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P A G E 2 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO FACULDADE DE GEOLOGIA DEPARTAMENTO DE GEOLOGIA REGIONAL E GEOTECTÔNICA – DGRG TÓPICOS ESPECIAIS EM MAPEAMENTO GEOLÓGICO RELATÓRIO DE CAMPO DE TÓPICOS ESPECIAIS EM MAPEAMENTO GEOLÓGICO ÁREA: DIAMANTINA – MG GRUPO: 1 Susana Ferreira Caio Couto Letícia Brandão GRUPO: 2 Pamela Luana Juliana di Mattia Angelo de Cesero GRUPO: 3 Gabriel Braga Vitória de Azevedo André Muhaisen Orientadores: Prof. Ivo Antônio Dussin Prof. Samuel Moreira Bersan RIO DE JANEIRO 2024 ivodu Caixa de texto 8.5 ivodu Caixa de texto 7.5 ivodu Caixa de texto 7.5 P A G E 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................................. 3 1.1. Objetivos .................................................................................................................................................................... 3 1.2. Localização da Área e Acesso ................................................................................................................................... 3 1.3. Metodologia ............................................................................................................................................................... 5 2. GEOLOGIA REGIONAL ............................................................................................................................................. 6 2.1 Contexto Geotectônico............................................................................................................................................... 6 2.2 Unidades Litoestratigráficas .................................................................................................................................... 11 2.2.1 Complexo Gouveia ............................................................................................................................................... 12 2.2.2 Supergrupo Rio Paraúna....................................................................................................................................... 12 2.2.3 Formação Bandeirinha ......................................................................................................................................... 12 2.2.4 Grupo Diamantina ................................................................................................................................................ 13 2.2.4.1. Formação São João da Chapada ............................................................................................................................ 13 2.2.4.2 Formação Sopa Brumadinho................................................................................................................................... 14 2.2.4.3 Formação Galho do Miguel .................................................................................................................................... 14 2.2.5 Grupo Conselheiro da Mata ...................................................................................................................................... 14 2.2.5.1 Formação Santa Rita .............................................................................................................................................. 15 2.2.5.2 Formação Córrego dos Borges............................................................................................................................... 15 2.2.5.3 Formação Córrego da Bandeira ............................................................................................................................. 15 2.2.5.4 Formação Córrego Pereira ..................................................................................................................................... 15 2.2.5.5 Formação Rio Pardo Grande ................................................................................................................................... 16 2.2.8 Supergrupo São Francisco ......................................................................................................................................... 16 2.3 Magmatismo ................................................................................................................................................................. 16 2.4 Geologia Estrutural e Metamorfismo ............................................................................................................................ 17 3. GEOLOGIA LOCAL .................................................................................................................................................. 19 3.1 Introdução ................................................................................................................................................................ 19 3.2 Unidades Litofaciológicas ....................................................................................................................................... 19 3.2.1 Grupo Pedro Pereira ............................................................................................................................................. 19 3.2.2 Grupo Costa Sena ................................................................................................................................................. 19 3.2.3 Formação Bandeirinha ......................................................................................................................................... 20 3.2.4 Formação São João da Chapada ........................................................................................................................... 22 3.2.5 Formação Sopa Brumadinho ................................................................................................................................ 24 3.2.6 Formação Galho do Miguel.................................................................................................................................. 27 3.3 Geologia Estrutural .................................................................................................................................................. 28 3.4 Descrição das fases de deformação.......................................................................................................................... 31 3.5 Metamorfismo .......................................................................................................................................................... 31 4. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E CONCLUSÕES ........................................................................................................ 32 5. ANEXOS ..................................................................................................................................................................... 34 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................ 42 P A G E 2 1. INTRODUÇÃO 1.1. Objetivos O presente trabalho tem como principal objetivo proporcionar técnicas de mapeamento geológico de terrenos de bacias sedimentares Proterozoicas de baixo grau metamórfico, a partir da elaboração de um relatório técnico completo, além da apresentação, tratamento e interpretação dos dados obtidos no campo; subdividido em unidades litoestratigráficas, estruturas deformacionais, e metamorfismo, acompanhado de mapas geológico-estrutural, seções estruturais e estereogramas na região de Diamantina, MG. Através do conhecimento obtido nas aulas teóricas, das análises bibliográficas, da fotointerpretação, das observações, análises e dados colhidos em campo, é esperado a construçãode um mapa geológico-estrutural numa escala de 1:50.000 da área designada para cada grupo, que juntos englobam toda a área de estudo. Além disso, busca-se associar os aspectos estruturais descritos aos eventos tectônicos ocorridos na região, principalmente os referentes aos Ciclos Brasiliano. 