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2 Contra•‹o muscular
Observando as miofibrilas dos músculos estria-
dos ao microscópio eletrônico, nota-se que elas são 
constituídas, principalmente, por dois tipos de pro-
teína: a miosina, mais espessa, e a actina, mais fina.
Nos músculos estriados esqueléticos, essas pro-
teínas organizam-se em filamentos (figura 17.5), que 
se alinham formando regiões claras – bandas I, nas 
quais predomina a actina – alternadas com regiões 
escuras – bandas A, compostas da superposição de 
miosina e actina. No centro da banda A há uma faixa 
um pouco mais clara – zona ou banda H –, constituída 
apenas por miosina. No centro da banda I há uma 
linha escura – linha Z –, formada por outro tipo de 
proteína, a alfa-actinina. O espaço entre duas linhas 
Z é chamado miômero (ou sarcômero pela antiga 
terminologia).
A contração é causada pelo deslizamento dos 
filamentos finos em relação aos espessos, que 
ocorre quando a molécula de miosina forma liga-
ções químicas com a de actina. Como resultado, a 
zona H desaparece e a distância entre duas linhas 
Z diminui.
A letra “A” para “banda A” (a região escura do 
miômero) vem da inicial de “anisotrópica”, que indi-
ca que essa região possui propriedades diferentes 
(do grego anisos = desigual; tropos = mudança) em 
razão da presença de filamentos grossos (miosina) e 
finos (actina). Já a letra “I” para “banda I” vem de 
“isotrópica” (do grego isos = igual), que possui apenas 
filamentos finos de actina.
A expressão “linha Z” vem da palavra alemã 
zwischen, que quer dizer ‘no meio’ (está no centro 
da banda I). A expressão “banda H” vem da palavra 
alemã heller, que significa ‘claro’ (é uma região mais 
clara no centro da banda A).
Nos músculos lisos, os filamentos de actina e 
miosina formam uma rede dentro da célula, em vez 
de estarem alinhados. Por isso, não se veem estrias 
nesses músculos, e a força e a velocidade de contra-
ção apresentam-se mais fracas e lentas que nos 
músculos estriados. No entanto, o mecanismo é 
semelhante em todos os músculos e envolve o des-
lizamento dos filamentos de actina.
Figura 17.5 Ilustração da miofibrila e da contração muscular (os elementos não estão na mesma escala; as células são microscópicas; cores 
fantasia). Na foto, miômeros de músculo estriado esquelético, com linhas Z (faixas mais escuras) no centro de uma região mais clara (banda I). 
As regiões mais escuras correspondem à banda A e nelas há uma região mais clara no centro, a zona H. O miômero corresponde ao espaço 
entre as duas linhas Z (microscópio eletrônico; cerca de 25 mil vezes de aumento; imagem colorizada por computador).
Miofibrilalinha Zzona H
miômero banda A banda I
músculo
feixe de células 
musculares
miômero 
relaxado
actina
miômero 
contraído
miosina
célula 
muscular
tecido conjuntivo 
propriamente dito
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células musculares
Tecido muscular 243
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Exercícios de musculação, por exemplo, exigem 
grande esforço muscular para mover pesos. Esse tipo 
de exercício aumenta o número de miofibrilas em 
cada célula muscular sem aumentar o de células. 
Com isso, o diâmetro e a força da fibra aumentam.
No músculo esquelético, o local onde as termi-
nações das células nervosas (neurônios) entram em 
contato com as fibras musculares é chamado placa 
motora ou junção mioneural (figura 17.6). As subs-
tâncias químicas liberadas pelas terminações nervo-
sas provocam uma alteração nas cargas elétricas na 
membrana (sarcolema), semelhante ao impulso que 
ocorre nos neurônios (que serão estudados no pró-
ximo capítulo). O impulso provoca a liberação de 
íons cálcio armazenados no interior do retículo en-
doplasmático. Esses íons promovem a união entre 
as moléculas de miosina e actina. Em seguida, à cus-
ta da energia de moléculas de ATP, a miosina puxa a 
actina, fazendo-a deslizar. Ainda com a energia do 
ATP, a miosina solta-se e volta a se ligar em outro 
ponto da molécula de actina, puxando-a outra vez. 
Desse modo, os filamentos movem-se entre si, como 
os dentes de duas engrenagens.
Cessado o impulso nervoso, o cálcio é bombea-
do por transporte ativo, armazenando-se nova-
mente no retículo. As ligações entre a miosina e a 
actina deixam de existir e o músculo relaxa. 
Figura 17.6 Ilustração da junção entre as terminações nervosas 
de um neurônio e as fibras musculares (os elementos não estão 
na mesma escala; as células são microscópicas; cores fantasia).
sentido do 
impulso nervoso
placas 
motoras
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axônio
corpo celular
dendritos
Neurônio
núcleo
fibra muscular
Biologia e saúde
O perigo do uso de anabolizantes
Os esteroides anabolizantes são hormônios 
sintéticos semelhantes à testosterona, um hor-
mônio masculino. Eles são indicados por médi-
cos em doses controladas para tratar certos 
problemas, como a deficiência de hormônios 
masculinos na adolescência e no tratamento de 
pacientes com Aids, para ajudar a recuperar o 
peso. O nome anabolizante indica justamente 
que essas substâncias estimulam o anabolismo 
(a produção de substâncias no organismo) e au-
mentam a síntese de proteínas no músculo.
