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10 DICAS PRÁTICAS PARA PERDER O MEDO DA CÂMERA E FAZER VÍDEOS INCRÍVEIS Um passo a passo para você destravar e gravar seus vídeos sem sofrer! apresente-se.com.br Aline Malafaia Aline Malafaia Criadora do treinamento “Apresente-se” APRESENTAÇÃO Esse é um manual direto e sem blá-blá-blá! Aqui você vai encontrar um passo a passo objetivo para começar a gravar seus vídeos quando acabar de ler, mas tem uma condição: você precisa fazer! Não adianta ler e pensar “amanhã eu faço”, “um dia eu faço”. Dominar a câmera não é só teoria, é prática e teste. Então, meu caro leitor, esse livro terá sido apenas algumas madrugadas minhas perdidas* se você não pegar o seu celular e começar a gravar! Combinado?! *Ps: E eu adoro dormir! apresente-se.com.br apresentadora.alinemalafaia.com.brapresentadora.alinemalafaia.com.br OBJETIVO Meu objetivo aqui é que você leia esse e-book! Pra começar! Eu sei, você não tem tempo, eu também não. Agora imagina se eu tiver investido madrugadas pesquisando, escrevendo, revisando e você simplesmente baixar para “ler algum dia”, dia esse que nunca chega?! Já aconteceu comigo, tenho certeza de que já aconteceu com você também. Então escrevi um e-book conciso e direto ao ponto pra nós dois colocarmos nossos objetivos em prática! O meu, que você leia e grave seus vídeos com ferramentas, técnica e segurança. E o seu, ter conteúdos interessantes para publicar, que engajem a sua audiência, se conectem com as pessoas e te ajudem a divulgar seu produto ou seu trabalho! Acho que é isso, né?! apresente-se.com.br IN T R O D U Ç Ã O De uma hora pra outra, todo mundo precisou “colocar a cara no vídeo”. Bom, nem tão de uma hora pra outra assim, né?! Quem está antenado com a transformação digital já enten- deu que seria assim faz tempo. Quem ainda não colocou o rostinho no vídeo, está atrasado! Mas só sair gravando, impro- visar e achar que “qualquer um faz” não adianta muito. Ok, po- demos combinar que fazer já adianta muito sim! Mas cada vez mais, é preciso fazer bem. Sob risco de você arriscar a autoridade profissional que já conquistou no off line quando se lança no online. E sob risco também de não conseguir atin- gir a audiência (ou clientes) que você precisa. Temos um ponto pacífico: a comunicação é uma habilidade fundamental para profissionais de todas as áreas de atuação. Não é mais só pra quem cursou comunicação na faculdade, ou é artista, locutor... Hoje, não importa se você é médico, vendedor, empresário, professor, esteticista, advogado, gestor de mídias sociais, empreendedor, artesão, corretor, pesquisador, estilista, costureira, cirurgião, personal trainner, cabelereiro... Em resumo: profissionais de todas as áreas que consigo pensar precisam ter presença digital. É só você imaginar o seguinte: quando alguém te indica um dermatologista, qual é a primeira coisa que você faz? Aposto que é entrar no Instagram e pesquisar o nome do profissional em busca de conteúdos que te inspirem confiança. Acertei?! Não? apresente-se.com.br Então você pesquisa no Linkedin! No Facebook, no Clubhouse, no Google, até no TikTok, mas não quer só ver um site, quer encontrar algum lugar onde o próprio profissio- nal fale por si, e de preferência, com comentários de alguém que já foi atendido por ele. Não tem jeito: a forma mais eficiente de gerar autoridade é com a presença do próprio profissional em suas redes, es- pecialmente, em vídeo: o meio que mais engaja, que mais cha- ma atenção e que mais “vende”. Sim, somos todos vendedores, se não de produtos, dos nossos serviços, da nossa expertise ou das nossas ideias! E todos preci- samos encontrar a nossa versão “apresentador de TV”. Mas e se o Instagram acabar?! Se mudar a rede social do momento?! Bom, e eu