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Elaborado por:
BELGO BEKAERT ARAMES LTDA BELGO BEKAERT ARAMES LTDA –– CABOS CIMAFCABOS CIMAF
Av. Marechal Rondon, 1215 – Centro
CEP: 06093-900 – Osasco – SP – Brasil
Tel: 0800 709 3777
vendas@cimaf.com.br
Direitos Autorais
Não é permitida reprodução total ou parcial, sem autorização por escrito da
BELGO BEKAERT ARAMES LTDA. - CABOS CIMAF
 
 - 1 - 
 
 
HISTÓRICO ......................................................................... pág. 3 
 
COMPONENTES BÁSICOS ............................................... pág. 5 
 
ARAMES DE AÇO ............................................................... pág. 5 
 
FABRICAÇÃO DE CABOS DE AÇO ................................ pág. 5 
 
 
ESPECIFICAÇÃO ................................................................ pág. 6 
 
• Diâmetro .................................................................. pág. 6 
 
• Construção ............................................................... pág. 6 
 
• Tipo de Alma ............................................................ pág. 8 
 
• Torção ....................................................................... pág. 9 
 
• Acabamento.............................................................. pág. 11 
 
• Resistência dos arames ........................................... pág. 11 
 
• Pré-formação .......................................................... pág. 13 
 
 
MANUSEIO E ARMAZENAMENTO................................ pág. 14 
 
• Manuseio de bobinas por Empilhadeira ............. pág. 14 
 
• Manuseio de bobinas por Talha .......................... pág. 14 
 
• Manuseio de bobinas Manualmente ................... pág. 14 
 
• Armazenamento de bobinas ................................ pág. 14 
 
• Manuseio de Cabos de aço.................................... pág. 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 2 - 
 
MANUTENÇÃO DE CABOS E PARTES DO EQUIPTO pág. 17 
 
• Polias e Tambores.................................................. pág. 17 
 
• Lubrificação ........................................................... pág. 20 
 
 
INSPEÇÃO EM CABOS DE AÇO (ASME B30.2 e B30.5) pág. 22 
 
• Inspeção Freqüente ............................................... pág. 22 
 
• Inspeção Periódica ................................................ pág. 22 
 
• Critérios de Substituição.... pág. 22 
 
� Redução do Diâmetro ...................................... pág. 22 
 
� Corrosão ............................................................ pág. 22 
 
� Arames Rompidos ............................................ pág. 23 
 
� Danos por temperatura..................................... pág. 25 
 
� Danos por distorção ......................................... pág. 25 
 
� Registro de Inspeção ....................................... pág. 26 
 
 
INSPEÇÃO EM CABOS DE AÇO (ABNT NBR ISO 4309) pág. 28 
 
� Inspeção e Descarte ..................................... pág. 28 
 
� Notas Importantes ........................................ pág. 33 
 
� Registros de inspeção ................................. pág. 37 
 
� Defeitos mais freqüentes em cabos de aço pág. 40 
 
 
LAÇOS EM CABOS DE AÇO ................................................. pág. 40 
 
� Inspeção em Laços ....................................... pág. 43 
 
� Registros de Inspeção de Laços ................. pág. 46 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ....................................... pág. 48 
 
 
 - 3 - 
 
 
 
O cabo de aço é provavelmente uma das 
ferramentas mais antigas que o homem vem 
utilizando ao longo de sua história. Já os povos 
primitivos usavam cipós e juncos torcidos para 
construir abrigos, embarcações e pontes. 
 
Escavações arqueológicas revelam que na 
idade da pedra, o homem pré-histórico fabricava 
redes de pesca a partir de cabos de fibra. Há 
mais de 5000 anos atrás os egípcios, 
principalmente, já se utilizavam cabos para 
vários usos. Estes eram diferentes dos 
utilizados atualmente: constituíam-se de arames 
de metais preciosos e eram utilizados 
principalmente para fins ornamentais. Esses 
arames eram fabricados forjando-se uma chapa 
de metal, da qual era retirada uma tira bem fina 
que então era novamente forjada até ficar 
bastante delgada. Paralelamente os Gregos e 
os Romanos desenvolveram técnicas para 
transformar cobre e bronze em fios que eram 
utilizados para atar pranchas na fabricação de 
barcos. 
 
Outras formas de cabos foram desenvolvidas 
nesse período, mas foi em 1816 e 1840 que 
realmente o cabo de aço nasceu. 
 
No início do século XIX a indústria de 
mineração utilizava-se de equipamentos para 
elevação de carga sendo seus principais 
componentes as cordas de fibra e as correntes 
de ferro. 
 
Naquele tempo as cordas de fibra tinham de ser 
importadas da Alemanha a um alto custo e só 
eram recomendadas para serem utilizadas em 
ambientes com pouca umidade. 
 
Já as correntes de ferro por outro lado, além de 
terem alto peso próprio, também eram pouco 
confiáveis, pois, qualquer falha em um só elo da 
corrente poderia trazer conseqüências fatais. 
 
A 23 de Julho de 1834 um engenheiro de minas 
alemão chamado Wilhelm August Julius Albert 
testou o primeiro cabo de aço da história do 
mundo em um poço profundo (484m) em uma 
mina de prata na Alemanha. Consistia de 3 
pernas trançadas a mão, cada uma com quatro 
arames de ferro de aproximadamente 3,5mm de 
diâmetro. Possuía também uma resistência 6 
vezes superior a de uma corda de sisal de 
mesmo diâmetro e 4 vezes a de uma corrente 
que por sua vez era oito vezes mais pesada. 
Ocupava ainda somente 1/3 do espaço 
necessário para as correntes, nas bobinas de 
enrolamento. A principal vantagem, porém, para 
os usuários, era de que a ruptura de alguns 
arames já alertava para a eminente falha no 
sistema de elevação. 
 
Os anos subseqüentes a esta descoberta 
tornaram-se um período de grande 
desenvolvimento deste produto. 
 
Tom Seale em 1884, a pedido do então 
governador da Califórnia Leland Standford, ficou 
incumbido de operacionalizar os CABLES CAR 
– bondinhos puxados por cabos de aço que até 
hoje estão em operação. Por ser uma cidade 
montanhosa São Francisco inviabilizava o uso 
de bondes puxados a cavalos, e as máquinas a 
vapor por outro lado eram ineficientes, pois não 
conseguiam vencer os aclives e declives, 
devido ao seu alto peso próprio. A solução 
encontrada foi um sistema de cabos de aço com 
circulação contínua sob o solo, onde os 
bondinhos eram conectados e desconectados 
quando necessário. 
Seale observou também que as pernas 
fabricadas com o mesmo número de arames 
em duas camadas com proporções adequadas 
(no seu caso era 6x19 – 1+9+9), caracterizava 
uma perna resistente e bem arredondada, o que 
proporcionou naquela época um resultado 
extraordinário, com relação a durabilidade dos 
cabos, já que estes eram os principais 
responsáveis pelo alto custo operacional do 
sistema. 
 
Em 1889 um engenheiro americano, James 
Stone, conjuntamente com o fabricante de 
cabos Wasburn and Moen produziram uma 
perna entre a primeira e a segunda camada 
com arames de enchimento: a perna filler havia 
nascido, a qual hoje, mais de cem anos depois 
é provavelmente a mais utilizada em todo o 
mundo. 
 
É bem provável que a perna Warrington tenha 
sido inventada neste mesmo período, porém, o 
seu inventor é desconhecido e também não se 
tem certeza a respeito da origem deste nome. 
 
 
 
 
 
 - 4 - 
No Brasil a história de cabos de aço se 
confunde muito com a história da CIMAF e foi a 
partir da década de 50 e apenas nas bitolas 
mais comuns, ou seja, 3/8, ½ e 5/8, que os 
cabos de aço começaram a serem produzidos. 
Até aquela época os cabos de aço eram 
importados. Foi somente no início dos anos 70 
que a indústria de cabos começourealmente a 
se desenvolver, chegando a ponto de hoje 
podermos fabricar cabos de aço de 1,20mm à 
152,0mm, com padrão de qualidade igual ou 
mesmo superior a dos principais fabricantes do 
mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 5 - 
 
O cabo de aço é composto por dois 
componentes básicos: a perna e a alma, sendo 
a perna formada por arames. 
 
O arame pode ser fabricado com diversos tipos 
de material como: aço carbono, bronze, cobre e 
aço inox. O material usado na fabricação do 
cabo dependerá da aplicação o qual o mesmo 
será submetido. 
 
Estaremos explicando à cabos de aço 
fabricados com arames de aço. 
 
ARAMES DE AÇO 
Para atender às diversas necessidades de 
diâmetros e construções de cabos de aço, são 
necessários os arames em uma gama muito 
grande de diâmetros. Na CIMAF usamos do 
∅0,14mm à ∅5,50mm em nossa linha de 
produção. 
 
Esses diâmetros são conseguidos através de 
um processo denominado “TREFILAÇÃO”. A 
trefilação consiste na passagem de um arame 
(FIO MÁQUINA) através de uma ferramenta 
chamada fieira, que devido suas características 
geométricas promove a redução do diâmetro do 
arame. 
 
 
 
É importante ressaltar que, este processo não 
provoca marcas no arame, mas sim uma 
deformação a frio por encruamento. 
 
 
Este processo causa no arame um aumento de 
resistência à tração reduzindo sua ductilidade. 
Em alguns casos há necessidade de submeter 
o arame a um tratamento térmico chamado 
PATENTEAMENTO. 
 
 
FABRICAÇÃO DO CABO DE AÇO 
A fabricação do cabo de aço é feita em duas 
etapas: 
 
1ª ETAPA 
Consiste na torção de vários arames em torno 
de um arame central. 
 
 
 
Esta etapa poderá ser realizada em 1, 2 ou 
mais operações. Analisando as figuras abaixo, 
podemos observar que as pernas fabricadas em 
apenas 1 operação possuem os arames da 
camada externa posicionados paralelamente 
com os arames da camada interna. Este 
posicionamento promove uma maior área de 
contato. Já em pernas fabricadas em duas ou 
mais operações, observam pontos isolados de 
apoio entre os arames da camada externa e as 
da camada interna, promovendo um desgaste 
pontual acentuado. 
 
 
Perna fabricada 
em 2 ou mais 
operações 
Perna fabricada 
em 1 operação 
 
Sendo assim, os cabos de aço fechados com 
pernas fabricadas em apenas 1 operação 
apresentam: 
 
• Maior flexibilidade; 
• Maior resistência à Fadiga; 
• Maior resistência à compressão lateral; 
• Maior uniformidade na distribuição da 
carga entre os arames; 
FIEIRA 
FIO MÁQUINA ARAME 
5,50 á 12,0 mm 0,18 á 5,50 mm 
PERNA 
ARAMES 
ARAME CENTRAL 
 
 - 6 - 
• Menor desgaste interno. 
 
2ª ETAPA 
Partindo do mesmo princípio de fabricação das 
pernas, a Segunda etapa visa o fechamento das 
pernas em torno de uma alma que poderá ser 
de AÇO ou FIBRA. 
 
 
 
 
ESPECIFICAÇÃO 
 
A correta especificação de cabos de aço é de 
vital importância, pois, seu bom desempenho 
em campo será definido a partir da 
especificação. 
 
Estaremos estudando seis itens que deverão 
ser considerados durante a especificação do 
cabo de aço. 
 
a) diâmetro 
Os diâmetros dos cabos de aço podem ser 
subdivididos em dois tipos: 
 
• Diâmetro Nominal 
Podemos dizer que este diâmetro é o 
“NOME” do cabo de aço. Geralmente é 
usado para facilitar o pedido do produto. 
O diâmetro nominal também é utilizado 
em cálculos. Neste caso, deve-se usar o 
valor em polegadas convertendo-o na 
unidade a ser adotada. 
 
• Diâmetro Real ou Prático 
Este diâmetro é a medida real da bitola 
do cabo verificada com ajuda de um 
instrumento de medição (geralmente 
paquímetro). 
 
Devido à tolerância do diâmetro dos arames 
e da alma, dificilmente o diâmetro nominal 
será igual ao diâmetro real. Sendo assim, as 
normas contemplam uma tolerância que 
deve ser seguida pelo fabricante. Para 
cabos de aço novos, tanto a NBR 6327, 
quanto a API SPEC 9A admitem uma 
variação de –1% +5% do diâmetro nominal. 
 
