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Sumário
Lei Processual no Espaço e Tempo	2
JUIZO DE GARANTIAS	3
Sistemas Penais e Contagem de Penas	8
SISTEMA PROCESSUAL BRASILEIRO	8
CONTAGEM DE PENAS	8
INQUÉRITO POLICIAL	9
CARACTERÍSTICAS IP	10
FORMAS DE INSTAURAR UM INQUÉRITO	12
DILIGÊNCIA DO INQUÉRITO	14
REQUISIÇÃO POLICIAL SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL	22
CONCLUSÃO E DESTINAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL	25
AÇÃO PENAL PÚBLICA	31
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA	32
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA	33
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO	33
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA	34
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL	35
AÇÃO PENAL PRIVADA	39
AÇÃO PENAL PERSONALÍSSIMA	42
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA	42
PROVAS	43
PROVAS PERICIAIS	49
CORPO DE DELITO:	51
PROVA TESTEMUNHAL	54
RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS	56
PROVA INTERROGATÓRIO	58
BUSCA E APREENSÃO	61
Busca Domiciliar	61
Busca Pessoal	63
CADEIA DE CUSTÓDIA	64
PRISÃO E LIBERDADE	69
PRISÃO EM FLAGRANTE (Art. 301 a 310)	71
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA	75
MEDIDAS CAUTELARES	77
APLICAÇÃO DAS MEDIDAS CAUTELARES (Art. 321)	79
DIREITO AO CONTRADITÓRIO	79
DESCUMPRIMENTO DAS MEDIDAS IMPOSTAS	80
REVOGAÇÃO DAS MEDIDAS IMPOSTAS	81
PRISÃO PREVENTIVA (Art. 311 a 316)	82
PRISÃO TEMPORÁRIA (lei nº 7.960)	88
LIBERDADE PROVISÓRIA	90
Pacote Anticrime	94
DEFESA DO FUNCIONARIO PÚBLICO DA SEGURANÇA PÚBLICA	95
INCIDENTES PROCESSUAIS	96
RESTITUIÇÕES DE COISAS APREENDIDAS	96
Requisição de Dados, Informações Cadastrais e Disponibilização de Meios Técnicos (Lei Nº 1.344/2016)	102
Estudar os art 6, 7 e 13
PRINCÍPIOS DO PROCESSO PENAL
CONSTITUCIONAIS
Princípio do Devido Processo Legal
· Art. 5º, LIV, CF: – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal.
· Devido processo legal formal
· Devido processo legal substancial
Princípio da Presunção de Não Culpabilidade
· LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória
· Compatível com as prisões provisórias?
· Regra de julgamento
· Regra de tratamento
Princípio do Juiz Natural
· LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
· Competência
· Vedação a tribunais ou juízos de exceção
· Súmula n. 704 – STF:
· Não viola as garantias do juiz natural, da ampla defesa e do devido processo legal a atração por continência ou conexão do processo do corréu ao foro por prerrogativa de função de um dos denunciados
Princípio da Ampla Defesa
· Defesa
· Ampla defesa
· Plenitude de defesa
PRINCÍPIO DO CONTRADITÓRIO
• LV – Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados
em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e
recursos a ela inerentes;
• Contraditório real Contraditório diferido
LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO E TEMPO
· A lei processual tem aplicação imediata, seja ela benéfica ou não para as partes, se aplica para todas as partes; 
· O réu não tem direito subjetivo a lei processual vigente ao tempo do crime;
· Ainda que lei processual nova seja mais gravosa para o réu será aplicada nos atos seguintes a sua vigência, diferente da penal que prevalece a mais benéfica;
Art. 3°. A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
· Exemplo lei antidrogas que permite a apreensão de bens para uso da polícia, em outros crimes, poderão adotar a mesma medida em virtude desse artigo.
· Lei processual não ultrapassa nossas fronteiras;
· Exceções no tratamento da CPP:
· Tratados e convenções internacionais, ex.: Imunidade de embaixadores;
· Dos crimes de responsabilidade de presidente, ministros do STF ex.: julgamento feito pelo senado;
· Militares possuem CPP próprio;
JUIZO DE GARANTIAS
PRINCÍPIO DA VERDADE REAL X JUIZO DE GARANTIAS VERDADE REAL
· Visa descobrir realmente como se deram os fatos;
· Não é suficiente a análise das provas trazidas pelas partes;
· O Juiz pode requerer produção de provas de ofício;
· É o oposto do Princípio Dispositivo que existe no Processo Civil;
JUIZO DE GARANTIAS
Art. 3º-A. O processo penal terá estrutura acusatória, vedadas a iniciativa do juiz na fase de investigação e a substituição da atuação probatória do órgão de acusação.
· Veda qualquer iniciativa do juiz durante o Inquérito Policial
· Somente a Parte Acusatória deve produzir provas
ATUAÇÃO DO JUIZ DE GARANTIAS
Art. 3º-B. O juiz das garantias é responsável pelo controle da legalidade da investigação criminal e pela salvaguarda dos direitos individuais cuja franquia tenha sido reservada à autorização prévia do Poder Judiciário, competindo-lhe especialmente:
I - receber a comunicação imediata da prisão, nos termos do inciso LXII do caput do art. 5º da Constituição Federal;
II - receber o auto da prisão em flagrante para o controle da legalidade da prisão, observado o disposto no art. 310 deste Código;
III - zelar pela observância dos direitos do preso, podendo determinar que este seja conduzido à sua presença, a qualquer tempo;
IV - ser informado sobre a instauração de qualquer investigação criminal;
· Passa a exigir a comunicação da instauração do Inquérito Policial!!
V - decidir sobre o requerimento de prisão provisória ou outra medida cautelar, observado o disposto no § 1º deste artigo;
VI - prorrogar a prisão provisória ou outra medida cautelar, bem como substituí-las ou revogá-las, assegurado, no primeiro caso, o exercício do contraditório em audiência pública e oral, na forma do disposto neste Código ou em legislação especial pertinente;
VII - decidir sobre o requerimento de produção antecipada de provas consideradas urgentes e não repetíveis, assegurados o contraditório e a ampla defesa em audiência pública e oral;
VIII - prorrogar o prazo de duração do inquérito, estando o investigado preso, em vista das razões apresentadas pela autoridade policial e observado o disposto no § 2º deste artigo;
· Autoriza a prorrogação do Inquérito Policial com o réu preso;
X - determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para sua instauração ou prosseguimento;
X - requisitar documentos, laudos e informações ao delegado de polícia sobre o andamento da investigação;
XI - decidir sobre os requerimentos de:
a) interceptação telefônica, do fluxo de comunicações em sistemas de informática e telemática ou de
b) outras formas de comunicação;
c) afastamento dos sigilos fiscal, bancário, de dados e telefônico;
d) busca e apreensão domiciliar;
e) acesso a informações sigilosas;
f) outros meios de obtenção da prova que restrinjam direitos fundamentais do investigado;
• Pode determinar o trancamento do Inquérito por falta de justa causa
XII - julgar o habeas corpus impetrado antes do oferecimento da denúncia;
XIII - determinar a instauração de incidente de insanidade mental;
XIV - decidir sobre o recebimento da denúncia ou queixa, nos termos do art. 399 deste Código;
XV - assegurar prontamente, quando se fizer necessário, o direito outorgado ao investigado e ao seu defensor de acesso a todos os elementos informativos e provas produzidos no âmbito da investigação criminal, salvo no que concerne, estritamente, às diligências em andamento;
• Detalha melhor a SÚMULA VINCULANTE 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
XVI - deferir pedido de admissão de assistente técnico para acompanhar a produção da perícia;
XVII - decidir sobre a homologação de acordo de não persecução penal ou os de colaboração premiada, quando formalizados durante a investigação;
XVIII - outras matérias inerentes às atribuições definidas no caput deste artigo.
• Homologação de Acordos de Delação Premiada
Art. 3º-C. A competência do juiz das garantias abrange todas as infrações penais, exceto as de menor potencial ofensivo, e cessa com o OFERECIMENTO da denúncia ou queixa na forma do art. 399 deste Código.
§ 1º Recebida a denúnciaou queixa, as questões pendentes serão 
decididas pelo juiz da instrução e julgamento.
§ 2º As decisões proferidas pelo juiz das garantias não vinculam o juiz da instrução e julgamento, que, após o recebimento da denúncia ou queixa, deverá reexaminar a necessidade das medidas cautelares em curso, no prazo máximo de 10 (dez) dias.
· Juiz de Garantias não atua no JeCrim.
· Limite da Competência do Juiz de Garantias – Recebimento da Denúncia ou da Queixa;
§ 3º Os autos que compõem as matérias de competência do juiz das
garantias ficarão acautelados na secretaria desse juízo, à disposição do Ministério Público e da defesa, e não serão apensados aos autos do processo enviados ao juiz da instrução e julgamento, ressalvados os documentos relativos às provas irrepetíveis, medidas de obtenção de provas ou de antecipação de provas, que deverão ser remetidos para apensamento em apartado.
§ 4º Fica assegurado às partes o amplo acesso aos autos acautelados na secretaria do juízo das garantias.
• Os autos da instrução ficam no juízo de garantias e não seguem para o juiz da instrução e julgamento; 
Art. 3º-E. O juiz das garantias será designado conforme as normas de organização judiciária da União, dos Estados e do Distrito Federal, observando critérios objetivos a serem periodicamente divulgados pelo respectivo tribunal
Art. 3º-F. O juiz das garantias deverá assegurar o cumprimento das regras para o tratamento dos presos, impedindo o acordo ou ajuste de qualquer autoridade com órgãos da imprensa para explorar a imagem da pessoa submetida à prisão, sob pena de responsabilidade civil, administrativa e penal.
Parágrafo único. informações sobre a realização da prisão e a identidade do preso serão, de modo padronizado e respeitada a programação normativa aludida no caput deste artigo, transmitidas à imprensa, assegurados a efetividade da persecução penal, o direito à informação e a dignidade da pessoa submetida à prisão.
SISTEMAS PENAIS E CONTAGEM DE PENAS
SISTEMA PROCESSUAL BRASILEIRO
· É a junção do sistema inquisitor com o acusatório:
· A primeira fase, inquisitiva, sem direito a contradtório, inquérito sigiloso, ocorre fora do poder judicial; (jjuiz da instrução/de direito)
· A segunda fase acusatório, com direito ao contraditório, imparcialidade, e de ampla defesa;
CONTAGEM DE PENAS
· Não conta o dia que foi expedido o mandato, passa a contar a partir do dia seguinte, desde que seja dia útil, senão, passassa-se ao próximo dia útil;
· Com exceção da data inicial e data final que não conta feriados e finais de semana, o restante do prazo conta nos dias não úteis; 
Ex: Se receber uma intimação cai numa sexta-feira, só começará a contar a partir da segunda-feira;
Art. 798-A. Suspende-se o curso do prazo processual nos dias compreendidos entre 20 de dezembro e 20 de janeiro, inclusive, salvo nos seguintes casos:
I. que envolvam réus presos, nos processos vinculados a essas prisões;
II. nos procedimentos regidos pela Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha);
III. nas medidas consideradas urgentes, mediante despacho fundamentado do juízo competente.
Parágrafo único. Durante o período a que se refere o caput deste artigo, fica vedada a realização de audiências e de sessões de julgamento, salvo nas hipóteses dos incisos I, II e III do caput deste artigo.”
INQUÉRITO POLICIAL 
· Inquérito poderá ser aberto por ofício em casos de ação penal incondicional, noutros casos, não;
· Deverá informar ao juízo de garantias;
· Juízo de garantias poderá encerrar o inquérito caso não encontrar fundamentos para sua manutenção;
· Recursos a respeito do encerramento de um inquérito poderá ocorrer somente com o chefe de polícia;
· chefe de polícia;
CARACTERÍSTICAS IP
É IDOSO
É: Escrito (art. 9º, CPP)
I: Indisponível (art. 17, CPP) e inquisitivo (não há contraditório)
D: Dispensável (art.46, § 1º, CPP) e discricionário (arts. 6º, 7º e 13, CPP)
O: Oficioso (art. 5º, I, CPP)
S: Sigiloso (art. 20, CPP)
O: Oficialidade (art. 4º, CPP)
· Atividade prioritária de polícia judiciária;
· Visa obter indícios e materialidade de um crime;
· Administrativo e prévio à instrução judicial;
· ESCRITO:
· Não precisa ser formal;
· Tudo deverá ser escrito numa única peça processual, escutas, depoimentos, testemunhos etc.;
· Art. 9   Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade.
· INDISPONÍVEL:
· Art. 17.  A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito.
· INQUISITIVO:
· Sem ampla defesa;
· O indiciado não será obrigado a gerar prova contra si, direito a presença de advogados e acesso a diligências que são avaliadas pela autoridade, embora a autoridade possa negar;
· DISPENSÁVEL:
· Quando já se sabe a autoria e materialidade, com provas, pode se dispensar o inquérito;
· Ex.: flagrante delito pode dispensar o inquérito;
Art. 39 § 5o O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal.