sei lá qual é a próxima rede que vai bombar, mas vai ter áu- dio e vídeo lá. É uma realidade! Aceitar e en- contrar uma forma de lidar com isso vai te fazer ganhar tempo, vai por mim. E essa é a hora de NÃO entrar em pânico! Relaxa, que eu estou aqui pra te ajudar! Afinal, estar no vídeo é basica- mente o que eu faço da vida des- de os 16 anos! E foi exatamente assim que nasceu esse trabalho: com o tempo que tenho de te- levisão ao vivo, virei referência entre os meus amigos, e sempre que alguém tinha uma apresen- tação ou precisava gravar víde- os, meu telefone tocava. Resol- vi levar esse conhecimento que construí ao longo de toda a mi- nha carreira para os amigos e amigos dos amigos. E toda pes- soa que precisar vencer o medo da câmera e dominar essa ferra- menta do presente e do futuro! apresente-se.com.br E não pegar sol, a marquinha atrapalha, envelhece.... Pele! Ah, a pele tinha que estar impe- cável! Mas eu sou a prova viva de que Murphy não descansa, e sempre tinha aquela espinha que aparecia justo-no-dia-do- -teste-mais-importante-da-mi- nha-vida-até-então. Cansou de ler, né?! Na época eu tinha cansado de “modelar”. Comecei com 16 anos. Aos 22, perto do fim da faculdade de co- municação, eu já estava exauri- da e querendo uma transição de carreira (?!). Mas o vídeo é uma coisa assim, você escapa por um lado, ele te pega por outro: me formei em 2009 já contrata- da pela Rede TV, trabalhando no vídeo em horário nobre no TV Fama, um dos programas de maior audiência da casa. E minha bagagem de modelo me ajudava muito na hora de me entender com o vídeo. apresente-se.com.br QUEM É A AUTORA? Ariana, Nascida em Vaz Lobo. Mãe do Enzo, um border-lata que usa bandana. Nunca pensou em ser apresen- tadora. E chega desse negócio de terceira pessoa! Não tenho ghostwriter, em tradução livre, “escritor fantasma”, alguém que escreve por você. Sou eu mes- míssima escrevendo, e lá vai: o que eu queria quando fui fazer jornalismo era ser repórter de impresso, cobrir cidade e ficar o resto do tempo com a cara no computador, bem longe dos olhares de quem quer que fos- se. Fiz faculdade de jornalismo porque sempre amei escrever, mas principalmente porque es- tava exausta de trabalhar com imagem. Eu só queria escrever e não queria mais ter que me pre- ocupar com peso. O meu, mes- mo. Aquele na balança. Acha muito? A lista está só começan- do: tem as unhas, as mãos, a cor das unhas, o cabelo... A cor, o corte, estar bem tratado, apesar dos secadores, chapinhas e mo- deladores. Não tinha aula, manual, essa coisa mastigadinha que você baixou de presente aqui não, por mais que eu tivesse in- vestido em todos os cursos que podia. Eu tive que aprender fa- zendo mesmo. E errando, e acer- tando. Testando. Assistindo. De “modelo com fala” em al- gumas publicidades, eu era jor- nalista-intrépida-repórter que entrevistava famosos, inclusi- ve os estrangeiros, e entrava ao vivo quando tinha uma bomba. Entendi que provavelmente eu tinha uma facilidade para me comunicar com a câmera. Falar bem, saber o que falar, como fa- lar e a melhor forma de pergun- tar para não levar um fora se tornou minha obsessão diária. Acho que a minha mãe me deu muita água da chuva, porque eu não falava quando era criança. Eu era tímida ao extremo, cho- rava quando era pressionada a falar. Ah, se ela soubesse no que ia dar! Um dia eu estava cobrin- do uma estreia de teatro no Sesc de Copacabana (eram as pautas que eu mais gostava no Fama, porque sempre que dava, eu assistia as peças!) encontrei o Marcus Montenegro, um em- presário de atores com quem eu sempre esbarrava nas pautas. E pra quem alguns meses an- tes eu tinha pedido ajuda para buscar outra colocação. Ele não trabalhava com jornalis- tas, mas ia ficar de olho. E ficou. No pátio do