vibração. Um trabalhador que utiliza uma furadeira para colocar estruturas segura a ferramenta com as mãos e, assim, se expõe à vibração de mãos e braços. Um operador de empilhadeira (figura 1) que realiza atividades de descarregamento de materiais está exposto à vibração de corpo inteiro por meio do assento. Embora, nesse último caso, o trabalhador possa estar exposto à vibração de mãos e braços por meio do volante, a exposição pode ser</p><p>insignificante devido à frequência da vibração.</p><p>As vibrações podem causar danos aos nervos, aos músculos, ao sistema circulatório, aos ossos e às articulações.</p><p>Figura 1 – Exposição à vibração na operação de empilhadeira</p><p>Fonte: <http://www.valinhos.sp.gov.br/noticias/senai-valinhos-abre-inscricao-para-o-curso-de- operacao-de-empilhadeira>.</p><p>As temperaturas extremas se dividem em calor e frio. O agente calor combina dois fatores, um ligado às temperaturas do ambiente e outro associado ao esforço realizado pelo trabalhador.</p><p>São exemplos de situações que expõem o trabalhador ao calor: a operação de fornos e o trabalho a céu aberto com ou sem demanda física elevada, por exemplo, abertura de valas manualmente (figura 2) ou entrega de correspondências realizadas a pé, respectivamente.</p><p>Figura 2 – Exposição ao calor na abertura de vala</p><p>Fonte:</p><p><https://www.tubarao.sc.gov.br/noticias/index/ver/codMapaItem/16675/codNoticia/164363>.</p><p>A exposição ao frio ocorre principalmente em ambientes refrigerados, como no interior de câmaras frigoríficas, e pode resultar em ulcerações e hipotermia, por exemplo.</p><p>As radiações ionizantes se dividem em radiações eletromagnéticas e corpusculares e contêm energia suficiente para ionizar átomos, desestabilizando moléculas e comprometendo as células do organismo. Os efeitos mais críticos estão associados ao desenvolvimento de câncer.</p><p>As radiações eletromagnéticas ionizantes nada mais são do que os raios X e a radiação gama (figura 3), utilizados na indústria, por exemplo, para realizar radiologia industrial e controle de nível em determinados processos em que o controle por meio de elementos tradicionais não é possível.</p><p>Na medicina, os raios X são utilizados para gerar radiografias. A radiação alfa, a radiação beta e a emissão de nêutrons são radiações ionizantes corpusculares. A radiação beta tem uso medicinal no combate a alguns tipos de câncer.</p><p>Figura 3 – Gamagrafia de peça metálica</p><p>Fonte: <http://www.sidercnd.com/radiographic-and-gammagraphic-inspections-rt/>.</p><p>As radiações não ionizantes de interesse na área de segurança são as micro- ondas, a radiação infravermelha, o ultravioleta (figura 4) e o laser. Em algumas situações específicas, as radiações na faixa do rádio e as radiações de frequências extremamente baixas podem também ser de interesse na exposição ocupacional. Todos esses agentes também são radiações eletromagnéticas, mas de energia inferior. A exposição ao laser ou às micro-ondas ocorre em atividades específicas.</p><p>A presença de radiação infravermelha é avaliada como calor. Contudo, em ambientes com fontes térmicas substanciais, tais como operação envolvendo aberturas de fornos, siderurgia e metalurgia, proteções adicionais ao trabalhador são necessárias para evitar queimaduras e danos aos olhos. A exposição à radiação ultravioleta ocorre durante a exposição à carga solar e em atividades de solda elétrica.</p><p>Figura 4 – Exposição à radiação ultravioleta e a fumos metálicos (um risco químico) durante atividade de solda</p><p>Fonte: <https://safe-welding.com/hazardous-substances-in-welding-fumes-how-they-affect-the- human-body/>.</p><p>A exposição a pressões no ambiente de trabalho pode ocorrer pela injeção de ar comprimido na construção de túneis e fundações, para garantir a estabilidade do solo e evitar que infiltrações de água ocorram. Quando tal estratégia é utilizada com trabalhadores operando nesses ambientes, perfis de compressão e descompressão são aplicados para evitar a ocorrência de necrose óssea, embolia gasosa arterial, acidente vascular cerebral, entre outros.</p><p>A umidade é considerada um fator de risco físico. Atividades com exposição direta a água líquida ou em névoa, como lavagem de utensílios (figura 5) em um hotel ou lavagem de carros, são consideradas situações de exposição a esse agente. O contato com a água em estado líquido, de forma contínua, mesmo sem a presença de produtos de limpeza, pode gerar doenças como a paroníquia crônica intertriginosa.</p><p>Figura 5 – Exposição à umidade durante lavagem de louça Fonte: <http://inopak.com/food-service-soap-hand-cleaning-products>.</p><p>Legislação e normativas do trabalho</p><p>A legislação que regulamenta os aspectos referentes à saúde e à segurança do trabalho tem por objetivo estabelecer requisitos mínimos que devem ser seguidos para garantir a saúde e a segurança de todos os trabalhadores.</p><p>CLT</p><p>Visando a estabelecer normas que regulem as relações individuais e coletivas de trabalho, foi instituída, em 1º de maio de 1943, por meio do Decreto-Lei n.º 5.452, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).</p><p>A CLT, mesmo passando por diversas atualizações ao longo dos anos, estabelece itens mínimos que devem ser observados nos contratos de trabalho, garantindo direitos e deveres dos empregados e dos empregadores.</p><p>O Capítulo V da lei estabelece a obrigatoriedade de observância das normativas sobre saúde e segurança do trabalho. Em 1977, a Lei n.º 6.514 faz as devidas alterações no capítulo em questão e inclui uma série de novos requisitos a serem</p><p>observados.</p><p>NRs</p><p>Com a necessidade de um maior detalhamento sobre segurança e medicina do trabalho, foram instituídas as Normas Regulamentadoras (Nrs), por meio da Portaria 3.214/1978, aprovando um total de 28 NRs que ao longo do tempo passam por</p><p>revisões e que mais tarde foram acrescidas e complementadas por novas NRs.</p><p>e apresentar, de forma clara, a real importância da segurança do trabalho no dia a dia da organização, para possibilitar que todos sejam convidados a detectar os perigos e definir o nível de riscos existentes nos locais de trabalho, para que assim seja possível uma atuação de forma conjunta em prol de maior qualidade de vida e</p><p>segurança nos locais de trabalho.</p><p>É possível definir também a política de SST como o norte, isto é, o direcionador para implementar e aprimorar o sistema de gestão em SST da organização, de modo a permitir que o desempenho de SST seja mantido e potencialmente aperfeiçoado.</p><p>Vamos conhecer o papel do SESMT e da CIPA com relação a política de SST?</p><p>Assista o vídeo a seguir.</p><p>voltar (#menu-acessivel)</p><p>Estrutura</p><p>A política de SST deve ser formalmente estabelecida e aprovada pela gestão de topo, ou seja, a direção, a gerência ou a administração da instituição.</p><p>Segundo a norma ISO 45001, a alta direção deve estabelecer, implementar e manter uma política de saúde e segurança ocupacional (SSO) que:</p><p>a) Inclua um comprometimento em prover condições de trabalho seguras e saudáveis para a prevenção de lesões e doenças relacionadas ao trabalho, além de ser apropriada ao propósito, ao tamanho e ao contexto da organização e à natureza específica de seus riscos de SSO e oportunidades de SSO.</p><p>É importante citar que, quando uma organização tem consciência dos perigos e dos riscos que seus trabalhadores possam estar expostos, ela concretiza uma das etapas mais importantes para a consolidação e o suporte dos principais métodos de prevenção.</p><p>b) Forneça uma estrutura para o estabelecimento dos objetivos de SSO. Assim, os compromissos assumidos pelas declarações na política de SST devem ser definidos de forma clara pelos objetivos, isto é, deve ser evidenciado o que a empresa pretende realizar para cumprir o compromisso declarado na política de SST.</p><p>c) Inclua um comprometimento em atender aos requisitos legais e a outros requisitos. Este comprometimento pode ser declarado por expressões diretas ou indiretas, tais como:</p><p>Atendimento dos requisitos legais e outros</p><p>Cumprimento das legislações aplicáveis e de requisitos de partes interessadas</p><p>Harmonia e atendimento à legislação vigente e às demandas de outras partes</p><p>Cumprimento dos requisitos legais e de partes interessadas</p><p>Atendimento de suas legislações aplicáveis e requisitos de outras partes interessadas</p><p>d) Inclua um comprometimento em eliminar perigos e reduzir riscos de SSO.</p><p>e) Inclua um comprometimento com a melhoria contínua do sistema de gestão da SSO. Assim, com relação à melhoria contínua, o texto da política deverá conter declarações que explicitem esse compromisso da alta direção, por exemplo:</p><p>Compromisso com a melhoria contínua Busca da melhoria contínua</p><p>Busca da excelência em SST</p><p>Foco na melhoria do desempenho de SST</p><p>f) Inclua um comprometimento com a consulta e a participação dos trabalhadores e, onde existam, de representantes dos trabalhadores.</p><p>A política de SST deve ser devidamente documentada, implementada e atualizada. Assim, a política da empresa, em forma de documento, deve ser submetida à aprovação da alta direção da empresa, podendo fazer parte de um manual ou de outro documento definido pela empresa. Posteriormente, deve ser implementada, isto</p><p>é, praticada pelas pessoas na organização que estejam conscientes de sua</p><p>responsabilidade individual no cumprimento dessa política.</p><p>A política de SSO deve refletir com integridade as verdadeiras intenções da organização quanto ao desempenho de SSO desejado, ou seja, ela deve ser comunicada na organização para que todos saibam quais são as suas obrigações individuais em matéria de SST. Essa divulgação pode ser realizada em eventos internos, como seminários, treinamentos, reuniões etc.; em impressos, como cartilhas, folhetos, fôlderes etc.; em meios eletrônicos, como intranet, e-mail, website etc.; e por</p><p>atendimento telefônico, isto é, o responsável pelo atendimento inicial deve fornecer a política ao solicitante ou encaminhá-lo à área responsável pela informação.