· DISCRICIONÁRIO:
· Os atos seguiram os planos e estratégias escolhidas pela autoridade policial;
· Contudo, é vinculado a obrigação de apurar os fatos e o dever de não fazer juízo de valor;
· OFICIOSO:
· Art. 5o  Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
· SIGILOSO:
· Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da sociedade.
· SÚMULA VINCULANTE 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de defesa.
· OFICIALIDADE
· Há um órgão oficial previsto em lei para conduzir o inquérito policial: a polícia judiciária.
FORMAS DE INSTAURAR UM INQUÉRITO
· AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
· Dos crimes de ação pública:
· DE OFÍCIO:
· Autoridade policial instaura através de portaria, quando toma ciência do crime;
· Somente para AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA para o delegado criar de ofício;
· Oficiosidade, que depende de ofício e de oficialidade, só podendo ser mantido por órgãos oficiais;
· REQUISIÇÃO DO JUIZ OU MP:
· O inquérito é feito por obrigação de lei;
· Neste caso o delegado será obrigado a criar;
· Somente para AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA;
· REPRESENTAÇÃO DO OFENDIDO:
· AÇÕES PENAIS CONDICIONADAS A REPRESENTAÇÃO;
· É obrigatório a representação do ofendido;
· Fica a critério da autoridade policial analisar se há crime e se instaurar o IP;
· O indeferimento pode ser alvo de recurso na chefia de polícia;
· REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA:
· Previstas para crimes contra brasileiros fora do Brasil;
· Crimes contra a honra do presidente da república ou chefes de nações estrangeiras;
· Requisição feita pelo ministro da justiça;
· REQUERIMENTO DO OFENDIDO (NOTITIA CRIMINIS):
· Simples comunicação do fato que ocorreu com o ofendido;
· AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA;
· A polícia poderá investigar mesmo sem o requerimento da vítima;
· NOTITIA CRIMINIS
· É a ciência de um fato criminoso pela autoridade policial;
· DIRETA – quando a própria autoridade policial toma ciência por meio de suas atividades rotineiras; Ex: delegado viu notícia na TV de caso;
· Indireta/Mediata – Alguém levou a situação ao conhecimento do delegado;
· Cognição Coercitiva – prisão em flagrante;
· DELATIO CRIMINIS 
· comunicação do crime feita por qualquer cidadão que não seja a vítima;
Anotações:
Para INSTAURAR IP: basta indícios da existência do crime.
Para INDICIAR: deve-se ter indícios suficientes de autoria + prova da materialidade + suas circunstâncias.
DILIGÊNCIA DO INQUÉRITO
· PRESERVAÇÃO DA ÁREA DO CRIME
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
 I – dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais
· APREENDER OBJETOSDO CRIME
· Instrumentos do Crime – são objetos utilizados pelo criminoso para a pratica do crime (Ex.: Arma do crime);
· Objetos relacionados com o crime – são quaisquer objetos que possam ser úteis para elucidar o crime. (Ex.: copo sujo de sangue);
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
 II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais;
Art. 11 - Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, acompanharão os autos do inquérito.
· COLHER TODAS AS PROVAS
· Ex.: Procura de testemunhas, câmeras de segurança etc.;
Art. 6º - III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
· OUVIR O OFENDIDO
Art. 6º - IV - ouvir o ofendido;
· OUVIR O INDICIADO
· INDICIAMENTO é um poder-dever da Autoridade Policial (não é discricionário) que imputa a conduta criminosa a determinada pessoa diante das provas existentes. 
· SUSPEITO ≠ INDICIADO – o suspeito não possui provas contra si, enquanto o indiciado já possui. 
· O INDICIAMENTO:
· Pode ocorrer a qualquer momento durante o Inquérito
· Indiciado pode permanecer em silêncio (direito constitucional);
· A presença de advogado é possível, mas não é obrigatória 
· O advogado pode conversar com o indiciado antes do interrogatório, mas não pode interferir em nada durante o mesmo. 
· O indiciamento não vincula o MP, nem o Juiz.
Art. 6º - V - ouvir o indiciado;
· RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS E ACAREAÇÕES
Art. 6º - VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
· EXAME DE CORPO DE DELITO E OUTRAS PERÍCIAS
· O exame é feito quando o crime deixar vestígios;
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
· IDENTIFICAÇÃO DATILOSCOPIA DO INDICIADO
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
Art. 5 LVIII CF - o civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei.
· A identificação criminal só ocorrerá se o indiciado não for civilmente identificado. 
· Ocorrerá também nas seguintes hipóteses: Art. 109 Lei 8069/90 (ECA); Art. 3º I a VI da Lei 10054/00 (Identificação Criminal) (rasuras ou indício de falsificação; informações conflitantes; registro de outros nomes no banco de dados da polícia; documento em mal estado ou muito antigo
· JUNTADA DA FOLHA DE ANTECEDENTES CRIMINAIS – FAC
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
VIII – ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;
· FAC – contém todos os registros criminais do indiciado incluindo outros indiciamentos, condenações, absolvições, penas já cumpridas etc. (registros permanentes)
· A FAC difere das CERTIDÕES CRIMINAIS, pois nestas só aparecem as condenações transitadas em julgado (Presunção de Inocência)
· VIDA PREGRESSA DO INDICIADO 
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
IX -Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
· Trata-se de informações pessoais que tem por objetivo traçar um perfil do indiciado o mais completo possível. (aspectos sociais, familiares, profissionais e psicológico);
· Permite ao juiz conhecer melhor o indiciado e poder julgá-lo com maior precisão. (demonstração de frieza, arrependimento etc.;
· VIDA PREGRESSA DO INDICIADO (SITUAÇÃO DE FILHOS)
Art. 6º - Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá: 
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
· OBJETIVO – não prejudicar filhos, que não devem ser punidos pelos crimes dos pais;
· REPRODUÇÃO SIMULADA DO CRIME
Art. 7º - Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública.
· Visa sanar dúvida sobre a execução do crime;
· A decisão de executar ou não é da Autoridade Policial (poder discricionário);
· Somente quando for viável (moralidade ou a ordem pública);
· O indiciado não está obrigado a comparecer a reconstituição, e também não está obrigado a participar, uma vez que é obrigado a gerar provas sobre si;
· REPRESENTAR PELA PRISÃO PREVENTIVA DO INDICIADO
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
IV - Representar acerca da prisão preventiva.
· Somente quando presentes os requisitos necessários que autorizam a prisão;
· A decretação da prisão é a exceção, pois a regra é a liberdade;
· A representação é o pedido da Autoridade Policial ao juiz, explicando porque a prisão é necessária;
· DILIGÊNCIAS REQUERIDAS PELO JUIZ OU MP
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial:
II - realizar as diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público;
· DILIGÊNCIAS REQUERIDAS PELO OFENDIDO OU INDICIADO
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade.
· Poder discricionário da Autoridade Policial em realizar ou não (conveniência e oportunidade para o Inquérito);
· Não precisa fundamentar a decisão;
· Não existe recurso dessa decisão, mas sendo negada o requerente pode solicitar ao MP ou ao Juiz, que se entender pertinente requisitará à Autoridade Policia;
· REPRESENTAR PELA INCOMUNICABILIDADE DO PRESO (Art. 21)
· REQUISITOS DA INCOMUNICABILIDADE – Decretação pelo Juiz / Prazo máximo de 3 dias / Não se aplica ao Defensor, ao MP e ao Juiz. 
· INCONSTITUCIONAL - A doutrina majoritária entende que a incomunicabilidade do preso é inconstitucional, pois a CF veda nos Estados de Sítio e de Defesa. 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir.
Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil
· REPRESENTAR PELO EXAME DE SANIDADE MENTAL DO INDICIADO
· Se a Autoridade Policial suspeitar da insanidade do indiciado, pode requerer ao Juiz a realização do exame. 
· Não pode a Autoridade Policial determinar diretamente o exame sem ordem judicial. 
Art. 149 - Quando houver dúvida sobre a integridade mental do acusado, o juiz ordenará, de ofício ou a requerimento do Ministério Público, do defensor, do curador, do ascendente, descendente, irmão ou cônjuge do acusado, seja este submetido a exame médico-legal.
§ 1º - O exame poderá ser ordenado ainda na fase do inquérito, mediante representação da autoridade policial ao juiz competente
· NOMEAÇÃO DE CURADOR PARA O INDICIADO MENOR
· A nomeação de curador prevista no art. 15 não se aplica mais, pois a maioridade civil passou para 18 anos com a edição do Novo Código Civil. 
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial.
· DILIGÊNCIAS EM OUTRA CIRCUNSCRIÇÃO
· É possível que a AP determine diligências em outra circunscrição 
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais deuma circunscrição policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de precatórias ou requisições.
· SUSPEIÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL
· As partes não podem opor Suspeição da Autoridade Policial, porém esta pode e deve declarar-se suspeita se for o caso. (Art. 107)
· Havendo causa de suspeição e a Autoridade não reconhecendo poderá haver requerimento administrativo ao Chefe de Polícia para que redistribua o IP. 
Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo lega
REQUISIÇÃO POLICIAL SEM AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
Art. 13-A. CPP Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 Estatuto da Criança e do Adolescente), o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. 
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
· CRIMES
· Sequestro e cárcere privado
· Redução a condição análoga à de escravo
· Tráfico de Pessoas
· Extorsão com restrição de liberdade da vítima
· Extorsão mediante sequestro
· Tráfico Internacional de criança ou adolescente 
· REQUISIÇÃO – dados cadastrais e informações de vítimas e suspeitos (independente de determinação judicial);
· A operadora tem 24 h para responder a requisição;
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (	vinte e quatro) horas, conterá:
I. o nome da autoridade requisitante;
II. o número do inquérito policial; e
III. a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.
· PRAZO PARA FORNECER OS DADOS – 24 H;
· DADOS DA REQUISIÇÃO – nome da autoridade / nº do Inquérito / delegacia;
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. 
· REQUISIÇÃO ÀS EMPRESAS DE TELEFONIA – emissão dos sinais mediante autorização judicial;
· OBJETIVO – obter a localização da vítima e ou criminosos;
§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência.
§ 2º Na hipótese de que trata o caput, o sinal:
I. não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei;
II. deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período;
III. para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem judicial.
· Não se trata de interceptação telefônica (as conversas não interessam, mas sim a localização do aparelho);
§ 3o Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial.
§ 4o Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros –
que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.
· APÓS 12 h SEM DECISÃO JUDICIAL – MP ou Delegado podem requerer diretamente as empresas apenas comunicando ao juízo que efetuou a requisição;
Anotações:
· Cabe ao delegado aceitar ou rejeitar a colaboração de detetive particular.
· LEI Nº 13.432/17 - Art. 5º O detetive particular pode colaborar com investigação policial em curso, desde que expressamente autorizado pelo contratante. Parágrafo único. O aceite da colaboração ficará a critério do delegado de polícia, que poderá admiti-la ou rejeitá-la a qualquer tempo.
· Condução Coercitiva:
· -NÃO PODE CONDUÇÃO COERCITIVA PARA FINS DE INTERROGATÓRIO---->STF DECLAROU INCONSTITUCIONAL.
· É PERMITIDO CONDUÇÃO COERCITIVA PARA FINS DE RECONHECIMENTO--->VISTO QUE SE TRATA DE UM ATO PASSIVO.
· Intimação de testemunha
· O comparecimento é obrigatório, com a ausência, juiz poderá requisitar à autoridade policial a sua apresentação ou determinar seja conduzida por oficial de justiça;
CONCLUSÃO E DESTINAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL
PRAZO DE CONCLUSÃO DO IP
Art. 10 - O inquérito deverá terminar no prazo de 10 (dez) dias, se o indiciado tiver sido preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 (trinta) dias, quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela.
§ 3º - Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz.
Art. 3º-B. § 2º Se o investigado estiver preso, o juiz das garantias poderá, mediante representação da autoridade policial e ouvido o Ministério Público, prorrogar, uma única vez, a duração do inquérito por até 15 (quinze) dias, após o que, se ainda assim a investigação não for concluída, a prisão será imediatamente relaxada. (incluído pela Lei 13964/19).
· RÉU PRESO
· 10 dias
· Prorrogável por + 15 dias de acordo com o juiz de garantias; 
· O não cumprimento cabe relaxamento da pena;
· RÉU SOLTO
· 30 dias
· Sem limite de prorrogação em casos difíceis de solucionar; 
· O juiz decide sobre prorrogação ouvindo o MP;
· Outros prazos
· Lei antidrogas (Lei 11343/06) 30 + 30(réu preso) /90+90(réu solto); 
· Iniciando-se a contagem a partir do dia em que se executou a ordem de prisão;
· Prazo começa a contar a partir do momento que é executada a ordem de prisão;
· Para prorrogação do inquérito é preciso que seja de difícil elucidação e o novo prazo fica a critério do juiz;
· Preso em flagrante ou preso preventivamente – 10 dias;
· Solto ou mediante a fiança ou não – 30 dias;
Anotações:
Justiça Estadual (REGRA GERAL) = Preso 10 + 15 (PACOTE ANTICRIME *EFICÁCIA SUSPENSA*) - Solto 30 + 30
Justiça Federal = Preso 15 + 15 - Solto 30 + 30
Lei 11.343 / Lei de Drogas = Preso 30 + 30 - Solto 90 + 90
IPM = Preso 20 - Solto 40 + 20
Economia popular = 10 dias improrrogáveis
Prisão Temp. Cri Hediondos = 30 + 30
· DESTINAÇÃO DO IP:
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (REMESSA NECESSARIA AO CHEFE DO MP)
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (A VÍTIMA PROVOCA O CHEFE DO MP)
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.
