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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Livro Eletrônico Presidente: Gabriel Granjeiro Vice-Presidente: Rodrigo Calado Diretor Pedagógico: Erico Teixeira Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais do Gran. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente. CÓDIGO: 230803557853 JÓSIS ALVES Coordenador-científico dos cursos preparatórios para TI do Gran Cursos Online. Analista judiciário - área Tecnologia da Informação no Supremo Tribunal Federal (STF). Professor no Centro Universitário ESTÁCIO. Graduado em Informática pela Universidade do Grande Rio (Unigranrio); pós-graduado em Gestão da Segurança da Informação e Comunicações pela Universidade de Brasília (UnB); mestrando em Computação Aplicada pela UnB, área de concentração Segurança Cibernética (PPEE- UnB). Vasta experiência na área de ciência da computação, sistemas operacionais, engenharia e infraestrutura de redes com ênfase em Segurança da Informação. Além de fazer parte do rol de instrutores internos do Supremo Tribunal Federal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. 3 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves SUMÁRIO Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Entendendo a LGPD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Histórico da Proteção de Dados e Contexto Global . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Desenvolvimento da LGPD no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5 Fundamentos da LGPD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7 Aplicabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 Definições e Conceitos Básicos: Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) . . . . . . . . 12 Princípios da LGPD . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 Tratamento de Dados Pessoais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18 Do Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31 Do Tratamento de Dados Pessoais de Crianças e de Adolescentes . . . . . . . . . . . . . 35 Do Término do Tratamento de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37 Dos Direitos do Titular . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39 Do Tratamento de Dados Pessoais pelo Poder Público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44 Da Responsabilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48 Padrões e Boas Práticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50 Da Transferência Internacional de Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53 Dos Agentes de Tratamento de Dados Pessoais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59 Do Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62 Da Responsabilidade e do Ressarcimento de Danos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 65 Da Segurança e das Boas Práticas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70 Das Boas Práticas e da Governança . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74 Da Fiscalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76 Da Autoridade Nacional de Proteção De Dados (ANPD) e do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80 Do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade . . . . . . . . . 84 resumo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89 mapas mentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99 O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 4 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves aPreSenTaçãoaPreSenTação Olá, querido(a) aluno(a)! Neste curso vamos conhecer a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), assunto recorrente em concursos públicos na atualidade. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), Lei n. 13.709, sancionada em agosto de 2018 e em vigor desde setembro de 2020, surge como um marco legal para a proteção de informações pessoais no Brasil. Diante da crescente necessidade de regulamentar o tratamento de dados no mundo digital, este curso tem o objetivo de oferecer uma visão completa e abrangente da LGPD, seus princípios, obrigações e impactos. Além disso, as bancas têm cobrado este conteúdo em diversas provas de concursos públicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 5 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves LEI N. 13.709/2018 – LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE LEI N. 13.709/2018 – LEI GERAL DE PROTEÇÃO DE DADOS – LGPDDADOS – LGPD enTenDenDo a LGPDenTenDenDo a LGPD O desenvolvimento da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil é um reflexo das preocupações globais com a privacidade e segurança dos dados pessoais. A medida se alinha com esforços internacionais e, particularmente, com o Regulamento Geral de Proteção de Dados (GDPR) da União Europeia, servindo como um marco para a América Latina. A seguir, exploraremos o histórico e o contexto global que conduziram à criação da LGPD. HiSTÓrico Da ProTeção De DaDoS e conTeXTo GLoBaLHiSTÓrico Da ProTeção De DaDoS e conTeXTo GLoBaL Décadas Iniciais A proteção de dados ganhou importância durante as últimas décadas do século XX, com o aumento do poder computacional e a digitalização de informações. Países como Alemanha e França já tinham leis de proteção de dados nos anos 1970. Surgimento do GDPR A União Europeia, reconhecendo a necessidade de uma abordagem coesa e robusta, promulgou o GDPR em 2018. Este regulamento serviu como um modelo global para proteção de dados, estabelecendo princípios de transparência, consentimento informado, direito de acesso, entre outros. DeSenVoLVimenTo Da LGPD no BraSiLDeSenVoLVimenTo Da LGPD no BraSiL InfluênciaInternacional A criação da LGPD foi fortemente influenciada pelo GDPR e por outras regulamentações globais. A lei brasileira, porém, considerou peculiaridades e desafios locais no tratamento de dados. Processo Legislativo A LGPD, Lei n. 13.709, foi sancionada em agosto de 2018 após um intenso debate legislativo. A necessidade de proteger os direitos dos indivíduos sobre seus dados pessoais e de fornecer diretrizes claras para empresas e governos foram os principais motivadores. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 6 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Vigência e Adaptação A lei entrou em vigor em setembro de 2020, após um período de adaptação. Neste período, organizações no Brasil tiveram de revisar suas políticas e processos para garantir a conformidade. Relação com o GDPR A LGPD e o GDPR têm várias semelhanças, tais como: Princípios Fundamentais: ambas estabelecem princípios semelhantes de transparência, consentimento, e direito de acesso. Direitos dos Titulares: tanto a LGPD quanto o GDPR ampliam os direitos dos indivíduos sobre seus dados. Obrigações das Organizações: as leis exigem que organizações implementem medidas de segurança e políticas de conformidade. Contudo, também existem diferenças, quais sejam: Autoridades Reguladoras: a estrutura regulatória varia entre os dois regulamentos. Sanções: as penalidades podem diferir em termos de valor e aplicação. A LGPD representa um marco significativo na legislação brasileira sobre proteção de dados, posicionando o país no contexto global de esforços para garantir a privacidade e a segurança dos dados pessoais. Com raízes nas melhores práticas internacionais, incluindo o GDPR, a LGPD reflete uma abordagem ponderada que equilibra os direitos dos indivíduos com as necessidades de negócios e governos. Este cenário sublinha a importância de compreender a lei, não apenas no contexto nacional, mas também como parte de uma tendência global em direção à regulamentação mais rigorosa da privacidade dos dados. ARTIGO 1º – ESCOPO E OBJETIVO Art. 1º. Esta Lei dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, por pessoa natural ou por pessoa jurídica de direito público ou privado, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. O Artigo 1º da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece o escopo e o objetivo fundamental da lei, servindo como introdução e diretriz central para o restante da legislação. Vamos examinar cada parte desse artigo e seu significado: Tratamento de Dados Pessoais O termo “tratamento” é abrangente e inclui todas as operações realizadas com dados pessoais, como coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 7 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, entre outros. Meios Digitais e Não Digitais A lei não se aplica apenas aos dados processados digitalmente; ela também cobre dados tratados fora dos meios digitais. Isso significa que organizações e indivíduos que lidam com informações em papel, por exemplo, também estão sujeitos às regras da LGPD. Pessoa Natural e Pessoa Jurídica O artigo estabelece que tanto pessoas físicas (naturais) quanto jurídicas (empresas, entidades governamentais etc.) estão sujeitas à lei, independentemente de serem entidades públicas ou privadas. Proteção dos Direitos Fundamentais A finalidade central da LGPD é proteger direitos fundamentais, enfatizando particularmente a liberdade e a privacidade dos indivíduos. A referência ao “livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural” reflete um compromisso com a dignidade humana e a autonomia individual, o que ressoa com princípios de direitos humanos internacionalmente reconhecidos. Interesse Nacional e Observância pelos Entes Federativos O parágrafo único reforça que as normas da LGPD são de interesse nacional e, portanto, devem ser observadas em todos os níveis de governo no Brasil, incluindo União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Isso garante uma abordagem unificada e consistente em todo o país na proteção de dados pessoais. O Artigo 1º da LGPD é uma declaração abrangente e fundamental sobre o que a lei busca alcançar. Ele estabelece a amplitude da lei, incluindo quem está sujeito a ela e em quais circunstâncias, e identifica os valores e direitos que a lei pretende proteger. Como tal, ele serve como uma bússola orientadora para a interpretação e aplicação da lei como um todo, estabelecendo um compromisso firme com a proteção da privacidade e da dignidade humana na era digital. fUnDamenToS Da LGPDfUnDamenToS Da LGPD Os fundamentos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) constituem os princípios essenciais que guiam sua aplicação e interpretação. Eles são o alicerce da lei e representam os valores e objetivos que a legislação busca alcançar. Seguem os fundamentos da LGPD, conforme delineados no Artigo 2º da Lei: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 8 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves I – Respeito à Privacidade Salvaguarda da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas. É o reconhecimento de que os indivíduos têm o direito de controlar suas próprias informações pessoais. II – Autodeterminação Informativa Direito de controle dos cidadãos sobre suas informações pessoais, permitindo que eles decidam como e para que fins suas informações podem ser usadas. III – Liberdade de Expressão, de Informação, de Comunicação e de Opinião Garantia de que a proteção de dados não interferirá nos direitos de liberdade de expressão, informação e opinião. IV – Inviolabilidade da Intimidade, da Honra e da Imagem Proteção contra o uso indevido de informações que possam afetar a reputação ou a vida privada dos indivíduos. V – Desenvolvimento Econômico e Tecnológico e a Inovação Fomento à inovação e ao crescimento econômico e tecnológico, garantindo que a proteção de dados pessoais não seja um obstáculo ao progresso. VI – Livre Iniciativa, Livre Concorrência e Defesa do Consumidor Salvaguarda da competição leal no mercado e proteção dos direitos dos consumidores, garantindo que as empresas tratem os dados pessoais de maneira justa e transparente. VII – Direitos Humanos, Livre Desenvolvimento da Personalidade, Dignidade e Exercício da Cidadania pelas Pessoas Naturais Reconhecimento e promoção dos direitos humanos, permitindo o desenvolvimento individual e coletivo e a participação ativa na sociedade, respeitando a dignidade da pessoa humana. Esses fundamentos guiam todos os aspectos da LGPD, do tratamento de dados pessoais à sua fiscalização. Eles refletem um equilíbrio cuidadoso entre proteger os direitos dos indivíduos sobre seus dados pessoais e promover a inovação, o crescimento econômico e a liberdade de expressão.A compreensão de tais fundamentos é crucial para a aplicação eficaz da lei e para a criação de práticas de gerenciamento de dados que estejam em conformidade com os valores e objetivos da LGPD. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 9 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 001. 001. (FGV/EPE/ANALISTA DE GESTÃO CORPORATIVA-RECURSOS HUMANOS/2022) A Lei n. 13.709/18, também conhecida como Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), foi inspirada na General Data Protection Regulation (GDPR), aprovada na União Europeia no mesmo ano, ambas visando reforçar pontos sobre a proteção de dados pessoais, em função principalmente das mudanças promovidas pelo uso da Internet. No que concerne à LGPD, assinale a afirmativa que apresenta um de seus fundamentos. a) Autodeterminação informativa. b) Preservação da integridade física. c) Respeito à individualidade. d) Repúdio ao discurso de ódio. e) Solidariedade comunitária. A alternativa correta é a “Autodeterminação informativa”. Esse princípio significa que o titular dos dados pessoais tem o direito de controlar suas informações e decidir como elas serão utilizadas, armazenadas e compartilhadas. A LGPD assegura aos indivíduos o poder de tomar decisões sobre o tratamento de seus dados pessoais, promovendo assim a proteção da privacidade e dos direitos individuais no contexto digital. Letra a. 002. 002. (CESPE-CEBRASPE/BANRISUL/GESTÃO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2022) Tendo como referência o disposto na Lei n. 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais — LGPD), julgue o seguinte item. A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos, entre outros, o desenvolvimento econômico e tecnológico e a inovação. De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) no Brasil, a proteção de dados pessoais tem como um de seus fundamentos o desenvolvimento econômico e tecnológico, bem como a inovação. A LGPD reconhece a importância de promover a proteção da privacidade dos indivíduos enquanto equilibra isso com a necessidade de impulsionar o desenvolvimento tecnológico e econômico. Isso significa que a legislação procura criar um ambiente em que a inovação seja incentivada, mas sempre respeitando os direitos e a privacidade das pessoas em relação aos seus dados pessoais. Certo. 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Jurisdição Extraterritorial A lei tem um alcance extraterritorial, o que significa que se aplica mesmo que a sede da empresa esteja em outro país ou os dados estejam localizados fora do Brasil, contanto que cumpram um dos critérios especificados nos incisos I a III. Esses critérios são: Inciso I: O tratamento de dados é realizado no território brasileiro. Inciso II: A atividade de tratamento visa à oferta ou ao fornecimento de bens ou serviços no Brasil ou envolve dados de indivíduos localizados no Brasil. Inciso III: Os dados foram coletados no território brasileiro. Isso significa que empresas estrangeiras que fazem negócios no Brasil ou que processam dados de indivíduos no Brasil estão sujeitas à LGPD. Parágrafos §1º e §2º § 1º: Esclarece o que significa “coletados no território nacional”, definindo-os como os dados de indivíduos que estavam no Brasil no momento da coleta. § 2º: A referência ao inciso IV do caput do art. 4º é uma exceção à regra do inciso I. O art. 4º, inciso IV, trata de situações específicas em que a lei não se aplica, como no tratamento de dados para fins pessoais ou jornalísticos. O Artigo 3º é crucial para entender a abrangência da LGPD, definindo claramente o alcance geográfico e a aplicabilidade da lei. Ao estabelecer critérios claros para a aplicação da lei, mesmo fora do território brasileiro, ele garante que as entidades que realizam atividades de tratamento de dados com conexão ao Brasil estejam em conformidade com as normas estabelecidas. Essa extensão da jurisdição ajuda a fortalecer a proteção de dados no contexto globalizado e a garantir que as empresas que interagem com consumidores brasileiros ou operam no Brasil respeitem os direitos de privacidade, independentemente de onde estejam localizadas. Não é aplicável O Artigo 4º da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil estabelece as exceções à lei, ou seja, as situações em que o tratamento de dados pessoais não está sujeito às disposições da LGPD. Vamos analisar essas exceções: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 11 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves I – Fins Exclusivamente Particulares e Não Econômicos Quando uma pessoa natural trata dados pessoais exclusivamente para fins pessoais e não comerciais, a LGPD não se aplica. Isso poderia incluir o gerenciamento de contatos pessoais ou fotos em um dispositivo privado. II – Fins Exclusivamente Jornalísticos, Artísticos ou Acadêmicos Essa exceção visa preservar a liberdade de expressão e de pesquisa. A LGPD não se aplica ao tratamento de dados pessoais realizado para fins jornalísticos, artísticos ou acadêmicos, embora certos artigos da LGPD ainda se apliquem no contexto acadêmico. III – Segurança Pública, Defesa Nacional, Segurança do Estado e Repressão de Infrações Penais Essa seção estabelece exceções para o tratamento de dados realizado por órgãos governamentais no exercício de suas funções, como policiamento e segurança nacional. O §1º enfatiza que essas atividades devem ser regidas por legislação específica e devem ser proporcionais e necessárias ao interesse público. O § 2º proíbe o tratamento desses dados por entidades privadas, exceto em circunstâncias específicas e sob a supervisão do governo. Os §§ 3º e 4º estabelecem controles adicionais sobre essa exceção, incluindo a necessidade de opiniões técnicas, recomendações e limitações sobre o tratamento por entidades privadas. IV – Dados Provenientes de Fora do Território Nacional Essa exceção aplica-se a dados que vêm de fora do Brasil e não são comunicados, compartilhados ou transferidos internacionalmente com agentes de tratamento brasileiros. A exceção só se aplica se o país de origem proporcionar um grau adequado de proteção de dados. O Artigo 4º é fundamental para entender os limites da LGPD, delineando as situações em que o tratamento de dados pessoais não está sujeito às regras da lei. Essas exceções buscam equilibrar a necessidade de proteger a privacidade dos indivíduos com outras considerações importantes, como a liberdade de expressão, a segurança pública e a soberania do Estado. Ao fazer isso, o artigo ajuda a garantir que a LGPD seja aplicada de maneira justa e proporcional, respeitando outros valorese interesses sociais importantes. 003. 003. (FCC/TRT 5ª REGIÃO-BA/TÉCNICO JUDICIÁRIO-TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2022) Conforme expressa previsão legal, NÃO se aplica a Lei n. 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), no tocante ao tratamento de dados pessoais a) que tenham sido coletados no território nacional. b) realizado para fins, exclusivamente, jornalístico e artísticos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 12 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves c) de indivíduos localizados no território nacional. d) que tenha por objetivo a oferta ou o fornecimento de bens ou serviços no território nacional. e) realizado por pessoa natural, ainda que para fins econômicos. NÃO se aplica a Lei n. 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), no tocante ao tratamento de dados pessoais realizado para fins, exclusivamente, jornalístico e artísticos. Letra b. DefiniçÕeS e conceiToS BÁSicoS: Lei GeraL De DefiniçÕeS e conceiToS BÁSicoS: Lei GeraL De PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD)PROTEÇÃO DE DADOS (LGPD) A LGPD introduziu uma série de termos e definições que são fundamentais para a compreensão e aplicação da lei. Abaixo, vamos analisar esses conceitos de forma esquematizada. I – Dado Pessoal: Informação de pessoa identificada ou identificável. II – Dado Pessoal Sensível: • Origem racial/étnica; • Convicção religiosa; • Opinião política; • Filiação a sindicato/organização (religiosa, filosófica, política); • Saúde ou vida sexual; • Dado genético/biométrico vinculado a pessoa. Obs.: O rol é taxativo, ou seja, não devemos estender o entendimento sobre o que são dados pessoais sensíveis além dos apresentados na definição! III – Dado Anonimizado: Dado do titular sem possibilidade de identificação (usando meios técnicos). IV – Banco de Dados: Conjunto estruturado de dados pessoais. Em suporte eletrônico ou físico. Em um ou vários locais. V – Titular: Pessoa a quem se referem os dados tratados. VI – Controlador: Pessoa ou entidade decidindo sobre tratamento de dados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 13 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves VII – Operador: Pessoa ou entidade tratando dados em nome do controlador. VIII – Encarregado: Indicado para comunicar entre controlador, titulares e ANPD. IX – Agentes de Tratamento: Controlador e operador. DICA a dica aqui é realizar a analogia de que o controlador é o gerente da loja, e o operador é o vendedor que segue as diretrizes passadas pelo “gerente” (controlador). X – Tratamento: Operações com dados pessoais: coleta, produção, classificação, uso, acesso, armazenamento etc. XI – Anonimização: Técnica que torna dado impossível de associar a indivíduo. XII – Consentimento: Acordo do titular para tratar seus dados para propósito específico. XIII – Bloqueio: Suspensão temporária do tratamento de dados. XIV – Eliminação: Exclusão de dados do banco de dados. XV – Transferência Internacional de Dados: Envio de dados pessoais para fora do país ou a organismos internacionais. XVI – Uso Compartilhado de Dados: Comunicação e interconexão entre entidades públicas e/ou privadas. XVII – Relatório de Impacto: Descrição de processos que podem gerar riscos. Medidas e mecanismos de mitigação. XVIII – Órgão de Pesquisa: Entidade focada em pesquisa. Legalmente constituída no Brasil. XIX – Autoridade Nacional: Órgão fiscalizando o cumprimento da lei. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 14 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 004. 004. (FCC/TRT 4ª REGIÃO-RS/TÉCNICO JUDICIÁRIO-TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO /2022) Segundo dispõe a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n. 13.709/2018, o dado relativo a titular que não possa ser identificado, considerando a utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento, é denominado a) inconsistente. b) inexistente. c) não classificável. d) não qualificável. e) anonimizado. Conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o dado relativo a um titular que não pode ser identificado, mesmo com o uso de meios técnicos razoáveis e disponíveis na ocasião de seu tratamento, é denominado “anonimizado”. O processo de anonimização é importante para proteger a privacidade dos indivíduos, tornando os dados irreversivelmente não identificáveis, de modo que não possam mais ser vinculados a uma pessoa específica. Letra e. 005. 005. (FCC/TRT 4ª REGIÃO-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO-ARQUITETURA/2022) Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n. 13.709/2018, o dado pessoal sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando vinculado a uma pessoa natural, é denominado dado pessoal a) social. b) sensível. c) intangível. d) não qualificável. e) não classificável. Conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o tipo de dado pessoal mencionado na questão, que inclui informações sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico, quando O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 15 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves vinculado a uma pessoa natural, é denominado “dado pessoal sensível.” A LGPD estabelece regras específicas para o tratamento desses dados sensíveis, visando a uma proteção ainda mais rigorosa da privacidade dos indivíduos. Letra b. PrincÍPioS Da LGPDPrincÍPioS Da LGPD A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é orientada por uma série de princípios que delineiam como os dados pessoais devem ser tratados. Esses princípios são fundamentais para a interpretação da lei e orientam a aplicação prática da regulamentação. Vamos explorar cada um desses princípios, conforme definidos no Artigo 6º da LGPD, e fornecer exemplos de como eles podem ser aplicados na prática: 1. Finalidade Realização do tratamento para propósitos legítimos, específicos, explícitos e informados ao titular. EXEMPLO Ao coletar dados para inscrição em uma newsletter, a empresa deve informar claramente que os dados serão usados apenas para esse propósito específico. 2. Adequação Compatibilidade do tratamento com as finalidades informadas, de acordo com o contexto do tratamento. Exemplo Se um hospital coleta dados de saúde de um paciente, esses dados devem ser usados apenas para fins de tratamento médico, e não para campanhas de marketing. 3. NecessidadeLimitação do tratamento ao mínimo necessário para a realização de suas finalidades. EXEMPLO Uma loja online que solicita informações de cartão de crédito deve usar esses dados somente para processar a compra, sem armazená-los sem necessidade. 