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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE ESCOLA MULTICAMPI DE CIÊNCIAS MÉDICAS PROGRAMA DE RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM ATENÇÃO BÁSICA GEORGE SILLAS SILVA GOMES ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO (CAF) DE UM MUNICÍPIO DO RIO GRANDE DO NORTE CAICÓ 2019 GEORGE SILLAS SILVA GOMES ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO (CAF) DE UM MUNICÍPIO DO RIO GRANDE DO NORTE Trabalho de conclusão de residência apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito obrigatório para obtenção do título de especialista em atenção básica. Orientadora: Msc. Almária Mariz Batista CAICÓ 2019 GEORGE SILLAS SILVA GOMES Trabalho de conclusão de residência apresentado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito obrigatório para obtenção do título de especialista em atenção básica. Aprovado em _____/_____/_____ BANCA EXAMINADORA ___________________________________________ Msc. Almária Mariz Batista ___________________________________________ Dr. Rafael Barros Gomes da Câmara __________________________________________ Msc. Vivianne Izabelle de Araújo Baptista AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus por abençoar sempre minha caminhada. À minha família por ter sido sempre minha base de vida. À minha orientadora por todo o tempo dedicado ao meu trabalho. Aos meus amigos residentes da equipe 1 de Currais Novos que sempre estiveram comigo em todos os momentos bons e os de luta. Juntos crescemos profissionalmente e nos tornamos melhores pessoas e militantes do SUS. ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS NA CENTRAL DE ABASTECIMENTO FARMACÊUTICO (CAF) DE UM MUNICÍPIO DO RIO GRANDE DO NORTE STORAGE OF MEDICINES IN THE PHARMACEUTICAL SUPPLY CENTER (PSC) OF A MUNICIPALITY OF RIO GRANDE DO NORTE George Sillas Silva Gomes1, Almária Mariz Batista2 1 Farmacêutico Residente. Residência Multiprofissionl em Atenção Básica. Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 2 Docente. Escola Multicampi de Ciências Médicas do Rio Grande do Norte. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. RESUMO Medicamentos representam perspectiva de resolutividade de grande parte dos graves problemas da saúde, a preservação da sua qualidade deverá ser garantida desde a fabricação até a dispensação ao paciente. Desta forma, as condições de armazenamento, distribuição e transporte devem ser adequadas, para, assim, manter a qualidade dos medicamentos dentro de padrões ideais. Nesse sentido, o presente estudo objetiva analisar o processo de armazenamento de medicamentos na Central de Abastecimento Farmacêutico do município de Currais Novos-RN. Trata-se de estudo transversal, de caráter descritivo-exploratório, desenvolvido no período de maio de 2018. A coleta de dados se de através de aplicação de roteiro de inspeção, elaborado com base nas Boas Práticas para Estocagem de Medicamentos e nos requisitos de armazenamento preconizados pela RDC nº 44/09. Dos 16 itens avaliados, 44% apresentaram não conformidade. Itens como inexistência de procedimentos operacionais, iluminação e instalações elétricas inadequadas e monitoramento de temperatura e umidade compõem os itens não conformes. A partir do estudo realizado, foi possível evidenciar que o sistema de armazenamento da central de abastecimento farmacêutico do município de Currais Novos-RN, única responsável pela dispensação e armazenamento de medicamentos da assistência farmacêutica básica para a população de todos os bairros, necessita ser otimizado em diversos pontos, para que haja um fortalecimento do ciclo da assistência farmacêutica. O farmacêutico se apresenta como profissional fundamental para liderar esse processo que objetiva uma dispensação mais eficaz e segura para o paciente que necessita do acesso ao medicamento. Palavras-chave: armazenamento de medicamentos; assistência farmacêutica; atenção primária à saúde ABSTRACT Medicines represent the prospect of solving many of the serious health problems, preserving their quality should be guaranteed from the manufacturing to the dispensing to the patient. In this way, the conditions of storage, distribution and transportation must be adequate, in order to maintain the quality of the medicines within ideal standards. In this sense, the present study aims to analyze the drug storage process at the pharmaceutical supply center of the municipality of Currais Novos-RN. This is a cross-sectional, descriptive-exploratory study, developed in May 2018. Data collection is through an inspection roadmap, based on Good Practices for Storing Medications and storage requirements recommended by the RDC nº 44/09. Of the 16 evaluated items, 47% presented nonconformity. Items such as lack of operational procedures, inadequate lighting and electrical installations, and monitoring of temperature and humidity make up non-conforming items. Based on the study, it was possible to show that the pharmaceutical supply center storage system in the municipality of Currais Novos-RN, which is the only one responsible for dispensing and storing basic pharmaceutical care products for the population of all neighborhoods, needs to be optimized in several points, so that there is a strengthening of the pharmaceutical assistance cycle. The pharmacist presents himself as a fundamental professional to lead this process that aims at a more effective and safe dispensation for the patient who needs access to the medicine. Keywords: drug storage, pharmaceutical supply center, pharmaceutical services; primary