Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

“Tu guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme,
porque em ti confia. ”
Isaías, 26:3.
 
 
 
 
 
 
 
 
1ª Edição
2019
 
 
BUSCANDO O ESPÍRITO SANTO COM UMA MENTE RENOVADA
 INSTITUTO DE RESTAURAÇÃO ESCOLA DE FOGO
Copyright 2019 por Robson Martins – Todos os direitos reservados
Edição Original por Editora King - todos os direitos reservados
 
Autor: Robson Martins
Edição e Coordenação: Alessandra Padilha
Correção e Revisão: Fernando Araújo e Rodrigo Siffermann
Revisão de Provas Finais: Alessandra Padilha e Rodrigo Siffermann
Design e Capa: Robson Martins e Silvan Brito
Diagramação e Projeto Gráfico: Silvan Brito
Estilização do E-book: Daniela Caldeira
 
Em caso de indicação em contrário, todas as citações bíblicas foram extraídas da Bíblia
Sagrada Nova Versão Internacional (NVI) da Sociedade Bíblica do Brasil, da Versão
Almeida Revista e Atualizada (ARA) e da Versão Almeida Corrigida e Fiel (ACF).
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
Agência Brasileira do ISBN - Bibliotecária Priscila Pena Machado CRB-7/6971
 
M386 Martins, Robson.
Buscando o Espírito Santo com uma
mente renovada [recurso
eletrônico] / Robson Martins. —— 1. ed. ——
Goiânia : King,
2O19.
Dados eletrônicos (e-Pub).
 
ISBN 978-65-8O866-O3-8
 
1. Espírito Santo - Doutrina bíblica. 2. Vida
cristã.
3. Espiritualidade. I. Título.
 
CDD 231.3
 
 
É proibida a cópia e reprodução parcial ou total da obra, de qualquer forma ou qualquer
meio sem a devida autorização expressa por escrito datado pelo autor. A violação dos
Direitos Autorais (Lei nº 9610/98) é crime estabelecido pelo Artigo 48 do Código Penal.
 
“Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se
serve do serviço do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário do seu trabalho.”
(Jeremias, 22:13).
 
1º Edição novembro de 2019
Publicado no Brasil por: Editora King
Avenida Paranaíba, 1168, Qd. 112, Lote 51, Edifício Rosane, Setor Central, CEP: 74025-30
Goiânia-Go.
Informações e Contato: 55 (62) 981161422 /(62) 3642-9565
E-mail: editorial@editoraking.com.br
 Site: www.editoraking.com.br
 
 
mailto:editorial%40editoraking.com.br?subject=
 
 
 
 
 
 
 
 
Agradeço ao Senhor Jesus, por toda a força e
bondade em minha vida; pela graça e misericórdia
que me tem concedido cada manhã, podendo
assim, viver em amor e comunhão com o Seu
Espírito Santo.
 
À minha amada esposa Monique e querida mãe
Rosana, duas colunas de intercessão e consolação
ao meu lado, que não medem esforços para
estabelecer o Ministério que Deus nos designou,
para essa geração. 
 
A todos os “filhos espirituais” que compõem nossa
família ministerial, que o Senhor os recompense
por todo amor e dedicação.
 
 
 
SUMÁRIO
Prefácio
Introdução
Parte 1 - Conhecendo a Pessoa do Espírito Santo
Capítulo 1: Um Encontro Sobrenatural
Capítulo 2: O Início da Jornada com o Espírito Santo
Capítulo 3: Enfrentando Conflitos Religiosos
Capítulo 4: Quebrando a Doutrina de Homens
Capítulo 5: O Verdadeiro Fruto da Comunhão com o Espírito Santo
Capítulo 6: O Verdadeiro Descanso
Capítulo 7: A Pessoa do Espírito Santo
Parte 2: Compartilhando do Espírito Santo
Capítulo 8: Os Aspectos da Pessoa do Espírito Santo
Capítulo 9: Como Iniciar a Comunhão com o Espírito Santo
Capítulo 10: Três Armas Poderosas
Capítulo 11: Mantendo o Equilíbrio Espíritual
Capítulo 12: Realidade e Consciência da Pessoa do Espírito Santo
Parte 3: Entrando em Níveis Mais Profundos
Capítulo 13: o Espírito dá Testemunho e Glorifica a Cristo
Capítulo 14: Erros Cometidos na Busca Pelo Espírito Santo
Capítulo 15: Não Espante a Pomba
Capítulo 16: Orando em Todo o Tempo no Espírito
Capítulo 17: Os Impasses da Busca pela Comunhão
Capítulo 18: O Tempo Traz Maturidade no Relacionamento
Capítulo 19: A Diferença entre Atmosfera e Realidade da Presença
R
 
 
 
 
 
PREFÁCIO
 
 
ecebi em Goiânia, a visita de um Apóstolo, vindo do Rio de
Janeiro, que procurava por uma editora cristã para realizar o
trabalho de publicação do seu livro. Até aquele dia, não o conhecia
e a primeira coisa que ele me disse quando começamos a
conversar, foi que estava ali por direção do Espírito Santo e que
havia orado muito para que o Senhor o conduzisse à Editora que o
ajudaria com o seu livro. Quando ouvi aquelas palavras, pensei:
“Deve ter sido mesmo o Espírito Santo”. Afinal, não nos
conhecíamos.
Quando comecei a realizar o trabalho de edição, me deparei
com uma obra linda de intimidade e comunhão com a Pessoa do
Espírito Santo. Haviam momentos que não sabia se editava, ou se
mergulhava nessa imensidão de revelações.
Cada capítulo do livro falou profundamente ao meu coração,
trazendo ensinamentos para o meu crescimento espiritual. Editá-lo,
foi literalmente, um prazer! Por várias vezes, o Espírito Santo falou
ao meu coração no decorrer da edição. Em algumas partes, tive que
parar, enxugar as lágrimas e retomar o trabalho.
Prefácio
Quando recebi o convite do Apóstolo Robson Martins para
realizar o prefácio de seu livro, me senti honrada. Posso garantir
que está é uma obra genuína, de alguém que tem fome e sede da
Presença de Deus e verdadeira paixão pelo Espírito Santo.
 
Assim como fui tocada em meu espírito, alma e coração, lendo
este livro, desejo que sejas, também, imensamente cheio dessa
Pessoa Maravilhosa e Linda que é nosso Amigo e Conselheiro,
Espírito Santo. 
 
Que Deus abençoe cada vez mais a sua vida, Apóstolo
Robson Martins. Sou grata ao Senhor nosso Deus, por ter feito parte
deste trabalho, cujo Protagonista, é Aquele que nos dá a vida!
 
Pra. Alessandra Padilha
Escritora e Editora
 
 
N
 
 
 
 
 
INTRODUÇÃO
 
 
o decorrer da minha caminhada de fé com Jesus, aprendi
diversas lições sobre o andar no Espírito e o relacionamento
na Presença de Deus, um assunto tão importante para a igreja de
Cristo. Foi baseado nesses ensinos, que nasceu este livro, contendo
algumas instruções de forma resumida e simples, com o intuito de
ajudá-lo na sua jornada espiritual, renovando a sua mentalidade
para uma edificação pessoal e completa.
Creio que é tempo de grande avivamento nas nações e o
conhecimento revelado está sendo liberado, como nunca, sobre à
Terra! Após um período de 40 dias de jejum e oração no monte, com
minha equipe ministerial, o Espírito de Deus me deu o tema deste
livro, com o propósito de levar o entendimento e a compreensão
correta sobre a Pessoa do Espírito Santo. 
 Introdução
Esta obra, traz a chave para os mistérios e o Poder de Deus,
bem como a revelação de Sua Palavra para uma vida de comunhão
com o Seu Espírito. O Agente transformador não está nas palavras
que escrevi, mas sim, na Pessoa do Espírito Santo e no
relacionamento que Ele deseja ter com você.
A maioria dos cristãos já ouviu falar, mas, na prática, vivem e
morrem, sem nunca ter experimentado, de fato, a Comunhão, o
Companheirismo e a Plenitude do Espírito Santo.
Desejo que este livro seja um instrumento de edificação em
suas mãos, contribuindo nos seus passos iniciais de fé, nessa nova
jornada com o Espírito Santo. Que por meio d’Ele, venhas alcançar
níveis profundos de comunhão e intimidade com Deus, sendo
conhecido por Ele, e conhecendo-O como Ele É!
Creio que esse caminho é para todos os que creem e desejam
mais de Deus em suas vidas. Que o nosso Consolador esteja com
você no decorrer da leitura e que sejas verdadeiramente impactado
com a Sua Real e Doce Presença!
 
Ap. Robson Martins
Instituto de Restauração Escola de Fogo
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte 1 - Conhecendo a Pessoa do Espírito Santo
 PARTE 1
 
CONHECENDO A PESSOA
DO ESPÍRITO SANTO
 
 
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que
fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo
não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o
conheceis, porque habita convosco e estará em vós. ”
 
João, 14:16-17.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 1: Um Encontro Sobrenatural
 
C
Um Encontro Sobrenatural
 
omeceia buscar a Cristo, de forma mais profunda em meu
coração, durante a minha adolescência. Nessa fase, iniciei
uma jornada cujo destino seria às nações!
Minha mãe Rosana, sempre foi uma cristã comprometida com
a Palavra de Deus e conduzia todos da família à igreja, onde
aprendi desde a infância, sobre a existência e o temor a Deus.
Recebi a salvação de Cristo ainda pequeno e fui batizado nas águas
aos onze anos, reconhecendo que precisava ser perdoado dos
meus pecados.
Constantemente, tínhamos cultos em nosso lar e era comum
ter irmãos da igreja nos visitando, alguns, no entanto, eram sem
precedentes. Minha mãe, também tinha o costume de me levar aos
cultos nas igrejas pentecostais; e assim, fui me desenvolvendo
nesse ambiente, onde o Poder de Deus era notório.
Vi muitos irmãos evangélicos, denominados “vasos de Deus”,
serem “usados” pelo Senhor em profecias nos cultos. Era comum
ver as manifestações do Espírito Santo.
Cresci acreditando em Deus e no Seu Poder, mas não
mantinha um compromisso real com o Seu Reino, entretanto,
procurava obedecer meus pais e sempre me sujeitava aos seus
conselhos. Não era uma criança levada, mas de certa forma, havia
um temor em mim, que me lembrava de seguir o correto.
Participava ativamente do grupo de adolescentes da igreja
Assembleia de Deus, onde todos da minha família, também eram
membros. Minha mãe, era uma das principais dirigentes da mesa de
oração e da consagração da igreja; uma pregadora cheia do Espírito
Santo de Deus e de autoridade. Particularmente, ela não somente
era, mas ainda é, a maior intercessora profética que conheci!
Posso dizer que tenho o prazer e a imensa alegria de tê-la ao
meu lado; e foi por causa de suas constantes orações, que o
caminho da salvação e da minha vocação em Cristo, foram
ascendendo durante a minha juventude.
 
“Não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós
nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor
Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de
sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele.
Sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que
saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as
riquezas da glória da sua herança nos santos” (Efésios,
1:16-18).
 
Despertando o espírito
 
“ [...] despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia [...] ”
(Esdras, 1:1).
Desde a minha pré-adolescência, passei a ter experiências
com o Senhor e isso foi gerando em mim, a certeza de que existia
mais de Deus a ser encontrado e eu queria buscar.
Lembro-me de uma ocasião, por volta dos onze anos, em um
culto, onde estava sentado ao lado de meu pai, o Sr. Olicio. Quando
o Pastor dirigente, disse: “Hoje darei a oportunidade para uma das
irmãs do grupo de louvor”. Assim que ele falou aquilo, ouvi,
claramente o Espírito Santo me revelar o nome de quem seria
escolhida. Naquele instante, comentei com o meu pai..., o mais
interessante, é que não sabia quem era essa pessoa. Ao mesmo
tempo, tive a visão de um martelo batendo em um prego no púlpito
da igreja.
Após alguns minutos, o Pastor chamou exatamente o nome da
pessoa que o Espírito Santo havia me falado. Chorei muito nesse
dia, pois, senti uma Presença maravilhosa. Meu pai então, tomou a
atitude de me levar até aquele dirigente e contou-lhe a visão que
tive e ele respondeu que se tratava de ajustes no ministério. Desde
então, passei a ser tocado constantemente por Deus, principalmente
com visões na hora dos cultos e meus pais sempre me levavam
para entregar aquilo que o Senhor me revelava às pessoas.
 De uma forma linda e sobrenatural, Deus também falava
comigo através de outras pessoas, usadas no dom de profecias,
confirmando tudo o que havia sido prometido a meu respeito, desde
o ventre materno. Deus tinha um chamado para minha vida — de
ser um grande homem em Suas Mãos, levando o Reino de Deus às
nações.
 Aquelas pessoas que profetizavam em minha vida, eram
usadas, quer fosse nas ruas, ou na igreja, mas principalmente,
quando haviam cultos em nossa casa. Nessa época, me dedicava
também a tocar violão e ajudava uma pequena congregação do
campo, da qual pertencia como membro.
Certa vez, tocando no culto, uma mulher se levantou tomada
pelo Poder de Deus, pedindo permissão para entregar uma palavra
profética e apontando o dedo em minha direção, disse:
— Deus manda dizer, para esse menino que está vestido de
blusa verde, com o instrumento nas mãos, que Ele quer te batizar
com o Seu Espírito e tem uma grande obra em sua vida, fique
atento nos cultos, pois, você será cheio do Espírito Santo!
Nunca me esqueci daquela mulher, afinal, o que ela havia
profetizado, marcou a minha vida!
Aos dezesseis anos, o Senhor começou a despertar o meu
espírito para o meu real chamado. Nessa época, estudava em uma
Escola Técnica, onde era dedicado no curso de eletrônica; e era
costume chegar tarde da noite em casa. Em uma dessas ocasiões,
retornando da aula, encontrei uma pessoa conhecida na rua,
próximo à minha residência, que estava sendo evangelizada por
uma missionária, muito usada no dom de profecia.
Ao me aproximar para cumprimentá-la, de imediato, ela
começou a ser usada em profecias e me entregou palavras, que
referiam-se há questões íntimas, que somente eu e Deus sabíamos
(1 Coríntios, 14:24-25). Os segredos do meu coração, haviam sido
revelados e meu espírito foi desperto com um desejo ardente de
buscar a Deus. Dali em diante, passei a ir à igreja com mais
frequência.
Algo estava diferente! Sentia queimar em meu peito um desejo
abrasador — não entendia ao certo o que estava acontecendo, tudo
o que sabia, era que havia uma vontade grande, não apenas de
ouvir a Deus, mas de conhecê-Lo!
Certa vez, ao visitar uma igreja local, no final do culto, antes
de o Pastor dar a bênção apostólica, falei com Deus em meu
coração, dizendo:
— Meu Pai, se Tu tens uma obra em minha vida, fale comigo,
antes que o Pastor termine o culto.
De repente, um rapaz que estava na bateria, levantou-se
falando fortemente em outras línguas, em seguida, começou a
profetizar à igreja, depois disso, veio em minha direção e em voz
audível, disseme:
— Filho meu! Ouvi a sua voz e hoje entrego-te a sensibilidade
do Meu Espírito Santo; veja como Minha Mão toca em seu coração!
Naquele mesmo instante, tive uma visão — um homem de
branco vindo em minha direção, onde estava sentado, levantou as
mãos e tocou em meu peito — pude sentir a Sua Presença calorosa
de amor e comecei a chorar, de alguma forma, sabia que era a
Presença do Deus Vivo.
Ele me tocou, aleluia!
— Você já recebeu o toque do Senhor alguma vez? Se não,
peça agora, a sensibilidade do Espírito Santo, para que o seu
coração seja cheio do amor e da graça do nosso Senhor Jesus!
Naquele mesmo ano, foi gerado em meu ser, algo poderoso.
De alguma forma, me sentia conectado a Deus nos céus. A
sensação era de que ao invocar o nome do Senhor sobre à Terra, a
Sua resposta vinha em forma de “labaredas de fogo”, caindo do céu,
por onde quer que andasse.
 
Experimentando o Fogo do Espírito
 
“[...] Ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo” (Mateus,
3:11b).
 
Uma noite, saindo dos estudos, fui diretamente na casa
daquela missionária que havia sido usada por Deus para falar
comigo na rua. A intenção, era contar-lhe a respeito de um sonho
que tive naquela madrugada, pois, acreditava que se tratava de uma
mensagem de Deus.
Ao chegar em sua residência, ela e seu esposo estavam de
saída e me convidaram para ir ao monte, onde tinham o costume de
orar. Aceitei o convite de imediato e fui como estava, com o
uniforme do curso técnico. Chegando próximo ao local, me veio
lembranças de quando subia ali com meus pais para orar.
Eu e a missionária seguiu conversando e à medida que íamos
subindo, ela ia sendo usada pelo Espírito profético, dizendo que
algo grande iria acontecer conosco ali. Ela foi bem clara em suas
palavras:
— Robson, fique atento, suba louvando ao Senhor, pois, Deus
tem um mistério com você, aqui!
Ao chegarmos no monte, o lugar apropriado para a oração,
sentamos um pouco para descansar. O tempo estavafrio e nublado,
não dava para ver as estrelas por causa das densas nuvens, mas
de repente, notei que o céu se abriu diante de nós e a missionária
foi tomada em palavra profética:
— Olhe para o céu e procure um cruzeiro formado pelas
estrelas.
Apontei o dedo em direção às poucas estrelas que davam
para ver e fiz exatamente o desenho dos quatro pontos, quando
finalizei, imediatamente, o céu se fechou! Me assustei e fiquei
impressionado com aquilo, e disselhe:
— Olhe irmã! O céu se fechou na hora!
Ela então levantou-se no Poder de Deus e começamos a orar.
Estávamos em três pessoas.
Depois dos mistérios que ocorreram durante aquele momento
de oração, comecei a ter visões e a palavra do conhecimento veio a
mim, revelando o propósito do porquê o esposo dela havia subido
ao monte naquela noite, mas não falei nada. No mesmo instante, a
missionária tocou no meu ombro e disse:
— Meu filho, por que você não entrega o que estou lhe
mostrando? Hoje te dou, o que há muito tempo te prometi! 
 No instante em que ouvi isso, me lembrei das palavras
daquela mulher de Deus, que profetizou no culto, quando eu ainda
era um adolescente — de que seria cheio do Espírito Santo.
A missionária, então, continuou dizendo:
— Olha como esse círculo de fogo envolve você..., é meu Anjo
te tocando; fale as línguas que estou lhe dando!
Imediatamente, abri meus olhos e vi, nitidamente um círculo
de fogo vivo, que envolvia meu corpo e tocava o céu. Um Anjo
pegou em meu braço e sentia um poder tremendo. Tive múltiplas
sensações naquele momento — fogo, eletricidade e arrepios.
Eu estava sendo literalmente batizado no Espírito Santo e com
Fogo! Comecei então, a falar em outras línguas, a profetizar e a
dançar no Poder de Deus, aleluia!
 
“Eu, na verdade, vos batizo com água, na base do
arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais
poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as
alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo”
(Mateus, 3:11).
 
As sensações foram tão profundas e maravilhosas no meu
espírito, alma e corpo, que por mais que eu tente, não consigo
descrevê-las com exatidão! Tudo o que sei é que tive um encontro
sobrenatural com a Presença de Deus naquela noite, através da
experiência do batismo no Espírito Santo.
Quando saímos de lá, fui praticamente carregado no colo pelo
esposo da missionária. Chegando em casa, de madrugada, abri a
porta da sala, mas era tanto Poder de Deus, que estava,
literalmente, embriagado pelo Espírito Santo — mal conseguia ficar
de pé.
Meu pai foi correndo até a sala, para ver que barulho era
aquele, quando me viu cheio do Espírito, deu glórias a Deus e
chamou a minha mãe, e juntos, ajoelhamos ali mesmo e oramos
agradecendo ao Senhor por Sua infinita misericórdia e graça, que
havia me alcançado.
Muita alegria veio sobre minha família naquele tempo. Durante
um mês, fiquei cheio do Espírito Santo, com sensações de poder e
êxtase em meu corpo, às vezes, até de “embriaguez”, que mal podia
me levantar da cama.
Depois da primeira semana, após essa experiência do batismo
no Espírito Santo e com Fogo, voltei a minha rotina normal. Tinha
uma grande dificuldade de controlar o poder que emanava dentro de
mim, por ser algo novo em minha vida.
“Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito
Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém,
como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da
terra” (Atos, 1:8).
 
Após o primeiro mês, fui aprendendo a lidar com os rios do
Espírito que fluíam dentro do meu ser. Dali em diante, comecei
minha jornada no andar sobrenatural, por meio do Espírito Santo e
passei a aprender, sobre o Reino de Deus e o meu chamado.
Sentia uma fé latente em Deus e na Sua Palavra, mas não
fazia ideia de que viveria fortes experiências e principalmente
situações mais intensas, que me aguardavam!
 
 
 
 
 
 
 
M
 
Capítulo 2: O Início da Jornada com o Espírito Santo
 
 
O Início da Jornada
com o Espírito Santo
 
inha caminhada rumo a intimidade com Deus, havia iniciado
e aquela mesma missionária, que me levou ao monte, onde
fui cheio do Espírito Santo, também me conduziu a uma igreja, com
a qual me identifiquei.
O Espírito Santo havia me levado àquele lugar, para
desenvolver os primeiros passos do meu chamado, e lá, tinha um
poderoso Mover de Deus. Era uma igreja conhecida na cidade de
Mesquita – RJ, por ser pentecostal, aonde muitos jovens se
dedicavam ao Senhor e se moviam no dom da profecia, e no falar
em outras línguas, assim como o próprio Pastor.
Me apaixonei por aquele povo! Logo estava frequentando
todos os cultos, inclusive o grupo de jovens para o qual fui
convidado. Cresci muito espiritualmente ali. Os jovens eram
extremamente ativos no Espírito Santo e isso me ajudou no
desenvolvimento espiritual, e no alcance dos dons do Espírito.
Procurava ao máximo me envolver com as tarefas da igreja e
com os departamentos de evangelismo no lar, principalmente nos
cultos de libertação. Naquela rotina, desenvolvi a capacidade de
pregar, profetizar e expulsar demônios. Em pouco tempo, o Pastor
da igreja me colocou como Obreiro, sendo indicado para o ministério
logo depois.
No início do meu ministério, passava horas orando em meu
quarto e subindo ao monte, aonde costumava ficar a sós com Deus.
Através daquela busca e dedicação ao chamado, recebi do Senhor,
unções poderosas.
Na busca constante por Deus, desejava de coração, cada vez
mais, a Sua Presença. Recebi diversos dons do Espírito, porém,
ainda não O conhecia como Pessoa, somente provava da unção e
operava nos dons.
Uma atmosfera de amor me envolvia constantemente, sentia o
cuidado de Deus aquecendo a minha fé e guardando o meu coração
para algo novo, que se manifestaria em minha vida.
 
Conhecendo a Voz do Espírito
 
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas [...]”
(Apocalipse, 2:11).
 
Após os três primeiros anos no ministério, como missionário e
pregador, usufruí de tudo o que aquele mover e estilo de vida cristão
poderia me oferecer. Havia uma fome e uma sede profunda que
brotavam do meu coração e que se misturava a uma paixão ardente
pelo Senhor. Embora não soubesse ao certo o que era, nem mesmo
como receber, desejava mais de Deus.
Aos dezenove anos, trabalhava o dia inteiro, estudava a noite,
era bem dedicado ao Senhor, e também, muito comprometido com o
ministério. Naquela época, buscava por algo que não sabia definir,
mas que de alguma forma, queimava em meu peito. Passei a ter
uma vida constante de oração, jejuns e meditação na palavra, mas
ainda não tinha a revelação do novo, que estava surgindo em meu
espírito a respeito da Pessoa do Espírito Santo.
Certa vez, descobri um livro, que trazia relatos sobre o Espírito
Santo. Quando comecei a ler, para minha supressa e alegria, de
alguma forma, sabia que havia encontrado o que tanto buscava,
mesmo sem entender o que era. No entanto, aquela fome por algo
mais intenso, me conduzia à realidade viva de quem Deus É.
Com aquele conhecimento em mãos, passei a “devorar” o livro
e comecei a descobrir sobre a Pessoa do Espírito Santo, e de como
desenvolver uma comunhão íntima com a Sua Doce Presença.
Nessa época, trabalhava no Centro de Processamento de
Dados (CPD) de um hospital em Juscelino – RJ e cuidava da parte
de informática geral. Ali, em uma pequena sala, lendo esse livro e
buscando ardentemente a Presença de Deus; antes que iniciasse o
parágrafo seguinte, o Espírito Santo me falou com uma doce e
suave voz, o que viria no próximo trecho. Para minha surpresa, ao
ler o item seguinte, fui abraçado por um fogo no meu espírito e
quase cai da cadeira!
Sem entender, saí daquela sala e comecei a andar pelo
corredor, onde novamente ouvi aquela voz doce e suave..., mas não
era como o dom profético, tratava-se da Voz de uma Pessoa que
tinha intimidade comigo; ela me conhecia e trazia consigo, o poder
de ecoar no meu espírito, dizendo:
— A partir de hoje, entregue-me o governo de tudo o que te
dei, dons e unção inicial, pois, vou ensiná-lo a andar com a minha
Presença.
Lágrimas rolaram pelo meurosto, senti a Presença do amor
me envolvendo e uma comunhão profunda no meu espírito com o
Senhor. Aquele momento foi único, e desde então, passei a
desfrutar de uma atmosfera de amor, paz e descanso, dos quais
nunca havia provado.
Iniciei ali, uma nova jornada com o Espírito Santo, mas
demorei um ano e meio para associar aquela forma de
relacionamento com Deus, afinal, tudo estava sendo transformado
em mim — mente, vontades e emoções.
 
“E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos
pela renovação da vossa mente, para que experimenteis
qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus”
(Romanos, 12:2).
 
O mundo espiritual tinha mudado, mas notava que em minha
mente, ainda havia muitos resíduos de contaminações religiosas
que aprisionavam a alma, por causa das doutrinas erradas que
havia aprendido, misturadas com a verdade. Graças a Deus, que
tudo isso foi sendo arrancado, com suas raízes do meu interior.
O Espírito Santo me ensinava nas escrituras, as verdades
concernentes ao Reino de Deus e consequentemente, iam sendo
liberto (João, 8:32). Sofri sérias mudanças na maneira de enxergar o
mundo, as pessoas e a igreja.
Estava nascendo no meu espírito, uma nova realidade de
viver com a Presença de Deus, através de um relacionamento
íntimo, de um verdadeiro filho e amigo. Isso trouxe aberturas
sobrenaturais do poder e das manifestações do Espírito Santo em
mim. As revelações genuínas das escrituras, borbulhavam no meu
espírito. Passava horas meditando na Palavra de Deus, procurando
conhecer os Seus caminhos e entender tudo aquilo que estava
ocorrendo comigo.
 
“E a unção que vós recebestes d’Ele, fica em vós, e não
tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas,
como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é
verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim
n’Ele permanecereis” (1 João, 2:27).
 
Passado um tempo, mergulhado nessa nova atmosfera de
amor e companheirismo com o Espírito de Deus, tive uma
experiência intrigante em meu quarto quando orava, pois, Ele veio a
mim, e disse:
— Hoje, você vai pregar na sua igreja.
O mais interessante disso tudo, é que além de me falar o que
aconteceria, Ele também me capacitou, entregando-me a palavra
que deveria pregar no culto. Chegando a igreja, meu Pastor fez um
sinal, para que eu fosse o pregador da noite, assim como o Espírito
Santo havia falado.
Após começar a pregar, observei que houve uma calmaria na
igreja, mas, mesmo assim continuei a mensagem, mencionando que
algo de diferente estava ocorrendo ali, afinal, aquele era um “povo
barulhento” devido à cultura pentecostal. Até que finalmente, uma
jovem missionária, declarou em alta voz e num tom agradável,
quebrando todo o silêncio:
— Que palavra é essa!
Via no olhar das pessoas, a atenção na Palavra de Deus, que
saia da minha boca, cheia de Sua graça. Após finalizar a
mensagem, meu Pastor fez um elogio em público, me comparando
a um pregador famoso da época. Quando sai da igreja, algumas
pessoas vieram me contar que sentiram um forte mover, embora
não soubessem expressar ao certo o que era! Diziam que algo
apertava seus corações, trazendo temor e desejo de conhecer a
Deus.
Descobri ali, que quanto maior for o meu nível de comunhão e
intimidade com o Espírito Santo, mais poderosa e verdadeira se
torna a palavra em meus lábios.
Um companheiro do ministério, chegou a me perguntar “em
qual Instituição Teológica eu estava estudando”, afinal, a mensagem
pregada estava em outro nível. Respondi a ele que não era teologia,
e sim, a Presença do Espírito Santo — Aprendi a depender d’Ele e
não mais de minha própria sabedoria.
Com o tempo, interagindo cada vez mais com o Espírito
Santo, fui visitado por Ele diversas vezes e vivi coisas que são
difíceis de explicar por meio das palavras. Não há como expressar
as sensações e o que vi em Suas completas manifestações.
Certa madrugada, após orar, fui dormir e o Espírito Santo me
acordou subitamente. Para minha surpresa, ao abrir os olhos,
pairava sobre o ar do meu quarto, uma neblina e uma paz incrível.
Aquela foi uma experiência da qual nunca tinha experimentado.
Senti como se uma forte luz entrasse em meu peito e penetrasse no
meu coração. Fui envolvido profundamente no amor de Deus e a
Sua paz era tão intensa, que não me contive, e comecei a chorar.
Ao amanhecer, o próprio Espírito me acordou com a Sua Doce Voz,
um minuto antes do despertador tocar, dizendo:
 — Filho, levante-se e prepare o café da manhã para os seus
pais. A partir de hoje, vou ensiná-lo a servir e a amar o seu próximo;
te instruirei a andar na Minha Presença.
Essa experiência me mudou por completo! Pois, levou-me a
conhecer e a experimentar o Deus que É Amor! Me trouxe também
uma revelação e um entendimento, do que de fato é este dom.
 
“O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o
amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não
se porta com indecência, não busca os seus próprios
interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com
a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê,
tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios, 13:4-7).
 
O Senhor quer nos ensinar por meio do Seu Espírito, a
andarmos em amor e sempre que obedecermos a Sua voz,
novidades de vida virão. Eu estava prestes a experimentar mais de
Deus, como nunca e somente o Seu Amor, poderia me capacitar
para enfrentar o que estava por vir.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 3: Enfrentando Conflitos Religiosos
 
Enfrentando Conflitos
A
Religiosos
 
nova realidade que vivenciava com a Pessoa do Espírito
Santo, estava sendo incrível! Em contrapartida, trouxe lutas
internas em meus pensamentos e sentimentos.
Enquanto imergia naquela dimensão com Deus, o mundo ao
meu redor parecia não fazer mais sentido! A realidade que a minha
alma havia encontrado, era completamente diferente de tudo o que
já tinha experimentado, desde o meu batismo com o Espírito Santo.
Lembro-me quando falava da Pessoa do Espírito em uma
conversa com minha mãe Rosana e minha cunhada Angélica, elas
me diziam: Não conseguimos compreender o que diz — você fala
de pão, mas não entendemos que “pão” é esse! — Aquilo foi se
tornando cada vez mais difícil para mim! Porque, enquanto
avançava na comunhão com Deus, o adversário batalhava de todas
as formas, para tentar impedir o meu progresso espiritual.
Houve momentos, que pensei estar ficando louco! As pessoas
falavam de Deus, mas era como se eu pudesse ver, nitidamente,
dentro delas, que não havia realidade alguma do Senhor em suas
vidas. Devido à comunhão que estava tendo com a Presença de
Deus, o discernimento de espíritos ficou mais aflorado e rápido.
Comecei a ver as coisas ocultas e sombrias em alguns que se
diziam estar em Cristo, mas, em vez de enxergar luz nelas, via
treva. Não era fácil lidar com tudo aquilo, mas à medida que
obedecia ao Senhor, Ele ia me capacitando a ter sabedoria e amor
pelo meu próximo.
 
Por ser um rapaz novo, tendo todas aquelas experiências
espirituais e o fato de não ter um mentor na fé, que me orientasse,
trouxe muitos questionamentos ao meu coração, que causavam
confusões em meus pensamentos, mas graças a Deus, que o
Espírito Santo me fortalecia, se manifestando e revelando a Sua
Presença. Era isso que me dava ânimo e combustível para
continuar a jornada.
A doutrina e a forma com que a igreja, naquela época, tratava
a Pessoa do Espírito Santo, não era compatível com o que vinha
recebendo por meio das revelações. De maneira que, não
conseguia mais ouvir as ministrações de certos pregadores, que não
revelavam Cristo e o Reino de Deus corretamente.
A maneira com que as pessoas “adoravam” a Deus, no
ministério do qual fazia parte, não era condicente com a verdadeira
adoração, na verdade, estava mais para um barulho que agredia os
meus ouvidos, que outra coisa. Às vezes, até percebia uma unção
se movendo, porém, não via ali a Presença do Espírito Santo,
poucas foram às vezes que notava de fato, que Ele estava no
controle. Inevitavelmente, fui me isolando, por não enxergar o
evangelho de Cristo.Passei a ser criticado por alguns, por causa da minha postura,
entretanto, outros que me procuravam, recebiam a palavra de
ensino e a poderosa Presença do Espírito Santo; e com isso,
entendiam, o que eu estava vivendo.
Após um ano e meio, mais maduro na fé, tinha aprendido a
administrar melhor a minha vida espiritual; sem afetar os meus
relacionamentos. Conseguia ajudar as pessoas a entrar em um fluxo
de comunhão com Deus, sem interferir na doutrina da igreja.
Ajudava muito o meu Pastor naquela época; mesmo sendo jovem.
A renovação da minha mente, foi sendo cada vez mais forte e
alicerçada nas escrituras, pois, me firmava na justiça e na retidão do
evangelho de Cristo.
Os padrões religiosos, mesclados à formalidade, aparência,
costumes e toda a forma doutrinária, não se comparavam a
Presença Santa e viva do Espírito de Deus. A verdade, é que havia
saído daquele lugar de formalismo para uma nova realidade — uma
vida de intimidade com o Senhor!
À medida que me lançava nos braços do Senhor Jesus, em
comunhão com o Espírito Santo, o amor de Cristo, ia crescendo no
meu coração.
A questão de muitos cristãos estarem vivendo em apostasia
hoje, sem amor ao próximo, está no triste fato de não permitirem
que o Poder do Espírito de Deus as trate, antes, fazem de suas
vidas e denominações um monopólio religioso, aonde não há
nenhuma expressão de vida no Espírito. Muitos buscam o
cumprimento de suas normativas e não querem aceitar a verdade
de que estão perdendo a paixão por Cristo e pelas almas, colocando
as tarefas, acima da direção do Senhor.
É notório que essas pessoas precisam voltar ao
arrependimento, permitindo o tratamento do Espírito de Deus em
suas vidas, até chegarem, novamente, ao quebrantamento.
 
“Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com
sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade
com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os
impulsos da carne” (Colossenses, 2:2).
Deus quer tratar com aqueles que abraçaram a religiosidade
no lugar da graça, para que possam lançar fora todo o formalismo,
que serve apenas para satisfazer a alma, com sua pretensa
religiosa, alimentando somente a carne e não edificando o espírito.
 
O Mover do Espírito Santo destrói a formalidade
 
“O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o
SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-
me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos
cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Isaías, 61:1).
 
Certa vez, fui convidado para pregar fora do meu Estado, em uma
igreja tradicional, que não permitia o Mover do Espírito Santo. No
entanto, as irmãs que me indicaram para o evento, sabiam
exatamente como o Senhor operava através do meu ministério. Elas
eram mulheres sedentas por Deus e oravam para que a
manifestação do Espírito Santo, descesse sobre aquela igreja. No
entanto, a liderança ministerial não me conhecia e se soubesse a
forma com que Deus se manifestava em minhas ministrações,
jamais aceitaria que eu subisse ao altar.
O dia de ministrar a Palavra de Deus havia chegado. Era um
evento que ia do período da manhã, até o fim do dia e o meu horário
para pregar seria à tarde. Decidi ir lá pela manhã para conhecer o
povo local daquela grande igreja, onde fui muito bem recebido. Na
parte da tarde, retornei e senti uma poderosa atmosfera de unção
no ambiente, era tão intenso aquele poder, que quase não
aguentava levantar-me da cadeira.
Quando o Pastor dirigente me chamou para pregar, falou no
meu ouvido, dizendo:
— Você só tem uma hora para ministrar a palavra.
— Mas Pastor..., preciso de quatro horas! Pois, hoje vai
acontecer algo muito grande aqui; marcará a vida de muitas
pessoas!
O Pastor me olhou bem... mas, como o microfone estava em
minhas mãos e o povo todo de pé aguardando, ele não tinha como
me impedir, e respondeu, dizendo:
— Se Deus é na sua vida, e se manifestar aqui, deixe Ele te
usar, caso contrário, finalize no horário que determinei!
Ministrei a palavra naquela tarde, foram duas horas de
mensagem cheia da Virtude do Espírito Santo. Ao terminar a
pregação, chamei todos os enfermos para frente do altar. No
momento em que as pessoas chegaram, uma onda do Poder de
Deus desceu, curando a muitos de diversas enfermidades. Milagres
maravilhosos ocorreram naquele dia. As pessoas, literalmente,
caiam por causa da Presença de Deus, sem que ninguém as
tocasse.
Os jovens da igreja foram cheios do Espírito Santo e os
testemunhos das pessoas que sofriam há anos com enfermidades,
tocavam os corações dos que estavam ali, inclusive a esposa do
Pastor, vice-presidente daquele ministério, que também havia sido
curada. O Poder do Espírito Santo veio sobre ela de tal forma, que
caiu e quando se levantou, já estava completamente curada dos
tornozelos fraturados em um acidente.
O dirigente do culto, pegou outro microfone e fez uma
declaração à igreja, dizendo:
— Irmãos, vocês sabem que não é permitido, esses moveres,
devido a falsos profetas que enganaram o povo em épocas
passadas, mas vejam o que está ocorrendo aqui, não é
“charlatanismo”, esse jovem Pastor, realmente é um homem de
Deus!
Após declarar essas palavras, ele convidou a todos que
estavam ali, para que voltassem na outra semana, afinal, já havia se
passado quatro horas de ministração, por causa do mover
sobrenatural que desceu naquele lugar.
Fico maravilhado sempre que vejo o Espírito Santo destruir a
formalidade religiosa, mostrando a realidade do que Cristo fez e
deixou para fazermos também.
Quando a Presença do Espírito Santo chega até aos mais
duros de coração, não há como fugir, pois, é notório o Poder de
Deus. Viver na dependência do Espírito Santo é trazer à existência
um evangelho de poder e não somente de palavras e sabedoria
humana.
 
“Minha mensagem e minha pregação não consistiram de
palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de
demonstração do poder do Espírito, para que a fé que
vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no
poder de Deus” (1 Coríntios, 2:4).
 
Sem o Poder do Espírito Santo, nunca haverá a verdadeira
santidade de Deus. É impossível ter uma vida plena em Cristo longe
do mundanismo, afinal, vivemos no mundo! Por isso, é tão
importante que haja a consciência da Presença de Deus operando
em nós.
O fogo do Espírito, destrói toda a pretensão religiosa e falsa
santidade. Precisamos permitir que o Senhor nos mostre a condição
que realmente estávamos vivendo, se é uma fé que provém de
Deus ou da nossa carne.
Muitos são aqueles que apenas se preocupam com a
formalidade e a aparência, e outros têm medo de se aproximarem
de Deus, não aceitam o Espírito Santo da forma que Ele É, tudo
porque não querem ser incomodados, uma vez que estão em seu
conforto religioso.
A diferença entre um cristão forte ou fraco espiritualmente,
está na sua entrega a Deus, ou seja, de quão intimamente ele
cultivou o conhecimento de Deus em sua vida. Observe as palavras
do apóstolo Paulo: “[...] considero tudo como perda, comparado com
a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus” (Filipenses,
3:8).
O ministério apostólico de Paulo, foi glorioso decorrente de
sua busca em conhecer e prosseguir conhecendo a Cristo. Nada em
sua vida era tão importante do que buscar a revelação da Glória do
Senhor. Paulo considerava tudo como sendo nada, por isso,
renunciou toda ciência terrena e o que essa vida poderia lhe
oferecer, em prol do amor e do conhecimento revelado do Senhor
Jesus!
 
“Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado
com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo
Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas.
Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo,
e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça
que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em
Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé”
(Filipenses 3:8-9).
 
Ser efetivo no relacionamento com Deus, dependerá de como
estamos buscando conhecê-Lo. O processo da vida espiritual é
crescente e está diretamente ligado com o que ganhamos da partedo Deus Trino, através de uma experiência pessoal de intimidade e
dedicação com a Sua Presença.
Deus pode e deve ser conhecido de maneira satisfatória por
cada cristão, mas isso, só ocorre quando dedicamos tempo de
qualidade a Ele.
 Infelizmente, há muitos que estão satisfeitos com suas rotinas
cristãs, sem intimidade, expressão de vida e relacionamento com
Deus. Ficam bastados apenas com a leitura de um livro do tipo “Pão
diário” ou com cânticos evangélicos de apenas um minuto de
duração a “sós com Deus”, como se apenas isso ou algo do tipo, os
levassem a ter uma vida de entrega a Ele.
 O cristão que está satisfeito em dar a Deus o seu “minutinho”
e ter “uma conversa rápida com Ele”, é o mesmo que aparecer em
um culto de domingo, frustrado com a sua vida, implorando ao
Pastor que lhe mostre uma saída para os seus problemas, por não
ter um tempo de qualidade e intimidade com o Senhor.
A intensidade do fogo do Espírito Santo na vida de um cristão,
dependerá do período de qualidade que ele emprega no seu tempo,
a sós com Deus, ou seja, no sacrifício diário, na busca constante por
Sua Doce Presença.
 
“Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de
Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos” (2
Timóteo, 1:6).
 
Precisamos entender que se não há fogo no espírito, não há
paixão por Deus, poder ou santidade. O Senhor deseja que sejamos
tangidos pelo Seu Fogo, sendo purificados de tudo aquilo que não
edifica e não faz crescer espiritualmente, para que assim, estejamos
prontos, a fim de galgarmos novos lugares.
Eu estava sedento por mais de Deus e pelo Seu Fogo, no
entanto, sentia que estava sendo forjando para batalhas maiores.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 4: Quebrando a Doutrina de Homens
 
C
Quebrando a Doutrina
dos Homens
 
erta vez, fui convidado para ministrar na cidade de Goiânia
– Goiás, em um retiro de libertação espiritual para jovens,
onde vi pregadores ministrando palavras que estavam longe da
realidade do Reino de Deus. Alguns, até foram coerentes sobre os
princípios de libertação, mas era evidente que não tinham
comunhão com o Espírito Santo. Não havia unção e nem a
manifestação de Sua Presença, fiquei bem entediado.
Clamava a Deus que derramasse o Seu Espírito naquele
lugar, mas, devido à certas doutrinas que pregavam e que iam
contra a Pessoa do Espírito Santo, era bem difícil d’Ele ser
derramado ali! Embora notasse algumas coisas, não sabia o porquê
daquele bloqueio.
Chegado o último dia do evento, no qual iria ministrar, comecei
a falar sobre a Vida e o Poder do Espírito de Deus. Lembro-me que
o mover foi poderoso e muitos foram cheios do Espírito Santo, uns
recebiam dons e outros libertações, curas e milagres. Foi tão
intenso o derramar do Poder do Espírito Santo, que até na fila do
almoço, as pessoas eram curadas e cheias da unção.
Duas missionárias, que estavam naquele evento, falaram a
meu respeito para o seu Pastor, que logo entrou em contato,
convidando-me para passar uma temporada lá. Aceitei o convite e
em seguida viajei para passar um período ministrando naquela
igreja. Embora não conhecesse o estilo da doutrina deles, e
soubesse pouco a respeito daquele povo, entendia que havia uma
missão a ser realizada ali.
Com o tempo, os problemas começaram a surgir e a dificultar
minhas ministrações. Não sabia que naquela igreja, era proibido
adorar a Jesus Cristo como Deus e que o Espírito Santo, não era
aceito como uma Pessoa da Trindade.
A coisa ficou bem seria para o meu lado!
Eles queriam, a qualquer custo, que eu aceitasse sua doutrina
e, ao mesmo tempo, desejavam ver o Poder de Deus se manifestar;
a grande questão, é que esperavam que isso ocorresse, conforme a
sua crença — judaica messiânica e eu, não concordava de forma
alguma!
Entrei em certos confrontos com eles, por causa da minha fé
no Senhor Jesus e na Pessoa do Espírito Santo. No entanto, o
Espírito de Deus me instruía a não debater, mas apenas que orasse
por aquelas vidas, confiando que havia sido enviado ali por um
propósito.
Fora dois meses preciosos, que acrescentaram muito no meu
crescimento espiritual, na minha fé e na maturidade que se
desenvolveu ali, por causa das batalhas espirituais e opressões que
resistia contra as trevas; bem como, das resistências doutrinarias e
dureza de coração de alguns, que não acreditavam nas
manifestações do Poder de Deus.
Pensei diversas vezes em desistir e voltar para minha casa,
mas o Senhor me fortalecia e encorajava a permanecer, batalhando
em fé, até que a Sua Glória fosse manifesta naquele lugar.
A luta estava tão grande, que tive que ousar como o apóstolo
Paulo, usando de sabedoria, aparentando aceitar a doutrina deles,
para que a Glória de Deus fosse manifesta.
 
“Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos
para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os
judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo
da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os
que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como
se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus,
mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão
sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os
fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios
chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do
evangelho, para ser também participante dele” (1
Coríntios, 9:19-23).
Passado uns dias, recebi a oportunidade para pregar e tive
que me fazer de “judeu messiânico” usando os nomes hebraicos
para ministrar, foi bem engraçado! Na verdade, eles quase me
persuadiram de tanta insistência, ao me falar de sua doutrina.
Após ganhar a confiança deles, me permitiram fazer um culto
especial de avivamento, no dia de sábado. Marcaram a data e
divulgaram na cidade.
Naquele tempo, estava em um intenso jejum, pois, a guerra
espiritual era grande, mal podia dormir à noite, devido os espíritos
de engano e potestades locais que estavam atuando contra aquele
ministério. Orava tanto, que chegou a ter dias em que fiquei por
mais de vinte horas, dentro de um quarto, com o Espírito Santo. Até
que, belo dia, recebi uma ligação da minha mãe, intercessora
profética, dizendo:
— Filho, Deus me mostrou muitos espíritos malignos nesse
lugar em que está. Quando eu orei, Ele me revelou um grande Anjo
descendo até você: ele tem uma corrente nas mãos e vai amarrar os
adversários. O Senhor me manda te dizer, que a partir de hoje, a
unção que está sobre a sua vida, será liberada com grande poder,
nessa igreja!
Fiquei muito feliz com aquela ligação!
O dia do culto de avivamento havia chegado, vieram pessoas
de vários lugares e crenças: Católicos, Espíritas, não Cristãos e
Cristãos, em geral. Haviam divulgado que eu era usado com poder e
muitos foram ali apenas por mera curiosidade.
Comecei a pregar naquela noite e a mensagem foi impactante,
honrei o Nome do Senhor Jesus e Sua divindade como Deus. A
resposta do Espírito Santo foi imediata, pois, um mover sobrenatural
começou a descer com grande força. Haviam pessoas sendo
curadas e também demônios se manifestavam. Enquanto isso,
todos os jovens foram batizados com o Espírito Santo.
As pessoas eram tocadas pela Presença de Deus, de tal
forma, que entregavam suas vidas a Jesus. Quando o culto acabou,
os que estavam ali, não queriam sair, havia uma atmosfera
maravilhosa do Espírito Santo naquele lugar.
Aquilo que era para ser um culto, virou um encontro semanal.
O Pastor da igreja ficou tão alegre com o que estava acontecendo,
que me pediu para ministrar aos sábados. Todos os membros foram
cheios do Espírito Santo. Católicos e Espíritas eram salvos e outros
recebiam curas e milagres.
Os jovens não queriam sair da igreja, ficavam até às três
horas da manhã orando e buscando a Deus.
 
“Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue,
mas, sim, contra os principados, contra as potestades,
contra os príncipes das trevas deste século, contra as
hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais”
(Efésios, 6:12).
 
Antes de ir embora daquela Terra, em um culto ànoite, no
momento da adoração, fui com o Pastor em seu gabinete e abri a
minha bíblia, defendendo com ousadia que o Espírito Santo era uma
Pessoa, e que ele estava enganado de não permitir que Jesus
Cristo fosse adorado da mesma forma que o Pai. Disselhe também
que o Espírito Santo tinha que ser honrado em Sua função e
autoridade, como Governador da igreja de Cristo.
O Pastor olhou-me e disse:
— Está bem filho, sem problemas.
Ele não discutiu mais comigo e sempre me permitia pregar em
sua igreja, ministrando sobre o Espírito Santo, aleluia!
Como é bom depender do Espírito Santo e ser guiado por Ele,
que contém a solução para todas as situações, por mais adversas
que sejam. Confiar em Deus, é estar do Seu lado e tê-Lo ao nosso!
 
O que faz uma pessoa ser religiosa?
 
“Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém
confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo,
que, assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos” (2
Coríntios, 10:7).
 
Em uma pequena igreja da Comunidade de Mesquita, no Rio
de Janeiro, lugar muito carente de Deus e de recursos do Estado,
na qual era dirigente, tive a alegria de viver, com os membros locais,
um Mover profundo do Espírito Santo, com manifestações de curas,
milagres e sinais do Reino de Deus. As pessoas manifestavam
espíritos malignos na rua e eram levadas para dentro do templo,
para que expulsássemos os demônios. Isso ocorria, em virtude da
atmosfera de poder que pairava no local.
Por causa do formalismo de certos Pastores que não
entendiam o sobrenatural de Deus e pela falta de experiência com o
Reino dos Céus, alguns ali se levantaram, veementemente, contra o
trabalho que estava sendo realizado e começamos a sofrer
resistências religiosas.
Eles não aceitavam o Mover do Espírito Santo, era como se
fosse um escândalo, tudo o que vinha ocorrendo. Embora fossem
homens bons, a falta de revelação e experiência com Deus, os
tornava, de certa forma, em perseguidores.
A tradição deles, era colocada acima do Espírito Santo.
Infelizmente, prezavam mais às doutrinas e à liturgia, do que o
Poder de Deus. Nada contra a doutrina, até porque tenho certas
formas doutrinárias estabelecidas em nosso ministério, com
parâmetros de organização. Também carregamos a doutrina de
Cristo das Santas escrituras, baseada no conhecimento revelado e
experimentado de quem Deus É.
Creio no poder sobrenatural e transformador da Presença de
Deus, mas não somente no que Ele fez no passado, todavia,
sempre operando no que Ele está fazendo no presente. Entretanto,
nada apoiado pelo formalismo humano, que molda as pessoas em
um padrão de idiossincrasia religiosa, sem uma real consciência do
Espírito Santo.
O problema está na substituição da realidade do Reino de
Deus, pela formalidade e tradicionalismo que as instituições
religiosas estabelecem.
Se não houver a Presença viva do Espírito Santo operando
em nossos corações, jamais conheceremos a perfeita vontade de
Deus, que é o verdadeiro evangelho de Jesus, baseado não
somente na mudança de comportamento, mas em uma nova
natureza e na renovação da mente. Sendo transformados a imagem
de Cristo, que se refere aos Seus atributos divinos em cada cristão.
 
“E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a
glória do Senhor, segundo a sua imagem, estamos sendo
transformados com glória cada vez maior, a qual vem do
Senhor, que é o Espírito” (2 Coríntios, 3:18).
 
Nesta igreja, tínhamos uma reunião principal no mês, que
chamávamos de “Culto de Avivamento” e certa noite, enquanto
pregava debaixo de uma poderosa unção, lancei uma palavra,
criticando um Pastor bem tradicional da região. Logo após fazer
isso, o Espírito Santo me exortou em seguida, dizendo:
— Cuidado para você não se tornar mais religioso do que
esse, a quem você julga!
Aquela palavra bateu no meu coração de forma angustiante.
Quando o culto terminou, fui consultar ao Senhor sobre o
significado do que o Espírito Santo havia me falado. Passei um
tempo em Sua Presença, até obter o entendimento necessário. O
Senhor então, me trouxe a revelação, por meio do Seu Espírito,
sobre o que é a verdadeira religiosidade, que faz com que as
pessoas vivam na dependência de si mesmas e não d’Ele, dizendo:
— Filho, você precisa vigiar para não se tornar mais religioso
que o Pastor a quem criticou, pois, Eu não vejo como muitos veem
acerca da religiosidade. O que faz uma pessoa ser religiosa não é o
fato dela ser tradicional em seus usos e costumes, com o adorno de
vestimentas como um véu na cabeça ou terno e gravata, pelo
contrário, o que a torna assim, é a condição do seu coração, quando
coloca suas normas, formalismos e doutrinas, acima de Mim,
esquecendo-se de que para vencerem o pecado, dependem da
Minha Presença e não de suas próprias forças! Religiosidade é a
ausência da Minha Graça e Poder, quando os homens se acham
competentes naquilo que fazem, julgando-se melhores que outros. A
religiosidade exalta o que o homem faz e não o que Eu Faço.
Daquele dia em diante, aprendi uma lição para o resto da vida,
a de que nunca mais julgaria alguém por sua aparência ou
tradições.
Após aquele aprendizado, que mudou a minha mentalidade,
comecei a observar de forma diferente, as pessoas de distintas
denominações cristãs, como as que tinham costumes de
vestimentas radicais. Embora fossem humildes e não se julgassem
melhores que os demais cristãos, observava que elas tinham uma
comunhão verdadeira com o Senhor e que vivam de maneira santa,
e digna de sua vocação em Cristo. Por outro lado, infelizmente, mais
foram os que encontrei com o espírito da religiosidade, do que os
puros de coração; pessoas que se julgavam mais santas do que
outras, pela forma de se vestirem e das tradições de suas igrejas
(Mateus, 5:8).
Nunca devemos nos esquecer que “a diferença na vida de um
cristão está em um coração puro e sincero diante de Deus, que ama
ao seu próximo como a si mesmo e vive, na verdade do poder do
evangelho de Cristo, através da graça”.
A religião exalta o que o homem faz e não o que Cristo fez!
Ela traz a glória para si e não para Deus. Tem uma falsa pretensão
de piedade, que alimenta os interesses e motivações pessoais da
alma e não do espírito. “[...] nós que adoramos pelo Espírito de
Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança
alguma na carne” (Filipenses, 3:3).
As pessoas querem se sentir aprovadas para amenizar o peso
da consciência, cumprindo normas e “fazendo o bem”, mas essa,
não é a verdade contida nas escrituras. Se não tivermos o Espírito
direcionando e fluindo em nossos corações, nada libertará o espírito
do homem, somente o Poder de Deus!
 
“Santidade não é uma série de regras de conduta, mas
uma atitude do coração. Quando se apresentar diante de
um Deus Santo, que mudanças você fará para purificar
seu coração? Dê uma olhada nos seus motivos, intenções
e comportamentos, investigue-os e assuma o
compromisso de fazer uma mudança na atitude do seu
coração — mesmo que seja algo pequeno — pois, isso
aprofundará seu relacionamento com Jesus” (John Bevere
- O caminho para Presença).
 
Uma pessoa que tem um espírito religioso, usa a Palavra de
Deus para executar a sua própria vontade! É o mesmo que usar o
engano no lugar da verdade; em outras palavras — é pegar aquilo
que o Senhor disse e moldá-lo aos seus próprios desejos,
praticando-o como se fosse a verdade, em vez de obedecer com
temor e desejo sincero. “Pois jamais mudam sua conduta e não têm
temor de Deus” (Salmos, 55:19).
Esses indivíduos professam que foram salvos, mas não foram
transformados pelo Poder de Deus, são ímpios, ingratos, destituídos
de amor, desobedientes, não perdoam e exibem outras
características que não os diferem em nada, daqueles que nunca
ouviram a Palavra de Deus. Provavelmente, essas pessoas não
fumam, não bebem, nem xingam como os ímpios nas ruas, mas
interiormente, suas motivações são as mesmas, egocêntricas.
Paulo as descreveu como pessoas que continuamente estão
aprendendo, mas nunca são capazes de aplicar o conhecimento da
verdade, pois, vivemno engano da própria mente, seguindo seus
próprios caminhos (2 Timóteo, 3:1-7).
A religiosidade prende as pessoas em alguma coisa que
estejam “fazendo para Deus”, como no caso dos usos e costumes
ou formas litúrgicas de cultuá-Lo. Sendo assim, a religiosidade está,
diretamente, ligada a coisas terrenas, nas quais as pessoas vêm e
colocam Deus sobre elas, e isso, cega o entendimento espiritual.
 
“Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que
vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma
festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou
dos dias de sábado. Estas coisas são sombras do que
haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo”
(Colossenses, 2:16-17).
 
A liberdade do Espírito não nos prende a nada terreno, nem
mesmo a uso e costumes, objetos, dias, meses, festas, etc... Se não
encontrarmos a realidade da Presença de Cristo, jamais poderemos
ser santos e transformados, como é o desejo do nosso Pai.
 
 
https://www.bibliaonline.com.br/nvi/cl/2/16,17+
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 5: O Verdadeiro Fruto da Comunhão com o Espírito Santo
 O Verdadeiro Fruto da Comunhão
Com o Espírito Santo
O
 
Espírito Santo de Deus, foi enviado à Terra com o propósito
específico de lembrar, ensinar e conduzir a igreja para o
Noivo, Cristo (João, 14:26); e é por meio de Sua companhia,
habitando em nós, que podemos desfrutar de uma vida abundante
no Senhor.
É importante lembrar que só temos livre acesso ao Trono da
Graça e que estamos assentados nos lugares celestiais, em
espírito, porque o Senhor Jesus nos conectou a Ele, por meio de
Sua morte e ressureição (Efésios, 2:6). Essa verdade é tão
poderosa, que quando entendermos, como filhos de Deus, que —
temos o Espírito, que é extremamente Santo, habitando em nós e
de que estamos com Cristo nos céus, na dimensão da Presença
Real — nos tornaremos agentes de milagres e verdadeiros
promotores da justiça de Deus na Terra, expressando santidade.
Somente aqueles que creem e vivem a santidade e a justiça
de Cristo, que podem levar ao mundo a luz da salvação. Por esta
razão que não é um acaso o Espírito de Deus ser chamado de
‘Santo’ nas escrituras. Todo o significado, expresso, por meio desta
palavra, sem nenhuma dúvida, transmite a Sua Pureza Moral.
O Espírito de Deus, é infinitamente Santo e Puro, não
podemos medir a Sua Pureza como os homens. Ele quer nos
ensinar esse caminho de santificação, sem a qual, ninguém verá a
Deus (Hebreus, 12:14). De maneira que, o único que aviva o
evangelho do Reino de Deus, é o próprio Espírito Santo!
Somente por meio d’Ele, podemos subir nos altos lugares da
adoração, entrando em níveis de realidade, do que de fato é ‘adorar
na beleza da Santidade’ do Senhor (Salmos, 96:9).
A verdadeira adoração, está relacionada à pureza que o
Espírito Santo aplica no coração do cristão. Poderíamos até nos
aprofundar no conceito de ética e moralidade que, por mais nobres
e sublimes que sejam, ainda assim, não definem o cristianismo em
sua essência. Somente através da transformação, por meio da obra
do Espírito é que pode haver uma genuína devoção a Cristo.
 
“Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que
Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro
e João; os quais, descendo para lá, oraram por eles para
que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia
ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam
sido batizados em o nome do Senhor Jesus” (Atos, 8:14-
16).
 
De acordo com esse versículo, vemos que o povo de Samaria
ouviu, creu e muitos dentre eles, foram batizados em nome de
Jesus, mas nenhum deles haviam recebido o Espírito Santo, ainda!
Conseguimos enxergar nessa passagem bíblica, que não
pode haver cristianismo sem o Espírito Santo. Somente Ele, pode
introduzir em nossas vidas, uma experiência suprarracional, como o
Trono de Cristo, que está acima de toda à Terra e céus. Por esta
razão que a fé em Jesus, se dedica à verdadeira comunhão direta
com o Espírito de Deus.
A vinda do Espírito Santo, trouxe uma realidade que elevou o
evangelho de Cristo acima dos padrões de idiossincrasia humana;
do racionalismo, das boas éticas e muito acima da ideologia
religiosa, nos colocando nas alturas, assentados com Cristo, em
Seu Trono de Glória, aonde encontramos a vida e o poder eficaz do
Deus infinito.
Quando o Espírito Santo de Deus nos chama, Ele também nos
capacita, trazendo a verdadeira intelectualidade, mediante a luz da
revelação das escrituras e da mente intuitiva de Cristo (1 Coríntios,
2:16). O Espírito Santo não desativa a nossa mente quando
buscamos a Deus, pelo contrário, Ele a potencializa em Cristo, a
nível de espírito.
Para alguns estudiosos, a psique é um dos atributos mais
elevados, ou seja, não há nenhuma subjetividade entre as mais
profundas experiências divinas e as realizações do intelecto
humano. Por isso, é imprescindível que haja essa entrega da nossa
intelectualidade ao governo da Soberania de Deus. Fazendo assim,
não haverá limites às atividades, além das direcionadas pela unção
do Espírito Santo.
É lamentável uma mente humana, por mais brilhante que seja,
sem o Espírito de Deus governando–a! Entretanto, é maravilhoso
ver uma mente cheia do Espírito Santo, porque ela se torna uma
ferramenta de poder, que libera o Reino de Deus na Terra.
O Senhor se alegra com os que assim O buscam e O adoram,
em espírito e em verdade (João, 4:23); que desejam ver os frutos e
o derramar do Espírito Santo, no lugar das obras da carne. É
importante permitir que o Espírito de Deus reine em nossos
corações. Ele é uma Pessoa e tem inteligência e atributos, dotados
de personalidade.
Quando o Espírito Santo enche uma alma humana, com a
verdade de Cristo (João 15:26), Ele não a esvazia de nenhum de
seus atributos, pelo contrário, Ele injeta a Sua Essência Santa, Pura
e Imaculada, trazendo a paz, que provém da Justiça do Senhor
Jesus. Sendo assim, a santidade, o amor e a justiça no coração de
um cristão, produz os “Frutos do Espírito Santo”.
Se somos chamados para dar frutos no Reino de Deus, então,
que fruto precisamos oferecer ao Senhor e aos homens? Bem...,
Jesus deixou uma declaração profunda, à Sua igreja no evangelho
de João, capítulo 15, por meio de onde obtemos uma poderosa
revelação sobre o verdadeiro fruto, que precisa ser gerado em nós e
que, humanamente falando, é impossível de ser produzido, porque
somente o Espírito Santo pode nos dar.
Na época que iniciei meu relacionamento com o Espírito de
Deus, descobri a chave do amor, que a abriu as dimensões da
intimidade com o Senhor.
Aos dezenove anos, entrei em uma esfera maravilhosa na
Presença de Deus e fui conduzido às águas mais profundas; uma
dimensão totalmente além do que um homem natural poderia
imaginar. Isso, desencadeou uma atmosfera de luz e poder sobre
mim, depois de uma intensa dedicação em oração e adoração
pessoal.
Empenhava-me todos os dias, entrando no lugar secreto com
o Pai, desfrutando diariamente de Sua Bendita Presença. O Senhor
me conduziu por uma revelação, que recebi sobre a necessidade do
fruto do amor, que era o verdadeiro fruto do Espírito Santo.
Depois de uma dedicação, na busca do fruto do Espírito, eu
era constantemente envolvido pelo Seu amor, às vezes, era
acordado com um fogo, passando pelo meu corpo, que me
despertava do sono para entrar em oração e na Sua comunhão.
Certa vez, fui tangido profundamente por uma atmosfera de
poder e paixão; senti uma corrente elétrica percorrendo o meu ser,
quando de repente, algo poderoso entrou em meu íntimo. Meu
coração ardeu em chamas, a paz plena veio ao meu espírito e
comecei a derramar minha alma em louvor e adoração ao Senhor.
Foi um sentimento de amor e alegria, que fluiu como um rio dentro
da minha alma. Naquela noite, havia imergido em outra dimensão, a
do amor de Deus!
A realidade sobre esse amor, que gerava o fruto do Espírito
Santo era tão forte, que destruía todo o ódio, conflitos emocionais,
rejeições e fortalezas em minha alma. Após essa experiência,
comecei a crescer em amor. Minha vida já não era a mesma,meus
sentimentos pelo próximo eram verdadeiros, a forma de olhar as
pessoas havia mudado e não procurava mais os seus erros, porque
passei a olhar pela ótica do Pai, que me fazia enxergar o quão
importante elas eram para Deus.
Percebi mudanças radicais, ativas e constantes da forma com
que o Espírito Santo se movia através de mim. Os dons fluíam com
mais clareza; curas, palavra de conhecimento e de sabedoria,
estavam se tornando comuns no meu dia a dia. Constantemente
falava do amor de Cristo às pessoas e via como o Espírito Santo era
liberado sobre elas, tocando-as e quebrantando seus corações.
Estava em outro nível espiritual, com o meu intelecto
recebendo a verdade da mente de Cristo e debaixo do governo do
Espírito Santo. O meu espírito havia sido desperto e ativado no
amor — o verdadeiro fruto do Espírito.
A importância do fruto do Espírito no desenvolvimento dos dons e
da unção
 
“Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade,
benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas
coisas não há lei” (Gálatas, 5:22-23).
 
O fruto do Espírito Santo é importante para alcançarmos
lugares mais profundos em Deus. Ele é a chave que libera o nosso
espírito, nos ajudando a receber as bênçãos espirituais de forma
rápida; e essa foi uma verdade que descobri, na prática.
Lembro-me que pedia ao Senhor os dons do Espírito e a Sua
unção. Eu até operava em alguns dons e me movia em uma unção,
mas depois que minha vida entrou no processo de amadurecimento,
mediante o relacionamento com a Presença de Deus, tudo tomou
outra proporção. 
 Buscava em Deus, Seus sentimentos e o que Ele queria que
eu fizesse pelas pessoas; sonhos proféticos eram liberados. O
Senhor me mostrava por meio de visões, eu, curando as pessoas,
ministrando às multidões e isso tudo aumentava cada vez mais o
meu nível de fé.
Quando orava pelas pessoas, era mais fácil ver os resultados,
pois, havia plena certeza em meu coração de que eu estava
fazendo a vontade do Senhor e principalmente, que Ele estava
comigo. O amor que Ele me transmitia pelas almas, estava
diretamente ligado ao fruto do Espírito que havia recebido, isso abriu
as portas da comunhão e tive acesso a uma unção mais poderosa.
O apóstolo Paulo, ensinou à igreja de Corinto esse segredo,
mostrando-os o caminho para receber os dons do Espírito Santo,
através da busca do amor de Cristo.
 
“Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas?
São todos mestres? Ou, operadores de milagres? Têm
todos dons de curar? Falam todos em outras línguas?
Interpretam-nas todos? Têm todos dons de curar? Falam
todos em outras línguas? Interpretam-nas todos?
Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu
passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo
excelente” (1 Coríntios, 12:29-31).
Paulo ensinou também, dizendo: “Segui o amor e procurai,
com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis” (1
Coríntios, 14:1). Nesse texto bíblico, descobrimos que o maior
segredo para receber os dons do Espírito, é buscando o amor de
Cristo, o caminho que leva ao real propósito dos dons, que é
manifestar o amor de Deus a humanidade, libertando-os de seus
pecados, curando suas enfermidades e expulsando os demônios.
Quando seguimos o caminho do amor, a busca pelos dons se
torna mais fácil e não precisamos implorar, pelo contrário,
aprenderemos a receber de forma correta, como filhos e herdeiros,
as riquezas espirituais.
A compreensão do amor de Deus, abre o nosso espírito ao
acesso de Sua Presença, habilitando o cristão a conhecer a Deus
por experiência; provando quem Deus É, de fato!
 
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que
nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual
nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios, 1:3).
 
Quando provamos do amor do Pai Celestial, entendemos que
Ele deseja nos dar Seus dons, Seu poder e a Si mesmo, mais do
que uma pessoa possa desejar, isso é d’Ele.
 
Dons não definem caráter.
 
“Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como
bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro, 4:10).
 
