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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
FACULDADE DE GEOLOGIA 
 DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA REGIONAL E GEOTECTÔNICA – DGRG 
TÓPICOS ESPECIAIS EM MAPEAMENTO GEOLÓGICO 
 
 
 
 
 
RELATÓRIO DE CAMPO DE TÓPICOS 
ESPECIAIS EM MAPEAMENTO GEOLÓGICO 
 
 
 
 
 
ÁREA: DIAMANTINA – MG 
 
 
 
GRUPO: 1 
Susana Ferreira 
Caio Couto 
Letícia Brandão 
 
GRUPO: 2 
Pamela Luana 
Juliana di Mattia 
Angelo de Cesero 
 
GRUPO: 3 
Gabriel Braga 
Vitória de Azevedo 
André Muhaisen 
 
 
 
 
Orientadores: 
Prof. Ivo Antônio Dussin 
Prof. Samuel Moreira Bersan 
 
 
 
 
 
RIO DE JANEIRO 
 
 
 
2024 
 
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SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 3 
1.1. Objetivos .................................................................................................................................................................... 3 
1.2. Localização da Área e Acesso ................................................................................................................................... 3 
1.3. Metodologia ............................................................................................................................................................... 5 
2. GEOLOGIA REGIONAL ............................................................................................................................................. 6 
2.1 Contexto Geotectônico............................................................................................................................................... 6 
2.2 Unidades Litoestratigráficas .................................................................................................................................... 11 
2.2.1 Complexo Gouveia ............................................................................................................................................... 12 
2.2.2 Supergrupo Rio Paraúna....................................................................................................................................... 12 
2.2.3 Formação Bandeirinha ......................................................................................................................................... 12 
2.2.4 Grupo Diamantina ................................................................................................................................................ 13 
2.2.4.1. Formação São João da Chapada ............................................................................................................................ 13 
2.2.4.2 Formação Sopa Brumadinho................................................................................................................................... 14 
2.2.4.3 Formação Galho do Miguel .................................................................................................................................... 14 
2.2.5 Grupo Conselheiro da Mata ...................................................................................................................................... 14 
2.2.5.1 Formação Santa Rita .............................................................................................................................................. 15 
2.2.5.2 Formação Córrego dos Borges............................................................................................................................... 15 
2.2.5.3 Formação Córrego da Bandeira ............................................................................................................................. 15 
2.2.5.4 Formação Córrego Pereira ..................................................................................................................................... 15 
2.2.5.5 Formação Rio Pardo Grande ................................................................................................................................... 16 
2.2.8 Supergrupo São Francisco ......................................................................................................................................... 16 
2.3 Magmatismo ................................................................................................................................................................. 16 
2.4 Geologia Estrutural e Metamorfismo ............................................................................................................................ 17 
3. GEOLOGIA LOCAL .................................................................................................................................................. 19 
3.1 Introdução ................................................................................................................................................................ 19 
3.2 Unidades Litofaciológicas ....................................................................................................................................... 19 
3.2.1 Grupo Pedro Pereira ............................................................................................................................................. 19 
3.2.2 Grupo Costa Sena ................................................................................................................................................. 19 
3.2.3 Formação Bandeirinha ......................................................................................................................................... 20 
3.2.4 Formação São João da Chapada ........................................................................................................................... 22 
3.2.5 Formação Sopa Brumadinho ................................................................................................................................ 24 
3.2.6 Formação Galho do Miguel.................................................................................................................................. 27 
3.3 Geologia Estrutural .................................................................................................................................................. 28 
3.4 Descrição das fases de deformação.......................................................................................................................... 31 
3.5 Metamorfismo .......................................................................................................................................................... 31 
4. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E CONCLUSÕES ........................................................................................................ 32 
5. ANEXOS ..................................................................................................................................................................... 34 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................ 42 
 
 
 
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1. INTRODUÇÃO 
 
1.1. Objetivos 
 
O presente trabalho tem como principal objetivo proporcionar técnicas de mapeamento 
geológico de terrenos de bacias sedimentares Proterozoicas de baixo grau metamórfico, a partir da 
elaboração de um relatório técnico completo, além da apresentação, tratamento e interpretação dos 
dados obtidos no campo; subdividido em unidades litoestratigráficas, estruturas deformacionais, e 
metamorfismo, acompanhado de mapas geológico-estrutural, seções estruturais e estereogramas 
na região de Diamantina, MG. 
 
Através do conhecimento obtido nas aulas teóricas, das análises bibliográficas, da 
fotointerpretação, das observações, análises e dados colhidos em campo, é esperado a construçãode um mapa geológico-estrutural numa escala de 1:50.000 da área designada para cada grupo, que 
juntos englobam toda a área de estudo. Além disso, busca-se associar os aspectos estruturais 
descritos aos eventos tectônicos ocorridos na região, principalmente os referentes aos Ciclos 
Brasiliano. 
 
1.2. Localização da Área e Acesso 
 
A área de estudo está localizada na região sudeste do Brasil (Fig.1A), na porção centro sul do 
Estado de Minas Gerais (Fig.1B), entre os municípios de Diamantina e Gouveia (Fig. 1C), que se 
encontra na folha Diamantina (SE-23-Z-A-III), confeccionada pelo IBGE no ano de 1977, na 
escala 1:100.000 (Fig. 2). 
 
O município Diamantina, situado no centro sul de Minas Gerais, faz divisa com os municípios 
de Bocaiuva, Carbonita, Senador Modestino Gonçalves, Couto de Magalhães de Minas, Serro, 
Datas, Gouveia, Monjolos, Augusto de Lima, Buenópolis, Olhos-d'Água e compreende a região 
do Vale Jequitinhonha (Fig. 1B). 
 
A área de estudos da disciplina foi dividida em 3 polígonos/áreas, sendo um polígono/área 
para cada grupo da turma. 
Tomando como base a UERJ, siga pela BR-101 por 4.7 km até a BR-040, em seguida, siga a 
BR-040 até Caetanópolis e pegue a MG-231. Em Curvelo, permaneça à direita e pegue a BR-259 
e siga por 125 km até a cidade de Diamantina.
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Figura 1: Localização Geográfica dos grupos. Fonte: QGIS. Susana Ferreira. 
Figura 2: Localização das áreas de estudo inseridas dentro dos limites, em 
vermelho na folha topográfica de Diamantina (SE-23-Z-A-III). Fonte: IBGE 
(1977). 
 
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1.3. Metodologia 
 
A disciplina Tópicos Especiais em Mapeamento Geológico, faz parte da grade curricular, 
do curso de graduação em Geologia, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A 
metodologia é dividida em 3 etapas: pré-campo, campo e pós-campo. A etapa pré-campo foi 
composta por aulas teóricas realizadas na Faculdade de Geologia (FGEL) ministradas pelos 
docentes Ivo Antônio Dussin e Samuel Moreira Bersan, do Departamento de Geologia Regional e 
Geotectônica (DGRG). 
 
Nas aulas, vários assuntos foram abordados, em que os alunos tiveram aulas preparatórias 
sobre o contexto geológico regional da área de estudo e seus arredores. Além disso, nesta etapa, 
foi realizado um levantamento bibliográfico para buscar um maior conhecimento e melhor 
compreensão da área de estudo e juntamente realizou-se uma fotointerpretação (através do 
software Google Earth), demarcando todas as estradas para locomoção de transportes, trilhas, rios 
e drenagens, unidades e contatos litológicos, zonas homólogas e pontos de interesse como 
hospitais, farmácias, entre outros. No final dessa primeira etapa, a elaboração de um resumo 
atualizado dos trabalhos prévios foi realizada. 
 