health care 1 INTRODUÇÃO Assistência Farmacêutica consiste no grupo de atividades relacionadas ao medicamento, destinadas a apoiar ações de saúde demandadas por uma comunidade, voltadas a promoção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual quanto coletiva, tendo o medicamento como insumo essencial e visando seu acesso e uso racional. Envolve pesquisa, desenvolvimento e produção de medicamentos e insumos, bem como sua seleção, programação, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação, através de garantia da qualidade de produtos e serviços, acompanhamento e avaliação de sua utilização, na perspectiva de resultados concretos e melhoria da qualidade de vida da população (1-2). Uma vez que se utiliza o medicamento na perspectiva de resolutividade de grande parte dos graves problemas da saúde, preservar sua qualidade deverá ser uma garantiadesde a fabricação até a dispensação ao paciente. Desta forma, as condições de armazenamento, distribuição e transporte devem ser adequadas, para, assim, manter a qualidade dos medicamentos dentro de padrões ideais (3). O armazenamento de medicamentos envolve um conjunto de procedimentos técnicos e administrativos, que incluem diversas atividades como recepção, estocagem, conservação e controle de estoque. A estocagem deve ocorrer de forma a garantir segurança e qualidade dos medicamentos estocados. Para realizar o armazenamento, de modo que se atendam as boas práticas, são necessários conhecimentos técnicos sobre produtos a armazenar e gestão de estoques. Para garantir otimização de recursos faz-se necessário seguir as Boas Práticas de Armazenagem de Medicamentos, conjunto de condições das instalações físicas e procedimentos básicos que visam assegurar qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos estocados, permitindo preservar suas condições de uso (4,5). Nesse contexto, a Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) é unidade de assistência farmacêutica destinada ao armazenamento de medicamentos e correlatos, onde são realizadas atividades de recepção, estocagem e distribuição. Esta denominação é utilizada, especificamente, para armazenagem de produtos para saúde, com finalidade de diferenciá-la de almoxarifados, depósitos, armazéns e outros espaços físicos destinados à estocagem de outros tipos de produto (6). A eficácia dos medicamentos está diretamente relacionada à manutenção de sua estabilidade, que, por sua vez, depende de armazenamento, transporte e manuseio em condições adequadas, desde sua fabricação até sua dispensação, preservando, desta forma, sua qualidade, eficácia e segurança. Todos os produtos devem ser armazenados obedecendo às condições técnicas ideais de luminosidade, temperatura e umidade, a fim de assegurar manutenção de características necessárias à correta utilização (7). Além do armazenamento, a CAF de Currais Novos-RN centraliza o processo de dispensação de medicamentos. Análise preliminar constatou fragilidade no processo de estocagem. Diante deste cenário, propôs-se desenvolver pesquisa mais específica, com objetivo analisar o processo de armazenamento de medicamentos, a fim de propor melhorias para construção de uma forma mais adequada de armazenamento, assegurando acesso a medicamentos de qualidade. 2 METODOLOGIA 2.1 Desenho de Estudo Trata-se de estudo transversal, de caráter descritivo-exploratório, desenvolvido no período de maio de 2018. 2.2 Local do Estudo O objeto de estudo é a CAF, localizada no município de Currais Novos, na região Seridó do Rio Grande do Norte. O município possui 42.652 habitantes, distribuídos em 864.349 Km² de sua área territorial, dividida em zonas urbana e rural, com densidade demográfica 49,35 hab./Km² (8). Uma particularidade desta CAF é a centralização do processo de dispensação de todos os medicamentos de responsabilidade da esfera municipal, no caso, constantes em prescrições de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Policlínica Municipal. 2.3 Coleta de Dados Deu-se através de aplicação de roteiro de inspeção, elaborado com base nas Boas Práticas para Estocagem de Medicamentos (4) e nos requisitos de armazenamento preconizados pela RDC nº 44/09 (9), o qual contém 16 itens (variáveis independentes), cujo resultado para cada um é sim (conforme) ou não (não conforme). 2.4 Aspectos Éticos Por se tratar de estudo que não envolve seres humanos, direta ou indiretamente, foi dispensável apreciação por Comitê de Ética. Neste caso, houve autorização formal pela Secretaria Municipal de Saúde. 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO Dentre os 16 itens analisados, 7 estavam não conformes no momento da coleta de dados (44%). (Gráfico 1 / Quadro 1). São itens importantes para garantir utilização segura de medicamentos e contemplam não existência de procedimentos escritos sobre armazenamento, falta de instalações elétricas em adequado estado de segurança e uso, assim como de equipamento de combate a incêndios. Também falta de controle de umidade e temperatura, condições adequadas de pisos, paredes e teto, iluminação adequada e lugar apropriado para segregar produtos vencidos estão dentre estas não conformidades. Gráfico 1 – Distribuição dos itens do roteiro de inspeção quanto à conformidade [] itens em conformidade; [] [] itens em não conformidade; [] SIM NÃO Quadro 1 – Roteiro de Inspeção ITENS AVALIADOS SIM NÃO Existência de responsável técnico X Existência de procedimentos escritos sobre armazenamento de medicamentos X Instalações elétricas em adequado estado de conservação, segurança e uso X Existência de equipamento de segurança