O dom é definido naquilo que fazemos por meio da graça
divina ativada pelo Espírito Santo, que reside em nós e jamais
definirá quem somos, quanto ao caráter!
Quando um cristão atinge a maturidade, ele entende que o
dom não pode ser a base do caráter e integridade, ou seja, nossa
identidade não pode ser resumida ao que fazemos, por
desempenho dos dons ou moveres espirituais.
Ser maduro no relacionamento com Cristo, é estar alicerçado
na identidade de filhos de Deus e no compromisso, como
sacerdotes. Isso está diretamente associado ao desenvolvimento do
fruto do Espírito Santo, na capacidade de amar e ter compaixão pelo
próximo.
Caso esses valores não sejam difundidos como base do
relacionamento com Deus, todo o nosso ministério e vida, se tornam
poluídos e não estaremos andando na maturidade cristã — se o
nosso caráter for julgado e medido pelo dom, então, nunca teremos
as motivações corretas para servir.
Se uma pessoa, baseia a sua identidade em cima dos dons,
então, a sua autoimagem será conectada ao que ela faz a serviço
da obra e não a quem realmente é. Por isso que — o fruto do
Espírito serve para nos dar os parâmetros corretos da comunhão
com Deus e os dons para manifestar a Sua Soberania.
Dons do Espírito Frutos do Espírito
Uma coisa é o Mover de Deus se manifestando através dos
dons, outra coisa é o caráter da pessoa que possui o dom, que pode
estar alicerçado no Governo do Espírito Santo ou não.
Um cristão que possui dons é amado por homens, que veem
nele o Mover de Deus, mas aquele que além dos dons, também
possui o caráter de Cristo formado, é conhecido e temido pelo
inferno.
 Nove dons do Espírito para nove frutos do Espírito
 
“A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito,
visando ao bem comum” (1 Coríntio, 12:7).
 
Os dons do Espírito estão disponíveis aos que O buscam, é
importante lembrar que não podemos andar no dom, sem que haja
fruto do Espírito, vejamos:
 
Palavra do Conhecimento
 
 
 
 
Amor
 
 
 
 
Palavra de Sabedoria
 
 
 
 
Paz
Dom da Fé
 
 
 
 
Alegria
 
 
 
 
Profecia
 
 
 
 
Longanimidade
Operação de Milagres
 
 
 
 
Benignidade
 
 
 
 
Dons de Curas
 
 
 
 
Bondade
Variedade de Línguas
 
 
 
 
Fidelidade
Interpretação de Línguas Mansidão
Discernimento de espíritos Domínio Próprio
 
 
Desta forma fica claro entender que, para cada dom do
Espírito existe um fruto, de modo que esse seja mantido santificado.
 
Os dons de revelação, poder e vocais
 
“Gostaria que todos os homens fossem como eu; mas cada
um tem o seu próprio dom da parte de Deus; um de um modo, outro
de outro” (1 Coríntios, 7:7).
 
Os dons do Espírito, tem suas áreas de acesso no reino
espiritual, alguns penetram na esfera da revelação, outros do poder
e outros fluem diretamente de maneira vocal, ou seja, pelos lábios
de uma pessoa, vejamos:
 
Revelação: A palavra do conhecimento; Palavra da
sabedoria e Discernimento de espíritos.
 
Poder: Dom da fé; Operação de milagres e Dons de
curas.
 
Vocais: O Dom da profecia; Variedade de línguas e
Interpretações de línguas.
 
O Espírito Santo, de forma nenhuma, é irresponsável! Ele
jamais nos dará um dom Seu, sem que antes sejamos capacitados
para usá-lo.
 
Purificando as intenções e motivações do coração
 
“Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-
nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a
santificação no temor de Deus” (2 Coríntios, 7:1).
 
Falar sobre a purificação das intenções e motivação do
coração é de extrema importância, porque é isso que define o início,
meio e fim de nossa caminhada e cumprimento com o nosso
propósito no Reino de Deus.
À medida que avançamos na comunhão com o Espírito Santo,
as trevas do coração vão sendo dissipadas. A luz da revelação que
produz comunhão, traz consigo os frutos do Espírito. Mesmo
quando temos dificuldades no percurso dacaminhada cristã, temos
graça suficiente em Cristo para vencermos quaisquer resistências
da carne.
Não podemos esquecer, que precisamos manter o nosso
coração constante na busca pela Presença de Deus. Porque, se
permanecermos firmes contra as tentações da carne e do diabo, o
nosso coração ficará longe das intenções e motivações erradas.
No desenvolvimento da minha vida cristã, houve um tempo,
que o Espírito Santo começou a tratar nesse aspecto comigo e em
todas as intenções do meu coração — sobre ser um homem usado
no Seu Poder. Se desejarmos uma verdadeira comunhão com o
Senhor, Ele revelará a Sua santidade em todas as áreas de nossas
vidas, até nas mais profundas, que desconhecemos em nós
mesmos.
Na caminhada com Cristo, conheci Pregadores que operavam
maravilhosamente nos dons e na unção do Espírito, mas suas
condutas pessoais, os reprovavam devido à lascívia, soberba e
arrogância incutida no caráter.
Infelizmente, isso faz com que muitos cristãos novos na fé e
sem entendimento, se desviem dos caminhos do Senhor, porque ao
observarem tais atitudes, preferem se afastar da igreja, de Deus e
do convívio com o Espírito Santo. Por isso, é importante saber que o
fato dos dons espirituais operar de maneira milagrosa na vida de
uma determinada pessoa ou ministro popularmente conhecido, não
faz dele um representante qualificado de Cristo e muito menos, que
Deus aprova os seus erros.
“Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não
profetizamos nós em Teu nome? Em Teu nome não
expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres?
Então Eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci.
Afastem-se de Mim vocês, que praticam o mal! ” (Mateus,
7: 22-23).
 
Existe uma diferença entre — dons e fruto do Espírito. O dom
é uma dádiva que Deus deposita na vida de uma pessoa, como uma
graça inicial, ou seja, é a Sua qualidade operando em nós, o canal
por onde Deus flui livremente, e isso, é irrevogável. É através dele,
que Deus opera maravilhas, independente do pecado. O Senhor
não julga se a pessoa é digna ou não do dom, Ele concede a todos
o direito de livre-arbítrio e cada um fará a sua escolha. Por isso, que
um dia prestaremos contas diante de Deus.
O dom não precisa ser cultivado ou desenvolvido. Ele opera
automaticamente, a única coisa que precisa ser administrada é a
forma como operamos nele. Diferentemente do fruto do Espírito, que
precisa de cultivo, dedicando a ele bastante atenção! Desta forma, o
fruto é o resultado de uma vida guiada pelo Espírito de submissão e
reverência a Sua Presença.
Quando andamos no Espírito, o fruto desenvolvido torna a
pessoa cheia de amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade,
bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio, fluindo livremente
e tudo isso, tem a ver com a nossa vida particular, de como
caminhamos na Presença de Deus e preservamos o testemunho de
verdadeiros filhos (Gálatas, 5:22-23)
O fruto do Espírito, é a base que manterá segura a nossa vida
ministerial, impedindo que venhamos cair nos enganos e astutas
ciladas de Satanás. Os dons, por outro lado, pertencem a uma vida
ministerial, fazendo parte do caminho de uma pessoa.
Infelizmente, muitos cristãos, buscam os dons acima dos
frutos do Espírito e pensam que Deus aprova suas ações,
esquecendo-se dos princípios de conduta, santidade, amor e justiça
que Deus requer de um servo. Somente o Senhor sonda as
verdadeiras intenções do nosso coração e pode purificá-las.
Intenção é tudo o que se pretende fazer, como um propósito,
plano, uma ideia; ou seja, aquilo que se procura alcançar,
conscientemente ou não. É um desejo ou intento do coração
enganoso do homem.
 
“Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me,
e conhece os meus pensamentos” (Salmos, 139:23).
 
O Espírito de Deus, pode realizar uma obra genuína em nosso
coração. Permita que Ele revele Seus caminhos e a direção certa à
sua vida. Não sonhe demasiadamente buscando aquilo que é
próprio, lance fora a vaidade e se apegue à simplicidade. Não
busque seus próprios interesses em seus relacionamentos e lugares
que deseja chegar, busque antes, o que agrada a Deus. Aquilo que
realmente reluz como obras de justiça, que glorificam ao Nome de
Cristo Jesus.
— Você já pensou o que motiva seu coração a buscar a
Presença de Deus? Ou, o que te leva a buscar a unção do Espírito
Santo?
De maneira resumida e simples, motivação é o conjunto de
processos que dão ao comportamento de uma pessoa, dentro de
uma forma de agir, uma intensidade, impulsionando-a para uma
determinada direção, ligados à vontade própria.
— Em algum momento você já se perguntou o porquê quer os
dons? E qual dom especifíco deseja?
Precisamos fazer esses questionamentos ao Senhor, somente
Ele sonda as motivações reais do nosso coração, podendo revelar o
que está errado com a nossa intenção.
Aos vinte anos, meu relacionamento com Deus havia entrado
em uma nova dimensão, meu coração começou a sofrer mudanças
e a sondagem de Deus foi tocando no meu interior, produzindo
frutos de justiça e consequentemente, houve uma lapidação em
áreas que precisavam ser corrigidas no meu ser, com isso, fui sendo
transformado de dentro para fora!
Em uma delas, o Senhor me mostrou um sentido que estava
corrompido pela religião em minha mente, tratava-se de uma forma
errônea de buscar o nosso chamado e crescimento ministerial,
visando o poder.
Observo em tempos atuais, muitos buscando o Poder do
Espírito Santo apenas para ver Suas manifestações, a fim de
“ganhar almas” e impressionar pessoas através de sinais. Contudo,
existe um grande problema em querer o poder e as manifestações,
sem antes conhecer a Sua Pessoa e o Seu amor. De como Ele se
relaciona conosco e a Sua forma de trabalhar através de cada
pessoa, trazendo purificação e lapidação no caráter, produzindo
intenções puras no coração dos ministros.
Em seu livro — O Espírito Santo, John Bevere escreveu:
“Existe um erro que muitos cometem: eles têm tentado compreender
o agir e o Poder do Espírito Santo sem primeiramente conhecê-Lo
como Pessoa. É crucial que estabeleçamos em nosso coração e em
nossa mente, se cremos ou não que o Espírito Santo é uma Pessoa
divina – infinitamente Santo, infinitamente Sábio, e infinitamente
Poderoso, mas ainda, maravilhosamente Carinhoso, Sensível e
Compassivo. Cremos que Ele é Aquele digno de receber nossa
reverência, nosso afeto, nossa fé, nosso amor, nossa devoção e
nossa total rendição? Ou, cremos que o Espírito Santo é
simplesmente uma influência poderosa que vem de Deus — algum
tipo de poder místico divino, não muito diferente do que pensamos
quando nos referimos a “espírito de generosidade” ou “espírito de
competição? ” Essa última visão, é superficial, grosseira e até
legalista. Se cremos dessa forma, somos facilmente suscetíveis à
arrogância e ao orgulho espiritual, o que nos levaria a pavonear
como se pertencêssemos a uma ordem superior do Cristianismo.
Porém, se O enxergamos como infinito em majestade, glória,
esplendor, sabedoria, conhecimento e santidade, e se acreditamos
que Ele, como uma Pessoa, tem um acordo com o Pai e com o Filho
para tomar posse de nossas vidas e usá-las para o bem, então
prostramos nossas faces com temor santo. Alguém que vê o
Espírito de Deus como uma influência ou um poder supremo irá
constantemente dizer: “Eu quero mais do Espírito. ” Ao contrário,
alguém que O vê como uma Pessoa maravilhosa irá dizer: “Como
eu posso dar mais de mim a Ele? ”.
O desejo pelo Poder de Deus é algo bom, mas se o homem
não tiver, no seu coração, uma fome e uma sede pela face de Cristo
em primeiro lugar, abrirá uma brecha letal, que pode afetar os
verdadeiros planos de Deus, levando-o por caminhos aonde o
Senhor não se move e somente o sistema religioso pode operar,
trazendo legalismos e secura espiritual.
Minha força interior em buscar as coisas espirituais,
motivações erradas nos meus jejuns, madrugadas no monte orando
pelas manifestações, passaram a ser purificadas pelo Fogo do
Espírito. A paixão pela Presença foi se tornando minha maior
motivação, as intenções erradas de querer serum “grande Ministro
de Poder”, mudaram completamente.
Lembro-me que o amor de ficar no lugar secreto com o Pai
Celestial, foi sendo forjado em meu caráter espiritual. Toda
prepotência e ganância, que eu não conhecia, foram arrancados
pela “pá” do Senhor.
“Ele traz a pá em sua mão e separará o trigo da palha.
Recolherá no celeiro o seu trigo e queimará a palha no
fogo que jamais se apaga” (Mateus, 3:12).
 
Toda a palha, que é a motivação e intenção errada do coração
do homem, juntamente com o pecado, é arrancado e destruído pelo
Poder da Presença de Deus, e pelo Fogo do Espírito Santo.
Permita-se ser purificado por esse fogo consumidor, buscando
com intenções e motivações corretas no coração a vontade de
Deus, sendo, de fato, usado nas mãos do Senhor. Desfrute do
verdadeiro fruto da comunhão com o Espírito Santo que é o amor e
avance no conhecimento de Cristo para novas dimensões,
conhecendo mais das profundezas de Deus e de tudo aquilo que
Ele tem reservado para nós.
 
 
Capítulo 6: O Verdadeiro Descanso
 
C
O Verdadeiro Descanso
 
om o decorrer do tempo, aprendi que antes mesmo que
pedisse algo, se aquilo estivesse dentro dos planos de
Deus, para a minha vida, de alguma forma sobrenatural, já estava
feito (Efésios, 1:4). A questão maior, estava em aprender a receber
e não somente a pedir.
Quando descobri como receber as bênçãos espirituais, parei
de pedir e passei a agradecer mais, buscando sabedoria, para que o
Espírito Santo revelasse o meu chamado, me conduzindo na
direção correta e não no que eu achava certo, andando no meu
próprio entendimento.
O fato é que, quando entregamos a nossa vida e confiamos
totalmente no Senhor, passamos a descobrir os Seus planos
eternos, que já estavam preparados para nós, antes da fundação do
mundo.
 
“Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no
teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles
escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda”
(Salmos, 139:16).
 
Se creres e permitires que o Espírito de Deus te guie nas
veredas da justiça e te conduza à melhor direção, então, você
desfrutará do descanso do Senhor, recebendo toda a graça, força,
suprimento e auxílio provenientes do nosso Pai Celestial. “Confia no
SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio
entendimento” (Provérbios, 3:5).
Este lugar de descanso é espiritual, e é lá, que descobrimos
que tudo já está feito, basta aprendermos a receber a revelação de
quem Ele É, e de como andar nos Seus desígnios, trilhando os Seus
caminhos.
Os planos de Deus e Suas riquezas espirituais, começam a
desatar e a cooperar conosco na Terra. Deus supre tudo aquilo que
Ele mesmo está fazendo através de nós.
Um dia, Ele me disse:
— Filho, cuide dos Meus negócios, que suprirei todas as suas
necessidades, não ande preocupado com nada. Permita que o Meu
Espírito conduza os teus pés nos Meus caminhos e desígnios; e
você verá a Minha bondade e os recursos sendo liberados em sua
vida.
 
O Descanso de Deus não tem a ver com uma mente “sem
nada para fazer”
 
“Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este
povo. Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e
este é o refrigério; porém não quiseram ouvir” (Isaías, 28:11-12).
O Descanso de Deus não é sentar e esperar como se algo
fosse acontecer do nada, pelo contrário, é um lugar onde
encontramos refrigério das obras da carne, parando de se mover na
própria força e sabedoria humana. Quando aprendemos a meditar e
a confiar na Palavra de Deus, entregando-se a uma vida de oração
ao Espírito, permitindo que Ele conduza cada passo, dando a
direção certa, caminharemos para o verdadeiro descanso, que
destrói as preocupações com as coisas dessa vida, terrena e
passageira, lançando fora todo o engano de que precisamos —
fazer algo para Deus — sem que primeiro O deixemos fazer por
nós.
Descansar em Deus é trabalhar com a direção certa e os
recursos corretos, na sabedoria do Espírito Santo, é andar na
revelação dos propósitos do Senhor.
Muitos querem “fazer a obra de Deus”, mas ainda não
aprenderam a se entregar ao Senhor, permitindo que Ele os
transforme em Sua Presença. Com isso, acabam caindo nos
enganos da carne, produzindo obras sem que Deus as tenha
pedido. Lutando por causas passageiras, sem a direção do Espírito
Santo.
Conheci ministros e cristãos, que lutaram com suas próprias
forças, pensando que estavam fazendo a vontade de Deus, e no
fim, caíram em grande esgotamento espiritual e desgaste físico, se
frustrando. Infelizmente, vi muitos deles se perderem na fé, pelo fato
de terem percorrido um caminho sem a direção de Deus e as armas
do Espírito.
O Descanso de Deus é uma atividade direcionada pelo
Espírito. Não é ficar esperando algo, como se isso fosse acontecer
sem que você ao menos se movesse em fé, na direção correta.
No pátio externo do tabernáculo de Moisés, havia muito
trabalho sacrificial, já no Santo dos Santos, havia o verdadeiro
Descanso e tudo isso era realizado em perfeita ordem. Descansar
no Espírito, não é sinônimo de estagnação no serviço, pelo
contrário, é viver na sabedoria e direção do Senhor, tendo os
recursos necessários para tudo o que for fazer nessa vida.
Quando dedicamos a nossa atenção na oração e na Palavra
de Deus, buscando andar no Espírito, não perdemos o senso de
direção e nem o propósito daquilo que está dentro do nosso
chamado e missão.
“E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido
impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia,
defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito
de Jesus não o permitiu. E, tendo contornado Mísia,
desceram a Trôade. À noite, sobreveio a Paulo uma visão
na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava,
dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve
a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele
destino, concluindo que Deus nos havia chamado para
lhes anunciar o evangelho” (Atos, 16:6-10).
 
O versículo acima é a chave para esse tema. Note que os
apóstolos estavam tão preocupados em pregar o evangelho, que
não descansaram no Espírito, indo de um lado ao outro sem êxito,
sendo impedidos por duas vezes, pelo próprio Espírito de Deus, de
irem na direção errada, e consequentemente, de sofrerem sem
necessidade.
 À noite, sobreveio a Paulo uma visão..., provavelmente no
momento em que ele descansava, pois, o horário referido é da
‘noite’, período que relaxamos e nos preparamos para dormir.
Encontramos aqui, o código do descanso no Espírito.
Todas às vezes que aquietamos a nossa alma com suas
vontades e emoções, e esperamos no Senhor, somos renovados; e
passamos por um realinhamento, para cumprirmos os propósitos do
Reino de Deus.
Todos passam por esses momentos de desconexão, até
mesmo o apóstolo Paulo! Não estamos isentos de passar por tais
situações e é normal que aconteça, afinal, são esses momentos que
o Senhor usa para nos tratar, corrigir e quebrantar, podendo até usar
de nossos erros, para nos disciplinar como um Bom Pai, para que
não venhamos nos perder da rota certa, daquilo que o Senhor nos
chamou para fazer.
Uma pessoa descansada no Espírito, não fica atenta aos
cuidados deste mundo, mas às almas perdidas, que é a maior
prioridade de Deus.
 
O Descanso nos leva à grande surpresa do fruto do amor
 
“Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de
Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1
João, 4:7).
Certa madrugada, após receber uma visitação do Senhor, o
Seu amor foi derramado em meu coração e passei por uma
experiência de amor pelas almas. Nesta época, ainda estava na
fase da descoberta da Pessoa do Espírito Santo e do amor de Deus.
Para minha surpresa, quando cheguei no serviço, a primeira
pessoa que encontrei foi uma mulher que tinha a mania de fazer
brincadeiras maliciosas e era taxada vulgarmente pelos homens de
“piriguete”. Ao me aproximar para cumprimentá-la, imediatamente,
um manto de amor desceu sobre mim, como de um pai por um filho.
Meus sentimentos foram acessados pelo Espírito Santo e a Sua
Presençaproduziu um amor profundo pela alma sofrida daquela
mulher.
Preguei a Palavra de Deus a ela algumas vezes, mas não
surtia efeito, porém, naquele dia foi diferente, porque no momento
em que falei do amor de Cristo, as lágrimas começaram a descer
pelo seu rosto. Respeitosamente, coloquei as mãos sobre o seu
ombro e liberei a unção do amor de Deus sobre ela, que logo foi
acessada pela Presença do Espírito Santo, que chorando, me pediu
ajuda, confessando que não queria mais viver no sofrimento.
 Profetizei a ela, dizendo que Deus tinha um plano perfeito em
sua vida e que Satanás a iludia, com os enganos do mundo. Logo
após, entrei em minha sala e chorei, agradecendo ao Senhor Jesus
por Seu amor, que se manifestou e salvou aquela vida.
A grande surpresa, não foi apenas no episódio da salvação
desta mulher, comecei a notar que, ao me aproximar de qualquer
pessoa, independente de gênero, classe ou raça, uma unção repleta
do amor de Deus, fluía do meu interior por elas. Às vezes, não
aguentava aquela Presença e chorava, só de olhar a face de
alguém.
Tive experiências lindas, de ver almas sendo tocadas, não
importava onde eu estivesse, o Poder e a Presença do Espírito de
Cristo, tocavam os corações, trazendo a manifestação do Seu Amor.
Tudo isso só foi possível, porque entrei no Descanso de Deus, parei
de me preocupar com o que as pessoas pensavam de mim, e
passei a me importar com o coração do Pai.
O Descanso faz isso conosco, tira o nosso foco da rota errada
e nos conduz a direção de vida e paz.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 7: A Pessoa do Espírito Santo
Q
 A Pessoa do Espírito Santo
 
uando iniciei a jornada de conhecer o Espírito Santo como
Pessoa, foi extraordinário... O amor e o cuidado que recebi
d’Ele me constrangia e tudo o que eu mais queria, era prosseguir
em conhecê-Lo. Como é bom mudar a ótica referente ao
relacionamento com o Espírito Santo, buscandoO, não somente nos
momentos que precisamos, mas principalmente, porque ansiamos
por Sua Doce Presença.
Minha vida foi transformada no dia em que acordei para a
realidade da Pessoa que estava ali, todos os dias comigo, mesmo
quando não percebia. Vi o cuidado e o amor que Ele tem pela igreja
de Cristo.
Como é interessante ver o quanto Ele nos considera, mesmo
que não O consideremos devidamente e merecidamente, porque
independente disso, Ele sempre estará conosco!
Aprendi com o tempo, que o Seu Amor é tão profundo, que,
mesmo não nos comunicando com Ele, a Sua Presença permanece
nos ajudando e fortalecendo na caminhada com Cristo,
independente se aceitamos ou não a condição de ter uma
comunhão direta com Ele. O fato é que o Espírito Santo de Deus,
está aqui na Terra por uma missão, a de ajudar a noiva de Cristo em
sua jornada terrena, à porta da salvação eterna.
O Espírito Santo possui atributos e qualidades que só podem
ser imputadas a uma pessoa. A Sua capacidade de compreender,
desejar, agir, sentir e amar é algo que não pode ser conferido a uma
“manifestação que influência” ou um “poder”. Ele não é uma unção,
é uma Pessoa e se não nos comunicarmos com Ele, certamente Ele
respeitará a nossa escolha, permanecendo em silêncio, mas nem
assim, deixará de orientar os filhos de Deus, auxiliando-os em suas
necessidades.
A Pessoa do Espírito Santo é tão real, que caso se sinta feliz,
Ele também se alegrará com você; mas se estiver triste, igualmente
sentirá a sua tristeza. Isso é o significado de Consolador, estar ao
lado de alguém em todos os momentos, bons ou ruins, apoiando e
dando a força necessária para vencer.
Cada vez que nos aproximamos do Espírito Santo,
aprendemos lições preciosas de como Ele interage conosco, como
uma pessoa, e isso é maravilhoso! Ele é tão interativo, que
surpreende até nas mínimas coisas. Ele estará com você! Nos seus
anseios, vontades e sonhos; e o desejo d’Ele, é que compartilhemos
de nossa vida com Ele, como amigos e mesmo que isso não ocorra,
Ele não se ofenderá, porque é Santo.
O que temos que entender é que, embora seja uma Pessoa,
Ele não é como um ser humano, a Sua forma de se relacionar
conosco, é pura, santa e bem diferente da nossa.
O Espírito de Deus eleva a nossa mente a níveis de
compreensão, de como Deus se move, fala e direciona o homem
em seus caminhos, revelando Sua natureza divina, de tempos em
tempos e de glória em glória!
Ao chamarmos o Espírito Santo de “Pessoa”, não estamos
dizendo que Ele é um ser humano, mas que possui atributos e a
personalidade de uma pessoa real, mas, sendo Deus.
Devemos lembrar de que, os humanos foram criados à
imagem e semelhança de Deus, então, Ele não é como nós; ao
contrário, somos como Ele É, e estamos sendo restaurados à Sua
imagem, através da revelação de Cristo Jesus.
É interessante alguns aspectos que Jesus relatou sobre o
Espírito Santo, de que somente Ele, como uma Pessoa, possui!
Características essas, que nem o Pai e nem mesmo o Filho,
possuem.
 
“Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão
perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito
não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra
contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas,
se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso
perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mateus,
12:31-32).
Jesus declarou que todo o pecado e blasfêmia serão
perdoados aos homens, e que se alguém proferir alguma palavra
contra Ele, também teria o direito ao perdão, mas se a blasfêmia for
contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo,
nem no vindouro!
— Meu Deus! Que declaração é essa!
Como pode uma pessoa proferir blasfêmia contra o próprio
Jesus e ter o direito ao perdão, mas se for contra o Espírito Santo
não terá nem misericórdia?
No versículo citado, encontramos algo realmente difícil de
compreender. Precisaríamos de muitas linhas para abordar sobre
esse tema e as verdades contidas nele. Podemos notar, que
existem aspectos que distinguem a pessoa da Divindade, de Outra.
Por mais forte que possa parecer, o fato é que o Espírito
Santo pode se sentir tão triste com a blasfêmia, que não há
liberação de perdão.
A palavra blasfêmia em grego, é “blasphemia” e significa
calúnia, difamação, discurso injurioso contra o bom nome de
alguém. Então é até admissível que o ofensor, através do
arrependimento, ao blasfemar contra o nome de Jesus, seja
perdoado, mas o intrigante nisso tudo, é que Ele não deu esse
mesmo direito de perdão àqueles que blasfemarem contra a Pessoa
do Espírito Santo.
A questão é que o Espírito de Deus é tão Santo e Puro, que
uma blasfêmia contra Ele, seria um insulto a Deus! E a bíblia deixa
claro acerca da peculiaridade de cada componente da Divindade.
 
A Trindade existe?
 
“Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para
que sejam um, assim como nós somos um” (João, 17:11).
 
Um dos grandes debates teológicos e ideológicos que ocorre
a décadas por grupos religiosos — é se realmente existe a Trindade
— ou se esse é apenas um termo usado pelos cristãos.
Cada um tem a sua linha teológica e defende uma ideia, mas
para aqueles que procuram um relacionamento direto com Deus,
descobrem na prática, que realmente existem três Pessoas. Há os
que acreditam que isso é heresia e que o termo não está correto,
tirando a importância do Espírito Santo como Pessoa, associando-O
a uma “influência” do Poder de Deus ou até mesmo uma
“inspiração” da divindade.
A palavra Trindade, foi aderida no Quarto Concílio de Latrão,
convocado pelo Papa Inocêncio III por meio da bula “Vineam domini
Sabaoth”, de 19 de abril de 1213, para ser celebrado em novembro
de 1215, na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
O termo Trindade é considerado teologicamente. A doutrina
cristã, que em latim significa “tríade” de “trinus”, “tripla” define Deus
como sendo três Pessoas consubstanciais, com expressões ou
hipóstases: O Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo, “Um
Deus em três Pessoas”, distintos em Suas manifestações. Creio que
esse assunto, o ajudará na sua fé e confiança de que Deus é Trinoe, ao mesmo tempo, um Único Deus. Para isso, separei alguns
versículos, abaixo:
 
“Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos
outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus
único? ” (João, 5:44);
 
“Pois há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra
e o Espírito Santo; e estes três são um” (1 João, 5:7);
 
“Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são
todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor,
“Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós
também, por ele” (1 Coríntios, 8:6).
 
Existe uma diferença entre a natureza que distingue os três
como Pessoa e a Divindade que mostra os três como um só Deus.
https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Inoc%25C3%25AAncio_III
https://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%25C3%25ADlica_de_S%25C3%25A3o_Jo%25C3%25A3o_de_Latr%25C3%25A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma
O Pai é o que gera; o Filho é gerado; e o Espírito Santo é quem
realiza.
 
“Tudo o que é verdadeiro a respeito de Deus, é verdadeiro
a respeito das três Pessoas da Trindade. Você sabia que
houve uma época em que uma ramificação da igreja, cria
que Jesus é Deus – verdadeiramente Deus – mas outra
não? ” (A.W Tozer no Artigo – The Attibutes of God II).
Os antigos líderes da igreja, dos anos de 1215, se reuniram e
chamaram essa reunião de concílio. Nunca deixarei de agradecer a
Deus por esses homens maravilhosos, instruídos e piedosos, que
disseram: “Adoramos a Deus na Trindade, e a Trindade em
Unidade”. Eles reconheceram a existência da Trindade.
Sou um cristão unitário, porque creio na Unidade de Deus e,
Trinitário porque creio na Trindade de Deus e essas duas, não são
contrárias uma à outra.
A. W. Tozer, no texto atualizado do artigo de — “The Attributes
of God II”, escreveu:
— Nós adoramos um Deus na Trindade, e a Trindade em
Unidade.
— Não confundindo as Pessoas, nem dividindo as essências.
— Pois, há uma Pessoa do Pai, outra do Filho, outra do
Espírito Santo.
— Mas a Divindade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é
uma só, a glória é igual, a majestade é coeterna.
Não sei se você vai concordar, mas para mim, é como música
aos ouvidos, esses antigos patriarcas da igreja – sérios e piedosos –
declarando todas essas coisas para as gerações. Durante os
últimos 1600 anos, a igreja celebrou isso:
Da mesma maneira como é o Pai, assim também é o Filho, e
também o Espírito Santo.
— O Pai incriado, o Filho incriado, o Espírito Santo incriado.
— O Pai incompreensível, o Filho incompreensível, e o
Espírito Santo incompreensível em sua totalidade.
— O Pai eterno, o Filho o eterno, o Espírito Santo eterno. No
entanto, não há três incriados, nem três incompreensíveis, mas um
incriado e um incompreensível.
— Assim também, o Pai é todo-poderoso, o Filho é todo-
poderoso, o Espírito Santo é todo-poderoso.
— Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é
Deus; contudo, não são três Deuses, mas um só Deus.
É nisso que cremos — nas três Pessoas, mas em um só
Deus. A Trindade é uma só em propósito e Deus anseia,
apaixonadamente, por um relacionamento íntimo com Seus filhos.
“Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de vocês! ” (Tiago,
4:8).
Quando flertamos com o mundo, nos desalojamos da
experiência da intimidade profunda com Deus, mas isso é uma
perda trágica e deixa o nosso Pai de coração partido!
Deus quer passar tempo conosco, para que nos tornemos
como Ele É, porém, isso só ocorre através de um conhecimento
íntimo de Deus. A única forma de desenvolver esse relacionamento
profundo, é através do Seu Espírito.
Jesus foi o exemplo clássico do que significa estar no mundo,
sem pertencer a ele.
 
O coração transformado
 
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim, um
espírito reto” (Salmos, 51:10).
 
Particularmente, a maior importância que existe dentro da
comunhão com Deus, é quando olhamos o nosso coração e vemos
o poder transformador que é gerado pelo Espírito Santo, dentro de
nós. É maravilhoso provar a pureza do Senhor e desfrutar de Sua
Santidade, que produz uma paz que excede todo o entendimento
humano. Só de pensar em escrever isso, o meu coração se enche
de amor e alegria no Espírito, aleluia!
Como é poderoso quando o coração de um Filho de Deus, se
une ao coração do Pai.
O Espírito Santo é a parte mais sensível da Trindade, Ele é
como se fosse o coração de Deus em nós e não é à toa que vamos
ver nas escrituras, o Espírito Santo sendo derramado nos corações,
afinal, Ele próprio representa o coração de Deus.
 
“Nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em
nossos corações como garantia do que está por vir. ” (2
Coríntios, 1:22);
 
A grande experiência que tive e creio que a maior de todas, foi
a transformação do meu coração. Não tenho palavras para
expressar como ele passou pela imersão do amor de Cristo!
Lembro-me que pedia muito ao Senhor para derramar o Seu amor
através do Espírito Santo sobre a minha vida. Declarava
constantemente a Palavra de Deus, mencionando sempre os
versículos que falavam sobre o Seu amor.
A atmosfera foi sendo transformada e algo forte estava fluindo.
As músicas de adoração começaram a entrar no meu coração de
uma forma tão profunda, que eu chorava no ônibus, na rua, na sala
de aula, pois, minha alma estava recebendo um novo nível de luz do
amor real de Deus, aleluia! Aquele amor foi sendo derramado, à
medida que me dedicava nas orações direcionadas ao amor e na
adoração pessoal.
Os jejuns entraram como uma força extra, me ajudando no
processo de quebrantamento interior. Enxergava as áreas que
precisavam de transformação.
Meu desejo de servir e pregar o evangelho de Cristo,
cresceram substancialmente. Perdi o medo de muitas coisas, e isso,
ajudou a me entregar mais, buscando o pleno propósito de Deus à
minha vida.
 
Um homem perdido no caminho
 
“ [...] o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos
mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar
liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a consolar
todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê
glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de
louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem
árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja
glorificado” (Isaías, 61:1-3).
 