· Manda para o juiz (só o juiz arquiva!!)
· Ação Penal Pública incondicionada o juiz manda para MP
· Ação Penal Privada ocorre oferecimento de Queixa em cartório por 6 meses!
· MOTIVOS PARA ARQUIVAMENTO DO IP:
· Falta de Provas;
· FatoAtípico (fato não é crime);
· Coisa Julgada (fato já foi julgado anteriormente);
· Causa Extintiva de Punibilidade (autor não pode mais ser punido) (Art. 107 CP);
· O juiz de garantias pode determinar o trancamento do inquérito policial quando não houver fundamento razoável para sua instauração ou prosseguimento; (inciso IX, do artigo 3º-B do CCP)
OBS: Apenas na hipótese de arquivamento por falta de provas o IP pode ser desarquivado (desde que surjam novas provas). Nos demais casos o IP não pode ser desarquivado fazendo Coisa Julgada Material. (Súmula 524 STF);
OBS: Havendo mais de um acusado o MP deve manifestar-se sobre cada um denunciando ou requerendo o arquivamento;
· ARQUIVAMENTO DO IP:
1ª HIPÓTESE – JUIZ CONCORDA
· MP requer o arquivamento – Juiz concorda – Despacho: Encaminhe-se ao Procurador Geral para homologação
· APENAS JUIZ DE FORMA MOTIVADA PODE ARQUIVAR, ISSO SE HOUVER PEDIDO DO MP;
2ª HIPÓTESE – JUIZ DISCORDA
· Se o PGR concordar com o arquivamento, o juiz deverá arquivá-lo;
· Se o PGR discordar do arquivamento, oferecerá pessoalmente a denúncia ou designará outro membro do MP para fazê-lo;
OBS: O pedido de arquivamento deve necessariamente partir do MP, pois é o titular da ação penal. Não pode o juiz de oficio determinar o arquivamento.
OBS: a vítima que descordar do arquivamento poderá recorrer ao PGR ou PGJ;
· O arquivamento não impede reparação civil!
AÇÃO PENAL PÚBLICA
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL
Ó FICIALIDADE
D IVISIBILIDADE
I NDISPONÍVEL
O BRIGATORIEDADE
· Oficialidade:
· MP é órgão oficial do Estado exclusivo para promover ação penal pública;
· MP age de ofício, não precisa ser provocado (Tendo ciência de um crime pode requisitar a instauração do IP ou se tiver provas suficientes denunciar direto)
· Ação pública começa pela DENÚNCIA, que é o 
· nome da peça processual;
· Obrigatoriedade:
· MP é obrigado a agir;
· Existindo materialidade da autoria, o MP é obrigado a oferecer Ação Penal;
· Não agindo, ofendido pode propor Ação Privada Subsidiária;
· Indisponibilidade:
· MP não pode dispor da Ação Penal;
· Iniciada a Ação, MP tem que levar até o fim;
· O MP pode pedir absolvição do réu ao final;
· Divisibilidade:
· Quando há coautoria, MP deve manifestar sobre todos os autores;
· MP pode arquivar ação contra algum dos réus, denunciar e solicitar diligências ao terceiro;
· Pode propor ação penal de réu que as provas surgiram após julgamento de outros coautores, dividindo a ação;
· Intranscendência:
· A acusação não passa da pessoa do réu, assim como a pena;
AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA
· É a regra geral;
· Quando a lei penal não determinar o tipo de ação, vale a incondicionada;
· O crime afeta vítima e Estado;
· Não depende da vontade da vítima;
· A vítima pode atuar através de advogado na assistência de acusação;
Ex.: homicídio, roubo, sequestro etc.
· Prazo para Denúncia:
· Réu preso – 5 dias
· Réu solto – 15 dias;
· Tráfico de drogas são 10 dias em ambos os casos;
· Descumprimento do prazo, a vítima pode ingressar com ação penal privada subsidiária;
· Mesmo com prazo vencido, não havendo prescrição do crime, pode o promotor denunciar;
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
• À requisição do Ministro da Justiça
• À representação do ofendido
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REPRESENTAÇÃO
· É instaurada do IP e só ocorre se a vítima desejar;
· A representação é obrigatória!
Ex.: crime de ameaça e lesão corporal;
· Prazo para representação:
· 6 meses contados a partir do CONHECIMENTO da autoria do crime;
· Ex.: Recebe ameaça de estranho, enquanto não souber quem é o autor, o prazo não começará a correr;
· Pode fazer a representação mesmo sem saber o autor;
· Com a decadência do prazo, ocorre extinção de punibilidade;
· Se o ofendido é menor, estando perto da fase adulta, se dará um novo prazo de 6 meses;
· Destinatário da representação:
· Delegado / MP / Juiz;
· Prazo para Denúncia:
· 15 dias contados do recebimento da representação;
· Retratação:
· Arrependimento da representação;
· Até o OFERECIMENTO da denúncia;
· Impede do MP oferecer a denúncia;
· Retratação da Retratação:
· Equivale a nova representação;
· Possível dentro do prazo decadencial de 6 meses;
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA A REQUISIÇÃO DO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA
· Crimes contra a honra do presidente da república ou chefes de governo estrangeiro (Art. 145 § único CP) e crimes contra brasileiros no exterior (Art. 7º § 3º CP);
· Requisição feita pelo ministro da justiça;
· Enquanto o crime não prescrever, não haverá prazo para requisição;
· MP continua agindo de forma autônoma, podendo arquivar se assim entender;
· Retratação Da Requisição:
· Controvertido!
· Alguns entendem que não cabe, pois a lei não prevê expressamente.
· Alguns entendem caber por analogia à retratação da representação
· Prazo Para Requisição:
· Não existe prazo para a requisição do Ministro da Justiça. Enquanto o crime não prescrever pode ocorrer a requisição.
· A ocorrência da requisição do MJ não vincula o MP, que pode requerer o arquivamento se entender não haver crime. (a requisição autoriza a ação, mas não obriga a proposição da mesma);
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL - ANPP
INDISPONIBILIDADE X ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
· Espécie de Transação Penal mais abrangente
· Instituído pela Lei 13964/19
· Requisitos: Confissão / crime não violento / pena mínima inferior a 4 anos
· Semelhante a transação penal do jecrim, só que tem critério penas máximas de 2 anos;
Art. 28-A. ....., mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e alternativamente:
 I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade de fazê-lo;
II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério Público como instrumentos, produto ou proveito do crime;
III - prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma do art. 46 do Código Penal;
IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do Código Penal, a entidade pública ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos aparentemente lesados pelo delito; ou
V - cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a infração penal imputada
§ 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis ao caso concreto.
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas seguintes hipóteses:
I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais Criminais, nos termos da lei;
II - se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas;
III - ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e
IV - nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor.
· MP
§ 3º O acordo de não persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério Público, pelo investigado e por seu defensor.
· Juiz não participa nessa fase;
§ 4º Para a homologação do acordo de não persecução penal, será realizada audiência na qual o juizdeverá verificar a sua voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua legalidade.
§ 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu defensor.
· Juiz não dará pitacos, só negará a homologação;
§ 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de execução penal.
§ 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender aos requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º deste artigo.
§ 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para a análise da necessidade de complementação das investigações ou o oferecimento da denúncia.
§ 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de não persecução penal e de seu descumprimento.
§ 10. Descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia.
§ 11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não oferecimento de suspensão condicional do processo.
§ 12. A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo. (VEDADO PRÓXIMOS 5 ANOS)
§ 13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente decretará a extinção de punibilidade.
§ 14. No caso de recusa, por parte do Ministério Público, em propor o acordo de não persecução penal, o investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código.”
· Mesmos moldes da Súmula 696 do STF aplicável ao JECrim;
Anotações:
ACORDO DE NÃO PERSECUÇÃO PENAL
REQUISITOS:
· Confessado formal e circunstancialmente a prática de infração penal
· Sem violência ou grave ameaça e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos
· Necessário e suficiente para reprovação e prevenção do crime
Suspensão do processo: mínima de 1 ano
Transação penal: máxima de 2 anos
Acordo de não persecução penal: mínima inferior a 4 anos
AÇÃO PENAL PRIVADA
D ISPONIBILIDADE
Ó OPORTUNIDADE
I NDIVISIBILIDADE
· Exclusiva
· Subsidiária da pública
· Personalíssima
PRINCÍPIOS DA AÇÃO PENAL
· Oportunidade e conveniência:
· A titularidade do início da ação privada é do ofendido ou do representante legal;
· Ofendido age se quiser dentro do prazo legal de 6 meses;
· Disponibilidade:
· Ofendido pode desistir da ação enquanto não houver sentença;
· Indivisibilidade:
· O ofendido deve agir contra todos os autores;
· O perdão a um se estende a todos;
· Intranscendência:
· A acusação não passa do acusado;
AÇÃO PENAL PRIVADA PROPRIAMENTE DITA OU EXCLUSIVA
· As partes são QUERELANTE E QUERELADO;
· A peça inicial é chamada de queixa-crime (similar a denúncia);
· Prazo de 6 meses a partir do conhecimento da autoria;
· A maioridade dá início a novo prazo de 6 meses, como a penal pública mediante a representação;
Ex.: Crimes contra a honra;
· O MP só pode entrar para corrigir eventuais problemas na queixa. (atua como fiscal da lei);
· Na morte do ofendido:
· cônjuge, ascendente, descendente ou irmão, nesta ordem;
· Pode ser retomada por um dos sucessores após desistência do titular;
· Renúncia ao direito de Queixa:
· É unilateral e não depende da vontade do querelado;
· Só ocorre antes do início da ação penal;
· Extingue punibilidade de todos os criminosos (princípio da indivisibilidade);
· Havendo mais de um ofendido, a renúncia não tira o direito de outro;
· A renúncia pode ser expressa ou tácita;
· Perdão:
· Perdão somente quando a ação já começou, diferente da renúncia que é anterior;
· Desistência do prosseguimento da ação penal, abandona no percurso da ação, gerando extinção da punibilidade;
· Depende da aceitação do querelado;
· O perdão se estende obrigatoriamente a todos os envolvidos;
· Perempção:
· É a perda do direito de ação, gera extinção de punibilidade;
· Ato do juiz, é a punição ao querelante;
· Querelante deixar de promover o andamento do processo durante 30 dias seguidos;
· Falecendo o querelante, ou sobrevindo sua incapacidade, não comparecer em juízo, para prosseguir no processo, dentro do prazo de 60 (sessenta) dias, qualquer das pessoas a quem couber fazê-lo,
· Deixar de comparecer, sem motivo justificado, a qualquer ato do processo ou deixar de formular o pedido de condenação nas alegações finais;
AÇÃO PENAL PERSONALÍSSIMA
· Somente a vítima pode propor a ação;
· Não cabe representação legal;
· Morte do ofendido não pode os herdeiros proporem;
· Se aplica somente a um único crime, ART.236, relacionado a ocultar fatos que poderiam impedir o casamento, lei quase sem prática;
· Prazo de 6 meses;
· Induzimento a Erro Essencial e Ocultação de Impedimento;
AÇÃO PENAL PRIVADA SUBSIDIÁRIA DA PÚBLICA
· É uma ação originalmente pública, mas que devido a inércia do MP permite a vítima ingressar com a ação privada;
· Legitimidade concorrente que nasce para o ofendido diante da inércia do MP;
· Pedido de Arquivamento do MP não é inércia e por isso não autoriza a ação subsidiária;
· O MP deverá ainda intervir em todos os termos do processo e a todo tempo retomar a titularidade em caso de negligência do querelante;
· O MP poderá ainda fornecer elementos de prova e interpor recurso;
· Prazo Para A Queixa:
· 6 meses após o fim o prazo do MP;
· O fim do prazo para oferecer a queixa não gera extinção da punibilidade do agente, pois o MP ainda poderá oferecer denúncia até a prescrição do crime;
PROVAS
TEORIA DA PROVA
· No direito brasileiro prevalece o sistema da livre convicção do Juiz motivada;
· O juiz deve avaliar todas as provas apresentadas e formar seu convencimento a motivando:
· Sistema de valoração das provas:
· Íntima convicção:
· Apenas no júri, para os jurados, sem necessidade de declarar os motivos;
· Livre convencimento motivado:
· Art. 155. CPP. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não repetíveis e antecipadas. Parágrafo único.