1.2. Localização da Área e Acesso A área de estudo está localizada na região sudeste do Brasil (Fig.1A), na porção centro sul do Estado de Minas Gerais (Fig.1B), entre os municípios de Diamantina e Gouveia (Fig. 1C), que se encontra na folha Diamantina (SE-23-Z-A-III), confeccionada pelo IBGE no ano de 1977, na escala 1:100.000 (Fig. 2). O município Diamantina, situado no centro sul de Minas Gerais, faz divisa com os municípios de Bocaiuva, Carbonita, Senador Modestino Gonçalves, Couto de Magalhães de Minas, Serro, Datas, Gouveia, Monjolos, Augusto de Lima, Buenópolis, Olhos-d'Água e compreende a região do Vale Jequitinhonha (Fig. 1B). A área de estudos da disciplina foi dividida em 3 polígonos/áreas, sendo um polígono/área para cada grupo da turma. Tomando como base a UERJ, siga pela BR-101 por 4.7 km até a BR-040, em seguida, siga a BR-040 até Caetanópolis e pegue a MG-231. Em Curvelo, permaneça à direita e pegue a BR-259 e siga por 125 km até a cidade de Diamantina. ivodu Destacar P A G E 1 0 Figura 1: Localização Geográfica dos grupos. Fonte: QGIS. Susana Ferreira. Figura 2: Localização das áreas de estudo inseridas dentro dos limites, em vermelho na folha topográfica de Diamantina (SE-23-Z-A-III). Fonte: IBGE (1977). P A G E 1 0 1.3. Metodologia A disciplina Tópicos Especiais em Mapeamento Geológico, faz parte da grade curricular, do curso de graduação em Geologia, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). A metodologia é dividida em 3 etapas: pré-campo, campo e pós-campo. A etapa pré-campo foi composta por aulas teóricas realizadas na Faculdade de Geologia (FGEL) ministradas pelos docentes Ivo Antônio Dussin e Samuel Moreira Bersan, do Departamento de Geologia Regional e Geotectônica (DGRG). Nas aulas, vários assuntos foram abordados, em que os alunos tiveram aulas preparatórias sobre o contexto geológico regional da área de estudo e seus arredores. Além disso, nesta etapa, foi realizado um levantamento bibliográfico para buscar um maior conhecimento e melhor compreensão da área de estudo e juntamente realizou-se uma fotointerpretação (através do software Google Earth), demarcando todas as estradas para locomoção de transportes, trilhas, rios e drenagens, unidades e contatos litológicos, zonas homólogas e pontos de interesse como hospitais, farmácias, entre outros. No final dessa primeira etapa, a elaboração de um resumo atualizado dos trabalhos prévios foi realizada. A etapa de campo foi realizada na área de Diamantina, município do Estado de Minas Gerais, no período de 1 a 11 de Abril de 2024. Essa etapa envolve a aquisição de dados geológicos pelos alunos, sob orientação dos professores, objetivando o treinamento de mapear uma área de complexidade tectono-estrutural. Além disso, o reconhecimento da estratigrafia e estrutura do terreno, a confecção de mapa e caderneta de campo. Os autores deste trabalho ficaram encarregados de realizar o mapeamento geológico dentro do município de Diamantina, tendo como resultado um mapa geológico-estrutural da área em escala 1:50.000. Por fim, a etapa pós campo se dá pela elaboração do presente relatório, realizado durante todo o período da disciplina, em que envolve o tratamento dos dados adquiridos no campo e a redação do texto final, acompanhado do mapa geológico-estrutural, seções estruturais, estereogramas e base de dados. P A G E 1 0 2. GEOLOGIA REGIONAL 2.1 Contexto Geotectônico O Cráton São Francisco (CSF) (Fig. 3), definido por Almeida (1977) como uma grande unidade tectônica no Brasil, que compreende a maior parte do Estado da Bahia e se estende às regiões vizinhas de Minas Gerais, Sergipe, Pernambuco e Goiás. Foi entendido como uma porção interior e estável, que no final do Neoproterozoico, foi amalgamado através de uma série de colisões diacrônicas para formar a porção ocidental do continente Gondwana (Brito Neves et al., 1999). O embasamento do CSF constitui um bloco Arqueano de orientação N-S, que aflora no extremo sul do Cráton, no Cinturão Mineiro, e a norte-nordeste do cráton que envolve os seguintes blocos Gavião, Jequié e Serrinha, além do Cinturão Itabuna-Salvador-Curaçá. É formado por gnaisses TTG arqueanos, greenstone belts, granitóides, além de plútons e sequências supracrustais Paleoproterozoicas (Heilbron et al., 2017). A cobertura do CSF é formada por três grandes unidades tectônicas, que correspondem a Bacia Sanfranciscana, o Aulacógeno Parnamirim e parte do rifte Recôncavo-Tucano-Jatobá, (Alkmim, 2004). Figura 3: Mapa do Cráton do São Francisco. Fonte: Modificado de Alkmin e Martins Neto (2001). P A G E 1 0 O município de Diamantina, está inserido na Província Mantiqueira. Possui uma faixa de direção NE-SW paralela à costa atlântica do sudeste e sul do Brasil, com cerca de 3.000 km de comprimento, se estendendo do paralelo 15° S até o Uruguai, fazendo limite com as províncias Tocantins, São Francisco e Paraná, sendo bordejada à leste, pela margem continental e pelas bacias marginais do Espírito Santo, Campos, Santos e Pelotas (Almeida et al., 1977, 1981). A Província Mantiqueira (Fig. 4), é um sistema orogênico Neoproterozoico, que engloba os orógenos Araçuaí, Ribeira, Brasília Meridional, Dom Feliciano e São Gabriel (Heilbron et al., 2004). Esse domínio se desenvolveu durante a orogenia Brasiliana-Pan Africana, que resultou na amalgamação do Gondwana Ocidental (Brito Neves, 2003; Cordani et al., 2000; Schmitt et al. 2004). É possível estabelecer uma subdivisão tectono-estratigráfica simplificada para a descrição de cada orógeno (Heilbron et al., 2004): a) Rochas do embasamento mais antigas que 1.7 Ga; b) Sucessões intracratônicas Paleproterozoicas a Mesoproterozoicas; c) Sucessões de margem passiva Neoproterozoicas; d) Arcos magmáticos associados a configurações de margem continental intraoceânica e ativa; e) Granitóides sin-colisionais relacionados a diferentes episódios colisionais; f) Sucessões sedimentares orogênicas tardias e magmatismo bimodal relacionado. Figura 4: Subdivisão do Sistema Orogênico Mantiqueira. Fonte: Fonte: Heilbron et al., 2004. P A G E 1 0 O segmento setentrional da Província Mantiqueira é formado pelo Orógeno Araçuaí-Congo Ocidental (Fig. 5), desenvolveu-se em uma reentrância delineada pelos Crátons do São Francisco e Congo, entre os paralelos 15° e 21° S, durante o Neoproterozoico (Pedrosa-Soares et al., 1992, 1998, 2001; Trompette, 1994; Pedrosa-Soares & Wiedemann Leonardos, 2000; Alkmin et al., 2003). Os compartimentos tectônicos principais do Orógeno Araçuaí são divididos em dois, o primeiro é o Domínio Externo, que circunscreve a margem sudeste do Cráton do São Francisco e se caracteriza como uma faixa de dobramentos e empurrões; já o segundo, é o Domínio Interno; e a inflexão setentrional que contém segmentos destes dois domínios, porém apresenta feições tectônicas particulares (Almeida et al., 1977, 1981). No Domínio tectônico Externo do Orógeno Araçuaí, estão esculpidos segmentos da Serra do Espinhaço e chapadas do norte-nordeste de Minas Gerais. O Domínio Externo se caracteriza pelo transporte tectônico contra o Cráton do São Francisco, metamorfismo da fácies xisto verde a anfibolito nas rochas supracrustais e ausência de magmatismo orogênico. O limite oriental do Domínio tectônico Externo é balizado pela fronteira leste do Grupo Macaúbas. Entretanto, no embasamento(a exemplo do Bloco Guanhães) este limite se situa mais a oeste, onde estão expostos níveis crustais profundos que foram envolvidos na Orogênese Brasiliana (Almeida et al., 1977, 1981). Figura 5: Seção estrutural E-W do Orógeno Araçuaí no paralelo de Teófilo Otoni. 