Certa vez, em um pequeno restaurante, quando conversava
com o dono do local, o Sr. Moisés, antes que o expediente
encerrasse, chegou um homem, também conhecido do dele, que se
aproximou e logo começamos a interagir, momentos depois, lá
estávamos os três conversando.
 Os assuntos foram surgindo e indo, de repente, passamos a
falar sobre igreja e aquele homem, começou a falar mal de muitos
Pastores e Ministros. Era notória as raízes de amargura em seu
coração. Todavia, a Presença do Espírito de Deus, começou a se
manifestar e fui sendo direcionado pelo Senhor, a conversar com
ele.
Vi que o seu coração começou a se abrir, de tal forma, que ele
passou a confessar os pecados. Ele sofria com problemas sérios e
uma tendência ao homossexualismo. Confessou-me que isso
operou em sua vida dentro da igreja, onde manteve relações
sexuais com “ministros de louvor”, onde frequentava e mesmo
sendo casado, não dormia com a própria esposa. Relatou ainda,
que quando os pecados ocultos eram descobertos na igreja, além
dos conflitos pessoais, vinham também os confrontos com as
lideranças religiosas.
Enquanto ele me narrava tudo isso, olhei-o atentamente, e
disse:
— Jesus Cristo pode libertá-lo! O fato de não ter sido liberto
até hoje, se deu pela falta do Poder Vivo de Deus e da realidade
transformadora do Espírito Santo.
No exato momento que falei isso, ele me olhou e se assustou,
pois, viu um clarão de luz, suas pernas ficaram bambas com o
Poder de Deus, a ponto que teve de se segurar no balcão,
começando a chorar e pedindo ajuda. Falei do amor do Senhor e
que era necessário se arrepender e voltar ao caminho da vida
eterna. O Poder do Espírito Santo foi tão forte, que todo aquele ódio
e amargura em seu coração, caíram por terra.
 Aleluia! Isso é a consequência de umrelacionamento e
comunhão com a Presença de Deus e Seu Santo Espírito, trazendo
a realidade do Reino de luz e transformação para os cativos e
oprimidos.
Naquele mesmo dia, ao chegar em casa, cansado do trabalho,
fui dormir, de repente, me vi entrando em espírito numa outra
dimensão... Vi um lobo, com muito ódio, se tratava de um espírito
maligno que operava na vida daquele homem ao qual havia pregado
naquela tarde. Ele tentava se aproximar, mas não conseguia, pois, a
luz da Presença do Espírito Santo me protegia contra os ataques
das trevas.
O Espírito Santo sempre nos fortalecerá nos momentos de
batalhas espirituais, elas são uma realidade e devemos ser forjados
como guerreiros para vencer os poderes do reino das trevas, que
tentam destruir tudo o que Deus criou.
A Pessoa do Espírito Santo é real e tangível, Ele tem todos os
atributos lindos de uma pessoa, todavia, é Puro e não suporta
blasfêmias.
Peço a Deus, que o seu desejo em conhecê-Lo, seja
crescente e ardente, porque certamente, Ele espera por isso!
 
 
Parte 2: Compartilhando do Espírito Santo
 PARTE 2
 
COMPARTILHANDO
DO ESPÍRITO SANTO
 
 
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das
misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas
as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos
de Deus, possamos consolar os que estão passando por
tribulações. [...] Se somos atribulados, é para consolação e salvação
de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual
lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós
estamos padecendo. ”
 
2 Coríntios, 1:3-6.
 
 
Capítulo 8: Os Aspectos da Pessoa do Espírito Santo
 
N
Os Aspectos da Pessoa
Do Espírito Santo
 
esta segunda parte, aprenderemos sobre os aspectos que
envolvem a Pessoa do Espírito Santo. Jesus deixou
evidente a Sua Personalidade, quando se referiu ao Espírito de
Deus usando um pronome pessoal, chamando-O de “Ele”. Não
vemos em nenhum lugar das escrituras sagradas, Jesus se
referindo a Ele, como “isso”, “aquilo” ou “isto”, como se fosse “um
sentimento” ou “poder” (João, 14-16).
Fomos criados a imagem e semelhança de Deus, sendo
assim, compartilhamos dos Seus atributos. Isso significa que
podemos nos relacionar com a personalidade do Espírito Santo.
Se Ele fosse uma “energia”, seria complicado desenvolver um
relacionamento com Ele. Mas o Espírito Santo veio para habitar em
nós e compartilhar das mesmas características de personalidade,
com as quais já estamos familiarizados.
Entendemos que Ele não é uma fumaça, um vento, uma
chama de fogo ou até mesmo uma pomba branca, isso são algumas
formas como Ele se manifesta.
O Espírito Santo é uma Pessoa e não uma inspiração sublime,
Ele possui uma Presença e onde está, emana uma “atmosfera” de
acordo com a forma que se revela. Ele é a Presença do Deus
Eterno.
“Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a
toda verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o
que ouvir e lhes anunciará o que está por vir” (João,
16:13).
 
Uma atmosfera não pode falar, uma pessoa sim! Da mesma
forma que um ambiente de poder não possui mente, vontade ou
planos. Pensamentos têm presença e são os seres humanos que
geram essa presença. Entretanto, o Espírito é o próprio Deus
habitando dentro do homem, Ele vai muito além do que uma
“inspiração ou poder”.
 Ele tem todas as características que temos, mas sem a
natureza pecaminosa. Ele sente como qualquer pessoa, anseia e
tem ciúmes (Tiago, 4:5; Gálatas, 5:22 e Atos, 8:8); amor (Romanos,
5:5 e Gálatas, 5:22). Ele também sente tristeza (Efésios, 4:30).
No evangelho de João capítulo 14, vemos o que Ele faz, como
qualquer outra pessoa. Ele encoraja, ajuda, capacita, consola, etc...
Ninguém, desde o início da criação, conhecia o Espírito Santo
melhor que Jesus. Por isso, nos deixou o caminho aberto, para que
O conhecêssemos como Ele O conhecia.
Nosso Consolador
 
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador [...] ”
(João, 14:16).
 
A palavra em grego para consolador, é “parakletos” e significa:
chamado, convocado a estar do lado de alguém, a ajudar; alguém
que pleiteia a causa de outro diante de um juiz, intercessor,
conselheiro de defesa, assistente legal, advogado; pessoa que se
empenha pela causa de outro, um intercessor. Observando
atentamente o significado desta palavra, vemos que ela vai além de
alguém que somente auxilia nas necessitadas terrenas, ou que
fortalece nos momentos de fraquezas.
Estudiosos afirmam que a declaração que Jesus fez aos
discípulos, dizendo que enviaria — outro Consolador — referia-se
literalmente a outra pessoa, ou seja, Jesus estava afirmando que
enviaria alguém com as mesmas qualidades e aspectos que Ele
para estar conosco.
 O Espírito Santo está aqui para nos auxiliar na edificação
espiritual e desenvolvimento da nossa salvação eterna. Ele é o
Poder central da vida de Cristo, fluindo no interior de cada cristão.
“Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as
coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento
completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e
virtude” (2 Pedro, 1:3).
Por meio d’Ele, temos acesso às virtudes de Deus e nos
tornamos participantes de Sua Santidade. Desta forma, sem Ele,
nada podemos fazer:
 
Sem o Espírito, não podemos conhecer a Jesus Cristo:
“Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos
enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que
dele procede, esse dará testemunho de mim” (João,
15:26).
 
Sem o Espírito, não podemos conhecer a Deus e nem
Sua Palavra: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito;
porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até
mesmo as profundezas de Deus” (1 Coríntios, 2:10).
Sem o Espírito, não temos vida: “Porque a lei do
Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do
pecado e da morte” (Romanos, 8:2).
 
Sem o Espírito, não temos forças para servir a Deus:
“Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste
em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como
convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós
sobremaneira, com gemidos inexprimíveis”
(Romanos, 8:26).
 
Poderia mencionar muitos detalhes importantes sobre o nosso
Consolador, mas o melhor que podemos fazer é confiar em Sua
liderança. Ele é o Liberador das riquezas celestiais, que traz todos
os recursos e provisões do Reino dos Céus para os filhos de Deus
na Terra.
Deus em Sua Soberania, sabia que o homem jamais
conseguiria a salvação completa, andando em Sua Presença, sem a
direção do Espírito Santo. Quanto equivoco e juízos errados são
feitos hoje a respeito do ‘Consolador Inefável’? Muitos não O
conhecem e fazem descaso de Sua Pessoa. É impossível
desenvolvermos a vida plena que Cristo nos deu, sem o Espírito
Santo, porque Ele é a própria vida de Cristo em nós.
As escrituras mostram o Espírito Santo agindo na terra,
mesmo antes do Pentecostes. De Gêneses a Apocalipse, podemos
ver a Sua atuação, conduzindo e capacitando os profetas na
revelação do Reino de Deus e de Cristo Jesus.
Outro sentido muito poderoso da palavra “parakletos”, é
advogado, uma das maiores funções do Espírito de Deus, que é
defender Seus filhos contra as acusações de Satanás.
Mesmo que venhamos pecar e entristecer o Senhor, Ele
estará ao nosso lado, nos convencendo do pecado, da justiça e do
juízo. Ajudando contra os ataques do diabo em nossa mente e nos
defendendo de toda e qualquer condenação, como um advogado
fiel.
Lembro-me de algumas experiências em que falhei durante a
minha caminhada com Cristo. Sentia-me muito angustiado por
entristecer o Espírito Santo. Havia um peso de condenação das
trevas e, ao mesmo tempo, um fardo pesado na minha consciência,
avisando que deveria me arrepender e permitir que o Senhor
acessasse o meu coração, a fim de que, as trevas não ganhassem
espaço em minha mente, me afastando da justiça de Cristo.
Nesses momentos, eu era constrangido por Seu amor e sentia
a Sua tristeza, mas ao me quebrantar em Sua Presença, sentia a
reconciliação me tomando com poder e fogo. Isso me fortalecia, metornando cada vez mais maduro em Cristo. Contudo, sei que os
erros e as falhas fazem parte do processo de amadurecimento e
crescimento espiritual de um cristão.
 
Como o Espírito Santo se apresenta
 
Pois o nosso “Deus é fogo consumidor! ” (Hebreus, 12:29).
 
Existem alguns aspectos da manifestação do Espírito Santo
que se confundem com a Pessoa d’Ele, e uma coisa que o Espírito
Santo não é — o vento; Ele não é o fogo; não é a chuva; não é um
trovão; não é língua estranha e não é uma pomba branca. Embora
cada um desses elementos mencionados sejam formas de
expressão do poder “liberado sobre nós”, ainda assim, isso não é o
Espírito Santo “em nós”.
Uma coisa são as formas com as quais Ele se expressa, outra
coisa é Ele em nós!
Se Ele realmente fosse o vento, não poderia trazer
aconselhamento, se fosse uma ave branca, não poderia falar
conosco sobre os ensinamentos de Jesus. Entendemos também,
que Ele pode vir como água em nossas vidas, para refrigerar,
refrescando-nos, mas Ele também não é água!
 
“Pois derramarei águas na terra sedenta, e torrentes na
terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole, e
minha bênção sobre seus descendentes. Eles brotarão
como relva nova, como salgueiros junto a regatos” (Isaías,
44:3-4).
 
O Espírito Santo pode vir como um fogo feroz, entrar em
nossas vidas purificando-nos de todo o pecado, mas Ele também
não é o fogo. “Mas quem poderá suportar o dia da Sua vinda? E
quem poderá subsistir quando Ele aparecer? Porque Ele é como o
fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros” (Malaquias, 3:2).
Todas essas, são apenas formas como a Pessoa do Espírito
Santo se apresenta a nós.
 
Ele se entristece
 
“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus [...] ” (Efésios,
4:30a).
 
Como toda pessoa, o Espírito Santo também se entristece
quando é ofendido pelo pecado do homem ou ações que
desrespeitem Seus princípios e santidade. Temos que aprender a
cuidar com amor de Sua Doce Presença.
Certa vez, ao desobedecer o Seu pedido em uma ministração,
senti vazio e angústia. Não entendia o porquê daquele sentimento.
Como se houvesse um fardo no meu espírito. Consultei o Senhor,
para saber o motivo daquele sentimento, e Ele me respondeu,
dizendo:
— Você não seguiu minha ordem, por isso, está assim.
Foi quando percebi, no início do meu ministério, sobre a
importância da submissão ao Espírito Santo e de como devemos ser
sensíveis a Sua Voz.
 
Ele se ira
 
“Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo;
por isso se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles”
(Isaías, 63:10).
 
A nação de Israel foi tão rebelde às ordens do Senhor, que
feriu de tristeza, os sentimentos do Espírito Santo, a ponto de
causar a Sua ira. Observe a palavra — Ele se tornou inimigo do
povo — tenho para mim, que muitos cristãos passam por desertos e
sofrimentos por falta de alinhamento e por não interagirem com a
Presença do Espírito Santo, sem conhecer a Sua vontade. Isso traz
muitos problemas desnecessários para a vida daqueles que são
chamados para herdar as bênçãos espirituais.
Ele interage com a Igreja 
“Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos
impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias” (Atos,
15:28).
 
Vemos neste versículo, que o Espírito Santo aceita decisões
baseadas na Palavra de Deus. Ele interage com o homem, assim
como o próprio Deus, ao aceitar a opinião de Moisés, quando quis
destruir o povo hebreu por terem se corrompido espiritualmente e
moralmente, diante do bezerro de ouro no deserto (Êxodo, 32:33).
Do mesmo modo, o Espírito Santo participa de nossas
decisões, quando estamos de acordo com a Sua vontade. Ele quer
interagir com você, para que sejas um canal de bênção e edificação
para o corpo de Cristo.
 
Ele tem vontade própria 
“Mas um só é o mesmo Espírito que opera todas estas coisas,
repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Coríntios, 12:1).
Notamos que o Espírito Santo distribui os dons da maneira
que deseja, ou seja, Ele tem vontade própria e age conforme a
necessidade da Igreja, para que ela seja edificada em Cristo.
 
O Espírito Santo é Quem nos dá vida
 
“O Espírito vivifica” (2 Coríntios, 3:6b).
 
O Espírito Santo foi Quem gerou a vida do Messias dentro do
ventre de Maria (Mateus, 1:18-20), possibilitando a vinda de Jesus
Cristo à Terra.
Qualquer palavra proclamada pelo Espírito Santo, traz vida e
fortalecimento. Só podemos experimentar uma vida abundante em
Cristo, por meio do Espírito Santo. É impossível alguém buscar vida
divina, sem o Seu auxílio.
 
O Espírito Santo é a Vida de Deus morando em nosso íntimo
 
“Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do
Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e
que vocês não são de vocês mesmos? ” (1 Coríntios, 6:19).
 
Somos habitação do Espírito de Deus. Ele não habita em
templos feitos por mãos, mas em nosso coração.
 
O Espírito de Vida é um dos títulos do Espírito Santo
 
“Porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida [...]”
(Romanos, 8:2a).
 
O Espírito Santo é chamado de ‘Espírito de Vida’, porque
representa o fôlego da Vida de Deus. Por onde Ele sopra, a vida de
Cristo é liberada!
 
O Espírito Santo soprará Vida naquele que morreu por Cristo
quando Jesus voltar
 
“E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a
Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a
Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito
que em vós habita” (Romanos, 8:11).
 
O Espírito libera Vida e todo aquele que morreu em prol do
Nome de Cristo e do evangelho, será vivificado, quando Cristo vier
buscar a Sua igreja.
 
O Espírito Santo tem ciúmes de nós
 
“Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga
de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se
inimigo de Deus. Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É
com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em
nós? ” (Tiago, 4:4-5).
 
O apóstolo Tiago, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu uma
forte declaração contra os judeus convertidos na fé em Cristo Jesus,
chamando-os de adúlteros! Dizendo: “[...]qualquer que quiser ser
amigo do mundo constituir-se-á inimigo de Deus [...]”.
Sabemos que para um judeu, segundo a Lei, o adultério é
considerado morte por apedrejamento. Essa palavra tinha o cunho
de exortar, de maneira muito séria, aquele grupo. Eles estavam
contaminando a comunhão com o Espírito Santo através do
relacionamento impróprio com o mundo.
A palavra “adultério” tem conotação como a infidelidade,
impureza e violação de um compromisso com o casamento.
Normalmente, associamos o adultério a um cônjuge que se envolve
sexualmente fora do casamento. Então, concluímos que, os cristãos
que adulteram contra o Espírito de Deus, são aqueles que se
relacionam intimamente com o mundo, ou seja, colocando-o como
prioridade em suas vidas, no lugar do Espírito Santo de Deus.
Geralmente, pessoas que sofrem com a dor da traição e do
divórcio, tem um sentimento horrível. Alguns, chegam a um estado
de choque emocional, a ponto de não conseguirem se relacionar
mais com ninguém. A mágoa é tão grande que geralmente dizem
coisas do tipo: “Não sei como ele (a) pôde fazer isso comigo! Depois
de todos os anos sendo fiel a ele (a), ajudando na criação dos
nossos filhos e trabalhando para que estudassem... Como ele (a)
pôde fazer isso? Me deixar de lado e ir atrás de outra pessoa? ”.
Particularmente, acredito que a traição e o divórcio,
possivelmente, são as piores experiências humanas. Nada parece
ferir mais o coração de alguém, do que esse tipo de trauma
emocional.
O apóstolo Tiago escreveu seu livro para os membros da
Igreja do corpo de Cristo, pessoas consideradas a “Noiva do
Cordeiro”, mas de alguma forma, ele descreveu aquele grupo como
infiéis, por terem abandonado o seu relacionamento com Cristo, a
fim de encontrar realizações no mundo ou talvez, coisa pior! Eles
haviam sido infiéis ao seu “Esposo” Jesus Cristo e tinham se
tornado, adúlteros aos olhos de Deus.Vemos que o pecado e o amor às coisas do mundo,
contaminam a habitação do Espírito Santo que somos nós, Ele se
sente magoado e triste, como um esposo violado. Quando essa
verdade se tornar uma revelação que impacte a nossa consciência e
penetre no nosso coração, mudanças reais acontecerão nas
atitudes permissivas, relacionadas ao pecado, fazendo com que
tenhamos uma vida mais consagrada a Cristo.
 
O Espírito Santo nos considera Sua habitação.
 
“Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito
de Deus habita em vocês” (1 Coríntios, 3:16).
 
Se esses atributos são tão visíveis nas escrituras, então,
devemos nos perguntar: Por que o Espírito Santo é tão mal recebido
e a Sua função é tão desonrada?
Devemos dar mais atenção e honrar a Sua posição de
governo sobre a igreja de Cristo. Acredito, que a melhor forma de
honrá-Lo, é reconhecendo-O como nosso companheiro fiel, que
sabe tudo aquilo que necessitamos.
Precisamos depositar toda a nossa confiança em Sua Pessoa,
afinal, somos a Sua habitação e devemos agir como tal, para que os
que não conhecem a Cristo, possam vê-Lo através de nossas vidas,
e assim, possamos ser instrumentos de “disseminação do Reino de
Deus”, ensinado outros a como ter suas vidas transformadas pelo
Poder de Deus.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 9: Como Iniciar a Comunhão com o Espírito Santo
N
 Como Iniciar a Comunhão
Com O Espírito Santo
 
 
o passado, antes de Cristo, o Espírito Santo vinha de
tempos em tempos revestir as pessoas de poder para o
ministério ou o serviço; nunca de forma permanente, para habitar
dentro do homem. Os profetas, sacerdotes e reis do antigo
testamento, não tiveram esse privilégio glorioso. Eles conheciam a
Presença do Espírito Santo, apenas de forma temporal.
Quando necessário, o Espírito Santo vinha sobre eles, de
modo a realizar uma obra especial, mas depois, se elevava e
retornava em outro momento oportuno.
Hoje é diferente, porque temos acesso direto a comunhão com
o Espírito de Deus. Isso está diretamente ligado a nova natureza
que possuímos no espírito. No entanto, é importante entender que,
existem pré-requisitos para termos um relacionamento vivo com
Deus, por meio do Seu Espírito.
Desenvolver uma parceria com o Espírito de Deus, não é uma
questão ordinária, isso não pode ser feito vez ou outra, de acordo
com o nosso horário livre ou quando for conveniente.
O Espírito Santo é o selo do nosso relacionamento de aliança
com Deus, “O Todo-Poderoso”. Essa é uma transação eterna que
fizemos voluntariamente, sem devolução.
 
“Então disse Deus: ‘Façamos o homem à Nossa imagem,
conforme a Nossa semelhança” (Gênesis, 1:26).
 
Antes de nos aprofundarmos nesse fluxo de comunhão com a
Presença do Espírito de Deus, devemos entender quem Ele É!
Nesta primeira citação, vemos que o segredo da criação,
consiste na presença de três “autores” diferentes. Note que Deus
disse: “façamos”, aqui, Ele cumpre três papéis distintos, porque
Deus se refere a Si mesmo como sendo: O Pai, O Filho, e O Espírito
Santo.
 
“Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito
Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o
bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque
Deus era com ele” (Atos, 10:38).
 
Já nesta segunda citação, podemos identificar de forma
distinta, O Pai do Filho e do Espírito Santo.
A Palavra de Deus refere-se a Presença do Espírito Santo,
como “águas vivas”, assim como está escrito: “Quem crê em mim,
como diz a Escritura, rios de ‘água viva’ fluirão do seu interior”
(João, 7:38). A água nunca muda! Seus principais elementos
sempre serão — H₂O — Porém, ela pode se manifestar de três
formas diferentes: sólida, líquida e gasosa. Da mesma maneira é o
nosso Deus, Ele é único, não existe n’Ele sombra de variação.
Contudo, vimos que Ele pode se apresentar de formas distintas,
como: O Filho, O Pai, e O Espírito Santo, e este, por sua vez, foi
enviado para nos revelar quem é O Filho (João, 17:21).
Deus é Um em propósito, mas possui três expressões
(Pessoas) pela qual pode se manifestar, que exercem funções
distintas. Apesar de haver três Pessoas, é importante entender que
existe apenas Um Único Deus.
 
“Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da
glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de
sabedoria e de revelação; Tendo iluminados os olhos do
vosso entendimento, para que saibais qual seja a
esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória
da sua herança nos santos” (Efésios, 1:17-18).
 
Deuteronômio capítulo 6, verso 4 diz: “Ouça, ó Israel: O
Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor”. Romanos capítulo 3,
verso 30, diz: “Existe um só Deus, que pela fé justificará”.
Precisamos ser gratos pelo Espírito Santo e entender Suas funções
na vida do cristão.
Vimos anteriormente os significados da palavra consolador,
que em grego, quer dizer intercessor, ajudador, advogado,
conselheiro, fortalecedor, confortador e consolador. É maravilhoso
saber que o Espírito Santo tem muitas funções em nossas vidas.
Todo o cristão deveria desenvolver uma vida espiritual, de
comunhão com a Pessoa d’Ele. Existem muitos benefícios em
conhecê-Lo, e o principal desses, é o fortalecimento do nosso
espírito humano.
Para cada etapa de amadurecimento da vida, vamos conhecer
aspectos diferentes do Espírito Santo. Houve um tempo, que
comecei a desfrutar d’Ele como o meu fortalecedor, foram épocas
difíceis. Passei por diversos conflitos e situações que, se não fosse
Ele me fortalecendo, por meio da oração e do jejum para combater
as intensas batalhas espirituais, minha fé e esperança,
provavelmente, teriam se abalado.
A cada nova etapa que avançava no conhecimento da Pessoa
do Espírito Santo, iniciava também um estilo diferente de
relacionamento com Ele.
Lembro-me de uma época, que estava vencendo questões
pessoais, internas — lutas nas minhas emoções, mudanças na
família, enfim... me sentia só, sem o apoio familiar e do próprio
ministério. Neste período, o Espírito de Deus, vinha como meu
Consolador, me sentia amado e cuidado por Ele, tinha uma
confiança em meu coração de que tudo daria certo, porque Ele
estava comigo.
Existem cristãos, que ainda não descobriram as multiformes
funções do Espírito Santo como Consolador, devido à falta de
revelação e fé. Por esta razão, não conseguem desfrutar de Sua
companhia e graça abundante. Vi muitos se desviarem do caminho,
abandonando a fé, por causa dos pecados que cometiam e das
fraquezas que enfrentavam. Com isso, a tendência era de se afastar
de Deus sempre que erravam.
Se tivessem sido ensinados que o Espírito Santo também é o
nosso advogado, certamente teriam visto que Ele nos defende
diante das acusações do inimigo e ajuda-nos contra a reprovação
da nossa consciência, aonde nosso próprio espírito nos condena,
quando agimos na carne, cometendo pecados.
Esse ponto, sobre condenação, é muito importante ser
tratado, porque muitos acreditam, piamente, que o Espírito de Deus
as acusa quando falham. Crendo que Deus as está condenando por
seus pecados. Isto é errado!
Deus jamais condena Seus filhos, que foram santificados por
Cristo.
 
“Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não
pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado
junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação
pelos nossos pecados e não somente pelos nossos
próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 João, 2:1).
 
A Palavra de Deus, deixa bem claro que temos um advogado
junto ao Pai, Jesus Cristo, que nos defende de toda a acusação que
Satanás tenta contra os filhos de Deus. Não importa o quanto
falhamos no decorrer da nossa caminhada, isso faz parte, a questão
é que não podemos nos entregar à prática do pecado e dos erros,
por falta de maturidade, que leva os cristãos a se afastarem dos
caminhos de Deus.
O Espírito Santo é nosso advogado e jamais nos condenará
ou acusará de algum erro. No entanto, todo cristão sentirá, no seu
espírito, que O entristeceu, por alguma atitude errada.
 
“E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostesselados para o dia da redenção. Longe de vós, toda
amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem
assim toda malícia” (Efésios, 4:30-32).
 
O sentimento de condenação pode vir de duas maneiras — de
Satanás e da consciência humana. Dentro da consciência tem algo
chamado “espírito do entendimento”, que é a uma das funções que
o espírito humano possui, assim como está escrito: “E vos renoveis
no espírito do vosso entendimento” (Efésios, 4:23).
Na “consciência humana”, temos a “consciência do espírito”,
que trabalha no mesmo local da mente. A exemplo disso, temos a
Arca da Aliança — dentro dela haviam às duas tábuas de pedra dos
dez mandamentos. Da mesma forma ocorre com a nossa
consciência, porque é nela que temos o espírito humano, que
contém a lei do Espírito e vida, aprovando ou reprovando as obras
do homem.
Geralmente, quando uma pessoa que já foi salva, escolhe
pecar ou viver na iniquidade, o espírito do entendimento dela,
reprovará tudo o que for contrário à justiça, a lei do Espírito e vida.
Às vezes, essa reprovação é tão forte, que o próprio espírito
humano condena, densamente, as injustiças, trazendo um peso
dentro do coração e da alma, levando à pessoa a sentir a dor do seu
erro.
“Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é
Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas” (1, João
3:20). Neste versículo, temos o apóstolo João ensinando isso, aos
novos convertidos, que sentiam no coração o peso da condenação
por suas atitudes erradas.
Quando um cristão não sabe lidar com essa operação, não
entendendo que o seu próprio espírito o acusa diante das injustiças
praticadas, tal pessoa, pode até pensar que Deus é quem a está
condenando, sentindo-se indigna de Sua Presença e perdão.
Quando isso ocorre, brechas são abertas para que o acusador de
nossas almas, Satanás, traga opressão na mente e nos
sentimentos, até que a pessoa desista de sua fé e não creia mais no
amor, e no perdão de Deus.
 
“Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio
a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade
do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos
irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do
nosso Deus” (Apocalipse, 12:10).
 
O adversário de nossas almas, Satanás, sabe usar as
oportunidades para trazer acusações contra a consciência humana,
no exato momento em que um cristão peca e o seu espírito o
reprova. Ele sempre usará desses momentos com muita astúcia,
lançando dardos inflamados no coração, fazendo com que o cristão
se sinta condenado e indigno do amor de Deus. Graças ao Pai,
temos um advogado nó céu e um aqui na Terra.
O Senhor Jesus é o nosso intercessor e advogado diante das
“jurisdições” espirituais, e o Espírito Santo é o nosso advogado
contra as acusações do inimigo e da nossa própria natureza
humana.
É importante sabermos a diferença entre — exortação de
Deus e condenação. Ainda existe muita confusão sobre essa
questão! Já vi cristãos operando no dom da profecia, mas em vez
de trazerem exortação, levavam condenação sobre os cristãos! A
respeito disso, Paulo escreveu: “Se há, pois, alguma exortação em
Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito,
se há entranhados afetos e misericórdias” (Filipenses, 2:1).
A palavra exortação em grego é “paraklesis” e tem os
seguintes significados: convocação, aproximação, importação,
súplica, solicitação, admoestação e encorajamento. Já no sentido
literal da palavra, exortação é chamar para perto.
Toda vez que falhamos em nosso compromisso de santidade
diante de Deus, o Espírito Santo nos exorta ao arrependimento,
produzindo constrangimento e nos aproximando mais da Sua
Presença. Já a condenação, nos leva para longe, nos afasta de
Deus, fazendo com que nos coloquemos em uma posição de
“orfandade espiritual”, esquecendo-se do amor e da abundante
graça do nosso Pai Celestial. “Mas Deus prova o seu próprio amor
para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós
ainda pecadores” (Romanos, 5:8).
 
“Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno
se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as
vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao
Deus vivo? ” (Hebreus, 9:14).
 
Temos que ter comunhão com o Espírito Santo, pelos
seguintes motivos:
 
1. O Espírito Santo ajuda (João, 14:16);
 2. O Espírito Santo habita dentro de nós (João, 14:17);
3. O Espírito Santo instrui e lembra (João, 14:26);
4. O Espírito Santo testifica conosco (João, 15:26);
5. O Espírito Santo nos convence (João, 16:10);
6. O Espírito Santo guia e revela (João, 16:13);
7. O Espírito Santo ajuda a adorar (João, 16:14).
No evangelho de João capítulo 20, verso 22, Jesus soprou
sobre os discípulos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo”. A
palavra “receber”, vem do grego “lambano” e significa, receber
alguma coisa agora.
O fato da palavra “lambano” ser usada aqui, nos diz algo muito
importante, porque significa que Jesus estava transmitindo o dom do
Espírito Santo aos discípulos, naquele exato momento.
 
Fé
 
“Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e
a prova das coisas que se não veem” (Hebreus, 11:1).
 
A palavra-chave para tudo o que desejamos receber do Reino
de Deus em nossas vidas, é a fé! Não podemos confundir o crer
com a fé, porque são diferentes em sua essência. Crer no grego é
“pisteuo” e significa pensar que é verdade, estar persuadido de
acreditar, depositar confiança. Portanto, crer é colocar a confiança
no que Deus fala em Sua Palavra, tendo-a por verdadeira,
diferentemente da fé.
O liberador da graça, Cristo, é quem manifesta a fé na pessoa
que decide acreditar em quem Deus É e no que Ele faz. Quando
isso ocorre, a pessoa passa a ter acesso à Fé, que é dom de Deus
e também um fruto do Espírito, conforme nos mostram os seguintes
versículos: “Efésios 2.8; 1 Coríntios, 12:9 e Gálatas, 5:22”.
Só podemos ter uma fé genuína, por meio do Espírito Santo,
porque ela é uma substância sobrenatural, não podemos produzi-la
carnalmente. Somente o autor e o consumador da nossa fé, pode
nos dar esse presente maravilhoso (Hebreus, 12:2).
Fé em grego é “pistis” e significa convicção da verdade de
algo. No novo testamento, a fé é um “firme fundamento” ou crença,
que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as
coisas divinas (Hebreus, 11:1). Desta forma, podemos dizer que fé
— é a convicção de que Deus é verdadeiro mediante uma
experiência pessoal.
Quando uma pessoa experimenta a realidade de Deus, ela
passa a ter a verdadeira fé, porque provou da verdade e da graça,
trazendo assim, a manifestação do Poder de Deus.
Lembro-me de ter tido bastante impedimento e dificuldade no
início do meu relacionamento com a Pessoa do Espírito Santo, pois,
não haviam ensinamentos sobre esse assunto. De certa forma,
sentia que era o único na igreja, que buscava a Presença de Deus
de maneira mais intensa. Não sabia o porquê era impelido para
esse caminho, mas com o tempo, fui entendendo os propósitos de
Deus e descobrindo que aquela direção, estava certa. Mesmo
assim, não foi fácil!
Quando falava ou pregava sobre esse assunto, havia pouco
interesse dos demais, até que o fruto da comunhão, foi resultando
em manifestações poderosas, como curas e sinais da Presença do
Espírito Santo. Por esta razão, que a fé é tão importante! Não se
preocupe se a sua fé for menor que a de um grão de mostarda,
porque à medida de fé que cada um possui, se desenvolve com o
tempo.
O meu nível de revelação cresceu na proporção que fui fluindo
naquilo que o Senhor me ensinava nas escrituras. O medo vinha em
certos momentos, os questionamentos surgiam em meu coração,
devido às doutrinas que havia recebido ao longo do tempo. Isso
tudo afetava a minha fé, mas pela graça de Deus, Ele fortalecia o
meu coração através das revelações de Sua Palavra.
Tinha o hábito de pesquisar, constantemente, sobre o Espírito
Santo na bíblia. Quando encontrava trechos ou passagens falando
sobre Ele, de como se movia e se relacionava com o Seu povo,
ficava maravilhado. Meditava nostextos bíblicos até que entrassem
no meu coração e a fé fosse liberada ao espírito. Fazendo assim,
sentia que o bloqueio e as falsas doutrinas, implantadas em minha
mente, iam sendo dissipadas.
As “escamas” caíam dos meus olhos espirituais e a falta do
crer de verdade, que causava confusão, saia do meu coração.
Porque a Escritura diz: “Todo aquele que n’Ele crer não será
confundido” (Romanos, 10:11).
À medida que isso ocorria, sentia que ficava mais fácil a
comunicação com o Espírito Santo. Minha fé foi crescendo e se
fortalecendo, a ponto de não ter mais dúvidas em meu coração
sobre esse assunto. Aquele medo de que, “talvez” estivesse
entrando em alguma heresia, saiu da minha mente e uma plena
convicção, fluía com poder, mostrando os resultados positivos da
minha transformação pessoal no caráter e no amor de Cristo.
 
Meditação contemplativa
 
“Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que
é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é
amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há
algum louvor, nisso pensai” (Filipenses, 4:8).
 
Um grande segredo da oração, é a meditação contemplativa.
Segundo os orientais, ela ocorre quando se esvazia a mente,
deixando-a livre e entrando em um estado alfa de concentração,
para conseguir atingir o nível de controle e liberdade.
Já para os cristãos, a meditação é totalmente o oposto,
porque “mente vazia é oficina do diabo”. Precisamos preencher
nossos pensamentos com a Palavra de Deus, colocando a nossa
mente nas coisas que são do alto, ocupando-a com tudo aquilo que
é puro, santo e honesto.
 
“Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo,
procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está
assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento
nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois, vocês
morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo
em Deus” (Colossenses, 3:1-3).
 
