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Subsídio para aprofundamento 2
GUARDAR A IDENTIDADE DA RCC PARA QUE
O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
1- PENTECOSTES: UMA EXPLOSÃO DE LOUVOR 
“Profundamente impressionados, todos manifestavam sua admira-
ção: não são porventura galileus todos estes que falam? Ouvimo-los publi-
carem em nossas línguas as maravilhas de Deus!” (At 2, 7.11) 
1 – Um dos mais impactantes sinais do derramar do Espírito no dia de Pentecostes foi a vi-
tória sobre o espírito de discórdia e confusão. Homens de todas as nações, separados pela diversi-
dade dos idiomas, se reuniram no louvor do Senhor, escutando em sua própria língua os apóstolos 
que “publicavam as maravilhas de Deus”! Cumpria-se então a palavra do salmo 39: “Pôs-me nos 
lábios um novo cântico, um hino à glória do nosso Deus. Muitos verão essas coisas e prestarão 
homenagem a Deus, e confiarão no Senhor” (Sl 39, 4). O Espírito Santo quis manifestar que são 
necessárias todas as línguas do mundo para anunciar os benefícios que o Senhor nos fez. Assim, o 
louvor e a gratidão se tornaram o lugar do reencontro dos homens renascidos no Espírito. 
No dia de Pentecostes, o louvor dos discípulos foi expressão do toque transformador do 
Espírito nos corações. Como nos ensina uma antiga oração ao Espírito Santo, Ele nos faz “apreciar 
retamente todas as coisas”. Em Pentecostes, os olhares de todos estavam voltados para as mara-
vilhas do Senhor. Tudo se fez novo e tudo foi visto com novas lentes. Nos nossos grupos de oração, 
oferecemos aos irmãos a chance de olhar para a vida com as lentes do louvor. Então, eles veem a 
glória de Deus! Quando isso acontece, divisões e confusões são desfeitas. Mais unidos a Deus, tor-
namo-nos capazes de compreender uns aos outros. 
Desde Pentecostes, a Igreja do Senhor reúne seus filhos para a adoração e o louvor de Deus: 
“Devolve-os! – dirão ao setentrião e ao meio dia -: não os retenhas! Traze meus filhos de longín-
quas paragens, e minhas filhas dos confins da terra; todos aqueles que trazem meu nome, e QUE 
CRIEI PARA A MINHA GLÓRIA” (Is 43, 6-7). Criados para o louvor da Sua glória (Ef 1, 3-14), somos 
ensinados e capacitados pelo Espírito Santo a concentrar nossa atenção no Senhor e nos seus ma-
ravilhosos feitos. O louvor, expressão mais pura de amor a Deus, nos faz reconhecer Sua fidelidade 
e perfeição em meio a todas as circunstâncias da vida, preservando nosso foco n’Ele, mesmo que 
as circunstâncias sejam adversas. Ainda hoje, o louvor é o melhor antídoto para a confusão que 
tantas vezes nos cerca. 
GUARDAR A IDENTIDADE DA RCC PARA QUE
O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
Subsídio para aprofundamento 3
2 – A experiência do dia de Pentecostes é necessária também para os dias de hoje. Ela se 
torna acessível a todos pelo batismo no Espírito Santo. O batismo no Espírito é um revestimento 
de poder. Poder sobre o pecado, para “que não domine mais sobre nós” (Rm 6, 12-14) e nos torne-
mos, assim, semelhantes ao Filho Jesus; poder para anunciar o Evangelho e sermos testemunhas 
do Cristo Senhor (At 1, 8). Como vimos no relato de Pentecostes, esse poder é exercitado pelo lou-
vor da glória de Deus, o qual cria uma atmosfera de reconhecimento e fé. 
Nossos grupos de oração são lugares onde as pessoas recebem poder de Deus para ven-
cer o pecado, ser transformadas à semelhança de Cristo Jesus e capacitadas para testemunhar 
o evangelho. Para isso, é preciso que respiremos a atmosfera do louvor, que nos faz reconhecer 
o quanto somos abençoados e como Deus está presente e atuante em nosso meio. O louvor faz 
crescer a fé expectante e abre os corações para novas obras do Senhor. 
3 – O louvor nos faz exercitar o poder transformante de Deus, que nos liberta do pecado e 
nos assemelha a Jesus. Em sua raiz, todo pecado é gerado pela desconfiança com relação ao amor 
cuidadoso do Pai. Quando louvamos a Deus, em meio a qualquer circunstância, reconhecemos 
que Ele é nosso Pai amoroso e tornamo-nos mais parecidos com Jesus, o “Filho bem amado”. O 
caminhar de Cristo sobre a terra foi feito entre louvores e ações de graças. Se procurarmos no 
Novo Testamento, vamos ver que muitos milagres operados por Jesus tiveram o seu começo numa 
palavra de louvor. Basta lembrar as vezes em que Ele multiplicou pães para o povo em lugares de-
sertos. Os evangelistas nos dizem que, chegando às mãos de Jesus a pouca provisão conseguida 
pelos apóstolos, sua primeira reação foi “dar graças” (cf. Mt 14, 13-21). O que em outros poderia 
despertar um sentimento de insuficiência ou preocupação, para Jesus era motivo de gratidão ao 
Pai Celestial. E aí começavam os milagres. Em outra ocasião, ainda mais dramática, vemos Jesus 
dar graças diante da sepultura de um querido amigo. Todos conhecemos o relato da ressurreição 
de Lázaro (Jo 11, 1-44), em Betânia. O evangelista nos diz que, diante do sepulcro, Jesus orou 
com essas palavras: “Pai, rendo-te graças porque me ouviste. Eu bem sei que sempre me ouves...”. 
A gratidão de Jesus ao Pai manifesta, ao mesmo tempo, a Sua imensa confiança: ‘eu bem sei que 
sempre me ouves; até aqui, diante da sepultura do meu tão querido amigo’. Que palavras gloriosas 
são essas, que nós também podemos repetir diante de qualquer dor e provação. O louvor é a ma-
nifestação de que o Espírito de Cristo Jesus está operando em nosso interior. 
Subsídio para aprofundamento 4
GUARDAR A IDENTIDADE DA RCC PARA QUE
O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
4 – A oração de louvor, grito de fé em meio a toda tribulação, carrega um poder de liber-
tação e consagração. A expressão “sacrifício de louvor”, que aparece tanto no Antigo quanto no 
Novo Testamento, manifesta isso. Na Carta aos Hebreus, no capítulo 13, versículo 15, ela apare-
ce do seguinte modo: 
“Por Ele (Jesus) oferecemos a Deus sem cessar sacrifícios de louvor, isto é, o fruto dos lábios 
que celebram o Seu nome.” 