Sesc, entre um cor- re atrás de famoso e outro, ele perguntou: “Você tem faria um teste pro Shoptime? Me pedi- ram indicação”. Disse que sim. Eu não tinha muita ideia do que era o Shoptime, de ver- dade. Nunca tivemos TV por assinatura em casa e naquela altura, ainda que tivesse: eu trabalhava de diae de noite. De madrugada cobrindo as pautas, de dia escrevendo os vts e pesquisando novas pautas para o dia. Eu não tinha tempo para nada. apresente-se.com.br Nos intervalos, eu tinha cri- ses existenciais porque me sentia péssima com algumas perguntas e sabia mais da vida dos artistas do que da vida dos meus amigos. Hoje seria mais fácil, porque uma pós em pro- dução de audiovisual depois, eu entendo tudo como produto e potencial comercial. Na época, eu não entendia assim. Eu tinha sido modelo do primeiro site como maquiador solo do EJ e “como cachê”, ele me deu a aula. Super bem-vindo pra quem tinha que se produzir sozinha pro vídeo! Por inspiração divina eu comentei que teria o teste, mas não sabia como era. “Ah, espera que eu vou te mostrar, é fácil! É só você fazer assim: olha essa mesa, que vai ficar perfeita na sua sala...” Ele fez uma demonstração im- pagável pra mim, me vendendo a mesa que tinha na frente. Bo- quiaberta, assisti. Ele era fã do canal e assistia de madrugada atrás de promoções para montar o apê dele. Pois, eu dei um google de madrugada voltando pra casa, vi meia dúzia de vídeos no Youtube, mas nada era tão bom quanto ele. Liguei as antenas na dica do EJ, reproduzi pra vender um grill e um jogo de cama, e por acidente ou destino, passei no teste e me tornei oficialmente uma apresen- tadora de televisão! Importante dizer que quem passou no teste do Shoptime foi o Eduardo Jônatha. Na vés- pera do teste, eu tive uma aula de automaquiagem com ele. Oásis de relacionamento artís- tico na televisão. Era gostoso de fazer! Quando tinha mais de um em cena, a gente trocava tão bem, que um completava a in- formação do outro de forma tão natural, que parecia que tínha- mos ensaiado dias! Por isso, pra quem assistia, sempre dava a ideia de que éramos uma família em casa. Muitas vezes, a família da pessoa que estava assistindo. Recebi esse feedback do público pelo Facebook muitas vezes e entendi que o meu trabalho era muito mais comunicação, pre- sença e encantamento do que a “vaidade” de estar no vídeo. Em quase 5 anos que fiquei por lá, exercitei e desenvolvi técnicas para falar por pelo menos 25 minutos sobre um jogo de cama 7-peças-dupla face-100%-algo- dão-que-vai-ficar-lindo-na-su- a-casa, sem deixar a fila de es- pera no call center cair! Segurar a audiência é uma coisa, segu- rar a pessoa na fila de espera pra comprar um jogo de cama... É outra! apresente-se.com.br Foi assim que depois de três anos no meu primeiro em- prego na TV, meia dúzia de bo- las-fora (na verdade, mais, mas quem liga para esses números nessa altura?!), jogo de cintu- ra de dançarina de Hula, um pouco de fofoca e algumas en- trevistas incríveis, fui para um canal de home shopping com demonstrações, bate-papo e venda! Nota: eu nunca tinha pensado em ser vendedora. E de novo vem a experiência: hoje entendo que somos vendedores o tempo inteiro. A minha che- gada ao Shoptime foi mais ou menos assim: passei uns dois ou três dias assistindo no estú- dio, ainda muito insegura do que eu estava fazendo. Quando entrei no ar, foi “se vira que o filho é seu”. Aprendi a improvi- sar ao vivo e a cores, usar ponto eletrônico, vender areia no de- serto e tive os melhores amigos de trabalho que alguém poderia imaginar. Lá, os apresentadores iam aprendendo um com o ou- tro e parecia (ERA, descobri no meu trabalho seguinte!) um Um dia eu acordei e parecia que eu estava sendo pro- curada pela Interpol. Isso foi em 2014. A produtora do