A meditação é um “quebra-cabeça” que vai se encaixando na
mente, alma e coração do filho de Deus, por meio da direção que o
próprio Senhor nos dá em Sua Palavra.
Essa meditação, quando feita em oração, engloba todo o
nosso ser, mente, sentimentos, imaginações e criatividade, de modo
que se alinhem a vontade de Deus.
Os orientais que usam a “IOGA”, tentam esvaziar suas
mentes, porém, nós os cristãos, procuramos enchê-la com a Palavra
e a Vontade de Deus.
A meditação cristã, não envolve um vazio, e sim, a plenitude
de Cristo. Meditamos com a finalidade de dar lugar, em nosso
coração, à Palavra de Deus, para que ela penetre, não apenas em
nossos pensamentos, mas em tudo o que envolve nosso ser, juntas
e medulas, alma e espírito, mente, vontades e emoções — Lugares
aonde fazemos nossas escolhas e decisões. Meditamos para
encontrar o discernimento da plena vontade de Cristo, acerca de
todos os nossos caminhos (Hebreus, 4:12).
A meditação contemplativa, ocorre quando visualizamos algo
na Palavra de Deus e colocamos uma demanda de sentimentos
sobre ela ou sobre outra coisa que se refira a Deus, contemplando
com a mente e intencionando com o coração. Isso vai gerar a
liberação para o interior da alma e o espírito começará a fluir na
dimensão daquilo que estamos visualizando.
Contemplar a Presença de Deus, foi uma das chaves
poderosas que me liberou o fluir da comunhão e da intimidade com
o Senhor. Passava tempo em silêncio, enchendo o meu coração
com o amor e a adoração pessoal, focalizando meus pensamentos
em Cristo e pedindo ao Espírito, que liberasse Seus rios de águas
vivas no meu íntimo. Para isso, ficava visualizando-me andando
com o Senhor em lugares lindos, sempre adorando em meu coração
e declarando o quanto eu O amava. Isso trouxe sensações de paz e
amor profundos no meu coração. A atmosfera da Presença do
Espírito Santo, ficava cada vez mais intensa.
Com o tempo, fui aprendendo a gerar esse ambiente de
comunhão, tanto dentro do meu ser, quanto ao meu redor. Com
isso, minha alma foi entrando em níveis de amor e transformações
profundas! A mesma necessidade que meu corpo tinha de se
alimentar, a minha alma também apresentava na fome e sede pelo
amor de Deus.
Quando a alma é tocada nesse nível de relacionamento com a
Presença de Deus, deve-se ter vigilância, pois, a pessoa fica em
êxtase interior, perdendo até mesmo, a vontade e o prazer por
qualquer coisa desse mundo. Nesse ponto, existe uma linha tênue,
porque a pessoa corre o risco de se perder, sem perceber.
 
Dedicação e esforço
 
“Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas,
nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde
quer que andares” (Josué, 1:9).
 
A acomodação, diferente do esforço, nos leva à entrega do
território, ou seja, a desistir facilmente, já o compromisso com a
causa de Cristo, nos protege de tropeços. A busca da intimidade
nos preserva da frieza espiritual e da acomodação da carne.
Um dos segredos para manter o nosso espírito cheio da graça
e da comunhão com o Espírito Santo, está em nunca se acomodar
com a carne, colocando em nosso coração, uma demanda de amor
e força diária, centralizando em nossos pensamentos, uma meta —
de vencer todos e quaisquer obstáculos que o homem exterior
possa oferecer, de modo a submetê-lo ao Senhorio do Espírito de
Deus.
Infelizmente, muitos ainda não conseguiram discernir a função
do seu espírito em relação à vida espiritual, de como colocar a alma
e as vontades naturais da carne em total submissão ao espírito, por
meio do Poder do Espírito Santo.
Devemos ter uma atitude diária de amar a Deus com todas as
nossas forças e tudo o que envolve as emoções; levando nossos
pensamentos cativos a Cristo, mantendo sempre a atenção e
motivação do nosso coração, voltados a Deus.
No decorrer dessa prática diária, haverá momentos que nem
sempre teremos aquele sentimento de gozo para entrar no lugar
secreto, na Presença de Deus, mas fique tranquilo, isso não
significa que algo está errado. Por isso, é importante entender que
somos limitados e que a intenção do Senhor é a de nos ensinar
formas diferentes para buscá-Lo.
Nos momentos que sinto dificuldade de entrar no lugar
secreto, aonde costumo passar horas em Sua Presença, meditando
e me edificando, oro pedindo graça e quebrantamento, a fim de ser
fortalecido, para que as barreiras externas e internas, sejam
derrubadas.
Quanto mais abertos e dedicados estivermos na comunhão
com o Espírito Santo, mais profundo iremos nas dimensões de
Deus, conhecendo segredos espirituais, que nos ajudarão a vencer.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 10: Três Armas Poderosas
U
 
Três Armas Poderosas
 
mas das armas espirituais e poderosas que o Senhor nos
deu, não apenas para combatermos as trevas ou fazermos
pedidos pessoais, mas principalmente, para nos relacionarmos com
Ele, é a oração, que está ligada a ação reverente do coração de ser
transformado a imagem de Cristo, de glória em glória.
Quando há um desejo constante por mais de Deus,
consequentemente, começamos a falar aquilo que foi meditado no
coração. Ao fazer isso, as portas do nosso espírito se abrem para
receber a transferência da imagem de Cristo e os propósitos de
Deus são revelados no nosso homem interior. Desta forma,
passamos a orar à vontade de Deus.
Sempre que fizermos da oração uma fonte de consolação e
amor ao Senhor Jesus, O teremos como um manancial de vida e
não como uma válvula de escape nos momentos de necessidade.
Se orarmos somente quando houver uma dificuldade e não
como uma fonte diária de alimento, essa oração, não passará de
palavras sem comunhão e relacionamento consciente com Deus.
Estaremos apenas usando o Seu Nome, com o objetivo fútil de
conquistar nossos próprios interesses.
Precisamos nos esforçar para fazer da oração um ponto de
contato com o nosso Deus e não um meio de obter benefícios
próprios. Embora, encontremos muitos benefícios, quando
descobrimos o real valor da intimidade com a Presença do Senhor.
Muitos cristãos, infelizmente, só oram de fato, quando estão
enfrentando uma tempestade em suasvidas, outros, quando
desejam avançar em direção aos seus próprios interesses.
Observando a vida de Jesus, notei que Ele sempre orava em
secreto, nos momentos que não haviam problemas. O
relacionamento d’Ele era contínuo com Deus, de maneira que, no
momento das tempestades, podia dormir tranquilo, sabendo que
tudo já estava feito.
 
“Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançavam
sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água.
Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um
travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram:
“Mestre, não te importas que morramos?” Ele se levantou,
repreendeu o vento e disse ao mar: “Aquiete-se! Acalme-
se!” O vento se aquietou, e fez-se completa bonança.
Então perguntou aos seus discípulos: “Por que vocês
estão com tanto medo? Ainda não têm fé?” Eles estavam
apavorados e perguntavam uns aos outros: “Quem é este
que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos, 4:37-
41).
 Devemos orar com alegria, para desfrutar da Presença do
Senhor, tendo com isso, um armazenamento de poder e realidade
de fé em Deus, para que nos momentos de adversidades,
possamos descansar, como Jesus fez no barco e não entrar em
desespero como os discípulos.
Note que Jesus não apenas se espantou ao ver que, mesmo
os discípulos andando com Ele, não tinham fé e, de certa forma,
cobrou isso deles, dizendo: “Porque estais assim com medo!? Ainda
não tendes fé? ” Por isso que muitos hoje ficam esperando que
Deus solucione seus problemas, quando na verdade, Ele já deu a
solução e os recursos necessários para vencermos em Cristo.
A oração e a comunhão com o Espírito Santo, são
interligadas, não há separação. É impossível termos uma verdadeira
comunhão com o Espírito do Senhor, sem nos dedicarmos em
oração.
Jesus nos ensinou a pedir ao Espírito Santo, afinal, não
podemos receber se não pedirmos como convém! “Pois, todo o que
pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta
será aberta. Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir um peixe, em
lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um
escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas
coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está no céu dará o
Espírito Santo a quem o pedir” (Lucas, 11:10-13).
Quão forte é essa palavra!
Devemos ser gratos ao Senhor Jesus por nos ensinar a pedir
ao Pai Celestial e ao Espírito Santo da forma correta. Temos que
pedir — Senhor, dá-me o Seu Espírito! Quanto mais crermos e
desejarmos ter intimidade com Deus, mais Ele fará com que
conheçamos o Seu Espírito. É impossível termos uma verdadeira
intimidade com Deus, sem que o Espírito Santo esteja operando em
nossas vidas.
Lembro-me das vezes que pedi ao Senhor para me encher
com a Sua Presença, afinal, o crescimento espiritual não é
ocasional, e sim, intencional. Precisamos nos dedicar a crescer no
espírito, através de uma vida de oração. Muitos são cheios do
Espírito Santo, mas não querem ter compromisso de oração.
Sem oração, não há comunhão; sem comunhão não há unção
e sem unção não há solução para os problemas existenciais da
vida.
Jejum
 
“Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto,
para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que
está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará”
(Mateus, 6:17-18).
 
O jejum é uma das armas mais poderosas que temos em
nossa jornada espiritual. Com o passar do tempo, fui descobrindo
sobre essa ferramenta e como usá-la com sabedoria.
No início da minha caminhada, era conduzido pelo Espírito
Santo a jejuar, porém, não tinha o entendimento profundo desse
assunto, mas minha obediência a Ele, foi liberando essa
compreensão espiritual.
Desejo que todos entendam esse assunto e coloquem uma
demanda de fé sobre isso, porque o jejum, de fato, ajuda a vencer
as obras da carne e os impedimentos espirituais, que, na maioria
das vezes, não percebemos. Além disso, ele traz quebrantamento
direto na alma e no coração. Os desejos e afeições quando são
purificados, passam a ser submissos ao espírito, entrando em uma
harmonia.
O quebrantamento é a porta que abre o caminho do coração,
dando acesso à Presença de Deus para o nosso espírito, e esse, é
o momento mais oportuno para que isso ocorra, porque é onde
ficamos mais sensíveis ao toque transformador do Espírito de Deus,
que libera o nosso espírito para fluir.
O espírito humano tem uma ligação direta com o nosso
coração, por isso, devemos ser quebrantados para que os sentidos
espirituais e naturais, sejam tangidos pelo Senhor (Salmos 51:17).
A prática do jejum, trabalha em diversos ambientes na vida do
ser humano, podendo liberar o espírito, quebrantando as vontades
carnais.
Quando temos fome, geralmente vem o alerta do estomago
dizendo ao cérebro que quer comer, expressando uma vontade e
consequentemente um desejo é despertado. A fome existe, a
vontade de comer é real, mas o desejo do que queremos naquele
instante, como aquela típica comida brasileira com arroz, feijão,
carne, ovo e batatas fritas, nem sempre será satisfeito. Não temos o
hábito de comer a mesma coisa todos os dias, a tendência natural
do ser-humano é de procurar algo diferente quando sente fome.
Acredite — o desejo específico que sentimos por determinado
alimento, está ligado diretamente à nossa alma e não ao nosso
estômago.
Quando jejuamos, deixamos de comer alimento sólido, no
entanto, esse processo não ocorre somente no corpo, mas também
na alma. Do mesmo lugar que provém o “desejo de comer” algo
específico, também vem o “desejo de pecar”. Isso ocorre, porque as
emoções, os sentimentos e os desejos do corpo, estão diretamente
ligados entre si.
Ao jejuar, santificamos os desejos carnais, liberando o domínio
próprio sobre os impulsos que levam a atos pecaminosos. À medida
que estabelecemos uma vida de jejum e oração, nossas vontades
vão sendo controladas e o Espírito Santo pode trabalhar com mais
liberdade no cristão, trazendo santidade em áreas que são
desordenadas nos filhos de Deus.
O Espírito Santo gera quebrantamento e disciplina no cristão,
trazendo luz e justiça a tudo o que pode nos afastar de Sua
comunhão. Sendo assim, o jejum nos ensina a colocar os impulsos
e desejos carnais sob o domínio do nosso espírito, alinhando-o a
obediência da Palavra de Deus. Como está escrito:
 
“Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à
verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-
vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pedro,
1:22).
 
A “Zoe” da Palavra
 
“O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se
aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida” (João,
6:63).
 
Outra arma poderosa é a Palavra viva e eficaz. É por meio
dela que o nosso nível de comunhão com o Senhor cresce e
passamos a compreender, com entendimento, os caminhos de
Deus. Descobrindo através de revelação, a Sua vontade para as
nossas vidas.
À medida que descobrimos o propósito de Deus e a nossa
vocação, também desenvolvemos no nosso interior, um nível de
comunhão e unção maior com Deus. Desta forma, andar na
Presença de Deus em justiça, é seguir a Sua Palavra.
Devemos permitir que a Palavra de Deus se torne carne em
nós. Talvez, tenha se questionado agora, de como seria possível
que a Palavra encarnasse? Bem..., Jesus Cristo é o Verbo Vivo e
Ele tornou-se carne, e habitou entre nós, cheio de graça e verdade
nessa Terra, e hoje, Ele vive dentro dos filhos de Deus por meio da
Palavra, produzindo vida e esperança (Colossenses, 1:27).
 
“Aquele que é a Palavra (o verbo) tornou-se carne e viveu
entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito
vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (João, 1:14).
 
A palavra “Zoe” em grego, significa vida. O autor do livro de
Hebreus, ensinou uma verdade sobre o poder da Palavra, dizendo:
“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que
espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do
espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os
pensamentos e intenções do coração” (Hebreus, 4:12).
Oprocesso de edificação espiritual é de suma importância
para que os filhos de Deus entendam a vida e o poder que há nas
escrituras, pois, são elas que falam a respeito de Cristo e nos
revelam a Sua natureza.
Meu nível de relacionamento com Deus, através da comunhão
com o Espírito Santo, só entrou em uma esfera de maturidade e
crescimento na autoridade, quando as escrituras passaram a fazer
parte de mim. Meditei nela, não somente como uma revelação ou
palavra “Rhema”, mas passei a buscar a vontade de Deus para a
minha vida e não apenas para o que eu precisava.
A “Zoe” da Palavra, está em entendermos que não podemos
viver sem ela, pois, Cristo é o próprio Verbo!
Quanto mais permitirmos a transformação por meio de Sua
Palavra, guardando-A com a vida, tendo-A como total verdade e de
que não podemos viver sem as escrituras — a “Zoe” vai sendo
liberada, ou seja, a vida de Deus — A comunhão do Espírito será
cada vez mais poderosa e concreta em todas as áreas de nosso ser.
A obediência e o amor às escrituras, são uma das formas
mais dinâmicas de nos relacionarmos com Deus, é uma maneira
poderosa de Cristo permanecer em nós.
 
“Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras
permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes
será concedido” (João, 15:7).
 
A palavra permanecer em grego é “meno” e significa
literalmente ‘permanecer o mesmo’, não se tornar outro ou diferente.
A única forma de termos um relacionamento nesse nível com Cristo,
permanecendo o mesmo, é apenas com a Sua Palavra fazendo
parte de nosso ser.
O Espírito Santo me conduzia a meditar constantemente em
Sua Palavra. Ele me abria o entendimento, revelando os
significados das palavras que saltavam da bíblia, trazendo luz aos
meus caminhos. Isso edificava o meu espírito, construindo bases
sólidas e não emotivas ou transitórias.
Quando, abrimo-nos para buscar essa intimidade com o
Espírito Santo, sentimos o Seu amor e paixão. Nossas emoções são
tocadas, ficamos sensíveis a Sua voz. A Presença de Deus fica
íntima e calorosa, pois, o Espírito Santo corresponde nossos afetos
por Ele, mas, não podemos confundir esses sentimentos, como se
já estivéssemos preparados e maduros na comunhão.
Um relacionamento com Deus, só será sólido se estivermos
fundamentados e alicerçados na revelação da Palavra de Deus,
caso contrário, podem ocorrer heresias, iludir-se com falsas
atmosferas geradas nas emoções, levando a pessoa a andar por
caminhos que não estão baseados na Palavra da verdade.
Utilize dessas três armas poderosas, seja ativo na oração, no
jejum e na leitura da Palavra. Fazendo assim, Cristo será manifesto
em seu ser e o Espírito Santo terá mais liberdade para operar em
sua vida, e aquelas áreas mais difíceis de serem tratadas,
começarão a passar pelo grifo da Palavra de Deus.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 11: Mantendo o Equilíbrio Espíritual
 
Mantendo o Equilíbrio
E
Espiritual
 
ste capítulo é importante para a nossa caminhada, pois, o
equilíbrio espiritual é a base que garante uma vida plena
com Deus, principalmente na vida daqueles que estão iniciando
nesta jornada.
Existem cristãos, que já começaram a sua caminhada a anos
e não chegaram a maturidade de administrar a sua espiritualidade,
se tornando fanáticos. Há outros, que se tornam exagerados em
suas formas de expressão. O equilíbrio, fala do saber ponderar as
coisas com a devida sabedoria.
Podemos receber revelações, visões celestiais e não ter a
sabedoria para aplicar em nossas vidas ou na vida de outros. É
necessário entender que as experiências com o sobrenatural, não
nos torna espiritual.
Uma pessoa pode ter muito de Deus e ser um cristão carnal
— como assim? Vamos analisar alguns textos bíblicos e definir
melhor sobre o que é ser espiritual e o que é ter equilíbrio na nossa
conduta.
Observe o paralelo entre esses dois textos de 1 Coríntios:
“Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em
todo o conhecimento (Como o testemunho de Cristo foi mesmo
confirmado entre vós). De maneira que nenhum dom vos falta,
esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1
Coríntios, 1:5-7); “E eu, irmãos, não vos pude falar como a
espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com
https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/1/5-7+
leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem
tampouco ainda agora podeis, porque ainda sois carnais; pois,
havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois
porventura carnais, e não andais segundo os homens? ” (1
Coríntios, 3:1-3). Nota-se, que Paulo está falando à mesma igreja,
porém, em dois momentos diferentes. Podemos observar, neste
contexto, que existe uma extrema diferença entre ser espiritual e ter
dons e revelações.
O apóstolo Paulo enfatizou em sua carta, que a igreja de
Corinto tinha todos os dons do Espírito e era enriquecida nos
mistérios espirituais, entretanto, no capítulo três, encontramos outra
realidade, mostrando que aquele povo, embora tivesse todos os
dons, era carnal!
Eles não tinham sabedoria de Deus para discernir entre as
obras da carne e o fruto do Espírito, por serem movidos por seus
sentidos naturais e não pelo o Espírito Santo. “Digo, porém: andai
em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gálatas,
5:16).
Ter dons, visões ou revelações, não significa ser espiritual,
pelo contrário, muitos se tornam ainda mais carnais por andar
naquilo que bem lhe parecem, seguindo suas próprias vontades. Já
há alguns, que são de fato, espirituais, mas não tem equilíbrio.
Conheci muitos cristãos que tinham santidade, dons e
revelações, mas observava que a falta de maturidade e equilíbrio
espiritual, os levavam a operar com princípios errados, e isso,
infelizmente, trazia consequências sérias em suas vidas, como as
frustrações, que causavam distrações, levando-os a cometer erros,
prejudicando suas próprias vidas, ministério e igreja.
https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/3/1-3+
https://www.bibliaonline.com.br/acf/gl/5/16+
Certa vez, recebi uma palavra profética do meu sogro, aos
dezoito anos. Estávamos subindo o monte, no lugar que
costumávamos ir para orar, na subida, ele me disse:
— Robson, Deus manda dizer que você terá muita educação e
discernimento espiritual para ensinar as pessoas sobre os caminhos
de Deus; serás um educador espiritual!
Sempre fui conduzido pelo Espírito Santo a buscar
conhecimento e disciplina em tudo o que Ele me entregava, não
entendia no início, porque o Senhor me tratava daquela forma!
Recebia unções tremendas, porém, Deus não me permitia usar
como bem entendesse. Era treinado a discernir de forma correta e a
liberar os dons, e a unção que tinha sobre mim.
Tudo o que recebemos de Deus, se não estiver debaixo do
governo do Espírito Santo, não será efetivo para levar a verdadeira
transformação ao povo de Deus.
 
“Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me
de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso
Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu
conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação”
(Efésios, 1:16-17).
 
O apóstolo Paulo fez essa primeira oração em sua epístola
aos Efésios, pedindo a Deus, que aquele povo, recebesse o espírito
de sabedoria e revelação. Temos que buscar a sabedoria espiritual
e não somente o poder ou as revelações, precisamos,
primeiramente, pedir ao Senhor sabedoria, como fez Salomão. A
unção pode até abrir caminhos e certas portas, mas somente a
sabedoria e o equilíbrio, podem nos garantir o mantimento daquilo
que recebemos.
https://www.bibliaonline.com.br/acf/ef/1/16,17+
Somos seres espirituais com um corpo carnal e não espíritos
sem matéria! Portanto, nossa espiritualidade tem que ser
demonstrada pelos frutos de sabedoria que adquirimos ao longo da
jornada com Cristo e não pela unção ou dons que carregamos do
Espírito Santo — Nunca tente provar a ninguém sua capacidade
espiritual ou chamado, através do poder, mas sim, de uma conduta
em obediência ao Senhor. Fazendo assim, Ele testificará da Sua
Presença e autoridadeem nossas vidas.
Quem tem, verdadeiramente, Deus no seu coração, não
precisa provar por meio de manifestações ou ações, como era
costume dos Publicanos e Fariseus, porque vive na simplicidade,
vencendo a vanglória e a ostentação da carne.
 
Como entrar na comunhão
 
“Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Eu
asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como
crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” (Mateus, 18:2-3).
Ser como criança, é manter o coração longe da malícia, que é
o princípio na Presença de Deus. Temos que ter um coração voltado
à pureza, misturado com a sinceridade de quem busca conhecer ao
Senhor, aproximando-se do Pai Celestial como filhos do Seu amor,
entregando-se nos Seus braços, amando a Sua Presença mais do
que tudo nesse mundo!
 
“Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos
vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito
Santo àqueles que lho pedirem” (Lucas, 11:13).
 
Infelizmente, muitas pessoas aprenderam a se aproximar de
alguém, pelo que este pode lhe oferecer, ou seja, presentes que
encantam suas vistas. Relacionando-se pelo interesse e não pelo
prazer da Presença. O Espírito Santo quer nos ensinar a ser como
crianças, que se relacionam com Deus por amor a Sua Presença e
não pelo que Ele pode nos dar!
 
A Importância do coração
 
“E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o
Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai”. (Gálatas, 4:6).
 
Manter o coração aberto e quebrantado, é a maior chave para
o avivamento pessoal na Presença de Deus.
O Espírito Santo reside em nosso coração, por isso, deve
haver uma atenção maior a tudo o que se passa com ele. Devemos
manter uma postura de quebrantamento diário, pedindo ao Senhor
que purifique nossos sentimentos e trate nossas emoções. Isso é
crucial para que o nosso coração não se desvie e nem se afaste dos
desígnios de Deus.
 
“Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado,
e salva os contritos de espírito” (Salmos, 34:18).
 
A Palavra do Senhor nos ensina muito acerca da importância
de um coração voltado a Ele: “Mas aquele que nos confirma
convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus, o qual, também nos selou
e nos deu como penhor o Espírito em nossos corações” (2 Coríntios,
1:21).
O coração é o cofre aonde Deus guarda o Seu Espírito. “E a
esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está
derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi
dado” (Romanos, 5:5).
 
Aumentando a comunhão através do quebrantamento
 
“Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de
vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de
vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos, 2:38).
 
Quando nos arrependemos, somos quebrantados no nosso
coração pelo Espírito Santo e Ele só permanece no lugar que não é
mais voltado para a carne e nem dado ao pecado, e isso só é
possível, mediante uma sujeição ao Senhor. Desta forma, a obra do
quebrantamento se torna mais poderosa, quando influencia
diretamente a carne, trazendo mortificação para os sentidos e
desejos pecaminosos. Liberando o nosso espírito para fluir como
rios de águas vivas.
As disciplinas também são necessárias, porque trazem
quebrantamento, nos conduzindo a um amadurecimento no
entendimento espiritual, de como viver para Deus.
O rei Davi sabia da importância do quebrantamento, por isso,
escreveu: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito
quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não
desprezarás” (Salmos, 51:17). Para Deus, não há nada melhor que
um coração quebrantado, porque somente assim, Ele terá liberdade
para trabalhar em nós, por meio do Espírito Santo.
 
Prazer e deleite pela Presença
 
“Pois no íntimo da minha alma tenho prazer na Lei de Deus”
(Romanos, 7:22).
 
Como pessoas, sabemos da importância do relacionamento e
também da intimidade, que só vem mediante a pessoalidade. Neste
nível mais íntimo, começamos a nos deleitar, sentindo prazer na
presença do outro. Isso não é diferente do nosso relacionamento
com Deus e o Seu Espírito. Sendo assim, o prazer na Lei de Deus
só nasce, quando somos obedientes e persistentes na busca por
Ele.
 A persistência o conduzirá a esse lugar de deleite, mantenha-
se firme, mesmo que no início não sinta sinceridade de estar ali,
tenha calma, todos passamos por isso! Seja dedicado na busca da
Presença de Deus, pois, os rios inundarão o seu coração de paixão
e amor pelo Senhor (Salmos, 27:4-8).
“Como a corça anseia pelas correntes das águas, assim a
minha alma anseia por ti, ó Deus! A minha alma tem sede
de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de
Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia
e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde
está o teu Deus? ” (Salmos, 42:1-3).
 
Momentos de aperfeiçoamento
 
“Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser
tentado pelo diabo” (Mateus, 4:1).
Para cada fase ou etapa da vida, Deus trabalha de uma forma
diferente, de modo a nos aperfeiçoar na comunhão com o Espírito e
uma dessas fases, é nos conduzindo, pelo Espírito Santo, ao
deserto, que é um lugar espiritual, cheio de circunstâncias externas.
O Senhor nos conduz a esse lugar, com a finalidade de nos
dar amadurecimento. Esse é um processo, muitas vezes, doloroso,
pois, nos retira da inércia, nos desenvolvendo como guerreiros,
preparados para a missão que Ele estabeleceu para nós, antes da
fundação do mundo!
Deserto são lugares áridos aonde nos tornamos sedentos
pelas águas da Presença do Espírito Santo, aonde a nossa fome é
intensificada por Deus. A solidão da escuridão nesses lugares,
tendem a ficar mais intensas, porque junto a elas surgem os “sons
dos animais famintos”, procurando uma presa para devorar. É lá,
que somos levados para mais perto das Asas do Altíssimo, debaixo
da sombra do Onipotente, chegando mais pertos dos braços do Pai.
Nesse processo, temos que ficar vigilantes, pois, é
exatamente aí, que Satanás vem, enviando suas “miragens”,
tentando nos seduzir para fora do processo de amadurecimento, a
fim de nos desviar do curso e da direção correta. Tentando nos
confundir, para sair de lá o mais rápido possível, enquanto que, na
verdade, tudo o que ele está fazendo é contestar, opondo-se à
sabedoria de Deus.
As “boas intenções” do diabo, de nos retirar do deserto, são
planos de destruição e desvio de Deus. Cuidado!
Existem, no entanto, os desertos que entramos por conta
própria, por causa da desobediência à vontade do Senhor. Quando
relutamos em seguir a sabedoria de Deus, esses desertos, nos
afastam da dependência do Espírito Santo, nos fazendo buscar
aquilo que achamos melhor; diferente do deserto que somos
conduzidos pelo Espírito, do qual temos a garantia de sair vivos e
fortalecidos no Poder de Deus.
O que temos que aprender com isso, é que a maturidade só
vem com o tempo, é necessário ter paciência, para que não
venhamos sair do caminho que desejamos alcançar, mesmo
falhando ou cometendo erros, isso faz parte do nosso progresso.
Os momentos de aperfeiçoamento que o Senhor nos leva,
podem vir na forma de uma estação espiritual e são lugares de
crescimento na justiça e na sabedoria do alto. Esses momentos,
podem causar certos incômodos internos, pois, irá mexer em áreas
que já foram tratadas antes, mas que agora, precisam ser
fortalecidas para o desenvolvimento na justiça e na santidade.
A essência por trás desses momentos de aperfeiçoamento, é
uma experiência que adquirimos para um nível maior de
relacionamento com Deus. É exatamente aqui, neste ponto, que
aprendemos que jamais teríamos a capacidade, em nós mesmos,
para cumprir o chamado e os propósitos de Deus, sem a real
obediência ao Senhor e a Sua Palavra.
Deste ponto em diante, a nossa submissão entra em uma
nova esfera, pois, ocorre um processo de amadurecimento que nos
leva ao novo nível de glória, aonde o coração de um verdadeiro filho
de Deus, é formado.
 
“Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio
daquilo que sofreu; e, uma vez aperfeiçoado, tornou-sea
fonte de eterna salvação para todos os que lhe obedecem”
(Hebreus, 5:8).
Por esta razão que é tão importante os processos conduzidos
pelo Espírito Santo, pois, são nesses momentos que somos
aperfeiçoados.
Se você está passando por um deserto, confie no Senhor e
seja revestido de poder e autoridade.
 
S
 
Capítulo 12: Realidade e Consciência da Pessoa do Espírito Santo
 
Realidade e Consciência
Da Pessoa do Espírito Santo
 
 
e tem alguém, que era bem consciente do Espírito Santo,
esse era Jesus! A Sua vida e caminhada, expressam a todo
o momento essa consciência e realidade de que Ele vivia na
companhia do Espírito Santo.
Todo o ministério de Jesus, desde o Seu nascimento, até a
Sua ascensão — foi completamente interligado com o Espírito Santo
— A primeira coisa que Ele fez, após assentar no trono, à destra do
Deus Vivo, foi enviar o Espírito Santo aos Seus, na Terra.
Analise os fatos de como Jesus era dependente do Espírito
Santo em toda a Sua trajetória terrena: podemos começar pelo
ventre de Maria, que foi concebida pelo Espírito Santo (Lucas, 1:35).
Temos também Isabel, que ao ouvir a saudação de Maria, João
Batista saltou de alegria em seu ventre e a mesma foi cheia do
Espírito, e da unção, profetizando acerca de Cristo, declarando que
“Bendito era o fruto no ventre de Maria” (Lucas, 1:41-25). João
Batista, anos depois, anunciou o ministério do Messias, como
aquele que batizaria com o Espírito Santo e com Fogo (Mateus, 3:11
e Atos, 1:4-5). Vemos também nos registros bíblicos, Jesus
recebendo a Plenitude do Espírito Santo, ao ser batizado nas águas
(Mateus, 3:16; Marcos, 1:10; João, 1:32 e João, 3:34).
Jesus disse que o Espírito Santo habitaria dentro dos
discípulos (João, 14:17) e naquele momento, Ele estava fazendo a
declaração mais maravilhosa que qualquer judeu poderia fazer.
Professando que — pela primeira vez, desde a queda de Adão, o
Espírito de Deus habitaria novamente no coração do homem, de
forma permanente!
Precisamos entender que Jesus é o modelo Perfeito para tudo
na nossa existência terrena. Ele foi movido pelo Espírito a vida
inteira e antes de iniciar Seu ministério, o próprio Espírito Santo O
treinou na batalha espiritual, fortalecendo-O no deserto e forjando-O
para o sucesso. Esse mesmo processo, ocorre na vida de todo o
cristão que é nascido de novo (Romanos, 8:14).
 
“E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi
levado pelo Espírito ao deserto. E quarenta dias foi
tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa
alguma, e terminados eles, teve fome” (Lucas, 4:1-2).
 
Recebi, com o tempo de envolvimento na Presença de Deus,
uma nova consciência espiritual, que me dava acesso à realidade
da Pessoa do Espírito Santo, do poder e da autoridade nas
escrituras sagradas. Entretendo, no início da minha caminhada,
quando procurava aceitá-Lo no meu coração como Pessoa, Ele não
era tão real quanto hoje!
Essa consciência, não é algo que simplesmente cremos, ela é
gerada dentro de nós e vem somente por uma edificação ao longo
do tempo, na busca a sós com Deus, no nosso espírito, ou seja, é
algo que só o próprio Senhor pode despertar.
A capacidade de ter acesso à realidade do Espírito Santo em
nosso coração, mente e espírito, vem, à medida que caminhamos
em santidade com Deus, através de uma vida de oração, jejum e
meditação na palavra. Se procedermos assim, o próprio Deus dará
essa consciência, que ficará cada vez mais forte e real dentro de
nós. Seremos, então, edificados de tal maneira, que a nossa
proximidade com Deus será íntima e constante.
A busca pela Presença de Deus ainda é confundida por
muitos com as manifestações de poder e sensações momentâneas.
O Espírito Santo, no que lhe concerne, é Quem revela a
Presença. Sendo assim, se não buscarmos compreender a Pessoa
d’Ele, jamais teremos comunhão íntima com a Presença do nosso
Pai Celestial e consciência ativa do Espírito Santo. Por isso, que a
jornada rumo ao Seu conhecimento, está em colocar nossa
confiança em Deus.
Aprendi que: “Não cremos porque entendemos, mas
entendemos por isso cremos”, e esse entendimento que recebemos,
só vem da “mente renovada” pelas experiências de um
relacionamento vivo com o Senhor.
A expressão mais completa da natureza e da Presença de
Deus, é aumentada de maneira exponencial, simplesmente porque
mantemos uma posição de confiança no quanto Deus deseja que
conheçamos a Sua Presença, por meio do Espírito Santo.
Devemos compreender como o nosso Deus É — um Pai
amoroso, que se relaciona com os Seus filhos. O resultado natural
da nossa confiança n’Ele, é a porta de um relacionamento real e
tangível com a Sua Glória. Aquele a quem confiamos, acima de
nossa existência, deve ser reconhecido em todo aspecto e parte
vital de nosso ser, voltando ao conhecimento do que Adão tinha no
jardim do Éden.
A liderança da igreja primitiva e os primeiros cristãos, eram
conscientes do Espírito Santo, pois, dependiam d’Ele para tomar
decisões e qualquer direção para obra do Senhor. A familiarização
deles com a Sua personalidade era incrível! Podemos ver isso na
ocasião em que precisaram de orientações doutrinárias, para instruir
os primeiros cristãos gentios (Atos, 15:28). Portanto, a sabedoria
que eles tinham no Espírito, era a garantia de que qualquer decisão
tomada, não se oporia aos fundamentos do Evangelho.
Suas decisões não eram tomadas de forma intelectual ou
baseadas em suas experiências, pelo contrário, eles reconheciam a
necessidade de primeiro consultar a Deus, para depois, tomar
alguma decisão.
Se usássemos a fé para descobrir a Presença de Deus, assim
como temos usado para alcançar vitórias terrenas, nossa vida seria
uma fonte inesgotável de testemunhos!
O ponto central está em usar a fé para descobrir o quanto o
Espírito Santo é real e deseja manter, de forma permanente, a
Presença de Deus em nós. Ele nunca nos desapontará; e a
consequência impressionante dessa atitude, será aprender a viver
com as questões da vida. Jesus fez isso perfeitamente, e em tudo,
foi vitorioso!
O Senhor deseja que tenhamos um arrependimento
significativo, a ponto de transformar nossa mentalidade, de como
pensamos e enxergamos as coisas, para que sejamos capazes de
nos aproximar, cada vez mais, d’Ele. Desta forma, a nossa
perspectiva em relação à vitória conquistada na cruz, sobre o
pecado, muda! Somente assim, reconheceremos, com um profundo
quebrantamento, todo o orgulho religioso que nos impede de ter
livre acesso à Presença de Deus.
 
“Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os
seus pecados sejam cancelados, para que venham
tempos de descanso da parte do Senhor” (Atos, 3:19-20).
 
Quando decidimos trilhar esse caminho, em busca da
consciência vivificada pelo Poder de Deus, toda a esfera de pecado
e morte que tenta cercar nossas vidas, é destruído.
Ao nos aproximarmos de Deus, para encontrar comunhão com
o Espírito Santo, somos constrangidos ao profundo arrependimento
e mudança de vida. “Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com
um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações
aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo
os nossos corpos lavados com água pura” (Hebreus, 10:22).
 À medida que a Presença de Deus se torna real em nossos
corações e consciência, a mente começa a ser transformada. O
nosso comportamento, caráter, personalidade e tomadas de
decisões, entram no fluxo de santificação e submissão ao governo
do Espírito.
Lembro-me quando o Espírito Santo tinha manifestado Sua
Presença Santa em minha vida, toda forma errônea que eu
conduzia meus próprios caminhos, começaram a ser endireitados.
Minhas atitudes, que não expressavam o amor de Cristo, foram
sendo demolidas pelo amor de Deus, que me constrangia.
Somente após começar a buscar a Sua Presença, que as
escrituras tornaram-se vivas e reais para mim. Meu caráter e
comportamento foram santificados e disciplinados pelo Espírito
Santo, e a consciência de Sua Presença, foi ficando cada vez mais
ativa em meu ser.
 
O Poder traz em parte — A realidade deDeus
 
“Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será
aniquilado” (1 Coríntios, 13:9-10).
 
Houve uma fase em minha vida, que recebi uma poderosa
unção, era tão forte, que sentia como se o meu corpo estivesse com
intensas chamas de fogo. Elas jorravam como água fervente, e às
vezes, parecia azeite grosso e quente. Aquela sensação era
constante, do momento em que acordava, até a hora de dormir.
Houve dias, que pude senti-la descer sobre o meu rosto, como
larvas de fogo! Como se minha pele estivesse sendo arrancada —
uma sensação santa, porém, muito violenta!
Nessa época, pedi ao Senhor que amenizasse aquele fogo da
unção, não suportava a intensidade dele, afinal, minha pele ficava
avermelhada.
Mesmo recebendo muito da parte de Deus, com aquela
unção, ainda assim, as batalhas em minha mente não cessavam.
Elas militavam contra a Lei do Espírito de vida, dentro de mim. A
luta interna que travava, parecia um bloqueio, que não me permitia
ter uma plena consciência da Pessoa do Espírito Santo e nem do
poder pertinente a Palavra de Deus. Isso ocorria, devido às
estruturas de iniquidades que iam sendo arrancadas de mim.
 A unção era tangível, mas na minha consciência, não havia
sido criada ainda, uma realidade maior da Presença de Deus, em
temor e justiça. Por esta razão, não conseguia discernir certas
situações. Desta forma, me sentia mais tentado e impulsionado
pelas trevas, do que pela unção.
Mediante tal situação, comecei a buscar em jejum e oração, a
compreensão do porquê me sentia longe de Deus, mesmo debaixo
de uma unção tão poderosa! À medida que buscava, recebia
respostas e sentia minha consciência sendo tratada pelo Senhor.
As barreiras geracionais das iniquidades, eram derrubadas e
quanto mais isso ocorria, mais do amor e da proteção do Senhor eu
sentia, por causa daquela unção, que era derramada para me
proteger dos ataques das trevas. Foi através dessa experiência, que
tive o entendimento de um princípio importante! A unção que estava
sobre mim, atuava como um manto de proteção do Poder de Deus e
não necessariamente, da Pessoa do Espírito Santo.
A unção quebra o julgo do pecado que tenta nos prender a
alguma injustiça, contudo, ela não pode libertar uma pessoa de uma
só vez, porque vai crescendo e ficando mais poderosa em nossas
vidas e à medida que isso ocorre, produz mudanças e somos
edificados no conhecimento de Cristo e na Sua Palavra.
À proporção que lutava contra as forças das trevas e das
obras da carne, buscando a Presença de Deus, fui notando as
mudanças e a realidade da comunhão com o Espírito Santo, que
começou a aumentar dentro de mim. As trevas ocultas no meu
coração e na minha alma, foram sendo expostas à luz. Diante disso,
fui aceitando o quebrantamento que Deus trazia em meu coração,
andando em seus caminhos — o nível de realidade de quem o
Senhor É, foi sendo liberado no mais íntimo do meu ser.
 
“Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me tu
dos que me são ocultos. Também da soberba guarda o teu
servo, para que se não assenhoreie de mim; então, serei
sincero e ficarei limpo de grande transgressão. Sejam
agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do
meu coração perante a tua face, Senhor, rocha minha e
libertador meu! ” (Salmos, 19:12-14).
No livro do profeta Isaías, encontramos uma passagem de
transformação, que ocorreu de forma significativa em sua vida, após
ter sido usado grandemente em profecias. Houve um tempo, que
Deus decidiu mostrar a Sua glória ao profeta, causando mudanças
extremas em seu ministério, levando-o a um nível de realidade
sobre o Reino do Messias e da vinda do Senhor. Com isso, suas
profecias passaram a ser mais profundas, pois, traziam a verdade
de forma poderosa, sobre o Messias.
 
“Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua
mão uma brasa viva, que tirara do altar com um tenaz; E
com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto
tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e
expiado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor,
que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós?
Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim ” (Isaías,
6:6-8).
 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/is/6/6-8+
Quanto mais transformados somos pela Presença de Deus,
mais de Sua glória vai sendo liberada em nosso interior, alcançando
nosso espírito, alma e coração.
Fomos criados a imagem e semelhança de Deus, portanto,
compartilhamos dos mesmos atributos divinos que Ele e por isso
podemos nos relacionar. Tudo isso seria impossível sem o Espírito
Santo dentro da nossa consciência. Ele veio habitar dentro de nós,
liberando o espírito humano, e simultaneamente, interagindo com a
mente, produzindo desta forma, a regeneração na consciência,
purificando-a para receber a revelação de Cristo Jesus. “E vos
renoveis no espírito do vosso entendimento” (Efésios, 4:23).
O Espírito de Deus está sempre compartilhando conosco das
mesmas características da personalidade, do caráter e da justiça de
Cristo. No entanto, isso não ocorre como se fosse um implante
imediato, pelo contrário, Ele vai trabalhando essa verdade, nos
ajudando a entendê-Lo e a conhecê-Lo, até sermos capazes de
interagir com a Sua Pessoa, desfrutando de Sua companhia, não
apenas no nosso espírito, mas com uma consciência transformada e
edificada.
 
https://www.bibliaonline.com.br/acf/is/6/6-8+
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parte 3: Entrando em Níveis Mais Profundos
 PARTE 3
 
ENTRANDO EM NÍVEIS
MAIS PROFUNDOS
 
 
“[...] As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não
subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os
que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o
Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus.
Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o
espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as
coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos
o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que
pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. ”
 
1 Coríntios, 2:9-12.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 13: o Espírito dá Testemunho e Glorifica a Cristo
N
 O Espírito dá Testemunho
E Glorifica a Cristo
 
 
esta terceira e última parte, veremos mais sobre o Espírito
de Cristo, que nos foi dado para o conhecimento pleno de
tudo aquilo que o Pai nos preparou. É Ele que glorifica a Cristo, e é
através d’Ele, que Jesus de Nazaré nos é revelado. Sendo assim, o
Espírito é o único meio que temos de conhecer a Cristo.
O Espírito Santo revela quem é Jesus, dando testemunho
d’Ele e glorificando o Seu Nome, por isso, Ele é o único que nos dá
acesso às profundezas de Cristo. É impossível pular processos, não
podemos manipular ou mudar o que Deus estabeleceu. Se
quisermos mais de Jesus em nossas vidas, devemos andar em
comunhão com o Espírito Santo.
Ao observarmos a Palavra de Deus, veremos que em todo o
tempo, o Espírito Santo se move edificando a igreja, na fé, em
Jesus. Por esse motivo, que Ele também é chamado de “Espírito de
Cristo” (1 Pedro, 1:11 e Romanos, 8: 9).
 
“Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o
podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade
vier, Ele os guiará a toda a verdade. Não falará de Si
mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que
está por vir. Ele – o Espírito Santo – Me glorificará, porque
receberá do que é Meu e o tornará conhecido a vocês.
Tudo o que pertence ao Pai é Meu. Por isso Eu disse que
o Espírito receberá do que é Meu e o tornará conhecido a
vocês” (João, 16:12-15).
Sem o Espírito Santo, a obra da cruz é vazia, sem vida e
poder! Porque é Ele Quem vivifica todo o trabalho de Cristo na
Terra.
Quando o Espírito Santo fala conosco, Ele está representando
o próprio Senhor Jesus e não um “poder”, que faz apenas uma
pequena parte no Reino de Deus. O Espírito Santo, é a essência de
Cristo no mundo.
A manifestação de Sua Presençanão será encontrada aonde
Ele é tolerado, mas sim, aonde Ele é honrado. Portanto, se
recusarmos honrar o Espírito Santo, consequentemente, a Presença
e o Poder de Cristo, estarão ausentes de nossas vidas.
Provavelmente, deve ser esse o motivo que o mundo — o
maior alvo que Deus deseja alcançar com o Poder transformador de
Cristo — muitas vezes, enxerga a igreja sem expressão genuína de
vida e poder. São bons para falar que Deus é poderoso, mas
péssimos para demonstrar na prática, devido à ausência da
realidade do Poder do Espírito Santo.
Quando decidirmos receber o Espírito Santo como Senhor,
honrando-O, sentiremos mudanças tangíveis e visíveis que Sua
Presença trará em nosso interior, porque a realidade de Cristo,
manifesta por meio da Presença do Seu Espírito, mudando o
ambiente dentro do íntimo do coração humano e o verdadeiro amor
a Cristo, começa a fluir, como fontes de águas.
Tudo que o Espírito Santo manifesta é para glorificar a obra de
Jesus, mostrando ao mundo Sua verdade e atributos.
Na época que estava desfrutando de uma intensa comunhão
com a Presença do Espírito Santo, lembro-me de estar em meu
quarto orando e conversando com Ele, de repente, fui interrompido
— O Espírito Santo me conduziu em adoração ao Senhor Jesus e
ao Pai Celestial — Quando saí daquele precioso momento, fui
conduzido pelo Espírito às escrituras. Ele me mostrava que Sua
maior alegria estava em glorificar o Nome de Jesus através de
nossas vidas. Dali em diante, minha mente espiritual passou a ser
edificada para dar a devida adoração ao Espírito Santo, ao Senhor
Jesus Cristo e ao Pai Celestial, nas ocasiões oportunas e com as
medidas certas.
Não podemos ter medo de adorar ao Espírito Santo, não há
nada de errado nisso! Ele é o próprio Espírito do nosso Deus. Creio
que uma das melhores formas de honrá-Lo é através da nossa
obediência à Sua Palavra, de modo a andarmos nos padrões do
Reino de Deus, em santidade, Louvando-O por meio de uma
verdadeira submissão e reverência em Sua Presença.
Existe um erro que vem ocorrendo na igreja atual, tanto com
os novos pregadores “cheios de poder”, como com aqueles que são
sinceros, em seu coração por mais de Deus, aonde muitos deles
não estão buscando ao Senhor com os fundamentos corretos, mas,
estão invertendo os valores e caindo em heresias, e formas
enganosas na sua expressão ao Espírito Santo. Substituindo a
unção e os princípios da Palavra de Deus, por sensações naturais.
Essa falta de fundamento correto, tem levado muitos ao
engano, de pensar que o fato de estarem sentindo e vendo as
manifestações em seus ministérios, os tornam aptos e detentores de
todo o conhecimento da verdade; onde tudo o que ensinam é
correto, ao passo que, na verdade, é o oposto!
Grandes avivamentos acabaram, justamente por substituírem
a sã doutrina da Palavra de Deus e Sua direção, pelo que estavam
recebendo de visitação da parte do céu. Infelizmente, muitos
caíram, drasticamente, porque não caminharam na luz do
evangelho, como ensina a Palavra de Deus: “Lâmpada para os
meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmos,
119:105).
O Lugar de primazia, sempre será de Cristo Jesus! O Espírito
Santo está aqui para ser nosso amigo e glorificar a obra de Cristo.
Por isso, não podemos exaltar apenas o Espírito, porque Ele mesmo
irá se entristecer com isso e retirar-se. A prioridade foi e sempre
será Cristo, Ele é o centro de todas as coisas.
 
“Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará
a toda a verdade; [...] Ele me glorificará, porque há de
receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João,
16:13-14).
 
Não podemos esquecer de que a primeira coisa que Cristo
fez, ao sentar-se à direita do Trono de Deus, foi enviar o Espírito
Santo com a missão específica de dar continuidade a Sua obra de
redenção à humanidade.
Encontramos nos escritos dos apóstolos, na Palavra de Deus,
a menção ‘Espírito de Cristo’: “Investigando, atentamente, qual a
ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo
Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho
sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os
seguiriam” (1 Pedro, 1:11).
Como já vimos, o Espírito Santo tem diversos títulos para
enfatizar suas múltiplas obras, funções e formas de manifestação, e
ser o Espírito de Cristo, é uma delas!
O termo em hebraico para Espírito Santo é “Ruach
HaKodesh”, O Espírito Santo de “YHWH”. É importante
entendermos que os profetas que falaram a respeito da vinda do
Messias, no antigo testamento, foram reconhecidos no novo como
— aqueles que possuíam o Espírito de Cristo. Sendo assim, da
mesma forma que o Espírito Santo é chamado, no antigo
testamento, de Espírito de “YHWH”, no novo, Ele é chamado de
Espírito de Cristo.
Encontramos uma grande verdade nessa passagem de 1
Pedro, capítulo 1, verso 11, mostrando claramente a divindade de
Cristo Jesus, com Seus aspectos e reconhecimento como único
Deus, unido ao Eterno. Esse é um dos princípios pelos quais o
Espírito Santo testemunha acerca de Jesus, revelando a
humanidade e a verdade manifestada na cruz. Aleluia!
Esse mesmo Espírito habita em nós e quer dar testemunho de
Cristo, através de nossas vidas. Permita-se ser esse canal vivo de
Deus, manifestando do Reino de Deus na Terra.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 14: Erros Cometidos na Busca Pelo Espírito Santo
 
N
Erros Cometidos na Busca
Pelo Espírito Santo
 
esses tempos finais, tem havido uma série de doutrinas e
diversas formas de se aproximar de Deus, porém,
precisamos entender que embora as experiências com o Senhor
sejam diversas, elas não podem fugir dos padrões e princípios
bíblicos.
O fogo da paixão por mais de Deus, está queimando no
coração dos filhos sedentos. Os olhos espirituais da igreja, estão
sendo abertos. Glórias a Deus por isso! Em meio a esse cenário, de
grandes promessas de avivamento, na expectativa de um grande
derramar do Espírito de Deus, precisamos estar atentos, preparados
e forjados para a batalha contra os enganos de Satanás, nos últimos
tempos.
Com o passar dos anos, fui desenvolvendo a maturidade no
meu relacionamento com o Reino de Deus, compreendendo mais
sobre o Espírito Santo e a Sua forma de comunicação. No decorrer
dessa caminhada, também cometi erros e vi muitos outros
buscarem o Espírito Santo equivocadamente, sem a compreensão
do que estavam fazendo. Todavia, quando decidimos pôr Cristo no
centro de nossas vidas, orando para que o engano não entre
sutilmente, o Espírito Santo, vem e nos conduz ao conhecimento da
verdade e do caminho correto da Presença de Deus.
 
É importante estarmos atentos, para não agirmos do mesmo
modo!
 
O Erro de se abrir para o Reino de Deus sem o entendimento
da Palavra.
 
“E Jesus, respondendo, disselhes: Acautelai-vos, que ninguém
vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o
Cristo; e enganarão a muitos [...] Nesse tempo, muitos serão
escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se
odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E,
por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas
aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. E este evangelho
do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as
nações, e então virá o fim” (Mateus, 24:4-14).
 
Muitas pessoas, foram gravemente feridas, frustradas e
drasticamente prejudicadas por espíritos enganadores, que se
disfarçavam de “lobos em peles de ovelhas”, iludindo cristãos sem a
direção correta, com falsas manifestações, tendo aparência
“angelical”, imitando o Poder do Espírito Santo, ou até mesmo, do
próprio Jesus. Isso é tão sério, que pode gerar falsas doutrinas e
seguimentos religiosos sem o verdadeiro fundamento das escrituras
sagradas. Podendo até operar poderosas manifestações de glória
com fumaça, luzes, esplendor e até mesmo com aparições de
Anjos. Contudo, tome cuidado, porque tudo isso, não pode ir contra
os padrões bíblicos.
 
Com o tempo, comecei a observar esse erro, facilmentecometido por aqueles que desejavam conhecer mais de Deus, por
meio de experiências sobrenaturais e que foram enganados pela
falta do conhecimento revelado das escrituras. É fato que,
experiências vividas com o sobrenatural, é difícil de serem
contrariadas, mas a questão principal é — qual a fonte que originou
tais manifestações sobrenaturais? Foram do Reino de Deus ou das
trevas?
O erro, não está em se abrir para Deus, mas na forma como O
buscamos, focando no poder e nas manifestações sobrenaturais,
em vez da Sua Presença.
Muitos cristãos, quando iniciam na caminhada com Cristo,
erroneamente, pedem a Ele que lhes mostrem o mundo espiritual,
ou que revele o sobrenatural, mas esse é um caminho perigoso,
porque os que buscam tais operações espirituais, por não estarem,
primeiramente, baseados nas escrituras, ficam propensos ao
surgimento de “seitas” controladas por principados, levando
milhares de vidas ao engano, ou pior ainda, ao inferno.
O ser humano, quando não tem o Espírito de Deus, fica
suscetível a seguir o que é falso, e isso, é o que alimenta o engano
da carne, que produz uma falsa piedade religiosa, sendo essa, uma
tendência no mundo.
Vejamos o caso de “Maomé”, o pai do Islamismo, que buscou
um deus fora dos padrões das escrituras. O Islamismo teve seu
início no século VI da era cristã, na Arábia, região que faz parte do
Oriente Médio, habitada na época por “cerca” de cinco milhões de
pessoas. Formadas por grupos nômades e sedentários, que viviam
organizados em cidades, tribos e clãs. Até o surgimento do
Islamismo, os árabes eram politeístas, embora houvesse algumas
tribos judaicas e cristãs, não havia, uma religião comum.
 Nessa época, “Maomé” surgiu dando início ao Islamismo,
denominado “Muhammad”, pelos árabes e muçulmanos. “Maomé”
era órfão, tendo sido condutor de caravanas, profissão que lhe
rendeu o contato com a religião cristã e alguns conhecimentos sobre
a nova crença. Já adulto, ele começou a se dedicar em retiros
espirituais, onde, de acordo com os muçulmanos, passou a ter
visões divinas, recebendo mensagens que deveria divulgar.
Suas primeiras pregações públicas foram em sua cidade natal,
Meca, onde obteve resultados ruins, gerando atritos entre os
cidadãos. “Maomé” admirava o monoteísmo, ou seja, a crença em
um só deus e criticava a maior fonte de renda de Meca, que era a
peregrinação dos pagãos, adorando inúmeras divindades locais.
Mas, como sua pregação lá, não deu certo, refugiou-se em uma
cidade próxima, chamado Medina. Essa retirada, ficou conhecida
como “Hégira”, marcando o início do calendário muçulmano,
diferente do ocidental.
Outro exemplo é a igreja Messiânica, que surgiu no Japão
através da vida do “Mokiti Okada” (1882-1955), cujo nome religioso
é “Meishu-Sama” (Senhor da Luz). Ele teve “visões celestiais sobre
a sua missão na Terra”. Suas doutrinas são contrárias aos princípios
das escrituras cristãs e distorceram os verdadeiros fundamentos.
Infelizmente, hoje são milhões espalhados pelo mundo.
A igreja Messiânica é classificada como uma nova religião
japonesa e “Mokiti Okada” afirma que, por revelação, recebeu de
Deus a missão de dar início a construção do “paraíso terrestre”, o
mundo ideal consubstanciado na trilogia da verdade, em que a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%25C3%25A3o
https://pt.wikipedia.org/wiki/Meishu-Sama
civilização atual se transformaria. Um mundo onde a doença, a
miséria e os conflitos, dariam lugar a saúde, a prosperidade e a paz.
Para aqueles que buscam conhecer o Espírito Santo, é
importante saber o princípio correto de como Ele se revela —
através de Sua Presença no coração. É nesse lugar, que os nossos
sentidos ficam quebrantados ao processo de transformação, aonde
nos sentimos constrangidos com a Sua graça maravilhosa.
Recordo-me que antes do Espírito Santo trazer uma
manifestação de luz e neblina no meu quarto, primeiramente, Ele
me edificou nas escrituras sagradas, revelando a Sua Presença no
meu coração.
Com o tempo, passei a ter o discernimento entre falso e
verdadeiro, carne e espírito. Houve uma edificação de princípios e
revelação da Palavra de Deus, antes de ser impactado por moveres
mais visíveis.
Precisamos estar atentos no meio dessa busca, porque o
inimigo de nossas almas, usa de artimanhas. Ele pode até se
disfarçar do “Espírito Santo”, levando a pessoa a abrir sua mente e
coração para um falso espírito, podendo trazer sérias
consequências como perturbações e destruição em todas as áreas
da vida.
Conheci cristãos que caíram nesse engano, pensando que
estavam se relacionando com o “Espírito Santo de Deus” quando,
na verdade, estavam se iludindo com falsas sensações de espíritos
malignos.
Existem espíritos imundos que dão falsos dons de línguas e
operações espirituais, até mesmo de milagres, àqueles que não
passaram por uma genuína libertação espiritual em suas vidas. Isso
é muito sério, porque pode, não apenas destruir a vida da pessoa,
como também, contaminar a outros.
 O Erro de conhecer a verdade e andar no engano
 
“Pois, aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o
dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e
provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro,
e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para
arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si
mesmos o Filho de Deus e expondo-o à vergonha” (Hebreus, 6:4).
 
Aqui está um grande problema da igreja atual! Pessoas que
buscaram no início de sua caminhada, com sinceridade de coração
a Presença de Deus e foram cheias do Espírito Santo. Que
conheceram a verdade das escrituras, recebendo dons e unções,
mas que, no meio da jornada, escolheram andar pelo caminho do
engano, devido à ganância e obstinação pelo Poder de Deus,
contaminando o seu próprio coração.
Passei anos da minha vida, sendo forjado pelo Senhor em
meu caráter; com treinamentos e tratamentos sérios, por causa da
dimensão do chamado e propósito que o Senhor Jesus havia me
delegado, para os últimos tempos, de modo que não me exaltasse
ou desviasse do caminho da verdade.
Precisamos de amadurecimento e lapidação, para não
cairmos nesse engano, após recebermos o que Deus tem para nós.
A revelação principal que deve entrar no coração de um filho de
Deus, é a sua missão de honrar o Nome do Senhor Jesus, levando
paixão em seu coração, não vivendo para si mesmo, mas para o
Senhor.
 
“E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das
revelações, foi-me posto um espinho na carne,
mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que
não me exalte” (2 Coríntios, 12:7).
 
Deus sempre deixa marcas em nossas vidas para lembramos
de quem éramos e quem somos, e principalmente, naquilo que
estamos progredindo em Cristo, para o futuro.
As adversidades, os desertos, os erros e as falhas, fazem
parte da lapidação e preparação para o nosso chamado. Devemos
sempre nos lembrar de “onde saímos, estamos e para onde vamos”.
Para não perdermos o senso de simplicidade, santidade e
comprometimento com o nosso Pai Celestial.
Não podemos nos enganar, pensando que Deus está nos
dando uma “poderosa unção” por sermos filhinhos bons ou
prediletos. Caso esse sentimento entre no coração de alguém,
corre-se o sério risco de pensar que pode fazer o que bem entender,
ou até que é melhor que outros, abrindo uma brecha e permitindo a
entrada do espírito de soberba, ostentando seus dons espirituais e,
principalmente, esquecendo-se da causa de Cristo.
Somos chamados com um propósito e tudo o que Deus dá à
Sua igreja, tem o objetivo de trazer o Reino e a Glória à Terra.
Deus unge uma pessoa de poder, não porque ela é boa ou
superdotada, mas para suprir as necessidades do Seu povo,
levando o Seu desígnio eterno de Salvação. Deus não unge alguém
para si mesmo, sempre que Ele o faz, é para o bem comum do
corpo de Cristo! Para que seus servos sejam sal e luz na Terra, a
fim de preservar com poder, a justiça e a santidade da Sua Palavra,
trazendo retidão.
Muitos, infelizmente entraram pelo caminho de “Balaão”,
seguindo espíritos enganadores, mesmo depoisde terem tido o
conhecimento da verdade, decidiram professar a ganância. “Ai
deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de
ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta
de Corá” (Judas, 1:11).
O foco principal de buscarmos a comunhão com o Espírito
Santo, não é para sermos usados por Ele, e sim, de preservarmos
nossas vidas, andando na direção correta, seguindo a Sua vontade
e compreendendo nossa missão como filhos de Deus.
 
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação
santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de
proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das
trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro, 2:9).
 
Ser usado por Deus, faz parte do nosso destino, isso é uma
consequência da obediência e da progressão espiritual. À medida
que conhecemos a Presença de Deus e andamos nela,
automaticamente, somos impulsionados ao nosso chamado
sacerdotal, como Ministros de Deus.
 
O Erro da ignorância de não orar e buscar o Espírito Santo
 
“E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais
como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente.
Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela
ignorância que há neles, pela dureza do seu coração (Efésios, 4:17-
18).
 
Ninguém escolhe a ignorância, inevitavelmente, ela vem como
consequência de não ter sido exposta à verdade.
As pessoas hoje em dia, estão mais preocupadas com as
coisas desse mundo e com o mercado de trabalho, do que buscar o
Reino de Deus e a Sua justiça. Gastam mais tempo com redes
sociais, do que na oração. Infelizmente, nos momentos de
adversidade, querem clamar ao Senhor e ter respostas imediatas,
ficando frustradas, dizendo que Deus não as ouve — ou será que
elas é que não têm ouvidos apurados para Deus? 
 Quando aplicamos nossas vidas em oração, sendo diligentes
na busca por Deus, procurando um relacionamento íntimo com a
Sua Presença, a nossa fé é exercitada e toma uma velocidade
incrível; e nos momentos de tribulação, não ficamos desarmados e
nem somos pegos de surpresa. Nossas orações são rapidamente
respondidas, porque o nosso espírito está alinhado com Deus, nos
protegendo dos ataques das trevas e da tentativa incessante de nos
frustrar.
Uma das maiores falhas nas igrejas, está em não ensinar aos
cristãos quanto a sua obrigação de sacerdotes, nem mesmo, de
instruir os seus filhos no caminho do Senhor e no comprometimento
com a oração, com a Palavra de Deus e na busca pelo Espírito
Santo.
Esta ignorância, é muito prejudicial, porquanto não leva os
cristãos ao amadurecimento espiritual e consequentemente, ficam
fracos e com o espírito apático em relação à vida de oração e
comunhão com o Espírito Santo. Não podemos ser ignorantes a
ponto de sabermos da nossa responsabilidade de oração e nunca
aplicarmos nossos corações a ela. Isso tem enfraquecido o corpo de
Cristo e criado uma geração de cristãos apáticos espiritualmente.
 
O Erro da ignorância proposital
 
“Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor
e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com
muitos açoites” (Lucas, 12.47).
 
Essa ignorância é terrível, porque geralmente está ligada a
alguma raiz de iniquidade como: prepotência, falta de amor, ódio,
teimosia, insubmissão, entre outros. Somos advertidos no
evangelho de Lucas, capítulo 12, verso 47, que a ignorância não é
desculpa e não nos isenta da culpa do pecado. Deus deixa isso
muito claro, Ele não tem o culpado por inocente.
Quando Deus exige que o homem exercite a sua vida em
dedicação a oração e a comunhão com o Espírito Santo, é porque
Ele considera esse assunto, sério!
“O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o
conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o
conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas
sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do
teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos”
(Oséias, 4.6).
 
Hoje em dia, não há desculpas para a ignorância. Os recursos
estão disponíveis e o Espírito Santo está disposto a nos ajudar, e
guiar à toda verdade.
 
O Erro da busca pelo Espírito Santo sem libertação
 
“Portanto, se o Filho vos libertar, vocês de fato serão livres”
(João, 8:36).
 
Algo que aprendi no decorrer dos anos, foi que muitos
cristãos, embora fossem cheios do Espírito Santo, ainda possuíam
muitas áreas de suas vidas que precisavam de libertação. Isso
trazia muita confusão em minha mente, pois, não compreendia
como uma pessoa operava nos dons, recebendo o enchimento do
Espírito e ainda assim, tinham áreas de suas vidas em que ocorria
possessões demoníacas!?
Hoje é fácil entender esse processo e como ele ocorre.
Existe um perigo que incide quando uma pessoa recebe o
enchimento do Espírito, porque às vezes, ela é batizada, mas não é
liberta. Isso é muito comum, todavia é importante entender que
quando uma pessoa é cheia do Espírito, esse enchimento ocorre no
espírito dela, sua alma e mente é contagiada pela Presença, mas
isso não significa que foi transformada.
Há uma confusão bem comum, aonde muitos não sabem
discernir se estão cheios do Espírito Santo ou debaixo do Seu
Mover, por exemplo: Eles são tocados pelo Poder do Espírito de
Deus, conhecendo sensações maravilhosas, mas, mesmo assim,
não são transformados, tudo porque não buscam o compromisso
com a Palavra de Deus. Não entregam, verdadeiramente, o coração
a Deus para serem transformados. Confundem as manifestações da
graça e do poder com a própria Pessoa do Espírito Santo!
Infelizmente, há aqueles que se sentem satisfeitos apenas por
Caso queira saber mais sobre esse
assunto, adquira ou participe de nossa
Escola de Fogo, do Módulo “Restauração
e Reconciliação”.
serem tocados e nunca transformados, achando com isso, que Deus
aprova o seu pecado.
Quando o Senhor me ensinou a respeito disso, meu
entendimento foi completamente transformado. Pude compreender
que o enchimento do Espírito Santo em uma pessoa, representava a
unção necessária para quebrar o jugo das trevas e do pecado sobre
ela, conduzindo-a à edificação, a libertação e a maturidade
necessária. Porém, há muitos que recebem esse enchimento, por
isso, pensam que são libertos! Por esta mesma razão que, é cada
vez mais normal, vermos cristãos voltando às práticas dos pecados
antigos, tendo perturbações mentais por parte de espíritos malignos.
Precisamos aceitar e procurar compreender sobre a obra de
libertação e da restauração que o Espírito Santo faz em nossas
vidas.
 
 
 
O Erro cometido quando se obtém o poder antes da pureza
 
“Mas a vós, os que vos apartais do Senhor, os que vos
esqueceis do meu santo monte, os que preparais uma mesa para a
Fortuna, e que misturais a bebida para o Destino. Também vos
destinareis à espada, [...] fizestes o que era mau aos meus olhos, e
escolhestes aquilo em que não tinha prazer” (Isaías, 65:11-12).
 