No entanto, esses compostos também são 
consumidos sem acompanhamento médico, tan-
to por adolescentes como por adultos que os 
desejam para melhorar o desempenho nos es-
portes, aumentar a massa muscular e reduzir a 
quantidade de gordura do corpo. Adolescentes 
são mais vulneráveis ao uso dessas substâncias 
porque muitas vezes estão inseguros quanto a 
própria aparência física.
Em altas doses, os esteroides anabolizantes 
podem aumentar a irritabilidade e agressivida-
de; e produzir sintomas de euforia, alteração de 
humor, distração, confusão, entre outros.
Além disso, o uso desses compostos sem 
controle médico pode interromper o crescimen-
to do adolescente, provocar esterilidade no ho-
mem, câncer de fígado e danos aos rins ou ao 
sistema circulatório (aumento de pressão arte-
rial e até ataque cardíaco). Na mulher, pode ain-
da diminuir o tamanho dos seios, desequilibrar 
o ciclo menstrual e desenvolver características 
masculinas, como pelos na face.
Outro perigo está na forma como os este-
roides são administrados. O uso das injeções 
aumenta o risco de infecções por vírus, como o 
HIV, se as agulhas forem compartilhadas. 
Fontes de pesquisa: <www2.unifesp.br/dpsicobio/cebrid/quest_drogas/
esteroides_anabolizantes.htm>; 
 <www.endocrino.org.br/anabolizantes-esteroides-e-os-jovens/>. 
Acesso em: 12 fev. 2016.
Fique de olho!
A comercialização de anabolizantes e outras 
drogas é ilegal. A indicação e prescrição de 
medicamentos só podem ser feitas por médicos.
Capítulo 17244
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1. Você aprendeu que há três tipos de tecido muscu-
lar no corpo: o estriado esquelético, o não estriado 
e o estriado cardíaco. Sabendo disso, identifique 
que tipo de tecido muscular realiza cada atividade 
abaixo. Indique também qual deles tem contração 
voluntária, isto é, qual deles pode ter sua contra-
ção controlada conscientemente:
a) regular a entrada de ar nos brônquios;
b) promover o batimento cardíaco;
c) controlar o fluxo do sangue pelas artérias;
d) esticar o braço;
e) impulsionar o alimento ao longo do intestino 
delgado;
f) chutar uma bola.
2. A célula ou fibra muscular obedece ao princípio do 
tudo ou nada: ou se contrai totalmente, ao máximo, 
ou não se contrai. Como você explica a diferença 
entre uma contração forte do bíceps, como quando 
estamos com um peso na mão, e uma contração 
mais fraca (sem peso)?
3. Os músculos esqueléticos costumam ter bastante 
irrigação sanguínea. Por que esse fato é importan-
te para o trabalho do músculo?
4. A poliomielite é uma doença provocada por um 
vírus que ataca o sistema nervoso. Por que ela po-
deprovocar paralisia?
5. Qual a relação entre o grande número de mitocôn-
drias nas células do músculo cardíaco e a rapidez 
com que são provocados danos nesse órgão quan-
do há interrupção no fluxo de sangue, como em um 
ataque cardíaco?
6. A prática regular de exercícios aeróbicos, feita sob 
orientação especializada, ajuda a desenvolver um 
músculo de contração involuntária. Qual é esse 
músculo? Explique.
7. (UFG-GO) Leia o texto e observe a figura a seguir.
Brasil na copa da África
A seleção brasileira de futebol é a única a participar 
de todas as copas mundiais. Sua estreia na copa da 
África do Sul será no dia 15 de junho contra a Coreia 
do Sul. Como um dos esportes-símbolos nacionais, 
o futebol promove um elevado desgaste físico aos 
seus atletas, pois é uma modalidade esportiva in-
termitente e de longa duração, exigindo movimen-
tos com elevadas ações de contração muscular du-
rante a partida, como esquematizado na figura.
miômero estirado
miômero contraído
Actina
Miosina
Considerando o exposto, explique como ocorre, no 
atleta, o movimento de contração da unidade repre-
sentada na figura durante uma partida de futebol.
8. (UFPR) Um feixe de células musculares estriadas, 
mantido em cultura com todas as condições ideais, 
foi submetido a várias séries de contrações e rela-
xamentos (exercício) por vários dias consecutivos, 
seguido de um período de repouso (sem exercício) 
de alguns dias também. Durante esses períodos se 
quantificou o número de mitocôndrias por célula, 
possibilitando a elaboração do gráfico abaixo. 
exercício repouso
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
Número de mitocôndrias por célula
Dias
1
Com base nesse gráfico e em conhecimentos sobre 
o assunto enfocado, as alternativas corretas são:
a) O número de mitocôndrias por célula aumenta 
durante o exercício porque a célula precisa de 
muito ATP, e é a mitocôndria que o produz.
b) Há um número mínimo necessário de mitocôn-
drias por célula para manter o metabolismo de-
la, mesmo quando em repouso.
c) Se fosse sempre mantida a mesma carga de 
exercícios, o número de mitocôndrias por célula 
aumentaria indefinidamente.
d) O número de mitocôndrias aumenta nas células 
porque elas são fagocitadas do meio de cultura.
e) Quando cessa o exercício, o excesso de mitocôn-
drias é removido pela digestão intracelular des-
sas organelas.
f) Se fosse também medido o consumo de oxigênio 
dessas células, o gráfico seria semelhante ao 
obtido para o número de mitocôndrias.
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Atividades
ATENÇÃO!
Não escreva 
no seu livro!
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Tecido muscular 245
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