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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mercado Financeiro
Produtos Financeiros de Renda Fixa
Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
São Paulo, Abril 2024
1
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Mini Currículo do Professor
Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Forte experiência em Finanças Corporativas, M&A, Valuation,
Project Finance e Controladoria adquirida durante a vida
acadêmica e profissional em consultorias, boutique de
investimento e em grandes multinacionais, tendo participado
de diversas transações. Atualmente é Assessor Financeiro e
Professor de Finanças Corporativas. Doutor pela Fundação
Getulio Vargas (EAESP-FGV), com estágio doutoral na
Universidade de Columbia em Nova York; Mestre em
Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas
(EAESP-FGV), e Mestre em Finanças pela Universidade de São
Paulo (FEA-USP); formado em Administração de Empresas pela
Universidade de São Paulo (FEA-USP). Professor de Finanças no
Insper, na UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo, na FIA,
e na Saint Paul Escola de Negócios. Financial Advisor na Plata
Capital Partners e na Pezco Economic & Business Intelligence.
Sócio fundador do Finanças 101, canal no YouTube com vídeos
e aulas de finanças e economia.
Contato: jose.carrera@unifesp.br
2
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Fonte
• ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro 14a Edição.
Atlas. São Paulo 2018
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Empréstimos vs. Financiamento
• Empréstimos
o Operação pela qual o consumidor obtém recursos para antecipar a realização de seus desejos
o Não está vinculado à compra de um produto ou serviço específico
o O tomador do empréstimo utiliza o dinheiro para objetivo que lhe convier
o Exemplos:
 Capital de Giro
 Desconto de duplicatas
 Cheque especial, 
 Etc.
• Financiamentos
o É o ato de pagar um produto ou serviço de uma pessoa, ou de outra empresa, através de 
empréstimo.
o O financiamento diferencia-se do empréstimo por estar vinculado à venda de um bem ou 
serviço específico
o Exemplos:
 Leasing,
 Crédito Imobiliário
 Veículos
 etc.
4
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Cessão de Crédito e Assunção de Dívida
• Cessão de Crédito
o Operação realizada entre instituições financeiras interessadas em negociar carteiras de crédito/direitos de 
crédito 
o Cedente = quem cede o direito de crédito / Cessionário = recebeu o direito de crédito
o Os créditos podem ser créditos com transferência total ou parcial de seu risco – spread vai depender disso
o Pode ser gratuita ou onerosa
o Não pode ter má fé nem oposição à natureza da obrigação (ex. pensão alimentícia)
o Não depende da anuência do devedor, mas precisa da notificação do devedor
o A cessão estará proibida se houver uma cláusula proibitiva no contrato (ex: o pagamento será feito 
somente para XPTO)
• Assunção de Dívida
o Troca de Devedor: Antigo devedor = Devedor Primitivo / Novo Devedor = Assuntor
o Credor deve ser consultado. Ele decidirá se permite a troca do devedor / aceite
o Operação destinada a empresas com recursos em caixa para quitação de uma dívida futura
o O banco negocia a liberação de recursos equivalentes ao valor de liquidação da dívida vincenda, garantindo 
uma aplicação financeira a taxas superiores às geralmente praticadas, para os fundos a serem utilizados na 
quitação. Com isso, a empresa consegue baratear o custo de sua dívida
5
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Títulos de Crédito
• DUPLICATA
o Título de crédito representativo de uma transação de compra e venda mercantil, ou prestação de serviços, a prazo
o Derivada de uma fatura/nota fiscal de compra e venda
o Quem emite a duplicata é quem vende (sacador)
• FATURA (NÃO É TÍTULO DE CRÉDITO)
o Documento que comprova a operação comercial realizada, podendo incorporar uma ou mais notas fiscais. Entretanto, não 
é permitida a emissão de uma duplicata representativa de várias faturas (apenas uma fatura por duplicata)
o Discrimina as mercadorias e/ou serviços, e as demais informações das notas fiscais emitidas pelas transações realizadas
• LETRA DE CÂMBIO
o Ordem de pagamento emitida pelo credor (sacador) contra o devedor (sacado). O favorecido da letra de câmbio pode ser 
o próprio sacador ou um terceiro
o Muito comum serem emitidas por financeiras (SCFI) para captação de recursos (similar a um CDB para bancos)
o Tem cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Crédito
• NOTA PROMISSÓRIA
o Título de crédito que representa uma promessa de pagamento feita/emitida pelo devedor em favor de um credor
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Crédito Concedido pelos Bancos
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CRÉDITO 
CONCEDIDO 
PELOS BANCOS
• Maior parte das operações dos bancos
• Taxas de juros livremente estabelecidas 
entre tomadores e instituições 
financeiras
• Uma parcela deve necessariamente ser 
direcionada para operações de crédito 
específicas, com taxas, volume e prazo 
preestabelecidos pelo Banco Central
• Beneficiários: setor rural, infraestrutura 
e habitacional
Recursos Livres
Recursos Direcionados
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Garantias Pessoais e Reais
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Fiança
Aval
Garantia em que terceiros assumem com o devedor a obrigação pelo pagamento
da dívida (responsabilidade subsidiária para contratos em geral – só será acionada
caso o devedor não cumpra a obrigação)
Garantia por meio da qual terceiros assumem com o devedor a obrigação pelo
pagamento da dívida (responsabilidade solidária para títulos de crédito)
Devedor solidário Há solidariedade na mesma obrigação concorre mais de um devedor à dívida total
Hipoteca
Alienação 
fiduciária
Bem imóvel com garantia da operação de crédito – princípio posse + propriedade
O devedor transfere para a instituição financeira a propriedade de um bem, ficando
com apenas a posse
Penhor Devedor dá à instituição financeira bens móveis ou aplicações como posse e
propriedade em garantia da operação de crédito
Garantias Pessoais ou Fidejussórias
Garantias Reais
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Principais Produtos de Crédito
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PF – Pessoa Física
• Cheque especial
• Cartão de crédito
• Empréstimos “consignados”
• CDC – Crédito direto ao 
consumidor
• Empréstimo pessoal
• Crédito Imobiliário
• Etc.
PJ – Pessoa Jurídica
• Capital de Giro
• Desconto de Duplicatas
• Conta Garantida
• Vendor /Compror
• Leasing
• Financiamento ao Comércio 
Exterior (ACC e ACE)
• Etc.
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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Caderneta de Poupança
• Modalidade de investimento mais tradicional do Brasil
• Conservadora, com baixo risco e menor retorno
• Remuneração:
o Se a taxa Selic > 8,5%: 0,5% a.m. + TR
o Se a taxa Selic < 8,5%: 70% da taxa Selic mensalizada + TR
• TR: Taxa Referencial, baseada nas LTNs (Tesouro Pré-Fixado) descontada por um redutor (percentual) definido pelo Banco Central
• Rendimentos creditados mensalmente, na data de aniversário (dia da abertura ou data que foi feito o depósito/aplicação)
o Caso haja retirada antes dadata de aniversário, a caderneta de poupança não paga nenhum rendimento
o A remuneração é calculada sobre o menor saldo no período: Se depositou R$ 100 mil e sacou R$ 80 mil a rentabilidade é sobre os R$ 20 mil
o Para os dias 29, 30 e 31 a data de aniversário é o Dia 1
• Possui liquidez imediata e é isenta de imposto de renda para pessoas físicas e tributado na pessoa jurídica
• Recursos captados pela instituição financeira são direcionados, em sua maior parte, ao financiamento imobiliário (Sistema 
Financeiro de Habitação)
• Não é um recurso de uso livre: 60% (rural) - 65% (comum) do recurso é destinado para crédito habitacional
• Entidades que fazem parte do SBPE – Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (Caixa Econômica Federal, Sociedades de 
Crédito Imobiliário, bancos múltiplos com carteira de crédito imobiliários e as APEs – Associações de Poupança e Empréstimo
• Garantidas pelo FGC – Fundo Garantidos de Crédito
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Caderneta de Poupança – Exemplo
• Calcular a rentabilidade anual de uma caderneta de poupança 
admitindo:
o Selic = 9,0% a.a. e TR = 1,75% a.a.
 Taxa de Retorno = 0,5% a.m. + TR
 Taxa de Retorno = (1+ 0,005)^12 * (1 + 0,0175) - 1 
 Taxa de Retorno = 1,005^12 * 1,0175 - 1 
 Taxa de Retorno = 8,0257% a.a.
o Selic = 7,0% a.a. e TR = 1,50% a.a.
 Taxa de Retorno = 70% Selic + TR
 Taxa de Retorno = (1+ 0,07*70%) * (1 + 0,015) - 1 
 Taxa de Retorno = 1,049 * 1,015 - 1 
 Taxa de Retorno = 6,4735% a.a.
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A Vida Como Ela É!!!