Esse é um perigo fadado ao erro.
Alguns cristãos, que buscam o Espírito Santo e começam a
descobrir o caminho do poder inicial, podem ser ativados pelo
espírito de outra pessoa que carrega uma forte unção, correndo o
risco de cair em ciladas espirituais (1 Timóteo, 5:22). Isso acontece
muito com aqueles que almejam o crescimento rápido no seu
ministério e na operação de poder, devido ao desejo ardente de ver
as obras sendo manifestas. O problema não é ter o espírito ativado
por alguém cheio do Espírito Santo, que liberou manifestações e
demonstrações de sinais, e sim, a falta de pureza no espírito.
 Há outros que misturam a alma com o seu próprio espírito, ou
seja, confundem o espiritual com o que é carnal. Tais pessoas são
propícias a contaminarem o espírito com o seu ego, perdendo a
pureza de espírito.
Quando um cristão não passa pelo processo completo de
purificação da carne, jamais poderá atingir a maturidade espiritual e
o conhecimento profundo de Cristo, porque pode acontecer de cair
em pecado mais tarde, caso não busque a pureza.
Conheci alguns Ministros que eram bons na manifestação de
poder e sinais, no entanto, permitiram a impurezacontaminar o que
era espiritual, devido à falta de revelação da santidade e do temor
do Senhor. Eles priorizavam mais o poder do que um espírito puro.
Um dos grandes dilemas que ocorre na mente de um cristão,
quando não chega ao entendimento sobre a obra da purificação, é o
de pensar que Deus está de acordo com os seus atos, pelo simples
fato de ter sido, anteriormente, cheio do Espírito Santo, recebendo
poder para operar, esquecendo-se de que o óleo espiritual, que o
enche, não se recebe uma única vez e fica tudo bem. O enchimento
do Espírito Santo é diário, levando o cristão para o caminho da
pureza.
O Poder do Espírito é mais que uma capacitação para fazer a
obra de Deus. Por isso, devemos buscar o Seu revestimento, mas
não para exibi-lo, e sim, para combater as obras da carne e toda
influência das contaminações deste mundo, bem como, das
iniquidades que as trevas lançam sobre a humanidade.
Somente a pessoa que tem uma vida em comunhão com a
Presença de Deus, pode mostrar ao coração de outra, as suas
impurezas, abrindo assim, um caminho para que haja uma plena
purificação por meio do Espírito Santo.
Ao mesmo tempo que um cristão se entrega, na busca por seu
chamado, ele também será preenchido, no seu espírito, de unção!
Sendo disciplinado em tudo o que envolve as obras da carne, para
que conheça a sua alma e não se engane, com movimentos
exteriores, misturando as coisas.
O enchimento provisório que um cristão recebe, traz uma
potencialização espiritual, que lhe dá acesso ao Poder de Deus,
usufruindo assim, de uma unção transitória. Contudo, isso não
significa que ele é capaz de exercer o que não foi chamado para
fazer.
As batalhas espirituais têm se tornado cada vez mais fortes
contra os cristãos, por esta razão que, buscar a revelação da pureza
é muito importante.
Infelizmente, existem aqueles que amaram mais o poder do
que o próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo. Acredite, “eles são
até bons” para edificar a fé de outras pessoas com sinais e
prodígios, no entanto, destroem as vidas ao seu redor, por falta de
pureza moral. Eles até demonstram o Poder de Deus, mas, ao
mesmo tempo, trazem sérios prejuízos para o corpo de Cristo.
É inevitável, o escândalo futuro, através da vida desses que
estavam edificando com poder, sem o temor reverente ao Senhor.
Eles mesmos contaminaram o que é puro, com a ganância,
prepotência, arrogância, sexualidade pervertida, falta de amor,
altivez e orgulho.
Nesses últimos tempos, precisamos do fogo refinador do
Espírito Santo, para adquirirmos o que poucos entendem de
“Autoridade Moral” e sermos impactados pela revelação do temor de
Deus. Para que assim, essa geração, seja transformada pela
Santidade de Cristo.
Deixo aqui um conselho para os que desejam “ardentemente”
o Poder do Espírito Santo fluindo sobre suas vidas:
— Não misture as coisas!
Mesmo depois de passar por um período de jejum e oração,
buscando o Espírito Santo e recebendo quebrantamento, ainda
assim, corre-se o sério risco de misturar os sentimentos e as
características do homem exterior, como se fossem de Deus. Temos
que vigiar sobre a carne, para mantermos nosso espírito puro, sem
embaraçar os sentidos espirituais com os sentimentos da alma.
Estamos vivendo o tempo da restauração de todas as coisas,
conforme está escrito no livro de Atos dos apóstolos, capítulo 3,
verso 21. Neste período final, antes do arrebatamento da igreja,
Deus não vai tolerar misturas no corpo de Cristo. Haverá uma
poderosa manifestação de justiça e retidão para endireitar os
caminhos tortuosos. O Senhor levantará o caráter e a integridade
dos Ministros antes de delegar poder e autoridade.
Vivemos no tempo em que aqueles que estão buscando o
poder com motivações erradas e atraindo pessoas para si, e não
para Cristo, serão abatidos pela mão de Deus, por causa da
necessidade extrema de santidade e temor, para o grande colapso
social e mundial, que estamos tendo.
Em umas das visões que tive, o Senhor me mostrou a igreja
atual, dizendo:
— Filho, tenho levantado você com o propósito de
reestabelecer a minha justiça, retidão e equilíbrio, que o meu povo
perdeu.
Por esta razão, me dedico inteiramente no compromisso da
restauração da igreja, na última hora.
Busque com diligência o temor reverente de Deus, para que
sua vida seja edificada sobre o fundamento de justiça e retidão!
Prepare-se, porque haverá um grande derramar do Espírito de Deus
sobre a igreja.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 15: Não Espante a Pomba
O
 Não Espante a Pomba
 
Espírito Santo é relevado de diversas formas nas escrituras
e uma delas, é na forma de uma pomba. Mas..., por que
não outra ave? Poderia ser uma águia, que é mais imponente ou um
falcão, que denota força, no entanto, Ele se manifesta como uma
simples e inofensiva pomba branca, representando Sua
Simplicidade, Pureza e Mansidão.
“Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe
abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como
pomba, vindo sobre ele” (Mateus, 3:16).
 
A pomba é mencionada de forma específica, duas vezes na
bíblia, a primeira foi após o dilúvio: “Depois, soltou uma pomba para
ver se as águas teriam já minguado da superfície da Terra; mas a
pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele para a arca;
porque as águas cobriam ainda à Terra. Noé, estendendo a mão,
tomou-a e a recolheu consigo na arca” (Gênesis 8:8-9). Nessa
passagem, podemos observar que a pomba, representada aqui pelo
Espírito Santo, não achando onde pousar, retornou para arca — que
representa a habitação celestial.
Podemos afirmar, da mesma forma, que o Espírito procura
pouso no coração dos filhos de Deus. É assim que passamos a ser
Sua morada, desfrutando da companhia do nosso hóspede
formidável.
Não podemos receber o Espírito Santo de qualquer maneira, é
necessário estar com o coração preparado para ser Sua habitação.
Noé soltou a pomba para que procurasse pouso, mas ela não
encontrou, da mesma forma é Deus, ou seja, Ele nos enviou a
promessa do Espírito Santo, soltou-a para encontrar morada, no
entanto, há muitos que ainda não O receberam, devido seus
corações não estarem prontos para Ele.
A ave, pomba, tem uma característica que com certeza, todos
já observaram em seu comportamento. Ela é mansa e geralmente
fica próxima das pessoas, mas quando se sente ameaçada, voa e
sai de perto. No entanto, se observarmos bem, veremos que elas
ainda ficam nas imediações. Da mesma forma é o Espírito Santo,
pois, quando cometemos algum pecado que O entristece ou
ignoramos a Sua Pessoa, sentimos o silêncio da Sua Presença.
Uma das coisas que mais me fascina na vida de Jesus é o
fato d’Ele andar de forma tão sublime com a Presença do Espírito
Santo, sem nunca ter espantado a pomba! Ao olharmos para as
escrituras, podemos ver que mesmo na ocasião em que Jesus
expulsou a chicotadas, os cambistas que vendiam no templo, ainda
assim, não pecou (João, 2:13-16). Que senso de justiça e equilíbrio
havia em Cristo! Mesmo confrontando os fariseus, tendo que
suportar as contradições, até mesmo dos mais chegados a Ele,
jamais pecou! Aleluia! Que Mestre sublime nós temos e podemos
firmar nossa confiança n’Ele, seguindo os Seus passos!
Quando comecei a desfrutar da Doce Presença do Espírito
Santo, aprendi sobre o Seu Cavalheirismo. Sentia a Sua Pureza e
Doçura no íntimo do meu ser, mas ao manifestar algum tipo de obra
da carne, percebia um certo vazio no meu coração, que às vezes,
vinha como uma dor espiritual ‘aguda’, que, embora fosse santa,
afligia a minha alma. Com isso, percebi que quando nossas atitudes
e comportamentos, não estão de acordo com a palavra de Deus,
afetam diretamente o nosso relacionamento com Sua Presença.
O Senhor mostrava, em meus momentos de oração, o que
entristecia o Seu Espírito. Lembro-me que escrevia em uma
pequena agenda, tudo o que Ele falava a meu respeito e que
entristecia não somente a Ele, mas também, as pessoas ao meu
redor. Fui aprendendo a lei do amor e de como servir a meu
próximo, com a bondade de Cristo.
No decorrerda caminhada, era instruído cada vez mais a
manter a lâmpada da comunhão acesa e com isso, fui
amadurecendo com respeito a vontade de Deus na minha conduta
como cristão, na submissão e no serviço, que iam aflorando, à
medida que o tempo passava.
Recordo-me de uma situação, ainda jovem, que ocorreu
durante a ministração, pois, enquanto profetizava e liberava os dons
do Espírito, notei que Ele havia me pedido algo específico, no
entanto, hesitei em fazê-lo..., imediatamente, senti um vazio; como
se aquela unção estivesse diminuindo. Chegando em casa, naquela
mesma noite, senti dor e uma vontade de chorar, perguntei ao
Senhor porquê estava tão mal e Ele logo me respondeu, dizendo
que eu havia sido desobediente ao comando de Sua voz, e que,
uma atitude daquela, em outra situação, poderia trazer sérios
prejuízos no serviço espiritual.
A desobediência ou insubmissão contra a vontade de Deus,
pode extinguir a manifestação do Espírito Santo, e às vezes, pode
demorar muito tempo para voltar. Portanto, peça ao Senhor que
mostre como está sendo o seu comportamento com as pessoas;
consigo mesmo e com Ele. Ore para que o seu espírito seja rápido
em obedecer à direção do Espírito Santo. Principalmente àqueles
que desejam ou já trabalham no serviço ministerial, porque a
submissão é a chave que mantém o relacionamento com a
Presença de Deus.
 Nunca devemos hesitar em obedecer a um comando do
Espírito de Deus, uma vez que trabalhamos com Ele em prol das
vidas, caso contrário, isso pode afetar pessoas que necessitam ser
abençoadas.
Não permita que as ofensas contra o próximo ou mesmo a
você, o tire do foco. Perdoe aos que te feriram, não deixe que a
mágoa se aloje em seu coração, do contrário, ela pode se tornar
uma raiz de amargura e destruir a sua comunhão com Deus. Não
permita que a obra da carne o distraia, fique firme! Peça graça ao
Senhor para vencer todas as imposições do inferno e tudo aquilo
que possa vir contra o seu compromisso, de estar em comunhão
com a Presença de Cristo.
O Espírito Santo, habita hoje em nós, somos Seu “templo” e
Ele não tem planos de mudar-se para outro lugar. Embora Ele habite
em nós, é possível entristecê-Lo e deixá-Lo desconfortável com
nossas escolhas. “Não apagueis o Espírito” (1 Tessalonicenses,
5:19).
Quando você olha para trás, para o seu relacionamento
passado com o Espírito Santo, que tipo de “anfitrião” de Sua
Presença, tem sido? Ele está confortável na casa que é você? —
Sua resposta seria boa ou má? Sim ou não? Quantas vezes O tem
excluído a um “fundo de quintal” onde Ele espera por você, para que
desfrute de momentos de íntima comunhão com Ele?
 Talvez, a sua resposta seja a de que o Espírito Santo tem
recebido sim, o melhor de tudo aquilo que você poderia oferecer a
Ele, inclusive as primícias do seu tempo, na busca incessante de
conhecê-Lo, agradando-O em tudo o que faz! Quando digo “em
tudo”, refiro-me à forma com que tratamos as pessoas, de como
pensamos a respeito delas, dando testemunho de quem de fato
somos.
Torne-se agradável ao Espírito Santo, através de um coração
quebrantado e disposto a seguir Sua justiça, andando no amor de
Cristo.
 
O Que realmente tem valor para você?
 
“Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu
coração” (Mateus, 6:21).
 
Às vezes, estamos tão distraídos com as coisas desse mundo
e com a nossa “obra para o Reino”, que não percebemos o nosso
coração saindo do centro da comunhão com o Espírito Santo.
Quando olhamos ao nosso redor, estamos tão atarefados, que o
tempo para Deus vai se restringindo, a ponto de orarmos pensando
que tudo está bem, espiritualmente falando, quando, na verdade,
estamos nos esquecendo do que de fato tem valor, que são as
coisas eternas.
Lembro-me que antes do Senhor me enviar à Sua obra, dentro
e fora de minha nação, passava dias e horas dentro da pequena
igreja onde iniciei meu ministério. Subia no meu lugar favorito de
oração, o monte — amo a natureza e costumava ficar em lugares
assim, por horas.
Meu coração sempre foi centrado na busca pela intimidade
com Deus, através de uma vida diária de oração. Mas, teve um
pequeno período que fiquei muito atarefado e sobrecarregado com
os afazeres do ministério. Estava cansado e a minha carga horária
de oração e dedicação ao Espírito Santo haviam diminuído. Isso
começou a trazer muita tristeza no meu espírito, pois, quando
tentava entrar, vinha os impasses das tarefas e pendências.
Certa vez, na Alemanha, quando vivia um momento
maravilhoso naquela nação, vendo sinais, milagres e o Mover do
Espírito abrindo caminhos para o Reino de Deus, em lugares onde o
esfriamento espiritual era grande. O Espírito Santo começou a tratar
em meu coração, levando-me há um quebrantamento e
constrangimento profundo, até que o Senhor veio a mim, dizendo:
— Você não foi chamado para ficar preocupado e atarefado
com as coisas do ministério, mas escolhido para o apostolado, para
viver na minha Presença, em oração e dedicação a Palavra. Se
você continuar sobrecarregado com as coisas, perderá o foco do
seu propósito na terra e daquilo que te revelarei, para a expansão
do meu Reino. Quero todo o seu coração de volta para mim!
Me dei conta de que, sem perceber, estava deixando aquilo
que tinha maior valor para mim, que é a dedicação e a comunhão
com o Senhor, por coisas passageiras.
Ao retornar para o Brasil, havia muitas demandas para
organizar no meu ministério. Certa manhã, quando meditava nas
escrituras, notei que minha mente ficou preocupada com as coisas
que estavam pendentes. O Espírito Santo então veio e me exortou
de tal forma, que derramou suas águas sobre a minha cabeça. Senti
um refrigério imediato, trazendo descanso em meus pensamentos.
A unção acessou o meu espírito para que eu pudesse ter
discernimento, quando uma palavra veio ao meu coração, dizendo:
— Dizes que Sou o que você tem de maior valor, que Sou
mais importante que tudo em sua vida, porém, você não está
demonstrando isso, pois, seu coração ainda continua cheio de
coisas desnecessárias. Se, Sou o mais importante e a Sua
prioridade, por que então não está me buscando de todo o seu
coração?
— Nossa!
Aquelas palavras foram como uma “cajadada” santa e doeu
até o fundo da minha alma, chorei como criança e pedi perdão, pois
estava começando a me enganar, dizendo que Ele era tudo o que
eu mais amava, contudo, não estava agindo de acordo com as
minhas palavras, porque o meu coração estava sobrecarregado e a
minha mente ficava preocupada com as tarefas terrenas.
Ao pedir perdão, reconhecendo minha falta para com Ele, fui
imerso em Sua Presença Santa. Oh Glória! Que coisa maravilhosa é
a Sua doce comunhão! Após duas semanas, no monte, com alguns
integrantes de minha equipe ministerial, recebi uma visitação da
Glória de Deus, como nunca tinha vivido! Era tanto amor e temor ao
mesmo tempo, que fui tomado pela Presença. Um Anjo me cobriu
Compartilharei mais sobre esse assunto
no livro: “Um Chamado Sobrenatural —
Entrando nas dimensões da Glória”. Onde
estão relatados os encontros
sobrenaturais que tive com o Senhor,
testemunhos e experiências acerca do
Reino de Deus.
com um manto de luz, levando o meu espírito em uma dimensão de
glória, que fiquei carregado dela por semanas.
 
 
 
Gostaria de encorajá-lo a voltar a ser aquela pessoa de
entrega, que amava o Espírito Santo com todas as suas forças e
buscava o colo do Papai Celestial todos os dias! Volte ao centro da
vontade do Senhor, no lugar de descanso em Sua Presença.
Não podemos espantar a pomba, pois se ignorarmos a busca
do relacionamento com o Espírito Santo, perderemos a
sensibilidade no espírito e os nossos ouvidos espirituais, ficarão
obstruídos a voz de Deus. Muitos são os que não ouvem mais a
Deus, ignoraram a Sua voz tantas vezes, que perderam a
capacidade de ouvir e serem direcionados pelo Espírito Santo, isso
é lamentável!
 Viver sem a direção do Espírito, é o mesmo que andar em um
carro desgovernado, na alta rodovia, perdendo a direção e o
controle total do veículo. Correndo o sério risco de cometer um
acidente, ferindopedestres ou até mesmo, perdendo a própria vida.
Assim é, todo aquele que não tem mais o governo do Espírito sobre
sua vida, uma hora, acabará ferindo a si e aos que estão próximos.
Muitos ficam desgastados com o fardo da obra, tornando-se
secos, sem unção e expressão de amor e santidade, neste caso é
aconselhado entrar no Descanso de Deus.
O valor que algo tem para nós, será demonstrado pelo
sacrifício que estamos dispostos a oferecer de volta! Não podemos
nos enganar somente com palavras, dizendo que o Senhor é o
nosso tudo. Precisamos reconhecer onde está o nosso coração.
Não podemos apenas entregar uma parte de nós, mas literalmente,
tudo!
“O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no
campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E,
transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra
aquele campo” (Mateus, 13:44). Que passagem linda! Jesus traz um
ensinamento a Seus discípulos, sobre a posição que devemos ter
diante do Reino de Deus, para aqueles que realmente desejam
herdá-lo. É necessário sacrificar tudo o que antes tinha valor,
abrindo mão, em prol do verdadeiro tesouro, que é a Presença de
Deus.
 Jamais encontraremos o lugar de Plenitude em Cristo, sem O
buscarmos de todo o nosso coração! Sem mesclas com as coisas
deste mundo, nem mesmo com a iniquidade. Somente quando
entregamos tudo a Ele, encontramos o tesouro escondido da Sua
Presença.
 
“Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de
todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o
SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei
de todas as nações e de todos os lugares para onde vos
lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar
donde vos mandei para o exílio” (Jeremias, 29:13-14).
 
O profeta Jeremias foi usado de forma linda nessa passagem,
revelando o coração de Deus, que deseja ser encontrado por
aqueles que O buscam. O Senhor declara que, se todo o nosso
coração estiver disponível a Ele, certamente O encontraremos —
Serei achado de vós. Aleluia! Que Deus maravilho, amoroso, Ele se
deixará ser achado por nós e ainda nos dirá — Estou aqui!
O segredo para encontrar a plenitude da intimidade com Deus,
está no coração, porque é nele que reside o centro de toda a vida, o
comando dos desejos e afeições. Ele é o lugar aonde determinamos
quem entra e quem sai de nossas vidas e também aonde nos
relacionamos com o Espírito Santo; entre o nosso espírito e a nossa
humanidade, que ao se fundirem, a unidade perfeita com o Senhor é
gerada.
Se você deseja habitar no ambiente da Presença, terá que
estar disposto, lançando a ansiedade aos cuidados do Senhor e
crendo que Ele tem tudo no controle de Suas mãos. “Lançando
sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós”
(1 Pedro, 5:7).
Se existe algo prejudicial, que interfere diretamente no nosso
relacionamento com Deus, este se chama ‘preocupação’. Ela é a
arma contra a nossa fé, afinal, essa palavra é sinônimo de dúvida. A
preocupação é mais letal que a ansiedade, devido à falta de
confiança no caráter de quem Deus É, e no que a Sua Palavra diz.
Se deixar levar pelo caminho das preocupações, com as
coisas desse mundo, é o mesmo que ir contra a fé e a esperança
em Deus. Por isso, nos primeiros ensinos de Jesus, Ele declara:
“Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas
estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis
com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta
ao dia o seu próprio mal” (Mateus, 6:33-34).
Jesus em sua sabedoria, ensinou que — o maior impedimento
para entrar no Reino de Deus, está na preocupação com as coisas
desse mundo — Ele sabia que elas eram as maiores causadoras da
destruição da fé.
Você nunca conseguirá buscar a Deus de todo o seu coração,
se estiver inquieto com os cuidados desse mundo, com as contas e
mazelas desta terra. Não que você tenha que abandonar suas
responsabilidades naturais, não é isso, mas o descanso e a
confiança de que Deus provê a cada dia o pão, é de suma
importância.
A fé é movida pela confiança depositada no Senhor, por
experimentar do Seu cuidado e amor. No entanto, quando deixamos
de experimentar esses afetos, paramos também de confiar no Seu
amor de Pai e caráter Fiel.
O apóstolo Paulo, em sua carta à igreja de Filipos, ensinou
sobre esse princípio de confiança e descanso em Deus, sem perder
o foco na busca pelas coisas do alto, com o coração e os
pensamentos voltados para o Senhor Jesus:
 
“Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém,
sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições,
pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz
de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o
vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus.
Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é
respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o
que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma
virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe
o vosso pensamento” (Filipenses, 4:6-8).
 
O mais interessante, é que Paulo escreveu essa carta, quando
estava preso em Roma (Filipenses, 1:12-14). Ele certamente tinha
todos os motivos para estar preocupado e angustiado, mas mesmo
assim, escolheu confiar e descansar em Deus.
Que em todo o tempo, o seu coração esteja firmado no
Senhor, lançando aos pés da cruz de Cristo, toda a preocupação
que venha tirá-lo do foco, crendo sempre que tudo já está feito!
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 16: Orando em Todo o Tempo no Espírito
 
F
Orando Em Todo o Tempo
No Espírito
 
alar sobre oração é um dos temas que mais amo. São anos
de experiências profundas que tenho tido com o Senhor,
através de um investimento de tempo e dedicação em Sua
Presença. Por esta razão, creio que este capítulo o edificará muito.
O Senhor tem me revelado sobre a extrema importância do
“manto de oração” que precisa ser restaurado na igreja,
principalmente o fundamento da oração em línguas. No livro de
Judas, capítulo 1, verso 20, ele fala sobre a importância da
edificação da nossa fé, no espírito, dizendo: “Mas vós, amados,
edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando
no Espírito Santo”.
Infelizmente, muitos não compreendem esta palavra, porque a
edificação pessoal — é o desenvolvimento do espírito humano em
Cristo — uma construção espiritual fundamentada, na verdade
revelada pelo Espírito Santo, que está diretamente ligado a busca e
a entrega verdadeira na oração.
A oração em línguas produz a energia necessária para que o
nosso espírito tome o lugar que lhe é devido no governo sobre a
alma. É impossível uma pessoa começar a andar nesse caminho,
sem ser transformado de alguma forma. Observei claramente,
mudanças de atitudes e comportamento que foram sendo gerados
em mim, após me dedicar mais a oração em outras línguas. O
caráter de Cristo passou a ser formado no meu espírito, com isso, a
minha alma estava sendo santificada pelas revelações e a
iluminação que recebia do Espírito Santo.
Ao passar algumas horas orando em línguas, entregava o
meu espírito e ficava ali, deitado no chão, hora após hora... Percebia
que simplesmente entrava em uma espécie de atmosfera, um
ambiente de visões e revelações, que traziam consigo as verdades
do mundo espiritual, me levando a um crescimento diário, na
Presença de Deus.
Quando oramos em outras línguas, habilitamos o nosso
espírito a receber tudo aquilo que o Espírito Santo deseja nos
revelar e manifestar em nós, tornando-o livre para fluir, sendo
capacitado a experimentar novas visões e dimensões ainda mais
profundas.
 
“E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de
fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram
cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras
línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem”
(Atos, 2:3-4).
Algo de muito valor veio depois de alguns meses que havia
iniciado na oração contínua em outras línguas. Notei que, antes,
quando lia um texto bíblico, muitas vezes, não compreendia o que
estava escrito e procurava em dicionáriose livros os significados
das palavras, até que o Espírito Santo me ensinou a “como receber
o discernimento e o entendimento através da oração em línguas”.
Foi quando aprendi que essa prática diária, afeta de forma positiva,
todos os dons dados pelo Espírito Santo.
Após aquele ensino precioso, nunca mais precisei de outras
fontes de informação referente ao que estava contido nas escrituras
sagradas, a não ser do próprio Espírito Santo, por esta razão que
devemos orar a Deus, pedindo que nos conceda a sabedoria e a
revelação (Efésios, 1:17).
 
É impossível orarmos em outras línguas, hora após hora,
durante um dia inteiro e nada acontecer! Lembro-me de quando
passava dias, semanas, até meses orando e meditando na Palavra,
e era convidado para pregar nas igrejas. Incrivelmente — via muitas
manifestações de poder, curas e milagres! O mais interessante, é
que, a revelação e a unção para pregar, e ensinar a Palavra de
Deus, eram cada vez mais poderosas.
Permita que o seu espírito seja liberado, orando em outras
línguas, fazendo assim, perceberá que a esfera da comunhão com o
Espírito Santo aumentará constantemente, mantendo o seu espírito,
alma e corpo santificados, trazendo com isso, um equilíbrio
espiritual.
 
Os Mistérios da oração em línguas e a mente racional
 
“Pois quem fala em língua não fala aos homens, mas a Deus.
De fato, ninguém o entende; e em espírito fala mistérios” (1
Coríntios, 14:2).
 
A falta do conhecimento revelado por meio do Espírito Santo,
tem feito com que a igreja se torne um monopólio religioso, idealista
e racionalista, pregando o conhecimento da teologia humana, e não
a verdade do Reino dos Céus.
Por falta de — fundamento apostólico, muitos cristãos estão
perdendo a direção espiritual adequada para suas vidas — A oração
em línguas é um canal poderoso para elevar a igreja ao
sobrenatural, trazendo os mistérios de Deus e a realidade tangível e
manifesta de Sua Presença.
Quando oramos em outras línguas, todo o nosso
entendimento racional é confrontado, até que ele se adapte ao
espiritual. Devemos edificar as nossas mentes com a revelação e
não com o conhecimento humano, que é caído e cheio de
iniquidades. “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora
de fato, mas a minha mente fica infrutífera” (1 Coríntios, 14:14).
 A mente de Cristo é desenvolvida em nossas vidas quando
oramos no Espírito. Não podemos ser ignorantes quanto a isso,
porque a falta do Espírito Santo nas orações, tem gerado uma
frustração no coração de muitos cristãos, que até desejam e são
sinceros em suas orações cotidianas, mas ficam restringidos e
limitados. Poucas vitórias são realmente vistas através das orações
racionais.
Quando abrimos o coração para orar no Espírito, portas se
abrem manifestando o sobrenatural e trazendo o Poder vivo de
Deus em todas as áreas de nossas vidas. Veja, como o Espírito
Santo é quem concede as línguas sobrenaturais! Definitivamente,
elas não são provenientes da nossa mente racional.
Geralmente, quando começamos a orar os mistérios do
Espírito, a nossa mente tende a se questionar e até mesmo, a ficar
confusa, se é de Deus ou não! Isso ocorre, devido os anos que
passamos na esfera da fé racional, mas quando iniciamos a oração
com o nosso espírito, entramos diretamente na dimensão do
impossível, aonde encontramos os recursos do Reino de Deus, para
trazer a manifestação real de Sua Palavra em nossas vidas.
 
Princípios fundamentais da oração em línguas
 
“Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do
que todas vós” (1 Coríntios, 14:18).
 
Quando oramos no Espírito, entramos em concordância com
Deus, ou seja, do que Ele pensa e deseja que venhamos de fato
orar. Quando isso ocorre, somos inteiramente encaminhados ao
nosso propósito, naquilo que fomos chamados por Ele, para fazer.
Quando um casal concorda entre si acerca de qualquer coisa, na
verdade, eles estão falando a mesma língua, pensando igual e
seguindo na mesma direção. Assim também é quando estamos em
unidade com Deus, por meio do Seu Espírito, ou seja, passamos a
falar a mesma língua que Deus fala.
As línguas estranhas, se definem como uma habilidade
sobrenatural, que não temos razão lógica para saber, é um
fenômeno divino. Não ocorre de uma busca por palavras de nós
mesmos, elas vêm diretamente do Espírito Santo para o nosso
espírito.
Os princípios fundamentais da oração em línguas, é edificar o
nosso espírito com os mistérios de Deus, que são por ele
interpretados e não pelo raciocínio lógico. O apóstolo Paulo sabia
dessa verdade, por isso rendia graças a Deus por esse recurso
divino.
As orações em línguas, nos foram dadas para serem
interpretadas e não traduzidas! Quando falamos uma palavra em
outras línguas, ela pode conter cem interpretações e não apenas a
tradução de uma única palavra. “Pelo que, o que fala em outra
língua deve orar para que a possa interpretar” (1 Coríntios, 14:13).
 
Edificando o espírito humano pelo Espírito de Deus
 
“Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa
instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Coríntios, 2:16).
 
A oração no Espírito edifica o espírito humano da seguinte
maneira: O nosso espírito recebe os mistérios da parte de Deus por
meio do Espírito Santo — que nos edifica com a mente de Cristo,
produzindo uma capacidade sobrenatural na mudança de
mentalidade. Consequentemente, passamos a experimentar a boa,
agradável e perfeita vontade de Deus, sem a influência do nosso
racional.
Uma pesquisa foi realizada por cientistas americanos sobre os
mistérios da oração em línguas, se realmente seria algo espiritual ou
apenas uma oração da mente natural. Selecionaram diversos
participantes de distintas religiões para fazerem os testes.
Observaram em seus relatórios, que todos que faziam suas orações
com a mente natural, o lobo frontal se movimentava normalmente,
porém, quando alguém começava a orar em outras línguas, o seu
lobo frontal, quase não dava sinal.
O mais interessante nisso tudo, foi que a região do cérebro,
constituído por 95% de inatividade, apresentou impulsos cerebrais
que não são normais para um ser humano. Essa parte do cérebro,
na verdade, foi desativada devido o pecado original de Adão,
tornando-se morta por causa da transgressão. Quando começamos
a orar em outras línguas, a nossa capacidade cerebral morta, passa
a ter vida, ou seja, o potencial da mente, se renova!
Veja que intrigante: “A inteligência que o homem perdeu na
queda de Adão, o velho homem, é restaurada quando oramos no
Espírito, recebendo a mente de Cristo”. Desta forma, se não houver
oração em línguas, nossa capacidade mental de absorver o que é
espiritual, nunca será desenvolvida em sua totalidade.
 
“Mas vós não aprendestes assim a Cristo, Se é que o
tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a
verdade em Jesus; Que, quanto ao trato passado, vos
despojeis do velho homem, que se corrompe pelas
concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da
vossa mente; E vos revistais do novo homem, que
segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade”
(Efésios, 4:20-24).
 
Os 95% da mente humana, que é morta, recebe vida pelo
poder da oração em línguas, trazendo uma capacitação racional e
espiritual mais poderosa e expandida. Ao orarmos nesse nível, toda
a esfera de pensamentos adâmicos, começam a se desvanecer.
Recebemos então, novos impulsos cerebrais provenientes do
espírito, que destroem os padrões da iniquidade humana e caída.
Sendo assim, uma mentalidade renovada é liberada. Quando isso
ocorre, passamos a ter a mente de Cristo, que é viva, com
pensamentos espirituais de justiça e santidade.
A edificação está em receber os códigos de revelação da
parte de Deus, com o propósito de que haja desenvolvimento da
nossa nova natureza. À medida que isso ocorre, o nosso homem
espiritual vai sendo fortalecido, do Poder de Deus.
A pessoa que ora muito em línguas, recebe uma carga de
Poder do Espírito Santo para a obra ministerial e para vencer as
trevas. Quando mais ela orar no Espírito, maior será a sua
expansão e capacidadede receber as revelações e unções
poderosas.
Orar no Espírito é expandir o homem espiritual para novos
níveis de relacionamento com Deus e acúmulo de poder. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Capítulo 17: Os Impasses da Busca pela Comunhão
 
N
Os Impasses da Busca
Pela Comunhão
 
o decorrer da jornada, na busca por uma vida de
comunhão e intimidade com o nosso Deus, encontraremos
muitos impasses rumo ao nosso alvo da Plenitude de Cristo.
No caminho do amadurecimento espiritual, recebi inúmeras
lições valiosas, assim como na vida em um todo. Aprendi que o
Espírito Santo, além de ser o nosso guia, também é a conexão
direta tanto com Jesus, como com Deus. Sem um relacionamento e
conhecimento da Pessoa do Espírito Santo, fica impossível termos
uma comunhão com o nosso Pai. Descobri também que a diligência
e o sacrifício na luta contra as resistências da carne e das trevas,
nos levam a lugares altos de intimidade com o Senhor.
No início, quando estamos na “inocência”, procurando
conhecer o Espírito Santo, temos a tendência de entregar nossos
sentimentos e emoções. Não me refiro aqui a ingenuidade de uma
criança, no quesito da pureza e intenções do coração, mas a
singeleza ‘inocente’ da imaturidade.
Quando estamos passando por esse período, somos muito
emotivos, sentimos uma graça provisória de carinho, do toque e do
amor de Deus, como se Ele estivesse nos mimando. Contudo, o
Senhor deseja o nosso amadurecimento no conhecimento d’Ele, no
espiritual e em tudo aquilo que nos envolve ou representa, para que
possamos emanar a fragrância de Cristo na família, nas finanças,
igreja, nos relacionamentos e na vida conjugal.
Na fase de transição da “comunhão de inocência” para a
“comunhão madura”, ocorre alguns impasses, aonde muitos não
conseguem manter o seu nível de relacionamento com o Espírito
Santo, devido à ausência de sabedoria, conhecimento, revelação e
principalmente, pela falta de um mentor ou pai espiritual que o
instrua.
 
A Transição para o amadurecimento
 
“Quando eu era menino, falava como menino, pensava como
menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem,
deixei para trás as coisas de menino” (1 Coríntios, 13:11).
 
Quando progredimos na fase de transição da inocência para a
maturidade, Deus passa a elevar o nosso nível de entendimento
concernente ao mundo espiritual e a nós. Neste ponto, muitos ficam
sem entender, porque aquilo que antes as edificava, tanto na oração
quanto na entrega a Deus, agora, parece não edificar mais!
Como isso é estranho!
 
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda
a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda
aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (João, 15:1-
2).
 
É aqui que precisamos de mais vigilância e sabedoria, pois, se
trata de um ponto em que Deus começa a arrancar os ramos, os
troncos e as raízes de pecados, inconscientes e conscientes da
nossa alma; as injustiças e iniquidades, e tudo aquilo que não
víamos em nós! A sensação é horrível..., como se Deus estivesse
nos abandonando ou que O entristecemos e até mesmo, que não
somos dignos d’Ele. Nessa fase, pensamentos negativos
pertinentes ao relacionamento com o Senhor, começam a passar
por nossa mente.
 
O Que está acontecendo comigo?
 
“Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo-
nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a
santificação no temor de Deus” (2 Coríntios, 7:1).
Não se espante! Quando chegar essa hora, Deus irá forjar o
nosso caráter e maturidade espiritual, para que nos tornemos um
vaso profético de honra. Entretanto, nesta fase, começamos a ver
pecados que nunca havíamos visto antes em nós, porque na
comunhão inicial, isso fica coberto pela graça daquele tempo.
À medida que nos aproximarmos de Deus, veremos o quão
Bom Ele é, e quanto mais descobrirmos a bondade d’Ele,
enxergaremos o quão mau somos!
As iniquidades da alma geracional e cultural, vão aparecendo
e se tornando um impasse na nossa caminhada. É nesse momento
que precisamos estar atentos, porque existem certas iniquidades
que o Senhor irá tratar conosco, de modo a arrancá-las. Esse
processo de purificação é bem dolorido, mas para cada tratamento e
lapidação que recebemos, um novo nível de glória surge em nossas
vidas! 
 O processo de lapidação vem de tempos em tempos, quando
a própria mão do Senhor começa a operar em nós. Nesse período,
o Espírito Santo de Deus passa a revelar o que desconhecíamos da
nossa velha natureza, ou daquilo que achávamos ser um
comportamento normal, com o propósito de olharmos pelos olhos
espirituais, o que antes não víamos.
“Quem há que possa discernir os próprios pecados?
Absolve-me das que me são ocultos” (Salmos, 19:12).
 