</p><p>Enfim, pode-se dizer que a organização deve definir a forma como a política de SST estará disponível ao público, de acordo com a publicidade e os efeitos desejados.</p><p>A política de SSO deve, ainda, estar disponível para as partes interessadas e ser pertinente e apropriada, e o modo como a organização a disponibilizou deve ser evidenciado.</p><p>É necessário, mesmo com a política de saúde e segurança implantada, analisar os riscos e o que pode acontecer quando da ocorrência de um incidente, de modo a reduzir os impactos causados por eles. Isso significa que, quando ocorre um acidente, é importante saber os procedimentos a serem realizados para a recuperação dos danos de forma eficiente, com o mínimo custo possível e o menor impacto para a organização.</p><p>A seguir, acompanhe como pode ser realizada a elaboração da política de SST.</p><p>Elaboração da política de SST</p><p>Em qualquer área, a implantação de uma política necessita, antes de qualquer coisa, de um coordenador ou gerente que possa direcionar, acrescentar algum item do programa de segurança, além de ele ser o elo entre os demais setores envolvidos.</p><p>É necessário realizar a análise das condições, do local em que o estabelecimento está desenvolvendo as suas atividades econômicas, se há sindicatos, os recursos disponíveis, sejam materiais, humanos e financeiros, entre outros. Além disso, deve-se verificar as condições das instalações físicas, as condições sanitárias do local e do seu entorno, o regulamento e as normas – sejam estaduais ou municipais –, a cultura e a filosofia da contratante, os equipamentos de proteção individual e coletivos do ambiente (EPI/EPC), entre outros aspectos.</p><p>Uma política de SST deve incluir, no mínimo, os elementos requeridos pela legislação aplicável na organização, pois as organizações diferem entre si. Nesse sentido, políticas desenvolvidas para uma organização não necessariamente irão</p><p>atender às necessidades de outra.</p><p>Há inúmeras diferenças na forma e no conteúdo das políticas das organizações, mas o estilo não é tão importante quanto a clareza no que se refere à definição de responsabilidades. Para que uma política seja eficaz, é necessário:</p><p>Envolver a hierarquia e seus representantes em sua elaboração</p><p>Ser consistente com os objetivos operacionais, de forma eficiente e previsível no local de trabalho</p><p>Denotar consistência e relevância no que diz respeito às necessidades locais e jamais constituir-se apenas como referência a nível global</p><p>Ser equivalente aos objetivos e às políticas vigentes nos locais de trabalho</p><p>No processo de elaboração de uma política algumas perguntas devem ser feitas, tais como:</p><p>Qual é o objetivo/a meta do programa de SST? Isto é, define-se se o objetivo está relacionado, por exemplo, à redução de 10% dos agravos relacionados a lesões e doenças em situações semelhantes. Assim, é possível direcionar a política para redução de acidentes, que é o problema em questão.</p><p>A segurança será prioridade quando confrontada com as prioridades conflitantes e com a distribuição limitada de recursos? Se sim, é necessário também avaliar qual será a importância e como será tomada esta decisão.</p><p>A segurança será de responsabilidade de quem? Isto é, o responsável será um membro do SESMT? Se não for ele, então quem será o responsável?</p><p>Quem tem responsabilidades no âmbito da política? Neste caso, as responsabilidades devem ser claramente definidas e atribuídas.</p><p>A política é aplicável quando os métodos estão estabelecidos, os procedimentos e as atividades dos programas são adequados, quando há oferta adequada de recursos financeiros e outros, quando as responsabilidades para realizar os objetivos da política estão claramente comunicadas e compreendidas nos locais de trabalho e quando as responsabilidades estão definidas de forma clara.</p><p>Embora a atribuição de responsabilidades tenha que ser uma lista completa de acordo com o tipo de trabalho e a estrutura da empresa, deve-se evitar excessos como</p><p>abordagens legalistas na interpretação da política. Por exemplo, não precisa ser detalhado o uso de EPIs, mas, sim, definir que a empresa trabalhará de modo a</p><p>estabelecer e manter sistemas de controle de riscos adequados à natureza de suas</p><p>atividades, pois assim se garantirá a flexibilidade para as mudanças de acordo com as circunstâncias.</p><p>A responsabilidade deve ser ampliada a toda a organização de modo a garantir que os objetivos da política sejam integrados a todas as atividades.</p><p>Como incorporar a política de SST às ações cotidianas nos locais de trabalho</p><p>Os métodos para definir as responsabilidades devem favorecer a qualidade e a adequação dos procedimentos de trabalho. Sendo assim, o texto da política deve incluir:</p><p>Definição de responsabilidades</p><p>Procedimentos para garantir que o desempenho da organização em SST seja um critério de desempenho geral</p><p>Definição das responsabilidades de SST e dos seus objetivos nas descrições de cargos</p><p>Revisão e avaliação regulares dos programas de SST e informação periódica dos elementos que estão incluídos nos programas</p><p>A política em SST só terá sucesso se todos os trabalhadores estiverem cientes do que nela consta. Se o plano de trabalho que envolve o desenvolvimento da política é bom, os trabalhadores irão se lembrar das atividades diárias em reuniões, de modo a discutir os assuntos do trabalho no decorrer das sessões de formação.</p><p>A responsabilidade quanto à SST poderá fazer parte de tarefas, atividades e procedimentos. Cada um dos trabalhadores contratados deve receber uma cópia da política e ser alertado quanto ao seu caráter, isto é, o trabalhador tem o dever de aceitá-la, incorporá-la e segui-la para garantir o seu emprego.</p><p>Assim, no local de trabalho pode ser reforçado o compromisso de todos com a política, com informações divulgadas nos quadros de aviso, com artigos desenvolvidos sobre a política nos memorandos do setor, com referências a ela nos manuais de trabalho, entre outros. Cada local de trabalho terá a sua própria maneira de manter os trabalhadores informados, mas o mais importante é ter um plano e continuar com ele.</p><p>Em uma política, as ações de SST devem ser identificadas e atribuídas de maneira específica. E embora cada local de trabalho possa fazer isso da sua maneira, há algumas questões gerais que devem ser abordadas.</p><p>A política deve estabelecer que o setor defina regras de modo a garantir comportamentos seguros e saudáveis no trabalho.</p><p>A política deve indicar os responsáveis por desenvolver, cumprir e aplicar as regras, com responsabilidades individuais definidas e claras.</p><p>As instruções para realizar a manutenção e a operação dos equipamentos e máquinas devem ser claras.</p><p>O programa de formação deve ser realizado de modo a garantir que os trabalhadores cumpram suas responsabilidades. Aqui podem ser incluídas fases iniciais de orientação e capacitação profissional, além de cursos específicos de aprimoramento e de reciclagem.</p><p>Os meios para fornecer informações básicas aos trabalhadores devem ser especificados, principalmente no que se refere aos riscos específicos no local de trabalho e aos procedimentos escritos e detalhados para as situações perigosas.</p><p>Em programas de saúde do trabalhador, é fundamental a existência de reuniões regulares, em todos os níveis da organização, para divulgar e debater ações referentes à saúde e segurança nos locais de trabalho. O texto da política pode indicar quais questões serão discutidas nessas reuniões, o que deve ser comunicado verbalmente e o que deve ser</p><p>escrito.</p><p>Para entender melhor, acompanhe um exemplo de política de SST. Passe o mouse ou toque para visualizar o conteúdo.</p><p>A Breskal Serviços Industriais é orientada por seus princípios corporativos, os quais contemplam temas como educação, capacitação e comprometimento da força de trabalho. A empresa está continuamente comprometida em promover um local de trabalho seguro e saudável para seus colaboradores, empenhando-se em aplicar alguns itens importantes da política de SST, tais como:</p><p>Proporcionar, nos processos de trabalho da empresa, condições que zelem prioritariamente pela saúde e pela segurança dos seus trabalhadores, prevenindo assim acidentes e doenças ocupacionais</p><p>Atender às necessidades, seja de recursos humanos, seja de instalações, entre outros, promovendo adaptação de suas máquinas, alterando seus processos, capacitando seus colaboradores, para que os objetivos do sistema de gestão de SSO da empresa sejam estabelecidos e atendidos</p><p>Atender aos requisitos estipulados pela legislação e a outros requisitos estabelecidos pelo próprio sistema de gestão, por clientes ou aplicados aos negócios</p><p>Eliminar perigos e reduzir os riscos à segurança e à saúde das pessoas e fortalecer a segurança dos processos, de modo a garantir a integridade física e a saúde de seus colaboradores</p><p>Medir o desempenho continuamente e implementar planos de ação para o aprimoramento do sistema de gestão, mantendo tal sistema ao nível das melhores empresas do setor</p><p>Promover continuamente a conscientização de seus colaboradores nas atividades e nas práticas relacionadas à segurança e à saúde, bem como estabelecer canais de comunicação, consulta e informação transparentes dessas questões com as partes interessadas</p><p>Assinatura:</p><p>Presidente</p><p>Encontro:</p><p>(dd/mm/ano)</p><p>Cabe citar que a política de saúde e segurança deve ser revista e, quando necessário, atualizada em consulta com o representante de segurança e saúde dos trabalhadores. Além disso, a política deve ser atualizada sempre que houver uma mudança operacional ou organizacional. Desta maneira, a seguir, acompanhe um exemplo de lista de verificação para analisar uma política de SST já existente ou em fase de implantação.