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Roberta Bueno Thiago Macedo Ciencias ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS 6 6 EN S IN O FU N D A M EN TA L • A N O S FIN A IS CO M P O N EN TE CU R R ICU LA R : CIÊN CIA S MANUAL DO PROFESSOR D2-PNLD24-2109-CAPA-Conquista-CIE-MP.indd 13 8/9/22 1:52 AM 1a edição São Paulo • 2022 ROBERTA APARECIDA BUENO HIRANAKA (Roberta Bueno) Especialista em Jornalismo Científico pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP). Mestra em Ensino de Ciências e Matemática pela Unicamp-SP. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar-SP). Autora e editora de livros didáticos de Ciências. THIAGO MACEDO DE ABREU HORTENCIO (Thiago Macedo) Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Autor e editor de livros didáticos de Ciências. Ciencias 6 COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS MANUAL DO PROFESSOR D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 1D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 1 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. Rua Rui Barbosa, 156 – Bela Vista – São Paulo – SP CEP 01326-010 – Tel. 0800 772 2300 Caixa Postal 65149 – CEP da Caixa Postal 01390-970 www.ftd.com.br central.relacionamento@ftd.com.br Copyright © Roberta Aparecida Bueno Hiranaka, Thiago Macedo de Abreu Hortencio, 2022. Direção-geral Ricardo Tavares de Oliveira Direção de Conteúdo e Negócios Cayube Galas Direção editorial adjunta Luiz Tonolli Gerência editorial Roberto Henrique Lopes da Silva Edição João Paulo Bortoluci (coord.) Flávia Milão Silva, Paula Signorini, Rafael Braga de Almeida, Vitor Hugo Rodrigues Preparação e Revisão Maria Clara Paes (coord.) Mariana Padoan, Kátia Cardoso, Giovanna Liberal Gerência de produção e arte Ricardo Borges Design Andréa Dellamagna (coord.), Sergio Cândido Projeto de capa Andréa Dellamagna Imagem de capa Min C. Chiu/Shutterstock.com Arte e Produção Isabel Cristina Corandin Marques (coord.) Debora Joia, Eduardo Augusto Ascencio Benetorio, Gabriel Basaglia, Kleber Bellomo Cavalcante, Rodrigo Bastos Marchini Diagramação Wym Design Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambilla, Mylena Santos Pereira Iconografia Luciana Ribas Vieira, Emerson de Lima (trat. imagens) Ilustrações Alex Argozino, Alex Silva, Allmaps, Bentinho, Cris Alencar, Dacosta Mapas, Daniel Bogni, Eber Evangelista, Eduardo Borges, Estúdio Ampla Arena, Fabio Eugenio, Filipe Rocha, Inge Asbash, Leo Teixeira, Luis Moura, Lápis 13b, Marco Cortez, Marcos Guilherme, Oracicart, Osni de Oliveira, Paulo César Pereira, Renan Leema, Rodrigo Figueiredo/Yancom, Selma Caparroz, Sonia Vaz, Wandson Rocha Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Hiranaka, Roberta Aparecida Bueno A conquista ciências : 6º ano : ensino fundamental : anos finais / Roberta Aparecida Bueno Hiranaka, Thiago Macedo de Abreu Hortencio. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022. Componente curricular: Ciências. ISBN 978-85-96-03453-1 (aluno) ISBN 978-85-96-03454-8 (professor) 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Hortencio, Thiago Macedo de Abreu. II. Título. 22-114541 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35 Cibele Maria Dias – Bibliotecária – CRB-8/9427 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 2D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 2 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 Um material para o estudante e para o professor de hoje Para produzir esta coleção, uma de nossas premissas foi que ela pudesse servir de instrumento de aprendizagem para o estudante de hoje. Mas quem é esse estudante, afinal? Entendemos que há uma enorme pluralidade de realidades, histórias, possibilidades e interesses – cada estudante é único e não é possível pensar em um tipo “padrão”. No entanto, podemos buscar algumas características comuns aos estudantes de hoje, e é inegável que a vida deles esteja profundamente impactada pela onipresença das tecnologias digitais e pela facilidade do acesso à informação, ainda que consideremos as desigualdades do nosso país. Com que facilidade as informações chegam ao estudante hoje? Que tipo de conteúdo é produzido e consumido pelos estudantes? Nesse contexto e para esse público, como deve ser o material didático adequado? Refletir sobre essas questões foi a nossa primeira tarefa, principalmente por considerarmos que o livro impresso não compete com o material disponível no mundo digital; são materiais de naturezas distintas. Sem desconsiderar os perigos oriundos do mau uso das ferramentas digitais, vemos com bons olhos a gigantesca gama de possibilidades que foi aberta na era da informação. Enxergamos muito potencial nas possibilidades de descobertas que estão ao alcance de um número cada vez maior de pessoas. Nós nos empolgamos ao saber que podemos não apenas consumir, mas produzir conteúdo de qualidade que pode ser lido, visto e ouvido por pessoas no mundo todo. Somos otimistas e talvez você, professor, compartilhe desse sentimento conosco. Não obstante, sabemos que questionar, ter senso crítico, analisar e apurar a veracidade das infor- mações não são habilidades inatas; elas devem ser ensinadas e praticadas, pois vêm se tornando, a cada dia, mais indispensáveis para o pleno exercício da cidadania. Considerando a escola como uma instituição que prepara as pessoas para o mundo, temos de entender que também é papel dela mostrar como fazer bom uso das ferramentas digitais. Este material se propõe a ajudar o professor na tarefa de desenvolver essas habilidades nos estudantes, fornecendo atividades voltadas especifi- camente para esse fim. Uma característica da faixa etária em que estão os estudantes do Ensino Fundamental – Anos Finais é o forte impulso de fazer, de criar e de produzir – isto é, uma vontade de atuar sobre a realidade. Essas ações são aprendizado em movimento, e este livro pode fornecer bons estímulos para elas. Com esse intuito, propomos a aplicação de metodologias ativas, com atividades que orientam a turma a debater questões relevantes para a sociedade, produzir modelos para investigar fenômenos, realizar experimentos para testar hipóteses, verificar a veracidade de informações, criar campanhas de divulgação de conhecimento, entre outras. Para dar suporte à realização dessas atividades, procuramos selecionar com cuidado os conteúdos teóricos abordados, priorizando a relevância de cada tópico para seu respectivo ramo da Ciência, a contextualização do conteúdo com a realidade cotidiana e, evidentemente, a correção conceitual. Partimos do pressuposto que transformar os estudantes em repositório de dados deixou de ser objetivo educacional há muito tempo. O que queremos é educar pessoas para que saibam atuar perante o enorme volume de informações disponível e que sejam capazes de utilizá-lo da melhor maneira possível, tornando-se agentes de transformação. Um fraterno abraço e bom trabalho! APRESENTAÇÃO D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 3D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 3 01/09/22 11:2701/09/22 11:27 A organização da coleção ................................................................................ VI Livro do estudante ...............................................................................................VI Conheça o Manual do professor .............................................................. VIII Páginas de abertura da Unidade .............................................................VIIIPáginas de desenvolvimento do conteúdo .........................................IX Que ensino de Ciências buscamos? .......................................................... X Fundamentação teórico-metodológica: a alfabetização científica ................................................................................. XII Competências socioemocionais: saúde mental ............................XIV Cultura de paz e combate ao bullying ................................................ XVI BNCC: trabalho com competências e habilidades .....................XIX Competências gerais ........................................................................................ XIX Competências específicas de Ciências da Natureza ................... XXI Habilidades.............................................................................................................XXV Temas Contemporâneos Transversais ..................................................XXX Metodologias ativas para promover a aprendizagem e a alfabetização científica ..................................XXXII 1. Uso de tecnologias digitais ............................................................... XXXIV 2. Atividades práticas: experimentos*, demonstrações e construção de modelos .......................................................................... XXXV 3. Pesquisas ........................................................................................................ XXXVI 4. Competências comunicativas: leitura, escrita e oralidade ..................................................................... XXXVII SUMÁRIO D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 4D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 4 01/09/22 15:5301/09/22 15:53 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... LXIII ORIENTAÇÕES ESPECÍFICAS DO VOLUME 6 Unidade 1 • Formatos e movimentos da Terra ..............................12 Unidade 2 • Estrutura da Terra ................................................................ 38 Unidade 3 • Rochas e solo ........................................................................... 62 Unidade 4 • Das células ao organismo ............................................... 86 Unidade 5 • Os sentidos .............................................................................. 112 Unidade 6 • Os sistemas nervoso e locomotor ...........................136 Unidade 7 • A matéria e suas transformações ............................162 Unidade 8 • Misturas .....................................................................................186 5. Entrevistas ..................................................................................................... XXXIX 6. Visitas a espaços culturais .........................................................................XL 7. Projetos e feiras de Ciências ...................................................................XLI 8. Sala de aula invertida ................................................................................ XLII 9. Pensamento computacional ................................................................. XLIII Avaliação..................................................................................................................... XLV Gestão do tempo e possibilidades da coleção ..........................XLVII A organização dos conteúdos na coleção ...................................... XLVII Os quatro volumes da coleção .........................................................XLVIII A BNCC na coleção ............................................................................ XLIX Sugestão de evolução sequencial de conteúdos para o livro do 6o ano .................................................... LIV Itens para avaliação .............................................................................................LVI Gabarito .................................................................................................................... LXII D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 5D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-MPG-001-005-G24.indd 5 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 A ORGANIZAÇÃO DA COLEÇÃO Livro do estudante Em cada volume da coleção, o material dos estudantes está organizado em oito Unidades, cada uma com uma Questão central. Essa é uma pergunta abrangente que convida os estudantes a interpretá-la e respondê-la livremente e que pode ser retomada ao longo da Unidade, especialmente nos momentos em que o tópico em estudo se relacionar diretamente à questão. Os quadros Notificação podem auxiliar nessas retomadas, já que eles trazem uma síntese dos assuntos de cada tópico. É possível perceber, em cada Unidade, duas partes distintas. Na primeira, está disposta a apresentação dos conteú- dos, acompanhada por questões que incentivam a sistematização e a compreensão deles. Na segunda parte de cada Unidade, reunidas em uma grande seção denominada Mergulho no tema, são oferecidas atividades mais sofisticadas, que ampliarão e aprofundarão os assuntos estudados. São atividades que podem ser selecionadas, simplificadas ou estendidas de acordo com o planejamento do professor e as orientações deste Manual, direcionadas para o trabalho com cada uma das atividades. A divisão em duas partes favorece a aplicação de uma metodologia ativa, utilizando, por exemplo, a técnica da sala de aula invertida, que será explicada mais adiante neste Manual. A primeira parte pode ser feita pelos estudantes em casa, e o tempo de sala de aula pode ser utilizado para os questionamentos dos estudantes e para a execução das atividades da segunda parte. Caso a técnica não seja utilizada, o material pode ser apresentado na ordem tradicional. A coleção conta com seções elaboradas com objetivos específicos, que visam colaborar com os diversos aspectos do ensino de Ciências, focando a alfabetização científica. Abertura da Unidade Cada Unidade começa com uma imagem acompanhada de questões que orientam sua leitura e visam trazer à tona os conhecimentos prévios dos estudantes sobre o assunto que será desenvolvido. Na abertura da Unidade, procuramos propor questões abrangentes e que despertem a curiosidade dos estudantes. O Parque Nacional Serra da Capivara, no Piauí, é a área de maior concentração de sítios pré-históricos do continente americano e Patrimônio Cultural da Humanidade. A Pedra Furada é uma das atrações mais conhecidas do parque. A Pedra Furada fica no município de São Raimundo Nonato (PI), 2019. UNIDADE ROCHAS E SOLO Como se formam as rochas e o solo? Anote suas ideias no caderno. Elas serão recuperadas ao final da Unidade. Ver orientações no Manual do professor. QUESTÃO CENTRAL 3 PH OT O S DA N N Y/ IS TO CK PH OT O /G ET TY IM AG ES 62 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U3-062-085-LA-G24.indd 62D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U3-062-085-LA-G24.indd 62 20/08/2022 23:5020/08/2022 23:50 63 PH OT O S DA N N Y/ IS TO CK PH OT O /G ET TY IM AG ES 1. De que você acha que esse monumento natural é formado? Como ele foi formado? 2. Por que você acha que essa rocha tem esse formato? 3. Todas as rochas são iguais? De onde elas vêm? 4. Rochas e solo têm alguma relação entre si? Resposta pessoal. Trata-se de uma formação de rochas sedimentares. PARA INÍCIO DE CONVERSA NÃO ESCREVA NO LIVRO. 2. Resposta pessoal. As rochas passaram por diversos processos de intemperismo ao longo de milhões de anos. 3. Resposta pessoal. Não, há diferentes tipos de rochas. Elas são formadas a partir da composição de diferentes minerais. 4. Resposta pessoal. O solo se forma por processos de intemperismo sobre rochas expostas. 63 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U3-062-085-LA-G24.indd 63D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U3-062-085-LA-G24.indd 63 20/08/2022 23:5020/08/2022 23:50 VI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 6D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 6 04/09/22 23:1304/09/22 23:13 Questão central Na Abertura de Unidade, há umapergunta abrangente que vai orientar os estudos e ressaltar a pertinência dos temas e dos conceitos apresentados. Notificação Quadro que traz uma síntese dos assuntos abordados em cada tópico. Saiba também Quadro que traz curiosidades e informações complementares que ampliam o tema em estudo. Atividades Os conteúdos são apresentados em blocos, sempre acompanhados de atividades de sistematização e aplicação, de modo que os estudantes possam trabalhar com autonomia. Procuramos intercalar os blocos de texto e atividade evitando grandes extensões ininterruptas de texto. Com isso, pretendemos proporcionar um ritmo didático equilibrado. Palavra-chave Palavras ou termos importantes para as Ciências são explicados nos boxes Palavra-chave, procurando trazer para os estudantes mais intimidade com o raciocínio científico. Assim se faz Ciência Compreender aspectos característicos e importantes da Ciência como atividade humana é o objetivo da seção Assim se faz Ciência. Os estudantes poderão aprender e refletir sobre métodos científicos, investimento em pesquisa, ética na Ciência e outros temas relevantes. Vamos verificar Na seção Vamos verificar, os estudantes são convidados a checar afirmações difundidas pelo senso comum e que, em muitos casos, não encontram respaldo científico – desde mitos relativamente antigos até boatos que emergiram das redes sociais. Na era da informação, a capacidade de desconfiar e de saber verificar informações é fundamental. Mergulho no tema As atividades mais sofisticadas e que demandam mais tempo de execução foram reservadas para a segunda parte da Unidade, na seção Mergulho no tema, permitindo ao professor planejar a dinâmica da sala de aula com flexibilidade. As propostas são bastante diversificadas e procuram se beneficiar das oportunidades que cada tema favorece: alguns assuntos possibilitam um trabalho experimental rico, enquanto outros se beneficiam melhor da pesquisa e do debate, por exemplo. Todas as atividades são acompanhadas de orientações de encaminhamento, sugestões de respostas e ampliações possíveis, no Manual do professor. Mais A seção Mais traz indicações para os estudantes de recursos em diferentes mídias que ampliam ou aprofundam o tema da Unidade. Há também orientações de como utilizá-las no Manual do professor. Ponto de checagem A seção Ponto de checagem traz atividades que permitem que os estudantes avaliem o que aprenderam, verificando seu domínio sobre os principais conceitos apresentados. Fim de papo Como fechamento da Unidade, a seção Fim de papo sintetiza as principais ideias da Unidade, explorando recursos gráficos que incentivam os estudantes a se deterem sobre a leitura da imagem. Em seguida, retoma a Questão central, de modo que eles possam elaborar um resumo dos temas estudados. A depender do perfil de aprendizagem de cada estudante, diversos recursos podem ser usados nessa tarefa, como a leitura dos quadros Notificação, a análise do resumo visual apresentado na seção Fim de papo, a retomada dos títulos e dos subtítulos, a leitura transversal das imagens, entre outros. Esse trabalho pode ser feito individualmente, em duplas ou em grupos. VII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 7D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 7 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 INTRODUÇÃO Todos os seres vivos precisam perceber o ambiente, seja ele interno ou externo, por uma questão de sobrevivência e per- petuação da espécie. Essa é uma das características que distingue os seres vivos dos seres inanimados: a capacidade de perceber e reagir a estímulos do ambiente. Nesse primeiro momento, o foco será na percepção do ambiente. Na próxima unidade, serão estudadas as formas de reação do organismo. A Unidade foi estruturada com foco na percepção dos seres humanos. Aborda-se a captação dos estímulos, descrevendo alguns sentidos humanos e respectivos órgãos dos sentidos, enfatizando a importância da visão na interação do organismo com o ambiente e apresentando alguns de seus defeitos, o que colabora com o desenvolvimento da habilidade EF06CI08. A Unidade permite conversar sobre inclusão, abor- dando as deficiências visuais e auditivas. OBJETIVOS • Reconhecer a importância dos sentidos, com ênfase no pa- pel da visão na interação com o ambiente. • Conhecer alguns problemas da visão e selecionar lentes ade- quadas para a correção deles. • Conhecer os sentidos olfa- to, gustação, audição, tato e equilíbrio e o seu papel na in- teração com o ambiente. • Refletir sobre as deficiências de visão e audição. JUSTIFICATIVAS DOS OBJETIVOS Os sentidos permitem a percepção do ambiente e a visão têm papel importante nesse processo. Por meio dos olhos, captamos imagens, cores e formas, além de nos situarmos espacialmente. Contudo, os olhos podem apresentar certos defeitos e aprender sobre o funcionamento desses órgãos e as dificuldades da visão nos ajuda a cuidar da nossa saúde. Conhecer os sentidos também permite a discussão sobre inclusão social e a importância do respeito pelas diferenças individuais. Nesse sentido, abordamos o sistema Braille, falando da importância do tato para os deficientes visuais, e os avanços tecnológicos nos aparelhos auditivos, falando sobre dificuldades na audição. BNCC Competências: Gerais: 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9 e 10 Ciências da Natureza: 3, 6, 7 e 8 Habilidade: EF06CI08 Tema Contemporâneo Transversal: Ciência e tecnologia Relatividade, de Maurits Cornelis Escher. 1953. Litografia, 29,7 cm x 28,8 cm. Estados Unidos. UNIDADE OS SENTIDOS Como percebemos o ambiente? Anote suas ideias no caderno. Elas serão recuperadas ao final da Unidade. Ver orientações no Manual do professor. QUESTÃO CENTRAL 5 M .C . E SC H ER 'S “ RE LA TI VI TY ” © 2 02 2 TH E M .C . E SC H ER C O M PA N Y- TH E N ET H ER LA N D S. A LL R IG H TS R ES ER VE D. W W W .M CE SC H ER .C O M 1. Espera-se que os estudantes percebam que o lugar, as pessoas e os objetos foram representados em diferentes planos. Tudo depende do plano considerado, por isso o nome Relatividade. 112 D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-LA-G24.indd 112D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-LA-G24.indd 112 29/08/2022 12:0529/08/2022 12:05 112 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-MP-G24.indd 112D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-MP-G24.indd 112 02/09/22 17:4802/09/22 17:48 Questão central A Questão central é uma pergunta abrangente que convida os estudantes a interpretá-la e respondê-la livremente. Avalie como eles utilizam seus conhecimentos prévios nesse momento. Essa pergunta pode ser retomada ao longo da Unidade, especialmente nos momentos em que o tópico estudado se relacionar diretamente à questão. Os quadros Notificação podem auxiliar nessas retomadas. Essa dinâmica possibilita concatenar outras questões ou comentários e, assim, mobilizar os saberes prévios dos estudantes. Com base neles, pode-se fazer uma breve avaliação diagnóstica que contribuirá para o planejamento das aulas subsequentes. Oriente os estudantes a escreverem, individualmente, sua resposta para a Questão central, deixando claro que ela será retomada ao final do estudo. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Abertura da Unidade A imagem da abertura é do artista holandês Maurits Cornelis Escher (1898-1972), chamada Relatividade, e mistura diferentes planos de gravitação. O que para um grupo é um teto, para outro é uma parede; o que parece ser uma porta para dois grupos, para outro é um buraco no chão. Tudo é relativo e depende do plano de observação. Caso seja possível, programe uma visita a museus, galerias de arte ou exposições para que os estudantes conheçam e tenham contato com diversas formas de arte. Essa prática contribui para o desenvolvimento da competência geral 3. Para início de conversa 2. Embora o artista tenha repre- sentado escadas, pessoas e objetos que podem ser reais, ele não considerou as leis da gravidade, embaralhando ossentidos do observador, que se depara com uma situação inusitada, considerando o primeiro plano de observação. 3. É esperado que os estudantes mencionem os olhos, que permi- tiram captar as imagens. Talvez em um primeiro momento eles não mencionem o sistema nervoso. É ele que permite a interpretação das imagens e, assim, a compreensão do que está sendo visto. 4. Resposta pessoal. Incentive a troca de ideias e de experiên- cias entre os estudantes. 113 1. O que chamou sua atenção nesta obra de arte? Por que você acha que ela se chama Relatividade? 2. Você acha que existe um lugar parecido com o retratado na imagem? O que pode existir de fato e o que é irreal? 3. Quais partes do seu corpo permitiram que você observasse e entendesse esta obra de arte? 4. Seus olhos já te enganaram? Alguma vez você já pensou ter visto uma coisa que, na realidade, era outra? Conte como foi e ouça os colegas. Ver orientações no Manual do professor. Ver orientações no Manual do professor. Ver orientações no Manual do professor. PARA INÍCIO DE CONVERSA NÃO ESCREVA NO LIVRO. M .C . E SC HE R' S “R EL AT IV IT Y” © 2 02 2 TH E M .C . E SC HE R CO M PA N Y- TH E N ET HE RL AN DS . A LL R IG HT S RE SE RV ED . W W W .M CE SC HE R. CO M D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-LA-G24.indd 113D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-LA-G24.indd 113 21/08/2022 15:0321/08/2022 15:03 113 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-MP-G24.indd 113D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-MP-G24.indd 113 04/09/22 20:5504/09/22 20:55 CONHEÇA O MANUAL DO PROFESSOR O Manual do professor é composto da parte comum a todos os volumes da obra e pela parte específica, que apresenta o livro do estudante e comentários, orientações e respostas nas laterais e na parte inferior da página. Veja a seguir. Páginas de abertura da Unidade Na dupla de páginas que inicia a Unidade, são apresentados os objetivos e suas justificativas, a introdução, as habilidades e as competências da BNCC que são abordadas, bem como os Temas Contemporâneos Transversais (TCTs), quando trabalhados na Unidade. Introdução Esse texto faz uma apresentação do trabalho que é proposto ao longo da Unidade, explicando o enfoque que escolhemos e os pontos que julgamos merecer destaque. Objetivos Apresenta os principais objetivos pedagógicos da Unidade. Justificativas dos objetivos Esse texto apresenta a justificativa dos objetivos da Unidade, expondo a pertinência do estudo. BNCC Competências: Lista as competências gerais e específicas de Ciências da Natureza (representadas por códigos) que a Unidade auxilia a desenvolver. Habilidades: Lista as habilidades da BNCC (representadas por códigos) que os conteúdos e as atividades da Unidade auxiliam a desenvolver. Tema Contemporâneo Transversal: Informa os Temas Contemporâneos Transversais que contextualizam alguns assuntos desenvolvidos na Unidade. VIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 8D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 8 04/09/22 23:2604/09/22 23:26 Páginas de desenvolvimento do conteúdo Nas demais páginas, estão dispostas orientações pontuais, comentários relevantes para o professor abordar os temas, orientações e respostas das atividades e sugestões de atividades complementares. Indicações de materiais complementares que contribuam para a formação do professor também são apresentadas aqui. Veja a seguir. Orientações didáticas Orientações, recomendações e sugestões que visam auxiliar na organização, no planejamento e na apresentação das aulas. Traz também textos de aprofundamento e atualização sobre os assuntos abor- dados, com intuito de contribuir para a formação continuada do professor. Nas páginas de atividades, as orientações didáticas trazem encaminhamentos e as respostas das questões. Formação continuada Textos de publicações científicas, matérias ou livros que ampliam ou aprofundam a análise dos assuntos estudados, com o objetivo de contribuir para a sua formação continuada. +Atividade Atividades que complementam o trabalho com o assunto estudado, muitas vezes com caráter prático. Para o estudante e para o professor Sugestão de materiais externos (livros, artigos, sites, reportagens etc.) voltados aos estudantes e ao professor. Esses materiais ampliam ou aprofundam a análise dos assuntos estudados. Procuramos indicar, sempre que possível, recursos de fácil acesso. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Olfato e gustação Pergunte aos estudantes quais são os sabores que eles mais gostam e quais não gostam. Conduza a conversa de modo que eles reconheçam que há receptores para os gostos básicos, e a combinação deles, em associação com as partículas aromáticas captadas pelo epité- lio olfatório, é que resulta nos diversos sabores que sentimos nos diferentes alimentos. Vale comentar que o olfato é considerado o sentido mais intimamente relacionado com a emoção e formação das nossas memórias. Geralmente, os aromas que remetem à infância são os que mais ficam na memória, pois costumam remeter a lembranças positivas. Comente que, quando ficamos expostos a um odor forte, as células sensitivas ficam “cansa- das” e, depois de algum tempo, ocorre a adaptação sensorial e deixamos de perceber o odor. É por esse motivo que pessoas que costumam usar perfumes fortes tendem a usar cada vez mais a fragrância, pois já não conseguem perceber o cheiro. Sobre a gustação, é possível falar que diversas pesquisas científicas se dedicam a esse sentido. Dois grupos de cientistas – um de Cingapura e outro de Tóquio – desenvolveram um simulador digital capaz de transmitir o sabor de alimentos virtuais para a língua. Esse simulador pode, por exemplo, permitir que uma pessoa experimente um alimento que está sendo preparado em um programa de culinária ou em um jogo de videogame. O simulador também pode permitir que pacientes com diabetes saboreiem doces sem comê-los. PARA O PROFESSOR • Matéria: Por que olfato é o sentido mais importante para nossas emoções. Publicado por: BBC. Disponível em: https://www.bbc.com/ portuguese/geral-60393885. O texto aborda a importância do olfato, sentido que costuma ser negligenciado, mas que, com a pandemia de covid-19, teve sua importância re- conhecida, já que algumas pessoas acometidas pela doença deixaram de sentir odores. • Matéria: Cientistas criam simuladores de comida para realidade virtual. Publicado por: Superinteressante. Disponível em: https:// super.abril.com.br/tecnologia/cientistas-criam -simuladores-de-comida-para-realidade-virtual/. O texto aborda a invenção de um simulador que permite experimentar alimentos virtualmente. Acessos em: 1 ago. 2022. Epitélio olfatório Cavidade nasal SE LM A CA PA RR OZ Olfato e gustação O nariz é o órgão responsável pelo sentido do olfato. Na cavidade nasal há receptores que são estimulados por partículas odoríferas que estão no ar. Esses receptores ficam concentrados em uma região da cavidade nasal, chamada epitélio olfatório. As partículas aromáticas presentes no ar inspirado estimulam os receptores do epitélio olfatório; esses estímulos são interpretados pelo sistema nervoso e permitem distinguir os odores. A língua é o órgão responsável pelo sentido da gustação, também chamado paladar. Nela há as papilas gustatórias (ou linguais), nas quais se concentram as células sensitivas que captam estímulos das substâncias químicas dos alimentos e permitem distinguir os gostos. Para que as substâncias químicas sejam percebidas pelas papilas, elas devem estar dissolvidas na saliva. As substâncias químicas do alimento dissolvidas na saliva estimulam as células sensitivas das papilas gustatórias, que detectam os gostos básicos: doce, salgado, ácido, amargo e umami. Elaborado com base em: TORTORA, Gerard Joseph; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 299. Esquema da cavidade nasal em corte, mostrando o epitélio olfatório.IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. 120 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-LA-G24.indd 120D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-LA-G24.indd 120 21/08/2022 15:0321/08/2022 15:03 120 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-MP-G24.indd 120D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-MP-G24.indd 120 03/09/22 22:5203/09/22 22:52 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Atividades 1. Ao solicitar que os estudan- tes analisem, compreendam e expliquem fenômenos relativos ao mundo natural e busquem respostas com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza, a atividade permite o desenvolvimento da competência específica 3 de Ciências da Natureza. 2. A atividade requer que os estudantes usem tecnologias digitais de informação para produzir conhecimentos, contri- buindo para o desenvolvimento da competência geral 5 e da competência específica 6 de Ciências da Natureza. Se necessário, ajude os estudantes na pesquisa. 3. Ao propor que os estudan- tes exercitem a curiosidade e recorram à abordagem própria das ciências para investigar causas, a atividade contribui para o desenvolvimento da competência geral 2. ATIVIDADE Utilize essências alimentícias variadas, como menta, baunilha, morango etc., e peça a cada estudante que tape o nariz e respire somente pela boca. Usando um conta-gotas, pingue uma gota da essência alimentícia na língua de cada um e, em seguida, pergunte qual é o gosto, orientando-os a espalhar bem a essência na boca. Cuide para que os estudantes não vejam o rótulo do frasco da essência. Provavelmente, os estudantes não sentirão o sabor. Em seguida, peça que eles voltem a respirar pelo nariz. É esperado que eles percebam o sabor da essência assim que voltarem a respirar pelo nariz novamente. Solicite que, em grupos, elaborem uma explicação para o que foi observado, respondendo à questão: Qual é o papel do olfato e da gustação na percepção dos sabores? O nariz é o órgão responsável pelo sentido do olfato. A língua é o órgão responsável pelo sentido da gustação. Olfato e gustação são sentidos relacionados. NOTIFICAÇÃO Elaborado com base em: TORTORA, Gerard Joseph; GRABOWSKI, Sandra Reynolds. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. p. 301. Esquema da língua, mostrando também uma papila gustatória em corte e as células sensitivas. Embora em menor quantidade, também há papilas gustatórias no palato (céu da boca), na faringe e na laringe. IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. 1. Qual é a importância da saliva na captação do sabor dos alimentos sólidos? 2. Com um espelho, olhe o interior do seu nariz. É provável que você perceba que há pequenos pelos em suas narinas. Pesquise em livros ou na internet qual é a função desses pelos. Lembre-se de anotar a fonte das informações. 3. Sabendo que o olfato e a gustação são relacionados, e usando os conhecimentos sobre o funcionamento desses dois sentidos, explique por que, quando estamos resfriados ou gripados, não conseguimos perceber o sabor dos alimentos. 1. A saliva tem a função de dissolver as substâncias químicas dos alimentos, para que elas possam ser captadas pelos receptores das papilas gustatórias. 2. Espera-se que os estudantes descubram que os pelos no interior das narinas têm função de proteger o organismo. Eles, em conjunto com o muco, ajudam a barrar sujeiras e microrganismos presentes no ar inspirado, impedindo que esses corpos estranhos atinjam os pulmões. Isso acontece porque o excesso de muco na cavidade nasal dificulta o contato das partículas aromáticas dos alimentos com os receptores dessa região, impedindo-os de serem estimulados. Como o olfato está prejudicado, a percepção dos sabores dos alimentos também fica dificultada. Papilas gustatórias Papila gustatória Células sensitivas NÃO ESCREVA NO LIVRO. ATIVIDADES Você pode pensar que os alimentos que costuma ingerir não apresentam um gosto só. Os sabores são muito mais complexos. E você está certo. Os sabores dos alimentos são decorrentes da combinação desses cinco gostos básicos. Por isso conseguimos apreciar e diferenciar o sabor de um chocolate, de uma maçã, de um sanduíche. Além disso, os sentidos do olfato e da gustação estão relacionados. As partículas aro- máticas dos alimentos estimulam os receptores do olfato, cooperando para a percepção dos sabores. SE LM A CA PA RR O Z 121 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-LA-G24.indd 121D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-LA-G24.indd 121 21/08/2022 15:0321/08/2022 15:03 121 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-MP-G24.indd 121D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U5-112-135-MP-G24.indd 121 03/09/22 22:5003/09/22 22:50 IX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 9D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 9 04/09/22 23:2604/09/22 23:26 QUE ENSINO DE CIÊNCIAS BUSCAMOS? Todos os dias somos confrontados com problemas complexos exigindo decisões baseadas no conhecimento científico: problemas ambientais, éticos, como construir um desenvolvimento sustentável, transportes, poluição... Não se trata de sermos peritos em tudo! Federico Mayor (1998, p. 130) exprimiu bem esta ideia ao dizer que “não podemos conhecer tudo, mas é perverso dizer que o mundo era um lugar me- lhor para viver quando a ignorância era geral”. Ou seja, podemos e devemos ter uma cultura científica que nos permita participar em decisões racionais, compreender minimamente os processos mais complexos de decisões e o sentido do desenvol- vimento tecnocientífico. CACHAPUZ, António Francisco; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel (org.). O ensino das ciências como compromisso científico e social: os caminhos que percorremos. São Paulo: Cortez, 2012. p. 14. Buscamos um ensino que favoreça o pleno exercício da cidadania, da autonomia, do protagonismo e do desenvolvimento contínuo da capacidade de aprender e de se informar de maneira crítica. Buscamos um aprendizado para a formação do cidadão consciente, ativo, participante do seu tempo e alfabetizado cientificamente. Isso inclui não apenas o domínio de conhecimentos científicos mas também a prática de atitudes e valores que prestigiem a diversidade humana, de saberes, de culturas e de modos de vida, visando à construção de uma sociedade democrática e próspera. [...] Educação científica significa saber lidar com a impregnação científica da so- ciedade para aprimorar as oportunidades de desenvolvimento, tais como: a) aproveitar conhecimentos científicos que possam elevar a qualidade de vida, por exemplo, em saúde, alimentação, habitação, saneamento etc., tornando tais conhe- cimentos oportunidades fundamentais para estilos de vida mais dignos, confiáveis e compartilhados; b) aproveitar chances de formação mais densa em áreas científicas e tecnológicas, como ofertas de ensino médio técnico, frequência a cursos de universidades téc- nicas, participação crescente em propostas de formação permanente técnica, em especial virtuais; c) universalizar o acesso a tais conhecimentos, para que todos os alunos possam ter sua chance, mesmo aqueles que não se sintam tão vocacionados – é propósito decisivo elevar na população o interesse por ciência e tecnologia, em especial insistir na importância do estudo e da pesquisa; Representação de professora realizando uma atividade prática em sala de aula. BE NT IN HO X D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 10D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 10 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 d) tomar a sério a inclusão digital, cada vez mais o centro da inclusão social (De- mo 2005), evitando reduzi-la a meros eventos e opções esporádicas e focando-a no próprio processo de aprendizagem dos estudantes e professores; ainda que o acesso a computador e internet não tenha os efeitos necessários/automáticos, pode significar oportunidade fundamental para “impregnar” a vida das pessoas de procedimentos científicos e tecnológicos; e) trabalhar com afinco a questão ambiental, precisamente por conta de seucontex- to ambíguo: de um lado, a degradação ambiental tem como uma de suas origens o mau uso das tecnologias (por exemplo, o abuso dos agrotóxicos); de outro, o bom uso de ciência e tecnologia poderia ser iniciativa importante para termos a natu- reza como parceira imprescindível e decisiva da qualidade de vida. [...] DEMO, Pedro. Educação e alfabetização científica. São Paulo: Papirus, 2014. p. 74-75. Os conhecimentos da Ciência devem ser incorporados à vida de cada cidadão de modo que possam ser efetiva- mente aplicados nas mais diversas situações e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos indivíduos e da sociedade como um todo. É preciso trabalhar a favor da socialização da linguagem, das técnicas e dos produtos da Ciência, capacitando os estudantes a lidar com questões como: que tipo de alimento escolher? Por que comprar este e não aquele eletrodoméstico? Por que é necessário tomar vacinas? Como prevenir um surto de dengue que pode atingir a comunidade ou o bairro em que moro? Que parte da conservação ambiental cabe a mim e que parte cabe aos governantes? Devo cobrar providências da prefeitura pela iluminação pública? Quem devo cobrar para contestar o aumento na tarifa de energia elétrica? O que acontece se o lixo não for recolhido das ruas e o que é feito com ele após ser recolhido? Como posso ter água potável se não há estações de tratamento de água que façam a distribuição no local onde moro? Apropriar-se dos conhecimentos científicos é fundamental para a prática da cidadania, pois amplia a capacidade de compreensão e transformação da realidade. A Ciência deve, portanto, ser abordada de maneira contextualizada com a realidade dos estudantes. Acreditamos que os conhecimentos científicos devam ser incorporados à vida de cada cidadão de modo que possam ser efetivamente aplicados nas mais diversas situações. Entender a Ciência como “uma linguagem construída pelos homens e pelas mulheres para explicar o nosso mundo natural” (CHASSOT, 2006, p. 91) facilita a compreensão das dinâmicas da natureza e permite buscar uma melhor qualidade de vida para todos. [...] Um cidadão que não compreenda o modo de produzir ciência na moder- nidade será certamente uma pessoa com sérios problemas de ajuste no mundo. Terá dificuldades de compreender o noticiário da televisão, entender as razões das recomendações médicas mudarem com o tempo, os interesses da indústria da pro- paganda ao utilizar argumentos científicos etc. Ao lidar com as tecnologias, é preciso um olhar crítico, evitando ao mesmo tempo o preconceito contra a inovação e a acei- tação passiva e até mesmo a entronização de novidades tecnológicas, estejam elas baseadas em conhecimentos falsos ou mesmo verdadeiros. Um país com a maioria de seus cidadãos sem essa compreensão não terá condições de participar do desen- volvimento econômico e enfrentará sérios problemas sociais, políticos e ambientais. [...] BIZZO, Nélio. Pensamento científico: a natureza da ciência no ensino fundamental. São Paulo: Melhoramentos, 2012. (Coleção Como eu ensino, p. 114.). Para além dos conceitos científicos, buscamos favorecer o ensino que propicie o desenvolvimento de competências, habilidades e valores compatíveis com a construção de uma sociedade democrática e que valorize a diversidade humana. Isso se materializa, nesta obra, de diversas maneiras, tais como: abordagem contextualizada com temas atuais e de interesse público; propostas de intervenção em espaços públicos; atividades que fazem interlocução com diferentes esferas da política institucional; elementos de educação midiática e combate a fake news; valorização da diversidade de saberes e vivências; rodas de conversa, debates, exposições e outras dinâmicas coletivas; entre outras estratégias. XI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 11D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 11 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICO-METODOLÓGICA: A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA Com a onipresença das tecnologias digitais de informação e comunicação praticamente consolidada, a escola e o professor deixam de ser o centro de referência do saber. Dados e conteúdos informativos estão disponíveis em diversas fontes, ao alcance de muitos. Estudantes não só são apresentados a saberes mas também trazem conhecimento para a sala de aula. Professores aprendem com os estudantes, cada vez mais conectados. O fluxo de informação não é mais unidirecional, propriedade de uma instituição. Se cada vez mais pessoas podem ter informação fora da escola, qual é o papel principal dessa instituição e, mais especificamente, o papel do ensino de Ciências? Embora cada vez mais pessoas tenham acesso à informação científica, será que a compreendem e a utilizam bem? Um ensino que auxilie a interpretação da linguagem própria da Ciência é um ensino que leva em conta a perspectiva social. Entender os fundamentos da Ciência é uma ferramenta para que as pessoas possam compreender o mundo, as implicações da tecnologia e das interferências humanas na natureza. Mais do que isso, compreender a Ciência qualifica as pessoas para entender melhor as necessidades de transformar positivamente o mundo, tomando decisões coerentes com esses propósitos. Assim, este material apropria-se de fundamentos da alfabetização científica (ou letramento científico). Essa linha didática pretende formar um cidadão crítico, consciente e capaz de compreender temas científicos e aplicá-los para o entendimento do mundo e da sociedade em que vive. Trata-se, portanto, de ensinar Ciência para o exercício da cidadania. [...] Para debater e tomar posição sobre alimentos, medicamentos, combustíveis, trans- portes, comunicações, contracepção, saneamento e manutenção da vida na Terra, entre muitos outros temas, são imprescindíveis tanto conhecimentos éticos, polí- ticos e culturais quanto científicos. Isso por si só já justifica, na educação formal, a presença da área de Ciências da Natureza, e de seu compromisso com a forma- ção integral dos alunos. Portanto, ao longo do Ensino Fundamental, a área de Ciências da Natureza tem um compromisso com o desenvolvimento do letramento científico, que envolve a ca- pacidade de compreender e interpretar o mundo (natural, social e tecnológico), mas também de transformá-lo com base nos aportes teóricos e processuais das ciências. Em outras palavras, apreender ciência não é a finalidade última do letramento, mas, sim, o desenvolvimento da capacidade de atuação no e sobre o mundo, impor- tante ao exercício pleno da cidadania. Nessa perspectiva, a área de Ciências da Natureza, por meio de um olhar articula- do de diversos campos do saber, precisa assegurar aos alunos do Ensino Fundamental o acesso à diversidade de conhecimentos científicos produzidos ao longo da história, bem como a aproximação gradativa aos principais processos, práticas e procedi- mentos da investigação científica. Espera-se, desse modo, possibilitar que esses alunos tenham um novo olhar sobre o mundo que os cerca, como também façam escolhas e intervenções conscientes e pautadas nos princípios da sustentabilidade e do bem comum. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 321. XII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 12D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 12 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 A alfabetização científica defendida nesta coleção prioriza o consumo e a divulgação do conhecimento científico. Um indivíduo alfabetizado ou letrado em Ciências da Natureza é capaz de compreender e interagir com a informação, aplicando-a em situações diversas e para o benefício das pessoas e das futuras gerações. Acreditamos que a alfabetização científica é um bom caminho para que o ensino de Ciências não seja resumido à simples transmissão de informações. Transmitir conhecimento é essencial, porém esse não é mais o papel central da escola, do professor, nem mesmo do livro didático. Informar sim, mas também possibilitar aosestudantes que questionem sobre o que estão aprendendo; busquem informações e dados em outras fontes; interajam entre si, com membros da comunidade escolar, com familiares, entre outros; expressem suas opiniões e as embasem com argumentos; produzam informação e transformem a escola e a comunidade. Observa-se que deter a informação, que antes fazia uma professora ou um professor distinguido, hoje não é mais algo que dê status. Olhemos um pouco a dis- ponibilidade de informação que inexistia em nosso meio há dois ou três anos atrás. A internet, para dar apenas um exemplo de algo que está a determinar a suplanta- ção do professor informador, é um recurso cada vez mais disponível, a baixo custo, para facilitar o fornecimento de informações. [...] Como não existe, e muito provavelmente não existirá nas próximas gerações, ne- nhum programa de computador que faça formação – lamentavelmente ainda são poucos os professores formadores –, se o professor informador é um sério candida- to ao desemprego, o professor formador ou a professora formadora será cada vez mais importante. Assim, para essa profissão, a informatização não é uma amea- ça e sim uma fabulosa oportunidade. Vou repetir que o professor informador está superado pela fantástica aceleração da moderna tecnologia que ajuda a educação a sair de sua artesania. Mas o professor formador é insuperável mesmo pelo mais sofisticado arsenal tecnológico. CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 4. ed. Ijuí: Unijuí, 2006. (Coleção Educação em Química, p. 88-89). Grifo nosso. Nos anos finais do Ensino Fundamental, os estudantes estão passando por mudanças importantes, próprias da transição da infância para a adolescência. Nesta idade, o questionamento está fortemente presente. Acompanhando esse amadurecimento, o ambiente escolar pode contribuir para desenvolver o caráter crítico e reflexivo dos estudantes também no que se refere à produção e à divulgação do conhecimento científico. Desenvolver o pensamento crítico está intimamente relacionado à promoção da alfabetização científica. Um estudante crítico questiona e reflete sobre as informações que recebe e é capaz de ir além, buscando novas fontes. Além disso, um estudante crítico percebe suas dificuldades e pontos fortes, e começa a caminhar para sua autonomia. À medida que se apropriam da Ciência, os estudantes devem ser capazes de perceber tanto os benefícios e as aplicações na sociedade quanto as limitações e as consequências negativas atreladas a ela. A Ciência não tem as respostas para todas as questões nem as soluções para todos os problemas. A Ciência não produz verdades absolutas: os conhecimentos científicos são parciais, relativos e passíveis de mudança. » CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 8. ed. Ijuí: Unijuí, 2018. O autor apresenta análises e considerações sobre o ensino de Ciências no Brasil, com propostas que valorizam a alfabetização científica e exploram temas como a Ciência nos saberes populares e o ensino de Ciências fora da sala de aula. » DEMO, Pedro. Educação e alfabetização científica. Campinas: Papirus, 2014. O livro aborda a necessidade e a pertinência da alfabetização científica, desde a Educação Básica até o ensino superior, objetivando que os estudantes possam ser produtores de conhecimento. PARA SABER MAIS XIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 13D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 13 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 COMPETÊNCIAS SOCIOEMOCIONAIS: SAÚDE MENTAL A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconhece diferentes definições de saúde mental. De maneira geral, o termo refere-se ao nível de qualidade de vida cognitiva e emocional, podendo incluir a capacidade do indivíduo de apreciar a vida. Em uma enquete realizada com 7,7 mil adolescentes e jovens do Brasil em 2022 pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pela organização da sociedade civil Viração Educomunicação, metade dos respondentes revelaram sentir necessidade de pedir ajuda sobre saúde mental. Destes, somente 2% procuraram professores e outros 2% buscaram ajuda de profissionais do Sistema Único de Saúde. Naquele momento, o país iniciava a reconstrução da rotina após atravessar os períodos mais graves da pandemia de covid-19. [...] Entre os motivos destacados por aqueles que não buscaram ajuda estão a inse- gurança (29%), a desistência de buscar ajuda (26%), o medo de julgamento (17%), ou a falta de informação sobre quem procurar (10%). Apenas metade dos respondentes conhecia serviços ou profissionais dedicados a apoiar adolescentes na área da saúde mental. Entre quem conhecia, o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) apareceu