Outra dificuldade é como medir o diâmetro 
prático. O mesmo deve ser obtido medindo-
se dois pontos distanciados, no mínimo 30 
vezes seu diâmetro nominal, em dois planos 
a cada ponto onde cada aba do paquímetro 
devera ser posicionada apoiando-se em 
apenas uma perna de cada lado, como 
mostra a figura abaixo. 
 
 
 
A medição deve ser evitada próximo às 
extremidades do cabo de aço, ou seja, um 
comprimento menor que 10 vezes o 
diâmetro nominal do cabo de aço, evitando-
se medidas enganosas. 
 
b) construção 
Antes de falarmos em construção, devemos 
esclarecer uma dúvida muito comum. Qual a 
relação entre “Construção” e “Classe”? 
 
As normas apresentam as Classes como 
famílias, ou seja, 6x7; 6x19; 6x37; 8x19 entre 
outras. Cada Classe por sua vez, reúne várias 
construções cada qual pode apresentar um 
melhor desempenho em uma determinada 
aplicação. A norma NBR 6327 contempla as 
classes conforme tabela a seguir: 
 
CABO DE 
AÇO 
ALMA 
PERNAS 
CERTO 
ERRADO 
 
 - 7 - 
CLASSE DESCRIÇÃO 
6X7 Até 7 arames por perna 
6x19 De 15 a 26 arames por perna 
6x37 De 27 a 49 arames por perna 
8x19 De 15 a 26 arames por perna 
8x37 De 27 a 49 arames por perna 
18X7 18 pernas no cabo 
34X7 34 pernas no cabo 
*Extraído NBR 6327 pg. 4 
 
A construção é um termo genérico empregado 
para indicar: o número de pernas do cabo, o 
número de arames que compõe cada perna, a 
sua composição e o tipo de alma. 
 
Observando a figura abaixo dizemos que a 
construção deste cabo é 6x7, pois observamos 
6 pernas contendo cada perna 7 fios. 
 
 
PERNA 
 
 ALMA 
 
 
ARAME 
 
Desta forma a leitura da construção de um cabo 
faz-se da seguinte forme: 
 
6 X 7 + AA 
 tipo de alma 
 nº de arames por perna 
 nº de pernas 
 
 
Observamos, no entanto, que em algumas 
construções encontramos além do número de 
pernas, número de arames por perna e o tipo de 
alma, as nomenclaturas: FILLER, 
WARRINGTON e SEALE. As mesmas são 
denominadas COMPOSIÇÕES. 
As COMPOSIÇÕES possuem as seguintes 
características: 
 
SEALE 
A composição SEALE é composta de uma 
camada (geralmente a externa) formada com 
arames de diâmetro superior aos diâmetros dos 
arames da camada imediatamente inferior. 
 
 
 
 
Devido sua característica, os cabos 
fabricados com pernas na composição 
SEALE possuem alta resistência à abrasão, 
alta resistência à amassamentos, porém, 
pouca resistência à fadiga por flexão. 
 
Cabos de aço fabricados com pernas nesta 
composição são recomendados para 
aplicações onde os mesmos serão 
submetidos a acentuado desgaste por 
abrasão. 
 
WARRINGTON 
A composição WARRINGTON é composta 
por uma ou mais camadas constituídas de 
arames com diâmetros diferentes e 
alternados. 
 
 
 
Devido sua característica, os cabos 
fabricados com pernas na composição 
WARRINGTON possuem alta resistência à 
fadiga por flexão e média resistência ao 
desgaste por abrasão. 
 
Estes cabos são recomendados para 
aplicações onde se caracteriza uma 
acentuada fadiga por flexão. 
 
FILLER 
A palavra “FILLER” pode ser traduzida do 
inglês para o português como 
“PREENCHER / COMPLETAR”. A 
composição FILLER é composta por arames 
chamados de “principais” e arames finos 
posicionados entre as camadas servindo 
como enchimento. 
 
 
 - 8 - 
 
 
Devido sua característica, os cabos fabricados 
com pernas na composição FILLER possuem 
média resistência à fadiga por flexão e média 
resistência ao desgaste por abrasão. 
 
Cabos fabricados com pernas nesta 
composição são recomendados para aplicações 
onde se exige uma média resistência ao 
desgaste por abrasão e uma média resistência 
à fadiga por flexão. Geralmente são cabosdestinados ao uso geral. 
 
c) Tipo de Alma 
O principal objetivo da alma no cabo de aço é, 
dar apoio às pernas de tal forma que o esforço 
aplicado seja uniformemente dividido entre as 
mesmas. 
A alma pode ser fabricada com vários materiais. 
Atualmente os materiais mais usuais são: 
arame de aço, sisal, polipropileno e polietileno. 
Em algumas aplicações, porém, são usados 
materiais especiais como, por exemplo, a ráfia. 
 
 
Alma de Fibra 
(AF) 
Alma de Aço 
(AA) 
Alma de aço 
Cabo 
Independente 
(AACI) 
 
Almas de Fibra 
Conhecida como a promotora de grande 
flexibilidade em cabos de aço, a alma de fibra 
pode ser subdividida em dois tipos: 
 
� Alma de fibra natural (AF): fabricada com 
sisal (material orgânico) extraído da 
natureza. 
 
 
 
As fibras naturais absorvem maior quantidade 
de lubrificante, logo os cabos de aço com este 
tipo de ALMA possuem maior lubrificação 
interna, pois, quando pressionada pelas pernas 
libera parte do lubrificante armazenado 
promovendo uma boa lubrificação entre as 
mesmas. Após a retirada do esforço, consegue 
absorver grande parte do lubrificante liberado. 
 
Embora observamos vantagens neste tipo de 
alma, devemos lembrar que este material é 
orgânico, sendo assim a possibilidade de 
deterioração em certas aplicações é real. A 
alma de fibra natural é frágil ao contato com 
umidade assim como a altas temperaturas. As 
normas recomendam que sejam apenas 
empregadas em ambientes com temperaturas 
até (82ºC). 
 
� Alma de fibra artificial (AFA): fabricada 
com um polímero. Geralmente polipropileno 
ou polietileno. 
 
 
 
Diferente da fibra do sisal o filamento artificial 
não têm a mesma facilidade na absorção de 
lubrificante. Para garantir uma boa lubrificação 
interna no uso desta alma, é aplicada uma 
espessa camada de graxa na mesma, antes do 
fechamento do cabo. 
 
 
 
 
 - 9 - 
Embora também não resistam a altas 
temperaturas (acima de 82ºC), este tipo de alma 
possui uma boa resistência à umidade. 
 
Em campo, podemos verificar um desempenho 
similar dos cabos de aço fabricados com alma 
de fibra natural (AF) em relação aos fabricados 
com alma de fibra artificial (AFA). 
 
Almas de Aço 
A alma de aço garante maior resistência a 
amassamentos e aumenta a resistência à 
tração do cabo. 
 
Na prática, observamos que um cabo de aço 
com 6 pernas, apresenta um aumento da ordem 
de 7,5% na sua resistência à tração em relação 
a um cabo de aço com alma de fibra. 
 
Da mesma maneira que a alma de fibra, a alma 
de aço pode ser subdividida em dois tipos: 
 
� Alma de Aço (AA): fabricada como uma 
perna do cabo. 
 
 
 
� Alma de aço de um Cabo Independente 
(AACI): fabricada como um cabo de aço. 
 
 
 
A diferença básica da alma “AA” e “AACI” é a 
flexibilidade. Para cabos de aço com diâmetros 
acima de 6,4 mm (1/4”), geralmente é usada 
alma AACI. 
Agora que conhecemos sobre almas, é 
importante estabelecermos um critério de uso 
de cabos de aço com “ALMA DE FIBRA” ou 
com “ALMA DE AÇO”. 
 
Em situações onde o ambiente de trabalho 
possui temperatura até 82ºC, não possui névoa 
ácida (decaparias) e possua tambor de 
enrolamento com canais, os cabos de aço com 
ALMA DE FIBRA podem ser usados. 
 
Em situações onde o cabo de aço possa 
trabalhar contrário às condições acima, é 
recomendado o uso de ALMA DE AÇO. 
 
Em estais, recomenda-se também o uso de 
cabos de aço com ALMA DE AÇO, devido o 
menor alongamento. 
 
 
d) Torção 
Quando tensionado, o cabo de aço tende a girar 
em sentido contrário ao sentido de torção das 
pernas. Este fenômeno é uma constante, 
durante a movimentação de carga. 
 
Algumas características podem amenizar ou 
acentuar este fenômeno. A torção, por exemplo, 
é uma delas. 
 
O cabo de aço pode ser produzido com dois 
tipos básicos de torção, como mostrado abaixo: 
 
 
Torção Regular 
Na torção regular, o sentido de torção dos 
arames nas pernas é contrário ao sentido de 
torção das pernas no cabo. 
 
 
Devido a essa característica de torção dos 
arames e das pernas, o cabo na torção regular 
terá maior estabilidade quando em trabalho, 
pois ao serem tensionados, os arames serão 
submetidos a um sentido de giro contrário ao 
sentido de giro das pernas, fazendo com que o 
cabo trabalhe com uma certa estabilidade. 
 
 
 - 10 - 
Este tipo de torção é recomendado na maior 
parte das aplicações. 
 
Torção Lang 
Na torção regular, o sentido de torção dos 
arames nas pernas é igual ao sentido de torção 
das pernas no cabo. 
 
 
 
Embora percebemos a maior resistência à 
abrasão e flexibilidade de cabos torção LANG, 
devido ao mesmo sentido de torção dos arames 
nas pernas e das pernas no cabo, este cabo 
apresenta instabilidade quando em trabalho, 
pois quando tensionado, tanto os arames como 
as pernas, serão submetidos a um mesmo 
sentido de giro, fazendo com que a tendência 
de giro de arames e pernas aumente 
consideravelmente. 
 
Cabos com este tipo de torção devem ser 
usados apenas em aplicações especiais, caso 
contrário os mesmos estarão colocando em 
jogo a segurança da movimentação. 
 
 
 
 
VISUALIZANDO O TIPO DE TORÇÃO 
Para identificarmos o tipo de torção em campo 
podemos usar a seguinte regra prática. 
 
Traçando um eixo axial no cabo, percebemos 
que os arames da torção REGULAR, se 
encontram paralelos a este eixo, já os arames 
na torção LANG apresentam-se inclinado em 
relação ao eixo. 
 
REGULAR LANG 
 
 
Sentidos de Torção 
O cabo de aço pode ser torcido para a DIREITA 
ou ESQUERDA. Embora as normas 
recomendem a inclinação dos canais dos 
tambores em sentido contrário a torção do cabo, 
temos verificado em campo que este detalhe 
não interfere no desempenho do mesmo. 
 
É preciso esclarecer, porém que, para algumas 
aplicações a necessidade de uso do sentido da 
torção se faz necessário. Aplicações como 
perfuração por percussão, por exemplo, exige 
que o sentido de torção do cabo seja à 
ESQUERDA. 
 
Em campo a identificação do sentido de torção 
pode ser verificada da seguinte maneira. 
 
TRD TRE TLD TLE 
 
Se a perna do cabo começar na parte inferior à 
ESQUERDA e terminar na parte superior à 
 
 - 11 - 
DIREITA, o sentido de torção do cabo será à 
DIREITA. Caso comece na parte inferior à 
DIREITA e termine na parte superior à 
ESQUERDA, o sentido de torção do cabo será 
à ESQUERDA. 
 
 
e) Acabamento 
Estaremos comentando sobre dois tipos de 
acabamentos em cabos de aço: POLIDO e 
GALVANIZADO. 
 
O processo de tratamento superficial, não é 
realizado na fabricação do cabo de aço, e 
sim durante a fabricação do arame. 
 
Embora chamamos o estado polido dos 
arames de “ACABAMENTO”, os mesmos 
não recebem nenhum tipo de proteção 
superficial, ou seja, é o aço carbono. 
 
Os cabos de aço polidos atendem a maior 
parte das aplicações, tais como: guinchos, 
guindastes, pontes rolantes, laços, gruas, 
elevadores, entre outras. 
 
 
Algumas aplicações, porém, podem expor o 
cabo de aço à ambientes agressivos ou a 
um contato direto com água, necessitando 
de uma proteção adicional contra a 
corrosão. 
 