A etapa de campo foi realizada na área de Diamantina, município do Estado de Minas 
Gerais, no período de 1 a 11 de Abril de 2024. Essa etapa envolve a aquisição de dados geológicos 
pelos alunos, sob orientação dos professores, objetivando o treinamento de mapear uma área de 
complexidade tectono-estrutural. Além disso, o reconhecimento da estratigrafia e estrutura do 
terreno, a confecção de mapa e caderneta de campo. Os autores deste trabalho ficaram 
encarregados de realizar o mapeamento geológico dentro do município de Diamantina, tendo como 
resultado um mapa geológico-estrutural da área em escala 1:50.000. 
 
Por fim, a etapa pós campo se dá pela elaboração do presente relatório, realizado durante 
todo o período da disciplina, em que envolve o tratamento dos dados adquiridos no campo e a 
redação do texto final, acompanhado do mapa geológico-estrutural, seções estruturais, 
estereogramas e base de dados.
 
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2. GEOLOGIA REGIONAL 
 
2.1 Contexto Geotectônico 
 
O Cráton São Francisco (CSF) (Fig. 3), definido por Almeida (1977) como uma grande 
unidade tectônica no Brasil, que compreende a maior parte do Estado da Bahia e se estende às 
regiões vizinhas de Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Goiás. Foi entendido como uma porção 
interior e estável, que no final do Neoproterozoico, foi amalgamado através de uma série de 
colisões diacrônicas para formar a porção ocidental do continente Gondwana (Brito Neves et al., 
1999). 
 
O embasamento do CSF constitui um bloco Arqueano de orientação N-S, que aflora no 
extremo sul do Cráton, no Cinturão Mineiro, e a norte-nordeste do cráton que envolve os seguintes 
blocos Gavião, Jequié e Serrinha, além do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá. É formado por 
gnaisses TTG arqueanos, greenstone belts, granitóides, além de plútons e sequências supracrustais 
Paleoproterozoicas (Heilbron et al., 2017). 
 
A cobertura do CSF é formada por três grandes unidades tectônicas, que correspondem a 
Bacia Sanfranciscana, o Aulacógeno Parnamirim e parte do rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá, 
(Alkmim, 2004). 
 
 
 
Figura 3: Mapa do Cráton do São Francisco. Fonte: Modificado de Alkmin 
e Martins Neto (2001). 
 
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O município de Diamantina, está inserido na Província Mantiqueira. Possui uma faixa de 
direção NE-SW paralela à costa atlântica do sudeste e sul do Brasil, com cerca de 3.000 km de 
comprimento, se estendendo do paralelo 15° S até o Uruguai, fazendo limite com as províncias 
Tocantins, São Francisco e Paraná, sendo bordejada à leste, pela margem continental e pelas bacias 
marginais do Espírito Santo, Campos, Santos e Pelotas (Almeida et al., 1977, 1981). 
 
A Província Mantiqueira (Fig. 4), é um sistema orogênico Neoproterozoico, que engloba 
os orógenos Araçuaí, Ribeira, Brasília Meridional, Dom Feliciano e São Gabriel (Heilbron et al., 
2004). Esse domínio se desenvolveu durante a orogenia Brasiliana-Pan Africana, que resultou na 
amalgamação do Gondwana Ocidental (Brito Neves, 2003; Cordani et al., 2000; Schmitt et al. 
2004). 
 
 
 
É possível estabelecer uma subdivisão tectono-estratigráfica simplificada para a descrição 
de cada orógeno (Heilbron et al., 2004): 
a) Rochas do embasamento mais antigas que 1.7 Ga; 
b) Sucessões intracratônicas Paleproterozoicas a Mesoproterozoicas; 
c) Sucessões de margem passiva Neoproterozoicas; 
d) Arcos magmáticos associados a configurações de margem continental intraoceânica e 
ativa; 
e) Granitóides sin-colisionais relacionados a diferentes episódios colisionais; 
f) Sucessões sedimentares orogênicas tardias e magmatismo bimodal relacionado.
Figura 4: Subdivisão do Sistema Orogênico Mantiqueira. Fonte: Fonte: 
Heilbron et al., 2004. 
 
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O segmento setentrional da Província Mantiqueira é formado pelo Orógeno Araçuaí-Congo 
Ocidental (Fig. 5), desenvolveu-se em uma reentrância delineada pelos Crátons do São Francisco 
e Congo, entre os paralelos 15° e 21° S, durante o Neoproterozoico (Pedrosa-Soares et al., 1992, 
1998, 2001; Trompette, 1994; Pedrosa-Soares & Wiedemann Leonardos, 2000; Alkmin et al., 
2003). 
 
Os compartimentos tectônicos principais do Orógeno Araçuaí são divididos em dois, o 
primeiro é o Domínio Externo, que circunscreve a margem sudeste do Cráton do São Francisco e 
se caracteriza como uma faixa de dobramentos e empurrões; já o segundo, é o Domínio Interno; e 
a inflexão setentrional que contém segmentos destes dois domínios, porém apresenta feições 
tectônicas particulares (Almeida et al., 1977, 1981). 
 
No Domínio tectônico Externo do Orógeno Araçuaí, estão esculpidos segmentos da Serra do 
Espinhaço e chapadas do norte-nordeste de Minas Gerais. O Domínio Externo se caracteriza pelo 
transporte tectônico contra o Cráton do São Francisco, metamorfismo da fácies xisto verde a 
anfibolito nas rochas supracrustais e ausência de magmatismo orogênico. O limite oriental do 
Domínio tectônico Externo é balizado pela fronteira leste do Grupo Macaúbas. Entretanto, no 
embasamento(a exemplo do Bloco Guanhães) este limite se situa mais a oeste, onde estão expostos 
níveis crustais profundos que foram envolvidos na Orogênese Brasiliana (Almeida et al., 1977, 
1981). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 5: Seção estrutural E-W do Orógeno Araçuaí no paralelo de Teófilo Otoni. 1- Grupo Bambuí (cobertura 
cratônica); 2- Falha de cavalgamento basal separa a borda leste do Cráton São Francisco do domínio externo do 
orógeno; 3- Grupo Macaúbas (glaciogênico proximal); 4- Grupo Macaúbas distal (Formação Ribeirão da Folha). 
Domínio tectônico interno; 5 - Lascas tectônicas de rochas ultramáficas; 6 - Seção vulcano-sedimentar da 
Formação Ribeirão da Folha; 7 - Granito G4; 8 - Zona de sutura; 9 - Arco magmático G1; 10 - Suites G2 e G3 
(zona de anatexia); 11- Granito G5; 12- Paragnaisses. Fonte: Heilbron et al., 2004. 
 
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O Domínio Interno é caracterizado pelo extensivo plutonismo orogênico, contando com 
presença de remanescentes oceânicos e do arco magmático cálcio alcalino e metamorfismo de alto 
grau nas rochas relacionadas. Este domínio é subdividido em dois subdomínios: um setentrional, 
a norte do paralelo 19°S, que engloba a zona de anatexia sin a pós colisional; e um meridional, a 
sul do paralelo 19°S, caracterizado por zonas de cisalhamento destrais com mergulhos altos, 
plútons graníticos que exibem suas raízes máficas e rochas metamorfizadas em fácies anfibolito 
alto e granulito (Heilbron et al., 2004). 
 
O embasamento do setor setentrional do Orógeno Araçuaí é composto por rochas arqueanas 
gnáissicas do tipo TTG, com remanescentes de greenstone belts, sequências supracrustais 
Paleoproterozoicas e suítes graníticas, afetadas pela Orogenia Transamazônica e retrabalhadas 
pela Orogenia Brasiliana; unidades do Paleoproterozoico Superior e Mesoproterozoico, 
representadas por rochas metassedimentares do Supergrupo Espinhaço e por granitos 
anorogênicos da Suíte Borrachudos (Pedrosa-Soares et al., 2001). 
 