1- Grupo Bambuí (cobertura cratônica); 2- Falha de cavalgamento basal separa a borda leste do Cráton São Francisco do domínio externo do orógeno; 3- Grupo Macaúbas (glaciogênico proximal); 4- Grupo Macaúbas distal (Formação Ribeirão da Folha). Domínio tectônico interno; 5 - Lascas tectônicas de rochas ultramáficas; 6 - Seção vulcano-sedimentar da Formação Ribeirão da Folha; 7 - Granito G4; 8 - Zona de sutura; 9 - Arco magmático G1; 10 - Suites G2 e G3 (zona de anatexia); 11- Granito G5; 12- Paragnaisses. Fonte: Heilbron et al., 2004. P A G E 1 0 O Domínio Interno é caracterizado pelo extensivo plutonismo orogênico, contando com presença de remanescentes oceânicos e do arco magmático cálcio alcalino e metamorfismo de alto grau nas rochas relacionadas. Este domínio é subdividido em dois subdomínios: um setentrional, a norte do paralelo 19°S, que engloba a zona de anatexia sin a pós colisional; e um meridional, a sul do paralelo 19°S, caracterizado por zonas de cisalhamento destrais com mergulhos altos, plútons graníticos que exibem suas raízes máficas e rochas metamorfizadas em fácies anfibolito alto e granulito (Heilbron et al., 2004). O embasamento do setor setentrional do Orógeno Araçuaí é composto por rochas arqueanas gnáissicas do tipo TTG, com remanescentes de greenstone belts, sequências supracrustais Paleoproterozoicas e suítes graníticas, afetadas pela Orogenia Transamazônica e retrabalhadas pela Orogenia Brasiliana; unidades do Paleoproterozoico Superior e Mesoproterozoico, representadas por rochas metassedimentares do Supergrupo Espinhaço e por granitos anorogênicos da Suíte Borrachudos (Pedrosa-Soares et al., 2001). As sucessões estratigráficas do Supergrupo Espinhaço estão relacionadas com períodos distintos de formação de bacias ao longo da existência do paleocontinente Congo-São Francisco (Fig. 6),o qual foi dividido em sete estágios (Alkmin et al., 2004), porém no Espinhaço tem destaque o estágio IV e VII. O estágio IV, no Espinhaço, ocorre uma evolução de Cráton para Orógeno, por volta de 1,75 Ga, composto por rede de riftes, marcando a tafrogênese Estateriana. Este complexo de riftes se desenvolveu na margem sudeste do futuro Cráton São Francisco, sendo orientado segundo a direção norte-sul e preenchido pelos metassedimentos do Supergrupo Espinhaço (sequência do Espinhaço I) (Uhlein et al., 1989). O estágio VII é marcado pela orogenia do Ciclo Brasiliano, de idade Neoproterozoica. É caracterizado por uma tectônica de inversão, uma vez que se cessa o tectonismo distensional e se inicia um regime compressional, que deu origem ao supercontinente Gondwana. O Supergrupo Espinhaço foi deformado e metamorfizado em baixo grau durante a Orogênese Brasiliana (Uhlein, A., Trompette, R., & Egydio-Silva, M., 1995). P A G E 1 0 Figura 6: Desenho esquemático ilustrando a evolução da Serra do Espinhaço desde sua deposição na fase distensiva até a deformação na fase compressiva, Alkmim, 2012. Fonte: Alkimim, et al., 2012. P A G E 1 0 2.2 Unidades Litoestratigráficas O Supergrupo Espinhaço (Fig. 7) está totalmente exposto, tendo uma diferenciação faciológica nas áreas leste e oeste do aulacógeno Paramirim, correspondendo à Serra do Espinhaço Setentrional e à Chapada Diamantina. Essa área é de grande interesse geológico, devido ser de grande importância econômica, que é instigado devido conter mineralizações diamantíferas que estão relacionados aos metassedimentos grossos da Formação Sopa Brumadinho. Este Supergrupo é subdividido em dois Grupos, em que na base é representado pelo Grupo Diamantina e no topo há o Grupo Conselheiro Mata (Dossin et al., 1984). Figura 7: Simplificação da estratigrafia do Supergrupo Espinhaço. O rifte é dividido em duas bacias. *Conforme proposto por Santos et al. (em prep.). **Unidade adicionada por Almeida-Abreu (1993). Fora de escala. Fonte: Modificações a partir dos trabalhos de Pflug (1968), Schöll & Fogaça (1979) e Dossin et al. (1984). P A G E 1 0 2.2.1 Complexo Gouveia O Complexo de Gouveia (2.8 G.a) congrega principalmente rochas granodioríticas, tonalíticas e graníticas, com faixas subordinadas de migmatitos e anfibolitos. Os limites marginais a oeste e leste do complexo são marcados por zonas de cisalhamento, com espessuras de até dezenas de metros, constituídas por milonitos da fácies xisto verde (Hoffmann, C., 1981). Na maioria dos casos, tratam-se de rochas compostas por quartzo, plagioclásio (oligoclásio/andesina), feldspato potássico (microclina), moscovita e biotita; anfibólios (hornblenda e actinolita) podem também ocorrer como constituintes importantes. Os acessórios estão representados por epidoto, clorita, calcita, apatita, zircão e opacos (especialmente magnetita e pirita), sendo que nas faixas milonitizadas é frequente a presença de turmalina preta. De acordo, com a composição petrográfica dessas rochas podem ser distinguidos granodioritos, tonalitos e monzogranitos como termos de ocorrência mais frequente (Hoffmann, C., 1981). 2.2.2 Supergrupo Rio Paraúna O Supergrupo Rio Paraúna está representado por um conjunto vulcano-sedimentar com espessuras máximas ao redor de 500 m. No âmbito da Folha Diamantina, este Supergrupo está representado pelos Grupos Costa Sena e o Pedro Pereira. O Grupo Pedro Pereira é uma unidade inferior, do Supergrupo Rio Paraúna. Tendo sua área de ocorrência restrita aos arredores do vilarejo homônimo, ao sul e fora dos limites da folha. Sendo representado por uma associação de rochas metamáficas a metaultramáficas, ácidas e metassedimentos de origem química (BIF’s e metacherts) (Almeida-Abreu, PA., 1995). O Grupo Costa Sena faz parte da unidade superior, do Supergrupo Rio Paraúna, sendo a principal unidade do Supegrupo. É representado por uma sequência de sericita-xisto com variada quantidade de quartzo e de cianita. Pode conter lazulita, turmalina e hematita (Almeida-Abreu, PA., 1995). 2.2.3 Formação Bandeirinha A Formação Bandeirinha, embora de expressão restrita em área, exibe excelentes condições de afloramento e um elenco de estruturas primárias de notável grau de preservação. Destacam-se as estratificações cruzadas tabulares de médio e grande porte (extensões métricas), ângulo invariavelmente muito baixo (10-15°) e tangenciais a base dos estratos; as acanaladas, por outro lado, são pouco frequentes. Possui feições por deposição de correntes e estão tipificadas pelas ivodu Destacar ivodu Caixa de texto 2.2.3. Supergrupo Espinhaço!! P A G E 1 0 marcas onduladas, simétricas e assimétricas. Outras estruturas, comuns sobretudo nos quartzitos com bandamento ferruginoso fino, incluem laminações plano-paralelas, irregulares ou lenticulares e laminações cruzadas (Fogaça et al., 1984) Com base nesta caracterização para a Formação Bandeirinha, Fogaça & Schöll (1984), visualizam uma sedimentação em ambiente praial, ao contrário de Almeida-Abreu, P. A., (1993), que coloca a unidade como tendo sido depositada em ambiente continental, sob influência de um contexto fluvial e com retrabalhamento eólico. 