para combate a incêndio X Piso, paredes e teto em adequadas condições de conservação X Iluminação adequada X Medicamentos protegidos da ação direta da luz solar X Controle de umidade e temperatura ambiente X Medicamentos armazenados em prateleiras e afastados de piso e parede X Todos os medicamentos apresentam número de registro, número de lote, X data de fabricação e prazo de validade Todos os medicamentos com prazo de validade vigente X Área específica e identificada para medicamentos vencidos/avariados X Destino correto aos medicamentos com prazo de validade expirado X Existência de local fechado para guarda de medicamentos controlados X Medicamentos examinados fisicamente (integridade, prazo de validade, quantidade), quando de sua chegada X Inexistência de produtos que não medicamentos e correlatos X Outrossim, foram constatados problemas relacionados às condições de armazenamento dos medicamentos em estudo realizado em 53 municípios paraibanos quanto ao ciclo da assistência farmacêutica básica. Foi verificado que 20% dos municípios incluídos no estudo apresentaram “condições inadequadas de armazenamento”. Isso sugere que os medicamentos podem estar expostos a alterações na qualidade, perda e possíveis desvios (10). Em avaliação de farmácias de UBS e CAF do Distrito Sanitário Nordeste de Belo Horizonte-MG, o percentual de itens conformes foi 76,7% e 83,3%, respectivamente (11). Estudo realizado em Parnamirim-RN também evidenciou problemas de armazenamento e dispensação de medicamentos em UBS, em que 60% foram classificadas como ruins ou péssimas (12). Estes resultados são preocupantes, principalmente, porque é atribuição da CAF municipal abastecer a totalidade das instituições de saúde desta esfera de gestão e o comprometimento da conservação de produtos neste local pode impactar negativamente na saúde da população, ainda que as farmácias atendam às exigências de armazenamento. Chama atenção, desde a edição da Política Nacional de Medicamentos (1998) (13), histórica e insuficiente disponibilização de recursos para viabilizar contratação e fixação de farmacêuticos na rede pública, assim como para ampliar e qualificar a infraestrutura existente no país para armazenamento e dispensação de medicamentos(14). Em Currais Novos-RN, assim como em outras regiões do país (15-18) é constatado panorama semelhante, em que se configura que o medicamento continua sendo armazenado, distribuído e/ou dispensado em CAF e UBS com espaços impróprios e sem as devidas condições de conservação, além da tímida presença do farmacêutico, o que compromete a eficácia dos serviços. Cabe ao farmacêutico elaborar e revisar periodicamente Procedimentos Operacionais Padrão (POP) que, além de descreverem o passo a passo para cumprimento dos requisitos mínimos, neste caso, para armazenamento, deverão definir medidas a serem tomadas quando verificadas condições inadequadas. Ausência deste documento coloca em questionamento a reprodutibilidade dos processos de trabalho quanto ao cumprimento das Boas Práticas de Armazenamento. Na CAF de Currais Novos-RN também se constatou ausência de extintor de incêndio, além de instalações elétricas e iluminação inadequadas. Por outro lado, o ambiente é fechado, portanto, os medicamentos estão devidamente abrigados da luz solar. Estudos do perfil de armazenamento de medicamentos na atenção primária à saúde de Petrolina-PE e Belo Horizonte-MG também detectaram condições insatisfatórias como exposição à luz solar. (15,19). Em relação às condições técnicas de armazenamento de medicamentos em farmácias/unidades dispensadoras brasileiras, em estudo mais abrangente por amostragem de municípios de todas as regiões do país no contexto da atenção primária, verificou-se que itens de segurança contra incêndio e pane elétrica mostraram-se bastante deficitários. Somente 32,6% das unidades brasileiras dispunham de equipamento de prevenção de incêndio e 2,7% de gerador de energia elétrica (17). Instalações elétricas devem ser vistoriadas periodicamente, com tomadas suficientes e adequadas para todos os equipamentos sem utilização de adaptadores e extensões elétricos, sendo aplicável a CAF e unidades dispensadoras que possuem área de estocagem (6,9). Iluminação insuficiente interfere nos níveis de desempenho do indivíduo em decorrência de diminuição do ritmo de trabalho, menor percepção de detalhes, aumento de erros ao executar determinadas atividades e elevação dos índices de acidentes do trabalho. (20). Para correto armazenamento, a estrutura física da CAF deve seguir instruções técnicas como piso plano, sem rachaduras e com espessura suficiente para suportar cargas, paredes de cor clara, pintura lavável, isentas de rachaduras, infiltrações e umidade, portas pintadas a óleo, preferencialmente, esmaltadas ou de alumínio com dispositivo de segurança automático, teto com forro adequado, exaustores e telhas térmicas de poliuretano, fibra de vidro ou lã, janelas com telas de proteção contra entrada de animais e luz solar direta (6). No estudo no município de Petrolina-PE, quando no quesito infiltração/umidade: 27% das 15 Unidades de Saúde da Família (USF) unidades apresentaram situação desfavorável (19). No município de Currais Novos, são pontos negativos encontrados, uma vez apresentando portas velhas, piso com rachaduras, além de paredes com infiltrações. A condição ambiental é responsável pelo maior número de alterações de medicamentos, que devem ser armazenados em locais ventilados, a maioria, à temperatura ambiente (média 25ºC). Já medicamentos termolábeis requerem temperatura refrigerada (2- 8℃) ou