</p><p>Baixe o exemplo em PDF (pdf/exemplo-de-lista.pdf)</p><p>Cabe citar que inúmeras podem ser as vantagens com a implantação de uma política em SST definida de maneira clara. Assim, verifique a seguir a importância que sua implantação tem para as empresas.</p><p>Importância</p><p>Uma política de SST definida de forma clara estabiliza a operacionalidade das atividades, evitando riscos de mudanças em algumas ocasiões, o que não é algo muito conveniente, uma vez que mudanças bruscas causam instabilidade. Como exemplo de instabilidade podemos citar a troca de dirigentes que realizam tudo da sua maneira, sem uma preocupação do que pode acontecer, pelo contrário: preocupando-se mais com a sua satisfação pessoal; ou, ainda, a substituição da chefia do SESMT por um profissional externo que passa a desempenhar as funções conforme seu ponto de vista.</p><p>Como se sabe, compete ao grande escalão da empresa – diretoria ou administração –, definir, por exemplo, a política a ser aplicada às atividades prevencionistas da empresa; assinar o texto da política a ser cumprida por todos os empregados e setores da empresa; e cobrar também o cumprimento da política. Assim, administrar uma atividade tão importante como segurança e saúde no trabalho sem uma base de uma política que realmente defina os rumos que a empresa deseja dar a essa atividade e os objetivos que se espera alcançar é no mínimo difícil de ser compreendido, logo, é fundamental ter uma política bem elaborada nesta área, pois assim é possível contribuir para a redução de acidentes e doenças ocupacionais.</p><p>Além disso, uma empresa que utiliza uma política de SST apresenta diversas facilidades, como a possibilidade de integração entre os programas existentes voltados à prevenção e à saúde do trabalhador. Isso viabiliza que todos os colaboradores da empresa saibam de maneira antecipada o caminho que deve ser seguido na busca das melhores e mais seguras condições de trabalho. Além disso, a política de SST possibilita também uma maior integração entre os departamentos envolvidos nos programas e os demais líderes da empresa, assim como melhora a comunicação institucional nos níveis gerenciais/coordenação. Além disso, uma empresa que apresenta uma política</p><p>clara viabiliza a elaboração orçamentária para a área de segurança do trabalho e auxilia no cumprimento das metas dos programas desenvolvidos na empresa.</p><p>Para efeito de comparação, assim como uma casa não pode ser construída em um terreno frágil, é possível afirmar que, para se obter resultados duradouros em segurança do trabalho, é necessário que todas as decisões e ações sejam implementadas em uma base bem sólida, consciente, comprometida e motivada para alcançar os melhores resultados na prevenção de acidentes. E essa base sólida é a política aliada ao programa de saúde e segurança do trabalho, elaborados e implementados de maneira democrática, integrada e consciente.</p><p>A política de SST é uma excelente aliada dos profissionais da segurança, pois auxilia na eliminação das dúvidas no que se refere à maneira adequada de desenvolver um sistema de gestão em saúde e segurança do trabalho. Além disso, a política de SST auxilia as empresas na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, uma vez</p><p>que, muitas vezes, o profissional de segurança do trabalho necessita adquirir novas competências e habilidades no campo de gestão de saúde e segurança, visando a uma maior desenvoltura na elaboração do planejamento das ações que serão empreendidas no decorrer do ano, pois em algumas ocasiões esses profissionais não sabem como agir.</p><p>Apesar de todas as vantagens que uma política de SST pode oferecer, ainda é reduzido o número de empresas que a desenvolvem e a implementam de maneira efetiva, seja por descaso e negligência no cumprimento das leis ou por não receberem dos seus SESMTs a devida assessoria para desenvolver e implantá-la.</p><p>Além disso, é fundamental entender a relação existente entre a política de SST e a gestão no que se refere à prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. A seguir, acompanhe esta descrição.</p><p>Relação entre política de SST e a gestão em SST</p><p>Um programa de saúde e segurança bem-sucedido requer um forte empenho por parte dos órgãos de gestão e a participação do trabalhador no sentido de criar e manter um local de trabalho seguro e saudável. Assim, quando uma gestão é eficaz, implementa uma política de prevenção de todos os fatores de risco no local de trabalho, procedendo à sua identificação e avaliação, e não apenas os que são abrangidos pelas normas governamentais. Assim, os níveis de gestão da organização devem ter a saúde e segurança como prioridade, bem como devem implementar uma comunicação que seja eficiente, visitando o local de trabalho, conversando com os trabalhadores sobre as suas preocupações, observando os procedimentos e equipamentos do local de trabalho para que em cada local de trabalho sejam estabelecidas linhas de responsabilidade, desde o topo até ao nível da base, de modo que os trabalhadores saibam quem é o responsável pelas diferentes questões relacionadas com saúde e segurança.</p><p>A política de SST estimula e permite um conjunto de programas, responsabilidades e ações para prevenir acidentes e doenças ocupacionais, uma vez que não se pode considerar a prevenção e a segurança no trabalho como eventos</p><p>relacionados apenas aos acidentes de trabalho, como danos materiais e pessoais. Este é um aspecto muito mais amplo que é o da prevenção e segurança contra as anomalias possíveis que de alguma maneira afetam a segurança da empresa em termos de produção. Assim, os acidentes de trabalho são resultados de um encadeamento lógico das causas, que de uma maneira súbita e bruta acabam</p><p>afetando a produtividade normal de determinado setor da empresa.</p><p>Um acidente com danos pessoais é normalmente a ponta do iceberg, que na maioria das vezes esconde as verdadeiras razões do insucesso da empresa. Isto é, são consequências lógicas de deficiências técnicas ou deficiente preparação dos técnicos e trabalhadores para o exercício da atividade. Por isso, a segurança necessita ser realizada de maneira integrada e não deve excluir, quando da busca de soluções técnicas, a intervenção dos especialistas mais adequados a diminuir os riscos potenciais.</p><p>Para o controle de determinada situação de risco não se deve pensar apenas no uso do EPI, mas fundamentalmente deve-se considerar a utilização dos meios técnicos operacionais mais adequados ao controle dos riscos.</p><p>Fazer uso do EPI é como que uma confissão de que tecnicamente não se conseguiu dominar os fatores de risco potenciais contra os quais o equipamento pretende dar garantias de proteção. Então, é necessário dar condições de trabalho favoráveis com a máxima segurança, quer seja para as instalações ou para homens ou mulheres que nelas trabalham, pois só dessa maneira é possível recomendar o uso do equipamento de proteção necessário aos fatores de risco não controlados.</p><p>Além disso, as atividades da empresa devem se pautar em normas de segurança rigorosas, pois do contrário qualquer dos objetivos desejados em matéria de SST pode ser seriamente afetado. Por este motivo, é fundamental uma política de SST clara, para que todos vejam que a segurança é parte integrante da atividade e é responsabilidade de cada gestor, encarregado e trabalhador, sendo exercida em cada nível de competência com a mesma responsabilidade com que eles assumem as suas atividades profissionais.</p><p>voltar (#menu-acessivel)</p><p>Considerações finais</p><p>A política de SST é uma declaração direta do compromisso da alta administração com a segurança e a saúde no local de trabalho. Na política de SST, são descritas as intenções, formalmente expressas pela gestão de topo em documento escrito, datado e assinado, que evidenciam o reconhecimento e a importância prestados por uma determinada organização à saúde e à segurança do trabalho. Além disso, o documento fornece um enquadramento de suporte à organização e ao serviço de saúde ocupacional, bem como reforça o estabelecimento de objetivos (institucionais e dos trabalhadores) nesta matéria. Assim, todos os objetivos, valores e instrumentos de apoio devem estar claramente definidos.</p><p>Além disso, a política em SST deve ser suficientemente ampla para cobrir todos os aspectos das atividades da empresa, muito embora não existam regras rígidas sobre o que incluir em uma política. Descrever como será realizado o gerenciamento de saúde e segurança em sua empresa permite que a equipe e outras pessoas fora do contexto interno da empresa conheçam o compromisso com saúde e segurança. Cabe citar que é fundamental também a atualização da política sempre que necessário, bem como no processo de definição/elaboração da política deve-se privilegiar a participação dos trabalhadores.</p><p>voltar (#menu-acessivel)</p><p>image89.png</p><p>image90.png</p><p>image91.jpeg</p><p>image92.png</p><p>image93.png</p><p>image94.png</p><p>image95.png</p><p>image96.png</p><p>image97.png</p><p>image98.png</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.jpeg</p><p>image7.jpeg</p><p>image8.png</p><p>image9.jpeg</p><p>image10.png</p><p>image11.png</p><p>image12.png</p><p>image13.png</p><p>image14.png</p><p>image15.png</p><p>image16.png</p><p>image17.png</p><p>image18.png</p><p>image19.png</p><p>image20.png</p><p>image21.png</p><p>image22.png</p><p>image23.jpeg</p><p>image24.png</p><p>image25.png</p><p>image26.png</p><p>image27.jpeg</p><p>image28.png</p><p>image29.png</p><p>image30.png</p><p>image31.png</p><p>image32.png</p><p>image33.png</p><p>image34.png</p><p>image35.png</p><p>image36.png</p><p>image37.png</p><p>image38.png</p><p>image39.png</p><p>image1.png</p><p>image40.png</p><p>image41.png</p><p>image42.png</p><p>image43.png</p><p>image44.png</p><p>image45.png</p><p>image46.png</p><p>image47.png</p><p>image48.png</p><p>image49.png</p><p>image2.png</p><p>image50.png</p><p>image51.png</p><p>image52.png</p><p>image53.png</p><p>image54.png</p><p>image55.png</p><p>image56.png</p><p>image57.png</p><p>image58.png</p><p>image3.jpeg</p><p>image59.png</p><p>image60.png</p><p>image61.png</p><p>image62.png</p><p>image63.png</p><p>image64.png</p><p>image65.png</p><p>image66.png</p><p>image67.png</p><p>image68.png</p><p>image69.png</p><p>image70.png</p><p>image71.png</p><p>image72.png</p><p>image73.png</p><p>image74.jpeg</p><p>image75.png</p><p>image76.png</p><p>image77.png</p><p>image78.