As sucessões estratigráficas do Supergrupo Espinhaço estão relacionadas com períodos 
distintos de formação de bacias ao longo da existência do paleocontinente Congo-São Francisco 
(Fig. 6),o qual foi dividido em sete estágios (Alkmin et al., 2004), porém no Espinhaço tem 
destaque o estágio IV e VII. 
 
O estágio IV, no Espinhaço, ocorre uma evolução de Cráton para Orógeno, por volta de 1,75 
Ga, composto por rede de riftes, marcando a tafrogênese Estateriana. Este complexo de riftes se 
desenvolveu na margem sudeste do futuro Cráton São Francisco, sendo orientado segundo a 
direção norte-sul e preenchido pelos metassedimentos do Supergrupo Espinhaço (sequência do 
Espinhaço I) (Uhlein et al., 1989). 
 
O estágio VII é marcado pela orogenia do Ciclo Brasiliano, de idade Neoproterozoica. É 
caracterizado por uma tectônica de inversão, uma vez que se cessa o tectonismo distensional e se 
inicia um regime compressional, que deu origem ao supercontinente Gondwana. O Supergrupo 
Espinhaço foi deformado e metamorfizado em baixo grau durante a Orogênese Brasiliana (Uhlein, 
A., Trompette, R., & Egydio-Silva, M., 1995). 
 
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Figura 6: Desenho esquemático ilustrando a evolução da Serra do Espinhaço desde sua deposição na fase 
distensiva até a deformação na fase compressiva, Alkmim, 2012. Fonte: Alkimim, et al., 2012. 
 
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2.2 Unidades Litoestratigráficas 
 
O Supergrupo Espinhaço (Fig. 7) está totalmente exposto, tendo uma diferenciação 
faciológica nas áreas leste e oeste do aulacógeno Paramirim, correspondendo à Serra do Espinhaço 
Setentrional e à Chapada Diamantina. Essa área é de grande interesse geológico, devido ser de 
grande importância econômica, que é instigado devido conter mineralizações diamantíferas que 
estão relacionados aos metassedimentos grossos da Formação Sopa Brumadinho. Este Supergrupo 
é subdividido em dois Grupos, em que na base é representado pelo Grupo Diamantina e no topo 
há o Grupo Conselheiro Mata (Dossin et al., 1984). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 7: Simplificação da estratigrafia do Supergrupo Espinhaço. O rifte é dividido em duas bacias. *Conforme 
proposto por Santos et al. (em prep.). **Unidade adicionada por Almeida-Abreu (1993). Fora de escala. Fonte: 
Modificações a partir dos trabalhos de Pflug (1968), Schöll & Fogaça (1979) e Dossin et al. (1984). 
 
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2.2.1 Complexo Gouveia 
 
O Complexo de Gouveia (2.8 G.a) congrega principalmente rochas granodioríticas, 
tonalíticas e graníticas, com faixas subordinadas de migmatitos e anfibolitos. Os limites marginais 
a oeste e leste do complexo são marcados por zonas de cisalhamento, com espessuras de até 
dezenas de metros, constituídas por milonitos da fácies xisto verde (Hoffmann, C., 1981). 
 
Na maioria dos casos, tratam-se de rochas compostas por quartzo, plagioclásio 
(oligoclásio/andesina), feldspato potássico (microclina), moscovita e biotita; anfibólios 
(hornblenda e actinolita) podem também ocorrer como constituintes importantes. Os acessórios 
estão representados por epidoto, clorita, calcita, apatita, zircão e opacos (especialmente magnetita 
e pirita), sendo que nas faixas milonitizadas é frequente a presença de turmalina preta. De acordo, 
com a composição petrográfica dessas rochas podem ser distinguidos granodioritos, tonalitos e 
monzogranitos como termos de ocorrência mais frequente (Hoffmann, C., 1981). 
 
2.2.2 Supergrupo Rio Paraúna 
 
 
O Supergrupo Rio Paraúna está representado por um conjunto vulcano-sedimentar com 
espessuras máximas ao redor de 500 m. No âmbito da Folha Diamantina, este Supergrupo está 
representado pelos Grupos Costa Sena e o Pedro Pereira. 
 
O Grupo Pedro Pereira é uma unidade inferior, do Supergrupo Rio Paraúna. Tendo sua área 
de ocorrência restrita aos arredores do vilarejo homônimo, ao sul e fora dos limites da folha. Sendo 
representado por uma associação de rochas metamáficas a metaultramáficas, ácidas e 
metassedimentos de origem química (BIF’s e metacherts) (Almeida-Abreu, PA., 1995). 
 
O Grupo Costa Sena faz parte da unidade superior, do Supergrupo Rio Paraúna, sendo a 
principal unidade do Supegrupo. É representado por uma sequência de sericita-xisto com variada 
quantidade de quartzo e de cianita. Pode conter lazulita, turmalina e hematita (Almeida-Abreu, 
PA., 1995). 
 
2.2.3 Formação Bandeirinha 
 
A Formação Bandeirinha, embora de expressão restrita em área, exibe excelentes condições 
de afloramento e um elenco de estruturas primárias de notável grau de preservação. Destacam-se 
as estratificações cruzadas tabulares de médio e grande porte (extensões métricas), ângulo 
invariavelmente muito baixo (10-15°) e tangenciais a base dos estratos; as acanaladas, por outro 
lado, são pouco frequentes. Possui feições por deposição de correntes e estão tipificadas pelas 
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2.2.3. Supergrupo Espinhaço!!
 
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marcas onduladas, simétricas e assimétricas. Outras estruturas, comuns sobretudo nos quartzitos 
com bandamento ferruginoso fino, incluem laminações plano-paralelas, irregulares ou lenticulares 
e laminações cruzadas (Fogaça et al., 1984) 
 
Com base nesta caracterização para a Formação Bandeirinha, Fogaça & Schöll (1984), 
visualizam uma sedimentação em ambiente praial, ao contrário de Almeida-Abreu, P. A., (1993), 
que coloca a unidade como tendo sido depositada em ambiente continental, sob influência de um 
contexto fluvial e com retrabalhamento eólico. 
 
2.2.4 Grupo Diamantina 
 
O Grupo Diamantina é composto por três formações basais. Da base para o topo ocorre as 
Formações São João da Chapada, Sopa Brumadinho e Galho do Miguel, que estão expostas nas 
redondezas da Cidade de Diamantina (Dossin et al., 1984) 
 
2.2.4.1. Formação São Joãoda Chapada 
 
Ocorre fazendo um contato brusco com esses metassedimentos basais, ou às vezes 
recobrindo diretamente os xistos do Grupo Costa Sena, visualiza-se em inúmeros locais onde se 
expõe a Formação São João da Chapada, um horizonte de rochas originalmente magmáticas, 
genericamente conhecidas como filitos hematíticos e constituindo tipos metamórficos variados, 
quartzitos finos até grossos, com estratificações plano paralelas, cruzadas tabulares e acanaladas 
de baixo ângulo e ainda pelitos. As rochas são bastante densas e de coloração acinzentada, 
apresentando uma mineralogia à base de moscovita, sericita e hematita (às vezes clorita). A 
turmalina dispõe-se em cristais ou rosáceas isoladas, ou em faixas praticamente constituídas de 
turmalina e opacos (Chemale Jr, Farid et al., 2011). Há ainda ocorrência de lentes de 
metaconglomerados e/ou metabrechas. O ambiente de deposição indica que é fluvial do tipo 
braided (Garcia & Uhlein 1987). 
 
Entre as formações São João da Chapada e Sopa-Brumadinho há um limite que ocorre 
localmente, sendo definido como uma superfície de discordância angular (Chemale Jr, Farid et al., 
2011). 
 