Podemos imaginar que a expressão possui dois sentidos. Em primeiro lugar (poder de li-
bertação), o nosso constante sacrifício de louvor é o vinho doce que o Espírito Santo extrai do 
nosso coração ferido, mas ainda cheio de confiança em Deus. Quantas vezes, entre lamentos ou 
expressões de sofrimento, ouvimos dos lábios de alguém alguma palavra de rendição ou gratidão 
a Deus, tal como se fosse um verdadeiro milagre do Espírito nesse coração. É certo que, nesse 
momento, realiza-se concretamente algo que todos conhecemos como um exorcismo, inscrito na 
chamada “Cruz de São Bento”: “É mau o que tu me ofereces: bebe tu mesmo dos teus venenos”. 
Quando, sendo triturados pelas provas da vida, abrimos nossos lábios para louvar e engrandecer 
a fidelidade do Senhor, ao invés de praguejar ou amaldiçoar a vida, estamos fazendo com que o 
inimigo beba, ele mesmo, dos venenos mortais com os quais desejava nos vencer. Na hora do luto 
ou do pranto, ele vem para nos oferecer o fel da revolta, da desesperança, do desânimo. Mas, eis 
aí uma pessoa que está renovando sua mente com o poder do Espírito Santo e da Palavra de Deus! 
Ela recorda que só se salvará da tristeza e do azedume se der graças ao Senhor, oferecendo um 
sacrifício de louvor. E então louva! E se entrega ao Autor e Consumador da sua fé! E satanás não 
entende nada do que está acontecendo. E ele, que se tinha posto de guarda para se intrometer na 
nossa aliança com Deus na hora da prova, bebe dos seus venenos, derrotado pelo poder do louvor. 
O louvor é uma tremenda oração de libertação e um poderoso exorcismo. 
O segundo sentido (poder de consagração) que podemos perceber na expressão “sacrifí-
cio de louvor” é que o louvor e a adoração a Deus tem o poder de transfigurar, consagrar, até nos-
sas dores e sofrimentos. A palavra “sacrifício” significa “tornar algo santo, tornar algo consagrado”. 
Quando, em meio às lutas de cada dia, oferecemos a Deus um sacrifício de louvor, nossa adoração, 
nossa gratidão ao Senhor tem o poder de consagrar, santificar aquilo que estamos vivendo. Não 
temos controle sobre muitascoisas que a vida nos impõe de maneira inesperada: enfermidades, 
desemprego, luto. Mas, se é verdade que não escolhemos muito daquilo que nos acontece, tam-
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O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
Subsídio para aprofundamento 5
bém é verdade que escolhemos o modo como viveremos tudo o que temos diante de nós. Nos-
sos sofrimentos podem ser apenas nossos, e vamos suportando-os e arrastando-os pelo caminho 
segundo as nossas próprias forças, ou podem se tornar sofrimentos consagrados, entregues nas 
mãos do Senhor. Essa é uma escolha que devemos fazer diante de tudo que a vida nos traz a cada 
dia. No início de cada jornada, temos uma escolha a realizar: continuar nos debatendo na cruz 
desse dia ou cobri-la com o nosso louvor ao Senhor, pela Sua fidelidade, pelos Seus propósitos 
que são mais altos que os nossos, e então experimentar viver uma dor consagrada, dedicada ao 
Senhor pelo louvor. Nossa mente, assim direcionada pela adoração e pela gratidão, será colocada 
no rumo de novos horizontes, novas esperanças. 
Nossos grupos de oração são oficinas onde aprendemos, pelo louvor, a transformar a cruz 
de cada dia em instrumento de vitória sobre o inimigo e ocasião para uma nova entrega a Deus. 
5 - Na oração eucarística, a Igreja nos ajuda a redescobrir o valor curador do louvor, fazen-
do-nos rezar assim: 
“Ainda que nossos louvores não vos sejam necessários, vós nos concedeis o dom de vos 
louvar. Eles nada acrescentam ao que sois, mas nos aproximam de vós por Jesus Cristo, vosso Filho 
e Senhor nosso”. (Prefácio Comum IV)
Poder louvar a Deus com o coração reconhecido é um dom, que nos foi oferecido por Ele 
mesmo. Nossos louvores não tornam Deus maior, mas nos aproximam dele em todas as circuns-
tâncias que vivemos. Percebemos tudo com um novo olhar; o olhar daqueles que se reconhecem 
abençoados. Padre Slavko, apóstolo de Nossa Senhora em Medjugorje, gostava de dizer aos pe-
regrinos: “É a gratidão que prepara a chegada da paz. Nossa paz será sempre restaurada pela 
gratidão.” Também a oração litúrgica nos ensina que dar graças a Deus “é nosso dever e NOSSA 
SALVAÇÃO”. Por uma graça particular do Senhor, a Renovação Carismática compreendeu desde 
sempre essa verdade: o louvor salva! O Espírito nos deu à Igreja e ao mundo nesse tempo para que 
aprendamos e ensinemos que podemos ser salvos de conflitos e discórdias mortais quando nos 
encontramos juntos na adoração e no louvor a Deus. O milagre de Pentecostes é perene e neces-
sário também agora. 
Se desejar encontrar mais sobre o poder do louvor, leia e partilhe: 1Ts 5, 18; Sl 33, 2-4 (o 
louvor é oração para todo tempo); Sl 8, 3 (o louvor dos pequeninos é arma de combate); Sl 49, 14 (o 
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sacrifício de louvor); Sl 85, 12-13 (louvor é reconhecimento da bondade do Senhor). 
6 – “Hoje é tempo de louvar a Deus”! Faça agora um exercício de louvor ao Senhor. Certa-
mente temos muitos motivos, por tudo que Ele é e faz por nós. Louvemos ao Senhor!
2- BATISMO NO ESPÍRITO SANTO 
São João Batista, em sua pregação, nos diz que ele (João) batizava em água, mas que de-
pois dele viria Aquele que nos batizaria no Espírito Santo e em fogo (cf. Mt 3,11; Mc 1,8; Lc 3,16), 
referindo-se a Jesus. Portanto, é Jesus quem nos batiza no Espírito Santo, cumprindo o desejo do 
Pai, que é derramar o Espírito Santo sobre todo ser vivo (cf Jl. 3,1). 
Já no Livro dos Atos dos Apóstolos, Capítulo 1, versículos 4 e 5, o próprio Jesus, na iminên-
cia de ascender aos céus retornando para o Pai, deu uma ordem clara aos discípulos, seguida de 
uma Promessa: “não vos afasteis de Jerusalém, mas aguardai aí o cumprimento da promessa do 
Pai, porque João batizou em água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui há poucos 
dias.” 
Sabemos que o termo “batizar” significa mergulhar. Importante entender que trata-se de 
mergulhar para preencher profundamente, para impregnar, para impactar com o poder do Espírito 
Santo. Significa, portanto, nos impregnar e preencher todas as áreas do nosso interior com o Espí-
rito Santo, trazendo-nos a consciência de Sua presença em nós e implicando-nos nas consequên-
cias maravilhosas desta presença e ação. 