· Ninguém será obrigado a produzir provas contra si:
· Recusar assoprar bafômetro;
· Participar de acareação;
· Reconstituição dos fatos;
B afômetro
A careação
R econstituição
· Não existem provas mais importantes que outra;
· Provas Cautelares:
· Aqueles que ocorrem risco de perecer;
Ex: Interceptação telefônica e busca domiciliar;
· Provas Não repetíveis:
· Uma vez produzida, não poderá ser repetida;
Ex: Provas periciais como exame de corpo de delito;
· Ônus da Prova:
· O ônus da prova recai sobre a parte que a alegar;
· A simples alegação de determinado fato não é suficiente é preciso que seja comprovado;
· Lembrando que o réu não precisa provar a sua inocência (in dubio pro réu);
· Provas Antecipadas:
· O juiz pode ordenar a antecipação de determinada prova ainda na fase de inquérito;
Ex.: oitiva de testemunha muito doente que corre risco de morte;
· Requisição de provas pelo juiz:
· O juiz pode pedir produção de provas que não forem solicitadas pelas partes, se assim for preciso para elucidar o crime;
· Não fere a imparcialidade do juízo;
· Meios de provas no processo penal:
· Principais: Testemunhal, documental e pericial;
· Meios como fotografias, filmagens, interceptação telefônica, objetos, e-mail também são aceitos;
· Prova emprestada:
· É produzida num processo e levada a outro;
· Pela doutrina, só é possível se for de processo do qual o mesmo réu participa;
· Segundo o STF, a utilização de prova emprestada desde que respeitado o contraditório e a ampla defesa não ofendeos princípios constitucionais do processo;
· Encontro fortuito de provas
· Ocorre quando surgem provas de crimes que não eram alvo inicial da investigação;
· Se for crimes conexos, amplia-se a investigação já existente;
· Se as pessoas arroladas tiverem foro especial a investigação vai para autoridade competente;
· STF e STJ entendem como provas válidas;
PROVA INDICIÁRIA
· São provas obtidas a partir de indícios na fase inquisitorial;
· Indício é a circunstância ou fato conhecido e provado!
· É a base para o indiciamento do autor do fato;
· Não pode ser a única prova utilizada para a condenação;
· Reconhecimento fotográfico ou de pessoas ou coisas;
PROVAS CAUTELARES
· São provas obtidas na fase inquisitorial e não pode ser repetida;
Ex.: provas coletadas no local do crime, exame de corpo de delito, busca e apreensão;
· São provas técnicas que não dependem do contraditória durante a produção;
· Podem ser debatidos na ação penal por parte da defesa do réu;
Anotações:
· Provas cautelares → Autorização judicial, em regra.
· Provas antecipadas → Autorização judiciária.
· Provas não repetíveis → Não dependem, em regra, de autorização judicial.
PROVAS NÃO REPITÍVEIS: São aquelas que não têm como serem novamente coletadas, pois ocorrerá o desaparecimento da fonte probatória.
· Ex.: exame de corpo de delito. Exame pericial em infrações que deixem vestígios. 
1.      Elementos informativos colhidos na investigação que podem ser usados como fundamentos da decisão – art. 155 do CPP:
a.      Cautelares – aquelas adotadas em razão do “fumos boni iures e periculum in mora”. Podem ser produzidas na fase investigatória e na fase judicial. Dependem de autorização judicial, sendo que o contraditório será diferido (postergado). 
Ex: interceptação telefônica; infiltração de agentes;
b.     Não repetíveis – aquelas que uma vez produzidas não têm como serem novamente coletadas em razão do desaparecimento da fonte probatória. Podem ser produzidas na fase investigatória e na fase judicial. Não dependem de autorização judicial, sendo que o contraditório será diferido. 
Ex: alguns exames periciais (exame de corpo de delito em um 
caso de lesões corporais) e processo administrativo sancionador conduzido por autoridade competente e submetido a amplo contraditório. 
Observa-se que alguns exames periciais podem ser repetidos (laudo de avaliação nos crimes patrimoniais);
c.      Antecipadas – as antecipadas são aquelas produzidas com a observância do contraditório real perante a autoridade judicial, em momento distinto daquele legalmente previsto, ou até mesmo antes do início do processo, em virtude de situação de relevância e urgência.
Ex: testemunha que irá se ausentar (exterior) ou por enfermidade ou velhice (art. 225 CPP). É o chamado depoimento “ad perpetuam rei memorium”. A prova antecipada é produzida perante o juiz antecipadamente para que tenha o mesmo valor de uma prova produzida em juízo.
PROVA JUDICIAL
· Provas coletadas durante a ação judicial;
Ex.: prova testemunhal, documental ou pericial;
· Dá direito ao contraditório;
· Juiz avalia o conjunto probatório para firmar o seu convencimento;
PROVA ILEGAL
· Prova Ilícita
· São aquelas obtidas com violação a norma de direito material, ou seja, constituem crime;
· Ex.: Prova obtida com violação de domicílio;
· Exceção: Podem ser admitidas para absolvição do réu;
· Prova Ilegítima
· São violações de norma de direito processual, burla as regras do julgamento;
· Ex.: oitiva de testemunha proibida de depor;
· Prova Ilícita por derivação
· São provas obtidas de forma lícita, porém, só obteve através de informações anteriores obtidas de forma ilícita.
· Ex.: flagrante de drogas de pessoas monitorada por intercepção clandestina.
· Pode ser admitida se puderem ser obtidas por fonte independe.
· Ex.: consegue a informação de uma forma ilícita, mas é validade por uma fonte anônima;
· Teoria dos frutos da árvore envenenada:
Art. 157, § 1º São também inadmissíveis as provas derivadas das ilícitas, salvo quando não evidenciado o nexo de causalidade entre umas e outras, ou quando as derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente das primeiras. 
· É a teoria dos frutos da árvore envenenada, ou seja, as provas que decorrem da ilícita imediatamente serão igualmente consideradas ilícitas.
Ex.: busca e apreensão ilegal com confissão. A confissão é ilícita por derivar de uma busca e compreensão ilícita
· Teoria da fonte independente:
Se a prova ilícita pudesse ser obtida por outra fonte, a prova poderá ser salva, porque ela já havia sido conseguida de outra forma ou poderia ocorrer futuramente. Está no art. 157, §1º, terceira parte.
· Teoria da descoberta inevitável:
§ 2º Considera-se fonte independente aquela que por si só, seguindo os trâmites típicos e de praxe, próprios da investigação ou instrução criminal, seria capaz de conduzir ao fato objeto da prova. 
· Essa teoria é posta em prática quando a prova é gerada de forma ilícita, mas no contexto ela seria inevitavelmente produzida.
· Desentranhamento das provas ilícitas
§ 3º Preclusa a decisão de desentranhamento da prova declarada inadmissível, esta será inutilizada por decisão judicial, facultado às partes acompanhar o incidente.
Além disso, vale destacar o § 5º, que foi suspenso pelo STF, mas ainda pode ser alvo de prova:
§ 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão
· ACEITAÇÃO DA PROVA ILÍCITA
· A doutrina tem autorizado a utilização da prova ilícita, como sendo a única prova capaz de absolver o réu, desde que produzida por ele próprio.
· Ex.: gravação clandestina feita pelo réu, na qual dois criminosos assumem a autoria do crime imputado ao réu. (vale pra inocentar o réu, mas não vale pra condenar os outros dois)
· Trata-se de hipótese de legítima defesa que exclui a tipicidade.
· OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:
· O juiz que tomar conhecimento da prova ilícita, deverá desentranhá-la e NÃO PODERÁ PROFERIR SENTENÇA (Redação dada pela Lei 13964/19)
Art. 157 § 5º O juiz que conhecer do conteúdo da prova declarada inadmissível não poderá proferir a sentença ou acórdão.
PROVAS PERICIAIS
· Pode ser realizada em qualquer fase, na de inquérito ou processual;
· Quando realizado por perito oficial, basta um perito;
· Não abrange mais de uma área de conhecimento;
· Peritos Não Oficiais (perito ad hoc):
· Devem ser dois e devem prestar compromisso;
· Qualquer pessoa idônea com nível superior, preferencialmente na área específica, com conhecimento técnico na área específica;
· Sujeitos a disciplina judiciária – crime de falsa perícia;
· Se não fizer a perícia sem haver justificativa pode ser conduzido coercitivamente;
· As partes não interferem na nomeação do perito;
· Divergência entre peritos:
· Nomeia um 3º perito para desempatar;
· Se tiver opinião diferente dos 2, nomeia-se outros 2 peritos;
· Laudo Pericial:
· Prazo 10 dias com prorrogação sem data definida;
· Pode ter fotos esquemas e desenhos, se tiver cadáver, é obrigatório a foto dele na posição que foi achado;
· O juiz pode desconsiderar o laudo ou parte dele;
· Se houver omissão ou algum ponto contraditório o laudo retorna para esclarecer as questões;
Anotações:
-> Perito Oficial (somente 1): é o especialista em determinada área do conhecimento, diplomado em curso superior, que fez concurso e é parte da Carreira de Polícia Civil.
-> Perito não oficial (nomeados 2): 
1)      duas pessoas idôneas;
2)      com formação superior preferencialmente na área específica;
3)      que prestarão compromisso de bem e fielmente desempenhar o encargo;
4)      A falta de compromisso do perito inoficial é considerada mera irregularidade.
Þ    Os peritos nomeados pelo juiz serão obrigados a aceitar o encargo, salvo motivo justificado, sob pena de multa.
Þ    As partes poderão indicar um assistente técnico que, após nomeados pelo juiz, atuarão na etapa processual.
Corpo de Delito:
· Corpo de delito é o conjunto de vestígios materiais ou sensíveis deixadas pela infração penal;
· É necessário quando o crime deixa vestígios(crimes não-transeuntes) (art.158);
· C I D A – Criança, Idoso, deficiente e adolescente têm prioridade na realização do exame de corpo de delito;	
· O mesmo ocorre para mulheres vítimas de violência doméstica;
· Realizado por perito oficial, portador de diploma de curso superior, na falta, realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, com habilitação técnica relacionada com a natureza do exame(art.159);
· Não pode ser negado pelo juiz, nem pela polícia (art.168);
· Realizado a qualquer momento (art.161);
· Não pode ser substituído por prova testemunhal, salvo em casos que já não há mais vestígios;
· Exame direto – quando analisado o próprio corpo de delito;
· Exame indireto – quando não tem acesso direto ao corpo de delito.
· Ex.: fotos e vídeos;
· Exame complementar – lesões corporais (art.168); 
· Ex.: retornar após 30 dias para atestar se caso foi lesão corporal leve ou grave por impedir atividades habituais;
· A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal (Art. 168 § 3º); Ex.: Enfermeira atestar que pessoa ficou internada por mais de um mês;
Art. 168. Em caso de lesões corporais, se o primeiro exame pericial tiver sido incompleto, proceder-se-á a exame complementar por determinação da autoridade policial ou judiciária, de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, do ofendido ou do acusado, ou de seu defensor.
§ 3o A falta de exame complementar poderá ser suprida pela prova testemunhal.
· Pode ser dispensado em casos de morte violenta onde não há qualquer controvérsia sobre a razão da morte;
· Art. 162 - Parágrafo único.  Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
Necrópsia ou Autópsia:
· Exame realizado no mínimo 6 horas após a morte (se os sinais de morte forem evidentes, dispensa esse tempo) (art.162);
· Quando os motivos da morte forem aparentes, o exame será externo;
· Parágrafo único.  Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma circunstância relevante.
· No local do crime, o corpo tem que ser fotografado na posição que foi encontrada;
Exumação de Cadáver:
· Precisa de autorização judicial e deve ter dia e hora marcado;
· Há controvérsia doutrinária;
· É elaborado um laudo circunstanciado;
· Administrador do cemitério pode responder por desobediência se obstar-se de exumar;
· Tendo dúvida sobre a identidade do cadáver, passa a valer o reconhecimento do IML;
· Art. 163.  Em caso de exumação para exame cadavérico, a autoridade providenciará para que, em dia e hora previamente marcados, se realize a diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único.  O administrador de cemitério público ou particular indicará o lugar da sepultura, sob pena de desobediência. No caso de recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado a inumações, a autoridade procederá às pesquisas necessárias, o que tudo constará do auto.
Exames Laboratoriais:
· Parte do material deve ser guardado para nova perícia se for necessário (Art. 170);
· Exame Grafotécnico (art.174):
· Para a comparação, poderão servir quaisquer documentos que a dita pessoa reconhecer ou já tiverem sido judicialmente reconhecidos, ou sobre cuja autenticidade não houver dúvida;
· Poderão ser requisitados os documentos que existirem em arquivos ou estabelecimentos públicos;
· A AP pode determinar que o autor escreva, mas o mesmo pode se recusar sem ônus;
· Exame nos instrumentos do crime:
· Art. 175. Serão sujeitos a exame os instrumentos empregados para a prática da infração, a fim de se Ihes verificar a natureza e a eficiência.
· Ex.: exame de balística;
· Exame de DNA:
· Banco de dados de perfil genético previsto na LEP;
Art. 9°-A LEP. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos na lei de crimes hediondos, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante extração de DNA – ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor.