fresca (8-15℃). Elevadas temperaturas são contraindicadas porque podem acelerar reações químico-biológicas, ocasionando decomposição dos produtos e resultando em alteração de prazos de validade. Para controle de temperatura, é necessária utilização de termômetros nas áreas de estocagem, com registros diários em mapa de controle, registro mensal consolidado e elaboração de relatórios para correção de eventuais anormalidades (6). Dependendo da forma farmacêutica, alta umidade pode afetar sua estabilidade ao desencadear reações químicas, biológicas e físicas. Medicamentos armazenados em áreas úmidas podem sofrer alterações em consistência, sabor, odor, turvação, tempo de desintegração (7). Produtos sensíveis à umidade devem ser conservados em frascos hermeticamente fechados ou contendo substâncias dessecantes. Alguns trazem invólucros de sílica gel para devida proteção, não devendo ser retirados das embalagens. Quanto à umidade para armazenamento de medicamentos, não deve ultrapassar 70%. Sua medição é realizada por meio de higrômetros ou psicrômetros, sendo os últimos de uso mais fácil (21). No Brasil, apenas 25,8% de unidades dispensadoras de medicamentos e locais de armazenamento de medicamentos fazem controle de temperatura. Na região Nordeste, o percentual é ínfimo (5,4%). Quanto ao controle de umidade, no Brasil, apenas 11,9% o fazem. Chama atenção a carência de cuidado com aferição de temperatura e umidade, especialmente, em regiões mais quentes e úmidas como Norte e Nordeste. Constatou-se que 3,5% de unidades dispensadoras no Brasil e 5,8% no Nordeste apresentaram temperaturas superiores a 30°C (17). Em estudo realizado em Mombaça-CE, foram constatados problemas de não conformidade na medição de temperatura e umidade na área de armazenamento e nas geladeiras de armazenamento de termolábeis de farmácias de UBS e CAF (22). Em estudo realizado nas UBS de Macaíba-RN não foram constatados equipamentos ou métodos de controle de umidade e temperatura ambiente, assim como registros e/ou relatórios sobre tais aferições (16), o que corrobora dados de estudos anteriores nos quais foram constatadas maiores dificuldades de manutenção da área física de farmácias. No município em estudo, constatou-se que não é realizado controle diário de temperatura e umidade da CAF. Medicamentos termolábeis são armazenados sob refrigeração, mas sem controle de temperatura, o que pode comprometer a qualidade do medicamento dispensado. No estudo em Petrolina-PE verificou-se que o procedimento de registro de temperatura de geladeira para produtos termolábeis foi constatado em apenas 13% das USF e não houve relato a respeito do controle de temperatura ambiente (19). Quanto à disposição dos medicamentos nas prateleiras, estão a uma distância mínima da parede, mas nem todos identificados e não existem fichas de controle de estoque. Os estrados são rentes ao chão, a certa altura que permita limpeza e organizados de forma a permitir circulação de pessoas e movimentação de estoque, porém não existem áreas especificas paras atividades operativas (recepção, dispensação/expedição) (6,23). Em outros municípios do Rio Grande do Norte, apenas em 31,8% das UBS de Macaíba-RN os medicamentos estavam armazenados em prateleiras e afastados de piso, teto e paredes (16). Já em estudo desenvolvido em Farmácia Central de Arês-RN há equipamentos e infraestrutura necessários à conservação dos produtos (24). Desde 2005 vem sendo executadas ações para desenvolvimento e fornecimento de software para auxiliar a gestão da assistência farmacêutica no Brasil, mediante estabelecimento de parcerias nas instâncias de gestão estaduais e municipais. Assim, em 2009, o Ministério da Saúde lançou o HÓRUS, uma tecnologia inovadora viabilizadora da gestão da assistência farmacêutica (25). O controle de estoque de medicamentos via HÓRUS garante maior rastreabilidade do ciclo da assistência farmacêutica, uma vez que um sistema informatizado é mais seguro que um sistema manual de registroe as informações sobre os medicamentos utilizados pela população (município, estado ou país) podem ser compartilhadas automaticamente, possibilitando continuidade da atenção integral à saúde. Assim, uso de sistema informatizado para registro de dispensações pode trazer impactos positivos para usuários, profissionais de saúde e gestores (26). Na CAF em estudo, apenas o estoque de medicamentos condicionados à Portaria nº 344/98 está registrado via HÓRUS, mas este não é alimentado no momento da dispensação, o que não permite rastreabilidade das últimas dispensações. A guarda de medicamentos sujeitos a controle especial deve ocorrer em local exclusivo para este fim, a chave ou outro dispositivo que ofereça segurança, sob responsabilidade de farmacêutico (1). Outrossim, a CAF não dispõe de quantidade suficiente de armários com chave para armazenar todo estoque, ficando caixas de medicamentos fora dos armários, portanto, não garantindo completa segurança de guarda. Currais Novos-RN dispõe de Relação Municipal de Medicamentos Essenciais (REMUME 2017), porém, não publicada, mas elaborada pelos farmacêuticos para uso interno da secretaria de saúde, ou seja, na prática, trata-se de uma lista pactuada. Atualmente, está em fase de atualização para ser publicada. Entretanto, nem todos medicamentos dispensados na CAF estão em conformidade com a mesma. Amostras grátis doadas por distribuidoras de medicamentos justifica, em parte, o fato. Estes medicamentos não são submetidos a controle de estoque e são distribuídos à população mediante apresentação de prescrição. O não controle de