4. Livre Acesso Garantia ao titular de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 16 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Um usuário de rede social deve poder acessar e visualizar todas as informações pessoais que a plataforma possui sobre ele. 5. Qualidade dos Dados Garantia ao titular da exatidão, clareza, relevância e atualização dos dados. EXEMPLO Uma instituição financeira deve manter as informações de contato do cliente atualizadas para garantir que os comunicados cheguem ao destinatário correto. 6. Transparência Informações claras e precisas sobre a realização do tratamento e os respectivos agentes de tratamento. EXEMPLO Um site que utiliza cookies deve informar aos visitantes como esses cookies são usados e por quem, de maneira transparente. 7. Segurança Utilização de medidas técnicas e administrativas para proteger os dados pessoais. EXEMPLO Uma empresa implementa criptografia e autenticação de dois fatores para proteger os dados dos clientes armazenados em seus servidores. 8. Prevenção Adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos em virtude do tratamento de dados pessoais. EXEMPLO Uma clínica médica utiliza um sistema robusto de firewall para prevenir o acesso não autorizado a registros de pacientes. 9. Não Discriminação Impossibilidade de realização do tratamento para fins discriminatórios, ilícitos ou abusivos. EXEMPLO Uma empresa de empréstimos não pode usar dados raciais ou étnicos para determinar a elegibilidade para um empréstimo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 17 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 10. Responsabilização e Prestação de Contas Demonstração, pelo agente, da adoção de medidas eficazes para o cumprimento das normas de proteção de dados. EXEMPLO Uma organização realiza auditorias regulares e documenta suas políticas e práticas de proteção de dados para demonstrar conformidade com a LGPD. Esses princípios fornecem uma estrutura clara para as organizações que tratam dados pessoais, ajudando-as a operar de maneira responsável e transparente, em total conformidade com a lei. Ao alinhar suas práticas de gestão de dados com esses princípios, as empresas podem fortalecer a confiança dos titulares e promover uma cultura de respeito e proteção dos dados pessoais. 006. 006. (CESPE-CEBRASPE/APEX BRASIL/ADMINISTRAÇÃO DE PESSOAL/2022) De acordo com a LGPD, a garantia, aos titulares, de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a duração do tratamento, bem como sobre a integralidade de seus dados pessoais, é traduzida pelo princípio do(a) a) não discriminação. b) livre acesso. c) garantia. d) transparência. O princípio do “livre acesso” (alternativa B) é fundamental, de acordo com a LGPD, para garantir aos titulares de dados o direito de consultar de forma facilitada e gratuita informações sobre como seus dados pessoais estão sendo tratados, incluindo a forma e a duração desse tratamento, bem como a integralidade de seus dados. Esse princípio está alinhado com a transparência e o empoderamento dos titulares de dados, permitindo que eles tenham controle sobre suas informações pessoais. Letra b. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 18 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiSTraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS Artigo 7º – Hipóteses de Tratamento de Dados Pessoais: O Artigo 7º da LGPD define as situações em que o tratamento de dados pessoais é permitido. Aqui estão as hipóteses com exemplos: Consentimento do Titular (I): o tratamento é permitido quando o titular fornece seu consentimento explícito. EXEMPLO Um site de compras online coleta seus dados pessoais, como nome e endereço, com seu consentimento para processar e entregar seu pedido. Cumprimento de Obrigação Legal ou regulatória (II): os dados podem ser tratados quando o controlador está cumprindo uma obrigação legal ou regulatória. EXEMPLO Uma empresa de contabilidade coleta informações fiscais de seus clientes para cumprir as leis de impostos. Políticas Públicas (III): a administração pública pode tratar dados para executar políticas públicas previstas em leis ou contratos. EXEMPLO Um órgão governamental coleta dados demográficos para planejar programas de educação pública. Pesquisa por Órgão de Pesquisa (IV): os órgãos de pesquisa podem realizar estudos, desde que anonimizem os dados pessoais sempre que possível. EXEMPLO Uma universidade conduz uma pesquisa sobre hábitos de consumo, garantindo que os dados dos participantes sejam anonimizados. Execução de Contrato (V): o tratamento é permitido para a execução de contratos dos quais o titular faz parte. EXEMPLO Uma seguradora coleta dados pessoais de segurados para processar pedidos de seguro. Exercício de Direitos em Processos (VI): os dados podem ser tratados para permitir o exercício de direitos em processos judiciais, administrativos ou arbitrais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 19 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Em um processo de divórcio, informações financeiras podem ser coletadas para determinar divisão de bens. Proteção de Vida ou Incolumidade Física (VII): o tratamento é permitido para proteger a vida ou a integridade física do titular ou de terceiros. EXEMPLO Um hospital compartilha com a polícia informações médicas de um paciente ferido para auxiliar na investigação de um crime. Tutela da Saúde (VIII): os profissionais de saúde podem tratar dados pessoais exclusivamente para a saúde do paciente. EXEMPLO Um médico registra informações de um paciente para fazer um diagnóstico preciso. Interesses Legítimos (IX): o tratamento é permitido quando atenda aos interesses legítimos do controlador ou de terceiros, desde que não prejudique os direitos fundamentais do titular. EXEMPLO Uma loja online usa seus dados de compra para recomendar produtos com base em seu histórico de compras. Proteção de Crédito (X): os dados podem ser tratados para proteger crédito, incluindo conformidade com a legislação relevante. EXEMPLO Um banco pode verificar seu histórico de crédito antes de aprovar um empréstimo. 007. 007. (FGV/CGE-SC/AUDITOR DO ESTADO-ADMINISTRAÇÃO/2023) O tratamento de dados pessoais cujo acesso é público deve considerara finalidade, a boa-fé e o interesse público que justificaram sua disponibilização. Em tema de requisitos para o tratamento de dados pessoais, segundo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD), o tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado em algumas hipóteses. Essas hipóteses são apresentadas nas opções a seguir, à exceção de uma. Assinale-a. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 20 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves a) Proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro. b) Cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador. c) Realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais. d) Tutela da saúde em sentido amplo, sem exclusivamente em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária. e) Necessidade para a execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido do titular dos dados. a) Certa. É uma das hipóteses permitidas para o tratamento de dados pessoais, de acordo com a LGPD. O tratamento de dados pessoais é permitido quando necessário para proteger a vida ou a integridade física do titular dos dados ou de terceiros. b) Certa. É outra hipótese válida para o tratamento de dados pessoais sob a LGPD. Os controladores podem tratar dados pessoais quando necessário para cumprir obrigações legais ou regulatórias. c) Certa. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais para fins de pesquisa, desde que sejam adotadas medidas de anonimização ou pseudonimização sempre que possível. Portanto, esta é uma hipótese válida. d) Errada. É a exceção, pois a LGPD não prevê explicitamente o tratamento de dados pessoais para a tutela da saúde em sentido amplo, a menos que esteja relacionado a procedimentos realizados por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária. e) Certa. É outra hipótese válida de tratamento de dados pessoais sob a LGPD. O tratamento de dados pessoais é permitido quando necessário para a execução de um contrato do qual o titular dos dados é parte ou para procedimentos preliminares relacionados a esse contrato. Letra d. 008. 008. (INSTITUTO AOCP/IF-MA/TÉCNICO EM TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2023) De acordo com a LGPD, o tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado nas seguintes hipóteses, EXCETO a) mediante o fornecimento de consentimento pelo titular. b) para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador. c) para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro. d) quando necessário para atender aos interesses legítimos do controlador ou de terceiro, independentemente dos direitos e liberdades fundamentais do titular que exigem a proteção dos dados pessoais. e) para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação pertinente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 21 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves a) Certa. A LGPD estabelece que uma das bases legais para o tratamento de dados pessoais é o consentimento do titular. Portanto, esta é uma hipótese válida para o tratamento de dados pessoais, desde que o consentimento seja obtido de forma adequada. b) Certa. Esta é outra hipótese válida de tratamento de dados pessoais de acordo com a LGPD. Os controladores podem tratar dados pessoais quando necessário para cumprir obrigações legais ou regulatórias. c) Certa. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais quando necessário para proteger a vida ou a integridade física do titular dos dados ou de terceiros. Portanto, esta é uma hipótese válida. d) Errada. Esta é a exceção, conforme indicado no gabarito. Embora a LGPD permita o tratamento de dados pessoais com base nos interesses legítimos do controlador ou de terceiros, essa base legal deve ser avaliada em relação aos direitos e liberdades fundamentais do titular. Se esses direitos e liberdades exigirem a proteção dos dados pessoais, eles prevalecerão sobre os interesses legítimos. e) Certa. A LGPD também permite o tratamento de dados pessoais para a proteção do crédito, desde que isso esteja de acordo com a legislação aplicável. Portanto, esta é outra hipótese válida. Letra d. 009. 009. (FGV/SEFAZ-AM/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO DA FAZENDA ESTADUAL/2022) De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o tratamento de dados pessoais sensíveis somente poderá ocorrer em algumas situações, como sem fornecimento de consentimento do titular, nas hipóteses em que for indispensável para a) a proteção da vida ou da incolumidade física do titular, mas não de terceiro. b) o exercício regular de direitos em processo judicial, vedada a utilização em processo administrativo e arbitral. c) a realização de estudos por órgão de pesquisa, vedada a anonimização dos dados pessoais sensíveis. d) o tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos. e) a tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por autoridade sanitária, excluídos os demais profissionais e serviços de saúde. a) Errada. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais sensíveis sem o consentimento do titular quando for indispensável para a proteção da vida ou da incolumidade física do próprio titular ou de terceiros. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 22 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves b) Errada. A LGPD prevê a possibilidade de tratamento de dados pessoais sensíveis sem o consentimento do titular quando for necessário para o exercício regular de direitos em um processo judicial e a utilização em processo administrativo e arbitral. c) Errada. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais sensíveis para fins de pesquisa, mas exige a adoção de medidas de anonimização ou pseudonimização sempre que possível. d) Certa. Esta é a exceção, conforme indicado no gabarito. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais sensíveis sem o consentimento do titular quando necessário para a execução de políticas públicas pela administração pública. Portanto, essa é a resposta correta como a exceção entre as opções apresentadas. e) Errada. A LGPD não especifica que o tratamento de dados pessoais sensíveis para a tutela da saúde deve ser realizado exclusivamente por autoridade sanitária, excluindo outros profissionais e serviços de saúde. Portanto, essa não é uma hipótese válida de tratamento de dados pessoais sensíveis de acordo com a LGPD. Letra d. 010. 010. (FGV/SEFAZ-MT/FISCAL DE TRIBUTOS ESTADUAIS/2023) De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei n. 13.709/2018), o tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado em algumas hipóteses previstas na citada LGPD. Assinale a opção que contém uma dessas hipóteses. a) Para a proteção do crédito, inclusive quanto ao disposto na legislação pertinente.b) Para a realização de estudos por órgão de pesquisa, vedada, em qualquer caso, a anonimização dos dados pessoais. c) Para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador, desde que mediante prévia e indispensável autorização judicial. d) Quando necessário para a execução de contrato ou de procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido de qualquer cidadão. e) Pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis e regulamentos ou respaldadas em contratos, convênios ou instrumentos congêneres, desde que mediante prévia e indispensável autorização da autoridade fazendária competente. a) Certa. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais para a proteção do crédito, desde que esteja em conformidade com a legislação aplicável. Portanto, esta é uma hipótese válida. b) Errada. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais para fins de pesquisa, mas exige a adoção de medidas de anonimização ou pseudonimização sempre que possível. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 23 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves c) Errada. Essa alternativa não está de acordo com a LGPD. O tratamento de dados pessoais para o cumprimento de obrigações legais ou regulatórias não requer autorização judicial prévia, a menos que a lei assim o exija em casos específicos. d) Errada. O tratamento de dados pessoais é permitido quando necessário para a execução de um contrato do qual o titular dos dados seja parte, a pedido deste. e) Errada. A administração pública pode tratar e compartilhar dados para a execução de políticas públicas, desde que esteja autorizada pela legislação e autoridade competente. Letra a. 011. 011. (FEPESE/PREF. CUNHA PORÃ-SC/AGENTE ADMINISTRATIVO/2023) De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), assinale a alternativa que indica corretamente uma das hipóteses na qual o tratamento de dados pessoais sensíveis poderá ocorrer. a) Somente quando o Poder Judiciário consentir, após ouvidos os titulares ou seus representantes, para proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiros. b) Para tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária, somente se o titular ou seu responsável legal consentir. c) Sem fornecimento de consentimento do titular, quando for indispensável para realização de estudos por órgão de pesquisa, garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis. d) É permitida a comunicação ou o uso compartilhado entre controladores de dados pessoais sensíveis referentes à saúde com objetivo de obter vantagem econômica, exceto nas hipóteses relativas à prestação de serviços de saúde, de assistência farmacêutica e de assistência à saúde. e) É permitido às operadoras de planos privados de assistência à saúde o tratamento de dados de saúde para a prática de seleção de riscos na contratação de qualquer modalidade, assim como na contratação e exclusão de beneficiários. a) Errada. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais sensíveis sem o consentimento do titular quando for necessário para a proteção da vida ou da incolumidade física do próprio titular ou de terceiros. A autorização judicial não é exigida para essa finalidade. b) Errada. A LGPD prevê que o tratamento de dados pessoais sensíveis relacionados à saúde pode ocorrer sem consentimento do titular quando necessário para a tutela da saúde, não exigindo consentimento em todas as situações. c) Certa. Está alinhada com a LGPD. A lei permite o tratamento de dados pessoais sensíveis para fins de pesquisa, desde que sejam adotadas medidas de anonimização ou pseudonimização sempre que possível. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 24 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves d) Errada. A LGPD não permite o tratamento de dados pessoais sensíveis com o objetivo de obter vantagem econômica, a menos que haja uma base legal específica que o autorize. Essa base legal deve estar de acordo com as disposições da LGPD. e) Errada. A LGPD impõe restrições ao tratamento de dados de saúde para a seleção de riscos, exigindo que o tratamento seja estritamente necessário para a celebração ou execução de contratos relacionados à assistência à saúde. O uso irrestrito para essa finalidade não é permitido pela lei. Letra c. Artigo 8º – Consentimento: O Artigo 8º detalha as regras sobre como o consentimento deve ser obtido: Forma do Consentimento (I): deve ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular. EXEMPLO Ao se inscrever em um site, você deve marcar uma caixa confirmando seu consentimento para os termos de uso. Cláusula Destacada (§ 1º): se for fornecido por escrito, o consentimento deve estar em uma cláusula destacada das demais cláusulas contratuais. EXEMPLO Em um contrato, a cláusula de consentimento deve ser visível e separada das outras cláusulas. Ônus da Prova (§ 2º): o controlador tem o ônus de provar que o consentimento foi obtido em conformidade com a LGPD. EXEMPLO Se um órgão governamental coleta dados, ele deve manter registros para provar que obteve o consentimento apropriado. Vício de Consentimento (§ 3º): é proibido o tratamento de dados pessoais mediante vício de consentimento. EXEMPLO Se alguém for coagido a fornecer seus dados, isso é considerado um vício de consentimento. Finalidades Determinadas (§ 4º): o consentimento deve se referir a finalidades específicas, não sendo permitidas autorizações genéricas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 25 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Você concede consentimento para que uma empresa de e-commerce use seus dados apenas para processar seu pedido, não para outros fins. Revogação (§ 5º): o titular pode revogar o consentimento a qualquer momento. EXEMPLO Você pode retirar seu consentimento para receber newsletters de uma empresa a qualquer momento. Alterações Informadas (§ 6º): se houver alterações nas informações referidas no consentimento, o controlador deve informar o titular. EXEMPLO Se uma empresa de mídia social alterar sua política de privacidade, ela deve informar os usuários sobre as mudanças. 012. 012. (INÉDITA/2023) Julgue o item. De acordo com o Artigo 8º da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o consentimento para o tratamento de dados pessoais pode ser obtido de forma oral, sem a necessidade de manifestação escrita do titular. Conforme as disposições da LGPD, o consentimento deve ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular. Isso significa que o consentimento não pode ser obtido de forma oral, sendo necessário que haja um registro ou documento que comprove a concordância do titular com o tratamento de seus dados pessoais. Errado.013. 013. (INÉDITA/2023) Julgue o item. O controlador de dados pessoais tem o ônus de provar que obteve o consentimento do titular em conformidade com a LGPD. Conforme as disposições da LGPD, o controlador de dados pessoais tem, de fato, o ônus de provar que obteve o consentimento do titular de acordo com a lei. Isso significa que é responsabilidade do controlador demonstrar que o consentimento foi obtido de maneira O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 26 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves adequada, seja por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular. Certo. 014. 014. (FGV/MPE-SC/ANALISTA DE DADOS E PESQUISA/2022) De acordo com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), o consentimento é a manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada. Conforme o Art. 8º, § 2º, da Lei n. 13.709/2018, o ônus da prova de que o consentimento foi obtido em conformidade com o disposto na LGPD é do(a): a) titular; b) controlador; c) encarregado; d) órgão de pesquisa; e) autoridade nacional. De acordo com o Artigo 8º, § 2º, da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o ônus da prova de que o consentimento foi obtido em conformidade com o disposto na LGPD recai sobre o controlador de dados pessoais. Isso significa que é responsabilidade do controlador demonstrar que o consentimento do titular foi obtido de acordo com as normas estabelecidas pela LGPD. Letra b. 015. 015. (FCC/TRT 4ª REGIÃO-RS/TÉCNICO JUDICIÁRIO-TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2022) A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n. 13.709/2018, define consentimento como a manifestação livre, informada e inequívoca pela qual o titular concorda com o tratamento de seus dados pessoais para uma finalidade determinada. Sobre consentimento, é correto afirmar que a) é irrevogável, uma vez concedido pelo titular dos dados pessoais. b) não é obrigatório que seja concedido por escrito. c) pode referir-se a finalidades determinadas ou genéricas. d) é necessário ainda que os dados tenham sido tornados manifestamente públicos pelo titular. e) cabe ao titular dos dados pessoais o ônus da prova de que o consentimento foi concedido em conformidade com o disposto na LGPD. 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O consentimento deve se referir a finalidades determinadas, não sendo permitidas autorizações genéricas. d) Errada. A LGPD não requer que os dados tenham sido tornados manifestamente públicos pelo titular para a obtenção de consentimento. e) O ônus da prova de que o consentimento foi concedido em conformidade com a LGPD recai sobre o controlador de dados pessoais, não sobre o titular. Letra b. 016. 016. (QUADRIX/CFO-DF/AGENTE OPERACIONAL/2022) Segundo a Lei n. 13.709/2018 (LGPD), julgue o item. Consentimento consiste na autorização, expressa ou tácita, pelo titular, para uso de seus dados pessoais. Segundo a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o consentimento consiste na autorização expressa pelo titular para o uso de seus dados pessoais. A LGPD exige que o consentimento seja explícito e inequívoco, o que significa que deve ser dado de forma clara e específica pelo titular, não podendo ser tácito. Portanto, a afirmação de que o consentimento pode ser tácito está incorreta. Errado. 017. 017. (QUADRIX/CRO-BA/AGENTE DE FISCALIZAÇÃO/2023) Conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), julgue o item subsequente. O tratamento de dados pessoais somente poderá ser realizado mediante o consentimento do titular, o qual deverá ser declarado necessariamente por escrito. Conforme a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o tratamento de dados pessoais pode ser realizado com base no consentimento do titular, mas o consentimento não O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 28 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves necessariamente precisa ser declarado por escrito. A LGPD estabelece que o consentimento pode ser fornecido de forma escrita ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular. Errado. Artigo 9º – Direito de Acesso às Informações sobre o Tratamento de Dados O Artigo 9º da LGPD trata do direito do titular de ter acesso às informações relacionadas ao tratamento de seus dados pessoais. As informações devem ser disponibilizadas de forma clara, adequada e ostensiva, incluindo: Finalidade Específica (I): a finalidade específica do tratamento dos dados. EXEMPLO Um aplicativo de entrega de alimentos deve informar que coleta dados pessoais, como localização, para entregar pedidos aos clientes. Forma e Duração (II): a maneira como os dados são tratados e por quanto tempo, respeitando segredos comerciais e industriais. EXEMPLO Uma empresa de análise de mercado pode coletar dados de vendas de produtos para análise estatística por três anos. Identificação do Controlador (III): a identificação do responsável pelo tratamento dos dados. EXEMPLO Um site de comércio eletrônico deve identificar claramente a empresa responsável pelo tratamento dos dados dos clientes. Informações de Contato (IV): os meios de contato com o controlador. EXEMPLO Um aplicativo de redes sociais deve fornecer informações de contato para que os usuários possam fazer perguntas sobre privacidade. Uso Compartilhado (V): informações sobre o compartilhamento de dados pelo controlador e a finalidade desse compartilhamento. EXEMPLO Um banco que compartilha informações de clientes com uma agência de crédito deve informar como esses dados são usados para avaliação de crédito. