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Glicólise • Glicólise é uma série de reações que extrai energia da glicose quebrando-a em duas moléculas de 3C chamadas de piruvatos • Ocorre no citoplasma – obtenção de energia mesmo sem situações anaeróbicas Aeróbios: respiração celular Anaeróbios: fermentação • A primeira via metabólica da molécula de glicose e outras hexoses e principal rota para geração de ATP • A glicose é o principal carboidrato em nossa dieta e é o açúcar que circula no sangue para assegurar que todas as células tenham suporte energético contínuo • A glicose entra na célula através da proteína GLUT4. A quantidade de GLUT4 é que determina a quantidade de glicose que vai entrar na célula Digestão de Carboidratos Amilase salivar – degrada o amido Amilase/suco pancreatico – degrada outros carboidratos Suco entérico – degrada dissacarídases (lactase, maltase, sacarase) Depois de absorvidos, todos os monossacarídeos vão para a corrente sanguínea Alta concentração de glicose no sangue leva a produção e secreção da insulina pelas células beta do pâncreas. Quando os níveis de glicose estão altos, as células betas detectam esse aumento através do GLUT2 e são estimuladas a secretar esse hormônio. O aumento da glicose intracelular estimula a liberação da insulina para corrente sanguínea. Ela atua na manutenção da glicemia regulando os níveis de glicose no sangue, entrando nas células e estimulando a síntese de glicogênio, aumenta a captação de glicose nas células adiposas e musculares, reduzindo através destas ações os níveis de glicose em circulação. Processo de glicólise FASE PREPARATÓRIA Primeira reação: Após entrar na célula pela GLUT4, a glicose é imediatamente fosforilada no carbono 6 pela enzima hexoquinase, tornando-se D-glicose-6-fosfato Quem fornece o fosfato: ATP -> hidrolisado ADP Ativação: diminuição da [D-glicose-6-fosfato] e aumento de ADP Inibição: aumento da [D-glicose-6-fosfato] e do ATP • reação irreversível • ∆G negativo • Saldo= - 1 ATP Segunda reação: A D-glicose-6-fosfato é isomerizada em D-frutose-6-fosfato pela enzima fosfohexose- isomerase Terceira reação: A D-frutose-6-fosfato será fosforilada no carbono 1 pela catalize da enzima PKF1, formando uma D-frutose-1,6-bifosfato Ativação: diminuição de ATP, aumento de AMPc e [D-frutose-1,6-bifosfato] Inibição: aumento de ATP • Reação irreversivel • Saldo: -2ATP • etapa mais importante – principal ponto de regulação da glicólise Quarta reação: A D-frutose-1,6-bifosfato é dividida em duas moléculas de três carbonos, a dihidroxiacetona- fosfato e o gliceraldeído-3-fosfato por meio da enzima aldolase. Uma molecula 6C é quebrada, gerando duas moléculas de 3C Quinta reação: A di-hidroxiacetona-fosfato é isomerizada a uma segunda molécula de gliceraldeído-3-fosfato pela ação da enzima tiosefosfato-isomerase. Ao final, teremos duas moléculas de G3P SALDO DA FASE PREPARATORIA: -2ATP FASE DE PAGAMENTO Sexta reação: Gliceraldeído-3-fosfato é oxidada e fosforilada por fosfato inorgânico ao substrato da reação, e o NAD+ é reduzido para NADH e H+. Formando pela enzima gliceraldeído-3-fosfato-- desidrogenase a molécula 1,3-bifosfoglicerato • primeira molécula de alta energia formada na glicólise Sétima reação: O 1,3-bifosfoglicerato doa um de seus grupos fosfato para o ADP, por meio da enzima fosfoglicerato-cinase, formando uma molécula de ATP e transformando-se em 3-fosfoglicerato no processo. • fosforilação em nível de substrato • Saldo: 2 ATP • dependente de magnésio Oitava reação: O 3-fosfoglicerato é convertido em seu isômero, o 2-fosfoglicerato. Apenas a posição do fosfato é alterada do carbono 3 para carbono 2 por meio da enzima fosfoglicerato-mutase Nona reação: O 2-fosfoglicerato perde uma molécula de água pela enzima enolase, tornando-se fosfoenolpiruvato (PEP). A proximidade do grupamento funcional hidroxila com o íon fosfato favorece a formação de um enol-fosfato, o PEP • PEP é uma molécula instável e de alta energia Décima reação: O fosfoenolpiruvato transfere seu grupo fosfato para o ADP pela piruvato quinase, formando ATP e piruvato, produto final da glicólise. • reação irreversível • atividade da enzima depende de magnésio e potássio, cofatores da reação enzimática • Saldo: 4ATP Segunda fase: duas moléculas de gliceraldeído-3-fosfato -> duas moléculas de piruvato, duas de NADH, H+ e quatro moléculas de ATP Regulação da Glicólise Inibição: muito ATP Ativação: muito ADP via glicolítica nunca é paralisada, apenas sua velocidade é diminuida enzimas-chave que aumentam ou diminuem a velocidade da glicólise: hexoquinase, fosfofrutoquinase (PFK1) e piruvato quinase 1. HEXOQUINASE Hexoquinase I: musculos, tecidos, cerebro Inibição: glicose-6-fosfato Baixo Km - precisa de pouca glicose para funcionar Hexoquinase IV (Glucocinase): fígado Inibição: glucagon, durante o jejum Alto Km - precisa de muita glicose para funcionar Quando a concentração de frutose-6-fosfato é alta, a proteína inibidora ancora a glicoquinase dentro do núcleo da célula. Quando o nível de glicose aumenta, a glicose causa a dissociação entre a proteína reguladora e a glicoquinase. Isto causa um retorno da enzima ao citoplasma reativando a via glicolítica. 2. PKF1 A glicolise só é possivel pela ativação da PFK1 – regulação alosterica A frutose-1,6-bifosfato é produzida pela enzima PFK-2 e degradada pela frutose-2,6- bifosfatase-2 (FBPase-2), que fazem parte da mesma cadeia polipeptídica. Ativação da PFK1 3. PIRUVATO-CINASE Inibição alosterica: ATP, acetil-CoA, alanina e ácidos graxos de cadeia longa Ativação: frutose-1,6-bifosfato *excessão: fígado – glucagon ativa a PKA que fosforila o piruvato-cinase Este mecanismo impede que o fígado degrade glicose pela glicólise quando a glicose sanguínea estiver baixa; em vez disso, o fígado exporta glicose.