Rio de Prêmios estava procurando mais uma apresentadora pra equipe, me viu no ar e basica- mente me mostrou que ainda que eu quisesse, eu não poderia me esconder. Todos os lugares onde alguém podia entrar em contato comigo tinham mensa- gens de amigos dizendo que “a Isabela da Proview” queria falar comigo. Antes de eu responder, o telefone tocou. Fui para o encontro incrédula, depois de “dar um Google” na produtora, claro! A conversa foi ótima e eu mudei de trabalho. Dali em diante, eu passei a dizer de coração “eu acredito na sorte”, e acredito mesmo. Mando material todos os dias, faço networking, produzo coisas que me divulguem pro mercado... E ela me viu no ar, ao vivo. Eu tive uma chance de mostrar o meu trabalho, e nem sabia que a pessoa assistindo podia ter uma proposta! Aprendi que o nosso melhor cartão de visitas é mesmo o nosso trabalho: toda e qualquer oportunidade de fazer um bom trabalho é a oportunida- de que pode mudar a sua vida. apresente-se.com.br é sobre atender bem o seu obje- tivo em estar no vídeo! Pra você mesmo e isso é incrível! Penso que não tem nada mais poten- te do que a comunicação em vídeo, mesmo em comparação com os outros meios, mesmo os de imagem. Não à toa, du- rante a pandemia, o recurso de trabalho mais utilizado foi o de chamadas por vídeo. E o de en- tretenimento também: as lives de artistas, quando você pode- ria simplesmente colocar a mú- sica deles pra tocar. E sabe por quê? O vídeo é o mais próximo da experiência de um encontro real que conseguimos repro- duzir. De “presença”, de afeti- vidade, de conexão. E por isso mesmo, eu sou completamente apaixonada por televisão e au- diovisual. Duvida?! É só pensar que todas as gerações, nos últi- mos 50 anos responderam “boa noite” para o apresentador do Jornal Nacional. Quem nunca? Mas explico: acredito que sorte é uma soma de tra- balho, aprimoramento cons- tante e preparo: estar pronto quando a Isabela cruzar com você no ar! Passei 7 anos na apresentação desse produto, sorteei muita gente, entreguei prêmios que mudaram a vida de pessoas e ajudei a contar muitas histórias emocionantes! Tenho um carinho imenso por todos os meus trabalhos. In- clusive, o de modelo! A relação de quem trabalha com imagem precisa ser uma relação amadu- recida, e isso eu aprendi com os anos. A comunicação é para o outro, e não pra gente. Não sou eu a parte mais importante na relação, é o espectador. Além disso, a estrela não sou eu! Eu estou no vídeo, mas estou à dis- posição de um produto ou em- presa. Você que está lendo, pro- vavelmente fará isso por você mesmo, então não é sobre estar bonito ou feio: apresente-se.com.br Importante dizer que ao lon- go de toda a minha carrei- ra eu nunca parei de estudar, e acho isso decisivo em qualquer área. Sempre reinvestia meu dinheiro em cursos: formação em voz profissional, interpreta- ção para vídeo, texto jornalísti- co, produção de pauta, produ- ção de moda, inglês, espanhol, tô sofrendo com o francês, fiz pós em produção executiva de audiovisual, curso de marke- ting digital, roteiro de drama- turgia, produção de conteúdo. Tudo o que puder expan- dir e fazer sentido para a minha área de atuação. Estudar é o maior e melhor in- vestimento. E isso é fundamen- tal para quem está no vídeo, seja em TV ou nas suas redes sociais próprias: atualização, especial- mente na sua área de expertise! Nessa Era da informação e pro- dução de conteúdo constantes, nossa formação profissional nunca estará completa. apresente-se.com.br Tudo muda o tempo todo. E é preciso conexão com a re- alidade: com seu tempo, com as pautas em discussão e timing. Ainda não chegamos no nos- so passo a passo, mas já segura essa dica aí, que é importante: atualização permanente. Prefi- ro que dizer tenho uma relação de amor