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 29 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Responsabilidades dos Agentes (VI): as responsabilidades dos agentes que realizarão o tratamento dos dados. EXEMPLO Uma empresa de hospedagem de sites deve informar como protege os dados de seus clientes em conformidade com a LGPD. Direitos do Titular (VII): os direitos do titular, incluindo aqueles descritos no Artigo 18 da LGPD. EXEMPLO Um aplicativo de mídiasocial deve informar aos usuários sobre seu direito de acessar, corrigir e excluir seus próprios dados. Consentimento Enganoso (§ 1º): o consentimento será considerado nulo se as informações fornecidas ao titular forem enganosas, abusivas ou não apresentadas com transparência. EXEMPLO Uma empresa que coleta dados de localização para “melhorar a experiência do usuário” sem esclarecer que também vende esses dados a terceiros. Mudanças de Finalidade (§ 2º): se houver mudanças na finalidade do tratamento de dados não compatíveis com o consentimento original, o controlador deve informar previamente o titular e permitir a revogação do consentimento. EXEMPLO Uma empresa de marketing que decide usar dados de clientes para publicidade direcionada, quando o consentimento original foi para fins de análise interna. Tratamento como Condição (§ 3º): se o tratamento de dados for uma condição para fornecer um produto, serviço ou exercer um direito, o titular deve ser informado de maneira destacada. EXEMPLO Uma plataforma de streaming de música deve informar que o acesso às músicas requer o tratamento de dados pessoais. Artigo 10 – Tratamento Baseado no Legítimo Interesse do Controlador: O Artigo 10 da LGPD aborda o tratamento de dados pessoais com base no legítimo interesse do controlador: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 30 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Finalidades Legítimas (I e II): o tratamento baseado no legítimo interesse do controlador só é permitido para finalidades legítimas, que devem ser determinadas com base em situações concretas. EXEMPLO Uma empresa de comércio eletrônico que usa seu histórico de compras para personalizar ofertas de produtos. Dados Estritamente Necessários (§ 1º): somente os dados pessoais estritamente necessários para a finalidade pretendida podem ser tratados. EXEMPLO Um site de notícias que coleta apenas seu endereço de e-mail para enviar boletins informativos. Transparência (§ 2º): o controlador deve adotar medidas para garantir a transparência no tratamento de dados com base em seu legítimo interesse. EXEMPLO Uma empresa de marketing deve explicar claramente como usa dados de clientes para personalizar anúncios. Relatório de Impacto (§ 3º): a autoridade nacional pode solicitar um relatório de impacto à proteção de dados pessoais quando o tratamento se basear no legítimo interesse do controlador. EXEMPLO Uma empresa que coleta dados de geolocalização para melhorar a eficiência de suas entregas deve preparar um relatório de impacto se solicitado pela autoridade nacional de proteção de dados. 018. 018. (CONSULPLAN/CORE-GO/ASSISTENTE ADMINISTRATIVO/2023) A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) dispõe sobre a “documentação do controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco”. Esta documentação trata-se de: a) Relatório de impacto à proteção de dados pessoais. b) Parecer de transparência e riscos aos direitos fundamentais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 31 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves c) Plano de comunicação, difusão e transferência de dados pessoais. d) Sistema de anonimização, consentimento e bloqueio de dados pessoais. A documentação do controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco, é conhecida como Relatório de Impacto à Proteção de Dados Pessoais (RIPD). O RIPD é um documento importante previsto na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) que ajuda a identificar, avaliar e minimizar os riscos relacionados ao tratamento de dados pessoais. Letra a. 019. 019. (CESPE-CEBRASPE/SECONT-ES/AUDITOR DO ESTADO-TECNOLOGIA DA INFORMA- ÇÃO/2022) Julgue o item a seguir, com relação a sistemas de proteção AntiSpam, a normas da NBR ISO/IEC 27005, aos planos de continuidade de negócios e a disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Conforme definido pela LGPD, o relatório de impacto à proteção de dados pessoais é a documentação do controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco. O relatório de impacto à proteção de dados pessoais, conforme definido pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), é de fato a documentação do controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco. Esse relatório é uma ferramenta importante para ajudar as organizações a identificar e abordar possíveis riscos relacionados ao tratamento de dados pessoais. Certo. Do TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS SenSÍVeiSDo TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS SenSÍVeiS Artigo 11 – Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis O Artigo 11 da LGPD estabelece as hipóteses em que o tratamento de dados pessoais sensíveis é permitido: Consentimento Específico (I): o tratamento de dados pessoais sensíveis requer o consentimento específico e destacado do titular para finalidades específicas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 32 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Um hospital solicita o consentimento específico de um paciente para coletar e usar seus dados médicos para fins de pesquisa médica. Dispensa de Consentimento (II): em algumas situações, o tratamento de dados pessoais sensíveis pode ocorrer sem o consentimento do titular, como quando for indispensável para: a) Cumprimento de Obrigação Legal (II a): o controlador precisa tratar dados de saúde para cumprir uma obrigação legal, como relatórios obrigatórios às autoridades de saúde. b) Tratamento Compartilhado (II b): o tratamento é necessário para a execução de políticas públicas pela administração pública. c) Realização de Estudos (II c): os dados são utilizados para estudos por órgãos de pesquisa, com garantia de anonimização sempre que possível. EXEMPLO Um órgão de pesquisa utiliza dados de pacientes anonimizados para estudar a eficácia de tratamentos médicos. d) Exercício Regular de Direitos (II d): os dados são usados no exercício de direitos, incluindo contratos e processos judiciais ou administrativos. e) Proteção da Vida (II e): o tratamento é necessário para proteger a vida ou a integridade física do titular ou de terceiros. f) Tutela da Saúde (II f): o tratamento é exclusivamente realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridades sanitárias para proteger a saúde. g) Prevenção à Fraude e Segurança (II g): o tratamento é realizado para prevenir fraudes e protegera segurança do titular, especialmente em sistemas eletrônicos. Aplicação Geral (§ 1º): o artigo se aplica a qualquer tratamento de dados pessoais que revele dados sensíveis e que possa causar dano ao titular. Publicidade na Dispensa de Consentimento (§ 2º): quando órgãos e entidades públicas aplicarem as exceções de dispensa de consentimento, deverão fornecer publicidade sobre essa dispensa. Vedação ou Regulamentação (§ 3º): a autoridade nacional pode vedar ou regulamentar a comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais sensíveis entre controladores com o objetivo de obter vantagem econômica, após consulta aos órgãos setoriais do Poder Público. Vedação de Seleção de Riscos (§ 5º): operadoras de planos privados de assistência à saúde não podem usar dados de saúde para a seleção de riscos na contratação ou exclusão de beneficiários. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 33 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 020. 020. (IDECAN/SEFAZ-RR/TÉCNICO EM INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMA- ÇÃO/2023) Segundo a LGPD, o tratamento de dados pessoais sensíveis poderá ocorrer sem o fornecimento de consentimento do titular, exceto para: a) Cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador. b) Tratamento compartilhado de dados necessários à execução, pela administração pública, de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos. c) Proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro d) Tutela da saúde, exclusivamente, em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária. e) Realização de estudos por órgão de pesquisa, independente de anonimização dos dados. a) Certa. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais sensíveis sem o consentimento do titular quando necessário para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador. b) Certa. A LGPD também autoriza o tratamento compartilhado de dados pessoais sensíveis, desde que seja necessário para a execução de políticas públicas previstas em leis ou regulamentos pela administração pública. c) Certa. Uma das exceções previstas na LGPD para o tratamento de dados pessoais sensíveis é quando for necessário para proteger a vida ou a incolumidade física do titular ou de terceiros. Portanto, o consentimento não é estritamente necessário nesse caso. d) Errada. A LGPD estabelece que o tratamento de dados pessoais sensíveis relacionados à saúde pode ocorrer sem o consentimento do titular quando necessário para a tutela da saúde, exclusivamente em procedimento realizado por profissionais de saúde, serviços de saúde ou autoridade sanitária. e) Certa. A LGPD permite o tratamento de dados pessoais sensíveis para a realização de estudos por órgão de pesquisa, desde que seja garantida, sempre que possível, a anonimização dos dados pessoais sensíveis. Letra d. 021. 021. (CESPE-CEBRASPE/CNMP/ANALISTA-GESTÃO PÚBLICA/2023) No tocante aos dados pessoais sensíveis e ao seu tratamento, julgue o item seguinte com base na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) — Lei n. 13.709/2018. A LGPD considera o número do CPF da pessoa natural um dado pessoal sensível. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 34 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves A LGPD estabelece um rol taxativo de dados pessoais sensíveis, e o número do Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) não está incluído nele. Errado. Artigo 12 – Anonimização de Dados Utilização de meios técnicos razoáveis e disponíveis no momento do tratamento por meio dos quais um dado perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo. O artigo 12 da LGPD trata da anonimização de dados, que deixa de ser considerado dado pessoal: Reversão da Anonimização (§ 1º): os dados anonimizados podem ser considerados dados pessoais novamente se o processo de anonimização for revertido utilizando exclusivamente meios próprios ou com esforços razoáveis. EXEMPLO Se um conjunto de dados anonimizados pode ser reidentificado com relativa facilidade, ele ainda será considerado um dado pessoal. Perfil Comportamental (§ 2º): dados usados para criar um perfil comportamental de uma pessoa, se identificada, também podem ser considerados dados pessoais. EXEMPLO Se um perfil comportamental é criado com base em dados anonimizados, mas esses dados podem ser ligados a um indivíduo, eles permanecem como dados pessoais. Regulamentação e Segurança (§ 3º): a autoridade nacional pode regulamentar padrões e técnicas para a anonimização de dados e verificar sua segurança. 022. 022. (FGV/PGM-NITERÓI/ANALISTA DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/2023) De acordo com a Lei n. 13.709/2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais – LGPD), a convicção religiosa e a opinião política vinculadas a uma pessoa natural são consideradas dados pessoais sensíveis. O tratamento realizado nesse tipo de dado que perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo é: a) Difusão; b) Bloqueio; c) Eliminação; O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 35 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves d) Anonimização; e) Compartilhamento. De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a convicção religiosa e a opinião política vinculadas a uma pessoa natural são consideradas dados pessoais sensíveis. O tratamento realizado nesse tipo de dado que perde a possibilidade de associação, direta ou indireta, a um indivíduo é a “anonimização.” Letra d. Artigo 13 – Estudos em Saúde Pública O Artigo 13 trata do tratamento de dados pessoais em estudos em saúde pública. Acesso a Dados por Órgãos de Pesquisa: órgãos de pesquisa podem ter acesso a bases de dados pessoais para estudos e pesquisas em saúde pública. EXEMPLO Um instituto de pesquisa em saúde pode acessar dados de pacientes para realizar um estudo epidemiológico sobre uma doença. Divulgação Sem Dados Pessoais (§ 1º): a divulgação de resultados de estudos não pode revelar dados pessoais. Responsabilidade pela Segurança (§ 2º): o órgão de pesquisa é responsável pela segurança dos dados e não pode transferi-los a terceiros. Regulamentação (§ 3º): o acesso a esses dados será regulamentado pela autoridade nacional e autoridades da área de saúde e sanitárias. Do TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS De criançaS e De Do TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS De criançaS e De aDoLeScenTeSaDoLeScenTeS Artigo 14 – Tratamento de Dados de Crianças e Adolescentes O Artigo 14 da LGPD trata especificamente do tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes. Ele estabelece medidas e diretrizes para garantir a proteção e o interesse desses grupos. Vamos esquematizar as principais disposições do artigo: Tratamento no Melhor Interesse (caput): o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes deve ser realizado considerando o melhor interesse deles, conforme este artigo e a legislação pertinente. Consentimento Específico (§ 1º): para o tratamento de dados de crianças, é necessárioobter o consentimento específico e destacado de pelo menos um dos pais ou do responsável legal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 36 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Uma plataforma online que coleta dados de crianças para jogos educacionais precisa do consentimento dos pais ou responsável antes de coletar esses dados. Informações Públicas (§ 2º): os controladores devem tornar públicas informações sobre os tipos de dados coletados, como esses dados são usados e como os pais ou responsáveis podem exercer os direitos previstos na Lei. EXEMPLO Uma empresa que coleta dados de crianças em seu site deve disponibilizar informações claras sobre como esses dados são usados e como os pais podem acessar ou excluir esses dados. Coleta Necessária (§ 3º): dados pessoais de crianças podem ser coletados sem consentimento quando necessários para contatar os pais ou responsável, com uso único e sem armazenamento. Esses dados não podem ser compartilhados com terceiros sem consentimento. EXEMPLO Se uma escola precisa coletar o número de telefone dos pais para entrar em contato em caso de emergência, essa coleta pode ser feita sem consentimento da criança, mas os dados não podem ser vendidos a terceiros. Restrições em Atividades (§ 4º): os controladores não podem condicionar a participação de crianças em jogos, aplicativos da internet ou outras atividades ao fornecimento de informações pessoais além das estritamente necessárias para a atividade. EXEMPLO Um aplicativo de jogo não pode exigir que a criança forneça seu endereço de e-mail para jogar; só pode solicitar informações diretamente relacionadas ao jogo. Verificação de Consentimento (§ 5º): os controladores devem fazer esforços razoáveis para verificar se o consentimento obtido no § 1º foi dado pelo responsável da criança, levando em conta as tecnologias disponíveis. EXEMPLO Uma empresa que coleta dados de crianças pode usar métodos de verificação, como por e-mail ou SMS, para garantir que o consentimento seja dado por um adulto responsável. Comunicação Clara e Acessível (§ 6º): as informações sobre o tratamento de dados devem ser fornecidas de maneira simples, clara e acessível, considerando as características físicas, perceptivas, sensoriais, intelectuais e mentais do usuário, incluindo o uso de recursos audiovisuais quando apropriado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 37 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Um site destinado a crianças deve usar linguagem simples e explicar, por meio de gráficos ou vídeos, como os dados serão usados e protegidos. Este artigo visa garantir a proteção das informações pessoais de crianças e adolescentes, promovendo a transparência e a privacidade em todas as atividades que envolvem o tratamento de seus dados. Do TÉrmino Do TraTamenTo De DaDoSDo TÉrmino Do TraTamenTo De DaDoS Artigo 15 – Término do Tratamento de Dados Pessoais O Artigo 15 da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece as situações em que o tratamento de dados pessoais deve ser encerrado. Vamos esquematizar essas hipóteses: Finalidade Alcançada (I): o tratamento de dados pessoais deve ser encerrado quando for verificado que a finalidade para a qual esses dados foram coletados foi alcançada. Além disso, se os dados não forem mais necessários ou pertinentes para alcançar a finalidade específica desejada, o tratamento deve ser encerrado. EXEMPLO Uma empresa que coleta informações de contato de clientes para envio de uma newsletter deve encerrar o tratamento desses dados quando deixar de enviá-la. Fim do Período de Tratamento (II): quando o período de tratamento determinado para os dados terminar, o tratamento deve ser encerrado. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando expira o contrato entre o titular dos dados e o controlador. EXEMPLO Um site de e-commerce deve parar de usar os dados de compra de um cliente quando o período de garantia dos produtos adquiridos encerrar. Comunicação do Titular (III): o tratamento de dados pessoais pode ser encerrado quando o titular dos dados comunicar sua decisão de fazê-lo, incluindo o exercício do direito de revogar o consentimento, conforme estipulado no § 5º do artigo 8º da LGPD. No entanto, isso está sujeito ao interesse público. EXEMPLO Um serviço de assinatura de boletim informativo deve parar de enviar e-mails ao titular dos dados quando este optar por cancelar a assinatura. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 38 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Determinação da Autoridade Nacional (IV): a autoridade nacional, responsável pela regulamentação e fiscalização da LGPD, pode determinar o encerramento do tratamento de dados quando ocorrer violação dos requisitos estabelecidos na Lei. EXEMPLO Se uma empresa estiver coletando dados pessoais de maneira inadequada e não estiver em conformidade com a LGPD, a autoridade nacional pode ordenar o encerramento desse tratamento. Artigo 16 – Conservação de Dados Pessoais O Artigo 16 da LGPD define as situações em que os dados pessoais podem ser conservados após o término de seu tratamento. Vejamos as finalidades permitidas para essa conservação: Cumprimento de Obrigação Legal ou Regulatória (I): os dados pessoais podem ser mantidos quando necessário para cumprir uma obrigação legal ou regulatória imposta ao controlador. EXEMPLO Uma empresa deve manter registros financeiros por um certo período de acordo com as leis fiscais. Estudo por Órgão de Pesquisa (II): os dados pessoais podem ser conservados para permitir estudos conduzidos por órgãos de pesquisa, desde que sejam aplicadas medidas de anonimização dos dados sempre que possível. EXEMPLO Uma universidade pode manter dados de pesquisa para futuras análises acadêmicas, garantindo que os dados dos participantes sejam anonimizados. Transferência a Terceiros (III): os dados pessoais podem ser mantidos quando sua transferência a terceiros é necessária, desde que sejam respeitados todos os requisitos de tratamento de dados estabelecidos na LGPD. EXEMPLO Uma empresa pode compartilhar dados de seus clientes com uma empresa de logística para a entrega de produtos. Uso Exclusivo do Controlador (IV): os dados pessoais podem ser conservados para uso exclusivo do controlador, desde que esses dados sejam anonimizados e não estejam acessíveis a terceiros. 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DoS DireiToS Do TiTULarDoS DireiToS Do TiTULar A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrou em vigor no Brasil em setembro de 2020, estabelece direitos e garantias fundamentais para todas as pessoas naturais em relação aos seus dados pessoais. O Artigo 17 e os subsequentes da LGPD delineiam esses direitos e estabelecem as responsabilidades dos controladores de dados, garantindo a proteção da liberdade, intimidade e privacidade dos indivíduos. Artigo 17 – Titularidade dos Dados Pessoais Este artigo assegura que todas as pessoas naturais têm a titularidade de seus dados pessoais. Ou seja, você é o dono dos seus próprios dados pessoais, e ninguém pode utilizá- los sem o seu consentimento, a menos que exista uma base legal para fazê-lo. Isso se traduz em um controle maior sobre quem pode acessar e usar suas informações pessoais. Artigo 18 – Direitos do Titular dos Dados Aqui, o artigo 18 enumera os direitos fundamentais do titular de dados pessoais e estabelece como tais direitos podem ser exercidos. Vamos entender cada um deles: I – Confirmação da Existência de Tratamento Imagine que você suspeita que uma empresa esteja usando seus dados pessoais de forma indevida. Você tem o direito de solicitar a confirmação de que seus dados estão realmente sendo processados por essa empresa. Isso lhe dá transparência e controle sobre o uso de seus dados. II – Acesso aos Dados Esse direito permite que você acesse todas as informações que uma empresa ou organização tem sobre você. É como ter uma cópia completa do que está registrado em seu nome. III – Correção de Dados Incompletos, Inexatos ou Desatualizados Suponha que você perceba que algumas das informações que uma empresa possui sobre você estão erradas ou desatualizadas. Neste caso, você pode solicitar que esses dados sejam corrigidos. Por exemplo, se seu endereço estiver incorreto, você pode solicitar a atualização para garantir que as comunicações da empresa cheguem ao lugar certo. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 40 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves IV – Anonimização, Bloqueio ou Eliminação de Dados Desnecessários Você tem o direito de solicitar que dados pessoais irrelevantes ou excessivos sejam anonimizados, bloqueados ou eliminados. Isso é importante para garantir que apenas as informações necessárias sejam mantidas e processadas. V – Portabilidade dos Dados Este é um direito interessante. Ele permite que você solicite seus dados pessoais a uma empresa e os transfira para outro fornecedor de serviço ou produto. Por exemplo, se você deseja mudar de provedor de serviços de e-mail, pode solicitar a portabilidade de seus dados para a nova plataforma. VI – Eliminação dos Dados Pessoais com Consentimento do Titular Se você deu seu consentimento para o tratamento de seus dados pessoais e, posteriormente, decide revogá-lo, a empresa deve eliminar seus dados, a menos que exista uma base legal para mantê-los. VII – Informação sobre Uso Compartilhado de Dados Você tem o direito de saber com quais entidades, sejam públicas ou privadas, o controlador de dados compartilhou suas informações pessoais. Isso fornece transparência sobre com quem seus dados estão sendo compartilhados. VIII – Informação sobre a Possibilidade de Não Fornecer Consentimento e suas Consequências Ao fornecer seu consentimento para o tratamento de dados, você tem o direito de receber informações claras sobre as consequências de não o fazer. Isso permite que você tome decisões informadas sobre como suas informações serão usadas. IX – Revogação do Consentimento Você pode revogar o consentimento dado anteriormente a qualquer momento. Se você não quiser mais que suas informações sejam processadas, a empresa deve interromper o tratamento, a menos que haja uma base legal para continuar. § 1º. Peticionar à Autoridade Nacional Caso seus direitos não sejam respeitados, você pode apresentar uma petição à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) para que ela investigue e tome as medidas adequadas para proteger seus direitos. § 2º. Opor-se ao Tratamento sem Consentimento Se seus dados estiverem sendo tratados com base em uma das exceções que dispensam o consentimento e você acredite que isso viola a LGPD, você tem o direito de se opor a esse tratamento. § 3º. Requerimento Expresso Todos esses direitos podem ser exercidos por meio de um requerimento expresso ao controlador de dados ou a seu representante legal. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 41 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves § 4º. Comunicação sobre a Impossibilidade Imediata de Atendimento Se o controlador de dados não puder atender imediatamente ao seu requerimento, ele deve informar as razões para tal. Isso garante transparência e clareza sobre o processo. § 5º. Gratuidade no Atendimento dos Requerimentos Não custa nada para você exercer esses direitos. O controlador de dados não pode cobrar pelo fornecimento de informações ou pela execução das ações solicitadas. § 6º. Informar a outros Agentes de Tratamento Quando você solicita a correção, eliminação, anonimização ou bloqueio de seus dados a um controlador, ele deve informar a outros agentes de tratamento que possam ter recebido seus dados para que eles também tomem as mesmas medidas, a menos que isso seja impossível ou desproporcional. § 7º. Portabilidade dos Dados Esse direito de portabilidade não inclui dados que já tenham sido anonimizados pelo controlador. § 8º. Exercício de Direitos perante os Organismos de Defesa do Consumidor Você também pode exercer esses direitos perante os órgãos de defesa do consumidor, caso necessário. Artigo 19 – Confirmação e Acesso aos Dados Este artigo detalha como a confirmação e o acesso aos dados pessoais devem ser providenciados. Você tem o direito de receber informações claras e completas sobre seus dados, incluindo a origem deles, a existência de registro, os critérios de tratamento e sua finalidade. Tudo isso deve ser fornecido em formato simplificado e imediatamente ou, se necessário, em até 15 dias a partir da data do pedido. § 1º. Armazenamento de Dados para Facilitar o Acesso Os dados pessoais devem ser armazenados em um formato que facilite o exercício do seu direito de acesso. § 2º. Forma de Fornecimento das Informações Você pode escolher se deseja receber as informações por meios eletrônicos ou em formato impresso, dependendo da sua preferência. § 3º. Cópia Eletrônica Integral de Dados Se o tratamento dos seus dados se basear em consentimento ou contrato, você pode solicitar uma cópia eletrônica integral dos seus dados pessoais, em um formato que permita seu uso subsequente. § 4º. Regulamentação Diferenciada para Setores Específicos A ANPD pode estabelecer regras específicas sobre os prazos de confirmação e acesso para setores específicos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civile criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 42 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Artigo 20 – Revisão de Decisões Baseadas em Tratamento Automatizado Este artigo reconhece que decisões importantes podem ser tomadas com base no tratamento automatizado de dados pessoais. Se você acredita que uma decisão que o afeta, como sua avaliação de crédito, foi tomada unicamente com base em dados automatizados e isso prejudicou seus interesses, você tem o direito de solicitar uma revisão dessa decisão. § 1º. Fornecimento de Informações sobre as Decisões Automatizadas O controlador deve fornecer informações claras sobre os critérios e procedimentos usados para a tomada de decisões automatizadas. Isso garante que você saiba como essas decisões são deliberadas. § 2º. Auditoria em Casos de Segredo Comercial e Industrial Se o controlador se recusar a fornecer informações com base no segredo comercial e industrial, a ANPD pode realizar uma auditoria para verificar se há aspectos discriminatórios no tratamento automatizado de dados pessoais. Artigo 21 – Proteção dos Dados em Exercício de Direitos Este artigo estabelece que os dados pessoais relacionados ao exercício regular de seus direitos como titular não podem ser usados contra você. Por exemplo, se você estiver exercendo seu direito de acessar seus dados, a empresa não pode tomar medidas prejudiciais com base nas informações que você está buscando. Artigo 22 – Defesa dos Direitos dos Titulares O último artigo que abordaremos aqui estabelece que você pode atuar na defesa dos seus interesses e direitos, seja individualmente ou coletivamente. Isso significa que você pode buscar a proteção de seus dados pessoais na justiça, de forma individual ou como parte de uma ação coletiva, caso seus direitos não sejam respeitados. A LGPD confere aos titulares de dados pessoais no Brasil uma série de direitos importantes para proteger sua privacidade e liberdade. Esses direitos permitem que você controle seus próprios dados e tome decisões informadas sobre como eles são usados. É fundamental conhecer esses direitos e saber como exercê-los para garantir que suas informações pessoais sejam tratadas de acordo com a lei. 023. 023. (QUADRIX/CRA-PE/ADMINISTRADOR/2023) Julgue o item a seguir. O titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, em relação aos dados do titular por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição, o acesso e a correção de dados incompletos, inexatos ou desatualizados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 43 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves A legislação de proteção de dados em muitos países prevê que os titulares dos dados pessoais tenham direito a acessar, corrigir, atualizar ou excluir seus próprios dados quando estes estiverem incompletos, inexatos ou desatualizados. O controlador é a entidade ou indivíduo que determina os propósitos e meios de processamento de dados pessoais e, como tal, é responsável por atender a essas solicitações feitas pelos titulares dos dados. Certo. 024. 024. (FCC/TRT 4ª REGIÃO-RS/TÉCNICO JUDICIÁRIO-ÁREA ADMINISTRATIVA/2022) Considere os seguintes itens: I – Confirmação da existência de tratamento. II – Anonimização de dados. III – Portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto. IV – Revogação do consentimento. Conforme estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n. 13.709/2018, o titular dos dados pessoais tem direito a obter do controlador, em relação aos dados do titular por ele tratados, a qualquer momento e mediante requisição, o que consta em a) I, III e IV, apenas. b) II e IV, apenas. c) I, II, III e IV d) I, II e III, apenas. e) I e IV, apenas. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n. 13.709/2018, estabelece diversos direitos para os titulares de dados pessoais em relação ao tratamento desses dados por controladores. Vamos analisar os itens: I – Confirmação da existência de tratamento. Sim, o titular tem o direito de confirmar se o controlador está tratando seus dados pessoais. II – Anonimização de dados. Embora a anonimização de dados não seja um direito explícito do titular como o de apagar seus dados, a anonimização é uma ferramenta mencionada na LGPD que os controladores podem usar para proteger os dados dos titulares. III – Portabilidade dos dados a outro fornecedor de serviço ou produto. Sim, a LGPD estabelece que o titular tem o direito de solicitar a portabilidade de seus dados a outro fornecedor. IV – Revogação do consentimento. Sim, a qualquer momento e mediante manifestação expressa, o titular pode revogar seu consentimento, sendo os efeitos dessa revogação não retroativos. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 44 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 025. 025. (QUADRIX/CRO-MS/ANALISTA ADMINISTRATIVO/2023) Considerando as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), julgue o item abaixo. A defesa dos interesses e dos direitos dos titulares de dados poderá ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, na forma do disposto na legislação pertinente, acerca dos instrumentos de tutela individual e coletiva. A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n. 13.709/2018, em seu Art. 18, § 6º, estabelece que: Art. 18. [...] § 6º. Os direitos previstos neste artigo serão exercidos mediante requisição expressa do titular ou de representante legalmente constituído a qualquer momento, mediante requerimento dirigido ao controlador. Já o Art. 81 da LGPD menciona o seguinte: Art. 81. A defesa dos interesses e dos direitos referidos nos arts. 18 a 21 desta Lei pode ser exercida em juízo, individual ou coletivamente, de acordo com o disposto na legislação pertinente, acerca dos instrumentos de tutela individual e coletiva. Assim, o titular dos dados pessoais ou seu representante legal pode, sim, exercer a defesa de seus direitos em juízo, de forma individual ou coletiva, conforme estabelecido na legislação pertinente. Certo. Do TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS PeLo PoDer PÚBLicoDo TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS PeLo PoDer PÚBLico A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil impõe regras rigorosas para o tratamento de dados pessoais, inclusive pelo Poder Público. O Artigo 23 e os subsequentes da LGPD estabelecem diretrizes específicas para garantir a proteção de dados quando esses são tratados por órgãos governamentais e empresas públicas. Neste guia, vamos explorar essas regras de forma didática e prática. Artigo 23 – Tratamento de Dados por Pessoas Jurídicas de Direito Público Este artigo se concentra no tratamento de dados pessoais pelas pessoas jurídicas de direito público, como órgãos governamentais. Vamos desdobrar as principais obrigações e considerações. I – Informação e Transparência O Artigo 23 exige que os órgãos públicos informem quando e como estão tratando dados pessoais em suas competências. Isso significa que eles devem disponibilizar informações claras e atualizadas sobre: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição,sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 45 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves • a previsão legal que permite o tratamento dos dados; • a finalidade do tratamento; • os procedimentos envolvidos; • as práticas utilizadas na execução dessas atividades. Isso deve ser feito em canais de fácil acesso, de preferência em seus sites oficiais. EXEMPLO Vamos dar um exemplo prático: se um órgão público coleta dados para emitir carteiras de identidade, ele deve informar por que está fazendo isso, como os dados serão usados e como as pessoas podem acessar ou corrigir esses dados. II – Nomeação de Encarregado Quando os órgãos públicos realizam operações de tratamento de dados pessoais, eles devem nomear um encarregado, também conhecido como Data Protection Officer (DPO). Essa pessoa é responsável por garantir a conformidade com a LGPD no tratamento de dados. É como um “guardião” dos dados dentro do órgão público. § 1º. Formas de Publicidade das Operações de Tratamento A autoridade nacional pode determinar como essas operações de tratamento devem ser divulgadas publicamente. Isso pode incluir requisitos específicos para a divulgação das atividades de tratamento de dados. § 2º. Cumprimento da Lei de Acesso à Informação Os órgãos públicos devem cumprir simultaneamente as regras da LGPD e da Lei de Acesso à Informação (Lei n. 12.527/2011), que regula o acesso a informações públicas. Isso significa que, além de proteger os dados pessoais, eles devem fornecer acesso às informações públicas solicitadas pelos cidadãos. § 3º. Prazos e Procedimentos para Exercício de Direitos Os prazos e procedimentos para que os cidadãos exerçam seus direitos em relação ao Poder Público devem seguir a legislação específica, como a Lei do Habeas Data, a Lei Geral do Processo Administrativo e a própria Lei de Acesso à Informação. Por exemplo, se você deseja acessar seus dados mantidos por um órgão público, deve seguir os prazos e procedimentos definidos por essas leis. § 4º. Serviços Notariais e de Registro Os serviços notariais e de registro, mesmo sendo exercidos em caráter privado por delegação do Poder Público, devem seguir as mesmas regras que os órgãos públicos em relação ao tratamento de dados pessoais. Isso garante a uniformidade na proteção dos dados, independentemente de quem os esteja tratando. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 46 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves § 5º. Fornecimento de Acesso Eletrônico para a Administração Pública Os órgãos notariais e de registro devem fornecer acesso eletrônico às informações pessoais para a administração pública, considerando as finalidades do tratamento, como a execução de políticas públicas. Artigo 24 – Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista Este artigo trata das empresas públicas e sociedades de economia mista que operam em regime de concorrência, ou seja, aquelas que competem no mercado. Elas devem seguir as mesmas regras que as empresas privadas no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais. No entanto, quando essas empresas estiverem operacionalizando políticas públicas, elas devem seguir as regras aplicáveis ao Poder Público. Artigo 25 – Formato Interoperável para Uso Compartilhado Os dados pessoais mantidos pelo Poder Público devem ser estruturados de forma interoperável para facilitar o compartilhamento de informações. Isso é importante para a execução de políticas públicas, prestação de serviços públicos, descentralização de atividades governamentais e para tornar as informações acessíveis ao público em geral. Analogicamente, é como se os dados fossem peças de um quebra-cabeça que podem ser facilmente combinadas para formar uma imagem completa. Artigo 26 – Uso Compartilhado com Finalidades Específicas O uso compartilhado de dados pessoais pelo Poder Público deve ter finalidades específicas relacionadas à execução de políticas públicas e atribuições legais dos órgãos públicos. Isso significa que os dados não podem ser compartilhados indiscriminadamente, mas apenas para fins bem definidos, e deve haver uma justificativa legal para isso. § 1º. Transferência para Entidades Privadas O Poder Público não pode transferir dados pessoais para entidades privadas, a menos que haja uma base legal específica para isso. Essa transferência deve ser restrita a finalidades específicas, como a execução descentralizada de atividades públicas. § 2º. Comunicação de Contratos e Convênios Os contratos e convênios que envolvem a transferência de dados pessoais para entidades privadas devem ser comunicados à autoridade nacional. Isso garante a transparência nas operações de tratamento de dados. Artigo 27 – Comunicação ou Uso Compartilhado com Consentimento do Titular O uso compartilhado de dados pessoais de pessoa jurídica de direito público por entidades privadas requer o consentimento do titular dos dados, a menos que haja exceções previstas na LGPD. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 47 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 026. 026. (FUNDATEC/SPGG-RS/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/2022) A Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei n. 13.709/2018), conhecida como LGPD, dispõe sobre o tratamento de dados pessoais e contém normas que devem ser seguidas pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Em relação à LGPD, é INCORRETO afirmar que: a) Possui um capítulo específico para o tratamento de dados pelo Setor Público. b) Estabelece que as atividades de tratamento de dados pessoais deverão observar princípios de: finalidade; adequação; necessidade; livre acesso; qualidade dos dados; transparência; segurança; prevenção; não discriminação; responsabilização e prestação de contas. c) Tem entre seus fundamentos o respeito à privacidade. d) As sanções administrativas previstas entraram em vigor na publicação da Lei. e) O tratamento de dados pessoais poderá ser realizado pela administração pública, para o tratamento e uso compartilhado de dados necessários à execução de políticas públicas previstas em leis. a) Certa. A LGPD possui um capítulo específico (Capítulo IV) dedicado ao tratamento de dados pessoais realizado pelo poder público, estabelecendo as particularidades e condições para esse tipo de tratamento. b) Certa. O Art. 6º da LGPD lista esses princípios que devem ser observados no tratamento de dados pessoais. c) Certa. O Art. 2º da LGPD lista os fundamentos da lei e o respeito à privacidade é um deles. d) Errada. As sanções administrativas entraram em vigor em agosto de 2021, após alguns adiamentos na data de entrada em vigor. Portanto, as sanções não entraram em vigor imediatamente com a publicação da lei. e) Certa. O Art. 23 da LGPD estabelece que o tratamento de dados pessoais realizado pelo poder público deve ser feito para a execução de políticas públicas ou atribuição legal do serviço público, respeitando os princípios e condições previstos na lei. Letra d. 027. 027. (CESPE-CEBRASPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES- ANALISTA DE TI/2022) Considerando as disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), julgue o item que se segue.Em regra, a comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais de pessoa jurídica de direito público a pessoa de direito privado será informado à autoridade nacional e dependerá de consentimento do titular. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 48 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Segundo a LGPD: Consentimento: o consentimento é uma das bases legais mais discutidas na LGPD e é um dos principais mecanismos para a realização de tratamento de dados pessoais. No entanto, quando se trata do setor público, a LGPD estabelece que o tratamento de dados pode ser realizado sem o consentimento do titular em algumas situações, principalmente quando o tratamento é necessário para a execução de políticas públicas ou atribuição legal do serviço público, conforme previsto no artigo 23 da lei. Comunicação de dados a entidades privadas: a LGPD, em seu artigo 26, estabelece que a comunicação ou o uso compartilhado de dados pessoais pelo poder público deve atender a finalidades específicas de execução de políticas públicas e atribuição legal pelo serviço público. O compartilhamento de dados entre entidades públicas e privadas deve observar essas finalidades e ser feito de acordo com os princípios e diretrizes estabelecidos pela LGPD. Notificação à autoridade nacional: de fato, em certos casos de uso compartilhado de dados, a LGPD estabelece que a operação seja informada à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Certo. Da reSPonSaBiLiDaDeDa reSPonSaBiLiDaDe A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil não apenas estabelece regras para o tratamento de dados pessoais como prevê mecanismos de fiscalização e monitoramento para garantir a conformidade. Os artigos 31 e 32 da LGPD tratam especificamente desse aspecto, permitindo à autoridade nacional agir em casos de infração e estabelecendo diretrizes para aprimorar a proteção de dados no setor público. Neste guia, iremos explorar esses artigos de forma didática e prática. Artigo 31 – Medidas Cabíveis em Caso de Infração Este artigo da LGPD lida com as ações a serem tomadas quando ocorre uma infração à lei no tratamento de dados pessoais por órgãos públicos. Vamos analisar as principais implicações e medidas cabíveis. Imagine que um órgão público tenha coletado e processado informações pessoais de cidadãos de forma inadequada, violando as disposições da LGPD. Isso pode incluir a coleta excessiva de dados sem consentimento ou o uso indevido dessas informações. Quando essa infração ocorre, a autoridade nacional, que é o órgão responsável pela fiscalização da LGPD, pode tomar medidas corretivas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 49 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Medidas Cabíveis Notificação: a autoridade nacional pode notificar o órgão público responsável pela infração e informar sobre a violação da LGPD. Recomendações e Orientações: além da notificação, a autoridade nacional pode fornecer recomendações e orientações para que o órgão público corrija a violação e se ajuste às regras da LGPD. Prazos para Correção: a autoridade nacional pode estabelecer prazos para que o órgão público tome medidas corretivas e interrompa a violação da lei. Sanções: em casos graves e persistentes de infração, a LGPD permite que a autoridade nacional imponha sanções, como multas diárias, ao órgão público infrator. Essas sanções são aplicadas com base na gravidade da infração e podem ser significativas para garantir a conformidade com a lei. Segundo o art. 52, os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional: I – advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas; II – multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração; III – multa diária, observado o limite total a que se refere o inciso II; IV – publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência; V – bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização; VI – eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração; VII – (VETADO); VIII – (VETADO); IX – (VETADO). X – suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período, até a regularização da atividade de tratamento pelo controlador; XI – suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração pelo período máximo de 6 (seis) meses, prorrogável por igual período; XII – proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas a tratamento de dados. Artigo 32 – Publicação de Relatórios de Impacto e Padrões de Boas Práticas Este artigo enfoca a importância da transparência e melhoria contínua no tratamento de dados pessoais pelo Poder Público. Ele permite que a autoridade nacional solicite a agentes do Poder Público a publicação de relatórios de impacto à proteção de dados pessoais e sugira a adoção de padrões e boas práticas. Vamos explorar esses conceitos: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 50 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Relatórios de Impacto à Proteção de Dados (DPIA) Imagine que um órgão público está planejando implementar um novo sistema de informações que envolve o tratamento de dados pessoais, como registros médicos de pacientes em hospitais públicos. Antes de implementar esse sistema, eles podem ser solicitados a realizar um Relatório de Impacto à Proteção de Dados (DPIA). DPIA: esse relatório avalia como o tratamento de dados afetará a privacidade e a segurança dos dados dos cidadãos. Ele identifica riscos, medidas de mitigação e garante que o tratamento seja realizado de forma compatível com a LGPD. PaDrÕeS e BoaS PrÁTicaSPaDrÕeS e BoaS PrÁTicaS A autoridade nacional também pode sugerir a adoção de padrões e boas práticas para o tratamento de dados pessoais pelo Poder Público. Isso pode incluir a implementação de protocolos de segurança de dados, treinamento de pessoal sobre proteção de dados e a adoção de tecnologias de anonimização de dados. EXEMPLO Analogia: Pintando uma Casa Imagine que um órgão público é como um empreiteiro encarregado de pintar uma casa, e os dados pessoais são as cores que ele está usando. Se ele pinta a casa de uma cor que não foi acordada com o proprietário (cidadão) ou não prepara adequadamente a superfície antes de pintar (não protege a privacidade dos dados), isso é uma infração. A autoridade nacional age como um supervisor que verifica o trabalho e pode exigir correções, como repintar a casa da maneira correta. Além disso, a autoridade nacional pode sugerir usar as melhores tintas e técnicasdisponíveis (padrões e boas práticas) para garantir que a casa seja pintada corretamente e que a pintura dure. Os Artigos 31 e 32 da LGPD desempenham um papel fundamental na fiscalização, monitoramento e melhoria contínua da conformidade do Poder Público com a proteção de dados pessoais. Eles asseguram que, quando ocorrer uma infração, medidas adequadas sejam tomadas para proteger os direitos dos cidadãos e garantir que os órgãos públicos atuem em conformidade com a lei. Além disso, promovem a transparência e a adoção de boas práticas no tratamento de dados pelo Poder Público, garantindo que a privacidade e a segurança dos dados sejam priorizadas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 51 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 028. 028. (IDECAN/SEFAZ-RR/TÉCNICO EM INFRAESTRUTURA DE TECNOLOGIA DA INFORMA- ÇÃO/2023) Caso ocorra infração às normas contidas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a autoridade nacional poderá aplicar a seguinte sanção: a) admoestação sigilosa. b) prisão simples. c) declaração de inidoneidade. d) multa diária. e) recolhimento domiciliar. a) Errada. A LGPD prevê a possibilidade de aplicação de uma “admoestação”, ou seja, um aviso para que a empresa corrija sua conduta. No entanto, a lei não especifica que essa admoestação seja “sigilosa”. b) Errada. A LGPD é uma lei que prevê sanções administrativas, e não penais. Portanto, não contempla a possibilidade de prisão como consequência direta de sua violação. c) Errada. Embora existam legislações que preveem a declaração de inidoneidade para empresas que cometem certos tipos de infrações (especialmente em relação a contratos com o poder público), a LGPD não estabelece essa sanção especificamente. d) Certa. De acordo com o art. 52 da LGPD, as infrações às normas previstas na lei estão sujeitas, de acordo com a gravidade da infração, a várias sanções administrativas, dentre as quais está incluída a “multa diária”, além de uma multa simples que pode chegar a 2% do faturamento da empresa infratora, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 por infração. e) Errada. Assim como a prisão simples, o recolhimento domiciliar é uma penalidade de natureza criminal, e a LGPD é uma legislação de caráter administrativo. Portanto, não prevê sanções de natureza penal como o recolhimento domiciliar. Letra d. 029. 029. (FUNDAT/CSPGG – RS/ANALISTA DE PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E GESTÃO/2022) De acordo com a LGPD (Lei Federal n. 13.709/2018), os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas nesta Lei, ficam sujeitos às seguintes sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional: • Advertência. • Multa simples. • Multa diária. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 52 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves • Publicização da infração. • Bloqueio dos dados pessoais. Com relação às sanções administrativas previstas pela LGPD, qual o valor máximo a ser aplicado para uma multa simples? a) R$ 30.000,00. b) R$ 70.000,00. c) R$ 10.000.000,00. d) R$ 50.000.000,00. e) A Lei não estabelece valor máximo para multas simples. Conforme estabelecido no art. 52, II, da LGPD, as infrações às normas contidas na Lei estão sujeitas a sanções administrativas, dentre as quais está incluída a “multa simples”, que pode ser de até 2% do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração. Letra d. 030. 030. (FCC/TRT 4ª REGIÃO-RS/ANALISTA JUDICIÁRIO-ÁREA JUDICIÁRIA/2022) Considere as seguintes sanções administrativas: I – advertência. II – multa simples. III – multa diária. IV – publicização da infração após devidamente apurada e confirmada a sua ocorrência. V – bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização. VI – eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração. VII – suspensão parcial do funcionamento do banco de dados a que se refere a infração. VIII – suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais a que se refere a infração. IX – proibição parcial ou total do exercício de atividades relacionadas a tratamento de dados. Nos termos da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n. 13.709/2018, no que concerne às sanções administrativas a que se sujeitam os agentes de tratamento de dados, é correto afirmar que a) a condição econômica do infrator não é parâmetro nem critério para a aplicação das sanções constantes dos itens II e III. b) as sanções constantes dos itens VII e VIII estão limitadas pelo período máximo de seis meses, improrrogável. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 53 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves c) as multas simples e diárias estão limitadas no total, a cinquenta milhões de reais, consideradas todas as infrações. d) as sanções previstas nos itens II, III, IV, V e VI somente podem ser aplicadas após já ter sido imposta ao menos uma das sanções de que tratam os itens VII, VIII e IX. e) as sanções previstas nos itens I, IV, V, VI, VII, VIII e IX poderão ser aplicadas às entidades e aos órgãos públicos. a) Errada. O valor da multa (tanto simples quanto diária) pode considerar a condição econômica do infrator. De acordo com o art. 52, II, da LGPD, a multa pode ser de até 2% do faturamento da pessoa jurídica, excluídos os tributos, evidenciando a consideração da condição econômica da empresa infratora. b) Errada. O art. 52, parágrafo 2º, estipula que as sanções de suspensão e proibição de atividades (como as indicadas nos itens VII e VIII) podem ser aplicadas pelo período máximo de 6 meses, podendo ser prorrogadas por igual período até a regularização da atividade de tratamento pelo controlador. c) Errada. A multa, tanto simples quanto diária, tem um limite de até R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração, conforme art. 52, II e III. Portanto, a limitação de cinquenta milhões de reais não é considerando “todas as infrações”, mas “por infração”. d) Errada. A LGPD não estabelece uma ordem sequencial obrigatória para a aplicação das sanções. A autoridade nacional tem a discricionariedade de determinar a sanção apropriada com base nas circunstâncias específicas de cada caso. e) Certa. o Art. 52 da LGPD estabelece as sanções administrativas que podem ser aplicadas em caso de violações às disposições da lei. A alternativa E é a correta por abordar corretamente a aplicabilidade de algumas sanções a entidades e órgãos públicos, de acordo com o parágrafo 3º desse mesmo artigo. Letra e. Da TranSferÊncia inTernacionaL De DaDoSDa TranSferÊncia inTernacionaL De DaDoS A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil estabelece diretrizes claras para a transferência internacional de dados pessoais. O artigo 33 da LGPD especifica as condições nas quais a transferência de dados pessoais para países estrangeirosou organizações internacionais é permitida. Além disso, o artigo 34 aborda como a autoridade nacional avalia o nível de proteção de dados nos países de destino. Neste guia, abordaremos esses artigos de forma didática, utilizando exemplos e analogias para facilitar a compreensão. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 54 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Artigo 33 – Condições para Transferência Internacional de Dados O Artigo 33 estabelece as condições sob as quais a transferência internacional de dados pessoais é permitida. Vamos explorar cada uma delas: I – Grau Adequado de Proteção Imagine que você tem uma coleção valiosa de selos e deseja enviá-la para outro país. Antes de fazer isso, você precisa ter certeza de que o país de destino possui um sistema de segurança adequado para proteger seus selos. Da mesma forma, o artigo 33 da LGPD exige que os dados pessoais só podem ser transferidos para países ou organizações internacionais que proporcionem um grau adequado de proteção de dados pessoais, sem comprometer a privacidade e a segurança dos titulares. II – Garantias de Cumprimento Se você decidir enviar seus selos para outro colecionador em outro país, é fundamental garantir que seus selos cheguem com segurança. Isso se aplica à transferência de dados pessoais. O controlador dos dados deve oferecer e comprovar garantias de cumprimento dos princípios e direitos dos titulares previstos na LGPD. Isso pode ser feito por meio de cláusulas contratuais específicas, cláusulas-padrão contratuais, normas corporativas globais, selos, certificados e códigos de conduta. III – Necessidade Legal ou de Proteção Às vezes, a transferência internacional de dados é necessária para cooperar em investigações internacionais ou para proteger vidas. Imagine que um criminoso fuja para outro país e a cooperação internacional seja necessária para capturá-lo. Nesses casos, a transferência é permitida para cooperação jurídica internacional entre órgãos públicos. IV – Autorização da Autoridade Nacional A autoridade nacional desempenha um papel importante na supervisão da transferência internacional de dados. Ela pode autorizar a transferência quando necessário e apropriado. V – Consentimento do Titular Assim como você pode escolher enviar seus selos a outro colecionador, os titulares de dados pessoais podem consentir especificamente na transferência de seus dados para o exterior. Esse consentimento deve ser informado e destacado, para que os titulares saibam que seus dados estão sendo transferidos internacionalmente. VI – Hipóteses do Artigo 7º O Artigo 7º da LGPD estabelece as hipóteses em que o tratamento de dados é permitido. Se a transferência internacional de dados for necessária para atender a essas hipóteses, ela é permitida. Artigo 34 – Avaliação do Nível de Proteção de Dados O Artigo 34 descreve como a autoridade nacional avalia o nível de proteção de dados nos países estrangeiros ou organizações internacionais de destino. Isso é crucial para garantir que os dados pessoais dos cidadãos brasileiros sejam adequadamente protegidos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 55 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Critérios de Avaliação • Legislação Vigente: a autoridade nacional avalia as leis de proteção de dados em vigor no país de destino ou na organização internacional. • Natureza dos Dados: a natureza dos dados pessoais em questão também é levada em consideração. Informações sensíveis podem exigir maior proteção. • Princípios Gerais de Proteção de Dados: a autoridade verifica se os princípios gerais de proteção de dados previstos na LGPD estão sendo respeitados. • Medidas de Segurança: a existência de medidas de segurança adequadas para proteger os dados é essencial. • Garantias Judiciais e Institucionais: a autoridade nacional observa se há garantias judiciais e institucionais para proteger os direitos dos titulares. Os Artigos 33 e 34 da LGPD estabelecem diretrizes importantes para a transferência internacional de dados pessoais. Eles visam garantir que os dados dos cidadãos brasileiros sejam protegidos adequadamente, mesmo quando transferidos para o exterior. Ao seguir essas regras e critérios de avaliação, a LGPD promove a privacidade e a segurança dos dados pessoais em um contexto global, protegendo os direitos dos titulares e facilitando a cooperação internacional quando necessário. 031. 031. (FEPESE/PREF. BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC/PROCURADOR DO MUNICÍPIO/2023) Assinale a alternativa correta com fundamento na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei n. 13.709/2018). a) O encarregado deverá indicar controlador para o tratamento de dados pessoais. b) A Lei de Proteção também se aplica ao tratamento de dados pessoais realizado para fins exclusivamente jornalístico e artísticos. c) Considera-se dado pessoal sensível a informação relacionada à pessoa natural identificada ou identificável. d) A disciplina da proteção de dados pessoais tem como fundamentos, dentre outros, a autodeterminação informativa e a exposição da privacidade. e) A transferência internacional de dados pessoais é permitida quando resultar em compromisso assumido em acordo de cooperação internacional. a) Errada. O encarregado, na verdade, é a figura indicada pelo controlador para fazer a ligação entre este, os titulares e a ANPD. O encarregado não indica um controlador. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 56 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves b) Errada. A LGPD prevê exceções quanto ao tratamento de dados pessoais para fins exclusivamente jornalísticos, artísticos ou acadêmicos. c) Errada. A LGPD distingue “dado pessoal” de “dado pessoal sensível”, sendo este último relacionado a informações mais delicadas, como origem racial, convicções religiosas e dados biométricos. d) Errada. Enquanto a autodeterminação informativa é um dos fundamentos da LGPD, “a exposição da privacidade” não é. A lei, na verdade, busca proteger a privacidade. e) Certa. A LGPD permite a transferência internacional de dados pessoais em diversas circunstâncias, incluindo quando resulta de um compromisso assumido em acordo de cooperação internacional. Letra e. 032. 032. (INSTITUTO AOCP/MJSP/CIENTISTA DE DADOS-BIG DATA/2020) Segundo a Lei n. 13.709/2018, de Proteção de Dados, a transferência internacional de dados pessoais é permitida nas seguintes situações, EXCETO a) para países ou organismos internacionais que proporcionem grau de proteção de dados pessoais adequado ao previsto na Lei específica. b) quando a autoridade nacional autorizar a transferência. c) quando a transferência for necessária para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro. d) quando o titular tiver fornecido o seu consentimento específico e em destaque para a transferência, com informação prévia sobre o caráter internacional da operação, distinguindo claramente esta de outras finalidades. e) quandoa transferência for necessária para a cooperação jurídica internacional entre órgãos públicos de inteligência, de investigação e de persecução, de acordo com os instrumentos de direito internos. a) Certa. A LGPD permite a transferência de dados para países ou organismos que proporcionem um grau de proteção de dados adequado ao estabelecido pela lei. b) Certa. A ANPD pode autorizar a transferência de dados sob certas condições, conforme a legislação. c) Certa. A proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiro é uma das bases legais para tratamento de dados, o que inclui sua transferência internacional. d) Certa. O consentimento do titular é uma das bases legais para a transferência internacional, desde que ele seja informado sobre a natureza internacional da operação. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 57 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves e) Errada. A LGPD menciona a cooperação jurídica internacional entre órgãos públicos de investigação e persecução, mas não especifica órgãos de inteligência, tornando essa alternativa incorreta em relação ao texto da lei. Letra e. 033. 033. (QUADRIX/CRECI 14ª REGIÃO-MS/ADVOGADO/2021) A Lei Geral de Proteção de dados dispõe sobre o tratamento de dados pessoais, inclusive nos meios digitais, com o objetivo de proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade e o livre desenvolvimento da personalidade da pessoa natural. Com relação às disposições legais contidas no referido ato normativo, julgue o item. A transferência internacional de dados pessoais só é admitida na legislação pátria quando a transferência for necessária para a proteção da vida ou da incolumidade física do titular ou de terceiros. A LGPD lista várias outras circunstâncias em que a transferência internacional de dados pessoais pode ocorrer, incluindo: I – Quando o país ou organismo internacional de destino oferecer grau de proteção de dados adequado ao previsto na LGPD. II – Quando o controlador oferecer e comprovar garantias de cumprimento dos princípios, dos direitos do titular e do regime de proteção de dados previstos na LGPD. III – Quando o titular tiver fornecido consentimento específico para a transferência, com informação prévia sobre o caráter internacional da operação. IV – Quando a transferência for necessária para a execução de contrato ou procedimentos preliminares relacionados a contrato do qual seja parte o titular, a pedido do titular dos dados. V – Entre outras situações previstas na legislação. Errado. 034. 034. (QUADRIX/CREFITO 7ª REGIÃO-BA E SE/ASSESSOR(A) JURÍDICO/2023) Com base na Lei n. 13.709/2018, julgue o item. O uso compartilhado de dados consiste na comunicação, na difusão, na transferência internacional, na interconexão de dados pessoais ou no tratamento compartilhado de bancos de dados pessoais por órgãos e por entidades públicas, no cumprimento de suas competências legais, ou entre esses e entes privados, reciprocamente, com autorização específica, para uma ou mais modalidades de tratamento permitidas por esses entes públicos ou entre entes privados. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 58 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves De acordo com a LGPD, o uso compartilhado de dados pessoais por órgãos e entidades públicas é permitido e tem como finalidade o cumprimento de suas competências legais. O uso compartilhado de dados entre órgãos e entidades públicas e entre estes e entes privados é permitido, desde que haja autorização específica. Além disso, a definição abrange diversas modalidades de tratamento e compartilhamento, incluindo comunicação, difusão, transferência internacional, interconexão de dados, e o tratamento compartilhado de bancos de dados pessoais. Certo. 035. 035. (OBJETIVA/CONDESUS-RS/ASSESSOR JURÍDICO/2022) De acordo com a Lei n. 13.709/2018 – LGPD, é permitido ao Poder Público transferir a entidades privadas dados pessoais constantes de bases de dados a que tenha acesso: I – Nos casos em que os dados forem acessíveis publicamente, dispensadas outras formalidades legais. II – Quando houver previsão legal ou a transferência for respaldada em contratos, convênios ou instrumentos congêneres. III – Na hipótese de a transferência dos dados objetivar exclusivamente a prevenção de fraudes e irregularidades ou proteger e resguardar a segurança e a integridade do titular dos dados, desde que vedado o tratamento para outras finalidades. Estão CORRETOS: a) Somente os itens I e II. b) Somente os itens I e III. c) Somente os itens II e III. d) Todos os itens. Vamos analisar cada item: I – Errado. A LGPD não determina que o mero fato de dados serem publicamente acessíveis permite sua transferência a entidades privadas sem outras formalidades. O tratamento de dados pessoais deve sempre atender aos princípios e finalidades previstos na lei. II – Certo. A LGPD permite a transferência de dados pessoais quando houver uma previsão legal ou quando a transferência for fundamentada em contratos ou instrumentos semelhantes. III – Certo. A LGPD reconhece situações em que a transferência de dados é necessária para proteger o titular dos dados ou para prevenir fraudes e irregularidades, sempre observando que o uso dos dados deve estar limitado a essas finalidades. Letra c. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 59 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 036. 036. (CESPE-CEBRASPE/BANESE/TÉCNICO BANCÁRIO III-INFORMÁTICA- DESENVOLVIMEN- TO/2021) Acerca do sigilo bancário, da proteção de dados pessoais e do marco civil da Internet, julgue o item que se segue. Se a operação de tratamento de dados pessoais for realizada no território nacional, aplica- se a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), ainda que realizada por pessoa jurídica sediada em outro país. O item está correto e em consonância com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), Lei n. 13.709/2018. A LGPD estabelece, em seu artigo 3º, as situações em que a lei será aplicável, e isso inclui operações de tratamento de dados realizadas no território nacional, independentemente da localização ou da nacionalidade da pessoa jurídica responsável pelo tratamento. Especificamente, o artigo 3º da LGPD dispõe que a lei se aplica: Art. 3º. [...] I – à operação de tratamento realizada no território nacional; II – à atividade de tratamento que tenha por objetivo a oferta ou o fornecimento de bens ou serviços ou o tratamento de dados de indivíduos localizados no território nacional; III – à atividade de tratamento de dados pessoais cujos titulares estejam localizados no território nacional, quando a atividade de tratamento for realizada por pessoa natural ou por pessoa jurídica domiciliada no exterior, desde que haja alguma operação de tratamento de dados em território brasileiro. Isso significa que mesmo uma empresa sediada no exterior, se estiver tratando dados no Brasil, estará sujeita às disposições da LGPD.Essa abordagem é fundamental para garantir a proteção dos dados pessoais dos titulares brasileiros, independentemente da origem ou da localização da entidade que trata os dados. Certo. DoS aGenTeS De TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiSDoS aGenTeS De TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) do Brasil estabelece regras e responsabilidades claras para o tratamento de dados pessoais. Os Artigos 37 a 40 da LGPD delineiam os papéis do controlador e do operador, bem como a importância de se manter registros e relatórios de impacto à proteção de dados. Neste guia, vamos explorar esses artigos de forma didática, utilizando exemplos e analogias para tornar mais fácil entender as responsabilidades desses atores no contexto da proteção de dados pessoais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 60 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Artigo 37 – Registro das Operações de Tratamento O Artigo 37 da LGPD estabelece a obrigação tanto do controlador quanto do operador de manterem registros das operações de tratamento de dados pessoais. Isso é especialmente importante quando o tratamento se baseia no legítimo interesse. Vamos analisar essa obrigação com um exemplo: EXEMPLO Imagine que você é o gerente de um armazém de alimentos. Você, como controlador, coleta informações pessoais dos seus clientes para fazer entregas de produtos. Também contratou uma empresa de logística (operador) para ajudar com as entregas. De acordo com a LGPD, tanto você (controlador) quanto a empresa de logística (operador) precisam manter registros detalhados de todas as entregas e do tratamento dos dados pessoais dos clientes, garantindo que tudo esteja em conformidade com a lei. Artigo 38 – Relatório de Impacto à Proteção de Dados O Artigo 38 destaca que a autoridade nacional pode exigir que o controlador prepare um relatório de impacto à proteção de dados pessoais, incluindo dados sensíveis. Esse relatório deve detalhar as operações de tratamento de dados. Vamos ilustrar essa exigência com um exemplo: EXEMPLO Suponha que você seja o diretor de uma clínica médica e seja responsável pelo tratamento de dados de pacientes. A autoridade nacional decide que sua clínica deve preparar um relatório de impacto à proteção de dados, considerando a sensibilidade das informações de saúde dos pacientes. Esse relatório deve incluir a descrição dos tipos de dados coletados (históricos médicos, informações de contato etc.), a metodologia usada para coletar e garantir a segurança das informações (criptografia, acesso restrito etc.) e uma análise das medidas de segurança e mitigação de riscos adotadas. Artigo 39 – Responsabilidades do Operador O Artigo 39 da LGPD estabelece que o operador deve tratar os dados pessoais de acordo com as instruções fornecidas pelo controlador. O controlador, por sua vez, deve verificar se essas instruções estão sendo seguidas. Para entender melhor essa dinâmica, considere o seguinte exemplo: EXEMPLO Imagine que você é um editor de uma empresa de mídia e está terceirizando o envio de newsletters para uma empresa de marketing por e-mail (operador). Você fornece instruções específicas sobre como os dados dos assinantes devem ser tratados, incluindo como coletar O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 61 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves consentimento para o envio de e-mails. Como controlador, é sua responsabilidade garantir que o operador siga suas instruções e cumpra as normas de proteção de dados. Artigo 40 – Padrões e Regulamentações O Artigo 40 da LGPD permite que a autoridade nacional estabeleça padrões de interoperabilidade para portabilidade, livre acesso aos dados e segurança. Isso é importante para garantir que as informações possam ser transferidas de forma segura e eficiente. Vamos explorar essa ideia com um exemplo: EXEMPLO Pense na portabilidade de dados como a capacidade de mudar seu número de celular e levar seus contatos com você. Da mesma forma, a LGPD exige que a autoridade nacional estabeleça padrões para garantir que os dados pessoais possam ser transferidos com segurança de um serviço para outro, sempre que necessário. A LGPD define claramente os papéis e responsabilidades do controlador e do operador no tratamento de dados pessoais. Ela enfatiza a importância de manter registros, elaborar relatórios de impacto à proteção de dados e seguir instruções específicas. Além disso, a lei permite que a autoridade nacional estabeleça padrões para garantir a interoperabilidade e a segurança dos dados pessoais. Com essas disposições, a LGPD busca proteger os direitos dos titulares de dados e promover boas práticas no tratamento de informações pessoais. 037. 037. (CESPE-CEBRASPE/SECONT-ES/AUDITOR DO ESTADO-TECNOLOGIA DA INFORMA- ÇÃO/2022) Julgue o item a seguir, com relação a sistemas de proteção AntiSpam, a normas da NBR ISO/IEC 27005, aos planos de continuidade de negócios e a disposições da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Conforme definido pela LGPD, o relatório de impacto à proteção de dados pessoais é a documentação do controlador que contém a descrição dos processos de tratamento de dados pessoais que podem gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais, bem como medidas, salvaguardas e mecanismos de mitigação de risco. De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o relatório de impacto à proteção de dados pessoais é um elemento crucial quando se trata de processos que envolvem riscos ao tratamento de dados pessoais. Especificamente, o artigo 38 da LGPD estabelece o seguinte: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 62 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Art. 38. O controlador deverá elaborar relatório de impacto à proteção de dados pessoais, referente a suas operações de tratamento de dados pessoais, nos termos de regulamentação da autoridade nacional, observados os segredos comercial e industrial. A lei destaca que esse relatório contém a descrição dos processos de tratamento de dados que possam gerar riscos às liberdades civis e aos direitos fundamentais e as medidas, salvaguardas e mecanismos adotados para a mitigação desses riscos. Certo. Do encarreGaDo PeLo TraTamenTo De DaDoS Do encarreGaDo PeLo TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiSPeSSoaiS A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece a figura do encarregado pelo tratamento de dados pessoais, também conhecido como Data Protection Officer (DPO). Este profissional desempenha um papel crucial na garantia da conformidade com a lei e na proteção dos direitos dos titulares dos dados. Neste guia, exploraremos o Artigo 41 da LGPD, que aborda o encarregado pelo tratamento de dados, fornecendo exemplos e analogias para facilitar a compreensão. Artigo 41 – Indicação do Encarregado O Artigo 41 da LGPD estipula que o controlador, ou seja, a entidade responsável pelo tratamento de dados, deve indicar um encarregado pelo tratamentode dados pessoais. Vamos analisar as principais responsabilidades e requisitos do encarregado: § 1º. Divulgação Pública De acordo com o § 1º, a identidade e as informações de contato do encarregado devem ser divulgadas publicamente, preferencialmente no site ou sítio eletrônico do controlador. Isso garante que os titulares de dados e a autoridade nacional saibam quem é a pessoa responsável pela proteção dos dados pessoais na organização. EXEMPLO Analogia: imagine que uma empresa tenha um serviço de atendimento ao cliente. O encarregado pelo tratamento de dados é como o gerente desse serviço, cujo nome e contato são claramente listados no site da empresa. Os clientes sabem a quem recorrer quando têm dúvidas ou problemas. § 2º. Atividades do Encarregado As atividades do encarregado, conforme estipulado no § 2º, incluem: I – Aceitar Reclamações e Comunicações dos Titulares: o encarregado deve estar disponível para receber reclamações e comunicações dos titulares de dados, esclarecer dúvidas e tomar medidas apropriadas. 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EXEMPLO Analogia: o encarregado pelo tratamento de dados é como um supervisor de um departamento em uma empresa. Ele recebe feedback dos clientes, orienta os funcionários sobre as melhores práticas e executa tarefas adicionais conforme necessário. § 3º. Normas Complementares O § 3º da LGPD estabelece que a autoridade nacional pode definir normas complementares sobre a definição e as atribuições do encarregado. Isso inclui a possibilidade de dispensar a necessidade de indicar um encarregado, dependendo da natureza e do porte da entidade ou do volume de operações de tratamento de dados. EXEMPLO Uma pequena empresa que lida com poucos dados pessoais pode não ser obrigada a nomear um encarregado, de acordo com as normas complementares estabelecidas pela autoridade nacional. O encarregado pelo tratamento de dados pessoais desempenha um papel vital na proteção da privacidade e dos direitos dos titulares de dados. Ele atua como um ponto de contato importante entre a organização, os titulares de dados e a autoridade nacional de proteção de dados. Suas responsabilidades incluem receber reclamações, orientar a equipe e garantir que a organização esteja em conformidade com a LGPD. A nomeação do encarregado é um passo fundamental para garantir que o tratamento de dados pessoais seja feito de maneira ética e legal. 