Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

8. LEI Nº 7.210/84 - LEI DE EXECUÇÃO PENAL (LEP) 
 
ASPECTOS INTRODUTÓRIOS (ART. 1º AO 4º) 
- Execução da pena tem OBJETIVO de efetivar disposições da sentença ou decisão criminal e proporcionar condições para a harmônica 
integração social do condenado ou internado. 
 Regras aplicam-se igualmente aos presos provisórios, condenados e condenados pela justiça eleitoral e militar, quando recolhidos 
em estabelecimento prisional comum/ordinário. 
CLASSIFICAÇÃO (ART. 5º AO 9º) 
- Visando a INDIVIDUALIZAÇÃO DA PENA, haverá CLASSIFICAÇÃO dos condenados, feita pela comissão técnica de classificação, 
conforme ANTECEDENTES e PERSONALIDADE. 
Classificação do condenado à PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE Classificação do condenado à PENA RESTRITIVA DE DIREITOS 
Comissão técnica de classificação – composta por no mínimo: 
2 chefes de serviço + 1 psiquiatra + 1 psicólogo + 1 assistente social 
Comissão atuará junto ao juízo da execução e será integrada por 
fiscais do Serviço Social. 
 
EXAME CRIMINOLÓGICO PARA A CLASSIFICAÇÃO 
Condenado à pena privativa de liberdade em regime fechado SERÁ 
SUBMETIDO (obrigatoriamente) ao exame criminológico 
Condenado à pena privativa de liberdade em regime semi-aberto 
PODERÁ SER SUBMETIDO (opcional) ao exame criminológico. 
 Segundo a jurisprudência do STJ, cometimento de falta grave na execução penal justifica a EXIGÊNCIA de exame criminológico 
para progressão de regime. 
 
IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL GENÉTICO 
 Quando ingressar na unidade prisional, o condenado por crime doloso praticado com violência grave contra a pessoa, crime contra a 
vida, liberdade sexual ou crime sexual contra vulnerável, SERÁ SUBMETIDO (obrigatoriamente) à IDENTIFICAÇÃO DO PERFIL 
GENÉTICO, pela extração de DNA por técnica adequada e indolor. 
 Se o condenado não foi submetido à identificação quando do ingresso na unidade prional, DEVERÁ ser submetido durante o 
cumprimento da pena. 
 Os dados genéticos devem ser armazenados em bancos de dados, com proteção do sigilo e titular da amostra tem direito de acesso 
aos seus dados. 
 A recusa à realização da identificação constitui falta grave. 
 
ASSISTÊNCIA AO PRESO E INTERNADO (ART. 10 AO 27) 
- Assistência ao preso é dever do Estado, para prevenir o crime e preparar indivíduos para o retorno familiar. 
 
 
MESSE JR 
 
Material; Educacional; Saúde; Social; Egresso - Jurídica; Religiosa 
 
MATERIAL  Fornecimento de alimentação, vestuário e instalações higiênicas, que atendam aos presos em suas necessidades. 
 Locais destinados à venda de produtos e objetos permitidos e não fornecidos pela Administração 
EDUCACIONAL  Compreenderá a instrução escolar e a formação profissional. 
 Ensino médio, regular ou supletivo, com formação geral ou profissional (a nível de formação e aperfeiçoamento) de 
nível médio será implantado nos presídios. 
 Ensino de 1º grau será obrigatório. 
 União, Estados, Municípios o Distrito Federal, incluirão em seus programas de educação à distância e de novas 
tecnologias de ensino, o atendimento aos presos. 
 A mulher terá ensino profissional adequado à sua condição. 
 Cada estabelecimento dotar-se-á de biblioteca, para todos os reclusos, com livros instrutivos, recreativos e didáticos. 
SAÚDE  Caráter preventivo e curativo, compreenderá atendimento médico, farmacêutico e odontológico no próprio 
estabelecimento OU prestada em outro local, mediante autorização da direção do estabelecimento se NÃO houver 
estrutura no local. 
 Acompanhamento médico à mulher, principalmente no pré-natal e no pós-parto, extensivo ao recém-nascido. 
 Direito de contratar médico de confiança pessoal (art. 43). 
SOCIAL  Finalidade amparar o preso e o internado e prepará-los para o retorno à liberdade. 
 Principais competências: relatar, dificuldades enfrentadas pelo assistido; acompanhar permissões de saídas e das 
saídas temporárias; promover recreação e orientação do assistido e do liberando para facilitar o retorno à liberdade; 
providenciar a obtenção de documentos, dos benefícios da Previdência Social e do seguro por acidente no trabalho; 
orientar e amparar, quando necessário, a família do preso, do internado e da vítima. 
 Colaborar com o egresso para a obtenção de trabalho. 
EGRESSO  Considera-se egresso: liberado definitivo, 1 ano desde a saída do estabelecimento + liberado condicional, durante o 
período de prova. 
 A assistência consiste: orientação para reintegrá-lo à vida em liberdade e se necessário, concessão de alojamento e 
alimentação, em local adequado, por 2 meses - prorrogável uma única vez SE comprovado, por declaração do 
assistente social, o empenho na obtenção de emprego. 
JURÍDICA  Destinada àqueles que NÃO têm recursos financeiros para contratar advogado, assistência será integral e gratuita, 
pela Defensoria Pública, dentro e fora das unidades penais. 
 Em TODOS os estabelecimentos haverá local apropriado ao atendimento pelo Defensor Público. 
 Fora dos estabelecimentos prisionais, os Núcleos Especializados da Defensoria Pública prestarão assistência jurídica 
integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros. 
RELIGIOSA  Permissão de participação em serviços religiosos organizados no estabelecimento em local apropriado aos cultos 
 Permissão para posse de livros de instrução religiosa, com liberdade de culto (estende-se à toda e qualquer religião) 
 Ninguém poderá ser obrigado a participar de atividade religiosa. 
 
DO TRABALHO (ART. 28 AO 37) 
- Considerado como dever social e condição de dignidade humana, terá finalidade educativa e produtiva. 
- Deverão ser consideradas: a habilitação, a condição pessoal, necessidades futuras do preso, e as oportunidades oferecidas pelo mercado. 
 Deverá ser limitado, na medida do possível, o artesanato sem expressão econômica, exceto nas regiões de turismo. 
 Maiores de 60 anos podem solicitar ocupação adequada à sua idade e os doentes ou deficientes físicos somente exercerão atividades 
apropriadas ao seu estado. 
 
JORNADA DE 
TRABALHO 
 
 Mínimo 6 e máximo 8 horas diárias, com descanso nos domingos e feriados. 
 Permitido horário especial aos presos designados para os serviços de conservação e manutenção do estabelecimento; 
 É direito do preso ter uma divisão proporcional do tempo para o trabalho, descanso e recreação. 
 
- Ao trabalho do preso NÃO se aplica a Consolidação das Leis do Trabalho. Será remunerado mediante prévia tabela, e não será inferior a 3/4 
do salário mínimo 
- A remuneração deve atender: 
 Indenização dos danos causados pelo crime, SE determinados judicialmente e NÃO reparados por outros meios; 
 Assistência à família e pequenas despesas pessoais; 
 Ressarcimento ao Estado das despesas com sua manutenção, em proporção fixada sem prejuízo das destinações anteriores. 
- Salvo lei em contrário o restante da remuneração será depositado em Caderneta de Poupança, que será entregue ao condenado quando 
posto em liberdade. 
- Tarefas de prestação de serviço à comunidade não serão remuneradas. 
 A prestação de serviço à comunidade é uma pena restritiva de direito (art. 43, inciso IV do CP), não é considerado trabalho, por isso, 
não há remuneração 
Condenado à pena privativa de liberdade Preso provisório Preso político 
- OBRIGADO ao trabalho conforme suas 
aptidões e capacidade 
- Permitido o trabalho externo 
- Trabalho é FACULTATIVO 
- Executado APENAS no interior do 
estabelecimento 
- Trabalho FACULTATIVO; 
 
 
 Trabalho obrigatório NÃO É trabalho forçado! 
 A Constituição Federal veda a imposição de pena de trabalho forçado (art. 5º, inciso XLVII, alínea “c”), contudo, por trabalho forçado 
entende-se o ato de usar de violência ou ameaça para forçar alguém a executar um trabalho, de outro modo, a LEP impõe uma 
obrigação jurídica de trabalho ao preso para que assim ele tenha benefícios jurídicos como por exemplo: remissão de pena e bom 
comportamentocarcerário para fins de progressão de regime. 
 O preso que não cumpre com a obrigação jurídica de trabalhar sofrerá consequências jurídicas, perdendo os benefícios obtidos 
através do trabalho, contudo, JAMAIS poderá ser violentado ou ameaçado para exercer uma atividade. 
 