Ao entrarmos na justiça da comunhão com o Espírito Santo,
toda a nossa vida será santificada em seus múltiplos ambientes.
Não podemos ser ingênuos, Deus irá tratar com tudo aquilo que era
trevas em nós. Afinal, não existe comunhão entre a luz e as trevas.
Quando esse processo de amadurecimento toma uma
proporção mais intensa, para a nossa purificação e discernimento
espiritual, aí é que dói mesmo! Não há como nos aprofundarmos,
sem antes Deus nos tratar e disciplinar. Tudo aquilo que for palha,
será exposto, de modo a ser arrancado e queimado pelo fogo do
Espírito Santo. “Portanto que sociedade pode haver entre a justiça e
a iniquidade? Ou que comunhão há, da luz com as trevas? ” (2
Coríntios, 6:14).
Fora esse, ainda existem outros impasses, alguns deles
parecem quase impossíveis de serem superados, por causa das
ataduras de iniquidades e pecados do passado ou geracional, que
podem ser tão fortes, que não conseguem continuar na comunhão
com o Espírito Santo. Já outros, possuem uma forte raiz de rebeldia,
que começa a se manifestar e levar para longe dos caminhos da
obediência.
Quando esse tempo chegou para mim, fui fortemente
confrontado com situações da vida, eram lutas na família, nos meus
pensamentos e em minhas emoções. Foi uma fase aonde surgiram
grandes combates!
Nesses momentos de purificação, Deus não nos abandona,
mas irá tratar conosco de uma forma diferente.
Tudo o que é difícil de ser quebrado na nossa carne, causa
muita dor, como se o Espírito Santo, que antes estava tão próximo,
agora parecesse tão longe de nós.
 
Por que esse processo é tão difícil?
 
“Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo
Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Romanos, 8:13).
Enquanto não aprendermos a diferença entre homem
espiritual e natural, de como unir um ao outro, sentiremos sempre
um fogo refinador. O fato da nossa carne passar pela mortificação e
o nosso espírito pela transição do amadurecimento da nossa fé,
torna esse processo bem dolorido, porque o Espírito Santo traz o
discernimento dessas questões, para não sermos imaturos,
seguindo os desejos carnais, mesmo que eles tenham a aparência
de ser “bons e espirituais”, porque, na verdade, só exaltam o
homem e não o Senhor.
Os impasses mais difíceis de serem vencidos, são aqueles
que confrontam diretamente o nosso orgulho e o ego. Parece que as
pessoas se levantam contra nós e que ninguém nos entende, ou
pior ainda, que o mundo fica nos marcando. É exatamente nesse
ponto, que o Espírito Santo aplica a Sua obra de quebrantamento e
disciplina — para que não venhamos cair na prepotência espiritual,
pensando que Deus concorda com tudo o que fazemos — mas
somos levados ao conhecimento da humildade do Senhor Jesus.
Se o cristão se submeter ao Senhor, pedindo sabedoria para
vencer esses impasses, certamente passará por esse tratamento
mais rápido e adquirirá maturidade. Porém, quanto mais resistência
da carne houver, maior será o confronto que sentirá.
Muitos que não se submeteram a esse tratamento, por serem
usados poderosamente na unção, ao passar por esse processo,
sentem que estão em grande angústia e lutas que parece até que
Deus os abandonou. Acabam se tornando secos e se sentem
vítimas, como se o diabo estivesse destruindo suas vidas.
Há também aqueles queestão no ministério fazendo a “obra
de Deus”, que ao entrar nesse processo de lapidação e
realinhamento, acabam não entendendo a vontade do Senhor. Eles
sentem que as portas se fecharam e começam a questionar a Deus,
sem procurar por sabedoria espiritual, para ouvir ao Senhor. Sendo
que Deus está apenas os recolocando na direção certa, com mais
santidade, temor e unção.
Quando recebemos os recursos espirituais e o momento de
podar e lapidar chega, a impressão é a de que Deus está
removendo o melhor que temos, mas com a intenção de trazer
reorientação aos propósitos e mais purificação ao nosso coração.
Quando ocorre uma desordem com aquilo que recebemos da
parte de Deus, Ele mesmo vem e permite a perda, para que haja
renovação e alinhamento, como foi com Jó, que após passar por
toda aquela prova disse: “Antes eu te conhecia só por ouvir falar,
mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos. Por isso me
abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó, 42:5-6). Vemos aqui
que Jó entendeu o propósito.
 
“Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus
repreende; não desprezes, pois, a correção do Todo-
Poderoso. Porque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga; ele
fere, mas as suas mãos também curam” (Jó, 5:17-18).
 
Certa vez, um apóstolo conhecido, veio a mim, pedindo ajuda
espiritual, porque havia perdido o que antes possuía — o seu
acesso espiritual a unção e os recursos financeiros — Ele estava
enfrentando situações difíceis e resolveu passar uns dias de jejum
conosco no lugar onde fazíamos nosso retiro espiritual.
Durante a madrugada, quando orávamos, tive um êxtase
espiritual por duas vezes e a mesma visão, apareceu: nela, eu
andava no local onde estávamos, olhava para o chão e achava uma
identidade, quando eu a pegava, para ver de quem poderia ser, me
surpreendi, porque no documento era como se pudesse ver uma
foto de Jesus, assim como o Seu Nome escrito nela. Ainda na visão,
comecei a sorrir, falando:
— Nossa! Achei a identidade de Jesus, (risos...) agora vou
saber o ano em que Ele nasceu!
Quando voltei daquele êxtase, ainda estava sorrindo e
perguntei ao Senhor o que significava aquilo. O Espírito Santo,
então me disse:
— Filho, essa é a identidade de Cristo que o meu servo
perdeu há muito tempo, e ele veio até você para ser restaurado. Ele
precisa voltar a acreditar!
Quando relatei a visão ao apóstolo, uma graça veio sobre ele
de tal forma, que começou a chorar, se arrependendo por ter
deixado a essência da sua comunhão com o Senhor Jesus. Ele
então pediu perdão por suas iniquidades e naquele momento,
quando fui orar por ele, a Presença do Espírito Santo veio de tal
forma sobre aquele homem, que foi tomado pelo Poder de Deus.
Assim ocorria comigo também, tinha tempo que estava
vivendo às “mil maravilhas” com o Espírito Santo, desfrutando de
sinais poderosos, sentido tudo em perfeita ordem, de repente,
vinham as tribulações e parecia que toda aquela unção já não
estava mais comigo, quando, na verdade, tratava-se exatamente do
processo de remoção, para a reorientação e uma nova etapa de
vida, que Deus estava me levando.
Toda vez que saímos do centro da vontade de Deus, ou
alguma coisa em nosso coração não está de acordo com os
padrões dos propósitos e da santidade do Senhor, somos removidos
daquele lugar espiritual, para sermos promovidos! Recursos se
estancam, para depois serem novamente liberados.
 
“Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações,
porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a
perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado,
esperança. E a esperança não nos decepciona, porque
Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio
do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos, 5:3).
Tudo o que temos que fazer é nos humilharmos,
reconhecendo que precisamos da misericórdia de Deus, aí então, a
virtude da humildade de Cristo, nascerá e o entendimento no
coração do cristão, daquilo que Deus deseja, acontecerá. Incluindo
as áreas que necessitam de maior tratamento e edificação para o
avanço do próximo estágio, da comunhão com a Presença e da
intimidade com Deus. “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão
de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1 Pedro,
5:6).
Havia muitas situações que não entendia o porquê estava
passando! Me sentia bem próximo do Espírito Santo, fluindo na
unção maravilhosa e em outro momento, eu mais parecia com um
recipiente vazio.
Fora os impasses das emoções e dos desejos da carne que
tinha que lutar constantemente, parecia que estava sozinho. Depois
que passava o período da provação e dos desertos espirituais, o
favor de Deus me alcançava com uma medida de graça diferente e
uma nova dimensão de glória era revelada ao meu espírito,
produzindo transformações no meu entendimento, purificando o
meu caráter e me tornando ainda mais forjado na imagem de Cristo
Jesus.
Tive uma experiência, no início de meu pastorado, que marcou
radicalmente minha visão espiritual sobre o Reino de Deus e as
formas como Ele pode se manifestar. Naquela época, era um jovem
recém-casado, pregador e auxiliava no ministério. O Espírito Santo
se movia de forma sobrenatural em mim. Via sinais e maravilhas
visíveis do Seu Poder. Entretanto, pouco conhecia da Pessoa de
Jesus e de Sua Santidade, a níveis mais profundos.
Eu pensava que era santo, mas com o tempo, descobri que a
santidade é revelada a um cristão à medida que ele se aproxima do
conhecimento do Senhor Jesus.
Certa noite, ministrando a palavra, na igreja que ajudava,
estava pregando sobre a Presença e Glória de Deus. Tive uma
experiência que jamais esquecerei, fui interrompido por um grande
Anjo, que apareceu a mim, dizendo:
— Só fale o que te mandar.
Fiquei sem reação!
Fui apoderado da Glória de Deus, aquele Anjo carregava uma
unção e um peso de luz tão forte que me impactou, quase não
aguentava manter-me de pé.
Ele disse:
— Peça para toda a igreja ficar em pé.
Comecei a receber direções no meu espírito, através de sua
voz audível, repassava para os presentes e a unção do Espírito
acompanhava aquele comando.
Eu dizia:
— O Espírito de Deus está passando na primeira fileira.
Ao falar isso, uma onda de poder lançava todos para trás,
ninguém ficou de pé naquele culto. Por onde o Anjo passava, as
pessoas iam caiando debaixo da unção do Espírito. Elas ficaram tão
tomadas de temor, que muitas foram cheias do Espírito Santo
naquela noite.
O Anjo do Senhor me disse:
— Esse povo não está preparado para receber a Glória de
Deus.
Logo em seguida, uma jovem visitante levantou a mão e
acenou, pedindo oportunidade para entregar uma Palavra de Deus.
Permiti que a mesma falasse e ela apenas confirmou, exatamente, a
palavra que o Anjo havia me dito.
Para minha tristeza, após aquele culto maravilhoso, entrei em
um processo de tratamento por um período de três semanas. Me
sentia completamente vazio da Presença de Deus, não ouvia a Sua
voz e me sentia irritado com qualquer coisa, nem conseguia ficar
perto da minha esposa sem reclamar de algo com ela.
Depois daquelas três semanas, me encontrava em grande
angústia, questionando a Deus sobre o que estava acontecendo
comigo; por quê me sentia tão mal? Foi quando o Espírito Santo me
visitou e começou novamente a me encher com Sua doce e
santíssima Presença. Ele me disse:
— Filho, tu estavas te sentindo distante de Mim, porque via o
pecado em você, isso tudo devido ao nível da minha Glória que foi
manifesta sobre a sua vida naquele púlpito. Permiti que
experimentasse e conhecesse aquilo que pregava, e julgava saber,
de modo que o meu temor entrasse em seu coração, lhe falando
sobre minha Glória. Para cada nível de luz que alcançares em Mim,
um nível de trevas e iniquidades serão arrancados de ti. Quando
isso ocorrer, a minha luz mostrará tudo o que for treva em seu
interior. “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no
Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em
toda bondade, e justiça, e verdade” (Efésios, 5:8).
Após aquele ensino do Espírito Santo, comecei a amadurecer
profundamente no meu relacionamentocom o Senhor, porque a
maturidade através do temor foi sendo gerada. Fui me tornando um
jovem pregador mais compromissado com a palavra e com o temor
do Senhor. Isso foi me livrando de muitos enganos e laços de
Satanás.
Não questione a Deus com murmuração em seu coração, em
relação às coisas que “parecerem” estar opostas a você. Peça ao
Espírito sabedoria e revelação, para que o conhecimento da obra de
Deus seja liberado em seu entendimento.
 Na vida, sempre enfrentaremos diversidades e situações que
serão confrontantes. Haverá momentos em que tudo parecerá
oposto a nós e chegará dias, que pensaremos que Deus está contra
nós! Na verdade, todo o processo de tentações, tribulações e
lapidações, são para o nosso crescimento espiritual e
amadurecimento no conhecimento revelado, mediante as
experiências que adquirimos ao longo da jornada, e que nos levam
a compreender mais o Senhor, andando em sabedoria na Sua
Presença.
Os impasses que enfrentamos, na maioria das vezes, são
provenientes da carne e de áreas que ainda não estão sujeitas a
Cristo, antes, estão sob o governo natural e racional que serão
tratadas pelo Espírito de Deus, você queira ou não!
O fato é que todos passamos por disciplinas, para que
alcancemos o amadurecimento no conhecimento de Cristo e da
obra que o Espírito Santo realiza.
Grave isso em seu coração — o Espírito Santo sempre estará
ao seu lado, mesmo que se sinta só. Ele jamais te abandonará,
independente se estiver quebrantando áreas necessárias em sua
vida!
Os impasses serão cada vez mais absorvidos, através da
continuidade de sua comunhão com o Espírito Santo, até o ponto
aonde o seu entendimento estará transformado, tendo mais
habilidade para romper contra todas e quaisquer situações
adversas.
O apóstolo Paulo conheceu bem esse processo e instruiu a
igreja de Roma, em sua carta aos Romanos, dizendo: “Sabemos
que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o
amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito.
Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou
para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja
o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também
chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou,
também glorificou. Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se
Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a
seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará
juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará
alguma acusação contra os escolhidos de Deus? [...] Será
tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou
perigo, ou espada? Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos
a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas
destinadas ao matadouro”. Mas, em todas estas coisas somos mais
que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos, 8:28-
37).
 
 
Capítulo 18: O Tempo Traz Maturidade no Relacionamento
 
O Tempo Traz Maturidade
S
No Relacionamento
 
omente o tempo traz amadurecimento no relacionamento
com Deus, pois, Sua divindade, atributos, formas de
trabalhar conosco e tudo o que envolve a revelação do Seu Nome,
Seu caráter e Sua vontade, só são conhecidos, depois que
estabelecemos nosso compromisso de andar na Sua Presença, ao
longo da vida no Espírito.
A maturidade é a chave que libera as profundezas do Reino
de Deus, mas Ele não pode disponibilizar tudo o que pedimos sem
antes nos preparar para receber. Sou grato a Deus, que não
respondeu muitas das petições que fiz no início da fé. Passaram-se
anos para que elas fossem respondidas.
Depois que receber certas dimensões de poder e autoridade
espiritual, vi o quanto era perigoso, se não tivesse a maturidade, ou
seja, adequação emocional e psicológica para suportar o peso da
responsabilidade. Por esta razão é tão importante buscar por
sabedoria, para que nosso relacionamento com o Senhor seja
desenvolvido a níveis mais intensos de intimidade. A falta dela, traz
sérios prejuízos àqueles que desejam avançar na comunhão com o
Espírito Santo.
Podemos até ter muita fome pela Presença de Deus, mas se
não pedirmos a Ele por sabedoria, toda a força que empregamos,
será desperdiçada.
 
Se você deseja saber mais sobre as leis e
normas do que é uma vida espiritual,
adquira ou participe de nossa Escola de
Fogo, do Módulo:
“A vida no Espírito”. Temos muitos
ensinamentos sobre esse assunto
tão importante!
“Se o ferro está embotado, e não se lhe afia o corte, é
preciso redobrar a força; mas a sabedoria resolve com
bom êxito” (Eclesiastes, 10:10).
Maturidade no relacionamento com o Espírito Santo, significa
compreender toda a esfera de atuação da Sua Presença em nossas
vidas. É saber lidar com as circunstâncias e processos tanto
naturais, quanto espirituais, que normalmente ocorrem com cada
cristão. É ter uma mentalidade renovada na palavra e, na prática de
viver em Sua Santa habitação. Saber distinguir a Sua vontade,
discernindo os movimentos da alma e do espírito, de modo a
andarmos nos padrões das leis do Espírito.
 
 
 
Amadurecendo com unção
 
“Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de
Cristo e avancemos para a maturidade” (Hebreus, 6:1a).
Todo cristão deveria receber o batismo de fogo, que é o
revestimento de poder para andar em esferas de unção cada vez
maiores, operando no sobrenatural.
Ser cheio do Espírito Santo, é estar em constante operação
debaixo da Sua Presença e unção. Quando decidimos buscar a
Deus, para interagir com o nosso chamado e vocação espiritual,
temos de aprender a viver no Espírito e no Seu Poder. Contudo,
esse aprendizado só vem com o tempo.
Somente quando estamos maduros em Cristo, é que sabemos
lidar de fato com a unção.
O relacionamento com o Espírito Santo reflete diretamente na
forma como agimos, em virtude do que Ele entrega a nós,
principalmente, Sua unção e dons. Por sermos sondados por Sua
Presença, precisamos ter temor e reverência, usando sempre da
unção que nos é entregue.
A capacitação sobrenatural, origina-se quando aprendemos a
lidar com a unção do Espírito Santo. Depois desse ponto, somos
impulsionados ao nosso destino e propósito, para o qual fomos
chamados por Deus.
Sabemos que a unção está diretamente ligada a um propósito.
Dessa forma, não podemos ser imaturos no nosso relacionamento
com Deus e no serviço, usando o Seu Poder sem que estejamos em
concordância com a Sua vontade. Há muitos que ainda não
amadureceram na integridade e no serviço, trocando os valores da
submissão e rendição, pela vaidade e exaltação própria.
Lembro-me quando comecei a entrar na vida ministerial e ser
usado pelo Espírito Santo. A minha concepção sobre a atuação da
Presença no serviço, ainda era rasa. Errava por falta de
entendimento, de como operar na unção e seguir a direção do
Espírito de Deus.
Muitos cristãos ainda cometem erros similares em seus
ministérios, pensando que o fato de estarem operando no poder,
garante-lhes “imunidade”, como se Deus aprovasse tudo o que
estão fazendo, e isso ocorre por causa da falta de compreensão e
relacionamento com a Presença de Deus.
O poder sem relacionamento é amargo. Isso é terrível!
Se não tivermos o acesso à Presença, nada vale a pena neste
mundo. A fraqueza espiritual se torna uma consequência inevitável,
por fim, suas forças e energias são gastas naquilo que não terão
como sustentar! Tudo por falta de justiça e relacionamento com o
Espírito Santo. Portanto, é a maturidade espiritual, que leva o cristão
ao conhecimento genuíno de Cristo, sendo direcionado a andar no
Espírito.
Devemos caminhar em temor, principalmente depois de
usufruir da unção, porque, quanto maior for a sua carga na vida de
uma pessoa, mais visada ela será no mundo espiritual. Por isso, é
necessário ter mais dedicação ao Espírito Santo, afinal, a unção
está associada a Sua Pessoa e ao nosso comportamento em
reverência a Ele.
Todo cristão deve saber que precisa da unção, afinal, ela é
liberada a todos que nascem de novo, contudo, é importante que
haja o entendimento de que — ela vem paradar direção,
capacitando-nos para os desígnios no Reino e não para ser usada
como atração principal de um “show”!
O apóstolo Paulo ensina que recebemos dons e um chamado,
que são irrevogáveis (Romanos, 11:29). Todavia, no caso da unção,
não! Porque ela vem de acordo com a nossa submissão e
relacionamento com o Espírito Santo. O “discípulo amado” João, a
compara como o “próprio Espírito de Deus em nós”. Sendo assim,
toda pessoa que perde o contato com o Espírito Santo, também
perde sequencialmente a unção, ou seja, ela vai ficando cada vez
mais fraca.
O Fruto do Espírito é o reflexo da imagem do caráter de Jesus
em nós e serve para a frutificação do cristão, em um relacionamento
com Deus e Sua Presença. É por meio desse fruto que a plenitude
de Cristo é gerada em nós e a unção reflete o Seu Poder através de
manifestações sobrenaturais.
 
Definição de chamado
 
“Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos”
(Mateus, 22:14).
 
O chamado de Deus está ligado ao nosso ofício ministerial ou
incumbência de discernir, pensar, sentir e perceber as coisas,
afetando diretamente à sua maneira de expressão interna e externa.
A exemplo disso temos médicos, advogados, dentistas entre
outros... que possuem a capacidade nata no seu interior, dados pelo
Senhor, para realizar tais serviços. Ele é basicamente aquilo que a
pessoa nasceu para ser e fazer. Tal como Paulo, que ao ser
chamado, recebeu de Deus uma dispensação espiritual, trazendo a
natureza apostólica que já havia nele, para o seu espírito.
Ele pode vir também do ventre materno, que foi o caso de
João Batista. Por outro lado, pode ser desenvolvido (ativado) no
decorrer da caminhada no Reino de Deus.
Quanto ao dom, ele é uma dádiva que todos podem receber,
sendo usado intuitivamente. Já o chamado, é o dom que a pessoa
é, ou seja, ela é o próprio dom para servir, suprindo com o seu
desígnio a humanidade.
O Fruto do Espírito é desenvolvido à medida que
amadurecemos, os dons são gerados automaticamente para o
serviço, mas nem todos que se movem em dons, são maduros para
edificar vidas.
O chamado precisa de discernimento, como disse Jesus:
“muitos são chamados, mas poucos os escolhidos”. O Senhor Jesus
estava ensinando que àqueles que respondem ao convite de Deus
para o ministério, com entendimento, são escassos.
Infelizmente, na caminhada cristã, existem os que estão,
literalmente, perdidos no seu ministério, exercendo aquilo que não
foram chamados para fazer. Por esta razão é tão importante termos
um relacionamento íntimo com o Espírito Santo. Somente Ele pode
nos conduzir ao nosso real propósito.
 
C
 
Capítulo 19: A Diferença entre Atmosfera e Realidade da Presença
 
A Diferença entre Atmosfera
E Realidade da Presença
 
hegamos a um ponto importante neste último capítulo, onde
vamos estudar a diferença entre atmosfera e realidade da
Presença do Espírito Santo. Atualmente, devido a tantas confusões
espirituais nas igrejas, por falta de conhecimento da Presença do
Espírito Santo, é imprescindível ter essa compreensão e
entendimento, porque infelizmente, está havendo uma substituição
da unção pelo entretenimento.
A Palavra viva, quando é aplicada através de ensinos técnicos
de psicologia, filosofia de vida, teologia e outros recursos humanos,
substitui a Presença de Deus, por uma atmosfera de adoração
criada pelo homem.
Existe atualmente uma deficiência, gigantesca, no tocante ao
entendimento das lideranças cristãs sobre a revelação e ao
conhecimento espiritual do Reino de Deus. Devido essa carência
em todo o mundo, podemos observar que os padrões espirituais,
estão em baixa, com relação ao que diz as escrituras.
Todo cristão, precisa de um encontro genuíno com o Espírito
Santo, para ter conhecimento do que é a Presença de Deus, a fim
de não ser levado pelos moveres da alma e não confundir a
atmosfera de unção ou de adoração, com a Presença do Senhor.
 
Tipos de atmosferas
 
“E aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as
trombetas, e cantavam, para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo
e louvando ao Senhor [...] dizendo: Porque ele é bom, porque a sua
benignidade dura para sempre, então a casa se encheu de uma
nuvem, a saber, a casa do Senhor; E os sacerdotes não podiam
permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a
glória do Senhor encheu a casa de Deus” (2 Crônicas, 5:13-14).
 
Segundo a física, naturalmente falando, atmosfera é uma
camada de gases com massa suficiente para envolver e proteger à
Terra, absorvendo a radiação cósmica e dos meteoros. Os gases
são atraídos pela gravidade do corpo e são retidos por um longo
tempo se a gravidade for alta e a temperatura da atmosfera for
baixa. Podendo ser definida também como o conjunto de condições
meteorológicas de tempo, ar, céu e nuvens carregadas. Sendo
assim, ela é fundamental para a manutenção da vida na Terra, por
ser fonte de oxigênio, de gás essencial à vida e por regular a
temperatura, e o clima terrestre. Sendo responsável pela
distribuição da água no planeta (chuva).
Em termos espirituais, atmosfera pode estar relacionada ao
ambiente social ou espiritual. No entanto, se trouxermos o conceito
da física para o espiritual, podemos definir atmosfera como — uma
camada protetora que envolve determinado ambiente com energia
gerada pela alma, espírito humano, Espírito de Deus ou até mesmo,
por espíritos malignos.
Agora que compreendemos um pouco sobre o que é uma
atmosfera, podemos dar prosseguimento no raciocínio do capítulo e
entender melhor esse assunto tão importante.
A ideia contemporânea dos cultos que as igrejas estão
aderindo, é a de um espaço maior para adoração e entretenimento.
Estão substituindo o tempo que o Espírito de Deus tem para se
manifestar, através dos dons e Suas múltiplas formas para edificar a
igreja, por métodos humanos. Isso tem sido um caos total dentro
dos ministérios. Estamos cheios de músicos com técnicas
aprimoradas, sem unção e Presença do Senhor!
A falta de relacionamento com Deus é evidenciada pelo
entretenimento da adoração. Não estou dizendo que isso é errado, a
questão é que, não está havendo a interação da Presença de Deus
no momento de levar os sacrifícios dos nossos lábios ao Senhor,
através de cânticos e louvores, gerando uma adoração genuína ao
Seu Nome.
O ponto central é que — não estamos vendo a atuação do
Espírito Santo no meio dos cultos de adoração, na maioria das
igrejas — porque não está havendo a busca da realidade da Sua
Presença em primeiro lugar! A maioria hoje, prefere priorizar uma
atmosfera agradável ao público, muitas vezes pagante, do que
altares no coração da igreja. Este é um problema que está sendo
cada vez mais lamentável.
A geração dos “shows gospel” querem forçar a manifestação
de Deus através da adoração, sem que antes, haja sacrifício por
meio de uma vida de oração e consagração. Por isso, ficam
acomodados, com uma boa atmosfera no ambiente, em vez de uma
nuvem de glória do Espírito de Deus.
Outro fato a ser mencionado é o engano, que entrou em
muitos ministérios substituindo a unção da adoração, por técnicas e
talentos humanos, promovendo o “emocionalismo”, em vez da
manifestação genuína da própria Presença de Deus. Existem igrejas
que até possuem a unção do Espírito Santo, isso é fato, porém,
acabam se acomodando com uma atmosfera produzida por
homens.
O problema não está em gerar um ambiente agradável a
questão é a substituição da Presença de Deus por sensações ao
nível da alma e da carne, e o comodismo dela. Precisamos saber
gerar uma boa atmosfera para que o Espírito Santo tenha a
liberdade de alcançar as almas e manifestar o Seu Poder. O mais
importante nisso tudo, é que Sua Presença seja liberada sobre o
ambiente, só Ela pode libertar e salvar de fato os perdidos.
A Presença de Deus só permanece aonde é recebida e
honrada. Quando respondemos a ela, a sua permanência ficará
sobre nós e no ambiente. Conhecê-la, é muito importante! Pois,
levará a adoração a outro nível e não só a um conforto produzido
por uma atmosfera. Quem valoriza isso, não estará preocupadocom
a performance ou uma manifestação de unção, mas com a
revelação do Rei da Glória!
Se os cristãos não buscarem a realidade da Presença de
Deus e desejá-la no seu dia a dia, seja no culto, em casa ou no
trabalho, infelizmente, ficarão acostumados somente com os
moveres gerados por impulsos momentâneos e a unção de
misericórdia, e não com a realidade da Vida de Deus.
Tem ocorrido em certos seguimentos cristãos, a falta da Vida
no Espírito e do Seu Poder. Está havendo a confusão da atmosfera
gerada pela alma, com a que o nosso espírito gera em comunhão
com o Espírito Santo e acabam ficando tão acostumados com isso,
que meramente dão valor a uma verdadeira manifestação de Deus.
Precisamos gerar, cada vez mais, através de nossas vidas,
uma atmosfera da Presença do Espírito Santo, ao ponto, que só de
chegarmos em um lugar, ele seja tomado pela glória de Deus,
entretanto, necessitamos ainda mais romper para a manifestação
dela e não somente as sensações que sentimos no ambiente.
Devemos pedir e buscar a manifestação da Presença do
Senhor! Queremos ser tangidos e transformados na glória da luz
que emana da Sua Presença.
Vigiando com as falsas atmosferas espirituais
 
Esse é um tema extenso e precisaríamos de uma dedicação
mais detalhada para tratar com mais ênfase. Estou resumindo de
forma prática, sem perder a profundidade e a abordagem do
entendimento simples, mas não menos importante.
Com o tempo de experiência com Deus, desenvolvi uma
percepção sobre os tipos de atmosfera que estavam em um
ambiente. Não importava se era na igreja, em casa, na rua ou outro
lugar. O dom de discernimento, quando é bem desenvolvido, vai
além do que podemos imaginar. Uma das funções desse dom é
aguçar a nossa percepção espiritual, das coisas que estão a nossa
volta, principalmente para identificar operações sobrenaturais, sejam
de Deus ou do diabo.
A vigilância nos últimos tempos, tem que ser mais apurada.
Porque é notório que o surgimento de falsos moveres, que estão
aumentando, requer que sejamos, mais capacitados no nosso senso
de percepção espiritual, para sabermos se tais movimentos e
atmosferas provém ou não de Deus.
Desde que fui batizado com o Espírito Santo, minha vida foi
tomada pela agenda do céu. O Espírito me levou a conhecer
diversos moveres, de Deus ou não. O Senhor me permitiu entrar em
lugares, que aprendi bastante sobre os ambientes que Deus se
movia e outros em que Satanás manipulava as pessoas.
Principalmente, no meio pentecostal, onde os cristãos são mais
abertos ao sobrenatural. Lugar onde ocorreu, inclusive, os maiores
enganos, devido ao fato de estarem mais expostas aos movimentos
espirituais, sem que antes, fossem edificadas no conhecimento da
Palavra e da Pessoa do Espírito Santo. Por isso, é importante, sim,
manter uma postura espiritual, para provar os espíritos, se Deus
está realmente em um ambiente ou não.
Precisamos tomar cuidado, para não julgar precipitadamente.
Por esta mesma razão que todo o cristão precisa conhecer,
primeiramente, o Espírito Santo, desenvolvendo um relacionamento
com Ele, para não ser levado por seus sentidos naturais e nem por
espíritos enganadores.
A ilusão espiritual nas igrejas se tornou tão grande, que vejo
pessoas buscarem o sobrenatural e uma atmosfera, com a
finalidade de serem “tocadas por Deus”. Não que isso seja errado, a
falha está na motivação e intenção equivocada do coração. Isso
ocorre por causa de falsos ministérios e daqueles que estão no
engano, por falta de discernimento e maturidade espiritual.
As pessoas estão se perdendo, por não conhecerem o
Espírito de Cristo e o que realmente é uma atmosfera Celestial.
Os cristãos precisam tomar muito cuidado, para não serem
iludidos pelos sentidos carnais, se abrindo a todo tipo de “atmosfera
espiritual”, porque os espíritos de engano promovem moveres
sobrenaturais, facilmente. Eles podem gerar sensações “almáticas”
e físicas, ou até mesmo, sinais como manifestações de maravilhas,
para cativar a alma de uma pessoa, levando-a a acreditar que é de
Deus.
Não podemos acreditar em tudo o que vemos ou sentimos,
precisamos buscar a sensibilidade da Presença de Deus e da
comunhão com a Sua Palavra, tendo discernimento, para não
sermos levados por qualquer mover ou atmosfera que toca a alma,
tendo sensações e emoções manipuladas pelas trevas.
Desejo que após essa leitura, seu espírito tenha sido
edificado. Que brote em seu íntimo, o desejo de conhecer mais
ainda a Pessoa do Espírito Santo. Relacione-se com Ele, desfrute
de Sua companhia, converse com Ele e serás respondido.
Anseie por Sua Presença, assim como a corça anseia por
águas.
Que o Senhor nosso Deus, rico em bondade e misericórdia, te
abençoe e te dê a paz, hoje e para sempre.
Amém.
 
 
 
 
 
 
 
 
Para ter aconselhamentos, perguntas e respostas sobre o tema do
livro, acesse o nosso link:
 
www.buscandooespiritosanto.com
 
Para participar de nossa Escola de Fogo e ter acesso a mais
materiais que servirão para sua edificação pessoal, acesse o nosso
site:
 
www.escoladefogo.com
 www.institutoescoladefogo.org
 
 
 
 
 
 
“Que Deus o abençoe e que você seja
cheio do Espírito Santo. ”
 
 
http://www.buscandooespiritosanto.com/
http://www.escoladefogo.com/
http://www.institutoescoladefogo.org/
ALGUNS DOS NOSSOS
MÓDULOS DE ESTUDO DO
INSTITUTO ESCOLA DE FOGO
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ROBSON MARTINS
Apóstolo de Deus
Instituto Escola de Fogo
Rio de Janeiro (RJ) – Brasil
Instagran: @ap_robsonmartins
Facebook: Robson Martins
Contato: (21) 98332-8837
 
“Que Ele cresça e eu diminua.”
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Informações e Contato:
55 (62) 981161422 /(62) 3642-9565
editorial@editoraking.com.br
 www.editoraking.com.br
 
 
 
mailto:editorial@editoraking.com.br
http://www.editoraking.com.br/
	Prefácio
	Introdução
	Parte 1 - Conhecendo a Pessoa do Espírito Santo
	Capítulo 1: Um Encontro Sobrenatural
	Capítulo 2: O Início da Jornada com o Espírito Santo
	Capítulo 3: Enfrentando Conflitos Religiosos
	Capítulo 4: Quebrando a Doutrina de Homens
	Capítulo 5: O Verdadeiro Fruto da Comunhão com o Espírito Santo
	Capítulo 6: O Verdadeiro Descanso
	Capítulo 7: A Pessoa do Espírito Santo
	Parte 2: Compartilhando do Espírito Santo
	Capítulo 8: Os Aspectos da Pessoa do Espírito Santo
	Capítulo 9: Como Iniciar a Comunhão com o Espírito Santo
	Capítulo 10: Três Armas Poderosas
	Capítulo 11: Mantendo o Equilíbrio Espíritual
	Capítulo 12: Realidade e Consciência da Pessoa do Espírito Santo
	Parte 3: Entrando em Níveis Mais Profundos
	Capítulo 13: o Espírito dá Testemunho e Glorifica a Cristo
	Capítulo 14: Erros Cometidos na Busca Pelo Espírito Santo
	Capítulo 15: Não Espante a Pomba
	Capítulo 16: Orando em Todo o Tempo no Espírito
	Capítulo 17: Os Impasses da Busca pela Comunhão
	Capítulo 18: O Tempo Traz Maturidade no Relacionamento
	Capítulo 19: A Diferença entre Atmosfera e Realidade da Presença

Mais conteúdos dessa disciplina