· Armazenamento sigiloso;
· O acesso é feito por autoridade policial, federal ou estadual, pode requerer ao juiz no caso de inquérito instaurado;
CADEIA DE CUSTÓDIA
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
· A cadeia de custódia pode se relacionar a um objeto/local ou a uma vítima de crime:
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
· Marco inaugural da cadeia de custódia
1. Preservação do local do crime (área imediata, mediata, relacionada)
2. Procedimentos policiais
3. Procedimentos periciais
§ 2º O AGENTE PÚBLICO que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial fica responsável por sua preservação. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019) 
· Quem encontra o vestígio, não se encaminha para outro, seja perito!
§ 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhido, que se relaciona à infração penal. (Incluído pela Lei n. 13.964, de 2019) 
Etapas da Cadeia de Custódia
Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
· Reconhecimento: distinguir.
· Isolamento: preservar (o ambiente mediato, imediato e relacionado aos vestígios).
· Fixação: descrever.
· Coleta: recolher.
· Acondicionamento: embalar.
· Transporte: transferir.
· Recebimento: receber.
· Processamento: exame pericial em si.
· Armazenamento: guardar.
· Descarte: liberar.
“REI FICA TREPA E DESCARTA”
Re conhecimento
I solamento
Fi xação
C oleta
A condicionamento
T ransporte
Re cebimento
P rocessamento
A rmazenamento
Descarta
I – RECONHECIMENTO: ato de distinguir um elemento como de potencial interesse para a produção da prova pericial; 
II – ISOLAMENTO: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o ambiente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime; 
III – FIXAÇÃO: descrição detalhada do vestígio conforme se encontra no local de crime ou no corpo de delito, e a sua posição na área de exames, podendo ser ilustrada por fotografias, filmagens ou croqui, sendo indispensável a sua descrição no laudo pericial produzido pelo perito responsável pelo atendimento; 
IV – COLETA: ato de recolher o vestígio que será́ submetido à análise pericial, respeitando suas características e natureza; 
V – ACONDICIONAMENTO: procedimento por meio do qual cada vestígio coletado é embalado de forma individualizada, de acordo com suas características físicas, químicas e biológicas, para posterior análise, com anotação da data, hora e nome de quem realizou a coleta e o acondicionamento; 
VI – TRANSPORTE: ato de transferir o vestígio de um local para o outro, utilizando as condições adequadas (embalagens, veículos, temperatura, entre outras), de modo a garantir a manutenção de suas características originais, bem como o controle de sua posse; 
VII – RECEBIMENTO: ato formal de transferência da posse do vestígio, que deve ser documentado com, no mínimo, informações referentes ao número de procedimento e unidade de polícia judiciária relacionada, local de origem, nome de quem transportou o vestígio, código de rastreamento, natureza do exame, tipo do vestígio, protocolo, assinatura e identificação de quem o recebeu; -
VIII– PROCESSAMENTO: exame pericial em si, manipulação do vestígio de acordo com a metodologia adequada as suas características biológicas, físicas e químicas, a fim de se obter o resultado desejado, que deverá ser formalizado em laudo produzido por perito; 
IX – ARMAZENAMENTO: procedimento referente à guarda, em condições adequadas, do material a ser processado, guardado para realização de contra perícia, descartado ou transportado, com vinculação ao número do laudo correspondente;
X - DESCARTE: procedimento referente à liberação do vestígio, respeitando a legislação vigente e, quando pertinente, mediante autorização judicial”.
Art. 158-C. A coleta dos vestígios deverá ser realizada preferencialmente por perito oficial;
· Não se pode entrar em locais isolados e a remoção de qualquer vestígio antes do perito liberar, constituíra fraude processual;
· Reconhece como crime a violação de local de crime como Fraude Processual;
Art. 158-D. O recipiente para acondicionamento do vestígio será determinado pela natureza do material. 
· Os recipientes serão acomodados em recipientes de acordo com sua natureza, lacrados, com numeração individual e devendo preservar as características dos vestígios;
· Os recipientes só serão abertos para perícia e em caso de violação do lacre, deve constar na ficha de acompanhamento com dados completos do responsável, como local, data e hora;
· Todas as pessoas que tiverem acesso ao vestígio devem ser registradas, assim como todas as ações realizadas com o material; 
Art. 158-E. Todos os Institutos de Criminalística deverão ter uma central de custódia destinada à guarda e controle dos vestígios, e sua gestão deve ser vinculada diretamente ao órgão central de perícia oficial de natureza criminal.  
· A central de custódia deve possuir os serviços de protocolo;
· A entrada e a saída de vestígio deverão ser protocoladas, consignando-se informações sobre a ocorrência no inquérito que a eles se relacionam;
· Acesso ao vestígio armazenado deverão ser identificadas e deverão ser registradas a data e a hora do acesso;
· Todas as ações deverão ser registradas;
Art. 158-F. Após a realização da perícia, o material deverá ser devolvido à central de custódia, devendo nela permanecer
· Caso a central de custódia não possua espaço ou condições de
armazenar determinado material, deverá a autoridade policial ou judiciária determinar as condições de depósito do referido material em local diverso, mediante requerimento do diretor do órgão central de perícia oficial de natureza criminal.’
Anotações:
A cadeia de custódia da prova consiste no caminho que deve ser percorrido pela prova até a sua análise pelo magistrado, sendo certo que qualquer interferência indevida durante esse trâmite processual pode resultar na sua imprestabilidade (, Rel. Min. Ribeiro Dantas, julgado em 05/02/2019).
STJ, HC 653515 (2021): "A violação da cadeia de custódia – disciplinada pelos artigos 158-A a 158-F do Código de Processo Penal (CPP) – não implica, de maneira obrigatória, a inadmissibilidade ou a nulidade da prova colhida".
PROVA INTERROGATÓRIO
· Judicial ou extrajudicial:
· Meio de prova;
· Meio de defesa:
· STF entende que o acusado pode responder somente o que quiser ou a quem vai responder. Prepondera o caráter de defesa;
· As partes devem ser intimadas com antecedência de 10 dias;
· O réu deve acompanhar todos os atos da audiência de instrução e julgamento;
· Fica garantida a entrevista reservada com o defensor;
· Local do Interrogatório:
· No Presídio (Art. 185 §1º) – Desde que haja segurança do juiz, MP e demais envolvidos;
· Por vídeo conferência (Art. 185 §2º):
· De ofício
· A requerimento das partes
· Faculdade do juiz
· Decisão deve ser fundamentada pelo juiz sob os critérios, já que é excepcional:
I. prevenir riscos à segurança;
II. dificuldade pra comparecer por motivos diversos;
III. réu que possa intimidar testemunhas ou vítima;
IV. quando o réu é perigoso e torna situação de ordem pública;
· No fórum (Art. 185 §7º) – (regra geral) Condução com escolta quando o réu preso ou atendendo citação, quando solto;
· Em qualquer interrogatório, o juiz garantirá ao réu o direito de entrevista prévio e reservada com o seu defensor (Art. 185 §5º);
· Em acareações, reconhecer pessoas e coisas e testemunha é permitido videoconferência (Art. 185 §7º);
· Partes do Interrogatório:
· 1º FASE - SOBRE A PESSOA DO ACUSADO – Residência, meio de vida, oportunidades sociais, vida pregressa. Essa fase é obrigatório o acusado responder!! 
· 2º FASE – SOBRE OS FATOS – O acusado pode permanecer em silêncio, poderá constituir como elemento de convencimento do juiz, embora o juiz não possa usar como fundamentação para condenação!
· Perguntas das partes (Art. 188):
· O juiz faz o interrogatório, assim que terminar, o juiz pergunta se as partes têm alguma pergunta a ser feita, podendo o juiz indeferir se achar pertinente;
· Interrogatório feito no Inquérito:
· Feito pela autoridade policial;
· Pode constituir advogado, porém não é obrigatório a presente deste;
· Ao fim do interrogatório, será assinado por duas testemunhas;
· Observações:
· Tendo mais de um acusado, serão interrogados separadamente (Art. 191);
· O juiz pode fazer novos interrogatórios se assim achar necessário (Art. 196);
· O interrogatório constará informações sobre existência de filhos, idades e se possuem deficiência etc. (Art. 185 §10º);
· Surdo-mudo poderá responder por escrito;
· Estrangeiro poderá ser convocado intérprete;
CONFISSÃO
· Pode ocorrer em qualquer fase do processo;
· Se for judicial, pode gerar condenação, mas se for extrajudicial, por si só, não é o suficiente para gerar condenação;
· Se tiver sido espontânea, irá gerar redução da pena em caso de condenação;
· É ato que só o próprio réu pode fazer;
· Deve ser livre e espontânea;
· É retratável (ele pode voltar atrás alegando que mentiu);
· É divisível, pode confessar parte do que está sendo acusado em casos de vários crimes;
· Se for mentira, responde pelo crime do CP de autoacusação falsa (art. 341)
PROVA TESTEMUNHAL
· Qualquer pessoa pode ser testemunha e tem dever de falar a verdade (Art.202 e 203);
· Os parentes de réus podem se recusar a depor, exceto em caso seja a única maneira de conseguir a prova do fato (Art.206);
· São proibidos de depor em virtude de sua profissão, padres, psicólogos, advogados, médicos, etc., salvo se o réu quiser, contudo ainda fica desobrigado de se manifestar na hora de dar o testemunho (Art.207);
· Características:
· JUDICIALIDADE – colhidas em juízo;
· OBJETIVIDADE – deve relatar sem colocar comentários pessoais (Art. 213);
· ORALIDADE – não permite depoimento por escrito, mas pode consultar anotações (Art. 204);
· INDIVIDUALIDADE – cada testemunha deve ser ouvida separadamente;
· São considerados informantes (não na qualidade de testemunha, sem sofrer qualquer revés por faltarem com a verdade) – parentes do réu, doentes mentais e menores de 14 anos (Art. 208);
· Pessoas com debilidades, como enfermidade ou velhice, e não puderem comparecer, serão inqueridas onde estiverem (Art. 220);
· O juiz pode pedir por ofício o depoimento de pessoa debilidade antecipadamente (PROVA ANTECIPADA) (Art. 225);
· O juiz pode designar novas testemunhas que não foram arroladas pelas partes (Art. 209);
· Algumas autoridades podem ajustar previamente local, dia e hora que podem ser ouvidas (Art. 221):
· Presidente, vice-presidente, membros do legislativo federal ou estaduais, governadores, prefeitos, ministros, membros do poder judiciário, tribunal de contas. Exceção: vereadores!
· E dar depoimento por escrito:
· O Presidente e o Vice-Presidente da República, os presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do Supremo Tribunal Federal poderão optar pela prestação de
depoimento por escrito, Só os presidentes dos poderes! STF, senado, câmara de deputados e o presidente, só!
RECONHECIMENTO DE PESSOAS E COISAS
Art. 400.  Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações doofendido, à inquirição das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. 
· Só ocorre em sede de ação judicial na AIJ;
· Etapas do reconhecimento
Art. 226. Quando houver necessidade de fazer-se o reconhecimento de pessoa, proceder-se-á pela seguinte forma:
I. A pessoa que tiver de fazer o reconhecimento será convidada a descrever a pessoa que deva ser reconhecida;
II. A pessoa, cujo reconhecimento se pretender, será colocada, se possível, ao lado de outras que com ela tiverem qualquer semelhança, convidando-se quem tiver de fazer o reconhecimento a apontá-la;
III. Se houver razão para recear que a pessoa chamada para o reconhecimento, por efeito de intimidação ou outra influência, não diga a verdade em face da pessoa que deve ser reconhecida, a autoridade providenciará para que esta não veja aquela;
IV. do ato de reconhecimento lavrar-se-á auto pormenorizado, subscrito pela autoridade, pela pessoa chamada para proceder ao reconhecimento e por duas testemunhas presenciais.
Parágrafo único. O disposto no nº III deste artigo não terá aplicação na fase da instrução criminal ou em plenário de julgamento.
· O reconhecimento fotográfico pode ser reconhecido como prova;
· O relato falado é meio de investigação e não meio de prova;
· Se várias pessoas foram chamadas para fazer reconhecimento, serão feitas de forma separado, sem contato entre as demais (Art. 228);
· O réu não pode se recusar a participar, inclusive pode ser conduzido coercitivamente;
1. convite a descrever a pessoa a ser reconhecida
2. a pessoa a ser reconhecida, se possível, será colocada ao lado de outras que com ela tenham semelhança → não há número fixo
3. aponta-se o indivíduo a ser reconhecido
4. lavra-se o auto pormenorizado
· Atual entendimento sobre o procedimento:
· O reconhecimento de pessoas deve observar o procedimento previsto no art. 226 do Código de Processo Penal, cujas formalidades constituem garantia mínima para quem se encontra na condição de suspeito da prática de um crime.
· Se inobservado o procedimento, o RECONHECIMENTO É INVÁLIDO e não pode servir de lastro para a condenação, ainda que confirmado em juízo.