 Se ainda tem dúvida, essa aula pode te ajudar  https://www.youtube.com/watch?v=cvaDX54Md_w 
TRABALHO EXTERNO 
- Ocorre fora do estabelecimento prisional, permitido para os presos em regime fechado SOMENTE em serviço ou obras públicas realizadas 
por órgãos da Administração Direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as cautelas contra a fuga e em favor da disciplina. 
 Limite MÁXIMO de presos é de 10% do total de empregados na obra. 
 O trabalho em empresa privada deve ser expressamente aceito pelo preso. 
- Requisitos para o trabalho externo: 
 Autorização da direção do estabelecimento; 
 Aptidão, disciplina e responsabilidade; 
 Cumprimento de no mínimo 1/6 da pena. 
- Haverá revogação da autorização de trabalho externo do preso que praticar crime, for punido por falta grave, ou tiver comportamento contrário 
aos requisitos estabelecidos neste artigo. 
 STF: É admitido o trabalho externo do preso condenado pela prática de crime hediondo, desde que cumpridos os requisitos da LEP. 
DOS DEVERES DOS PRESOS 
I - Disciplina e cumprimento fiel da sentença; 
 
VI – Submissão à sanção disciplinar imposta; 
 
II - Urbanidade e respeito no trato com os demais condenados; VII – Indenização à vítima ou seus sucessores; 
 
III – Obediência ao servidor e respeito todas as pessoas que se 
relacionar - descumprimento caracteriza falta grave 
VIII – Indenização ao Estado, se possível, das despesas com a sua 
manutenção, mediante desconto proporcional da remuneração do 
trabalho; 
IV – Oposição aos movimentos individuais ou coletivos de fuga ou 
de subversão à ordem ou disciplina; 
IX – Higiene pessoal e asseio da cela ou alojamento; 
 
V – Execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas 
 descumprimento caracteriza falta grave 
X – Conservação dos objetos de uso pessoal; 
 
DIREITOS (ART. 40 AO 43) 
É dever de todas as autoridades o respeito à integridade física e moral dos condenados e dos presos provisórios. 
- Os direitos previstos na LEP aplicam-se aos condenados definitivamente, presos provisórios e àqueles submetidos a medida de segurança. 
 
I - Alimentação suficiente e vestuário; IX - Proteção contra qualquer forma de sensacionalismo; 
II - Assistência material, à saúde, jurídica, educacional, social e 
religiosa; 
 Lembre-se do mnemônico: MESSE JR. 
X - Entrevista pessoal e reservada com o advogado; 
 Estende-se ao Defensor Público. 
III - Atribuição de trabalho e sua remuneração; 
 O trabalho é ao mesmo tempo, direito e obrigação do preso. 
XI - Representação e petição a qualquer autoridade, em defesa de 
direito; 
IV - Constituição de pecúlio XII - Audiência especial com o diretor do estabelecimento; 
V - Previdência Social 
 Apesar de ter direito à previdência, lembre-se de que o trabalho 
do preso NÃO está sujeito ao regime celetista e regras CLT. 
XIII - atestado de pena a cumprir, emitido anualmente, sob pena da 
responsabilidade da autoridade judiciária competente. 
 A emissão do atestado compete ao juiz da execução (art. 66, X). 
VI - Exercício das atividades profissionais, intelectuais, artísticas e 
desportivas anteriores, desde que compatíveis com a execução da 
pena; 
XIV - Proporcionalidade na distribuição do tempo para o trabalho, o 
descanso e a recreação; 
XV - Visita do cônjuge, da companheira, de parentes e amigos em 
dias determinados; 
XVI – contato com o mundo exterior por meio de correspondência 
escrita, da leitura e de outros meios de informação que NÃO 
comprometam a moral e os bons costumes. 
 Esses direitos podem ser restringidos ou suspensos por ATO 
MOTIVADO do diretor do estabelecimento, inclusive como 
sanção pela prática de falta disciplinar (art. 53, inciso III da 
LEP); 
 
VII - chamamento nominal; 
 
VIII - Igualdade de tratamento salvo quanto às exigências da 
individualização da pena; 
Em atenção ao direito de individualização da pena, 
excepcionalmente, pode haver tratamento diferenciado conforme as 
necessidades do preso. 
 
DA DISCIPLINA (ART. 44 AO 48) 
- As faltas disciplinares estão sujeitas ao princípio da legalidade, pois NÃO HÁ falta nem sanção disciplinar sem expressa e anterior previsão 
legal ou regulamentar. 
 No início da execução da pena ou da prisão, o preso dever ser cientificado das normas disciplinares 
O poder disciplinar consiste na possibilidade de aplicação de sanções (punições) ao condenado à pena privativa de liberdade ou restritiva 
de direitos e o preso provisório que cometam faltas disciplinares durante a execução da pena. 
 A LEP não menciona que os submetidos à medida de segurança (inimputáveis) estão sujeitos à disciplina, considerando que eles 
não têm o discernimento necessário para isso, mas, serão exigidas ordens mínimas para preservação da ordem. 
 
EXERCÍCIO DO PODER DISCIPLINAR 
Na pena privativa de liberdade Na pena restritiva de direitos 
Autoridade administrativa (diretor do estabelecimento prisional) Autoridade administrativa a que estiver sujeito o condenado. 
 
DO PROCEDIMENTO DISCIPLINAR (ARTS. 59 E 60) 
- Após a prática da falta disciplinar, DEVE ser instaurado o procedimento para apuração, assegurado o direito de defesa. 
 A instauração do procedimento administrativo é competência do diretor do estabelecimento prisional e é OBRIGATÓRIA; 
 A decisão sobre a prática da falta será SEMPRE MOTIVADA; 
 Súmula 533 do STJ: Para o reconhecimento da prática de falta disciplinar no âmbito da execução penal, é IMPRESCINDÍVEL a 
instauração de procedimento administrativo pelo diretor do estabelecimento prisional, assegurado o direito de defesa, a ser realizado por 
advogado constituído ou defensor público nomeado. 
 
- O diretor do estabelecimento pode decretar ISOLAMENTO PREVENTIVO do faltoso por ATÉ 10 dias (deve ser comunicado ao juiz). 
 APENAS o juiz da execução pode determinar a inclusão do preso em regime disciplinar diferenciado, no interesse da disciplina 
ou apuração do ato. 
 O tempo de isolamento ou inclusão preventiva no regime disciplinar diferenciado será computado no período de cumprimento da 
sanção disciplinar. 
DAS FALTAS DISCIPLINARES 
- A LEP classifica as faltas disciplinares em: leves, médias e graves. 
 Faltas leves e médias são especificadas e sancionadas pela legislação local. 
 A TENTATIVA é PUNIDA com a mesma SANÇÃO da FALTA disciplinar CONSUMADA. 
Faltas graves do condenado à pena privativa de liberdade e do 
preso provisório, no que couber 
Faltas graves o condenado à pena restritiva de direitos 
I - Incitar ou participar de movimento de subversão da ordem ou 
disciplina; 
II - Fugir; 
III - Possuir, indevidamente, instrumento capaz de ofender a 
integridade física de outrem; 
IV - Provocar acidente de trabalho; 
V - Descumprir, no regime aberto, as condições impostas; 
VI - Inobservar os deveres dos incisos II e V, do artigo 39 da LEP. 
 Configura falta grave o descumprimento dos deveres de: 
1) Obediência ao servidor e respeito a todas as pessoas; 
2) execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
VII – Possuir, utilizar ou fornecer aparelho telefônico, de rádio ou 
similar, que permita a comunicação com outros presos ou com o 
ambiente externo. 
VIII - recusar submeter-se ao procedimento de identificação do 
perfil genético. 
Aplicado aos condenados por crime doloso praticado com 
violência grave contra a pessoa, crime contra a vida, liberdade 
sexual ou crime sexual contra vulnerável (art. 9º-A da LEP). 
 