 
 
 
 
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2.2.4.2 Formação Sopa Brumadinho 
 
A Formação Sopa Brumadinho tem larga distribuição na Folha Diamantina e representa a 
unidade mais importante de todo Supergrupo Espinhaço por permitir correlações estratigráficas 
em nível regional e deter um potencial econômico reconhecidamente importante para toda a 
cordilheira. Sua seção tipo situa-se a norte do povoado de Guinda (Pflug R., 1968) abrangendo 
exposições de metapelitos, metaconglomerados polimíticos, além de níveis localizados de 
metavulcanitos básicos (xistos verdes), hematita filito, quartzitos finos e micáceos, com 
estratificações plano-paralelas e cruzadas de baixo ângulo, com intercalações de filitos, de 
espessura centimétrica a métrica (Dussin et al., 1990). 
 
Na base da Formação Sopa Brumadinho, representa uma associação de 30-40 m de 
espessura de filitos e quartzitos micáceos finos, tipifica o Membro Datas. Poucos afloramentos e 
morfologia suave permitem traçar este nível por dezenas de quilômetros quadrados na região 
central-mediana da serra (áreas de Guinda e Gouveia, especialmente). Na Serra da Miúda, este 
pacote é facilmente visualizado no seu flanco meridional, balizado pelos contatos com quartzitos 
inferiores da Formação São João da Chapada (Chemale Jr, Farid et al., 2011). 
 
2.2.4.3 Formação Galho do Miguel 
 
A Formação Galho do Miguel constitui-se principalmente de metarenitos de granulação 
fina a média e como feições características possuem, estratificações cruzadas tabulares e 
acanaladas de grande porte e de baixo ângulo (Pflug R., 1968; Schöll, 1980; Almeida-Abreu, 1993). 
Há ainda marcas de ondas assimétricas, de cristas sinuosas. O padrão granulométrico 
(predominantemente bimodal), que ocorre associado às feições texturais e estruturas sedimentares, 
indicam ambiente eólico (Dossin et al., 1987), com desenvolvimento local de playas 
provavelmente com depósitos do tipo wadi (Almeida-Abreu, P. A., 1993). 
 
2.2.5 Grupo Conselheiro da Mata 
 
O Grupo Conselheiro da Mata integra o topo e é composto por cinco formações, sendo 
elas, Santa Rita, Córrego dos Borges, Córrego Bandeira, Córrego Pereira e Rio Pardo Grande. Seu 
ambiente é marinho com condições predominantemente transgressivas na bacia toda (Dossin et 
al., 1990). 
 
 
 
 
 
 
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Destacar
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Destacar
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2.2.5.1 Formação Santa Rita 
 
A Formação Santa Rita é registrada por um progressivo aprofundamento da lâmina de água 
na bacia, sendo composta por quartzitos finos com ripples drifts, laminação plano-paralelas com 
raras intercalações de metapelitos, que estão marcando a base da sequência. No topo tem 
predomínio de metassiltitos e filitos, intercalados com lentes de quartzitos finos. A litologia e as 
estruturas sedimentares são sugestivas de deposição em ambiente marinho raso, sendo mais 
restrito, como evidenciado pela presença de depósitos de barras de plataforma. Estruturas cruzadas 
com truncamento por ondas (hummockys) são reconhecidas, designando a ação de tempestades na 
bacia (Dossin et al., 1990). 
 
2.2.5.2 Formação Córrego dos Borges 
 
A Formação Córrego dos Borges contém quartzitos de granulometria de fina a média, 
muitos micáceos com laminações plano-paralelas, marcadas por níveis sub milimétricos de óxidos 
de ferro. Estratificações cruzadas acanaladas truncadas por ondas podem ser encontradas. A 
associação na unidade mostra que houve uma distinção de dois ambientes deposicionais. O 
primeiro é marinho raso a litorâneo, com ondas de tempestades e canais de tipo washover. O 
segundo está representado pelo avanço de uma frente deltaica sobre os sedimentos marinhos rasos 
subjacentes, marcando um novo episódio regressivo na bacia (Dossin et al., 1990). 
 
2.2.5.3 Formação Córrego da Bandeira 
 
A Formação Córrego da Bandeira é definida por um novo aprofundamento da lâmina de 
água, no qual é composto de quartzito fino, com estratificação cruzada centimétrica e marcas de 
ondas, que transacionam a metassiltitos acinzentados com laminações plano-paralelas. Ocorre de 
forma subordinada lentes de filitos. O ambiente deposicional corresponde ao marinho raso, estando 
sujeito a ação de ondas e tempestades (Dossin et al., 1983, 1990). 
 
2.2.5.4 Formação Córrego Pereira 
 
A Formação Córrego Pereira possui quartzitos feldspáticos finos com cruzadas acanaladas, 
cruzadas sigmoidais, marcas de onda e hummockys. Para o topo há intercalações de metapelitos 
que marcam um aprofundamento da lâmina de água. Há ainda quartzitos com estratos cruzados tipo 
espinha de peixe e estruturas de slumps associados. O ambiente deposicional é marinho raso, com 
ação de tempestades, relacionado a planícies arenosas de intermarés (Dossin et al., 1983, 1990). 
 
 
 
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2.2.5.5 Formação Rio Pardo Grande 
 
A Formação Rio Pardo Grande define o topo desse grupo, predominando metassiltitos, 
filitos e quartzitos muitos finos, no formato de finas intercalações rítmicas. É comum nos 
intervalos ocorrer laminações lenticulares e wavy, assim como as estruturas diagenéticas de 
fluidização. Nas camadas quartzíticas, as estruturas comuns são cruzadas acanaladas e sigmoidais 
centimétricas. De forma local, há lentes de mármores dolomíticos de espessura métrica. O 
ambiente deposicional registrado é de mar raso, com porções da bacia sujeitas à atuação de ondas 
e de marés e localmente com porções mais restritas com sedimentação carbonática (Garcia & 
Uhlein, 1987). 
 
2.2.8 Supergrupo São Francisco 
 
O Supergrupo São Francisco, assim como o Supergrupo Espinhaço, mostra amplas 
diferenças físicas entre as áreas da parte oeste e leste, estando preservado apenas nos baixos 
estruturais. No Espinhaço Setentrional, o Supergrupo São Francisco está sendo retratado pelo 
Grupo Santo Onofre, que possui um espesso pacote turbidíticos, sendo correlacionável ao Grupo 
Macaúbas (Schobbenhaus, 1996 e Danderfer, 2000). 
 
O Grupo Macaúbas é constituído basicamente por uma sequência proximal, caracterizada 
por depósitos glaciogênicos e transicionais, e outra distal, dominada por túrbidos de margem 
passiva e restos ofiolíticos (Pedrosa-Soares et al., 1998) 
 
O Grupo Bambuí contém sedimentos pelítico-carbonáticos. Esses sedimentos são 
interpretados como depósitos de plataforma marinha estável, associados ao preenchimento de uma 
bacia de antepaís, em relação ao cinturão de dobras e falhas de cavalgamento da faixa Brasília 
(Martins-Neto & Alkmim 2001). 
 
2.3 Magmatismo 
 
Na fase Rifte (1.7 G.a) da bacia do Espinhaço, há ocorrência de rochas vulcânicas na parte 
inferior do Grupo Diamantina, intercalando ou cortando a sequência sedimentar. Devido a 
estratigrafia, háindícios de que o vulcanismo foi iniciado em um estágio antecipado da bacia, 
estando ativo no período de sedimentação das Formações São João da Chapada e Sopa 
Brumadinho. Essas rochas cortam o embasamento ou ocorrem como derrames de lavas 
intercalados com tufos, preenchem diques verticais (Dussin, I. A., & Dussin, T. M., 1995). Há 
ainda o Granito São Felix, que também está relacionado a abertura do rifte Espinhaço, que através 
de datações Pb-Pb em zircões, geraram idade de 1729 ±14 G.a (Dossin et al., 1993). 
 