· Reconhecimento fotográfico é apenas uma etapa antecedente;
Acareação:
· Visa dirimir/confrontar depoimentos conflitantes;
· Pode ser feito entre acusados, testemunhas, entre acusado e testemunha, ofendidos (Art. 229);
· Pode ocorrer na fase de inquérito e processual;
· O acusado pode se recusar a colaborar;
Anotações:
TESTEMUNHAS NO PROCESSO PENAL
PODEM SE RECUSAR:
· Ascendente
· Descendente
· Afim em linha reta
· Cônjuge, ainda que desquitado
· Irmão
· Pai, mãe ou filho adotivo
-> salvo quando não for possível prova do fato por outro modo
PROIBIDAS DE DEPOR:
· Pessoas que, em razão de função, ministério, ofício ou profissão, devam guardar segredo, salvo se desobrigadas pela parte interessada
NÃO PRESTAM COMPROMISSO:
· Doentes
· Deficientes mentais
· Menores de 14 anos
· Pessoas que podem se recusar (ascendente, descendente, etc)
Prova Documental
· É considerado qualquer escrito, instrumento ou papel, públicos ou particulares. Desde que seja autêntico e verifico;
· Requisitos:
· Autenticidade – quando foi elaborado e formatado por quem assina;
· Veracidade – quando as informações constadas são reais;
· Os documentos públicos tem presunção relativa de autenticidade e veracidade;
· Podem ser anexados em qualquer fase do processo;
· Documentos em outros idiomas devem ser traduzidos;
· Cópia autenticada tem valor de original;
BUSCA E APREENSÃO
Busca Domiciliar
· Pode abranger automóveis ou outros locais mais específicos se estes forem utilizados como residência (é o caso de uma boleia de caminhão na qual resida o caminhoneiro, por exemplo).
· Ocorrerá somente com mandado ou consentimento do morador, ou nos casos previsto da constituição;
· Segundo a lei de abuso de autoridade (lei 13869), as buscas poderão ocorrer entre as 5h e 21h;
· Objetivos (Art. 240):
a) Prender criminosos;
b) Apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) Apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou contrafeitos;
d) Apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou destinados a fim delituoso; 
e) Descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
f) Apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) Apreender pessoas vítimas de crimes;
h) Colher qualquer elemento de convicção.
· Requisito:
· Precisa de mandado judicia (Art. 241)!!
· Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar pessoalmente, a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado.)
· Pode ser requerida pelas partes ou determinada de ofício pelo juiz;
· Deverá ser executada de dia, salvo se o morador consentir (Art. 245);
· Procedimento:
· Antes de entrarem na casa, deverá mostrar o mandado e lerem ao morador;
· Em caso de desobediência, será arrombado a porta e forçada a entrada (Art. 245 §2º);
· Estando ausente o morador, a porta será arrombado e deverá ser acompanhado de vizinho, além de testemunhas (Art. 245 §4º);
· Será permitido o emprego de força contra coisas existentes no interior da casa (Art. 245 §3º);
· Finalizada a diligência, será lavrado auto circunstanciado, assinando com duas testemunhas presenciais (Art. 245 §7º);
Art. 243.  O mandado de busca deverá:
I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
§ 1º  Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca.
§ 2º  Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado, salvo quando constituir elemento do corpo de delito.
Busca Pessoal
· Objetivos (Art. 240 §2º):
§ 2° Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do parágrafo anterior.
· Quando houver suspeita que alguém oculte algo consigo;
· Armas;
· Coisas obtidas por meios criminosos;
· Instrumentos de falsificação;
· Instrumentos usados na prática de crimes;
· Objetos necessários à prova;
· Cartas;
· Qualquer elemento de convicção;
· Observações: 
· A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de objetos ou papeis que constituem o corpo de delito (Art. 244);
· Em demais casos, a busca necessitará de mandado!
· O mero nervosismo da pessoa alvo ou conhecimento prévio da pessoa ser ligada a atos ilícitos, não é justificativa por si só para dar justa causa a uma busca pessoal;
· É ilícita a prova obtida por meio de revista íntima realizada com base unicamente em denúncia anônima;
· A busca em mulheres será feita por outra mulher, se não gerar retardamento ou prejuízo da diligência;
Anotações:
Independem de prova:
· Axiomáticos (Sinônimos: incontestável, evidente, certo, inquestionável, indiscutível)
· Notórios
· Presunção legal absoluta
· Impossíveis (Inúteis)
· Irrelevantes (Inúteis)
PRISÃO E LIBERDADE
O STJ, acompanhando posicionamento consolidado no STF, firmou o entendimento de que eventual irregularidade na informação acerca do direito de permanecer em silêncio é causa de nulidade relativa, cujo reconhecimento depende da comprovação do prejuízo (RHC 67.730/PE, Rel. Ministro Jorge Mussi, DJe 04/05/2016). 
PRISÕES CAUTELARES E LIBERDADE PROVISÓRIA
MANDADO DE PRISÃO
Art. 285.  A autoridade que ordenar a prisão fará expedir o respectivomandado.
Parágrafo único.  O mandado de prisão:
a) será lavrado pelo escrivão e assinado pela autoridade;
b) designará a pessoa, que tiver de ser presa, por seu nome, alcunha ou sinais característicos;
c) mencionará a infração penal que motivar a prisão;
d) declarará o valor da fiança arbitrada, quando afiançável a infração;
e) será dirigido a quem tiver qualidade para dar-lhe execução.
USO DE ALGEMAS
· SÚMULA VINCULANTE 11 - STF: Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do estado;
· Não existe regulamentação legal;
· A súmula não conseguiu retirar o caráter subjetivo do uso das algemas;
· Apenas obrigou o policial a justificar por escrito o uso das algemas
PRISÃO EM FLAGRANTE (Art. 301 a 310)
· HORÁRIO DA PRISÃO:
· Flagrante: qualquer hora!
· Preventiva/Temporária: 5h às 21h;
· MODALIDADE DE FLAGRANTES:
· PRÓPRIO:
I. Está cometendo;
II. Acaba de cometer;
· IMPRÓPRIO:
III. Perseguição;
IV. Logo após;
· PRESUMIDO:
V. Encontrada;
VI. Logo depois;
VII. Instrumentos...
· Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.
· É uma faculdade para o particular.
· É um dever para as Autoridades Policiais e seus Agentes.
· MOMENTOS DO FLAGRANTE:
· 1º MOMENTO CAPTURA – visa interromper a atitude criminosa. É possível independentemente do tipo de crime ou da pessoa que o está cometendo.
· 2º MOMENTO – LAVRATURA DO APF – deverá respeitar as restrições legais quanto ao tipo de crime e pessoas que cometem.
· RESTRIÇÃO A PRISÃO EM FLAGRANTE:
· Presidente da República (não sofre nenhuma prisão cautelar por crime comum);
· Menor de 18 anos (sofre Apreensão em Flagrante);
· Diplomatas estrangeiros com tratados ou convenções Internacionais;
· Pessoas que só serão Presas em Flagrante de CRIME INAFIANÇÁVEL:
· Juiz de Direito;
· Membro do MP;
· Senadores e Deputados Federais (art. 53, § 2º CF) ou estaduais (art. 27, § 1º CF);
Flagrante Próprio (Art. 302 I e II)
· Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
· Certeza visual do crime.
Flagrante Impróprio (Irreal, Quase Flagrante) (Art. 302 Iii)
· Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça presumir ser autor da infração;
· Perseguição pode ter qualquer duração, desde que não seja interrompida;
· A expressão logo após indica que a perseguição deve iniciar pouco tempo após a execução do crime
Flagrante Presumido (Art. 302 I e II)
· Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da infração.
· Não há perseguição e sim uma procura pelo criminoso;
· A expressão logo depois indica algumas horas após a execução do crime;
· A lei exigiu materialidade do crime! Não basta um mero “achismo”;
Flagrante Retardado, Prorrogado, Postergado ou Diferido (Ação Controlada – Art. 8º Lei 12850/13)
· Art. 8o Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de provas e obtenção de informações.
· § 1o O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público.
Flagrante Esperado
· Polícia apenas aguarda a ação do agente para efetuar a prisão;
· A ausência da polícia em nada modifica o delito praticado;
· Não existe interferência na ação do agente;	
· É judicialmente válido;	
Flagrante Preparado, Provocado Ou Crime De Ensaio
· A ação do agente é induzida;
· Sem a ação da polícia ou de terceiros o crime não aconteceria;
· Ilegal, ILÍCITO;
Flagrante Forjado
· Polícia age sozinha, comete crime;
· O agente é vítima e não comete crime algum;
· É ilegal;
Procedimentos na Prisão em Flagrante
1. Autoridade policial (AP) preside a lavratura do APF – Auto de prisão em flagrante (Art. 304); 
a. Ouve primeiro o condutor;
b. Depois as testemunhas;
c. Por fim procede o interrogatório do acusado (Art. 304);
d. Caso o acusado não assine a lavratura, será designado 2 testemunhas que assinarão no lugar dele;
2. AP arbitra a fiança ou recolhe o agente ao cárcere.
3. Expede Nota de Culpa (Até 24h após o recolhimento ao cárcere);
4. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa por ele indicada. (Art. 306)
5. Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública. (Art. 306 § 1);
· Da lavratura do auto de prisão em flagrante deverá constar a informação sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Art. 304 § 4º) (incluído pela Lei 13257/16) 
Anotações:
· O relaxamento da prisão em flagrante, em razão de eventuais vícios ou ilegalidades, não impede que o juiz decrete a prisão preventiva ou medidas cautelares diversas da prisão.
Audiência de Custódia
DECISÕES DO JUIZ NA AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA (Redação dada pela Lei 13964/19)
· Art. 310. Após receber o auto de prisão em flagrante, no prazo máximo de até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, o juiz deverá promover audiência de custódia com a presença do acusado, seu advogado constituído ou membro da Defensoria Pública e o membro do Ministério Público, e, nessa audiência, o juiz deverá, fundamentadamente:
I. relaxar a prisão ilegal; ou
II. converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou
III. conceder liberdade provisória, com ou sem fiança;
· § 1º Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato em qualquer das condições constantes dos incisos I, II ou III do caput do art. 23 do Código Penal, (EXCLUDENTES DE ILICITUDE) poderá, fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento obrigatório a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
· § 2º Se o juiz verificar que o agente é REINCIDENTE OU que INTEGRA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA ARMADA OU MILÍCIA, ou que PORTA ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO, deverá denegar a liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares.
· Nega liberdade provisória:
1. Reincidente;
2. Organização criminosa com uso de arma;
3. Milícia;
4. Porta arma de fogo restrita;
· § 3º A autoridade que deu causa, sem motivação idônea, à não realização da audiência de custódia no prazo estabelecido no caput deste artigo responderá administrativa, civil e penalmente pela omissão.
· § 4º Transcorridas 24 (vinte e quatro) horas após o decurso do prazo
estabelecido no caput deste artigo, a não realização de audiência de custódia sem motivação idônea ensejará também a ilegalidade da prisão, a ser relaxada pela autoridade competente, sem prejuízo da possibilidade de imediata decretação de prisão preventiva; (SUSPENSO PELO STF)
· Após 48h da prisão em flagrante sem audiência de custodia o flagrante se torna ilegal, mas não impede a decretação da preventiva;
· Relaxar a prisão ilegal – caso ocorrer ilegalidadena prisão;
· Converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão;
· Conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. OBS: A fiança será decidida pelo juiz em 48 (quarenta e oito) horas. (Art. 322 Parágrafo único)
Anotações:
Segundo STF, audiência de custódia deve ocorrer em todas as formas de prisão:
...) audiência de custódia, como se vê, não se cinge à ambiência das pessoas presas em razão de flagrância, alcançando, como agora disposto no Código de Processo Penal, também os presos em decorrência de mandados de prisão temporária e preventiva. (STF - Rcl: 50138 PA 0063475-06.2021.1.00.0000, Relator: EDSON FACHIN, Data de Julgamento: 12/11/2021, Data de Publicação: 17/11/2021).
MEDIDAS CAUTELARES
· COMPARECIMENTO PERIÓDICO EM JUÍZO, no prazo e nas condições fixadas pelo juiz, para informar e justificar atividades;
· PROIBIÇÃO DE ACESSO OU FREQUÊNCIA A DETERMINADOS LUGARES quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado permanecer distante desses locais para evitar o risco de novas infrações;
· PROIBIÇÃO DE MANTER CONTATO COM PESSOA DETERMINADA quando, por circunstâncias relacionadas ao fato, deva o indiciado ou acusado dela permanecer distante;
· PROIBIÇÃO DE AUSENTAR-SE DA COMARCA quando a permanência seja conveniente ou necessária para a investigação ou instrução;
· RECOLHIMENTO DOMICILIAR NO PERÍODO NOTURNO E NOS DIAS DE FOLGA quando o investigado ou acusado tenha residência e trabalho fixos;
· SUSPENSÃO DO EXERCÍCIO DE FUNÇÃO PÚBLICA OU DE ATIVIDADE DE NATUREZA ECONÔMICA OU FINANCEIRA quando houver justo receio de sua utilização para a prática de infrações penais;
· INTERNAÇÃO PROVISÓRIA DO ACUSADO nas hipóteses de crimes praticados com violência ou grave ameaça, quando os peritos concluírem ser INIMPUTÁVEL OU SEMI-IMPUTÁVEL (art. 26 do Código Penal) e houver risco de reiteração;
· MONITORAÇÃO ELETRÔNICA.