estoque, consequentemente, a perda de medicamentos por expiração do prazo de validade e a falta de rastreabilidade da movimentação destes pela rede coloca o sistema público de saúde em posição de fragilidade. Desta forma, a gestão pode ser alvo de críticas por parte de usuários e tornar-se vulnerável às medidas judiciais, com responsabilização civil e até criminal dos gestores públicos de saúde (27). No estudo realizado em Mombaça-CE constatou-se medicamentos/correlatos fora do prazo de validade. Estes se encontravam recolhidos em espaço a parte, porém, inapropriado. Tais perdas resultam em elevação de custos para o sistema. Entretanto, não houve exposição dos usuários aos mesmos, evitando risco de saúde para população (22). Em Currais Novos- RN, durante o período de coleta de dados, não foi encontrado medicamento fora do prazo de validade em prateleiras e/ou geladeira. No entanto, o local destinado a estes produtos, assim como para avariados, não é identificado, o que pode gerar erros no processo de dispensação. O destino destes medicamentos é a incineração. A CAF possui plano de gerenciamento de resíduos e, periodicamente, a empresa responsável realiza a coleta. A CAF também é considerada estabelecimento de saúde e, como tal, se exerce como atividade principal ou subsidiária comércio, venda, fornecimento, dispensação, distribuição de medicamentos deverá dispor, obrigatoriamente, de farmacêutico diretor técnico/responsável técnico durante todo horário de funcionamento (28). Constatou-se, durante o estudo, que 2 farmacêuticos se revezam durante o funcionamento da CAF. A dispensação de medicamentos da assistência farmacêutica básica é centralizada na CAF porque não existem farmacêuticos contratados para as UBS. Neste contexto, grande demanda de dispensação é gerada, o que sobrecarrega os 2 farmacêuticos, que também são responsáveis por outras etapas do ciclo da assistência farmacêutica do município como programação e aquisição de medicamentos e contam com apenas 2 auxiliares de farmácia. Outrossim, esta centralização dificulta o acesso ao medicamento por usuários que moram distante da CAF. Esses fatores contribuem para não racionalização do uso de medicamentos pela população, em especial, os usuários do SUS. 4 CONCLUSÃO A partir do estudo realizado, foi possível evidenciar que o sistema de armazenamento da CAF do município de Currais Novos-RN, única responsável por dispensação e armazenamento de medicamentos em nível de atenção primária para a população de todos os bairros, necessita ser otimizado em diversos pontos, para que haja um fortalecimento do ciclo da assistência farmacêutica. Mudanças no tocante de sua estrutura física, que garantam a estabilidade físico-química dos produtos, são cruciais. Além disso, faz-se necessário melhor organização do processo de trabalho e o cumprimento das boas práticas que regem todo o processo de armazenamento. O farmacêutico apresenta-se como profissional fundamental para liderar esse processo que objetiva desencadear as mudanças necessárias para a CAF. À medida que as recomendações discutidas no texto começarem a serem praticadas, como necessidade de padronizar procedimentos operacionais de forma documentada e executadas pela equipe, otimizando o tempo do farmacêutico com atribuições burocráticas, haverá grande favorecimento para realização de dispensação mais segura e eficaz para o paciente que necessita fazer uso de algum medicamento fornecido pela rede pública para melhoria de sua saúde. REFERÊNCIAS 1 BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº 344, de 12 de maio de 1998. Aprova regulamento Técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. Diário Oficial da União, nº 93, 19 de maio de 1998. Seção 1. p. 34-49. 2 BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução nº 388, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União, nº 96, 20 de maio de 2004. Seção 1. p. 52. 3 Segundo OG. 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Quebra de paradigmas: transformação do antigo almoxarifado da SES de Mato Grosso do Sul em uma moderna logística de medicamentos. Experiências exitosas de farmacêuticos no SUS. 2014; 2(2):67-74. 28 BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução nº 577, de 26 de julho de 2013. Dispõe sobre a direção técnica ou responsabilidade técnica de empresas ou estabelecimentos que dispensam, comercializam, fornecem e distribuem produtos farmacêuticos, cosméticos e produtos para a saúde. Diário Oficial da União, 19 de agosto de 2013. APÊNDICE A - NORMAS DA REVISTA INFARMA-CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS Instruções para Autores Os manuscritos deverão ser submetidos no formato eletrônico da revista. Cada manuscrito (em arquivo único) deve ser acompanhado de carta de submissão, cujo texto deverá ser inserido no espaço "Comentários para o Editor", ou como documento suplementar. Nos comentários para o editor os autores devem sugerir o nome de 3 avaliadores, acompanhado do email para contato de cada um. Contudo, Infarma – Ciências Farmacêuticas reserva o direito de utilizar os avaliadores sugeridos, ou não. Os metadados devem ser completamente preenchidos, inclusive com o endereço completo da instituição de cada autor. Preparação de artigo original: Os manuscritos devem ser digitados no editor de texto MS Word versão 6.0 ou superior (ou Editor equivalente), em uma coluna, usando fonte Times New Roman 12, no formato A4 (210x297mm), mantendo margens laterais de 3 cm e espaço duplo em todo o texto. Todas as páginas devem ser numeradas O manuscrito deve ser organizado de acordo com a