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Matheus Barros da Silva | 45 Nomos versus physis no Pensamento Grego. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2019. p. 85-99. SEGAL, Charles. O ouvinte e o espectador. In: VERNANT, J.-P. (org.). O homem grego. Lisboa: Presença, 1994. p. 175-198. SÓFOCLES. Filoctetes. Tradução, introdução e notas Fernando Brandão dos Santos. São Paulo: Odysseus, 2008. SÓFOCLES. Aias. Apresentação e tradução Flávio Ribeiro de Oliveira. São Paulo: Iluminuras, 2008. TAPLIN, Oliver. Significant Actions in Sophocles’ Philoctetes. Greek, Roman and Byzantine Studies, XII, p. 25-44, 1971. TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Tradução de Mário Gama Kury. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1982. TORRANO, Jaa. A máquina trágica de pensar política. Opiniães, São Paulo, v. 14, p. 22-32, 2019. ROMILLY, Jaqueline. de. A tragédia grega. Lisboa: Edições 70, 1999. VARGAS, Anderson Zalewski. Guerra, stasis e natureza humana na Guerra dos Peloponésios e Atenienses de Tucídides.In. Fábio Vergara Cerqueira [et al.]. Guerra e paz no mundo antigo. Pelotas: Laboratório de ensino e pesquisa em Antropologia e Arqueologia; Instituto de memória e patrimônio, 2007. VERNANT, Jean-Pierre. As Origens do Pensamento Grego. Rio de Janeiro: DIFEL, 2013. VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Editora Perspectiva, 2013. VIDAL-NAQUET, Pierre. Os gregos, os historiadores e a democracia. São Paulo: Cia das Letras, 2002. ZELENAK, Michael. Gender and politics in greek tragedy. New York: Peter Lang, 1998. 2 O Guerreiro, O Efebo e o Abandonado: O Drama Heroico em Filoctetes, de Sófocles Isadora Dutra de Freitas 1 O presente capítulo é resultado da pesquisa realizada para o Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado em 2016. Nossa análise versa sobre a leitura e interpretação da tragédia grega Filoctetes, escrita por Sófocles no século IV a.C.. Sob a luz da investigação historiográfica, analisamos os per- sonagens e argumentos da obra conforme a contextualização dos elementos. Ou seja, antes de interpretarmos o sentido histórico do drama, debruçamo- nos ao estudo do cenário político, social, cultural e religioso da Grécia desse período. Para isso, realizamos um intenso diálogo historiográfico a partir de um exaustivo levantamento das principais referências produzidas sobre nosso objeto. Após apresentação do panorama sócio-político ateniense e das principais características da tragédia sofocliana, nos debruçamos sobre a análise dos heróis da peça. Enfatizando suas particularidades e, sobretudo, ambiguidades, é possível estabelecer relações entre os protagonistas e mo- delos de comportamento típicos da pólis grega. Portanto, iremos analisar qual a importância política do teatro e situar a temporalidade dos heróis de Filoctetes: compreendendo sobre qual período representavam, Homérico ou Clássico. Enfim, analisar cada um dos três personagens que compõem a obra, de modo que possamos, separadamente, entender como estão conce- bidos e o que representam dentro do contexto da pólis. 1 Doutoranda em História pela Programa de Pós-Graduação em História da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS/CNPq).