Batismo no Espírito Santo é a experiência impactante de preenchimento profundo do amor 
que flui eternamente entre o Pai e o Filho, que nos ensina a amar e a adorar a Deus de um modo 
novo, um preenchimento de amor que nos dá um novo sentido de vida, que abre diante de nós 
uma nova perspectiva, amplia a nossa visão, desvia o nosso olhar do mundo e nos faz olhar para o 
céu. É o Espírito Santo nos envolvendo com sua sombra, gerando Jesus de uma maneira nova em 
nossos corações, em nossa vida. Aí verdadeiramente Jesus passa a ser o Senhor Absoluto! 
É seguramente um marco na vida cristã. Como costuma testemunhar David Mangan – o 
1º jovem a ser batizado no Espírito Santo no Retiro de Duquesne –, o batismo no Espírito Santo é 
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O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
Subsídio para aprofundamento 7
como uma dinamite que implode o nosso interior e nos preenche totalmente do Amor de Deus, isto 
é, é uma experiência profundamente impactante da graça de Pentecostes que abala as nossas es-
truturas – não em nosso desfavor – e faz novas todas as coisas dentro de nós, comprometendo-nos 
firmemente com a santidade, a alta medida da vida cristã. 
Nesse sentido, tomando por empréstimo as palavras de Santo Agostinho, podemos dizer 
que o batismo no Espírito Santo é um verdadeiro encontro de duas liberdades: Deus na Sua infini-
ta Misericórdia e amor sempre está a se derramar sobre nós, sempre vem ao nosso encontro, Seu 
coração está sempre inclinado para nós; quando nós, em nosso livre arbítrio buscamos o Senhor 
e nos abrimos a Ele, então há esse maravilhoso encontro, esse choque bendito de amor, em que 
a natureza divina se torna sensível à consciência humana, santificando-nos. Aí o Espírito do qual 
somos templos (cf. I Cor 6,19), verdadeiramente domina sobre nós – com o nosso assentimento – e 
opera interiormente, de modo mais dinâmico, a Obra da Salvação. 
É por isso que o Cardeal Léo-Josef Suenens vai dizer: o batismo no Espírito 
Santo não é um superbatismo espiritual, uma espécie de suplemento do Batismo 
Sacramental recebido. A novidade do BES é de tipo particular; trata-se de uma nova 
vinda do Espírito já presente, de uma efusão que não vem de fora, mas que jorra a 
partir de dentro. É como nos diz Jesus: Do seio daquele que crer fluirão rios de água 
viva. Trata-se, portanto, de um jorrar, de uma florescência, de uma ação do Espírito 
que desprende e liberta energias interiores latentes. Trata-se de uma tomada de 
consciência mais acentuada da sua presença e do seu poder. (Suenens, Cardeal. A 
Renovação Carismática, Um Novo Pentecostes? Editora Paulus, 3ª Ed. 1999, p. 87). 
O próprio Documento de Malines I assim define: quando os católicos romanos usam esta ex-
pressão (batismo no Espírito Santo), normalmente significa uma irrupção da experiência consciente 
do Espírito que foi dado na iniciação. (McDonnell, OSB. Rumo a Um Novo Pentecostes Para Uma Nova 
Evangelização – Documento de Malines I, Editora Leão XIII, 1ª Ed. 2021, p. 79). 
Na mesma linha, a Comissão Doutrinal do ICCRS (Serviços Internacionais para a Renovação 
Carismática Católica) – substituído em 2018 pelo CHARIS – elaborou um Documento no qual ensi-
na: O BES é uma graça que renova toda a vida cristã... O Batismo no Espírito Santo é uma experiência 
transformadora de vida com o amor de Deus derramado no coração da pessoa pelo Espírito Santo, 
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GUARDAR A IDENTIDADE DA RCC PARA QUE
O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
recebido através da submissão ao senhorio de Jesus Cristo. Ele atualiza o Batismo e o Crisma sacra-
mentais, aprofunda a comunhão com Deus e com os outroscristãos, reaviva o fervor evangelístico e 
equipa as pessoas com carismas para o serviço e a missão... Através do batismo no Espírito, a expe-
riência do primeiro Pentecostes está presente de maneira nova em nossos tempos. Ser batizado no 
Espírito é ser preenchido com o Amor que eternamente flui entre o Pai e o Filho na Trindade Santa, um 
amor que torna as pessoas, no nível mais profundo de seu ser, capazes de amar a Deus em resposta. 
(Comissão Doutrinal do ICCRS, Batismo no Espírito Santo, Editora Leão XIII, 1ª Ed. 2013, p. 15). 
Portanto, estamos tratando de uma experiência de verdadeiro avivamento, de liberação 
da graça em nós, de efusão, ou seja, uma implosão maravilhosa que rompe as nossas represas 
interiores desencadeia uma inevitável mudança de rota, uma grande metanoia. O Espírito Santo 
vem de um modo novo dando-nos a capacidade de viver as graças já recebidas nos Sacramentos 
do Batismo e da Crisma. 
Pelo batismo no Espírito Santo brota uma nova alegria interior e também força do Alto 
para sermos testemunhas em Jerusalém, em toda a Judeia, Samaria e até os confins do mundo, 
na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, todos os dias de nossa vida. Força para quê? Força, 
têmpera para sermos santos (e esta é a vontade de Deus a nosso respeito), para abraçarmos a cruz 
de cada dia com amor e com louvor, para amarmos como vasos transbordantes do amor de Deus, 
para termos vigor missionário utilizando os carismas a serviço dos irmãos, para sermos sal da terra 
e luz do mundo no nosso dia a dia. 
Nesse sentido, convém acentuar que o batismo no Espírito Santo não é uma espécie de 
Ente ou uma experiência estática a ser cultuada ou algo a simplesmente se fazer apologia; ao con-
trário, é uma experiência que deve perpassar todas as áreas da vida humana, garantindo a medida 
alta da vida cristã, isto é, a vida no Espírito ou segundo o Espírito. Não podemos cair no risco de 
fundamentar e simplesmente falar muito sobre o batismo no Espírito Santo e não vivê-lo em suas 
diversas nuances, já que é uma fonte inesgotável. Importante asseverar que o batismo no Espírito 
Santo é experiência que perpassa a vida, a existência do homem. Até onde temos deixado que o 
Espírito Santo opere em nós? O batismo no Espírito Santo é experiência pela qual o próprio Espíri-
to realiza em nós a Salvação conquistada por Jesus, lapidando-nos e preparando-nos para o céu. 
Portanto, o eixo central da identidade da RCC é o batismo no Espírito Santo e suas consequ-
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O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
Subsídio para aprofundamento 9
ências. Precisamos desejar, pedir e nos abrir a esta experiência fundamental do Amor de Deus que 
nos envolve e nos preenche de maneira irresistível e mesmo inexprimível. Contudo, embora seja a 
experiência fundante da identidade da RCC, o batismo no Espírito Santo é experiência que deve nos 
introduzir em algo mais amplo, isto é, na vida no Espírito, para a qual devem tender todos os homens. 
