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“Tu guardarás em perfeita paz aquele cujo propósito está firme, porque em ti confia. ” Isaías, 26:3. 1ª Edição 2019 BUSCANDO O ESPÍRITO SANTO COM UMA MENTE RENOVADA INSTITUTO DE RESTAURAÇÃO ESCOLA DE FOGO Copyright 2019 por Robson Martins – Todos os direitos reservados Edição Original por Editora King - todos os direitos reservados Autor: Robson Martins Edição e Coordenação: Alessandra Padilha Correção e Revisão: Fernando Araújo e Rodrigo Siffermann Revisão de Provas Finais: Alessandra Padilha e Rodrigo Siffermann Design e Capa: Robson Martins e Silvan Brito Diagramação e Projeto Gráfico: Silvan Brito Estilização do E-book: Daniela Caldeira Em caso de indicação em contrário, todas as citações bíblicas foram extraídas da Bíblia Sagrada Nova Versão Internacional (NVI) da Sociedade Bíblica do Brasil, da Versão Almeida Revista e Atualizada (ARA) e da Versão Almeida Corrigida e Fiel (ACF). Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Agência Brasileira do ISBN - Bibliotecária Priscila Pena Machado CRB-7/6971 M386 Martins, Robson. Buscando o Espírito Santo com uma mente renovada [recurso eletrônico] / Robson Martins. —— 1. ed. —— Goiânia : King, 2O19. Dados eletrônicos (e-Pub). ISBN 978-65-8O866-O3-8 1. Espírito Santo - Doutrina bíblica. 2. Vida cristã. 3. Espiritualidade. I. Título. CDD 231.3 É proibida a cópia e reprodução parcial ou total da obra, de qualquer forma ou qualquer meio sem a devida autorização expressa por escrito datado pelo autor. A violação dos Direitos Autorais (Lei nº 9610/98) é crime estabelecido pelo Artigo 48 do Código Penal. “Ai daquele que edifica a sua casa com injustiça, e os seus aposentos sem direito, que se serve do serviço do seu próximo sem remunerá-lo, e não lhe dá o salário do seu trabalho.” (Jeremias, 22:13). 1º Edição novembro de 2019 Publicado no Brasil por: Editora King Avenida Paranaíba, 1168, Qd. 112, Lote 51, Edifício Rosane, Setor Central, CEP: 74025-30 Goiânia-Go. Informações e Contato: 55 (62) 981161422 /(62) 3642-9565 E-mail: editorial@editoraking.com.br Site: www.editoraking.com.br mailto:editorial%40editoraking.com.br?subject= Agradeço ao Senhor Jesus, por toda a força e bondade em minha vida; pela graça e misericórdia que me tem concedido cada manhã, podendo assim, viver em amor e comunhão com o Seu Espírito Santo. À minha amada esposa Monique e querida mãe Rosana, duas colunas de intercessão e consolação ao meu lado, que não medem esforços para estabelecer o Ministério que Deus nos designou, para essa geração. A todos os “filhos espirituais” que compõem nossa família ministerial, que o Senhor os recompense por todo amor e dedicação. SUMÁRIO Prefácio Introdução Parte 1 - Conhecendo a Pessoa do Espírito Santo Capítulo 1: Um Encontro Sobrenatural Capítulo 2: O Início da Jornada com o Espírito Santo Capítulo 3: Enfrentando Conflitos Religiosos Capítulo 4: Quebrando a Doutrina de Homens Capítulo 5: O Verdadeiro Fruto da Comunhão com o Espírito Santo Capítulo 6: O Verdadeiro Descanso Capítulo 7: A Pessoa do Espírito Santo Parte 2: Compartilhando do Espírito Santo Capítulo 8: Os Aspectos da Pessoa do Espírito Santo Capítulo 9: Como Iniciar a Comunhão com o Espírito Santo Capítulo 10: Três Armas Poderosas Capítulo 11: Mantendo o Equilíbrio Espíritual Capítulo 12: Realidade e Consciência da Pessoa do Espírito Santo Parte 3: Entrando em Níveis Mais Profundos Capítulo 13: o Espírito dá Testemunho e Glorifica a Cristo Capítulo 14: Erros Cometidos na Busca Pelo Espírito Santo Capítulo 15: Não Espante a Pomba Capítulo 16: Orando em Todo o Tempo no Espírito Capítulo 17: Os Impasses da Busca pela Comunhão Capítulo 18: O Tempo Traz Maturidade no Relacionamento Capítulo 19: A Diferença entre Atmosfera e Realidade da Presença R PREFÁCIO ecebi em Goiânia, a visita de um Apóstolo, vindo do Rio de Janeiro, que procurava por uma editora cristã para realizar o trabalho de publicação do seu livro. Até aquele dia, não o conhecia e a primeira coisa que ele me disse quando começamos a conversar, foi que estava ali por direção do Espírito Santo e que havia orado muito para que o Senhor o conduzisse à Editora que o ajudaria com o seu livro. Quando ouvi aquelas palavras, pensei: “Deve ter sido mesmo o Espírito Santo”. Afinal, não nos conhecíamos. Quando comecei a realizar o trabalho de edição, me deparei com uma obra linda de intimidade e comunhão com a Pessoa do Espírito Santo. Haviam momentos que não sabia se editava, ou se mergulhava nessa imensidão de revelações. Cada capítulo do livro falou profundamente ao meu coração, trazendo ensinamentos para o meu crescimento espiritual. Editá-lo, foi literalmente, um prazer! Por várias vezes, o Espírito Santo falou ao meu coração no decorrer da edição. Em algumas partes, tive que parar, enxugar as lágrimas e retomar o trabalho. Prefácio Quando recebi o convite do Apóstolo Robson Martins para realizar o prefácio de seu livro, me senti honrada. Posso garantir que está é uma obra genuína, de alguém que tem fome e sede da Presença de Deus e verdadeira paixão pelo Espírito Santo. Assim como fui tocada em meu espírito, alma e coração, lendo este livro, desejo que sejas, também, imensamente cheio dessa Pessoa Maravilhosa e Linda que é nosso Amigo e Conselheiro, Espírito Santo. Que Deus abençoe cada vez mais a sua vida, Apóstolo Robson Martins. Sou grata ao Senhor nosso Deus, por ter feito parte deste trabalho, cujo Protagonista, é Aquele que nos dá a vida! Pra. Alessandra Padilha Escritora e Editora N INTRODUÇÃO o decorrer da minha caminhada de fé com Jesus, aprendi diversas lições sobre o andar no Espírito e o relacionamento na Presença de Deus, um assunto tão importante para a igreja de Cristo. Foi baseado nesses ensinos, que nasceu este livro, contendo algumas instruções de forma resumida e simples, com o intuito de ajudá-lo na sua jornada espiritual, renovando a sua mentalidade para uma edificação pessoal e completa. Creio que é tempo de grande avivamento nas nações e o conhecimento revelado está sendo liberado, como nunca, sobre à Terra! Após um período de 40 dias de jejum e oração no monte, com minha equipe ministerial, o Espírito de Deus me deu o tema deste livro, com o propósito de levar o entendimento e a compreensão correta sobre a Pessoa do Espírito Santo. Introdução Esta obra, traz a chave para os mistérios e o Poder de Deus, bem como a revelação de Sua Palavra para uma vida de comunhão com o Seu Espírito. O Agente transformador não está nas palavras que escrevi, mas sim, na Pessoa do Espírito Santo e no relacionamento que Ele deseja ter com você. A maioria dos cristãos já ouviu falar, mas, na prática, vivem e morrem, sem nunca ter experimentado, de fato, a Comunhão, o Companheirismo e a Plenitude do Espírito Santo. Desejo que este livro seja um instrumento de edificação em suas mãos, contribuindo nos seus passos iniciais de fé, nessa nova jornada com o Espírito Santo. Que por meio d’Ele, venhas alcançar níveis profundos de comunhão e intimidade com Deus, sendo conhecido por Ele, e conhecendo-O como Ele É! Creio que esse caminho é para todos os que creem e desejam mais de Deus em suas vidas. Que o nosso Consolador esteja com você no decorrer da leitura e que sejas verdadeiramente impactado com a Sua Real e Doce Presença! Ap. Robson Martins Instituto de Restauração Escola de Fogo Parte 1 - Conhecendo a Pessoa do Espírito Santo PARTE 1 CONHECENDO A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; mas vós o conheceis, porque habita convosco e estará em vós. ” João, 14:16-17. Capítulo 1: Um Encontro Sobrenatural C Um Encontro Sobrenatural omeceia buscar a Cristo, de forma mais profunda em meu coração, durante a minha adolescência. Nessa fase, iniciei uma jornada cujo destino seria às nações! Minha mãe Rosana, sempre foi uma cristã comprometida com a Palavra de Deus e conduzia todos da família à igreja, onde aprendi desde a infância, sobre a existência e o temor a Deus. Recebi a salvação de Cristo ainda pequeno e fui batizado nas águas aos onze anos, reconhecendo que precisava ser perdoado dos meus pecados. Constantemente, tínhamos cultos em nosso lar e era comum ter irmãos da igreja nos visitando, alguns, no entanto, eram sem precedentes. Minha mãe, também tinha o costume de me levar aos cultos nas igrejas pentecostais; e assim, fui me desenvolvendo nesse ambiente, onde o Poder de Deus era notório. Vi muitos irmãos evangélicos, denominados “vasos de Deus”, serem “usados” pelo Senhor em profecias nos cultos. Era comum ver as manifestações do Espírito Santo. Cresci acreditando em Deus e no Seu Poder, mas não mantinha um compromisso real com o Seu Reino, entretanto, procurava obedecer meus pais e sempre me sujeitava aos seus conselhos. Não era uma criança levada, mas de certa forma, havia um temor em mim, que me lembrava de seguir o correto. Participava ativamente do grupo de adolescentes da igreja Assembleia de Deus, onde todos da minha família, também eram membros. Minha mãe, era uma das principais dirigentes da mesa de oração e da consagração da igreja; uma pregadora cheia do Espírito Santo de Deus e de autoridade. Particularmente, ela não somente era, mas ainda é, a maior intercessora profética que conheci! Posso dizer que tenho o prazer e a imensa alegria de tê-la ao meu lado; e foi por causa de suas constantes orações, que o caminho da salvação e da minha vocação em Cristo, foram ascendendo durante a minha juventude. “Não cesso de dar graças por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê o espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele. Sendo iluminados os olhos do vosso coração, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Efésios, 1:16-18). Despertando o espírito “ [...] despertou o Senhor o espírito de Ciro, rei da Pérsia [...] ” (Esdras, 1:1). Desde a minha pré-adolescência, passei a ter experiências com o Senhor e isso foi gerando em mim, a certeza de que existia mais de Deus a ser encontrado e eu queria buscar. Lembro-me de uma ocasião, por volta dos onze anos, em um culto, onde estava sentado ao lado de meu pai, o Sr. Olicio. Quando o Pastor dirigente, disse: “Hoje darei a oportunidade para uma das irmãs do grupo de louvor”. Assim que ele falou aquilo, ouvi, claramente o Espírito Santo me revelar o nome de quem seria escolhida. Naquele instante, comentei com o meu pai..., o mais interessante, é que não sabia quem era essa pessoa. Ao mesmo tempo, tive a visão de um martelo batendo em um prego no púlpito da igreja. Após alguns minutos, o Pastor chamou exatamente o nome da pessoa que o Espírito Santo havia me falado. Chorei muito nesse dia, pois, senti uma Presença maravilhosa. Meu pai então, tomou a atitude de me levar até aquele dirigente e contou-lhe a visão que tive e ele respondeu que se tratava de ajustes no ministério. Desde então, passei a ser tocado constantemente por Deus, principalmente com visões na hora dos cultos e meus pais sempre me levavam para entregar aquilo que o Senhor me revelava às pessoas. De uma forma linda e sobrenatural, Deus também falava comigo através de outras pessoas, usadas no dom de profecias, confirmando tudo o que havia sido prometido a meu respeito, desde o ventre materno. Deus tinha um chamado para minha vida — de ser um grande homem em Suas Mãos, levando o Reino de Deus às nações. Aquelas pessoas que profetizavam em minha vida, eram usadas, quer fosse nas ruas, ou na igreja, mas principalmente, quando haviam cultos em nossa casa. Nessa época, me dedicava também a tocar violão e ajudava uma pequena congregação do campo, da qual pertencia como membro. Certa vez, tocando no culto, uma mulher se levantou tomada pelo Poder de Deus, pedindo permissão para entregar uma palavra profética e apontando o dedo em minha direção, disse: — Deus manda dizer, para esse menino que está vestido de blusa verde, com o instrumento nas mãos, que Ele quer te batizar com o Seu Espírito e tem uma grande obra em sua vida, fique atento nos cultos, pois, você será cheio do Espírito Santo! Nunca me esqueci daquela mulher, afinal, o que ela havia profetizado, marcou a minha vida! Aos dezesseis anos, o Senhor começou a despertar o meu espírito para o meu real chamado. Nessa época, estudava em uma Escola Técnica, onde era dedicado no curso de eletrônica; e era costume chegar tarde da noite em casa. Em uma dessas ocasiões, retornando da aula, encontrei uma pessoa conhecida na rua, próximo à minha residência, que estava sendo evangelizada por uma missionária, muito usada no dom de profecia. Ao me aproximar para cumprimentá-la, de imediato, ela começou a ser usada em profecias e me entregou palavras, que referiam-se há questões íntimas, que somente eu e Deus sabíamos (1 Coríntios, 14:24-25). Os segredos do meu coração, haviam sido revelados e meu espírito foi desperto com um desejo ardente de buscar a Deus. Dali em diante, passei a ir à igreja com mais frequência. Algo estava diferente! Sentia queimar em meu peito um desejo abrasador — não entendia ao certo o que estava acontecendo, tudo o que sabia, era que havia uma vontade grande, não apenas de ouvir a Deus, mas de conhecê-Lo! Certa vez, ao visitar uma igreja local, no final do culto, antes de o Pastor dar a bênção apostólica, falei com Deus em meu coração, dizendo: — Meu Pai, se Tu tens uma obra em minha vida, fale comigo, antes que o Pastor termine o culto. De repente, um rapaz que estava na bateria, levantou-se falando fortemente em outras línguas, em seguida, começou a profetizar à igreja, depois disso, veio em minha direção e em voz audível, disseme: — Filho meu! Ouvi a sua voz e hoje entrego-te a sensibilidade do Meu Espírito Santo; veja como Minha Mão toca em seu coração! Naquele mesmo instante, tive uma visão — um homem de branco vindo em minha direção, onde estava sentado, levantou as mãos e tocou em meu peito — pude sentir a Sua Presença calorosa de amor e comecei a chorar, de alguma forma, sabia que era a Presença do Deus Vivo. Ele me tocou, aleluia! — Você já recebeu o toque do Senhor alguma vez? Se não, peça agora, a sensibilidade do Espírito Santo, para que o seu coração seja cheio do amor e da graça do nosso Senhor Jesus! Naquele mesmo ano, foi gerado em meu ser, algo poderoso. De alguma forma, me sentia conectado a Deus nos céus. A sensação era de que ao invocar o nome do Senhor sobre à Terra, a Sua resposta vinha em forma de “labaredas de fogo”, caindo do céu, por onde quer que andasse. Experimentando o Fogo do Espírito “[...] Ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo” (Mateus, 3:11b). Uma noite, saindo dos estudos, fui diretamente na casa daquela missionária que havia sido usada por Deus para falar comigo na rua. A intenção, era contar-lhe a respeito de um sonho que tive naquela madrugada, pois, acreditava que se tratava de uma mensagem de Deus. Ao chegar em sua residência, ela e seu esposo estavam de saída e me convidaram para ir ao monte, onde tinham o costume de orar. Aceitei o convite de imediato e fui como estava, com o uniforme do curso técnico. Chegando próximo ao local, me veio lembranças de quando subia ali com meus pais para orar. Eu e a missionária seguiu conversando e à medida que íamos subindo, ela ia sendo usada pelo Espírito profético, dizendo que algo grande iria acontecer conosco ali. Ela foi bem clara em suas palavras: — Robson, fique atento, suba louvando ao Senhor, pois, Deus tem um mistério com você, aqui! Ao chegarmos no monte, o lugar apropriado para a oração, sentamos um pouco para descansar. O tempo estavafrio e nublado, não dava para ver as estrelas por causa das densas nuvens, mas de repente, notei que o céu se abriu diante de nós e a missionária foi tomada em palavra profética: — Olhe para o céu e procure um cruzeiro formado pelas estrelas. Apontei o dedo em direção às poucas estrelas que davam para ver e fiz exatamente o desenho dos quatro pontos, quando finalizei, imediatamente, o céu se fechou! Me assustei e fiquei impressionado com aquilo, e disselhe: — Olhe irmã! O céu se fechou na hora! Ela então levantou-se no Poder de Deus e começamos a orar. Estávamos em três pessoas. Depois dos mistérios que ocorreram durante aquele momento de oração, comecei a ter visões e a palavra do conhecimento veio a mim, revelando o propósito do porquê o esposo dela havia subido ao monte naquela noite, mas não falei nada. No mesmo instante, a missionária tocou no meu ombro e disse: — Meu filho, por que você não entrega o que estou lhe mostrando? Hoje te dou, o que há muito tempo te prometi! No instante em que ouvi isso, me lembrei das palavras daquela mulher de Deus, que profetizou no culto, quando eu ainda era um adolescente — de que seria cheio do Espírito Santo. A missionária, então, continuou dizendo: — Olha como esse círculo de fogo envolve você..., é meu Anjo te tocando; fale as línguas que estou lhe dando! Imediatamente, abri meus olhos e vi, nitidamente um círculo de fogo vivo, que envolvia meu corpo e tocava o céu. Um Anjo pegou em meu braço e sentia um poder tremendo. Tive múltiplas sensações naquele momento — fogo, eletricidade e arrepios. Eu estava sendo literalmente batizado no Espírito Santo e com Fogo! Comecei então, a falar em outras línguas, a profetizar e a dançar no Poder de Deus, aleluia! “Eu, na verdade, vos batizo com água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no Espírito Santo, e em fogo” (Mateus, 3:11). As sensações foram tão profundas e maravilhosas no meu espírito, alma e corpo, que por mais que eu tente, não consigo descrevê-las com exatidão! Tudo o que sei é que tive um encontro sobrenatural com a Presença de Deus naquela noite, através da experiência do batismo no Espírito Santo. Quando saímos de lá, fui praticamente carregado no colo pelo esposo da missionária. Chegando em casa, de madrugada, abri a porta da sala, mas era tanto Poder de Deus, que estava, literalmente, embriagado pelo Espírito Santo — mal conseguia ficar de pé. Meu pai foi correndo até a sala, para ver que barulho era aquele, quando me viu cheio do Espírito, deu glórias a Deus e chamou a minha mãe, e juntos, ajoelhamos ali mesmo e oramos agradecendo ao Senhor por Sua infinita misericórdia e graça, que havia me alcançado. Muita alegria veio sobre minha família naquele tempo. Durante um mês, fiquei cheio do Espírito Santo, com sensações de poder e êxtase em meu corpo, às vezes, até de “embriaguez”, que mal podia me levantar da cama. Depois da primeira semana, após essa experiência do batismo no Espírito Santo e com Fogo, voltei a minha rotina normal. Tinha uma grande dificuldade de controlar o poder que emanava dentro de mim, por ser algo novo em minha vida. “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (Atos, 1:8). Após o primeiro mês, fui aprendendo a lidar com os rios do Espírito que fluíam dentro do meu ser. Dali em diante, comecei minha jornada no andar sobrenatural, por meio do Espírito Santo e passei a aprender, sobre o Reino de Deus e o meu chamado. Sentia uma fé latente em Deus e na Sua Palavra, mas não fazia ideia de que viveria fortes experiências e principalmente situações mais intensas, que me aguardavam! M Capítulo 2: O Início da Jornada com o Espírito Santo O Início da Jornada com o Espírito Santo inha caminhada rumo a intimidade com Deus, havia iniciado e aquela mesma missionária, que me levou ao monte, onde fui cheio do Espírito Santo, também me conduziu a uma igreja, com a qual me identifiquei. O Espírito Santo havia me levado àquele lugar, para desenvolver os primeiros passos do meu chamado, e lá, tinha um poderoso Mover de Deus. Era uma igreja conhecida na cidade de Mesquita – RJ, por ser pentecostal, aonde muitos jovens se dedicavam ao Senhor e se moviam no dom da profecia, e no falar em outras línguas, assim como o próprio Pastor. Me apaixonei por aquele povo! Logo estava frequentando todos os cultos, inclusive o grupo de jovens para o qual fui convidado. Cresci muito espiritualmente ali. Os jovens eram extremamente ativos no Espírito Santo e isso me ajudou no desenvolvimento espiritual, e no alcance dos dons do Espírito. Procurava ao máximo me envolver com as tarefas da igreja e com os departamentos de evangelismo no lar, principalmente nos cultos de libertação. Naquela rotina, desenvolvi a capacidade de pregar, profetizar e expulsar demônios. Em pouco tempo, o Pastor da igreja me colocou como Obreiro, sendo indicado para o ministério logo depois. No início do meu ministério, passava horas orando em meu quarto e subindo ao monte, aonde costumava ficar a sós com Deus. Através daquela busca e dedicação ao chamado, recebi do Senhor, unções poderosas. Na busca constante por Deus, desejava de coração, cada vez mais, a Sua Presença. Recebi diversos dons do Espírito, porém, ainda não O conhecia como Pessoa, somente provava da unção e operava nos dons. Uma atmosfera de amor me envolvia constantemente, sentia o cuidado de Deus aquecendo a minha fé e guardando o meu coração para algo novo, que se manifestaria em minha vida. Conhecendo a Voz do Espírito “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas [...]” (Apocalipse, 2:11). Após os três primeiros anos no ministério, como missionário e pregador, usufruí de tudo o que aquele mover e estilo de vida cristão poderia me oferecer. Havia uma fome e uma sede profunda que brotavam do meu coração e que se misturava a uma paixão ardente pelo Senhor. Embora não soubesse ao certo o que era, nem mesmo como receber, desejava mais de Deus. Aos dezenove anos, trabalhava o dia inteiro, estudava a noite, era bem dedicado ao Senhor, e também, muito comprometido com o ministério. Naquela época, buscava por algo que não sabia definir, mas que de alguma forma, queimava em meu peito. Passei a ter uma vida constante de oração, jejuns e meditação na palavra, mas ainda não tinha a revelação do novo, que estava surgindo em meu espírito a respeito da Pessoa do Espírito Santo. Certa vez, descobri um livro, que trazia relatos sobre o Espírito Santo. Quando comecei a ler, para minha supressa e alegria, de alguma forma, sabia que havia encontrado o que tanto buscava, mesmo sem entender o que era. No entanto, aquela fome por algo mais intenso, me conduzia à realidade viva de quem Deus É. Com aquele conhecimento em mãos, passei a “devorar” o livro e comecei a descobrir sobre a Pessoa do Espírito Santo, e de como desenvolver uma comunhão íntima com a Sua Doce Presença. Nessa época, trabalhava no Centro de Processamento de Dados (CPD) de um hospital em Juscelino – RJ e cuidava da parte de informática geral. Ali, em uma pequena sala, lendo esse livro e buscando ardentemente a Presença de Deus; antes que iniciasse o parágrafo seguinte, o Espírito Santo me falou com uma doce e suave voz, o que viria no próximo trecho. Para minha surpresa, ao ler o item seguinte, fui abraçado por um fogo no meu espírito e quase cai da cadeira! Sem entender, saí daquela sala e comecei a andar pelo corredor, onde novamente ouvi aquela voz doce e suave..., mas não era como o dom profético, tratava-se da Voz de uma Pessoa que tinha intimidade comigo; ela me conhecia e trazia consigo, o poder de ecoar no meu espírito, dizendo: — A partir de hoje, entregue-me o governo de tudo o que te dei, dons e unção inicial, pois, vou ensiná-lo a andar com a minha Presença. Lágrimas rolaram pelo meurosto, senti a Presença do amor me envolvendo e uma comunhão profunda no meu espírito com o Senhor. Aquele momento foi único, e desde então, passei a desfrutar de uma atmosfera de amor, paz e descanso, dos quais nunca havia provado. Iniciei ali, uma nova jornada com o Espírito Santo, mas demorei um ano e meio para associar aquela forma de relacionamento com Deus, afinal, tudo estava sendo transformado em mim — mente, vontades e emoções. “E não vos conformeis a este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos, 12:2). O mundo espiritual tinha mudado, mas notava que em minha mente, ainda havia muitos resíduos de contaminações religiosas que aprisionavam a alma, por causa das doutrinas erradas que havia aprendido, misturadas com a verdade. Graças a Deus, que tudo isso foi sendo arrancado, com suas raízes do meu interior. O Espírito Santo me ensinava nas escrituras, as verdades concernentes ao Reino de Deus e consequentemente, iam sendo liberto (João, 8:32). Sofri sérias mudanças na maneira de enxergar o mundo, as pessoas e a igreja. Estava nascendo no meu espírito, uma nova realidade de viver com a Presença de Deus, através de um relacionamento íntimo, de um verdadeiro filho e amigo. Isso trouxe aberturas sobrenaturais do poder e das manifestações do Espírito Santo em mim. As revelações genuínas das escrituras, borbulhavam no meu espírito. Passava horas meditando na Palavra de Deus, procurando conhecer os Seus caminhos e entender tudo aquilo que estava ocorrendo comigo. “E a unção que vós recebestes d’Ele, fica em vós, e não tendes necessidade de que alguém vos ensine; mas, como a sua unção vos ensina todas as coisas, e é verdadeira, e não é mentira, como ela vos ensinou, assim n’Ele permanecereis” (1 João, 2:27). Passado um tempo, mergulhado nessa nova atmosfera de amor e companheirismo com o Espírito de Deus, tive uma experiência intrigante em meu quarto quando orava, pois, Ele veio a mim, e disse: — Hoje, você vai pregar na sua igreja. O mais interessante disso tudo, é que além de me falar o que aconteceria, Ele também me capacitou, entregando-me a palavra que deveria pregar no culto. Chegando a igreja, meu Pastor fez um sinal, para que eu fosse o pregador da noite, assim como o Espírito Santo havia falado. Após começar a pregar, observei que houve uma calmaria na igreja, mas, mesmo assim continuei a mensagem, mencionando que algo de diferente estava ocorrendo ali, afinal, aquele era um “povo barulhento” devido à cultura pentecostal. Até que finalmente, uma jovem missionária, declarou em alta voz e num tom agradável, quebrando todo o silêncio: — Que palavra é essa! Via no olhar das pessoas, a atenção na Palavra de Deus, que saia da minha boca, cheia de Sua graça. Após finalizar a mensagem, meu Pastor fez um elogio em público, me comparando a um pregador famoso da época. Quando sai da igreja, algumas pessoas vieram me contar que sentiram um forte mover, embora não soubessem expressar ao certo o que era! Diziam que algo apertava seus corações, trazendo temor e desejo de conhecer a Deus. Descobri ali, que quanto maior for o meu nível de comunhão e intimidade com o Espírito Santo, mais poderosa e verdadeira se torna a palavra em meus lábios. Um companheiro do ministério, chegou a me perguntar “em qual Instituição Teológica eu estava estudando”, afinal, a mensagem pregada estava em outro nível. Respondi a ele que não era teologia, e sim, a Presença do Espírito Santo — Aprendi a depender d’Ele e não mais de minha própria sabedoria. Com o tempo, interagindo cada vez mais com o Espírito Santo, fui visitado por Ele diversas vezes e vivi coisas que são difíceis de explicar por meio das palavras. Não há como expressar as sensações e o que vi em Suas completas manifestações. Certa madrugada, após orar, fui dormir e o Espírito Santo me acordou subitamente. Para minha surpresa, ao abrir os olhos, pairava sobre o ar do meu quarto, uma neblina e uma paz incrível. Aquela foi uma experiência da qual nunca tinha experimentado. Senti como se uma forte luz entrasse em meu peito e penetrasse no meu coração. Fui envolvido profundamente no amor de Deus e a Sua paz era tão intensa, que não me contive, e comecei a chorar. Ao amanhecer, o próprio Espírito me acordou com a Sua Doce Voz, um minuto antes do despertador tocar, dizendo: — Filho, levante-se e prepare o café da manhã para os seus pais. A partir de hoje, vou ensiná-lo a servir e a amar o seu próximo; te instruirei a andar na Minha Presença. Essa experiência me mudou por completo! Pois, levou-me a conhecer e a experimentar o Deus que É Amor! Me trouxe também uma revelação e um entendimento, do que de fato é este dom. “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não trata com leviandade, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade; Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta” (1 Coríntios, 13:4-7). O Senhor quer nos ensinar por meio do Seu Espírito, a andarmos em amor e sempre que obedecermos a Sua voz, novidades de vida virão. Eu estava prestes a experimentar mais de Deus, como nunca e somente o Seu Amor, poderia me capacitar para enfrentar o que estava por vir. Capítulo 3: Enfrentando Conflitos Religiosos Enfrentando Conflitos A Religiosos nova realidade que vivenciava com a Pessoa do Espírito Santo, estava sendo incrível! Em contrapartida, trouxe lutas internas em meus pensamentos e sentimentos. Enquanto imergia naquela dimensão com Deus, o mundo ao meu redor parecia não fazer mais sentido! A realidade que a minha alma havia encontrado, era completamente diferente de tudo o que já tinha experimentado, desde o meu batismo com o Espírito Santo. Lembro-me quando falava da Pessoa do Espírito em uma conversa com minha mãe Rosana e minha cunhada Angélica, elas me diziam: Não conseguimos compreender o que diz — você fala de pão, mas não entendemos que “pão” é esse! — Aquilo foi se tornando cada vez mais difícil para mim! Porque, enquanto avançava na comunhão com Deus, o adversário batalhava de todas as formas, para tentar impedir o meu progresso espiritual. Houve momentos, que pensei estar ficando louco! As pessoas falavam de Deus, mas era como se eu pudesse ver, nitidamente, dentro delas, que não havia realidade alguma do Senhor em suas vidas. Devido à comunhão que estava tendo com a Presença de Deus, o discernimento de espíritos ficou mais aflorado e rápido. Comecei a ver as coisas ocultas e sombrias em alguns que se diziam estar em Cristo, mas, em vez de enxergar luz nelas, via treva. Não era fácil lidar com tudo aquilo, mas à medida que obedecia ao Senhor, Ele ia me capacitando a ter sabedoria e amor pelo meu próximo. Por ser um rapaz novo, tendo todas aquelas experiências espirituais e o fato de não ter um mentor na fé, que me orientasse, trouxe muitos questionamentos ao meu coração, que causavam confusões em meus pensamentos, mas graças a Deus, que o Espírito Santo me fortalecia, se manifestando e revelando a Sua Presença. Era isso que me dava ânimo e combustível para continuar a jornada. A doutrina e a forma com que a igreja, naquela época, tratava a Pessoa do Espírito Santo, não era compatível com o que vinha recebendo por meio das revelações. De maneira que, não conseguia mais ouvir as ministrações de certos pregadores, que não revelavam Cristo e o Reino de Deus corretamente. A maneira com que as pessoas “adoravam” a Deus, no ministério do qual fazia parte, não era condicente com a verdadeira adoração, na verdade, estava mais para um barulho que agredia os meus ouvidos, que outra coisa. Às vezes, até percebia uma unção se movendo, porém, não via ali a Presença do Espírito Santo, poucas foram às vezes que notava de fato, que Ele estava no controle. Inevitavelmente, fui me isolando, por não enxergar o evangelho de Cristo.Passei a ser criticado por alguns, por causa da minha postura, entretanto, outros que me procuravam, recebiam a palavra de ensino e a poderosa Presença do Espírito Santo; e com isso, entendiam, o que eu estava vivendo. Após um ano e meio, mais maduro na fé, tinha aprendido a administrar melhor a minha vida espiritual; sem afetar os meus relacionamentos. Conseguia ajudar as pessoas a entrar em um fluxo de comunhão com Deus, sem interferir na doutrina da igreja. Ajudava muito o meu Pastor naquela época; mesmo sendo jovem. A renovação da minha mente, foi sendo cada vez mais forte e alicerçada nas escrituras, pois, me firmava na justiça e na retidão do evangelho de Cristo. Os padrões religiosos, mesclados à formalidade, aparência, costumes e toda a forma doutrinária, não se comparavam a Presença Santa e viva do Espírito de Deus. A verdade, é que havia saído daquele lugar de formalismo para uma nova realidade — uma vida de intimidade com o Senhor! À medida que me lançava nos braços do Senhor Jesus, em comunhão com o Espírito Santo, o amor de Cristo, ia crescendo no meu coração. A questão de muitos cristãos estarem vivendo em apostasia hoje, sem amor ao próximo, está no triste fato de não permitirem que o Poder do Espírito de Deus as trate, antes, fazem de suas vidas e denominações um monopólio religioso, aonde não há nenhuma expressão de vida no Espírito. Muitos buscam o cumprimento de suas normativas e não querem aceitar a verdade de que estão perdendo a paixão por Cristo e pelas almas, colocando as tarefas, acima da direção do Senhor. É notório que essas pessoas precisam voltar ao arrependimento, permitindo o tratamento do Espírito de Deus em suas vidas, até chegarem, novamente, ao quebrantamento. “Essas regras têm, de fato, aparência de sabedoria, com sua pretensa religiosidade, falsa humildade e severidade com o corpo, mas não têm valor algum para refrear os impulsos da carne” (Colossenses, 2:2). Deus quer tratar com aqueles que abraçaram a religiosidade no lugar da graça, para que possam lançar fora todo o formalismo, que serve apenas para satisfazer a alma, com sua pretensa religiosa, alimentando somente a carne e não edificando o espírito. O Mover do Espírito Santo destrói a formalidade “O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou- me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos” (Isaías, 61:1). Certa vez, fui convidado para pregar fora do meu Estado, em uma igreja tradicional, que não permitia o Mover do Espírito Santo. No entanto, as irmãs que me indicaram para o evento, sabiam exatamente como o Senhor operava através do meu ministério. Elas eram mulheres sedentas por Deus e oravam para que a manifestação do Espírito Santo, descesse sobre aquela igreja. No entanto, a liderança ministerial não me conhecia