2.2.4 Grupo Diamantina O Grupo Diamantina é composto por três formações basais. Da base para o topo ocorre as Formações São João da Chapada, Sopa Brumadinho e Galho do Miguel, que estão expostas nas redondezas da Cidade de Diamantina (Dossin et al., 1984) 2.2.4.1. Formação São Joãoda Chapada Ocorre fazendo um contato brusco com esses metassedimentos basais, ou às vezes recobrindo diretamente os xistos do Grupo Costa Sena, visualiza-se em inúmeros locais onde se expõe a Formação São João da Chapada, um horizonte de rochas originalmente magmáticas, genericamente conhecidas como filitos hematíticos e constituindo tipos metamórficos variados, quartzitos finos até grossos, com estratificações plano paralelas, cruzadas tabulares e acanaladas de baixo ângulo e ainda pelitos. As rochas são bastante densas e de coloração acinzentada, apresentando uma mineralogia à base de moscovita, sericita e hematita (às vezes clorita). A turmalina dispõe-se em cristais ou rosáceas isoladas, ou em faixas praticamente constituídas de turmalina e opacos (Chemale Jr, Farid et al., 2011). Há ainda ocorrência de lentes de metaconglomerados e/ou metabrechas. O ambiente de deposição indica que é fluvial do tipo braided (Garcia & Uhlein 1987). Entre as formações São João da Chapada e Sopa-Brumadinho há um limite que ocorre localmente, sendo definido como uma superfície de discordância angular (Chemale Jr, Farid et al., 2011). ivodu Destacar ivodu Destacar P A G E 1 0 2.2.4.2 Formação Sopa Brumadinho A Formação Sopa Brumadinho tem larga distribuição na Folha Diamantina e representa a unidade mais importante de todo Supergrupo Espinhaço por permitir correlações estratigráficas em nível regional e deter um potencial econômico reconhecidamente importante para toda a cordilheira. Sua seção tipo situa-se a norte do povoado de Guinda (Pflug R., 1968) abrangendo exposições de metapelitos, metaconglomerados polimíticos, além de níveis localizados de metavulcanitos básicos (xistos verdes), hematita filito, quartzitos finos e micáceos, com estratificações plano-paralelas e cruzadas de baixo ângulo, com intercalações de filitos, de espessura centimétrica a métrica (Dussin et al., 1990). Na base da Formação Sopa Brumadinho, representa uma associação de 30-40 m de espessura de filitos e quartzitos micáceos finos, tipifica o Membro Datas. Poucos afloramentos e morfologia suave permitem traçar este nível por dezenas de quilômetros quadrados na região central-mediana da serra (áreas de Guinda e Gouveia, especialmente). Na Serra da Miúda, este pacote é facilmente visualizado no seu flanco meridional, balizado pelos contatos com quartzitos inferiores da Formação São João da Chapada (Chemale Jr, Farid et al., 2011). 2.2.4.3 Formação Galho do Miguel A Formação Galho do Miguel constitui-se principalmente de metarenitos de granulação fina a média e como feições características possuem, estratificações cruzadas tabulares e acanaladas de grande porte e de baixo ângulo (Pflug R., 1968; Schöll, 1980; Almeida-Abreu, 1993). Há ainda marcas de ondas assimétricas, de cristas sinuosas. O padrão granulométrico (predominantemente bimodal), que ocorre associado às feições texturais e estruturas sedimentares, indicam ambiente eólico (Dossin et al., 1987), com desenvolvimento local de playas provavelmente com depósitos do tipo wadi (Almeida-Abreu, P. A., 1993). 2.2.5 Grupo Conselheiro da Mata O Grupo Conselheiro da Mata integra o topo e é composto por cinco formações, sendo elas, Santa Rita, Córrego dos Borges, Córrego Bandeira, Córrego Pereira e Rio Pardo Grande. Seu ambiente é marinho com condições predominantemente transgressivas na bacia toda (Dossin et al., 1990). ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Destacar P A G E 1 0 2.2.5.1 Formação Santa Rita A Formação Santa Rita é registrada por um progressivo aprofundamento da lâmina de água na bacia, sendo composta por quartzitos finos com ripples drifts, laminação plano-paralelas com raras intercalações de metapelitos, que estão marcando a base da sequência. No topo tem predomínio de metassiltitos e filitos, intercalados com lentes de quartzitos finos. A litologia e as estruturas sedimentares são sugestivas de deposição em ambiente marinho raso, sendo mais restrito, como evidenciado pela presença de depósitos de barras de plataforma. Estruturas cruzadas com truncamento por ondas (hummockys) são reconhecidas, designando a ação de tempestades na bacia (Dossin et al., 1990). 2.2.5.2 Formação Córrego dos Borges A Formação Córrego dos Borges contém quartzitos de granulometria de fina a média, muitos micáceos com laminações plano-paralelas, marcadas por níveis sub milimétricos de óxidos de ferro. Estratificações cruzadas acanaladas truncadas por ondas podem ser encontradas. A associação na unidade mostra que houve uma distinção de dois ambientes deposicionais. O primeiro é marinho raso a litorâneo, com ondas de tempestades e canais de tipo washover. O segundo está representado pelo avanço de uma frente deltaica sobre os sedimentos marinhos rasos subjacentes, marcando um novo episódio regressivo na bacia (Dossin et al., 1990). 2.2.5.3 Formação Córrego da Bandeira A Formação Córrego da Bandeira é definida por um novo aprofundamento da lâmina de água, no qual é composto de quartzito fino, com estratificação cruzada centimétrica e marcas de ondas, que transacionam a metassiltitos acinzentados com laminações plano-paralelas. Ocorre de forma subordinada lentes de filitos. O ambiente deposicional corresponde ao marinho raso, estando sujeito a ação de ondas e tempestades (Dossin et al., 1983, 1990). 2.2.5.4 Formação Córrego Pereira A Formação Córrego Pereira possui quartzitos feldspáticos finos com cruzadas acanaladas, cruzadas sigmoidais, marcas de onda e hummockys. Para o topo há intercalações de metapelitos que marcam um aprofundamento da lâmina de água. Há ainda quartzitos com estratos cruzados tipo espinha de peixe e estruturas de slumps associados. O ambiente deposicional é marinho raso, com ação de tempestades, relacionado a planícies arenosas de intermarés (Dossin et al., 1983, 1990). P A G E 1 0 2.2.5.5 Formação Rio Pardo Grande A Formação Rio Pardo Grande define o topo desse grupo, predominando metassiltitos, filitos e quartzitos muitos finos, no formato de finas intercalações rítmicas. É comum nos intervalos ocorrer laminações lenticulares e wavy, assim como as estruturas diagenéticas de fluidização. Nas camadas quartzíticas, as estruturas comuns são cruzadas acanaladas e sigmoidais centimétricas. De forma local, há lentes de mármores dolomíticos de espessura métrica. O ambiente deposicional registrado é de mar raso, com porções da bacia sujeitas à atuação de ondas e de marés e localmente com porções mais restritas com sedimentação carbonática (Garcia & Uhlein, 1987). 2.2.8 Supergrupo São Francisco O Supergrupo São Francisco, assim como o Supergrupo Espinhaço, mostra amplas diferenças físicas entre as áreas da parte oeste e leste, estando preservado apenas nos baixos estruturais. No Espinhaço Setentrional, o Supergrupo São Francisco está sendo retratado pelo Grupo Santo Onofre, que possui um espesso pacote turbidíticos, sendo correlacionável ao Grupo Macaúbas (Schobbenhaus, 1996 e Danderfer, 2000). O Grupo Macaúbas é constituído basicamente por uma sequência proximal, caracterizada por depósitos glaciogênicos e transicionais, e outra distal, dominada por túrbidos de margem passiva e restos ofiolíticos (Pedrosa-Soares et al., 1998) O Grupo Bambuí contém sedimentos pelítico-carbonáticos. Esses sedimentos são interpretados como depósitos de plataforma marinha estável, associados ao preenchimento de uma bacia de antepaís, em relação ao cinturão de dobras e falhas de cavalgamento da faixa Brasília (Martins-Neto & Alkmim 2001). 