 
Para essas aplicações são recomendados 
cabos de aço GALVANIZADOS, fabricados 
com arames que recebem uma camada de 
zinco na superfície. O processo de 
zincagem poderá ser a fogo ou eletrolítico. 
 
Outra dúvida bastante abordada quanto a 
cabos galvanizados é quanto a perda de 
resistência. 
 
Antes de discutirmos o assunto, devemos 
saber da existência de dois tipos de 
processo para arames galvanizados: 
BITOLA FINAL e RETREFILADO. 
 
Os arames galvanizados - BITOLA FINAL a 
fogo - apresentam uma redução de 
aproximadamente 10% da resistência, pois, 
durante o processo de zincagem a fogo o 
arame sofre um aquecimento da ordem de 
500 ºC, promovendo a alteração da 
estrutura do material. 
É importante ressaltarmos que, com o 
avanço tecnológico, a CIMAF podeproduzir 
arames galvanizados a fogo sem que o 
mesmo tenha redução em sua resistência. 
 
Os arames galvanizados a fogo e 
RETREFILADOS, embora tenham sua 
resistência reduzida pelo processo de 
zincagem, passarão pelo processo de 
retrefilação que como vimos anteriormente, 
causa no arame um aumento de resistência 
à tração, fazendo com que o arame não 
perca sua propriedade de resistência. 
 
Estas observações valem para arames 
galvanizados a fogo. Arames submetidos ao 
processo de galvanização eletrolítica não 
sofrem redução em sua resistência. 
 
f) Resistência dos Arames 
As normas contemplam algumas faixas de 
resistências nas quais os cabos de aço 
podem ser fabricados. 
 
Baseados na norma API, as faixas utilizadas 
são: TS (Traction Steel), PS (Plow Steel), 
IPS (Improved Plow Steel), EIPS (Extra 
Improved Plow Steel) e EEIPS (Extra Extra 
Improved Plow Steel), comportando-se 
conforme mostra o gráfico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 12 - 
Quando informado que a resistência do arame é 
de 180 kgf/mm², significa que em uma área de 1 
milímetro quadrado do arame suportará uma 
carga de 180 kgf. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A resistência dos arames influencia diretamente 
na capacidade de carga do cabo de aço, pois, 
sendo assim, área metálica do cabo 
multiplicada pela resistência dos arames resulta 
no que chamamos de Carga de Ruptura Teórica 
(CRT). 
 
 
CRT = Aárea metálica x Resistência dos Arames 
 
 
Para calcularmos a área do cabo de aço, 
podemos considerar a seguinte fórmula: 
 
 Am = F x d² 
 
Onde: 
 
Am = Área Metálica 
F = Fator verificado em tabela 
d = diâmetro nominal do cabo 
 
Abaixo tabela com fator “F”. 
 
 
 
Em normas e catálogos, a capacidade de carga 
de ruptura de um cabo de aço é conhecida 
como “CARGA DE RUPTURA MÍNIMA 
EFETIVA – CRME”. 
 
Se igualarmos a CRT a CRME, cometeremos 
um engano, pois ao calcularmos a CRT, 
estaremos considerando que todos os arames e 
pernas encontram-se paralelos entre si e com o 
eixo vertical, conforme mostra a figura a seguir. 
 
 
 
 
Quando as pernas são torcidas em torno da 
alma, as mesmas se posicionarão 
diagonalmente em relação ao eixo axial do cabo 
reduzindo sua capacidade de carga. 
 
 
Sendo assim, o cálculo da CRME se da pela 
seguinte fórmula: 
 
 
 
 
C.R.M.E. = Aárea metálica x Resist. dos Arames x F 
 
 
 
 
 
 
 
1 mm² 
 
180 kgf 
 
180 kgf 
 
 - 13 - 
Onde “F” é o fator de perda por encablamento. 
Abaixo tabela sugestiva para este fator. 
 
 
 
A CRME é a carga garantida pelo fabricante em 
testes laboratoriais. Isto significa que, quando 
submetido à teste em um equipamento de 
tração o cabo deve atingir no mínimo a carga 
prevista. 
 
É importante ressaltarmos que, devido as 
variáveis existentes entre uma amostra e outra, 
muitas vezes a determinação real da CT é 
dificultada. Sendo assim, se a carga prática do 
cabo alcançar 97,5% da CRME o cabo pode ser 
considerado como aprovado. 
 
Outro tipo de carga a comentar, é a carga de 
trabalho (CT). Atualmente muitos acidentes têm 
ocorrido em campo, pois, a carga de trabalho 
(CT) é confundida com a CRME. 
 
Antes de determinarmos a carga de trabalho de 
um cabo, é necessário sabermos qual a 
aplicação que o mesmo será submetido. Para 
cada aplicação existe um fator de segurança 
(FS) determinado através de estudos em campo 
e/ou normas. 
 
A tabela abaixo, relaciona os fatores de 
segurança recomendados: 
 
 
 
 
g) Pré-Formação 
O cabo de aço pré-formado é submetido a um 
processo adicional, que faz com que as pernas 
fiquem torcidas na forma helicoidal, com um 
mínimo de tensões internas. Nos cabos não 
pré-formados as pernas tendem a endireitar-
se, e a força necessária para mantê-los na 
posição provoca tensões internas às quais se 
adicionam às tensões provocadas em serviço 
quando o cabo é curvado em uma polia ou 
tambor. 
 
Estas tensões por sua vez irão promover 
pressão entre os arames e pernas que se 
movimentam durante o tensionamento do cabo, 
provocando uma fricção interna e 
conseqüentemente um desgaste interno maior. 
 
 
 
Podemos relatar algumas vantagens do cabo 
pré-formado: 
 
• Menor desgaste interno; 
• Pela ausência de tensão, o manuseio 
é melhor; 
• Tendo cada perna tensão igual à 
outra seu equilíbrio do cabo é 
garantido; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 14 - 
 
 
 
 
 
MANUSEIO DE BOBINAS 
Geralmente as bobinas com cabos de aço 
podem ser manuseadas de 3 formas: 
 
POR EMPILHADEIRA 
Quando a bobina estiver deitada deve ser 
apoiada sobre calços de madeira. Seu 
manuseio deverá ser feito posicionando as 
lanças da empilhadeira no flange inferior da 
bobina. 
 
 
Quando a bobina estiver em pé, seu manuseio 
deverá ser feito posicionando as lanças da 
empilhadeira de modo que a bobina fique 
apoiada com os dois flanges nas duas lanças. 
 
 
 
Caso seja necessário executar o tombamento 
da bobina, deverá ser utilizado um amortecedor 
(pneu) para que o mesmo absorva o impacto do 
tombamento. 
 
 
 
POR TALHA 
A bobina deverá ser içada, sempre utilizando 
um eixo passante. 
 
 
 
MANUALMENTE 
A bobina deverá estar em pé, sendo rolada. 
 
 
O manuseio de bobinas deve seguir uma das 
formas sugeridas acima, caso contrário, o cabo 
de aço poderá ser danificado, a vida útil da 
bobina comprometida e promover acidentes. 
 
 
ARMAZENAMENTO DE BOBINAS 
 
Os cabos de aço devem ser armazenados, 
sempre que possível, em galpões ventilados 
sobre estrados de madeira. 
 
 
 
 
 
Se a bobina for armazenada diretamente no 
chão, a possibilidade de seu o contato com 
umidade será maior, tendo como conseqüência 
seu apodrecimento e a deterioração do cabo de 
aço. 
PNEU 
CALÇO 
DE 
MADEIRA 
 
 - 15 - 
Caso a bobina seja armazenada por um longo 
período, deve ser aplicado um fio de lubrificante 
na última camada de enrolamento. Quando da 
sua utilização, o excesso de lubrificante deve 
ser retirado com ajuda de uma escova de aço e 
relubrificado. Em hipótese alguma a retirada do 
lubrificante deve ser realizada com solventes. 
Se a bobina for armazenada ao relento, deve se 
evitar o contato direto com o solo, apoiando a 
mesma sobre um estrado, aplicando um fio de 
lubrificante na última camada e cobrindo-a com 
lona clara, permitindo que haja um mínimo de 
ventilação interna. 
 
 
MANUSEIO DE CABOS DE AÇO 
Cuidados especiais devem ser considerados, 
durante o manuseio do cabo de aço, a fim de 
evitar danos no mesmo. 
 
Quando manuseado, o cabo tende a formação 
de olhais, que após tensionados, provocam o 
que chamamos de “nós”, deformando o cabo e 
conseqüentemente comprometendo seu 
desempenho e a segurança da movimentação 
da carga. 
 
 
 
LAÇO NÓ DANOS DEVIDO 
AO NÓ 
 
 
Sendo assim, quando o cabo de aço for retirado 
de uma bobina, o mesmo deverá ser 
desenrolado de acordo com uma das 
recomendações abaixo: 
 
 
 
• A bobina pode ser posicionada em uma 
mesa giratória, fazendo com que o cabo 
permaneça reto e a mesma gire em torno 
de seu próprio eixo. 
 
 
 
• A bobina pode ser posicionada em um 
cavalete, fazendo com que o cabo 
permaneça reto e a mesma gire em torno 
de seu próprio eixo. 
 
 
 
Na falta de uma mesa giratória ou cavalete, a 
bobina deverá ser rolada em torno de seu eixo, 
e o cabo mantido reto no chão. 
 
 
 
Caso o cabo esteja em forma de rolo, o mesmo 
deverá ser desenrolado, fazendo que o rolo gire 
 
 - 16 - 
em torno de seu eixo, e nunca que o cabo gire 
em torno do eixo do rolo. 
 
 
CERTO 
 
ERRADO 
 
È importante lembrar que o chão onde o cabo 
estiver esticado deverá estar limpo protegido a 
fim de evitar a impregnação de elementosque 
misturados ao lubrificante, possam servir como 
agentes abrasivos. 
 
Em algumas operações, o cabo é repassado 
diretamente da bobina para o tambor. Neste 
caso, o sentido de enrolamento do cabo deverá 
ser coordenado. 
 
Se o cabo for desenrolado pelo topo da bobina, 
deverá ser enrolado pelo topo do tambor. Caso 
seja desenrolado pela parte inferior da bobina, 
deverá ser enrolado pela parte inferior do 
tambor. A inversão do sentido de enrolamento 
poderá promover o acumulo de tensões internas 
no cabo acarretando situações indesejáveis. 
É importante também que o cabo esteja sempre 
tensionado. 
 
 
CERTO 
 
ERRADO 
 
As regras acima devem ser observadas, 
visando à integridade do cabo e evitando 
situações onde o cabo de aço possa gerar 
problemas ou mesmo acidentes durante a 
movimentação da carga. 
 
Quando o cabo de aço for armazenado em uma 
outra bobina ou em um tambor sem canais, é 
importante que o mesmo seja fixado 
corretamente. Caso isto não ocorra, a primeira 
camada de enrolamento poderá apresentar 
falha, provocando conseqüentemente, ao serem 
enroladas as camadas superiores, 
amassamentos e deformações no cabo de aço, 
que diminuirão sensivelmente sua vida útil. 
Abaixo, mostramos uma regra prática para a 
correta fixação do cabo de aço nesta situação. 
 
 
 
 
 
 - 17 - 
 
 
 
 
 
 
POLIAS E TAMBORES 
As condições de polias e tambores são tão 
importantes quanto às condições do cabo, pois, 
se o cabo de aço trabalhar em uma polia ou 
tambor inadequado, o desempenho do mesmo 
será insatisfatório. 
 
 
Alguns fatores deverão ser considerados para 
um desempenho satisfatório tanto do cabo de 
aço como da polia e tambor, a saber: 
 
 
• A relação do diâmetro (D) das polias e 
tambores com o diâmetro (d) do cabo 
devem variar em função da construção 
do cabo de aço. Na tabela abaixo a 
relação “D x d” possui valores 
recomendados pelo fabricante do cabo 
de aço. 
 
 
 
 
 
Mesmo assim, alguns projetos de 
equipamentos requerem limitações 
dimensionais de polias e tambores. Para 
estes casos, a norma ASME sugere uma 
relação “D/d” menor que a proposta pelos 
fabricantes do cabo, porém garantindo um 
desempenho mínimo satisfatório do cabo de 
aço. 
 