I - Descumprir, injustificadamente, a restrição imposta; 
 
II - Retardar, injustificadamente, o cumprimento da obrigação 
imposta; 
 
III - Inobservar os deveres dos incisos II e V, do artigo 39 daLEP. 
 Configura falta grave o descumprimento dos deveres de: 
1) Obediência ao servidor e respeito a todas as pessoas; 
2) execução do trabalho, das tarefas e das ordens recebidas; 
 
 
 
Súmula 441 do STJ – a falta grave NÃO INTERROMPE o prazo para obtenção de livramento condicional; 
Súmula 534 do STJ: a prática de falta grave INTERROMPE a contagem do prazo para a progressão de regime de cumprimento de pena, 
o qual se REINICIA a partir do cometimento dessa infração. 
 Essa regra também foi incluída na LEP (artigo 1121, §6º da LEP). 
Súmula 535 do STJ: A prática de falta grave NÃO INTERROMPE o prazo para fim de comutação de pena ou indulto; 
 
 
DAS SANÇÕES E DA APLICAÇÃO DAS SANÇÕES (ART. 53 A 58) 
- As sanções no âmbito da execução penal estão sujeitas aos princípios da legalidade e da anterioridade, assim, NÃO HÁ falta nem sanção 
disciplinar sem expressa e anterior previsão legal ou regulamentar. 
 O rol das sanções disciplinares é TAXATIVO, o que significa que apenas aquelas previstas no artigo 53 da LEP podem ser aplicadas 
em caso de falta disciplinar no curso da execução penal. 
 Para aplicar as sanções disciplinares a autoridade deverá considerar: a natureza, os motivos, as circunstâncias e as consequências 
do fato, bem como a pessoa do faltoso e seu tempo de prisão; 
SANÇÕES DISCIPLINARES 
INFRAÇÕES LEVES E MÉDIAS INFRAÇÕES GRAVES 
I - Advertência verbal; 
 
II - Repreensão; 
 
I - Suspensão ou restrição de direitos (artigo 41, parágrafo único); 
 
II - Isolamento na própria cela, ou em local adequado, nos 
estabelecimentos que possuam alojamento coletivo; 
 O isolamento SEMPRE será comunicado ao juiz. 
 As sanções de suspensão ou restrição de direitos e de 
isolamento são decretadas por ato motivado do diretor do 
estabelecimento e NÃO poderão exceder 30 dias, exceto a 
hipótese de regime disciplinar diferenciado 
 
III - Inclusão no regime disciplinar diferenciado (RDD) 
 Depende de requerimento circunstanciado do diretor ou 
outra autoridade administrativa e APENAS o juiz pode 
determinar a inclusão do faltoso em RDD, ouvidos o Ministério 
Público e a defesa do preso em no máximo 15 dias. 
 
 
São expressamente 
PROIBIDAS 
pela LEP 
 - Sanção que coloque em perigo a integridade física e moral do condenado; 
- O emprego de cela escura; 
- As sanções coletivas. 
DAS RECOMPENSAS 
- O legislador criou o sistema de recompensas durante a execução da pena com a intenção de estimular o bom comportamento dos presos por 
meio da concessão de benefícios quais sejam: o elogio e a concessão de regalias. 
 As recompensas devem SEMPRE estar de acordo com os princípios constitucionais da legalidade, imparcialidade, moralidade, 
publicidade e eficiência (art. 37 da CF); 
 As regalias privilegiam e têm em vista o bom comportamento, colaboração com a disciplina e a dedicação ao trabalho; 
 A legislação local e os regulamentos estabelecerão a natureza e a forma de concessão de regalias; 
 A concessão de regalias deve zelar pelos objetivos da Execução Penal, e NÃO PODE caracterizar privilégios inaceitáveis, 
devendo sempre respeitar a isonomia entre os presos. 
DO REGIME DISCIPLINAR DIFERENCIADO (ART. 52) 
- O RDD foi criado com o intuito de dar um tratamento diferenciado e mais rigoroso aos presos que apresentem alto risco, como por exemplo 
os integrantes de facções criminosas com atuação nos estabelecimentos prisionais. 
 É uma sanção disciplinar aplicável aos presos condenados ou provisórios, nacional ou estrangeiro, sem prejuízo da condenação penal; 
É cabível RDD em 3 situações: 
1º Pela prática de fato previsto como crime doloso, que constitui falta grave, E ocasione subversão da ordem ou disciplina internas; 
2º Quando o preso apresentar alto risco para a ordem OU a segurança do estabelecimento penal ou da sociedade; 
3º Se existirem fundadas suspeitas de envolvimento ou participação do preso provisório ou condenado, a qualquer título, em 
organizações criminosas, associação criminosa ou milícia privada, independentemente da prática de falta grave (art. 52, §2º da 
LEP) 
 Se houverem indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, associação criminosa ou milícia privada 
OU que a organização/associação/milícia tenha atuação criminosa em 2 ou mais Estados, o RDD será 
OBRIGATORIAMENTE cumprido em estabelecimento prisional federal. 
 Perceba que basta uma das situações, ou o preso exercer liderança ou participar de organização/associação/milícia 
que tenha atuação em 2 Estados ou mais. 
 Nesse caso, o RDD deve ter ALTA segurança interna e externa, principalmente para evitar contato do preso com 
membros de sua organização/associação/milícia privada, ou de grupos rivais 
 
 
REGRAS E RESTRIÇÕES DO RDD 
I - Duração máxima de até 2 anos, permitida a repetição do RDD 
por nova falta grave de mesma espécie; 
II - Recolhimento em cela individual; 
III - Visitas a cada 15 dias – duração de 2 horas - 2 pessoas por vez, 
(pessoa da família ou um terceiro autorizado judicialmente) 
realizadas em instalações equipadas para impedir o contato físico e 
a passagem de objetos. 
IV - Fiscalização do conteúdo da correspondência 
V - Direito de 2 horas diárias para banho de sol, em grupos de até 4 
presos e sem que haja contato com presos do mesmo grupo 
criminoso; 
VI - Entrevistas SEMPRE monitoradas, exceto com seu 
defensor, em instalações em instalações equipadas para impedir o 
contato físico e a passagem de objetos, salvo expressa autorização 
judicial em contrário; 
 Essa visita será gravada em sistema de áudio ou de áudio e 
vídeo; 
 SE houver autorização judicial, poderá também ser fiscalizada 
por agente penitenciário. 
 
VII - Participação em audiências judiciais 
PREFERENCIALMENTE por videoconferência, garantinda a 
participação do defensor no mesmo ambiente do preso. 
 
 É permitido que o RDD seja prorrogado sucessivas vezes por períodos de 1 ano se houverem indícios de: 
 Que o preso continua apresentando alto risco para a ordem e segurança do estabelecimento ou da sociedade; OU 
 Mantém vínculos com organização/associação/milícia privada, considerados o perfil criminal, sua função no grupo criminoso, a 
operação duradoura do grupo, a existência de novos processos criminais e os resultados do tratamento penitenciário. 
 
- Após os primeiros 6 meses de RDD, o preso que não receber a visita da família ou de terceiro autorizado judicialmente, poderá, após 
agendamento, ter contato telefônico, que será gravado, com uma pessoa da família, 2 vezes por mês e por 10 minutos. 
DOS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL (ART. 61) 
I - O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária 
II - O Juízo da Execução 
III - O Ministério Público 
IV – O Conselho Penitenciário 
V - Os Departamentos Penitenciários 
VI - O Patronato 
VII - O Conselho da Comunidade 
VIII - A Defensoria Pública 
 O Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária, Conselho Penitenciário e Conselho da Comunidade estão expressamente 
indicados no conteúdo programático de Direitos Humanos, por isso, dê uma atenção especial a esses órgãos da execução. 
 
CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA (ART. 62 A 64) 
- Subordinado ao MinistéRIO da Justiça 
 Cuidado, MinistéRIO NÃO É MinisTRO as bancas de prova costumam trocar os termos! 
 
Membros Mandado Renovação 
13 2 anos cada 1/3 em cada ano 
- Composto por 13 membros, escolhidos por ato do Ministério da Justiça 
 Membros escolhidos entre professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas, 
e representantes da comunidade e dos Ministérios da área social. 
 Exerce suas atividades em âmbito estadual e federal; 
Competências do CNPCP 
1. Propor diretrizes da política criminal quanto à prevenção do 
delito, administração da Justiça Criminal e execução das penas 
e das medidas de segurança; 
2. Contribuir naelaboração de planos nacionais de 
desenvolvimento, sugerindo as metas e prioridades da política 
criminal e penitenciária; 
3. Promover a avaliação periódica do sistema criminal para a sua 
adequação às necessidades do País; 
4. Estimular e promover a pesquisa criminológica; 
5. Elaborar programa nacional penitenciário de formação e 
aperfeiçoamento do servidor; 
6. Estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de 
estabelecimentos penais e casas de albergados; 
7. Estabelecer os critérios para a elaboração da estatística criminal; 
8. Inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, bem assim 
informar-se, mediante relatórios do Conselho Penitenciário, 
requisições, visitas ou outros meios, acerca do desenvolvimento 
da execução penal nos Estados, Territórios e Distrito Federal, 
propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias 
ao seu aprimoramento; 
9. Representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa 
para instauração de sindicância ou procedimento administrativo, 
em caso de violação das normas referentes à execução penal; 
10. Representar à autoridade competente para a interdição, no todo 
ou em parte, de estabelecimento penal. 
 