seguinte ordem: Título, resumo, palavras-chave, introdução, material e métodos, resultados, discussão, agradecimentos, referências, figuras, le gendas de figuras e tabelas. a) Os autores do documento devem se assegurar que excluíram do texto os nomes dos autores e sua afiliação. b) Em documentos do Microsoft Office, a identificação do autor deve ser removida das propriedades do documento (no menu Arquivo > Propriedades), iniciando em Arquivo, no menu principal, e clicando na sequência: Aqruivo > Salvar como... > Ferramentas (ou Opções no Mac) > Opções de segurança... > Remover informações pessoais do arquivo ao salvar > OK > Salvar c) Título do artigo: deve ser conciso, informativo e completo, evitando palavras supérfluas. Os autores devem apresentar versão para o inglês, quando o idioma do texto for português ou espanhol e para o português, quando redigido em inglês ou espanhol. Resumo e Abstract: Os artigos deverão vir acompanhados do resumo em português e do abstract em inglês. Devem apresentar os objetivos do estudo, abordagens metodológicas, resultados e as conclusões e conter no máximo 250 palavras. Palavras-chave e Keywords: Deve ser apresentada uma lista de 3 a 6 termos, separados por ponto-e-vírgula, indexados em português e inglês, utilizando Tesauro Medline, ou descritores da área da Saúde DeCS Bireme <http://decs.bvs.br>. Introdução: Deve determinar o propósito do estudo e oferecer uma breve revisão da literatura, justificando a realização do estudo e destacando os avanços alcançados através da pesquisa. Material e Métodos: Todos os materiais e métodos utilizados devem ser descritos.Para a metodologia mais conhecida ou farmacopeica, a descrição deve ser concisa e incluir a referência adequada. Material biológico: Deve conter, quando apropriado, as informações taxonômicas: família, sinonímia científica e autor. Uma breve descrição da espécie, se necessária, o material estudado, procedência, dados ecológicos e nome da pessoa que fez a identificação. Para material vegetal, devem ser fornecidos dados do exemplar (exsicata) e do herbário ou coleção onde está depositado. Caso seja cultivado, os dados agronómicos devem ser fornecidos. Quandoo material biológico (inclusive mel e própolis) for adquirido no mercado, deve ser providenciada a comprovação de identidade adequada e quando procedente, o perfil químico. Devem ser fornecidos os dados do produto (procedência, lote, etc) e, quando possível, o certificado de análise. Para extratos brutos deve ser apresentado um perfil cromatográfico ou ser padronizado por um marcador ou um perfil farmacognóstico. Ensaios com células Devem ser providenciados os dados de linhagens celulares utilizadas, as condições de cultivo e incubação, bem como as características dos meios de cultura utilizados. Animais: Devem ser informados: raça, idade, peso, origem, aprovação pelo comitê de ética, etc. Reagentes: Os reagentes devem ser identificados. O nome genérico deve estar em minúsculas (por exemplo, anfotericina, digoxina). Os fármacos novos ou não comumente utilizados devem ser identificados por seu nome químico (IUPAC). As doses utilizadas devem ser citadas em unidades de massa por quilograma (ex. mg/kg) e as concentrações em molaridade. Para misturas complexas (por exemplo, extratos brutos), devem ser utilizados mg/mL, µg/mL, ng/mL, etc. As vías de administração devem ser citadas por extenso pela primeira vez, com a abreviação em parênteses. Para citações subsequentes devem ser utilizadas as abreviações: intra-arterial (i.a.), intracerebroventricular (i.c.v.), intragástrica (i.g.), intramuscular (i.m.), intraperitoneal (i.p.), intravenosa (i.v.), per os (p.o.), subcutânea (s.c.) ou transdérmica (t.d.). Caracterização de um composto: Devem ser seguidos os exemplos abaixo: MP: 101-103 ºC. [α]D:+35,4(c 1.00, CHCl3). Rf : 0,4 (CHCl3-MeOH, 5:1). IR (KBr): 3254, 3110, 1710, 1680, 1535, 1460, 970 cm-1. UV/Vis λmax (MeOH) nm (log ε): 234 (3,80), 280 (4,52), 324 (3,45). 1H RMN (400 MHz, CDCl3): 1,90 (3H, s, Me), 2,79 (3H, s, COMe), 7,20 (1H, d, J =8,1 Hz, H-7) 13C RMN (100 MHz DMSO-d6): 8,9 (CH3), 30,3 (CH2), 51,9 (CH), 169,6 (C). MS (EI, 70 eV): m/z (%) = 290,2 [M + H+] (100), 265,9 (90). HRMS-FAB: m/z [M + H+] calc para C21H38N4O8S: 475,529; encontrado: 475,256. Anal. Calc para C32H50BrP: C, 70,44; H, 9,24. Encontrado C, 70,32; H = 9,43. RMN de 1H: para sinais bem resolvidos, fornecer as constantes de acoplamento. Depois de cada deslocamento químico (d), indicar, entre parênteses o número de hidrogênios, a multiplicidade, as constantes de acoplamento. RMN de 13C: Os dados devem apresentar precisão de 0,01 ppm. Dados cristalográficos: Se uma representação de estrutura cristalina for incluida (por exemplo, ORTEP), deve ser acompanhada pelos seguintes dados: fórmula, dados do cristal, método de coleta dos dados, métodos de refinamento da estrutura, taamanho e ángulos das ligações. Estatística: O detalhamento do tratamento estatístico é importante, bem como o programa utilizado. As variações dos dados devem ser expressas em termos de erro padrão e média de desvio padrão. O número de experimentos e réplicas devem ser informados. Se for utilizado mais de um tratamento estatístico isso deve ser claramente especificado. Resultados: Devem ser apresentados seguindo uma sequência lógica, sendo mencionados somente os dados mais relevantes e a estatística. As tabelas e figuras devem ser identificadas com números arábicos. As figuras devem ser preparadas levando em conta uma largura máxima de 8,2 cm, nos formatos JPEG, JPG, TIFF ou BMP. As tabelas devem ser preparadas como