038. 038. (IBFC/PREFEITURA DE CUIABÁ-MT/APOIO JURÍDICO/2023) De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), assinale a alternativa que apresente o conceito de encarregado para os fins da LGPD. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 64 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves a) Pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. b) Pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais. c) Pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). d) Pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de tratamento. a) Errada. A alternativa refere-se ao conceito de “operador”, que é aquele que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. b) Errada. Refere-se ao conceito de “controlador”, que é a pessoa natural ou jurídica a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais. c) Certa. É a definição correta de “encarregado” (também conhecido como DPO – Data Protection Officer, em inglês). O encarregado é a pessoa indicada pelo controlador e operador para servir como ponto de contato entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Sua função é essencial para garantir que as atividades de tratamento estejam em conformidade com a LGPD e que haja um canal aberto para comunicação sobre questões relacionadas à proteção de dados. d) Errada. Refere-se ao conceito de “titular”, que é a pessoa natural a quem se referem os dados pessoais que são objeto de tratamento. Letra c. 039. 039. (OBJETIVA/PREF. CARMO DO PARANAÍBA-MG/BIBLIOTECÁRIO/2022) Nos termos da Lei n. 13.709/2018 – LGPD, são agentes de tratamento: I – Controlador. II – Operador. III – Encarregado. Estão CORRETOS: a) Todos os itens. b) Somente os itens I e II. c) Somente os itens I e III. d) Somente os itens II e III. I – Certo. O controlador é a pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, a quem competem as decisões referentes ao tratamento de dados pessoais. Ele é, portanto, um agente de tratamento. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 65 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves II – Certo. O operador é a pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. O operador atua conforme as instruções do controlador e é considerado um agente de tratamento. III – Errado. Embora o encarregado desempenhe um papel crucial na LGPD, ele não é tecnicamente classificado como um “agente de tratamento” na definição legal. O encarregado, também conhecido como DPO (Data Protection Officer), é a pessoa indicada pelo controlador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Letra b. 040. 040. (CESPE-CEBRASPE/TELEBRAS/ESPECIALISTA EM GESTÃO DE TELECOMUNICAÇÕES- ADMINISTRAÇÃO/2022) A respeito da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), julgue o item a seguir. Segundo a referida lei, considera-se encarregado a pessoa natural ou jurídica, de direito público ou privado, que realiza o tratamento de dados pessoais em nome do controlador. A definição está equivocada. Na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), o “encarregado” é a pessoa indicada pelo controlador e operador para atuar como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). O papel do encarregado, frequentemente referido como DPO (Data Protection Officer), é facilitar a comunicação e ajudar a assegurar a conformidade com a LGPD. Por outro lado, quem “realiza o tratamento de dadospessoais em nome do controlador” é chamado de “operador”, e não de encarregado. Errado. Da reSPonSaBiLiDaDe e Do reSSarcimenTo De DanoSDa reSPonSaBiLiDaDe e Do reSSarcimenTo De DanoS A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece diretrizes claras sobre a responsabilidade e reparação de danos em relação ao tratamento de dados pessoais. Neste guia, exploraremos os Artigos 42 a 45 da LGPD, fornecendo exemplos e analogias para ilustrar como essas disposições funcionam na prática. Artigo 42 – Responsabilidade e Reparação de Danos O Artigo 42 da LGPD aborda a responsabilidade de controladores e operadores no caso de causarem danos patrimoniais, morais, individuais ou coletivos devido a violações da legislação de proteção de dados pessoais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 66 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Suponha que uma empresa vazou acidentalmente informações pessoais de seus clientes, resultando em danos financeiros para estes, como fraudes em suas contas bancárias. § 1º. Solidariedade na Responsabilidade O § 1º estabelece que o operador responde solidariamente pelos danos causados pelo tratamento quando não cumpre as obrigações da LGPD ou não segue as instruções lícitas do controlador. Isso significa que tanto o controlador quanto o operador podem ser responsabilizados pelos danos. EXEMPLO Analogia: Imagine um motorista (operador) dirigindo um carro de propriedade de outra pessoa (controlador). Se o motorista não respeitar as regras de trânsito ou as instruções do proprietário e causar um acidente, ambos podem ser responsabilizados pelo dano. § 2º. Inversão do Ônus da Prova O § 2º permite que o juiz inverta o ônus da prova a favor do titular dos dados em casos cuja alegação de violação seja verossímil, a produção de prova pelo titular seja excessivamente onerosa ou haja hipossuficiência para produzir provas. EXEMPLO Se um titular de dados alegar que seus dados foram vazados devido a negligência de uma empresa, o juiz pode exigir que a empresa prove que adotou medidas adequadas de segurança. § 3º. Ações Coletivas de Reparação de Danos O § 3º permite que ações de reparação por danos coletivos sejam exercidas em juízo, de acordo com a legislação pertinente. Isso significa que grupos de titulares de dados afetados podem buscar reparação conjuntamente. EXEMPLO Analogia: Se várias pessoas forem prejudicadas por uma prática de uma empresa, elas podem entrar com uma ação coletiva em vez de processar individualmente. § 4º. Direito de Regresso O § 4º estabelece que aquele que reparar o dano ao titular dos dados tem o direito de regresso contra os demais responsáveis, na medida de sua participação no evento danoso. Isso significa que se um operador reparar um dano, ele pode buscar reembolso do controlador ou de outros responsáveis. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 67 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Se um operador arca com os custos da reparação de danos, ele pode buscar reembolso do controlador se a violação resultou de instruções inadequadas deste último. Artigo 43 – Exclusões de Responsabilidade O Artigo 43 da LGPD estabelece condições sob as quais os agentes de tratamento não serão responsabilizados. Isso inclui casos em que não realizaram o tratamento atribuído, não houve violação da legislação de proteção de dados ou o dano foi causado exclusivamente pelo titular dos dados ou por terceiros. EXEMPLO Se uma empresa pode provar que não estava envolvida no tratamento de dados que causou o dano, ela pode ser excluída da responsabilidade. Artigo 44 – Irregularidades no Tratamento de Dados O Artigo 44 aborda o que constitui tratamento irregular de dados pessoais. Isso inclui o não cumprimento da legislação e a falta de fornecimento de segurança adequada de acordo com as circunstâncias relevantes. EXEMPLO Se uma empresa não implementa medidas de segurança adequadas para proteger os dados de seus clientes, ela pode ser considerada irregular no tratamento desses dados. Artigo 45 – Relações de Consumo O Artigo 45 da LGPD esclarece que as hipóteses de violação dos direitos dos titulares no contexto das relações de consumo estão sujeitas às regras de responsabilidade previstas na legislação pertinente. EXEMPLO Analogia: se um consumidor tiver seus dados violados ao fazer compras online, as regras de responsabilidade do Código de Defesa do Consumidor podem se aplicar, além das disposições da LGPD. Os Artigos 42 a 45 da LGPD estabelecem regras importantes relacionadas à responsabilidade, reparação de danos e exclusões de responsabilidade no tratamento de dados pessoais. Essas disposições visam garantir que os titulares de dados estejam protegidos e que os agentes de tratamento sejam responsabilizados quando necessário, promovendo assim a confiança nas práticas de tratamento de dados pessoais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 68 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 041. 041. (FGV/DPE-RJ/DEFENSOR PÚBLICO/2023) No que diz respeito à Lei de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e à responsabilidade dos agentes que guardam e operam dados, é correto afirmar que: a) o operador responde subsidiariamente pelos danos causados pelo tratamento de dados quando descumprir as obrigações da legislação de proteção de dados ou quando não tiver seguido as instruções lícitas do controlador; b) os controladores que estiverem diretamente envolvidos no tratamento do qual decorreram danos ao titular dos dados respondem subsidiariamente; c) aquele que reparar o dano ao titular tem direito de regresso contra os demais responsáveis, na medida de sua participação no evento danoso; d) as normas contidas na Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) excluem outros dispositivos pertinentes à violação do direito do titular no âmbito das relações de consumo; e) o titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados, que deverão ser disponibilizadas mediante ação judicial. a) Errada. A LGPD estabelece que o operador responde solidariamente (e não subsidiariamente) pelos danos causados pelo tratamento quando não cumprir as obrigações da legislação ou quando não seguir as instruções do controlador. b) Errada. A LGPD estabelece uma responsabilidade solidária (e não subsidiária) entre controladores e operadores em determinadas circunstâncias. c) Certa. A LGPD prevê que aquele que efetuar a reparação ao titular dos dados tem direito de regresso contra os demais envolvidos, conforme sua participação no evento danoso. d) Errada. A LGPD não exclui outros dispositivos legais pertinentes à proteção dos titulares de dados. Portanto, a violação dos direitos do titular no contexto das relações de consumo ainda pode ser tratada de acordo com o Código de Defesa do Consumidor. e) Errada. O titular tem direito ao acesso facilitado às informações sobre o tratamento de seus dados, mas não precisa de uma açãojudicial para isso. A LGPD garante o direito de acesso do titular aos seus dados sem a necessidade de judicialização. Letra c. 042. 042. (IBFC/TJ-MG/OFICIAL JUDICIÁRIO-ASSISTENTE TÉCNICO DE CONTROLE FINANCEIRO/2022) No que diz respeito à responsabilidade civil, a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), para o fim de assegurar a efetiva indenização ao titular dos dados, é incorreto afirmar que: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 69 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves a) o operador responde subsidiariamente pelos danos causados pelo tratamento quando descumprir as obrigações da legislação de proteção de dados ou quando não tiver seguido as instruções lícitas do controlador, hipótese em que o operador equipara-se ao controlador, salvo nos casos de exclusão previstos no art. 43 da LGPD. b) os controladores que estiverem diretamente envolvidos no tratamento do qual decorreram danos ao titular dos dados respondem solidariamente, salvo nos casos de exclusão previstos no art. 43 da LGPD. c) o juiz, no processo civil, poderá inverter o ônus da prova a favor do titular dos dados quando, a seu juízo, for verossímil a alegação, houver hipossuficiência para fins de produção de prova ou quando a produção de prova pelo titular resultar-lhe excessivamente onerosa. d) aquele que reparar o dano ao titular tem direito de regresso contra os demais responsáveis, na medida de sua participação no evento danoso. e) os agentes de tratamento só não serão responsabilizados quando provarem que não realizaram o tratamento de dados pessoais que lhes é atribuído; que, embora tenham realizado o tratamento de dados pessoais que lhes é atribuído, não houve violação à legislação de proteção de dados ou que o dano é decorrente de culpa exclusiva do titular dos dados ou de terceiro. Vamos analisar a alternativa indicada como gabarito em relação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD) e as disposições sobre responsabilidade civil: a) Errada. A LGPD estabelece que o operador responde solidariamente pelos danos causados pelo tratamento quando não cumprir as obrigações da legislação ou quando não seguir as instruções do controlador. A opção usa a palavra “subsidiariamente”, o que está em desacordo com a LGPD. Para entender o conceito: Responsabilidade subsidiária: significa que, primeiramente, busca-se a responsabilização de uma das partes (geralmente a principal). Se essa parte não puder cumprir sua obrigação, então busca-se responsabilizar a outra parte. Responsabilidade solidária: todas as partes podem ser acionadas simultaneamente e responsabilizadas pelo total da obrigação. Não é necessário primeiro acionar um agente e, se este não cumprir, acionar o outro. As demais alternativas estão em consonância com as disposições da LGPD: b) Certa. A LGPD prevê responsabilidade solidária entre os controladores que estiverem diretamente envolvidos no tratamento do qual decorreram danos ao titular dos dados. c) Certa. A possibilidade de inversão do ônus da prova é uma disposição que visa proteger o titular dos dados, considerando as peculiaridades e complexidades envolvidas no tratamento de dados pessoais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 70 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves d) Certa. Se um agente reparar o dano, ele pode buscar regresso contra outros envolvidos, de acordo com a participação de cada um no dano causado. e) Certa. A LGPD estabelece critérios de exclusão de responsabilidade. Se os agentes de tratamento comprovarem qualquer uma das situações listadas nesta alternativa, eles podem ser isentos de responsabilidade. Letra a. Da SeGUrança e DaS BoaS PrÁTicaSDa SeGUrança e DaS BoaS PrÁTicaS Da Segurança e do Sigilo de Dados A segurança de dados é uma preocupação fundamental na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para proteger informações pessoais contra acessos não autorizados e usos indevidos. Neste guia, examinaremos os artigos 46 a 49 da LGPD, que abordam as medidas de segurança, obrigações de garantia da segurança e incidentes de segurança, fornecendo exemplos e analogias para uma compreensão mais clara. Artigo 46 – Medidas de Segurança O artigo 46 estabelece que os agentes de tratamento de dados pessoais devem adotar medidas de segurança técnicas e administrativas para proteger os dados pessoais. Essas medidas são projetadas para evitar acessos não autorizados, destruição, perda, alteração ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito. EXEMPLO Uma empresa que armazena informações de clientes em seu banco de dados deve implementar medidas de segurança, como firewalls, criptografia e restrições de acesso, para proteger esses dados contra-ataques cibernéticos. § 1º. Padrões Técnicos Mínimos O parágrafo 1º permite que a autoridade nacional estabeleça padrões técnicos mínimos para garantir a aplicação eficaz das medidas de segurança. Isso considera a natureza dos dados, a tecnologia disponível e a sensibilidade dos dados pessoais. EXEMPLO Analogia: assim como um carro deve atender a padrões mínimos de segurança, como cintos de segurança e airbags, os sistemas que tratam dados pessoais devem atender a padrões técnicos mínimos. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 71 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves § 2º. Medidas desde a Concepção O parágrafo 2º enfatiza que as medidas de segurança devem ser observadas desde a fase de concepção do produto ou serviço até a sua execução. Isso significa que a segurança deve ser considerada desde o início de qualquer projeto que envolva dados pessoais. EXEMPLO Ao criar um aplicativo de gerenciamento financeiro, as medidas de segurança, como autenticação de dois fatores, devem ser planejadas desde o início do desenvolvimento. Artigo 47 – Garantia da Segurança após o Término O artigo 47 estabelece que os agentes de tratamento e outras partes envolvidas em qualquer fase do tratamento devem garantir a segurança das informações mesmo após a conclusão do tratamento. EXEMPLO Mesmo após encerrar um contrato com uma empresa de terceirização de dados, esta ainda é responsável por garantir a segurança dos dados pessoais de que tratou durante o contrato. Artigo 48 – Comunicação de Incidentes de Segurança O artigo 48 obriga o controlador a comunicar à autoridade nacional e ao titular qualquer incidente de segurança que possa resultar em risco ou dano relevante aos titulares de dados. EXEMPLO Se um ataque cibernético comprometer informações pessoais de clientes, a empresa controladora deve informar à autoridade nacional e aos titulares afetados. § 1º. Conteúdo da Comunicação O parágrafo 1º especifica que a comunicação deve incluir informações detalhadas, como a natureza dos dados afetados, informações sobre os titulares envolvidos, medidas técnicas de segurança adotadas e riscos relacionados ao incidente. EXEMPLO Analogia: é semelhante a um relatório de acidente de trânsito, que deve conter detalhes sobre osenvolvidos, as condições da estrada e a natureza do dano. § 2º. Providências da Autoridade Nacional O parágrafo 2º permite que a autoridade nacional determine ao controlador medidas adicionais, como divulgação do incidente ou ações para mitigar os efeitos prejudiciais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 72 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO A autoridade nacional pode exigir que uma empresa afetada por um incidente de segurança informe publicamente sobre o incidente para alertar os titulares de dados. § 3º. Comprovação de Medidas Técnicas Adequadas O parágrafo 3º estabelece que a autoridade nacional avaliará se medidas técnicas adequadas foram adotadas para tornar os dados afetados ininteligíveis para terceiros não autorizados. EXEMPLO Analogia: é semelhante a um cofre de alta segurança que torna o conteúdo inacessível a pessoas não autorizadas. Artigo 49 – Requisitos de Sistemas de Tratamento de Dados O artigo 49 exige que os sistemas utilizados para o tratamento de dados pessoais atendam aos requisitos de segurança, padrões de boas práticas e princípios gerais da LGPD. EXEMPLO Uma empresa que oferece serviços de armazenamento em nuvem deve garantir que seus servidores atendam aos requisitos de segurança e criptografia para proteger os dados armazenados. Os Artigos 46 a 49 da LGPD estabelecem diretrizes rigorosas para garantir a segurança dos dados pessoais. Essas disposições visam proteger a privacidade dos titulares de dados e promover a confiança nas práticas de tratamento de dados pessoais, mesmo após a conclusão do tratamento. O cumprimento dessas medidas é essencial para o sucesso da LGPD e a proteção eficaz dos direitos dos titulares de dados. 043. 043. (CESPE-CEBRASPE/SEFAZ-AL/AUDITOR FISCAL DE FINANÇAS E CONTROLE DE ARRECADAÇÃO DA FAZENDA ESTADUAL/2021) Julgue. De acordo com a LGPD, qualquer entidade que intervenha em uma das fases do tratamento de dados pessoais obriga-se a garantir a segurança da informação desses dados, mesmo após o término do tratamento. A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece que os agentes de tratamento (que incluem controladores e operadores) devem adotar medidas de segurança, técnicas e administrativas aptas a proteger os dados pessoais, não apenas durante o tratamento ativo, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 73 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves mas também depois de seu término. Essa garantia é essencial para proteger os direitos fundamentais de privacidade e proteção de dados dos titulares. A segurança da informação é uma preocupação central na LGPD. Dados pessoais, mesmo após o término do tratamento, podem ser alvo de acessos não autorizados, divulgação indevida ou outras situações que possam causar danos aos titulares. Assim, é crucial que as entidades mantenham medidas de segurança adequadas mesmo após o término do tratamento. Certo. 044. 044. (MPDFT/MPDFT/PROMOTOR DE JUSTIÇA ADJUNTO/2021) Entre outras disposições legais, a Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD, a Lei n. 13.709/2018, é a legislação brasileira que regula as atividades de tratamento de dados pessoais e que também altera os arts. 7º e 16 do Marco Civil da Internet. Assim, assinale a alternativa correta. a) O chamado incidente de segurança deve ser comunicado à autoridade nacional de dados naqueles casos em que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares, em prazo razoável, com a recomendação atual de dois dias úteis, contado da data do conhecimento do incidente, enquanto não sobrevier outra regulação. b) A LGPD fixou como prazo legal de comunicação à autoridade nacional de dados naqueles casos em que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares o prazo de dois dias úteis a partir do conhecimento do vazamento dos dados. c) A LGPD fixou como prazo legal de comunicação à autoridade nacional de dados naqueles casos em que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares o prazo de dois dias úteis a partir da ocorrência do vazamento dos dados, tornando obrigação do gestor dos dados a realização de auditorias permanentes para detectar falhas na segurança. d) A LGPD fixou como obrigação do gestor do banco de dados o de comunicação à autoridade nacional de dados somente naqueles casos em que possa acarretar dano relevante aos titulares, tendo fixado um prazo legal de cinco dias úteis. e) A LGPD fixou como obrigação do gestor do banco de dados o de comunicação à autoridade nacional de dados somente naqueles casos em que possa acarretar dano relevante aos titulares, tendo fixado um prazo legal de sete dias úteis. A LGPD, em seu artigo 48, menciona que o controlador deverá comunicar à Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e ao titular a ocorrência de incidente de segurança que possa acarretar risco ou dano relevante aos titulares. O artigo não estabelece um prazo específico de “dois dias úteis”, mas menciona que a comunicação deverá ser feita em prazo razoável. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 74 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves O detalhamento sobre “dois dias úteis” é uma especificidade que até a última atualização do meu treinamento, em janeiro de 2022, não estava explicitamente definida na LGPD, mas poderia ser uma recomendação ou regulamentação subsequente da ANPD ou outra entidade reguladora. As demais alternativas contêm erros em relação ao conteúdo da LGPD: b) Errada. Sugere que a LGPD fixou explicitamente um prazo de “dois dias úteis”, o que não é verdade. c) Errada. Associa a obrigação de comunicação diretamente com o vazamento e menciona auditorias permanentes, o que também não é explicitamente definido na LGPD. d) e e) Errada. Apresentam prazos de “cinco dias úteis” e “sete dias úteis”, respectivamente, que não estão contidos na LGPD. Letra a. DaS BoaS PrÁTicaS e Da GoVernançaDaS BoaS PrÁTicaS e Da GoVernança A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) incentiva a adoção de boas práticas e governança para proteger os dados pessoais dos cidadãos. Neste guia, exploraremos os Artigos 50 e 51 da LGPD, que tratam das regras de boas práticas, governança e padrões técnicos. Artigo 50 – Regras de Boas Práticas e Governança O artigo 50 permite que controladores e operadores formulem regras de boas práticas e governança relacionadas ao tratamento de dados pessoais. Essas regras abrangem uma ampla variedade de aspectos, desde procedimentos até ações educativas. EXEMPLO Um banco que lida com dados de clientes pode criar regras de boas práticas que definem como os dados devem ser coletados, armazenados e protegidos. § 1º. Consideração dos Riscos e Benefícios O parágrafo 1º enfatiza que ao estabelecer essas regras, os controladores e operadores devem considerar a natureza dos dados, os riscos e benefícios do tratamento de dados pessoais para os titulares. EXEMPLO Analogia: como um cirurgião considera cuidadosamente os riscos e benefícios de uma cirurgia antes deprosseguir, os controladores devem ponderar sobre os riscos e benefícios do tratamento de dados. 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Reconhecimento pela Autoridade Nacional O parágrafo 3º estipula que as regras de boas práticas e governança devem ser públicas e atualizadas regularmente. Além disso, a autoridade nacional pode reconhecê-las e divulgá-las. EXEMPLO Analogia: imagine que um restaurante siga práticas rigorosas de higiene alimentar e que essas práticas sejam reconhecidas por um órgão de saúde e divulgadas para que os clientes saibam que estão seguros. Artigo 51 – Estímulo a Padrões Técnicos O artigo 51 incentiva a autoridade nacional a promover a adoção de padrões técnicos que facilitem o controle dos titulares sobre seus dados pessoais. EXEMPLO Um aplicativo de gerenciamento financeiro pode adotar um padrão técnico que permita aos usuários visualizar, acessar e controlar facilmente suas informações financeiras. Os artigos 50 e 51 da LGPD são fundamentais para promover boas práticas, governança eficaz e a proteção dos direitos dos titulares de dados pessoais. Eles garantem que as organizações considerem os riscos e benefícios do tratamento de dados, implementem programas de governança sólidos e incentivem o uso de padrões técnicos que aumentem o controle dos titulares sobre seus dados pessoais. Essas medidas contribuem para uma implementação eficaz da LGPD e para a proteção da privacidade dos cidadãos. 