 O conteúdo de Direitos Humanos cobra expressamente esse tópico da LEP, por isso, dê uma atenção especial; 
 Perceba que o CNPCP tem atuação na parte de fiscalização, fixação de normas e diretrizes, bem como a parte de pesquisas 
relacionadas à política criminal e penitenciária. Não há atuação direita com os detentos. 
DO JUÍZO DA EXECUÇÃO 
- A execução penal compete ao Juiz indicado na lei de organização judiciária e, na sua ausência, ao juiz da sentença. 
 Em regra, o um juiz fixa a sentença (vara criminal) e outro juiz atua na fase de cumprimento da pena (vara de execuções penais) 
Competências do Juiz da execução 
1. Aplicar aos casos julgados lei nova que favorecer o condenado; 
2. Declarar extinta a punibilidade; 
3. Decidir sobre: 
a) soma ou unificação de penas; 
b) progressão ou regressão nos regimes; 
c) detração e remição da pena; 
d) suspensão condicional da pena; 
e) livramento condicional; 
f) incidentes da execução. 
4. Autorizar saídas temporárias; 
 
 Lembre-se que a PERMISSÃO DE SAÍDA é autorizada pelo 
DIRETOR do estabelecimento, em dois casos: (art. 120) 
- Falecimento ou doença grave do CADI 
CADI = cônjuge/companheiro, ascendente, descendente e irmão. 
- Tratamento médico (quando a unidade prisional não estiver 
equipada para fornecer a assistência médica necessária). 
 
 
5. Determinar: 
a) a forma de cumprimento da pena restritiva de direitos e 
fiscalizar sua execução; 
b) a conversão da pena restritiva de direitos e de multa em 
privativa de liberdade; 
c) a conversão da pena privativa de liberdade em restritiva de 
direitos; 
d) a aplicação da medida de segurança, bem como a substituição 
da pena por medida de segurança; 
e) a revogação da medida de segurança; 
f) a desinternação e o restabelecimento da situação anterior; 
g) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra 
comarca; 
h) a remoção do condenado na hipótese prevista no § 1º, do artigo 
86, da LEP. 
6. Zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; 
7. Inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando 
providências para o adequado funcionamento e promovendo, 
quando for o caso, a apuração de responsabilidade; 
8. Interditar, no todo ou em parte, estabelecimento penal que estiver 
funcionando em condições inadequadas ou com infringência aos 
dispositivos desta Lei; 
9. Compor e instalar o Conselho da Comunidade. 
10. Emitir anualmente atestado de pena a cumprir 
 Lembre-se de que o preso tem DIREITO de receber 
ANUALMENTE o ATESTADO DE PENA A CUMPRIR, sob 
pena de responsabilização do juiz. 
 
- Perceba que o juiz da execução é o único que tem a função de determinar a forma de cumprimento das penas, bem como de tomar decisões 
sobre quais penas serão aplicadas, decidir sobre o regime de cumprimento, e alguns benefícios que antecipam a liberdade do condenado, como 
por exemplo a remissão, livramento e suspensão condicional. 
 
MINISTÉRIO PÚBLICO 
- Responsável por fiscalizar a execução da pena e da medida de segurança, atuando no processo executivo e nos incidentes da execução. 
Competências do Ministério Público 
I - Fiscalizar a regularidade formal das guias de recolhimento e de internamento; 
II - Requerer: 
a) providências para o desenvolvimento do processo executivo; 
b) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de execução; 
c) a aplicação de medida de segurança e a substituição da pena por medida de segurança; 
d) a revogação da medida de segurança; 
e) a conversão de penas, a progressão, regressão nos regimes e a revogação da suspensão condicional da pena e do livramento condicional; 
f) a internação, a desinternação e o restabelecimento da situação anterior. 
III - interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade judiciária, durante a execução. 
 
O MINISTÉRIO Público visitará MENSALMENTE os estabelecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio 
 
DO CONSELHO PENITENCI4RIO 
- É órgão CONSULTIVO e FISCALIZADOR da execução da pena. 
 Integrado por membros nomeados pelo Governador do Estado, do Distrito Federal e dos Territórios entre: professores e profissionais 
da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas e por representantes da comunidade. 
 Regras de funcionamento são estabelecidas pela legislação federal e estadual. 
- Conselho PENITENCI4RIO – mandado de 4 anos 
Competências do Conselho Penitenci4rio 
1. Emitir parecer sobre indulto e comutação de pena, EXCETO em 
pedido de indulto com base no estado de saúde do preso (chamado 
também de indulto humanitário); 
2. inspecionar os estabelecimentos e serviços penais; 
3. Apresentar, no 1º trimestre de cada ano, ao Conselho Nacional de 
Política Criminal e Penitenciária, relatório dos trabalhos efetuados 
no ano anterior; 
4. Supervisionar os patronatos, e a assistência aos egressos. 
 
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO NACIONAL 
- É órgão EXECUTIVO da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do Conselho Nacional de Política Criminal 
e Penitenciária 
 Subordinado ao MinistéRIO da Justiça 
 Responsável pela coordenação e supervisão dos estabelecimentos penais e de internamento federais 
Competências do Departamento Penitenciário NACIONAL 
1. Acompanhar a fiel aplicação das normas de execução penal em 
todo o Território Nacional; 
2. Inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e 
serviços penais; 
3. Assistir tecnicamente as Unidades Federativas na implementação 
dos princípios e regras estabelecidos nesta Lei; 
4. Colaborar com as Unidades Federativas mediante convênios, na 
implantação de estabelecimentos e serviços penais; 
5. Colaborar com as Unidades Federativas para a realização de 
cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino 
profissionalizante do condenado e do internado. 
6. Estabelecer, mediante convênios com as unidades federativas, o 
cadastro nacional das vagas existentes em estabelecimentos locais 
destinadas ao cumprimento de penas privativas de liberdade 
aplicadas pela justiça de outra unidade federativa, em especial 
para presos sujeitos a regime disciplinar. 
 
7. Acompanhar a execução da pena das mulheres beneficiadas pela 
progressão especial (art. 112, §3º), monitorando sua integração 
social e a ocorrência de reincidência, específica ou não, mediante 
a realização de avaliações periódicas e de estatísticas criminais. 
 
DEPARTAMENTO PENITENCIÁRIO LOCAL 
- A legislação local poderá criar Departamento Penitenciário ou similar, com as atribuições que estabelecer. 
 Terá finalidade de supervisionar e coordenar os estabelecimentos penais da Unidade da Federação a que pertencer. 
 Havendo departamento penitenciário local, o órgão será responsável por acompanharmulheres beneficiadas com a progressão 
especial e os dados serão encaminhados ao Departamento Penitenciário Nacional. 
DA DIREÇÃO E DO PESSOAL DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS 
- O diretor de estabelecimento deverá: 
 Ser portador de diploma de nível superior de Direito, ou Psicologia, ou Ciências Sociais, ou Pedagogia, ou Serviços Sociais; 
 Possuir experiência administrativa na área; 
 Ter idoneidade moral e reconhecida aptidão para o desempenho da função. 
- Diretor DEVERÁ residir no estabelecimento, ou nas proximidades, e dedicará tempo integral à sua função. 
- O Quadro do Pessoal Penitenciário será organizado em categorias funcionais, segundo as necessidades do serviço, com especificação de 
atribuições relativas às funções de direção, chefia e assessoramento do estabelecimento e às demais funções. 
 A escolha do pessoal administrativo, especializado, de instrução técnica e de vigilância atenderá a vocação, preparação profissional 
e antecedentes pessoais do candidato. 
 O ingresso do pessoal penitenciário, bem como a progressão ou a ascensão funcional dependerão de cursos específicos de formação, 
procedendo-se à reciclagem periódica dos servidores em exercício. 
- No estabelecimento para mulheres somente se permitirá o trabalho de pessoal do sexo feminino, SALVO se tratar de pessoal técnico 
especializado. 
DO PATRONATO 
- Pode ser público ou particular tem função de prestar assistência aos albergados e aos egressos, e também: 
 Orientar os condenados à pena restritiva de direitos; 
 Fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviço à comunidade e de limitação de fim de semana; 
 Colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do livramento condicional. 
- Perceba que o patronato NÃO atua diretamente com os detentos – suas funções são direcionadas àqueles que estão cumprindo penas restritivas 
de direito, ou, os beneficiários da suspensão e livramento condicional. 
DO CONSELHO DA COMUNIDADE 
- Haverá um Conselho da Comunidade em cada comarca. 
 1 Representante de associação comercial ou industrial. 
 1 Advogado indicado pela Seção da OAB 
 1 Defensor Público indicado pelo Defensor Público Geral 
 1 Assistente Social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais 
- Se os respectivos órgãos não indicarem os representantes, o juiz da execução escolherá os membros do conselho da comunidade. 
Competências do Conselho da CoMunidade 
I - Visitar, pelo menos MENSALMENTE, os estabelecimentos penais existentes na comarca; 
II - Entrevistar presos; 
III - Apresentar relatórios mensais ao Juiz da execução e ao Conselho Penitenciário; 
IV - Diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao preso ou internado, em harmonia com a direção do 
estabelecimento. 
 