2.3 Magmatismo Na fase Rifte (1.7 G.a) da bacia do Espinhaço, há ocorrência de rochas vulcânicas na parte inferior do Grupo Diamantina, intercalando ou cortando a sequência sedimentar. Devido a estratigrafia, háindícios de que o vulcanismo foi iniciado em um estágio antecipado da bacia, estando ativo no período de sedimentação das Formações São João da Chapada e Sopa Brumadinho. Essas rochas cortam o embasamento ou ocorrem como derrames de lavas intercalados com tufos, preenchem diques verticais (Dussin, I. A., & Dussin, T. M., 1995). Há ainda o Granito São Felix, que também está relacionado a abertura do rifte Espinhaço, que através de datações Pb-Pb em zircões, geraram idade de 1729 ±14 G.a (Dossin et al., 1993). P A G E 1 0 Um dos principais questionamentos sobre a evolução da Bacia Espinhaço envolve a origem e a importância dos filitos hematíticos. As opiniões divergentes levaram à sugestão de que o magma original poderia ser ácido (Moraes & Guimarães, 1930), intermediário (Correns 1932), traquítico (Barbosa, 1951), básico (Scholl & Fogaça, 1981; Knauer & Schrank, 1993) e ultrabásico (Herrgesell, 1984). As datações U/Pb em zircões dos filitos hematíticos apresentam idade de 1.7 G.a para a cristalização original do protólito vulcânico (Dossin et al., 1993; Dossin & Dossin 1995). Essa datação está em sincronia com a origem dos riolitos de Conceição do Mato Dentro, que ocorreu no mesmo evento extensional que também gerou os granitos da Suíte Borrachudos. Esse período deve ser interpretado como um estágio evolutivo da fase de rifte, caracterizado pela significativa atividade vulcânica de natureza bimodal, comum em riftes continentais (Brito-Neves et al., 1979; Machado et al., 1989). Na Fase Pós-Rift, a idade desse evento é ainda desconhecida. Devido ter a presença de descontinuidades erosivas locais entre as sequências rifte e pós-rifte, indicam a existência de um intervalo de tempo no qual a deposição de sedimentos estava ausente (Dussin, I. A., & Dussin, T. M., 1995). No início do Neoproterozoico, por volta de 900 M.a, um segundo período de extensão crustal ocorreu na região. Nas regiões próximas ao Cráton, as extensões foram pequenas e a fratura da crosta foi indicada pela intrusão de diques toleíticos, que cortam todas as sequências do Supergrupo Espinhaço e seu embasamento. Não houve neste período formação de grandes bacias de deposição e não foram reconhecidos derrames de lavas expressivos (Dussin, I. A., & Dussin, T. M., 1995). 2.4 Geologia Estrutural e Metamorfismo A estruturação tectônica da Serra do Espinhaço foi imposta por falhas de empurrão de baixo a médio ângulo, vergentes para oeste, logo indica esse transporte tectônico para oeste em direção do Cráton de São Francisco (Almeida-Abreu et al., 1986). Estas falhas foram responsáveis, pelo empilhamento das unidades faladas anteriormente, a partir de descolamentos inter e intra- estratais, além de inversões estratigráficas que colocaram rochas do embasamento pré-Espinhaço (gnaisses e xistos) sobre as sequências metassedimentares do Supergrupo Espinhaço (Uhlein & Pedreira, 1989). ivodu Caixa de texto E o filito Hematítico?!! P A G E 1 0 Durante a estruturação tectônica da Serra do Espinhaço, foi gerada uma foliação de direção predominante N-S, com mergulhos de baixo a médio ângulo para leste, marcante em quase todas as rochas. A direção é geralmente, paralela ao acamamento dos metassedimentos e está presente nos quartzitos, xistos e filitos metassedimentares, xistos máficos e ultramáficos, metabasitos e formações ferríferas. É definida principalmente pela orientação de micas, cloritas, anfibólios, talco e hematita. Nas zonas de cisalhamento, a foliação tem textura milonítica, tornando-se anastomosada e apresentando estruturas do tipo S-C, que indicam transporte geral de leste a oeste. Devido a alteração hidrotermal, transformou as rochas em quartzo-muscovita xisto milonítico, de forma local, preserva restos de sua mineralogia ou mesmo de suas estruturas e texturas originais (Uhlein & Pedreira, 1989). O metamorfismo impresso nas rochas do Espinhaço Meridional é de caráter regional, não ultrapassando a fácies xisto verde, com gradientes que aumentam de norte para sul e de oeste para leste (Uhlein & Pedreira, 1989). As fases metamórficas correspondem a diferentes fases de deformação, cada uma delas caracterizada por dobras de atitude mais ou menos constante e por falhas de empurrão. ivodu Caixa de texto Quais e quantas fases?!! P A G E 1 0 3. GEOLOGIA LOCAL 3.1 Introdução As áreas de estudo apresentam rochas metavulcano-sedimentares metamorfizadas em baixo grau. Os afloramentos estudados e observados encontram-se em geral intemperizados nos graus I e II. Foram agrupadas em 6 litofácies: 3.2 Unidades Litofaciológicas 3.2.1 Grupo Pedro Pereira O Grupo Pedro Pereira, aflora principalmente em cortes de estrada e em cristas. A litologia é caracterizada por uma intercalação de xistos de coloração acinzentada e verde. Os xistos, de coloração acinzentada apresentam granulação fina e mineralogia composta por quartzo, muscovita e grafita. Há ainda intercalações de veios de quartzo com grafita (Fig. 8). Já os xistos verdes, são marcados pela presença de clorita e magnetita limonitizada, apresentando granulação fina, com quartzo e muscovita em sua mineralogia típica, em alguns casos encontram-se intemperizados (Fig. 9). 3.2.2 Grupo Costa Sena O Grupo Costa Sena representa o embasamento da bacia do Espinhaço, estando abaixo da Formação Bandeirinha ora da Formação São João da Chapada. Sendo o Grupo Pedro Pereira a unidade inferior e o Costa Sena a unidade superior. Figura 9: Xisto verde intemperizado em corte de estrada. Fonte: Gabriel Braga de Oliveira. Figura 8: Xisto grafitoso, de coloração acinzentada, em amostra de mão. Fonte: André Muhaisen. ivodu Destacar ivodu Caixa de texto A inidade?!! ivodu Destacar ivodu Caixa de texto Unidades Litoestratigráficas ?!! P A G E 1 0 A unidade é encontrada na área principalmente ao longo de cristas, em pastos e campos de capim. A rocha é representada por um grupo de xistos de coloração acinzentada a esverdeada, que gradam para quartzitos impuros, que são constituídos de quartzo, biotita, muscovita, sericita e cianita (varia de negra a azul). Em alguns trabalhos na região (DA SILVA, 2008; Dossin et al., 1990), há citações de que há ocorrência de lazulita, porém não foi encontrada neste presente trabalho (Fig. 10 e 11). 