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image79.png</p><p>image80.jpeg</p><p>image81.jpeg</p><p>image82.png</p><p>image83.png</p><p>image84.png</p><p>image85.png</p><p>image86.png</p><p>image87.png</p><p>image88.png</p><p>Cada NR trata de um assunto específico. Atualmente, existem 37 NRs, sendo que duas delas foram revogadas. Todas elas, apesar de terem sido promulgadas e revisadas em momentos diferentes, estão correlacionadas.</p><p>Segundo a Portaria n.º 787/2018, as normas são divididas em gerais, setoriais e especiais. [...] as normas que regulamentam aspectos decorrentes da relação jurídica prevista na Lei sem estarem condicionadas a outros requisitos, como atividades,</p><p>instalações, equipamentos ou setores e atividades econômicos específicos, são</p><p>definidas como normas gerais. As normas especiais regulamentam a execução do trabalho considerando as atividades, instalações ou equipamentos empregados, sem estarem condicionadas a setores ou atividades econômicos específicos. Já as normas setoriais regulamentam a execução do trabalho em setores ou atividades econômicos</p><p>específicos.</p><p>Veremos agora um breve resumo das atuais NRs.</p><p>NR-1 – Disposições gerais e gerenciamento de riscos ocupacionais</p><p>Como o próprio nome sugere, na NR-1 são descritas disposições e definições gerais, comuns às NRs, assim como campo de aplicação, direitos, deveres e algumas orientações relativas a treinamentos.</p><p>Essa NR foi atualizada recentemente e, agora, aborda também critérios específicos baseados na norma ISO (International Organization for Standardization) para gestão dos riscos ocupacionais. Isso significa que todas as empresas que apresentem fatores de riscos ocupacionais, sejam físicos, sejam químicos, biológicos, ergonômicos ou de acidentes, deverão identificar tais fatores e estabelecer as devidas medidas de controle para reduzir a exposição dos trabalhadores. Com a criação de um Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), estabelecido na NR, a gestão dos riscos passa a ser concentrada em apenas um programa.</p><p>NR-2 – Revogada</p><p>A NR-2 foi revogada em 30 de julho de 2019 pela Portaria SEPRT n.º 915 e tratava da inspeção prévia – procedimento que era obrigatório para todos os estabelecimentos antes de iniciar as atividades. Contudo, tal procedimento nunca foi cumprido com rigorosidade, e um dos motivos para tanto foi a falta de mão de obra por parte dos órgãos fiscalizadores.</p><p>NR-3 – Embargo ou interdição</p><p>A NR-3 foi criada para definir as condições que configuram uma situação de risco grave e iminente por meio de uma metodologia padronizada. Uma situação de risco grave e iminente é configurada quando uma condição potencial para acidente ou doença com lesão grave ao trabalhador está presente. Essa condição pode inclusive resultar em uma interdição ou em um embargo.</p><p>Aplica-se a interdição a estabelecimentos onde seja necessária a paralisação total ou parcial de máquinas, equipamentos ou setores. Já o embargo é aplicado a obras em que também pode haver a paralisação total ou parcial.</p><p>NR-4 – Serviço Especializado</p><p>Criada para fins de dimensionamento e atribuição das responsabilidades dos profissionais que compõem o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho), a NR-4 define as empresas, os canteiros de obras e as frentes de trabalho que devem constituir o SESMT, bem como a</p><p>quantidade de profissionais da área de saúde e segurança do trabalho necessários, considerando a atividade econômica realizada pela empresa (e, por consequência, o</p><p>seu grau de risco) e a quantidade de empregados do estabelecimento.</p><p>Na norma, são especificadas as competências necessárias a cada profissional que compõe a equipe e a forma de registro do SESMT, perante o órgão regional competente em matéria de saúde e segurança do trabalho.</p><p>NR-5 – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes</p><p>A NR-5 institui a obrigatoriedade de constituição de uma Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) ou de uma pessoa designada em todos os estabelecimentos públicos e privados, órgãos, associações cooperativas, entre outras instituições que contenham trabalhadores como empregados. O objetivo da CIPA é prevenir acidentes e doenças do trabalho, buscando preservar a vida e a saúde do trabalhador.</p><p>A norma regulamenta a forma de constituição e organização da CIPA, deixando claras suas atribuições e sua forma de funcionamento, bem como o modo como os membros devem ser eleitos e treinados para assumir tal papel.</p><p>Da mesma forma que na NR-4, a quantidade de trabalhadores que deverão compor a comissão é estabelecida de acordo com o segmento de atuação e o número de funcionários de cada estabelecimento.</p><p>NR-6 – Equipamento de proteção individual</p><p>A NR-6 trata dos equipamentos de proteção individual (EPIs) e requer uma gestão, pois o empregador tem diversas responsabilidades quanto a isso.</p><p>Quanto aos EPIs, podem-se citar como responsabilidades do empregador:</p><p>Adquirir o adequado ao risco de cada atividade Exigir o seu uso</p><p>Fornecer ao trabalhador somente o que for aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho</p><p>Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, a guarda e a conservação</p><p>Substituir imediatamente, em caso de dano ou extravio</p><p>Responsabilizar-se pela higienização e pela manutenção periódica Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados</p><p>livros, fichas ou sistema eletrônico</p><p>A NR também estabelece as responsabilidades do empregado com relação aos EPIs, por exemplo:</p><p>Usar apenas para a finalidade a que se destinam Responsabilizar-se pela sua guarda e conservação</p><p>Comunicar ao empregador qualquer alteração que os torne impróprios para uso</p><p>Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado</p><p>NR-7 – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional</p><p>Esta norma estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implementação do Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO), cujo objetivo é promover e preservar a saúde do conjunto dos trabalhadores.</p><p>O PCMSO deverá ter caráter de prevenção, para que se possam diagnosticar e rastrear precocemente os agravos à saúde relacionados ao trabalho, inclusive de natureza subclínica. Também é seu objetivo constatar a existência de casos de doenças profissionais ou danos irreversíveis à saúde dos trabalhadores.</p><p>O programa deve ser planejado e implantado com base nos fatores de risco à saúde dos trabalhadores, especialmente os identificados nas avaliações previstas nas demais NRs, especialmente a NR-1.</p><p>NR-8 – Edificações</p><p>A NR-8 apresenta alguns requisitos técnicos mínimos que devem ser seguidos com relação às edificações, no intuito de garantir a segurança e o conforto dos trabalhadores. Além disso, determina itens como a circulação e a proteção contra intempéries.</p><p>NR-9 – Avaliação e controle das exposições ocupacionais a agentes físicos, químicos e biológicos</p><p>A NR-9 estabelece os requisitos para a avaliação de agentes físicos, químicos e biológicos com foco preventivo. Os dados gerados ou obtidos têm por finalidade subsidiar a avaliação de risco e a determinação de controles dentro do PGR estabelecido na NR-1.</p><p>NR-10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade</p><p>O texto da NR-10 estabelece os requisitos e as condições mínimas para implementar medidas de controle e sistemas preventivos, de forma a garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores que, direta ou indiretamente, interajam com instalações elétricas e que executem serviços com eletricidade.</p><p>A norma requer que seja elaborado o Prontuário de Instalações Elétricas (PIE), que deve conter, no mínimo: procedimentos e instruções técnicas e administrativas de segurança e saúde; documentação das inspeções e medições do SPDA (Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas) e aterramentos elétricos; especificação dos equipamentos de proteção coletiva e individual e do ferramental; documentação comprobatória da qualificação, habilitação, capacitação, autorização dos trabalhadores e dos treinamentos realizados; resultados dos testes de isolação elétrica realizados em equipamentos de proteção individual e coletiva; certificações dos equipamentos e materiais elétricos em áreas classificadas; e relatório técnico das inspeções atualizadas com recomendações e cronogramas de adequações.</p><p>Na sua última revisão, o conceito de gestão de trabalhos em eletricidade foi introduzido fortemente em função da necessidade de haver vários controles específicos para a execução de atividades em eletricidade. A norma inclusive menciona análise anterior em nível de projeto e determina níveis de proteção coletivos para o controle de riscos.</p><p>NR-11 – Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais</p><p>A NR-11 estabelece as condições mínimas para a operação de elevadores, guindastes, transportadores industriais e máquinas transportadoras. Dentre os itens que a compõem, estão critérios de peso, sinalização, manuseio e todo o ambiente relacionado ao transporte, à movimentação de materiais e à armazenagem destes. Em anexos da norma, estabelecem-se critérios a serem seguidos em atividades mais</p><p>específicas e definem-se alguns treinamentos obrigatórios nesses casos.