como o principal local (38%), se- guido por Centro de Atenção Psicossocial (Caps) (20%) e escola (17%). “Os resultados mostram que é fundamental que famílias e profissionais que traba- lham com adolescentes ampliem suas habilidades para fazer uma escuta qualificada e sem julgamentos, promover o acolhimento e encaminhar adolescentes para os serviços adequados disponíveis. Essas são as primeiras pessoas de confiança bus- cadas por adolescentes e jovens em temas de saúde mental, mas é essencial que eles conheçam os fluxos de atendimento psicossocial em seus municípios, saber a quem buscar e aonde ir. É importante que os municípios estejam preparados para receber essas demandas intersetorialmente”, explica Gabriela Mora, oficial do Pro- grama de Cidadania dos Adolescentes do UNICEF no Brasil. [...] METADE dos adolescentes e jovens sentiu necessidade de pedir ajuda em relação à saúde mental recentemente, mostra enquete do UNICEF com a Viração. Unicef. [S. l.], 30 maio 2022. Disponível em: https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/ metade-dos-adolescentes-e-jovens-sentiu-necessidade-de-pedir-ajuda-em -relacao-a-saude-mental-recentemente. Acesso em: 21 jul. 2022. Como exposto na fala de Mora, apresentada no excerto acima, oferecer uma escuta qualificada e sem julgamentos, promover o acolhimento e encaminhar os estudantes para os serviços de saúde mental adequados e disponíveis são atitudes essenciais para ajudar a promover a saúde mental dos estudantes – especialmente nos casos em que o estudante busca ajuda do professor ou quando o professor identifica um estudante que aparenta necessitar de ajuda. Informe-se sobre os serviços de saúde mental disponíveis no seu município e sobre os procedimentos necessários para obter auxílio. Para apoiar adolescentes e jovens de 13 a 24 anos, o Unicef conta com um canal de ajuda em saúde mental virtual chamado Pode Falar, que funciona de forma anônima e gratuita, disponível no site https://www.podefalar.org.br/ (acesso em: 22 jul. 2022). Outro fator determinante para promoção da saúde mental é focar na prevenção de problemas desde cedo. Isso envolve a prática de atividades como: • estabelecimento de relações seguras entre professores e estudantes; • promoção de encontros com familiares, estreitando a relação família-escola; • formação continuada dos profissionais da escola, por meio de capacitações com profissionais da área da saúde mental. Em sala de aula, é interessante a prática de atividades que desenvolvam competências socioemocionais, levando os estudantes a perceber como podem cuidar do próprio bem-estar e estabelecer boas relações com outras pessoas. Isso pode ocorrer em rodas de conversa sobre o assunto, promovendo oportunidades que levem os estudantes a reconhecer seus próprios sentimentos. A partir daí, eles podem tomar decisões mais responsáveis para o autocuidado e podem reconhecer as emoções dos outros. Considere a possibilidade de realizar com a turma uma roda de conversa sobre a importância das seguintes competências: XIV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 14D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 14 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/metade-dos-adolescentes-e-jovens-sentiu-necessidade-de-pedir-ajuda-em-relacao-a-saude-mental-recentementeAssim que perceber uma emoção, tente identi�car qual é, para conseguir lidar com a situação de maneira assertiva. Busque maneiras de tentar aliviar ou controlar o que está sentindo: concentrar-se em sua respiração e respirar fundo são ações simples e que ajudam a regular a reação à emoção. Tome decisões apenas quando estiver mais calmo, sem ceder ao nervosismo. Aguardar alguns minutos, distrair-se e sair de perto do problema são dicas que favorecem a tomada de decisões responsáveis. Seja amigável e gentil. Busque o equilíbrio entre dizer não ou sim para tudo. Expresse seus sentimentos de maneira que as outras pessoas sintam-se confortáveis. Ter amigos e estabelecer relações estáveis, sem grandes con�itos, promove sua saúde mental. 1 2 3 4 5 Treine sua percepção sobre o outro. Praticar a empatia e tentar entender como os outros se sentem e porque agem de uma determinada forma pode ajudar a compreender diversos problemas e tornar as relações mais agradáveis. • Autoconsciência: identificar seus pensamentos e emoções. • Autorregulação: ao perceber-se em um estado alterado, ser capaz de voltar ao equilíbrio emocional. • Consciência social: perceber as emoções dos outros e entender que suas atitudes afetam os demais. • Tomada de decisão responsável: tomar decisões que não gerem sofrimento para si ou para os outros, e que busquem solucionar os problemas. • Habilidades sociais: ser capaz de relacionar-se com diferentes pessoas em diversos ambientes de forma a preservar seus direitos e os dos outros. A imagem a seguir apresenta estratégias que você pode aplicar com os estudantes para que eles possam trabalhar suas competências socioemocionais. Elaborado com base em: FAVA, Débora C. et al. Saúde mental na escola: uma cartilha para a comunidade escolar. [Porto Alegre]: NEFIES, [20--]. Disponível em: https://www.ufrgs.br/nefies/wp-content/uploads/2020/06/cartilha_vfinal_online.pdf. Acesso em: 21 jul. 2022. Ilustração representando estratégias para a prática de competências socioemocionais. BE NT IN HO XV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 15D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 15 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 Cultura de paz e combate ao bullying O trabalho com as competências socioemocionais, realizado de maneira sistemática, contribui também para o combate aos diversos tipos de violência, especialmente o bullying, e para a promoção da cultura de paz na comu- nidade escolar. Avalie a possibilidade de realizar o trabalho com as competências socioemocionais antes, durante ou depois da realização das atividades em grupo sugeridas ao longo da obra, especialmente aquelas que envolvem debates sobre temas sensíveis. A promoção de uma cultura de paz se alinha ao Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 16, da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), que inclui “promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimento sustentável”. O terceiro artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948 pela ONU, institui que “Todo ser humano tem direito à vida, à liberdade e à segurança pessoal”. Isso inclui o combate às diferentes formas de violência, mas não se limita a isso. A promoção de uma cultura de paz envolve valores como a tolerância e a solida- riedade, propondo a resolução de problemas e de conflitos por meio de ferramentas como o diálogo, a negociação e a mediação. Destacamos que o trabalho com as competências gerais (com destaque para 4, 7, 9 e 10) e as competências específicas de Ciências da Natureza (com destaque para 5, 7 e 8), ao longo de toda a obra, contribui para a promoção da cultura de paz, como será abordado adiante neste Manual. Para aprofundar o tema, recomendamos também a leitura do documento Cultura de paz: da reflexão à ação, produzido pela ONU e indicado no boxe a seguir. O bullying é uma forma de violência que vem ganhando destaque em estudos acadêmicos nas últimas décadas. Tal violência se caracteriza por perseguição e intimidação de uma pessoa por outra(s), de forma repetitiva e intencional, com intenção de provocar sofrimento. Trata-se de um problema constatado, em maior ou menor escala, no mundo todo e principalmente no ambiente escolar. De maneira simplificada, ela envolve os seguintes atores: • alvos: pessoas que sofrem bullying, mas não o praticam; • alvos/autores: pessoas que ora sofrem, ora praticam bullying; • autores: pessoas que praticam bullying, mas não são alvo dele; • testemunhas: pessoas que não sofrem nem praticam bullying, mas convivem em um ambiente onde essa violência está presente. Para Tognetta (2005), alvos, autores e testemunhas precisam de ajuda. As vítimas sofrem uma deterioração da sua autoestima e podem desenvolver comportamento agressivo, enquanto os autores apresentam problemas no desen- volvimento afetivo e moral. As testemunhas, por sua vez, podem tornar-se inseguras e ansiosas, temerosas de serem escolhidas como os próximos alvos. Esse fenômeno tem potencial de afetar também, no ambiente escolar, a relação entre professores e estudantes. » ESTANISLAU, Gustavo M.; BRESSAN, Rodrigo Affonseca. Saúde mental na escola: o que os educadores devem saber. Porto Alegre: Artmed, 2014. Por meio de uma revisão dos transtornos mentais mais prevalentes na infância e na adolescência, os autores propõem ações e exemplos de como abordar e promover a saúde mental no contexto escolar. » FAVA, Débora C. et al. Saúde mental na escola: uma cartilha para a comunidade escolar. [Porto Alegre]: NEFIES, [20--]. Disponível em: https://www.ufrgs.br/nefies/wp-content/uploads/2020/06/cartilha_vfinal_online.pdf. Cartilha repleta de informações e dicas importantes para a promoção da saúde mental no contexto escolar. Lista ainda páginas com informações complementares e orientações para atendimento psicoterápico. » PROJETO CUCA LEGAL. São Paulo, c2018. Site. Disponível em: http://cucalegal.org.br/. Grupo ligado ao Departamento de Psiquiatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) que visa à promoção de saúde mental e à prevenção de transtornos mentais em ambientes de ensino por meio da capacitação dos profissionais. Acessos em: 22 jul. 2022. PARA SABER MAIS XVI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 16D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 16 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 Trata-se de um problema complexo, de causas múltiplas, que extrapolam a escola e, frequentemente, relacionam-se a problemas familiares – especialmente com o autor do bullying. Portanto, quando ocorre na escola, a solução do problema demanda a cooperação de todos os envolvidos: estudantes, responsáveis, professores e demais profissionais da instituição. O combate efetivo envolve atenção permanente ao problema, agindo para cessá-lo imediatamente. A Associação Brasileira de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia) desenvolveu o Programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes, um breve manual de combate ao bullying elaborado com base nos resultados de um amplo estudo envolvendo mais de 5 mil estudantes de Ensino Fundamental no Rio de Janeiro (RJ). Resumimos a seguir sete etapas elencadas nesse documento para implementar um programa efetivo de combate ao bullying na escola. BE NT IN HO 1a etapa: PESQUISAR A REALIDADE da escola pela aplicação de um questionário envolvendo todos os estudantes, com perguntas sobre a percepção deles acerca da violência na escola. 3a etapa: formar um GRUPO DE TRABALHO com representantes de todos os segmentos envolvidos: professores, funcionários, estudantes e pais. 4a etapa: apresentar as propostas do grupo de trabalho para todos os estudantes e funcionários e OUVIR OPINIÕES e sugestões sobre como agir. 2a etapa: analisar os resultados da pesquisa e BUSCAR PARCERIAS com todo o corpo docente para atuar contra o problema. XVII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 17D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 17 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 » ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO E A CULTURA; ASSOCIAÇÃO PALASATHENA. Cultura de paz: da reflexão à ação. Brasília, DF: Unesco; São Paulo: Associação Palas Athena, 2010. Disponível em: https:// unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000189919. Esta publicação apresenta um balanço da década internacional da promoção da cultura de paz e não violência em benefício das crianças do mundo. » LOPES NETO, Aramis Antonio; MONTEIRO FILHO, Lauro; SAAVEDRA, Lucia Helena (coord.). Programa de redução do comportamento agressivo entre estudantes. Rio de Janeiro: ACTERJ, c2022. Disponível em: http://www. acterj.org.br/downloads/arquivo/doc-154.pdf. Programa que visou diagnosticar e implementar ações efetivas para a redução do comportamento agressivo entre estudantes com objetivo de sensibilizar educadores, famílias e sociedade para a existência do problema e suas consequências. Acessos em: 22 jul. 2022. PARA SABER MAIS 5a etapa: DEFINIR OS COMPROMISSOS de todos os envolvidos no combate ao bullying. 6a etapa: DIVULGAR AMPLAMENTE o tema, os compromissos e as prioridades com cartazes pela escola, palestras e outros recursos. 7a etapa: INFORMAR OS RESPONSÁVEIS sobre os objetivos do projeto. Elaborado com base em: TOGNETTA, Luciene Regina Paulino. Violência na escola: os sinais de bullying e o olhar necessário aos sentimentos. In: PONTES, Aldo; LIMA, Valéria Scomparim de. Construindo saberes em educação. Porto Alegre: Zouk, 2005. Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/ portal/page/portal/Educacao/Doutrina/Bullying%20e%20o%20 olhar%20necess%C3%A1rio%20aos%20sentimentos.pdf. Acesso em: 22 jul. 2022. Ilustração representando as sete etapas de combate ao bullying. BE NT IN HO XVIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 18D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 18 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 http://www.mpsp.mp.br/portal/page/portal/Educacao/Doutrina/Bullying%20e%20o%20olhar%20necess%C3%A1rio%20aos%20sentimentos.pdf https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000189919 http://www.acterj.org.br/downloads/arquivo/doc-154.pdf BNCC: TRABALHO COM COMPETÊNCIAS E HABILIDADES A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), elaborada pelo Ministério da Educação, com versão final publicada em 2018, é um documento de caráter normativo que define o conjunto de aprendizagens essenciais que todos os estudantes devem desenvolver ao longo das etapas e das modalidades da Educação Básica. Ela visa assegurar aos estudantes seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que estipula o Plano Nacional de Educação (PNE). Para tanto, a BNCC estabelece competências e habilidades a serem desenvolvidas ao longo da Educação Básica. São descritas dez competências gerais da Educação Básica e oito competências específicas de Ciências da Natureza para o Ensino Fundamental. “Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhe- cimentos (conceitos e procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho” (BRASIL, 2018, p. 8). As competências gerais e específicas devem orientar a prática pedagógica em todos os anos da Educação Básica. Além das competências, a BNCC lista também, para o componente curricular Ciências da Natureza, 63 habilidades distribuídas nos quatro anos finais do Ensino Fundamental. A seguir, apresentamos as competências e as habilidades da BNCC desenvolvidas nesta obra. Competências gerais Ao longo da Educação Básica, as aprendizagens essenciais definidas na BNCC devem concorrer para assegurar aos estudantes o desenvolvimento de dez competên- cias gerais, que consubstanciam, no âmbito pedagógico, os direitos de aprendizagem e desenvolvimento. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 8. No quadro abaixo, listamos as competências gerais (CG) da Educação Básica e, a seguir, tecemos nossas considerações sobre como cada uma delas é trabalhada nesta obra. COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas. 3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural. 4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo. 5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva. 6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade. XIX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 19D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 19 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 A seguir, comentamos brevemente como as competências gerais são trabalhadas ao longo desta coleção. Na parte específica deste Manual, são destacadas algumas das competências abordadas nas Unidades, quando sua abordagem for favorecida. Isso não significa que são apenas aquelas as competências abordadas na Unidade; são apenas destaques para indicar que o trabalho com determinada competência é especialmente oportunizado. O trabalho com a CG1 permeia toda a coleção, que tem como base conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo natural e que visa habilitar os estudantes a entender e a explicar a realidade, a continuar aprendendo e a colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. Em alguns momentos, sobretudo na seção Assim se faz Ciência, o caráter histórico da construção do conhecimento científico é ressaltado, o que contribui para a compreensão da Ciência como uma construção humana que se insere num determinado tempo histórico. O exercício da curiosidade intelectual, recorrendo a abordagens próprias das Ciências (investigação, reflexão, análise crítica, imaginação, elaboração e teste de hipóteses, proposição de soluções para situações-problema, entre outros), também está presente ao longo de toda a coleção, concentrando-se nas atividades da seção Mergulho no tema (mas não se limitando a elas). Com isso, o trabalho com a CG2 é constante na nossa proposta. O desenvolvimento da CG3, levando os estudantes a valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, é proposto contextualmente de diferentes maneiras: na análise de obras de arte; no estudo de saberes tradicionais; nas sugestões de visita a espaços culturais e a museus; nas sugestões de filmes, livros e outras produções culturais da seção Mais; entre outros. Nesse aspecto, cabe destacar a própria Ciência como uma manifestação cultural da sociedade da qual fazemos parte. O uso de diferentes linguagens para se expressar e partilhar informações, conforme descrito na CG4, é proposto em diversas atividadesao longo desta obra. Nelas, os estudantes são convidados a produzir materiais de divulgação científica em diferentes formatos, desde os mais tradicionais até os mais modernos. O uso de tecnologias de informação e comunicação digitais é especialmente desejável nesse contexto, uma vez que, ao mesmo tempo em que se beneficia do interesse natural dos estudantes pelas tecnologias digitais, contribui para desenvolver o uso crítico delas. Dessa forma, muitas das atividades aqui sugeridas favorecem o desenvolvimento concomitante da CG4 e da CG5. A CG6 tem foco em fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao projeto de vida de cada estudante. Inclui também a compreensão do mundo do trabalho e de seus impactos na sociedade, bem como das novas tendências e profissões. Para o desenvolvimento dessa competência, os estudantes devem conseguir refletir sobre seus desejos e objetivos, estabelecendo metas e perseguindo-as com determinação. O desenvolvimento da CG6 na área de Ciências da Natureza envolve, entre outros aspectos, compreender os impactos da Ciência e da tecnologia na sociedade. Esse trabalho se beneficia da abordagem interdisciplinar com a área de Ciências Humanas. Nesta coleção, atividades de autoavaliação propostas ao final de cada Unidade, bem como atividades em grupo que incentivam os estudantes a atuarem de acordo com suas aptidões, também colaboram com a CG6. A capacidade de argumentação com base em fatos e informações confiáveis, necessária ao desenvolvimento da CG7, é um dos pilares da seção Vamos verificar. Nas Unidades que tratam de questões ambientais, essa competência é trabalhada por meio de textos e atividades que levam os estudantes a formular, negociar e defender ideias que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 9-10. 7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta. 8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas. 9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. 10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. XX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 20D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 20 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 As Unidades que tratam de saúde concentram o trabalho com a CG8, que envolve conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana. Vale destacar que muitas das atividades em grupo, especialmente aquelas que envolvem o debate sobre temas delicados, favorecem o reconhecimento das próprias emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas; dessa forma, também colaboram para o desenvolvimento dessa competência. Tais atividades, conduzidas de modo a criar um ambiente de respeito onde todos se sintam acolhidos para manifestar suas ideias, favorecem o exercício da empatia e do diálogo na resolução de conflitos, ao mesmo tempo em que incentivam uma cooperatividade e o combate a preconceitos de qualquer natureza. Tratam-se, portanto, de oportunidades ideais também para o desenvolvimento da CG9. Em diversas atividades, especialmente na seção Mergulho no tema, os estu- dantes são convidados a agir pessoal e coletivamente com autonomia no debate e/ou na resolução de situações-problema, com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários. Nessas situações, é favorecido o desenvolvimento da CG10. Vale reforçar a questão da educação socioemocional, especialmente nas competências gerais 8, 9 e 10. Esse trabalho só é possível se houver espaço, na escola e na sala de aula, para a troca de ideias entre os estudantes. Competências socioemocionais não são desenvolvidas se a postura passiva dos estudantes for incentivada, em vez de seu protagonismo. É no contato com os colegas, nos projetos em grupo, ao ouvir e ao falar, que a educação socioemocional se constrói. Os espaços para aprimoramento acontecem na resolução de conflitos e no apoio durante as dificuldades. Essas oportunidades, favorecidas pela grande quantidade de propostas de trabalho em duplas e em grupos – apresentadas na coleção –, são valiosas para a formação dos estudantes em uma educação integral, que os consideram em sua totalidade. Mais informações sobre esse tema são discutidas no tópico Competências socioe- mocionais: saúde mental. Competências específicas de Ciências da Natureza Para atingir os objetivos pretendidos para o ensino de Ciências da Natureza segundo a BNCC, é necessário que os estudantes sejam constantemente incentivados e apoiados no planejamento e na realização de atividades investigativas, bem como no compartilhamento dos resultados dessas investigações – tanto individual quanto cooperativamente. Isso pressupõe organizar as situações de aprendizagem partindo de questões desafiadoras, reconhecendo a diversidade cultural, de modo a incentivar o interesse e a curiosidade científica dos estudantes. [...] Dessa forma, o processo investigativo deve ser entendido como elemento central na formação dos estudantes, em um sentido mais amplo, e cujo desenvolvimen- to deve ser atrelado a situações didáticas planejadas ao longo de toda a educação básica, de modo a possibilitar aos alunos revisitar de forma reflexiva seus conheci- mentos e sua compreensão acerca do mundo em que vivem. Sendo assim, o ensino de Ciências deve promover situações nas quais os alunos possam: • Observar o mundo a sua volta e fazer perguntas. • Analisar demandas, delinear problemas e planejar investigações. • Propor hipóteses. Definição de problemas M ELITAS/SHUTTERSTOCK.COM XXI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 21D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 21 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 • Planejar e realizar atividades de campo (experi- mentos, observações, leituras, visitas, ambientes virtuais etc.). • Desenvolver e utilizar ferramentas, inclusive digi- tais, para coleta, análise e representação de dados (imagens, esquemas, tabelas, gráficos, quadros, diagramas, mapas, modelos, representações de sistemas, fluxogramas, mapas conceituais, simu- lações, aplicativos etc.). • Avaliar informação (validade, coerência e adequa- ção ao problema formulado). • Elaborar explicações e/ou modelos. • Associar explicações e/ou modelos à evolução his- tórica dos conhecimentos científicos envolvidos. • Selecionar e construir argumentos com base em evi- dências, modelos e/ou conhecimentos científicos. • Aprimorar seus saberes e incorporar, gradualmente, e de modo significativo, o conhecimento científico. • Desenvolver soluções para problemas cotidianos usando diferentes ferramentas, inclusive digitais. Levantamento, análise e representação • Organizar e/ou extrapolar conclusões. • Relatar informações de forma oral, escrita ou mul- timodal. • Apresentar, de forma sistemática, dados e resulta- dos de investigações. • Participar de discussões de caráter científico com co- legas, professores, familiarese comunidade em geral. • Considerar contra-argumentos para rever proces- sos investigativos e conclusões. Comunicação • Implementar soluções e avaliar sua eficácia para resolver problemas cotidianos. • Desenvolver ações de intervenção para melhorar a qualidade de vida individual, coletiva e socioam- biental. Intervenção [...] BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 322-323. XXII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 22D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 22 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 Esses pressupostos articulam-se às competências gerais da Educação Básica e, desse modo, devem garantir aos estudantes o desenvolvimento de competências específicas de Ciências da Natureza (CE) previstas para o Ensino Fundamental. No quadro abaixo, listamos as CEs e, a seguir, tecemos nossas considerações sobre como cada uma delas é trabalhada nesta obra. COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS DA NATUREZA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL 1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico. 2. Compreender conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza, bem como dominar processos, práticas e procedimentos da investigação científica, de modo a sentir segurança no debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. 3. Analisar, compreender e explicar características, fenômenos e processos relativos ao mundo natural, social e tecnológico (incluindo o digital), como também as relações que se estabelecem entre eles, exercitando a curiosidade para fazer perguntas, buscar respostas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das Ciências da Natureza. 