• Um investidor aplicou $10.000,00 na poupança exatamente 
há um mês do dia de hoje. O investidor resgatou essa 
aplicação hoje. Calcule:
o Juros em $
o Juros em % ao ano
oValor Resgatado
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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TR – Taxa Referencial
• É utilizada no cálculo do rendimento da Caderneta de Poupança, em empréstimos do SFH – Sistema Financeiro 
da Habitação, dentre outras operações 
• Foi criada em 1991, no Plano Collor II, com a intenção de ser uma taxa básica referencial dos juros a serem 
praticados no mês
• Visando a desindexação da economia e o combate à inflação, o objetivo era evitar que a taxa de juros do mês 
corrente refletisse a inflação do mês anterior
o Sob esta ótica, deveria corrigir todos os instrumentos financeiros de mercado que previssem alguma forma de indexação
o As autoridades monetárias esperavam que a TR funcionasse como uma taxa básica referencial da economia
• É calculada e divulgada diariamente pelo Banco Central
• Deriva da TBF – Taxa Básica Financeira
o Criada em 1995 com o intuito principal de alongar o perfil das aplicações financeiras
o A partir de Fevereiro de 2018 a formação da TBF - Taxa Básica Financeira passa a ser com base nas taxas de juros das LTNs 
(Letras do Tesouro Nacional) ou Tesouro Prefixado, que são registradas no Sistema Especial de Liquidação e de Custódia 
(Selic).
o A TBF de um mês será uma média ponderada entre as taxas médias das LTNs com vencimentos imediatamente anterior e 
imediatamente posterior ao prazo de um mês, seguida da aplicação, ao valor resultante, de um fator multiplicativo 
fixado em 0,93, procedimento necessário para ajustar a diferença entre as taxas das LTNs e as dos CDBs/RDBs de mesmo 
prazo.
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𝑻𝑹 =
𝟏 + 𝑻𝑩𝑭
𝑹
− 𝟏
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CDB e RDB – Certificado/Recibo de Depósitos Bancários
• Tipo de depósito à prazo
• Forma mais usual dos Bancos captarem recursos
• Obrigação de pagamento futura de um capital aplicado em depósito a prazo fixo em 
instituição financeira.
• Remuneração pré ou pós-fixada
• Pode ou não ter liquidez imediata
• Há incidência de IR (tabela regressiva) e IOF (tabela regressiva) sobre os rendimentos do CDB.
• Principal risco: insolvência da instituição financeira emitente, sendo garantido até o limite 
assegurado pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC)
• CDB pode ser transferido por meio de endosso, sendo, portanto, negociável no mercado. O 
RDB é obrigatoriamente nominativo e intransferível
• O RDB, diferentemente do CDB, é um título inegociável e intransferível em qualquer data 
antes de seu vencimento
• Os títulos são emitidos de forma escritural e custodiados na CETIP (agora incorporada pela B3 
– Bolsa de Valores)
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
CDB e RDB – Certificado/Recibo de Depósitos Bancários – Exemplo
• Qual o montante líquido a ser resgatado de uma aplicação de R$ 
6.000.000,00 um CDB cujo rendimento é de 90% do CDI e a alíquota 
de imposto de renda é de 22,5% considerando os 5 dias a seguir de 
aplicação?
o Taxa DI dia 1 = 4,90% a.a.
o Taxa DI dia 2 = 4,90% a.a.
o Taxa DI dia 3 = 4,40% a.a.
o Taxa DI dia 4 = 4,40% a.a.
o Taxa DI dia 5 = 4,15% a.a.
15
A B C = 1 + A*B Montante * Fator Acum.
CDI Fórmula CDI Diário % DI Fator Diário Fator Acumulado Valor Bruto Rendimento Bruto IR % IR Rendimento Líquido Valor Líquido
4,90% (1+4,9%)^(1/252)-1 0,0001898 90,00% 1,00017086 1,00017086 R$ 6.001.025,18 R$ 1.025,18 22,50% R$ 230,67 R$ 794,52 R$ 6.000.794,52
4,90% (1+4,9%)^(1/252)-1 0,0001898 90,00% 1,00017086 1,00034176 R$ 6.002.050,54 R$ 2.050,54 22,50% R$ 461,37 R$ 1.589,17 R$ 6.001.589,17
4,40% (1+4,4%)^(1/252)-1 0,0001709 90,00% 1,00015380 1,00049561 R$ 6.002.973,64 R$ 2.973,64 22,50% R$ 669,07 R$ 2.304,57 R$ 6.002.304,57
4,40% (1+4,4%)^(1/252)-1 0,0001709 90,00% 1,00015380 1,00064948 R$ 6.003.896,88 R$ 3.896,88 22,50% R$ 876,80 R$ 3.020,08 R$ 6.003.020,08
4,15% (1+4,15%)^(1/252)-1 0,0001614 90,00% 1,00014523 1,00079481 R$ 6.004.768,84 R$ 4.768,84 22,50% R$ 1.072,99 R$ 3.695,85 R$ 6.003.695,85
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
A Vida Como Ela É!!!
• Um investidor aplicou $10.000,00 em um CDB que rende 102% 
do DI exatamente há um mês do dia de hoje. O investidor 
resgatou essa aplicação hoje. Considerando uma alíquota de 
imposto de renda de 22,5% sobre os ganhos calcule:
o Valor Bruto Resgatado
o Juros Bruto em $
o Juros Bruto em % ao ano
o Juros Líquido em $
o Juros Líquido em % ao ano
o Valor Líquido Resgatado
o Compare com a rentabilidade desse valor aplicado na poupança 
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
CDI – Certificado de Depósito Interfinanceiro
• São títulos que lastreiam as operações realizadas entre os bancos
• São títulos emitidos por instituições financeiras e têm por função básica viabilizar a 
transferência de recursos entre os participantes do interfinanceiro
• Os bancos devem encerrar o dia com suas posições de caixa sempre zeradas. Quando 
apuram excedentes de caixa sem remuneração ao final do dia, procuram aplicar esses 
recursos em outras instituições que fecharam o dia necessitando de dinheiro. Ao contrário, 
bancos com falta de fundos para fecharem sua posição financeira de caixa procuram o 
mercado para tomar recursos junto àqueles que apresentam superávit de dinheiro
• São geralmente operações compromissadas, de 1 dia, podendo ocorrer em prazos maiores.
o Os CDIs negociados por um dia são conhecidos por Depósitos Interfinanceiros (DI)
• As operações com CDIs no mercado interfinanceiro são controladas, registradas e liquidadas 
pela Cetip (incorporada pela B3)
• Esses títulos estão isentos de impostos e os juros são definidos pela denominada taxa over, 
geralmente EXPRESSA LINEARMENSAL e capitalizada pelos dias úteis da operação (252 dias 
úteis no ano)
o Taxa over mensal por convenção = taxa over dia * 30
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Fórmulas Importantes
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Fórmula de Fischer
Spread de Risco
Rentabilidade Líquida de Imposto de Renda
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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Exemplo
• Um banco anuncia pagar 22,6% ao ano para aplicação em CBD prefixado de sua emissão. É projetada uma 
inflação de 7,2% ao ano, e o mercado trabalha com a taxa básica de juros da economia em 6% ao ano em termos 
reais (NTN-B ou Tesouro IPCA+). Determine a rentabilidade efetiva líquida de imposto de renda de 20%, a 
rentabilidade real, e o risco embutido no papel.
19
22,6% 20% 18,08%
10,15%
7,2%
3,92%
6,0%
Rentabilidade 
Bruta Nominal
Rentabilidade 
Líquida Nominal
Imposto de 
Renda
Rentabilidade 
Real
Inflação
Taxa Livre de 
Risco
Risco
𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = 𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 ∗ 1 − 𝐼𝑅%
𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 = 22,6% ∗ (1 − 20%)
𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑎𝑙 =
(1 + 𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙)
(1 + 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝑑𝑒 𝐼𝑛𝑓𝑙𝑎çã𝑜)
− 1
𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑎𝑙 =
(1 + 18,08%)
(1 + 7,2%)
− 1
𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 =
(1 + 𝑅𝑒𝑛𝑡𝑎𝑏𝑖𝑙𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒)
(1 + 𝑇𝑎𝑥𝑎 𝐿𝑖𝑣𝑟𝑒 𝑑𝑒 𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜)
− 1
𝑅𝑖𝑠𝑐𝑜 =
(1 + 10,15%)
(1 + 6,0%)
− 1
Taxa livre 
de Risco
Inflação
Spread de 
Risco
Rentabilidade 
Líquida Nominal
EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Crédito Consignado
• Linha de crédito concedida a funcionários públicos e 
trabalhadores de empresas privadas regularmente 
registrados, cuja liquidação é realizada através de desconto 
das prestações em folha de pagamento
• Taxa de juros costumam ser mais baixas do que outras 
formas convencionais de empréstimos dado o menor risco 
de crédito
• Os prazos, os montantes e juros da operação são negociados 
entre as partes
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Desconto de Duplicata e Título
• O desconto de duplicatas visa atender as necessidades de caixa IMEDIATA das empresas, antecipando recursos que iriam ser 
recebidos no futuro pelo cliente, oriundos de suas vendas a prazo, com o fim de cobertura de despesas inesperadas ou para 
aumentar a capacidade de CAPITAL DE GIRO da empresa
• Antecipa valores a receber (pelo fornecedor ou cedente) de uma operação comercial de venda a prazo (ao cliente ou sacado)
• Envolve principalmente Duplicatas, Notas Promissórias e Cheques
• Empréstimo mediante a garantia de um título representando um crédito futuro (ANTECIPAÇÃO DE RECEBÍVEIS)
• Cobra-se uma taxa de desconto normalmente LINEAR antecipadamente sobre o valor original do título (valor nominal ou valor 
de face), calculada pelo prazo da operação em DIAS CORRIDOS
• O valor liberado ao tomador é inferior ao valor nominal do título em razão da cobrança antecipada de juros e encargos
• Antecipa valores a receber (pelo fornecedor ou cedente) de uma operação comercial de venda a prazo (ao cliente ou sacado)
• Pode ser com direito de regresso ou sem direito de regresso (banco assume o risco do cliente)
o Em geral, a responsabilidade final da liquidação do título negociado caso o sacado (devedor que neste caso é o cliente) não pague é do sacador
• A taxa de juros é cobrada antecipadamente, onde a taxa de desconto normalmente é LINEAR, calculada pelo prazo (dias 
corridos à vencer) da duplicata ou cheque
• Tributação: IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras
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EPPEN – Escola Paulista de Política, Economia e Negócios – Curso de Ciências Contábeis
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Desconto de Duplicata e Título – Exemplo
• Uma duplicata de R$ 70.000,00 é descontada junto a um banco 46 dias corridos antes de seu vencimento. A taxa 
de desconto cobrada é de 2,7% ao mês, sendo 0,0082% ao dia o IOF incidente sobre a operação (valor 
descontado). É cobrado também um adicional de IOF de 0,38% sobre o da operação (valor descontado). O banco 
cobra ainda uma TAC – Taxa de Abertura de Crédito de 1,5% sobre o valor nominal do título no ato da liberação 
dos recursos.