 
 
É importante ressaltar que, quanto maior a 
relação “D/d” menor será a fadiga por flexão 
verificada no cabo. Podemos notar isto no 
gráfico abaixo: 
 
 
 
• O diâmetro do canal da polia deve ser 
baseado no diâmetro nominal do cabo. 
Abaixo, apresentamos uma tabela com 
tolerâncias recomendadas a serem 
adicionadas ao valor nominal do cabo 
para se obter o correto diâmetro do 
canal da polia. 
 
 
 
 
 - 18 - 
 
As polias não devem possuir 
pontos com cantos vivos, 
principalmente na borda do 
flange. Estes pontos poderão 
promover danos indesejáveis 
no cabo de aço. 
 
 
 
O canal da polia deve estar 
isento de defeitos superficiais 
que possam causar danos ao 
cabo de aço. 
 
 
 
A seção transversal do 
canal deve permitir um 
perfeito assentamento do 
cabo no diâmetro a ser 
utilizado. Este 
assentamento deve variar 
da ordem de 135º à 150º. 
Sugere-se um ângulo de 
abertura da polia 
variando de 30º à 45º 
acompanhando o ângulo 
de assentamento. 
 
Polias inferiores de 
um bloco de moitão 
devem ser equipadas 
com protetores para 
minimizar a 
possibilidade de sujar 
o cabo de aço quando 
o moitão estiver 
apoiado no chão, assim como guiar os cabos 
para o canal da polia quando tensionado. 
 
 
Todas as polias móveis devem 
possuir sistema de lubrificação ou 
trabalhar com rolamentos 
lubrificados e blindados. 
 
 
 
Para polias de desvio, o 
ângulo máximo de 
defasagem em relação ao 
eixo central do tambor não 
deve ultrapassar a: 
 
� TAMBOR LISO (sem 
canais) – 1º30’ 
 
� TAMBOR COM CANAIS 
– 2º 
 
Caso o ângulo de desvio 
exceda a recomendação, o 
cabo poderá atritar 
severamente contra a flange 
desgastando ambos ou 
ainda manter contato 
indevido com a volta adjacente já enrolada no 
tambor aumentando seu desgaste e provocando 
deformações. 
 
 - 19 - 
 
 
Durante o enrolamento do 
cabo de aço no tambor, 
geralmente, é verificado um 
espaço vazio em um trecho 
entre a segunda camada e a 
flange. Para evitar danos ao 
cabo, é recomendado que um 
calço de aço seja posicionado, 
com o objetivo de dar suporte 
à camada superior. 
 
Quando da instalação de um cabo novo no 
tambor, é importante que a primeira camada 
de cabo de aço enrolada esteja firme e 
corretamente posicionada. 
 
Se a primeira camada possuir espaçamentos o 
tramo superior poderá se encaixar entre os 
mesmos fazendo com que o cabo sofra sérios 
danos ou mesmo promover alívio de tensão 
repentina durante o desenrolamento. 
 
Caso seja enrolado exercendo esforço ou 
interferência no tramo vizinho, fará com que os 
arames sejam esmagados comprometendo a 
capacidade de carga do cabo, assim como a 
segurança da movimentação. 
 
 
 
 
O contato do cabo de aço com a polia, resulta 
em desgaste não apenas do cabo, mas também 
no canal da mesma. Se a resistência do material 
da polia não suportar a pressão aplicada pelo 
cabo, a mesma terá desgaste acelerado. A 
substituição de um cabo novo em uma polia 
desgastada promoverá danos ao mesmo. 
 
Para evitar este tipo de situação, é 
recomendado que a resistência da polia seja 
compatível com a pressão aplicada pelo cabo. 
Uma forma de calcularmos a pressão é 
sugerida a seguir: 
 
 P = 2T 
 Dd 
Onde: 
P = pressão radial em “N/mm²” 
T = tensão no cabo “N” 
D = diâmetro de apoio em “mm” 
d = diâmetro do cabo de aço em “mm” 
 
A tabela abaixo sugere a admissão de pressões 
radiais para três tipos de materiais. 
 
O tratamento superficial também é importante, 
pois, além de melhorar a resistência ao 
desgaste permitirá maiores pressões. 
 
Torção Regular 
CLASSES 
6x7 6x19 6x37 8x19 
 
DUREZA 
MATERIAL N/mm² HB 
Ferro 
Fundido 
2,0 3,3 4,0 4,7 125 
Aço 
Fundido 
3,8 6,2 7,4 8,7 160 
 
Aço 
Manganês 
10,1 16,5 20,7 24,1 - 
 
Torção Lang 
CLASSES 
6x7 6x19 6x37 
 
DUREZA 
MATERIAL N/mm² HB 
Ferro 
Fundido 
2,4 3,8 4,5 125 
Aço 
Fundido 
4,1 6,9 8,1 160 
Aço 
Manganês 
11,4 18,9 22,7 - 
- 
 
É recomendado que todo tambor possua 
canais, a não ser que o equipamento tenha sido 
fabricado para alguma aplicação especial. 
 
Assim como as polias, os canais devem estar 
isentos de defeitos superficiais que possam 
causar danos ao cabo de aço. A seção 
transversal do canal deve permitir um perfeito 
assentamento para o cabo de aço no diâmetro a 
ser utilizado. O tambor para cabos de aço deve 
ser baseado na norma NBR 11375 (PB1447). 
Seção 
A-A 
disposição correta 
espaçamento interferência 
 
 - 20 - 
LUBRIFICAÇÃO 
 
A lubrificação de cabos de aço é importante não 
só para sua proteção contra a corrosão, mas 
também para a redução do desgaste interno 
gerado pelo atrito proveniente do movimento 
relativo das pernas, arames e do cabo de aço 
contra partes do equipamento. 
 
A lubrificação aplicada durante a fabricação do 
cabo, é adequada para o período de 
armazenamento e o início das operações. Para 
uma boa conservação e desempenho do cabo, 
recomenda-se sua lubrificação periódica. 
 
A periodicidade da relubrificação, deve ser 
definida por pessoa qualificada e medida 
através das condições de lubrificante 
remanescente no cabo. 
 
O gráfico abaixo compara três situações: um 
cabo fabricado sem lubrificação, um cabo 
lubrificado apenas na sua fabricação e um 
cabo lubrificado na sua fabricação, porém, 
relubrificado em campo. 
 
 
Percebemos claramente a influência 
da lubrificação em cabos de aço. 
 
Senão houver um plano de lubrificação 
adequado, o cabo de aço poderá apresentar 
algumas características indesejadas, entreelas: 
 
• Oxidação com porosidade, proporcionando 
perda de área metálica e conseqüentemente 
capacidade de carga; 
• Fragilidade dos arames tornando-os 
quebradiços; 
• Aumento do desgaste interno e externo 
promovido pelo atrito entre arames, pernas 
e o contato do cabo com partes do 
equipamento (polia e tambor); 
A qualidade do lubrificante a ser usado é 
também muito importante para uma lubrificação 
bem sucedida. Sendo assim, nunca utilize óleo 
queimado para lubrificar cabos de aço, pois 
além de conter pequenas partículas metálicas 
que promoverão maior atrito interno é um 
produto ácido e acelerará a oxidação do 
mesmo. 
 
Um lubrificante bom para cabos de aço deve 
possuir as seguintes características: 
 
• Ser quimicamente neutro; 
• Possuir boa aderência; 
• Possuir uma viscosidade capaz de 
penetrar entre as pernas e os arames; 
• Ser estável sob condições operacionais; 
• Proteger contra corrosão; 
• Ser compatível com o lubrificante 
original. 
 
Abaixo, sugerimos alguns lubrificantes que vêm 
apresentando bons resultados em campo. 
 
 
Antes da relubrificação é importante que o cabo 
de aço seja limpo com uma escova de aço 
removendo o lubrificante velho e possíveis 
crostas contendo partículas abrasivas. Nunca 
devem ser utilizados solventes na limpeza, pois, 
os mesmos podem promover a deterioração de 
almas de fibra, assim como retirar o lubrificante 
que resta internamente no cabo. Se necessário 
use um óleo mineral de média viscosidade para 
ajudar na limpeza. 
 
Embora existam vários métodos de lubrificação 
em cabos de aço, é recomendado que o 
lubrificante seja aplicado em pontos onde o 
cabo de aço seja flexionado promovendo a 
abertura das pernas permitindo com que o 
lubrificante penetre internamente com maior 
facilidade. 
 
 
 - 21 - 
 
 
Embora destacamos acima grandes vantagens 
na lubrificação de cabos, em algumas 
aplicações onde o cabo tem constante contato 
com sujeira, por exemplo, um cabo de arraste 
de caçamba, deverá ser analisado a viabilidade 
da lubrificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 22 - 
 
 
Muitas vezes é entendido que a “inspeção”, é 
limitada apenas ao cabo de aço, porém a 
mesma deve ser estendida a toda parte do 
equipamento que tenha contato com o cabo. 
 
Durante a inspeção do cabo, devemos 
inspecionar também as partes do equipamento 
como polias, tambores, etc onde o mesmo 
trabalha. 
 
Podemos dividir a inspeção do cabo em dois 
tipos: 
 
1º Inspeção Freqüente 
Este tipo de inspeção visa detectar danos como: 
dobras, amassamento, gaiola de passarinho, 
perna fora de posição, alma saltada, grau de 
corrosão, pernas rompidas, entre outros, que 
possam comprometer a segurança do mesmo. 
Este tipo de inspeção é feito através de análise 
visual e deve ser realizado pelo operador do 
equipamento ou outra pessoa responsável no 
início de cada turno de trabalho. Caso seja 
detectado algum dano grave ou insegurança 
quanto às condições do cabo, o mesmo deve 
ser retirado e submetido a uma inspeção 
periódica. 
 
2º Inspeção Periódica 
Este tipo de inspeção visa uma análise 
detalhada das condições do cabo de aço. A 
freqüência desta inspeção deve ser 
determinada por uma pessoa qualificada 
devendo estar baseada em fatores tais como: a 
vida média do cabo determinada pela 
experiência anterior, agressividade do meio 
ambiente, relação entre a carga usual de 
trabalho e a capacidade máxima do 
equipamento, freqüência de operação e 
exposição a trancos. As inspeções não 
precisam, necessariamente, ser realizadas em 
intervalos iguais, e devem ser mais freqüentes 
quando se aproxima o final da vida útil do cabo. 
É importante que esta inspeção abranja todo o 
comprimento do cabo, dando foco nos trechos 
onde o cabo trabalha nos pontos críticos do 
equipamento. 
 
CRITÉRIOS DE SUBSTITUIÇÃO 
Não existe uma regra precisa para se 
determinar o momento exato da substituição de 
um cabo de aço, uma vez que, diversos fatores 
estão envolvidos. 
 
 
Aspectos como: meio ambiente; condições 
gerais de partes do equipamento 
(polias/tambores); condições de uso do 
equipamento; período de uso do equipamento; 
entre outros que influenciam diretamente na sua 
durabilidade. Desta forma a substituição do 
cabo deve ser feita baseada na inspeção do 
mesmo. 
A inspeção periódica é muito importante e deve 
ser baseada em alguma norma ou literatura que 
apresente um critério de substituição do cabo. 
O primeiro passo para uma boa inspeção é 
detectar os pontos críticos no equipamento. 
Chamamos de pontos críticos qualquer ponto 
que possa expor o cabo a um esforço maior à 
desgastes ou mesmo algum dano. 
Na maior parte dos equipamentos, estes pontos 
são trechos onde o cabo trabalha em contato 
direto com alguma parte do equipamento como: 
polia, tambor, entre outros... 
É importante lembrar que ninguém melhor do 
que o operador do equipamento para conhecer 
os pontos críticos do mesmo. 
 
O critério de substituição de cabos sugerido 
abaixo é baseado na norma ASME. 
 
Antes da substituição do cabo, algumas 
características devem ser consideradas. 
 
1. Redução de diâmetro 
Geralmente a redução do diâmetro do cabo 
pode ser causada por: desgaste excessivo 
dos arames, deterioração da alma ou 
corrosão interna ou externa. Para cabos 
convencionais, as normas admitem uma 
redução da ordem de 5% do diâmetro 
nominal. 
Para cabos de aço para elevadores é 
admitida uma redução de diâmetro da 
ordem de 6% do diâmetro. 
É necessário ressaltar, porém, a correta 
medição do diâmetro conforme já 
comentado anteriormente. 
 