DEFENSORIA PÚBLICA 
- Velará pela regular execução da pena e da medida de segurança, oficiando, no processo executivo e nos incidentes da execução, para a 
DEFESA dos necessitados em todos os graus e instâncias, de forma individual e coletiva 
Competências da Defensoria Pública 
1. Requerer: 
a) Providências necessárias ao desenvolvimento do processo 
executivo 
b) a aplicação de lei posterior que favorecer o condenado 
c) a declaração de extinção da punibilidade 
d) a unificação de penas; 
e) a detração e remição da pena; 
f) a instauração dos incidentes de excesso ou desvio de 
execução; 
g) a aplicação de medida de segurança e sua revogação, bem 
como a substituição da pena por medida de segurança 
h) a conversão de penas, a progressão nos regimes, a suspensão 
condicional da pena, o livramento condicional, a comutação de 
pena e o indulto; 
i) a autorização de saídas temporárias; 
j) a internação, a desinternação e o restabelecimento da 
situação anterior 
k) o cumprimento de pena ou medida de segurança em outra 
comarca; 
l) a remoção do condenado nas hipóteses da LEP; 
2. Requerer a emissão anual do atestado de pena a cumprir; 
 
3. Interpor recursos de decisões proferidas pela autoridade 
judiciária ou administrativa durante a execução; 
 
4. Representar ao Juiz da execução ou à autoridade administrativa 
para instauração de sindicância ou procedimento administrativo 
em caso de violação das normas referentes à execução pena. 
 
5. Visitar os estabelecimentos penais, tomando providências 
para o adequado funcionamento, e requerer, quando for o caso, 
a apuração de responsabilidade; 
 
6. Requerer à autoridade competente a interdição, no todo ou em 
parte, de estabelecimento penal. 
- A Defensoria Pública visitará Periodicamente os estabelecimentos penais, registrando a sua presença em livro próprio 
 
BIZU SOBRE OS ÓRGÃOS DA EXECUÇÃO PENAL 
- “Quem tem M, faz visitas Mensais ao estabelecimento. Quem tem D e P faz visitas PerióDicas” 
 
MINISTÉRIO Público 
Conselho da COMUNIDADE 
 
 
Visitas MENSAIS 
 
 
DEFENSORIA PÚBLICA 
 
 
 
Visitas PERIÓDICAS 
 
DOS ESTABELECIMENTOS PENAIS 
- Destinam-se ao condenado, ao submetido à medida de segurança, ao preso provisório e ao egresso. 
- A mulher e o maior de 70 anos, devem ser recolhidos separadamente, em próprio e adequado à sua condição pessoal 
 Estabelecimentos destinados a mulheres serão equipados com berçário, onde as condenadas possam cuidar e amamentar seus filhos, 
no mínimo, até 6 meses de idade. 
 A existência do berçário atende também aos direitos da criança – lembre-se que a DUDH e a Constituição Federal 
dispõem que a maternidade e a infância têm proteção especial. 
 Estabelecimentos femininos devem ter EXCLUSIVAMENTE, agentes do sexo feminino na segurança de suas dependências internas. 
Nos casos de pessoal técnico especializado, EXCEPCIONALMENTE, podem haver agentes masculinos. 
 
- Devem ser instaladas salas de aulas de cursos do ensino básico e profissionalizante e também instalação destinada à Defensoria Pública. 
- O estabelecimento deverá ter lotação compatível com a sua estrutura e finalidade, de acordo com o limite máximo de capacidade determinado 
pelo Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. 
 
São INDELEGÁVEIS as funções de direção, chefia e coordenação no sistema penal, e de todas as atividades que exijam o exercício do 
poder de polícia, e também: 
1. Classificação de condenados; 
2. Aplicação de sanções disciplinares; 
3. Controle de rebeliões; 
4. Transporte de presos para locais externos aos estabelecimentos penais. 
 
DA SEPARAÇÃO DE ACORDO COM A CLASSIFICAÇÃO DOS PRESOS 
- O preso provisório ficará separado do condenado por sentença transitada em julgado. 
Critérios de separação dos presos 
Presos PROVISÓRIOS Presos CONDENADOS 
1. Acusados de crimes hediondos ou equiparados; 
 
2. Acusados de crimes cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa; 
 
3. Acusados pela prática de outros crimes ou contravenções. 
1. Condenados por crimes hediondos ou equiparados; 
2. Reincidentes em crimes cometidos com violência ou grave 
ameaça à pessoa; 
3. Primários condenados por crimes cometidos com violência ou 
grave ameaça à pessoa; 
4. Demais condenados pela prática de outros crimes ou 
contravenções em situação diversa. 
- Devem ser colocados separadamente: 
 Preso que, na data do fato, era funcionário da Administração da Justiça Criminal. 
 Preso que tiver sua integridade física, moral ou psicológica ameaçada pela convivência com os demais presos. 
 
- As penas privativas de liberdade aplicadas pela justiça de uma Unidade Federativa podem ser executadas em outra unidade, em 
estabelecimento local ou da União. 
DA PENITENCIÁRIA 
- Destina-se ao condenado à pena de reclusão, em regime fechado. 
 A União, os Estados, o Distrito Federal e os Territórios poderão construir Penitenciárias, exclusivamente, para presos provisórios 
e condenados que estejam em regime fechado e sujeitos ao regimedisciplinar diferenciado. 
- O condenado será alojado em cela individual que conterá dormitório, aparelho sanitário e lavatório. Que deve ter ao menos: 
1. Salubridade do ambiente pela aeração, insolação e condicionamento térmico adequado à existência humana; 
2. Área mínima de 6,00m2; 
 
A penitenciária de HOMENS será construída, em local afastado do centro urbano, à distância que não restrinja a visitação. 
 
- Nas penitenciárias de mulheres, deve haver seção para gestante e parturiente e de creche para crianças maiores de 6 meses e menores de 
7 anos, para atender a criança desamparada cuja responsável estiver presa. São requisitos básicos: 
1. Atendimento por pessoal qualificado. 
2. Horário de funcionamento que garanta a melhor assistência à criança e à sua responsável. 
COLÔNIA AGRÍCOLA/INDUSTRIAL/ SIMILAR 
- Cumprimento da pena em regime semiaberto 
 
- Pode haver alojamento coletivo, com os requisitos das penitenciárias, e deve 
haver: 
 
a) a seleção adequada dos presos; 
 