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Um dos principais questionamentos sobre a evolução da Bacia Espinhaço envolve a origem 
e a importância dos filitos hematíticos. As opiniões divergentes levaram à sugestão de que o 
magma original poderia ser ácido (Moraes & Guimarães, 1930), intermediário (Correns 1932), 
traquítico (Barbosa, 1951), básico (Scholl & Fogaça, 1981; Knauer & Schrank, 1993) e ultrabásico 
(Herrgesell, 1984). As datações U/Pb em zircões dos filitos hematíticos apresentam idade de 1.7 
G.a para a cristalização original do protólito vulcânico (Dossin et al., 1993; Dossin & Dossin 
1995). Essa datação está em sincronia com a origem dos riolitos de Conceição do Mato Dentro, 
que ocorreu no mesmo evento extensional que também gerou os granitos da Suíte Borrachudos. 
Esse período deve ser interpretado como um estágio evolutivo da fase de rifte, caracterizado pela 
significativa atividade vulcânica de natureza bimodal, comum em riftes continentais (Brito-Neves 
et al., 1979; Machado et al., 1989). 
 
Na Fase Pós-Rift, a idade desse evento é ainda desconhecida. Devido ter a presença de 
descontinuidades erosivas locais entre as sequências rifte e pós-rifte, indicam a existência de um 
intervalo de tempo no qual a deposição de sedimentos estava ausente (Dussin, I. A., & Dussin, T. 
M., 1995). 
 
No início do Neoproterozoico, por volta de 900 M.a, um segundo período de extensão 
crustal ocorreu na região. Nas regiões próximas ao Cráton, as extensões foram pequenas e a fratura 
da crosta foi indicada pela intrusão de diques toleíticos, que cortam todas as sequências do 
Supergrupo Espinhaço e seu embasamento. Não houve neste período formação de grandes bacias 
de deposição e não foram reconhecidos derrames de lavas expressivos (Dussin, I. A., & Dussin, 
T. M., 1995). 
 
2.4 Geologia Estrutural e Metamorfismo 
 
A estruturação tectônica da Serra do Espinhaço foi imposta por falhas de empurrão de 
baixo a médio ângulo, vergentes para oeste, logo indica esse transporte tectônico para oeste em 
direção do Cráton de São Francisco (Almeida-Abreu et al., 1986). Estas falhas foram responsáveis, 
pelo empilhamento das unidades faladas anteriormente, a partir de descolamentos inter e intra-
estratais, além de inversões estratigráficas que colocaram rochas do embasamento pré-Espinhaço 
(gnaisses e xistos) sobre as sequências metassedimentares do Supergrupo Espinhaço (Uhlein & 
Pedreira, 1989). 
 
 
 
 
 
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E o filito Hematítico?!!
 
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Durante a estruturação tectônica da Serra do Espinhaço, foi gerada uma foliação de direção 
predominante N-S, com mergulhos de baixo a médio ângulo para leste, marcante em quase todas 
as rochas. A direção é geralmente, paralela ao acamamento dos metassedimentos e está presente 
nos quartzitos, xistos e filitos metassedimentares, xistos máficos e ultramáficos, metabasitos e 
formações ferríferas. É definida principalmente pela orientação de micas, cloritas, anfibólios, talco 
e hematita. Nas zonas de cisalhamento, a foliação tem textura milonítica, tornando-se 
anastomosada e apresentando estruturas do tipo S-C, que indicam transporte geral de leste a oeste. 
Devido a alteração hidrotermal, transformou as rochas em quartzo-muscovita xisto milonítico, de 
forma local, preserva restos de sua mineralogia ou mesmo de suas estruturas e texturas originais 
(Uhlein & Pedreira, 1989). 
 
O metamorfismo impresso nas rochas do Espinhaço Meridional é de caráter regional, não 
ultrapassando a fácies xisto verde, com gradientes que aumentam de norte para sul e de oeste para 
leste (Uhlein & Pedreira, 1989). As fases metamórficas correspondem a diferentes fases de 
deformação, cada uma delas caracterizada por dobras de atitude mais ou menos constante e por 
falhas de empurrão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Quais e quantas fases?!!
 
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3. GEOLOGIA LOCAL 
 
3.1 Introdução 
 
As áreas de estudo apresentam rochas metavulcano-sedimentares metamorfizadas em 
baixo grau. Os afloramentos estudados e observados encontram-se em geral intemperizados nos 
graus I e II. Foram agrupadas em 6 litofácies: 
 
3.2 Unidades Litofaciológicas 
 
3.2.1 Grupo Pedro Pereira 
 
O Grupo Pedro Pereira, aflora principalmente em cortes de estrada e em cristas. A litologia 
é caracterizada por uma intercalação de xistos de coloração acinzentada e verde. Os xistos, de 
coloração acinzentada apresentam granulação fina e mineralogia composta por quartzo, muscovita 
e grafita. Há ainda intercalações de veios de quartzo com grafita (Fig. 8). Já os xistos verdes, são 
marcados pela presença de clorita e magnetita limonitizada, apresentando granulação fina, com 
quartzo e muscovita em sua mineralogia típica, em alguns casos encontram-se intemperizados 
(Fig. 9). 
 
 
 
3.2.2 Grupo Costa Sena 
 
O Grupo Costa Sena representa o embasamento da bacia do Espinhaço, estando abaixo da 
Formação Bandeirinha ora da Formação São João da Chapada. Sendo o Grupo Pedro Pereira a 
unidade inferior e o Costa Sena a unidade superior. 
 
 
Figura 9: Xisto verde intemperizado em corte de 
estrada. Fonte: Gabriel Braga de Oliveira. 
 
Figura 8: Xisto grafitoso, de coloração acinzentada, 
em amostra de mão. Fonte: André Muhaisen. 
 
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A inidade?!!
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Unidades Litoestratigráficas ?!!
 
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A unidade é encontrada na área principalmente ao longo de cristas, em pastos e campos de 
capim. A rocha é representada por um grupo de xistos de coloração acinzentada a esverdeada, que 
gradam para quartzitos impuros, que são constituídos de quartzo, biotita, muscovita, sericita e 
cianita (varia de negra a azul). Em alguns trabalhos na região (DA SILVA, 2008; Dossin et al., 
1990), há citações de que há ocorrência de lazulita, porém não foi encontrada neste presente 
trabalho (Fig. 10 e 11). 
 
 
 
3.2.3 Formação Bandeirinha 
 
A Formação Bandeirinha ocorre de forma descontínua nas áreas de estudo. Essa unidade 
aflora principalmente em cristas (Fig. 12) e encaixada em drenagens (Fig. 13). O grau de 
alterabilidade é em geral baixo. A Formação é representada por quartzitos de granulação fina a 
média, de coloração avermelhada. A variação de cor de rosa avermelhado a branco dos quartzitos 
é sua principal característica (Fig. 14). Apresenta estratificações cruzadas tabulares de pequeno a 
médio porte (Fig. 15), geralmente a direção da paleocorrente varia de 70 a 75, é unimodal para a 
direção NE. Seus estratos são centimétricos e descontínuos. Pode apresentar níveis mais micáceos 
e com cianita, dessa forma possuem a foliação bem marcada e laminada. Além disso, as lineações 
de estiramento são as mais evidentes (Fig. 16). A cianita ocorre de forma mais concentrada em 
regiões fraturadas preenchidas por veios de quartzo (Fig. 17). 
 
Essa Formação representa a porção basal da bacia do Espinhaço. Foi possível visualizar 
sua desconformidade com o embasamento e sua discordância angular com a unidade acima, São 
João da Chapada. Também foi possível observar um conduto do filito hematítico, pertencente a 
unidade São João da Chapada, que atua cortando a Formação Bandeirinha. Em alguns casos, a 
Figura 10: Afloramento típico da rochacianita-
sericita-xisto. Fonte: Gabriel Braga de Oliveira. 
 