• Qual o custo (taxa) efetivo mensal e o valor recebido no ato?
Desconto Comercial (juros simples) VP = FV * (1 – i*n)
(=) VP = R$ 70.000 * [1 – 0,027 * (46 dias / 30 dias )] = R$ 67.102,00
(-) IOF = 0,0082% * 46 dias * R$ 67.102,00 = R$ 253,10
(-) IOF Adicional = 0,38% * R$ 67.102,00 = R$ 254,98
(-) TAC = 1,5% * R$ 70.000 = R$ 1.050,00
(=) Valor Líquido Liberado = VP – IOF – IOF Adicional – TAC
(=) Valor Líquido Liberado = R$ 67.102,00 – R$ 253,10 – R$ 254,98 – R$ 1.050,00 = R$ 65.543,92
Taxa de juros mensal efetiva: (FV/PV)^(1/n) – 1 => BASE JUROS COMPOSTOS
Taxa de juros mensal efetiva = (R$ 70.000 / R$ 65.543,92) ^ (30/46) – 1 => na HP12c 70000 [CHS] [FV] 65543,92 [PV] 46 
[ENTER] 30 [/] [n] [i]
Taxa de juros mensal efetiva: 4,38% ao mês
22
PV = R$ 65.543,92
FV = R$ 70.000,00
n = 46 dias
n = 46 dias / 30 dias = 1,533 meses 
i = 4,38% a.m.
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Factoring (faturização)
• Operação voltada sobretudo à prestação de serviços às pequenas e medias 
empresas, como gestão de caixa, e estoques, controle de contas a pagar e a receber, 
negociação com fornecedores, etc.
• Como consequência desses serviços prestados, a empresa de factoring 
adquire/compra os direitos creditórios resultantes das vendas a prazo realizadas 
de forma definitiva, assumindo todo o risco inerente ao crédito concedido pela 
empresa vendedora (cessão pro soluto)
o A empresa de factoring não é classificada como uma instituição financeiras, sendo vedada a 
realização de operações de concessão de crédito
• Uma empresa de factoring, por não ser uma instituição financeira, não capta 
recursos juntos aos poupadores de mercado, respondendo integralmente pelos 
resultados de seus negócios
• Há casos em que a empresa de factoring passa a controlar os fluxos de caixa da 
empresa-cliente, exercendo efetivamente a gestão financeira de curto prazo
• A operação de factoring também é praticada pela intermediação na compra de 
matérias-primas para empresas-cliente. Por meio da negociação direta com 
fornecedores, o factoring pode conseguir melhores condições de compra
23
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Contas Garantidas ou Conta Empréstimo
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• Conta empréstimo (conta garantida), com um valor-limite de crédito de utilização rotativa, destinado a suprir eventuais 
necessidades de capital de giro e que normalmente é movimentada diretamente pelos cheques emitidos pelo cliente, desde que 
não haja saldo disponível na conta corrente de movimentação
• Crédito rotativo livre para suprir necessidades imediatas de caixa – CAPITAL DE GIRO
• Equivale à abertura de uma conta com um limite de crédito garantido pré-estabelecido pela instituição bancária
• Vinculadas a conta corrente PESSOA JURÍDICA
• Amortização automática do saldo devedor, quando ocorrem depósitos na conta corrente
• Pode ser usado integralmente ou parcialmente
• As contas são movimentadas geralmente mediante cheques, podendo ocorrer depósitos para cobrir o saldo devedor.
• São cobrados encargos sobre o saldo remanescente a descoberto ao fim do mês
• Os contratos de conta garantida normalmente têm um prazo de 180 dias, tendo GARANTIAS adicionais (diferem-se do cheque 
especial por isso) além de direitos creditórios, notas promissórias,duplicatas, recebíveis, avalista, fiador, penhor, ou outros
• Algumas contas garantidas tem caráter apenas de conta devedora, funcionam separadas da conta corrente e, normalmente, 
exigem do cliente o aviso com antecedência dos valores a serem sacados
• Pode ser utilizada taxa pré ou pós-fixada
• Tributação: IOF – Imposto Sobre Operações Financeiras
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Créditos Rotativos e Cheque Especial
• Linhas de crédito que visam ao financiamento das necessidades 
de caixa imediata (CAPITAL DE GIRO) das empresas
• É o limite de crédito rotativo, concedido diretamente na conta 
corrente de forma livre movimento, permitindo o saque até o 
limite contratado
• Semelhante às contas garantidas, diferenciando-se por serem 
operadas normalmente com garantia de duplicatas (o limite do 
crédito é calculado como um percentual sobre as duplicatas 
entregues como garantia)
• Uso emergencial e temporário
• Limite de 30 dias no rotativo: a partir daí a instituição financeira 
deve oferecer outra alternativa
• Taxa de juros elevada
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Hot Money
• Empréstimos de curto e curtíssimo prazo (emergencial), 
normalmente de 1 a 29 dias, direcionadas para suprir 
necessidades mais imediatas de caixa
• As taxas cobradas seguem os juros do mercado 
interbancário (taxa dia do CDI + spread)
• Garantia: normalmente notas promissórias e duplicatas
com ou sem aval dos sócios
oMáquinas e veículos também podem servir como garantia
• Fluxo: Juros pagos antecipados e principal no final ou 
ambos ao final da operação
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Hot Money – Exemplo (1)
• Admita uma operação hot money contratada por três dias úteis no valor de R$ 2.500.000,00. As taxas DIs
estabelecidas para cada dia são, respectivamente, de 12,00% ao ano, 12,00% ao ano e 11,50% ao ano.
• O Banco cota a operação em DI + 8%, incidindo também 0,38% de IOF sobre o valor total da operação e 0,0082% 
ao dia de IOF, descontado antecipadamente
• O IOF é pago diariamente e os juros são acumulados ao montante da dívida e liquidados ao final da operação
• Quais os valores e o custo efetivo?
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Dia CDI (+) Spread (=) Taxa (=) Taxa ao Dia Útil
1 12,00% 8,00% 20,00% (1 + 20,00%)^(1/252) – 1 = 0,0724%
2 12,00% 8,00% 20,00% (1 + 20,00%)^(1/252) – 1 = 0,0724%
3 11,50% 8,00% 19,50% (1 + 19,50%)^(1/252) – 1 = 0,0707%
Fórmulas Dia 0 Dia 1 Dia 2 Dia 3
A Saldo Devedor + Juros Inicial 2.500.000,00 2.500.000,00 2.501.604,40 2.503.209,83 
B (x) IOF 0,3800% 0,0082% 0,0082% 0,0082%
C = A * B (-) IOF Pago -9.500,00 -205,00 -205,13 -205,26
D = A - C (=) Renovação Empréstimo 2.490.500,00 2.499.795,00 2.501.399,27 2.503.004,57 
E (x) Juros - 0,0724% 0,0724% 0,0707%
F = E * A (+) Juros $ - 1.809,40 1.810,56 1.770,22 
G = A - C + F (=) Saldo Devedor + Juros Final - 2.501.604,40 2.503.209,83 2.504.774,78 
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Hot Money – Exemplo (3)
• Admita uma operação hot money contratada por três dias úteis no valor de R$ 2.500.000,00. As taxas DIs estabelecidas para cada dia são, respectivamente, de 12,00% ao ano, 12,00% ao 
ano e 11,50% ao ano.
• O Banco cota a operação em DI + 8%, incidindo também 0,38% de IOF sobre o valor total da operação e 0,0082% ao dia de IOF, descontado antecipadamente
• O IOF é pago diariamente e os juros são acumulados ao montante da dívida e liquidados ao final da operação
• Quais os valores e o custo efetivo?