b) o limite de capacidade máxima que atenda os objetivos de 
individualização da pena. 
CASA DO ALBERGADO 
- Cumprimento de pena em regime aberto e de pena de 
limitação de fim de semana 
- Deve se situar em centro urbano, e caracterizar-se pela 
ausência de obstáculos físicos contra a fuga 
 A falta de obstáculos contra a fuga se justifica porque 
conforme artigo 36 do Código penal, regime aberto 
baseia-se na autodisciplina e senso de responsabilidade 
do condenado. 
- Em cada região haverá, pelo menos, uma Casa do 
Albergado, que conterá aposentos para acomodar os presos, 
local adequado para cursos e palestras e instalações para os 
serviços de fiscalização e orientação dos condenados. 
CENTRO DE OBSERVAÇÃO 
- Destinada à realização de exames gerais e o criminológico - resultados serão encaminhados à Comissão Técnica de Classificação. 
 Poderão ser realizadas pesquisas criminológicas. 
 Será instalado em unidade autônoma ou em anexo a estabelecimento penal. 
 Se não houver Centro de Observação, os exames poderão ser realizados pela Comissão Técnica de Classificação. 
HOSPITAL DE CUSTÓDIA E TRATAMENTO PSIQUIÁTRICO 
- Destina-se aos inimputáveis e semi-imputáveis (art. 26 do Código Penal). 
 As instalações seguem o padrão daquelas da penitenciária. 
 Exame psiquiátrico e os necessários ao tratamento são obrigatórios para todos os internados. 
- O tratamento ambulatorial será realizado no Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico ou local com dependência médica adequada. 
 O condenado a quem sobrevier doença mental será internado em Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico – superada a doença 
mental, nada impede que o condenado volte a cumprir pena no estabelecimento prisional. 
CADEIA PÚBLICA 
- Destina-se ao recolhimento de presos provisórios. 
 Cada comarca terá, pelo menos 1 cadeia pública a fim de resguardar o interesse da Administração da Justiça Criminal e a permanência 
do preso em local próximo ao seu meio social e familiar. 
 Será instalado próximo de centro urbano, observando-se as exigências mínimas das penitenciárias. 
 Se não houver estabelecimento adequado, o cumprimento da prisão civil e da prisão administrativa se efetivará em seção 
especial da Cadeia Pública. 
DAS PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE 
- Após o trânsito em julgado da sentença condenatória, o Juiz ordenará a expedição de guia de recolhimento para a execução. 
 NINGUÉM será recolhido, para cumprimento de pena privativa de liberdade, sem a guia de recolhimento. 
 A guia deve ser expedida pela autoridade judiciária e remetida à autoridade administrativa responsável pela execução e deve ser 
retificada (corrigida) sempre que houver modificação quanto ao início da execução ou ao tempo de duração da pena 
 A autoridade administrativa passará recibo da guia de recolhimento e notificará o condenado de seus termos. 
 As guias serão registradas em livro especial, em ordem cronológica do recebimento, e anexadas ao prontuário do condenado, 
sendo acrescentadas no curso da execução, o cálculo das remições e de outras retificações posteriores. 
 
A guia deverá conter: nome do condenado; qualificação civil, número do RG; inteiro teor da denúncia e da sentença condenatória, e a certidão 
do trânsito em julgado; informação sobre os antecedentes e o grau de instrução; data do fim da pena; outras peças do processo consideradas 
indispensáveis ao adequado tratamento penitenciário. 
 Se o condenado na data do fato era funcionário da Administração da Justiça Criminal, essa informação deve constar na guia, 
para que o detento seja recolhido separadamente, conforme determina a LEP. 
 
- Cumprida ou extinta a pena, o condenado será liberado, mediante ALVARÁ DO JUIZ, se por outro motivo não estiver preso. 
DOS REGIMES E DA PROGRESSÃO DE PENA (DEFINIDA PELA SOMA/UNIFICAÇÃO DAS PENAS) 
 
- O juiz que proferir a sentença condenatória é responsável por estabelecer o regime inicial de cumprimento da pena. 
 Se houver condenação por mais de um crime, o juiz estabelecerá o regime inicial observando resultado da soma ou unificação das 
penas, bem como da detração ou remição. 
 Se durante o cumprimento da pena privativa de liberdade o preso sofrer nova condenação, as penas serão novamente somadas 
para que haja determinação do regime de cumprimento da pena. 
 
- A pena privativa de liberdade será executada em FORMA PROGRESSIVA com a transferência para regime menos rigoroso conforme 
decisão do juiz da execução, da seguinte maneira: 
 
- Para que haja progressão de regime, o sentenciado deve ter cumprido no MÍNIMO: 
 A violência praticada contra a COISA não interfere na progressão de pena, para determinar a maior ou menor porcentagem, 
a violência deve ter sido praticada contra a pessoa, por expressa disposição da LEP. 
 Para fins de progressão de regime, o TRÁFICO PRIVILEGIADO NÃO é considerado crime hediondo. (art. 33, §4º da Lei 
11,343/2006). 
 Em todos os casos, só haverá progressão de regime se o preso tiver boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do 
estabelecimento. 
16% se primário e o crime foi cometido SEM – violência à pessoa ou grave ameaça 
 
20% se reincidente e o crime foi cometido SEM – violência à pessoa ou grave ameaça 
 
25% se primário e o crime foi cometido COM violência à pessoa ou grave ameaça 
 
30% se reincidente e o crime foi cometido COM violência à pessoa ou grave ameaça 
 
40% se primário e condenado por crime hediondo ou equiparado; 
 
50% se condenado por crime hediondo ou equiparado e foi : 
1. Condenado por crime hediondo ou equiparado, com resultado morte, se for primário, vedado o livramento condicional; 
2. Condenado por exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa estruturada para a prática de crime 
hediondo ou equiparado; 
3. Condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada; 
 
60% se o condenado for reincidente EM CRIME HEDIONDO ou equiparado; 
 
70% se o condenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado morte, vedado o livramento condicional. 
 
 
 MUITA ATENÇÃO PARA AS SÚMULAS QUE TRATAM SOBRE A PROGRESSÃO DE REGIME 
- Súmula 491 STJ - É INADMISSÍVEL a chamada progressão per saltum de regime prisional. 
 Isso significa que a progressão de regime deve ser gradativa e necessariamente obedecer a ordem: regime fechado, semiaberto e 
aberto, de acordo com a pena estabelecida. 
 É PROIBIDO “saltar etapas” na progressão de regime, logo, NÃO é admitido que o preso saia do regime fechado direto para o 
regime aberto, ele deve necessariamente passar antes pelo regime semiaberto. 
 
Súmula vinculante 56: A falta de estabelecimento penal adequado não autoriza a manutenção do condenado em regime prisional mais 
gravoso, devendo-se observar, nessa hipótese, os parâmetros fixados no RE 641.320/RS. 
 Segundo o STF, o fato de não existirem vagas disponíveis no estabelecimento NÃO AUTORIZA que o condenado seja colocadoem regime mais grave do que deveria de acordo com a quantidade de sua pena. 
FECHADO - pena superior a 8 anos - em estabelecimento de segurança máxima ou média 
SEMIABERTO - condenado NÃO reincidente, com pena maior que 4 e menor que 8 anos - em colônia agrícola, industrial ou 
similar. 
ABERTO - condenado NÃO reincidente, com pena igual ou menor que 4 anos - em casa de alvergado ou 
estabelecimento adequado 
Súmula 716 - STF: Admite-se a progressão de regime de cumprimento ou aplicação imediata de regime menos severo nela determinada de 
regime menos severo nela determinada, antes do trânsito em julgado da sentença. 
 
 O entendimento do STF é no sentido de que o preso provisório pode progredir de regime antes que haja sentença condenatória. 
 
DA REGRESSÃO DE REGIME 
- A LEP prevê que a execução da pena privativa de liberdade ficará sujeita à forma REGRESSIVA, de modo que o condenado pode ser 
transferido para regime mais rigoroso quando: 
1. Praticar fato definido como crime doloso ou falta grave, devendo o condenado ser previamente ouvido; 
 A LEP NÃO EXIGE trânsito em julgado, de modo que a jurisprudência entende que basta o cometimento de crime 
doloso/falta grave para que o condenado esteja sujeito à regressão de regime. 
2. Sofrer condenação, por crime anterior, cuja pena, somada ao restante da pena em execução, torne incabível o regime (artigo 
111, dispõe que o regime de cumprimento de pena é determinado pela unificação das penas). 
 
 
DA PROGRESSÃO ESPECIAL 
- Essa modalidade de progressão de regime se destina à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência. 
- São requisitos cumulativos da progressão especial: 
1. Não ter cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa; 
2. Não ter cometido o crime contra seu filho ou dependente; 
 A finalidade da progressão especial é permitir que a condenada possa voltar a cuidar de seu filho ou da pessoa com 
deficiência pela qual é responsável, logo, não há qualquer sentido em beneficiar a condenada se seu filho ou dependente 
foi a vítima do crime praticado. 
3. Ter cumprido ao menos 1/8 da pena no regime anterior; 
4. Ser primária e ter bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento; 
5. Não ter integrado organização criminosa. 
- O cometimento de novo crime doloso ou falta grave implicará a revogação do benefício da progressão especial. 
DO REGIME ABERTO 
- A permanência do condenado em regime aberto supõe a aceitação de seu programa e das condições impostas pelo Juiz. 
- SOMENTE poderá ingressar no regime aberto o condenado que: 
1. Estiver trabalhando ou comprovar a possibilidade de trabalhar imediatamente; 
2. Apresentar fundados indícios de que irá ajustar-se, com autodisciplina e senso de responsabilidade, ao regime aberto. 
 