Figura 11: Cianita-sericita-xisto, de coloração esverdeada, 
em amostra de mão. Fonte: André Muhaisen. 
 
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Formação Bandeirinha ocorria em contato com a Formação Sopa Brumadinho, assim dessa forma 
possui um contato tectônico através de uma falha de empurrão (Anexo Perfil). 
 
Observando sua paragênese mineral e as intercalações de rochas, é possível inferir que a 
variação litofaciolófica da Formação Bandeirinha é típica de um ambiente fluvial, gradando para 
um marinho raso, nas suas porções mais laminadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 12: Afloramento de quartzito em crista. Fonte: 
Angelo de Cesero. 
 
 
Figura 13: Afloramento de quartzito encaixado na 
drenagem. Fonte: Juliana di Mattia. 
 
Figura 14: Quartzitos de coloração avermelhada. Fonte: 
Angelo de Cesero. 
 
 
Figura 15: Estratificação cruzada tabular de pequeno porte 
no quartzito. Fonte: Juliana di Mattia. 
 
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3.2.4 Formação São João da Chapada 
 
 
A Formação São João da Chapada ocorre em abundância nas áreas de estudo. Essa unidade 
ocorre em lajedos (Fig. 18) e encaixados em drenagens (Fig. 19). Possui pacotes quartzíticos 
espessos, que sustentam as serras, sendo uma delas a Serra do Morro do Chapéu, localizado na 
área do Grupo 1. 
 
 
 
A Formação é representada por quartzitos de granulação fina a grossa, que podem ser 
micáceos, com níveis pelíticos e níveis de opacos. Seus estratos geralmente podem ser espessos e 
são bastantes contínuos. É comum a ocorrência de lentes de metaconglomerados e/ou metabrechas, 
com seixos principalmente de quartzito e quartzo de veio em matriz quartzosa, às vezes micácea. 
 
 
 
Figura 16: Lineação de estiramento bem marcada no 
quartzito. Fonte: Letícia Brandão. 
 
Figura 17: Fraturas preenchidas com veios de quartzo. 
Fonte: Pamela Luana. 
. 
 
Figura 19: Afloramento de quartzito encaixado na 
drenagem. Fonte: Letícia Brandão. 
 
Figura 18: Afloramento em lajedos, de quartzitos. Fonte: 
Pamela Luana. 
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Lineação sofrida?!!
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E as estruturas sedimenatres encontradas?!!
 
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O nível mais característico é marcado pelo filito hematítitco (Fig. 20). As rochas 
metavulcânicas são bastante densas, de coloração acinzentada, apresentando uma mineralogia 
simples à base de muscovita, sericita e hematita. Devido possuir uma relação intrusiva com as 
outras unidades, sabe-se que a sua idade de formação é mais nova que a Formação São João da 
Chapada e é mais velha que a Formação Sopa Brumadinho. Em um ponto realizado na área (DT-
01-54) foi possível observar seu caráter intrusivo com a Formação Bandeirinha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Essa Formação faz parte da porção inferior da bacia do Espinhaço. Foi possível observar 
sua paraconformidade com a Formação que ocorre abaixo (Bandeirinha). Em muitos casos, a 
Formação São João da Chapada está em contato com o Grupo Costa Sena, seja por contatos 
tectônicos, erosivos ou deposicionais, levando em consideração o caráter descontínuo dos estratos 
da Formação Bandeirinha. O contato litológico com a Formação acima (Sopa Brumadinho) é dado 
por uma discordância angular, de aproximadamente de 10º, que segundo Chemale, 2012 tem cerca 
de 500 M.a de hiato erosivo. 
 
A variação litofaciológica observada da Formação São João da Chapada, é possível inferir 
que seu contexto de deposição é típico de um ambiente aluvial-fluvial, de uma bacia 
intracontinental. 
 
A Formação São João da Chapada apresenta estruturas sedimentares, como quartzitos de 
granulação variada e lentes de metaconglomerados e metabrechas, que são típicas de um ambiente 
deposicional aluvial-fluvial em uma bacia intracontinental. Os estratos espessos e contínuos, junto 
com a presença de níveis pelíticos e lentes de metabrechas com seixos de quartzito e quartzo, 
indicam deposição em ambientes de alta energia, como leques aluviais e rios entrelaçados. A 
ocorrência de filito hematítico e rochas metavulcânicas com mineralogia simples também sugere 
processos sedimentares e vulcânicos ativos durante a formação da bacia. 
 
Figura 20: Amostra de Mão do filito hematítico, de 
coloração acinzentada. Fonte: Susana Ferreira. 
 
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Na F. São João da Chapada, as vezes, concordante?!!
 
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3.2.5 Formação Sopa Brumadinho 
 
A Formação Sopa Brumadinho ocorre em abundância nas áreas de estudo. Essa unidade 
ocorre em lajedos (Fig. 21), cristas (Fig. 22) e encaixados em drenagens (Fig. 23). É comum 
encontrar antigas lavras de diamante em regiões que o Sopa Brumadinho aflora, devido ao alto 
interesse econômico nos diamantes que fazem parte da matriz dos conglomerados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 21: Afloramento do Sopa Brumadinho em lajedo. 
Fonte: Susana Ferreira. 
 
Figura 22: Afloramento do Sopa Brumadinho em crista. 
Fonte: Caio Couto. 
 
 
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A Formação Sopa Brumadinho é representada por metaconglomerados de clasto suportado 
(Fig. 24), com níveis centimétricos a métricos. São polimíticos. A matriz é composta de areia de 
granulação fina a média. Ocasionalmente pode ocorrer diamante, porém não foi encontrado no 
presente trabalho. Os seixos têm composições de conglomerados (Fig. 25 e 26) , assim como 
quartzitos, filitos, metaconglomerados, quartzos e riolitos. Os grãos são subarredondados a 
angulosos. 
 
 
Figura 23: Afloramento do Sopa Brumadinho encaixado 
na drenagem. Fonte: Vitória de Azevedo Silva. 
 
Figura 24: Afloramento típico dos conglomerados da Formação 
Sopa Brumadinho. Fonte: Vitória de Azevedo Silva. 
Figura 25: Detalhes dos seixos de conglomerados da 
Formação Sopa Brumadinho. Fonte: Caio Couto. 
 
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Além disso, também há hematita filito (Fig. 27), de coloração cinza prateado, bastante 
laminados. Em alguns pontos, (DT-01-49) foi possível observar magnetitas octaédricas presentes 
nos filitos. Intercalado por toda a unidade é possível encontrar quartzitos, de granulação fina a 
média, com estratificações cruzadas tabulares (Fig. 28) e acanaladas de pequeno a médio porte 
(Fig. 29), além de apresentar ondulações que pode ser uma marca de onda. A direção da 
paleocorrente é varia de 85 a 310, a depender da localidade, sendo de unimodal em direção NE. 
Seus estratos são centimétricos a métricos e contínuos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 26: Detalhes dos seixos de conglomerados da 
Formação Sopa Brumadinho. Fonte: Caio Couto. 
Figura 27: Hematita filito, de coloração cinza prateada, em 
amostra de mão. Fonte: André Muhaisen. 
 
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Essa Formação faz parte da porção superior da bacia do Espinhaço. Foi possível observar 
sua discordância angular com a unidade abaixo: São João da Chapada. O contato litológico com a 
Formação acima (Galho do Miguel) é dado por uma paraconformidade. Observando sua variação 
litofaciológica, é possível inferir que a Formação Sopa Brumadinho é típica de um ambiente 
aluvial-fluvial lacustrino dentro de um contexto de uma bacia do tipo rifte. 
 