4. Avaliar aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da ciência e de suas tecnologias para propor alternativas aos desafios do mundo contemporâneo, incluindo aqueles relativos ao mundo do trabalho. 5. Construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista que promovam a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, acolhendo e valorizando a diversidade de indivíduos e de grupos sociais, sem preconceitos de qualquer natureza. 6. Utilizar diferentes linguagens e tecnologias digitais de informação e comunicação para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos e resolver problemas das Ciências da Natureza de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. 7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo-se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. 8. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões frente a questões científico-tecnológicas e socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 324. De maneira articulada à CG1, o trabalho com a CE1 permeia toda a coleção, que apresenta o conhecimento cien- tífico como uma construção humana em constante evolução e, consequentemente, provisório. Embora presente nos textos e nas atividades da coleção, essa abordagem fica mais evidente na seção Assim se faz Ciência – especialmente nos casos que focam os aspectos culturais e históricos da atividade científica. Também articulando-se à CG1, bem como à CG2, a CE2 e a CE3 são estruturais na coleção. Conceitos fundamentais e estruturas explicativas das Ciências da Natureza constituem o cerne da obra, explorados nos textos e nas atividades de modo a favorecer a aprendizagem continuada dos estudantes e a colaborar com a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. As propostas da seção Mergulho no tema concentram o trabalho com os procedimentos da investigação científica e, em conjunto com o restante da Unidade, qualificam os estudantes para participar com segurança do debate de questões científicas, tecnológicas, socioambientais e do mundo do trabalho. A avaliação de aplicações e implicações políticas, socioambientais e culturais da Ciência e de suas tecnologias, neces- sária ao desenvolvimento da CE4, é um dos pilares da seção Assim se faz Ciência. Esse trabalho permeia também o texto e as atividades em Unidades que tratam do desenvolvimento tecnológico e dos impactos do conhecimento científico para a sociedade. Em articulação com a CG7, o trabalho com a CE5 fundamenta a seção Vamos verificar, que convida os estudantes a construir argumentos com base em dados, evidências e informações confiáveis e negociar e defender ideias e pontos de vista. Além dessa seção, o trabalho com a CE5 está presente nas atividades que envolvem o debate sobre temas que promovem a consciência socioambiental e o respeito a si próprio e ao outro, que devem ser conduzidos de modo a acolher e valorizar a diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza. XXIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 23D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 23 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 O desenvolvimento da CE6 é vinculado ao desenvolvimento da CG4 e da CG5. Desse modo, essa competência está presente nas atividades que levam os estudantes a usarem diferentes linguagens e tecnologias digitais para acessar e disseminar informações de forma crítica, significativa, reflexiva e ética. Vale ressaltar que esse trabalho traz elementos da cultura juvenil que despertam o interesse e o engajamento dos estudantes, como o uso de redes sociais, o consumo e a produção de conteúdos de mídia, as diferentes formas de se expressar artisticamente (danças, batalha de rimas etc.), entre outros. Conhecer, apreciar e cuidar de si, compreendendo-se na diversidade humana, são atitudes que atrelam o desenvolvimento da CE7 ao da CG8. Dessa maneira, esse trabalho se concentra nas Unidades que tratam de saúde, mas não se limita a elas. Muitas das atividades em grupo, especialmente as que envolvem debates, incentivam os estudantes a fazerem-se respeitar e a respeitar ao outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias. Por fim, a CE8 é desenvolvida concomitantemente à CG10. Isso ocorre especialmente nas atividades da seção Mergulho no tema que levam os estudantes a agir pessoal e coletivamente, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza para tomar decisões diante de questões científico-tecnológicas, socioambientais e a respeito da saúde individual e coletiva. Para assegurar os direitos de aprendizagem expressados nas competências gerais e específicas, o professor deve pensar em uma prática pedagógica que desenvolva saberes científicos de maneira adequada à faixa etária e valorize o protagonismo dos estudantes, assegurando a construção de conceitos de forma significativa. Esta obra oferece múltiplas oportunidades para o desenvolvimento desse trabalho, viabilizando situações de: • problematização, buscando o confronto dos conhecimentos prévios dos estudantes com os conhecimentos científicos na análise de situações reais ou relacionadas ao cotidiano deles; • observação de fenômenos, instigando a busca por informações e explicações; • leitura e escrita de textos de diferentes gêneros, favorecendo o raciocínio crítico ao mesmo tempo que desenvolve habilidades textuais, como a produção de inferências; • pesquisas individuais ou em grupo, que favorecem o desenvolvimento da autonomia de aprendizagem e o uso crítico de tecnologias digitais de informação e comunicação; • debates sobre assuntos atuaise de relevância local e global, incentivando o raciocínio crítico, a argumentação e a valorização do debate democrático, respeitando a diversidade humana; • atividades experimentais, que favorecem a apropriação pelos estudantes do pensamento e da metodologia científica. • produção de materiais de divulgação em diferentes linguagens, incentivando a criatividade e valorizando os estudantes como protagonistas na produção e na disseminação de informações; • saídas a campo, evidenciando que a aprendizagem também ocorre fora da escola e incentivando a capacidade de observação, análise, comparação, interpretação e outras. LA M YA I/S HU TT ER ST OC K. CO M XXIVXXIV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 24D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 24 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 Habilidades As habilidades expressam as aprendizagens essenciais que devem ser asseguradas aos estudantes em cada ano do Ensino Fundamental. Ao indicar o que os estudantes devem “saber” (considerando a constituição de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores) e, especialmente, o que devem “saber fazer” (considerando a mobilização desses conhe- cimentos, habilidades, atitudes e valores para resolver demandas complexas da vida cotidiana e do pleno exercício da cidadania), as habilidades articulam-se às competências específicas da área e, consequentemente, às competências gerais do Ensino Fundamental, contribuindo para garantir o desenvolvimento delas. Na BNCC, as habilidades são identificadas por códigos e estão listadas em quadros, agrupadas por componente curricular e por ano. A título de exemplo, apresentamos uma breve descrição da estrutura da habilidade EF06CI12. Essa estrutura se repete nas demais habilidades de Ciências da Natureza e das outras áreas. EF 06 CI 12 Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos. Ensino Fundamental 6o ano Componente curricular Ciências da Natureza Numeração sequencial Verbo(s) que explicita(m) o(s) processo(s) cognitivo(s) envolvido(s) na habilidade. Complemento do(s) verbo(s), que explicita o(s) objeto(s) de conhecimento mobilizado(s) na habilidade. Modificadores do(s) verbo(s) ou do complemento do(s) verbo(s), que explicitam o contexto e/ou uma maior especificação da aprendizagem esperada. Elaborado com base em: BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 29. Vale destacar que os modificadores das habilidades podem expressar também o desenvolvimento atrelado a atitudes e valores. Note que as habilidades não descrevem ações ou condutas esperadas do professor, nem induzem à opção por abordagens ou metodologias. Essas escolhas devem ser feitas em concordância com o currículo e o projeto pedagógico de cada instituição escolar. É importante destacar que a numeração sequencial das habilidades de cada ano não representa uma ordem ou hierarquia das aprendizagens. Nesta coleção, a sequência com que os assuntos são desenvolvidos nas Unidades de cada volume reflete escolhas autorais relacionadas às relações de interdependência entre os conceitos, entre outros fatores. Destacamos, porém, que essa sequência é apenas uma sugestão e, portanto, não é obrigatória; a escola e o professor têm autonomia para determinar a grade curricular e a sequência de assuntos a serem desenvolvidos. Também é preciso enfatizar que os critérios de organização das habilidades do Ensino Fundamental na BNCC (com a explicitação dos objetos de conhecimento aos quais se relacionam e do agrupamento desses objetos em unidades temáticas) ex- pressam um arranjo possível (dentre outros). Portanto, os agrupamentos propostos não devem ser tomados como modelo obrigatório para o desenho dos currículos. Essa forma de apresentação adotada na BNCC tem por objetivo assegurar a clareza, a precisão e a explicitação do que se espera que todos os estudantes aprendam no Ensino Fundamental, fornecendo orientações para a elaboração de currículos em todo o País, adequados aos diferentes contextos. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 31. Para orientar a elaboração dos currículos de Ciências, as aprendizagens nesse componente curricular foram organizadas em três unidades temáticas que se repetem ao longo de todo o Ensino Fundamental. • Matéria e energia: contempla o estudo da matéria e suas transformações, bem como fontes e tipos de energia utilizados na vida em geral. XXV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 25D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 25 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 • Vida e evolução: propõe o estudo de temas relacionados aos seres vivos, suas características e necessidades. • Terra e Universo: busca a compreensão de características da Terra, do Sol, da Lua e de outros corpos celestes, salientando que a construção dos conhecimentos sobre a Terra e o céu se deu de diferentes formas em distintas culturas ao longo da história. Em cada ano, esse conjunto de unidades temáticas está estruturado em diferentes objetos de conhecimento e habilidades correlatas. Listamos, a seguir, os quadros de unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades da BNCC para a área de Ciências da Natureza no Ensino Fundamental – Anos Finais. Nos quadros do tópico A organização dos conteúdos na coleção, adiante, apresentamos nossa proposta de distribuição do trabalho com as habilidades em função dos assuntos de cada Unidade. CIÊNCIAS – 6o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES Matéria e energia • Misturas homogêneas e heterogêneas • Separação de materiais • Materiais sintéticos • Transformações químicas (EF06CI01) Classificar como homogênea ou heterogênea a mistura de dois ou mais materiais (água e sal, água e óleo, água e areia etc.). (EF06CI02) Identificar evidências de transformações químicas a partir do resultado de misturas de materiais que originam produtos diferentes dos que foram misturados (mistura de ingredientes para fazer um bolo, mistura de vinagre com bicarbonato de sódio etc.). (EF06CI03) Selecionar métodos mais adequados para a separação de diferentes sistemas heterogêneos a partir da identificação de processos de separação de materiais (como a produção de sal de cozinha, a destilação de petróleo, entre outros). (EF06CI04) Associar a produção de medicamentos e outros materiais sintéticos ao desenvolvimento científico e tecnológico, reconhecendo benefícios e avaliando impactos socioambientais. Vida e evolução • Célula como unidade da vida • Interação entre os sistemas locomotor e nervoso • Lentes corretivas (EF06CI05) Explicar a organização básica das células e seu papel como unidade estrutural e funcional dos seres vivos. (EF06CI06) Concluir, com base na análise de ilustrações e/ou modelos (físicos ou digitais), que os organismos são um complexo arranjo de sistemas com diferentes níveis de organização. (EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções. (EF06CI08) Explicar a importância da visão (captação e interpretação das imagens) na interação do organismo com o meio e, com base no funcionamento do olho humano, selecionar lentes adequadas para a correção de diferentes defeitos da visão. (EF06CI09) Deduzir que a estrutura, a sustentação e a movimentação dos animais resultam da interação entre os sistemas muscular, ósseo e nervoso. (EF06CI10) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afetado por substâncias psicoativas. Terra e Universo • Forma, estrutura e movimentos da Terra (EF06CI11) Identificar as diferentes camadas que estruturam o planeta Terra (da estrutura interna à atmosfera) e suas principais características.(EF06CI12) Identificar diferentes tipos de rocha, relacionando a formação de fósseis a rochas sedimentares em diferentes períodos geológicos. (EF06CI13) Selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade da Terra. (EF06CI14) Inferir que as mudanças na sombra de uma vara (gnômon) ao longo do dia em diferentes períodos do ano são uma evidência dos movimentos relativos entre a Terra e o Sol, que podem ser explicados por meio dos movimentos de rotação e translação da Terra e da inclinação de seu eixo de rotação em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol. XXVI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 26D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 26 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 CIÊNCIAS – 7o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES Matéria e energia • Máquinas simples • Formas de propagação do calor • Equilíbrio termodinâmico e vida na Terra • História dos combustíveis e das máquinas térmicas (EF07CI01) Discutir a aplicação, ao longo da história, das máquinas simples e propor soluções e invenções para a realização de tarefas mecânicas cotidianas. (EF07CI02) Diferenciar temperatura, calor e sensação térmica nas diferentes situações de equilíbrio termodinâmico cotidianas. (EF07CI03) Utilizar o conhecimento das formas de propagação do calor para justificar a utilização de determinados materiais (condutores e isolantes) na vida cotidiana, explicar o princípio de funcionamento de alguns equipamentos (garrafa térmica, coletor solar etc.) e/ou construir soluções tecnológicas a partir desse conhecimento. (EF07CI04) Avaliar o papel do equilíbrio termodinâmico para a manutenção da vida na Terra, para o funcionamento de máquinas térmicas e em outras situações cotidianas. (EF07CI05) Discutir o uso de diferentes tipos de combustível e máquinas térmicas ao longo do tempo, para avaliar avanços, questões econômicas e problemas socioambientais causados pela produção e uso desses materiais e máquinas. (EF07CI06) Discutir e avaliar mudanças econômicas, culturais e sociais, tanto na vida cotidiana quanto no mundo do trabalho, decorrentes do desenvolvimento de novos materiais e tecnologias (como automação e informatização). Vida e evolução • Diversidade de ecossistemas • Fenômenos naturais e impactos ambientais • Programas e indicadores de saúde pública (EF07CI07) Caracterizar os principais ecossistemas brasileiros quanto à paisagem, à quantidade de água, ao tipo de solo, à disponibilidade de luz solar, à temperatura etc., correlacionando essas características à flora e fauna específicas. (EF07CI08) Avaliar como os impactos provocados por catástrofes naturais ou mudanças nos componentes físicos, biológicos ou sociais de um ecossistema afetam suas populações, podendo ameaçar ou provocar a extinção de espécies, alteração de hábitos, migração etc. (EF07CI09) Interpretar as condições de saúde da comunidade, cidade ou estado, com base na análise e comparação de indicadores de saúde (como taxa de mortalidade infantil, cobertura de saneamento básico e incidência de doenças de veiculação hídrica, atmosférica entre outras) e dos resultados de políticas públicas destinadas à saúde. (EF07CI10) Argumentar sobre a importância da vacinação para a saúde pública, com base em informações sobre a maneira como a vacina atua no organismo e o papel histórico da vacinação para a manutenção da saúde individual e coletiva e para a erradicação de doenças. (EF07CI11) Analisar historicamente o uso da tecnologia, incluindo a digital, nas diferentes dimensões da vida humana, considerando indicadores ambientais e de qualidade de vida. Terra e Universo • Composição do ar • Efeito estufa • Camada de ozônio • Fenômenos naturais (vulcões, terremotos e tsunamis) • Placas tectônicas e deriva continental (EF07CI12) Demonstrar que o ar é uma mistura de gases, identificando sua composição, e discutir fenômenos naturais ou antrópicos que podem alterar essa composição. (EF07CI13) Descrever o mecanismo natural do efeito estufa, seu papel fundamental para o desenvolvimento da vida na Terra, discutir as ações humanas responsáveis pelo seu aumento artificial (queima dos combustíveis fósseis, desmatamento, queimadas etc.) e selecionar e implementar propostas para a reversão ou controle desse quadro. (EF07CI14) Justificar a importância da camada de ozônio para a vida na Terra, identificando os fatores que aumentam ou diminuem sua presença na atmosfera, e discutir propostas individuais e coletivas para sua preservação. (EF07CI15) Interpretar fenômenos naturais (como vulcões, terremotos e tsunamis) e justificar a rara ocorrência desses fenômenos no Brasil, com base no modelo das placas tectônicas. (EF07CI16) Justificar o formato das costas brasileira e africana com base na teoria da deriva dos continentes. XXVII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 27D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 27 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 CIÊNCIAS – 8o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES Matéria e energia • Fontes e tipos de energia • Transformação de energia • Cálculo de consumo de energia elétrica • Circuitos elétricos • Uso consciente de energia elétrica (EF08CI01) Identificar e classificar diferentes fontes (renováveis e não renováveis) e tipos de energia utilizados em residências, comunidades ou cidades. (EF08CI02) Construir circuitos elétricos com pilha/bateria, fios e lâmpada ou outros dispositivos e compará-los a circuitos elétricos residenciais. (EF08CI03) Classificar equipamentos elétricos residenciais (chuveiro, ferro, lâmpadas, TV, rádio, geladeira etc.) de acordo com o tipo de transformação de energia (da energia elétrica para a térmica, luminosa, sonora e mecânica, por exemplo). (EF08CI04) Calcular o consumo de eletrodomésticos a partir dos dados de potência (descritos no próprio equipamento) e tempo médio de uso para avaliar o impacto de cada equipamento no consumo doméstico mensal. (EF08CI05) Propor ações coletivas para otimizar o uso de energia elétrica em sua escola e/ou comunidade, com base na seleção de equipamentos segundo critérios de sustentabilidade (consumo de energia e eficiência energética) e hábitos de consumo responsável. (EF08CI06) Discutir e avaliar usinas de geração de energia elétrica (termelétricas, hidrelétricas, eólicas etc.), suas semelhanças e diferenças, seus impactos socioambientais, e como essa energia chega e é usada em sua cidade, comunidade, casa ou escola. Vida e evolução • Mecanismos reprodutivos • Sexualidade (EF08CI07) Comparar diferentes processos reprodutivos em plantas e animais em relação aos mecanismos adaptativos e evolutivos. (EF08CI08) Analisar e explicar as transformações que ocorrem na puberdade considerando a atuação dos hormônios sexuais e do sistema nervoso. (EF08CI09) Comparar o modo de ação e a eficácia dos diversos métodos contraceptivos e justificar a necessidade de compartilhar a responsabilidade na escolha e na utilização do método mais adequado à prevenção da gravidez precoce e indesejada e de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). (EF08CI10) Identificar os principais sintomas, modos de transmissão e tratamento de algumas DST (com ênfase na AIDS), e discutir estratégias e métodos de prevenção. (EF08CI11) Selecionar argumentos que evidenciem as múltiplas dimensões da sexualidade humana (biológica, sociocultural, afetiva e ética). Terra e Universo • Sistema Sol, Terra e Lua • Clima (EF08CI12) Justificar, por meio da construção de modelos e da observação da Lua no céu, a ocorrência das fases da Lua e dos eclipses, com base nas posições relativas entre Sol, Terra e Lua. (EF08CI13) Representar os movimentos de rotação e translação da Terra e analisar o papel da inclinação do eixo de rotação da Terra em relação à sua órbita na ocorrência das estações do ano, com a utilização de modelos tridimensionais. (EF08CI14) Relacionar climas regionais aos padrões de circulação atmosféricae oceânica e ao aquecimento desigual causado pela forma e pelos movimentos da Terra. (EF08CI15) Identificar as principais variáveis envolvidas na previsão do tempo e simular situações nas quais elas possam ser medidas. (EF08CI16) Discutir iniciativas que contribuam para restabelecer o equilíbrio ambiental a partir da identificação de alterações climáticas regionais e globais provocadas pela intervenção humana. XXVIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 28D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 28 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 CIÊNCIAS – 9o ANO UNIDADES TEMÁTICAS OBJETOS DE CONHECIMENTO HABILIDADES Matéria e energia • Aspectos quantitativos das transformações químicas • Estrutura da matéria • Radiações e suas aplicações na saúde (EF09CI01) Investigar as mudanças de estado físico da matéria e explicar essas transformações com base no modelo de constituição submicroscópica. (EF09CI02) Comparar quantidades de reagentes e produtos envolvidos em transformações químicas, estabelecendo a proporção entre as suas massas. (EF09CI03) Identificar modelos que descrevem a estrutura da matéria (constituição do átomo e composição de moléculas simples) e reconhecer sua evolução histórica. (EF09CI04) Planejar e executar experimentos que evidenciem que todas as cores de luz podem ser formadas pela composição das três cores primárias da luz e que a cor de um objeto está relacionada também à cor da luz que o ilumina. (EF09CI05) Investigar os principais mecanismos envolvidos na transmissão e recepção de imagem e som que revolucionaram os sistemas de comunicação humana. (EF09CI06) Classificar as radiações eletromagnéticas por suas frequências, fontes e aplicações, discutindo e avaliando as implicações de seu uso em controle remoto, telefone celular, raio X, forno de micro-ondas, fotocélulas etc. (EF09CI07) Discutir o papel do avanço tecnológico na aplicação das radiações na medicina diagnóstica (raio X, ultrassom, ressonância nuclear magnética) e no tratamento de doenças (radioterapia, cirurgia ótica a laser, infravermelho, ultravioleta etc.). Vida e evolução • Hereditariedade • Ideias evolucionistas • Preservação da biodiversidade (EF09CI08) Associar os gametas à transmissão das características hereditárias, estabelecendo relações entre ancestrais e descendentes. (EF09CI09) Discutir as ideias de Mendel sobre hereditariedade (fatores hereditários, segregação, gametas, fecundação), considerando-as para resolver problemas envolvendo a transmissão de características hereditárias em diferentes organismos. (EF09CI10) Comparar as ideias evolucionistas de Lamarck e Darwin apresentadas em textos científicos e históricos, identificando semelhanças e diferenças entre essas ideias e sua importância para explicar a diversidade biológica. (EF09CI11) Discutir a evolução e a diversidade das espécies com base na atuação da seleção natural sobre as variantes de uma mesma espécie, resultantes de processo reprodutivo. (EF09CI12) Justificar a importância das unidades de conservação para a preservação da biodiversidade e do patrimônio nacional, considerando os diferentes tipos de unidades (parques, reservas e florestas nacionais), as populações humanas e as atividades a eles relacionados. (EF09CI13) Propor iniciativas individuais e coletivas para a solução de problemas ambientais da cidade ou da comunidade, com base na análise de ações de consumo consciente e de sustentabilidade bem-sucedidas. Terra e Universo • Composição, estrutura e localização do Sistema Solar no Universo • Astronomia e cultura • Vida humana fora da Terra • Ordem de grandeza astronômica • Evolução estelar (EF09CI14) Descrever a composição e a estrutura do Sistema Solar (Sol, planetas rochosos, planetas gigantes gasosos e corpos menores), assim como a localização do Sistema Solar na nossa Galáxia (a Via Láctea) e dela no Universo (apenas uma galáxia dentre bilhões). (EF09CI15) Relacionar diferentes leituras do céu e explicações sobre a origem da Terra, do Sol ou do Sistema Solar às necessidades de distintas culturas (agricultura, caça, mito, orientação espacial e temporal etc.). (EF09CI16) Selecionar argumentos sobre a viabilidade da sobrevivência humana fora da Terra, com base nas condições necessárias à vida, nas características dos planetas e nas distâncias e nos tempos envolvidos em viagens interplanetárias e interestelares. (EF09CI17) Analisar o ciclo evolutivo do Sol (nascimento, vida e morte) baseado no conhecimento das etapas de evolução de estrelas de diferentes dimensões e os efeitos desse processo no nosso planeta. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. p. 344-351. XXIX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 29D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 29 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 Temas Contemporâneos Transversais Em diálogo constante com as competências gerais, as competências específicas e as habilidades da BNCC, esta obra aborda Temas Contemporâneos Transversais (TCTs) nos textos e por meio de diferentes atividades. Isso possibilita contextualizar o que é ensinado, trazendo para o estudo temas atuais que sejam de interesse dos estudantes e de rele- vância para seu desenvolvimento como cidadãos. São temas que se relacionam diretamente a demandas da sociedade contemporânea, sendo intensamente vividos pelas comunidades, pelas famílias, pelos estudantes e pelos educadores no dia a dia, influenciando e sendo influenciados pelo processo educacional. Os TCTs se relacionam com diversos campos do cotidiano dos estudantes. No contexto educacional, os TCTs são assuntos que não pertencem a uma área do conhecimento em particular; eles atravessam duas ou mais áreas, ou mesmo todas elas – motivo pelo qual são adjetivados como transversais. [...] A transversalidade é entendida como uma forma de organizar o trabalho di- dático-pedagógico em que temas, eixos temáticos são integrados às disciplinas, às áreas ditas convencionais de forma a estarem presentes em todas elas. A transver- salidade difere-se da interdisciplinaridade e complementam-se; ambas rejeitam a concepção de conhecimento que toma a realidade como algo estável, pronto e acabado. A primeira se refere à dimensão didático-pedagógica e a segunda, à abor- dagem epistemológica dos objetos de conhecimento. A transversalidade orienta para a necessidade de se instituir, na prática educativa, uma analogia entre apren- der conhecimentos teoricamente sistematizados (aprender sobre a realidade) e as questões da vida real (aprender na realidade e da realidade). Dentro de uma compre- ensão interdisciplinar do conhecimento, a transversalidade tem significado, sendo BE NT IN HO XXX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 30D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 30 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 Elaborado com base em: BRASIL. Ministério da Educação. Temas contemporâneos transversais na BNCC: proposta de práticas de implementação. Brasília, DF: MEC, 2019. p. 7. Esquema dos Temas Contemporâneos Transversais. uma proposta didática que possibilita o tratamento dos conhecimentos escolares de forma integrada. Assim, nessa abordagem, a gestão do conhecimento parte do pressuposto de que os sujeitos são agentes da arte de problematizar e interrogar, e buscam procedimentos interdisciplinares capazes de acender a chama do diálogo entre diferentes sujeitos, ciências, saberes e temas. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes curriculares nacionais gerais para a educação básica. Brasília, DF: MEC, 2013. p. 29. Na educação brasileira, os Temas Transversais foram inicialmente propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), em 1996. Nesse documento, foram propostos seis Temas Transversais: Saúde, Ética, Orientação sexual, Pluralidade cultural, Meio ambiente e Trabalho e Consumo. Com a elaboração e a homologação da versão final da BNCC, em 2018, os Temas Transversais foramincorporados à noção de Temas Contemporâneos e passaram a ser uma referência nacional obrigatória para a elaboração ou adequação dos currículos e das propostas pedagógicas. Assim, ampliados na forma de Temas Contemporâneos Transversais, passaram a compor quinze tópicos, distribuídos em seis grandes áreas temáticas, conforme representado esquematicamente na imagem a seguir. Com essa nova formulação e a orientação para sua obrigatoriedade no ensino, os TCTs visam permitir a efetiva educação para a vida em sociedade, favorecendo abordagens que incentivam o desenvolvimento da capacidade de gestão de conflitos e, consequentemente, contribuindo para o desenvolvimento de uma sociedade justa, próspera e pacífica. Existem distintas concepções de como trabalhar com os TCTs na escola, o que garante a autonomia das redes de ensino e dos professores em suas práticas pedagógicas. Vale destacar que os TCTs não devem ser trabalhados em blocos rígidos, em estruturas fechadas de áreas de conhecimento, mas de um modo contextualizado e transversalmente, por meio de abordagens que integrem os diferentes componentes curriculares. ED IT OR IA D E AR TEECONOMIA Trabalho Educação financeira Educação fiscal SAÚDE Saúde Educação alimentar e nutricional MEIO AMBIENTE Educação ambiental Educação para o consumo TEMAS CONTEMPORÂNEOS TRANSVERSAIS BNCC CIDADANIA E CIVISMO Vida familiar e social Educação para o trânsito Educação em direitos humanos Direitos da criança e do adolescente Processo de envelhecimento, respeito e valorização do idoso CIÊNCIA E TECNOLOGIA Ciência e tecnologia MULTICULTURALISMO Diversidade cultural Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras XXXI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 31D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 31 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 METODOLOGIAS ATIVAS PARA PROMOVER A APRENDIZAGEM E A ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA [...] Dois conceitos são especialmente poderosos para a aprendizagem hoje: apren- dizagem ativa e aprendizagem híbrida. As metodologias ativas dão ênfase ao papel protagonista do estudante, ao seu envolvimento direto, participativo e reflexivo em todas as etapas do processo, experimentando, desenhando, criando, com orientação do professor; a aprendizagem híbrida destaca a flexibilidade, a mistura e compar- tilhamento de espaços, tempos, atividades, materiais, técnicas e tecnologias que compõem esse processo ativo. Híbrido, hoje, tem uma mediação tecnológica forte: físico-digital, móvel, ubíquo, realidade física e aumentada, que trazem inúmeras possibilidades de combinações, arranjos, itinerários, atividades. Metodologias são grandes diretrizes que orientam os processos de ensino e apren- dizagem e que se concretizam em estratégias, abordagens e técnicas concretas, específicas e diferenciadas. Metodologias ativas são estratégias de ensino centradas na participação efeti- va dos estudantes na construção do processo de aprendizagem, de forma flexível, integrada e híbrida. As metodologias ativas, num mundo conectado e digital, expres- sam-se por meio de modelos de ensino híbridos, com muitas possíveis combinações. A junção de metodologias ativas com modelos flexíveis e híbridos traz contribui- ções importantes para o desenho de soluções atuais para os aprendizados de hoje. A aprendizagem mais intencional (formal, escolar) se constrói num processo com- plexo e equilibrado entre três movimentos ativos híbridos principais: a construção individual – na qual cada aluno percorre e escolhe seu caminho, ao menos parcial- mente; a grupal – na qual o aluno amplia sua aprendizagem por meio de diferentes formas de envolvimento, interação e compartilhamento de saberes, atividades e pro- duções com seus pares, com diferentes grupos, com diferentes níveis de supervisão docente; e a tutorial, em que aprende com a orientação de pessoas mais experien- tes em diferentes campos e atividades (curadoria, mediação, mentoria). Em todos os níveis há, ou pode haver, orientação ou supervisão, e ela é importan- tíssima para que o aluno avance mais profundamente na aprendizagem. Porém, na construção individual, a responsabilidade principal é de cada um, da sua iniciativa, do que é previsto pela escola e do que o aluno constrói nos demais espaços e tem- pos. O mesmo acontece na construção colaborativa ou grupal: nela, a aprendizagem depende muito – mesmo havendo supervisão – da qualidade, riqueza e iniciativas concretas dos grupos, dos projetos que desenvolvem, do poder de reflexão e da sis- tematização realizada a partir de atividades desenvolvidas. O papel principal do especialista ou docente é o de orientador, tutor dos estudantes individualmente e nas atividades em grupo, nas quais os alunos são sempre protagonistas. [...] BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. p. 4-5. Para que o trabalho na área se consolide de maneira a favorecer a alfabetização científica, dispomos de diferentes estratégias de aprendizagem (leituras, experimentos, confecção de modelos, pesquisas, entrevistas, produções escritas, debates, exposições orais, entre outras). Importante salientar que a aplicação de muitas dessas estratégias favorece o trabalho colaborativo. XXXII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 32D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 32 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 O trabalho em grupo, quando bem planejado, ajuda a desenvolver habilidades como liderança, iniciativa, responsabi- lidade, argumentação, capacidade de resolver problemas e pensamento crítico. O trabalho coletivo também permite que os estudantes desenvolvam competências socioemocionais, aprendendo a lidar com opiniões diferentes e exercitando a empatia e a colaboração. A coleção oferece diversas oportunidades para o trabalho em grupo. Contudo, para que o trabalho em grupo cumpra com seus objetivos pedagógicos, é preciso estar atento a alguns fatores. Para organização dos grupos, por exemplo, é importante considerar o tamanho da turma. É interessante que os grupos não sejam grandes demais, o que deixaria alguns estudantes sem função e reduziria os benefícios do trabalho coletivo. Grupos com cinco integrantes parecem ser os ideais para a realização da maioria das atividades escolares. Esse número permite uma boa socialização entre os integrantes, contribuindo para que a troca durante a atividade seja mútua. Mas sugerimos que avalie o número de estudantes na turma e a atividade proposta. Sempre que possível, é recomendado mesclar estudantes com habilidades diferentes. Essa estratégia pode ser muito rica, pois possibilita a troca entre os colegas e auxilia os estudantes a ter uma visão mais holística dos problemas propostos. Em algumas situações, no entanto, pode ser necessária a formação de grupos maiores. Isso pode acontecer, por exemplo, quando não for possível obter os materiais necessários em quantidade suficiente para a realização de uma atividade de modo a atender vários grupos menores. Então, permita a formação de grupos com um número maior de integrantes e, para que todos participem da atividade, oriente os estudantes a se organizarem em subgrupos de trabalhos. Cada subgrupo deve ficar responsável por uma etapa da atividade. Nesses casos, é importante que os subgrupos se apropriem dos resultados do trabalho dos colegas de equipe e, ao final, todos estejam a par do trabalho como um todo. O professor deve verificar se todos os estudantes estão desenvolvendo as tarefas que foram preestabelecidas e combinadas entre os subgrupos. O trabalho em grupo deve ser, antes de tudo, uma forma coletiva de construir o conhecimento. Para tanto, a inter- venção do educador é essencial. O professor deve oferecer suporte para que os estudantes se sintam à vontade para esclarecer dúvidas ou pedir ajuda para resolver divergências de opiniões, entre outras eventualidades que possam surgir. É importanteenfatizar que, embora no trabalho em grupo possa haver divisão de tarefas entre os integrantes, todos devem participar, discutir e argumentar. Como sugestão, ao final do trabalho, pode ser sugerida uma autoavaliação por parte de todos os integrantes do grupo, levando-se em consideração o sucesso e até mesmo as falhas cometidas. Isso pode ajudar os estudantes no próximo trabalho coletivo e é importante para o crescimento deles como cidadãos. Seja o trabalho individual, grupal ou tutorial, uma variedade de estratégias pode ser usada pelo professor, de acordo com seus objetivos, com os interesses da turma e com os recursos da escola. Aqui, apresentamos alguns caminhos possíveis, alinhados com as metodologias ativas, que se caracterizam “pela inter-relação entre educação, cultura, sociedade, política e escola, sendo desenvolvida por meio de métodos ativos e criativos, centrados na atividade do estudante com a intenção de propiciar a aprendizagem” (BACICH; MORAN, 2018). Atualmente, faz sentido buscar propostas que levem os estudantes a trabalhar com incertezas, de maneira que desenvolvam os próprios questionamentos e formas de aquisição de informação, por meio de pesquisas, produção de informação e compartilhamento. MONKEY BUSINESS IMAGES/SHUTTERSTOCK.COM XXXIIIXXXIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 33D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 33 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 1. Uso de tecnologias digitais Com a popularização da internet e a dispo- nibilidade cada vez maior de celulares e outros dispositivos móveis conectados, é, a cada dia, mais fácil combinar diferentes técnicas educacio- nais que se utilizem dessas ferramentas. Muitos professores ainda são resistentes ao seu uso, ale- gando que promovem a distração, ou tendo eles próprios dificuldades em lidar com alguns aspec- tos da tecnologia. Embora muitos desafios sejam impostos pelo simples fato de dar aos estudantes o acesso a esses equipamentos, a escola não pode apenas ignorar a realidade conectada atual. As tecnologias digitais estão intimamente ligadas às metodologias ativas de aprendizagem, pois permitem que os grupos de aprendizes se man- tenham conectados de maneira colaborativa, tanto entre pares quanto com seus tutores. As redes são fonte quase inesgotável e imediata de informações, possibilitando agilidade nas atividades do dia a dia e na resolução de problemas e desafios. O mundo digital também facilita a autoria, na medida em que abre portas para que os estudantes compartilhem o que produziram, avaliem-se mutuamente e tornem visíveis os resultados do seu trabalho, promovendo a valorização das próprias criações. É fato que o uso de tecnologias exige que a escola invista em infraestrutura e repense suas práticas pedagógicas. Ainda assim, é possível desenvolver excelentes propostas com equipamentos simples (até mesmo com celulares), aplicativos e programas gratuitos. Ser um nativo digital, como é o caso dos estudantes a que esta coleção está direcionada, não significa ser competente digital. A escola pode e deve investir na formação dos estudantes para que sejam bons usuários, de modo que possam: • saber conduzir uma pesquisa na rede, utilizando palavras-chave mais adequadas e precisas; • selecionar fontes confiáveis; • verificar e validar dados em diferentes fontes; • praticar o respeito aos direitos autorais de materiais já publicados, sejam imagens, textos, vídeos ou outros de qualquer natureza, sempre citando as fontes de suas pesquisas; • respeitar a opinião de outros em fóruns e chats de discussão, sabendo se colocar de maneira respeitosa, inteligente e argumentativa; • entender que o aparente anonimato proporcionado pelo mundo digital não exime ninguém de respeitar as leis vigentes; • respeitar a privacidade de outras pessoas e não se expor demais nas redes sociais, mantendo sua própria privacidade; • navegar com segurança e não compartilhar dados particulares (principalmente endereço, dados bancários e outros) em sites que não sejam seguros; • entender os limites do mundo digital e utilizar equipamentos com parcimônia, balanceando o tempo de navegação nas redes com outras atividades e mantendo suas relações presenciais de forma saudável. O uso das diferentes tecnologias digitais auxilia a promover as metodologias ativas. POPTIKA/SHUTTERSTOCK.COM XXXIV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 34D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 34 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 2. Atividades práticas: experimentos*, demonstrações e construção de modelos A construção de modelos é uma prática enriquecedora no estudo de diferentes assuntos – de células a sistemas planetários. As atividades práticas contribuem de forma significativa para a compreensão de ideias gerais da cultura e da meto- dologia científica, tais como: • reconhecer a importância do trabalho em grupo e compreender que a Ciência é um produto coletivo; • saber que o conhecimento científico é construído ao longo do tempo e depende, entre outras coisas, da disponibilidade de tecnologia do momento em que está inserido; • identificar um modelo como algo que nos ajuda a compreender a realidade; • perceber que a pesquisa e a observação são meios de obter informações confiáveis; • compreender que as hipóteses são respostas possíveis à determinada questão, e que para testar hipóteses existem procedimentos adequados; • formular hipóteses, maneiras de testá-las e prever resultados, o que constitui grande parte do trabalho dos cientistas; • registrar e comunicar resultados de maneira adequada e, para isso, utilizar textos, tabelas, fichas, desenhos, gráficos ou outros organizadores. RI DO /S HU TT ER ST OC K. CO M *Usamos o termo experimento no sentido amplo, vinculado a atividades em que há teste de hipótese. XXXV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 35D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 35 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 3. Pesquisas Pesquisar permite descobrir ou ampliar o que sabemos sobre determinado assunto. É fundamental que os estudantes compreendam a pesquisa como uma importante ferramenta de aprendizagem. Pesquisar proporciona aos estudan- tes desenvolver as habilidades de localizar, selecionar e usar informações, produzindo conteúdo próprio e significativo para eles. Entendemos que esse tipo de atividade contribui para o desenvolvimento de habilidades de investigação científica e autonomia dos estudantes. A habilidade de pesquisar informações em fontes impressas e digitais pode ser desenvolvida nas aulas de Ciências da Natureza. A pesquisa, para ser efetiva, deve ser ensinada na escola. Resumidamente, uma boa pesquisa pode ser guiada pelos seguintes passos: 1. Definir qual será o tema ou o objetivo da pesquisa: responder a um questionamento, aprender mais sobre um processo ou pessoa, encontrar a solução para um problema, divulgar informações corretas sobre determinado assunto, entre outros. 2. Pesquisar dados em fontes confiáveis e atuais (ver mais sobre a identificação de fontes confiáveis em outros momentos dos Manuais da coleção). A troca de informações entre os estudantes é desejável nesta etapa. 3. Selecionar informações a partir de dados relevantes obtidos na pesquisa, buscando atingir o objetivo estabelecido e registrar esses dados de maneira organizada. 4. Apresentar o resultado da pesquisa, de forma estruturada, clara e objetiva, seja em forma de texto, de cartaz, de palestra, entre outros, pensando na melhor linguagem para o público que o lerá. 5. Avaliar se a pesquisa atendeu ao objetivo inicial. Nas atividades de pesquisa, é desejável expor para os estudantes esses passos, de forma a familiarizá-los com o método. O professor pode fazer questões aos estudantes de modo que eles próprios cheguem aos passos da pesquisa anteriormente descritos. Por exemplo: 1. Qual é o objetivo da nossa pesquisa? O que queremos saber? 2. Que materiais vamos usar para chegar a nosso objetivo? Vamos à biblioteca ou usaremos a internet? Em que tipode livros ou sites devemos procurar? 3. Depois de encontrar os materiais sobre o assunto, o que devemos fazer? Será que precisaremos ler o material inteiro para achar o que buscamos? 4. Como deve ser a apresentação do resultado da pesquisa? A quem essas informações se destinam? 5. Depois de terminar o trabalho, perguntar: Vocês acham que a pesquisa atingiu o resultado desejado? Conseguimos descobrir o que queríamos? Nos Manuais desta coleção, procuramos orientar o professor nesse sentido, oferecendo sugestões de encaminha- mento da tarefa que contribuam para sua conclusão efetiva, bem como textos que explorem em mais detalhes o conteúdo exposto para os estudantes e sugestões de atividades complementares que ampliem e aprofundem a compreensão do objeto de estudo. BE NT IN HO XXXVI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 36D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 36 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 4. Competências comunicativas: leitura, escrita e oralidade Saber expressar-se e compreender uma linguagem é atribuir significado à informação, é dar sua própria interpreta- ção de algo, é, por fim, aprender. O domínio da linguagem é essencial em todos os componentes curriculares, porque cada uma delas é em si uma linguagem; aprender Ciências envolve o conhecimento de um vocabulário específico, de uma estrutura de pensamento e modo de ver o mundo característicos dessa área. De fato, ler e fazer Ciência têm muito em comum: para ambas as atividades, é preciso dispor de conhecimentos prévios, elaborar hipóteses, determinar a relevância da informação, comparar, fazer pausas para avaliar a compreensão e detectar eventuais falhas etc. Nesse sentido, vale ressaltar a importância da leitura inferencial. Por meio dela, os estudantes são requisitados a acessar seus conhecimentos e suas experiências vividas para construir um sentido para o que leem, seja em um texto ou em uma imagem. A leitura inferencial é dinâmica e exige que os estudantes organizem constantemente as informações para processar e compreender o que leem. Em muitas ocasiões desta coleção, os estudantes são convidados a fazer a leitura inferencial, concluindo o raciocínio a partir dos elementos apresentados. Em relação à leitura das imagens (ilustrações, fotografias, mapas e gráficos), ela faz parte da compreensão de um conteúdo. Uma imagem malfeita pode prejudicar, e muito, essa compreensão. A leitura de imagens permite que os estudantes desenvolvam habilidades de descrição, identificação, comparação, inferência, entre outras. Por vezes, não conseguimos imaginar “concretamente” como é o objeto representado em uma figura, principalmente quando ele nos é apresentado pela primeira vez. Muitos de nós já nos surpreendemos depois de perceber que uma célula, apesar de ser representada no plano, é uma estrutura tridimensional. A proporção entre os elementos, os cortes e o uso de cores artificiais são recursos que podem ser utilizados nas imagens dos livros didáticos e que precisam ser ensinados aos estudantes. Para isso, empregue um tempo da aula mostrando as particularidades de algumas imagens disponíveis na coleção. Ao longo dos comentários específicos das Unidades, oferecemos outras propostas para o trabalho com as imagens. • Proporção: explique que, nas páginas de um livro, nem sempre é possível respeitar a proporção entre os elemen- tos; é isso que está dito nos selos que mencionam “imagens fora de proporção”. Por exemplo, ao representar os planetas do Sistema Solar e suas órbitas, não é exequível um esquema que respeite as proporções de tamanho e de distância entre eles. O domínio da linguagem é favorecido em diferentes momentos no estudo de Ciências. PE OP LE IM AG ES .C OM – Y UR I A /S HU TT ER ST OC K. CO M XXXVII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 37D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 37 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 • Uso de cores artificiais: mostre que a fotografia de um microrganismo, por exemplo, foi colorida artificialmente (com o uso de substâncias corantes ou manipulação digital da imagem) para destacar melhor a forma ou que as cores diferentes das reais foram usadas nas figuras do corpo humano para que pudéssemos diferenciar uma parte da outra; em algumas imagens, o selo “as cores não são reais” aparecerá para alertar sobre esses casos. • Cortes e figuras do corpo humano: faça com que os estudantes percebam que algumas estruturas do corpo humano são desenhadas em corte (isto é, vistas “por dentro”). Em outras, alguns órgãos não foram representados para evidenciar outros. • Tamanho dos seres vivos: nas fotografias, procuramos informar os tamanhos reais dos seres vivos por meio de silhuetas, de modo que os estudantes possam ter noção e fazer comparações. • Ampliação das imagens feitas ao microscópio: a legenda das fotografias feitas ao microscópio informa quantas vezes a imagem foi ampliada em relação ao tamanho original do item apresentado. Mostre aos estudantes que esses números são muito grandes porque o objeto/ser retratado era muito pequeno, e foi preciso ampliar a imagem muitas vezes, com a ajuda do microscópio, até que pudéssemos enxergar esses objetos ou seres. [...] Os livros didáticos usualmente tentam suprir as dificuldades de entendimento da escrita com a utilização de ilustrações. A compatibilização das ilustrações com as informações apresentadas já é, por si só, um problema, ainda que, nas edições mais cuidadosas, esteja resolvido. [...] A maioria das ilustrações que se encontram nos bons livros é pouco explicati- va para quem tem um primeiro contato com as informações a serem passadas. A utilização de cortes, de projeções bidimensionais, de perspectivas distorcidas e de ampliações torna os objetos tridimensionais irreconhecíveis para a maioria dos su- jeitos que os veem pela primeira vez. Mais do que isso, leva à construção errônea de conceitos, relações e dimensões. Quem só conhece o fígado pelos desenhos do aparelho digestivo dificilmente tem noção de seu tamanho e de sua posição no organismo. A representação usual do sis- tema solar, em perspectiva, acentua a forma elíptica das órbitas, fazendo com que seja impossível perceber que a órbita terrestre é praticamente circular. Dadas as dis- tâncias e os tamanhos dos planetas, revela-se inviável a representação em escala do sistema solar. Esse aspecto é muito pouco assinalado nas representações usu- ais, dificultando a tarefa de compreender, por exemplo, a diferença entre as fases da Lua e seus eclipses ou por que é a inclinação dos eixos associada ao movimento de translação da Terra, e não a excentricidade, a responsável pelas estações do ano. [...] DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Docência em formação, p. 296-297). HH EN DR YC H/ SH UT TE RS TO CK .C OM XXXVIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 38D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 38 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 5. Entrevistas A entrevista é um tipo particular de pesquisa. Ela pode ser usada tanto para conhecer a opinião dos entrevistados quanto para obter informações sobre algo de sua especialidade. Por meio dela, os estudantes podem trabalhar habilidades de comunicação oral e escrita, além de valorizar outras formas de aprender e de se informar. Na coleção, incentivamos o uso da entrevista como maneira de se informar. Da mesma maneira que as demais estratégias, fazer uma entrevista também deve ser algo aprendido pelos estudantes e, por isso, deve ser uma atividade orientada pelo professor. É comum que estudantes muito novos tenham dificuldade em fazer o registro das respostas do entrevistado. Deve-se, portanto, ficar atento para auxiliá-los nessa tarefa e para adequar o conteúdo e a quantidade de informações a ser registrada à faixa etária de cada turma. Para que seja proveitosa, a entrevista deve ser orientada e planejada. A seguir, listamos algumas etapas que podem facilitaresse processo. • Informar aos estudantes o objetivo da entrevista e definir quem deverá ser entrevistado (alguém em particular ou pessoas com determinado perfil). Essa definição pode levar em conta características/conhecimentos específicos e pode ser decidida coletivamente. • Oferecer aos estudantes (principalmente aos mais novos) uma entrevista de revista, jornal ou site, nos moldes daquela que eles deverão fazer. A leitura coletiva de um modelo, seguida da discussão e do levantamento de alguns aspectos relevantes, como o tipo de questão, os indicativos da fala do entrevistador e do entrevistado, o registro escrito das expressões das pessoas (ex.: sorriso, silêncio), fornecerão aos estudantes ferramentas para suas próprias entrevistas. • Quando o entrevistado for alguém específico, fazer uma pesquisa prévia sobre ele: nome, perfil profissional ou educacional, interesses, trajetória de vida etc. • Coletivamente, definir os assuntos de interesse da pesquisa com base em seu objetivo e na curiosidade dos estudantes. Selecionar as questões que deverão ser feitas aos entrevistados, evitando as muito distantes do objetivo inicial e as que possam gerar respostas semelhantes. Organizar a dinâmica da entrevista: quem vai fazer as perguntas, em que ordem, quem vai registrar as respostas e de que forma. Registrar a rotina por escrito. LI GH TF IE LD S TU DI OS /S HU TT ER ST OC K. CO M Estudante coletando dados em uma entrevista. XXXIX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 39D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 39 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 • Combinar como será a entrevista: ao vivo, por telefone ou por e-mail. Orientar os estudantes a agendar um bom horário e data para a realização da entrevista, avisando também quanto tempo ela terá, aproximadamente. Duran- te a entrevista, os estudantes devem respeitar o momento de o entrevistado falar e tratá-lo com respeito. Ao final, devem agradecer as informações prestadas por ele. • Pedir a autorização ao entrevistado para divulgar as informações obtidas pela entrevista. • Em classe, organizar o material obtido de acordo com a proposta inicial. • Promover uma conversa coletiva com a turma para que os estudantes possam avaliar o resultado do trabalho e verificar se os objetivos foram alcançados. Geralmente, pedimos que os estudantes anotem apenas o primeiro nome e, por vezes, a idade do entrevistado, garantindo que outros dados pessoais sejam preservados. É importante que eles fiquem cientes que existe a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD). Essa lei estabelece regras sobre coleta, uso, armazenamento e compartilhamento de dados pessoais, impondo multas e sanções no caso de descumprimento. 