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Valor Liberado
R$ 2.490.500,00
Valor Pago
IOF 3 dia + Juros + Principal
R$ 2.504.980,05
IOF 1 dia
R$ 205,00
IOF 2 dia
R$ 205,13
1 dia 2 dia 3 dia
Taxa Efetiva = TIR do fluxo
Na HP12C
2490500,00 [g] [CHS] [Cfo]
205,00 [g] [Cfj]
205,13 [g] [Cfj]
2504980,05 [g] [Cfj]
[f] [IRR]
Taxa Efetiva de 0,1989% ao dia útil
No Excel Fórmula TIR ou IRR
Dia 0 Dia 1 Dia 2 Dia 3
Valor Recebido 2.500.000,00 
IOF -9.500,00
IOF Diários -205,00 -205,13 -205,26
Juros Acumulados -5.390,18
Principal -2.500.000,00
IOF Diários Pagos 615,39 
(=) Fluxo de Caixa 2.490.500,00 -205,00 -205,13 -2.504.980,05
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Empréstimo e Financiamento de Capital de Giro e Pagamento de Tributos
• Empréstimo de curto prazo com prazo determinado, com ou sem 
amortizações parciais, para atender necessidades de caixa das 
empresas
• Formalização contratual que estabelece as condições básicas da 
operação, como garantias, prazo de resgate, encargos, juros, etc.
• É um empréstimo com prazo determinado, para pessoas jurídicas com 
a finalidade de financiar o capital de giro da empresa
• As taxas são geralmente prefixadas, podendo ocorrer amortizações 
do principal dependendo da negociação
• Também poderá ser contratado que o saldo principal seja pago 
somente no final do contrato e que os encargos sejam pagos 
mensalmente
• Garantias: Notas Promissórias, duplicatas, avais, alienação fiduciária 
de bens ou imóveis, em valores superiores ao emprestado (120%, 
150%, p.ex.)
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Vendor
30
1
2
34 5 6 Comprador (Cliente) paga 
a prazo para o Banco, 
incorrendo em juros
Geralmente uma 
grande empresa 
fornecedora ou 
vendedora
Taxas mais competitivas 
pelo menor risco. Se o 
comprador não pagar, o 
vendedor paga
Empresa Vendedora
Quer Receber á Vista
Comprador (Cliente) efetua pedido de 
compra ao Vendedor (Fornecedor)
Empresa Compradora
Quer Pagar a PrazoVendedor (Fornecedor) fatura à vista e 
entrega bem e/ou serviço ao Cliente
Banco ou Instituição 
Financeira
Vendedor (Fornecedor) envia planilha de 
financiamento contratado com o Banco e 
faz uma cessão de créditos com AVAL
Banco libera recursos diretamente ao 
Vendedor (Fornecedor) via uma operação 
de desconto cobrando juros e taxas Banco envia boleto de 
cobrança ao Cliente 
(Comprador)
Uma instituição financeira paga à vista a uma empresa comercial (vendedora ou fornecedora) os direitos 
relativos às vendas realizadas e recebidos em cessão, em troca de uma taxa de juros de intermediação
A empresa Vendedora (Fornecedor) recebe à vista, enquanto que a empresa compradora terá taxas menores 
cobradas pelo banco do que se tomasse o empréstimo no mercado
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Compror
31
1
2
35 4
Geralmente uma 
grande empresa 
compradora
Empresa Compradora
Quer Pagar a Prazo
Comprador (Cliente) efetua pedido de 
compra ao Vendedor (Fornecedor)
Empresa Vendedora
Quer Receber a VistaVendedor (Fornecedor) fatura à vista e 
entrega bem e/ou serviço ao Cliente
Banco ou Instituição 
Financeira
Comprador (Cliente) envia 
planilha de financiamento 
contratado
Banco envia boletos de 
cobrança para o 
Comprador (Cliente)
Banco libera os recursos a 
vista diretamente para o 
Vendedor (Fornecedor)
Operação semelhante ao vendor, porém na visão do comprador (financiamento – prazo - a fornecedor)
Cliente (Comprador) compra o bem à vista, com financiamento direto do banco, cedendo o direito de 
crédito do fornecedor ao banco
Diferença: o vendedor não concede aval (não assume o risco de crédito do seu cliente)
Operação muito utilizada no mercado brasileiro (ex. programas de financiamento a fornecedores de grandes 
empresas).
6
Comprador (Cliente) paga o 
banco a prazo incorrendo em 
juros e taxas
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Risco Sacado
Forfait
32
1
2
3 4
Geralmente uma 
grande empresa 
compradora
Empresa Compradora
(Sacado)
Quer Pagar a Prazo
Comprador (Cliente) efetua pedido de 
compra a prazo ao Vendedor (Fornecedor)
Empresa Vendedora 
(Cedente)
Quer Receber a Vista
Vendedor (Fornecedor) fatura/envia a 
nota fiscal a prazo e entrega bem e/ou 
serviço ao Cliente
Banco ou Instituição 
Financeira
Envia as notas 
confirmadas e autorização 
do uso do crédito (linha 
previamente aprovada)
Solicitação e Antecipação 
dos Recebíveis
Banco antecipa os recursos a 
diretamente para o 
Vendedor (Fornecedor). O 
fornecedor não precisa ser 
cliente da instituição 
financeira
Operação bastante comum no varejo. 
Modalidade de financiamento ao fornecedor por meio da antecipação de recebíveis.
A empresa compradora, em conjunto com uma instituição financeira, oferece o serviço de 
antecipação para os seus fornecedores.
Não há IOF.
6
Comprador (Cliente) paga o 
banco a prazo
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Commercial Papers – Nota Promissória
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• Nota promissória de curto prazo emitida por uma sociedade tomadora de recursos para financiar suas necessidades de curto 
prazo – CAPITAL DE GIRO
o Promessa de pagamento
• Emitidos pelas SOCIEDADES ANÔNIMAS – S.A. NÃO FINANCEIRAS
• Negociado no mercado com um deságio (desconto) sobre seu valor nominal
• A garantia é o próprio desempenho da empresa emissora, e os papéis podem ser mantidos na carteira ou repassado à clientes 
investidores
o Não tem garantia real (bens) nem cobertura do FGC – pode haver fiança bancária
• Menor custo financeiro e maior agilidade em tomar recursos no mercado, eliminando a necessidade de intermediação bancária
• Despesas de emissão: registro na CVM, publicações, etc.
• Prazos:
o Mínimo: 30 dias
o Máximo: 180 para S.A. de capital fechada ou 360 dias para S.A. de capital aberto
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Commercial Papers – Nota Promissória – Exemplo
• Admita uma empresa que tenha decidido captar R$ 9 milhões por meio da emissão e colocação de commercial 
papers por 90 dias. A empresa oferece aos investidores uma taxa de desconto de 2,4% no trimestre, além de 
incorrer em despesas de emissão, lançamento, registro, etc., em percentual equivalente a 0,5% do valor de 
captação. Qual o valor líquido recebido pela empresa e qual o custo efetivo da operação.
• Valor Nominal = A = R$ 9.000.000
• Desconto = 2,4% * R$ 9.000.000 = B = R$ 216.000
• Valor Descontado = C = A – B = R$ 8.784.000
• Gastos com Emissão = 0,5% * R$ 9.000.000 = D = R$ 45.000
• Valor Recebido Líquido pela empresa = E = C – D = R$ 8.739.000
34
PV = R$ 8.739.000
FV = R$ 9.000.000
n = 90 dias
n = 90 dias / 360 dias = 0,25 anos
12,49% a.a.
Na HP12C
8739000 [PV]
9000000 [CHS] [FV]
90 [ENTER] 360 [/] [n]
[i]
12,49% ao ano
Retorno = (FV/PV)^(1/n) – 1
(R$ 9.000.000 / R$ 8.739.000)^(360/90) – 1
12,49% ao ano (base 360 dias corridos)
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CDC – Crédito Direto ao Consumidor
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• Destinada ao financiamento de bens e serviços por consumidores ou usuários finais – pessoas físicas e jurídicas
(p. ex.: automóveis, equipamentos, mercadorias)
• Concessão do crédito é efetuada por uma sociedade financeira, e a garantia usual é a alienação fiduciária do 
bem objeto de financiamento
• Cartões de crédito também podem conceder crédito direto ao consumidor para aquisição de bens
• A taxa pode ser pré ou pós-fixada
• Prestações mensais, iguais e sucessivas (série de pagamentos uniformes)
• Garantia: alienação fiduciária do bem e/ou outras, como seguro do bem, ou aval
• Prazo máximo de até 60 meses
• Incidência de IOF - crédito
• CDCI – Crédito Direto ao Consumidor com Interveniência
o Crédito bancário concedido às empresas varejistas para repasse a seus clientes, visando ao financiamento de bens e 
serviços a serem resgatados em prestações mensais
o A empresa comercial assume o risco da operação
o Programas de financiamento a vendas (geralmente varejos), que são intervenientes das operações de crédito realizadas 
pelo banco na venda de seus produtos., assumindo o risco de crédito
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Aquecendo os Motores: Financiamento Cartão
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CDC – Crédito Direto ao Consumidor – Exemplo (1)
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• Suponha um financiamento ao consumidor de R$ 12.000,00 pagável em seis meses, através 
de prestações mensais, iguais e sucessivas. O CDC contratado não prevê carência, e o juro 
cobrado é de 1,4% ao mês. A alíquota de IOF considerada nesse exemplo é de 0,0082% ao dia 
corrido. Qual o valor das prestações com e sem o IOF?