A Formação Sopa Brumadinho apresenta estruturas sedimentares, como 
metaconglomerados de clasto suportadoe quartzitos com estratificações cruzadas tabulares e 
acanaladas, que indicam um ambiente deposicional aluvial-fluvial. As características dos 
conglomerados, com seixos subarredondados a angulosos e matriz de areia, e a presença de 
hematita filito e magnetitas, refletem processos de deposição em áreas de alta energia, como rios 
e leques aluviais, que foram posteriormente influenciados por atividades tectônicas e sedimentação 
lacustre, evidenciadas pelas ondulações e variações de paleocorrente. 
 
 
3.2.6 Formação Galho do Miguel 
 
A Formação Galho do Miguel ocorre nas porções mais topograficamente expressivas das 
áreas de estudo. Essa Formação sustenta as serras da região e aflora principalmente em paredões. 
É representada por quartzitos, de granulação fina, coloração esbranquiçada, localmente ocorre 
bimodalidade granulométrica. As estratificações cruzadas acanaladas, possuem como principal 
característica serem de médio a grande porte (Fig. 30). A direção da paleocorrente é polimodal, 
com predomínio das direções 100 e 160 (Fig. 31), devido ter uma variação das correntes eólicas. 
Seus estratos são métricos e contínuos. 
 
 
 
Figura 28: Afloramento de quartzito com estratificações 
cruzadas tabulares. Fonte: Gabriel Braga de Oliveira. 
 
Figura 29: Afloramento de quartzito com estratificações 
cruzadas acanaladas. Fonte: Juliana di Mattia. 
 
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É possível observar sua paraconformidade com a Formação abaixo (Sopa Brumadinho) e 
sua relação com a unidade acima não foi observada. Em relação a variação litofaciológica da 
Formação Galho do Miguel, pode ser considerada típica de um ambiente eólico, em um contexto 
de uma bacia tipo SAG. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 Geologia Estrutural 
 
A partir dos dados coletados em campo foi possível confeccionar um mapa geológico-
estrutural (Fig. 32 e Anexo), suas seções e o mapa de pontos da região de Diamantina (Anexo). O 
resultado de todas as áreas mapeadas foram agrupados para proporcionar um melhor entendimento 
de como a tectônica criou essa história deformacional que foi analisada neste trabalho. A partir 
dos dados obtidos em campo, foi possível identificar dois domínios estruturais. O primeiro 
domínio ocorre na área do Grupo 1, marcado pela presença de dobras anticlinais e o segundo 
domínio é representado pelas áreas dos Grupos 2 e 3 com a presença de empurrões e falhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 31: Diagrama com as direções da paleocorrente. 
Fonte: Pamela Luana. 
 
Figura 30: Afloramento de quartzito com estratificações 
cruzadas acanaladas de grande porte. Fonte: Susana 
Ferreira. 
 
 
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Figura 32: Mapa geológico-estrutural das áreas. Fonte: 
Susana Ferreira. 
Figura 33: Estereogramas dos S0 agrupados. Fonte: 
Letícia Brandão. 
Figura 34: Estereogramas dos S1 agrupados. Fonte: 
Vitória Azevedo. 
 
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É possível observar que o trend geral dos contatos litológicos e tectônicos do mapa da está 
aproximadamente para N-S, que acompanha o strike dominante das estruturas planares observadas 
em campo, foram plotadas no estereogramas (Fig. 33 e 34). A direção de mergulho dessas 
estruturas é para E, variando o ângulo de mergulho entre 20° e 40°, onde os planos que mergulham 
menos são os do acamamento sedimentar e os que mergulham mais os planos de clivagem. 
 
A foliação metamórfica encontrada nas rochas pode ser considerada como clivagem, logo 
são minerais que cresceram pouco. Isso seria mais um indicador de que se trata de um 
metamorfismo de baixo grau. Dessa maneira, a temperatura máxima deste evento não pode ter 
passado de 400°C. Com relação às estruturas lineares foram medidas, principalmente, lineações 
de estiramento (figura 35) e eixos de dobra (figura 36). Nota-se que as lineações possuem duas 
direções preferenciais para E-NE com caráter down-dip e ângulo médio de caimento de 35°. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao longo do mapeamento foram observadas fraturas tectônicas (Fig. 37) preenchidas por 
veios quartzo, que foram reproduzidas no diagrama de Roseta. As medidas indicam mergulho 
preferencialmente para NE. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura 37: Estereogramas das Fr agrupados. Fonte: 
Vitória Azevedo. 
Figura 35: Estereogramas dos Ln agrupados. Fonte: 
Gabriel Braga. 
Figura 36: Estereogramas dos E1 agrupados. Fonte: 
Gabriel Braga. 
 
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Destacar
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Destacar
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Caixa de texto
Melhor falar de quais direções ocorrem?!!
 
P
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G
E 
1
0 
 
3.4 Descrição das fases de deformação 
 
Na área analisada foi possível observar duas fases de deformação D1 e D2, ambas de 
caráter dúctil. A primeira fase, representada por um movimento compressional de direção E-O, 
gerou dobras com eixo N-S e caimento para N, falhas de empurrões, lineações de estiramento e a 
foliação principal com caimento para E. Já a segunda fase de deformação acarretou na formação 
de dobras com eixo E-O (Fig. 36). Além disso, é possível determinar uma terceira fase de caráter 
rúptil, marcada pela presença de falhas com direção E-O, responsáveis pelo deslocamento das 
camadas. 
 
3.5 Metamorfismo 
 
 
A área mapeada apresenta um metamorfismo regional Barroviano, que se encontra nas 
fácies de xisto verde, deve-se ao fato de ter a presença de clorita na composição mineralógica dos 
filitos. Além disso, a ausência de biotita nos filitos mapeados, é indicativo de que as rochas 
sofreram um metamorfismo de baixo grau. A falta de biotita é o fator mais diagnóstico dessa 
condição metamórfica, pois os minerais encontrados nas litologias da região, como os metarenitos, 
não são bons diagnósticos de metamorfismo. 
 
A foliação metamórfica encontrada nas rochas pode ser considerada como clivagem, logo 
são minerais que cresceram pouco. Isso seria mais um indicador de que se trata de um 
metamorfismo de baixo grau. Dessa maneira, a temperatura máxima deste evento não pode ter 
passado de 400°C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Destacar
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Destacar
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Caixa de texto
Temperatura baseada em que?!!
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Caixa de texto
Faltam as medidas médias do acamamento e das clivagens e suas variações?!!
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Caixa de texto
E as falhas de empurrão?!!
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Destacar
 
P
A
G
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1
0 
 
4. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E CONCLUSÕES 
 
A associação de rochas fornece evidências dos processos pelos quais passaram ao longo 
do tempo geológico. O contexto das áreas dos Grupos 1, 2 e 3, se insere em uma Bacia Sedimentar 
que sofreu com eventos deformacionais do Brasiliano, a qual relacionam-se ao Supergrupo 
Espinhaço. O embasamento pode ter resquícios da Orogênese Transamazônica, mas na maior parte 
dos casos esta orogênese está transposta pela deformação do Brasiliano. 
 
Na área de estudo, o arcabouço estrutural observado é: o Grupo Pedro Pereira, Grupo Costa 
Sena e o Supergrupo Espinhaço, a qual (Lopes-Silva & Knauer, 2011) mostra que os Grupos 
supracitados estão relacionados a Unidades Pré-Estaterianas que foi sobreposto por uma bacia 
sedimentar, o Supergrupo Espinhaço. 
 
As Unidades Pré-Estaterianas são relacionadas a granitóides, gnaisses e migmatitos de 
corpos anfibolíticos restritos (Scholl & Fogaça, 1981), as quais podem estar relacionadas a 
resquícios de um greenstone belt arqueano (Lopes & Knauer, 1981). 
 