6. Visitas a espaços culturais Nos Manuais do professor, há sugestões de visitas a museus e centros de pesquisa. É importante que o professor seja um agente disseminador de espaços culturais de sua região, conheça-os com os estudantes e aproveite seus recursos. Os estudantes devem ser ensinados a valorizar espaços fora da escola que favoreçam a pesquisa e a aprendizagem. Além dos museus e centros de pesquisa, há observatórios astronômicos, universidades, zoológicos, jardins botânicos, bibliotecas e centros de Ciência que oferecem horários para visitas e, por vezes, monitores especializados. As regras de cada espaço devem ser cumpridas para que a visita ocorra da maneira adequada. Busque saber quais são as recomendações antes de levar os estudantes e oriente a turma antes da saída. É importante também seguir as regras da escola no que diz respeito aos formulários que devem ser preenchidos, aos prazos que cada documento deve ser enviado à direção e à solicitação de autorização dos responsáveis, por exemplo. Pessoas visitando o aquário e museu em Porto de Nagoya, Japão, em 2015. Museus e outros espaços de educação não formal despertam o interesse e o engajamento nos estudantes. NO NC HA NO N/ SH UT TE RS TO CK .C OM XL D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 40D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 40 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 7. Projetos e feiras de Ciências Projetos caracterizam-se por unidades de trabalho relativamente amplas, com um fim em vista. São geralmente produzidos em grupo, em que os estudantes partem de um problema e buscam sua solução (HAYDT, 2011, p. 213). Os resultados dos projetos podem ser apresentados nas tradicionais feiras de Ciências. Estudantes da Escola Estadual Professora Leila Mara Avelino em feira de Ciências, Sumaré (SP), 2014. Projetos e feiras de Ciências estimulam o protagonismo do estudante. JO ÃO P RU DE NT E/ PU LS AR IM AG EN S Em linhas gerais, os projetos devem ser orientados segundo alguns passos: • definir o tema: considera-se um tema de importância particular para a turma ou para a comunidade, de maior ou menor abrangência. O tema pode ser trabalhado de forma interdisciplinar, envolvendo outras áreas do conhecimento; • escolher um problema: momento de transformar o tema em uma questão que incite soluções e demande a busca por informações; • conteúdos e atividades necessárias ao tratamento do problema: momento de elaborar com a turma a forma de conduzir a investigação, que atividades devem ser realizadas e por quem, que materiais são necessários, como os dados serão organizados e que público será alvo do projeto; • intenções educativas ou objetivos: definir e apresentar para os estudantes os objetivos da investigação; • fechamento: organizar e interpretar os dados que respondem ao problema inicial e definir como esses dados serão apresentados ao público que se destinam. Aqui entra a elaboração de folhetos, jornais, cartazes, encenações, maquetes, demonstrações ou exposições em feiras de Ciências; • avaliação: pode-se avaliar a colaboração dos estudantes no grupo, o resultado final, as dificuldades ao longo do percurso, a recepção do público-alvo, entre outros aspectos. Interessante também é promover a autoavaliação dos participantes do projeto sobre suas contribuições. XLI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 41D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 41 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 8. Sala de aula invertida Uma das técnicas mais simples e eficazes de promover a aprendizagem ativa é a chamada sala de aula invertida. Bergmann e Sams (2018, p. 11) foram os primeiros professores a divulgar as técnicas dessa metodologia: “Basicamente, o conceito de sala de aula invertida é o seguinte: o que tradicionalmente é feito em sala de aula, agora é executado em casa, e o que tradicionalmente é feito como atividade extraclasse, agora é realizado em sala de aula”. Para os autores, de maneira simplificada, o processo consistia em os estudantes assistirem a vídeos criados pelos professores, antes da aula, com os temas a serem trabalhados durante o período na escola. Essa é uma das técnicas possíveis, porém, outras formas podem ser criadas, como a pesquisa de informações em diversas fontes e a proposição inicial de problemas. Todos os volumes da coleção permitem o uso da sala de aula invertida, na medida em que os textos de apre- sentação dos conteúdos e as questões que os acompanham foram pensados para permitir que os estudantes os consumam com autonomia antes da aula. Nessa proposta, o tempo de classe ficaria reservado para discussão de dúvidas, ampliação dos temas e o trabalho com as atividades mais complexas encontradas ao final de cada capítulo, tais como pesquisas, debates, experimentos, modelos e outras que demandam maior intervenção do professor, como mediador e tutor dos estudantes. Essas atividades estão reunidas na seção Mergulho no tema. Outra maneira de aplicar a sala de aula invertida é partir de atividades, projetos, experimentos ou problemas cuja resolução envolva a busca por conhecimento, em uma ou mais áreas. Para que a sala de aula invertida seja possível, o papel do professor deixa de ser o de transmissor da informação e passa a ser o de orientador e tutor da turma, personalizandoos períodos de trabalho a partir das necessidades daquele grupo específico. O foco da aula passa a ser os estudantes e seus questionamentos e interesses. Objetivos Revisam o conteúdo e ampliam seus aprendizados. DepoisAntes Os estudantes se preparam estudando para as atividades em sala de aula. Durante Em sala de aula, praticam os conceitos aprendidos e recebem orientação do professor. Elaborado com base em: FLIPPED classroom. The University of Texas at Austin. Austin, c2022. Disponível em: https://ctl.utexas.edu/instructional-strategies/flipped-classroom. Acesso em: 21 jul. 2022. Esquema representando sala de aula invertida. BE NT IN HO XLII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 42D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 42 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 Bergmann e Sams (2018) listam as vantagens da aplicação da sala de aula invertida; algumas delas estão resumidas a seguir (a parte destacada é dos autores, e o resumo é uma observação nossa sobre o tópico). De acordo com eles, a inversão: • fala a língua dos estudantes de hoje, na medida em que se utiliza de materiais a que muitos estão acostumados a consultar, como vídeos da internet; • ajuda os estudantes ocupados, que podem flexibilizar o tempo em que consomem as informações; • ajuda os estudantes que enfrentam dificuldades, pois o professor pode atendê-los de maneira personalizada sempre que trazem dúvidas; • auxilia estudantes com diferentes habilidades a se superarem, e possibilita aos estudantes com necessidades educacionais especiais consumir o conteúdo de diferentes formas; • cria condições para que os estudantes pausem e rebobinem o vídeo produzido pelo professor, pois eles podem ver e rever o material quantas vezes precisarem, dando pausas e repetindo trechos (de vídeos ou de textos) como preferirem; • intensifica a interação estudante-professor, pois estabelece uma relação de orientação e tutoria próxima dos estudantes; • possibilita que os professores conheçam melhor os estudantes, no contexto das interações promovidas pela técnica; • aumenta a interação estudante-estudante, promovendo o trabalho em grupo e as competências socioemocionais; • permite a verdadeira diferenciação, pois o maior tempo de sala de aula dedicado ao trabalho prático permite que o professor identifique os estudantes que estão com mais dificuldades, dando a eles a atenção necessária; • muda o gerenciamento da sala de aula, pois a dinâmica de trabalho evita que o professor precise dedicar tempo para controlar os estudantes distraídos ou indisciplinados que atrapalham a aula expositiva; • muda a maneira como conversamos com os pais, focando as reuniões no aprendizado dos estudantes e não em seu comportamento em sala de aula; • educa os pais, na medida que permite que participem do momento em que os estudantes estão consumindo a informação, em casa. Embora o método da inversão tenha diversas vantagens, em muitos casos ele não é aplicável, seja por opção do professor, seja por outra dificuldade qualquer. Caso a sala de aula invertida não seja a melhor opção para o professor, o material desta coleção pode ser aplicado da maneira tradicional: as aulas expositivas são dadas na escola, com alguns trabalhos práticos, e outras tarefas são feitas em casa pelos estudantes. 9. Pensamento computacional Pensamento computacional é a habilidade de resolver problemas com eficiência, usando conceitos básicos da computação. Contudo, o pensamento computacional não depende do uso de computadores nem requisita o domínio da linguagem de programação. O termo Computational Thinking foi usado pela primeira vez em 1980, mas teve maior repercussão no ano de 2006, com os estudos da pesquisadora estadunidense e professora de Ciência da Computação Jeannette Wing. De lá para cá, diversos pesquisadores se dedicaram ao estudo do pensamento computacional e, estando de acordo com BRACKMANN (2017), consideramos que ele tem quatro pilares: SA SH A BL AC K/ SH UT TE RS TO CK .C OM XLIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 43D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 43 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 O pensamento computacional ajuda a desenvolver o raciocínio lógico e é mais uma ferramenta para favorecer o protagonismo dos estudantes, possibilitando a eles estruturar os seus próprios passos para resolver os problemas. Quando aliado a metodologias ativas de aprendizagem no contexto escolar, o pensamento computacional contribui simultaneamente para o desenvolvimento de habilidades matemáticas e para aproximar os estudantes do fazer científico. [...] As características do pensar computacional privilegiam elementos do saber e do fazer matematicamente no processo de aprendizagem, como: formular problemas; representar dados através de abstrações, como modelos e simulações; automatizar soluções através do pensamento algorítmico; identificar, analisar e implementar possíveis soluções; lidar com problemas abertos e imprevisíveis, como: abstração, algoritmo, decomposição, reconhecimento e generalizações de padrões etc. (BAR- BA, 2016; WING, 2014). As características do Pensamento Computacional aliadas ao processo das características do fazer e aprender matematicamente valorizam: (i) o desenvolvimento de ideias; (ii) a resolução de problemas; (iii) a reflexão, análise e descrição de hipótese; (iv) a formulação criativa de soluções para um dado proble- ma; (v) a construção e aprimoramento de estratégias, indo além da computabilidade; (vi) a compreensão dos fenômenos locais e globais com o uso da programação e ro- bótica; e (vii) o incentivo à tomada de decisões individual/coletiva, etc. [...] AZEVEDO, Greiton Toledo de; MALTEMPI, Marcus Vinicius. Processo de aprendizagem de matemática à luz das metodologias ativas e do pensamento computacional. Ciência & Educação, Bauru, n. 26, 2020. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ciedu/a/ dRXC3YvVLztYHK6bZZm6d6m/?lang=pt. Acesso em: 21 jul. 2022. Em Ciências da Natureza, é possível perceber o pensamento computacional no próprio método científico, como na identificação do problema e na formulação e teste de hipóteses. Nesta coleção, sugerimos o emprego do pensamento computacional para a resolução de algumas atividades propostas tanto no Livro do estudante como no Manual do professor (parte específica), mas ele pode ser usado em diversos outros momentos do ensino. Muitas atividades da seção Mergulho no tema possibilitam esse trabalho. Caso queira conhecer mais sobre pensamento computacional, sugerimos o curso e os materiais sugeridos na seção Para saber mais. Elaborado com base em: BRACKMANN, Christian Puhlmann. Desenvolvimento do pensamento computacional através de atividades desplugadas na educação básica. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – Centro de Estudos Interdisciplinares em Novas Tecnologias na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017. Decomposição: processo de divisão do problema em partes menores para facilitar a resolução. Reconhecimento de padrão: processo de identificar características do problema. Algoritmo: sequência de etapas, o passo a passo para a solução do problema. Abstração: processo de identificar o que é essencial, deixando o que é menos importante de lado. OR AC IC AR T Esquema representando os pilares do pensamento computacional. RAMCREATIVE/SHUTTERSTOCK.COM XLIV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 44D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 44 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 https://www.scielo.br/j/ciedu/a/dRXC3YvVLztYHK6bZZm6d6m/?lang=pt » CORREA, Ronaldo. Pensamento computacional – Apresentação. 2021. 22 vídeos (entre 6min14s e 25min7s). Publicado por Univesp. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=J3JhWU4_H_ Y&list=PLxiS0D3M11e4MxZX7jjEgyo1iEmOBir3v. Acesso em: 22 jul. 2022. Um curso completo que trata sobre diversos aspectos do pensamento computacional, entre eles: resolução de problemas, pensamento crítico, criatividade e flexibilidade cognitiva.» WING, Jeannete. Pensamento computacional: um conjunto de atitudes e habilidades que todos, não só cientistas da computação, ficaram ansiosos para aprender e usar. Revista Brasileira de Ensino de Ciência e Tecnologia, Ponta Grossa, v. 9, n. 2, p. 1-10, maio/ago. 2016. Disponível em: https:// periodicos.utfpr.edu.br/rbect/article/view/4711/pdf. Acesso em: 22 jul. 2022. Artigo que traz a tradução do trabalho intitulado Computational Thinking, da autora estadunidense Jeannette Wing, professora de Ciência da Computação e chefe do Departamento de Ciência da Computação na Universidade de Carnegie Mellon, Pittsburgh, estudiosa do pensamento computacional. » BRACKMANN, Christian Puhlmann. Desenvolvimento do pensamento computacional através de atividades desplugadas na educação básica. Tese (Doutorado em Informática na Educação) – Centro de Estudos Interdisciplinares em Novas Tecnologias na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2017. Tese de doutorado com exemplos de atividades que trabalham o pensamento computacional. PARA SABER MAIS AVALIAÇÃO Aprender é um processo contínuo e realizar o mapeamento do que os estudantes aprenderam e o que ainda precisa ser retomado ou aprofundado é fundamental para garantir a aprendizagem efetiva. Assim, a avaliação é um ato “ao longo de”, e não “após o” processo de aprendizagem. Avaliamos os estudantes até mesmo antes de iniciar um conteúdo, detectando seus conhecimentos prévios e trazendo à memória o que eles já sabem. Avaliação eficiente é aquela que orienta e transforma, e não apenas atribui uma nota. Avalia-se com o objetivo de identificar e trabalhar as dificuldades de cada estudante, ajudando-os a superá-las. Por meio dos erros e das dificuldades da turma, o professor pode direcionar e ajustar seu próprio trabalho. O resultado das avaliações deve ser apresentado aos estudantes; sem esse retorno, a avaliação não faz sentido. Os estudantes devem ser ensinados, desde sempre, a não temer esse momento e saber como usá-lo a seu favor: comente com eles que não se trata de dar nota, de medir a “quantidade” de coisas que eles sabem, de punir alguns estudantes ou de comparar os membros da classe ou as classes na escola (fazendo um ranking). A avaliação deve ser uma reorientação de rota, buscando a melhor direção para aqueles estudantes e para aquela classe, até o resultado desejado. Podemos considerar a avaliação segundo alguns aspectos. 1. A avaliação deve ser formativa, contínua e sistemática, planejada ao longo do processo escolar. 2. A avaliação deve ser funcional, pois é realizada em função de objetivos preestabelecidos que se pretende que os estudantes alcancem. 3. A avaliação deve ser orientadora, indicando ao professor e aos estudantes que caminhos seguir para progredir na aprendizagem. 4. A avaliação deve ser integral, considerando os estudantes como um todo e analisando todas as suas dimensões (elementos cognitivos, comportamentais, sociais e físicos). XLV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 45D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 45 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 https://www.youtube.com/watch?v=J3JhWU4_H_Y&list=PLxiS0D3M11e4MxZX7jjEgyo1iEmOBir3v Há diversas maneiras de avaliar, e cada professor pode dispor de um conjunto de formas de avaliação que, aplicadas de maneira combinada, resultam em análises mais completas e seguras para que sejam feitas correções de rotas, a tempo, para o bom aprendizado dos estudantes. Seguem alguns caminhos possíveis. • Rubricas aplicadas a atividades práticas e projetos. Esses trabalhos demonstram o nível de envolvimento, o respeito aos colegas e a disposição dos estudantes em colaborar com os demais. Também permitem avaliar se os estudantes lidam de forma adequada com materiais no laboratório, normas de segurança e procedimentos e se apresentam os resultados do trabalho com clareza e organização. [...] uma rubrica é um procedimento, ou guia de pontuação, que lista critérios específicos para o desempenho dos estudantes e, em muitos casos, descreve dife- rentes níveis de desempenho para esses critérios. Uma boa rubrica deve abordar todos os componentes relevantes de um artefato ou outro tipo de tarefa dentro de um projeto de Aprendizagem Baseada em Projetos (ABP), assim como um conjunto de critérios específicos para o trabalho dos estudantes. As rubricas devem ser cons- truídas para produzir resultados consistentes sobre o mesmo produto ou artefato, mesmo se a avaliação baseada em rubricas for completada por diferentes avalia- dores. Devido ao alto nível de especificidade exigido pelas rubricas, elas fornecem excelente orientação para os projetos de estudantes dentro do framework da ABP e, por essa razão, devem ser compartilhadas com os estudantes antes ou à medida que as tarefas de ABP forem realizadas. BENDER, William N. Aprendizagem baseada em projetos: educação diferenciada para o século XXI. Porto Alegre: Penso, 2014. p. 133. • Prova escrita e prova oral. A prova escrita é provavelmente a avaliação mais comum. Ela permite identificar a aquisição de conhecimentos e a capacidade de expressar-se por escrito. Uma prova bem elaborada contempla questões que exigem diferentes habilidades, tais como identificar, definir, explicar, exemplificar, comparar e justifi- car. Já a prova oral atualmente é pouco utilizada, mas pode constituir um recurso importante para avaliar as habi- lidades relacionadas à clareza do discurso, ao uso de vocabulário, à pronúncia e à elaboração do raciocínio, bem como à disposição em respeitar o direito dos colegas quando estiverem falando. • Avaliação de atitudes e valores. Verificar a disposição dos estudantes em reagir positiva ou negativamente a ideias e atividades, seja de forma individual ou em grupo. Atitudes e valores tendem a ser mais permanentes (embora possam mudar ao longo da vida) do que os próprios conhecimentos adquiridos. Também condicionam o comportamento e a tomada de decisões na vida em sociedade, sendo muito importantes para serem deixados de lado pela escola. Embora não seja possível dar nota a valores e atitudes, podemos avaliá-los, estando aten- tos a esses aspectos e obtendo dados que podem levar os estudantes a refletir sobre seus comportamentos. O professor pode comunicar aos estudantes que determinadas atitudes são importantes ao longo de uma tarefa ou promover pequenos momentos de conversa sobre temas como empatia, fala e escuta respeitosa, ética, inte- gridade e cooperação. Em cada Unidade, a seção de Abertura pode ser utilizada para mapear conhecimentos, habilidades, atitudes e valores que os estudantes detêm ao chegar à sala de aula. Isso constitui uma avaliação diagnóstica que auxilia a planejar as aulas a partir dos saberes manifestados pelos estudantes. Com base nesse diagnóstico, é possível ajustar o desenvolvimento das aulas de modo a auxiliar a superação de dificuldades e a exploração de potencialidades. As atividades propostas favorecem situações de diálogo, em que os estudantes, ao manifestarem suas respostas, poderão expor o que sabem sobre alguns dos principais assuntos que serão desenvolvidos ao longo da Unidade. Trata-se também de um momento propício para integrar a turma e possibilitar que os estudantes se conheçam melhor e interajam entre si. XLVI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 46D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 46 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 » ZABALA, Antoni. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 2018. O autor propõe uma extensa análise da prática educativa e pauta orientações que visam melhorá-la, envolvendo as diferentes atividades docentes. » LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. São Paulo: Cortez, 2013. Livro destinado a educadores, com estudos e considerações profundas sobre a avaliação escolar, visando torná-la mais viável e construtiva. PARA SABER MAIS GESTÃO DO TEMPO E POSSIBILIDADES DA COLEÇÃO Embora sejam práticas recorrentes e necessáriasna vida do professor, a gestão do tempo e o planejamento vêm ganhando cada vez mais importância, à medida que ele precisa avaliar e decidir, entre a grande disponibilidade de estratégias e materiais educativos, quais são mais adequados para sua realidade e quanto tempo deve se dedicar a cada item. Selecionar, semanalmente, não só os conteúdos a serem trabalhados mas também quais materiais serão necessários e qual metodologia será utilizada é uma tarefa que demanda tempo e que precisa estar inserida no planejamento. Pensando nessa demanda, o material está organizado em oito unidades, permitindo que o professor tenha flexibili- dade para montar seu plano de aulas. Dessa forma, para um ano letivo dividido em quatro bimestres, sugerimos trabalhar duas unidades por bimestre. As unidades podem ser aplicadas na sequência proposta pelos livros ou na sequência que o professor considerar mais adequada ao seu planejamento. A apresentação dos conteúdos, na coleção, foi pensada para se concentrar no essencial da área, contemplando o que demanda a BNCC e respeitando o espaço de personalização das aulas, de acordo com os interesses da turma e levando em consideração a realidade local. Esta coleção definitivamente não objetiva esgotar os temas de Ciências da Natureza. Mais adiante, neste Manual, há uma sugestão de organização semestral, trimestral ou bimestral para cada volume desta coleção. A organização dos conteúdos na coleção Para a organização e a disposição dos conteúdos da coleção, a BNCC foi utilizada como eixo norteador. Com base no documento e em suas indicações de objetos de conhecimento e de habilidades, foi construída uma grade que abarca não só o que a BNCC propõe mas também outros temas importantes de acordo com os objetivos de ensino já discutidos. À medida que o plano pedagógico traçado se desenvolve, a avaliação reguladora, ou de processo, permite conhecer como cada estudante aprende ao longo do processo de aprendizagem. Para contribuir com essa tarefa, cada Unidade conta com diversas instâncias da seção Atividades, que podem fazer parte da avaliação reguladora. As seções Ponto de checagem, Fim de papo e o encerramento da Questão central foram pensadas para serem realizadas ao final de cada Unidade, abrangendo alguns dos principais objetivos pedagógicos. Elas possibilitam apurar os resultados obtidos, isto é, realizar uma avaliação final ou de resultado das aprendizagens desenvolvidas em relação àqueles objetivos pedagógicos estabelecidos no início da Unidade. No tópico Itens para avaliação, na página LVI, é fornecida uma série de questões objetivas distribuídas entre as oito Unidades deste livro. Além de poderem ser empregadas como complemento à avaliação dos estudantes, elas ajudam a prepará-los para exames de larga escala nacionais. XLVII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 47D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 47 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 Os quatro volumes da coleção Esta coleção buscou respeitar o equilíbrio entre as três unidades temáticas propostas pela BNCC para Ciências nos anos finais do Ensino Fundamental: Matéria e energia, Vida e evolução e Terra e Universo. O Volume 6 foi elaborado para que os estudantes tenham contato com os principais temas da área de Ciências da Natureza: Biologia, Química, Geologia e Física (incluindo a Astronomia), de maneira equilibrada. No estudo do ambiente, os estudantes poderão compreender como se organiza a vida em diferentes níveis de complexidade, como se dá a percepção do ambiente e a interação com ele. Ainda sobre o tema ambiente, vão analisar algumas de suas características e perceber que há uma intrínseca ligação entre elas e a maneira como os seres vivos criam relações com os fatores abióticos do ambiente e entre si. Partindo do ambiente terrestre, é possível “olhar para fora”, percebendo o espaço e de que maneira fenômenos que acontecem no Universo afetam a Terra. Aqui, consideramos importante manter a perspectiva da própria Terra, analisando os fenômenos a partir da percepção de seus efeitos, que podem ser sentidos ou medidos por nós, no nosso planeta. Já em relação à Matéria e energia, os estudantes poderão estudar e analisar fenômenos que envolvem as substâncias, o que acontece nas interações entre elas e a importância dos materiais e misturas para o desenvolvimento científico e tecnológico. O Volume 7 amplia essa visão integrada, trazendo os temas de forma um pouco mais detalhada e aprofundada. Nesse ano, o estudo da Ecologia ganha relevância com o objetivo de caracterizar a paisagem da natureza brasileira em diferentes categorias (ecossistemas e biomas), bem como avaliar os impactos ambientais de alterações que os afetam. Ainda no tema Vida e evolução, o ambiente é analisado com maior profundidade, sem perder a visão global, no estudo da atmosfera e da litosfera, ao tratar da compreensão de fenômenos e do tema da transformação, uma das grandes ideias da Ciência. O estudo do corpo humano é feito com base na discussão sobre o conceito de saúde individual e coletiva, de modo que se conecte ao ambiente e às interações, estudados anteriormente. A unidade temática Matéria e energia é abordada no estudo das máquinas e das transformações que elas causaram na economia, no ambiente e na qualidade de vida das pessoas. Outro componente relevante para essa unidade temática é o calor e suas implicações tanto para a vida quanto para outros fenômenos físicos, bem como os usos econômicos e tecnológicos de seus princípios. No Volume 8, a interação é o grande fio condutor dos temas estudados. Em Vida e evolução, a reprodução (em especial a humana) é abordada não apenas do ponto de vista dos processos físicos mas das relações socioculturais e afetivas entre as pessoas, com foco nas transformações que ocorrem na adolescência. A energia e seus efeitos, em Matéria e energia, são tratados por meio de suas manifestações em diferentes formas, e um forte componente desses temas se traduz no estudo da interação da energia com o ambiente, por meio da abordagem dos impactos da geração e do consumo energético dos dias de hoje. Outras interações importantes se apresentam no estudo do sistema Sol-Terra-Lua, em que os estudantes podem compreender, de maneira mais ampla e aprofundada, alguns dos fenômenos terrestres decorrentes dessas interações, tais como a ocorrência dos dias e das noites, das estações do ano e dos eclipses. Para o Volume 9, estão reservados conteúdos em que a capacidade de abstração dos estudantes é bastante solicitada. No eixo Vida e evolução, os conceitos fundamentais da Genética e da hereditariedade são explicados e possibilitam a compreensão das bases da teoria evolucionista. Na unidade temática Matéria e energia, temas como átomos, elementos químicos, ligações e reações químicas, e ainda o estudo das radiações eletromagnéticas e da luz, exigem também um bom raciocínio abstrato, embora a coleção procure trazer explicações moldadas a partir de experiências concretas e exemplos cotidianos. Ao tratar de responsabilidade em relação ao ambiente, espera-se que os estudantes sejam capazes de um raciocínio abrangente para compreender que as ações de conservação e preservação podem ser locais e ainda ter seus efeitos ampliados globalmente, pois a natureza é um sistema integrado em equilíbrio dinâmico. Em Terra e Universo, abordam-se elementos mais abrangentes, como estrelas, constelações, formação dos planetas e ciclo evolutivo de alguns astros. Dessa maneira, busca-se ampliar a compreensão dos estudantes acerca do Universo e de tudo aquilo que ainda é desconhecido pela Ciência, dada a vastidão do objeto de estudo considerado. Essa ideia, fundamental para a Ciência, e da qual ainda há muito a conhecer, fecha o ciclo do Ensino Fundamental – Anos Finais. XLVIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 48D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 48 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 A BNCC na coleção 6o ano Unidade Habilidades Conteúdos TCT 1. Formato e movimentosda Terra EF06CI13 EF06CI14 • Evidências e percepção da forma esférica da Terra. • Rotação e translação da Terra (observador na superfície do planeta). • Influência dos movimentos da Terra na vida. Diversidade cultural 2. Estrutura da Terra EF06CI11 • A Terra e as condições para existência de vida. • Camadas da Terra. • Litosfera. • Hidrosfera e distribuição dos recursos hídricos na Terra. • Ciclo da água. • Atmosfera e suas camadas. — 3. Rochas e solo EF06CI12 • Rochas e minerais. • Diferentes tipos de rocha, formação e transformação. • Formação e importância dos fósseis. • Composição, formação e tipos de solo. • Usos do solo. Educação em direitos humanos Educação ambiental Ciência e tecnologia 4. Das células ao organismo EF06CI05 EF06CI06 • Como caracterizar a vida. • A reprodução dos seres vivos. • Teorias sobre a origem da vida e os primeiros seres vivos. • A célula, histórico de sua descoberta e organização de sua estrutura. • Níveis de organização dos seres vivos. — 5. Os sentidos EF06CI08 • Os sentidos e a captação de estímulos. • Visão, olfato, gustação, audição, equilíbrio e tato: estruturas básicas de funcionamento. Ciência e tecnologia 6. Os sistemas nervoso e locomotor EF06CI07 EF06CI09 EF06CI10 • O sistema nervoso e a interpretação dos estímulos. • A organização e o funcionamento do sistema nervoso. • Drogas e sua ação no sistema nervoso. • Ossos, músculos e as respostas efetoras do corpo. • Estrutura dos sistemas esquelético e muscular. • O movimento. • Ação conjunta do sistema nervoso e do sistema endócrino. Saúde XLIX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 49D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 49 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 7. A matéria e suas transformações EF06CI02 EF06CI04 • Matéria e substâncias. • Conceito de massa e volume. • Transformações físicas e químicas da matéria. • Materiais sintéticos (fibras sintéticas, medicamentos e plásticos). • Controle de algumas transformações. Educação para consumo 8. Misturas EF06CI01 EF06CI03 • O que são misturas. • Misturas homogêneas e heterogêneas. • Métodos de separação de misturas. Saúde Educação ambiental Educação em direitos humanos Educação para o consumo 7o ano Unidade Habilidades Conteúdos TCT 1. Saúde EF07CI09 EF07CI10 • O que é saúde. • Indicadores de saúde (taxa de mortalidade, cobertura de saneamento básico e expectativa de vida). • Microrganismos e doenças (breve descrição do grupo dos vírus e das bactérias, apresentação de algumas das principais doenças). • O corpo e as doenças transmissíveis. • Vacinas. • Covid-19. • Soros. Saúde 2. Biomas brasileiros EF07CI07 • Biomas do Brasil. • Zonas de transição. • Manguezais. • Os ecossistemas aquáticos. Educação ambiental 3. Ecossistemas e impactos ambientais EF07CI08 • Os ecossistemas. • As cadeias alimentares. • Impactos ambientais por ações humanas. • Impactos ambientais por catástrofes naturais. • Principais ameaças aos biomas brasileiros. Ciência e tecnologia 4. O ar EF07CI12 EF07CI13 EF07CI14 • A composição do ar. • A atmosfera, sua importância e camadas. • Importância da camada de ozônio. • Efeito estufa. • Aquecimento global. • Ações para diminuir a poluição atmosférica e o aquecimento global. Educação ambiental Educação para consumo 5. Dinâmicas da crosta terrestre EF07CI15 EF07CI16 • A estrutura da Terra. • O dinamismo da Terra. • Deriva continental. • A tectônica de placas. • Terremotos e vulcanismo. • Formação de relevo. — L D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 50D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 50 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 6. Máquinas simples EF07CI01 • Força e combinação de forças. • Aceleração e velocidade. • Força peso e gravidade. • O que são máquinas simples (alavanca, plano inclinado, polias e engrenagens). Ciência e tecnologia Educação em direitos humanos 7. Energia e calor EF07CI02 EF07CI03 EF07CI04 • Energia e suas formas. • Energia térmica e calor. • Temperatura e sensação térmica. • Escalas termométricas. • Contração e dilatação. • Densidade. • Formas de transmissão de calor (condução, convecção e irradiação). • Aplicações da propagação de calor. Educação para o consumo Educação fiscal 8. Máquinas e sociedade EF07CI04 EF07CI05 EF07CI06 EF07CI11 • Força motriz. • Roda-d’água. • Máquinas térmicas. • Motor a vapor. • Motor a combustão. • Combustíveis (petróleo e outros) e seus impactos no ambiente. • Transportes e comunicação. • A industrialização e o ambiente. Ciência e tecnologia 8o ano Unidade Habilidades Conteúdos TCT 1. A reprodução dos seres vivos EF08CI07 • A importância da reprodução. • Tipos de reprodução (assexuada e sexuada). • Vantagens e desvantagens de cada tipo. • Reprodução assexuada (desde seres procariontes e unicelulares até animais). • Reprodução sexuada (em plantas e animais). Ciência e tecnologia 2. A reprodução humana EF08CI08 EF08CI09 EF08CI10 EF08CI11 • Diferenciação de reprodução, sexo, relação sexual e sexualidade. • Adolescência. • Sistemas genitais. • Ovulação e fecundação. • Menstruação. • Gravidez e parto. • Métodos contraceptivos. • ISTs. Educação em direitos humanos LI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 51D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 51 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 3. A energia EF08CI02 EF08CI03 EF08CI04 • Tipos de energia e as transformações de uma para outra. • Trabalho e potência. • Equipamentos elétricos. • Eletricidade. • Corrente elétrica. • Magnetismo. • Eletromagnetismo. — 4. Geração de energia e seus impactos EF08CI01 EF08CI05 EF08CI06 • Geração de energia elétrica no Brasil. • Fontes de energia não renováveis e renováveis. • Diferentes formas de geração de energia elétrica e seus impactos ambientais. • Consumo responsável de energia elétrica. Ciência e tecnologia 5. A Terra e a Lua EF08CI12 EF08CI13 • Modelos geocêntrico e heliocêntrico. • Movimentos dos astros no céu. • Rotação: dias e noites. • A Lua, origem e movimentos. • Fases da Lua. • Eclipses. Diversidade cultural 6. As estações do ano EF08CI13 • O movimento pendular do Sol. • A translação da Terra. • As estações do ano. • Insolação e aquecimento. • Zonas térmicas. • As estações do ano no Brasil. • Estações do ano em culturas indígenas. Diversidade cultural 7. Clima e meteorologia EF08CI14 EF08CI15 • Atmosfera e os fenômenos atmosféricos. • Tempo e clima. • Previsão do tempo. • Os diversos tipos de clima. Ciência e tecnologia 8. Crise climática EF08CI16 • O que é crise climática. • Ciclos naturais e ação humana. • Impactos das mudanças climáticas. • O que podemos fazer nesse cenário. Educação ambiental Educação para o consumo LII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 52D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 52 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 9o ano 1. A estrutura da matéria EF09CI03 • Ideias sobre a matéria. • Modelos atômicos. • Átomos e elementos químicos. • Classificação dos elementos químicos e a tabela periódica. Educação em direitos humanos 2. As transformações da matéria EF09CI01 EF09CI02 • Estados físicos da matéria. • Mudanças de estado físico e o que acontece com os átomos em cada uma delas. • Ponto de ebulição e ponto de fusão. • Transformações químicas. • Ligações químicas: iônica, covalente e metálica. • Reações químicas, representação e balanceamento de equações. — 3. Hereditariedade EF09CI08 EF09CI09 • Primeiros estudos sobre hereditariedade. • O trabalho de Mendel. • O surgimento da Genética. • Alguns conceitos em Genética. • As leis de Mendel. • Estudos sobre a transmissão de características. • Alterações genéticas. • Genética na atualidade. — 4. Biodiversidade e evolução EF09CI10 EF09CI11 • Fixismo e transformismo. • Lamarckismo. • Darwinismo. • A teoria de Darwin e Wallace. • Diferenças entre darwinismo e lamarckismo. • Teoria sintética da evolução. • Evidências daevolução. Saúde 5. Conservação da biodiversidade EF09CI12 EF09CI13 • O que é biodiversidade. • Ameaças à biodiversidade (uso do solo e dos mares, exploração predatória, mudanças climáticas, poluição, introdução de espécies) • Soluções para a conservação. • Unidades de conservação. Educação ambiental Educação para o consumo LIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 53D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-006-053-G24.indd 53 31/08/22 12:2731/08/22 12:27 6. Luz e som EF09CI04 EF09CI05 EF09CI06 • Ondas e suas características. • Tipos de onda. • O som e suas propriedades. • Ondas eletromagnéticas. • Propriedades da luz, refração e reflexão. Educação para o trânsito 7. Aplicações das radiações EF09CI05 EF09CI06 EF09CI07 • Raios gama. • Raios X. • Radiação ultravioleta. • Luz visível. • Infravermelho. • Micro-ondas. • Ondas de rádio. • Telecomunicações. Ciência e tecnologia 8. Sistema Solar e Universo EF09CI14 EF09CI15 EF09CI16 EF09CI17 • O céu em diferentes culturas. • Formação do Universo e distâncias astronômicas. • Formação e composição do Sistema Solar. • O Sol. • Planetas rochosos e gasosos. • Planetas-anões, satélites, asteroides, cometas e meteoroides. • Condições de vida fora da Terra. • Colonização espacial. Educação para valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e culturais brasileiras SUGESTÃO DE EVOLUÇÃO SEQUENCIAL DE CONTEÚDOS PARA O LIVRO DO 6O ANO ORGANIZAÇÃO UNIDADES PRINCIPAIS CONTEÚDOS BNCC NA UNIDADE 1o tr im es tr e 1o b im es tr e 1 – Formato e movimentos da Terra • Observações de Eratóstenes • Esfera e abóboda celestes • Percepção do formato da Terra • Rotação • Translação Habilidades: EF06CI13 EF06CI14 Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9 e 10 Competências específicas: 1, 3, 5, 6 e 8 Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural 2 – Estrutura da Terra • O interior da Terra • Litosfera • Hidrosfera • Atmosfera Habilidade: EF06CI11 Competências gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9 e 10 Competências específicas: 1, 2, 5, 6 e 8 LIV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 54D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 54 31/08/22 11:2331/08/22 11:23 2o tr im es tr e 2o b im es tr e 3 – Rochas e solo • Minerais e minérios • Rochas magmáticas • Rochas sedimentares • Rochas metamórficas • Fósseis • Usos do solo Habilidade: EF06CI12 Competências gerais: 1, 2 ,4, 6, 7, 9 e 10 Competências específicas: 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 8 Temas Contemporâneos Transversais: Educação em direitos humanos Educação ambiental Ciência e tecnologia 4 – Das células ao organismo • Características dos seres vivos • Origem da vida • Organização celular • Níveis de organização • Vírus Habilidades: EF06CI05 EF06CI06 Competências gerais: 1, 2, 4, 5, 6, 7 e 9 Competências específicas: 1, 2, 3, 5 e 6 3o b im es tr e 5 – Os sentidos • Captação dos estímulos • Visão • Olfato e gustação • Audição e equilíbrio • Tato Habilidade: EF06CI08 Competências gerais: 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9 e 10 Competências específicas: 3, 6, 7 e 8 Tema Contemporâneo Transversal: Ciência e tecnologia 3o tr im es tr e 6 – Os sistemas nervoso e locomotor • Interpretação dos estímulos • Sistema nervoso • Esqueleto • Musculatura • Coordenação conjunta Habilidades: EF06CI07 EF06CI09 EF06CI10 Competências gerais: 1, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 Competências específicas: 1, 3, 6 e 7 Tema Contemporâneo Transversal: Saúde 4o b im es tr e 7 – A matéria e suas transformações • Matéria e substâncias • Transformação física • Transformação química • Materiais sintéticos Habilidades: EF06CI02 EF06CI04 Competências gerais: 2, 4, 9 e 10 Competências específicas: 1, 3, 4, 6 e 8 Tema Contemporâneo Transversal: Educação para o consumo 8 – Misturas • Substâncias e misturas • Tipos de mistura • Separação de misturas Habilidades: EF06CI01 EF06CI03 Competências gerais: 2, 4, 6, 7, 9 e 10 Competências específicas: 3, 6 e 8 Temas Contemporâneos Transversais: Saúde Educação ambiental Educação em direitos humanos Educação para o consumo LV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 55D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 55 31/08/22 11:2331/08/22 11:23 ITENS PARA AVALIAÇÃO Aqui, apresentamos itens para a avaliação que se alinham àqueles que são aplicados no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica; algumas das questões são de elaboração própria, enquanto outras foram selecionadas a partir de provas previamente aplicadas que consideramos adequadas às aprendizagens de cada volume da coleção. Utilize as atividades deste bloco para complementar a avaliação dos estudantes e para auxiliá-los na preparação para grandes exames. As respostas estão no gabarito, apresentado após as questões. Unidade 1 1. (Encceja 2019 – EF) Se olharmos todos os dias na região do céu onde o Sol se põe, logo ao anoitecer, perceberemos que, de tempos em tempos, uma constelação diferente será vista ali. As constelações se sucedem de modo que a mesma constelação só poderá ser vista novamente naquela posição e naquele horário depois de um ano. A causa desse fenômeno é o(a) a) forma circular da órbita da Terra ao redor do Sol. b) movimento de translação da Terra ao redor do Sol. c) movimento de rotação da Terra em torno de si mesma. d) inclinação do eixo de rotação da Terra em relação ao plano da órbita. 2. (Encceja 2018 – EF) Os diferentes movimentos do nosso planeta criam uma série de fenômenos. A figura ilustra um desses movimentos. Disponível em: http://crv.educacao.mg.br. Acesso em: 5 set. 2013. O movimento representado determina os(as) a) fases da Lua. b) dias e as noites. c) estações do ano. d) períodos de chuva e de seca. 3. (Encceja 2018 – EF) Imagine uma garrafa gigantesca, cheia até a metade com água, e tampada (figura 1). Figura 1 Agora, imagine essa garrafa sendo colocada sobre o ponto P do planeta Terra (figura 2). A água na garrafa ficará como representado em: EN CC EJ A, 2 01 8 EN CC EJ A, 2 01 8 Figura 2 LVI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 56D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 56 31/08/22 11:2331/08/22 11:23 a) c) b) d) Unidade 2 1. (Encceja 2019 – EF) A fonte primária de energia que permite a continuidade desse ciclo da água é do tipo a) cinética. b) térmica. c) química. d) potencial. Representação esquemática do ciclo da água. Disponível em: www.ambiente.sp.gov.br. Acesso em: 24 jul. 2015 (adaptado). EN CC EJ A, 2 01 8 EN CC EJ A, 2 01 9 LVII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 57D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 57 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 2. Analise a figura e marque a alternativa que relaciona corretamente as camadas da Terra identificadas pelas letras. a) A = núcleo interno; B = núcleo externo; C = crosta; D = manto b) A = crosta; B = manto; C = núcleo externo; D = núcleo interno c) A = crosta; B = manto; C = núcleo interno; D = núcleo externo d) A = núcleo externo; B = manto; C = crosta; D = núcleo interno 3. O gráfico a seguir representa a composição da atmosfera terrestre. 0,95% Argônio 0,05% Outros 21% Gás oxigênio 78% Gás nitrogênio A partir do gráfico, é possível afirmar que: a) O gás oxigênio é o principal componente da atmosfera. b) A atmosfera é composta de apenas dois gases. c) Os gases nitrogênio e oxigênio compõem 99% da atmosfera. d) Não é possível conhecer a composição da atmosfera. Unidade 3 1. (Encceja 2020 – EF) Se não fossem tão benéficas à natureza, as minhocas certamente seriam consideradas pragas. A cada dois meses, elas têm a população duplicada, um vantajoso atributo para os criadores desses anelídeos. Mas os predicados não param por aí: as minhocas melhoram a qualidade do solo, servem de alimentação para outros animais e têm boa demanda no mercado. Disponível em: http://revistagloborural.globo.com. Acesso em: 3 out. 2013 (adaptado). É um fator positivo relacionado ao uso desses animais na agricultura: a) Melhorar a aeração do solo.b) Remover as impurezas do solo. c) Controlar os microrganismos no solo. d) Promover a fixação de nitrogênio no solo. ED IT OR IA D E AR TE A B C D KOLONKO /S HU TT ER ST OC K. CO M LVIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 58D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 58 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 2. (Encceja 2018 – EF) A edição 2014 do Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil indica poucos avanços em gestão de resíduos em relação ao ano anterior, e alerta que os lixões a céu aberto ainda desafiam prefeitos de 1 559 cidades, quatro anos após a promulgação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010). Os vazadouros de lixo sem controle devem ser erradicados e substituídos por aterros sanitários, que impactam menos o ambiente. Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 1 ago. 2015 (adaptado). O cumprimento dessa lei é necessário porque os aterros a) protegem o solo e os lençóis freáticos. b) evitam o descarte de materiais recicláveis. c) dispensam o tratamento de resíduos sólidos. d) aceleram o processo de degradação dos resíduos. 3. É correto afirmar que as rochas são formadas basicamente: a) pela ação de determinados microrganismos. b) nas camadas superficiais do solo. c) pelo congelamento de alguns materiais. d) por magma ou fragmentos de outras rochas. Unidade 4 1. O processo a partir do qual um ser vivo dá origem a outro, de maneira sexuada ou assexuada, é chamado: a) coordenação. b) crescimento. c) reprodução. d) metabolismo. 2. Indique a alternativa que lista corretamente os níveis de organização biológica do mais simples ao mais complexo. a) célula H tecido H órgão H sistema H organismo b) célula H órgão H tecido H sistema H organismo c) organismo H sistema H órgão H tecido H célula d) tecido H célula H órgão H organismo H sistema 3. Indique a associação correta entre as organelas e suas funções. Organela Função A – Núcleo I – Respiração celular. B – Ribossomo II – Armazena o material genético. C – Complexo golgiense III – Responsável pela produção de proteínas. D – Mitocôndria IV – Responsável pela secreção de substâncias pela célula. a) A-I; B-II; C-III; D-IV b) A-IV; B-III; C-II; D-I c) A-II; B-III; C-IV; D-I d) A-III; B-I; C-IV; D-II LIX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 59D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 59 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 Unidade 5 1. Assinale a alternativa que explica corretamente o funcionamento da visão humana. a) Os olhos emitem partículas que, ao atingirem os objetos, permitem que eles sejam vistos. b) A luz emitida ou refletida pelos objetos é captada pelos olhos e interpretada no cérebro. c) Os objetos emitem partículas que chegam aos olhos, onde as imagens são interpretadas. d) A luz emitida pelos olhos é refletida pelos objetos e retorna aos olhos, que interpretam as imagens. 