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3 Células procariotas e eucariotas
Compare o esquema de uma bactéria com o de uma célula animal ou vegetal na figura 6.8.
É possível perceber que a bactéria é formada por uma célula bem mais simples que a animal e a vegetal. 
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Bactérias vistas ao microscópio eletrônico com aumento 
de 20 mil vezes (imagem colorizada por computador).
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Célula humana ao microscópio eletrônico com aumento de 
cerca de 10 mil vezes (imagem colorizada por computador).
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Células vegetais ao microscópio eletrônico com 
aumento de cerca de 4 500 vezes (imagem 
colorizada por computador).
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parede 
celular
cloroplastos
membrana 
plasmática
envelope nuclear
ribossomo
mitocôndria
retículo 
endoplasmático 
granuloso
retículo endoplasmático 
não granulosocentríolo
complexo 
golgiense
vacúolo digestivo
Célula animal (10 μm a 50 μm de diâmetro, em média)
lisossomos
núcleo
nucléolo
cromatina
microtúbulo
microfilamentos
Bactéria (0,5 μm a 2 μm de diâmetro, em média)
ribossomos
DNA
flagelo
parede 
celular
membrana 
plasmática
cápsula
Célula vegetal (10 μm a 100 μm de diâmetro, em média)
nucléolo
microfilamentos
complexo 
golgiense
membrana 
plasmática
retículo 
endoplasmático 
granuloso
retículo 
endoplasmático 
não granuloso
vacúolo de 
suco celular ribossomos
cromatina
núcleo
parede 
celular
mitocôndria
microtúbulos
cloroplasto
envelope
nuclear
Figura 6.8 Esquema geral e fotos de bactérias, células animais e célula vegetal (os elementos da ilustração não estão na mesma escala; 
cores fantasia).
Capítulo 672
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A célula da bactéria é uma célula procariota ou 
procariótica (do prefixo português pro- 5 anterior; 
e do grego karyon 5 núcleo; onthos 5 ser): o material 
genético (DNA) não está envolvido por uma mem-
brana e não há um núcleo individualizado e separa-
do do citoplasma; o DNA está mergulhado em uma 
espécie de gelatina, formada por água e várias subs-
tâncias dissolvidas. No citoplasma encontramos tam-
bém os ribossomos, organelas responsáveis pela 
síntese de proteínas.
Todo esse conjunto é envolvido pela membrana 
plasmática, formada por lipídios e proteínas. Envol-
vendo essa membrana, existe ainda um reforço 
externo, a parede celular, composta de cadeias de 
glicídios e aminoácidos.
Os seres vivos formados por células procarióticas 
são chamados procariontes. Eles são organismos 
unicelulares, medindo, em geral, entre 1 µm e 10 µm 
de tamanho, e são representados pelas bactérias. Na 
classificação moderna, consideramos bactérias tam-
bém as algas cianofíceas ou azuis, atualmente cha-
madas cianobactérias.
A célula eucariota ou eucariótica (do grego
eu 5 bem, verdadeiro; karyon 5 núcleo), medindo 
entre 10 µm e 100 µm de tamanho, é bem maior e 
mais complexa que a procariótica. Seu material 
genético é constituído por DNA associado a pro-
teínas – formando os cromossomos – e está en-
volvido por uma membrana, o envelope nuclear 
(também chamado carioteca). Forma-se, assim, um 
núcleo individualizado.
Os organismos uni ou pluricelulares formados 
por células eucarióticas são chamados eucariontes.
No citoplasma dos eucariontes existe, além dos 
ribossomos, uma série de organelas, envolvidas por 
uma membrana, que estão ausentes nos procarion-
tes: mitocôndrias, retículo endoplasmático, comple-
xo golgiense (antes chamado complexo de Golgi), 
cloroplastos, lisossomos, etc., que serão estudados 
nos próximos capítulos.
A evolução da estrutura 
da célula
A célula eucariótica deve ter surgido da proca-
riótica por dois processos:
• invaginações da membrana formaram canais e 
vesículas e originaram várias estruturas, como o 
envelope nuclear, o retículo endoplasmático, o 
complexo golgiense e outras, que serão estudadas 
adiante; 
• bactérias invadiram as células primitivas e pas-
saram a viver em seu interior, formando outras 
organelas, como a mitocôndria e o cloroplasto 
(figura 6.9).
