Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

A priori, é importante considerar que o poder de polícia, em sentido amplo, engloba todas as ações estatais que limitam e regulam a liberdade e a propriedade dos indivíduos, visando o bem-estar coletivo. Dessa maneira, a intervenção do Estado na propriedade é resultado do exercício do poder de polícia, sendo justificada pela necessidade de que a propriedade privada cumpra sua função social.
Seguindo tal perspectiva, a instituição da intervenção estatal na propriedade privada funciona como uma ferramenta que visa evitar que os proprietários utilizem seus bens de maneira meramente especulativa. Nesse sentido, o tema abordado possui regulamentação abrangente no sistema jurídico pátrio, sendo expresso pela Constituição Federal, especificamente no artigo 5º, inciso XXII. Vejamos: 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXII - é garantido o direito de propriedade;
Por conseguinte, convencionou-se que o direito de propriedade está diretamente ligado ao cumprimento da função social, conforme se extrai do art. 1.228, §§1o e 2o do CC:
Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.
§ 1o O direito de propriedade deve ser exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.
§ 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.
Além do mais, nos moldes do artigo supramencionado, o conceito genérico de direito de propriedade é o poder jurídico normativo concedido ao proprietário de usar, gozar, dispor de um determinado bem e de reavê-lo, de quem quer que injustamente o esteja possuindo.
Outrossim, com base nas disposições da Constituição Federal existe a possibilidade de Intervenção do poder público na propriedade privada, na medida em que o direito de propriedade não é absoluto, contudo, para incidência da intervenção é necessário que esta seja fundamentada no princípio da supremacia do interesse público sobre o privado.
Justen Filho, ratifica este entendimento ao dizer que a supremacia do interesse público significa sua superioridade sobre os demais interesses existentes na sociedade. Os interesses privados não podem prevalecer sobre o interesse público. Assim, a indisponibilidade indica a impossibilidade de sacrifício ou transigência quanto ao interesse público, e é em decorrência de sua supremacia (2008, p. 54)
Por outro lado, Bandeira de Mello (2010) faz a opção por definir a supremacia como um princípio geral do direito, inerente a qualquer sociedade é condição indispensável para sua existência, figurando como um dos principais fios condutores da conduta administrativa.
Ademais, é imprescindível destacar que a intervenção do Estado na propriedade privada se divide em restritiva e supressiva. Consistindo a primeira modalidade na imposição de restrições para o uso da propriedade, ou seja, não retira a propriedade do seu respectivo proprietário. Por outro lado, na intervenção supressiva ocorre a transferência da propriedade privada para o Estado retirando a propriedade do seu titular. 
REGIMES DE INTERVENÇÃO ESTATAL NA PROPRIEDADE 
Preliminarmente, serão apresentadas as modalidades de intervenção do Poder Público na propriedade privada, com base tanto na Constituição quanto na legislação ordinária, abordando os efeitos e consequências que impactam o legítimo proprietário e possuidor do imóvel. 
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
Em primeira instância, cabe mencionar que Para Meirelles (2005), servidão administrativa ou pública é o ônus real de uso imposto pela Administração à propriedade particular, para assegurar a realização e conservação de obras e serviços públicos ou de utilidade pública, mediante indenização dos prejuízos efetivamente suportados pelo proprietário.
Desse modo, cuida-se de um direito real de gozo, de natureza pública que pode ser estabelecido sobre um imóvel pertencente a terceiros, com fulcro nas normas jurídicas, por entidade pública ou seus representantes, com a finalidade de efetivar um serviço destinado ao interesse público.
Por oportuno, evidencia-se que a servidão administrativa é um direito acessório, perpétuo, indivisível e inalienável, conferindo ao seu titular o direito de ação real e de sequela, permitindo-lhe exercer seus direitos em relação a todos, desde que a servidão esteja devidamente registrada no Registro Imobiliário.
 A instituição de uma servidão administrativa requer a declaração prévia de utilidade pública e pode ser determinada por meio de contrato ou decisão judicial. Além do mais, a compensação prévia e justa pelos danos causados é a regra, uma vez que os proprietários afetados sofrem prejuízos em prol da sociedade. 
Por fim, a servidão administrativa representa uma intervenção legítima do Estado na propriedade privada, onde o caráter absoluto cede lugar a um caráter relativo em benefício da sociedade como um todo.
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA:
Conforme salienta o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello, “a requisição é o ato pelo qual o Estado, em proveito de um interesse público, constitui alguém, de modo unilateral e auto executório, na obrigação de prestar-lhe um serviço ou ceder-lhe transitoriamente o uso de uma coisa in natura, obrigando-se a indenizar os prejuízos que tal medida efetivamente acarretar ao obrigado.”
Isto é, com fundamento no art.5º, em seu inciso XXV, a Requisição é o meio pelo qual o Estado intervém quando há iminente perigo público, utilizando bens móveis, imóveis ou serviços particulares, com posterior indenização, se aplicável.
Ademais, o regime de intervenção estatal abordado acima, se subdivide em requisição administrativa civil ou militar. Dessa maneira, a primeira visa resguardar e o pleno gozo do direito à vida, à saúde e aos bens da coletividade, enquanto na requisição administrativa militar o objetivo é a segurança e garantia da soberania nacional.
No tocante a indenização, é importante destacar que em razão desta modalidade possuir um viés emergencial poderá o Estado indenizar os prejudicados em momento posterior à efetiva intervenção. 
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA
O Professor Hely Meirelles, conceitua a ocupação temporária ou provisória como a utilidade transitória, remunerada ou gratuita, de bens particulares pelo Poder Público, para a execução de obras, serviços ou atividades públicas ou de interesse público (apud Alexandrino, 2013, p.1013).
Destarte, o instituto da ocupação temporária está previsto no art. 36 do Decreto-Lei n° 3.365/41, que assim estabelece: 
É permitida a ocupação temporária, que será indenizada, afinal, por ação própria, de terrenos não edificados, vizinhos às obras e necessários à sua realização. 
Além do mais, para ocorrência da ocupação temporária basta que seja demonstrado interesse público, não sendo necessária a comprovação de iminente perigo público. Nessa linha, a regra geral é que o titular da propriedade não seja indenizado, salvo quando restar evidente o prejuízo suportado pelo proprietário. 
Isto posto, no que se refere à extinção da ocupação temporária tem-se que a mesma será finalizada junto ao término do serviço público, ou seja, com a extinção da causa que deu origem à ocupação.
LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS
TOMBAMENTO
CONFISCO
DESAPROPRIAÇÃO
ENCAIXAR PARTE DAS MENINAS 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
BRASIL, Constituição Federal. Brasília: Senado Federal, 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm.

Mais conteúdos dessa disciplina