e se soubesse a forma com que Deus se manifestava em minhas ministrações, jamais aceitaria que eu subisse ao altar. O dia de ministrar a Palavra de Deus havia chegado. Era um evento que ia do período da manhã, até o fim do dia e o meu horário para pregar seria à tarde. Decidi ir lá pela manhã para conhecer o povo local daquela grande igreja, onde fui muito bem recebido. Na parte da tarde, retornei e senti uma poderosa atmosfera de unção no ambiente, era tão intenso aquele poder, que quase não aguentava levantar-me da cadeira. Quando o Pastor dirigente me chamou para pregar, falou no meu ouvido, dizendo: — Você só tem uma hora para ministrar a palavra. — Mas Pastor..., preciso de quatro horas! Pois, hoje vai acontecer algo muito grande aqui; marcará a vida de muitas pessoas! O Pastor me olhou bem... mas, como o microfone estava em minhas mãos e o povo todo de pé aguardando, ele não tinha como me impedir, e respondeu, dizendo: — Se Deus é na sua vida, e se manifestar aqui, deixe Ele te usar, caso contrário, finalize no horário que determinei! Ministrei a palavra naquela tarde, foram duas horas de mensagem cheia da Virtude do Espírito Santo. Ao terminar a pregação, chamei todos os enfermos para frente do altar. No momento em que as pessoas chegaram, uma onda do Poder de Deus desceu, curando a muitos de diversas enfermidades. Milagres maravilhosos ocorreram naquele dia. As pessoas, literalmente, caiam por causa da Presença de Deus, sem que ninguém as tocasse. Os jovens da igreja foram cheios do Espírito Santo e os testemunhos das pessoas que sofriam há anos com enfermidades, tocavam os corações dos que estavam ali, inclusive a esposa do Pastor, vice-presidente daquele ministério, que também havia sido curada. O Poder do Espírito Santo veio sobre ela de tal forma, que caiu e quando se levantou, já estava completamente curada dos tornozelos fraturados em um acidente. O dirigente do culto, pegou outro microfone e fez uma declaração à igreja, dizendo: — Irmãos, vocês sabem que não é permitido, esses moveres, devido a falsos profetas que enganaram o povo em épocas passadas, mas vejam o que está ocorrendo aqui, não é “charlatanismo”, esse jovem Pastor, realmente é um homem de Deus! Após declarar essas palavras, ele convidou a todos que estavam ali, para que voltassem na outra semana, afinal, já havia se passado quatro horas de ministração, por causa do mover sobrenatural que desceu naquele lugar. Fico maravilhado sempre que vejo o Espírito Santo destruir a formalidade religiosa, mostrando a realidade do que Cristo fez e deixou para fazermos também. Quando a Presença do Espírito Santo chega até aos mais duros de coração, não há como fugir, pois, é notório o Poder de Deus. Viver na dependência do Espírito Santo é trazer à existência um evangelho de poder e não somente de palavras e sabedoria humana. “Minha mensagem e minha pregação não consistiram de palavras persuasivas de sabedoria, mas consistiram de demonstração do poder do Espírito, para que a fé que vocês têm não se baseasse na sabedoria humana, mas no poder de Deus” (1 Coríntios, 2:4). Sem o Poder do Espírito Santo, nunca haverá a verdadeira santidade de Deus. É impossível ter uma vida plena em Cristo longe do mundanismo, afinal, vivemos no mundo! Por isso, é tão importante que haja a consciência da Presença de Deus operando em nós. O fogo do Espírito, destrói toda a pretensão religiosa e falsa santidade. Precisamos permitir que o Senhor nos mostre a condição que realmente estávamos vivendo, se é uma fé que provém de Deus ou da nossa carne. Muitos são aqueles que apenas se preocupam com a formalidade e a aparência, e outros têm medo de se aproximarem de Deus, não aceitam o Espírito Santo da forma que Ele É, tudo porque não querem ser incomodados, uma vez que estão em seu conforto religioso. A diferença entre um cristão forte ou fraco espiritualmente, está na sua entrega a Deus, ou seja, de quão intimamente ele cultivou o conhecimento de Deus em sua vida. Observe as palavras do apóstolo Paulo: “[...] considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus” (Filipenses, 3:8). O ministério apostólico de Paulo, foi glorioso decorrente de sua busca em conhecer e prosseguir conhecendo a Cristo. Nada em sua vida era tão importante do que buscar a revelação da Glória do Senhor. Paulo considerava tudo como sendo nada, por isso, renunciou toda ciência terrena e o que essa vida poderia lhe oferecer, em prol do amor e do conhecimento revelado do Senhor Jesus! “Mais do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as considero como esterco para poder ganhar a Cristo, e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que vem mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de Deus e se baseia na fé” (Filipenses 3:8-9). Ser efetivo no relacionamento com Deus, dependerá de como estamos buscando conhecê-Lo. O processo da vida espiritual é crescente e está diretamente ligado com o que ganhamos da partedo Deus Trino, através de uma experiência pessoal de intimidade e dedicação com a Sua Presença. Deus pode e deve ser conhecido de maneira satisfatória por cada cristão, mas isso, só ocorre quando dedicamos tempo de qualidade a Ele. Infelizmente, há muitos que estão satisfeitos com suas rotinas cristãs, sem intimidade, expressão de vida e relacionamento com Deus. Ficam bastados apenas com a leitura de um livro do tipo “Pão diário” ou com cânticos evangélicos de apenas um minuto de duração a “sós com Deus”, como se apenas isso ou algo do tipo, os levassem a ter uma vida de entrega a Ele. O cristão que está satisfeito em dar a Deus o seu “minutinho” e ter “uma conversa rápida com Ele”, é o mesmo que aparecer em um culto de domingo, frustrado com a sua vida, implorando ao Pastor que lhe mostre uma saída para os seus problemas, por não ter um tempo de qualidade e intimidade com o Senhor. A intensidade do fogo do Espírito Santo na vida de um cristão, dependerá do período de qualidade que ele emprega no seu tempo, a sós com Deus, ou seja, no sacrifício diário, na busca constante por Sua Doce Presença. “Por esta razão, pois, te admoesto que reavives o dom de Deus que há em ti pela imposição das minhas mãos” (2 Timóteo, 1:6). Precisamos entender que se não há fogo no espírito, não há paixão por Deus, poder ou santidade. O Senhor deseja que sejamos tangidos pelo Seu Fogo, sendo purificados de tudo aquilo que não edifica e não faz crescer espiritualmente, para que assim, estejamos prontos, a fim de galgarmos novos lugares. Eu estava sedento por mais de Deus e pelo Seu Fogo, no entanto, sentia que estava sendo forjando para batalhas maiores. Capítulo 4: Quebrando a Doutrina de Homens C Quebrando a Doutrina dos Homens erta vez, fui convidado para ministrar na cidade de Goiânia – Goiás, em um retiro de libertação espiritual para jovens, onde vi pregadores ministrando palavras que estavam longe da realidade do Reino de Deus. Alguns, até foram coerentes sobre os princípios de libertação, mas era evidente que não tinham comunhão com o Espírito Santo. Não havia unção e nem a manifestação de Sua Presença, fiquei bem entediado. Clamava a Deus que derramasse o Seu Espírito naquele lugar, mas, devido à certas doutrinas que pregavam e que iam contra a Pessoa do Espírito Santo, era bem difícil d’Ele ser derramado ali! Embora notasse algumas coisas, não sabia o porquê daquele bloqueio. Chegado o último dia do evento, no qual iria ministrar, comecei a falar sobre a Vida e o Poder do Espírito de Deus. Lembro-me que o mover foi poderoso e muitos foram cheios do Espírito Santo, uns recebiam dons e outros libertações, curas e milagres. Foi tão intenso o derramar do Poder do Espírito Santo, que até na fila do almoço, as pessoas eram curadas e cheias da unção. Duas missionárias, que estavam naquele evento, falaram a meu respeito para o seu Pastor, que logo entrou em contato, convidando-me para passar uma temporada lá. Aceitei o convite e em seguida viajei para passar um período ministrando naquela igreja. Embora não conhecesse o estilo da doutrina deles, e soubesse pouco a respeito daquele povo, entendia que havia uma missão a ser realizada ali. Com o tempo, os problemas começaram a surgir e a dificultar minhas ministrações. Não sabia que naquela igreja, era proibido adorar a Jesus Cristo como Deus e que o Espírito Santo, não era aceito como uma Pessoa da Trindade. A coisa ficou bem seria para o meu lado! Eles queriam, a qualquer custo, que eu aceitasse sua doutrina e, ao mesmo tempo, desejavam ver o Poder de Deus se manifestar; a grande questão, é que esperavam que isso ocorresse, conforme a sua crença — judaica messiânica e eu, não concordava de forma alguma! Entrei em certos confrontos com eles, por causa da minha fé no Senhor Jesus e na Pessoa do Espírito Santo. No entanto, o Espírito de Deus me instruía a não debater, mas apenas que orasse por aquelas vidas, confiando que havia sido enviado ali por um propósito. Fora dois meses preciosos, que acrescentaram muito no meu crescimento espiritual, na minha fé e na maturidade que se desenvolveu ali, por causa das batalhas espirituais e opressões que resistia contra as trevas; bem como, das resistências doutrinarias e dureza de coração de alguns, que não acreditavam nas manifestações do Poder de Deus. Pensei diversas vezes em desistir e voltar para minha casa, mas o Senhor me fortalecia e encorajava a permanecer, batalhando em fé, até que a Sua Glória fosse manifesta naquele lugar. A luta estava tão grande, que tive que ousar como o apóstolo Paulo, usando de sabedoria, aparentando aceitar a doutrina deles, para que a Glória de Deus fosse manifesta. “Porque, sendo livre para com todos, fiz-me servo de todos para ganhar ainda mais. E fiz-me como judeu para os judeus, para ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como se estivesse debaixo da lei, para ganhar os que estão debaixo da lei. Para os que estão sem lei, como se estivesse sem lei (não estando sem lei para com Deus, mas debaixo da lei de Cristo), para ganhar os que estão sem lei. Fiz-me como fraco para os fracos, para ganhar os fracos. Fiz-me tudo para todos, para por todos os meios chegar a salvar alguns. E eu faço isto por causa do evangelho, para ser também participante dele” (1 Coríntios, 9:19-23). Passado uns dias, recebi a oportunidade para pregar e tive que me fazer de “judeu messiânico” usando os nomes hebraicos para ministrar, foi bem engraçado! Na verdade, eles quase me persuadiram de tanta insistência, ao me falar de sua doutrina. Após ganhar a confiança deles, me permitiram fazer um culto especial de avivamento, no dia de sábado. Marcaram a data e divulgaram na cidade. Naquele tempo, estava em um intenso jejum, pois, a guerra espiritual era grande, mal podia dormir à noite, devido os espíritos de engano e potestades locais que estavam atuando contra aquele ministério. Orava tanto, que chegou a ter dias em que fiquei por mais de vinte horas, dentro de um quarto, com o Espírito Santo. Até que, belo dia, recebi uma ligação da minha mãe, intercessora profética, dizendo: — Filho, Deus me mostrou muitos espíritos malignos nesse lugar em que está. Quando eu orei, Ele me revelou um grande Anjo descendo até você: ele tem uma corrente nas mãos e vai amarrar os adversários. O Senhor me manda te dizer, que a partir de hoje, a unção que está sobre a sua vida, será liberada com grande poder, nessa igreja! Fiquei muito feliz com aquela ligação! O dia do culto de avivamento havia chegado, vieram pessoas de vários lugares e crenças: Católicos, Espíritas, não Cristãos e Cristãos, em geral. Haviam divulgado que eu era usado com poder e muitos foram ali apenas por mera curiosidade. Comecei a pregar naquela noite e a mensagem foi impactante, honrei o Nome do Senhor Jesus e Sua divindade como Deus. A resposta do Espírito Santo foi imediata, pois, um mover sobrenatural começou a descer com grande força. Haviam pessoas sendo curadas e também demônios se manifestavam. Enquanto isso, todos os jovens foram batizados com o Espírito Santo. As pessoas eram tocadas pela Presença de Deus, de tal forma, que entregavam suas vidas a Jesus. Quando o culto acabou, os que estavam ali, não queriam sair, havia uma atmosfera maravilhosa do Espírito Santo naquele lugar. Aquilo que era para ser um culto, virou um encontro semanal. O Pastor da igreja ficou tão alegre com o que estava acontecendo, que me pediu para ministrar aos sábados. Todos os membros foram cheios do Espírito Santo. Católicos e Espíritas eram salvos e outros recebiam curas e milagres. Os jovens não queriam sair da igreja, ficavam até às três horas da manhã orando e buscando a Deus. “Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século, contra as hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais” (Efésios, 6:12). Antes de ir embora daquela Terra, em um culto ànoite, no momento da adoração, fui com o Pastor em seu gabinete e abri a minha bíblia, defendendo com ousadia que o Espírito Santo era uma Pessoa, e que ele estava enganado de não permitir que Jesus Cristo fosse adorado da mesma forma que o Pai. Disselhe também que o Espírito Santo tinha que ser honrado em Sua função e autoridade, como Governador da igreja de Cristo. O Pastor olhou-me e disse: — Está bem filho, sem problemas. Ele não discutiu mais comigo e sempre me permitia pregar em sua igreja, ministrando sobre o Espírito Santo, aleluia! Como é bom depender do Espírito Santo e ser guiado por Ele, que contém a solução para todas as situações, por mais adversas que sejam. Confiar em Deus, é estar do Seu lado e tê-Lo ao nosso! O que faz uma pessoa ser religiosa? “Olhais para as coisas segundo a aparência? Se alguém confia de si mesmo que é de Cristo, pense outra vez isto consigo, que, assim como ele é de Cristo, também nós de Cristo somos” (2 Coríntios, 10:7). Em uma pequena igreja da Comunidade de Mesquita, no Rio de Janeiro, lugar muito carente de Deus e de recursos do Estado, na qual era dirigente, tive a alegria de viver, com os membros locais, um Mover profundo do Espírito Santo, com manifestações de curas, milagres e sinais do Reino de Deus. As pessoas manifestavam espíritos malignos na rua e eram levadas para dentro do templo, para que expulsássemos os demônios. Isso ocorria, em virtude da atmosfera de poder que pairava no local. Por causa do formalismo de certos Pastores que não entendiam o sobrenatural de Deus e pela falta de experiência com o Reino dos Céus, alguns ali se levantaram, veementemente, contra o trabalho que estava sendo realizado e começamos a sofrer resistências religiosas. Eles não aceitavam o Mover do Espírito Santo, era como se fosse um escândalo, tudo o que vinha ocorrendo. Embora fossem homens bons, a falta de revelação e experiência com Deus, os tornava, de certa forma, em perseguidores. A tradição deles, era colocada acima do Espírito Santo. Infelizmente, prezavam mais às doutrinas e à liturgia, do que o Poder de Deus. Nada contra a doutrina, até porque tenho certas formas doutrinárias estabelecidas em nosso ministério, com parâmetros de organização. Também carregamos a doutrina de Cristo das Santas escrituras, baseada no conhecimento revelado e experimentado de quem Deus É. Creio no poder sobrenatural e transformador da Presença de Deus, mas não somente no que Ele fez no passado, todavia, sempre operando no que Ele está fazendo no presente. Entretanto, nada apoiado pelo formalismo humano, que molda as pessoas em um padrão de idiossincrasia religiosa, sem uma real consciência do Espírito Santo. O problema está na substituição da realidade do Reino de Deus, pela formalidade e tradicionalismo que as instituições religiosas estabelecem. Se não houver a Presença viva do Espírito Santo operando em nossos corações, jamais conheceremos a perfeita vontade de Deus, que é o verdadeiro evangelho de Jesus, baseado não somente na mudança de comportamento, mas em uma nova natureza e na renovação da mente. Sendo transformados a imagem de Cristo, que se refere aos Seus atributos divinos em cada cristão. “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem, estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito” (2 Coríntios, 3:18). Nesta igreja, tínhamos uma reunião principal no mês, que chamávamos de “Culto de Avivamento” e certa noite, enquanto pregava debaixo de uma poderosa unção, lancei uma palavra, criticando um Pastor bem tradicional da região. Logo após fazer isso, o Espírito Santo me exortou em seguida, dizendo: — Cuidado para você não se tornar mais religioso do que esse, a quem você julga! Aquela palavra bateu no meu coração de forma angustiante. Quando o culto terminou, fui consultar ao Senhor sobre o significado do que o Espírito Santo havia me falado. Passei um tempo em Sua Presença, até obter o entendimento necessário. O Senhor então, me trouxe a revelação, por meio do Seu Espírito, sobre o que é a verdadeira religiosidade, que faz com que as pessoas vivam na dependência de si mesmas e não d’Ele, dizendo: — Filho, você precisa vigiar para não se tornar mais religioso que o Pastor a quem criticou, pois, Eu não vejo como muitos veem acerca da religiosidade. O que faz uma pessoa ser religiosa não é o fato dela ser tradicional em seus usos e costumes, com o adorno de vestimentas como um véu na cabeça ou terno e gravata, pelo contrário, o que a torna assim, é a condição do seu coração, quando coloca suas normas, formalismos e doutrinas, acima de Mim, esquecendo-se de que para vencerem o pecado, dependem da Minha Presença e não de suas próprias forças! Religiosidade é a ausência da Minha Graça e Poder, quando os homens se acham competentes naquilo que fazem, julgando-se melhores que outros. A religiosidade exalta o que o homem faz e não o que Eu Faço. Daquele dia em diante, aprendi uma lição para o resto da vida, a de que nunca mais julgaria alguém por sua aparência ou tradições. Após aquele aprendizado, que mudou a minha mentalidade, comecei a observar de forma diferente, as pessoas de distintas denominações cristãs, como as que tinham costumes de vestimentas radicais. Embora fossem humildes e não se julgassem melhores que os demais cristãos, observava que elas tinham uma comunhão verdadeira com o Senhor e que vivam de maneira santa, e digna de sua vocação em Cristo. Por outro lado, infelizmente, mais foram os que encontrei com o espírito da religiosidade, do que os puros de coração; pessoas que se julgavam mais santas do que outras, pela forma de se vestirem e das tradições de suas igrejas (Mateus, 5:8). Nunca devemos nos esquecer que “a diferença na vida de um cristão está em um coração puro e sincero diante de Deus, que ama ao seu próximo como a si mesmo e vive, na verdade do poder do evangelho de Cristo, através da graça”. A religião exalta o que o homem faz e não o que Cristo fez! Ela traz a glória para si e não para Deus. Tem uma falsa pretensão de piedade, que alimenta os interesses e motivações pessoais da alma e não do espírito. “[...] nós que adoramos pelo Espírito de Deus, que nos gloriamos em Cristo Jesus e não temos confiança alguma na carne” (Filipenses, 3:3). As pessoas querem se sentir aprovadas para amenizar o peso da consciência, cumprindo normas e “fazendo o bem”, mas essa, não é a verdade contida nas escrituras. Se não tivermos o Espírito direcionando e fluindo em nossos corações, nada libertará o espírito do homem, somente o Poder de Deus! “Santidade não é uma série de regras de conduta, mas uma atitude do coração. Quando se apresentar diante de um Deus Santo, que mudanças você fará para purificar seu coração? Dê uma olhada nos seus motivos, intenções e comportamentos, investigue-os e assuma o compromisso de fazer uma mudança na atitude do seu coração — mesmo que seja algo pequeno — pois, isso aprofundará seu relacionamento com Jesus” (John Bevere - O caminho para Presença). Uma pessoa que tem um espírito religioso, usa a Palavra de Deus para executar a sua própria vontade! É o mesmo que usar o engano no lugar da verdade; em outras palavras — é pegar aquilo que o Senhor disse e moldá-lo aos seus próprios desejos, praticando-o como se fosse a verdade, em vez de obedecer com temor e desejo sincero. “Pois jamais mudam sua conduta e não têm temor de Deus” (Salmos, 55:19). Esses indivíduos professam que foram salvos, mas não foram transformados pelo Poder de Deus, são ímpios, ingratos, destituídos de amor, desobedientes, não perdoam e exibem outras características que não os diferem em nada, daqueles que nunca ouviram a Palavra de Deus. Provavelmente, essas pessoas não fumam, não bebem, nem xingam como os ímpios nas ruas, mas interiormente, suas motivações são as mesmas, egocêntricas. Paulo as descreveu como pessoas que continuamente estão aprendendo, mas nunca são capazes de aplicar o conhecimento da verdade, pois, vivemno engano da própria mente, seguindo seus próprios caminhos (2 Timóteo, 3:1-7). A religiosidade prende as pessoas em alguma coisa que estejam “fazendo para Deus”, como no caso dos usos e costumes ou formas litúrgicas de cultuá-Lo. Sendo assim, a religiosidade está, diretamente, ligada a coisas terrenas, nas quais as pessoas vêm e colocam Deus sobre elas, e isso, cega o entendimento espiritual. “Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado. Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo” (Colossenses, 2:16-17). A liberdade do Espírito não nos prende a nada terreno, nem mesmo a uso e costumes, objetos, dias, meses, festas, etc... Se não encontrarmos a realidade da Presença de Cristo, jamais poderemos ser santos e transformados, como é o desejo do nosso Pai. https://www.bibliaonline.com.br/nvi/cl/2/16,17+ Capítulo 5: O Verdadeiro Fruto da Comunhão com o Espírito Santo O Verdadeiro Fruto da Comunhão Com o Espírito Santo O Espírito Santo de Deus, foi enviado à Terra com o propósito específico de lembrar, ensinar e conduzir a igreja para o Noivo, Cristo (João, 14:26); e é por meio de Sua companhia, habitando em nós, que podemos desfrutar de uma vida abundante no Senhor. É importante lembrar que só temos livre acesso ao Trono da Graça e que estamos assentados nos lugares celestiais, em espírito, porque o Senhor Jesus nos conectou a Ele, por meio de Sua morte e ressureição (Efésios, 2:6). Essa verdade é tão poderosa, que quando entendermos, como filhos de Deus, que — temos o Espírito, que é extremamente Santo, habitando em nós e de que estamos com Cristo nos céus, na dimensão da Presença Real — nos tornaremos agentes de milagres e verdadeiros promotores da justiça de Deus na Terra, expressando santidade. Somente aqueles que creem e vivem a santidade e a justiça de Cristo, que podem levar ao mundo a luz da salvação. Por esta razão que não é um acaso o Espírito de Deus ser chamado de ‘Santo’ nas escrituras. Todo o significado, expresso, por meio desta palavra, sem nenhuma dúvida, transmite a Sua Pureza Moral. O Espírito de Deus, é infinitamente Santo e Puro, não podemos medir a Sua Pureza como os homens. Ele quer nos ensinar esse caminho de santificação, sem a qual, ninguém verá a Deus (Hebreus, 12:14). De maneira que, o único que aviva o evangelho do Reino de Deus, é o próprio Espírito Santo! Somente por meio d’Ele, podemos subir nos altos lugares da adoração, entrando em níveis de realidade, do que de fato é ‘adorar na beleza da Santidade’ do Senhor (Salmos, 96:9). A verdadeira adoração, está relacionada à pureza que o Espírito Santo aplica no coração do cristão. Poderíamos até nos aprofundar no conceito de ética e moralidade que, por mais nobres e sublimes que sejam, ainda assim, não definem o cristianismo em sua essência. Somente através da transformação, por meio da obra do Espírito é que pode haver uma genuína devoção a Cristo. “Ouvindo os apóstolos, que estavam em Jerusalém, que Samaria recebera a palavra de Deus, enviaram-lhe Pedro e João; os quais, descendo para lá, oraram por eles para que recebessem o Espírito Santo; porquanto não havia ainda descido sobre nenhum deles, mas somente haviam sido batizados em o nome do Senhor Jesus” (Atos, 8:14- 16). De acordo com esse versículo, vemos que o povo de Samaria ouviu, creu e muitos dentre eles, foram batizados em nome de Jesus, mas nenhum deles haviam recebido o Espírito Santo, ainda! Conseguimos enxergar nessa passagem bíblica, que não pode haver cristianismo sem o Espírito Santo. Somente Ele, pode introduzir em nossas vidas, uma experiência suprarracional, como o Trono de Cristo, que está acima de toda à Terra e céus. Por esta razão que a fé em Jesus, se dedica à verdadeira comunhão direta com o Espírito de Deus. A vinda do Espírito Santo, trouxe uma realidade que elevou o evangelho de Cristo acima dos padrões de idiossincrasia humana; do racionalismo, das boas éticas e muito acima da ideologia religiosa, nos colocando nas alturas, assentados com Cristo, em Seu Trono de Glória, aonde encontramos a vida e o poder eficaz do Deus infinito. Quando o Espírito Santo de Deus nos chama, Ele também nos capacita, trazendo a verdadeira intelectualidade, mediante a luz da revelação das escrituras e da mente intuitiva de Cristo (1 Coríntios, 2:16). O Espírito Santo não desativa a nossa mente quando buscamos a Deus, pelo contrário, Ele a potencializa em Cristo, a nível de espírito. Para alguns estudiosos, a psique é um dos atributos mais elevados, ou seja, não há nenhuma subjetividade entre as mais profundas experiências divinas e as realizações do intelecto humano. Por isso, é imprescindível que haja essa entrega da nossa intelectualidade ao governo da Soberania de Deus. Fazendo assim, não haverá limites às atividades, além das direcionadas pela unção do Espírito Santo. É lamentável uma mente humana, por mais brilhante que seja, sem o Espírito de Deus governando–a! Entretanto, é maravilhoso ver uma mente cheia do Espírito Santo, porque ela se torna uma ferramenta de poder, que libera o Reino de Deus na Terra. O Senhor se alegra com os que assim O buscam e O adoram, em espírito e em verdade (João, 4:23); que desejam ver os frutos e o derramar do Espírito Santo, no lugar das obras da carne. É importante permitir que o Espírito de Deus reine em nossos corações. Ele é uma Pessoa e tem inteligência e atributos, dotados de personalidade. Quando o Espírito Santo enche uma alma humana, com a verdade de Cristo (João 15:26), Ele não a esvazia de nenhum de seus atributos, pelo contrário, Ele injeta a Sua Essência Santa, Pura e Imaculada, trazendo a paz, que provém da Justiça do Senhor Jesus. Sendo assim, a santidade, o amor e a justiça no coração de um cristão, produz os “Frutos do Espírito Santo”. Se somos chamados para dar frutos no Reino de Deus, então, que fruto precisamos oferecer ao Senhor e aos homens? Bem..., Jesus deixou uma declaração profunda, à Sua igreja no evangelho de João, capítulo 15, por meio de onde obtemos uma poderosa revelação sobre o verdadeiro fruto, que precisa ser gerado em nós e que, humanamente falando, é impossível de ser produzido, porque somente o Espírito Santo pode nos dar. Na época que iniciei meu relacionamento com o Espírito de Deus, descobri a chave do amor, que a abriu as dimensões da intimidade com o Senhor. Aos dezenove anos, entrei em uma esfera maravilhosa na Presença de Deus e fui conduzido às águas mais profundas; uma dimensão totalmente além do que um homem natural poderia imaginar. Isso, desencadeou uma atmosfera de luz e poder sobre mim, depois de uma intensa dedicação em oração e adoração pessoal. Empenhava-me todos os dias, entrando no lugar secreto com o Pai, desfrutando diariamente de Sua Bendita Presença. O Senhor me conduziu por uma revelação, que recebi sobre a necessidade do fruto do amor, que era o verdadeiro fruto do Espírito Santo. Depois de uma dedicação, na busca do fruto do Espírito, eu era constantemente envolvido pelo Seu amor, às vezes, era acordado com um fogo, passando pelo meu corpo, que me despertava do sono para entrar em oração e na Sua comunhão. Certa vez, fui tangido profundamente por uma atmosfera de poder e paixão; senti uma corrente elétrica percorrendo o meu ser, quando de repente, algo poderoso entrou em meu íntimo. Meu coração ardeu em chamas, a paz plena veio ao meu espírito e comecei a derramar minha alma em louvor e adoração ao Senhor. Foi um sentimento de amor e alegria, que fluiu como um rio dentro da minha alma. Naquela noite, havia imergido em outra dimensão, a do amor de Deus! A realidade sobre esse amor, que gerava o fruto do Espírito Santo era tão forte, que destruía todo o ódio, conflitos emocionais, rejeições e fortalezas em minha alma. Após essa experiência, comecei a crescer em amor. Minha vida já não era a mesma,meus sentimentos pelo próximo eram verdadeiros, a forma de olhar as pessoas havia mudado e não procurava mais os seus erros, porque passei a olhar pela ótica do Pai, que me fazia enxergar o quão importante elas eram para Deus. Percebi mudanças radicais, ativas e constantes da forma com que o Espírito Santo se movia através de mim. Os dons fluíam com mais clareza; curas, palavra de conhecimento e de sabedoria, estavam se tornando comuns no meu dia a dia. Constantemente falava do amor de Cristo às pessoas e via como o Espírito Santo era liberado sobre elas, tocando-as e quebrantando seus corações. Estava em outro nível espiritual, com o meu intelecto recebendo a verdade da mente de Cristo e debaixo do governo do Espírito Santo. O meu espírito havia sido desperto e ativado no amor — o verdadeiro fruto do Espírito. A importância do fruto do Espírito no desenvolvimento dos dons e da unção “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança. Contra estas coisas não há lei” (Gálatas, 5:22-23). O fruto do Espírito Santo é importante para alcançarmos lugares mais profundos em Deus. Ele é a chave que libera o nosso espírito, nos ajudando a receber as bênçãos espirituais de forma rápida; e essa foi uma verdade que descobri, na prática. Lembro-me que pedia ao Senhor os dons do Espírito e a Sua unção. Eu até operava em alguns dons e me movia em uma unção, mas depois que minha vida entrou no processo de amadurecimento, mediante o relacionamento com a Presença de Deus, tudo tomou outra proporção. Buscava em Deus, Seus sentimentos e o que Ele queria que eu fizesse pelas pessoas; sonhos proféticos eram liberados. O Senhor me mostrava por meio de visões, eu, curando as pessoas, ministrando às multidões e isso tudo aumentava cada vez mais o meu nível de fé. Quando orava pelas pessoas, era mais fácil ver os resultados, pois, havia plena certeza em meu coração de que eu estava fazendo a vontade do Senhor e principalmente, que Ele estava comigo. O amor que Ele me transmitia pelas almas, estava diretamente ligado ao fruto do Espírito que havia recebido, isso abriu as portas da comunhão e tive acesso a uma unção mais poderosa. O apóstolo Paulo, ensinou à igreja de Corinto esse segredo, mostrando-os o caminho para receber os dons do Espírito Santo, através da busca do amor de Cristo. “Porventura, são todos apóstolos? Ou, todos profetas? São todos mestres? Ou, operadores de milagres? Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos? Têm todos dons de curar? Falam todos em outras línguas? Interpretam-nas todos? Entretanto, procurai, com zelo, os melhores dons. E eu passo a mostrar-vos ainda um caminho sobremodo excelente” (1 Coríntios, 12:29-31). Paulo ensinou também, dizendo: “Segui o amor e procurai, com zelo, os dons espirituais, mas principalmente que profetizeis” (1 Coríntios, 14:1). Nesse texto bíblico, descobrimos que o maior segredo para receber os dons do Espírito, é buscando o amor de Cristo, o caminho que leva ao real propósito dos dons, que é manifestar o amor de Deus a humanidade, libertando-os de seus pecados, curando suas enfermidades e expulsando os demônios. Quando seguimos o caminho do amor, a busca pelos dons se torna mais fácil e não precisamos implorar, pelo contrário, aprenderemos a receber de forma correta, como filhos e herdeiros, as riquezas espirituais. A compreensão do amor de Deus, abre o nosso espírito ao acesso de Sua Presença, habilitando o cristão a conhecer a Deus por experiência; provando quem Deus É, de fato! “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo” (Efésios, 1:3). Quando provamos do amor do Pai Celestial, entendemos que Ele deseja nos dar Seus dons, Seu poder e a Si mesmo, mais do que uma pessoa possa desejar, isso é d’Ele. Dons não definem caráter. “Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (1 Pedro, 4:10). O dom é definido naquilo que fazemos por meio da graça divina ativada pelo Espírito Santo, que reside em nós e jamais definirá quem somos, quanto ao caráter! Quando um cristão atinge a maturidade, ele entende que o dom não pode ser a base do caráter e integridade, ou seja, nossa identidade não pode ser resumida ao que fazemos, por desempenho dos dons ou moveres espirituais. Ser maduro no relacionamento com Cristo, é estar alicerçado na identidade de filhos de Deus e no compromisso, como sacerdotes. Isso está diretamente associado ao desenvolvimento do fruto do Espírito Santo, na capacidade de amar e ter compaixão pelo próximo. Caso esses valores não sejam difundidos como base do relacionamento com Deus, todo o nosso ministério e vida, se tornam poluídos e não estaremos andando na maturidade cristã — se o nosso caráter for julgado e medido pelo dom, então, nunca teremos as motivações corretas para servir. Se uma pessoa, baseia a sua identidade em cima dos dons, então, a sua autoimagem será conectada ao que ela faz a serviço da obra e não a quem realmente é. Por isso que — o fruto do Espírito serve para nos dar os parâmetros corretos da comunhão com Deus e os dons para manifestar a Sua Soberania. Dons do Espírito Frutos do Espírito Uma coisa é o Mover de Deus se manifestando através dos dons, outra coisa é o caráter da pessoa que possui o dom, que pode estar alicerçado no Governo do Espírito Santo ou não. Um cristão que possui dons é amado por homens, que veem nele o Mover de Deus, mas aquele que além dos dons, também possui o caráter de Cristo formado, é conhecido e temido pelo inferno. Nove dons do Espírito para nove frutos do Espírito “A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito, visando ao bem comum” (1 Coríntio, 12:7). Os dons do Espírito estão disponíveis aos que O buscam, é importante lembrar que não podemos andar no dom, sem que haja fruto do Espírito, vejamos: Palavra do Conhecimento Amor Palavra de Sabedoria Paz Dom da Fé Alegria Profecia Longanimidade Operação de Milagres Benignidade Dons de Curas Bondade Variedade de Línguas Fidelidade Interpretação de Línguas Mansidão Discernimento de espíritos Domínio Próprio Desta forma fica claro entender que, para cada dom do Espírito existe um fruto, de modo que esse seja mantido santificado. Os dons de revelação, poder e vocais “Gostaria que todos os homens fossem como eu; mas cada um tem o seu próprio dom da parte de Deus; um de um modo, outro de outro” (1 Coríntios, 7:7). Os dons do Espírito, tem suas áreas de acesso no reino espiritual, alguns penetram na esfera da revelação, outros do poder e outros fluem diretamente de maneira vocal, ou seja, pelos lábios de uma pessoa, vejamos: Revelação: A palavra do conhecimento; Palavra da sabedoria e Discernimento de espíritos. Poder: Dom da fé; Operação de milagres e Dons de curas. Vocais: O Dom da profecia; Variedade de línguas e Interpretações de línguas. O Espírito Santo, de forma nenhuma, é irresponsável! Ele jamais nos dará um dom Seu, sem que antes sejamos capacitados para usá-lo. Purificando as intenções e motivações do coração “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo- nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Coríntios, 7:1). Falar sobre a purificação das intenções e motivação do coração é de extrema importância, porque é isso que define o início, meio e fim de nossa caminhada e cumprimento com o nosso propósito no Reino de Deus. À medida que avançamos na comunhão com o Espírito Santo, as trevas do coração vão sendo dissipadas. A luz da revelação que produz comunhão, traz consigo os frutos do Espírito. Mesmo quando temos dificuldades no percurso dacaminhada cristã, temos graça suficiente em Cristo para vencermos quaisquer resistências da carne. Não podemos esquecer, que precisamos manter o nosso coração constante na busca pela Presença de Deus. Porque, se permanecermos firmes contra as tentações da carne e do diabo, o nosso coração ficará longe das intenções e motivações erradas. No desenvolvimento da minha vida cristã, houve um tempo, que o Espírito Santo começou a tratar nesse aspecto comigo e em todas as intenções do meu coração — sobre ser um homem usado no Seu Poder. Se desejarmos uma verdadeira comunhão com o Senhor, Ele revelará a Sua santidade em todas as áreas de nossas vidas, até nas mais profundas, que desconhecemos em nós mesmos. Na caminhada com Cristo, conheci Pregadores que operavam maravilhosamente nos dons e na unção do Espírito, mas suas condutas pessoais, os reprovavam devido à lascívia, soberba e arrogância incutida no caráter. Infelizmente, isso faz com que muitos cristãos novos na fé e sem entendimento, se desviem dos caminhos do Senhor, porque ao observarem tais atitudes, preferem se afastar da igreja, de Deus e do convívio com o Espírito Santo. Por isso, é importante saber que o fato dos dons espirituais operar de maneira milagrosa na vida de uma determinada pessoa ou ministro popularmente conhecido, não faz dele um representante qualificado de Cristo e muito menos, que Deus aprova os seus erros. “Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos nós em Teu nome? Em Teu nome não expulsamos demônios e não realizamos muitos milagres? Então Eu lhes direi claramente: ‘Nunca os conheci. Afastem-se de Mim vocês, que praticam o mal! ” (Mateus, 7: 22-23). Existe uma diferença entre — dons e fruto do Espírito. O dom é uma dádiva que Deus deposita na vida de uma pessoa, como uma graça inicial, ou seja, é a Sua qualidade operando em nós, o canal por onde Deus flui livremente, e isso, é irrevogável. É através dele, que Deus opera maravilhas, independente do pecado. O Senhor não julga se a pessoa é digna ou não do dom, Ele concede a todos o direito de livre-arbítrio e cada um fará a sua escolha. Por isso, que um dia prestaremos contas diante de Deus. O dom não precisa ser cultivado ou desenvolvido. Ele opera automaticamente, a única coisa que precisa ser administrada é a forma como operamos nele. Diferentemente do fruto do Espírito, que precisa de cultivo, dedicando a ele bastante atenção! Desta forma, o fruto é o resultado de uma vida guiada pelo Espírito de submissão e reverência a Sua Presença. Quando andamos no Espírito, o fruto desenvolvido torna a pessoa cheia de amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio, fluindo livremente e tudo isso, tem a ver com a nossa vida particular, de como caminhamos na Presença de Deus e preservamos o testemunho de verdadeiros filhos (Gálatas, 5:22-23) O fruto do Espírito, é a base que manterá segura a nossa vida ministerial, impedindo que venhamos cair nos enganos e astutas ciladas de Satanás. Os dons, por outro lado, pertencem a uma vida ministerial, fazendo parte do caminho de uma pessoa. Infelizmente, muitos cristãos, buscam os dons acima dos frutos do Espírito e pensam que Deus aprova suas ações, esquecendo-se dos princípios de conduta, santidade, amor e justiça que Deus requer de um servo. Somente o Senhor sonda as verdadeiras intenções do nosso coração e pode purificá-las. Intenção é tudo o que se pretende fazer, como um propósito, plano, uma ideia; ou seja, aquilo que se procura alcançar, conscientemente ou não. É um desejo ou intento do coração enganoso do homem. “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me, e conhece os meus pensamentos” (Salmos, 139:23). O Espírito de Deus, pode realizar uma obra genuína em nosso coração. Permita que Ele revele Seus caminhos e a direção certa à sua vida. Não sonhe demasiadamente buscando aquilo que é próprio, lance fora a vaidade e se apegue à simplicidade. Não busque seus próprios interesses em seus relacionamentos e lugares que deseja chegar, busque antes, o que agrada a Deus. Aquilo que realmente reluz como obras de justiça, que glorificam ao Nome de Cristo Jesus. — Você já pensou o que motiva seu coração a buscar a Presença de Deus? Ou, o que te leva a buscar a unção do Espírito Santo? De maneira resumida e simples, motivação é o conjunto de processos que dão ao comportamento de uma pessoa, dentro de uma forma de agir, uma intensidade, impulsionando-a para uma determinada direção, ligados à vontade própria. — Em algum momento você já se perguntou o porquê quer os dons? E qual dom especifíco deseja? Precisamos fazer esses questionamentos ao Senhor, somente Ele sonda as motivações reais do nosso coração, podendo revelar o que está errado com a nossa intenção. Aos vinte anos, meu relacionamento com Deus havia entrado em uma nova dimensão, meu coração começou a sofrer mudanças e a sondagem de Deus foi tocando no meu interior, produzindo frutos de justiça e consequentemente, houve uma lapidação em áreas que precisavam ser corrigidas no meu ser, com isso, fui sendo transformado de dentro para fora! Em uma delas, o Senhor me mostrou um sentido que estava corrompido pela religião em minha mente, tratava-se de uma forma errônea de buscar o nosso chamado e crescimento ministerial, visando o poder. Observo em tempos atuais, muitos buscando o Poder do Espírito Santo apenas para ver Suas manifestações, a fim de “ganhar almas” e impressionar pessoas através de sinais. Contudo, existe um grande problema em querer o poder e as manifestações, sem antes conhecer a Sua Pessoa e o Seu amor. De como Ele se relaciona conosco e a Sua forma de trabalhar através de cada pessoa, trazendo purificação e lapidação no caráter, produzindo intenções puras no coração dos ministros. Em seu livro — O Espírito Santo, John Bevere escreveu: “Existe um erro que muitos cometem: eles têm tentado compreender o agir e o Poder do Espírito Santo sem primeiramente conhecê-Lo como Pessoa. É crucial que estabeleçamos em nosso coração e em nossa mente, se cremos ou não que o Espírito Santo é uma Pessoa divina – infinitamente Santo, infinitamente Sábio, e infinitamente Poderoso, mas ainda, maravilhosamente Carinhoso, Sensível e Compassivo. Cremos que Ele é Aquele digno de receber nossa reverência, nosso afeto, nossa fé, nosso amor, nossa devoção e nossa total rendição? Ou, cremos que o Espírito Santo é simplesmente uma influência poderosa que vem de Deus — algum tipo de poder místico divino, não muito diferente do que pensamos quando nos referimos a “espírito de generosidade” ou “espírito de competição? ” Essa última visão, é superficial, grosseira e até legalista. Se cremos dessa forma, somos facilmente suscetíveis à arrogância e ao orgulho espiritual, o que nos levaria a pavonear como se pertencêssemos a uma ordem superior do Cristianismo. Porém, se O enxergamos como infinito em majestade, glória, esplendor, sabedoria, conhecimento e santidade, e se acreditamos que Ele, como uma Pessoa, tem um acordo com o Pai e com o Filho para tomar posse de nossas vidas e usá-las para o bem, então prostramos nossas faces com temor santo. Alguém que vê o Espírito de Deus como uma influência ou um poder supremo irá constantemente dizer: “Eu quero mais do Espírito. ” Ao contrário, alguém que O vê como uma Pessoa maravilhosa irá dizer: “Como eu posso dar mais de mim a Ele? ”. O desejo pelo Poder de Deus é algo bom, mas se o homem não tiver, no seu coração, uma fome e uma sede pela face de Cristo em primeiro lugar, abrirá uma brecha letal, que pode afetar os verdadeiros planos de Deus, levando-o por caminhos aonde o Senhor não se move e somente o sistema religioso pode operar, trazendo legalismos e secura espiritual. Minha força interior em buscar as coisas espirituais, motivações erradas nos meus jejuns, madrugadas no monte orando pelas manifestações, passaram a ser purificadas pelo Fogo do Espírito. A paixão pela Presença foi se tornando minha maior motivação, as intenções erradas de querer serum “grande Ministro de Poder”, mudaram completamente. Lembro-me que o amor de ficar no lugar secreto com o Pai Celestial, foi sendo forjado em meu caráter espiritual. Toda prepotência e ganância, que eu não conhecia, foram arrancados pela “pá” do Senhor. “Ele traz a pá em sua mão e separará o trigo da palha. Recolherá no celeiro o seu trigo e queimará a palha no fogo que jamais se apaga” (Mateus, 3:12). Toda a palha, que é a motivação e intenção errada do coração do homem, juntamente com o pecado, é arrancado e destruído pelo Poder da Presença de Deus, e pelo Fogo do Espírito Santo. Permita-se ser purificado por esse fogo consumidor, buscando com intenções e motivações corretas no coração a vontade de Deus, sendo, de fato, usado nas mãos do Senhor. Desfrute do verdadeiro fruto da comunhão com o Espírito Santo que é o amor e avance no conhecimento de Cristo para novas dimensões, conhecendo mais das profundezas de Deus e de tudo aquilo que Ele tem reservado para nós. Capítulo 6: O Verdadeiro Descanso C O Verdadeiro Descanso om o decorrer do tempo, aprendi que antes mesmo que pedisse algo, se aquilo estivesse dentro dos planos de Deus, para a minha vida, de alguma forma sobrenatural, já estava feito (Efésios, 1:4). A questão maior, estava em aprender a receber e não somente a pedir. Quando descobri como receber as bênçãos espirituais, parei de pedir e passei a agradecer mais, buscando sabedoria, para que o Espírito Santo revelasse o meu chamado, me conduzindo na direção correta e não no que eu achava certo, andando no meu próprio entendimento. O fato é que, quando entregamos a nossa vida e confiamos totalmente no Senhor, passamos a descobrir os Seus planos eternos, que já estavam preparados para nós, antes da fundação do mundo. “Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda” (Salmos, 139:16). Se creres e permitires que o Espírito de Deus te guie nas veredas da justiça e te conduza à melhor direção, então, você desfrutará do descanso do Senhor, recebendo toda a graça, força, suprimento e auxílio provenientes do nosso Pai Celestial. “Confia no SENHOR de todo o teu coração e não te estribes no teu próprio entendimento” (Provérbios, 3:5). Este lugar de descanso é espiritual, e é lá, que descobrimos que tudo já está feito, basta aprendermos a receber a revelação de quem Ele É, e de como andar nos Seus desígnios, trilhando os Seus caminhos. Os planos de Deus e Suas riquezas espirituais, começam a desatar e a cooperar conosco na Terra. Deus supre tudo aquilo que Ele mesmo está fazendo através de nós. Um dia, Ele me disse: — Filho, cuide dos Meus negócios, que suprirei todas as suas necessidades, não ande preocupado com nada. Permita que o Meu Espírito conduza os teus pés nos Meus caminhos e desígnios; e você verá a Minha bondade e os recursos sendo liberados em sua vida. O Descanso de Deus não tem a ver com uma mente “sem nada para fazer” “Assim por lábios gaguejantes, e por outra língua, falará a este povo. Ao qual disse: Este é o descanso, dai descanso ao cansado; e este é o refrigério; porém não quiseram ouvir” (Isaías, 28:11-12). O Descanso de Deus não é sentar e esperar como se algo fosse acontecer do nada, pelo contrário, é um lugar onde encontramos refrigério das obras da carne, parando de se mover na própria força e sabedoria humana. Quando aprendemos a meditar e a confiar na Palavra de Deus, entregando-se a uma vida de oração ao Espírito, permitindo que Ele conduza cada passo, dando a direção certa, caminharemos para o verdadeiro descanso, que destrói as preocupações com as coisas dessa vida, terrena e passageira, lançando fora todo o engano de que precisamos — fazer algo para Deus — sem que primeiro O deixemos fazer por nós. Descansar em Deus é trabalhar com a direção certa e os recursos corretos, na sabedoria do Espírito Santo, é andar na revelação dos propósitos do Senhor. Muitos querem “fazer a obra de Deus”, mas ainda não aprenderam a se entregar ao Senhor, permitindo que Ele os transforme em Sua Presença. Com isso, acabam caindo nos enganos da carne, produzindo obras sem que Deus as tenha pedido. Lutando por causas passageiras, sem a direção do Espírito Santo. Conheci ministros e cristãos, que lutaram com suas próprias forças, pensando que estavam fazendo a vontade de Deus, e no fim, caíram em grande esgotamento espiritual e desgaste físico, se frustrando. Infelizmente, vi muitos deles se perderem na fé, pelo fato de terem percorrido um caminho sem a direção de Deus e as armas do Espírito. O Descanso de Deus é uma atividade direcionada pelo Espírito. Não é ficar esperando algo, como se isso fosse acontecer sem que você ao menos se movesse em fé, na direção correta. No pátio externo do tabernáculo de Moisés, havia muito trabalho sacrificial, já no Santo dos Santos, havia o verdadeiro Descanso e tudo isso era realizado em perfeita ordem. Descansar no Espírito, não é sinônimo de estagnação no serviço, pelo contrário, é viver na sabedoria e direção do Senhor, tendo os recursos necessários para tudo o que for fazer nessa vida. Quando dedicamos a nossa atenção na oração e na Palavra de Deus, buscando andar no Espírito, não perdemos o senso de direção e nem o propósito daquilo que está dentro do nosso chamado e missão. “E, percorrendo a região frígio-gálata, tendo sido impedidos pelo Espírito Santo de pregar a palavra na Ásia, defrontando Mísia, tentavam ir para Bitínia, mas o Espírito de Jesus não o permitiu. E, tendo contornado Mísia, desceram a Trôade. À noite, sobreveio a Paulo uma visão na qual um varão macedônio estava em pé e lhe rogava, dizendo: Passa à Macedônia e ajuda-nos. Assim que teve a visão, imediatamente, procuramos partir para aquele destino, concluindo que Deus nos havia chamado para lhes anunciar o evangelho” (Atos, 16:6-10). O versículo acima é a chave para esse tema. Note que os apóstolos estavam tão preocupados em pregar o evangelho, que não descansaram no Espírito, indo de um lado ao outro sem êxito, sendo impedidos por duas vezes, pelo próprio Espírito de Deus, de irem na direção errada, e consequentemente, de sofrerem sem necessidade. À noite, sobreveio a Paulo uma visão..., provavelmente no momento em que ele descansava, pois, o horário referido é da ‘noite’, período que relaxamos e nos preparamos para dormir. Encontramos aqui, o código do descanso no Espírito. Todas às vezes que aquietamos a nossa alma com suas vontades e emoções, e esperamos no Senhor, somos renovados; e passamos por um realinhamento, para cumprirmos os propósitos do Reino de Deus. Todos passam por esses momentos de desconexão, até mesmo o apóstolo Paulo! Não estamos isentos de passar por tais situações e é normal que aconteça, afinal, são esses momentos que o Senhor usa para nos tratar, corrigir e quebrantar, podendo até usar de nossos erros, para nos disciplinar como um Bom Pai, para que não venhamos nos perder da rota certa, daquilo que o Senhor nos chamou para fazer. Uma pessoa descansada no Espírito, não fica atenta aos cuidados deste mundo, mas às almas perdidas, que é a maior prioridade de Deus. O Descanso nos leva à grande surpresa do fruto do amor “Amados, amemos uns aos outros, pois o amor procede de Deus. Aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus” (1 João, 4:7). Certa madrugada, após receber uma visitação do Senhor, o Seu amor foi derramado em meu coração e passei por uma experiência de amor pelas almas. Nesta época, ainda estava na fase da descoberta da Pessoa do Espírito Santo e do amor de Deus. Para minha surpresa, quando cheguei no serviço, a primeira pessoa que encontrei foi uma mulher que tinha a mania de fazer brincadeiras maliciosas e era taxada vulgarmente pelos homens de “piriguete”. Ao me aproximar para cumprimentá-la, imediatamente, um manto de amor desceu sobre mim, como de um pai por um filho. Meus sentimentos foram acessados pelo Espírito Santo e a Sua Presençaproduziu um amor profundo pela alma sofrida daquela mulher. Preguei a Palavra de Deus a ela algumas vezes, mas não surtia efeito, porém, naquele dia foi diferente, porque no momento em que falei do amor de Cristo, as lágrimas começaram a descer pelo seu rosto. Respeitosamente, coloquei as mãos sobre o seu ombro e liberei a unção do amor de Deus sobre ela, que logo foi acessada pela Presença do Espírito Santo, que chorando, me pediu ajuda, confessando que não queria mais viver no sofrimento. Profetizei a ela, dizendo que Deus tinha um plano perfeito em sua vida e que Satanás a iludia, com os enganos do mundo. Logo após, entrei em minha sala e chorei, agradecendo ao Senhor Jesus por Seu amor, que se manifestou e salvou aquela vida. A grande surpresa, não foi apenas no episódio da salvação desta mulher, comecei a notar que, ao me aproximar de qualquer pessoa, independente de gênero, classe ou raça, uma unção repleta do amor de Deus, fluía do meu interior por elas. Às vezes, não aguentava aquela Presença e chorava, só de olhar a face de alguém. Tive experiências lindas, de ver almas sendo tocadas, não importava onde eu estivesse, o Poder e a Presença do Espírito de Cristo, tocavam os corações, trazendo a manifestação do Seu Amor. Tudo isso só foi possível, porque entrei no Descanso de Deus, parei de me preocupar com o que as pessoas pensavam de mim, e passei a me importar com o coração do Pai. O Descanso faz isso conosco, tira o nosso foco da rota errada e nos conduz a direção de vida e paz. Capítulo 7: A Pessoa do Espírito Santo Q A Pessoa do Espírito Santo uando iniciei a jornada de conhecer o Espírito Santo como Pessoa, foi extraordinário... O amor e o cuidado que recebi d’Ele me constrangia e tudo o que eu mais queria, era prosseguir em conhecê-Lo. Como é bom mudar a ótica referente ao relacionamento com o Espírito Santo, buscandoO, não somente nos momentos que precisamos, mas principalmente, porque ansiamos por Sua Doce Presença. Minha vida foi transformada no dia em que acordei para a realidade da Pessoa que estava ali, todos os dias comigo, mesmo quando não percebia. Vi o cuidado e o amor que Ele tem pela igreja de Cristo. Como é interessante ver o quanto Ele nos considera, mesmo que não O consideremos devidamente e merecidamente, porque independente disso, Ele sempre estará conosco! Aprendi com o tempo, que o Seu Amor é tão profundo, que, mesmo não nos comunicando com Ele, a Sua Presença permanece nos ajudando e fortalecendo na caminhada com Cristo, independente se aceitamos ou não a condição de ter uma comunhão direta com Ele. O fato é que o Espírito Santo de Deus, está aqui na Terra por uma missão, a de ajudar a noiva de Cristo em sua jornada terrena, à porta da salvação eterna. O Espírito Santo possui atributos e qualidades que só podem ser imputadas a uma pessoa. A Sua capacidade de compreender, desejar, agir, sentir e amar é algo que não pode ser conferido a uma “manifestação que influência” ou um “poder”. Ele não é uma unção, é uma Pessoa e se não nos comunicarmos com Ele, certamente Ele respeitará a nossa escolha, permanecendo em silêncio, mas nem assim, deixará de orientar os filhos de Deus, auxiliando-os em suas necessidades. A Pessoa do Espírito Santo é tão real, que caso se sinta feliz, Ele também se alegrará com você; mas se estiver triste, igualmente sentirá a sua tristeza. Isso é o significado de Consolador, estar ao lado de alguém em todos os momentos, bons ou ruins, apoiando e dando a força necessária para vencer. Cada vez que nos aproximamos do Espírito Santo, aprendemos lições preciosas de como Ele interage conosco, como uma pessoa, e isso é maravilhoso! Ele é tão interativo, que surpreende até nas mínimas coisas. Ele estará com você! Nos seus anseios, vontades e sonhos; e o desejo d’Ele, é que compartilhemos de nossa vida com Ele, como amigos e mesmo que isso não ocorra, Ele não se ofenderá, porque é Santo. O que temos que entender é que, embora seja uma Pessoa, Ele não é como um ser humano, a Sua forma de se relacionar conosco, é pura, santa e bem diferente da nossa. O Espírito de Deus eleva a nossa mente a níveis de compreensão, de como Deus se move, fala e direciona o homem em seus caminhos, revelando Sua natureza divina, de tempos em tempos e de glória em glória! Ao chamarmos o Espírito Santo de “Pessoa”, não estamos dizendo que Ele é um ser humano, mas que possui atributos e a personalidade de uma pessoa real, mas, sendo Deus. Devemos lembrar de que, os humanos foram criados à imagem e semelhança de Deus, então, Ele não é como nós; ao contrário, somos como Ele É, e estamos sendo restaurados à Sua imagem, através da revelação de Cristo Jesus. É interessante alguns aspectos que Jesus relatou sobre o Espírito Santo, de que somente Ele, como uma Pessoa, possui! Características essas, que nem o Pai e nem mesmo o Filho, possuem. “Por isso, vos declaro: todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mateus, 12:31-32). Jesus declarou que todo o pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens, e que se alguém proferir alguma palavra contra Ele, também teria o direito ao perdão, mas se a blasfêmia for contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste mundo, nem no vindouro! — Meu Deus! Que declaração é essa! Como pode uma pessoa proferir blasfêmia contra o próprio Jesus e ter o direito ao perdão, mas se for contra o Espírito Santo não terá nem misericórdia? No versículo citado, encontramos algo realmente difícil de compreender. Precisaríamos de muitas linhas para abordar sobre esse tema e as verdades contidas nele. Podemos notar, que existem aspectos que distinguem a pessoa da Divindade, de Outra. Por mais forte que possa parecer, o fato é que o Espírito Santo pode se sentir tão triste com a blasfêmia, que não há liberação de perdão. A palavra blasfêmia em grego, é “blasphemia” e significa calúnia, difamação, discurso injurioso contra o bom nome de alguém. Então é até admissível que o ofensor, através do arrependimento, ao blasfemar contra o nome de Jesus, seja perdoado, mas o intrigante nisso tudo, é que Ele não deu esse mesmo direito de perdão àqueles que blasfemarem contra a Pessoa do Espírito Santo. A questão é que o Espírito de Deus é tão Santo e Puro, que uma blasfêmia contra Ele, seria um insulto a Deus! E a bíblia deixa claro acerca da peculiaridade de cada componente da Divindade. A Trindade existe? “Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós somos um” (João, 17:11). Um dos grandes debates teológicos e ideológicos que ocorre a décadas por grupos religiosos — é se realmente existe a Trindade — ou se esse é apenas um termo usado pelos cristãos. Cada um tem a sua linha teológica e defende uma ideia, mas para aqueles que procuram um relacionamento direto com Deus, descobrem na prática, que realmente existem três Pessoas. Há os que acreditam que isso é heresia e que o termo não está correto, tirando a importância do Espírito Santo como Pessoa, associando-O a uma “influência” do Poder de Deus ou até mesmo uma “inspiração” da divindade. A palavra Trindade, foi aderida no Quarto Concílio de Latrão, convocado pelo Papa Inocêncio III por meio da bula “Vineam domini Sabaoth”, de 19 de abril de 1213, para ser celebrado em novembro de 1215, na Basílica de São João de Latrão, em Roma. O termo Trindade é considerado teologicamente. A doutrina cristã, que em latim significa “tríade” de “trinus”, “tripla” define Deus como sendo três Pessoas consubstanciais, com expressões ou hipóstases: O Pai, o Filho (Jesus Cristo) e o Espírito Santo, “Um Deus em três Pessoas”, distintos em Suas manifestações. Creio que esse assunto, o ajudará na sua fé e confiança de que Deus é Trinoe, ao mesmo tempo, um Único Deus. Para isso, separei alguns versículos, abaixo: “Como podeis crer, vós os que aceitais glória uns dos outros e, contudo, não procurais a glória que vem do Deus único? ” (João, 5:44); “Pois há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito Santo; e estes três são um” (1 João, 5:7); “Todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, “Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele” (1 Coríntios, 8:6). Existe uma diferença entre a natureza que distingue os três como Pessoa e a Divindade que mostra os três como um só Deus. https://pt.wikipedia.org/wiki/Papa_Inoc%25C3%25AAncio_III https://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%25C3%25ADlica_de_S%25C3%25A3o_Jo%25C3%25A3o_de_Latr%25C3%25A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Roma O Pai é o que gera; o Filho é gerado; e o Espírito Santo é quem realiza. “Tudo o que é verdadeiro a respeito de Deus, é verdadeiro a respeito das três Pessoas da Trindade. Você sabia que houve uma época em que uma ramificação da igreja, cria que Jesus é Deus – verdadeiramente Deus – mas outra não? ” (A.W Tozer no Artigo – The Attibutes of God II). Os antigos líderes da igreja, dos anos de 1215, se reuniram e chamaram essa reunião de concílio. Nunca deixarei de agradecer a Deus por esses homens maravilhosos, instruídos e piedosos, que disseram: “Adoramos a Deus na Trindade, e a Trindade em Unidade”. Eles reconheceram a existência da Trindade. Sou um cristão unitário, porque creio na Unidade de Deus e, Trinitário porque creio na Trindade de Deus e essas duas, não são contrárias uma à outra. A. W. Tozer, no texto atualizado do artigo de — “The Attributes of God II”, escreveu: — Nós adoramos um Deus na Trindade, e a Trindade em Unidade. — Não confundindo as Pessoas, nem dividindo as essências. — Pois, há uma Pessoa do Pai, outra do Filho, outra do Espírito Santo. — Mas a Divindade do Pai, do Filho, e do Espírito Santo é uma só, a glória é igual, a majestade é coeterna. Não sei se você vai concordar, mas para mim, é como música aos ouvidos, esses antigos patriarcas da igreja – sérios e piedosos – declarando todas essas coisas para as gerações. Durante os últimos 1600 anos, a igreja celebrou isso: Da mesma maneira como é o Pai, assim também é o Filho, e também o Espírito Santo. — O Pai incriado, o Filho incriado, o Espírito Santo incriado. — O Pai incompreensível, o Filho incompreensível, e o Espírito Santo incompreensível em sua totalidade. — O Pai eterno, o Filho o eterno, o Espírito Santo eterno. No entanto, não há três incriados, nem três incompreensíveis, mas um incriado e um incompreensível. — Assim também, o Pai é todo-poderoso, o Filho é todo- poderoso, o Espírito Santo é todo-poderoso. — Assim, o Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus; contudo, não são três Deuses, mas um só Deus. É nisso que cremos — nas três Pessoas, mas em um só Deus. A Trindade é uma só em propósito e Deus anseia, apaixonadamente, por um relacionamento íntimo com Seus filhos. “Aproximem-se de Deus e Ele se aproximará de vocês! ” (Tiago, 4:8). Quando flertamos com o mundo, nos desalojamos da experiência da intimidade profunda com Deus, mas isso é uma perda trágica e deixa o nosso Pai de coração partido! Deus quer passar tempo conosco, para que nos tornemos como Ele É, porém, isso só ocorre através de um conhecimento íntimo de Deus. A única forma de desenvolver esse relacionamento profundo, é através do Seu Espírito. Jesus foi o exemplo clássico do que significa estar no mundo, sem pertencer a ele. O coração transformado “Cria em mim, ó Deus, um coração puro e renova em mim, um espírito reto” (Salmos, 51:10). Particularmente, a maior importância que existe dentro da comunhão com Deus, é quando olhamos o nosso coração e vemos o poder transformador que é gerado pelo Espírito Santo, dentro de nós. É maravilhoso provar a pureza do Senhor e desfrutar de Sua Santidade, que produz uma paz que excede todo o entendimento humano. Só de pensar em escrever isso, o meu coração se enche de amor e alegria no Espírito, aleluia! Como é poderoso quando o coração de um Filho de Deus, se une ao coração do Pai. O Espírito Santo é a parte mais sensível da Trindade, Ele é como se fosse o coração de Deus em nós e não é à toa que vamos ver nas escrituras, o Espírito Santo sendo derramado nos corações, afinal, Ele próprio representa o coração de Deus. “Nos selou como sua propriedade e pôs o seu Espírito em nossos corações como garantia do que está por vir. ” (2 Coríntios, 1:22); A grande experiência que tive e creio que a maior de todas, foi a transformação do meu coração. Não tenho palavras para expressar como ele passou pela imersão do amor de Cristo! Lembro-me que pedia muito ao Senhor para derramar o Seu amor através do Espírito Santo sobre a minha vida. Declarava constantemente a Palavra de Deus, mencionando sempre os versículos que falavam sobre o Seu amor. A atmosfera foi sendo transformada e algo forte estava fluindo. As músicas de adoração começaram a entrar no meu coração de uma forma tão profunda, que eu chorava no ônibus, na rua, na sala de aula, pois, minha alma estava recebendo um novo nível de luz do amor real de Deus, aleluia! Aquele amor foi sendo derramado, à medida que me dedicava nas orações direcionadas ao amor e na adoração pessoal. Os jejuns entraram como uma força extra, me ajudando no processo de quebrantamento interior. Enxergava as áreas que precisavam de transformação. Meu desejo de servir e pregar o evangelho de Cristo, cresceram substancialmente. Perdi o medo de muitas coisas, e isso, ajudou a me entregar mais, buscando o pleno propósito de Deus à minha vida. Um homem perdido no caminho “ [...] o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos; a consolar todos os tristes; A ordenar acerca dos tristes de Sião que se lhes dê glória em vez de cinza, óleo de gozo em vez de tristeza, vestes de louvor em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem árvores de justiça, plantações do Senhor, para que ele seja glorificado” (Isaías, 61:1-3). Certa vez, em um pequeno restaurante, quando conversava com o dono do local, o Sr. Moisés, antes que o expediente encerrasse, chegou um homem, também conhecido do dele, que se aproximou e logo começamos a interagir, momentos depois, lá estávamos os três conversando. Os assuntos foram surgindo e indo, de repente, passamos a falar sobre igreja e aquele homem, começou a falar mal de muitos Pastores e Ministros. Era notória as raízes de amargura em seu coração. Todavia, a Presença do Espírito de Deus, começou a se manifestar e fui sendo direcionado pelo Senhor, a conversar com ele. Vi que o seu coração começou a se abrir, de tal forma, que ele passou a confessar os pecados. Ele sofria com problemas sérios e uma tendência ao homossexualismo. Confessou-me que isso operou em sua vida dentro da igreja, onde manteve relações sexuais com “ministros de louvor”, onde frequentava e mesmo sendo casado, não dormia com a própria esposa. Relatou ainda, que quando os pecados ocultos eram descobertos na igreja, além dos conflitos pessoais, vinham também os confrontos com as lideranças religiosas. Enquanto ele me narrava tudo isso, olhei-o atentamente, e disse: — Jesus Cristo pode libertá-lo! O fato de não ter sido liberto até hoje, se deu pela falta do Poder Vivo de Deus e da realidade transformadora do Espírito Santo. No exato momento que falei isso, ele me olhou e se assustou, pois, viu um clarão de luz, suas pernas ficaram bambas com o Poder de Deus, a ponto que teve de se segurar no balcão, começando a chorar e pedindo ajuda. Falei do amor do Senhor e que era necessário se arrepender e voltar ao caminho da vida eterna. O Poder do Espírito Santo foi tão forte, que todo aquele ódio e amargura em seu coração, caíram por terra. Aleluia! Isso é a consequência de umrelacionamento e comunhão com a Presença de Deus e Seu Santo Espírito, trazendo a realidade do Reino de luz e transformação para os cativos e oprimidos. Naquele mesmo dia, ao