Nesse sentido, a identidade da RCC não se esgota no batismo no Espírito Santo, mas numa coerente 
vida segundo o Espírito. (Simões, Vinícius. Eu te constituí Sentinela na Casa de Israel. Editora Leão 
XIII. 1ª Ed. 2020, p. 55/56). 
Com efeito, São Paulo nos exorta a vivermos e andarmos de acordo com o Espírito (cf. Gl 
5, 25). De igual modo o Catecismo da Igreja Católica nos ensina que a Vida no Espírito realiza a 
vocação do homem (n. 1699). Resta-nos, portanto, entender um pouco o que significa “Vida no 
Espírito” ou “Vida segundo o Espírito”. Ainda no Capítulo 5 da Carta aos Gálatas, São Paulo nos dá 
importantes ensinamentos a este respeito: “deixai-vos conduzir pelo Espírito”, “deixai-vos guiar 
pelo Espírito”, “andai de acordo com o Espírito”. Portanto, Vida no Espírito significa uma vida total-
mente aberta e dócil à ação poderosa do Espírito Santo. 
Nesse sentido, unamo-nos à oração que a pioneira Patti Mansfield fez durante o Retiro do 
Fim de Semana de Duquesne: “Senhor, se o Teu Espírito pode fazer mais em mim, eu quero!” 
3- PRÁTICA DOS CARISMAS
Tendo ressuscitado, Jesus apareceu aos seus discípulos e lhes deu o mandato de irem por 
todo o mundo anunciar o Evangelho a toda a criatura, e lhes fez a promessa de que milagres acom-
panhariam os que cressem. Eles acreditaram, partiram e pregaram por toda parte, evangelizando 
todo o mundo conhecido da época, e o Senhor cooperava com eles e confirmava a sua palavra com 
os milagres que a acompanhavam. (cf. Mc 16, 16-20) 
Antes disso, na última ceia, Jesus já havia feito promessa semelhante: “Em verdade, em 
verdade vos digo: aquele que crê em mim fará também as obras que eu faço, e fará ainda maiores do 
que estas, porque vou para junto do Pai”. (Jo14,12) 
Sinais da presença de Jesus vivo e ressuscitado acompanham os que creem nele e na sua 
promessa: “Descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força e sereis minhas testemunhas em Je-
rusalém, em toda Judeia e Samaria e até os confins do mundo”. (Atos 1,8) 
Subsídio para aprofundamento 10
GUARDAR A IDENTIDADE DA RCC PARA QUE
O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
Quando Jesus estava corporalmente neste mundo Ele curava a todos, perdoava os peca-
dores, infundia neles ânimo e coragem para começarem uma vida nova cheia de propósito; Ele se 
movia de compaixão pelos doentes, pobres, marginal izados, pecadores. Depois que Jesus voltou 
para o Pai, o próprio amor do Pai e do Filho toca nas pessoas e cura-as no poder do Espírito Santo 
que age através de nós com seus dons e carismas. Através dos carismas Deus revela que continua 
agindo em nosso meio e deseja tornar as pessoas plenas novamente, para se conectarem com 
quem realmente são, na plenitude do propósito para o qual foram criadas. 
São Paulo, em 1 Coríntios dedica três capítulos para falar dos carismas. O capítulo 12, no 
qual cita os carismas de serviço (versículos 4 a 11); o capítulo 14 no qual ele dá uma verdadeira 
formação sobre os carismas e seu uso nas assembleias; e entre esses dois capítulos, unindo-os e 
determinando o que deve nos motivar a usá-los está o capítulo 13 que fala da caridade, mostrando 
que o amor deve regular o uso de todos os carismas. 
Deus busca corações que acreditam nas promessas de Jesus e se deixam mover de compai-
xão pelas pessoas, corações que o buscam na oração para receber dele este amor poderoso que 
Ele infunde naqueles que têm intimidade com Ele. É sobre estas pessoas que Deus derrama a sua 
unção e dota de carismas. O Senhor pode fazer de nós, vasos de barro que somos, instrumentos 
de seu amor que salva e cura. Não precisamos ser especiais ou dotados de talentos humanos, mas 
precisamos nos encontrar com o amor de Deus primeiro para podermos ser canais do seu amor. 
O Concílio Vaticano II diz que os dons do Espírito Santo são para todos os fiéis: “O Espírito Santo 
distribui aos fiéis de todas as classes, individualmente e a cada um, conforme entende, os seus dons, 
e as graças especiais que os tornam aptos e disponíveis para assumir os diversos cargos e ofícios 
úteis à renovação e maior incremento da Igreja., segundo aquelas palavras: ‘A cada qual se concede 
a manifestação do Espírito para utilidade comum’ (1 Cor 12,7). Devem aceitar-se estes carismas com 
ações de graças e consolação, pois todos, desde os mais extraordinários aos mais simples e comuns, 
são perfeitamente acomodados e úteis às necessidades da Igreja”. (Lumen Gentium, 12) 
Portanto, cada um de nós, ao cultivar um relacionamento profundo com Deus, que inclui 
amizade e confiança autênticas, poderá ser um vaso de Deus que Ele usa para derramar o seu 
amor sobre as demais pessoas, para anunciar Cristo vivo e ressuscitado ao mundo. A vida, morte 
e ressurreição de Jesus Cristo e o Espírito Santo que Jesus envia para estar eternamente conosco e 
nos ajudar no anúncio da salvação não é um acontecimento do passado, mas um acontecimento 
que se torna atual sempre que Jesus Cristo se manifesta,seja na pregação do Evangelho, seja na 
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O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
Subsídio para aprofundamento 11
prática dos carismas que atestam a sua presença viva no meio de nós. 
Os apóstolos e discípulos de Jesus na Igreja primitiva foram poderosamente assistidos pelo 
Espírito Santo porque humildemente se colocavam à sua disposição, se deixavam conduzir pelo 
Espírito com absoluta confiança de que Ele se manifestaria quando se colocassem a serviço do 
anúncio da Boa Nova. 
Em todo o livro dos Atos dos Apóstolos nós vemos o Espírito Santo agindo poderosamente 
para confirmar a missão dos apóstolos e discípulos de Jesus. Eles sabiam que eram assistidos na 
sua missão pela força do Espírito Santo e isso lhes dava coragem. Quando sofriam perseguições 
e passavam por perigos eles sabiam o que pedir a Deus: “Agora, pois, Senhor, olhai para as suas 
ameaças e concedei aos vossos servos que com todo o desassombro anunciem a vossa palavra. 