3.2.3 Formação Bandeirinha A Formação Bandeirinha ocorre de forma descontínua nas áreas de estudo. Essa unidade aflora principalmente em cristas (Fig. 12) e encaixada em drenagens (Fig. 13). O grau de alterabilidade é em geral baixo. A Formação é representada por quartzitos de granulação fina a média, de coloração avermelhada. A variação de cor de rosa avermelhado a branco dos quartzitos é sua principal característica (Fig. 14). Apresenta estratificações cruzadas tabulares de pequeno a médio porte (Fig. 15), geralmente a direção da paleocorrente varia de 70 a 75, é unimodal para a direção NE. Seus estratos são centimétricos e descontínuos. Pode apresentar níveis mais micáceos e com cianita, dessa forma possuem a foliação bem marcada e laminada. Além disso, as lineações de estiramento são as mais evidentes (Fig. 16). A cianita ocorre de forma mais concentrada em regiões fraturadas preenchidas por veios de quartzo (Fig. 17). Essa Formação representa a porção basal da bacia do Espinhaço. Foi possível visualizar sua desconformidade com o embasamento e sua discordância angular com a unidade acima, São João da Chapada. Também foi possível observar um conduto do filito hematítico, pertencente a unidade São João da Chapada, que atua cortando a Formação Bandeirinha. Em alguns casos, a Figura 10: Afloramento típico da rochacianita- sericita-xisto. Fonte: Gabriel Braga de Oliveira. Figura 11: Cianita-sericita-xisto, de coloração esverdeada, em amostra de mão. Fonte: André Muhaisen. ivodu Destacar P A G E 1 0 Formação Bandeirinha ocorria em contato com a Formação Sopa Brumadinho, assim dessa forma possui um contato tectônico através de uma falha de empurrão (Anexo Perfil). Observando sua paragênese mineral e as intercalações de rochas, é possível inferir que a variação litofaciolófica da Formação Bandeirinha é típica de um ambiente fluvial, gradando para um marinho raso, nas suas porções mais laminadas. Figura 12: Afloramento de quartzito em crista. Fonte: Angelo de Cesero. Figura 13: Afloramento de quartzito encaixado na drenagem. Fonte: Juliana di Mattia. Figura 14: Quartzitos de coloração avermelhada. Fonte: Angelo de Cesero. Figura 15: Estratificação cruzada tabular de pequeno porte no quartzito. Fonte: Juliana di Mattia. ivodu Destacar P A G E 1 0 3.2.4 Formação São João da Chapada A Formação São João da Chapada ocorre em abundância nas áreas de estudo. Essa unidade ocorre em lajedos (Fig. 18) e encaixados em drenagens (Fig. 19). Possui pacotes quartzíticos espessos, que sustentam as serras, sendo uma delas a Serra do Morro do Chapéu, localizado na área do Grupo 1. A Formação é representada por quartzitos de granulação fina a grossa, que podem ser micáceos, com níveis pelíticos e níveis de opacos. Seus estratos geralmente podem ser espessos e são bastantes contínuos. É comum a ocorrência de lentes de metaconglomerados e/ou metabrechas, com seixos principalmente de quartzito e quartzo de veio em matriz quartzosa, às vezes micácea. Figura 16: Lineação de estiramento bem marcada no quartzito. Fonte: Letícia Brandão. Figura 17: Fraturas preenchidas com veios de quartzo. Fonte: Pamela Luana. . Figura 19: Afloramento de quartzito encaixado na drenagem. Fonte: Letícia Brandão. Figura 18: Afloramento em lajedos, de quartzitos. Fonte: Pamela Luana. . ivodu Caixa de texto Lineação sofrida?!! ivodu Caixa de texto E as estruturas sedimenatres encontradas?!! P A G E 1 0 O nível mais característico é marcado pelo filito hematítitco (Fig. 20). As rochas metavulcânicas são bastante densas, de coloração acinzentada, apresentando uma mineralogia simples à base de muscovita, sericita e hematita. Devido possuir uma relação intrusiva com as outras unidades, sabe-se que a sua idade de formação é mais nova que a Formação São João da Chapada e é mais velha que a Formação Sopa Brumadinho. Em um ponto realizado na área (DT- 01-54) foi possível observar seu caráter intrusivo com a Formação Bandeirinha. Essa Formação faz parte da porção inferior da bacia do Espinhaço. Foi possível observar sua paraconformidade com a Formação que ocorre abaixo (Bandeirinha). Em muitos casos, a Formação São João da Chapada está em contato com o Grupo Costa Sena, seja por contatos tectônicos, erosivos ou deposicionais, levando em consideração o caráter descontínuo dos estratos da Formação Bandeirinha. O contato litológico com a Formação acima (Sopa Brumadinho) é dado por uma discordância angular, de aproximadamente de 10º, que segundo Chemale, 2012 tem cerca de 500 M.a de hiato erosivo. A variação litofaciológica observada da Formação São João da Chapada, é possível inferir que seu contexto de deposição é típico de um ambiente aluvial-fluvial, de uma bacia intracontinental. A Formação São João da Chapada apresenta estruturas sedimentares, como quartzitos de granulação variada e lentes de metaconglomerados e metabrechas, que são típicas de um ambiente deposicional aluvial-fluvial em uma bacia intracontinental. Os estratos espessos e contínuos, junto com a presença de níveis pelíticos e lentes de metabrechas com seixos de quartzito e quartzo, indicam deposição em ambientes de alta energia, como leques aluviais e rios entrelaçados. A ocorrência de filito hematítico e rochas metavulcânicas com mineralogia simples também sugere processos sedimentares e vulcânicos ativos durante a formação da bacia. Figura 20: Amostra de Mão do filito hematítico, de coloração acinzentada. Fonte: Susana Ferreira. ivodu Caixa de texto Na F. São João da Chapada, as vezes, concordante?!! P A G E 1 0 3.2.5 Formação Sopa Brumadinho A Formação Sopa Brumadinho ocorre em abundância nas áreas de estudo. Essa unidade ocorre em lajedos (Fig. 21), cristas (Fig. 22) e encaixados em drenagens (Fig. 23). É comum encontrar antigas lavras de diamante em regiões que o Sopa Brumadinho aflora, devido ao alto interesse econômico nos diamantes que fazem parte da matriz dos conglomerados. Figura 21: Afloramento do Sopa Brumadinho em lajedo. Fonte: Susana Ferreira. Figura 22: Afloramento do Sopa Brumadinho em crista. Fonte: Caio Couto. P A G E 1 0 A Formação Sopa Brumadinho é representada por metaconglomerados de clasto suportado (Fig. 24), com níveis centimétricos a métricos. São polimíticos. A matriz é composta de areia de granulação fina a média. Ocasionalmente pode ocorrer diamante, porém não foi encontrado no presente trabalho. Os seixos têm composições de conglomerados (Fig. 25 e 26) , assim como quartzitos, filitos, metaconglomerados, quartzos e riolitos. Os grãos são subarredondados a angulosos. Figura 23: Afloramento do Sopa Brumadinho encaixado na drenagem. Fonte: Vitória de Azevedo Silva. Figura 24: Afloramento típico dos conglomerados da Formação Sopa Brumadinho. Fonte: Vitória de Azevedo Silva. Figura 25: Detalhes dos seixos de conglomerados da Formação Sopa Brumadinho. Fonte: Caio Couto. ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Destacar P A G E 1 0 Além disso, também há hematita filito (Fig. 27), de coloração cinza prateado, bastante laminados. Em alguns pontos, (DT-01-49) foi possível observar magnetitas octaédricas presentes nos filitos. Intercalado por toda a unidade é possível encontrar quartzitos, de granulação fina a média, com estratificações cruzadas tabulares (Fig. 28) e acanaladas de pequeno a médio porte (Fig. 29), além de apresentar ondulações que pode ser uma marca de onda. A direção da paleocorrente é varia de 85 a 310, a depender da localidade, sendo de unimodal em direção NE. Seus estratos são centimétricos a métricos e contínuos. Figura 26: Detalhes dos seixos de conglomerados da Formação Sopa Brumadinho. Fonte: Caio Couto. Figura 27: Hematita filito, de coloração cinza prateada, em amostra de mão. Fonte: André Muhaisen. ivodu Destacar ivodu Destacar P A G E 1 0 Essa Formação faz parte da porção superior da bacia do Espinhaço. Foi possível observar sua discordância angular com a unidade abaixo: São João da Chapada. O contato litológico com a Formação acima (Galho do Miguel) é dado por uma paraconformidade. Observando sua variação litofaciológica, é possível inferir que a Formação Sopa Brumadinho é típica de um ambiente aluvial-fluvial lacustrino dentro de um contexto de uma bacia do tipo rifte. A Formação Sopa Brumadinho apresenta estruturas sedimentares, como metaconglomerados de clasto suportadoe quartzitos com estratificações cruzadas tabulares e acanaladas, que indicam um ambiente deposicional aluvial-fluvial. As características dos conglomerados, com seixos subarredondados a angulosos e matriz de areia, e a presença de hematita filito e magnetitas, refletem processos de deposição em áreas de alta energia, como rios e leques aluviais, que foram posteriormente influenciados por atividades tectônicas e sedimentação lacustre, evidenciadas pelas ondulações e variações de paleocorrente. 