chegar em casa, cansado do trabalho, fui dormir, de repente, me vi entrando em espírito numa outra dimensão... Vi um lobo, com muito ódio, se tratava de um espírito maligno que operava na vida daquele homem ao qual havia pregado naquela tarde. Ele tentava se aproximar, mas não conseguia, pois, a luz da Presença do Espírito Santo me protegia contra os ataques das trevas. O Espírito Santo sempre nos fortalecerá nos momentos de batalhas espirituais, elas são uma realidade e devemos ser forjados como guerreiros para vencer os poderes do reino das trevas, que tentam destruir tudo o que Deus criou. A Pessoa do Espírito Santo é real e tangível, Ele tem todos os atributos lindos de uma pessoa, todavia, é Puro e não suporta blasfêmias. Peço a Deus, que o seu desejo em conhecê-Lo, seja crescente e ardente, porque certamente, Ele espera por isso! Parte 2: Compartilhando do Espírito Santo PARTE 2 COMPARTILHANDO DO ESPÍRITO SANTO “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, Pai das misericórdias e Deus de toda consolação, que nos consola em todas as nossas tribulações, para que, com a consolação que recebemos de Deus, possamos consolar os que estão passando por tribulações. [...] Se somos atribulados, é para consolação e salvação de vocês; se somos consolados, é para consolação de vocês, a qual lhes dá paciência para suportarem os mesmos sofrimentos que nós estamos padecendo. ” 2 Coríntios, 1:3-6. Capítulo 8: Os Aspectos da Pessoa do Espírito Santo N Os Aspectos da Pessoa Do Espírito Santo esta segunda parte, aprenderemos sobre os aspectos que envolvem a Pessoa do Espírito Santo. Jesus deixou evidente a Sua Personalidade, quando se referiu ao Espírito de Deus usando um pronome pessoal, chamando-O de “Ele”. Não vemos em nenhum lugar das escrituras sagradas, Jesus se referindo a Ele, como “isso”, “aquilo” ou “isto”, como se fosse “um sentimento” ou “poder” (João, 14-16). Fomos criados a imagem e semelhança de Deus, sendo assim, compartilhamos dos Seus atributos. Isso significa que podemos nos relacionar com a personalidade do Espírito Santo. Se Ele fosse uma “energia”, seria complicado desenvolver um relacionamento com Ele. Mas o Espírito Santo veio para habitar em nós e compartilhar das mesmas características de personalidade, com as quais já estamos familiarizados. Entendemos que Ele não é uma fumaça, um vento, uma chama de fogo ou até mesmo uma pomba branca, isso são algumas formas como Ele se manifesta. O Espírito Santo é uma Pessoa e não uma inspiração sublime, Ele possui uma Presença e onde está, emana uma “atmosfera” de acordo com a forma que se revela. Ele é a Presença do Deus Eterno. “Mas quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que ouvir e lhes anunciará o que está por vir” (João, 16:13). Uma atmosfera não pode falar, uma pessoa sim! Da mesma forma que um ambiente de poder não possui mente, vontade ou planos. Pensamentos têm presença e são os seres humanos que geram essa presença. Entretanto, o Espírito é o próprio Deus habitando dentro do homem, Ele vai muito além do que uma “inspiração ou poder”. Ele tem todas as características que temos, mas sem a natureza pecaminosa. Ele sente como qualquer pessoa, anseia e tem ciúmes (Tiago, 4:5; Gálatas, 5:22 e Atos, 8:8); amor (Romanos, 5:5 e Gálatas, 5:22). Ele também sente tristeza (Efésios, 4:30). No evangelho de João capítulo 14, vemos o que Ele faz, como qualquer outra pessoa. Ele encoraja, ajuda, capacita, consola, etc... Ninguém, desde o início da criação, conhecia o Espírito Santo melhor que Jesus. Por isso, nos deixou o caminho aberto, para que O conhecêssemos como Ele O conhecia. Nosso Consolador “E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador [...] ” (João, 14:16). A palavra em grego para consolador, é “parakletos” e significa: chamado, convocado a estar do lado de alguém, a ajudar; alguém que pleiteia a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado; pessoa que se empenha pela causa de outro, um intercessor. Observando atentamente o significado desta palavra, vemos que ela vai além de alguém que somente auxilia nas necessitadas terrenas, ou que fortalece nos momentos de fraquezas. Estudiosos afirmam que a declaração que Jesus fez aos discípulos, dizendo que enviaria — outro Consolador — referia-se literalmente a outra pessoa, ou seja, Jesus estava afirmando que enviaria alguém com as mesmas qualidades e aspectos que Ele para estar conosco. O Espírito Santo está aqui para nos auxiliar na edificação espiritual e desenvolvimento da nossa salvação eterna. Ele é o Poder central da vida de Cristo, fluindo no interior de cada cristão. “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (2 Pedro, 1:3). Por meio d’Ele, temos acesso às virtudes de Deus e nos tornamos participantes de Sua Santidade. Desta forma, sem Ele, nada podemos fazer: Sem o Espírito, não podemos conhecer a Jesus Cristo: “Quando, porém, vier o Consolador, que eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dele procede, esse dará testemunho de mim” (João, 15:26). Sem o Espírito, não podemos conhecer a Deus e nem Sua Palavra: “Mas Deus no-lo revelou pelo Espírito; porque o Espírito a todas as coisas perscruta, até mesmo as profundezas de Deus” (1 Coríntios, 2:10). Sem o Espírito, não temos vida: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte” (Romanos, 8:2). Sem o Espírito, não temos forças para servir a Deus: “Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Romanos, 8:26). Poderia mencionar muitos detalhes importantes sobre o nosso Consolador, mas o melhor que podemos fazer é confiar em Sua liderança. Ele é o Liberador das riquezas celestiais, que traz todos os recursos e provisões do Reino dos Céus para os filhos de Deus na Terra. Deus em Sua Soberania, sabia que o homem jamais conseguiria a salvação completa, andando em Sua Presença, sem a direção do Espírito Santo. Quanto equivoco e juízos errados são feitos hoje a respeito do ‘Consolador Inefável’? Muitos não O conhecem e fazem descaso de Sua Pessoa. É impossível desenvolvermos a vida plena que Cristo nos deu, sem o Espírito Santo, porque Ele é a própria vida de Cristo em nós. As escrituras mostram o Espírito Santo agindo na terra, mesmo antes do Pentecostes. De Gêneses a Apocalipse, podemos ver a Sua atuação, conduzindo e capacitando os profetas na revelação do Reino de Deus e de Cristo Jesus. Outro sentido muito poderoso da palavra “parakletos”, é advogado, uma das maiores funções do Espírito de Deus, que é defender Seus filhos contra as acusações de Satanás. Mesmo que venhamos pecar e entristecer o Senhor, Ele estará ao nosso lado, nos convencendo do pecado, da justiça e do juízo. Ajudando contra os ataques do diabo em nossa mente e nos defendendo de toda e qualquer condenação, como um advogado fiel. Lembro-me de algumas experiências em que falhei durante a minha caminhada com Cristo. Sentia-me muito angustiado por entristecer o Espírito Santo. Havia um peso de condenação das trevas e, ao mesmo tempo, um fardo pesado na minha consciência, avisando que deveria me arrepender e permitir que o Senhor acessasse o meu coração, a fim de que, as trevas não ganhassem espaço em minha mente, me afastando da justiça de Cristo. Nesses momentos, eu era constrangido por Seu amor e sentia a Sua tristeza, mas ao me quebrantar em Sua Presença, sentia a reconciliação me tomando com poder e fogo. Isso me fortalecia, metornando cada vez mais maduro em Cristo. Contudo, sei que os erros e as falhas fazem parte do processo de amadurecimento e crescimento espiritual de um cristão. Como o Espírito Santo se apresenta Pois o nosso “Deus é fogo consumidor! ” (Hebreus, 12:29). Existem alguns aspectos da manifestação do Espírito Santo que se confundem com a Pessoa d’Ele, e uma coisa que o Espírito Santo não é — o vento; Ele não é o fogo; não é a chuva; não é um trovão; não é língua estranha e não é uma pomba branca. Embora cada um desses elementos mencionados sejam formas de expressão do poder “liberado sobre nós”, ainda assim, isso não é o Espírito Santo “em nós”. Uma coisa são as formas com as quais Ele se expressa, outra coisa é Ele em nós! Se Ele realmente fosse o vento, não poderia trazer aconselhamento, se fosse uma ave branca, não poderia falar conosco sobre os ensinamentos de Jesus. Entendemos também, que Ele pode vir como água em nossas vidas, para refrigerar, refrescando-nos, mas Ele também não é água! “Pois derramarei águas na terra sedenta, e torrentes na terra seca; derramarei meu Espírito sobre sua prole, e minha bênção sobre seus descendentes. Eles brotarão como relva nova, como salgueiros junto a regatos” (Isaías, 44:3-4). O Espírito Santo pode vir como um fogo feroz, entrar em nossas vidas purificando-nos de todo o pecado, mas Ele também não é o fogo. “Mas quem poderá suportar o dia da Sua vinda? E quem poderá subsistir quando Ele aparecer? Porque Ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros” (Malaquias, 3:2). Todas essas, são apenas formas como a Pessoa do Espírito Santo se apresenta a nós. Ele se entristece “E não entristeçais o Espírito Santo de Deus [...] ” (Efésios, 4:30a). Como toda pessoa, o Espírito Santo também se entristece quando é ofendido pelo pecado do homem ou ações que desrespeitem Seus princípios e santidade. Temos que aprender a cuidar com amor de Sua Doce Presença. Certa vez, ao desobedecer o Seu pedido em uma ministração, senti vazio e angústia. Não entendia o porquê daquele sentimento. Como se houvesse um fardo no meu espírito. Consultei o Senhor, para saber o motivo daquele sentimento, e Ele me respondeu, dizendo: — Você não seguiu minha ordem, por isso, está assim. Foi quando percebi, no início do meu ministério, sobre a importância da submissão ao Espírito Santo e de como devemos ser sensíveis a Sua Voz. Ele se ira “Mas eles foram rebeldes, e contristaram o seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, e ele mesmo pelejou contra eles” (Isaías, 63:10). A nação de Israel foi tão rebelde às ordens do Senhor, que feriu de tristeza, os sentimentos do Espírito Santo, a ponto de causar a Sua ira. Observe a palavra — Ele se tornou inimigo do povo — tenho para mim, que muitos cristãos passam por desertos e sofrimentos por falta de alinhamento e por não interagirem com a Presença do Espírito Santo, sem conhecer a Sua vontade. Isso traz muitos problemas desnecessários para a vida daqueles que são chamados para herdar as bênçãos espirituais. Ele interage com a Igreja “Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós, não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias” (Atos, 15:28). Vemos neste versículo, que o Espírito Santo aceita decisões baseadas na Palavra de Deus. Ele interage com o homem, assim como o próprio Deus, ao aceitar a opinião de Moisés, quando quis destruir o povo hebreu por terem se corrompido espiritualmente e moralmente, diante do bezerro de ouro no deserto (Êxodo, 32:33). Do mesmo modo, o Espírito Santo participa de nossas decisões, quando estamos de acordo com a Sua vontade. Ele quer interagir com você, para que sejas um canal de bênção e edificação para o corpo de Cristo. Ele tem vontade própria “Mas um só é o mesmo Espírito que opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer” (1 Coríntios, 12:1). Notamos que o Espírito Santo distribui os dons da maneira que deseja, ou seja, Ele tem vontade própria e age conforme a necessidade da Igreja, para que ela seja edificada em Cristo. O Espírito Santo é Quem nos dá vida “O Espírito vivifica” (2 Coríntios, 3:6b). O Espírito Santo foi Quem gerou a vida do Messias dentro do ventre de Maria (Mateus, 1:18-20), possibilitando a vinda de Jesus Cristo à Terra. Qualquer palavra proclamada pelo Espírito Santo, traz vida e fortalecimento. Só podemos experimentar uma vida abundante em Cristo, por meio do Espírito Santo. É impossível alguém buscar vida divina, sem o Seu auxílio. O Espírito Santo é a Vida de Deus morando em nosso íntimo “Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de vocês mesmos? ” (1 Coríntios, 6:19). Somos habitação do Espírito de Deus. Ele não habita em templos feitos por mãos, mas em nosso coração. O Espírito de Vida é um dos títulos do Espírito Santo “Porque por meio de Cristo Jesus a lei do Espírito de vida [...]” (Romanos, 8:2a). O Espírito Santo é chamado de ‘Espírito de Vida’, porque representa o fôlego da Vida de Deus. Por onde Ele sopra, a vida de Cristo é liberada! O Espírito Santo soprará Vida naquele que morreu por Cristo quando Jesus voltar “E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita” (Romanos, 8:11). O Espírito libera Vida e todo aquele que morreu em prol do Nome de Cristo e do evangelho, será vivificado, quando Cristo vier buscar a Sua igreja. O Espírito Santo tem ciúmes de nós “Infiéis, não compreendeis que a amizade do mundo é inimiga de Deus? Aquele, pois, que quiser ser amigo do mundo constitui-se inimigo de Deus. Ou supondes que em vão afirma a Escritura: É com ciúme que por nós anseia o Espírito, que ele fez habitar em nós? ” (Tiago, 4:4-5). O apóstolo Tiago, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu uma forte declaração contra os judeus convertidos na fé em Cristo Jesus, chamando-os de adúlteros! Dizendo: “[...]qualquer que quiser ser amigo do mundo constituir-se-á inimigo de Deus [...]”. Sabemos que para um judeu, segundo a Lei, o adultério é considerado morte por apedrejamento. Essa palavra tinha o cunho de exortar, de maneira muito séria, aquele grupo. Eles estavam contaminando a comunhão com o Espírito Santo através do relacionamento impróprio com o mundo. A palavra “adultério” tem conotação como a infidelidade, impureza e violação de um compromisso com o casamento. Normalmente, associamos o adultério a um cônjuge que se envolve sexualmente fora do casamento. Então, concluímos que, os cristãos que adulteram contra o Espírito de Deus, são aqueles que se relacionam intimamente com o mundo, ou seja, colocando-o como prioridade em suas vidas, no lugar do Espírito Santo de Deus. Geralmente, pessoas que sofrem com a dor da traição e do divórcio, tem um sentimento horrível. Alguns, chegam a um estado de choque emocional, a ponto de não conseguirem se relacionar mais com ninguém. A mágoa é tão grande que geralmente dizem coisas do tipo: “Não sei como ele (a) pôde fazer isso comigo! Depois de todos os anos sendo fiel a ele (a), ajudando na criação dos nossos filhos e trabalhando para que estudassem... Como ele (a) pôde fazer isso? Me deixar de lado e ir atrás de outra pessoa? ”. Particularmente, acredito que a traição e o divórcio, possivelmente, são as piores experiências humanas. Nada parece ferir mais o coração de alguém, do que esse tipo de trauma emocional. O apóstolo Tiago escreveu seu livro para os membros da Igreja do corpo de Cristo, pessoas consideradas a “Noiva do Cordeiro”, mas de alguma forma, ele descreveu aquele grupo como infiéis, por terem abandonado o seu relacionamento com Cristo, a fim de encontrar realizações no mundo ou talvez, coisa pior! Eles haviam sido infiéis ao seu “Esposo” Jesus Cristo e tinham se tornado, adúlteros aos olhos de Deus.Vemos que o pecado e o amor às coisas do mundo, contaminam a habitação do Espírito Santo que somos nós, Ele se sente magoado e triste, como um esposo violado. Quando essa verdade se tornar uma revelação que impacte a nossa consciência e penetre no nosso coração, mudanças reais acontecerão nas atitudes permissivas, relacionadas ao pecado, fazendo com que tenhamos uma vida mais consagrada a Cristo. O Espírito Santo nos considera Sua habitação. “Vocês não sabem que são santuário de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês” (1 Coríntios, 3:16). Se esses atributos são tão visíveis nas escrituras, então, devemos nos perguntar: Por que o Espírito Santo é tão mal recebido e a Sua função é tão desonrada? Devemos dar mais atenção e honrar a Sua posição de governo sobre a igreja de Cristo. Acredito, que a melhor forma de honrá-Lo, é reconhecendo-O como nosso companheiro fiel, que sabe tudo aquilo que necessitamos. Precisamos depositar toda a nossa confiança em Sua Pessoa, afinal, somos a Sua habitação e devemos agir como tal, para que os que não conhecem a Cristo, possam vê-Lo através de nossas vidas, e assim, possamos ser instrumentos de “disseminação do Reino de Deus”, ensinado outros a como ter suas vidas transformadas pelo Poder de Deus. Capítulo 9: Como Iniciar a Comunhão com o Espírito Santo N Como Iniciar a Comunhão Com O Espírito Santo o passado, antes de Cristo, o Espírito Santo vinha de tempos em tempos revestir as pessoas de poder para o ministério ou o serviço; nunca de forma permanente, para habitar dentro do homem. Os profetas, sacerdotes e reis do antigo testamento, não tiveram esse privilégio glorioso. Eles conheciam a Presença do Espírito Santo, apenas de forma temporal. Quando necessário, o Espírito Santo vinha sobre eles, de modo a realizar uma obra especial, mas depois, se elevava e retornava em outro momento oportuno. Hoje é diferente, porque temos acesso direto a comunhão com o Espírito de Deus. Isso está diretamente ligado a nova natureza que possuímos no espírito. No entanto, é importante entender que, existem pré-requisitos para termos um relacionamento vivo com Deus, por meio do Seu Espírito. Desenvolver uma parceria com o Espírito de Deus, não é uma questão ordinária, isso não pode ser feito vez ou outra, de acordo com o nosso horário livre ou quando for conveniente. O Espírito Santo é o selo do nosso relacionamento de aliança com Deus, “O Todo-Poderoso”. Essa é uma transação eterna que fizemos voluntariamente, sem devolução. “Então disse Deus: ‘Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança” (Gênesis, 1:26). Antes de nos aprofundarmos nesse fluxo de comunhão com a Presença do Espírito de Deus, devemos entender quem Ele É! Nesta primeira citação, vemos que o segredo da criação, consiste na presença de três “autores” diferentes. Note que Deus disse: “façamos”, aqui, Ele cumpre três papéis distintos, porque Deus se refere a Si mesmo como sendo: O Pai, O Filho, e O Espírito Santo. “Como Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e com poder, o qual andou por toda parte, fazendo o bem e curando a todos os oprimidos do diabo, porque Deus era com ele” (Atos, 10:38). Já nesta segunda citação, podemos identificar de forma distinta, O Pai do Filho e do Espírito Santo. A Palavra de Deus refere-se a Presença do Espírito Santo, como “águas vivas”, assim como está escrito: “Quem crê em mim, como diz a Escritura, rios de ‘água viva’ fluirão do seu interior” (João, 7:38). A água nunca muda! Seus principais elementos sempre serão — H₂O — Porém, ela pode se manifestar de três formas diferentes: sólida, líquida e gasosa. Da mesma maneira é o nosso Deus, Ele é único, não existe n’Ele sombra de variação. Contudo, vimos que Ele pode se apresentar de formas distintas, como: O Filho, O Pai, e O Espírito Santo, e este, por sua vez, foi enviado para nos revelar quem é O Filho (João, 17:21). Deus é Um em propósito, mas possui três expressões (Pessoas) pela qual pode se manifestar, que exercem funções distintas. Apesar de haver três Pessoas, é importante entender que existe apenas Um Único Deus. “Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação; Tendo iluminados os olhos do vosso entendimento, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos” (Efésios, 1:17-18). Deuteronômio capítulo 6, verso 4 diz: “Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor”. Romanos capítulo 3, verso 30, diz: “Existe um só Deus, que pela fé justificará”. Precisamos ser gratos pelo Espírito Santo e entender Suas funções na vida do cristão. Vimos anteriormente os significados da palavra consolador, que em grego, quer dizer intercessor, ajudador, advogado, conselheiro, fortalecedor, confortador e consolador. É maravilhoso saber que o Espírito Santo tem muitas funções em nossas vidas. Todo o cristão deveria desenvolver uma vida espiritual, de comunhão com a Pessoa d’Ele. Existem muitos benefícios em conhecê-Lo, e o principal desses, é o fortalecimento do nosso espírito humano. Para cada etapa de amadurecimento da vida, vamos conhecer aspectos diferentes do Espírito Santo. Houve um tempo, que comecei a desfrutar d’Ele como o meu fortalecedor, foram épocas difíceis. Passei por diversos conflitos e situações que, se não fosse Ele me fortalecendo, por meio da oração e do jejum para combater as intensas batalhas espirituais, minha fé e esperança, provavelmente, teriam se abalado. A cada nova etapa que avançava no conhecimento da Pessoa do Espírito Santo, iniciava também um estilo diferente de relacionamento com Ele. Lembro-me de uma época, que estava vencendo questões pessoais, internas — lutas nas minhas emoções, mudanças na família, enfim... me sentia só, sem o apoio familiar e do próprio ministério. Neste período, o Espírito de Deus, vinha como meu Consolador, me sentia amado e cuidado por Ele, tinha uma confiança em meu coração de que tudo daria certo, porque Ele estava comigo. Existem cristãos, que ainda não descobriram as multiformes funções do Espírito Santo como Consolador, devido à falta de revelação e fé. Por esta razão, não conseguem desfrutar de Sua companhia e graça abundante. Vi muitos se desviarem do caminho, abandonando a fé, por causa dos pecados que cometiam e das fraquezas que enfrentavam. Com isso, a tendência era de se afastar de Deus sempre que erravam. Se tivessem sido ensinados que o Espírito Santo também é o nosso advogado, certamente teriam visto que Ele nos defende diante das acusações do inimigo e ajuda-nos contra a reprovação da nossa consciência, aonde nosso próprio espírito nos condena, quando agimos na carne, cometendo pecados. Esse ponto, sobre condenação, é muito importante ser tratado, porque muitos acreditam, piamente, que o Espírito de Deus as acusa quando falham. Crendo que Deus as está condenando por seus pecados. Isto é errado! Deus jamais condena Seus filhos, que foram santificados por Cristo. “Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro” (1 João, 2:1). A Palavra de Deus, deixa bem claro que temos um advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, que nos defende de toda a acusação que Satanás tenta contra os filhos de Deus. Não importa o quanto falhamos no decorrer da nossa caminhada, isso faz parte, a questão é que não podemos nos entregar à prática do pecado e dos erros, por falta de maturidade, que leva os cristãos a se afastarem dos caminhos de Deus. O Espírito Santo é nosso advogado e jamais nos condenará ou acusará de algum erro. No entanto, todo cristão sentirá, no seu espírito, que O entristeceu, por alguma atitude errada. “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostesselados para o dia da redenção. Longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia” (Efésios, 4:30-32). O sentimento de condenação pode vir de duas maneiras — de Satanás e da consciência humana. Dentro da consciência tem algo chamado “espírito do entendimento”, que é a uma das funções que o espírito humano possui, assim como está escrito: “E vos renoveis no espírito do vosso entendimento” (Efésios, 4:23). Na “consciência humana”, temos a “consciência do espírito”, que trabalha no mesmo local da mente. A exemplo disso, temos a Arca da Aliança — dentro dela haviam às duas tábuas de pedra dos dez mandamentos. Da mesma forma ocorre com a nossa consciência, porque é nela que temos o espírito humano, que contém a lei do Espírito e vida, aprovando ou reprovando as obras do homem. Geralmente, quando uma pessoa que já foi salva, escolhe pecar ou viver na iniquidade, o espírito do entendimento dela, reprovará tudo o que for contrário à justiça, a lei do Espírito e vida. Às vezes, essa reprovação é tão forte, que o próprio espírito humano condena, densamente, as injustiças, trazendo um peso dentro do coração e da alma, levando à pessoa a sentir a dor do seu erro. “Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas” (1, João 3:20). Neste versículo, temos o apóstolo João ensinando isso, aos novos convertidos, que sentiam no coração o peso da condenação por suas atitudes erradas. Quando um cristão não sabe lidar com essa operação, não entendendo que o seu próprio espírito o acusa diante das injustiças praticadas, tal pessoa, pode até pensar que Deus é quem a está condenando, sentindo-se indigna de Sua Presença e perdão. Quando isso ocorre, brechas são abertas para que o acusador de nossas almas, Satanás, traga opressão na mente e nos sentimentos, até que a pessoa desista de sua fé e não creia mais no amor, e no perdão de Deus. “Então, ouvi grande voz do céu, proclamando: Agora, veio a salvação, o poder, o reino do nosso Deus e a autoridade do seu Cristo, pois foi expulso o acusador de nossos irmãos, o mesmo que os acusa de dia e de noite, diante do nosso Deus” (Apocalipse, 12:10). O adversário de nossas almas, Satanás, sabe usar as oportunidades para trazer acusações contra a consciência humana, no exato momento em que um cristão peca e o seu espírito o reprova. Ele sempre usará desses momentos com muita astúcia, lançando dardos inflamados no coração, fazendo com que o cristão se sinta condenado e indigno do amor de Deus. Graças ao Pai, temos um advogado nó céu e um aqui na Terra. O Senhor Jesus é o nosso intercessor e advogado diante das “jurisdições” espirituais, e o Espírito Santo é o nosso advogado contra as acusações do inimigo e da nossa própria natureza humana. É importante sabermos a diferença entre — exortação de Deus e condenação. Ainda existe muita confusão sobre essa questão! Já vi cristãos operando no dom da profecia, mas em vez de trazerem exortação, levavam condenação sobre os cristãos! A respeito disso, Paulo escreveu: “Se há, pois, alguma exortação em Cristo, alguma consolação de amor, alguma comunhão do Espírito, se há entranhados afetos e misericórdias” (Filipenses, 2:1). A palavra exortação em grego é “paraklesis” e tem os seguintes significados: convocação, aproximação, importação, súplica, solicitação, admoestação e encorajamento. Já no sentido literal da palavra, exortação é chamar para perto. Toda vez que falhamos em nosso compromisso de santidade diante de Deus, o Espírito Santo nos exorta ao arrependimento, produzindo constrangimento e nos aproximando mais da Sua Presença. Já a condenação, nos leva para longe, nos afasta de Deus, fazendo com que nos coloquemos em uma posição de “orfandade espiritual”, esquecendo-se do amor e da abundante graça do nosso Pai Celestial. “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Romanos, 5:8). “Quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo? ” (Hebreus, 9:14). Temos que ter comunhão com o Espírito Santo, pelos seguintes motivos: 1. O Espírito Santo ajuda (João, 14:16); 2. O Espírito Santo habita dentro de nós (João, 14:17); 3. O Espírito Santo instrui e lembra (João, 14:26); 4. O Espírito Santo testifica conosco (João, 15:26); 5. O Espírito Santo nos convence (João, 16:10); 6. O Espírito Santo guia e revela (João, 16:13); 7. O Espírito Santo ajuda a adorar (João, 16:14). No evangelho de João capítulo 20, verso 22, Jesus soprou sobre os discípulos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo”. A palavra “receber”, vem do grego “lambano” e significa, receber alguma coisa agora. O fato da palavra “lambano” ser usada aqui, nos diz algo muito importante, porque significa que Jesus estava transmitindo o dom do Espírito Santo aos discípulos, naquele exato momento. Fé “Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não veem” (Hebreus, 11:1). A palavra-chave para tudo o que desejamos receber do Reino de Deus em nossas vidas, é a fé! Não podemos confundir o crer com a fé, porque são diferentes em sua essência. Crer no grego é “pisteuo” e significa pensar que é verdade, estar persuadido de acreditar, depositar confiança. Portanto, crer é colocar a confiança no que Deus fala em Sua Palavra, tendo-a por verdadeira, diferentemente da fé. O liberador da graça, Cristo, é quem manifesta a fé na pessoa que decide acreditar em quem Deus É e no que Ele faz. Quando isso ocorre, a pessoa passa a ter acesso à Fé, que é dom de Deus e também um fruto do Espírito, conforme nos mostram os seguintes versículos: “Efésios 2.8; 1 Coríntios, 12:9 e Gálatas, 5:22”. Só podemos ter uma fé genuína, por meio do Espírito Santo, porque ela é uma substância sobrenatural, não podemos produzi-la carnalmente. Somente o autor e o consumador da nossa fé, pode nos dar esse presente maravilhoso (Hebreus, 12:2). Fé em grego é “pistis” e significa convicção da verdade de algo. No novo testamento, a fé é um “firme fundamento” ou crença, que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas (Hebreus, 11:1). Desta forma, podemos dizer que fé — é a convicção de que Deus é verdadeiro mediante uma experiência pessoal. Quando uma pessoa experimenta a realidade de Deus, ela passa a ter a verdadeira fé, porque provou da verdade e da graça, trazendo assim, a manifestação do Poder de Deus. Lembro-me de ter tido bastante impedimento e dificuldade no início do meu relacionamento com a Pessoa do Espírito Santo, pois, não haviam ensinamentos sobre esse assunto. De certa forma, sentia que era o único na igreja, que buscava a Presença de Deus de maneira mais intensa. Não sabia o porquê era impelido para esse caminho, mas com o tempo, fui entendendo os propósitos de Deus e descobrindo que aquela direção, estava certa. Mesmo assim, não foi fácil! Quando falava ou pregava sobre esse assunto, havia pouco interesse dos demais, até que o fruto da comunhão, foi resultando em manifestações poderosas, como curas e sinais da Presença do Espírito Santo. Por esta razão, que a fé é tão importante! Não se preocupe se a sua fé for menor que a de um grão de mostarda, porque à medida de fé que cada um possui, se desenvolve com o tempo. O meu nível de revelação cresceu na proporção que fui fluindo naquilo que o Senhor me ensinava nas escrituras. O medo vinha em certos momentos, os questionamentos surgiam em meu coração, devido às doutrinas que havia recebido ao longo do tempo. Isso tudo afetava a minha fé, mas pela graça de Deus, Ele fortalecia o meu coração através das revelações de Sua Palavra. Tinha o hábito de pesquisar, constantemente, sobre o Espírito Santo na bíblia. Quando encontrava trechos ou passagens falando sobre Ele, de como se movia e se relacionava com o Seu povo, ficava maravilhado. Meditava nostextos bíblicos até que entrassem no meu coração e a fé fosse liberada ao espírito. Fazendo assim, sentia que o bloqueio e as falsas doutrinas, implantadas em minha mente, iam sendo dissipadas. As “escamas” caíam dos meus olhos espirituais e a falta do crer de verdade, que causava confusão, saia do meu coração. Porque a Escritura diz: “Todo aquele que n’Ele crer não será confundido” (Romanos, 10:11). À medida que isso ocorria, sentia que ficava mais fácil a comunicação com o Espírito Santo. Minha fé foi crescendo e se fortalecendo, a ponto de não ter mais dúvidas em meu coração sobre esse assunto. Aquele medo de que, “talvez” estivesse entrando em alguma heresia, saiu da minha mente e uma plena convicção, fluía com poder, mostrando os resultados positivos da minha transformação pessoal no caráter e no amor de Cristo. Meditação contemplativa “Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Filipenses, 4:8). Um grande segredo da oração, é a meditação contemplativa. Segundo os orientais, ela ocorre quando se esvazia a mente, deixando-a livre e entrando em um estado alfa de concentração, para conseguir atingir o nível de controle e liberdade. Já para os cristãos, a meditação é totalmente o oposto, porque “mente vazia é oficina do diabo”. Precisamos preencher nossos pensamentos com a Palavra de Deus, colocando a nossa mente nas coisas que são do alto, ocupando-a com tudo aquilo que é puro, santo e honesto. “Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto, onde Cristo está assentado à direita de Deus. Mantenham o pensamento nas coisas do alto, e não nas coisas terrenas. Pois, vocês morreram, e agora a sua vida está escondida com Cristo em Deus” (Colossenses, 3:1-3). A meditação é um “quebra-cabeça” que vai se encaixando na mente, alma e coração do filho de Deus, por meio da direção que o próprio Senhor nos dá em Sua Palavra. Essa meditação, quando feita em oração, engloba todo o nosso ser, mente, sentimentos, imaginações e criatividade, de modo que se alinhem a vontade de Deus. Os orientais que usam a “IOGA”, tentam esvaziar suas mentes, porém, nós os cristãos, procuramos enchê-la com a Palavra e a Vontade de Deus. A meditação cristã, não envolve um vazio, e sim, a plenitude de Cristo. Meditamos com a finalidade de dar lugar, em nosso coração, à Palavra de Deus, para que ela penetre, não apenas em nossos pensamentos, mas em tudo o que envolve nosso ser, juntas e medulas, alma e espírito, mente, vontades e emoções — Lugares aonde fazemos nossas escolhas e decisões. Meditamos para encontrar o discernimento da plena vontade de Cristo, acerca de todos os nossos caminhos (Hebreus, 4:12). A meditação contemplativa, ocorre quando visualizamos algo na Palavra de Deus e colocamos uma demanda de sentimentos sobre ela ou sobre outra coisa que se refira a Deus, contemplando com a mente e intencionando com o coração. Isso vai gerar a liberação para o interior da alma e o espírito começará a fluir na dimensão daquilo que estamos visualizando. Contemplar a Presença de Deus, foi uma das chaves poderosas que me liberou o fluir da comunhão e da intimidade com o Senhor. Passava tempo em silêncio, enchendo o meu coração com o amor e a adoração pessoal, focalizando meus pensamentos em Cristo e pedindo ao Espírito, que liberasse Seus rios de águas vivas no meu íntimo. Para isso, ficava visualizando-me andando com o Senhor em lugares lindos, sempre adorando em meu