Desta forma, quando verificado uma 
redução menor que as propostas acima, o 
cabo deverá ser substituído. 
 
2. Corrosão 
Além de acelerar a fadiga, a corrosão 
também diminui a resistência à tração do 
 
 - 23 - 
cabo de aço através da redução de área 
metálica. 
 
A corrosão pode apresentar-se na parte 
interna ou externa do cabo. 
 
Embora a detecção da corrosão interna seja 
mais difícil visualizar, alguns indícios como: 
variações de diâmetro ou indícios de poeira 
avermelhada podem indicar sua existência. 
 
 
 
 
É importante também verificar a existência 
de corrosão na região da base de soquetes. 
Esta região se mostra propícia para acúmulo 
de umidade. 
 
 
 
3. Arames rompidos 
A ruptura de arames, geralmente ocorre por 
abrasão, fadiga de flexão ou algum 
amassamento localizado gerado por uso 
indevido, podendo ocorrer tanto nos arames 
internos como externos. Dentro do possível 
é importante que, durante a inspeção os 
arames rompidos sejam retirados do cabo 
com um alicate. 
 
 
 
Os arames internos referem-se aos arames 
que mantém contato interno como a alma 
com as pernas ou mesmo o contato perna 
com perna. 
 
Entende-se como quebra de topo, as 
rupturas dos arames que se encontram no 
topo da perna. A quebra no vale é localizada 
entre pernas. 
 
 
 
A ruptura de arames no vale deve ser 
tratada com muito cuidado, pois, a mesma é 
gerada através do “nicking” formado pelo 
atrito entre pernas. 
 
 
nicking 
Na maioria das vezes, quando detectado o 
rompimento de arames no vale, certamente 
outros estarão rompidos ou na eminência de 
se romper. 
 
Atenção especial deve ser dada para os 
terminais. Quando verificados 2 arames 
rompidos próximos ao soquete, é 
recomendado que o cabo seja ressoquetado 
ou substituído. A ressoquetagem não deverá 
ser feita se o encurtamento do cabo 
prejudicar a sua operação. 
TOPO 
VALE 
 
 - 24 - 
A ruptura dos arames externos dá-se no 
topo dos aramessendo gerados por 
desgaste abrasivo, fadiga por flexão ou 
mesmo amassamentos. Algumas normas 
como, por exemplo, a NBR ISO 4309, 
apresentam fórmulas mais complexas para 
a determinação do número máximo de 
arames rompidos. 
 
Abaixo, sugerimos o critério de 
determinação de fios rompidos segundo 
normas ASME. 
 
A quantidade de arames rompidos é 
verificada no comprimento de um passo. 
 
O passo do cabo de aço é definido como a 
distância na qual uma perna dá uma volta 
completa em torno da alma do cabo. 
 
 
 
A tabela abaixo sugere a quantidade 
máxima de fios rompidos em um passo. 
 
CRITÉRIO DE FIOS ROMPIDOS PARA 
CABOS CONVENCIONAIS 
CLASSE 
(CLASSIFICAÇÃO) 
Fios rompidos 
aleatoriamente 
em 1 passo 
Fios rompidos 
na perna em 1 
passo 
6x19 6 3 
6x37 12 4 
Tabela baseada nas normas ASME B30.2 e B30.5. 
Para cabos elevadores, sugerimos a tabela 
a seguir: 
 
CRITÉRIO DE FIOS ROMPIDOS PARA 
CABOS ELEVADORES 
Máquina de 
acionamento por 
Tração 
 
 
CASO 
CABOS 
8X19 
 
Máquina de 
acionamento 
por tambor 
1 32 15 
2 10 8 
CASO 1: Arames rompidos aleatoriamente dentro de 
um passo. 
CASO 2: Arames rompidos predominantes em 1 ou 2 
pernas. 
 
Quando da ruptura, o arame registra 
algumas características, através das quais, 
podemos concluir as possíveis causas que 
geraram seu rompimento. 
 
 
CONTATO COM 
PARTES CORTANTES 
DEFORMAÇÃO 
PLÁSTICA 
 
 
FADIGA POR 
CORROSÃO 
FADIGA POR 
VIBRAÇÃO 
 
 
SEVERA CORROSÃO SOBRECARGA 
PASSO 
 
 - 25 - 
 
 
 
USO ABRASIVO CORTE COM 
FERRAMENTA 
 
 
FADIGA POR FLEXÃO 
 
4. Danos por temperatura 
Se durante a inspeção, for detectado 
alguma evidência de dano por alta 
temperatura o cabo deverá ser substituído. 
Cabos expostos a altas temperaturas (acima 
de 300 ºC, podem apresentar redução em 
sua capacidade de carga). 
Estes danos poderão ser verificados através 
da aparência do lubrificante (borra) ou 
mesmo pela alteração de cor dos arames na 
região afetada. 
 
5. Danos por distorção 
Os danos apresentados abaixo são motivos 
suficientes para a substituição do cabo de 
aço. 
 
 
Alma Saltada 
Gerada por alívio repentino de tensão 
 
 
Gaiola de Passarinho 
Gerada por alívio repentino de tensão 
 
 
Rompimento 
Cabo de aço que trabalhou fora da polia. Podemos 
perceber duas características de rupturas nos arames: 
amassamento e sobrecarga 
 
 
 
Rabo de porco 
Gerado pelo trabalho do cabo em diâmetros pequenos. 
 
Perna de Cachorro 
Gerado durante manuseio do cabo. 
 
 
 - 26 - 
 
 
 
Esmagamento 
Dano geralmente causado pelo enrolamento desordenado 
de cabos no tambor ou mesmo pelo incorreto ângulo 
formado entre a polia de desvio e o tambor. 
 
Ruptura de pernas 
Gerado por algum acidente durante o trabalho do cabo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Registro de inspeção 
É importante que em cada inspeção seja 
registrada informações como: equipamento, 
fabricante, especificação do cabo, data de 
instalação do cabo, data de retirada do cabo 
assim como os resultados apresentados 
durante a inspeção. 
 
Estes registros ajudarão na previsão de uma 
vida média do cabo assim como a 
rastreabilidade de problemas. 
 
Ao lado sugerimos um modelo de registro. 
 
 - 27 - 
 
 
 - 28 - 
 
 
 
GERAL 
 
Embora o cabo deva ser examinado em toda 
a sua extensão, deve-se dar atenção especial 
aos seguintes pontos: 
- extremidades de cabos móveis e 
estáticos; 
- parte do cabo que passa através do 
moitão ou sobre polias. No caso de 
equipamentos realizando uma operação 
repetitiva, deve-se dar atenção especial a 
qualquer parte do cabo que estiver com 
carga; 
 
- parte do cabo que estiver sobre a polia 
de compensação; 
- qualquer parte do cabo que possa estar 
sujeita a abrasão por fatores externos; 
- inspeção interna quanto a sinais de 
corrosão e fadiga; 
- qualquer parte do cabo exposta a altas 
temperaturas. 
 
Os resultados da inspeção devem ser 
registrados na planilha de inspeção para o 
equipamento. 
 
Extremidades – excluindo laços 
 
O cabo deve ser examinado na área 
próxima ao acessório, pois é nessa área 
crítica que se dá início à fadiga (arames 
partidos) e à corrosão. Os próprios 
acessórios devem ser examinados quanto a 
sinais de deformação ou desgaste. 
 
As extremidades com presilhas estampadas 
ou terminais prensados devem ser 
examinados de modo semelhante e a 
presilha deve ser inspecionada quanto a 
trincas no material e possível deslizamento 
entre a presilha e o cabo. 
 
O cabo de aço dentro dos acessórios 
removíveis (soquetes de cunha, grampo) 
deve ser examinado quanto a arames 
partidos. Deve-se garantir, também, que os 
soquetes e os grampos estejam 
devidamente apertados. Além disso, a 
inspeção deve garantir que os requisitos 
das normas e os critérios estabelecidos 
para a extremidade do cabo tenham sido 
atendidos. 
 
Os olhais trançados manualmente devem 
ser protegidos somente na ponta do 
trançado, de modo a proteger as mãos do 
usuário contra arames expostos, sempre 
permitindo que o resto do trançado seja 
examinado visualmente quanto a arames 
partidos. 
 
Quando são detectados arames partidos na 
região próxima aos terminais ou junto a ela, 
é possível cortar a extremidade danificada 
do cabo e reinstalar os acessórios. No 
entanto, o comprimento do cabo de aço 
deve ser suficiente para permitir o número 
mínimo necessário de voltas mortas do 
cabo no tambor. 
 
 
Não existe uma regra precisa para se 
determinar o momento exato da substituição 
de um cabo de aço, uma vez que, diversos 
fatores estão envolvidos. A possibilidade de 
um cabo permanecer em uso, dependerá do 
julgamento de uma pessoa qualificada, 
onde deverá ser avaliada a condição do 
cabo usado, em função da deterioração 
detectada pela inspeção. 
 
 - 29 - 
 
Sendo assim é importante termos como 
parâmetro referências que viabilizem a 
substituição do cabo com a devida 
segurança. 
 
O uso seguro do cabo é qualificado pelos 
seguintes critérios: 
a) natureza e número de arames partidos; 
 
b) arames partidos na região do terminal; 
 
 
c) agrupamento localizado de arames 
partidos; 
 
d) taxa de aumento de arames partidos; 
e) ruptura de pernas; 
 
f) redução do diâmetro do cabo, incluindo 
aquela resultante da deterioração da 
alma; 
 
 
g) redução da elasticidade; 
 
h) desgaste externo e interno; 
 
i) corrosão externa e interna; 
 
j) deformação; 
 
k) danos causados pelo calor ou arco 
elétrico; 
 
l) taxa de aumento do alongamento 
permanente. 
 
Todas inspeções devem considerar esses 
fatores individuais, reconhecendo os 
critérios específicos, Entretanto, a 
deterioração é muitas vezes provocada por 
um conjunto de fatores que causam um 
efeito cumulativo que deve ser reconhecido 
por pessoa qualificada e que se refletirá 
sobre a decisão de descartar o cabo ou 
permitir que ele continue sendo usado. 
 
Em todos os casos, o inspetor deve 
investigar se a deterioração foi causada por 
um defeito no equipamento; se for o caso, 
convém que ele recomende medidas 
específicas para retificar o defeito antes da 
fixação de um cabo novo. 
 
a) Natureza e número de arames 
rompidos 
 
O projeto geral de um equipamento não 
permite que a vida útil de um cabo fique 
indefinida. 
 
No caso de cabos de seis ou oito pernas, os 
arames partidos ocorrem principalmente na 
superfície externa. O mesmo não se aplica 
a cabos de aço com várias camadas de 
pernas, onde a maioria das rupturas ocorre 
internamente, sendo, portanto fraturas não 
visíveis. 
 
As tabelas a seguir levam esses fatores em 
conta.- 30 - 
 
Tabela 1 – Orientação quanto ao número de arames partidos em cabos de pernas 
redondas que trabalham em polias de aço. 
 