• PMT = Valor das prestações iguais e sucessivas
o Na HP12C: 12000 [CHS] [PV] 6 [n] 1,4 [i] [PMT] = R$ 2.099,14 mensal
o No Excel fórmula PMT
• O IOF é calculado a partir das amortizações acumuladas. Aqui consideraremos um IOF mensal 
de 0,246% (0,0082%*30 dias corridos)
• Podemos construir agora a tabela Price
A B C = Juros% * A D = B - C E = A - D F G = IOF% * F
Mês Saldo Devedor Inicial PMT Juros Amortização Saldo Devedor Final Amortização Acumulada IOF sem Financiar
0 R$ 12.000,00 - - - R$ 12.000,00 - -
1 R$ 12.000,00 R$ 2.099,14 R$ 168,00 R$ 1.931,14 R$ 10.068,86 R$ 1.931,14 R$ 4,75
2 R$ 10.068,86 R$ 2.099,14 R$ 140,96 R$ 1.958,17 R$ 8.110,69 R$ 3.889,31 R$ 9,57
3 R$ 8.110,69 R$ 2.099,14 R$ 113,55 R$ 1.985,59 R$ 6.125,11 R$ 5.874,89 R$ 14,45
4 R$ 6.125,11 R$ 2.099,14 R$ 85,75 R$ 2.013,38 R$ 4.111,72 R$ 7.888,28 R$ 19,41
5 R$ 4.111,72 R$ 2.099,14 R$ 57,56 R$ 2.041,57 R$ 2.070,15 R$ 9.929,85 R$ 24,43
6 R$ 2.070,15 R$ 2.099,14 R$ 28,98 R$ 2.070,15 - R$ 12.000,00 R$ 29,52
TOTAL R$ 102,12
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CDC – Crédito Direto ao Consumidor – Exemplo (2)
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• Suponha um financiamento ao consumidor de R$ 12.000,00 pagável em seis meses, através de prestações 
mensais, iguais e sucessivas. O CDC contratado não prevê carência, e o juro cobrado é de 1,4% ao mês. A 
alíquota de IOF considerada nesse exemplo é de 0,0082% ao dia corrido. Qual o valor das prestações com e sem 
o IOF?
• Ao desejar incluir o IOF nas parcelas (financiar o IOF), o cálculo da prestação seria
o 𝑰𝑶𝑭𝑭𝒊𝒏𝒂𝒏𝒄𝒊𝒂𝒎𝒆𝒏𝒕𝒐 =
𝑷𝑽
𝟏
𝑰𝑶𝑭
𝑷𝑽
− 𝑷𝑽
o 𝐼𝑂𝐹 =
$ .
$ ,
$ .
− 𝑅$ 12.000 = 𝑹$ 𝟏𝟎𝟑, 𝟎𝟎
o Portanto, o valor da prestação do IOF tem que ser recalculado a partir do montante de: R$ 12.000 + R$ 103,00 = R$ 
12.103,00
• PMT = Valor das prestações iguais e sucessivas
o Na HP12C: 12103 [CHS] [PV] 6 [n] 1,4 [i] [PMT] = R$ 2.117,15 mensal com IOF
A B C = Juros% * A D = B - C E = A - D
Mês Saldo Devedor Inicial PMT Juros Amortização Saldo Devedor Final
0 R$ 12.103,00 - - - R$ 12.103,00
1 R$ 12.103,00 R$ 2.117,15 R$ 169,44 R$ 1.947,71 R$ 10.155,29
2 R$ 10.155,29 R$ 2.117,15 R$ 142,17 R$ 1.974,98 R$ 8.180,31
3 R$ 8.180,31 R$ 2.117,15 R$ 114,52 R$ 2.002,63 R$ 6.177,68
4 R$ 6.177,68 R$ 2.117,15 R$ 86,49 R$ 2.030,67 R$ 4.147,02
5 R$ 4.147,02 R$ 2.117,15 R$ 58,06 R$ 2.059,09 R$ 2.087,92
6 R$ 2.087,92 R$ 2.117,15 R$ 29,23 R$ 2.087,92 -
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Repasse de Recursos Externos
• Resolução 2.770/00 (antiga resolução 63) do Banco Central
• Recursos contratadosno exterior por meio de captações em moeda estrangeira (através de empréstimos e 
colocação de títulos), efetuadas pelos bancos comerciais e múltiplos e bancos de investimento
• São repassados às empresas nacionais visando ao financiamento do capital de giro e capital fixo
• As empresas incorrem em taxa de juros Libor (taxa interbancária do mercado de Londres), spread, comissão e 
variação cambial
• Quando a operação é realizada diretamente entre um banco estrangeiro e uma empresa não financeira nacional, 
é regulamentada pela Lei 4.131.
• Indexadores/moedas: USD e cupom interno 
• IOF Cambio: Alíquota 0% para prazo médio acima de a 360 dias 
• IOF/Câmbio: Alíquota 6% para prazo médio inferior a 360 dias, assim como em prorrogações de operações já 
contratadas; 
• IOF/Crédito: 0,38% + 0,0041% a.d. linear limitado a 360 dias. 
• Fluxo de Pagamento acordado entre repassador e tomador, dentro da disponibilidade de lastro da operação 
(captação externa)
• Liquidação Antecipada pode ser realizada, normalmente em condições de mercado. 
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Export Note – Nota de Exportação
• É um contrato de cessão de créditos provenientes de contratos de 
exportação de bens e serviços firmados por empresas brasileiras
• Exportador transfere (cede) os direitos da venda a um investidor 
local e recebe deste reais equivalentes
• Remuneração do investidor: desconto sobre o valor de face do título
• Tributação: IR sobre o rendimento bruto em reais
• Garantia: notas promissórias com as condições da venda
• Funciona como um hedge cambial para empresas com passivos, 
dívidas por exemplo, (visão empresa) em USD uma vez que o papel e 
seu recebível ser expresso em USD
• Os juros nesta operação funcionam no regime de capitalização simples
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Export Note – Nota de Exportação – Exemplo
• Suponha que uma empresa exportadora tenha emitido export note no valor nominal de US$ 300.000,00. A cotação nacional em 
relação à moeda estrangeira no momento da operação atingia a R$ 5,08/US$, e no dia do resgate a paridade passou para R$ 
5,119/US$. A export note foi emitida pelo prazo de 90 dias, sendo a taxa de desconto definida em 8,5% ao ano em US$. 
Determinar os valores da operação e o custo efetivo. Calcular também a rentabilidade do investidor que tenha adquirido este 
título, sabendo que há incidência de IR na fonte pela alíquota de 20%.
• Valor Líquido Captado = PV / (1 + i*n) => taxa libor tem capitalização linear para 360 dias corridos
o Valor Líquido Captado em US$ = US$ 300.000 / (1 + 8,5%*90/360) = US$ 293.757,65
o Valor Líquido Captado em R$ = US$ 293.757,65 * R$ 5,08 / US$ = R$ 1.492.288.86
• Valor de Resgate em R$ = US$ 300.000 * R$ 5,119 / US$ = R$ 1.535.700,00
• Custo Efetivo = (FV/PV)^(1/n) – 1
o Custo Efetivo = (R$ 1.535.700/R$ 1.492.288,86)^(360/90) – 1 = 12,15% ao ano (base 360 dias corridos – ideal seria fazer por 252 dias úteis)
o Essa taxa inclui a rentabilidade real da operação e a variação cambial no período
• Retorno Líquido do Investidor
o Sabendo que o investidor paga 20% de imposto de renda na fonte sobre seu rendimento bruto temos
o Imposto de Renda = 20% * (R$ 1.535.700 – R$ 1.492.288,86) = R$ 8.682,23
o Ganho Líquido = R$ 1.535.700 – R$ 1.492.288,86 - R$ 8.682,23 = R$ 34.728,91
o Retorno Líquido = (1+ R$ 34.728,91 / 1.492.288,86)^(360/90) – 1 = 9,64% ao ano (base 360 dias corridos – ideal seria fazer por 252 dias úteis)
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ACC – Adiantamento de Contrato de Câmbio
• Os bancos autorizados a operar com câmbio podem conceder adiantamentos sobre contratos de câmbio (ACC) às 
empresas exportadoras
• Financiar o capital de giro das empresas exportadoras, na forma de antecipação, para que possam produzir e 
comercializar os produtos objetos de exportação e também com a finalidade de incentivar a exportação e torná-
la mais competitiva, uma vez que os juros do financiamento são praticados pelo mercado internacional, com um 
pequeno acréscimo
• É uma antecipação parcial ou total de reais equivalentes à quantia de moeda estrangeira adquirida a termo 
(pelo banco) dos exportadores
• As instituições financeiras autorizadas a operar com câmbio adiantam aos exportadores recursos lastreados nos 
contratos de câmbio (ACC) firmados com importadores estrangeiros
• Pré-Embarque: A empresa exportadora vende ao banco (antes do embarque dos produtos) a moeda estrangeira
• Taxas de acordo com mercado internacional - Libor (não o mercado local)
• Valor da operação é controlado pelo Bacen contra os registros das exportações
• Prazo de até 360 dias
• Tributação: Não há
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ACC – Adiantamento de Contrato de Câmbio
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Importador Banco no 
Exterior
Exportador Banco Local
1 – Negocia 
Exportação
Linha de Crédito 
em USD
3 – Contrata 
Cambio
4 – Embarque 5
Paga
2 – ACC 
Exterior
Brasil
Via BC
Fluxo
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ACE – Adiantamento sobre Cambiais Entregues
• Cambiais = o que será comercializado
• Consiste na antecipação da entrega de reais, do valor da exportação, ao exportador, APÓS O EMBARQUE da 
mercadoria
• Consiste na concessão do adiantamento em reais do valor total ou parcial de um contrato de exportação, de seu 
equivalente em moeda estrangeira, adquirida a termo pelo banco e vendido ao exportador ao banco (após o 
embarque)
• Portanto, é uma operação na qual a empresa exportadora vai ao banco antecipar o recebimento dos dólares de 
sua exportação quando a mercadoria já foi embarcada
• A entrega de documentos deve ser pronta, ou seja, na data da celebração do contrato de ACE
• Destinado a financiar o capital de giro de empresas exportadoras, para produção, armazenagem e 
comercialização dos objetos de exportação, quando os bens exportados já foram exportados.