3.2.6 Formação Galho do Miguel A Formação Galho do Miguel ocorre nas porções mais topograficamente expressivas das áreas de estudo. Essa Formação sustenta as serras da região e aflora principalmente em paredões. É representada por quartzitos, de granulação fina, coloração esbranquiçada, localmente ocorre bimodalidade granulométrica. As estratificações cruzadas acanaladas, possuem como principal característica serem de médio a grande porte (Fig. 30). A direção da paleocorrente é polimodal, com predomínio das direções 100 e 160 (Fig. 31), devido ter uma variação das correntes eólicas. Seus estratos são métricos e contínuos. Figura 28: Afloramento de quartzito com estratificações cruzadas tabulares. Fonte: Gabriel Braga de Oliveira. Figura 29: Afloramento de quartzito com estratificações cruzadas acanaladas. Fonte: Juliana di Mattia. ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Destacar P A G E 1 0 É possível observar sua paraconformidade com a Formação abaixo (Sopa Brumadinho) e sua relação com a unidade acima não foi observada. Em relação a variação litofaciológica da Formação Galho do Miguel, pode ser considerada típica de um ambiente eólico, em um contexto de uma bacia tipo SAG. 3.3 Geologia Estrutural A partir dos dados coletados em campo foi possível confeccionar um mapa geológico- estrutural (Fig. 32 e Anexo), suas seções e o mapa de pontos da região de Diamantina (Anexo). O resultado de todas as áreas mapeadas foram agrupados para proporcionar um melhor entendimento de como a tectônica criou essa história deformacional que foi analisada neste trabalho. A partir dos dados obtidos em campo, foi possível identificar dois domínios estruturais. O primeiro domínio ocorre na área do Grupo 1, marcado pela presença de dobras anticlinais e o segundo domínio é representado pelas áreas dos Grupos 2 e 3 com a presença de empurrões e falhas. Figura 31: Diagrama com as direções da paleocorrente. Fonte: Pamela Luana. Figura 30: Afloramento de quartzito com estratificações cruzadas acanaladas de grande porte. Fonte: Susana Ferreira. P A G E 1 0 Figura 32: Mapa geológico-estrutural das áreas. Fonte: Susana Ferreira. Figura 33: Estereogramas dos S0 agrupados. Fonte: Letícia Brandão. Figura 34: Estereogramas dos S1 agrupados. Fonte: Vitória Azevedo. P A G E 1 0 É possível observar que o trend geral dos contatos litológicos e tectônicos do mapa da está aproximadamente para N-S, que acompanha o strike dominante das estruturas planares observadas em campo, foram plotadas no estereogramas (Fig. 33 e 34). A direção de mergulho dessas estruturas é para E, variando o ângulo de mergulho entre 20° e 40°, onde os planos que mergulham menos são os do acamamento sedimentar e os que mergulham mais os planos de clivagem. A foliação metamórfica encontrada nas rochas pode ser considerada como clivagem, logo são minerais que cresceram pouco. Isso seria mais um indicador de que se trata de um metamorfismo de baixo grau. Dessa maneira, a temperatura máxima deste evento não pode ter passado de 400°C. Com relação às estruturas lineares foram medidas, principalmente, lineações de estiramento (figura 35) e eixos de dobra (figura 36). Nota-se que as lineações possuem duas direções preferenciais para E-NE com caráter down-dip e ângulo médio de caimento de 35°. Ao longo do mapeamento foram observadas fraturas tectônicas (Fig. 37) preenchidas por veios quartzo, que foram reproduzidas no diagrama de Roseta. As medidas indicam mergulho preferencialmente para NE. Figura 37: Estereogramas das Fr agrupados. Fonte: Vitória Azevedo. Figura 35: Estereogramas dos Ln agrupados. Fonte: Gabriel Braga. Figura 36: Estereogramas dos E1 agrupados. Fonte: Gabriel Braga. ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Caixa de texto Melhor falar de quais direções ocorrem?!! P A G E 1 0 3.4 Descrição das fases de deformação Na área analisada foi possível observar duas fases de deformação D1 e D2, ambas de caráter dúctil. A primeira fase, representada por um movimento compressional de direção E-O, gerou dobras com eixo N-S e caimento para N, falhas de empurrões, lineações de estiramento e a foliação principal com caimento para E. Já a segunda fase de deformação acarretou na formação de dobras com eixo E-O (Fig. 36). Além disso, é possível determinar uma terceira fase de caráter rúptil, marcada pela presença de falhas com direção E-O, responsáveis pelo deslocamento das camadas. 3.5 Metamorfismo A área mapeada apresenta um metamorfismo regional Barroviano, que se encontra nas fácies de xisto verde, deve-se ao fato de ter a presença de clorita na composição mineralógica dos filitos. Além disso, a ausência de biotita nos filitos mapeados, é indicativo de que as rochas sofreram um metamorfismo de baixo grau. A falta de biotita é o fator mais diagnóstico dessa condição metamórfica, pois os minerais encontrados nas litologias da região, como os metarenitos, não são bons diagnósticos de metamorfismo. A foliação metamórfica encontrada nas rochas pode ser considerada como clivagem, logo são minerais que cresceram pouco. Isso seria mais um indicador de que se trata de um metamorfismo de baixo grau. Dessa maneira, a temperatura máxima deste evento não pode ter passado de 400°C. ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Destacar ivodu Caixa de texto Temperatura baseada em que?!! ivodu Caixa de texto Faltam as medidas médias do acamamento e das clivagens e suas variações?!! ivodu Caixa de texto E as falhas de empurrão?!! ivodu Destacar P A G E 1 0 4. EVOLUÇÃO GEOLÓGICA E CONCLUSÕES A associação de rochas fornece evidências dos processos pelos quais passaram ao longo do tempo geológico. O contexto das áreas dos Grupos 1, 2 e 3, se insere em uma Bacia Sedimentar que sofreu com eventos deformacionais do Brasiliano, a qual relacionam-se ao Supergrupo Espinhaço. O embasamento pode ter resquícios da Orogênese Transamazônica, mas na maior parte dos casos esta orogênese está transposta pela deformação do Brasiliano. Na área de estudo, o arcabouço estrutural observado é: o Grupo Pedro Pereira, Grupo Costa Sena e o Supergrupo Espinhaço, a qual (Lopes-Silva & Knauer, 2011) mostra que os Grupos supracitados estão relacionados a Unidades Pré-Estaterianas que foi sobreposto por uma bacia sedimentar, o Supergrupo Espinhaço. As Unidades Pré-Estaterianas são relacionadas a granitóides, gnaisses e migmatitos de corpos anfibolíticos restritos (Scholl & Fogaça, 1981), as quais podem estar relacionadas a resquícios de um greenstone belt arqueano (Lopes & Knauer, 1981). O Supergrupo Espinhaço Inferior, composto pelas Formações Bandeirinha e São João da Chapada, são formados em um contexto de bacia tipo rifte com um ambiente deposicional eólico, lacustrino, aluvial e fan deltas (Chemale et al., 