Poderão ser dispensadas da exigência de trabalho: I - condenado maior de 70 anos; II - condenado que tenha doença grave; III - condenadA 
com filho menor ou deficiente físico ou mental; IV - condenada gestante. 
Condições OBRIGATÓRIAS para fixação do regime aberto 
1. Permanecer em local designado, durante o repouso e nos dias de folga; 
2. Sair para o trabalho e retornar, nos horários fixados; 
3. Não sair da cidade onde reside, sem autorização judicial; 
4. Comparecer a Juízo, para informar e justificar as suas atividades, quando determinado 
 
- A LEP permite que o juiz estabeleça outras medidas especiais para a fixação do regime aberto, essas condições podem ser modificadas 
pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, da autoridade administrativa ou do condenado, desde que as circunstâncias recomendem. 
 Súmula 493 – STJ: É INADMISSÍVEL a fixação de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condição especial ao regime aberto. 
 A legislação local poderá estabelecer normas complementares para o cumprimento da pena privativa de liberdade em regime aberto. 
 
DA PRISÃO DOMICILIAR 
- O beneficiário de regime aberto PODE cumprir pena em residência particular quando se tratar de: 
1. Condenado maior de 70 anos; 
2. Condenado acometido de doença grave; 
3. CONDENADA com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
 A LEP não dá esse direito para o CONDENADO, mas apenas para mulheres nessa situação. 
4. Condenada gestante 
- O condenado sofrerá regressão do regime aberto se descumprir as condições estabelecidas pelo juiz, frustrar os fins da execução ou deixar de 
pagar a multa imposta de forma injustificada. 
DAS AUTORIZAÇÕES DE SAÍDA 
Permissão de Saída Saída Temporária 
- Preso regime fechado/semiaberto; 
- Com escolta, pelo tempo necessário à finalidade da saída 
 
- Autorizada pelo DIRETOR da unidade, em dois casos: 
1. Falecimento ou doença grave de CADI 
Cônjuge; companheiro, Ascendente, Descendente, Irmão 
 
2. Necessidade de tratamento médico/odontológico 
 
- Preso em regime semiaberto; 
- SEM vigilância direta – por até 7 dias – 5 x ao ano, respeitado o 
intervalo de 45 dias entre cada saída temporária. 
- Autorizada pelo JUIZ, se cumpridos os requisitos: 
1. Bom comportamento; 
2. Cumprimento MÍN de 1/6 da pena, se primário, ou de 1/4 se 
reincidente; 
3. Compatibilidade da saída temporária com a pena. 
HIPÓTESES: 
 Visita à família; 
 Curso profissionalizante/2º grau/superior, na comarca da 
execução; 
 Atividades que contribuam para o retorno ao convívio social. 
 O condenado por crime hediondo com morte NÃO tem 
direito à saída temporária. 
 
CONDIÇÕES: 
 Fornecimento do endereço familiar ou de onde será 
encontrado; 
 Recolhimento à residência visitada, no período noturno; 
 Proibição de frequentar bares, casas noturnas e congêneres; 
 O juiz pode estabelecer outras condições que achar 
necessárias. 
 
 
 
REMIÇÃO 
- Esse benefício permite que o condenado possa reduzir o tempo de cumprimento da pena por meio do trabalho e/ou estudo. 
 Aplicada ao condenado que cumpre a pena em regime fechado ou semiaberto – aplica-se também ao preso provisório. 
 Como o trabalho é um requisito do regime aberto e do livramento condicional, o condenado que cumpre pena em regime aberto ou 
é beneficiário do livramento condicional NÃO tem direito de remição pelo trabalho, mas, podem remir pelo tempo de estudo. 
- O tempo remido é considerado para todos os fins como pena cumprida. 
 
Remição pelo trabalho Remição pelo estudo 
 
- Para cada 3 dias de trabalho regular, preso tem direito ao desconto 
de 1 dia de pena a ser cumprida. 
- O trabalho interno e externo autorizam a remição. 
- Não se aplica ao regime aberto ou em livramento condicional. 
 
 
- Para cada 12 horas de estudo, dividas em pelo menos 3 dias, o preso 
tem direito de desconto de 1 dia de pena; 
- É permitido o ensino presencial e EAD (ensino à distância), regular 
ou profissional, inclusive em curso de requalificação profissional; 
- APLICADO ao regime aberto ou em livramento condicional; 
 O tempo a remir será acrescido de 1/3 se durante o cumprimento 
da pena o preso concluir o ensino fundamental/ médio/superior; 
 Onde não tem escola o tempo de leitura pode ser usado na 
remissão da pena. 
- O preso autorizado a estudar fora da unidade prisional deve 
comprovar mensalmente sua frequência e aproveitamento nas 
atividades de ensino. 
- É permitida a cumulação do tempo a remir pelo estudo + trabalho, desde que haja compatibilidade de horários entre as duas atividades; 
- Preso impossibilitado, por acidente, de trabalhar ou estudar continuará a beneficiar-se com a remição; 
- Se o preso praticar falta grave, o juiz poderá revogar até 1/3 do tempo remido, recomeçando a contagem a partir da data da infração. 
 
- A remição será declarada pelo juiz da execução, ouvidos o Ministério Público e a defesa. 
 A autoridade administrativa encaminhará mensalmente ao juiz a relação de todos os condenados que estejam trabalhando ou 
estudando, informando dias de trabalho ou das horas de frequência escolar decada um. 
- Constitui crime de falsidade ideológica declarar ou atestar falsamente prestação de serviço para fins de remição. 
LIVRAMENTO CONDICIONAL 
- É um benefício concedido para antecipação provisória da liberdade do acusado, após o cumprimento de parcela da pena, desde que o 
condenado cumpra condições fixadas pelo juiz. 
 Para que o condenado seja beneficiado com o livramento NÃO é preciso que ele tenha passado pelos regimes fechado, semiaberto e 
aberto – basta que cumpra os requisitos da lei. 
- É concedido pelo juiz da execução, ao condenado a pena privativa de liberdade igual ou maior que 2 anos, ouvidos o Ministério Público e 
Conselho Penitenciário, se cumpridos os REQUISITOS: 
1. Cumprimento de MAIS de 1/3 da pena se NÃO for reincidente em crime DOLOSO e tiver bons antecedentes; 
2. Cumprimento de MAIS de 1/2 da pena se REINCIDENTE em crime DOLOSO; 
3. Cumprimento de MAIS de 2/3 da pena, se condenado por crime hediondo ou equiparados ou tráfico de pessoas, se não for 
reincidente específico em crimes dessa natureza; 
4. Comprovado: bom comportamento; não cometimento de falta grave nos últimos 12 meses;  bom desempenho no 
trabalho;  aptidão para prover a própria subsistência mediante trabalho honesto; 
5. Ter reparado o dano causado pela infração, salvo efetiva impossibilidade; 
 O livramento condicional para o condenado por crime doloso, com violência ou grave ameaça à pessoa, depende da constatação de condições 
pessoais que façam presumir que o liberado não voltará a delinquir. 
CONDIÇÕES E HIPÓTESES DE REVOGAÇÃO DO LIVRAMENTO CONDICIONAL 
Condições obrigatórias Condições facultativas 
1. Obtenção de ocupação lícita, em prazo razoável se for apto ao 
trabalho; 
2. Comunicar periodicamente ao Juiz sua ocupação; 
3. Não mudar do território da COMARCA do Juízo da execução, 
sem prévia autorização. 
1. Não mudar de RESIDÊNCIA sem comunicação ao Juiz e à 
autoridade incumbida da observação cautelar e de proteção; 
2. Recolher-se à habitação em hora fixada; 
3. Não frequentar determinados lugares. 
- Após a concessão de livramento condicional, ao ser liberado do estabelecimento penal o beneficiário deve receber: 
 Saldo de seu pecúlio e seus pertences; 
 Uma caderneta, que exibirá à autoridade judiciária ou administrativa, sempre que lhe for exigida, contendo as seguintes 
informações: a identificação do liberado; b) o texto da LEP que trata do livramento condicional; c) as condições impostas; 
- Na falta de caderneta, será entregue ao liberado um salvo-conduto, com as condições do livramento, com espaço para registrar o cumprimento 
das condições. 
Casos de revogação FACULTATIVA Casos de revogação OBRIGATÓRIA 
 - Se o liberado deixar de cumprir qualquer das obrigações 
estabelecidas; 
- Se for irrecorrivelmente condenado, por crime ou contravenção, 
a pena que não seja privativa de liberdade; 
- Se o liberado for condenado a pena privativa de liberdade, em 
sentença irrecorrível por: 
 Crime cometido durante a vigência do benefício (período do 
livramento NÃO é considerado pena cumprida – vedada a 
concessão de novo livramento); 
 Crime anterior, SE após a unificação, a pena for incompatível 
com o livramento (o período é considerado como pena cumprida 
– as penas unificadas são consideradas para concessão de novo 
livramento). 
- Na hipótese da revogação facultativa, se o juiz optar por manter o benefício, deverá advertir o liberado ou agravar as condições. 
- O juiz poderá mediante oitiva do liberado e decisão fundamentada, modificar as condições especificadas na sentença, 
 