• Taxas de acordo com mercado internacional (não o mercado local)
• Valor da operação é controlado pelo Bacen contra os registros das exportações
• Prazo de até 210 dias
• Tributação: Não há
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ACC vs. ACE
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EmbarqueContratação Liquidação
360 dias 210 dias
ACC ACE
Antecipar DivisasFinanciar Produção
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Carta de Crédito (Letter of Credit)
• Meio mais difundido de pagamento no comércio exterior
• Carta emitida pelo banco atestando que aquela entidade que a solicitou tem o valor 
denominado para empréstimos
• Destinado a importadores ou exportadores, dependendo da finalidade
• Garantir que o acordo em uma negociação internacional será cumprido pela parte que está 
do outro lado do negócio
• Pode ser Confirmada (banco confirmador se compromete a pagar em nome do Banco 
Emissor) ou Não Confirmada (compromisso de pagamento ao Exportador é do Banco 
Emissor)
• Representa um adiantamento em Reais do valor total ou parcial de um contrato de 
exportação ou de seu equivalente em moeda estrangeira, adquirida a termo pelo banco e 
vendido ao exportador ao banco (após o embarque)
• Taxas e moedas: mercado internacional Libor
• Valor da operação é controlado pelo Banco Central contra os registros das exportações
• Prazo: até 360 dias
• Não possui Tributação
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Carta de Crédito (Letter of Credit)
• Pode ser a vista (exportador recebe recursos após apresentar 
documentos em ordem exigidos na carta de crédito) ou a prazo 
(exportador entrega documentos exigidos na carta de crédito mas 
recebe os recursos apenas no vencimento do título de crédito). 
• É uma operação Irrevogável: somente é cancelada ou alterada com 
anuência prévia das partes, a não ser quando este termo for 
expressamente declarado nos documentos.
• LC pode ser transferível: o Banco Negociador está autorizado a pagar 
o total ou parte do valor à terceiros exportadores, seguindo instruções 
do primeiro Exportador. 
• Documento regulamentado internacionalmente pela UCP 600, da 
Câmara de Comércio Internacional, Paris (ICC)
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Carta de Crédito (LC - Letter of Credit)
• Banco Negociador (Negotiating / Paying Bank): Negocia documentos e paga o Exportador na moeda local. 
• Banco Confirmador (Confirming Bank): Banco “avalista”, assume o compromisso de pagar ao Exportador. 
48
3 - Banco Emissor: Emite LC por solicitação 
do Importador e comunica ao banco do 
país exportador a existência deste crédito.
Banco Assessor (Advising Bank): Anuncia 
a LC na praça do Exportador. Sem 
responsabilidade de crédito por sua 
parte. 
2 - Após os contatos 
preliminares, o 
importador solicita a 
um banco de seu país a 
abertura de um crédito 
a favor do exportador
4 - O banco do 
exportador comunica a 
ele a chegada da carta 
de crédito e suas 
condições
6 – Depois do 
embarque, o 
exportador entrega os 
documentos exigidos 
pelo crédito ao banco 
de seu país, e este 
recebe os documentos, 
examina-os, e se 
estiverem em ordem, 
efetua o pagamento ao 
exportador
Importador Exportador
1 – Contrato de Venda
5 – Embarque
Banco do Emissor Banco Assessor
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3 – Emissão da LC
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7 – Remessa dos 
Documentos
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7 – O Banco do exportador remete os 
documentos ao Banco do importador
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10 – O importador, de 
posse dos documentos 
paga os direitos 
aduaneiros e retira a 
mercadoria
8 – Controle da documentação 
e liberação do pagamento
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Carta de Crédito (LC - Letter of Credit)
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Longo Prazo: Leasing – Arrendamento Mercantil
• No Brasil, o Leasing é conhecido por Arrendamento Mercantil
• Lei 6.099/74
o Negócio jurídico realizado entre pessoa jurídica, na qualidade de arrendadora, e pessoa física 
ou jurídica, na qualidade de arrendatária, e que tenha por objetivo o arrendamento de bens 
adquiridos pela arrendadora, segundo especificações da arrendatária e para uso próprio 
desta.
• Definição 
o Uma operação de leasing, consiste em adquirir um bem durável através de um contrato de 
arrendamento, com a possibilidade de possuir esse bem em definitivo ao final do período 
contratual. 
o Para exercer esse direito, o arrendatário deverá pagar o valor residual (VRG) estipulado no 
contrato, que pode variar entre 1% e 10% do valor do bem a ser adquirido.
o Os bancos atuam nesse segmento do mercado financeiro através de empresas próprias de 
arrendamento mercantil.
o A principal vantagem nesse tipo de operação para as empresas é a liberação de recursos para 
capital de giro, visto que não há necessidade de realizar o desembolso inicial relativo ao bem.
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Longo Prazo: Tipos de Leasing
• LEASING FINANCEIRO
o Operação de longo prazo, onde a empresa (arrendatário) terá a posse de um ativo fixo (novo 
ou usado, nacional ou importado, móvel ou imóvel) ao final do arrendamento e mediante o 
pagamento do valor residual garantido (VRG)
o O Banco (arrendador) atua como o comprador desse bem junto ao fornecedor e o arrenda ao 
seu cliente.
• LEASING OPERACIONAL
o Modalidade na qual as empresas (arrendatárias) pagam na prestação, além do custo de 
arrendamento, as despesas relativas aos serviços de manutenção e outros, não há VRG 
previsto, a opção de adquirir o bem ao final do contrato se dá pelo valor de mercado
o Os valores pagos na locação não podem ultrapassar 75% do valor do bem e O bem é 
geralmente devolvido à arrendadora ao final do período.
• LEASE-BACK
o Empresa tomadora de recursos, proprietária ou produtora de um bem, vende para a 
sociedade de leasing o ativo e o arrenda simultaneamente, podendo usufruí-lo como se fosse 
um leasing financeiro
o Operação de arrendamento cujo bem a ser arrendado está no próprio ativo imobilizado da 
empresa
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Longo Prazo: BNDES
• Operações destinadas às diferentes modalidades de investimento cobertas 
pelos programas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social 
(BNDES)
• Podem ser realizadas diretamente com o banco ou através de bancos 
repassadores de recursos, públicos ou privados, credenciados pelo BNDES 
para tal finalidade
• Principais Linhas e Programas:
o FINAME (financiamento a maquinas e equipamentos, agro)
o FINEM (financiamento a empreendimentos)
o EXIM (exportação)
o FMM (Fundo da Marinha Mercante)
o Programas Especiais: Inovação, Economia Verde, Proger (empreendedor), Setoriais 
(Petroquímico, Energia, Telecom, etc.)
o PSI – Programa de Sustentação de Investimentos
o Cartão BNDES
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Longo Prazo: BNDES – FINAME
• Fabricantes devem ser nacionais (60% nacionalização) e cadastrados 
no programa FINAME como fornecedores
• Realizado através de um intermediário financeiro
• Até 90% do valor do bem + ICMS + IPI
• Carência até 12 meses e amortizações até 5 anos
• Amortizações constantes (SAC)
• Taxa: TLP + Taxa Operacional BNDES + Taxa/Comissão repassador 
(quando houver)
• Incidência de IOF
• Inclui diversos programas setoriais ou de propósito específico
• Processo de aprovação pode ser “automático” (cartão BNDES) ou 
convencional
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Longo Prazo: BNDES – FINAME – Fluxo 
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Financiamento de 
máquinas e 
equipamentos
Obs.: RAIS – Relação anual de 
informações sociais
www.rais.gov.br
Fonte: banco Mercedes Benz
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Longo Prazo: Debêntures
• Títulos de DÍVIDA de longo prazo emitidos por Sociedades Anônimas (S.A.) de capital aberto ou fechado e 
destinados, geralmente, ao financiamento de projetos de investimento (fixo e giro) ou para alongamento do 
perfil de endividamento da empresa
• Instrumento no qual o tomador de recursos (emitente do título) promete pagar ao aplicador (debenturista) o 
capital investido, acrescido de juros, em determinada data previamente acertada
• Emissão exclusiva de empresas não financeiras S.A. e de Sociedades de Arrendamento Mercantil
• Normatizadas pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários
• A emissão de debêntures é acompanhada por um documento conhecido por Escritura da Emissão, o qual 
contém todas as características e condições da emissão, e direitos e deveres das partesenvolvidas, companhia 
emissora e debenturista
• Negociadas em Bolsa de Valores e no Mercado de Balcão, sendo intermediada por uma instituição do mercado 
de capitais
• Podem ter cláusula de repactuação, que permite, ao final de cada período combinado, uma livre negociação 
entre o debenturista e a sociedade emitente dos títulos com relação aos rendimentos oferecidos
• Covenants: cláusulas contratuais que protegem o interesse do credor estabelecendo condições que não devem 
ser descumpridas. Em caso de não cumprimento, o credor pode requer o vencimento antecipado da dívida.