coração e declarando o quanto eu O amava. Isso trouxe sensações de paz e amor profundos no meu coração. A atmosfera da Presença do Espírito Santo, ficava cada vez mais intensa. Com o tempo, fui aprendendo a gerar esse ambiente de comunhão, tanto dentro do meu ser, quanto ao meu redor. Com isso, minha alma foi entrando em níveis de amor e transformações profundas! A mesma necessidade que meu corpo tinha de se alimentar, a minha alma também apresentava na fome e sede pelo amor de Deus. Quando a alma é tocada nesse nível de relacionamento com a Presença de Deus, deve-se ter vigilância, pois, a pessoa fica em êxtase interior, perdendo até mesmo, a vontade e o prazer por qualquer coisa desse mundo. Nesse ponto, existe uma linha tênue, porque a pessoa corre o risco de se perder, sem perceber. Dedicação e esforço “Não to mandei eu? Esforça-te, e tem bom ânimo; não temas, nem te espantes; porque o Senhor teu Deus é contigo, por onde quer que andares” (Josué, 1:9). A acomodação, diferente do esforço, nos leva à entrega do território, ou seja, a desistir facilmente, já o compromisso com a causa de Cristo, nos protege de tropeços. A busca da intimidade nos preserva da frieza espiritual e da acomodação da carne. Um dos segredos para manter o nosso espírito cheio da graça e da comunhão com o Espírito Santo, está em nunca se acomodar com a carne, colocando em nosso coração, uma demanda de amor e força diária, centralizando em nossos pensamentos, uma meta — de vencer todos e quaisquer obstáculos que o homem exterior possa oferecer, de modo a submetê-lo ao Senhorio do Espírito de Deus. Infelizmente, muitos ainda não conseguiram discernir a função do seu espírito em relação à vida espiritual, de como colocar a alma e as vontades naturais da carne em total submissão ao espírito, por meio do Poder do Espírito Santo. Devemos ter uma atitude diária de amar a Deus com todas as nossas forças e tudo o que envolve as emoções; levando nossos pensamentos cativos a Cristo, mantendo sempre a atenção e motivação do nosso coração, voltados a Deus. No decorrer dessa prática diária, haverá momentos que nem sempre teremos aquele sentimento de gozo para entrar no lugar secreto, na Presença de Deus, mas fique tranquilo, isso não significa que algo está errado. Por isso, é importante entender que somos limitados e que a intenção do Senhor é a de nos ensinar formas diferentes para buscá-Lo. Nos momentos que sinto dificuldade de entrar no lugar secreto, aonde costumo passar horas em Sua Presença, meditando e me edificando, oro pedindo graça e quebrantamento, a fim de ser fortalecido, para que as barreiras externas e internas, sejam derrubadas. Quanto mais abertos e dedicados estivermos na comunhão com o Espírito Santo, mais profundo iremos nas dimensões de Deus, conhecendo segredos espirituais, que nos ajudarão a vencer. Capítulo 10: Três Armas Poderosas U Três Armas Poderosas mas das armas espirituais e poderosas que o Senhor nos deu, não apenas para combatermos as trevas ou fazermos pedidos pessoais, mas principalmente, para nos relacionarmos com Ele, é a oração, que está ligada a ação reverente do coração de ser transformado a imagem de Cristo, de glória em glória. Quando há um desejo constante por mais de Deus, consequentemente, começamos a falar aquilo que foi meditado no coração. Ao fazer isso, as portas do nosso espírito se abrem para receber a transferência da imagem de Cristo e os propósitos de Deus são revelados no nosso homem interior. Desta forma, passamos a orar à vontade de Deus. Sempre que fizermos da oração uma fonte de consolação e amor ao Senhor Jesus, O teremos como um manancial de vida e não como uma válvula de escape nos momentos de necessidade. Se orarmos somente quando houver uma dificuldade e não como uma fonte diária de alimento, essa oração, não passará de palavras sem comunhão e relacionamento consciente com Deus. Estaremos apenas usando o Seu Nome, com o objetivo fútil de conquistar nossos próprios interesses. Precisamos nos esforçar para fazer da oração um ponto de contato com o nosso Deus e não um meio de obter benefícios próprios. Embora, encontremos muitos benefícios, quando descobrimos o real valor da intimidade com a Presença do Senhor. Muitos cristãos, infelizmente, só oram de fato, quando estão enfrentando uma tempestade em suasvidas, outros, quando desejam avançar em direção aos seus próprios interesses. Observando a vida de Jesus, notei que Ele sempre orava em secreto, nos momentos que não haviam problemas. O relacionamento d’Ele era contínuo com Deus, de maneira que, no momento das tempestades, podia dormir tranquilo, sabendo que tudo já estava feito. “Levantou-se um forte vendaval, e as ondas se lançavam sobre o barco, de forma que este foi se enchendo de água. Jesus estava na popa, dormindo com a cabeça sobre um travesseiro. Os discípulos o acordaram e clamaram: “Mestre, não te importas que morramos?” Ele se levantou, repreendeu o vento e disse ao mar: “Aquiete-se! Acalme- se!” O vento se aquietou, e fez-se completa bonança. Então perguntou aos seus discípulos: “Por que vocês estão com tanto medo? Ainda não têm fé?” Eles estavam apavorados e perguntavam uns aos outros: “Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem?” (Marcos, 4:37- 41). Devemos orar com alegria, para desfrutar da Presença do Senhor, tendo com isso, um armazenamento de poder e realidade de fé em Deus, para que nos momentos de adversidades, possamos descansar, como Jesus fez no barco e não entrar em desespero como os discípulos. Note que Jesus não apenas se espantou ao ver que, mesmo os discípulos andando com Ele, não tinham fé e, de certa forma, cobrou isso deles, dizendo: “Porque estais assim com medo!? Ainda não tendes fé? ” Por isso que muitos hoje ficam esperando que Deus solucione seus problemas, quando na verdade, Ele já deu a solução e os recursos necessários para vencermos em Cristo. A oração e a comunhão com o Espírito Santo, são interligadas, não há separação. É impossível termos uma verdadeira comunhão com o Espírito do Senhor, sem nos dedicarmos em oração. Jesus nos ensinou a pedir ao Espírito Santo, afinal, não podemos receber se não pedirmos como convém! “Pois, todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e àquele que bate, a porta será aberta. Qual pai, entre vocês, se o filho lhe pedir um peixe, em lugar disso lhe dará uma cobra? Ou se pedir um ovo, lhe dará um escorpião? Se vocês, apesar de serem maus, sabem dar boas coisas aos seus filhos, quanto mais o Pai que está no céu dará o Espírito Santo a quem o pedir” (Lucas, 11:10-13). Quão forte é essa palavra! Devemos ser gratos ao Senhor Jesus por nos ensinar a pedir ao Pai Celestial e ao Espírito Santo da forma correta. Temos que pedir — Senhor, dá-me o Seu Espírito! Quanto mais crermos e desejarmos ter intimidade com Deus, mais Ele fará com que conheçamos o Seu Espírito. É impossível termos uma verdadeira intimidade com Deus, sem que o Espírito Santo esteja operando em nossas vidas. Lembro-me das vezes que pedi ao Senhor para me encher com a Sua Presença, afinal, o crescimento espiritual não é ocasional, e sim, intencional. Precisamos nos dedicar a crescer no espírito, através de uma vida de oração. Muitos são cheios do Espírito Santo, mas não querem ter compromisso de oração. Sem oração, não há comunhão; sem comunhão não há unção e sem unção não há solução para os problemas existenciais da vida. Jejum “Porém tu, quando jejuares, unge a cabeça e lava o rosto, para não pareceres aos homens que jejuas, mas sim a teu Pai, que está oculto; e teu Pai, que vê o que está oculto, te recompensará” (Mateus, 6:17-18). O jejum é uma das armas mais poderosas que temos em nossa jornada espiritual. Com o passar do tempo, fui descobrindo sobre essa ferramenta e como usá-la com sabedoria. No início da minha caminhada, era conduzido pelo Espírito Santo a jejuar, porém, não tinha o entendimento profundo desse assunto, mas minha obediência a Ele, foi liberando essa compreensão espiritual. Desejo que todos entendam esse assunto e coloquem uma demanda de fé sobre isso, porque o jejum, de fato, ajuda a vencer as obras da carne e os impedimentos espirituais, que, na maioria das vezes, não percebemos. Além disso, ele traz quebrantamento direto na alma e no coração. Os desejos e afeições quando são purificados, passam a ser submissos ao espírito, entrando em uma harmonia. O quebrantamento é a porta que abre o caminho do coração, dando acesso à Presença de Deus para o nosso espírito, e esse, é o momento mais oportuno para que isso ocorra, porque é onde ficamos mais sensíveis ao toque transformador do Espírito de Deus, que libera o nosso espírito para fluir. O espírito humano tem uma ligação direta com o nosso coração, por isso, devemos ser quebrantados para que os sentidos espirituais e naturais, sejam tangidos pelo Senhor (Salmos 51:17). A prática do jejum, trabalha em diversos ambientes na vida do ser humano, podendo liberar o espírito, quebrantando as vontades carnais. Quando temos fome, geralmente vem o alerta do estomago dizendo ao cérebro que quer comer, expressando uma vontade e consequentemente um desejo é despertado. A fome existe, a vontade de comer é real, mas o desejo do que queremos naquele instante, como aquela típica comida brasileira com arroz, feijão, carne, ovo e batatas fritas, nem sempre será satisfeito. Não temos o hábito de comer a mesma coisa todos os dias, a tendência natural do ser-humano é de procurar algo diferente quando sente fome. Acredite — o desejo específico que sentimos por determinado alimento, está ligado diretamente à nossa alma e não ao nosso estômago. Quando jejuamos, deixamos de comer alimento sólido, no entanto, esse processo não ocorre somente no corpo, mas também na alma. Do mesmo lugar que provém o “desejo de comer” algo específico, também vem o “desejo de pecar”. Isso ocorre, porque as emoções, os sentimentos e os desejos do corpo, estão diretamente ligados entre si. Ao jejuar, santificamos os desejos carnais, liberando o domínio próprio sobre os impulsos que levam a atos pecaminosos. À medida que estabelecemos uma vida de jejum e oração, nossas vontades vão sendo controladas e o Espírito Santo pode trabalhar com mais liberdade no cristão, trazendo santidade em áreas que são desordenadas nos filhos de Deus. O Espírito Santo gera quebrantamento e disciplina no cristão, trazendo luz e justiça a tudo o que pode nos afastar de Sua comunhão. Sendo assim, o jejum nos ensina a colocar os impulsos e desejos carnais sob o domínio do nosso espírito, alinhando-o a obediência da Palavra de Deus. Como está escrito: “Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade, tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai- vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pedro, 1:22). A “Zoe” da Palavra “O Espírito dá vida; a carne não produz nada que se aproveite. As palavras que eu lhes disse são espírito e vida” (João, 6:63). Outra arma poderosa é a Palavra viva e eficaz. É por meio dela que o nosso nível de comunhão com o Senhor cresce e passamos a compreender, com entendimento, os caminhos de Deus. Descobrindo através de revelação, a Sua vontade para as nossas vidas. À medida que descobrimos o propósito de Deus e a nossa vocação, também desenvolvemos no nosso interior, um nível de comunhão e unção maior com Deus. Desta forma, andar na Presença de Deus em justiça, é seguir a Sua Palavra. Devemos permitir que a Palavra de Deus se torne carne em nós. Talvez, tenha se questionado agora, de como seria possível que a Palavra encarnasse? Bem..., Jesus Cristo é o Verbo Vivo e Ele tornou-se carne, e habitou entre nós, cheio de graça e verdade nessa Terra, e hoje, Ele vive dentro dos filhos de Deus por meio da Palavra, produzindo vida e esperança (Colossenses, 1:27). “Aquele que é a Palavra (o verbo) tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade” (João, 1:14). A palavra “Zoe” em grego, significa vida. O autor do livro de Hebreus, ensinou uma verdade sobre o poder da Palavra, dizendo: “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” (Hebreus, 4:12). Oprocesso de edificação espiritual é de suma importância para que os filhos de Deus entendam a vida e o poder que há nas escrituras, pois, são elas que falam a respeito de Cristo e nos revelam a Sua natureza. Meu nível de relacionamento com Deus, através da comunhão com o Espírito Santo, só entrou em uma esfera de maturidade e crescimento na autoridade, quando as escrituras passaram a fazer parte de mim. Meditei nela, não somente como uma revelação ou palavra “Rhema”, mas passei a buscar a vontade de Deus para a minha vida e não apenas para o que eu precisava. A “Zoe” da Palavra, está em entendermos que não podemos viver sem ela, pois, Cristo é o próprio Verbo! Quanto mais permitirmos a transformação por meio de Sua Palavra, guardando-A com a vida, tendo-A como total verdade e de que não podemos viver sem as escrituras — a “Zoe” vai sendo liberada, ou seja, a vida de Deus — A comunhão do Espírito será cada vez mais poderosa e concreta em todas as áreas de nosso ser. A obediência e o amor às escrituras, são uma das formas mais dinâmicas de nos relacionarmos com Deus, é uma maneira poderosa de Cristo permanecer em nós. “Se vocês permanecerem em mim, e as minhas palavras permanecerem em vocês, pedirão o que quiserem, e lhes será concedido” (João, 15:7). A palavra permanecer em grego é “meno” e significa literalmente ‘permanecer o mesmo’, não se tornar outro ou diferente. A única forma de termos um relacionamento nesse nível com Cristo, permanecendo o mesmo, é apenas com a Sua Palavra fazendo parte de nosso ser. O Espírito Santo me conduzia a meditar constantemente em Sua Palavra. Ele me abria o entendimento, revelando os significados das palavras que saltavam da bíblia, trazendo luz aos meus caminhos. Isso edificava o meu espírito, construindo bases sólidas e não emotivas ou transitórias. Quando, abrimo-nos para buscar essa intimidade com o Espírito Santo, sentimos o Seu amor e paixão. Nossas emoções são tocadas, ficamos sensíveis a Sua voz. A Presença de Deus fica íntima e calorosa, pois, o Espírito Santo corresponde nossos afetos por Ele, mas, não podemos confundir esses sentimentos, como se já estivéssemos preparados e maduros na comunhão. Um relacionamento com Deus, só será sólido se estivermos fundamentados e alicerçados na revelação da Palavra de Deus, caso contrário, podem ocorrer heresias, iludir-se com falsas atmosferas geradas nas emoções, levando a pessoa a andar por caminhos que não estão baseados na Palavra da verdade. Utilize dessas três armas poderosas, seja ativo na oração, no jejum e na leitura da Palavra. Fazendo assim, Cristo será manifesto em seu ser e o Espírito Santo terá mais liberdade para operar em sua vida, e aquelas áreas mais difíceis de serem tratadas, começarão a passar pelo grifo da Palavra de Deus. Capítulo 11: Mantendo o Equilíbrio Espíritual Mantendo o Equilíbrio E Espiritual ste capítulo é importante para a nossa caminhada, pois, o equilíbrio espiritual é a base que garante uma vida plena com Deus, principalmente na vida daqueles que estão iniciando nesta jornada. Existem cristãos, que já começaram a sua caminhada a anos e não chegaram a maturidade de administrar a sua espiritualidade, se tornando fanáticos. Há outros, que se tornam exagerados em suas formas de expressão. O equilíbrio, fala do saber ponderar as coisas com a devida sabedoria. Podemos receber revelações, visões celestiais e não ter a sabedoria para aplicar em nossas vidas ou na vida de outros. É necessário entender que as experiências com o sobrenatural, não nos torna espiritual. Uma pessoa pode ter muito de Deus e ser um cristão carnal — como assim? Vamos analisar alguns textos bíblicos e definir melhor sobre o que é ser espiritual e o que é ter equilíbrio na nossa conduta. Observe o paralelo entre esses dois textos de 1 Coríntios: “Porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda a palavra e em todo o conhecimento (Como o testemunho de Cristo foi mesmo confirmado entre vós). De maneira que nenhum dom vos falta, esperando a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo” (1 Coríntios, 1:5-7); “E eu, irmãos, não vos pude falar como a espirituais, mas como a carnais, como a meninos em Cristo. Com https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/1/5-7+ leite vos criei, e não com carne, porque ainda não podíeis, nem tampouco ainda agora podeis, porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? ” (1 Coríntios, 3:1-3). Nota-se, que Paulo está falando à mesma igreja, porém, em dois momentos diferentes. Podemos observar, neste contexto, que existe uma extrema diferença entre ser espiritual e ter dons e revelações. O apóstolo Paulo enfatizou em sua carta, que a igreja de Corinto tinha todos os dons do Espírito e era enriquecida nos mistérios espirituais, entretanto, no capítulo três, encontramos outra realidade, mostrando que aquele povo, embora tivesse todos os dons, era carnal! Eles não tinham sabedoria de Deus para discernir entre as obras da carne e o fruto do Espírito, por serem movidos por seus sentidos naturais e não pelo o Espírito Santo. “Digo, porém: andai em Espírito, e não cumprireis a concupiscência da carne” (Gálatas, 5:16). Ter dons, visões ou revelações, não significa ser espiritual, pelo contrário, muitos se tornam ainda mais carnais por andar naquilo que bem lhe parecem, seguindo suas próprias vontades. Já há alguns, que são de fato, espirituais, mas não tem equilíbrio. Conheci muitos cristãos que tinham santidade, dons e revelações, mas observava que a falta de maturidade e equilíbrio espiritual, os levavam a operar com princípios errados, e isso, infelizmente, trazia consequências sérias em suas vidas, como as frustrações, que causavam distrações, levando-os a cometer erros, prejudicando suas próprias vidas, ministério e igreja. https://www.bibliaonline.com.br/acf/1co/3/1-3+ https://www.bibliaonline.com.br/acf/gl/5/16+ Certa vez, recebi uma palavra profética do meu sogro, aos dezoito anos. Estávamos subindo o monte, no lugar que costumávamos ir para orar, na subida, ele me disse: — Robson, Deus manda dizer que você terá muita educação e discernimento espiritual para ensinar as pessoas sobre os caminhos de Deus; serás um educador espiritual! Sempre fui conduzido pelo Espírito Santo a buscar conhecimento e disciplina em tudo o que Ele me entregava, não entendia no início, porque o Senhor me tratava daquela forma! Recebia unções tremendas, porém, Deus não me permitia usar como bem entendesse. Era treinado a discernir de forma correta e a liberar os dons, e a unção que tinha sobre mim. Tudo o que recebemos de Deus, se não estiver debaixo do governo do Espírito Santo, não será efetivo para levar a verdadeira transformação ao povo de Deus. “Não cesso de dar graças a Deus por vós, lembrando-me de vós nas minhas orações: Para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos dê em seu conhecimento o espírito de sabedoria e de revelação” (Efésios, 1:16-17). O apóstolo Paulo fez essa primeira oração em sua epístola aos Efésios, pedindo a Deus, que aquele povo, recebesse o espírito de sabedoria e revelação. Temos que buscar a sabedoria espiritual e não somente o poder ou as revelações, precisamos, primeiramente, pedir ao Senhor sabedoria, como fez Salomão. A unção pode até abrir caminhos e certas portas, mas somente a sabedoria e o equilíbrio, podem nos garantir o mantimento daquilo que recebemos. https://www.bibliaonline.com.br/acf/ef/1/16,17+ Somos seres espirituais com um corpo carnal e não espíritos sem matéria! Portanto, nossa espiritualidade tem que ser demonstrada pelos frutos de sabedoria que adquirimos ao longo da jornada com Cristo e não pela unção ou dons que carregamos do Espírito Santo — Nunca tente provar a ninguém sua capacidade espiritual ou chamado, através do poder, mas sim, de uma conduta em obediência ao Senhor. Fazendo assim, Ele testificará da Sua Presença e autoridadeem nossas vidas. Quem tem, verdadeiramente, Deus no seu coração, não precisa provar por meio de manifestações ou ações, como era costume dos Publicanos e Fariseus, porque vive na simplicidade, vencendo a vanglória e a ostentação da carne. Como entrar na comunhão “Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Eu asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus” (Mateus, 18:2-3). Ser como criança, é manter o coração longe da malícia, que é o princípio na Presença de Deus. Temos que ter um coração voltado à pureza, misturado com a sinceridade de quem busca conhecer ao Senhor, aproximando-se do Pai Celestial como filhos do Seu amor, entregando-se nos Seus braços, amando a Sua Presença mais do que tudo nesse mundo! “Se vós, pois, sendo maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais dará o Pai celestial o Espírito Santo àqueles que lho pedirem” (Lucas, 11:13). Infelizmente, muitas pessoas aprenderam a se aproximar de alguém, pelo que este pode lhe oferecer, ou seja, presentes que encantam suas vistas. Relacionando-se pelo interesse e não pelo prazer da Presença. O Espírito Santo quer nos ensinar a ser como crianças, que se relacionam com Deus por amor a Sua Presença e não pelo que Ele pode nos dar! A Importância do coração “E, porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito de seu Filho, que clama: Aba, Pai”. (Gálatas, 4:6). Manter o coração aberto e quebrantado, é a maior chave para o avivamento pessoal na Presença de Deus. O Espírito Santo reside em nosso coração, por isso, deve haver uma atenção maior a tudo o que se passa com ele. Devemos manter uma postura de quebrantamento diário, pedindo ao Senhor que purifique nossos sentimentos e trate nossas emoções. Isso é crucial para que o nosso coração não se desvie e nem se afaste dos desígnios de Deus. “Perto está o Senhor dos que têm o coração quebrantado, e salva os contritos de espírito” (Salmos, 34:18). A Palavra do Senhor nos ensina muito acerca da importância de um coração voltado a Ele: “Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo, e nos ungiu, é Deus, o qual, também nos selou e nos deu como penhor o Espírito em nossos corações” (2 Coríntios, 1:21). O coração é o cofre aonde Deus guarda o Seu Espírito. “E a esperança não desaponta, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” (Romanos, 5:5). Aumentando a comunhão através do quebrantamento “Pedro então lhes respondeu: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para remissão de vossos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo” (Atos, 2:38). Quando nos arrependemos, somos quebrantados no nosso coração pelo Espírito Santo e Ele só permanece no lugar que não é mais voltado para a carne e nem dado ao pecado, e isso só é possível, mediante uma sujeição ao Senhor. Desta forma, a obra do quebrantamento se torna mais poderosa, quando influencia diretamente a carne, trazendo mortificação para os sentidos e desejos pecaminosos. Liberando o nosso espírito para fluir como rios de águas vivas. As disciplinas também são necessárias, porque trazem quebrantamento, nos conduzindo a um amadurecimento no entendimento espiritual, de como viver para Deus. O rei Davi sabia da importância do quebrantamento, por isso, escreveu: “Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás” (Salmos, 51:17). Para Deus, não há nada melhor que um coração quebrantado, porque somente assim, Ele terá liberdade para trabalhar em nós, por meio do Espírito Santo. Prazer e deleite pela Presença “Pois no íntimo da minha alma tenho prazer na Lei de Deus” (Romanos, 7:22). Como pessoas, sabemos da importância do relacionamento e também da intimidade, que só vem mediante a pessoalidade. Neste nível mais íntimo, começamos a nos deleitar, sentindo prazer na presença do outro. Isso não é diferente do nosso relacionamento com Deus e o Seu Espírito. Sendo assim, o prazer na Lei de Deus só nasce, quando somos obedientes e persistentes na busca por Ele. A persistência o conduzirá a esse lugar de deleite, mantenha- se firme, mesmo que no início não sinta sinceridade de estar ali, tenha calma, todos passamos por isso! Seja dedicado na busca da Presença de Deus, pois, os rios inundarão o seu coração de paixão e amor pelo Senhor (Salmos, 27:4-8). “Como a corça anseia pelas correntes das águas, assim a minha alma anseia por ti, ó Deus! A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e verei a face de Deus? As minhas lágrimas têm sido o meu alimento de dia e de noite, porquanto se me diz constantemente: Onde está o teu Deus? ” (Salmos, 42:1-3). Momentos de aperfeiçoamento “Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo” (Mateus, 4:1). Para cada fase ou etapa da vida, Deus trabalha de uma forma diferente, de modo a nos aperfeiçoar na comunhão com o Espírito e uma dessas fases, é nos conduzindo, pelo Espírito Santo, ao deserto, que é um lugar espiritual, cheio de circunstâncias externas. O Senhor nos conduz a esse lugar, com a finalidade de nos dar amadurecimento. Esse é um processo, muitas vezes, doloroso, pois, nos retira da inércia, nos desenvolvendo como guerreiros, preparados para a missão que Ele estabeleceu para nós, antes da fundação do mundo! Deserto são lugares áridos aonde nos tornamos sedentos pelas águas da Presença do Espírito Santo, aonde a nossa fome é intensificada por Deus. A solidão da escuridão nesses lugares, tendem a ficar mais intensas, porque junto a elas surgem os “sons dos animais famintos”, procurando uma presa para devorar. É lá, que somos levados para mais perto das Asas do Altíssimo, debaixo da sombra do Onipotente, chegando mais pertos dos braços do Pai. Nesse processo, temos que ficar vigilantes, pois, é exatamente aí, que Satanás vem, enviando suas “miragens”, tentando nos seduzir para fora do processo de amadurecimento, a fim de nos desviar do curso e da direção correta. Tentando nos confundir, para sair de lá o mais rápido possível, enquanto que, na verdade, tudo o que ele está fazendo é contestar, opondo-se à sabedoria de Deus. As “boas intenções” do diabo, de nos retirar do deserto, são planos de destruição e desvio de Deus. Cuidado! Existem, no entanto, os desertos que entramos por conta própria, por causa da desobediência à vontade do Senhor. Quando relutamos em seguir a sabedoria de Deus, esses desertos, nos afastam da dependência do Espírito Santo, nos fazendo buscar aquilo que achamos melhor; diferente do deserto que somos conduzidos pelo Espírito, do qual temos a garantia de sair vivos e fortalecidos no Poder de Deus. O que temos que aprender com isso, é que a maturidade só vem com o tempo, é necessário ter paciência, para que não venhamos sair do caminho que desejamos alcançar, mesmo falhando ou cometendo erros, isso faz parte do nosso progresso. Os momentos de aperfeiçoamento que o Senhor nos leva, podem vir na forma de uma estação espiritual e são lugares de crescimento na justiça e na sabedoria do alto. Esses momentos, podem causar certos incômodos internos, pois, irá mexer em áreas que já foram tratadas antes, mas que agora, precisam ser fortalecidas para o desenvolvimento na justiça e na santidade. A essência por trás desses momentos de aperfeiçoamento, é uma experiência que adquirimos para um nível maior de relacionamento com Deus. É exatamente aqui, neste ponto, que aprendemos que jamais teríamos a capacidade, em nós mesmos, para cumprir o chamado e os propósitos de Deus, sem a real obediência ao Senhor e a Sua Palavra. Deste ponto em diante, a nossa submissão entra em uma nova esfera, pois, ocorre um processo de amadurecimento que nos leva ao novo nível de glória, aonde o coração de um verdadeiro filho de Deus, é formado. “Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que sofreu; e, uma vez aperfeiçoado, tornou-sea fonte de eterna salvação para todos os que lhe obedecem” (Hebreus, 5:8). Por esta razão que é tão importante os processos conduzidos pelo Espírito Santo, pois, são nesses momentos que somos aperfeiçoados. Se você está passando por um deserto, confie no Senhor e seja revestido de poder e autoridade. S Capítulo 12: Realidade e Consciência da Pessoa do Espírito Santo Realidade e Consciência Da Pessoa do Espírito Santo e tem alguém, que era bem consciente do Espírito Santo, esse era Jesus! A Sua vida e caminhada, expressam a todo o momento essa consciência e realidade de que Ele vivia na companhia do Espírito Santo. Todo o ministério de Jesus, desde o Seu nascimento, até a Sua ascensão — foi completamente interligado com o Espírito Santo — A primeira coisa que Ele fez, após assentar no trono, à destra do Deus Vivo, foi enviar o Espírito Santo aos Seus, na Terra. Analise os fatos de como Jesus era dependente do Espírito Santo em toda a Sua trajetória terrena: podemos começar pelo ventre de Maria, que foi concebida pelo Espírito Santo (Lucas, 1:35). Temos também Isabel, que ao ouvir a saudação de Maria, João Batista saltou de alegria em seu ventre e a mesma foi cheia do Espírito, e da unção, profetizando acerca de Cristo, declarando que “Bendito era o fruto no ventre de Maria” (Lucas, 1:41-25). João Batista, anos depois, anunciou o ministério do Messias, como aquele que batizaria com o Espírito Santo e com Fogo (Mateus, 3:11 e Atos, 1:4-5). Vemos também nos registros bíblicos, Jesus recebendo a Plenitude do Espírito Santo, ao ser batizado nas águas (Mateus, 3:16; Marcos, 1:10; João, 1:32 e João, 3:34). Jesus disse que o Espírito Santo habitaria dentro dos discípulos (João, 14:17) e naquele momento, Ele estava fazendo a declaração mais maravilhosa que qualquer judeu poderia fazer. Professando que — pela primeira vez, desde a queda de Adão, o Espírito de Deus habitaria novamente no coração do homem, de forma permanente! Precisamos entender que Jesus é o modelo Perfeito para tudo na nossa existência terrena. Ele foi movido pelo Espírito a vida inteira e antes de iniciar Seu ministério, o próprio Espírito Santo O treinou na batalha espiritual, fortalecendo-O no deserto e forjando-O para o sucesso. Esse mesmo processo, ocorre na vida de todo o cristão que é nascido de novo (Romanos, 8:14). “E Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto. E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e, naqueles dias, não comeu coisa alguma, e terminados eles, teve fome” (Lucas, 4:1-2). Recebi, com o tempo de envolvimento na Presença de Deus, uma nova consciência espiritual, que me dava acesso à realidade da Pessoa do Espírito Santo, do poder e da autoridade nas escrituras sagradas. Entretendo, no início da minha caminhada, quando procurava aceitá-Lo no meu coração como Pessoa, Ele não era tão real quanto hoje! Essa consciência, não é algo que simplesmente cremos, ela é gerada dentro de nós e vem somente por uma edificação ao longo do tempo, na busca a sós com Deus, no nosso espírito, ou seja, é algo que só o próprio Senhor pode despertar. A capacidade de ter acesso à realidade do Espírito Santo em nosso coração, mente e espírito, vem, à medida que caminhamos em santidade com Deus, através de uma vida de oração, jejum e meditação na palavra. Se procedermos assim, o próprio Deus dará essa consciência, que ficará cada vez mais forte e real dentro de nós. Seremos, então, edificados de tal maneira, que a nossa proximidade com Deus será íntima e constante. A busca pela Presença de Deus ainda é confundida por muitos com as manifestações de poder e sensações momentâneas. O Espírito Santo, no que lhe concerne, é Quem revela a Presença. Sendo assim, se não buscarmos compreender a Pessoa d’Ele, jamais teremos comunhão íntima com a Presença do nosso Pai Celestial e consciência ativa do Espírito Santo. Por isso, que a jornada rumo ao Seu conhecimento, está em colocar nossa confiança em Deus. Aprendi que: “Não cremos porque entendemos, mas entendemos por isso cremos”, e esse entendimento que recebemos, só vem da “mente renovada” pelas experiências de um relacionamento vivo com o Senhor. A expressão mais completa da natureza e da Presença de Deus, é aumentada de maneira exponencial, simplesmente porque mantemos uma posição de confiança no quanto Deus deseja que conheçamos a Sua Presença, por meio do Espírito Santo. Devemos compreender como o nosso Deus É — um Pai amoroso, que se relaciona com os Seus filhos. O resultado natural da nossa confiança n’Ele, é a porta de um relacionamento real e tangível com a Sua Glória. Aquele a quem confiamos, acima de nossa existência, deve ser reconhecido em todo aspecto e parte vital de nosso ser, voltando ao conhecimento do que Adão tinha no jardim do Éden. A liderança da igreja primitiva e os primeiros cristãos, eram conscientes do Espírito Santo, pois, dependiam d’Ele para tomar decisões e qualquer direção para obra do Senhor. A familiarização deles com a Sua personalidade era incrível! Podemos ver isso na ocasião em que precisaram de orientações doutrinárias, para instruir os primeiros cristãos gentios (Atos, 15:28). Portanto, a sabedoria que eles tinham no Espírito, era a garantia de que qualquer decisão tomada, não se oporia aos fundamentos do Evangelho. Suas decisões não eram tomadas de forma intelectual ou baseadas em suas experiências, pelo contrário, eles reconheciam a necessidade de primeiro consultar a Deus, para depois, tomar alguma decisão. Se usássemos a fé para descobrir a Presença de Deus, assim como temos usado para alcançar vitórias terrenas, nossa vida seria uma fonte inesgotável de testemunhos! O ponto central está em usar a fé para descobrir o quanto o Espírito Santo é real e deseja manter, de forma permanente, a Presença de Deus em nós. Ele nunca nos desapontará; e a consequência impressionante dessa atitude, será aprender a viver com as questões da vida. Jesus fez isso perfeitamente, e em tudo, foi vitorioso! O Senhor deseja que tenhamos um arrependimento significativo, a ponto de transformar nossa