profundo com meu ofício, em minha defesa, cito Mozart: “Para fazer uma obra de arte não basta ter talento, não bas- ta ter força, é preciso tam- bém viver um grande amor. Wolfgang Amadeus Mozart” Ao longo dos últimos, traba- lho também no mercado cor- porativo. Como apresentadora de eventos, premiações, lan- çamentos de produtos, lives! Retomei meu trabalho como modelo. Venho conquistado es- paço como locutora comercial. Mas isso vai dar mais um texto imenso, vamos deixar pra outra oportunidade. E a propósito: se você leu até aqui, quer dizer que eu consegui construir uma narrativa envolvente, hipnoti- zante!E essa é mais uma dica que te adianto: a gente precisa reconquistar a atenção do pú- blico o tempo todo. Você pode parar de ler a qualquer mo- mento. E eu não quero isso, como você não vai querer que seu espectador pare de assis- tir seu vídeo no meio. Seu de- safio?! Ser interessante, o tem- po todo! Sabe como?! Imagina um primeiro encontro? Assim! Você quer manter a atenção da pessoa e conquistá-la, certo?! E você faz isso com seu char- me e sua personalidade de for- ma inconsciente, provavelmen- te... Agora chegou o momento de virar essa chave aí: tornar essa conquista consciente e – nem tão friamente – calculada! “Charme é conseguir a resposta sim sem ter feito nenhuma per- gunta clara.” | Alvert Camus apresente-se.com.br Uma última nota sobre mi- nha trajetória profissional: dou aulas para as turmas de lo- cução e apresentação na Escola de Rádio desde 2015. Em 2019 comecei a trabalhar com men- torias exclusivas para profissio- nais que não são de comunica- ção sobreviverem à necessidade de aparecer nos vídeos! Agora Pega o caderno, o gravador, o bloco de no- tas, o ditado por voz, o que for melhor pra você! É hora de maratonar as dicas e memo- rizar pra colocar em prática! Te contei minha história de um modo que te conquistou e te fez chegar até aqui. Agora é a sua vez de fazer isso com a sua his- tória, mas em vídeo! É um pou- quinho diferente do texto, mas não é difícil. Outra dica adian- tada: quando muda o suporte de comunicação, muda também a forma de dispor o seu conteúdo. MÉTODO DA MALAFAIA PARA GRAVAR VÍDEOS INCRÍVEIS EM 10 PASSOS Palavras-chave desse manual: Foco | Consciência | Tranquilidade | Confiança DICA INFALÍVEL: A CÂMERA NÃO MORDE! As pessoas olham para a lente e enxergam um monstrinho pronto pra atacá-las, mas não é não! A câmera pode até gostar de você, sa- bia?! Se você não gostar do resultado de uma gravação, tudo bem! Você pode refazer! Mas sem chicote! Aqui vale o clichê: não se cobre tanto! Dito isto, vamos caminhar! É só seguir esse passo a passo e eu garanto que gravar seus vídeos vai ser menos sofrido! Pode ficar até divertido, sabia?! 1 Não crie um personagem: seja você mesmo! É isso: apenas seja você mesmo. Pra mim, o aspecto mais lindo da comunicação por vídeo é que a lente revela a verdade. Não dá pra mentir pro vídeo. Qualquer coisa falsa gera um incômodo instantâneo. Quem está assistindo simplesmente não compra. Re- cusa antes mesmo de entender o motivo. Seja você. Seja você no seu melhor dia. Aquela versão de você mesmo de quando você está preenchido de coisas boas, de quando acordou bem, de quando está com pessoas que você gosta e te fazem sentir bem. A face mais cativante da sua personalidade! 