</p><p>NR-12 – Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos</p><p>Esta NR e seus anexos definem referências técnicas, princípios fundamentais e medidas de proteção para garantir a saúde e a integridade física dos trabalhadores que manuseiam máquinas e equipamentos, contemplando as fases de projeto, utilização, fabricação, importação, comercialização e exposição.</p><p>A norma requer análise do arranjo físico e de instalações; de instalações e dispositivos elétricos; dos dispositivos de partida; de acionamento e parada; dos sistemas de segurança; dos dispositivos de parada de emergência; dos meios de</p><p>acesso permanentes; dos componentes pressurizados; dos transportadores de materiais; dos aspectos ergonômicos; dos riscos adicionais; dos planos de manutenção, inspeção, preparação, ajuste, reparo e limpeza; da sinalização</p><p>empregada; dos manuais; dos procedimentos de trabalho e segurança; e inclusive da</p><p>capacitação.</p><p>Neste sentido é fundamental ter um processo de gestão bem estruturado para garantir que todos estes requisitos sejam atendidos.</p><p>NR-13 – Caldeiras, vasos de pressão, tubulações e tanques metálicos de armazenamento</p><p>Com o objetivo de gerir aspectos como instalação, inspeção, operação e manutenção de caldeiras a vapor, vasos de pressão, tubulações de interligação e tanques metálicos de armazenamento, foi instituída a NR-13, visando à saúde e à segurança dos trabalhadores. Além de estabelecer os requisitos mínimos a serem seguidos em cada tipo de equipamento, a norma define a classificação destes e atribui responsabilidades aos envolvidos.</p><p>NR-14 – Fornos</p><p>A NR-14, além de ser uma das normas mais compactas, traz definições mínimas a serem seguidas com relação à construção, à instalação e à utilização de fornos.</p><p>NR-15 – Atividades e operações insalubres</p><p>A NR-15 define as atividades e as operações consideradas insalubres, listando aquelas que são caracterizadas por meio de limites de tolerância, por meio de laudos ou pela simples execução delas devido a determinados fatores de risco presentes no ambiente de trabalho. A norma não tem caráter preventivo, mas serve de parâmetro para a tomada de decisão, tendo em vista que a exposição dos trabalhadores a atividades insalubres garante a percepção de adicional de 10%, 20% ou 40% incidente sobre o salário mínimo da região.</p><p>A NR-15 identifica todos os fatores de riscos físicos, químicos e biológicos que podem estar presentes nos locais de trabalho, levando em conta o foco dos fatores. A norma apresenta no total 14 anexos descritos a seguir:</p><p>Anexo 1 – Limites de tolerância para o ruído contínuo ou intermitente Anexo 2 – Limites de tolerância para o ruído de impacto</p><p>Anexo 3 – Limites de tolerância para exposição ao calor Anexo 4 – Revogado</p><p>Anexo 5 – Limites de tolerância para radiações ionizantes Anexo 6 – Trabalho sob condições hiperbáricas</p><p>Anexo 7 – Radiações não ionizantes Anexo 8 – Vibrações</p><p>Anexo 9 – Frio</p><p>Anexo 10 – Umidade</p><p>Anexo 11 – Agentes químicos cuja insalubridade é caracterizada por limites de tolerância e inspeção nos locais de trabalho</p><p>Anexo 12 – Limites de tolerância para poeiras e minerais Anexo 13 – Agentes químicos</p><p>Anexo 13-A – Benzeno e operações diversas Anexo 14: Agentes biológicos</p><p>Em relação aos agentes físicos, para alguns agentes é avaliada a intensidade de exposição; para outros, é avaliada apenas a exposição estabelecida no laudo do engenheiro de segurança ou do médico do trabalho. Os agentes químicos podem ser avaliados quantitativamente, referindo-se às concentrações de exposição, ou qualitativamente, mas isso dependerá do agente.</p><p>NR-16 – Atividades e operações perigosas</p><p>A norma apresenta uma lista de atividades e operações consideradas perigosas e que dão ao trabalhador o direito de receber um adicional de 30% sobre o salário, sendo obrigatória a elaboração de laudo técnico por parte do empregador a fim de caracterizar ou descaracterizar a periculosidade.</p><p>NR-17 – Ergonomia</p><p>A NR-17 estabelece parâmetros que permitem adaptar as condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a lhes proporcionar o máximo de conforto e de segurança e permitir que tenham um</p><p>desempenho eficiente.</p><p>Ela está dividida em partes: verificação de levantamento, transporte e descarga individual de materiais; mobiliário dos postos de trabalho; equipamentos dos postos de trabalho; condições ambientais do trabalho; e organização do trabalho.</p><p>Para organizar os documentos voltados à ergonomia, deve-se entender que eles se referem a um posto, e não ao funcionário que o ocupa. Com a rotatividade dos funcionários nos postos de trabalho, é importante que os requisitos sejam estruturados de modo a permitir a sua compreensão e aplicabilidade.</p><p>NR-18 – Segurança e saúde no trabalho na indústria da construção</p><p>Com o objetivo de implementar medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos e no meio ambiente de trabalho na indústria da construção, a NR-18 estabelece diretrizes administrativas, de planejamento e de organização.</p><p>Essa norma é aplicável a todas as empresas enquadradas na seção F da NR-4 e abrange campos que tratam de áreas de vivência, etapas da obra, trabalho a quente. Todo o gerenciamento de segurança é realizado com base no PGR estabelecido na NR-1, mas também apresenta, por determinação da NR-18, itens adicionais em relação ao texto da primeira norma.</p><p>NR-19 – Explosivos</p><p>A NR-19 apresenta requisitos mínimos a serem atendidos com relação a manuseio, armazenamento, fabricação, transporte e comercialização de explosivos. Ligados às demais normativas de segurança estabelecidas pelo Exército Brasileiro, os itens apresentados descrevem distâncias mínimas a serem respeitadas, características construtivas dos locais de armazenamento, formas de transporte,</p><p>sinalização e identificação.</p><p>NR-20 – Segurança e saúde no trabalho com inflamáveis e combustíveis</p><p>A NR-20 estabelece requisitos mínimos para a gestão de SST contra os fatores de risco de acidentes provenientes das atividades de extração, produção, armazenamento, transferência, manuseio e manipulação de inflamáveis e líquidos combustíveis.</p><p>NR-21 – Trabalhos a céu aberto</p><p>A NR-21 resguarda os trabalhadores que realizam trabalhos a céu aberto, estabelecendo os itens mínimos que devem ser atendidos e visando à garantia da saúde e da segurança do trabalhador.</p><p>NR-22 – Segurança e saúde ocupacional na mineração</p><p>Visando a buscar permanentemente a segurança dos trabalhadores que desempenham atividade mineira, a norma descreve os preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho nesse segmento.</p><p>A NR-22 abrange um conjunto de itens que trata desde requisitos de organização e permanência nos locais de trabalho até sistemas de comunicação, ventilação, transporte e emergência, estabelecendo medidas que visam a proteger o trabalhador.</p><p>NR-23 – Proteção contra incêndios</p><p>Embora seja uma norma compacta, a NR-23 estabelece algumas medidas obrigatórias a serem adotadas visando à prevenção de incêndios. Entre os itens abordados, está a obrigatoriedade por parte do empregador de informar os trabalhadores quanto à utilização de equipamentos de combate</p><p>a incêndio.</p><p>NR-24 – Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho</p><p>A NR-24 determina itens básicos que devem ser atendidos com relação a instalações sanitárias, vestiários, refeitórios, cozinhas e alojamentos, além de outras disposições gerais, visando à saúde, à segurança e ao conforto dos trabalhadores.</p><p>NR-25 – Resíduos industriai</p><p>A NR-25 conceitua resíduos industriais e estabelece alguns pontos-chave que devem ser observados sempre que houver geração, manipulação, transporte e armazenamento desses materiais.</p><p>NR-26 – Sinalização de segurança</p><p>A norma traz orientações quanto à utilização de cores de segurança, à classificação e à rotulagem de produtos químicos e à ficha com dados de segurança desses produtos.</p><p>NR-27 – Revogada</p><p>A NR-27 foi revogada pela Portaria nº 262/2008. A norma tratava do registro profissional do técnico em segurança do trabalho (por exemplo, como solicitar o registro e quem deveria recebê-lo).</p><p>NR-28 – Fiscalização e penalidades</p><p>A NR-28 determina alguns quesitos com relação à fiscalização por parte dos órgãos competentes em matéria de saúde e segurança do trabalho, assim como especifica o embargo e a interdição por parte desses agentes. Além disso, estabelece as penalidades e as infrações que serão impostas em caso de</p><p>descumprimento dos itens das demais NRs.</p><p>NR-29 – Norma regulamentadora de segurança e saúde no trabalho portuário</p><p>A NR-29 se aplica a trabalhadores portuários (a bordo ou em terra), assim como aos demais trabalhadores que exerçam atividades em portos organizados ou em instalações privativas e retroportuárias, estando tais atividades dentro ou fora de área do porto organizado. A norma tem como objetivos regular a proteção obrigatória contra acidentes e doenças profissionais, viabilizar os primeiros socorros e propor as melhores condições possíveis de segurança e saúde aos trabalhadores portuários.</p><p>NR-30 – Segurança e saúde no trabalho aquaviário</p><p>A norma objetiva proteger e regulamentar condições de segurança e saúde dos trabalhadores aquaviários. Para outras categorias, os requisitos são dados nos anexos da norma. Um dos requisitos apresentados é a obrigatoriedade de formação de um GSSTB (Grupo de Segurança e Saúde do Trabalho a Bordo) composto de uma quantidade mínima de pessoas e que visa a manter procedimentos para garantir a</p><p>saúde e a segurança, contribuir para a melhoria das condições de trabalho, investigar e analisar acidentes de trabalho, entre outras atribuições.</p><p>NR-31 – Segurança e saúde no trabalho na agricultura, na pecuária, na silvicultura, na exploração florestal e na aquicultura</p><p>O objetivo da NR-31 é estabelecer preceitos a serem observados na organização e no ambiente de trabalho, de forma a tornar compatível o planejamento e a execução de atividades de agricultura, pecuária, silvicultura, exploração florestal e aquicultura com a segurança e a saúde dos trabalhadores. Aplicam-se também à norma as atividades de exploração industrial desenvolvidas em estabelecimentos agrários.