texto, não como imagem, com linhas horizontias e espaçamento 1,5 cm. Uma legenda auto explicativa deve ser incluída tanto para tabelas quanto para figuras. Para desenhar estruturas químicas, recomendamos os softwares abaixo: MarvinSketch (para Windows e outros sistemas): http://www.chemaxon.com/product/msketch.html Biovia: http://accelrys.com/products/collaborative-science/biovia-draw/ EasyChem for MacOS: http://sourceforge.net/project/showfiles.php?group_id=90102 Os Resultados e Discussão podem ser reunidos (RESULTADOS E DISCUSSÃO) Discussão: Deve explorar o máximo possível os resultados obtidos, relacionando-os com os dados já registrados na literatura. Somente as citações indispensáveis devem ser incluídas. Conclusão: Deve conter preferencialmente no máximo 150 palavras mostrando como os resultados encontrados contribuem para o conhecimento. Agradecimentos: Devem ser mencionadas as fontes de financiamento e/ou indivíduos que contribuíram substancialmente para o estudo. http://www.chemaxon.com/product/msketch.html http://sourceforge.net/project/showfiles.php?group_id=90102 Referências bibliográficas: Devem ser citadas apenas aquelas essenciais ao conteúdo do artigo. Devem ser alocadas em ordem de citação, de acordo com o estilo Vancouver (numérico, entre parênteses), que pode ser conferido em https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/nbk7256/ Nas publicações com até dez autores, citam-se todos; acima desse número, cita-se o primeiro seguido da expressão et alii (abreviada et al.). O D.O.I., quando disponível, deve ser inserido. Os títulos de revistas devem ser abreviados de acordo com o estilo usado no Index Medicus. Consultar a lista de periódicos indexados no Index Medicus publicada no seguinte endereço eletrônico:http://www.nlm.nih.gov/tsd/serials/lsiou.html. • Artigos de periódicos: Docherty JR. Subtypes of functional a1 and a2 adrenoceptors. Eur J Pharmacol . 1998;361(1):1-15. doi:10.3409/fb61_1-2.79 Martins MBG, Martins AR, Cavalheiro AJ, Telascrêa M. Caracterização biométrica e química da folha de Mentha pulegium x spicata(Lamiaceae). Rev Ciênc Farm. 2004;25(1):17-23. Araujo N, Kohn A, Katz N. Activity of the artemether in experimental Schistosomiasis mansoni. Mem Inst Oswaldo Cruz 1991;86(Suppl 2):185-188. Yue WJ, You JQ, Mei JY. Effects of artemether on Schistosoma japonicum adult worms andova. Acta Pharmacol Sin. 1984;5(2 Pt 1):60-63. • Artigo sem volume e número: Combes A. Etude d’excipents utilisés dans l’ industrie pharmaceutique. STP Pharma 1989:766-790. • Artigo sem autor: Coffee drinking and cancer of the pancreas [editorial]. Br Med J Clin Res. 1981;283(6292):628. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK7256/ Bhutta ZA, Darmstadt GL, Hasan BS, Haws RA. Community-based interventions for improving perinatal and neonatal health outcomes in developing countries: a review of the evidence. Pediatrics. 2005;115(2 Suppl):519-617. DOI:10.1542/peds.2004-1441. • Instituição como autor: DPPRG. Diabetes Prevention Program Research Group. Hypertension, insulin, and proinsulin inparticipants with impaired glucose tolerance. Hypertension 2002;40(5):679-686. • Instituição como autor e editor: BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de controle das doenças sexualmente transmissíveis. 3ª ed.Brasília (DF); 1999. NICARAGUA. Ministerio de Salud de Nicaragua. Política nacional de salud 1997- 2002:descentralización y autonomia. Managua: Ministerio de Salud; 2002.p.42-9. • Trabalho apresentado em congresso (deverão ser incluídos somente se o artigo não estiver disponível): Alencar LCE, Seidl EMF. Levantamento bibliográfico de estudos sobre doadoras de leite humano produzidos no Brasil. In: 2. Congresso Internacional de Bancos de Leite Humano. 2005. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. Harley NH.Comparing radon daughter dosimetric and risk models. In: Gammage RB, Kay SV,editors. Indoor air and human Health. Proceedings of the Seventh Life Sciences Symposium.1984 Oct 29-31; Knosxville, TN. Chelsea, MI: Lewis, 1985:69-78. • Livros: Goodman LS. The pharmacological basis of therapeutics. 2nd. ed. New York: Macmillan. 1955. Brunton LL, Lazo JS, Parker KL, editors. Goodman & Gilman’s the pharmacological basis of therapeutics. 11th. ed. Chicago: McGraw-Hill. 2006. • Capítulos de livros: Laurenti R. A medida das doenças. In: Forattini OP. Ecologia, epidemiologia e sociedade. SãoPaulo: Artes Médicas. 1992. p.369-98. Fisberg RM, Marchioni D, Slater B. Avaliação da dieta em grupos populacionais [on-line]. In:Usos e aplicações das Dietary Reference Intakes – DRIs ILSI/SBAN; 2001. Disponível em: http://www.sban.com.br/educ/pesq/LIVRO-DRI-ILSI.pdf. • Editores, Compiladores: Dienner HC, Wilkinson M, editors. Drug induced headache. New York: Spring-Verlag. 1988. • Livro em CD-ROM: Martindale: the complete drug reference [CD-ROM]. Englewood, CO: Micromedex. 1999. Basedon: Parfitt K, editor. Martindale: the complete drug reference. London: Pharmaceutical Press;1999. International Healthcare Series. • Dissertação e Tese (somente deverão ser incluídas se o artigo não estiver disponível): Moraes EP. Envelhecimento no meio rural: condições de vida, saúde e apoio dos idosos mais velhos de Encruzilhada do Sul, RS. [Tese]. Ribeirão Preto: Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo. 2007. Chorilli M. Desenvolvimento e caracterização de lipossomas contendo cafeína veiculados em géis hidrofílicos: estudos de estabilidade e liberação in vitro [Dissertação]. Araraquara:Faculdade de Ciências Farmacêuticas,UNESP. 