Surgiu, assim, uma célula dividida em com-
partimentos. Cada um deles passou a desempe-
nhar uma função definida. Essa divisão de traba-
lho permitiu que cada função fosse realizada com 
eficiência, propiciando o aparecimento de células 
maiores e também de seres vivos maiores, pluri-
celulares, que consomem mais alimento e energia 
e dependem de sistemas mais eficientes para 
essas funções.
DNA
ribossomo
a membrana 
se invagina, 
originando 
o envelope 
nuclear e as 
organelas
Procarionte 
fotossintético
mitocôndria
mitocôndria
núcleo
núcleo
Procarionte anaeróbio
Procarionte aeróbio
Eucarionte heterotrófico
Eucarionte 
autotrófico
cloroplastos
Figura 6.9 Esquema simplificado da hipótese sobre a origem da 
célula eucariótica. Esse processo deve ter ocorrido entre 1,6 bilhão e 
2,1 bilhões de anos atrás (as células são microscópicas; cores fantasia).
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Uma visão geral da célula 73
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4 O caso dos vírus
Você certamente já teve alguma doença causada 
por vírus (do latim virus 5 veneno). Algumas viroses 
comuns são gripe, sarampo, herpes, hepatite, res-
friado, dengue, catapora, caxumba, rubéola e febre 
amarela, entre outras. 
Entender os vírus que causam doenças é uma 
das razões pelas quais seu estudo é fundamental. Os 
vírus prejudicam pessoas, plantas e animais e devem 
ser estudados também por profissionais interessa-
dos em combater doenças em criações e plantações, 
por exemplo. 
Além disso, os vírus são interessantes porque são 
diferentes de todos os outros organismos, sejam 
procariontes, sejam eucariontes. Sua organização é 
muito simples: cápsulas de proteína (às vezes há ou-
tras substâncias, como lipídios e glicídios) com ma-
terial genético (DNA ou RNA) em seu interior.
Os vírus são capazes de se reproduzir somente 
quando estão no interior de uma célula (figura 6.10). 
Os novos vírus formados são semelhantes ao origi-
nal, caracterizando, portanto, propriedades de repro-
dução e hereditariedade. Como também são capazes 
de sofrer mutações no ácido nucleico, eles podem 
evoluir.
Dessa forma, quando estão no interior de cé-
lulas vivas, os vírus apresentam certas proprieda-
des de seres vivos. Fora delas, no entanto, não 
possuem essas propriedades e permanecem iner-
tes. Por isso dizemos que eles são parasitas intra-
celulares obrigatórios.
Talvez os vírus tenham se originado de frag-
mentos de ácidos nucleicos que escaparam de 
algumas células e penetraram em outras. Eles não 
pertencem a nenhum dos cinco reinos ou dos três 
domínios e, para muitos cientistas, não são con-
siderados seres vivos. 
De acordo com esses cientistas, os vírus seriam 
apenas agentes patogênicos, ou seja, causadores 
de doenças. Segundo essa visão, os vírus não se-
riam vivos porque não apresentam metabolismo 
próprio, dependendo do metabolismo de células 
de outros seres. 
Outros cientistas consideram que a capacidade 
de replicação, a hereditariedade e a evolução já são 
suficientes para considerar os vírus seres vivos. Ou 
seja, para conseguir definir se os vírus são seres 
vivos ou não, é necessário compreender o que é a 
vida. Embora pareça simples observar no ambiente 
onde há e onde não há vida, os vírus parecem ser 
uma forma limítrofe difícil de se encaixarem defi-
nições simples. Por isso essa discussão ultrapassa 
o campo da Biologia e intriga estudiosos de diversas 
áreas, como a Filosofia.
Estudaremos os vírus com mais detalhes no se-
gundo volume desta coleção.
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1. Por que a descoberta da célula só foi possível no século XVII?
2. Ao desenhar a estrutura de uma célula, um estudante representou, ao lado do desenho, uma escala indicando 
a ampliação da célula: ele traçou um segmento de reta com 2 centímetros de comprimento e, abaixo dele, 
escreveu “2 µm”. Quantas vezes a célula foi ampliada no desenho do estudante? (Dica: converta centímetros 
em micrômetros.)
3. Costuma-se dizer que Leeuwenhoek “descobriu um novo mundo”. O que essa afirmação significa?
Atividades
Figura 6.10 Linfócito T, em verde, infectado por vírus HIV, 
em vermelho (microscópio eletrônico; aumento de 11 mil vezes; 
imagem colorizada por computador).
ATENÇÃO!
Não escreva 
no seu livro!
Capítulo 674
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