</p><p>NR-32 – Segurança e saúde no trabalho em serviços de saúde</p><p>Visando à proteção da saúde e à segurança dos trabalhadores dos serviços de saúde, assim como de outros que exercem atividades de promoção e assistência à saúde em geral, a NR-32 estabelece diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção efetivas.</p><p>Além disso, a norma apresenta o conceito de fatores de riscos biológicos, define mais alguns itens que devem ser contemplados nos programas de segurança desses estabelecimentos (da mesma forma com riscos químicos e de radiações ionizantes) e determina medidas de proteção, itens sobre vacinação, medicamentos, drogas, quimioterápicos, serviços de radioterapia, vestimentas, assim como os cuidados com resíduos, condições de conforto, lavanderias, limpeza, entre outros.</p><p>NR-33 – Segurança e saúde nos trabalhos em espaços confinados</p><p>O objetivo da NR-33 é estabelecer os requisitos mínimos para a identificação de espaços confinados e para o reconhecimento, a avaliação, o monitoramento e o controle dos riscos existentes, de modo a garantir permanentemente a segurança e</p><p>a saúde dos trabalhadores que executam as suas atividades direta ou indiretamente nesses espaços.</p><p>A norma reforça que a gestão de segurança e saúde deve ser planejada, programada, implementada e avaliada junto com medidas técnicas de prevenção, medidas administrativas e medidas pessoais para capacitação para trabalho em espaços confinados.</p><p>NR-34 – Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção, reparação e desmonte naval</p><p>A norma estabelece requisitos mínimos a serem observados quanto às medidas de proteção à saúde e ao meio ambiente de trabalho nas atividades da indústria de construção, reparação e desmonte naval.</p><p>A NR-34 apresenta conceitos, itens sobre treinamento e capacitação, documentação, trabalhos a quente, proteção contra incêndio, meios de acesso e diversos outros aplicáveis às atividades inerentes a esse segmento de atuação.</p><p>NR-35 – Trabalho em altura</p><p>A NR-35 define os requisitos mínimos e as medidas de proteção para o trabalho em altura, envolvendo o planejamento, a organização e a execução. O objetivo é garantir a segurança e a saúde dos trabalhadores envolvidos direta ou indiretamente com a atividade.</p><p>NR-36 – Segurança e saúde no trabalho em empresas de abate e processamento de carnes e derivados</p><p>Para garantir permanentemente a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, a NR-36 objetiva estabelecer requisitos mínimos para avaliação, controle e</p><p>monitoramento dos riscos existentes nas atividades desenvolvidas na indústria de abate e processamento de carnes e derivados destinados ao consumo humano.</p><p>A norma apresenta condições a serem seguidas quanto ao mobiliário e aos postos de trabalho, ao manuseio, ao levantamento e ao transporte de produtos, às máquinas, aos equipamentos, às vestimentas, aos EPIs, à análise ergonômica, ao</p><p>treinamento etc.</p><p>NR-37 – Segurança e saúde em plataformas de petróleo</p><p>A NR-37 determina os requisitos mínimos de segurança, saúde e condições de vivência no trabalho a bordo de plataformas de petróleo em operação nas águas jurisdicionais brasileiras (AJB). As demais normas e disposições legais continuam sendo de observância obrigatória, mas o escopo delas engloba vários requisitos a serem atendidos especificamente nesse segmento de mercado.</p><p>Todas as NRs apresentam informações relevantes para as atividades de uma organização. É preciso buscar entender os itens que são informativos e verificar a aplicabilidade e a consequente validação dos itens que são de gestão da norma.</p><p>NBRs</p><p>As Normas Brasileiras (NBRs) são normas técnicas publicadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e abrangem inúmeras aplicações com o intuito de padronizar ou nortear processos, produtos ou sistemas.</p><p>Tais normas não têm caráter de lei, ou seja, não têm obrigatoriedade legal estabelecida, a menos que sejam citadas na legislação brasileira como obrigatórias, o que ocorre em diversos casos. Algumas das próprias NRs remetem à utilização de</p><p>uma NBR, principalmente como apoio em determinados processos ou em determinadas atividades.</p><p>Por volta do século 4 a.C., Hipócrates registrou pela primeira vez a existência de doenças causadas pelo contato de trabalhadores com o chumbo. Alguns anos mais tarde, Plínio, o Velho, no livro História Natural (publicado por ele em 79 d.C.), cita substâncias perigosas aos trabalhadores das minas, como zinco, enxofre e mercúrio.</p><p>Além disso, ele relata pela primeira vez na história o uso de proteção individual: os escravos que trabalhavam expostos a poeiras improvisavam a proteção amarrando máscaras feitas de bexiga de carneiro, cobrindo boca e nariz, para minimizar o contato com substâncias que causavam mal-estar.</p><p>Bernardino Ramazzini, médico italiano, publicou um livro no ano de 1700 em que apresentava as doenças do trabalho. Na obra, foram descritas mais de 50 atividades e medidas que deveriam ser adotadas para reduzir os riscos à saúde dos trabalhadores. Na época, preservar a saúde</p><p>do trabalhador significava manter o vigor dele e evitar perdas de produtividade.</p><p>Veja a seguir como o cenário de saúde e segurança do trabalho evoluiu ao longo das revoluções citadas anteriormente.</p><p>Considerações finais</p><p>Ao conhecer a evolução da segurança do trabalho, podem-se identificar as diferentes iniciativas que buscam a proteção e a segurança no trabalho, bem como a inclusão da tecnologia a fim de proporcionar benefícios na execução de tarefas e na preservação da saúde dos colaboradores.</p><p>O ambiente competitivo das empresas faz com que as organizações busquem produzir o máximo possível com os recursos disponíveis. Enquanto antigamente eram poucas as preocupações quanto à saúde do trabalhador, atualmente percebe-se um cenário que, cada vez mais, visa à proteção do funcionário, com base na identificação de fatores de risco e na adoção de medidas preventivas.</p><p>Introdução à Portaria 3.214/1978 e à Lei 6.514/1977, definição, estrutura e hierarquia da legislação vigente</p><p>Os aspectos relativos a saúde, segurança no trabalho e higiene ocupacional ainda são recentes no Brasil e estão em constante alteração e adaptação.</p><p>As normas relativas ao tema começaram a ganhar destaque apenas em 1967, com a publicação do Decreto-Lei n.º 229, que altera o Capítulo V da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) e introduz requisitos sobre o assunto.</p><p>Apenas dez anos depois, é finalmente publicada a Lei 6.514/1977, que altera novamente o capítulo referido da CLT e serve de embasamento para, no ano seguinte, a instituição das normas regulamentadoras (NRs), apresentando a obrigatoriedade quanto à criação de normas mais específicas a determinadas atividades e determinados segmentos.</p><p>Em 1978, foram instituídas as primeiras 28 NRs por meio da Portaria n.º 3.214, de</p><p>8 de junho do referido ano, as quais, ao longo do tempo, foram passando por atualizações. Além disso, novas NRs foram incluídas.</p><p>Para entender melhor as normas relativas à saúde e à segurança do trabalho, é necessário entender a hierarquia delas e a forma como se reportam às leis maiores.</p><p>Juridicamente, a hierarquia ocorre quando uma norma é subordinada a uma fonte geradora superior. Por exemplo, na pirâmide a seguir pode-se observar a organização das normas. Todas as leis são hierarquicamente inferiores à Constituição Federal (figura 1).</p><p>Figura 1 – Pirâmide da hierarquia das leis</p><p>Fonte: <http://www.sstdireitoparatodos.com/2018/02/hierarquia-das-normas-juridicas15.html>.</p><p>Sendo assim, nenhuma lei, seja de caráter federal, estadual ou municipal ou que esteja relacionada a direitos ou deveres dos cidadãos, pode contrariar aquilo que está disposto na Constituição Federal.</p><p>Inclusive, uma norma só pode ser revogada por outra de igual ou superior hierarquia, e, em geral, normas inferiores são criadas para detalhar e dar mais foco a temas abordados nas leis imediatamente superiores, como uma construção vertical de aprofundamentos de temas mais específicos.</p><p>Isso quer dizer que se inicia com uma norma geral; após, mais abaixo, normas detalharão a anterior; e, ainda mais abaixo, normas tratarão especificamente dos temas das anteriores e que haviam sido citados superficialmente na primeira.</p><p>(</p><p>Conhecer a hierarquia das normas</p><p>é</p><p>fundamental para entender</p><p>como</p><p>ocorre</p><p>o</p><p>processo</p><p>de</p><p>cria</p><p>çã</p><p>o</p><p>das</p><p>leis</p><p>e</p><p>como</p><p>pesquis</p><p>á</p><p>-las</p><p>corretamente.</p><p>)</p><p>Leis, decretos, resoluções, portarias, instruções normativas, súmulas do Técnico em Segurança do Trabalho e outros</p><p>Veja a seguir conceitos e alguns exemplos de normativas aplicáveis à área de saúde e segurança do trabalho.</p><p>(</p><p>Leis</p><p>s</p><p>ã</p><p>o</p><p>normas</p><p>jur</p><p>í</p><p>dicas</p><p>estabelecidas</p><p>por</p><p>autoridade</p><p>competente</p><p>que estabelecem diretrizes, focando no bem comum. A</p><p>Constitui</p><p>çã</p><p>o</p><p>Federal</p><p>,</p><p>no</p><p>artigo</p><p>5.º,</p><p>inciso</p><p>II,</p><p>determina</p><p>que</p><p>ningu</p><p>é</p><p>m</p><p>pode</p><p>ser</p><p>obrigado</p><p>a</p><p>fazer</p><p>ou</p><p>deixar</p><p>de</p><p>fazer</p><p>alguma</p><p>coisa,</p><p>sen</p><p>ã</p><p>o</p><p>em</p><p>virtude</p><p>da</p><p>lei.</p><p>)</p><p>As leis têm o objetivo de limitar a conduta dos seres humanos, para que estes tenham um bom convívio em sociedade, e são o principal controle do Estado.</p><p>Ademais, as leis são consideradas a fonte principal do direito e apresentam as seguintes características:</p><p>Generalidade: devem ser cumpridas por todos, sem exceção.