 
 
 
Tabela 2 – Orientação quanto ao número de arames partidos em cabos resistentes à 
rotação que trabalham em polias de aço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Número de arames partidos visíveis (3) relacionados à 
fadiga do cabo em um guindaste que leva à rejeição 
Equipamento com menos 
de 3.200 horas/ano de uso, 
submetido a cargas 
moderadas e leves. 
(mecanismos M1, M2, M3, 
e M4). 
Equipamento com mais de 
3.200 horas/ano de uso, 
submetido a cargas no 
mínimo moderadas e pelo 
menos em algumas 
ocasiões com carga 
máxima. (mecanismos M5, 
M6, M7 e M8). 
Regular 
sobre um 
comprimento 
(4) de 
Lang sobre 
um 
comprimento 
(4) de 
Regular 
sobre um 
comprimento 
(4) de 
Lang sobre 
um 
comprimento 
(4) de 
Números de 
arames que 
contribuem 
com a carga de 
ruptura do 
cabo nas 
pernas 
externas (1) 
 
n 
Exemplos típicos 
de construções de 
cabo 
 (2) 
6d 30d 6d 30d 6d 30d 6d 30d 
 n <= 50 6 x 7 (6/1) 2 4 1 2 4 8 2 4 
 51 <= n <= 75 6 x 19 (9/9/1)* 3 6 2 3 6 12 3 6 
 76 <= n <= 100 4 8 2 4 8 16 4 8 
101 <= n <= 120 
8 x 19 (9/9/1)* 
6 x 19 ///912/6/1) 
6x 19 (12/6+6F/1) 
6x 25FS (12/12/1)* 
5 10 2 5 10 19 5 10 
121 <= n <= 140 6 11 3 6 11 22 6 11 
141 <= n <= 160 8 x 19 (12/6+6F/1) 6 13 6 3 13 26 6 13 
161 <= n <= 180 6x36 (14/7+7/7/1)* 7 14 4 7 14 29 7 14 
181 <= n <= 200 8 16 4 8 16 32 8 16 
201 <= n <= 220 6 x 41 (16/8+8/8/1)* 9 18 4 9 18 38 9 18 
221 <= n <= 240 6 x 37 (18/12/6/1) 10 19 5 10 19 38 10 19 
241 <= n <= 260 10 21 5 10 21 42 10 21 
261 <= n <= 280 11 22 6 11 22 45 11 22 
281 <= n <= 300 12 24 6 12 24 48 12 24 
 300 < n (2) 0,04n 0,08n 0,02n 0,04n 0,08n 0,16n 0,04n 0,08n 
(1) Os arames de enchimento não são considerados arames que contribuem com a carga de 
ruptura do cabo e, portanto, são excluídos da inspeção. No caso de cabos constituídos de 
várias camadas de pernas, apenas a camada externa visível é considerada. Em cabos com 
alma de aço, a mesma é considerada uma perna interna e não é levada em conta. 
(2) No caso do cálculo do número de arames partidos visíveis, o valor é arredondado para o 
número inteiro mais próximo. Para cabos com arames externos nas pernas externas maiores 
que o normal, a construção é rebaixada na tabela e indicada por um asterisco (*). 
(3) Um arame partido pode apresentar duas pontas livres. 
(4) d = diâmetro nominal do cabo. 
Número de arames partidos visíveis (1) relacionados à fadiga do cabo em 
um guindaste que leva à rejeição 
Equipamento com menos de 3.200 
horas/ano de uso, submetido a 
cargas moderadas e leves. 
(mecanismos M1, M2, M3, e M4). 
Equipamento com mais de 3.200 
horas/ano de uso, submetido a 
cargas no mínimo moderadas e 
pelo menos em algumas ocasiões 
com carga máxima. (mecanismos 
M5, M6, M7 e M8). 
Comprimento (2) de Comprimento (2) de 
6d 30d 6d 30d 
2 4 4 8 
(1) Um arame partido pode ter duas pontas visíveis. 
(2) d = diâmetro nominal do cabo. 
 
 - 31 - 
 
NOTAS IMPORTANTES: 
 
- Se o cabo de aço for confeccionado com 
alma de aço, é importante verificar a 
existência de arames rompidos 
internamente. Caso haja 2 arames da alma 
saltados para fora do mesmo em um 
comprimento de 6d, é motivo suficiente para 
retirar o cabo de aço do serviço. 
 
- Ruptura de arame entre as pernas (vale) 
também é muito crítica. Na ocorrência de 2 
arames rompidos nessa região em um 
comprimento de 6d, o cabo deve ser 
retirado de serviço. 
 
b) Arames partidos nos terminais 
 
Arames partidos nos terminais do cabo ou 
junto a eles, mesmo em pequena 
quantidade, indicam níveis elevados de 
tensão nessa posição e podem ser 
causados pela fixação incorreta do 
acessório. Deve-se investigar a causa 
dessa deterioração e, onde possível, o 
terminal deve ser refeito, encurtando-se o 
cabo se houver um comprimento suficiente 
para o seu uso. 
 
É importante se verificar a correta 
instalação dos terminais, assim como a 
ocorrência de: desgastes, deformações, 
trincas ou corrosão. 
 
Recomendamos a indicação da Norma 
ASME B 30.2 para substituição do cabo ou 
corte da ponta afetada se ocorrer dois 
arames rompidos próximo ao terminal. 
 
c) Concentração localizada de arames 
partidos 
 
Quando os arames partidos estão muito 
próximos uns dos outros, constituindo um 
agrupamento localizado de tais rupturas, o 
cabo deve ser descartado. Se o 
 
 
 
agrupamento de tais rupturas ocorrer em 
um comprimento menor que 6d ou 
concentrar-se em uma determinada perna, 
convém que o cabo seja descartado, 
mesmo que o número de arames partidos 
seja inferior ao valor máximo indicado nas 
tabelas anteriores. 
 
Recomendamos a quantidade equivalente à 
metade do indicado nas tabelas anteriores 
de arames rompidos. 
 
d) Taxa de aumento de arames partidos 
 
Em aplicações onde a causa predominante 
da deterioração do cabo é a fadiga, os 
arames começam a romper-se após um 
certo tempo de uso, mas o número de 
arames partidos aumentará 
progressivamente a intervalos cada vez 
menores. 
 
Nesses casos, recomenda-se uma inspeção 
cuidadosa e o registro do aumento dos 
arames partidos para se estabelecer a taxa 
de aumento das rupturas. Esta regra pode 
ser aplicada na definição da data prevista 
para o descarte do cabo. 
 
Durante a inspeção e verificação de arames 
rompidos, é muito importante que o inspetor 
verifique as possíveis causas das rupturas. 
Isto é possível, através da característica da 
ruptura. Esta análise é importante, pois o 
inspetor saberá as ações que deverão ser 
tomadas, em função das características 
apresentadas, para evitar novamente a 
anomalia. 
 
e) Rupturas de pernas 
 
No caso da ruptura total de uma perna, o 
cabo deve ser descartado. 
 
f) Redução do diâmetro do cabo devida 
à deterioração da alma 
 
A medição do diâmetro do cabo de aço 
deve ser realizada com um instrumento de 
medição adequado que deverá ser 
 
 - 32 - 
 
posicionado corretamente, conforme a 
figura abaixo. 
 
A redução do diâmetro do cabo devido à 
deterioração da alma pode ser causada por: 
- desgaste interno e mossa; 
- desgaste interno causado pelo atrito 
entre as pernas individuais e os arames 
no cabo, especialmente quando ele está 
sujeito a dobramento; 
- deterioração da alma de fibra; 
- ruptura da alma de aço; 
- ruptura das camadas internas em uma 
construção composta de diversas 
pernas. 
 
Se esses fatores causarem a redução do 
diâmetro do cabo (a média entre duas 
medições de diâmetro perpendiculares 
entre si) em 3% do diâmetro nominal do 
cabo para cabos resistentes à rotação, ou 
10% para outros cabos, o cabo deverá ser 
descartado mesmo que não houver arames 
partidos visíveis. 
 
Uma pequena deterioração da alma pode 
não ser percebida através da inspeção 
normal, especialmente se as tensões do 
cabo estiverem bem balanceadas em todas 
as pernas individuais. Contudo, a condição 
pode reduzir significativamente a resistência 
do cabo, de modo que qualquer suspeita de 
tal deterioração interna seja verificada pelos 
procedimentos de inspeção interna. Se tal 
deterioração for confirmada, o cabo de aço 
deverá ser descartado. 
 
 
g) Desgaste externo 
 
A abrasão dos arames externos das pernas 
externas no cabo é causada pela fricção, 
sob pressão, com as ranhuras nas polias e 
tambores. A condição é particularmente 
evidente em cabos móveis nos pontos de 
contato com a polia, quando a velocidade 
da carga está sendo aumentada ou 
reduzida, manifestando-se sob a forma 
achatada dos arames externos. 
 
O desgaste é causado pela falta de 
lubrificação ou pela lubrificação incorreta, 
assim como pela presença de poeira e 
resíduos. 
 
O desgaste reduz a resistência dos cabos 
através da redução da área metálica. 
 
Quando o diâmetro real do cabotiver sido 
reduzido em 7% ou mais do diâmetro 
nominal do cabo devido ao desgaste 
externo, o cabo deve ser descartado 
mesmo se não houver arames partidos 
visíveis. 
 
h) Elasticidade reduzida 
 
Sob certas circunstâncias geralmente 
associadas ao ambiente de trabalho, a 
elasticidade de um cabo pode ser 
substancialmente reduzida, não sendo 
considerado seguro para o uso. 
 
É difícil detectar a redução da elasticidade. 
Contudo, a redução da elasticidade 
geralmente está associada aos seguintes 
fatores: 
- redução do diâmetro do cabo; 
- alongamento do passo do cabo; 
- falta de afastamento entre os arames 
individuais e entre as pernas, causadas 
pela compressão dos mesmos, um 
contra o outro; 
- surgimento de oxidação nos vales das 
pernas; 
- mesmo que não haja arames partidos 
visíveis, o cabo se tornará nitidamente 
mais duro de se manusear e certamente 
ocorrerá uma maior redução do diâmetro 
do que a redução por desgaste dos 
arames individuais. Essa condição pode 
acarretar a falha súbita sob 
carregamento dinâmico, sendo motivo 
suficiente para o descarte imediato. 
 
 
 
 - 33 - 
 
i) Corrosão externa e interna 
 
A corrosão ocorre especialmente em 
atmosferas marinhas e poluídas 
 
industrialmente, diminuindo a resistência à 
ruptura através da redução da área metálica 
do cabo e acelerando a fadiga, causando a 
superfície irregular da qual a trinca se 
origina. Uma corrosão grave pode reduzir a 
elasticidade do cabo. 
- Corrosão externa 
A corrosão dos arames externos pode ser 
detectada visualmente. 
- Corrosão interna 
Esta condição é a mais difícil de detectar 
que a corrosão externa que freqüentemente 
a acompanha, mas os seguintes indícios 
podem ser reconhecidos: 
1. Variação no diâmetro do cabo. Nos 
pontos em que o cabo dobra nas polias, 
geralmente ocorre a redução do 
diâmetro. Contudo, em cabos estáticos, 
às vezes ocorre um aumento no 
diâmetro devido ao acúmulo de ferrugem 
sob a camada externa das pernas; 
2. Perda de afastamento entre as pernas 
na camada externa do cabo, 
freqüentemente combinada com arames 
rompidos nos vales das pernas. 
Se houver qualquer suspeita de corrosão 
interna, o cabo deve ser examinado 
internamente. 
Caso seja confirmada uma corrosão 
interna grave, o cabo deve ser 
descartado imediatamente. 
 
j) Deformação 
 
A distorção visível do cabo da sua torção 
normal é chamada de “deformação” e pode 
causar uma mudança da estrutura original 
que resultará na distribuição desigual de 
tensão no cabo. 
 
A distinção entre as seguintes deformações 
básicas do cabo é feita com base em sua 
aparência: 
 
 
 
Ondulação 
 
A ondulação é uma deformação que ocorre 
quando o eixo longitudinal do cabo de aço 
assume a forma de uma hélice. Embora não 
resulte necessariamente na perda de 
resistência, se tal deformação for severa, 
pode transmitir uma pulsação, causando o 
movimento irregular do cabo. Após o 
trabalho 
 
prolongado, essa condição causará 
desgaste, assim como arames partidos. 
 
No caso de ondulação, o cabo de aço deve 
ser descartado se 
 d1>4d/3 
 
onde d é o diâmetro nominal do cabo e d1 é 
o diâmetro correspondente à circunferência 
que circunscreve o cabo deformado, sendo 
que o comprimento do cabo em questão 
não ultrapassa 25d. 
 
 
 
Distorção tipo gaiola de passarinho 
 
Essa condição se manifesta em cabos com 
alma de aço quando ocorre um 
deslocamento da camada externa das 
pernas, ou quando a camada externa se 
torna mais longa que a camada interna das 
pernas. Tal condição pode ocorrer em 
função de um alívio repentino de tensão. 
 
Uma distorção tipo “gaiola de passarinho” é 
motivo para o descarte imediato. 
 
 
 
 
 
 
 - 34 - 
 
Alma saltada 
 
Essa característica é freqüentemente 
associada à deformação do tipo “gaiola de 
passarinho”, quando o desequilíbrio do cabo 
é indicado na extrusão da alma. 
 
A extrusão da alma é motivo para o 
descarte imediato. 
 