Estendei a vossa mão para que se realizem curas, milagres e prodígios pelo nome de Jesus, vosso 
servo! Mal acabavam de rezar, tremeu o lugar onde estavam reunidos. E todos ficaram cheios do 
Espírito Santo e anunciaram com intrepidez a palavra de Deus”. (Atos 4,29-31) 
Assim também conosco, se acreditarmos e nos deixarmos conduzir pelo Espírito, Ele agirá 
no meio de nós e confirmará o nosso serviço e o nosso anúncio com sinais, milagres e prodígios. As 
pessoas virão aos nossos grupos de oração e serão curadas, terão suas vidas restauradas e pode-
rão, também elas, se tornar testemunhas de que Jesus está vivo e age no meio de nós. 
O Espírito Santo não procura vasos de ouro e de prata como receptáculos de seus dons, Ele 
usa os vasos de barro. O que isto quer dizer? Significa que Ele procura pessoas humildes, que sa-
bem que os dons são do Espírito e que Ele os distribui conforme lhe apraz, pessoas que sabem que 
sem o poder do Espírito não podem fazer nada e, por isso, o buscam incessantemente na oração e 
numa vida submissa ao Senhorio de Jesus, pessoas enfim, que se deixam usar pelo Espírito Santo, 
que são dóceis à sua condução. Saber tudo sobre o Espírito Santo e seus dons não adianta nada 
se a pessoa não faz a experiência de Deus na sua vida, se ela não é batizada no Espírito, se ela não 
teve o amor de Deus derramado no seu coração. Não existe nenhum poder que vem de Deus que 
seja separado do seu amor. 
Como dom que procede do amor de Deus precisamos sempre pedir a Ele que nos preencha 
do seu amor e nos conceda os carismas para servir e edificar o seu corpo, a Igreja. 
Subsídio para aprofundamento 12
GUARDAR A IDENTIDADE DA RCC PARA QUE
O MUNDO SEJA BATIZADO NO ESPÍRITO SANTO
“Dons de oração, conhecimento, profecia, cura e outros carismas de serviço são para a cons-
trução do corpo de Cristo, eles capacitam seus membros a criar a comunhão da qual a Igreja é des-
tinada a ser e a proclamar a sua mensagem de amor, justiça e paz para o mundo. O dom do Espírito, 
que é o amor infinito de Deus (Rm 5, 5), nunca pode ser totalmente apropriado e, por este motivo, é 
preciso ser buscado repetidamente por meio da oração (At 4, 23-31); de fato, às vezes é preciso ser es-
timulado ou reavivado (2 Tm 1,6-7).” (McDonnell, Kilian, Documento de Malines 1, Rumo a Um Novo 
Pentecostes Para Uma Nova Evangelização, Editora RCCBRASIL, 2021, p. 38) 
Para entendermos melhor como os carismas são dados para o bem comum, isto é, para a 
edificação do Corpo de Cristo, vejamos alguns dons que normalmente se manifestam no grupo de 
oração, como o dom de línguas, por exemplo. Deste São Paulo diz que é para edificação pessoal, 
mas se as pessoas não forem apresentadas ao dom, se não o recebem e não sabem o que ele faz na 
vida de quem o exercita, não vão desejá-lo, nem pedir que lhes seja dado. Quando o Espírito San-
to é derramado em nossos corações como puro dom de Deus, como favor, como benefício, como 
dom gratuito, Ele nos revela o amor de Deus Pai, nos revela Jesus como nosso Salvador e Senhor 
e o nosso coração se enche de júbilo e quer louvar e bendizer a Deus. E quando faltam palavras, o 
Espírito Santo começa a orar em nós. Isso é o dom de línguas, a alegria do Espírito Santo, o vinho 
novo na nossa alma, o próprio Espírito Santo orando em nós e por nós. 
Sobre o dom de línguas São Paulo nos ensina: 1 Cor 14,2: “Aquele que fala em línguas não 
fala aos homens, senão a Deus, fala coisas misteriosas sob a ação do Espírito Santo”. (1 Cor 14,2) O 
que acontece quando se fala “coisas misteriosas” sob a ação do Espírito? Glorificamos a Deus, pois 
sempre e em tudo o Espírito Santo vai proclamar a Ressurreição de Jesus, vai declarar que Ele é 
Senhor, vai proclamar a sua vitória sobre o mal. Quando oramos em línguas o Espírito Santo estará 
confrontando as situações que lhe apresentamos em oração com a vitória de Jesus sobre o mal.
São Paulo diz também que o Espírito Santo vem em auxílio à nossa fraqueza e intercede 
por nós com gemidos inefáveis. Isso nos leva a crer que quando nós choramos e gememos no meio 
de nossas dores e tribulações, o Espírito Santo, cheio de compaixão, geme junto conosco, mas o 
seu gemido não é um lamento, ele se transforma em intercessão por nós. “mas o Espírito mesmo 
intercede por nós com gemidos inefáveis”. (cf. Rom 8, 26). 
Precisamos falar do dom de línguas no grupo de oração e abrir espaço para o seu exercício 
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a fim de levar as pessoas a desejarem o dom autêntico, fazê-las ter um desejo profundo de que o 
Espírito Santo, através deste dom tão simples e tão lindo, possa colocar palavras misteriosas de 
louvor a Deus em suas bocas e possa gemer em intercessão por suas dores e necessidades. 
Os carismas são sinais da presença de Deus e nos despertam para o mistério de Deus que 
age na vida das pessoas. Por isso, seria bom sempre fazer um momento de escuta após a oração 
em línguas, pois é um momento propício para a manifestação dos dons de profecia, ciência e sa-
bedoria quando muitas graças são reveladas. 
O dom da profecia é falar sob a influência direta e sobrenatural do Espírito Santo, é dei-
xar-se usar pelo Espírito Santo para ser porta-voz de Deus, declarando seus pensamentos, conse-
lhos, consolações. Ela vem diretamente do coração do Pai, de sua bondade, do seu amor, da sua 
compaixão. O profeta transmite o que Deus lhe revela, a profecia vem de Deus e não da mente 
daquele que fala. “Jamais uma profecia foi proferida por efeito de uma vontade humana. Homens 
inspirados pelo Espírito Santo falaram da parte de Deus.” (2 Pe 1, 21). A profecia autêntica toca 
profundamente na vida das pessoas e as transforma. “Aquele que profetiza fala aos homens, para 
edificá-los, exortá-los e consolá-los”. (1Cor 12,3) 
O dom da palavra de ciência é a clareza que Deus dá para penetrar na origem de uma situa-
ção, de um sentimento ou condição interior que Ele quer transformar. É como trazer à luz do amor 
de Deus a algo que estava nas trevas. A palavra de ciência tem uma força incrível de cura interior. 
O dom da palavra de sabedoria é Deus partilhando o que fazer em determinada situação, 
ou sobre determinado problema ou condição, é a sabedoria de Deus partilhada conosco para nos 
mostrar o que fazer a fim de que as coisas que nos perturbam possam ser colocadas em ordem, 
para que saibamos nos relacionar bem com Deus, conosco mesmos, com os outros. Assim como 
todos os demais dons, a palavra de sabedoria é um modo de Deus alcançar as nossas vidas com 
seu amor eterno e redentor. 