2 Ao invés de roteiro, faça uma lista ponto a ponto Faça uma lista ponto a ponto do que precisa estar no vídeo. Por exemplo, se é um vídeo de apresentação, a sua lista pode- ria ter: seu nome, formação, os cargos mais importantes que você já ocupou, as empresas mais relevantes onde trabalhou e os seus objetivos profissionais, por exemplo. Você só vai precisar memori- zar esses pontos, e poderá improvisar a forma de contar sua histó- ria. Depois, quando você for assistir para conferir, você vai poder usar essa listinha como um checklist e ver se falou todas as coisas que precisava! Eu acho que funciona melhor do que escrever o tex- to completo e tentar decorar tudo. apresente-se.com.br 3 Atenção ao português Leia muito. É a melhor forma de aprender qualquer idioma! Essa é aquela diquinha de avó e não tem outro jeito! Leia coi- sas que você gosta, isso ajuda a manter o seu interesse e fica mais fácil concluir a leitura. Se você precisa melhorar o seu português, outra dica é fazer um cursinho mesmo! Tem opções online e gra- tuitas, inclusive! E por último, você pode pedir a alguém da sua confiança para te avisar quando você cometer algum deslize no dia a dia. Isso vai te ajudar a ter consciência de quais construções costuma errar. 4 Escolha um lugar silencioso O som faz muita diferença! Se você não tiver um lugar silen- cioso para gravar, se programe para fazer à noite ou de ma- nhã bem cedinho, de madrugada mesmo. Eu sei que é cansativo, mas além de menos ruídos externos, como os barulhos de rua, você pode se concentrar melhor, ter menos interferências da roti- na da casa, dos vizinhos, solicitações do trabalho, gente te procu- rando por telefone ou WhatsApp... Ainda por cima, vai ser mais produtivo. 5 Esqueça os outros: vídeo é pra uma pessoa só No teatro, numa palestra, numa apresentação no traba- lho, a gente fala com várias pessoas ao mesmo tempo. No vídeo, a gente fala para uma! Olhe para a câmera e se expresse como se estivesse conversando com alguém de verdade! Aqui vale um treinamento: se estiver inseguro, treine contando uma his- tória para a câmera. De preferência, uma história que você gos- te. Mas faça isso imaginando que está falando com alguém por quem você tenha muito carinho e que não vai ser cruel com você. Sempre que eu tenho uma gravação difícil, eu olho pra câ- mera imaginando que é a minha avó que está me assistindo! apresente-se.com.br 6 Mantenha o olhar e o sorriso Sorria e olhe pra câmera: é um mantra! É comum a gente des- viar o olhar quando está nervoso ou quando esquece alguma coisa que ia dizer. Num plano fechadinho, tipo um close (aquele enquadramento bem pertinho do rosto) um desvio de olhar fica gi- gaaaante. Outro ponto importante: eu prefiro sempre a câmera na altura dos olhos: isso dá a sensação de que você está olhando dire- tamente para a pessoa que está te assistindo. A maneira de encon- trar? Testando. Isso muda de acordo com o equipamento, se é um celular, a câmera do computador ou uma câmera mesmo. E no caso do celular, muda também de acordo com a posição do aparelho. 7 Confie na sua expertise Ninguém sabe melhor o seu conteúdo do que você! Afinal, você investiu tempo e dinheiro nessa construção de baga- gem, experiência e repertório! Confie no seu preparo! Para vídeos profissionais, eu gosto muito de apresentação pessoal com nome, sobrenome e “seu crédito”, ou seja, o que você faz. Como na capa desse livro “Aline Malafaia, criadora do treinamento Apresente-se”. Mas seja objetivo e destaque a sua formação ou realização mais importante! Os minutos iniciais do vídeo são decisivos para a pes- soa continuar te assistindo. Você também pode usar caracteres de crédito pra isso, mas eu gosto muito da apresentação pessoal pelo próprio profissional – e agora – apresentador. apresente-se.com.br 9 Respira. Sério. Quando ficamos nervosos, é muito comum a gente falar cor- rendo, respirar errado ou quase se afogar sem ar! Antes de começar a gravar ou fazer uma apresentação ao vivo, eu costumo fazer uma dessas séries de respiração da yoga. Respirar contando até 4, segurar contando mais 4 tempos, e soltar em mais 4. É ina- creditável o efeito imediato que esse tipo de respiração pode ter. Me acalma! Respirar antes de gravar pode ser decisivo para uma boa apresentação em vídeo! 