</p><p>Obrigatoriedade: pelo caráter imperativo-atributivo, por um lado outorgam deveres jurídicos e, por outro, direitos.</p><p>Permanência: quando promulgadas, não têm data de vencimento, ou seja, são válidas por duração indefinida até que um órgão competente determine o cancelamento.</p><p>Abstração e impessoalidade: não são criadas para um caso em particular, e sim para englobar genericamente todos os casos.</p><p>Conhecimento: são de conhecimento geral (todos têm acesso e conhecimento e, por isso, não podem alegar o não cumprimento delas).</p><p>Algumas leis relevantes sobre saúde e segurança do trabalho são: Lei n.º 6.514, de 22 de dezembro de 1977 – Altera o disposto na</p><p>CLT e serve como base para a implementação das NRs.</p><p>Lei n.º 5.161, de 21 de outubro de 1966 – Autoriza a instituição da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), com o objetivo principal e genérico de realizar estudos e pesquisas pertinentes aos problemas de segurança, higiene e medicina do trabalho.</p><p>Lei n.º 7.410, de 27 de novembro de 1985 – Dispõe sobre a especialização de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho e sobre a profissão de técnico em segurança do trabalho.</p><p>Lei n.º 11.901, de 12 de janeiro de 2009 – Dispõe sobre a profissão de bombeiro civil.</p><p>Decretos são a decisão de uma autoridade sobre matéria de competência desta. Em geral, são atos administrativos impostos pelo Poder Executivo e estão abaixo das leis. Ainda, a natureza dos decretos pode variar de acordo com a legislação. Por exemplo, existem os decretos-lei (decretos de necessidade e urgência), que são publicados pelo Poder Executivo e têm caráter de lei; e os decretos legislativos, que regulam as matérias exclusivamente do Poder Legislativo.</p><p>Um dos objetivos do decreto é regulamentar a lei, ou seja, detalhar pontos específicos, criando meios de viabilizar as leis. Sendo assim, decretos nunca poderão contrariá-las.</p><p>Alguns exemplos de decretos são:</p><p>Decreto-Lei n.º 229, de 28 de fevereiro de 1967 – Altera o texto da CLT e inclui vários tópicos sobre segurança do trabalho e higiene ocupacional.</p><p>Decreto n.º 92.530, de 9 de abril de 1986 – Regulamenta a Lei 7.410/1985, que trata da especialização de engenheiros e arquitetos em Engenharia de Segurança do Trabalho, bem como da profissão de técnico em segurança do trabalho.</p><p>Resoluções são atos normativos hierarquicamente submetidos ao decreto e expedidos por autoridades do Poder Executivo, tendo por objetivo explicar regulamentos ou fazer complementações. As resoluções referem-se à deliberação ou à determinação por meio da qual uma autoridade ou um poder público toma uma decisão, impõe uma ordem ou estabelece medidas.</p><p>Um exemplo de resolução vinculada à área de saúde e segurança do trabalho é a Resolução n.º 6, de 21 de dezembro de 1988, que estabelece normas técnicas de radioproteção.</p><p>Portarias são documentos de ato administrativo de uma autoridade pública que trazem instruções sobre a aplicação de leis ou regulamentos.</p><p>Observe algumas portarias relevantes sobre saúde e segurança do trabalho:</p><p>Portaria n.º 3.214, de 8 de junho de 1978 – Aprova as NRs.</p><p>Portaria Interministerial n.º 3, de 28 de abril de 1982 – Limita a utilização do benzeno em função de sua toxicidade e de riscos associados.</p><p>Portaria n.º 1.274, de 25 de agosto de 2003 – Submete ao controle do Departamento de Polícia Federal uma série de produtos químicos considerados perigosos, dispostos em listas nessa mesma portaria.</p><p>Portaria SEPRT n.º 915, de 30 de julho de 2019 – Institui um novo texto da NR-1 e revoga alguns itens de outras NRs.</p><p>Portaria Interministerial n.º 3.195, de 10 de agosto de 1988 – Institui a Campanha Interna de Prevenção da Aids, tendo em vista a gravidade do problema gerado pelo aumento incessante</p><p>do número de casos de aids.</p><p>Portaria n.º 3.275, de 21 de setembro de 1989 – Dispõe sobre as atividades do técnico em segurança do trabalho.</p><p>Portaria n.º 26, de 29 de dezembro de 1994 – Classifica cremes protetores como equipamento de proteção individual (EPI) e os inclui na NR-6.</p><p>Portaria n.º 34, de 20 de dezembro de 2001 – Publica protocolo visando a determinar os procedimentos para a utilização de indicador biológico de exposição ocupacional ao benzeno.</p><p>Instruções normativas são atos puramente administrativos que objetivam complementar o que já está determinado em uma portaria ou em um decreto. Sendo assim, elas nunca trarão ordens controversas às leis ou aos decretos em geral.</p><p>Alguns exemplos de instruções normativas são:</p><p>Instrução Normativa n.º 1, de 11 de abril de 1994 – Determina que o empregador deverá adotar um conjunto de medidas com a finalidade de adequar a utilização dos equipamentos de proteção respiratória (EPRs), quando necessário, para complementar as medidas de proteção coletiva implementadas.</p><p>Instrução Normativa n.º 1, de 20 de dezembro de 1995 – Considerando que o benzeno é uma substância reconhecidamente carcinogênica, aprova o texto que dispõe sobre a “avaliação das</p><p>concentrações de benzeno em ambientes de trabalho”, referente ao Anexo 13-A Benzeno da NR-15.</p><p>Súmulas são como pronunciamentos proferidos pelos tribunais do país e buscam delimitar o entendimento e a interpretação de leis que tratam sobre determinado assunto. Pode-se dizer que as súmulas são o consenso de várias decisões de um mesmo tribunal e têm idêntica interpretação sobre um tema.</p><p>Observe a seguir algumas súmulas do Tribunal Superior do Trabalho:</p><p>Súmula n.º 39 – Os empregados que operam em bomba de gasolina têm direito ao adicional de periculosidade.</p><p>Súmula n.º 47 – O trabalho executado em condições insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por essa circunstância, o direito à percepção do respectivo adicional.</p><p>Súmula n.º 80 – A eliminação da insalubridade mediante fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo exclui a percepção do respectivo adicional.</p><p>Súmula n.º 132 – O adicional de periculosidade, pago em caráter permanente, integra o cálculo de indenização e de horas extras. Durante as horas de sobreaviso, o empregado não se encontra em condições de risco, razão pela qual é incabível a integração do adicional de periculosidade sobre as mencionadas horas.</p><p>Súmula n.º 191 – O adicional de periculosidade incide apenas sobre o salário básico e não sobre este acrescido de outros adicionais.</p><p>Súmula n.º 248 – A reclassificação ou a descaracterização da insalubridade, por ato da autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.</p><p>Súmula n.º 289 – O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou à eliminação da nocividade, entre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.</p><p>Súmula n.º 339 – O suplente da CIPA goza da garantia de emprego. Súmula n.º 361 – O trabalho exercido em condições perigosas,</p><p>embora de forma intermitente, dá direito ao empregado a receber o adicional de periculosidade de forma integral, porque a Lei n.º 7.369, de 20.09.1985, não estabeleceu nenhuma proporcionalidade em relação ao seu pagamento.</p><p>Súmula n.º 378 – É constitucional o artigo 118 da Lei n.º 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado acidentado. São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do contrato de emprego. O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no artigo 118 da Lei n.º 8.213/91.</p><p>As leis, os decretos, as portarias, as instruções normativas e as súmulas citadas são apenas algumas das normativas relacionadas à saúde e à segurança do trabalho. Há uma série de outras normas complementares e que estão em constante atualização, necessitando de atenção quase diária.</p><p>Definição de responsabilidades civil e criminal aplicadas à saúde e à segurança do trabalho</p><p>Responsabilidade civil na segurança do trabalho</p><p>Para existir responsabilidade, antes é necessária uma conduta. Sendo assim, primeiramente, cabe definir o que é responsabilidade civil. Conceitualmente, ela está prevista no Código Civil brasileiro, nos artigos 186 e 187 combinados com o artigo 927:</p><p>Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.</p><p>Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê- lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes.</p><p>[...]</p><p>Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.</p><p>É extremamente importante que fique clara a diferença entre ambas, visto que cada uma traz requisitos específicos e tem objetivos diferentes.</p><p>A Secretaria da Previdência rege a legislação previdenciária e também é voltada a aprimorar a segurança, a saúde e a qualidade de vida no trabalho, mas sob outro aspecto.</p><p>Pode-se dizer que a Previdência Social está diretamente relacionada a acidentes e doenças do trabalho e, por isso, estipula encargos às empresas, como é o caso do FAP (fator acidentário de prevenção), o qual concede benefícios aos segurados e também regulamenta a aposentadoria especial.</p><p>O conceito de acidente de trabalho é dado no artigo 19 da Lei 8.213/1991:</p><p>Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa, ou pelo exercício do trabalho do segurado especial, provocando lesão corporal ou perturbação funcional, de caráter temporário ou permanente.</p><p>Também são considerados acidentes do trabalho:</p><p>O acidente ocorrido no trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado</p><p>A doença profissional, assim entendida a produzida ou a desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a determinada atividade</p><p>(</p><p>A doen</p><p>ç</p><p>a do trabalho, adquirida ou desencadeada em fun</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>condi</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>especiais</p><p>em</p><p>que</p><p>o</p><p>trabalho</p><p>é</p><p>realizado</p><p>e</p><p>que</p><p>com</p><p>ele</p><p>se</p><p>relacione</p><p>diretamente</p><p>)</p><p>A Previdência Social direciona um olhar especial para os números de acidentes ocorridos no Brasil devido ao elevado custo que eles geram ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), o qual concede benefícios acidentários como auxílio-doença, pensão por morte, aposentadoria por invalidez, aposentadoria especial, auxílio- acidente, entre outros.