mentalidade, de como pensamos e enxergamos as coisas, para que sejamos capazes de nos aproximar, cada vez mais, d’Ele. Desta forma, a nossa perspectiva em relação à vitória conquistada na cruz, sobre o pecado, muda! Somente assim, reconheceremos, com um profundo quebrantamento, todo o orgulho religioso que nos impede de ter livre acesso à Presença de Deus. “Arrependam-se, pois, e voltem-se para Deus, para que os seus pecados sejam cancelados, para que venham tempos de descanso da parte do Senhor” (Atos, 3:19-20). Quando decidimos trilhar esse caminho, em busca da consciência vivificada pelo Poder de Deus, toda a esfera de pecado e morte que tenta cercar nossas vidas, é destruído. Ao nos aproximarmos de Deus, para encontrar comunhão com o Espírito Santo, somos constrangidos ao profundo arrependimento e mudança de vida. “Sendo assim, aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé, tendo os corações aspergidos para nos purificar de uma consciência culpada e tendo os nossos corpos lavados com água pura” (Hebreus, 10:22). À medida que a Presença de Deus se torna real em nossos corações e consciência, a mente começa a ser transformada. O nosso comportamento, caráter, personalidade e tomadas de decisões, entram no fluxo de santificação e submissão ao governo do Espírito. Lembro-me quando o Espírito Santo tinha manifestado Sua Presença Santa em minha vida, toda forma errônea que eu conduzia meus próprios caminhos, começaram a ser endireitados. Minhas atitudes, que não expressavam o amor de Cristo, foram sendo demolidas pelo amor de Deus, que me constrangia. Somente após começar a buscar a Sua Presença, que as escrituras tornaram-se vivas e reais para mim. Meu caráter e comportamento foram santificados e disciplinados pelo Espírito Santo, e a consciência de Sua Presença, foi ficando cada vez mais ativa em meu ser. O Poder traz em parte — A realidade deDeus “Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos; Mas, quando vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado” (1 Coríntios, 13:9-10). Houve uma fase em minha vida, que recebi uma poderosa unção, era tão forte, que sentia como se o meu corpo estivesse com intensas chamas de fogo. Elas jorravam como água fervente, e às vezes, parecia azeite grosso e quente. Aquela sensação era constante, do momento em que acordava, até a hora de dormir. Houve dias, que pude senti-la descer sobre o meu rosto, como larvas de fogo! Como se minha pele estivesse sendo arrancada — uma sensação santa, porém, muito violenta! Nessa época, pedi ao Senhor que amenizasse aquele fogo da unção, não suportava a intensidade dele, afinal, minha pele ficava avermelhada. Mesmo recebendo muito da parte de Deus, com aquela unção, ainda assim, as batalhas em minha mente não cessavam. Elas militavam contra a Lei do Espírito de vida, dentro de mim. A luta interna que travava, parecia um bloqueio, que não me permitia ter uma plena consciência da Pessoa do Espírito Santo e nem do poder pertinente a Palavra de Deus. Isso ocorria, devido às estruturas de iniquidades que iam sendo arrancadas de mim. A unção era tangível, mas na minha consciência, não havia sido criada ainda, uma realidade maior da Presença de Deus, em temor e justiça. Por esta razão, não conseguia discernir certas situações. Desta forma, me sentia mais tentado e impulsionado pelas trevas, do que pela unção. Mediante tal situação, comecei a buscar em jejum e oração, a compreensão do porquê me sentia longe de Deus, mesmo debaixo de uma unção tão poderosa! À medida que buscava, recebia respostas e sentia minha consciência sendo tratada pelo Senhor. As barreiras geracionais das iniquidades, eram derrubadas e quanto mais isso ocorria, mais do amor e da proteção do Senhor eu sentia, por causa daquela unção, que era derramada para me proteger dos ataques das trevas. Foi através dessa experiência, que tive o entendimento de um princípio importante! A unção que estava sobre mim, atuava como um manto de proteção do Poder de Deus e não necessariamente, da Pessoa do Espírito Santo. A unção quebra o julgo do pecado que tenta nos prender a alguma injustiça, contudo, ela não pode libertar uma pessoa de uma só vez, porque vai crescendo e ficando mais poderosa em nossas vidas e à medida que isso ocorre, produz mudanças e somos edificados no conhecimento de Cristo e na Sua Palavra. À proporção que lutava contra as forças das trevas e das obras da carne, buscando a Presença de Deus, fui notando as mudanças e a realidade da comunhão com o Espírito Santo, que começou a aumentar dentro de mim. As trevas ocultas no meu coração e na minha alma, foram sendo expostas à luz. Diante disso, fui aceitando o quebrantamento que Deus trazia em meu coração, andando em seus caminhos — o nível de realidade de quem o Senhor É, foi sendo liberado no mais íntimo do meu ser. “Quem pode entender os próprios erros? Expurga-me tu dos que me são ocultos. Também da soberba guarda o teu servo, para que se não assenhoreie de mim; então, serei sincero e ficarei limpo de grande transgressão. Sejam agradáveis as palavras da minha boca e a meditação do meu coração perante a tua face, Senhor, rocha minha e libertador meu! ” (Salmos, 19:12-14). No livro do profeta Isaías, encontramos uma passagem de transformação, que ocorreu de forma significativa em sua vida, após ter sido usado grandemente em profecias. Houve um tempo, que Deus decidiu mostrar a Sua glória ao profeta, causando mudanças extremas em seu ministério, levando-o a um nível de realidade sobre o Reino do Messias e da vinda do Senhor. Com isso, suas profecias passaram a ser mais profundas, pois, traziam a verdade de forma poderosa, sobre o Messias. “Porém um dos serafins voou para mim, trazendo na sua mão uma brasa viva, que tirara do altar com um tenaz; E com a brasa tocou a minha boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e expiado o teu pecado. Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem há de ir por nós? Então disse eu: Eis-me aqui, envia-me a mim ” (Isaías, 6:6-8). https://www.bibliaonline.com.br/acf/is/6/6-8+ Quanto mais transformados somos pela Presença de Deus, mais de Sua glória vai sendo liberada em nosso interior, alcançando nosso espírito, alma e coração. Fomos criados a imagem e semelhança de Deus, portanto, compartilhamos dos mesmos atributos divinos que Ele e por isso podemos nos relacionar. Tudo isso seria impossível sem o Espírito Santo dentro da nossa consciência. Ele veio habitar dentro de nós, liberando o espírito humano, e simultaneamente, interagindo com a mente, produzindo desta forma, a regeneração na consciência, purificando-a para receber a revelação de Cristo Jesus. “E vos renoveis no espírito do vosso entendimento” (Efésios, 4:23). O Espírito de Deus está sempre compartilhando conosco das mesmas características da personalidade, do caráter e da justiça de Cristo. No entanto, isso não ocorre como se fosse um implante imediato, pelo contrário, Ele vai trabalhando essa verdade, nos ajudando a entendê-Lo e a conhecê-Lo, até sermos capazes de interagir com a Sua Pessoa, desfrutando de Sua companhia, não apenas no nosso espírito, mas com uma consciência transformada e edificada. https://www.bibliaonline.com.br/acf/is/6/6-8+ Parte 3: Entrando em Níveis Mais Profundos PARTE 3 ENTRANDO EM NÍVEIS MAIS PROFUNDOS “[...] As coisas que o olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam. Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas as coisas, ainda as profundezas de Deus. Porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, senão o espírito do homem, que nele está? Assim também ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Mas nós não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito que provém de Deus, para que pudéssemos conhecer o que nos é dado gratuitamente por Deus. ” 1 Coríntios, 2:9-12. Capítulo 13: o Espírito dá Testemunho e Glorifica a Cristo N O Espírito dá Testemunho E Glorifica a Cristo esta terceira e última parte, veremos mais sobre o Espírito de Cristo, que nos foi dado para o conhecimento pleno de tudo aquilo que o Pai nos preparou. É Ele que glorifica a Cristo, e é através d’Ele, que Jesus de Nazaré nos é revelado. Sendo assim, o Espírito é o único meio que temos de conhecer a Cristo. O Espírito Santo revela quem é Jesus, dando testemunho d’Ele e glorificando o Seu Nome, por isso, Ele é o único que nos dá acesso às profundezas de Cristo. É impossível pular processos, não podemos manipular ou mudar o que Deus estabeleceu. Se quisermos mais de Jesus em nossas vidas, devemos andar em comunhão com o Espírito Santo. Ao observarmos a Palavra de Deus, veremos que em todo o tempo, o Espírito Santo se move edificando a igreja, na fé, em Jesus. Por esse motivo, que Ele também é chamado de “Espírito de Cristo” (1 Pedro, 1:11 e Romanos, 8: 9). “Tenho ainda muito que lhes dizer, mas vocês não o podem suportar agora. Mas quando o Espírito da verdade vier, Ele os guiará a toda a verdade. Não falará de Si mesmo; falará apenas o que ouvir, e lhes anunciará o que está por vir. Ele – o Espírito Santo – Me glorificará, porque receberá do que é Meu e o tornará conhecido a vocês. Tudo o que pertence ao Pai é Meu. Por isso Eu disse que o Espírito receberá do que é Meu e o tornará conhecido a vocês” (João, 16:12-15). Sem o Espírito Santo, a obra da cruz é vazia, sem vida e poder! Porque é Ele Quem vivifica todo o trabalho de Cristo na Terra. Quando o Espírito Santo fala conosco, Ele está representando o próprio Senhor Jesus e não um “poder”, que faz apenas uma pequena parte no Reino de Deus. O Espírito Santo, é a essência de Cristo no mundo. A manifestação de Sua Presençanão será encontrada aonde Ele é tolerado, mas sim, aonde Ele é honrado. Portanto, se recusarmos honrar o Espírito Santo, consequentemente, a Presença e o Poder de Cristo, estarão ausentes de nossas vidas. Provavelmente, deve ser esse o motivo que o mundo — o maior alvo que Deus deseja alcançar com o Poder transformador de Cristo — muitas vezes, enxerga a igreja sem expressão genuína de vida e poder. São bons para falar que Deus é poderoso, mas péssimos para demonstrar na prática, devido à ausência da realidade do Poder do Espírito Santo. Quando decidirmos receber o Espírito Santo como Senhor, honrando-O, sentiremos mudanças tangíveis e visíveis que Sua Presença trará em nosso interior, porque a realidade de Cristo, manifesta por meio da Presença do Seu Espírito, mudando o ambiente dentro do íntimo do coração humano e o verdadeiro amor a Cristo, começa a fluir, como fontes de águas. Tudo que o Espírito Santo manifesta é para glorificar a obra de Jesus, mostrando ao mundo Sua verdade e atributos. Na época que estava desfrutando de uma intensa comunhão com a Presença do Espírito Santo, lembro-me de estar em meu quarto orando e conversando com Ele, de repente, fui interrompido — O Espírito Santo me conduziu em adoração ao Senhor Jesus e ao Pai Celestial — Quando saí daquele precioso momento, fui conduzido pelo Espírito às escrituras. Ele me mostrava que Sua maior alegria estava em glorificar o Nome de Jesus através de nossas vidas. Dali em diante, minha mente espiritual passou a ser edificada para dar a devida adoração ao Espírito Santo, ao Senhor Jesus Cristo e ao Pai Celestial, nas ocasiões oportunas e com as medidas certas. Não podemos ter medo de adorar ao Espírito Santo, não há nada de errado nisso! Ele é o próprio Espírito do nosso Deus. Creio que uma das melhores formas de honrá-Lo é através da nossa obediência à Sua Palavra, de modo a andarmos nos padrões do Reino de Deus, em santidade, Louvando-O por meio de uma verdadeira submissão e reverência em Sua Presença. Existe um erro que vem ocorrendo na igreja atual, tanto com os novos pregadores “cheios de poder”, como com aqueles que são sinceros, em seu coração por mais de Deus, aonde muitos deles não estão buscando ao Senhor com os fundamentos corretos, mas, estão invertendo os valores e caindo em heresias, e formas enganosas na sua expressão ao Espírito Santo. Substituindo a unção e os princípios da Palavra de Deus, por sensações naturais. Essa falta de fundamento correto, tem levado muitos ao engano, de pensar que o fato de estarem sentindo e vendo as manifestações em seus ministérios, os tornam aptos e detentores de todo o conhecimento da verdade; onde tudo o que ensinam é correto, ao passo que, na verdade, é o oposto! Grandes avivamentos acabaram, justamente por substituírem a sã doutrina da Palavra de Deus e Sua direção, pelo que estavam recebendo de visitação da parte do céu. Infelizmente, muitos caíram, drasticamente, porque não caminharam na luz do evangelho, como ensina a Palavra de Deus: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho” (Salmos, 119:105). O Lugar de primazia, sempre será de Cristo Jesus! O Espírito Santo está aqui para ser nosso amigo e glorificar a obra de Cristo. Por isso, não podemos exaltar apenas o Espírito, porque Ele mesmo irá se entristecer com isso e retirar-se. A prioridade foi e sempre será Cristo, Ele é o centro de todas as coisas. “Quando vier, porém, o Espírito da verdade, ele vos guiará a toda a verdade; [...] Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar” (João, 16:13-14). Não podemos esquecer de que a primeira coisa que Cristo fez, ao sentar-se à direita do Trono de Deus, foi enviar o Espírito Santo com a missão específica de dar continuidade a Sua obra de redenção à humanidade. Encontramos nos escritos dos apóstolos, na Palavra de Deus, a menção ‘Espírito de Cristo’: “Investigando, atentamente, qual a ocasião ou quais as circunstâncias oportunas, indicadas pelo Espírito de Cristo, que neles estava, ao dar de antemão testemunho sobre os sofrimentos referentes a Cristo e sobre as glórias que os seguiriam” (1 Pedro, 1:11). Como já vimos, o Espírito Santo tem diversos títulos para enfatizar suas múltiplas obras, funções e formas de manifestação, e ser o Espírito de Cristo, é uma delas! O termo em hebraico para Espírito Santo é “Ruach HaKodesh”, O Espírito Santo de “YHWH”. É importante entendermos que os profetas que falaram a respeito da vinda do Messias, no antigo testamento, foram reconhecidos no novo como — aqueles que possuíam o Espírito de Cristo. Sendo assim, da mesma forma que o Espírito Santo é chamado, no antigo testamento, de Espírito de “YHWH”, no novo, Ele é chamado de Espírito de Cristo. Encontramos uma grande verdade nessa passagem de 1 Pedro, capítulo 1, verso 11, mostrando claramente a divindade de Cristo Jesus, com Seus aspectos e reconhecimento como único Deus, unido ao Eterno. Esse é um dos princípios pelos quais o Espírito Santo testemunha acerca de Jesus, revelando a humanidade e a verdade manifestada na cruz. Aleluia! Esse mesmo Espírito habita em nós e quer dar testemunho de Cristo, através de nossas vidas. Permita-se ser esse canal vivo de Deus, manifestando do Reino de Deus na Terra. Capítulo 14: Erros Cometidos na Busca Pelo Espírito Santo N Erros Cometidos na Busca Pelo Espírito Santo esses tempos finais, tem havido uma série de doutrinas e diversas formas de se aproximar de Deus, porém, precisamos entender que embora as experiências com o Senhor sejam diversas, elas não podem fugir dos padrões e princípios bíblicos. O fogo da paixão por mais de Deus, está queimando no coração dos filhos sedentos. Os olhos espirituais da igreja, estão sendo abertos. Glórias a Deus por isso! Em meio a esse cenário, de grandes promessas de avivamento, na expectativa de um grande derramar do Espírito de Deus, precisamos estar atentos, preparados e forjados para a batalha contra os enganos de Satanás, nos últimos tempos. Com o passar dos anos, fui desenvolvendo a maturidade no meu relacionamento com o Reino de Deus, compreendendo mais sobre o Espírito Santo e a Sua forma de comunicação. No decorrer dessa caminhada, também cometi erros e vi muitos outros buscarem o Espírito Santo equivocadamente, sem a compreensão do que estavam fazendo. Todavia, quando decidimos pôr Cristo no centro de nossas vidas, orando para que o engano não entre sutilmente, o Espírito Santo, vem e nos conduz ao conhecimento da verdade e do caminho correto da Presença de Deus. É importante estarmos atentos, para não agirmos do mesmo modo! O Erro de se abrir para o Reino de Deus sem o entendimento da Palavra. “E Jesus, respondendo, disselhes: Acautelai-vos, que ninguém vos engane; Porque muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos [...] Nesse tempo, muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim, esse será salvo. E este evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as nações, e então virá o fim” (Mateus, 24:4-14). Muitas pessoas, foram gravemente feridas, frustradas e drasticamente prejudicadas por espíritos enganadores, que se disfarçavam de “lobos em peles de ovelhas”, iludindo cristãos sem a direção correta, com falsas manifestações, tendo aparência “angelical”, imitando o Poder do Espírito Santo, ou até mesmo, do próprio Jesus. Isso é tão sério, que pode gerar falsas doutrinas e seguimentos religiosos sem o verdadeiro fundamento das escrituras sagradas. Podendo até operar poderosas manifestações de glória com fumaça, luzes, esplendor e até mesmo com aparições de Anjos. Contudo, tome cuidado, porque tudo isso, não pode ir contra os padrões bíblicos. Com o tempo, comecei a observar esse erro, facilmentecometido por aqueles que desejavam conhecer mais de Deus, por meio de experiências sobrenaturais e que foram enganados pela falta do conhecimento revelado das escrituras. É fato que, experiências vividas com o sobrenatural, é difícil de serem contrariadas, mas a questão principal é — qual a fonte que originou tais manifestações sobrenaturais? Foram do Reino de Deus ou das trevas? O erro, não está em se abrir para Deus, mas na forma como O buscamos, focando no poder e nas manifestações sobrenaturais, em vez da Sua Presença. Muitos cristãos, quando iniciam na caminhada com Cristo, erroneamente, pedem a Ele que lhes mostrem o mundo espiritual, ou que revele o sobrenatural, mas esse é um caminho perigoso, porque os que buscam tais operações espirituais, por não estarem, primeiramente, baseados nas escrituras, ficam propensos ao surgimento de “seitas” controladas por principados, levando milhares de vidas ao engano, ou pior ainda, ao inferno. O ser humano, quando não tem o Espírito de Deus, fica suscetível a seguir o que é falso, e isso, é o que alimenta o engano da carne, que produz uma falsa piedade religiosa, sendo essa, uma tendência no mundo. Vejamos o caso de “Maomé”, o pai do Islamismo, que buscou um deus fora dos padrões das escrituras. O Islamismo teve seu início no século VI da era cristã, na Arábia, região que faz parte do Oriente Médio, habitada na época por “cerca” de cinco milhões de pessoas. Formadas por grupos nômades e sedentários, que viviam organizados em cidades, tribos e clãs. Até o surgimento do Islamismo, os árabes eram politeístas, embora houvesse algumas tribos judaicas e cristãs, não havia, uma religião comum. Nessa época, “Maomé” surgiu dando início ao Islamismo, denominado “Muhammad”, pelos árabes e muçulmanos. “Maomé” era órfão, tendo sido condutor de caravanas, profissão que lhe rendeu o contato com a religião cristã e alguns conhecimentos sobre a nova crença. Já adulto, ele começou a se dedicar em retiros espirituais, onde, de acordo com os muçulmanos, passou a ter visões divinas, recebendo mensagens que deveria divulgar. Suas primeiras pregações públicas foram em sua cidade natal, Meca, onde obteve resultados ruins, gerando atritos entre os cidadãos. “Maomé” admirava o monoteísmo, ou seja, a crença em um só deus e criticava a maior fonte de renda de Meca, que era a peregrinação dos pagãos, adorando inúmeras divindades locais. Mas, como sua pregação lá, não deu certo, refugiou-se em uma cidade próxima, chamado Medina. Essa retirada, ficou conhecida como “Hégira”, marcando o início do calendário muçulmano, diferente do ocidental. Outro exemplo é a igreja Messiânica, que surgiu no Japão através da vida do “Mokiti Okada” (1882-1955), cujo nome religioso é “Meishu-Sama” (Senhor da Luz). Ele teve “visões celestiais sobre a sua missão na Terra”. Suas doutrinas são contrárias aos princípios das escrituras cristãs e distorceram os verdadeiros fundamentos. Infelizmente, hoje são milhões espalhados pelo mundo. A igreja Messiânica é classificada como uma nova religião japonesa e “Mokiti Okada” afirma que, por revelação, recebeu de Deus a missão de dar início a construção do “paraíso terrestre”, o mundo ideal consubstanciado na trilogia da verdade, em que a https://pt.wikipedia.org/wiki/Jap%25C3%25A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Meishu-Sama civilização atual se transformaria. Um mundo onde a doença, a miséria e os conflitos, dariam lugar a saúde, a prosperidade e a paz. Para aqueles que buscam conhecer o Espírito Santo, é importante saber o princípio correto de como Ele se revela — através de Sua Presença no coração. É nesse lugar, que os nossos sentidos ficam quebrantados ao processo de transformação, aonde nos sentimos constrangidos com a Sua graça maravilhosa. Recordo-me que antes do Espírito Santo trazer uma manifestação de luz e neblina no meu quarto, primeiramente, Ele me edificou nas escrituras sagradas, revelando a Sua Presença no meu coração. Com o tempo, passei a ter o discernimento entre falso e verdadeiro, carne e espírito. Houve uma edificação de princípios e revelação da Palavra de Deus, antes de ser impactado por moveres mais visíveis. Precisamos estar atentos no meio dessa busca, porque o inimigo de nossas almas, usa de artimanhas. Ele pode até se disfarçar do “Espírito Santo”, levando a pessoa a abrir sua mente e coração para um falso espírito, podendo trazer sérias consequências como perturbações e destruição em todas as áreas da vida. Conheci cristãos que caíram nesse engano, pensando que estavam se relacionando com o “Espírito Santo de Deus” quando, na verdade, estavam se iludindo com falsas sensações de espíritos malignos. Existem espíritos imundos que dão falsos dons de línguas e operações espirituais, até mesmo de milagres, àqueles que não passaram por uma genuína libertação espiritual em suas vidas. Isso é muito sério, porque pode, não apenas destruir a vida da pessoa, como também, contaminar a outros. O Erro de conhecer a verdade e andar no engano “Pois, aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento, visto que, de novo, estão crucificando para si mesmos o Filho de Deus e expondo-o à vergonha” (Hebreus, 6:4). Aqui está um grande problema da igreja atual! Pessoas que buscaram no início de sua caminhada, com sinceridade de coração a Presença de Deus e foram cheias do Espírito Santo. Que conheceram a verdade das escrituras, recebendo dons e unções, mas que, no meio da jornada, escolheram andar pelo caminho do engano, devido à ganância e obstinação pelo Poder de Deus, contaminando o seu próprio coração. Passei anos da minha vida, sendo forjado pelo Senhor em meu caráter; com treinamentos e tratamentos sérios, por causa da dimensão do chamado e propósito que o Senhor Jesus havia me delegado, para os últimos tempos, de modo que não me exaltasse ou desviasse do caminho da verdade. Precisamos de amadurecimento e lapidação, para não cairmos nesse engano, após recebermos o que Deus tem para nós. A revelação principal que deve entrar no coração de um filho de Deus, é a sua missão de honrar o Nome do Senhor Jesus, levando paixão em seu coração, não vivendo para si mesmo, mas para o Senhor. “E, para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte” (2 Coríntios, 12:7). Deus sempre deixa marcas em nossas vidas para lembramos de quem éramos e quem somos, e principalmente, naquilo que estamos progredindo em Cristo, para o futuro. As adversidades, os desertos, os erros e as falhas, fazem parte da lapidação e preparação para o nosso chamado. Devemos sempre nos lembrar de “onde saímos, estamos e para onde vamos”. Para não perdermos o senso de simplicidade, santidade e comprometimento com o nosso Pai Celestial. Não podemos nos enganar, pensando que Deus está nos dando uma “poderosa unção” por sermos filhinhos bons ou prediletos. Caso esse sentimento entre no coração de alguém, corre-se o sério risco de pensar que pode fazer o que bem entender, ou até que é melhor que outros, abrindo uma brecha e permitindo a entrada do espírito de soberba, ostentando seus dons espirituais e, principalmente, esquecendo-se da causa de Cristo. Somos chamados com um propósito e tudo o que Deus dá à Sua igreja, tem o objetivo de trazer o Reino e a Glória à Terra. Deus unge uma pessoa de poder, não porque ela é boa ou superdotada, mas para suprir as necessidades do Seu povo, levando o Seu desígnio eterno de Salvação. Deus não unge alguém para si mesmo, sempre que Ele o faz, é para o bem comum do corpo de Cristo! Para que seus servos sejam sal e luz na Terra, a fim de preservar com poder, a justiça e a santidade da Sua Palavra, trazendo retidão. Muitos, infelizmente entraram pelo caminho de “Balaão”, seguindo espíritos enganadores, mesmo depoisde terem tido o conhecimento da verdade, decidiram professar a ganância. “Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá” (Judas, 1:11). O foco principal de buscarmos a comunhão com o Espírito Santo, não é para sermos usados por Ele, e sim, de preservarmos nossas vidas, andando na direção correta, seguindo a Sua vontade e compreendendo nossa missão como filhos de Deus. “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro, 2:9). Ser usado por Deus, faz parte do nosso destino, isso é uma consequência da obediência e da progressão espiritual. À medida que conhecemos a Presença de Deus e andamos nela, automaticamente, somos impulsionados ao nosso chamado sacerdotal, como Ministros de Deus. O Erro da ignorância de não orar e buscar o Espírito Santo “E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração (Efésios, 4:17- 18). Ninguém escolhe a ignorância, inevitavelmente, ela vem como consequência de não ter sido exposta à verdade. As pessoas hoje em dia, estão mais preocupadas com as coisas desse mundo e com o mercado de trabalho, do que buscar o Reino de Deus e a Sua justiça. Gastam mais tempo com redes sociais, do que na oração. Infelizmente, nos momentos de adversidade, querem clamar ao Senhor e ter respostas imediatas, ficando frustradas, dizendo que Deus não as ouve — ou será que elas é que não têm ouvidos apurados para Deus? Quando aplicamos nossas vidas em oração, sendo diligentes na busca por Deus, procurando um relacionamento íntimo com a Sua Presença, a nossa fé é exercitada e toma uma velocidade incrível; e nos momentos de tribulação, não ficamos desarmados e nem somos pegos de surpresa. Nossas orações são rapidamente respondidas, porque o nosso espírito está alinhado com Deus, nos protegendo dos ataques das trevas e da tentativa incessante de nos frustrar. Uma das maiores falhas nas igrejas, está em não ensinar aos cristãos quanto a sua obrigação de sacerdotes, nem mesmo, de instruir os seus filhos no caminho do Senhor e no comprometimento com a oração, com a Palavra de Deus e na busca pelo Espírito Santo. Esta ignorância, é muito prejudicial, porquanto não leva os cristãos ao amadurecimento espiritual e consequentemente, ficam fracos e com o espírito apático em relação à vida de oração e comunhão com o Espírito Santo. Não podemos ser ignorantes a ponto de sabermos da nossa responsabilidade de oração e nunca aplicarmos nossos corações a ela. Isso tem enfraquecido o corpo de Cristo e criado uma geração de cristãos apáticos espiritualmente. O Erro da ignorância proposital “Aquele servo, porém, que conheceu a vontade de seu senhor e não se aprontou, nem fez segundo a sua vontade será punido com muitos açoites” (Lucas, 12.47). Essa ignorância é terrível, porque geralmente está ligada a alguma raiz de iniquidade como: prepotência, falta de amor, ódio, teimosia, insubmissão, entre outros. Somos advertidos no evangelho de Lucas, capítulo 12, verso 47, que a ignorância não é desculpa e não nos isenta da culpa do pecado. Deus deixa isso muito claro, Ele não tem o culpado por inocente. Quando Deus exige que o homem exercite a sua vida em dedicação a oração e a comunhão com o Espírito Santo, é porque Ele considera esse assunto, sério! “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” (Oséias, 4.6). Hoje em dia, não há desculpas para a ignorância. Os recursos estão disponíveis e o Espírito Santo está disposto a nos ajudar, e guiar à toda verdade. O Erro da busca pelo Espírito Santo sem libertação “Portanto, se o Filho vos libertar, vocês de fato serão livres” (João, 8:36). Algo que aprendi no decorrer dos anos, foi que muitos cristãos, embora fossem cheios do Espírito Santo, ainda possuíam muitas áreas de suas vidas que precisavam de libertação. Isso trazia muita confusão em minha mente, pois, não compreendia como uma pessoa operava nos dons, recebendo o enchimento do Espírito e ainda assim, tinham áreas de suas vidas em que ocorria possessões demoníacas!? Hoje é fácil entender esse processo e como ele ocorre. Existe um perigo que incide quando uma pessoa recebe o enchimento do Espírito, porque às vezes, ela é batizada, mas não é liberta. Isso é muito comum, todavia é importante entender que quando uma pessoa é cheia do Espírito, esse enchimento ocorre no espírito dela, sua alma e mente é contagiada pela Presença, mas isso não significa que foi transformada. Há uma confusão bem comum, aonde muitos não sabem discernir se estão cheios do Espírito Santo ou debaixo do Seu Mover, por exemplo: Eles são tocados pelo Poder do Espírito de Deus, conhecendo sensações maravilhosas, mas, mesmo assim, não são transformados, tudo porque não buscam o compromisso com a Palavra de Deus. Não entregam, verdadeiramente, o coração a Deus para serem transformados. Confundem as manifestações da graça e do poder com a própria Pessoa do Espírito Santo! Infelizmente, há aqueles que se sentem satisfeitos apenas por Caso queira saber mais sobre esse assunto, adquira ou participe de nossa Escola de Fogo, do Módulo “Restauração e Reconciliação”. serem tocados e nunca transformados, achando com isso, que Deus aprova o seu pecado. Quando o Senhor me ensinou a respeito disso, meu entendimento foi completamente transformado. Pude compreender que o enchimento do Espírito Santo em uma pessoa, representava a unção necessária para quebrar o jugo das trevas e do pecado sobre ela, conduzindo-a à edificação, a libertação e a maturidade necessária. Porém, há muitos que recebem esse enchimento, por isso, pensam que são libertos! Por esta mesma razão que, é cada vez mais normal, vermos cristãos voltando às práticas dos pecados antigos, tendo perturbações mentais por parte de espíritos malignos. Precisamos aceitar e procurar compreender sobre a obra de libertação e da restauração que o Espírito Santo faz em nossas vidas. O Erro cometido quando se obtém o poder antes da pureza “Mas a vós, os que vos apartais do Senhor, os que vos esqueceis do meu santo monte, os que preparais uma mesa para a Fortuna, e que misturais a bebida para o Destino. Também vos destinareis à espada, [...] fizestes o que era mau aos meus olhos, e escolhestes aquilo em que não tinha prazer” (Isaías, 65:11-12). Esse é um perigo fadado ao erro. Alguns cristãos, que buscam o Espírito Santo e começam a descobrir o caminho do poder inicial, podem ser ativados pelo espírito de outra pessoa que carrega uma forte unção, correndo o risco de cair em ciladas espirituais (1 Timóteo, 5:22). Isso acontece muito com aqueles que almejam o crescimento rápido no seu ministério e na operação de poder, devido ao desejo ardente de ver as obras sendo manifestas. O problema não é ter o espírito ativado por alguém cheio do Espírito Santo, que liberou manifestações e demonstrações de sinais, e sim, a falta de pureza no espírito. Há outros que misturam a alma com o seu próprio espírito, ou seja, confundem o espiritual com o que é carnal. Tais pessoas são propícias a contaminarem o espírito com o seu ego, perdendo a pureza de espírito. Quando um cristão não passa pelo processo completo de purificação da carne, jamais poderá atingir a maturidade espiritual e o conhecimento profundo de Cristo, porque pode acontecer de cair em pecado mais tarde, caso não busque a pureza. Conheci alguns Ministros que eram bons na manifestação de poder e sinais, no entanto, permitiram a impurezacontaminar o que era espiritual, devido à falta de revelação da santidade e do temor do Senhor. Eles priorizavam mais o poder do que um espírito puro. Um dos grandes dilemas que ocorre na mente de um cristão, quando não chega ao entendimento sobre a obra da purificação, é o de pensar que Deus está de acordo com os seus atos, pelo simples fato de ter sido, anteriormente, cheio do Espírito Santo, recebendo poder para operar, esquecendo-se de que o óleo espiritual, que o enche, não se recebe uma única vez e fica tudo bem. O enchimento do Espírito Santo é diário, levando o cristão para o caminho da pureza. O Poder do Espírito é mais que uma capacitação para fazer a obra de Deus. Por isso, devemos buscar o Seu revestimento, mas não para exibi-lo, e sim, para combater as obras da carne e toda influência das contaminações deste mundo, bem como, das iniquidades que as trevas lançam sobre a humanidade. Somente a pessoa que tem uma vida em comunhão com a Presença de Deus, pode mostrar ao coração de outra, as suas impurezas, abrindo assim, um caminho para que haja uma plena purificação por meio do Espírito Santo. Ao mesmo tempo que um cristão se entrega, na busca por seu chamado, ele também será preenchido, no seu espírito, de unção! Sendo disciplinado em tudo o que envolve as obras da carne, para que conheça a sua alma e não se engane, com movimentos exteriores, misturando as coisas. O