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algum grau de fama, ainda que transitória. A frase de Warhol era uma refle-
xão sobre a sociedade do espetáculo que se apresentava como a mais pura 
realidade naquele contexto dos anos 1960-1970.
Em 2015, ao receber um título de doutor honoris causa, o filósofo e escri-
tor italiano Umberto Eco (1932-2016) disse, em seu discurso, que “o drama 
da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade”. Essa 
frase se tornou um emblema desses novos tempos em que a relação com 
o conhecimento e, portanto, com a verdade foi desorganizada por causa da 
proliferação sem precedentes de informações sem qualquer embasamento 
factual ou fundamentação científica.
Sociedade do espetáculo
Assim como tudo pode ser apropriado e virar objeto de consumo, na era das telecomunicações tudo tende a virar 
espetáculo. Essa ideia nos remete a um conceito bastante relevante, produzido pelo escritor, cineasta e ativista 
francês Guy Debord (1931-1994) e disseminado em seu livro A sociedade do espetáculo, lançado em 1967. Produzir 
continuamente o entretenimento esvaziado de criticidade, e que alimenta o consumo por meio da publicidade, 
marcaria formas de dominação das sociedades no século XX.
A espetacularização tem presença constante nos meios de comunicação, especialmente no jornalismo, pois rende 
audiência. Na TV, todos os eventos podem se tornar verdadeiros shows de entretenimento, até mesmo notícias 
catastróficas, como tragédias aéreas ou crimes hediondos. Elas serão transmitidas e retransmitidas enquanto durar 
a audiência. Depois serão substituídas por novas imagens de novos eventos. Serão intercaladas por publicidades 
atrativas, que, por sua vez, evocam imagens de bem-estar e as associam a determinados bens de consumo.
Para Debord, no mundo atual, tudo se tornou representação. As representações fragmentadas cumprem, assim, 
o papel de gerar uma falsa sensação de integração social. Todos passam a se reconhecer nesses eventos 
televisionados. Eles aparecem em falas cotidianas sobre novelas, jogos de futebol ou assuntos que ocupam as 
manchetes de jornais ou que são os mais falados nos telejornais. Você precisa saber o que está acontecendo para 
se sentir parte da sociedade, mas tudo é tão fragmentado e efêmero que de fato nunca pertencemos a nada. Então 
transitamos de um espetáculo a outro e desejamos que nossa vida também se torne parte do espetáculo, por meio 
de algo que nos faça ser notados.
Conceitos
DEBORD, Guy. A sociedade 
do espetáculo. Rio de 
Janeiro: Contraponto, 1997. 
Pessoas assistem à televisão 
em bar de Uberlândia (MG), 
em 2014. Somos indivíduos em 
meio a multidões de pessoas. 
Essa experiência esvaziada 
de significados da vida nas 
metrópoles se tornou um prato 
cheio para a proliferação da 
cultura do espetáculo e suas 
formas de entretenimento fácil. 
Isso implica um processo de 
alienação próprio do apogeu da 
era da televisão, na segunda 
metade do século XX.
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CONEXÕES
LINGUAGENS E SUAS TECNOLOGIAS
NÃO ESCREVA NO LIVRO
Andy Warhol, principal representante do movimento artístico visual co-
nhecido por pop art, interessava-se pelas imagens continuamente propaga-
das e repetidas nos meios de comunicação de massa. Transformou tudo em 
produto visual, assumindo uma estética própria da publicidade: ícones do ci-
nema e da política, produtos de consumo cotidiano e até mesmo imagens de 
acidentes que figuravam nos jornais. Todas as suas obras absorviam elemen-
tos dessa cultura pop, que ele trabalhava e apresentava com cores intensas.
Os retratos são um exemplo fundamental da obsessão de Warhol pela cul-
tura das celebridades. Graças à técnica da serigrafia, o artista pôde produzir 
imagens em massa de suas musas, apagando nesse processo as imperfei-
ções que as tornavam humanas.
NÃO ESCREVA NO LIVRO
Veja as respostas das atividades 
desta seção no Manual do Professor. 
• Em duplas, pesquisem em livros e na internet as obras de Warhol e a épo-
ca em que foram produzidas. Coletem também informações sobre o ar-
tista e seu estilo. Em seguida, reflitam sobre a questão a seguir, e, com a 
orientação do professor, compartilhem suas anotações com os colegas.
A atitude de Warhol parece criticar ou exaltar o excesso de exposição mi-
diática das imagens?
Green Marilyn. 1962. Andy 
Warhol. National Gallery 
of Art, Washington, D.C. 
(Estados Unidos). 
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