2011). Além disso, essa sequência foi intrudida pelo filito hematítico, sendo um nível guia importante do São João da Chapada. O Supergrupo Espinhaço Superior é representado na área de estudopelas Formações Sopa- Brumadinho e Galho do Miguel. A passagem entre as formações São João da Chapada e Sopa Brumadinho é representada por uma discordância angular, marcada pela diferença de 10° no acamamento (Chemale et al., 2011), que acumulam cerca de 500 Ma de diferença. A Formação Sopa Brumadinho é formada em um contexto de bacia tipo rift em um ambiente deposicional de fan delta e lacustrino. Devido sua ampla variação faciológica é possível encontrar estratificações cruzadas, metaconglomerados polimíticos e marcas de ondas, a qual marca a variação de deposição continental e marinha dessa formação. Além disso, pode-se destacar a presença dos diamantes nessa unidade, que pode ser explicada através dos possíveis magmatismos de natureza kimberliticas (Dossin et al., 1990). A Formação Galho do Miguel é formada em um contexto de bacia tipo SAG em um ambiente deposicional eólico e plataformal, onde pode encontrar estratificações cruzadas de grande porte. O metamorfismo da área, está associado a deformação Brasiliana. Inserido em um contexto de metamorfismo regional de baixo grau (fácies xisto verde) e regime dúctil, nas quais formaram- ivodu Destacar ivodu Destacar P A G E 1 0 se as clivagens, recristalização do quartzo e dobras suaves com eixo N-S. Além de gerar essas estruturas planares, essa fase demarcou lineações de estiramento com caráter oblíquo para E-NE, característicos da componente direcional da Faixa Araçuaí (Dussin & Dussin, 1995). As rochas da área, sofreram uma segunda fase de deformação, descrita no Tópico 3.4. Nessa fase dobras suaves com eixo E-W foram geradas, causando um aspecto de ondulação na foliação principal. Somado a isso, houve uma terceira fase de deformação, com uma fase de caráter rúptil, sendo representada pela presença de falhas com direção E-O, responsáveis pelo deslocamento das camadas, o que pode ser visto principalmente na área do Grupo 2. Em consequência de soerguimento das rochas, as mesmas ficam mais expostas a ações intempéricas e erosivas. Como evidência de ação intempérica se faz necessário destacar a formação de áreas que são enriquecidas em diamante ao longo de regiões escavadas por drenagens. Além disso, há ainda a formação de crostas lateríticas na unidade das Metabásicas. Em consequência das ações erosivas pode-se destacar a geomorfologia da área, onde os quartzitos sustentam as serras e as faixas mais xistosas que representam os baixos da região. ivodu Destacar ivodu Caixa de texto E as falhas de empurrão?!! P A G E 1 0 5. ANEXOS P A G E 1 0 MAPA GEOLÓGICO-ESTRUTURAL (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (((( (( (( (( (( (( (( (( (((( (( (( (( (( (( (( (( (( (( (( hh h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h hh h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h hh h hh h h h h h h h h h h h h h h h h h h hhh hh h h h h h h h h hh h h hh h hh h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h h hh h h h hh h h h h h h h h h hh h h hh h h h h h h h h ! ! ! ! Í 50 25 15 39 55 50 4050 55 55 50 5 29 10 30 30 35 10 15 20 35 30 20 35 25 25 25 15 3055 20 28 35 30 20 40 2510101040 70 30 40 30 3020 35 30 20 2040 10 40 32 40 41 47 38 64 53 45 32 46 16 35 40 8040 30 20 45 46 35 65 32 54 45 3 5 25 26 21 30 44 4730 13 14 14 15 16 10 11 10 39 16 14 25 21 26 28 30 26 29 15 25 30 30 15 45 30 30 25 30 39 50 50 32 40 40 52 55 85 85 5 20 10 50 35 32 35 15 20 19 25 18 20 25 15152816 15 11113020 18 25 18 18 20 15 20 29 35 20 17 35 632000 634000 636000 638000 640000 642000 644000 79 72 00 0 79 74 00 0 79 76 00 0 79 78 00 0 79 80 00 0 79 82 00 0 79 84 00 0 Mapa Geológico-Estrutural Legenda Unidades Litoestratigráficas Estruturas UTM SIRGAS 2000 Zona 23S 1:50.000 JUNHO/2024 Topicos Especiais em Mapeamento Geológico 2024.1 B B' A' C C' D D' E E' ¯ 0 1 20,5 Km Metabásica Fm. Galho do Miguel Fm. Sopa Brumadinho Fm. Sopa Brumadinho com conglomerado polimítico Fm. São João da Chapada Fm. São João da Chapada com filito Fm. Bandeirinha Gp. Costa Sena Gp. Pedro Pereira Fm. São João da Chapada com filito hematítico h h Foliação S1 Foliação S0 Contato Geológico Seções Geológicas Í Dobra Antiformal ! Lineação de Estiramento (( (( Falha de Empurrão Falha Inferida Docentes: André Muhaisen, Angelo de Cesero, Caio Couto, Gabriel Braga, Juliana di Mattia, Letícia Brandão, Susana Ferreira e Vitória de Azevedo Ivo Dussin e Samuel Bersan Discentes: A ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis P A G E 1 0 MAPA DE PONTOS ivodu Caixa de texto Determinadas falhas de empurrão não foram bem terminadas e também não foram bem sinalizadas?!! ivodu Caixa de texto Faltou sinalçizar as dobras?!! !.!. !. !. !. !. !. "/ "/ !. !. 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DT-03-62 DT-03-61 DT-03-60 DT-03-58 DT-03-57 DT-03-55 DT-03-54 DT-03-53 DT-03-52 DT-03-51 DT-03-49 DT-03-47 DT-03-46 DT-03-45 DT-03-44DT-03-43 DT-03-42DT-03-41 DT-03-40 DT-03-39 DT-03-38 DT-03-37 DT-03-36 DT-03-35 DT-03-34 DT-03-33 DT-03-32 DT-03-31 DT-03-29DT-03-28DT-03-27DT-03-26 DT-03-25 DT-03-24 DT-03-23 DT-03-22 DT-03-21 DT-03-20 DT-03-19 DT-03-18 DT-03-17 DT-03-16 DT-03-15 DT-03-14 DT-03-13 DT-03-11 DT-03-10 DT-03-09 DT-03-08 DT-03-07 DT-03-06 DT-03-04 DT-03-03 DT-03-02 DT-02-75 DT-02-74DT-02-73 DT-02-71 DT-02-69 DT-02-68 DT-02-67 DT-02-63 DT-02-60 DT-02-59 DT-02-58 DT-02-57 DT-02-56 DT-02-55 DT-02-54 DT-02-53 DT-02-51 DT-02-50DT-02-49 DT-02-46 DT-02-45 DT-02-44 DT-02-43 DT-02-41DT-02-40 DT-02-38 DT-02-37 DT-02-36 DT-02-35 DT-02-34 DT-02-33 DT-02-32DT-02-29 DT-02-28 DT-02-27DT-02-26 DT-02-25 DT-02-23 DT-02-22 DT-02-21DT-02-20DT-02-19 DT-02-18 DT-02-17 DT-02-16 DT-02-11 DT-02-10 DT-02-09DT-02-08 DT-02-07 DT-02-06 DT-02-04 DT-02-03 DT-02-01 DT-01-57 DT-01-56 DT-01-55DT-01-53 DT-01-52 DT-01-51 DT-01-50 DT-01-49 DT-01-48 DT-01-47 DT-01-46 DT-01-45 DT-01-44 DT-01-43 DT-01-42 DT-01-41DT-01-40DT-01-39DT-01-38 DT-01-37DT-01-36 DT-01-33DT-01-31 DT-01-29 DT-01-28 DT-01-27 DT-01-25 DT-01-24 DT-01-23DT-01-22 DT-01-21 DT-01-19 DT-01-17 DT-01-16DT-01-15 DT-01-13 DT-01-10 DT-01-08 DT-01-07 DT-01-06 DT-01-05 DT-01-04 DT-01-03 DT-01-02DT-01-01 632000 634000 636000 638000 640000 642000 644000 79 72 00 0 79 74 00 0 79 76 00 0 79 78 00 0 79 80 00 0 79 82 00 0 79 84 000 Mapa de Pontos UTM SIRGAS 2000 Zona 23S 1:50.000 JUNHO/2024 Topicos Especiais em Mapeamento Geológico 2024.1 Legenda Área dos Grupos ¯ 0 1 20,5 Km !. Metabásica !. Fm. Galho do Miguel !. Fm. Sopa Brumadinho "/ Fm. São João da Chapada #0 Fm. Bandeirinha !. Gp. Costa Sena !. Gp. Pedro Pereira Docentes: André Muhaisen, Angelo de Cesero, Caio Couto, Gabriel Braga, Juliana di Mattia, Letícia Brandão, Susana Ferreira e Vitória de Azevedo Ivo Dussin e Samuel Bersan Discentes: P A G E 1 0 SEÇÕES GEOLÓGICAS ivodu Caixa de texto Faltou sinalçizar as dobras?!! ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis ivodu Lápis P A G E 1 0 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALKMIM, Fernando Flecha; MARTINS-NETO, Marcelo A. A bacia intracratônica do São Francisco: arcabouço estrutural e cenários evolutivos. A Bacia do São Francisco geologia e recursos naturais. SBG, Belo Horizonte, p. 9-30, 2001. ALKMIM, FF de. O que faz de um cráton um cráton? O Cráton do São Francisco e as revelações almeidianas ao delimitá-lo. 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