Aplicação das Medidas Cautelares (Art. 321)
· Art. 282 § 2º As medidas cautelares serão decretadas pelo juiz a requerimento das partes ou, quando no curso da investigação criminal, por representação da autoridade policial ou mediante requerimento do Ministério Público. (Redação dada pela Lei 13964/19)
· As medidas podem ser aplicadas tanto na fase de inquérito, quanto no curso da ação penal;
· O juiz NÃO PODE MAIS DECRETAR DE OFICIO (antes da mudança podia decretar de oficio durante a ação penal)
Direito ao Contraditório
· Art. 282 § 3º Ressalvados os casos de urgência ou de perigo de ineficácia da medida, o juiz, ao receber o pedido de medida cautelar, determinará a intimação da parte contrária, para se manifestar no prazo de 5 (cinco) dias, acompanhada de cópia do requerimento e das peças necessárias, permanecendo os autos em juízo, e os casos de urgência ou de perigo deverão ser justificados e fundamentados em decisão que contenha elementos do caso concreto que justifiquem essa medida excepcional. (Redação dada pela Lei 13964/19)
· As medidas podem ser aplicadas tanto na fase de inquérito, quanto no curso da ação penal;
· Em regra, a parte contraria deve ter o direito ao contraditório no prazo de 5 dias.
· Exceção: urgência ou perigo de ineficácia da medida;
· Contraditório – somente em casos que não tenha urgência e sem risco de ineficácia;
· No INQUÉRITO não ocorre contraditório!
· Real e diferido
Descumprimento das Medidas Impostas
· Art. 282 § 4º No caso de descumprimento de qualquer das obrigações impostas, o juiz, mediante requerimento do Ministério Público, de seu assistente ou do querelante, poderá substituir a medida, impor outra em cumulação, ou, em último caso, decretar a prisão preventiva, nos termos do parágrafo único do art. 312 deste Código. 
· As medidas podem ser aplicadas tanto na fase de inquérito, quanto no curso da ação penal;
· O juiz NÃO PODE MAIS AGIR DE OFICIO;
· Substituição da Medida ou Aplicação de outra cumulativamente;
· Em último caso, decretação da Prisão Preventiva;
Revogação das Medidas Impostas
· Art. 282 § 5º O juiz poderá, de ofício ou a pedido das partes, revogar a medida cautelar ou substituí-la quando verificar a falta de motivo para que subsista, bem como voltar a decretá-la, se sobrevierem razões que a justifiquem. (Redação dada pela Lei 13964/19)
· Agora ELE PODE AGIR DE OFICIO ou a requerimento das partes
· Pode o Juiz de oficio revogar a medida aplicada substituindo-a por outra ou não quando entender que não é mais necessária.
· Uma vez revogada, nada impede que volte a ser decretada se voltar a ser necessária. (não precisando de nova provocação)
Revogação das Medidas Impostas
· Art. 282 § 6º A prisão preventiva somente será determinada quando não for cabível a sua substituição por outra medida cautelar, observado o art. 319 deste código, e o não cabimento da substituição por outra medida cautelar deverá ser justificado de forma fundamentada nos elementos presentes do caso concreto, de forma individualizada. (Redação dada pela Lei 13964/19)
· Reforça a ideia da prisão como a última opção e exige a fundamentação justificando que outra cautelar não seria suficiente;
PRISÃO PREVENTIVA (Art. 311 a 316)
· Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência do crime e indício suficiente de autoria e de perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado (Redação dada pela Lei 13964/19)
· Deverá ser revisada no prazo de cada 90 dias!
· Prisão preventiva e temporária só poderá ocorrer seguindo o horário de inviolabilidade de domicílio: 5 h às 21 h
· A prisão preventiva vai ocorrer na soma de um desses critérios:
· Garantia da ordem pública ou
· Garantia da ordem econômica ou
· Por conveniência da instrução criminal ou
· Ameaças a vítima, testemunhas, promotores, juízes,
· Destruição ou ocultação de provas;
· Atitudes que obstruam ou dificultem a investigação do crime.
· Para assegurar a aplicação da lei penal
· Atitudes que indiquem intenção de fuga;
· Réu foragido;
· Mudança de endereço sem comunicação ou saída da comarca sem autorização
· Com estes:
· Prova da existência do crime e Indício suficiente de autoria;
· Perigo gerado pelo estado de liberdade do imputado;
· PERIGO GERADO PELO ESTADO DE LIBERDADE DO IMPUTADO
· Demonstrar o risco para a sociedade se a prisão não for decretada
· Requisito indispensável
· Art. 312 § 2º A decisão que decretar a prisão preventiva deve ser motivada e fundamentada em receio de perigo e existência concreta de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
· Art. 313 § 2º Não será admitida a decretação da prisão preventiva com a finalidade de antecipação de cumprimento de pena ou como decorrência imediata de investigação criminal ou da apresentação ou recebimento de denúncia.
Hipóteses de Aplicação da Preventiva:
· CRIMES DOLOSOS punidos com pena privativa de liberdade MÁXIMA SUPERIOR A 4 (QUATRO) ANOS;
· REINCIDENTE EM CRIME DOLOSO (independente da pena) (condenação anterior definitiva);
· Se o crime envolver VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, PARA GARANTIR A EXECUÇÃO DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA;
· Houver DÚVIDA SOBRE A IDENTIDADE CIVIL DA PESSOA ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado imediatamente em liberdade após a identificação (Não importa a pena);
· DESCUMPRIMENTO DE QUALQUER DAS MEDIDAS CAUTELARES (art. 282, § 4º)
Momento da Decretação da Preventiva:
· Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policial. (Redação dada pela Lei 13964/19)
· As medidas podem ser aplicadas tanto na fase deinquérito, quanto no curso da ação penal;
· O Juiz NÃO pode decretar de ofício, é NECESSÁRIO a representação da AP ou requerimento do MP do querelante ou do assistente.
Fundamentação da Decretação da Preventiva:
· Art. 315. A decisão que decretar, substituir ou denegar a prisão preventiva será sempre motivada e fundamentada.
§ 1º Na motivação da decretação da prisão preventiva ou de qualquer outra cautelar, o juiz deverá indicar concretamente a existência de fatos novos ou contemporâneos que justifiquem a aplicação da medida adotada.
· Redação dada pela Lei 13964/19;
· Vale pra Prisão Preventiva ou qualquer medida cautelar;
Art. 315. § 2º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença ou acórdão, que:
I. limitar-se à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar sua relação com a causa ou a questão decidida;
II. empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de sua incidência no caso;
III. invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;
IV. não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a conclusão adotada pelo julgador;
V. limitar-se a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta àqueles fundamentos;
VI. deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a superação do entendimento.
· Revisão Periódica Da Preventiva
Art. 316. Parágrafo único. Decretada a prisão preventiva, deverá o órgão emissor da decisão revisar a necessidade de sua manutenção a cada 90 (noventa) dias, mediante decisão fundamentada, de ofício, sob pena de tornar a prisão ilegal
· Redação dada pela Lei 13964/19
· Revisão fundamentada a cada 90 dias de oficio
· Falta da revisão gera ilegalidade da prisão
· Proibição Da Decretação Da Preventiva
· Crimes dolosos com penas máximas ≤ 4 anos, não havendo reincidência (Art. 44 CP autoriza a substituição da pena nesses casos);
· Crimes praticados sob o manto das Excludentes de Antijuridicidade (Art. 314) (basta que haja fortes indícios);
· Crimes culposos;
Anotações: 
· Mesmo quando houver divergência no pedido de prisão preventiva entre MP e polícia, o juiz poderá decretar a prisão se assim decidir:
· CAVALCANTE, Márcio André Lopes. É ilegal a conversão em preventiva da prisão em flagrante quando o Ministério Público requer a concessão da liberdade provisória, salvo se houver representação da autoridade policial.
Prisão Domiciliar (Art. 318):
· Forma de prisão preventiva;
· Por ofício pelo juiz;
· Nos casos:
· Maiores de 80 anos;
· Extremamente debilitado por doença;
· STJ: não puder prestar assistência no presídio;
· Ser única responsável pelos cuidados de criança menor de 6 anos ou deficiência;
· Gestante;
· Mulher com filho até 12 anos incompletos;
· Pai, sendo o único responsável, criança até 12 anos incompletos;
· Mediante a prova;
· Art. 318-A.  A prisão preventiva imposta à mulher gestante ou que for mãe ou responsável por crianças ou pessoas com deficiência será substituída por prisão domiciliar, desde que:    
I. não tenha cometido crime com violência ou grave ameaça a pessoa;        
II. não tenha cometido o crime contra seu filho ou dependente.  
Obs.: Juiz exigirá prova de idoneidade; 
· PRISÃO ESPECIAL:
· Forma de prisão preventiva;
Art. 295. CPP Serão recolhidos a quartéis ou a prisão especial, à disposição da autoridade competente, quando sujeitos a prisão antes de condenação definitiva:
· Quem entra nessa modalidade?
· Ministro de Estado, governadores, secretários, prefeitos, vereadores;
· Chefes de polícia;
· Cidadãos escrito no livro de mérito;
· Oficiais das Forças Armadas;
· PMs e Bombeiros;
· Magistrados;
· Pessoas com curso superior; (Vide ADPF nº 334)
· Líderes religiosos;
· Delegados e guardas-civis;
· Ministros do tribunal de contas;
· Exerceu função de jurados;
· Benefícios:
· Local diferente da prisão comum;
· Não havendo estabelecimento diferente, ficará em cela distinta de outros presos;
· Poderá ser local coletivo mantendo salubridade do ambiente e condições técnicas adequadas; 
· Não será transportado com presos comuns;
PRISÃO TEMPORÁRIA (lei nº 7.960)
· Quando imprescindível para as investigações do INQUÉRITO POLICIAL; OU
· Quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao esclarecimento de sua identidade;
· SÓ OCORRE DURANTE A FASE DO INQUÉRITO;
· Somente nesses crimes:
· homicídio doloso / sequestro ou cárcere privado / roubo / extorsão / extorsão mediante sequestro / estupro / epidemia com resultado de morte / envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte / associação criminosa / genocídio / tráfico de drogas / crimes contra o sistema financeiro / crimes previstos na Lei de Terrorismo.
· Crimes hediondos em geral (menos tortura) 
+
Associação criminosa / Crimes contra o sistema financeiro / envenenamento de alimentos e água
· CRITÉRIOS:
· Somente na fase de inquérito policial;
· Decretada pelo Juiz, em face da representação da autoridade policial ou de requerimento do Ministério Público (não pode de ofício);
· Prazo de 5 (cinco) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. (não necessita alvará de soltura, pois o próprio Delegado deve controlar o prazo e soltar);
· Trata-se de prazo penal (contagem segundo o Art. 10 CP);
· Na hipótese de representação da autoridade policial, o Juiz, antes de decidir, ouvirá o Ministério Público;
· O despacho que decretar a prisão temporária deverá ser fundamentado e prolatado dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas, contadas a partir do recebimento da representação ou do requerimento; 
· Art. 3° Os presos temporários deverão permanecer, OBRIGATORIAMENTE, separados dos demais detentos.
A) Quando se trata de crime Hediondo 
Comum - 5 + 5
Hediondo - 30 + 30
Anotações:
· A prisão temporária não pode ser mantida após o recebimento da denúncia pelo juiz:
Para o STJ, uma vez oferecida a denúncia não mais subsiste o decreto de prisão temporária, que visa resguardar, tão somente, a integridade das investigações. Deste modo, deve ser decretada a prisão preventiva e não mais a custódia temporária. (STJ - HC: 78437 SP 2007/0050077-9, Relator: Ministra LAURITA VAZ, Data de Julgamento: 28/06/2007, T5 - QUINTA TURMA)
LIBERDADE PROVISÓRIA
· Pode ser arbitrada com ou sem fiança;
· Com ou sem medidas cautelares;
Fiança
· Juiz tem até 48 h para arbitrar;
· Art. 323. Não será concedida fiança:
I - nos crimes de racismo;
II - nos crimes de tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos como crimes hediondos(3TH);
III - nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
V - quando presentes os motivos que autorizam a decretação da prisão Preventiva;
· Nas infrações que a admitem, para assegurar o comparecimento a atos do processo, evitar a obstrução do seu andamento ou em caso de resistência injustificada à ordem judicial;
· Todas os crimes; EXCETO: racismo; / tortura / tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins / terrorismo / hediondos / crimes cometidos por grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
· Quem pode arbitrar fiança?
1. AUTORIDADE POLICIAL - somente nas infrações cuja pena máxima não seja superior a 4 (quatro) anos.
2. JUIZ - demais casos.
· Quais valores (Art. 325)?