 
Arame deslocado 
 
Nessa condição, certos arames ou grupos 
de arames se projetam para cima, no lado 
oposto do cabo com relação à ranhura da 
polia, sob a forma de olhais. 
 
Uma deformação severa é motivo para o 
descarte do cabo. 
 
Aumento localizado do diâmetro do cabo 
 
Um aumento localizado do diâmetro do 
cabo pode ocorrer, podendo afetar uma 
seção relativamente longa do cabo. A 
condição geralmente está associada a uma 
distorção da alma (em certos ambientes, 
uma alma de fibra pode sofrer inchação 
devido ao efeito da umidade) e 
conseqüentemente gerando um 
desequilíbrio nas pernas externas, que 
ficam orientadas incorretamente. 
 
Uma condição severa é motivo para o 
descarte do cabo. 
 
Achatamentos 
 
Os achatamentos ocorrem em decorrência 
de danos mecânicos; no caso de 
achatamentos graves, o cabo deve ser 
descartado. 
 
 
 
 
Nós ou olhais apertados 
 
 
Um nó ou olhal apertado é uma deformação 
causada por um olhal no cabo que foi 
apertado sem permitir a rotação em torno 
do seu eixo. Ocorre o desequilíbrio do 
comprimento do passo, causando o 
desgaste excessivo, e em casos severos o 
cabo será destorcido de tal forma que 
apenas uma pequena parte de sua 
resistência será mantida. 
 
Um nó ou olhal apertado é motivo para o 
descarte imediato. 
 
Dobras 
 
Essa condição é motivo para o descarte 
imediato. 
 
Danos causados pelo calor ou arco elétrico 
 
Os cabos de aço que foram expostos a 
efeitos térmicos excepcionais, reconhecidos 
externamente pelas cores produzidas, 
devem ser descartados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 35 - 
REGISTRO DE INSPEÇÃO DE MANILHAS 
(SHACKLES INSPECTION FORM) 
 
1 – Especificação (Specification) 
 
No. de Série 
(Serial Number) 
SWL 
 
 
Fabricante 
(Maker) 
 
 
Modelo 
(Part Number) 
 
 
Tipo (Type): ( ) Manilha Reta (Chain Shackle) 
( ) Manilha Ferradura (Anchor Shackle) 
 
 
2 – Dimensões (Dimensions): Dimensões 
 Nominais 
 (Nominal Sizes) 
Data (Date) 
d (mm) 
L (mm) 
D (mm) 
W (mm) 
 Nota: indicar medidas com uma casa decimal 
(Note: indicate dimensions with one decimal) 
 
3 – Inspeções (Inspections): 
 
Sinal de cisalhamento no cavirão? (Signs of shear in the pin?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Dificuldade para encaixar o cavirão no furo? 
(Difficulty to fit the pin in the hole?) 
 S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Redução de qualquer dimensão maior que 10%? 
(Reduction in any dimension grater than 10%?) 
 S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Alongamento maior que 10%? (Enlongation grater than 10% ?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Corrosão? (Corrosion?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Sinal de sobreaquecimento? (Signs of overheat?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Deformação? (Deformation?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Trincas? (Craks?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Nome do Inspetor (Name of Inspector) 
Nota: qualquer marcação “Sim” é suficiente para rejeitar a peça. 
(Note: any mark “Yes” rejects the piece). 
 
Marcação (Marks): - 
 
 
 
CERTIFICADO DE INSPEÇÃO DE MANILHAS 
(INSPECTION CERTIFICATE - SHACKLES) 
 
Certificamos que esta peça foi inspecionada visual e dimensionalmente conforme referências do fabricante e critérios da norma “DOE-STD-
1090-99 – Hoisting and Rigging- Chapter 12 / Department of Energy-USA” e considerada aprovada para uso dentro dos limites da sua 
Carga de Trabalho (SWL).
(We certify that this piece has been submited to visual and dimensions inspection in accordance to the recommendations of the manufacturer and to the 
requirementsof the standard “DOE-STD-1090-99 – Hoisting and Rigging- Chapter 12 / Department of Energy-USA”. This piece has been approved for further 
use within its safe working load.) 
 
 
 
L
D
W
d
 
 - 36 - 
REGISTRO DE INSPEÇÃO DE ANELÕES 
(MASTERLINKS INSPECTION FORM) 
 
1 – Especificação (Specification) 
 
No. de Série 
 (Serial Number) 
SWL 
 
 
Fabricante 
(Maker) 
 
 
Modelo 
(Part Number) 
 
 
 
2 – Dimensões (Dimensions): 
 Dimensões 
 Nominais 
 (Nominal Sizes) 
Data (Date) 
L (mm) 
W (mm) 
d (mm) 
 Nota: indicar medidas com uma casa decimal 
 (Note: indicate dimensions with one decimal) 
 
3 – Inspeções (Inspections): 
 
Redução de qualquer dimensão maior que 10%? 
(Reduction in any dimension grater than 10%?) 
 S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Alongamento maior que 10%? 
(Enlongation grater than 10% ?) 
 S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Corrosão? (Corrosion?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Sinal de sobreaquecimento? (Signs of overheat?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Deformação? (Deformation?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Trincas? (Craks?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Nome do Inspetor 
(Name of Inspector) 
 
Nota: qualquer marcação “Sim” é suficiente para rejeitar a peça. (Note: any mark “Yes” rejects the piece). 
 
 
Observações: 
 
 
 
 
 
Certificamos que esta peça foi inspecionada visual e dimensionalmente conforme referências do fabricante e critérios da norma “DOE-STD-
1090-99 – Hoisting and Rigging- Chapter 12 / Department of Energy-USA” e considerada aprovada para uso dentro dos limites da sua 
Carga de Trabalho (SWL). 
 
(We certify that this piece has been submited to visual and dimensions inspection in accordance to the recommendations of the manufacturer and to the 
requirements of the standard “DOE-STD-1090-99 – Hoisting and Rigging- Chapter 12 / Department of Energy-USA”. This piece has been approved for further 
use within its safe working load.) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
L
d
W
 
 - 37 - 
REGISTRO DE INSPEÇÃO DE GANCHOS 
(HOOKS INSPECTION FORM) 
 
1 – Especificação (Specification) 
 
No. de Série 
(Serial Number) 
SWL 
 
 
Fabricante 
(Maker) 
 
 
Modelo 
(Part Number) 
 
 
2 – Dimensões (Dimensions): Dimensões 
 Nominais 
 (Nominal Sizes) 
 
Nota: indicar medidas com uma casa decimal (Note: indicate dimensions with one decimal) 
 
3 – Inspeções (Inspections): 
 
Abertura do Gancho (B) maior que 15%? (Throat opening (B) more than 15%?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Inclinação do Gancho maior que 10%? 
(The plane of unbent Hook twist more than 10%?) 
S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Redução de qualquer dimensão maior que 10%? 
(Reduction in any dimension grater than 10%?) 
S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Alongamento maior que 5%? (Enlongation grater than 5% ?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Corrosão? (Corrosion?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Sinal de sobreaquecimento? (Signs of overheat?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Deformação? (Deformation?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Trincas? (Craks?) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) S ( ) N ( ) 
Nome do Inspetor (Name of Inspector) 
Nota: qualquer marcação “Sim” é suficiente para rejeitar a peça. (Note: any mark “Yes” rejects the piece). 
 
Observações: - 
 
 
 
 
CERTIFICADO DE INSPEÇÃO DE GANCHOS 
(INSPECTION CERTIFICATE - HOOKS) 
 
Certificamos que esta peça foi inspecionada visual e dimensionalmente conforme referências do fabricante e 
critérios da norma “DOE-STD-1090-99 – Hoisting and Rigging- Chapter 12 / Department of Energy-USA” e 
considerada aprovada para uso dentro dos limites da sua Carga de Trabalho (SWL). 
 
(We certify that this piece has been submited to visual and dimensions inspection in accordance to the recommendations of the 
manufacturer and to the requirements of the standard “DOE-STD-1090-99 – Hoisting and Rigging- Chapter 12 / Department of 
Energy-USA”. This piece has been approved for further use within its safe working load.) 
 
 
 
 
 
 
 
Data (Date) 
L (mm) 
B (mm) 
E (mm) 
F (mm) 
G (mm) 
H (mm) 
 
 - 38 - 
 
 
 
DEFEITOS MAIS FREQÜENTES EM CABOS DE AÇO 
 
 
 
 
Arames fora de posição 
 
 
Alma saltada 
 
 
 
Redução do diâmetro (perna afundada) 
 
 
 
Perna saltada 
 
 
 
Achatamento 
 
 
 
 
 
 
 
Perna afundada 
 
 
Amassamento 
 
 
 
Ondulação 
 
 
 
Gaiola de passarinho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desgaste por Abrasão 
 
 - 39 - 
 
 
 
Abrasão – foto ampliada 
 
 
Corrosão 
 
 
Corrosão – foto ampliada 
 
 
Arames rompidos no topo 
 
 
Arames rompidos no vale 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alma saltada em cabo resistente à rotação 
 
 
 
Aumento localizado do diâmetro devido à 
distorção da alma 
 
 
Nó 
 
 
 Achatamento 
 
 
 
Corrosão interna 
 
 
 
 
 
 - 40 - 
 
 
 
 
 
 
O laço de cabo de aço é um dos materiais 
mais usados na movimentação de carga. 
 
O olhal do cabo de aço é formado com uma 
volta do próprio cabo em forma de alça. 
 
A norma NBR 11900 contempla quatro tipos 
de olhais que podem ser usados na 
movimentação de carga, são eles: 
 
Trançado flamengo com 
presilha de aço 
 
Este olhal é fabricado abrindo-se 
a ponta do cabo em duas 
metades, separando-se as 
pernas, três a três, e curvando-se 
uma metade para formar um olhal, 
entrelaçando-se a outra metade, 
em seguida, no espaço vazio da 
primeira, fixado com presilha. 
 
Este tipo de olhal é o mais seguro, 
uma vez que parte da resistência do olhal é 
dada pelo trançado e não depende 
exclusivamente da presilha. 
 
 
É importante que a operação de 
trançamento seja feita por pessoal 
qualificado. 
 
 
As presilhas de aço devem ser fabricadas a 
partir de tubos sem costura e ter formato 
cilíndrico e acabamento cônico na 
extremidade oposta ao olhal. Após a 
prensagem a presilha deve estar livre de 
trincas. 
 
 
A carga de ruptura da extremidade deve ser 
de pelo menos 90% da CRME. 
 
 
Trançado flamengo com 
presilha de alumínio 
 
Embora este tipo de olhal 
apresente características 
semelhantes ao primeiro 
apresentado, algumas restrições 
devem ser consideradas. 
 
 
Laços com este tipo de olhal não 
devem ser aplicados em 
ambientes com: alta temperatura, 
quando em contato com água 
salgada ou contato 
com superfícies abrasivas. 
 
 
A carga de ruptura da extremidade deve ser 
de pelo menos 90% da CRME. 
 
 
 
 
 
Trançado manual (sem presilha) 
 
Este olhal é formado formando-se 
uma alça e fazendo-se com que 
as pernas da extremidade morta 
sejam trançadas com o próprio 
cabo, pelo menos, cinco passos. 
 
Devido a possibilidade dos 
arames ficarem espetados após a 
confecção deste tipo de olhal, é 
recomendado que os mesmos 
sejam cobertos com uma proteção 
adequada para evitar danos 
pessoais. 
Embora a carga de ruptura da 
extremidade com trançado 
manual recomendado por normas 
seja de pelo menos 70% da 
CRME. 
 
P
re
si
lh
a 
de
 a
ço
 
P
re
si
lh
a 
de
 
al
um
ín
io
 
5 
P
as
so
s 
 
 - 41 - 
 
 
Olhal dobrado e prensado com 
presilha de alumínio 
Este olhal é fabricado a partir do 
dobramento total da extremidade 
do cabo de aço formando uma 
alça, sendo sua extremidade 
fixadaao corpo do cabo mediante 
uma presilha de alumínio. 
 
Este tipo de olhal é menos 
seguro, pois, a resistência do 
olhal depende exclusivamente da 
presilha. 
 
Conforme recomendações das normas, este 
tipo de olhal não deve ser usado: 
• Em cargas suspensas que envolvam 
riscos humanos; 
• Em altas temperaturas; 
• Em contato com águas salgadas; 
• Em contato com superfícies 
abrasivas. 
 