</p><p>Sendo assim, sobre a legislação previdenciária, a Lei n.º 8.213, de 24 de julho de 1991, dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Todo o sistema previdenciário está previsto nessa lei e também no Decreto n.º 3.048, de 6 de maio de 1999.</p><p>Já o FAP é regulamentado pela Lei 10.666/2003 e detalhado no Decreto n.º 6.042, de 12 de fevereiro de 2007, e em outros decretos, resoluções e portarias que complementam o tema.</p><p>Há ainda a CAT (comunicação de acidente de trabalho), que está relacionada diretamente à previdência, visto que o registro de tal comunicação é feito no site da própria Previdência Social. É a mesma Lei 8.213/1991 que determina a obrigação do registro e prazos para tanto.</p><p>Os requisitos e as orientações quanto à aposentadoria especial estão previstos no Decreto 3.048/1999 e no Decreto 8.123/2013, os quais estabelecem condições e meios para concessão do benefício, e complementarmente na Instrução Normativa n.º 99, de 5 de dezembro de 2003.</p><p>Também</p><p>cabe citar o laudo técnico das condições ambientais de trabalho (LTCAT), documento previdenciário que relata as condições ambientais a que os trabalhadores estão expostos e que serve de base para a constatação e a concessão da aposentaria especial. A obrigatoriedade de elaboração desse documento está prevista na Lei 9.732/1998 e também na Lei 8.213/1991, complementadas pelos requisitos da Instrução Normativa n.º 99, de 5 de dezembro de 2003.</p><p>Ainda para fins de concessão de aposentadoria especial, a empresa deverá elaborar um perfil profissiográfico previdenciário (PPP), com base nas informações já constantes no LTCAT, a fim de descrever as atividades desenvolvidas pelo trabalhador e os riscos aos quais ele está exposto.</p><p>A Lei 9.528/1997 torna obrigatória a emissão do PPP, e, por meio da Instrução Normativa 99/2003, ficam estabelecidos os critérios para preenchê-lo. Algumas informações adicionais são apresentadas pela Instrução Normativa 77/2015.</p><p>A Previdência Social assume atualmente um papel importante também no monitoramento e no controle estatístico de acidentes de trabalho. Com base nos registros de CAT, podem-se gerar estatísticas sobre os segmentos mais atingidos, as regiões com maior frequência de acidentes no país e as atividades que mais lesionam</p><p>trabalhadores. A partir daí, o governo pode agir mais assertivamente na elaboração de</p><p>políticas de segurança que venham a reduzir esses números.</p><p>Sobre a aposentadoria especial, esta será devida a segurado empregado, trabalhador avulso e contribuinte individual (este apenas quando fizer parte de cooperativa) que tenham trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos (de acordo com o caso) e que estiveram sujeitos a condições especiais que prejudiquem a sua saúde ou a sua integridade física.</p><p>Além disso, a concessão da aposentadoria especial estará condicionada à comprovação da exposição do trabalhador, em tempo permanente e não ocasional, nem intermitente, a agentes nocivos químicos, físicos, biológicos ou à associação de</p><p>vários agentes prejudiciais à saúde.</p><p>São consideradas condições especiais aquelas que expõem o trabalhador a riscos cujos limites de tolerância tenham sido ultrapassados. Tais riscos estão descritos na relação de agentes nocivos químicos, físicos e biológicos no Anexo IV do Decreto 3.048/99.</p><p>Para comprovar a efetiva exposição do trabalhador a agentes nocivos, devem ser elaborados dois documentos: o LTCAT e o PPP.</p><p>LTCAT</p><p>O LTCAT deve conter informações que comprovem a exposição do trabalhador a agentes nocivos e deixar clara a existência de tecnologias de proteção coletiva ou individual, bem como a eficácia destas. As empresas que não emitirem o laudo ou o emitirem em desacordo com o estabelecido estarão sujeitas a penalidades. Esse documento deve ser emitido por médico do trabalho ou por engenheiro de segurança do trabalho.</p><p>De acordo com a Instrução Normativa 99/2003, poderão ser aceitos em substituição do LTCAT ou ainda de forma complementar a este os seguintes documentos (desde que contenham as informações requeridas):</p><p>I – laudos técnico-periciais emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos;</p><p>II – laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (FUNDACENTRO);</p><p>III – laudos emitidos por órgãos competentes em Segurança do Trabalho; IV – laudos individuais acompanhados de:</p><p>a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o responsável técnico não for seu empregado;</p><p>b) cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, indicando sua especialidade;</p><p>c) nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o responsável técnico não for seu empregado;</p><p>d) data e local da realização da perícia.</p><p>V – os programas PPRA, PGR, PCMAT e PCMSO, que contenham as demonstrações ambientais.</p><p>PPP</p><p>O PPP deve ser elaborado conforme modelo e orientações dados pela Previdência Social, contendo histórico laboral do trabalhador, resultados das avaliações ambientais, nome dos responsáveis pela monitoração biológica e resultados desta e nome dos responsáveis pelas avaliações ambientais.</p><p>A empresa deve elaborar e manter atualizado o PPP de todos os funcionários, abrangendo as atividades desenvolvidas, e fornecer cópia autêntica do documento até 30 dias após a rescisão.</p><p>Segundo a Instrução Normativa 99/2003, o PPP tem por finalidade:</p><p>I – comprovar as condições para habilitação de benefícios e serviços previdenciários, em especial, a aposentadoria especial;</p><p>II – prover o trabalhador de meios de prova produzidos pelo empregador perante a Previdência Social, a outros órgãos públicos e aos sindicatos, de forma a garantir todo direito decorrente da relação de trabalho, seja ele individual, ou difuso e coletivo;</p><p>III – prover a empresa de meios de prova produzidos em tempo real, de modo a organizar e a individualizar as informações contidas em seus diversos setores ao longo dos anos, possibilitando que a empresa evite ações judiciais indevidas relativas a seus trabalhadores;</p><p>IV – possibilitar aos administradores públicos e privados acesso a bases de informações fidedignas, como fonte primária de informação estatística, para desenvolvimento de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como definição de políticas em saúde coletiva.</p><p>Veja o modelo de PPP disponibilizado pelo INSS e que deve ser utilizado:</p><p>(pdf/modeloPPP.pdf)</p><p>(</p><p>CBO</p><p>Muitas vezes, durante o preenchimento de documentos sobre as</p><p>atividades</p><p>laborais</p><p>dos</p><p>trabalhadores,</p><p>aparece</p><p>a</p><p>sigla</p><p>CBO.</p><p>CBO</p><p>é</p><p>a sigla para</p><p>“</p><p>classi</p><p>fi</p><p>ca</p><p>çã</p><p>o brasileira de ocupa</p><p>ç</p><p>õ</p><p>es</p><p>”</p><p>–</p><p>um</p><p>documento</p><p>com</p><p>as</p><p>pro</p><p>fi</p><p>ss</p><p>õ</p><p>es</p><p>presentes</p><p>no</p><p>mercado</p><p>de</p><p>trabalho</p><p>brasileiro.</p><p>A</p><p>cria</p><p>çã</p><p>o</p><p>da</p><p>classi</p><p>fi</p><p>ca</p><p>çã</p><p>o</p><p>est</p><p>á</p><p>baseada</p><p>na</p><p>Portaria</p><p>n.º</p><p>397,</p><p>de</p><p>10</p><p>de</p><p>outubro</p><p>de</p><p>2002,</p><p>mas a</p><p>rela</p><p>çã</p><p>o</p><p>de</p><p>pro</p><p>fi</p><p>ss</p><p>õ</p><p>es</p><p>est</p><p>á</p><p>em</p><p>constante</p><p>atualiza</p><p>çã</p><p>o.</p><p>A</p><p>CBO</p><p>pode</p><p>ser</p><p>consultada</p><p>na</p><p>Internet.</p><p>)</p><p>eSocial</p><p>O eSocial é um projeto instituído pelo Governo Federal e consiste em um sistema de coleta de informações trabalhistas, previdenciárias e tributárias por meio de um ambiente nacional virtual.</p><p>Esse projeto foi instituído pelo Decreto n.º 8.373, de 11 de dezembro de 2014, e visa a possibilitar que os órgãos participantes utilizem tais informações para apurar tributos e contribuições para o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS).</p><p>Nenhum aspecto legal é alterado pela implantação do eSocial. Apenas fica regulamentada a forma como as informações devem ser registradas, sendo uma nova forma de cumprir obrigações trabalhistas única e simplificadamente.</p><p>Segundo manual de orientação do eSocial, são princípios do programa:</p><p>Dar mais efetividade à fruição dos direitos fundamentais trabalhistas e previdenciários dos trabalhadores</p><p>Racionalizar e simplificar o cumprimento de obrigações previstas na legislação pátria de cada matéria</p><p>Eliminar a redundância nas informações prestadas pelas pessoas físicas e jurídicas obrigadas</p><p>Aprimorar a qualidade das informações referentes às relações trabalhistas, previdenciárias e fiscais</p><p>Conferir tratamento diferenciado às microempresas e às empresas de pequeno porte</p><p>Todos que contratarem prestadores de serviços pessoa física, ou seja, os empregadores que tiverem alguma obrigação trabalhista, previdenciária ou tributária, são obrigados a utilizar o eSocial e enviar as informações.</p><p>A implantação do programa está desenhada em quatro fases, sendo a última delas referente à prestação de informações sobre segurança do trabalho. Mais informações e manuais sobre o programa podem ser encontrados no site do eSocial.</p><p>(</p><p>A legisla</p><p>çã</p><p>o previdenci</p><p>á</p><p>ria</p><p>é</p><p>t</p><p>ã</p><p>o importante quanto a legisla</p><p>çã</p><p>o</p><p>trabalhista, pois a documenta</p><p>çã</p><p>o exigida pela primeira deve retratar</p><p>com</p><p>fi</p><p>delidade</p><p>a</p><p>vida</p><p>laboral</p><p>do</p><p>trabalhador</p><p>e</p><p>os</p><p>dados</p><p>sobre</p><p>a</p><p>empresa.</p><p>)</p><p>Estar em dia com as obrigações legais</p>