1. Crimes com pena máxima de até 4 anos - de 1 (um) a 100 (cem) salários-mínimos;
2. Crimes com pena máxima superior a 4 anos - de 10 (dez) a 200 (duzentos) salários-mínimos;
OBS: Dependendo da situação econômica do preso, a fiança poderá ser dispensada (somente juiz arbitra), reduzida até o máximo de 2/3 (dois terços); ou aumentada em até 1.000 (mil) vezes. (R$880 x 200 x 1000 = R$176.000.000,00);
· Pode ser pago:
Art. 330do CPP: "A fiança, que será sempre definitiva, consistirá em depósito de dinheiro, pedras, objetos ou metais preciosos, títulos da dívida pública, federal, estadual ou municipal, ou em hipoteca inscrita em primeiro lugar".
Liberdade Provisória Sem Fiança
· Somente juiz pode fixar liberdade sem fiança, delegado é OBRIGADO a fixar fiança para conceder liberdade;
· Excludente de ilicitude;
· Quando o acusado for pobre e não puder arcar com o valor da fiança;
· Quando ausentes os requisitos da prisão preventiva;
· Infrações de menor potencial ofensivo;
· Condutor que presta socorro à vítima – art. 301, CTB;
· Usuário de entorpecentes;
· Fiança:
· pena máxima até 4 anos, de 1 a 100 salários mínimos = Delegado
· Pena superior a 4 anos, de 10 a 200 salários mínimos = Juíz.
· Se a situação econômica do preso recomendar, a fiança poderá ser:
· Dispensada (somente juiz decide)
· Reduzida até 2/3 (juiz/delegado)
· Aumentada 1000 vezes
· Não pode fiança, nos casos:
· 1- Crime hed ou TTT
· 2- Por grupos armados, civis ou militares contra a ordem const. do Estado
· 3- Quem quebrou fiança anterior
· 4-Em caso de prisão CIVIL ou MILITAR
· 5- Quando poder decretar prisão preventiva
· -> Mesmo não cabendo fiança é possível LIBERDADE PROVISÓRIA.
PACOTE ANTICRIME
Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de homologação, na forma da lei. (REMESSA NECESSARIA AO CHEFE DO MP)
§ 1º Se a vítima, ou seu representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei orgânica. (A VÍTIMA PROVOCA O CHEFE DO MP)
§ 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial.
DEFESA DO FUNCIONARIO PÚBLICO DA SEGURANÇA PÚBLICA
DEFESA DOS POLICIAIS
Art. 14-A. Nos casos em que servidores vinculados às instituições dispostas no art. 144 da Constituição Federal figurarem como investigados em inquéritos policiais, inquéritos policiais militares e demais procedimentos extrajudiciais, cujo objeto for a investigação de fatos relacionados ao uso da força letal praticados no exercício profissional, de forma consumada ou tentada, incluindo as situações dispostas no art. 23(EXCLUDENTES DE ILICITUDE) do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), o indiciado poderá constituir defensor.
§ 1º Para os casos previstos no caput deste artigo, o investigado deverá ser citado da instauração do procedimento investigatório, podendo constituir defensor no prazo de até 48 (quarenta e oito) horas a contar do recebimento da citação.
• Cria a obrigação de uma CITAÇÃO DO POLICIAL na fase de Inquérito;
· Único caso que gera citação na fase de inquérito;
• Somente em ações policiais com mortes (consumada ou tentado), incluindo casos de EXCLUDENTE DE ILICITUDE;
• Prazo para constituir defensor – 48 h
§ 2º Esgotado o prazo disposto no § 1º deste artigo com ausência de nomeação de defensor pelo investigado, a autoridade responsável pela investigação deverá intimar a instituição a que estava vinculado o investigado à época da ocorrência dos fatos, para que essa, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, indique defensor para a representação do investigado.
· Não havendo defensor por parte do investigado a corporação deve providenciar um defensor em 48 h.
§ 6º As disposições constantes deste artigo se aplicam aos servidores militares vinculados às instituições dispostas no art. 142 da Constituição Federal, desde que os fatos investigados digam respeito a missões para a Garantia da Lei e da Ordem.”
· Aplica-se a militares das Forças Armadas em GLO
INCIDENTES PROCESSUAIS
RESTITUIÇÕES DE COISAS APREENDIDAS
MOMENTO DA RESTITUIÇÃO
· Após o trânsito em julgado da ação penal ou quando não interessarem mais
ao processo;
· Se não interessarem ao processo, podem ser restituídas antes do trânsito em julgado.
· Pode ser ordenada pelo delegado (inquérito) ou juiz (ação penal), não havendo dúvida sobre o direito.
· Se houver dúvida – só o juiz pode decidir
Art. 118. Antes de transitar em julgado a sentença final, as coisas apreendidas
não poderão ser restituídas enquanto interessarem ao processo.
INSTRUMENTOS E PRODUTOS DO CRIME
· INSTRUMENTOS – utilizado para praticar o crime;
· PRODUTOS – obtidos em consequência do crime;
· Havendo condenação, em regra NÃO PODEM SER RESTITUIDOS!
· Exceção – se pertencerem a terceiros de boa-fé ou ao lesado, se a sua posse não configurar crime.
· Bens cuja posse seja crime NÃO SÃO RESTITUIDOS, mesmo havendo absolvição. Ex.: Arma de fogo de calibre restrito; entorpecentes etc.
CUIDADO: Art. 74 e 100 refere-se atualmente ao Art. 91 II do CP
Art. 119. As coisas a que se referem os arts. 74 e 100 do Código Penal não poderão ser restituídas, mesmo depois de transitar em julgado a sentença final, salvo se pertencerem ao lesado ou a terceiro de boa-fé
· PRODUTOS DO CRIME devem ser leiloados e o valor destinado ao Tesouro Nacional.
· Todos os bens apreendidos não reclamados vão também a leilão;
Art. 121. No caso de apreensão de coisa adquirida com os proventos da infração, aplica-se o disposto no art. 133 e seu parágrafo.
Art. 122. Sem prejuízo do disposto nos arts. 120 e 133, decorrido o prazo de 90 dias, após transitar em julgado a sentença condenatória, o juiz decretará, se for caso, a perda, em favor da União, das coisas
apreendidas (art. 74, II, a e b do Código Penal) e ordenará que sejam vendidas em leilão público.
(Incluído pela LEI 13964/19) Art. 122. Sem prejuízo do disposto no art. 120, as coisas apreendidas serão alienadas nos termos do disposto no art. 133 deste Código.      (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019)  
· NÃO PRECISA MAIS ESPERAR 90 DIAS;
· RECOLHIMENTO AO FUNDO PENITENCIARIO NACIONAL;
(Incluído pela LEI 13964/19) Art. 133. Transitada em julgado a sentença condenatória, o juiz, de ofício ou a requerimento do interessado ou do Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos bens em leilão público cujo perdimento tenha sido decretado.
§ 1º Do dinheiro apurado, será recolhido aos cofres públicos o que não couber ao lesado ou a terceiro de boa-fé
§ 2º O valor apurado deverá ser recolhido ao Fundo Penitenciário Nacional, exceto se houver previsão diversa em lei especial.
USO DOS BENS APREENDIDOS PELOS ORGÃOS DE SEGURANÇA 
(Incluído pela LEI 13964/19)
Art. 133-A. O juiz poderá autorizar, constatado o interesse público, a utilização de bem sequestrado, apreendido ou sujeito a qualquer medida assecuratória pelos órgãos de segurança pública previstos no art. 144 da Constituição Federal, do sistema prisional, do sistema socioeducativo, da Força Nacional de Segurança Pública e do Instituto Geral de Perícia, para o desempenho de suas atividades.
§ 1º O órgão de segurança pública participante das ações de investigação ou repressão da infração penal que ensejou a constrição do bem terá prioridade na sua utilização.
§ 2º Fora das hipóteses anteriores, demonstrado o interesse público, o juiz poderá autorizar o uso do bem pelos demais órgãos públicos.
§ 3º Se o bem a que se refere o caput deste artigo for veículo,
embarcação ou aeronave, o juiz ordenará à autoridade de trânsito ou ao órgão de registro e controle a expedição de certificado provisório de registro e licenciamento em favor do órgão público beneficiário, o qual estará isento do pagamento de multas, encargos e tributos anteriores à disponibilização do bem para a sua utilização, que deverão ser cobrados de seu responsável.
§ 4º Transitada em julgado a sentença penal condenatória com a decretação de perdimento dos bens, ressalvado o direito do lesadoou terceiro de boa-fé, o juiz poderá determinar a transferência definitiva da propriedade ao órgão público beneficiário ao qual foi custodiado o bem.
ATRIBUIÇÃO PARA A RESTITUIÇÃO
· Durante o Inquérito Policial, o Delegado pode restituir, se não houver dúvida sobre a propriedade do bem;
· desde que não esteja nas mãos de terceiro de boa-fé, aí é de competência do juiz;
· Na ação penal o juiz é quem decide;
Art. 120. A restituição, quando cabível, poderá ser ordenada pela autoridade policial ou juiz, mediante termo nos autos, desde que não exista dúvida quanto ao direito do reclamante.
DÚVIDA SOBRE A PROPRIEDADE DO BEM (TERCEIRO DE BOA FÉ)
· Autos apartados / Prazo de 5 dias sucessivos para o requerente e para o terceiro de boa-fé provar;
· Manifestação do MP obrigatória;
Art. 120. § 1o Se duvidoso esse direito, o pedido de restituição autuar-se-á em apartado, assinando-se ao requerente o prazo de 5 (cinco) dias para a prova. Em tal caso, só o juiz criminal poderá decidir o incidente.
§ 2o O incidente autuar-se-á também em apartado e só a autoridade judicial o resolverá, se as coisas forem apreendidas em poder de terceiro de boa-fé, que será intimado para alegar e provar o seu direito, em prazo igual e sucessivo ao do reclamante, tendo um e outro dois dias para arrazoar.
§ 3o Sobre o pedido de restituição será sempre ouvido o Ministério Público
§ 4o Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz remeterá as partes para o juízo cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio terceiro que as detinha, se for pessoa idônea.
· Permanecendo a dúvida sobre a propriedade remete ao juiz civil
· Nomeação de fiel depositário;
· Se for coisa deteriorável, vai a leilão e o dinheiro obtido depositado em conta judicial ou entregando ao fiel depositário;
§ 4o Em caso de dúvida sobre quem seja o verdadeiro dono, o juiz remeterá as partes para o juízo cível, ordenando o depósito das coisas em mãos de depositário ou do próprio terceiro que as detinha, se for pessoa idônea.
§ 5o Tratando-se de coisas facilmente deterioráveis, serão avaliadas e levadas a leilão público, depositando-se o dinheiro apurado, ou entregues ao terceiro que as detinha, se este for pessoa idônea e assinar termo de responsabilidade
DESTINAÇÃO DOS BENS NÃO LEILOADOS
· Instrumentos do crime que não possam ser restituídos nem leiloados
Ex.: Armas de uso restrito
· Devem ser inutilizados ou recolhidos a museu criminal
Art. 124. Os instrumentos do crime, cuja perda em favor da União for decretada, e as coisas confiscadas, de acordo com o disposto no art. 100 do Código Penal, serão inutilizados ou recolhidos a museu criminal, se houver interesse na sua conservação.
(Incluído pela LEI 13964/19) Art. 124-A. Na hipótese de decretação de perdimento de obras de arte ou de outros bens de relevante valor cultural ou artístico, se o crime não tiver vítima determinada, poderá haver destinação dos bens a museus públicos.
UTILIZAÇÃO PELO PODER PÚBLICO
· STJ - RECURSO ESPECIAL Nº 1.420.960
· Analogia com a Lei de Entorpecentes (Lei 11343/06)
Art. 61. Não havendo prejuízo para a produção da prova dos fatos e comprovado o interesse público ou social, ressalvado o disposto no art. 62 desta Lei, mediante autorização do juízo competente, ouvido o Ministério Público e cientificada a Senad, os bens apreendidos poderão ser
utilizados pelos órgãos ou pelas entidades que atuam na prevenção do uso indevido, na atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas e na repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas, exclusivamente no interesse dessas atividades.
Requisição de Dados, Informações Cadastrais e
Disponibilização de Meios Técnicos (Lei Nº 1.344/2016)
NOS CRIMES DE SEQÜESTRO E CÁRCERE PRIVADO, REDUÇÃO A CONDIÇÃO ANÁLOGA À DE ESCRAVO E TRÁFICO DE PESSOAS   
“ Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148 , 149 e 149-A , no § 3º do art. 158 e no art. 159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) , e no art. 239 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente) , o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações cadastrais da vítima ou de suspeitos. 
Parágrafo único. A requisição, que será atendida no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: 
I - o nome da autoridade requisitante; 
II - o número do inquérito policial; e 
III - a identificação da unidade de polícia judiciária responsável pela investigação.” 
NOS CRIMES DE TRÁFICO DE PESSOAS   
“Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico de pessoas, o membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderão requisitar, mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso. 
§ 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. 
§ 2º Na hipótese de que trata o caput , o sinal: 
I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; 
II - deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período; 
III - para períodos superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem judicial. 
§ 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva ocorrência policial. 
§ 4º Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz.”
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