 
Além das extremidades apresentadas 
acima, alguns cabos podem ter em suas 
extremidades soquetes: aberto, fechado ou 
cunha, conforme mostra a figura abaixo. 
 
 
 
Soquete 
Aberto 
Soquete 
Fechado 
Soquete Cunha 
 
Os cabos de aço recomendados por normas 
para fabricação de laços são, da classe 
6x19 ou 6x37 e geralmente apresentam- se 
em duas categorias de resistência: IPS ou 
EIPS. 
 
 
 
 
A torção dos cabos para confecção de laços 
sempre devem ser REGULAR. Nunca 
utilize cabos torção LANG, pois o mesmo 
pode colocar em risco a movimentação da 
carga. 
 
O fator de segurança recomendado por 
norma é 5:1. Maiores detalhes como: 
tabelas de carga, fabricação, materiais e 
acessórios poderão ser verificados na 
norma NBR 13541. 
As normas recomendam ainda que caso o 
laço seja fabricado com cabos que possuam 
diâmetros acima de 38mm, os mesmos 
devem possuir alma de aço (AACI). 
 
Informações mais detalhadas sobre o tipo 
de olhais, poderão ser encontradas na 
norma NBR 11900. 
 
 
VARIAÇÕES DAS TENSÕES NOS LAÇOS 
SEGUNDO OS ÂNGULOS DE INCLINAÇÃO 
É importante entendermos a relação do 
esforço aplicado em laços, quando o 
mesmo é submetido à variação angular. 
 
Notamos que, quanto maior for a ângulo 
formado entre o laço e o centro de carga , 
maior será o esforço aplicado no laço. 
 
Devido a este fenômeno, é importante que 
todos os laços e conjuntos estejam 
devidamente identificados de tal forma que 
sua capacidade de carga seja conhecida 
mesmo antes de ser colocado em trabalho. 
Esta identificação deverá acompanhar o 
laço por toda a sua vida útil, evitando 
possíveis situações de risco. 
 
O esquema abaixo, mostra claramente o 
efeito da defasagem angular nos laços. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 42 - 
 
 
 
 
CÁLCULO DA CARGA DE TRABALHO 
PARA LAÇOS 
A fórmula de cálculo da carga de trabalho 
para laços, apresentada a seguir, é 
contemplada na norma NBR 13541. 
 
 
 
 
 
Onde: 
CT = CARGA DE TRABALHO 
 
CRME = CARGA DE RUPTURA MÍNIMA 
EFETIVA (verificada através de catálogo ou 
norma). 
 
ke = EFICIÊNCIA DO TERMINAL 
 
� 0,9 – para extremidades tipos 1, 2 
e 4. 
� 0,7 – para extremidade tipo 3. 
 
f = FATOR PARA CÁLCULO DE CARGA 
 
� fator = 1 (para laço simples). 
� Fator = 1,4 (para conjunto de dois 
laços). 
� Fator = 2,1 (para conjunto de 
quatro laços). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: Para o método 
forca, os valores de carga 
de trabalho do laço ou 
conjunto de laços, devem 
ser multiplicadas por 0,7. 
 
 
 
RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS PARA A 
UTILIZAÇÃO SEGURA DOS LAÇOS 
Abaixo, apresentaremos algumas 
recomendações que farão com que a 
movimentação da carga seja segura e 
eficiente; 
 
• Antes do levantamento da carga é 
importante determinar a massa da 
peça. Está ação evitará o uso de um 
laço com capacidade menor que a 
exigida. 
 
• Verifique qual o sistema de 
amarração mais adequado para a 
carga (conjunto 45º, forca, vertical, 
etc...) 
 
• Verificar se os laços que serão 
usados não possuem danos ou 
desgastes que possam comprometer 
a segurança da movimentação da 
carga. 
 
 
 
• Os laços devem ser protegidos 
contra cantos vivos, a fim de evitar 
danos nas presilhas ou mesmo no 
corpo do cabo. 
 
 
 
 
CT = CRME x ke x f 
 5 
ESFORÇO APLICADO EM 
LAÇOS 
 
 - 43 - 
 
 
 
• Atenção deve ser dada no 
posicionamento da carga. A mesma 
deve sempre ser posicionada 
buscando o seu centro de carga. 
 
• Durante a movimentação o 
levantamento da carga deve ser 
iniciado lentamente evitando trancos 
no laço ou conjunto. 
 
• Nunca deve se colocar as mãos 
entre o laço e a carga. 
 
• Deve-se evitar dobramentos, nós ou 
distorções do conjunto com dois ou 
mais laços. 
 
• Deve ser mantida uma distância 
segura da carga a ser movimentada 
 
• Os laços nunca devem ser 
inspecionados passando-se as mãos 
pelo cabo sem proteção, pois, caso 
haja arames rompidos, os mesmos 
poderão causar acidente. 
 
• Mantenha os laços bem lubrificados 
para evitar a corrosão. 
 
 
Os laços devem ser inspecionados 
visualmente antes de cada utilização. 
Uma inspeção completa, também deve ser 
realizada periodicamente, e sua freqüência 
deve estar baseada nos seguintes 
aspectos: 
 
a) freqüência do uso do laço; 
b) severidade das condições de trabalho; 
c) tipo de movimentação de carga que está 
sendo feita; 
d) experiência anterior com o tempo de 
vida útil de outros laços em serviço 
similares 
 
As inspeções periódicas devem ser 
realizadas por uma pessoa autorizada. 
Qualquer tipo de dano ao laço, deve ser 
cuidadosamente observado para se 
determinar a possibilidade de se continuar 
em uso. 
 
CRITÉRIOS PARA SUBSTITUIÇÃO 
Assim como os cabos de aço, não existem 
regras precisas para a determinação do 
momento exato da substituição de um laço 
em uso, uma vez que diversos fatores estão 
envolvidos. A segurança nestes casos 
depende de uma boa avaliação feita por 
uma pessoa capacitada, no sentido de se 
determinar a resistência remanescente de 
um laço que tenha sofrido algum tipo de 
desgaste ou deterioração. O fator de 
segurança de um laço depende 
exclusivamente desta resistência 
remanescente. 
 
1. Arames rompidos 
Arames rompidos podem causar 
ferimentos ao usuário, como também 
reduzir a resistência do cabo. 
Normalmente surgem por danos 
mecânicos, embora possam surgir por 
corrosão. 
 
Arames rompidos uniformemente, 
podem não ter efeito marcante na 
capacidade de carga do laço, mas pode 
 
 - 44 - 
indicar a existência de corrosão ou dano 
mecânico. 
 
Geralmente, a perda de resistência 
causada por corrosão ou dano mecânico 
em todo o cabo é mais crítica que a 
perda de capacidade de carga resultante 
da ruptura de arames. 
 
Para evitar ferimentos nos usuários, os 
arames expostos devem ser quebrados 
na base, com a ajuda de um alicate. 
 
 
 
Após a inspeção completa, 
recomenda-se substituir o laço em 
serviço quando detectado: 
 
a) dez arames rompidos, 
distribuídos aleatoriamente no em 
um passo; 
b) cinco arames rompidos em uma 
mesma perna no comprimento de 
um passo; 
c) Mais de um arames rompido no 
interior do cabo; 
d) Um arame rompido na base 
inferior da presilha. 
 
 
2. Redução do diâmetro do arame 
O laço deve ser substituído quando 
ocorrer uma redução de 10% do valor 
nominal do cabo de aço. 
 
 
 
3. Corrosão 
 
A corrosão pode ocorrer quando os 
laços forem armazenados 
inadequadamente ou usados em 
condições especialmente corrosivas, 
como na movimentação de cargas 
dentro e fora de banhos ácidos e 
alcalinos. O efeito da corrosão é 
identificado facilmente com a perda da 
flexibilidade e o aumento da rugosidade. 
Embora uma leve corrosão superficial 
não afete a resistência do cabo, ela 
pode ser uma indicação de corrosão 
interna de efeitos imprevisíveis. 
 
4. Deformações 
O laço deve ser substituído quando 
apresentar deformações que possam 
influenciar em sua capacidade de carga 
expondo a movimentação à risco de 
acidente. 
Gaiolas de passarinho, alma saltada ou 
amassamentos são motivos suficientes 
para o descarte de um laço. 
 
Em caso de dúvidas quanto a 
intensidade de deformação, o cabo deve 
ser submetido a uma inspeção criteriosa 
por uma pessoa qualificada. 
 
5. Danos por Calor 
Quando exposto a temperatura 
excessiva, o laço pode ter sua 
resistência significativamente reduzida. 
 
Evidências de superaquecimento podem 
vir da descoloração dos arames, perda 
de lubrificação ou vestígios de arco 
elétrico. Quando estas condições forem 
identificadas, o laço deve ser retirado de 
serviço e sujeito à inspeção por pessoa 
qualificada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - 45 - 
 
 
ACESSÓRIOS 
 
Todo acessório foi projetado para ter seu 
maior desempenho em seu centro de carga. 
Analisando o exemplo abaixo, percebemos 
que quanto maior o desvio do centro de 
carga do gancho menor será seu 
desempenho. 
 
 
 
Este tipo de atitude estará expondo a 
movimentação da carga ao risco de 
acidente. 
 
Durante a inspeção de laços, é muito 
importante verificar as condições dos 
acessórios que o acompanham. 
 
É importante que seja observado: 
 
• Evidências de abertura, 
distorções ou trincas no gancho; 
• Distorções e desgaste do anel de 
carga ou fechamento de 
sapatilhos; 
• Trincas na presilha; 
• Abrasão ou amassamento severo 
da presilha ou do trançado; 
• Presilha ou trançado se soltando; 
• Rompimento da base do olhal 
devido ao uso de pino de 
diâmetro excessivo ou certos 
tipos de sapatilho; 
• Arames partidos na superfície 
externa do olhal, causados, por 
exemplo, pelo uso de pino de 
pequeno diâmetro e olhal sem 
sapatilho; 
• Efeito de fricção na superfície de 
contato do olhal sem sapatilho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REGISTRO DE INSPEÇÃO DE LAÇOS 
Assim como na inspeção de cabos de aço, 
é importante que toda inspeção de laços 
também seja registrada. 
 
A seguir apresentamos uma sugestão 
de formulário para inspeção de laços. 
 
 
 - 46 - 
 
 
 - 47 - 
 
 
 
 
 
 - 48 - 
 
 
 
 
 
 
• ASME B-30.2 e B-30.5 – 1990 – PÓRTICOS E PONTES ROLANTES – DADOS GERAIS SOBRE 
CONSTRUÇÃO E INSTALAÇÃO. 
 
 
• MANUAL TÉCNICO CIMAF (SETEMBRO DE 2005) 
 
 
• NBR 6327:2004 – CABO DE AÇO PARA USO GERAL (ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE 
NORMAS TÉCNICAS). 
 
 
• NBR 11900 (EB 2200) – EXTREMIDADE DE LAÇOS DE CABOS DE AÇO (ABNT – ASSOCIAÇÃO 
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). 
 
 
• NBR 13541 – MOVIMENTAÇÃO DE CARGA – LAÇOS DE CABO DE AÇO – ESPECIFICAÇÃO 
(ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). 
 
 
• NBR 13543 – MOVIMENTAÇÃO DE CARGA – LAÇOS DE CABO DE AÇO – UTILIZAÇÃO E 
INSPEÇÃO (ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS). 
 
 
• RIGGING MANUAL – CONSTRUCTION SAFETY ASSOCIATION OF ONTARIO - CANADA, 1975. 
 
 
• WIRE ROPE USERS MANUAL (THIRD EDITION) – WIRE ROPE TECHNICAL BOARD, 1993. 
 
 
• ROEBLING WIRE ROPE HANDBOOK 
 
 
• GUIA PRÁTICO DE SEGURANÇA E DURABILIDADE NO USO DE CABOS DE AÇO – CIMAF. 
 
 
• NBR ISO 4309 – 1998 – GUINDASTES – CABO DE AÇO – CRITÉRIOS DE INSPEÇÃO E DESCARTE. 
 
 
• NBR 11900 (EB 2200) - 1991 – EXTREMIDADES DE LAÇOS DE CABOS DE AÇO. 
 
 
 
 
 
 
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