• Características principais: montante, prazo, remuneração, garantias, forma de resgate
• Prazo mínimo: 360 dias
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Componentes Tradicionais de um Título de Dívida
• Data de Vencimento ou Maturidade
o Período até o vencimento do título
o Data em que a empresa promete repagar a dívida
• Valor Nominal ou Valor de Face – Par Value ou Face Value
o Representa o valor que a empresa promete repagar na data do vencimento
o Geralmente também representa a quantia que a empresa tomou emprestado
o Valor pago no vencimento, geralmente $ 1.000
• Preço Unitário (PU) ou Valor de Mercado (Market Value)
o Valor de transação do título no mercado secundário
o Preço do título no mercado
o Este valor pode variar constantemente e dificilmente se mantém inalterado durante toda vida do título
• Taxa Contratual ou Taxa de Cupom
o Rentabilidade periódica (semestral ou anual) paga sobre o valor nominal ou de face
o Taxa de Cupom % = $ Cupom / $ Valor de Face
• Cupons
o Montantes pagos periodicamente (semestralmente – mais comum, ou anualmente) a título de remuneração
o Pagamento de juros a prazos definidos e pré-estabelecidos fixados no momento da emissão
o Normalmente permanece constante por toda vida do título (pré-fixados), porém também existem títulos pós-fixados ou de taxa 
flutuante (CDI, Libor)
• Retorno até o vencimento ou YTM – Yield to Maturity
o TIR do título de dívida (RENTABILIDADE)
o Taxa de retorno na qual os fluxos de caixa futuros do título trazidos a valor presente se igualam ao preço
o Rentabilidade do investidor caso compre o título hoje e fique com ele até o vencimento
• Duration
o Prazo médio de vencimento dos títulos considerando os cupons
o É diferente de maturidade
o Duration = maturidade somente para títulos que não pagam cupom
• Current Yield
o Rentabilidade corrente na forma de cupons = $ Cupom / $ Preço atual. Equivalente na Renda Variável ao Dividend Yield (DY)
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Título de Dívida – Estrutura Clássica
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6 Meses 12 Meses 18 Meses 24 Meses 30 Meses 36 Meses
Cupons = Rendimentos periódicos pagos 
(geralmente semestral)
Pode não haver cupons
Preço
Cotação
PU – Preço Unitário
Valor ao Par = significa 
que o PU do título é igual 
ao seu valor de face 
(valor contábil inicial)
Valor de Face
Valor Nominal
Geralmente $ 1.000 ou 
Múltiplos inteiros de $1.000
YTM = Yield to Maturity
Rentabilidade = TIR do título
Qual será a rentabilidade se o 
título for mantido até o 
vencimento
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Longo Prazo: Debêntures – Garantias
• GARANTIAS (mais comuns) – Pode não ter garantias. As garantias são definidas 
pelo emissor
o Garantia Real
 Ativos reais (imóvel por exemplo) da sociedade são dados como garantia aos debenturistas pelo pagamento 
de seus direitos creditórios
 Os ativos da sociedade emissora são dados como garantia. A sociedade não pode negociar os ativos até o 
vencimento das obrigações
o Garantia Flutuante
 Prioridade geral sobre os ativos da sociedade, sem que haja qualquer impedimento na negociação dos bens
 Titulares das debêntures possuem prioridade sobre os ativos da sociedade. Garantia real que pode ser 
alterada
o Garantia Quirografária
 Não tem preferência sobre os ativos, concorrendo em condições idênticas aos demais credores 
quirografários
 Não tem garantia real
o Garantia Subordinada
 Em caso de liquidação da sociedade emissora, os debenturistas terão privilégio para reembolso do capital 
aplicado somente em relação aos acionistas.
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+ Forte
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Longo Prazo: Debêntures – Remuneração e Resgate
• REMUNERAÇÃO
o Juros (pagos periodicamente ou no momento do resgate), participação nos lucros e 
prêmios de reembolso.
o Taxa de juros prefixada;
o Taxa de juros flutuante, que pode ser repactuada;
o Taxa de juros real fixa acrescida de um índice de correção de preços da economia.
• RESGATE
o Resgate antecipado, realizado antes do vencimento, de forma parcial ou total.
o Resgate obrigatório, modalidade de resgate antecipado cujas datas, quantidades e 
outros procedimentos são estabelecidos na escritura de emissão.
o Resgate no vencimento
• Pode haver cláusula de conversibilidade (debênture conversível), e o 
debenturista pode receber no vencimento, ao invés do dinheiro, ações 
preferenciais da companhia
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Longo Prazo: Visão Geral do Processo de Emissão de Debênture
• BOVESPA FIX
o Sistema eletrônico lançado pela Bolsa de Valores, que tem por objetivo negociar, liquidar e custodiar títulos de 
dívida corporativa em Bolsa, com maior liquidez e transparência. Atualmente permite negociações de todos os 
títulos de renda fixa
Assembleia de 
Acionistas - AGE
Registro na CVM e 
na CETIP/SND
Coordenação da 
emissão Agente Fiduciário
Colocação das 
debêntures no 
mercado
AGE - Assembleia 
Geral Extraordinária
Escritura de Emissão
• Emissão privada: quando já há compradores do título
• Emissão mediante oferta pública: ofertadas ao público em geral
Representante dos 
Debenturistas
60
Decide sobre todas as 
condições de emissão, 
elaborando um documento 
denominado Escritura da 
Emissão. Essa escritura 
define o montante a ser 
lançado, remuneração, 
prazos, garantias, etc., 
devendo ser registrada em 
cartório
Toda emissão deve ser 
registrada na CVM, 
equivalendo a uma 
autorização de lançamento 
público. Por serem emitidas 
normalmente sobre forma 
escritural, as debêntures 
devem ser registradas na 
Cetip/SND – Sistema 
Nacional de Debêntures, 
em que são realizados os 
controles de transferência 
de titularidade e várias 
liquidações financeiras
No caso de uma oferta 
pública, é necessária a 
coordenação de uma 
instituição financeira, ou 
de um pool de instituições, 
como Bancos de 
Investimento e Corretoras
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Visão Geral do Processo de Emissão de Bonds e Debêntures (Debt)
Fonte: José Roberto Securato Junior
PreparaçãoPreparação Due 
Diligence
Due 
Diligence
Info 
Memo
Info 
Memo
Material 
Marketing
Material 
Marketing
Marketing 
& Distrib.
Marketing 
& Distrib. ClosingClosing
Semana 1 Semana 2 Semana 3 e 4 Semana 5 Semana 6 Semana 7 e 8
Preparação: Empresa se prepara internamente, implementa controles, faz auditoria, formaliza contratos, efetiva 
contratações
Preparação: Empresa se prepara internamente, implementa controles, faz auditoria, formaliza contratos, efetiva 
contratações
Due Diligence: auditoria da transação, envolve avaliação de processos, consistência de informaçõesDue Diligence: auditoria da transação, envolve avaliação de processos, consistência de informações
Info Memo: consolidação das informações necessárias e suficientes para o 
investidor tomar uma decisão de investimentoInfo Memo: consolidação das informações necessárias e suficientes para o 
investidor tomar uma decisão de investimento
Material Marketing: Elaboração de todo material de 
promoção da transação
Material Marketing: Elaboração de todo material de 
promoção da transação
Marketing e Distribuição: Roadshows e 
negociação com investidores
Marketing e Distribuição: Roadshows e 
negociação com investidores
Closing: Preço e 
Anúncio
Closing: Preço e 
Anúncio
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
Longo Prazo: Visão Geral do Processo de Emissão de Debênture (mais detalhes)
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A Escritura da Emissão de Debêntures
• Acordo por escrito entre a empresa (o tomador) e seus credores
• Às vezes, ela é denominada contrato de emissão da dívida (deed of trust)
• Em geral, um agente fiduciário (possivelmente um banco) é indicado pela empresa para 
representar os credores
• Esse agente deve (1) garantir que as condições do contrato sejam obedecidas, (2) gerenciar o 
fundo de amortização (descrito mais adiante) e (3) representar os credores em caso de 
inadimplência por parte da empresa
• A escritura de emissão de dívida é um documento legal, que pode ter centenas de páginas, 
tornando a leitura bastante tediosa. Entretanto, é um documento importante, porque inclui 
as seguintes disposições
o Os termos básicos dos títulos da dívida
o Uma descrição dos ativos oferecidos como garantia
o Preferências
o As condições para o pagamento
o As cláusulas da opção de resgate antecipado
o Os detalhes das cláusulas restritivas
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Agente Fiduciário das Debêntures
• Fidúcia = confiança
• Obrigatório quando objeto de oferta pública
• Será o representante dos debenturistas, garantindo eficiência no processo
• Cabe ao agente fiduciário:
o Proteger os direitos e interesses dos debenturistas
o Notificar os debenturistas no prazo máximo de 60 dias de qualquer inadimplemento
o Cobrar o emissor
o Executar as garantias reais quando necessário
o Requerer falência da companhia emissora, se não existirem garantias reais
o Pode executar despesas em nome dos debenturistas em suas atividades, podendo ser 
reembolsado
• Pode ser uma instituição financeira ou uma pessoa física naturais (incomum)
o Mais comum é que seja uma corretora de valores
o Autorizado pelo Banco Central e fiscalizado pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários
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Debêntures com Opção de Resgate Antecipado
• Uma cláusula de opção de resgate antecipado permite que, durante um determinado período, a empresa tenha 