O Supergrupo Espinhaço Inferior, composto pelas Formações Bandeirinha e São João da 
Chapada, são formados em um contexto de bacia tipo rifte com um ambiente deposicional eólico, 
lacustrino, aluvial e fan deltas (Chemale et al., 2011). Além disso, essa sequência foi intrudida 
pelo filito hematítico, sendo um nível guia importante do São João da Chapada. 
 
O Supergrupo Espinhaço Superior é representado na área de estudopelas Formações Sopa-
Brumadinho e Galho do Miguel. A passagem entre as formações São João da Chapada e Sopa 
Brumadinho é representada por uma discordância angular, marcada pela diferença de 10° no 
acamamento (Chemale et al., 2011), que acumulam cerca de 500 Ma de diferença. A Formação 
Sopa Brumadinho é formada em um contexto de bacia tipo rift em um ambiente deposicional de 
fan delta e lacustrino. Devido sua ampla variação faciológica é possível encontrar estratificações 
cruzadas, metaconglomerados polimíticos e marcas de ondas, a qual marca a variação de deposição 
continental e marinha dessa formação. Além disso, pode-se destacar a presença dos diamantes 
nessa unidade, que pode ser explicada através dos possíveis magmatismos de natureza 
kimberliticas (Dossin et al., 1990). A Formação Galho do Miguel é formada em um contexto de 
bacia tipo SAG em um ambiente deposicional eólico e plataformal, onde pode encontrar 
estratificações cruzadas de grande porte. 
 
O metamorfismo da área, está associado a deformação Brasiliana. Inserido em um contexto 
de metamorfismo regional de baixo grau (fácies xisto verde) e regime dúctil, nas quais formaram-
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Destacar
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1
0 
 
se as clivagens, recristalização do quartzo e dobras suaves com eixo N-S. Além de gerar essas 
estruturas planares, essa fase demarcou lineações de estiramento com caráter oblíquo para E-NE, 
característicos da componente direcional da Faixa Araçuaí (Dussin & Dussin, 1995). 
 
As rochas da área, sofreram uma segunda fase de deformação, descrita no Tópico 3.4. 
Nessa fase dobras suaves com eixo E-W foram geradas, causando um aspecto de ondulação na 
foliação principal. Somado a isso, houve uma terceira fase de deformação, com uma fase de caráter 
rúptil, sendo representada pela presença de falhas com direção E-O, responsáveis pelo 
deslocamento das camadas, o que pode ser visto principalmente na área do Grupo 2. 
 
Em consequência de soerguimento das rochas, as mesmas ficam mais expostas a ações 
intempéricas e erosivas. Como evidência de ação intempérica se faz necessário destacar a 
formação de áreas que são enriquecidas em diamante ao longo de regiões escavadas por drenagens. 
Além disso, há ainda a formação de crostas lateríticas na unidade das Metabásicas. Em 
consequência das ações erosivas pode-se destacar a geomorfologia da área, onde os quartzitos 
sustentam as serras e as faixas mais xistosas que representam os baixos da região. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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E as falhas de empurrão?!!
 
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5. ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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MAPA GEOLÓGICO-ESTRUTURAL 
 
 
 
 
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21
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14
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85
5
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19
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15152816
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11113020
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17
35
632000 634000 636000 638000 640000 642000 644000
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79
82
00
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79
84
00
0
Mapa Geológico-Estrutural
Legenda
Unidades Litoestratigráficas
Estruturas
UTM SIRGAS 2000 Zona 23S
1:50.000 JUNHO/2024
Topicos Especiais em Mapeamento 
Geológico 2024.1
B
B'
A'
C
C'
D D'
E E'
¯
0 1 20,5
Km
Metabásica
Fm. Galho do Miguel
Fm. Sopa Brumadinho
Fm. Sopa Brumadinho com
conglomerado polimítico
Fm. São João da Chapada
Fm. São João da Chapada 
com filito
Fm. Bandeirinha
Gp. Costa Sena
Gp. Pedro Pereira
Fm. São João da Chapada 
com filito hematítico
h
h
Foliação S1
Foliação S0
Contato Geológico
Seções Geológicas
Í
Dobra Antiformal
! Lineação de Estiramento
(( (( Falha de Empurrão
Falha Inferida
Docentes:
 André Muhaisen, Angelo de Cesero,
Caio Couto, Gabriel Braga, Juliana di Mattia,
Letícia Brandão, Susana Ferreira e Vitória de
Azevedo
 Ivo Dussin e Samuel Bersan
Discentes:
A
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Lápis
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Lápis
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Lápis
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Lápis
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A
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 MAPA DE PONTOS 
 
 
 
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Caixa de texto
Determinadas falhas de empurrão não foram bem terminadas e também não foram bem sinalizadas?!!
ivodu
Caixa de texto
Faltou sinalçizar as dobras?!!
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DT-03-47
DT-03-46
DT-03-45
DT-03-44DT-03-43
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DT-03-40
DT-03-39
DT-03-38
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DT-03-32
DT-03-31
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DT-03-25
DT-03-24
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DT-03-17
DT-03-16
DT-03-15
DT-03-14
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DT-03-10
DT-03-09
DT-03-08
DT-03-07
DT-03-06
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DT-03-03
DT-03-02
DT-02-75
DT-02-74DT-02-73
DT-02-71
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DT-02-54
DT-02-53
DT-02-51
DT-02-50DT-02-49
DT-02-46
DT-02-45
DT-02-44
DT-02-43
DT-02-41DT-02-40
DT-02-38
DT-02-37
DT-02-36
DT-02-35 DT-02-34
DT-02-33
DT-02-32DT-02-29
DT-02-28
DT-02-27DT-02-26 DT-02-25
DT-02-23
DT-02-22
DT-02-21DT-02-20DT-02-19
DT-02-18
DT-02-17
DT-02-16
DT-02-11
DT-02-10
DT-02-09DT-02-08
DT-02-07
DT-02-06
DT-02-04
DT-02-03
DT-02-01
DT-01-57
DT-01-56
DT-01-55DT-01-53
DT-01-52
DT-01-51
DT-01-50
DT-01-49
DT-01-48
DT-01-47 DT-01-46
DT-01-45
DT-01-44
DT-01-43 DT-01-42
DT-01-41DT-01-40DT-01-39DT-01-38
DT-01-37DT-01-36
DT-01-33DT-01-31
DT-01-29
DT-01-28
DT-01-27
DT-01-25
DT-01-24
DT-01-23DT-01-22
DT-01-21
DT-01-19
DT-01-17
DT-01-16DT-01-15
DT-01-13
DT-01-10
DT-01-08
DT-01-07
DT-01-06
DT-01-05
DT-01-04
DT-01-03
DT-01-02DT-01-01
632000 634000 636000 638000 640000 642000 644000
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Mapa de Pontos
UTM SIRGAS 2000 Zona 23S
1:50.000 JUNHO/2024
Topicos Especiais em Mapeamento 
Geológico 2024.1
Legenda
Área dos Grupos
¯
0 1 20,5
Km
!. Metabásica
!. Fm. Galho do Miguel
!. Fm. Sopa Brumadinho
"/ Fm. São João da Chapada
#0 Fm. Bandeirinha
!. Gp. Costa Sena
!. Gp. Pedro Pereira
Docentes:
 André Muhaisen, Angelo de Cesero,
Caio Couto, Gabriel Braga, Juliana di Mattia,
Letícia Brandão, Susana Ferreira e Vitória de
Azevedo
 Ivo Dussin e Samuel Bersan
Discentes:
 
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SEÇÕES GEOLÓGICAS 
 
 
 
 
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Caixa de texto
Faltou sinalçizar as dobras?!!
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A
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0 
 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
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Francisco: arcabouço estrutural e cenários evolutivos. A Bacia do São Francisco geologia e 
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