10 Refaça até ficar bom. Quando identificar alguma coisa que não funciona ou não gosta, quando errar... Não se desespere! Não se cri- tique! Não ache que você não serve pra isso. Olha que coisa boa: agora que você já sabe que não gosta ou que não funciona, é só re- fazer. Ninguém começa pedalando sem rodinhas, concorda?! São etapas progressivas, e você só progride porque sabe qual é o ponto onde quer – e pode – chegar! 8 Atenção ao que você quer comunicar Tudo o que aparece no vídeo está dando uma informação. A “leitura da imagem” acontece de forma inerente e imediata, assim que nosso olho “bate” em alguma coisa. Então escolha com critério a roupa que você vai usar, a maquiagem, o cenário, os ob- jetos de decoração: a pergunta válida é: faz sentido com o conteú- do que quero comunicar? Com a história que quero contar? Com a imagem profissional que eu quero vender? Isso vai te ajudar a estabelecer os parâmetros na hora de escolher.Até porque, tudo o que está no vídeo também compete pela atenção do espectador, e aí você precisa pensar se vale a pena vestir uma roupa ou usar um brinco que chamem atenção demais, por exemplo. O mesmo vale para o cenário. A decisão é sua. Eu prefiro fazer o possível para concentrar a atenção do espectador em mim e no que eu estou fa- lando. O SEGREDO PRA DESINIBIR! Muita gente me procura para saber como faz pra ficar “desi- nibido” ou “desinibida”. O se- gredo é que não tem segredo. É uma concessão que você se faz em favor do seu trabalho. Você não precisa ser a desini- bição em pessoa na sua vida, não precisa mudar a forma como se relaciona com pesso- as e situações. A única coisa que você precisa para “perder a vergonha do vídeo” e se fa- zer essa concessão: você está ali trabalhando, fazendo algo importante para você e o seu trabalho. Agora, mais do que nunca se você está lendo até aqui, com recursos e critérios. E confiança: confie no seu pre- paro, na sua história, na car- reira que você construiu até aqui, na sua bagagem, exper- tise, e, fundamentalmente, no objetivo que você tem quando se propõe a gravar vídeos. ACONTECE COM TODO MUNDO... Eu também tenho dias de bad, em que não quero olhar pra câ- mera, passar um corretivo e não sei de onde vai vir energia. Isso quando vou produzir conteúdo pra mim, porque quando é para algum veículo ou cliente, estou sempre entusiasmada com a opor- tunidade de trabalhar com o que eu amo! Eu já acordo feliz com o job! Acho um privilégio poder trabalhar com o que escolhi! Mas quando é pra mim mesma, se eu estiver num dia ruim, também passo aperto! Então eu sei como é! De verdade?! Se você não for um apresentador profissional como eu, sugiro que você se reprograme para gravar num dia em que você esteja se sentindo melhor. Acho que a energia boa e gostosa da gente dá um “molho”, um “quê a mais” pra comunicação no vídeo, para a sua fotografia e para o brilho no olhar! E por mais técnica e experiência, o resultado não é o mesmo. Alerta vermelho: se isso começar a ficar recorrente, talvez não seja uma bad. Pode ser que você precise mesmo de ajuda. Como eu comentei, o vídeo revela muito da nossa intimidade e do nos- so estado emocional, e até das nossas questões. Ou pode ser que você tenha transformado a bad numa boa desculpa, hein?! CONCLUSÃO: Muito obrigada por ter lido! Agora vai lá e faz! apresente-se.com.br Contatos: Se tiver mais alguma dúvida, quiser me contar o que achou ou acompanhar mais conteúdos, te espero nas minhas redes sociais! Instagram: @malafaialine Linkedin: Aline Malafaia Youtube: Aline Malafaia apresente-se.com.br mailto:https://www.instagram.com/malafaialine/%0A?subject= https://www.linkedin.com/in/aline-malafaia-b9077632/ https://www.youtube.com/user/alinemalafaia