 Perceba que para que haja REGRESSÃO de regime, a LEP NÃO exige trânsito em julgado da condenação por novos crimes ou falta grave, 
mas, para que haja REVOGAÇÃO do livramento condicional, exige-se o trânsito em julgado. 
 Caso o beneficiário pratique infração durante o livramento, o juiz poderá ordenar sua prisão, suspendendo o curso do 
livramento até a decisão final, para depois disso revogar o benefício, se for o caso. 
- O Juiz julgará extinta a pena se expirar o prazo do livramento sem revogação. 
Súmula 617 do STJ: Extingue-se a pena se o livramento condicional não é suspenso ou revogado antes do término do período de prova. 
MONITORAÇÃO ELETRÔNICA 
- O juiz poderá definir a fiscalização por meio da monitoração eletrônica quando: 
1. Autorizar a saída temporária no regime semiaberto; 
2. Determinar a prisão domiciliar; 
Mnemônico: o juiz determina a monitoração eletrônica quando TEM DÓ (saída temporária e prisão domiciliar); 
- O condenado será instruído dos cuidados com o equipamento eletrônico e dos deveres: 
1. Receber visitas do servidor responsável pela monitoração eletrônica, responder aos seus contatos e cumprir suas orientações; 
2. Não remover, violar, modificar, danificar de qualquer forma o dispositivo de monitoração ou permitir que outrem o faça. 
 
- O descumprimento dos deveres do condenado pode acarretar: regressão do regime, a revogação da autorização de saída temporária ou 
revogação da prisão domiciliar; advertência, por escrito, sempre que não forem aplicadas as outras penalidades. 
 A monitoração eletrônica poderá ser revogada: se tornar desnecessária ou inadequada ou se o condenado violar deveres ou 
cometer falta grave. 
STJ: usar o equipamento de monitoração sem bateria suficiente, sair da zona de monitoramento e não atender o responsável pela monitoração 
configura FALTA GRAVE. 
DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DA PENA 
- A suspensão condicional da pena é também conhecida como sursis, um benefício aplicado na execução penal que evita o encarceramento de 
condenados a penas de pequena duração, visando sua reinserção na convivência social. 
 Após a sentença penal condenatória o condenado é submetido a um período de prova, algumas condições são estabelecidas de 
acordo com a situação do condenado,e enquanto estiverem sendo cumpridas (período de prova), a execução da pena privativa de 
liberdade fica suspensa. 
 Aplicada APENAS para penas restritivas de liberdade, não se aplica suspensão condicional para pena restritiva de direitos e 
multa. 
- Requisitos para a suspensão condicional da pena privativa de liberdade: 
1. Condenado NÃO REINCIDENTE em crime DOLOSO; 
2. Circunstâncias pessoais do condenado autorizem a concessão do benefício; 
3. NÃO for indicada ou recomendada a substituição da pena restritiva de liberdade por uma pena restritiva de direitos. 
 
- A condenação anterior a pena de multa NÃO impede a concessão da suspensão condicional da pena e esse benefício PODE ser 
concedido aos condenados por crime cometido com violência ou grave ameaça desde que preenchidos os demais requisitos. 
- Tipos de sursis: 
Simples 
Período de prova 
de 2 a 4 anos 
- Pena NÃO superior a 2 anos; 
- No primeiro ano, o beneficiário fica sujeito à prestação de serviços comunitários ou a limitação de final de semana; 
Especial 
 
Período de prova 
de 2 a 4 anos 
- Pena NÃO superior a 2 anos; 
- Condenado NÃO REINCIDENTE em crime doloso + tenha reparado o dano causado pelo crime + tenha 
circunstancias favoráveis (art. 59 do CP); 
- Não há exigência de prestação de serviços à comunidade ou limitação de fim de semana – MAS o beneficiário fica 
sujeito às condições cumulativas: 
1. Proibição de frequentar determinados lugares; 
2. Proibição de ausentar-se da comarca onde reside, sem autorização do juiz; 
3. Comparecimento pessoal e obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades. 
Etário ou 
humanitário 
Período de prova 
de 4 a 6 anos 
- Pena NÃO superior a 4 anos 
- Destinada ao condenado MAIOR de 70 anos (sursis etário) ou as razões de saúde justifiquem a suspensão (sursis 
humanitário); 
- Com exceção do limite de pena e o tempo do período de prova, as demais regras permanecem iguais às outras 
modalidades. 
 
- Haverá revogação OBRIGATÓRIA da suspensão condicional se o beneficiário: 
1. Sofre condenação irrecorrível,por CRIME DOLOSO; 
2. Se frustra, embora solvente, a execução da pena de multa, 
3. Deixa de reparar o dano injustificadamente, 
4. Não presta serviços comunitários ou não cumpre a limitação de fim de semana no primeiro ano do período de prova. 
 
- Hipóteses de revogação FACULTATIVA: descumpre outras condições impostas ou é condenado, por crime culposo/contravenção; 
 Nesses casos o juiz ao invés de revogar o benefício, pode prorrogar o período de prova até o máximo, se não foi anteriormente fixado. 
 
- O Código Penal prevê que se o beneficiário está sendo processado pela prática de algum delito, prorroga-se o período de prova até o 
julgamento. 
PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
- São as seguintes: 
1. Prestação pecuniária; 
2. Perda de bens e valores; 
3. Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas 
4. Interdição temporária de direitos; 
5. Limitação de fim de semana. 
 
 
- As penas restritivas de direito têm duas características principais: 
 Autônomas porque não podem ser aplicadas de forma cumulada com as penas privativas de liberdade; 
 Substitutivas porque são aplicadas em substituição a uma pena privativa de liberdade (o juiz fixa a pena privativa de liberdade 
e depois realiza a substituição se presentes os requisitos exigidos no Código Penal. 
DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA 
- A medida de segurança é aplicada ao agente inimputável ou semi-imputável, que comete um fato previsto na lei como crime e tem caráter 
essencialmente preventivo porque busca evitar que haja a prática de um novo fato delituoso. 
 A aplicação depende da expedição de guia de recolhimento, NINGUÉM será submetido à medida de segurança sem expedição 
da guia de recolhimento. 
 A periculosidade do agente que cometeu o fato é fundamental para escolha de qual medida de segurança será aplicada; 
 O internado será recolhido a estabelecimento dotado de características hospitalares e será submetido a tratamento. 
- São medidas de segurança: 
 Internação em hospital de custódia e tratamento psiquiátrico ou estabelecimento adequado (medida de segurança restritiva); 
 Tratamento ambulatorial (medida de segurança detentiva) – sendo que em qualquer tempo o juiz pode determinar a internação do 
agente para fins curativos. 
 No caso do agente semi-imputável, se o juiz entender necessário e suficiente, poderá substituir a pena privativa de liberdade pela medida 
de segurança pelo prazo mínimo de 1 a 3 anos. 
 
- PRAZO: a medida de segurança será por tempo indeterminado, observado o prazo MÍNIMO de 1 a 3 anos, e perdurará enquanto não 
for constatada a cessação da periculosidade do agente. 
 Se a punibilidade do agente for extinta, a medida de segurança não pode ser aplicada; 
 A cessação da periculosidade é constatada através da realização de perícia médica, realizada no prazo mínimo fixado. 
 STF entende que a duração máxima da medida de segurança deve ser de 30 anos (limite das penas privativas de liberdade antes 
de 2019, quando o limite passou a ser de 40 anos); 
 Súmula 527 do STJ: O tempo de duração da medida de segurança não deve ultrapassar o limite máximo da pena abstratamente 
cominada ao delito praticado. 
 Não existe consenso sobre a duração da medida de segurança, logo, fique atento ao enunciado da questão para entender se a banca cobra 
o entendimento do STF ou STJ. 
DESINTERNAÇÃO OU LIBERAÇÃO CONDICIONAL 
- Serão SEMPRE CONDICIONADAS (dependem de perícia médica). 
- A internação ou tratamento ambulatorial podem ser reestabelecidos se antes do decurso de 1 ano, pratica fato indicativo de persistência de sua 
periculosidade.

Mais conteúdos dessa disciplina