Estes são apenas alguns dos carismas que se manifestam no meio de nós, citados para fins 
de ilustração, existem outros, mas todos manifestam a presença de Jesus que continua a tocar no 
seu povo através dos dons do Espírito Santo. 
A essência dos carismas é a própria natureza de Jesus Cristo sendo transferida para um ser 
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humano através do poder do Espírito Santo. Participar da natureza de Cristo significa que não es-
tamos limitados por nossas fraquezas ou nossas forças, por nossa personalidade, dons, talentos, 
ou ausência deles, por nossas emoções e opiniões, temos um Deus vivo que possui toda força, 
sabedoria e poder. A natureza do sobrenatural não depende dos talentos do homem, mas sim do 
amor sobrenatural de Deus sendo transferido para nós, vasos de barro. 
A oração do servo é tentar descobrir por que esse maravilhoso Deus o escolheu para vir à 
terra neste momento, e depois pedir a Deus para lhe revelar o seu coração de Pai e capacitá-lo com 
o Espírito Santo para poder comunicar a todos os que Ele lhe enviar esse amor tão imenso que não 
cabe na compreensão humana, mas que pode ser manifestado pelo poder do Espírito. 
“Àquele que, pela virtude que opera em nós pode fazer infinitamente mais do que tudo 
quanto pedimos ou entendemos, a ele seja dada glória na Igreja, e em Cristo Jesus, por todas as 
gerações de eternidade. Amém.” (Ef 3,20)
4- Vivência Fraterna 
Criando o ser humano à própria imagem e semelhança, Deus o criou para a comunhão. O 
Deus criador que se revelou como Amor, Trindade, comunhão, chamou o homem a entrar em ínti-
ma relação com Ele e à comunhão interpessoal, isto é, à fraternidade universal. Essa é a mais alta 
vocação do homem: entrar em comunhão com Deus e com os outros homens, seus irmãos. (A Vida 
Fraterna em Comunidade, 9) 
A experiência pessoal com Jesus, a partir do Batismo no Espírito Santo, muda radicalmente 
a nossa vida. Nasce em nosso coração o desejo de ser comunidade, de estar com os irmãos. Não 
conseguimos mais viver a nossa fé da mesma forma, sozinhos, no isolamento, mas somos impul-
sionados a estar com os irmãos. 
A palavra “Irmão” começa a ter maior sentido em nossa vida. É assim que começamos a nos 
chamar, a nos tratar, e é isso que somos, irmãos em Cristo, Filhos do Mesmo Pai. No Grupo de Oração 
formamos uma pequena comunidade de irmãos, uma família! Uma família onde cada um tem um 
jeito de ser, onde um completa o outro, onde o amor de Deus transborda de coração para coração. 
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Podemos dizer com todo o nosso coração: Amor de Cristo nos uniu! Sim é o amor de Jesus, 
derramado em nossos corações, que faz com que nos amemos uns aos outros! 
Assim foi nas primeiras comunidades cristãs conforme nos relata São Lucas: “Perseveravam 
eles na doutrina dos apóstolos, nas reuniões em comum, na fração do pão e nas orações. De todos 
eles se apoderou o temor, pois pelos apóstolos foram feitos também muitos prodígios e milagres 
em Jerusalém, e o temor estava em todos os corações. Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo 
em comum. Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a 
necessidade de cada um. Unidos de coração, frequentavam todos os dias o templo. Partiam o pão 
nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e cativando 
a simpatia de todo o povo. E o Senhor cada dia lhes ajuntava outros, que estavam a caminho da 
salvação. ” (At 2, 42-47) 
As primeiras comunidades cristãs são como um espelho para nós. Comunidades onde os 
carismas se manifestavam, onde viviam unidos na oração, cheios da força do Espírito Santo. O 
louvor estava sempre em seus lábios e em seu coração. Comunidades que vivam a graça da comu-
nhão, do amor fraterno. E esse amor que transbordava de coração para coração atraia as pessoas 
que estavam de fora, cada dia mais e mais pessoas se juntavam a eles, queriam viver daquela 
forma. 
Tertuliano, padre da Igreja no século II, ao falar dos primeiros Cristãos, dizia que os pagãos 
se admiravam ao ver como os cristãos se tratavam e zelavam uns pelos outros, exclamavam entre 
eles: “Vede como eles se amam! ” 
No Grupo de Oração podemos viver como os primeiros cristãos: a fraternidade, o amor, o 
cuidado, estar juntos, rezar juntos, aprender juntos, ajudar o outro, conhecer a necessidade do 
outro. 
 “As pessoas não vão ao Grupo de Oração para serem mudadas; elas vão ao Grupo de Ora-
ção para serem amadas! É que a transformação pessoal da vida é a iniciativa do Espírito Santo; a 
nós cabe amar, acolher, respeitar, considerar, escutar, evangelizar, promover”! (Vinícius Simões, no 
livro Eu te constitui Sentinela da Casa de Israel.) 
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“Amor a Deus e o amor ao próximo fundem-se num todo: no mais pequenino, encontramos 
o próprio Jesus e, em Jesus, encontramos Deus” (Encíclica Deus Caritas Est, 15). O amor de Deus 
transforma toda a nossa vida, é um amor incondicional, paciente, fiel, misericordioso, um Deus 
que não se cansa de nos amar! Da mesma forma somos chamados a experimentar entre nós aquilo 
que acontece em nosso relacionamento com Deus. “Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho 
amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.” (Jo 13,34). 
Assim também, “se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia seu irmão, é mentiroso. Porque 
aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê. Temos de 
Deus este mandamento: o que amar a Deus, ame também a seu irmão.”(IJo 4,20-21). Quantas ve-
zes cantamos “Amar-Te mais que a mim mesmo... com minhas forças, com minha alma, de todo o 
coração, viverei eu só pra Te amar...” e não olhamos para o lado, não percebemos a presença Deus 
na pessoa que está conosco. 
O Papa Bento XVI nos ensina que o Cristianismo não é uma ideia, uma moral ou um rito. 
Cristianismo é relacionamento. É preciso convivência, estar juntos. Como posso dizer que amo 
alguém que não conheço? Não podemos ser “irmãos” somente no dia do nosso Grupo de Oração, 
nas poucas horas que passamos juntos na Igreja. Relacionamento implica em convivência, em 
conhecer a vida do outro, a necessidade do outro, é uma construção diária. 
No relato das primeiras comunidades cristãs diz que eles “vendiam as suas propriedades 
e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um”. (Cf. At 2, 45) At Vi-
vência fraterna não era só no tocante da espiritualidade, da fé, da doutrina. Vai muito além, é ser 
presença na vida do outro “fora das paredes da Igreja”. É saber se aquela pessoa tem o necessário 
para ter uma vida digna, se sua família está precisando de ajuda material, de ajuda nos seus rela-
cionamentos, etc. 