2004. • Documentos legais, Leis publicadas: BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC nº 27, de 30 de março de 2007.Dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados - SNGPC estabelece a implantação do módulo para drogarias e farmácias e dá outras providências. Diário Oficial da União, nº 63, 2 de abril de2007. Seção 1. p. 62-4. SP. São Paulo (Estado). Decreto no 42.822, de 20 de janeiro de 1998. Lex: coletânea de legislação e jurisprudência, São Paulo, 1998; 62(3): 217-220. PMSP. Prefeitura Municipal de São Paulo. Lei Municipal no. 12.623, de 6 de maio de 1998. Proíbe a comercialização de água mineral com teor de flúor acima de 0,8 mg/l no município e dá outras providências. Diário Oficial do Município. 13 maio 1998. Projetos de lei: Medical Records Confidentiality Act of 1995, S. 1360, 104th Cong., 1st Sect. (1995).Código de regulamentações federais Informed Consent, 42 C.F.R. Sect. 441.257 (1995). Patente: Harred JF, Knight AR, McIntyre JS, inventors. Dow Chemical Company, assignee. Expoxidation process. US patent 3,654,317. 1972 Apr 4. • Software: Hintze JL. NCSS: statistical system for Windows. Version 2001. Kaysville, UT: Number Cruncher Statistical Systems; 2002. Epi Info [computer program]. Version 6. Atlanta, GA: Centers for Disease Control and Prevention; 1994. EPI Info: a data base and statistics program for public health professionals Version 3.2.2. Atlanta, GA: Centers for Disease Control and Prevention (CDC); 2005. [cited2006 May 30]. Available from: http://www.cdc.gov/epiinfo/biblio.htm• website Health on the net foundation. Health on the net foundation code of conduct (HONcode) for medical and health web sites. [cited 1998 June 30]. Available from:http://www.hon.ch/Conduct.html.Hoffman DL. St John’s Wort. 1995; [4 screens]. [cited 1998 July 16]. Available from:http://www.healthy.net/library/books/hoffman/materiamedica/stjohns.htm. Preparação de Artigo de Revisão e notas técnicas: Essas contribuições seguem estilo livre segundo os criterios dos autores, exceto quanto à formatação das referências e citações. O artigo de revisão deve conter uma revisão crítica de assunto atual e relevante com base em artigos publicados e em resultados do autor. Deve apresentar resumo na língua em que estiver redigido e um Abstract quando redigido em português ou espanhol. A nota técnica deve conter a aplicação de uma técnica a uma análise específica ou conter análise objetiva sobre uma política pública ou programa de governo, propondo alternativas para a superação de eventuais gargalos, problemas técnicos, etc. INFORMAÇÕES ADICIONAIS. Infarma - Ciências Farmacêuticas segue as recomendações do Committee on Publication Ethics (COPE). As Diretrizes do COPE estimulam e incentivam a conduta ética de editores e autores, incentivando a identificação ativa de plágio, mal prática editorial e na pesquisa, fraudes, possíveis violações de ética, dentre outros. Infarma - Ciências Farmacêuticas recomenda que Autores e Editores acessem o site http://publicationethics.org, onde podem ser encontradas informações úteis sobre ética em pesquisa e em publicações. Citações bibliográficas no texto: Devem ser numeradas na ordem de citação utilizando o formato (número). Ilustrações Figuras: Fotografias, gráficos, mapas ou ilustrações devem ser apresentadas embebidas no texto ou em folhas separadas, no final do manuscrito, numeradas consecutivamente em algarismos arábicos seguindo a ordem em que aparecem no texto (Os locais aproximados das figuras deverão ser indicados no texto). As legendas correspondentes deverão ser claras, concisas e auto-explicativas. Para figuras e fotografias deverão ser encaminhadas cópias digitalizadas em formato jpg ou tif, com resolução mínima de 300 dpi. Deverão estar em arquivos separados e não inseridas no texto. Tabelas: Podem ser colocadas no final do manuscrito ou embebidas no texto. Devem http://publicationethics.org/ complementar e não duplicar as informações do texto. Devem ser auto-explicativas. Elas devem ser numeradas em algarismos arábicos. Um título breve e autoexplicativo deve constar no alto de cada tabela. Ética: Os pesquisadores que utilizarem em seus trabalhos experimentos com seres humanos, material biológico humano ou animais, devem observar as normas vigentes editadas pelos órgãos oficiais. Os trabalhos que envolvem experimentos que necessitam de avaliação do Comitê de Ética deverão ser acompanhados de cópia do parecer favorável. Os manuscritos que não estiverem redigidos de acordo com as Instruções aos autores não serão analisados. Sugere-se que autores submetam os manuscritos, previamente à submissão, a programas de detecção de plágio Critérios de autoria: A autoria confere crédito e tem importantes implicações acadêmicas, sociais e financeiras. A autoria também implica responsabilidade pelo trabalho publicado. As seguintes recomendações destinam-se a garantir que os contribuintes que fizeram contribuições intelectuais substanciais para um documento recebem crédito como autores, mas também os contribuintes creditados à medida que os autores entendem seu papel em assumir a responsabilidade e ser justificável no manuscrito a ser publicado. O autor correspondente é aquele que assume a responsabilidade principal pela comunicação com a revista durante a submissão, processo de revisão pelos pares e processo de publicação. É o autor que garante que todos os requisitos administrativosdo jornal, como o fornecimento de detalhes de autoria, registro de documentação e aprovação do comitê de ética, e recolhimento de formulários e declarações de conflito de interesse, sejam devidamente preenchidos.