045. 045. (CESPE-CEBRASPE/MPE-RO/ANALISTA DE REDES E COMUNICAÇÃO DE DADOS/2023) De acordo com o que estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), são habilitados a formular regras de boas práticas e de governança, que incluem, por exemplo, as ações O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 76 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves educativas e os mecanismos internos de supervisão e de mitigação de riscos no tratamento de dados pessoais, os: a) serviços notariais e de registro. b) titulares. c) encarregados. d) controladores e os operadores. e) órgãos de pesquisa. Vamos avaliar as alternativas: a) Errada. Serviços notariais e de registro: não são especificamente habilitados pela LGPD para formular regras de boas práticas e de governança. b) Errada. Titulares: embora sejam os donos dos dados e tenham direitos específicos garantidos pela LGPD, eles não são responsáveis por estabelecer regras de boas práticas. c) Errada. Encarregados: o encarregado atua como canal de comunicação entre o controlador, os titulares dos dados e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). Embora tenha um papel importante, ele não formula diretamente regras de boas práticas, mas garante que elas sejam cumpridas. d) Certa. Controladores e operadores: são os agentes de tratamento responsáveis pelo processamento de dados pessoais. Eles têm a responsabilidade de garantir que os dados sejam tratados em conformidade com a LGPD e, portanto, estão habilitados a formular regras de boas práticas e de governança. e) Errada. Órgãos de pesquisa: embora possam tratar dados pessoais para fins específicos, não são especificamente designados pela LGPD para formular regras de boas práticas e de governança. Letra d. Da fiScaLiZaçãoDa fiScaLiZação Das Sanções Administrativas A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece medidas rigorosas para garantir a conformidade com suas normas de proteção de dados pessoais. O artigo 52 descreve as sanções administrativas que podem ser aplicadas pela autoridade nacional em caso de infração. Vamos explorar cada uma dessas sanções com exemplos e analogias para entender melhor como funcionam. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 77 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves I – Advertência A primeira sanção listada é a advertência. Isso implica que a autoridade nacional pode alertar o agente de tratamento sobre uma violação e estabelecer um prazo para que medidas corretivas sejam tomadas. EXEMPLO Imagine um funcionário que viola uma política de segurança da empresa ao compartilhar informações confidenciais. A empresa pode adverti-lo e dar-lhe um prazo para concluir um treinamento de segurança. II – Multa Simples O inciso II prevê multas simples, que podem chegar a até 2% do faturamento da pessoa jurídica ou grupo no Brasil no último exercício, limitadas a R$ 50 milhões por infração. EXEMPLO Analogia: Isso é como uma multa de trânsito, onde a penalidade financeira varia com base na gravidade da infração. III – Multa Diária O inciso III permite multas diárias em casos contínuos, respeitando o limite total estabelecido no II. EXEMPLO Se uma empresa continuar a cometer uma infração de privacidade de dados, como não proteger adequadamente informações pessoais, ela pode enfrentar multas diárias até resolver o problema. IV – Publicização da Infração A inciso IV envolve a publicização da infração após ser confirmada. Isso significa que a autoridade nacional pode divulgar a infração para o público. EXEMPLO Analogia: similar a um jornal publicar uma notícia sobre uma empresa que violou regulamentos de segurança de dados. V – Bloqueio dos Dados A inciso V permite que a autoridade nacional bloqueie os dados pessoais relacionados à infração até que a situação seja regularizada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 78 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Se uma rede social violar a privacidade dos usuários, a autoridade pode bloquear o acesso a esses dados até que as correções sejam feitas. VI – Eliminação dos Dados A inciso VI envolve a eliminação dos dados pessoais relacionados à infração. EXEMPLO Analogia: é como apagar permanentemente informações em seu computador para evitar acesso não autorizado. X – Suspensão Parcial do Funcionamento do Banco de Dados O inciso X permite a suspensão temporária parcial do funcionamento do banco de dados relacionado à infração. EXEMPLO Uma empresa que viola a privacidade de seus clientes pode ter parte de seu sistema de banco de dados temporariamente desativada até resolver o problema. XI – Suspensão do Exercício da Atividade de Tratamento O inciso XI envolve a suspensãotemporária do exercício da atividade de tratamento dos dados pessoais relacionados à infração. EXEMPLO Analogia: é como um motorista que tem sua carteira de motorista suspensa temporariamente após cometer várias infrações de trânsito. XII – Proibição das Atividades Relacionadas ao Tratamento de Dados O inciso XII permite a proibição total ou parcial das atividades relacionadas ao tratamento de dados pessoais. EXEMPLO Uma empresa que sistematicamente não protege os dados dos clientes pode ser proibida de continuar a coletar ou processar esses dados. O Artigo 52 da LGPD estabelece um conjunto abrangente de sanções administrativas para garantir a conformidade com as normas de proteção de dados pessoais. Essas sanções podem variar de advertências a multas substanciais, dependendo da gravidade da infração e de outros fatores considerados. É fundamental que as organizações estejam cientes dessas sanções e implementem medidas adequadas para proteger os dados pessoais de acordo com a LGPD, evitando assim penalidades sérias. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 79 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves 046. 046. (IBFC/EBSERH/TÉCNICO DE ENFERMAGEM/2022) Os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), ficam sujeitos às sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional. Assinale a alternativa que não apresente uma sanção prevista da LGPD. a) Advertência, com indicação de prazo para adoção de medidas corretivas. b) Multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração. c) Eliminação dos dados pessoais a que se refere a infração. d) Bloqueio dos dados pessoais a que se refere a infração até a sua regularização. e) Detenção, de 1 a 2 meses. a) Certa. É uma sanção prevista pela LGPD. c) Certa. É uma das sanções financeiras previstas pela LGPD. c) Certa. É uma sanção prevista pela LGPD, especialmente em casos em que o tratamento dos dados não esteja em conformidade com a lei. d) Certa. Também é uma sanção prevista pela LGPD. e) Errada. Não é uma sanção prevista pela LGPD. A LGPD é uma legislação de natureza administrativa e civil, e não estabelece sanções penais, como detenção ou prisão. Letra e. 047. 047. (FUNDATEC/PROCERGS-ANT/ANALISTA TÉCNICO-ADVOGADO NA ÁREA CÍVEL/2023) A LGPD estabelece que os agentes de tratamento de dados, em razão das infrações cometidas às normas previstas na referida Lei, ficam sujeitos às determinadas sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional. Segundo as disposições do Art. 52 da referida lei, entre as sanções administrativas aplicáveis pela autoridade nacional está a multa simples, de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil no seu último exercício, excluídos os tributos, limitada, no total, a ______________ por infração. Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna do trecho acima. a) R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais) b) R$ 20.000.000,00 (vinte milhões de reais) c) R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais) d) R$ 40.000.000,00 (quarenta milhões de reais) e) R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 80 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves De acordo com o Art. 52 da LGPD (Lei n. 13.709/2018), as sanções administrativas que podem ser aplicadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) incluem uma multa simples de até 2% (dois por cento) do faturamento da pessoa jurídica de direito privado, grupo ou conglomerado no Brasil, referente ao seu último exercício, com a exclusão dos tributos. Importante notar que essa multa possui um teto, ou seja, um valor máximo que pode ser aplicado por infração. Esse valor é de R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais). Portanto, a alternativa que corretamente preenche a lacuna do trecho apresentado é a letra E. Esse limite serve como uma medida para garantir que mesmo em casos de grandes conglomerados com faturamentos elevados, a multa não atinja valores desproporcionais ou que possam comprometer a continuidade das atividades da empresa. Assim, a multa é proporcional ao faturamento (até 2%) e tem um valor máximo definido para garantir equilíbrio na sua aplicação. Letra e. Da aUToriDaDe nacionaL De ProTeção De DaDoS Da aUToriDaDe nacionaL De ProTeção De DaDoS (ANPD) E DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE (ANPD) E DO CONSELHO NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DaDoS PeSSoaiS e Da PriVaciDaDeDaDoS PeSSoaiS e Da PriVaciDaDe Da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece a criação da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), uma instituição fundamental para regulamentar e fiscalizar a proteção de dados pessoais no Brasil. Vamos explorar os artigos 55, 55-A, 55-C e 55-D da LGPD, que tratam da estrutura e funcionamento da ANPD, usando exemplos e analogias para tornar esses conceitos mais claros. Artigo 55 – (VETADO) Este artigo não possui conteúdo relevante para nossa discussão, pois foi vetado. Artigo 55-A – Criação e Características da ANPD Aqui, a LGPD estabelece a criação da ANPD como uma autarquia de natureza especial, com autonomia técnica e decisória, sede no Distrito Federal e foro próprio. Isso significa que a ANPD é uma instituição independente, capaz de tomar decisões relacionadas à proteção de dados pessoais sem influências externas. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 81 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves EXEMPLO Analogia: a ANPD é como um árbitro em uma partida de futebol, que toma decisões imparciais para garantir que todas as regras do jogo sejam seguidas, sem favorecer nenhum time. Artigo 55-C – Composição da ANPD A ANPD é composta por diferentes órgãos: Conselho Diretor: é o órgão máximo de direção da ANPD. Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade: órgão consultivo que auxilia na definição de políticas relacionadas à proteção de dados. Corregedoria: responsável por fiscalizar o cumprimento das normas pela ANPD e sua equipe. Ouvidoria: encarregada de receber sugestões, reclamações e denúncias da sociedade em relação à proteção de dados. Procuradoria: unidade responsável por representar a ANPD judicialmente e orientá-la em questões legais. Unidades Administrativas e Unidades Especializadas: têm funções específicas para aplicar a LGPD. EXEMPLO A ANPD é como um carro que tem diferentes partes, como motor, volante, freios etc. Cada parte desempenha um papel importante para garantir que o carro funcione corretamente. Artigo 55-D – Conselho Diretor da ANPD O Conselho Diretor da ANPD é composto por 5 diretores, incluindo o Diretor-Presidente, quelidera o órgão. Os membros do Conselho Diretor são escolhidos pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal. Eles devem ter reputação ilibada, educação superior e conhecimento no campo de especialidade relacionado às suas funções. O mandato dos membros do Conselho Diretor é de 4 anos. EXEMPLO Analogia: O Conselho Diretor da ANPD é como uma equipe de pilotos em um avião. Cada piloto tem um papel específico para garantir que o avião voe com segurança e eficiência. Artigo 55-E – Perda de Cargo dos Membros do Conselho Diretor Este artigo estabelece as condições sob as quais os membros do Conselho Diretor da ANPD podem perder seus cargos, as quais incluem renúncia, condenação judicial ou demissão por infrações disciplinares. Isso assegura que os membros do Conselho Diretor atuem com responsabilidade e ética. 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EXEMPLO Imagine que um árbitro de futebol, após se aposentar, não deve usar seu conhecimento para apostar em partidas e influenciar resultados. Artigo 55-G – Estrutura Regimental da ANPD O presidente da República é responsável por definir a estrutura organizacional da ANPD por meio de um ato. Isso garante que a ANPD tenha uma organização clara e bem definida. EXEMPLO Analogia: é como o arquiteto que projeta um edifício, garantindo que ele tenha todos os andares, salas e sistemas necessários. Artigo 55-H – Remanejamento de Cargos Este artigo estabelece que a ANPD pode remanejar cargos de outros órgãos do governo para preencher suas necessidades de pessoal. Isso ajuda a garantir que a ANPD tenha a equipe necessária para cumprir suas responsabilidades. EXEMPLO É semelhante a uma empresa que transfere funcionários de um departamento para outro para atender a novas demandas. Artigo 55-I – Nomeação de Ocupantes de Cargos em Comissão A nomeação de ocupantes de cargos em comissão e funções de confiança na ANPD é realizada pelo Conselho Diretor, com aprovação do Diretor-Presidente. Isso assegura que a equipe da ANPD seja composta por pessoas qualificadas e confiáveis. EXEMPLO Analogia: é como um capitão de um time de futebol escolhendo seus jogadores para garantir um bom desempenho em campo. Artigo 55-J – Competências da ANPD Este artigo lista as diversas competências da ANPD, que vão desde zelar pela proteção de dados pessoais até promover o conhecimento das normas de proteção de dados. A ANPD O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 83 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves também pode apreciar petições de titulares, fiscalizar o tratamento de dados e cooperar internacionalmente. EXEMPLO É como um guarda de trânsito que não apenas aplica multas, mas também educa os motoristas e colabora com outras autoridades de trânsito. Artigo 55-K – Competências Exclusivas da ANPD Este artigo estabelece que a aplicação das sanções previstas na LGPD é uma competência exclusiva da ANPD, e suas competências prevalecerão sobre as de outras entidades ou órgãos públicos no que diz respeito à proteção de dados pessoais. EXEMPLO Analogia: imagine a ANPD como um árbitro em uma partida de futebol que tem autoridade exclusiva para aplicar cartões amarelos e vermelhos. Outros envolvidos no jogo, como técnicos ou jogadores, não têm essa autoridade. Artigo 55-L – Receitas da ANPD Este artigo lista as fontes de receita da ANPD, que incluem dotações orçamentárias, doações, venda ou aluguel de bens, investimentos financeiros, recursos de acordos e convênios, bem como a venda de publicações e dados. EXEMPLO É como uma organização sem fins lucrativos que obtém recursos de doações, venda de produtos e investimentos financeiros para financiar suas atividades. Artigo 55-M – Patrimônio da ANPD Este artigo descreve o patrimônio da ANPD, que é composto por bens e direitos transferidos pelos órgãos da Presidência da República e por aqueles que a ANPD adquire ou incorpora ao longo do tempo. EXEMPLO Analogia: o patrimônio da ANPD é semelhante ao conjunto de ativos de uma empresa, incluindo propriedades que ela adquire ou herda. A ANPD desempenha um papel crítico na aplicação da LGPD, garantindo que as sanções sejam aplicadas corretamente e que os dados pessoais dos cidadãos sejam protegidos. Ela obtém financiamento de diversas fontes, incluindo recursos do orçamento público e doações, para cumprir suas responsabilidades. Seu patrimônio é composto por bens transferidos e adquiridos ao longo do tempo. Em resumo, a ANPD é a guardiã da proteção de dados pessoais no Brasil, assegurando que a LGPD seja cumprida e respeitada. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 84 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Do conSeLHo nacionaL De ProTeção De DaDoS Do conSeLHo nacionaL De ProTeção De DaDoS PeSSoaiS e Da PriVaciDaDePeSSoaiS e Da PriVaciDaDe O Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNDP) é um órgão importante na estrutura de proteção de dados no Brasil, desempenhando funções cruciais na elaboração e execução das políticas de privacidade e proteção de dados. Neste artigo, exploraremos os artigos 58-A e 58-B da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para compreender a composição e as responsabilidades desse conselho. Artigo 58-A – Composição do CNDP O CNDP é composto por 23 representantes de diferentes órgãos e setores da sociedade, cada um com um papel específico. Vamos examinar os principais pontos deste artigo: • 5 representantes do Poder Executivo federal; • 1 representante do Senado Federal; • 1 representante da Câmara dos Deputados; • 1 representante do Conselho Nacional de Justiça; • 1 representante do Conselho Nacional do Ministério Público; • 1 representante do Comitê Gestor da Internet no Brasil; • 3 representantes de entidades da sociedade civil envolvidas na proteção de dados pessoais; • 3 representantes de instituições científicas, tecnológicas e de inovação; • 3 representantes de confederações sindicais representativas de categorias econômicas do setor produtivo; • 2 representantes de entidades relacionadas ao setor empresarial de tratamento de dados pessoais; e • 2 representantes de entidades relacionadas ao setor trabalhista. É importante destacar que os representantes são designados por ato do Presidente da República, com possibilidade de delegação. EXEMPLO Analogia: o CNDP é como um conselho de especialistas, onde diferentes partes interessadas, como governo, sociedade civil, acadêmicos e setores produtivos sereúnem para discutir e tomar decisões sobre a proteção de dados pessoais. Artigo 58-B – Competências do CNDP O CNDP tem uma série de competências para orientar e monitorar a implementação das políticas de proteção de dados no Brasil. Suas principais responsabilidades incluem: O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 85 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves • Propor diretrizes estratégicas e fornecer subsídios para a elaboração da Política Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (ou PNPD); • Elaborar relatórios anuais de avaliação da execução das ações da PNPD; • Sugerir ações a serem realizadas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD); • Elaborar estudos e promover debates e audiências públicas sobre a proteção de dados pessoais e privacidade; • Disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade à população. EXEMPLO O CNDP age como um comitê de orientação, ajudando a formular estratégias, avaliar o progresso e promover a conscientização sobre a proteção de dados em todo o país. O CNDP desempenha um papel fundamental na supervisão e promoção da proteção de dados pessoais e da privacidade no Brasil. Sua composição diversificada reflete a importância de considerar diferentes perspectivas ao formular políticas nessa área. Além disso, suas competências incluem desde a proposição de diretrizes até a disseminação de conhecimento, tornando-o uma peça-chave na implementação eficaz da Lei Geral de Proteção de Dados. 048. 048. (FGV/TJ-DFT/ANALISTA JUDICIÁRIO-SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO/2022) De acordo com a composição da ANPD (Autoridade Nacional de Proteção de Dados) prevista na LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), disseminar o conhecimento sobre a proteção de dados pessoais e da privacidade à população é uma atribuição do(a): a) Conselho Diretor; b) Unidades especializadas; c) Unidades administrativas; d) Coordenação-Geral de Administração; e) Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade. A LGPD (Lei n. 13.709/2018) estabeleceu a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e definiu sua estrutura. Uma das partes dessa estrutura é o Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade. O Art. 55-J da LGPD define as competências do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade. Entre as atribuições desse Conselho, conforme o inciso VII do O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 86 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves mesmo artigo, está a de “disseminar o conhecimento sobre as normas e as políticas públicas de proteção de dados pessoais e das medidas de segurança”. Isso significa que uma das responsabilidades desse Conselho é promover e propagar informações sobre proteção de dados pessoais, visando educar e informar a população brasileira sobre seus direitos e sobre a importância da privacidade. Letra e. 049. 049. (CESPE-CEBRASPE/APEX BRASIL/ANALISTA I-COMUNICAÇÃO/2022) A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) a) é entidade da administração pública federal com natureza jurídica de empresa pública. b) é órgão com autonomia técnica, mas sem poder decisório. c) prevê mandato dos membros do seu Conselho Diretor por, no máximo, dois anos. d) é composta de corregedoria e ouvidoria. a) Errada. A ANPD foi estabelecida como um órgão da administração pública federal direta, não como uma empresa pública. b) Errada. A ANPD tem autonomia técnica e poder decisório em áreas relacionadas à proteção de dados no Brasil. c) Errada. O mandato dos membros do Conselho Diretor da ANPD é de quatro anos, com a possibilidade de uma recondução. d) Certa. A ANPD possui entre suas unidades especializadas uma corregedoria e uma ouvidoria. Letra d. 050. 050. (FCC/TRT 23ª REGIÃO-MT/ANALISTA JUDICIÁRIO-ÁREA ADMINISTRATIVA/2022) De acordo com o que estabelece a Lei Geral de Proteção de Dados (Lei n. 13.709/2018) acerca da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), a) os membros do Conselho Diretor da ANPD serão escolhidos dentre brasileiros que tenham reputação ilibada, nível superior de educação e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais serão nomeados, com mandato de um ano, permitida uma recondução. b) sua natureza é de secretaria especial, vinculada ao Ministério da Justiça, dotada de autonomia técnica e decisória, com patrimônio próprio e com sede e foro no Distrito Federal. c) os membros do Conselho Diretor da ANPD somente perderão seus cargos em virtude de renúncia, condenação judicial transitada em julgado ou pena de demissão decorrente de processo administrativo disciplinar. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 87 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves d) os membros do Conselho Diretor da ANPD serão escolhidos pelo Presidente da República e por ele nomeados, após aprovação pelo Congresso Nacional. e) os ocupantes dos cargos em comissão e das funções de confiança da ANPD serão indicados pelo Presidente da República, após aprovação do Senado Federal. a) Errada. A descrição sobre a reputação ilibada, nível superior e elevado conceito no campo de especialidade está correta, mas o mandato de um ano está errado. O mandato correto é de quatro anos, permitida uma única recondução. b) Errada. A ANPD não tem natureza de secretaria especial. Art. 55-A. Fica criada a Autoridade Nacional de Proteção de Dados – ANPD, autarquia de natureza especial, dotada de autonomia técnica e decisória, com patrimônio próprio e com sede e foro no Distrito Federal. c) Certa. Este é o correto, conforme estabelecido pela LGPD, indicando as condições sob as quais os membros do Conselho Diretor da ANPD podem perder seus cargos. d) Errada. A aprovação dos membros do Conselho Diretor é feita especificamente pelo Senado Federal e não pelo Congresso Nacional como um todo. e) Errada. A nomeação dos ocupantes de cargos em comissão e funções de confiança não requer aprovação do Senado Federal. A aprovação do Senado é específica para os membros do Conselho Diretor. Letra c. 051. 051. (FGV/SEAD-AP/PERITO CRIMINAL-ANALISTA DE SISTEMA/2022) De acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), a Autoridade Nacional de Proteção de Dados é responsável por a) realizar o tratamento de dados pessoais sensíveis em nome do controlador. n) obter o consentimento do titular para transferência internacional de dados pessoais. c) tomar as decisões referentes a anonimização e tratamento dos dados pessoais. d) atuar como canal de comunicação entre os titulares de dados pessoais sensíveis. e) zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento da LGPD em todo o território nacional. a) Errada. A ANPD não realiza o tratamento de dados pessoais sensíveis em nome do controlador. Esta função é do controlador e, em certos contextos, do operador sob instruções do controlador. b) Errada. Obter o consentimento do titular para a transferência internacional de dados pessoaisé responsabilidade do controlador. 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Sim, a principal função da ANPD é zelar, implementar e fiscalizar o cumprimento da LGPD em todo o território nacional. Esta é a opção correta e a principal atribuição da ANPD conforme estabelecido na LGPD. Letra e. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 89 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves RESUMORESUMO A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) foi sancionada em agosto de 2018 e entrou em vigor em setembro de 2020. Essa lei é considerada um marco legal para a proteção de informações pessoais no Brasil, em resposta à crescente necessidade de regulamentar o tratamento de dados no ambiente digital. fUnDamenToS Os fundamentos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) são os princípios essenciais que guiam sua aplicação e interpretação. Eles representam os valores e objetivos que a legislação busca alcançar. Os fundamentos da LGPD são: • Respeito à Privacidade: proteção da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas. Reconhecimento de que os indivíduos têm o direito de controlar suas próprias informações pessoais. • Autodeterminação Informativa: direito de controle dos cidadãos sobre suas informações pessoais. Permite que os indivíduos decidam como suas informações serão utilizadas, armazenadas e compartilhadas. • Finalidade: o tratamento de dados pessoais deve ser realizado para propósitos legítimos e específicos, informados aos titulares dos dados. • Adequação: o tratamento de dados pessoais deve ser compatível com a finalidade para a qual foram coletados. • Necessidade: a coleta de dados pessoais deve ser limitada ao mínimo necessário para o cumprimento da finalidade pretendida. • Livre Acesso: garantia aos titulares dos dados de consulta facilitada e gratuita sobre a forma e a duração do tratamento de seus dados pessoais, além da integralidade das informações. • Qualidade dos Dados: garantia de que os dados pessoais sejam atualizados, corretos e precisos. • Transparência: dever de fornecer informações claras e acessíveis aos titulares sobre o tratamento de seus dados pessoais. • Segurança: implementação de medidas técnicas e organizacionais adequadas para proteger os dados pessoais contra acesso não autorizado, destruição, perda, alteração ou divulgação indevida. • Prevenção: adoção de medidas para prevenir a ocorrência de danos devido ao tratamento de dados pessoais. • Não Discriminação: proibição de tratamento de dados pessoais para fins discriminatórios, abusivos ou ilegais. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 90 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves • Responsabilização e Prestação de Contas: dever de demonstrar a conformidade com a LGPD e assumir a responsabilidade pelo tratamento adequado dos dados pessoais. Esses fundamentos são essenciais para garantir a proteção dos direitos fundamentais dos indivíduos e promover uma cultura de respeito e proteção dos dados pessoais. aPLicaBiLiDaDe A aplicabilidade da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) abrange todas as entidades públicas e privadas que realizam o tratamento de dados pessoais, independentemente do meio utilizado. Isso inclui todas as etapas e formas de processamento de dados pessoais, desde que cumpram os critérios especificados nos incisos I a III do artigo 3º da LGPD: Inciso I: O tratamento de dados é realizado no território brasileiro. Inciso II: A atividade de tratamento visa à oferta ou ao fornecimento de bens ou serviços no Brasil ou envolve dados de indivíduos localizados no Brasil. Inciso III: Os dados foram coletados no território brasileiro. Dessa forma, empresas estrangeiras que fazem negócios no Brasil ou que processam dados de indivíduos no Brasil também estão sujeitas à LGPD. A lei tem alcance extraterritorial, o que significa que se aplica mesmo que a sede da empresa esteja em outro país ou os dados estejam localizados fora do Brasil, desde que cumpram esses critérios. É importante ressaltar que existem algumas exceções em que a LGPD não se aplica, como no tratamento de dados para fins pessoais ou jornalísticos, conforme previsto no artigo 4º, inciso IV da lei. No entanto, essas exceções são específicas e buscam equilibrar a proteção da privacidade dos indivíduos com outros valores e interesses sociais importantes, como a liberdade de expressão, a segurança pública e a soberania do Estado. As exceções são estabelecidas pela própria lei e incluem: • Tratamento de dados exclusivamente para fins particulares e não econômicos: quando uma pessoa trata dados pessoais exclusivamente para fins pessoais e não comerciais, a LGPD não se aplica. Isso pode incluir o gerenciamento de contatos pessoais ou fotos em um dispositivo privado. • Tratamento de dados para fins exclusivamente jornalísticos, artísticos ou acadêmicos: a LGPD não se aplica ao tratamento de dados pessoais realizado para fins jornalísticos, artísticos ou acadêmicos, embora certos artigos da LGPD ainda se apliquem no contexto acadêmico. • Tratamento de dados para segurança pública, defesa nacional, segurança do estado e repressão de infrações penais: essa exceção estabelece que certos órgãos governamentais podem tratar dados pessoais no exercício de suas funções, como policiamento e segurança nacional, desde que sigam legislação específica e atendam ao interesse público. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 91 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS De acordo com a LGPD, o termo “tratamento” abrange todas as operações realizadas com dados pessoais, incluindo coleta, produção, recepção, classificação, utilização, acesso, reprodução, transmissão, distribuição, processamento, arquivamento, armazenamento, eliminação, entre outros. Além disso, a lei estabelece que o tratamento de dados pessoais não se aplica apenas aos dados processados digitalmente, mas também abrange dados tratados fora dos meios digitais, como informações em papel. A LGPD diferencia pessoas naturais de pessoas jurídicas e estabelece regras específicas para o tratamento dedados pessoais sensíveis, que incluem informações sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dado referente à saúde ou à vida sexual, dado genético ou biométrico vinculado a uma pessoa natural. Em relação ao tratamento de dados pessoais, a LGPD estabelece hipóteses em que o tratamento é permitido, como o consentimento do titular, o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador, a realização de estudos por órgão de pesquisa, entre outros. A lei também estabelece direitos e garantias fundamentais para os titulares dos dados, como o direito de acesso às informações relacionadas ao tratamento de seus dados, o direito ao consentimento informado e o direito à portabilidade dos dados. É importante ressaltar que o tratamento de dados pessoais deve seguir os princípios da LGPD, como a finalidade, adequação, necessidade, transparência, segurança, prevenção, não discriminação, responsabilização e prestação de contas. Em resumo, o tópico “Tratamento de Dados Pessoais” da LGPD abrange as definições, conceitos básicos, hipóteses de tratamento, direitos dos titulares e princípios que devem ser observados para garantir a proteção dos dados pessoais. conSenTimenTo O consentimento é um dos princípios fundamentais da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Segundo a LGPD, o consentimento é uma autorização expressa e inequívoca dada pelo titular dos dados para o tratamento de suas informações pessoais. O consentimento deve ser obtido de forma clara e específica, informando ao titular a finalidade do tratamento, os direitos que possui em relação aos seus dados e a possibilidade de revogar o consentimento a qualquer momento. Além disso, a LGPD estabelece que o consentimento deve ser fornecido por escrito ou por outro meio que demonstre a manifestação de vontade do titular. É importante ressaltar que o consentimento não pode ser obtido de forma tácita, ou seja, não pode ser presumido a partir da omissão do titular. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 92 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves Do TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS SenSÍVeiS O tratamento de dados pessoais sensíveis é regulamentado pelo artigo 11 da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Esse tipo de dado inclui informações sobre origem racial ou étnica, convicção religiosa, opinião política, filiação a sindicato ou a organização de caráter religioso, filosófico ou político, dados referentes à saúde ou à vida sexual, bem como dados genéticos ou biométricos vinculados a uma pessoa natural. O tratamento de dados pessoais sensíveis requer o consentimento específico e destacado do titular para finalidades específicas. Existem algumas situações em que o tratamento pode ocorrer sem o consentimento do titular, como quando é indispensável para o cumprimento de obrigação legal ou regulatória pelo controlador, quando é necessário para a execução de políticas públicas pela administração pública, quando é realizado por órgãos de pesquisa garantindo a anonimização dos dados sempre que possível, entre outras hipóteses previstas na LGPD. A LGPD estabelece regras específicas para o tratamento desses dados sensíveis, visando uma proteção ainda mais rigorosa da privacidade dos indivíduos. É importante respeitar essas regras e garantir a segurança e a privacidade dos dados pessoais sensíveis. TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS De criançaS e De aDoLeScenTeS De acordo com a LGPD, o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes deve ser realizado considerando o melhor interesse desses grupos. Para o tratamento de dados de crianças, é necessário obter o consentimento específico e destacado de pelo menos um dos pais ou do responsável legal. Os controladores de dados devem tornar públicas as informações sobre os tipos de dados coletados, como esses dados são usados e como os pais ou responsáveis podem exercer os direitos previstos na lei. Além disso, os dados pessoais de crianças só podem ser coletados sem consentimento quando necessários para contatar os pais ou responsável, com uso único e sem armazenamento, e não podem ser compartilhados com terceiros. TÉrmino Do TraTamenTo De DaDoS O artigo 15 da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) estabelece as seguintes hipóteses para o término do tratamento: • Finalidade Alcançada: o tratamento de dados pessoais deve ser encerrado quando a finalidade para a qual esses dados foram coletados foi alcançada. Além disso, se os dados não forem mais necessários ou pertinentes para alcançar a finalidade específica desejada, o tratamento deve ser encerrado. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 93 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves • Fim do Período de Tratamento: quando o período de tratamento determinado para os dados terminar, o tratamento deve ser encerrado. Isso pode ocorrer, por exemplo, quando expira o contrato entre o titular dos dados e o controlador. • Comunicação do Titular: o tratamento de dados pessoais pode ser encerrado quando o titular dos dados comunica explicitamente sua vontade nesse sentido. • Exclusivo do Controlador: os dados pessoais podem ser conservados para uso exclusivo do controlador, desde que esses dados sejam anonimizados e não estejam acessíveis a terceiros. Essas disposições visam garantir que o tratamento de dados pessoais seja realizado apenas pelo tempo necessário e de acordo com as finalidades específicas estabelecidas, assegurando a proteção da privacidade e dos direitos dos titulares dos dados. TraTamenTo De DaDoS PeSSoaiS PeLo PoDer PÚBLico O tratamento de dados pessoais pelo poder público é regulado pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e possui regras específicas. O artigo 23 da LGPD estabelece algumas diretrizes e obrigações para garantir a proteção dos dados no setor público. Entre as principais disposições do artigo 23, destacam-se: • Informação e Transparência: os órgãos públicos devem informar quando e como estão tratando dados pessoais, disponibilizando informações claras sobre a finalidade, procedimentos e práticas utilizadas. • Nomeação de Encarregado: os órgãos públicos devem nomear um encarregado, também conhecido como Data Protection Officer (DPO), responsável por garantir a conformidade com a LGPD no tratamento de dados. • Formas de Publicidade das Operações de Tratamento: os órgãos públicos devem adotar medidas para divulgar as operações de tratamento de dados, proporcionando transparência e conhecimento aos titulares dos dados. • Padronização e Boas Práticas: a autoridade nacional pode sugerir a adoção de padrões e boas práticas para o tratamento de dados pessoais pelo poder público, visando aprimorar a proteção e segurança dos dados. Essas medidas têm como objetivo garantir que o tratamento de dados pessoais realizado pelo poder público esteja em conformidade com a LGPD e respeite os direitos dos titulares dos dados. reSPonSaBiLiDaDe A responsabilidade é um tópico importante na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). De acordo com a LGPD, tanto os controladores quanto os operadores de dados pessoais O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquertítulo, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 94 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves são responsáveis pelo tratamento adequado desses dados. O controlador é a pessoa ou empresa que determina as finalidades e os meios de processamento dos dados, enquanto o operador realiza o tratamento em nome do controlador. Em relação à responsabilidade, a LGPD estabelece que o operador responde solidariamente pelos danos causados pelo tratamento quando não cumpre as obrigações da legislação ou não segue as instruções lícitas do controlador. Além disso, o controlador também pode ser responsabilizado pelos danos causados pelo tratamento de dados. A LGPD também prevê a possibilidade de inversão do ônus da prova em favor do titular dos dados, ou seja, o titular não precisa provar a violação, mas sim o responsável pelo tratamento dos dados. As normas da LGPD também estabelecem condições em que os agentes de tratamento não serão responsabilizados, como quando não realizaram o tratamento atribuído, não houve violação da legislação de proteção de dados ou o dano foi causado exclusivamente pelo titular dos dados ou por terceiros. Em resumo, a responsabilidade na LGPD implica que os controladores e operadores devem agir de acordo com as obrigações legais, garantir a segurança dos dados pessoais e responder pelos danos causados em caso de violação da legislação. PaDrÕeS e BoaS PrÁTicaS O tópico de Padrões e Boas Práticas na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) aborda a necessidade de estabelecer regras e diretrizes para o tratamento de dados pessoais. De acordo com a LGPD, os controladores e operadores podem formular regras de boas práticas e governança, que incluem ações educativas e mecanismos internos de supervisão e mitigação de riscos. Essas regras devem considerar a natureza dos dados, os riscos e benefícios do tratamento de dados pessoais para os titulares. Além disso, os controladores e operadores podem implementar um programa de governança em privacidade, estabelecendo políticas e práticas internas para garantir o cumprimento das normas de proteção de dados. A autoridade nacional de proteção de dados pode reconhecer e divulgar essas regras de boas práticas, que devem ser atualizadas regularmente. Além disso, a LGPD incentiva a adoção de padrões técnicos que facilitem o controle dos titulares sobre seus dados pessoais. Em resumo, o tópico de Padrões e Boas Práticas na LGPD enfatiza a importância de estabelecer diretrizes e seguir boas práticas para garantir a proteção adequada dos dados pessoais e promover a confiança na forma como as organizações tratam essas informações. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 95 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves TranSferÊncia inTernacionaL De DaDoS A transferência internacional de dados é regulada pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil. De acordo com a LGPD, a transferência de dados pessoais para países estrangeiros ou organizações internacionais só é permitida em determinadas situações, as quais incluem: • Grau adequado de proteção: a transferência só pode ser feita para países ou organizações internacionais que ofereçam um grau adequado de proteção de dados pessoais, de acordo com o previsto na LGPD. • Garantias de cumprimento: o controlador dos dados deve oferecer e comprovar garantias de cumprimento dos princípios e direitos dos titulares previstos na LGPD. • Necessidade legal ou de proteção: a transferência pode ocorrer quando for necessária para cooperar em investigações internacionais, proteger a vida ou integridade física do titular dos dados, prevenir fraudes e irregularidades, entre outros casos previstos na legislação. • Autorização da Autoridade Nacional: a autoridade nacional pode autorizar a transferência quando necessário e apropriado. • Consentimento do titular: a transferência também pode ocorrer mediante o consentimento específico do titular dos dados, desde que ele seja informado sobre a natureza internacional da operação. Além disso, a LGPD estabelece critérios de avaliação do nível de proteção de dados nos países de destino, levando em consideração a legislação vigente, a natureza dos dados, as medidas de segurança e as garantias judiciais e institucionais. A LGPD busca garantir a proteção dos dados pessoais dos cidadãos brasileiros mesmo quando transferidos para o exterior, promovendo a privacidade e a segurança dos dados. reSPonSaBiLiDaDe e reSSarcimenTo De DanoS A responsabilidade e o ressarcimento de danos são aspectos importantes abordados pela Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). A LGPD estabelece que os agentes de tratamento de dados, como controladores e operadores, são responsáveis por garantir a segurança e a privacidade dos dados pessoais. Em caso de violação da LGPD, os agentes de tratamento podem ser responsabilizados pelos danos causados aos titulares dos dados. A responsabilidade pode ser solidária, ou seja, todos os agentes envolvidos no tratamento dos dados podem ser responsabilizados conjuntamente. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 96 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves A LGPD também prevê o direito de regresso, que permite que aquele que reparar o dano ao titular dos dados possa buscar o ressarcimento dos demais responsáveis, de acordo com a sua participação no evento danoso. Além disso, a LGPD estabelece condições em que os agentes de tratamento não são responsabilizados, como quando não realizaram o tratamento atribuído a eles, quando não houve violação da legislação de proteção de dados ou quando o dano foi causado exclusivamente pelo titular dos dados ou por terceiros. É importante ressaltar que a LGPD busca garantir a efetiva indenização ao titular dos dados em caso de violação, estabelecendo medidas rigorosas para assegurar a conformidade com as normas de proteção de dados pessoais. SeGUrança e BoaS PrÁTicaS A segurança e as boas práticas são aspectos fundamentais na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para garantir a proteção adequada das informações pessoais. A LGPD estabelece medidas de segurança técnicas e administrativas que devem ser adotadas pelos agentes de tratamento de dados pessoais. Essas medidas visam evitar acessos não autorizados, destruição, perda, alteração ou qualquer forma de tratamento inadequado ou ilícito dos dados. Além disso, a LGPD incentiva a adoção de boas práticas e governança no tratamento de dados pessoais. Isso envolve a formulação de regras internas, procedimentos e ações educativas para garantir o cumprimento das normas de proteção de dados. Também é encorajada a implementação de programas de governança em privacidade, que estabelecem políticas internas e práticas para garantir a conformidade com a LGPD. A LGPD também prevê a comunicação de incidentes de segurança às autoridades competentes e aos titulares dos dados. Os controladores devem comunicar qualquer incidente de segurança que possa resultar em risco ou dano relevante aos titulares, fornecendo informações detalhadas sobre o incidente. Em resumo, a segurançae as boas práticas são essenciais para garantir a proteção dos dados pessoais e o cumprimento da LGPD. As medidas de segurança devem ser adotadas desde a concepção do produto ou serviço, considerando a natureza dos dados e os riscos envolvidos. A comunicação de incidentes de segurança e a adoção de boas práticas e governança são importantes para promover a transparência e a confiança dos titulares de dados. BoaS PrÁTicaS e a GoVernança As boas práticas e a governança são aspectos fundamentais da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). O artigo 50 da LGPD permite que os controladores e operadores estabeleçam regras de boas práticas e governança relacionadas ao tratamento de dados pessoais. Essas O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 97 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves regras abrangem procedimentos, ações educativas e mecanismos internos de supervisão e mitigação de riscos. Ao formular essas regras, os agentes de tratamento devem considerar a natureza dos dados, os riscos e benefícios do tratamento para os titulares. Além disso, é possível implementar um programa de governança em privacidade, que consiste em estabelecer políticas e práticas internas para garantir o cumprimento das normas de proteção de dados. A LGPD incentiva a adoção de padrões técnicos que facilitem o controle dos titulares sobre seus dados pessoais. A autoridade nacional é responsável por promover a adoção desses padrões, que podem aumentar o controle e a transparência sobre o tratamento dos dados pessoais. Em resumo, as boas práticas e a governança são essenciais para garantir o cumprimento da LGPD, promover a proteção dos direitos dos titulares de dados e estabelecer um ambiente de confiança na gestão e tratamento de dados pessoais. fiScaLiZação A fiscalização da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é realizada pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que é responsável por regulamentar e fiscalizar a proteção de dados pessoais no Brasil. A ANPD possui poderes para aplicar sanções administrativas em caso de infrações à LGPD. As sanções administrativas previstas pela LGPD incluem advertência, multa simples, multa diária, bloqueio dos dados pessoais, suspensão parcial ou total do funcionamento do banco de dados, suspensão do exercício da atividade de tratamento dos dados e proibição parcial ou total das atividades relacionadas ao tratamento de dados. É importante destacar que as multas podem chegar a até 2% do faturamento da pessoa jurídica, grupo ou conglomerado no Brasil no último exercício, limitadas a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) por infração. Além da ANPD, a LGPD também prevê a criação do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade (CNDP), que terá a função de auxiliar a ANPD no cumprimento de suas atribuições. AUTORIDADE NACIONAL DE PROTEÇÃO DE DADOS (ANPD) E O CONSELHO NACIONAL De ProTeção De DaDoS PeSSoaiS e Da PriVaciDaDe A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) e o Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade são instituições criadas pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) para regulamentar e fiscalizar a proteção de dados pessoais no Brasil. A ANPD é uma autarquia de natureza especial, com autonomia técnica e decisória. Ela tem sede no Distrito Federal e possui patrimônio próprio. A ANPD é responsável por zelar, O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 98 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves implementar e fiscalizar o cumprimento da LGPD em todo o território nacional. Ela atua como a guardiã da proteção de dados pessoais, assegurando que a lei seja cumprida e respeitada. Já o Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade é um órgão consultivo que auxilia na definição de políticas relacionadas à proteção de dados. Ele é composto por representantes de diversos órgãos e setores da sociedade, que contribuem para a formulação e execução das políticas de privacidade e proteção de dados. O Conselho tem competências como propor diretrizes estratégicas, elaborar relatórios de avaliação, sugerir ações à ANPD e promover debates e audiências públicas sobre proteção de dados. Em resumo, a ANPD é responsável pela aplicação e fiscalização da LGPD, enquanto o Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade contribui para a definição das políticas e diretrizes nessa área. Ambos desempenham papéis importantes na proteção dos dados pessoais e na garantia da privacidade dos cidadãos brasileiros. O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 99 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves MAPAS MENTAISMAPAS MENTAIS O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br 100 de 101gran.com.br TecnoLoGia Da informação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Jósis Alves O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. https://www.gran.com.br https://www.gran.com.br Abra caminhos crie futuros gran.com.br O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para SOCORRO FROTA CANDEIA - 38329387372, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal. Sumário Apresentação Lei n. 13.709/2018 – Lei Geral de Proteção de Dados – LGPD Entendendo a LGPD Histórico da Proteção de Dados e Contexto Global Desenvolvimento da LGPD no Brasil Fundamentos da LGPD Aplicabilidade Definições e Conceitos Básicos: Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) Princípios da LGPD Tratamento de Dados Pessoais Do Tratamento de Dados Pessoais Sensíveis Do Tratamento de Dados Pessoais de Crianças e de Adolescentes Do Término do Tratamento de Dados Dos Direitos do Titular Do Tratamento de Dados Pessoais pelo Poder Público Da Responsabilidade Padrões e Boas Práticas Da Transferência Internacional de Dados Dos Agentes de Tratamento de Dados Pessoais Do Encarregado pelo Tratamento de Dados Pessoais Da Responsabilidade e do Ressarcimento de Danos Da Segurança e das Boas Práticas Das Boas Práticas e da Governança Da Fiscalização Da Autoridade Nacional de Proteção De Dados (ANPD) e do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade Do Conselho Nacional de Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade Resumo Mapas Mentais