Sabemos que cada um de nós é único, fomos criados por Deus assim. Cada indivíduo tem 
sua personalidade, seu temperamento, da mesma forma que cada pessoa tem um dom, um caris-
ma dado por Deus. Não somos iguais, mas nossas diferenças são riquezas, um completa o outro 
dentro da comunidade. 
Quando não vemos dessa forma, podem ocorrer conflitos, desentendimentos dentro dos 
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nossos Grupos de Oração, gerando competição, partidos, ciúmes, invejas, criando um grande abis-
mo entre os irmãos. Aí é preciso parar e consertar as redes, aparar as arestas, diminuir as distân-
cias. Pois “um reino dividido não subsiste” (Cf. Mt 12,25) 
Não é possível falar em vivência fraterna sem falar sobre o perdão. Reconhecer que erra-
mos, que é preciso muitas vezes dar o primeiro passo em busca da reconciliação. Perdoar é amar 
muito. Só amamos verdadeiramente quando vivermos o verdadeiro sentido do perdão. “O perdão 
não implica esquecimento. Antes, mesmo que haja algo que de forma alguma pode ser negado, 
relativizado ou dissimulado, todavia podemos perdoar. Mesmo que haja algo que jamais deve ser 
tolerado, justificado ou desculpado, todavia podemos perdoar. Mesmo quando houver algo que 
por nenhum motivo devemos permitir-nosesquecer, todavia podemos perdoar. O perdão livre e 
sincero é uma grandeza que reflete a imensidão do perdão divino. Se o perdão é gratuito, então 
pode-se perdoar até a quem resiste ao arrependimento e é incapaz de pedir perdão.” (Encíclica 
Fratelli Tutti, 250) 
O Espírito Santo é quem promove a comunhão. Ele nos dá a graça para vivermos o verda-
deiro amor, Ele é o Amor do Pai e do Filho, a fonte do amor divino. E é por meio dele que somos 
impulsionados a sair do “eu” para viver o “nós”. 
Nenhum de nós sozinho e tão bom na evangelização como todos nós juntos. Nosso traba-
lho para o Senhor é como uma grande orquestra, cada instrumento produz um tipo de som, um 
completa o outro. A beleza da orquestra é ver a grande quantidade de instrumentos e o som que 
todos juntos produzem. São Paulo nos ensina que “há diversidade de dons, mas um só é o Espírito” 
(Cf. ICor 12,4) 
Tudo o que aprendemos sobre unidade, será inútil se a nossa vivência não for de comu-
nhão, de fraternidade. Precisamos zelar para que nossos Grupos de Oração vivam a unidade e o 
amor. 
No ano de 2017 o Conselho Nacional da RCC, inspirado pelo Senhor Jesus, viveu um Retiro 
na Terra Santa e no primeiro momento o Senhor fez um chamado à unidade. “Sem unidade não 
há crescimento fraterno”. O Senhor falou ainda em profecia: “Eu vos trouxe aqui para vos ensinar 
a servir, a serem irmãos, a serem família, a lavarem os pés uns dos outros, a serem disponíveis ao 
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serviço, como Minha Mãe se disponibilizou à sua prima Isabel”. 
Ser família Renovação Carismática Católica, esse é o nosso chamado! Família Grupo de 
Oração! Família de perto e de longe! Na família somos “nós mesmos”, não temos “máscaras”, ali 
revelamos quem somos de verdade e como estamos. Podemos até tentar esconder o que estamos 
sentindo, mas não por muito tempo, pois pela nossa forma de agir as pessoas que moram conosco 
sabem como estamos. Assim deve ser com aqueles que convivem conosco no Grupo de Oração, 
um olhar já basta para entendermos o que queremos expressar. Isso se dá pela convivência, pela 
vivência fraterna. 
A vida fraterna é algo essencial, tão importante quanto a nossa vida de oração. O amor 
que o Senhor nos chama a viver nos impele a irmos além de nós mesmos, de nossos limites e a 
doarmos tudo, até mesmo a nossa própria vida pelo irmão. Nosso maior exemplo desta entrega é 
o próprio Jesus e é Ele mesmo quem nos ensina que “ninguém tem maior amor do que aquele que 
dá a vida por seus amigos” (Cf. Jo 15,13). 
No evangelho de São João, capítulo 13, versículo 35 nos diz “Nisto todos conhecerão que 
sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros”. Era dessa forma que os discípulos eram 
reconhecidos! Isso não quer dizer que entre eles não haviam conflitos, pelo contrário, a própria Pa-
lavra de Deus nos relata em Atos dos apóstolos (Cf. At 5, 1-11; 10; 11 e 15), mas a maturidade deles 
os levava a amar acima dos erros alheios e das diversidades de pensamentos. 
Amar é decisão de um coração que entendeu que o amor não é concordar com tudo e to-
dos, não é pensar igual a todos, mas é escolher submeter tudo ao Amor Perfeito, que é o Amor de 
Cristo, e inflamados desse Amor Perfeito, inflamaremos outros! 
Só seremos testemunhas de Cristo, nossa missão será eficaz, só estaremos corresponden-
do ao nosso chamado se vivermos o amor. Será o nosso testemunho de amor que atrairá as pesso-
as para o Grupo de Oração, para os braços do Senhor! Vede como eles se amam! 
 “Quem ama, faz sempre comunidade; não fica nunca sozinho”. (Santa Tere-
sa d’Ávila) 
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5- A Palavra de Deus 
Introdução
A Palavra de Deus é viva e eficaz, ela é a voz do próprio Deus, que tanto no Antigo Testamen-
to, através dos profetas, quanto no Novo Testamento em seu Filho Único Jesus Cristo, nos falou e 
diariamente permite nosso contato com esta carta de amor que Ele mesmo nos escreveu. 
Uma das primeiras coisas que devemos levar em consideração é que: “a graça do Batismo 
no Espírito Santo nos conduz a um encontro profundo com a Palavra de Deus. Gerando em nós 
intimidade com a mesma. 
Temos visto no decorrer destes tempos o seu efeito, tanto na vida de cada pessoa quanto 
no que esta mesma Palavra tem realizado em nossos Grupos de Oração. 
E é sobre ela, a “Palavra de Deus”, que não cessamos de repetir o que nos diz o livro dos Atos 
dos Apóstolos “ Pois não podemos, nós, deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”(Cf. At 4, 
20). 
I-A Palavra na vida pessoal 
A oração do Senhor (Pai nosso) é o modelo completo de oração que o próprio Cristo nos 
ensinou e nós a conhecemos porque está registrada nas Sagradas Escrituras. 
A oração é o encontro entre a sede deste Pai amoroso e a nossa. Deus tem sede de que te-
nhamos sede dele. Quando oramos com a Palavra, oramos com as palavras que o próprio Senhor 
nos deu. 