a opção de recomprar ou “resgatar” parte ou toda a emissão de títulos de dívida pagando um preço estabelecido
• É comum que o preço de resgate antecipado esteja acima do valor de face do título
• A diferença entre o preço de resgate antecipado e o valor de face é o prêmio da opção (prêmio pago pelo 
emissor ao detentor do título)
o Esse valor pode se tornar menor com o passar do tempo
• Um esquema comum é definir o prêmio da opção igual ao pagamento do cupom anual e, então, reduzi-lo até 
zero à medida que a data de resgate fique mais próxima do prazo de vencimento
• Pode haver um período de carência (vesting), no qual a empresa está proibida de recomprar sua dívida
o Durante esse período de proibição, diz-se que o título está protegido contra a opção de resgate antecipado (call protected)
• Nos últimos anos, um novo tipo de cláusula de resgate antecipado, chamada make whole, difundiu-se no 
mercado de títulos de dívida nos Estados Unidos
o Com esse recurso, caso haja resgate, os credores recebem aproximadamente o principal e o valor presente dos cupons 
restantes, segundo fórmula na escritura de emissão. Os credores não sofrem prejuízo em caso de exercício da opção de 
resgate antecipado com essa cláusula
o Para determinar o preço da opção make whole, é preciso calcular o valor presente dos pagamentos de juros e principal 
restantes, a uma taxa especificada no contrato de emissão
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Debênture/Mútuo Conversível
• Contrato de empréstimo conversível em ações/cotas dependendo de alguns gatilhos (trigers)
o Ou paga-se o valor mutuado ou essa dívida pode ser paga com a participação (prerrogativa do investidor sobre a conversão)
• Modelo simples, flexível e rápido (envolve um contrato de mútuo, á princípio não se altera o quadro societário – cap. table)
• Muito comum em investimento anjo (seed money) – liberdade quanto tratativas dos termos
• Existe IOF somente se o investidor for PJ
• O mútuo conversível traz maior segurança para o investidor, principalmente nas questões do risco do negócio, riscos trabalhistas e 
tributários, limitando possíveis perdas com o insucesso do empreendimento (o investidor à princípio é credor)
• Geralmente rende juros até a possível conversão
• Trigers comuns
o Prazo/vesting: depois de um determinado tempo (2 anos mais comum, prorrogável ou não) pode-se exercer a conversão
o Eventos de liquidez: rounds/rodadas de investimento
• Componentes
o Valor da operação, forma de pagamento e capitalização (se haverá ou não pagamento de juros)
o Prazo/vesting
o Obrigações das partes envolvidas antes e depois da conversão (deve ser ratificado no acordo de acionistas)
o Previsão de valuation e/ou forma de cálculo do valuation
o Previsão de participação quando da conversão
o Direito de preferência na liquidez
o Cláusulas/condições de vencimento antecipado da dívida – se a empresa não cumprir alguns pré-requisitos, o investidor pode 
requerer o vencimento antecipado da dívida (ex: fundadores full time na empresa, non-compete/assédio, etc.)
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Bastante comum na conversão 
transformar a empresa LTDA. 
em S.A. por fins tributários 
antes da conversão – evitar a 
incidência do ágio neste 
formato de investimento
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LC – Letra de Câmbio
• Principal funding das Financeiras: Sociedade de Crédito, 
Financiamento e Investimento
o Equivalente a um CDB para este tipo de instituição financeira
• Títulos nominativos, com renda fixa e prazo de vencimento
• Emitidas (sacadas) pelos financiados dos contratos de crédito, 
sendo aceitas pelas instituições financeiras participantes da 
operação e então vendidas a investidores
• Taxa pode ser pré ou pós-fixada com rentabilidade diária
• Tributação
o Tabela regressiva do Imposto de Renda
o Tabela regressiva do IOF
• Cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Crédito
6767
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LF – Letra Financeira
• Títulos de renda fixa de longo prazo criada em 2010
o Similar a um CDB mas de LONGO PRAZO
• Objetivo: alongar o perfil de captação dos bancos, oferecendo maior possibilidade de 
ampliação do crédito na economia
• Contribuem para reduzir o descasamento de prazos entre ativos e passivos dos bancos
• Emitidas por bancos comerciais, bancos múltiplos bancos de investimentos, Financeiras 
(SCFI), caixas econômicas e sociedades imobiliárias
• Prazo mínimo de dois anos, não havendo resgate antecipado
• Remuneração: taxa de juros prefixada, que pode ou não ser combinada com taxas flutuantes 
e índices de preços (CDI por exemplo)
o O Banco Central permite o pagamento de juros a cada 6 meses, mas o emissor do título podeou não 
adotar esta forma de remuneração
• Tributação: 15% de Imposto de Renda
• Investimento mínimo de R$ 150 mil e R$ 300 mil para subordinada
• Não possui cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Crédito
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LH – Letra Hipotecária
• Títulos emitidos por instituições financeiras que atuam com crédito imobiliário
• SCIs – Sociedades de Crédito Imobiliário e Bancos Múltiplos com carteiras de crédito 
imobiliária podem emitir LHs
• Complementar à caderneta de poupança
o A caderneta de poupança é o funding principal do crédito imobiliário, somente quando o volume captado 
por esse instrumento financeiro for inferior ao total do financiamento concedido é que se permite a 
emissão de Letras Hipotecárias
• Recursos obtidos pela sua colocação devem lastrear financiamentos já concedidos –
hipotecas
• Prazo não pode ser superior ao prazo dos créditos hipotecários que servem como garantia
• Remuneração superior à poupança: TR + Taxa de juros
• Taxa de juros pré ou pós-fixada
• Prazo mínimo de 180 dias
• Isenta de imposto de renda
• Possui cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Crédito
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Mercado Financeiro – Prof. Dr. José Marcos Carrera Junior
LCI – Letra de Crédito Imobiliário
• Títulos emitidos por instituições componentes do SBPE – Sistema Brasileiro de 
Poupança e Empréstimo, como Bancos Múltiplos com carteira de crédito imobiliário, 
SCIs – Sociedades de Crédito Imobiliários e Caixa Econômica Federal
• Recursos captados destinados ao financiamento de imóveis para construtores e 
adquirentes
• Pode ser garantida pelo Governo Federal, quando emitida pela CEF, ou ter 
preferência sobre os bens do ativo da sociedade emissora
• Nominativo, pode ser transferível
• Lastreado com crédito imobiliários com garantias fiduciárias (em última hipótese o 
imóvel garante a LCI)
• A LH – Letra Hipotecária, diferentemente da Imobiliária, tem como garantia o 
lastro imobiliário hipotecário
• Rentabilidade pode ser pré ou pós-fixada. Geralmente a rentabilidade está atrelada 
a um % do CDI
• Isenta de imposto de renda para pessoa física
• Possui cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Crédito
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LCA – Letra de Crédito do Agronegócio
• Similar a LCI, porém voltado para o financiamento do agronegócio 
com lastro em diretos creditórios de operações de empréstimos e 
financiamentos direcionados ao setor agropecuário
• Título emitido por uma instituição financeira, utilizado para captar 
recursos para participantes da cadeia do agronegócio (lei nº 
11.076/2004)
• O risco primário é da instituição financeira e na inadimplência do 
banco, o lastro (garantia real, como soja e outras mercadorias ou 
papéis que as representam) está penhorado por lei ao investidor final 
que pode requisitar sua propriedade ao juiz quando o banco não 
pagar o ativo os direitos creditórios vinculados a produtores rurais
• Rentabilidade pode ser pré ou pós-fixada. Geralmente a rentabilidade 
está atrelada a um % do CDI
• Isenta de imposto de renda para pessoa física
• Possui cobertura do FGC – Fundo Garantidor de Crédito
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FGC – Fundo Garantidor de Crédito
• Associação civil de direito privado, sem fins lucrativos, composta pelas instituições financeiras e associações de 
poupança e empréstimos participantes do Sistema Financeiro Nacional.
• Objetivo: oferecer maior garantia aos agentes de mercado com recursos depositados/aplicados nas instituições 
citadas na eventualidade de sofrerem intervenção, ser decretada a liquidação extrajudicial ou sua falência.
• Origem dos recursos: contribuições mensais das instituições participantes, calculada como um percentual sobre 
o montante dos saldos das contas enquadradas na garantia.
• O Fundo garante: caderneta de poupança, depósitos a vista, depósitos a prazo, contas de popança, CDBs, RDBs, 
LCs - Letras de Câmbio, LCIs - Letras Imobiliária, LCAs – Letras de Crédito Agrícolas, e LHs – Letras Hipotecárias, 
entre outros.
• O Fundo NÃO garante: aplicações em fundos de investimento, debêntures, LFs – Letras Financeiras, recursos 
captados no exterior, depósitos judiciais, entre outros.
• Garantia de até R$ 250 mil por CPF por instituição ou instituições associadas ao mesmo conglomerado 
financeiro, com o teto de R$ 1 milhão no total no período de 4 anos desde a 1ª intervenção
o Um casal com o mesmo CPF terá direito a apenas uma indenização
• Principal e rendimentos estão garantidos até a intervenção – de 3 a 6 meses para devolução em média a partir 
da intervenção
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jose.carrera@unifesp.br
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