enchimento provisório que um cristão recebe, traz uma potencialização espiritual, que lhe dá acesso ao Poder de Deus, usufruindo assim, de uma unção transitória. Contudo, isso não significa que ele é capaz de exercer o que não foi chamado para fazer. As batalhas espirituais têm se tornado cada vez mais fortes contra os cristãos, por esta razão que, buscar a revelação da pureza é muito importante. Infelizmente, existem aqueles que amaram mais o poder do que o próprio Senhor e Salvador Jesus Cristo. Acredite, “eles são até bons” para edificar a fé de outras pessoas com sinais e prodígios, no entanto, destroem as vidas ao seu redor, por falta de pureza moral. Eles até demonstram o Poder de Deus, mas, ao mesmo tempo, trazem sérios prejuízos para o corpo de Cristo. É inevitável, o escândalo futuro, através da vida desses que estavam edificando com poder, sem o temor reverente ao Senhor. Eles mesmos contaminaram o que é puro, com a ganância, prepotência, arrogância, sexualidade pervertida, falta de amor, altivez e orgulho. Nesses últimos tempos, precisamos do fogo refinador do Espírito Santo, para adquirirmos o que poucos entendem de “Autoridade Moral” e sermos impactados pela revelação do temor de Deus. Para que assim, essa geração, seja transformada pela Santidade de Cristo. Deixo aqui um conselho para os que desejam “ardentemente” o Poder do Espírito Santo fluindo sobre suas vidas: — Não misture as coisas! Mesmo depois de passar por um período de jejum e oração, buscando o Espírito Santo e recebendo quebrantamento, ainda assim, corre-se o sério risco de misturar os sentimentos e as características do homem exterior, como se fossem de Deus. Temos que vigiar sobre a carne, para mantermos nosso espírito puro, sem embaraçar os sentidos espirituais com os sentimentos da alma. Estamos vivendo o tempo da restauração de todas as coisas, conforme está escrito no livro de Atos dos apóstolos, capítulo 3, verso 21. Neste período final, antes do arrebatamento da igreja, Deus não vai tolerar misturas no corpo de Cristo. Haverá uma poderosa manifestação de justiça e retidão para endireitar os caminhos tortuosos. O Senhor levantará o caráter e a integridade dos Ministros antes de delegar poder e autoridade. Vivemos no tempo em que aqueles que estão buscando o poder com motivações erradas e atraindo pessoas para si, e não para Cristo, serão abatidos pela mão de Deus, por causa da necessidade extrema de santidade e temor, para o grande colapso social e mundial, que estamos tendo. Em umas das visões que tive, o Senhor me mostrou a igreja atual, dizendo: — Filho, tenho levantado você com o propósito de reestabelecer a minha justiça, retidão e equilíbrio, que o meu povo perdeu. Por esta razão, me dedico inteiramente no compromisso da restauração da igreja, na última hora. Busque com diligência o temor reverente de Deus, para que sua vida seja edificada sobre o fundamento de justiça e retidão! Prepare-se, porque haverá um grande derramar do Espírito de Deus sobre a igreja. Capítulo 15: Não Espante a Pomba O Não Espante a Pomba Espírito Santo é relevado de diversas formas nas escrituras e uma delas, é na forma de uma pomba. Mas..., por que não outra ave? Poderia ser uma águia, que é mais imponente ou um falcão, que denota força, no entanto, Ele se manifesta como uma simples e inofensiva pomba branca, representando Sua Simplicidade, Pureza e Mansidão. “Batizado Jesus, saiu logo da água, e eis que se lhe abriram os céus, e viu o Espírito de Deus descendo como pomba, vindo sobre ele” (Mateus, 3:16). A pomba é mencionada de forma específica, duas vezes na bíblia, a primeira foi após o dilúvio: “Depois, soltou uma pomba para ver se as águas teriam já minguado da superfície da Terra; mas a pomba, não achando onde pousar o pé, tornou a ele para a arca; porque as águas cobriam ainda à Terra. Noé, estendendo a mão, tomou-a e a recolheu consigo na arca” (Gênesis 8:8-9). Nessa passagem, podemos observar que a pomba, representada aqui pelo Espírito Santo, não achando onde pousar, retornou para arca — que representa a habitação celestial. Podemos afirmar, da mesma forma, que o Espírito procura pouso no coração dos filhos de Deus. É assim que passamos a ser Sua morada, desfrutando da companhia do nosso hóspede formidável. Não podemos receber o Espírito Santo de qualquer maneira, é necessário estar com o coração preparado para ser Sua habitação. Noé soltou a pomba para que procurasse pouso, mas ela não encontrou, da mesma forma é Deus, ou seja, Ele nos enviou a promessa do Espírito Santo, soltou-a para encontrar morada, no entanto, há muitos que ainda não O receberam, devido seus corações não estarem prontos para Ele. A ave, pomba, tem uma característica que com certeza, todos já observaram em seu comportamento. Ela é mansa e geralmente fica próxima das pessoas, mas quando se sente ameaçada, voa e sai de perto. No entanto, se observarmos bem, veremos que elas ainda ficam nas imediações. Da mesma forma é o Espírito Santo, pois, quando cometemos algum pecado que O entristece ou ignoramos a Sua Pessoa, sentimos o silêncio da Sua Presença. Uma das coisas que mais me fascina na vida de Jesus é o fato d’Ele andar de forma tão sublime com a Presença do Espírito Santo, sem nunca ter espantado a pomba! Ao olharmos para as escrituras, podemos ver que mesmo na ocasião em que Jesus expulsou a chicotadas, os cambistas que vendiam no templo, ainda assim, não pecou (João, 2:13-16). Que senso de justiça e equilíbrio havia em Cristo! Mesmo confrontando os fariseus, tendo que suportar as contradições, até mesmo dos mais chegados a Ele, jamais pecou! Aleluia! Que Mestre sublime nós temos e podemos firmar nossa confiança n’Ele, seguindo os Seus passos! Quando comecei a desfrutar da Doce Presença do Espírito Santo, aprendi sobre o Seu Cavalheirismo. Sentia a Sua Pureza e Doçura no íntimo do meu ser, mas ao manifestar algum tipo de obra da carne, percebia um certo vazio no meu coração, que às vezes, vinha como uma dor espiritual ‘aguda’, que, embora fosse santa, afligia a minha alma. Com isso, percebi que quando nossas atitudes e comportamentos, não estão de acordo com a palavra de Deus, afetam diretamente o nosso relacionamento com Sua Presença. O Senhor mostrava, em meus momentos de oração, o que entristecia o Seu Espírito. Lembro-me que escrevia em uma pequena agenda, tudo o que Ele falava a meu respeito e que entristecia não somente a Ele, mas também, as pessoas ao meu redor. Fui aprendendo a lei do amor e de como servir a meu próximo, com a bondade de Cristo. No decorrerda caminhada, era instruído cada vez mais a manter a lâmpada da comunhão acesa e com isso, fui amadurecendo com respeito a vontade de Deus na minha conduta como cristão, na submissão e no serviço, que iam aflorando, à medida que o tempo passava. Recordo-me de uma situação, ainda jovem, que ocorreu durante a ministração, pois, enquanto profetizava e liberava os dons do Espírito, notei que Ele havia me pedido algo específico, no entanto, hesitei em fazê-lo..., imediatamente, senti um vazio; como se aquela unção estivesse diminuindo. Chegando em casa, naquela mesma noite, senti dor e uma vontade de chorar, perguntei ao Senhor porquê estava tão mal e Ele logo me respondeu, dizendo que eu havia sido desobediente ao comando de Sua voz, e que, uma atitude daquela, em outra situação, poderia trazer sérios prejuízos no serviço espiritual. A desobediência ou insubmissão contra a vontade de Deus, pode extinguir a manifestação do Espírito Santo, e às vezes, pode demorar muito tempo para voltar. Portanto, peça ao Senhor que mostre como está sendo o seu comportamento com as pessoas; consigo mesmo e com Ele. Ore para que o seu espírito seja rápido em obedecer à direção do Espírito Santo. Principalmente àqueles que desejam ou já trabalham no serviço ministerial, porque a submissão é a chave que mantém o relacionamento com a Presença de Deus. Nunca devemos hesitar em obedecer a um comando do Espírito de Deus, uma vez que trabalhamos com Ele em prol das vidas, caso contrário, isso pode afetar pessoas que necessitam ser abençoadas. Não permita que as ofensas contra o próximo ou mesmo a você, o tire do foco. Perdoe aos que te feriram, não deixe que a mágoa se aloje em seu coração, do contrário, ela pode se tornar uma raiz de amargura e destruir a sua comunhão com Deus. Não permita que a obra da carne o distraia, fique firme! Peça graça ao Senhor para vencer todas as imposições do inferno e tudo aquilo que possa vir contra o seu compromisso, de estar em comunhão com a Presença de Cristo. O Espírito Santo, habita hoje em nós, somos Seu “templo” e Ele não tem planos de mudar-se para outro lugar. Embora Ele habite em nós, é possível entristecê-Lo e deixá-Lo desconfortável com nossas escolhas. “Não apagueis o Espírito” (1 Tessalonicenses, 5:19). Quando você olha para trás, para o seu relacionamento passado com o Espírito Santo, que tipo de “anfitrião” de Sua Presença, tem sido? Ele está confortável na casa que é você? — Sua resposta seria boa ou má? Sim ou não? Quantas vezes O tem excluído a um “fundo de quintal” onde Ele espera por você, para que desfrute de momentos de íntima comunhão com Ele? Talvez, a sua resposta seja a de que o Espírito Santo tem recebido sim, o melhor de tudo aquilo que você poderia oferecer a Ele, inclusive as primícias do seu tempo, na busca incessante de conhecê-Lo, agradando-O em tudo o que faz! Quando digo “em tudo”, refiro-me à forma com que tratamos as pessoas, de como pensamos a respeito delas, dando testemunho de quem de fato somos. Torne-se agradável ao Espírito Santo, através de um coração quebrantado e disposto a seguir Sua justiça, andando no amor de Cristo. O Que realmente tem valor para você? “Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração” (Mateus, 6:21). Às vezes, estamos tão distraídos com as coisas desse mundo e com a nossa “obra para o Reino”, que não percebemos o nosso coração saindo do centro da comunhão com o Espírito Santo. Quando olhamos ao nosso redor, estamos tão atarefados, que o tempo para Deus vai se restringindo, a ponto de orarmos pensando que tudo está bem, espiritualmente falando, quando, na verdade, estamos nos esquecendo do que de fato tem valor, que são as coisas eternas. Lembro-me que antes do Senhor me enviar à Sua obra, dentro e fora de minha nação, passava dias e horas dentro da pequena igreja onde iniciei meu ministério. Subia no meu lugar favorito de oração, o monte — amo a natureza e costumava ficar em lugares assim, por horas. Meu coração sempre foi centrado na busca pela intimidade com Deus, através de uma vida diária de oração. Mas, teve um pequeno período que fiquei muito atarefado e sobrecarregado com os afazeres do ministério. Estava cansado e a minha carga horária de oração e dedicação ao Espírito Santo haviam diminuído. Isso começou a trazer muita tristeza no meu espírito, pois, quando tentava entrar, vinha os impasses das tarefas e pendências. Certa vez, na Alemanha, quando vivia um momento maravilhoso naquela nação, vendo sinais, milagres e o Mover do Espírito abrindo caminhos para o Reino de Deus, em lugares onde o esfriamento espiritual era grande. O Espírito Santo começou a tratar em meu coração, levando-me há um quebrantamento e constrangimento profundo, até que o Senhor veio a mim, dizendo: — Você não foi chamado para ficar preocupado e atarefado com as coisas do ministério, mas escolhido para o apostolado, para viver na minha Presença, em oração e dedicação a Palavra. Se você continuar sobrecarregado com as coisas, perderá o foco do seu propósito na terra e daquilo que te revelarei, para a expansão do meu Reino. Quero todo o seu coração de volta para mim! Me dei conta de que, sem perceber, estava deixando aquilo que tinha maior valor para mim, que é a dedicação e a comunhão com o Senhor, por coisas passageiras. Ao retornar para o Brasil, havia muitas demandas para organizar no meu ministério. Certa manhã, quando meditava nas escrituras, notei que minha mente ficou preocupada com as coisas que estavam pendentes. O Espírito Santo então veio e me exortou de tal forma, que derramou suas águas sobre a minha cabeça. Senti um refrigério imediato, trazendo descanso em meus pensamentos. A unção acessou o meu espírito para que eu pudesse ter discernimento, quando uma palavra veio ao meu coração, dizendo: — Dizes que Sou o que você tem de maior valor, que Sou mais importante que tudo em sua vida, porém, você não está demonstrando isso, pois, seu coração ainda continua cheio de coisas desnecessárias. Se, Sou o mais importante e a Sua prioridade, por que então não está me buscando de todo o seu coração? — Nossa! Aquelas palavras foram como uma “cajadada” santa e doeu até o fundo da minha alma, chorei como criança e pedi perdão, pois estava começando a me enganar, dizendo que Ele era tudo o que eu mais amava, contudo, não estava agindo de acordo com as minhas palavras, porque o meu coração estava sobrecarregado e a minha mente ficava preocupada com as tarefas terrenas. Ao pedir perdão, reconhecendo minha falta para com Ele, fui imerso em Sua Presença Santa. Oh Glória! Que coisa maravilhosa é a Sua doce comunhão! Após duas semanas, no monte, com alguns integrantes de minha equipe ministerial, recebi uma visitação da Glória de Deus, como nunca tinha vivido! Era tanto amor e temor ao mesmo tempo, que fui tomado pela Presença. Um Anjo me cobriu Compartilharei mais sobre esse assunto no livro: “Um Chamado Sobrenatural — Entrando nas dimensões da Glória”. Onde estão relatados os encontros sobrenaturais que tive com o Senhor, testemunhos e experiências acerca do Reino de Deus. com um manto de luz, levando o meu espírito em uma dimensão de glória, que fiquei carregado dela por semanas. Gostaria de encorajá-lo a voltar a ser aquela pessoa de entrega, que amava o Espírito Santo com todas as suas forças e buscava o colo do Papai Celestial todos os dias! Volte ao centro da vontade do Senhor, no lugar de descanso em Sua Presença. Não podemos espantar a pomba, pois se ignorarmos a busca do relacionamento com o Espírito Santo, perderemos a sensibilidade no espírito e os nossos ouvidos espirituais, ficarão obstruídos a voz de Deus. Muitos são os que não ouvem mais a Deus, ignoraram a Sua voz tantas vezes, que perderam a capacidade de ouvir e serem direcionados pelo Espírito Santo, isso é lamentável! Viver sem a direção do Espírito, é o mesmo que andar em um carro desgovernado, na alta rodovia, perdendo a direção e o controle total do veículo. Correndo o sério risco de cometer um acidente, ferindopedestres ou até mesmo, perdendo a própria vida. Assim é, todo aquele que não tem mais o governo do Espírito sobre sua vida, uma hora, acabará ferindo a si e aos que estão próximos. Muitos ficam desgastados com o fardo da obra, tornando-se secos, sem unção e expressão de amor e santidade, neste caso é aconselhado entrar no Descanso de Deus. O valor que algo tem para nós, será demonstrado pelo sacrifício que estamos dispostos a oferecer de volta! Não podemos nos enganar somente com palavras, dizendo que o Senhor é o nosso tudo. Precisamos reconhecer onde está o nosso coração. Não podemos apenas entregar uma parte de nós, mas literalmente, tudo! “O reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo” (Mateus, 13:44). Que passagem linda! Jesus traz um ensinamento a Seus discípulos, sobre a posição que devemos ter diante do Reino de Deus, para aqueles que realmente desejam herdá-lo. É necessário sacrificar tudo o que antes tinha valor, abrindo mão, em prol do verdadeiro tesouro, que é a Presença de Deus. Jamais encontraremos o lugar de Plenitude em Cristo, sem O buscarmos de todo o nosso coração! Sem mesclas com as coisas deste mundo, nem mesmo com a iniquidade. Somente quando entregamos tudo a Ele, encontramos o tesouro escondido da Sua Presença. “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte; congregar-vos-ei de todas as nações e de todos os lugares para onde vos lancei, diz o SENHOR, e tornarei a trazer-vos ao lugar donde vos mandei para o exílio” (Jeremias, 29:13-14). O profeta Jeremias foi usado de forma linda nessa passagem, revelando o coração de Deus, que deseja ser encontrado por aqueles que O buscam. O Senhor declara que, se todo o nosso coração estiver disponível a Ele, certamente O encontraremos — Serei achado de vós. Aleluia! Que Deus maravilho, amoroso, Ele se deixará ser achado por nós e ainda nos dirá — Estou aqui! O segredo para encontrar a plenitude da intimidade com Deus, está no coração, porque é nele que reside o centro de toda a vida, o comando dos desejos e afeições. Ele é o lugar aonde determinamos quem entra e quem sai de nossas vidas e também aonde nos relacionamos com o Espírito Santo; entre o nosso espírito e a nossa humanidade, que ao se fundirem, a unidade perfeita com o Senhor é gerada. Se você deseja habitar no ambiente da Presença, terá que estar disposto, lançando a ansiedade aos cuidados do Senhor e crendo que Ele tem tudo no controle de Suas mãos. “Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1 Pedro, 5:7). Se existe algo prejudicial, que interfere diretamente no nosso relacionamento com Deus, este se chama ‘preocupação’. Ela é a arma contra a nossa fé, afinal, essa palavra é sinônimo de dúvida. A preocupação é mais letal que a ansiedade, devido à falta de confiança no caráter de quem Deus É, e no que a Sua Palavra diz. Se deixar levar pelo caminho das preocupações, com as coisas desse mundo, é o mesmo que ir contra a fé e a esperança em Deus. Por isso, nos primeiros ensinos de Jesus, Ele declara: “Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas. Portanto, não vos inquieteis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará os seus cuidados; basta ao dia o seu próprio mal” (Mateus, 6:33-34). Jesus em sua sabedoria, ensinou que — o maior impedimento para entrar no Reino de Deus, está na preocupação com as coisas desse mundo — Ele sabia que elas eram as maiores causadoras da destruição da fé. Você nunca conseguirá buscar a Deus de todo o seu coração, se estiver inquieto com os cuidados desse mundo, com as contas e mazelas desta terra. Não que você tenha que abandonar suas responsabilidades naturais, não é isso, mas o descanso e a confiança de que Deus provê a cada dia o pão, é de suma importância. A fé é movida pela confiança depositada no Senhor, por experimentar do Seu cuidado e amor. No entanto, quando deixamos de experimentar esses afetos, paramos também de confiar no Seu amor de Pai e caráter Fiel. O apóstolo Paulo, em sua carta à igreja de Filipos, ensinou sobre esse princípio de confiança e descanso em Deus, sem perder o foco na busca pelas coisas do alto, com o coração e os pensamentos voltados para o Senhor Jesus: “Não andeis ansiosos de coisa alguma; em tudo, porém, sejam conhecidas, diante de Deus, as vossas petições, pela oração e pela súplica, com ações de graças. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o vosso coração e a vossa mente em Cristo Jesus. Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento” (Filipenses, 4:6-8). O mais interessante, é que Paulo escreveu essa carta, quando estava preso em Roma (Filipenses, 1:12-14). Ele certamente tinha todos os motivos para estar preocupado e angustiado, mas mesmo assim, escolheu confiar e descansar em Deus. Que em todo o tempo, o seu coração esteja firmado no Senhor, lançando aos pés da cruz de Cristo, toda a preocupação que venha tirá-lo do foco, crendo sempre que tudo já está feito! Capítulo 16: Orando em Todo o Tempo no Espírito F Orando Em Todo o Tempo No Espírito alar sobre oração é um dos temas que mais amo. São anos de experiências profundas que tenho tido com o Senhor, através de um investimento de tempo e dedicação em Sua Presença. Por esta razão, creio que este capítulo o edificará muito. O Senhor tem me revelado sobre a extrema importância do “manto de oração” que precisa ser restaurado na igreja, principalmente o fundamento da oração em línguas. No livro de Judas, capítulo 1, verso 20, ele fala sobre a importância da edificação da nossa fé, no espírito, dizendo: “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo”. Infelizmente, muitos não compreendem esta palavra, porque a edificação pessoal — é o desenvolvimento do espírito humano em Cristo — uma construção espiritual fundamentada, na verdade revelada pelo Espírito Santo, que está diretamente ligado a busca e a entrega verdadeira na oração. A oração em línguas produz a energia necessária para que o nosso espírito tome o lugar que lhe é devido no governo sobre a alma. É impossível uma pessoa começar a andar nesse caminho, sem ser transformado de alguma forma. Observei claramente, mudanças de atitudes e comportamento que foram sendo gerados em mim, após me dedicar mais a oração em outras línguas. O caráter de Cristo passou a ser formado no meu espírito, com isso, a minha alma estava sendo santificada pelas revelações e a iluminação que recebia do Espírito Santo. Ao passar algumas horas orando em línguas, entregava o meu espírito e ficava ali, deitado no chão, hora após hora... Percebia que simplesmente entrava em uma espécie de atmosfera, um ambiente de visões e revelações, que traziam consigo as verdades do mundo espiritual, me levando a um crescimento diário, na Presença de Deus. Quando oramos em outras línguas, habilitamos o nosso espírito a receber tudo aquilo que o Espírito Santo deseja nos revelar e manifestar em nós, tornando-o livre para fluir, sendo capacitado a experimentar novas visões e dimensões ainda mais profundas. “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (Atos, 2:3-4). Algo de muito valor veio depois de alguns meses que havia iniciado na oração contínua em outras línguas. Notei que, antes, quando lia um texto bíblico, muitas vezes, não compreendia o que estava escrito e procurava em dicionáriose livros os significados das palavras, até que o Espírito Santo me ensinou a “como receber o discernimento e o entendimento através da oração em línguas”. Foi quando aprendi que essa prática diária, afeta de forma positiva, todos os dons dados pelo Espírito Santo. Após aquele ensino precioso, nunca mais precisei de outras fontes de informação referente ao que estava contido nas escrituras sagradas, a não ser do próprio Espírito Santo, por esta razão que devemos orar a Deus, pedindo que nos conceda a sabedoria e a revelação (Efésios, 1:17). É impossível orarmos em outras línguas, hora após hora, durante um dia inteiro e nada acontecer! Lembro-me de quando passava dias, semanas, até meses orando e meditando na Palavra, e era convidado para pregar nas igrejas. Incrivelmente — via muitas manifestações de poder, curas e milagres! O mais interessante, é que, a revelação e a unção para pregar, e ensinar a Palavra de Deus, eram cada vez mais poderosas. Permita que o seu espírito seja liberado, orando em outras línguas, fazendo assim, perceberá que a esfera da comunhão com o Espírito Santo aumentará constantemente, mantendo o seu espírito, alma e corpo santificados, trazendo com isso, um equilíbrio espiritual. Os Mistérios da oração em línguas e a mente racional “Pois quem fala em língua não fala aos homens, mas a Deus. De fato, ninguém o entende; e em espírito fala mistérios” (1 Coríntios, 14:2). A falta do conhecimento revelado por meio do Espírito Santo, tem feito com que a igreja se torne um monopólio religioso, idealista e racionalista, pregando o conhecimento da teologia humana, e não a verdade do Reino dos Céus. Por falta de — fundamento apostólico, muitos cristãos estão perdendo a direção espiritual adequada para suas vidas — A oração em línguas é um canal poderoso para elevar a igreja ao sobrenatural, trazendo os mistérios de Deus e a realidade tangível e manifesta de Sua Presença. Quando oramos em outras línguas, todo o nosso entendimento racional é confrontado, até que ele se adapte ao espiritual. Devemos edificar as nossas mentes com a revelação e não com o conhecimento humano, que é caído e cheio de iniquidades. “Porque, se eu orar em outra língua, o meu espírito ora de fato, mas a minha mente fica infrutífera” (1 Coríntios, 14:14). A mente de Cristo é desenvolvida em nossas vidas quando oramos no Espírito. Não podemos ser ignorantes quanto a isso, porque a falta do Espírito Santo nas orações, tem gerado uma frustração no coração de muitos cristãos, que até desejam e são sinceros em suas orações cotidianas, mas ficam restringidos e limitados. Poucas vitórias são realmente vistas através das orações racionais. Quando abrimos o coração para orar no Espírito, portas se abrem manifestando o sobrenatural e trazendo o Poder vivo de Deus em todas as áreas de nossas vidas. Veja, como o Espírito Santo é quem concede as línguas sobrenaturais! Definitivamente, elas não são provenientes da nossa mente racional. Geralmente, quando começamos a orar os mistérios do Espírito, a nossa mente tende a se questionar e até mesmo, a ficar confusa, se é de Deus ou não! Isso ocorre, devido os anos que passamos na esfera da fé racional, mas quando iniciamos a oração com o nosso espírito, entramos diretamente na dimensão do impossível, aonde encontramos os recursos do Reino de Deus, para trazer a manifestação real de Sua Palavra em nossas vidas. Princípios fundamentais da oração em línguas “Dou graças a Deus, porque falo em outras línguas mais do que todas vós” (1 Coríntios, 14:18). Quando oramos no Espírito, entramos em concordância com Deus, ou seja, do que Ele pensa e deseja que venhamos de fato orar. Quando isso ocorre, somos inteiramente encaminhados ao nosso propósito, naquilo que fomos chamados por Ele, para fazer. Quando um casal concorda entre si acerca de qualquer coisa, na verdade, eles estão falando a mesma língua, pensando igual e seguindo na mesma direção. Assim também é quando estamos em unidade com Deus, por meio do Seu Espírito, ou seja, passamos a falar a mesma língua que Deus fala. As línguas estranhas, se definem como uma habilidade sobrenatural, que não temos razão lógica para saber, é um fenômeno divino. Não ocorre de uma busca por palavras de nós mesmos, elas vêm diretamente do Espírito Santo para o nosso espírito. Os princípios fundamentais da oração em línguas, é edificar o nosso espírito com os mistérios de Deus, que são por ele interpretados e não pelo raciocínio lógico. O apóstolo Paulo sabia dessa verdade, por isso rendia graças a Deus por esse recurso divino. As orações em línguas, nos foram dadas para serem interpretadas e não traduzidas! Quando falamos uma palavra em outras línguas, ela pode conter cem interpretações e não apenas a tradução de uma única palavra. “Pelo que, o que fala em outra língua deve orar para que a possa interpretar” (1 Coríntios, 14:13). Edificando o espírito humano pelo Espírito de Deus “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo” (1 Coríntios, 2:16). A oração no Espírito edifica o espírito humano da seguinte maneira: O nosso espírito recebe os mistérios da parte de Deus por meio do Espírito Santo — que nos edifica com a mente de Cristo, produzindo uma capacidade sobrenatural na mudança de mentalidade. Consequentemente, passamos a experimentar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, sem a influência do nosso racional. Uma pesquisa foi realizada por cientistas americanos sobre os mistérios da oração em línguas, se realmente seria algo espiritual ou apenas uma oração da mente natural. Selecionaram diversos participantes de distintas religiões para fazerem os testes. Observaram em seus relatórios, que todos que faziam suas orações com a mente natural, o lobo frontal se movimentava normalmente, porém, quando alguém começava a orar em outras línguas, o seu lobo frontal, quase não dava sinal. O mais interessante nisso tudo, foi que a região do cérebro, constituído por 95% de inatividade, apresentou impulsos cerebrais que não são normais para um ser humano. Essa parte do cérebro, na verdade, foi desativada devido o pecado original de Adão, tornando-se morta por causa da transgressão. Quando começamos a orar em outras línguas, a nossa capacidade cerebral morta, passa a ter vida, ou seja, o potencial da mente, se renova! Veja que intrigante: “A inteligência que o homem perdeu na queda de Adão, o velho homem, é restaurada quando oramos no Espírito, recebendo a mente de Cristo”. Desta forma, se não houver oração em línguas, nossa capacidade mental de absorver o que é espiritual, nunca será desenvolvida em sua totalidade. “Mas vós não aprendestes assim a Cristo, Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade” (Efésios, 4:20-24). Os 95% da mente humana, que é morta, recebe vida pelo poder da oração em línguas, trazendo uma capacitação racional e espiritual mais poderosa e expandida. Ao orarmos nesse nível, toda a esfera de pensamentos adâmicos, começam a se desvanecer. Recebemos então, novos impulsos cerebrais provenientes do espírito, que destroem os padrões da iniquidade humana e caída. Sendo assim, uma mentalidade renovada é liberada. Quando isso ocorre, passamos a ter a mente de Cristo, que é viva, com pensamentos espirituais de justiça e santidade. A edificação está em receber os códigos de revelação da parte de Deus, com o propósito de que haja desenvolvimento da nossa nova natureza. À medida que isso ocorre, o nosso homem espiritual vai sendo fortalecido, do Poder de Deus. A pessoa que ora muito em línguas, recebe uma carga de Poder do Espírito Santo para a obra ministerial e para vencer as trevas. Quando mais ela orar no Espírito, maior será a sua expansão e capacidadede receber as revelações e unções poderosas. Orar no Espírito é expandir o homem espiritual para novos níveis de relacionamento com Deus e acúmulo de poder. Capítulo 17: Os Impasses da Busca pela Comunhão N Os Impasses da Busca Pela Comunhão o decorrer da jornada, na busca por uma vida de comunhão e intimidade com o nosso Deus, encontraremos muitos impasses rumo ao nosso alvo da Plenitude de Cristo. No caminho do amadurecimento espiritual, recebi inúmeras lições valiosas, assim como na vida em um todo. Aprendi que o Espírito Santo, além de ser o nosso guia, também é a conexão direta tanto com Jesus, como com Deus. Sem um relacionamento e conhecimento da Pessoa do Espírito Santo, fica impossível termos uma comunhão com o nosso Pai. Descobri também que a diligência e o sacrifício na luta contra as resistências da carne e das trevas, nos levam a lugares altos de intimidade com o Senhor. No início, quando estamos na “inocência”, procurando conhecer o Espírito Santo, temos a tendência de entregar nossos sentimentos e emoções. Não me refiro aqui a ingenuidade de uma criança, no quesito da pureza e intenções do coração, mas a singeleza ‘inocente’ da imaturidade. Quando estamos passando por esse período, somos muito emotivos, sentimos uma graça provisória de carinho, do toque e do amor de Deus, como se Ele estivesse nos mimando. Contudo, o Senhor deseja o nosso amadurecimento no conhecimento d’Ele, no espiritual e em tudo aquilo que nos envolve ou representa, para que possamos emanar a fragrância de Cristo na família, nas finanças, igreja, nos relacionamentos e na vida conjugal. Na fase de transição da “comunhão de inocência” para a “comunhão madura”, ocorre alguns impasses, aonde muitos não conseguem manter o seu nível de relacionamento com o Espírito Santo, devido à ausência de sabedoria, conhecimento, revelação e principalmente, pela falta de um mentor ou pai espiritual que o instrua. A Transição para o amadurecimento “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino” (1 Coríntios, 13:11). Quando progredimos na fase de transição da inocência para a maturidade, Deus passa a elevar o nosso nível de entendimento concernente ao mundo espiritual e a nós. Neste ponto, muitos ficam sem entender, porque aquilo que antes as edificava, tanto na oração quanto na entrega a Deus, agora, parece não edificar mais! Como isso é estranho! “Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o lavrador. Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto” (João, 15:1- 2). É aqui que precisamos de mais vigilância e sabedoria, pois, se trata de um ponto em que Deus começa a arrancar os ramos, os troncos e as raízes de pecados, inconscientes e conscientes da nossa alma; as injustiças e iniquidades, e tudo aquilo que não víamos em nós! A sensação é horrível..., como se Deus estivesse nos abandonando ou que O entristecemos e até mesmo, que não somos dignos d’Ele. Nessa fase, pensamentos negativos pertinentes ao relacionamento com o Senhor, começam a passar por nossa mente. O Que está acontecendo comigo? “Ora, amados, pois que temos tais promessas, purifiquemo- nos de toda imundícia da carne e do espírito, aperfeiçoando a santificação no temor de Deus” (2 Coríntios, 7:1). Não se espante! Quando chegar essa hora, Deus irá forjar o nosso caráter e maturidade espiritual, para que nos tornemos um vaso profético de honra. Entretanto, nesta fase, começamos a ver pecados que nunca havíamos visto antes em nós, porque na comunhão inicial, isso fica coberto pela graça daquele tempo. À medida que nos aproximarmos de Deus, veremos o quão Bom Ele é, e quanto mais descobrirmos a bondade d’Ele, enxergaremos o quão mau somos! As iniquidades da alma geracional e cultural, vão aparecendo e se tornando um impasse na nossa caminhada. É nesse momento que precisamos estar atentos, porque existem certas iniquidades que o Senhor irá tratar conosco, de modo a arrancá-las. Esse processo de purificação é bem dolorido, mas para cada tratamento e lapidação que recebemos, um novo nível de glória surge em nossas vidas! O processo de lapidação vem de tempos em tempos, quando a própria mão do Senhor começa a operar em nós. Nesse período, o Espírito Santo de Deus passa a revelar o que desconhecíamos da nossa velha natureza, ou daquilo que achávamos ser um comportamento normal, com o propósito de olharmos pelos olhos espirituais, o que antes não víamos. “Quem há que possa discernir os próprios pecados? Absolve-me das que me são ocultos” (Salmos, 19:12). Ao entrarmos na justiça da comunhão com o Espírito Santo, toda a nossa vida será santificada em seus múltiplos ambientes. Não podemos ser ingênuos, Deus irá tratar com tudo aquilo que era trevas em nós. Afinal, não existe comunhão entre a luz e as trevas. Quando esse processo de amadurecimento toma uma proporção mais intensa, para a nossa purificação e discernimento espiritual, aí é que dói mesmo! Não há como nos aprofundarmos, sem antes Deus nos tratar e disciplinar. Tudo aquilo que for palha, será exposto, de modo a ser arrancado e queimado pelo fogo do Espírito Santo. “Portanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniquidade? Ou que comunhão há, da luz com as trevas? ” (2 Coríntios, 6:14). Fora esse, ainda existem outros impasses, alguns deles parecem quase impossíveis de serem superados, por causa das ataduras de iniquidades e pecados do passado ou geracional, que podem ser tão fortes, que não conseguem continuar na comunhão com o Espírito Santo. Já outros, possuem uma forte raiz de rebeldia, que começa a se manifestar e levar para longe dos caminhos da obediência. Quando esse tempo chegou para mim, fui fortemente confrontado com situações da vida, eram lutas na família, nos meus pensamentos e em minhas emoções. Foi uma fase aonde surgiram grandes combates! Nesses momentos de purificação, Deus não nos abandona, mas irá tratar conosco de uma forma diferente. Tudo o que é difícil de ser quebrado na nossa carne, causa muita dor, como se o Espírito Santo, que antes estava tão próximo, agora parecesse tão longe de nós. Por que esse processo é tão difícil? “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Romanos, 8:13). Enquanto não aprendermos a diferença entre homem espiritual e natural, de como unir um ao outro, sentiremos sempre um fogo refinador. O fato da nossa carne passar pela mortificação e o nosso espírito pela transição do amadurecimento da nossa fé, torna esse processo bem dolorido, porque o Espírito Santo traz o discernimento dessas questões, para não sermos imaturos, seguindo os desejos carnais, mesmo que eles tenham a aparência de ser “bons e espirituais”, porque, na verdade, só exaltam o homem e não o Senhor. Os impasses mais difíceis de serem vencidos, são aqueles que confrontam diretamente o nosso orgulho e o ego. Parece que as pessoas se levantam contra nós e que ninguém nos entende, ou pior ainda, que o mundo fica nos marcando. É exatamente nesse ponto, que o Espírito Santo aplica a Sua obra de quebrantamento e disciplina — para que não venhamos cair na prepotência espiritual, pensando que Deus concorda com tudo o que fazemos — mas somos levados ao conhecimento da humildade do Senhor Jesus. Se o cristão se submeter ao Senhor, pedindo sabedoria para vencer esses impasses, certamente passará por esse tratamento mais rápido e adquirirá maturidade. Porém, quanto mais resistência da carne houver, maior será o confronto que sentirá. Muitos que não se submeteram a esse tratamento, por serem usados poderosamente na unção, ao passar por esse processo, sentem que estão em grande angústia e lutas que parece até que Deus os abandonou. Acabam se tornando secos e se sentem vítimas, como se o diabo estivesse destruindo suas vidas. Há também aqueles queestão no ministério fazendo a “obra de Deus”, que ao entrar nesse processo de lapidação e realinhamento, acabam não entendendo a vontade do Senhor. Eles sentem que as portas se fecharam e começam a questionar a Deus, sem procurar por sabedoria espiritual, para ouvir ao Senhor. Sendo que Deus está apenas os recolocando na direção certa, com mais santidade, temor e unção. Quando recebemos os recursos espirituais e o momento de podar e lapidar chega, a impressão é a de que Deus está removendo o melhor que temos, mas com a intenção de trazer reorientação aos propósitos e mais purificação ao nosso coração. Quando ocorre uma desordem com aquilo que recebemos da parte de Deus, Ele mesmo vem e permite a perda, para que haja renovação e alinhamento, como foi com Jó, que após passar por toda aquela prova disse: “Antes eu te conhecia só por ouvir falar, mas agora eu te vejo com os meus próprios olhos. Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza” (Jó, 42:5-6). Vemos aqui que Jó entendeu o propósito. “Eis que bem-aventurado é o homem a quem Deus repreende; não desprezes, pois, a correção do Todo- Poderoso. Porque ele faz a chaga, e ele mesmo a liga; ele fere, mas as suas mãos também curam” (Jó, 5:17-18). Certa vez, um apóstolo conhecido, veio a mim, pedindo ajuda espiritual, porque havia perdido o que antes possuía — o seu acesso espiritual a unção e os recursos financeiros — Ele estava enfrentando situações difíceis e resolveu passar uns dias de jejum conosco no lugar onde fazíamos nosso retiro espiritual. Durante a madrugada, quando orávamos, tive um êxtase espiritual por duas vezes e a mesma visão, apareceu: nela, eu andava no local onde estávamos, olhava para o chão e achava uma identidade, quando eu a pegava, para ver de quem poderia ser, me surpreendi, porque no documento era como se pudesse ver uma foto de Jesus, assim como o Seu Nome escrito nela. Ainda na visão, comecei a sorrir, falando: — Nossa! Achei a identidade de Jesus, (risos...) agora vou saber o ano em que Ele nasceu! Quando voltei daquele êxtase, ainda estava sorrindo e perguntei ao Senhor o que significava aquilo. O Espírito Santo, então me disse: — Filho, essa é a identidade de Cristo que o meu servo perdeu há muito tempo, e ele veio até você para ser restaurado. Ele precisa voltar a acreditar! Quando relatei a visão ao apóstolo, uma graça veio sobre ele de tal forma, que começou a chorar, se arrependendo por ter deixado a essência da sua comunhão com o Senhor Jesus. Ele então pediu perdão por suas iniquidades e naquele momento, quando fui orar por ele, a Presença do Espírito Santo veio de tal forma sobre aquele homem, que foi tomado pelo Poder de Deus. Assim ocorria comigo também, tinha tempo que estava vivendo às “mil maravilhas” com o Espírito Santo, desfrutando de sinais poderosos, sentido tudo em perfeita ordem, de repente, vinham as tribulações e parecia que toda aquela unção já não estava mais comigo, quando, na verdade, tratava-se exatamente do processo de remoção, para a reorientação e uma nova etapa de vida, que Deus estava me levando. Toda vez que saímos do centro da vontade de Deus, ou alguma coisa em nosso coração não está de acordo com os padrões dos propósitos e da santidade do Senhor, somos removidos daquele lugar espiritual, para sermos promovidos! Recursos se estancam, para depois serem novamente liberados. “Não só isso, mas também nos gloriamos nas tribulações, porque sabemos que a tribulação produz perseverança; a perseverança, um caráter aprovado; e o caráter aprovado, esperança. E a esperança não nos decepciona, porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Romanos, 5:3). Tudo o que temos que fazer é nos humilharmos, reconhecendo que precisamos da misericórdia de Deus, aí então, a virtude da humildade de Cristo, nascerá e o entendimento no coração do cristão, daquilo que Deus deseja, acontecerá. Incluindo as áreas que necessitam de maior tratamento e edificação para o avanço do próximo estágio, da comunhão com a Presença e da intimidade com Deus. “Humilhai-vos, portanto, sob a poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (1 Pedro, 5:6). Havia muitas situações que não entendia o porquê estava passando! Me sentia bem próximo do Espírito Santo, fluindo na unção maravilhosa e em outro momento, eu mais parecia com um recipiente vazio. Fora os impasses das emoções e dos desejos da carne que tinha que lutar constantemente, parecia que estava sozinho. Depois que passava o período da provação e dos desertos espirituais, o favor de Deus me alcançava com uma medida de graça diferente e uma nova dimensão de glória era revelada ao meu espírito, produzindo transformações no meu entendimento, purificando o meu caráter e me tornando ainda mais forjado na imagem de Cristo Jesus. Tive uma experiência, no início de meu pastorado, que marcou radicalmente minha visão espiritual sobre o Reino de Deus e as formas como Ele pode se manifestar. Naquela época, era um jovem recém-casado, pregador e auxiliava no ministério. O Espírito Santo se movia de forma sobrenatural em mim. Via sinais e maravilhas visíveis do Seu Poder. Entretanto, pouco conhecia da Pessoa de Jesus e de Sua Santidade, a níveis mais profundos. Eu pensava que era santo, mas com o tempo, descobri que a santidade é revelada a um cristão à medida que ele se aproxima do conhecimento do Senhor Jesus. Certa noite, ministrando a palavra, na igreja que ajudava, estava pregando sobre a Presença e Glória de Deus. Tive uma experiência que jamais esquecerei, fui interrompido por um grande Anjo, que apareceu a mim, dizendo: — Só fale o que te mandar. Fiquei sem reação! Fui apoderado da Glória de Deus, aquele Anjo carregava uma unção e um peso de luz tão forte que me impactou, quase não aguentava manter-me de pé. Ele disse: — Peça para toda a igreja ficar em pé. Comecei a receber direções no meu espírito, através de sua voz audível, repassava para os presentes e a unção do Espírito acompanhava aquele comando. Eu dizia: — O Espírito de Deus está passando na primeira fileira. Ao falar isso, uma onda de poder lançava todos para trás, ninguém ficou de pé naquele culto. Por onde o Anjo passava, as pessoas iam caiando debaixo da unção do Espírito. Elas ficaram tão tomadas de temor, que muitas foram cheias do Espírito Santo naquela noite. O Anjo do Senhor me disse: — Esse povo não está preparado para receber a Glória de Deus. Logo em seguida, uma jovem visitante levantou a mão e acenou, pedindo oportunidade para entregar uma Palavra de Deus. Permiti que a mesma falasse e ela apenas confirmou, exatamente, a palavra que o Anjo havia me dito. Para minha tristeza, após aquele culto maravilhoso, entrei em um processo de tratamento por um período de três semanas. Me sentia completamente vazio da Presença de Deus, não ouvia a Sua voz e me sentia irritado com qualquer coisa, nem conseguia ficar perto da minha esposa sem reclamar de algo com ela. Depois daquelas três semanas, me encontrava em grande angústia, questionando a Deus sobre o que estava acontecendo comigo; por quê me sentia tão mal? Foi quando o Espírito Santo me visitou e começou novamente a me encher com Sua doce e santíssima Presença. Ele me disse: — Filho, tu estavas te sentindo distante de Mim, porque via o pecado em você, isso tudo devido ao nível da minha Glória que foi manifesta sobre a sua vida naquele púlpito. Permiti que experimentasse e conhecesse aquilo que pregava, e julgava saber, de modo que o meu temor entrasse em seu coração, lhe falando sobre minha Glória. Para cada nível de luz que alcançares em Mim, um nível de trevas e iniquidades serão arrancados de ti. Quando isso ocorrer, a minha luz mostrará tudo o que for treva em seu interior. “Pois, outrora, éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto da luz consiste em toda bondade, e justiça, e verdade” (Efésios, 5:8). Após aquele ensino do Espírito Santo, comecei a amadurecer profundamente no meu relacionamentocom o Senhor, porque a maturidade através do temor foi sendo gerada. Fui me tornando um jovem pregador mais compromissado com a palavra e com o temor do Senhor. Isso foi me livrando de muitos enganos e laços de Satanás. Não questione a Deus com murmuração em seu coração, em relação às coisas que “parecerem” estar opostas a você. Peça ao Espírito sabedoria e revelação, para que o conhecimento da obra de Deus seja liberado em seu entendimento. Na vida, sempre enfrentaremos diversidades e situações que serão confrontantes. Haverá momentos em que tudo parecerá oposto a nós e chegará dias, que pensaremos que Deus está contra nós! Na verdade, todo o processo de tentações, tribulações e lapidações, são para o nosso crescimento espiritual e amadurecimento no conhecimento revelado, mediante as experiências que adquirimos ao longo da jornada, e que nos levam a compreender mais o Senhor, andando em sabedoria na Sua Presença. Os impasses que enfrentamos, na maioria das vezes, são provenientes da carne e de áreas que ainda não estão sujeitas a Cristo, antes, estão sob o governo natural e racional que serão tratadas pelo Espírito de Deus, você queira ou não! O fato é que todos passamos por disciplinas, para que alcancemos o amadurecimento no conhecimento de Cristo e da obra que o Espírito Santo realiza. Grave isso em seu coração — o Espírito Santo sempre estará ao seu lado, mesmo que se sinta só. Ele jamais te abandonará, independente se estiver quebrantando áreas necessárias em sua vida! Os impasses serão cada vez mais absorvidos, através da continuidade de sua comunhão com o Espírito Santo, até o ponto aonde o seu entendimento estará transformado, tendo mais habilidade para romper contra todas e quaisquer situações adversas. O apóstolo Paulo conheceu bem esse processo e instruiu a igreja de Roma, em sua carta aos Romanos, dizendo: “Sabemos que Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam, dos que foram chamados de acordo com o seu propósito. Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, também chamou; aos que chamou, também justificou; aos que justificou, também glorificou. Que diremos, pois, diante dessas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou a seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará juntamente com ele, e de graça, todas as coisas? Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? [...] Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: “Por amor de ti enfrentamos a morte todos os dias; somos considerados como ovelhas destinadas ao matadouro”. Mas, em todas estas coisas somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou” (Romanos, 8:28- 37). Capítulo 18: O Tempo Traz Maturidade no Relacionamento O Tempo Traz Maturidade S No Relacionamento omente o tempo traz amadurecimento no relacionamento com Deus, pois, Sua divindade, atributos, formas de trabalhar conosco e tudo o que envolve a revelação do Seu Nome, Seu caráter e Sua vontade, só são conhecidos, depois que estabelecemos nosso compromisso de andar na Sua Presença, ao longo da vida no Espírito. A maturidade é a chave que libera as profundezas do Reino de Deus, mas Ele não pode disponibilizar tudo o que pedimos sem antes nos preparar para receber. Sou grato a Deus, que não respondeu muitas das petições que fiz no início da fé. Passaram-se anos para que elas fossem respondidas. Depois que receber certas dimensões de poder e autoridade espiritual, vi o quanto era perigoso, se não tivesse a maturidade, ou seja, adequação emocional e psicológica para suportar o peso da responsabilidade. Por esta razão é tão importante buscar por sabedoria, para que nosso relacionamento com o Senhor seja desenvolvido a níveis mais intensos de intimidade. A falta dela, traz sérios prejuízos àqueles que desejam avançar na comunhão com o Espírito Santo. Podemos até ter muita fome pela Presença de Deus, mas se não pedirmos a Ele por sabedoria, toda a força que empregamos, será desperdiçada. Se você deseja saber mais sobre as leis e normas do que é uma vida espiritual, adquira ou participe de nossa Escola de Fogo, do Módulo: “A vida no Espírito”. Temos muitos ensinamentos sobre esse assunto tão importante! “Se o ferro está embotado, e não se lhe afia o corte, é preciso redobrar a força; mas a sabedoria resolve com bom êxito” (Eclesiastes, 10:10). Maturidade no relacionamento com o Espírito Santo, significa compreender toda a esfera de atuação da Sua Presença em nossas vidas. É saber lidar com as circunstâncias e processos tanto naturais, quanto espirituais, que normalmente ocorrem com cada cristão. É ter uma mentalidade renovada na palavra e, na prática de viver em Sua Santa habitação. Saber distinguir a Sua vontade, discernindo os movimentos da alma e do espírito, de modo a andarmos nos padrões das leis do Espírito. Amadurecendo com unção “Portanto, deixemos os ensinos elementares a respeito de Cristo e avancemos para a maturidade” (Hebreus, 6:1a). Todo cristão deveria receber o batismo de fogo, que é o revestimento de poder para andar em esferas de unção cada vez maiores, operando no sobrenatural. Ser cheio do Espírito Santo, é estar em constante operação debaixo da Sua Presença e unção. Quando decidimos buscar a Deus, para interagir com o nosso chamado e vocação espiritual, temos de aprender a viver no Espírito e no Seu Poder. Contudo, esse aprendizado só vem com o tempo. Somente quando estamos maduros em Cristo, é que sabemos lidar de fato com a unção. O relacionamento com o Espírito Santo reflete diretamente na forma como agimos, em virtude do que Ele entrega a nós, principalmente, Sua unção e dons. Por sermos sondados por Sua Presença, precisamos ter temor e reverência, usando sempre da unção que nos é entregue. A capacitação sobrenatural, origina-se quando aprendemos a lidar com a unção do Espírito Santo. Depois desse ponto, somos impulsionados ao nosso destino e propósito, para o qual fomos chamados por Deus. Sabemos que a unção está diretamente ligada a um propósito. Dessa forma, não podemos ser imaturos no nosso relacionamento com Deus e no serviço, usando o Seu Poder sem que estejamos em concordância com a Sua vontade. Há muitos que ainda não amadureceram na integridade e no serviço, trocando os valores da submissão e rendição, pela vaidade e exaltação própria. Lembro-me quando comecei a entrar na vida ministerial e ser usado pelo Espírito Santo. A minha concepção sobre a atuação da Presença no serviço, ainda era rasa. Errava por falta de entendimento, de como operar na unção e seguir a direção do Espírito de Deus. Muitos cristãos ainda cometem erros similares em seus ministérios, pensando que o fato de estarem operando no poder, garante-lhes “imunidade”, como se Deus aprovasse tudo o que estão fazendo, e isso ocorre por causa da falta de compreensão e relacionamento com a Presença de Deus. O poder sem relacionamento é amargo. Isso é terrível! Se não tivermos o acesso à Presença, nada vale a pena neste mundo. A fraqueza espiritual se torna uma consequência inevitável, por fim, suas forças e energias são gastas naquilo que não terão como sustentar! Tudo por falta de justiça e relacionamento com o Espírito Santo. Portanto, é a maturidade espiritual, que leva o cristão ao conhecimento genuíno de Cristo, sendo direcionado a andar no Espírito. Devemos caminhar em temor, principalmente depois de usufruir da unção, porque, quanto maior for a sua carga na vida de uma pessoa, mais visada ela será no mundo espiritual. Por isso, é necessário ter mais dedicação ao Espírito Santo, afinal, a unção está associada a Sua Pessoa e ao nosso comportamento em reverência a Ele. Todo cristão deve saber que precisa da unção, afinal, ela é liberada a todos que nascem de novo, contudo, é importante que haja o entendimento de que — ela vem paradar direção, capacitando-nos para os desígnios no Reino e não para ser usada como atração principal de um “show”! O apóstolo Paulo ensina que recebemos dons e um chamado, que são irrevogáveis (Romanos, 11:29). Todavia, no caso da unção, não! Porque ela vem de acordo com a nossa submissão e relacionamento com o Espírito Santo. O “discípulo amado” João, a compara como o “próprio Espírito de Deus em nós”. Sendo assim, toda pessoa que perde o contato com o Espírito Santo, também perde sequencialmente a unção, ou seja, ela vai ficando cada vez mais fraca. O Fruto do Espírito é o reflexo da imagem do caráter de Jesus em nós e serve para a frutificação do cristão, em um relacionamento com Deus e Sua Presença. É por meio desse fruto que a plenitude de Cristo é gerada em nós e a unção reflete o Seu Poder através de manifestações sobrenaturais. Definição de chamado “Porque muitos são chamados, mas poucos escolhidos” (Mateus, 22:14). O chamado de Deus está ligado ao nosso ofício ministerial ou incumbência de discernir, pensar, sentir e perceber as coisas, afetando diretamente à sua maneira de expressão interna e externa. A exemplo disso temos médicos, advogados, dentistas entre outros... que possuem a capacidade nata no seu interior, dados pelo Senhor, para realizar tais serviços. Ele é basicamente aquilo que a pessoa nasceu para ser e fazer. Tal como Paulo, que ao ser chamado, recebeu de Deus uma dispensação espiritual, trazendo a natureza apostólica que já havia nele, para o seu espírito. Ele pode vir também do ventre materno, que foi o caso de João Batista. Por outro lado, pode ser desenvolvido (ativado) no decorrer da caminhada no Reino de Deus. Quanto ao dom, ele é uma dádiva que todos podem receber, sendo usado intuitivamente. Já o chamado, é o dom que a pessoa é, ou seja, ela é o próprio dom para servir, suprindo com o seu desígnio a humanidade. O Fruto do Espírito é desenvolvido à medida que amadurecemos, os dons são gerados automaticamente para o serviço, mas nem todos que se movem em dons, são maduros para edificar vidas. O chamado precisa de discernimento, como disse Jesus: “muitos são chamados, mas poucos os escolhidos”. O Senhor Jesus estava ensinando que àqueles que respondem ao convite de Deus para o ministério, com entendimento, são escassos. Infelizmente, na caminhada cristã, existem os que estão, literalmente, perdidos no seu ministério, exercendo aquilo que não foram chamados para fazer. Por esta razão é tão importante termos um relacionamento íntimo com o Espírito Santo. Somente Ele pode nos conduzir ao nosso real propósito. C Capítulo 19: A Diferença entre Atmosfera e Realidade da Presença A Diferença entre Atmosfera E Realidade da Presença hegamos a um ponto importante neste último capítulo, onde vamos estudar a diferença entre atmosfera e realidade da Presença do Espírito Santo. Atualmente, devido a tantas confusões espirituais nas igrejas, por falta de conhecimento da Presença do Espírito Santo, é imprescindível ter essa compreensão e entendimento, porque infelizmente, está havendo uma substituição da unção pelo entretenimento. A Palavra viva, quando é aplicada através de ensinos técnicos de psicologia, filosofia de vida, teologia e outros recursos humanos, substitui a Presença de Deus, por uma atmosfera de adoração criada pelo homem. Existe atualmente uma deficiência, gigantesca, no tocante ao entendimento das lideranças cristãs sobre a revelação e ao conhecimento espiritual do Reino de Deus. Devido essa carência em todo o mundo, podemos observar que os padrões espirituais, estão em baixa, com relação ao que diz as escrituras. Todo cristão, precisa de um encontro genuíno com o Espírito Santo, para ter conhecimento do que é a Presença de Deus, a fim de não ser levado pelos moveres da alma e não confundir a atmosfera de unção ou de adoração, com a Presença do Senhor. Tipos de atmosferas “E aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam, para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor [...] dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre, então a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a casa do Senhor; E os sacerdotes não podiam permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus” (2 Crônicas, 5:13-14). Segundo a física, naturalmente falando, atmosfera é uma camada de gases com massa suficiente para envolver e proteger à Terra, absorvendo a radiação cósmica e dos meteoros. Os gases são atraídos pela gravidade do corpo e são retidos por um longo tempo se a gravidade for alta e a temperatura da atmosfera for baixa. Podendo ser definida também como o conjunto de condições meteorológicas de tempo, ar, céu e nuvens carregadas. Sendo assim, ela é fundamental para a manutenção da vida na Terra, por ser fonte de oxigênio, de gás essencial à vida e por regular a temperatura, e o clima terrestre. Sendo responsável pela distribuição da água no planeta (chuva). Em termos espirituais, atmosfera pode estar relacionada ao ambiente social ou espiritual. No entanto, se trouxermos o conceito da física para o espiritual, podemos definir atmosfera como — uma camada protetora que envolve determinado ambiente com energia gerada pela alma, espírito humano, Espírito de Deus ou até mesmo, por espíritos malignos. Agora que compreendemos um pouco sobre o que é uma atmosfera, podemos dar prosseguimento no raciocínio do capítulo e entender melhor esse assunto tão importante. A ideia contemporânea dos cultos que as igrejas estão aderindo, é a de um espaço maior para adoração e entretenimento. Estão substituindo o tempo que o Espírito de Deus tem para se manifestar, através dos dons e Suas múltiplas formas para edificar a igreja, por métodos humanos. Isso tem sido um caos total dentro dos ministérios. Estamos cheios de músicos com técnicas aprimoradas, sem unção e Presença do Senhor! A falta de relacionamento com Deus é evidenciada pelo entretenimento da adoração. Não estou dizendo que isso é errado, a questão é que, não está havendo a interação da Presença de Deus no momento de levar os sacrifícios dos nossos lábios ao Senhor, através de cânticos e louvores, gerando uma adoração genuína ao Seu Nome. O ponto central é que — não estamos vendo a atuação do Espírito Santo no meio dos cultos de adoração, na maioria das igrejas — porque não está havendo a busca da realidade da Sua Presença em primeiro lugar! A maioria hoje, prefere priorizar uma atmosfera agradável ao público, muitas vezes pagante, do que altares no coração da igreja. Este é um problema que está sendo cada vez mais lamentável. A geração dos “shows gospel” querem forçar a manifestação de Deus através da adoração, sem que antes, haja sacrifício por meio de uma vida de oração e consagração. Por isso, ficam acomodados, com uma boa atmosfera no ambiente, em vez de uma nuvem de glória do Espírito de Deus. Outro fato a ser mencionado é o engano, que entrou em muitos ministérios substituindo a unção da adoração, por técnicas e talentos humanos, promovendo o “emocionalismo”, em vez da manifestação genuína da própria Presença de Deus. Existem igrejas que até possuem a unção do Espírito Santo, isso é fato, porém, acabam se acomodando com uma atmosfera produzida por homens. O problema não está em gerar um ambiente agradável a questão é a substituição da Presença de Deus por sensações ao nível da alma e da carne, e o comodismo dela. Precisamos saber gerar uma boa atmosfera para que o Espírito Santo tenha a liberdade de alcançar as almas e manifestar o Seu Poder. O mais importante nisso tudo, é que Sua Presença seja liberada sobre o ambiente, só Ela pode libertar e salvar de fato os perdidos. A Presença de Deus só permanece aonde é recebida e honrada. Quando respondemos a ela, a sua permanência ficará sobre nós e no ambiente. Conhecê-la, é muito importante! Pois, levará a adoração a outro nível e não só a um conforto produzido por uma atmosfera. Quem valoriza isso, não estará preocupadocom a performance ou uma manifestação de unção, mas com a revelação do Rei da Glória! Se os cristãos não buscarem a realidade da Presença de Deus e desejá-la no seu dia a dia, seja no culto, em casa ou no trabalho, infelizmente, ficarão acostumados somente com os moveres gerados por impulsos momentâneos e a unção de misericórdia, e não com a realidade da Vida de Deus. Tem ocorrido em certos seguimentos cristãos, a falta da Vida no Espírito e do Seu Poder. Está havendo a confusão da atmosfera gerada pela alma, com a que o nosso espírito gera em comunhão com o Espírito Santo e acabam ficando tão acostumados com isso, que meramente dão valor a uma verdadeira manifestação de Deus. Precisamos gerar, cada vez mais, através de nossas vidas, uma atmosfera da Presença do Espírito Santo, ao ponto, que só de chegarmos em um lugar, ele seja tomado pela glória de Deus, entretanto, necessitamos ainda mais romper para a manifestação dela e não somente as sensações que sentimos no ambiente. Devemos pedir e buscar a manifestação da Presença do Senhor! Queremos ser tangidos e transformados na glória da luz que emana da Sua Presença. Vigiando com as falsas atmosferas espirituais Esse é um tema extenso e precisaríamos de uma dedicação mais detalhada para tratar com mais ênfase. Estou resumindo de forma prática, sem perder a profundidade e a abordagem do entendimento simples, mas não menos importante. Com o tempo de experiência com Deus, desenvolvi uma percepção sobre os tipos de atmosfera que estavam em um ambiente. Não importava se era na igreja, em casa, na rua ou outro lugar. O dom de discernimento, quando é bem desenvolvido, vai além do que podemos imaginar. Uma das funções desse dom é aguçar a nossa percepção espiritual, das coisas que estão a nossa volta, principalmente para identificar operações sobrenaturais, sejam de Deus ou do diabo. A vigilância nos últimos tempos, tem que ser mais apurada. Porque é notório que o surgimento de falsos moveres, que estão aumentando, requer que sejamos, mais capacitados no nosso senso de percepção espiritual, para sabermos se tais movimentos e atmosferas provém ou não de Deus. Desde que fui batizado com o Espírito Santo, minha vida foi tomada pela agenda do céu. O Espírito me levou a conhecer diversos moveres, de Deus ou não. O Senhor me permitiu entrar em lugares, que aprendi bastante sobre os ambientes que Deus se movia e outros em que Satanás manipulava as pessoas. Principalmente, no meio pentecostal, onde os cristãos são mais abertos ao sobrenatural. Lugar onde ocorreu, inclusive, os maiores enganos, devido ao fato de estarem mais expostas aos movimentos espirituais, sem que antes, fossem edificadas no conhecimento da Palavra e da Pessoa do Espírito Santo. Por isso, é importante, sim, manter uma postura espiritual, para provar os espíritos, se Deus está realmente em um ambiente ou não. Precisamos tomar cuidado, para não julgar precipitadamente. Por esta mesma razão que todo o cristão precisa conhecer, primeiramente, o Espírito Santo, desenvolvendo um relacionamento com Ele, para não ser levado por seus sentidos naturais e nem por espíritos enganadores. A ilusão espiritual nas igrejas se tornou tão grande, que vejo pessoas buscarem o sobrenatural e uma atmosfera, com a finalidade de serem “tocadas por Deus”. Não que isso seja errado, a falha está na motivação e intenção equivocada do coração. Isso ocorre por causa de falsos ministérios e daqueles que estão no engano, por falta de discernimento e maturidade espiritual. As pessoas estão se perdendo, por não conhecerem o Espírito de Cristo e o que realmente é uma atmosfera Celestial. Os cristãos precisam tomar muito cuidado, para não serem iludidos pelos sentidos carnais, se abrindo a todo tipo de “atmosfera espiritual”, porque os espíritos de engano promovem moveres sobrenaturais, facilmente. Eles podem gerar sensações “almáticas” e físicas, ou até mesmo, sinais como manifestações de maravilhas, para cativar a alma de uma pessoa, levando-a a acreditar que é de Deus. Não podemos acreditar em tudo o que vemos ou sentimos, precisamos buscar a sensibilidade da Presença de Deus e da comunhão com a Sua Palavra, tendo discernimento, para não sermos levados por qualquer mover ou atmosfera que toca a alma, tendo sensações e emoções manipuladas pelas trevas. Desejo que após essa leitura, seu espírito tenha sido edificado. Que brote em seu íntimo, o desejo de conhecer mais ainda a Pessoa do Espírito Santo. Relacione-se com Ele, desfrute de Sua companhia, converse com Ele e serás respondido. Anseie por Sua Presença, assim como a corça anseia por águas. Que o Senhor nosso Deus, rico em bondade e misericórdia, te abençoe e te dê a paz, hoje e para sempre. Amém. Para ter aconselhamentos, perguntas e respostas sobre o tema do livro, acesse o nosso link: www.buscandooespiritosanto.com Para participar de nossa Escola de Fogo e ter acesso a mais materiais que servirão para sua edificação pessoal, acesse o nosso site: www.escoladefogo.com www.institutoescoladefogo.org “Que Deus o abençoe e que você seja cheio do Espírito Santo. ” http://www.buscandooespiritosanto.com/ http://www.escoladefogo.com/ http://www.institutoescoladefogo.org/ ALGUNS DOS NOSSOS MÓDULOS DE ESTUDO DO INSTITUTO ESCOLA DE FOGO ROBSON MARTINS Apóstolo de Deus Instituto Escola de Fogo Rio de Janeiro (RJ) – Brasil Instagran: @ap_robsonmartins Facebook: Robson Martins Contato: (21) 98332-8837 “Que Ele cresça e eu diminua.” Informações e Contato: 55 (62) 981161422 /(62) 3642-9565 editorial@editoraking.com.br www.editoraking.com.br mailto:editorial@editoraking.com.br http://www.editoraking.com.br/ Prefácio Introdução Parte 1 - Conhecendo a Pessoa do Espírito Santo Capítulo 1: Um Encontro Sobrenatural Capítulo 2: O Início da Jornada com o Espírito Santo Capítulo 3: Enfrentando Conflitos Religiosos Capítulo 4: Quebrando a Doutrina de Homens Capítulo 5: O Verdadeiro Fruto da Comunhão com o Espírito Santo Capítulo 6: O Verdadeiro Descanso Capítulo 7: A Pessoa do Espírito Santo Parte 2: Compartilhando do Espírito Santo Capítulo 8: Os Aspectos da Pessoa do Espírito Santo Capítulo 9: Como Iniciar a Comunhão com o Espírito Santo Capítulo 10: Três Armas Poderosas Capítulo 11: Mantendo o Equilíbrio Espíritual Capítulo 12: Realidade e Consciência da Pessoa do Espírito Santo Parte 3: Entrando em Níveis Mais Profundos Capítulo 13: o Espírito dá Testemunho e Glorifica a Cristo Capítulo 14: Erros Cometidos na Busca Pelo Espírito Santo Capítulo 15: Não Espante a Pomba Capítulo 16: Orando em Todo o Tempo no Espírito Capítulo 17: Os Impasses da Busca pela Comunhão Capítulo 18: O Tempo Traz Maturidade no Relacionamento Capítulo 19: A Diferença entre Atmosfera e Realidade da Presença