Tipos de Oração na Sagrada Escritura. 
• Oração de louvor ( Cf. Ef 1, 14) 
• Oração de ação de graças (Cf. Cl 4,2) 
• Oração de adoração (Cf. Jo.4, 23) 
• Oração em línguas ( Cf. Ef 6,18) 
• Oração de esculta (Cf. Jo 10,27) 
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• Oração de súplica ( Cf. Mt 7, 7-11) 
• Oração de entrega ( Cf. Sl 36, 5) 
• Oraça de Intercessão( Cf. 1 Tm 2,1-3) 
• Oração de cura ( Cf. 16, 15-18) 
Sendo assim, a Palavra de Deus deve se fazer presente cotidianamente na vida de todos os 
servos. Todos eles devem diariamente: 
• Ler a Palavra 
• Conhecer a Palavra
• Rezar com a Palavra
• Conformar-se à Palavra, obedecendo-a
• Deixar se guiar pela Palavra
II-A Palavra no Grupo de oração
Sabemos que o grupo de oração acontece em três momentos:
1) Reunião de Núcleo: 
(At 2,1-4) 
A preparação e escuta para a reunião de Oração. 
Aqui é o primeiro momento, oportunidade para escutar o Senhor e ruminar a sua Palavra(Jr 
33,3). Os servos do núcleo são os primeiros a debruçarem-se sobre a Palavra. 
Rezam com ela e pedem ao Espírito Santo que venha, como veio em Pentecostes, utilizan-
do-se para isto de diversos textos da Sagrada Escritura. 
2) Reunião de Oração: 
(At 2, 5-41) 
Onde a assembleia se reúne e é evangelizada. É na Reunião de Oração que todos experi-
mentam a ação de Deus, testemunham os carismas, têm seus corações tocados. O centro desse 
momento é o louvor, a pregação da Palavra realizada com unção e no poder do Espírito e o clamor 
pela efusão do Espírito Santo. 
3) Grupo de Perseverança: 
(At 2, 42-47) 
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A Igreja Primitiva perseverava, na doutrina dos Apóstolos, na comunhão fraterna, na fração 
do pão nas orações em comum. Assim deverá ser o Grupo de Perseverança. 
Sabemos que a Palavra de Deus está enraizada em todo processo formativo e não poderia 
ser diferente no Grupo de Perseverança.
Esta Palavra se destaca especialmente em dois capítulos do módulo 1 do GP. Como nos 
temas: Lectio Divina e Introdução a Sagrada Escritura, por exemplo. 
III-A inspiração para a vida e pregação vem da Palavra 
Sabemos que a pregação é um dos momentos mais importantes da reunião de oração. Ela 
motiva o povo a rezar e gera a fé. 
A palavra deve ser anunciada de forma querigmática e isto não deve ser mudado.
Esta palavra proclamada com autoridade deve gerar na vida do povo o que nos relata os 
Atos dos Apóstolos: Pedro, cheio do Espírito Santo, se destaca dos demais e com voz forte, anuncia 
o evangelho aos que se ajuntavam ali com corações compungidos, perguntaram o que deveriam 
fazer para receber o dom do Espírito Santo. 
Assim também deve acontecer em nossas reuniões de oração.
 
A Palavra de Deus proclamada deve levar o povo a uma verdadeira mudança de vida.IV-A Palavra de Deus no processo formativo 
I- Seminário de Vida no Espírito Santo
O SVES é uma estratégia do próprio Senhor para conduzir o seu povo a uma fecunda evan-
gelização. 
No SVES, os participantes experimentam semanalmente, de forma profunda, uma experi-
ência com a pessoa de Jesus através das pregações querigmáticas. 
Nele, a pessoa durante 9 semanas, terá um encontro com Jesus a partir de sua Palavra 
proclamada e testemunhada. Cada participante experimenta a graça de mergulhar nas Sagradas 
Escrituras em doses homeopáticas. 
Podemos dizer: aqui se inicia um encontro amoroso entre o participante e a Palavra de Deus. 
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II - Experiência de Oração 
O poder da Palavra ministrada, em um fim de semana, promoverá uma experiência com o 
Senhor Jesus vivenciando os quatro capítulos de Atos dos Apóstolos. Este era o alegre anúncio dos 
primeiros cristãos cheios do Espírito Santo. 
A experiência de oração nos possibilita uma grande experiência com esta Palavra viva que 
gera em nós a verdadeira vida. O que acontecia no início do cristianismo é atualizado hoje em nós. 
Como exemplo fundante, vemos isto no Retiro do final de semana de Duquesne, com aque-
les jovens e continuamos hoje e vislumbrando essas mesmas experiências.
Assim como aconteceu com eles, como nos contam os relatos “aplicaram se eles a ler e a 
meditar os Atos dos Apóstolos e a rezar pedindo que o Espírito Santo fizesse acontecer o Pentecos-
tes em suas vidas.” Deve continuar a acontecer conosco, seus servos.
A palavra de Deus tem o poder de transformar interiormente e exteriormente as nossas vi-
das e neste final de semana, chamado experiência de oração, diferente do SVES, permite viver de 
forma mais efusiva o cumprimento da Palavra de Deus . 
III-Aprofundamento de Dons 
Este é o terceiro momento da fase querigmática. 
Um Aprofundamento de Dons tem como objetivo levar o participante à experiência da re-
descoberta dos dons infusos, ferramentas do Espírito para nossa santificação pessoal, bem como 
entender e experienciar os dons carismáticos como graças especiais que nos são dadas pelo Espí-
rito Santo. 
E para termos um bom entendimento destes dons carismáticos devemos, entre outros tex-
tos sagrados, debruçarmo-nos na Carta que o Apóstolo Paulo escreve à comunidade de Coríntios, 
a respeito destes dons (cf. I Cor 12-por exemplo). 
Obviamente que, assim como processo querigmático citado acima, a Palavra de Deus será 
o poderoso instrumento do Senhor para formar o povo catequeticamente no Módulo Básico e es-
pecificamente nos módulos dos ministérios.
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Palavra que gera Santidade
Encontramos na Sagrada Escritura um roteiro de vida santa a partir do que escreve São 
Mateus no Sermão da montanha conhecido como As bem-aventuranças. Elas ultrapassam nossa 
inteligência e nossa força humana. 
Bem aventurados os pobres de espírito porque deles é o Reino dos Céus (Mt 5, 3) 
Bem-aventurados o que choram porque serão consolados (Mt 5, 4) 
Bem-aventurados os mansos porque herdarão a terra (Mt 5, 5) 
Bem aventurado os que tem fome e sede de justiça, porque serão saciados (Mt 5, 6) 
Bem aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia (Mt 5, 7) 
Bem aventurados os puros, porque verão a Deus (Mt 5, 8) 
Bem-aventurados os que promovem a paz porque serão chamados filhos de Deus (Mt 5, 9) 
Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus (Mt 
5, 10)

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