2. Leia as informações sobre os sentidos X e Y. Em seguida, marque a alternativa que identifica corretamente esses sentidos. (X): por meio desse sentido, podemos perceber partículas que se espalham pelo ar. (Y): esse sentido nos permite perceber vibrações que se propagam no ar, na água e em outros meios. a) X = olfato; Y = audição. b) X = visão; Y = tato. c) X = gustação; Y = olfato. d) X = audição; Y = olfato. 3. Na miopia, a imagem se forma antes da retina. Logo, as lentes corretivas devem aumentar a distância focal, de modo que a imagem se forme no lugar correto. Os óculos de um míope devem ter lentes: a) convergentes. b) divergentes. c) esféricas. d) planas. Unidade 6 1. A estrutura, a sustentação e a movimentação do ser humano resultam da interação entre os sistemas: a) circulatório, sensorial e muscular. b) muscular, ósseo e nervoso. c) urinário, muscular e nervoso. d) digestório, ósseo e circular. 2. O sistema nervoso humano tem como principal função a: a) coordenação das ações motoras e sensoriais do corpo. b) distribuição de nutrientes para todo o organismo. c) remoção de excretas celulares do sangue. d) realização de trocas gasosas com o ambiente. 3. Assinale a alternativa com termos que completam corretamente o texto. As substâncias que atuam sobre o sistema nervoso central são chamadas (I) psicoativas e agem sobre os (II). Elas podem ser classificadas em depressoras, estimulantes ou perturbadoras, conforme as modificações da atividade (III) ou do (IV). a) I = drogas; II = órgãos; III = mental; IV = óvulo b) I = matérias; II = tecidos; III = física; IV = comportamento c) I = bebidas; II = neurotransmissores; III = física; IV = cabelo d) I = drogas; II = neurotransmissores; III = mental; IV = comportamento LX D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 60D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 60 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 Unidade 7 1. (Encceja 2020 – EF) A capacidade de observação e a criatividade humana permitiram, ao longo dos séculos, a descoberta e a transformação de diversas substâncias encontradas na natureza que servem às tecnologias da nossa sociedade e que são fontes renováveis. Um exemplo é a borracha, que é obtida a partir do látex vindo de uma árvore, a seringueira. Para obtenção da matéria-prima desse produto, extrai-se o(a) a) seiva. b) lenho. c) folha. d) raiz. 2. (Encceja 2020 – EF) A principal função de um creme dental é atuar na higienização da boca, promovendo a saúde bucal. Para isso, são usados vários aditivos químicos, tais como minúsculos cristais de sílica, que são adicionados à sua composição. A função desses cristais é a) perfumar o hálito. b) polir a superfície do dente. c) produzir espuma, facilitando o uso da escova. d) tornar os dentes mais resistentes aos ácidos alimentares. 3. (Encceja 2020 – EF) Quando o mundo entrou de vez na era digital, nos anos 1990, uma das maiores expectativas dos ambientalistas era que o uso do computador diminuísse o consumo de papel e fizesse cair o número de árvores derrubadas pela indústria produtora. Disponível em: http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em: 18 out. 2013 (adaptado). A relação citada se explica porque essa indústria extrai das árvores a(s) a) seiva. b) clorofila. c) celulose. d) proteínas. Unidade 8 1. (Encceja 2020 – EF) Pessoas com insuficiência renal crônica ou aguda necessitam realizar tratamentos que substituem as funções do rim. Um desses tratamentos é a hemodiálise. Esse método substitui o funcionamento do órgão porque realiza artificialmente a a) decantação dos resíduos metabólicos tóxicos. b) floculação das substâncias tóxicas do sangue. c) filtração do sangue para retirada de seus resíduos. d) centrifugação dos componentes presentes no sangue. 2. (Encceja 2020 – EF) A dessalinização da água do mar por exposição ao sol é um processo que pode ser utilizado na obtenção de água “doce”. Na primeira etapa desse processo, a água passa da fase líquida para a fase de vapor. Posteriormente, sofre condensação em um aparato, geralmente de vidro, retornando à fase líquida. Qual alternativa apresenta uma sequência de fenômenos semelhante à descrita no texto? a) A secagem de roupas no varal. b) A transpiração humana após uma corrida. c) A adição de água gelada em um copo de vidro. d) A tampa da panela de arroz em cozimento normal. LXI D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 61D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 61 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 3. (Encceja 2018 – EF) A água doce para consumo humano é extremamente rara em algumas localidades do Brasil. Uma das alternativas para essas localidades seria retirar o excesso de sal de águas subterrâneas (água salobra) para deixá-las próprias para consumo. A figura que representa o método capaz de realizar a dessalinização da água é: a) c) Filtrar a água em filtro de barro. Adicionar cloro em uma caixa-d’água e mantê-la fechada. b) d) Ferver a água por 15 minutos e esperar esfriar. Ferver a água e fazer com que o vapor volte ao estado líquido. Gabarito Unidade 1 1. d 2. b 3. d Unidade 2 1. b 2. b 3. c Unidade 3 1. a 2. a 3.d Unidade 4 1. c 2. a 3. c Unidade 5 1. b 2. a 3. b Unidade 6 1. b 2. a 3. d Unidade 7 1. a 2. b 3. c Unidade 8 1. c 2. d 3. d EN CC EJ A, 2 01 8 LXII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 62D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 62 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma aborda- gem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018. Este livro aborda por que e para que usar metodologias ativas na educação. Apresenta também práticas pedagógicas, na educação básica e superior, que valorizam o protagonismo dos estudantes. BENDER, William N. Aprendizagem baseada em pro- jetos: educação diferenciada para o século XXI. Porto Alegre: Penso, 2014. O livro apresenta diretrizes práticas para inserir a apren- dizagem baseada em projetos no Ensino Fundamental, Médio e superior. BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2018. O livro traz exemplos reais de sala de aula e aborda téc- nicas fundamentais desenvolvidas pelos seus autores para manter os estudantes motivados e aptos para aprender de maneira efetiva. BIZZO, Nélio. Ciências: fácil ou difícil? São Paulo: Ática, 2006. Nesse livro, o autor analisa o contexto escolar e discute os caminhos para o ensino de Ciências, comentando o que de fato, no entendimento dele, influencia a qualidade do ato de ensinar e de aprender. BIZZO, Nelio; CHASSOT, Attico. Ensino de ciências: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2013. Esse livro aborda aspectos da História, da Filosofia e do ensino de Ciências, tratando, entre outros temas, a origem das espécies, o papel da Igreja na história da Ciência, as relações entre o saber popular e o saber científico, a interdisciplinari- dade e a transversalidade. BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília, DF: MEC: SEF, 1997. Diretrizes elaboradas pelo Governo Federal que orientam a educação no Brasil. BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. Brasília, DF: MEC, 2018. Documento que orienta a elaboração dos currículos escolares para a Educação Infantil, o Ensino Fundamental e o Ensino Médio no país. CACHAPUZ, António Francisco; CARVALHO, Anna Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel (org.). O ensino das ciências como compromisso científico e social: os caminhos que percorremos. São Paulo: Cortez, 2012. A obra busca estabelecer o diálogo necessário sobre a educação para a ciência, sobre ela e por meio dela, visando à melhoria do ensino de Ciências e da formação dos docentes. CAPRA, Fritjof et al. Alfabetização ecológica: a educa- ção das crianças para um mundo sustentável. São Paulo: Cultrix, 2006. O livro trata de novas formas de ensino e da ampliação dos conhecimentos ecológicos, abordando a educação em todos os níveis. CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementa- ção em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013. Esse livro aborda questões importantes e atuais relacio- nadas ao ensino-aprendizagem de Ciências por investigação. CHASSOT, Attico. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna, 2004. (Coleção Polêmica). O livro aborda o conhecimento humano desde a desco- berta e uso do fogo até as conquistas da ciência moderna, discutindo questões éticas da ciência diante da ampliação da capacidade humana de compreender e transformar a realidade. CHASSOT, Attico. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. 4. ed. Ijuí: Unijuí, 2006. (Coleção Educação em química). Nessa obra, o autor fala sobre a necessidade de mudan- ças no ensino de Ciências e da importância da alfabetização científica. COSTA, Maria Luiza Andreozzi da. Piaget e a interven- ção psicopedagógica. 6. ed. São Paulo: Olho d’Água, 2008. Esse livro apresenta as ideias de Piaget sobre a construção do conhecimento e faz uma reflexão sobre as possibilidades e os limites para a intervenção psicopedagógica e para o modelo pedagógico construtivista. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS LXIII D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 63D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 63 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de ciências: fun- damentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2002. (Coleção Docência em formação). O livro aborda aspectos que auxiliam no desenvolvimento de um ensino de Ciências que contribua para a formação cul- tural dos estudantes. DEMO, Pedro. Educação e alfabetização científica. Campinas: Papirus, 2014. O livro aborda a importância da formação dos indivíduos, tendo em vista a educação e a alfabetização científica. Trata também da produção de conhecimento, usando a metodolo- gia científica, exercitando a argumentação e a fundamentação. FRACALANZA, Hilário; MEGID NETO, Jorge (org.). O livro didático de ciências no Brasil. Campinas: Komedi, 2006. O livro aborda elementos da história e da metodologia do ensino das Ciências Naturais e de sua relação com os manuais escolares, especialmente na Educação Básica. HAYDT, Regina Célia Cazaux. Curso de didática geral. São Paulo: Ática, 2011. O livro traz uma reflexão sobre a prática educativa e oferece a base teórica para dar subsídios ao professor para a escolha de sua prática docente. LIPMAN, Matthew; SHARP, Ann Margareth; OSKANIAN, Frederick. A filosofia na sala de aula. São Paulo: Nova Alexandria, 1994. O livro traz o método de Matthew Lipman para ensinar filosofia às crianças, deixando-as mais aptas a raciocinar e a formar opiniões. LIPMAN, Matthew. O pensar na educação. Petrópolis: Vozes, 1995. O livro descreve procedimentos que devem ser colocados em prática na sala de aula para o incentivo do raciocínio e do ato de pensar. LORIERI, Marcos Antônio; RIOS, Terezinha Azerêdo. Filosofia na escola: o prazer da reflexão. São Paulo: Moderna, 2008. O livro aborda a necessidade da reflexão filosófica na formação e na prática docente. MORALES, Pedro. Avaliação escolar: o que é e como se faz. São Paulo: Loyola, 2003. O livro aborda as bases teóricas da avaliação e traz diversos exemplos, mostrando que a avaliação é mais do que aprovar ou reprovar. MOREIRA, Marco Antônio; MASINI, Elcie F. Salzano. Aprendizagem significativa: a teoria de David Ausubel. São Paulo: Centauro, 2001. O livro trata da teoria de Ausubel e de suas contribuições para um ensino menos tecnicista, mais humano e significativo. MORIN, Edgar. O método 6: ética. Porto Alegre: Sulina, 2005. (Coleção O método). Esse é o último volume de O método e nele o autor parte da crise contemporânea ocidental da ética para voltar a ela, propondo uma análise antropológica e histórica do problema. NARDI, Roberto; BASTOS, Fernando; DINIZ, Renato Eugênio da Silva (org.). Pesquisas em ensino de ciên- cias: contribuições para a formação de professores. São Paulo: Escrituras Editora, 2004. Nessa obra, os autores buscam diminuir a distância entre a pesquisa em educação em ciência e a aplicação desse conhe- cimento em sala de aula, discutindo assuntos como formação de professores e relação professor-estudante. POSTMAN, Neil; WEINGARTNER, Charles. Teaching as a subversive activity. Londres: Delta Publishing, 1969. O livro, em inglês, aborda a necessidade em transformar métodos de ensino ultrapassados em práticas relevantes para a educação. WILLIAMS, Robert A.; ROCKWELL, Robert E.; SHERWOOD, Elizabeth A. Ciência para crianças. Lisboa: Instituto Piaget, 1995. Livro que traz diversos exemplos de atividades práticas que incentivam o ensino de Ciências para as crianças. LXIV D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 64D2-CIE-F2-2109-V6-MPG-054-064-G24.indd 64 31/08/22 11:2431/08/22 11:24 1a edição São Paulo • 2022 ROBERTA APARECIDA BUENO HIRANAKA (Roberta Bueno) Especialista em Jornalismo Científico pelaUniversidade Estadual de Campinas (Unicamp-SP). Mestra em Ensino de Ciências e Matemática pela Unicamp-SP. Bacharel e licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar-SP). Autora e editora de livros didáticos de Ciências. THIAGO MACEDO DE ABREU HORTENCIO (Thiago Macedo) Bacharel em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP). Autor e editor de livros didáticos de Ciências. Ciencias 6 COMPONENTE CURRICULAR: CIÊNCIAS D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 1D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 1 21/08/2022 20:2021/08/2022 20:20 1 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 1D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 1 02/09/22 16:1302/09/22 16:13 Em respeito ao meio ambiente, as folhas deste livro foram produzidas com fibras obtidas de árvores de florestas plantadas, com origem certificada. Impresso no Parque Gráfico da Editora FTD CNPJ 61.186.490/0016-33 Avenida Antonio Bardella, 300 Guarulhos-SP – CEP 07220-020 Tel. (11) 3545-8600 e Fax (11) 2412-5375 Reprodução proibida: Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998. Todos os direitos reservados à EDITORA FTD. 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Debora Joia, Eduardo Augusto Ascencio Benetorio, Gabriel Basaglia, Kleber Bellomo Cavalcante, Rodrigo Bastos Marchini Diagramação Wym Design Coordenação de imagens e textos Elaine Bueno Koga Licenciamento de textos Erica Brambilla, Mylena Santos Pereira Iconografia Luciana Ribas Vieira, Emerson de Lima (trat. imagens) Ilustrações Alex Argozino, Alex Silva, Allmaps, Bentinho, Cris Alencar, Dacosta Mapas, Daniel Bogni, Eber Evangelista, Eduardo Borges, Estúdio Ampla Arena, Fabio Eugenio, Filipe Rocha, Inge Asbash, Leo Teixeira, Luis Moura, Lápis 13b, Marco Cortez, Marcos Guilherme, Oracicart, Osni de Oliveira, Paulo César Pereira, Renan Leema, Rodrigo Figueiredo/Yancom, Selma Caparroz, Sonia Vaz, Wandson Rocha Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Hiranaka, Roberta Aparecida Bueno A conquista ciências : 6º ano : ensino fundamental : anos finais / Roberta Aparecida Bueno Hiranaka, Thiago Macedo de Abreu Hortencio. -- 1. ed. -- São Paulo : FTD, 2022. Componente curricular: Ciências. ISBN 978-85-96-03453-1 (aluno) ISBN 978-85-96-03454-8 (professor) 1. Ciências (Ensino fundamental) I. Hortencio, Thiago Macedo de Abreu. II. Título. 22-114541 CDD-372.35 Índices para catálogo sistemático: 1. Ciências : Ensino fundamental 372.35 Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 2D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 2 21/08/2022 20:2021/08/2022 20:20 2 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 2D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 2 02/09/22 16:1302/09/22 16:13 A Ciência é uma criação humana, uma forma que nós, seres humanos, inventamos para procurar entender melhor o mundo que nos cerca. Para atender a um objetivo tão grande, ela combina o raciocínio lógico e ferramentas como a experimentação, a observação atenta de fenômenos, a criação de modelos, o teste de hipóteses e muitas outras. Apesar de ser relativamente jovem, a Ciência moderna já se mostrou muito poderosa e nos ajudou a compreender assuntos bastante distintos, como a constituição da matéria e a importância do equilíbrio ambiental. Além disso, ela transformou nossas vidas por meio de avanços na Medicina, nas Telecomunicações e em muitas outras áreas. Talvez você não tenha percebido, mas a Ciência também nos ajuda a tomar boas decisões: Como posso me alimentar bem? Como cuidar da minha saúde e da saúde de pessoas queridas? Como as minhas ações influenciam o ambiente em que vivo? O que posso fazer em relação a problemas que afetam minha comunidade? E em relação aos problemas que afetam toda a humanidade? Se questões como essas interessam a você, nós, que também já fomos estudantes, garantimos que a Ciência pode ajudá-lo. Esta obra foi elaborada com este propósito em mente: mais do que aprender sobre fatos que já foram descobertos, queremos que você se aproprie da Ciência para compreender melhor sua realidade e agir, individual e coletivamente, para fazer as mudanças que você quer ver no mundo. Bons estudos! Os autores APRESENTAÇÃO D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 3D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 3 21/08/2022 20:2021/08/2022 20:20 3 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 3D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 3 02/09/22 16:1302/09/22 16:13 CONHEÇA SEU LIVRO Localizada em um trecho da Serra do Mar, no município de Cunha (SP), a Pedra da Macela se situa a 1 840 metros de altitude. Do topo dessa enorme rocha, é possível ver o mar e a baía de Paraty (RJ). UNIDADE ESTRUTURA DA TERRA Como é o planeta Terra, desde o interior dele até as partes mais externas? Anote suas ideias no caderno. Elas serão recuperadas ao final da Unidade. QUESTÃO CEN TRAL 2 G AB RI EL R IB EI RO V AL LI M /S HU TT ER ST O CK .C O M 38 39 1. Observe os elementos que compõem a paisagem mostrada na imagem. Se você tivesse que classificá-los em categorias, como faria? 2. Em quais dos elementos que você men- cionou é possível encontrar água? 3. Ao viajar para locais de altitude elevada, muitas pessoas sentem falta de ar. Por que você acha que isso ocorre? PARA INÍCIO DE CONVERSA NÃO ESCREVA NO LIVRO. 39 G AB RI EL R IB EI RO V AL LI M /S HU TT ER ST O CK .C O M ABERTURA DE UNIDADE Este livro é dividido em oito Unidades. Em cada abertura de Unidade, você encontra a Questão central que orienta os estudos. Talvez você já tenha uma resposta para ela logo de cara, com base nos conhecimentos que carrega consigo. No decorrer da Unidade, é provável que sua resposta inicial se modifique. A abertura das Unidades traz também uma imagem e questões que você pode usar para refletir sobre o quanto já sabe acerca do assunto. ATIVIDADES Você pode usar as atividades ao longo do conteúdo para verificar se compreendeu bem o que acabou de estudar ou se restaram dúvidas. Também são propostas pesquisas e outras atividades para expandir e consolidar seu aprendizado. AD AM S YL VE ST ER S CI EN CE S O UR CE /F OT O AR EN A NÃO ESCREVA NO LIVRO. ATIVIDADES 1. Por que a Terra é classificada como planeta rochoso? 2. Leia o trecho de notícia e faça o que se pede. Astrônomos descobriram sete planetas fora do sistema solar (exoplanetas) que orbitam uma mesma estrela, têm tamanho parecido com o da Terra e três deles podem ser capazes de suportar a vida como conhecemos [...]. O Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, descobriu que três desses planetas estão dentro da zona habitável [...]. Os exoplanetas circulam a estrela TRAPPIST-1, que está somente a 39 anos- -luz da Terra, uma distância muito curta em termos cósmicos. [...] EXOPLANETAS: descoberto três “terras” perto da Terra. Jornal Alto Vale Online, [s. I.], 23fev. 2017. Disponível em: https://www.jav.inf.br/2017/02/23/exoplanetas-descoberto-tres-terras-perto-da-terra/. Acesso em: 9 maio 2022. a) Por que os cientistas aceitam a ideia de que somente três dos sete planetas que orbitam a TRAPPIST-1 podem suportar a vida? b) O que é zona habitável? c) Quantos planetas se situam na zona habitável do Sistema Solar? d) O que o autor quer dizer com “distância muito curta em termos cósmicos”? Pesquisador coletando amostra de lava do vulcão Piton de la Fournaise, na Ilha de Reunião, 2016; pequena ilha francesa localizada na costa leste do continente africano. O estudo da lava permite analisar o material que forma o interior da Terra. 41 D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 4D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 4 31/08/22 19:0831/08/22 19:08 4 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 4D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 4 02/09/22 16:1302/09/22 16:13 Sagui (Callithrix jacchus) se alimentando em área verde no Rio de Janeiro (RJ). KA RO L KO ZL O W SK I/A LA M Y/ FO TO AR EN A CARACTERÍSTICAS DOS SERES VIVOS O desenvolvimento da inteligência artificial e de outras tecnologias tem resultado na criação de robôs com aspecto e comportamentos cada vez mais parecidos com os nossos, como vimos na abertura da Unidade. No entanto, diversas características diferenciam os seres vivos de qualquer robô que já tenha sido inventado. O que difere os seres vivos das máquinas e de outros objetos inanimados? Talvez essa questão lhe pareça simples, afinal é fácil reconhecer que um gato é um ser vivo, enquanto uma calculadora ou um sapato não o são. No entanto, até hoje não existe um consenso entre os cientistas sobre o que significa “vida”. Plantas florescem no deserto de Judeia logo após a chuva, em resposta ao aumento da umidade. Israel, 2020. YO TA M JA CO BS O N /A LA M Y/ FO TO AR EN A Apesar da falta de consenso, diversos estudos nos ajudam a conhecer características presentes em todos os seres vivos, como metabolismo, percepção e reação ao ambiente, crescimento, organização celular e reprodução. A seguir, vamos analisar melhor o que isso quer dizer. Os seres vivos se mantêm vivos utilizando matéria e energia do ambiente. Nesse processo, que ocorre no interior do organismo, algumas substâncias são transformadas em outras, significando, portanto, que os seres vivos apresentam metabolismo. Além disso, a capacidade de perceber estímulos do am- biente e reagir a eles também caracteriza vida. Ao longo da vida, os seres vivos crescem. Isso é resultado da produção de diferentes substâncias pelo metabolismo. A palavra consenso significa concordância de opiniões, isto é, quando praticamente todos os envolvidos concordam com uma ideia. Para a Ciência, as ideias têm muito mais valor quando são aceitas em consenso pela comunidade científica. Chegar a um consenso não é fácil. A Ciência busca explicar o mundo natural utilizando métodos e critérios rigorosos. Cientistas coletam informações, realizam experimentos, criam modelos, testam hipóteses, entre outros. Para que outros cientistas possam avaliar os resultados e as conclusões de um pesquisador, o trabalho deve ser publicado em revistas especializadas. Só depois de ter sido analisada, testada e confirmada por muitos outros cientistas, é possível dizer que uma ideia é consenso. PALAVRA-CHAVE 21 cm 88 A HIDROSFERA A hidrosfera é o conjunto de toda a água que existe no planeta. Ela pode ser encontrada no estado líquido em oceanos, rios, lagos, reservas subterrâneas, nuvens e, também, nos seres vivos. No estado sólido, em geleiras e icebergs. E no estado gasoso, como o vapor de água presente na atmosfera. No cotidiano, é comum dizermos que as nuvens ou a “fumacinha” que sai de uma panela com água fervente são feitas de vapor. Na verdade, o vapor de água é invisível. Quando o vapor começa a se condensar na atmosfera, ele forma gotas minúsculas, líquidas, que têm esse aspecto branco parecido com fumaça. São essas gotículas que formam as nuvens. A maior parte da água da hidrosfera está presente em mares e oceanos, em uma mistura chamada água salgada. Os sais minerais que se desprendem de rochas nos leitos dos rios são carregados pela água e lançados nos mares. Ao longo de bilhões de anos, esse processo resultou em um grande acúmulo de sais minerais dissolvidos, em especial o cloreto de sódio, também conhecido como sal de cozinha. A água salgada não é apropriada para o consumo humano, nem pode ser utilizada diretamente na pecuária ou na agricultura. A água presente nos continentes, conhecida como água doce, encontra-se princi- palmente em reservas subterrâneas, em lagos ou na forma de gelo. A quantidade de sais minerais na água doce é muito menor do que na água dos oceanos. Embora a água seja abundante na superfície terrestre, ela é um recurso escasso. A maior parte da água no planeta, cerca de 97,5%, é salgada. Do pouco que resta de água doce, apenas uma pequena fração está disponível para o consumo humano. Por esse motivo, é importante adotar medidas para o uso racional da água, sem desperdiçar. As águas continentais, especialmente de rios, lagos e reservas subterrâneas, são a principal fonte para uso humano. No entanto, a distribuição de rios e lagos na superfície do planeta é muito variável, e diversas regiões do mundo são carentes desses recursos. Em alguns casos, é possível perfurar poços para acessar a água presente em reservas subterrâneas. Iceberg: grande massa de gelo flutuante que se desprendeu de uma geleira. DO N FI N K/ IS TO CK PH OT O / G ET TY IM AG ES Geleira no mar, com nuvens ao fundo, na Baía do Almirantado, Antártica, 2020. As nuvens são constituídas de pequenas gotas de água na forma líquida. Em algumas há também água no estado sólido, na forma de pequenos cristais de gelo. 4646 SAIBA TAMBÉM Neste quadro você encontra curiosidades e informações que ampliam o tema em estudo. A ATMOSFERA Atmosfera é a camada de gases que envolve o planeta. Ela é composta de uma mistura de gases, o ar. Os principais constituintes do ar são o gás nitro- gênio e o gás oxigênio. Além deles, estão presentes, em pequena quantidade, gás argônio, gás carbônico e outros gases. O planeta Terra é envolto pela atmosfera, camada de gases composta de nitrogênio, oxigênio e outros gases. NOTIFICAÇÃO Gás nitrogênio Gás oxigênio Outros gases 78% 21% 1% Elaborado com base em: RIDPATH, Ian. Astronomy: a visual guide. 1. ed. rev. Londres: Dorling Kindersley, 2018. p. 101. Elaborado com base em: DORLING KINDERSLEY; SMITHSONIAN INSTITUTION. Super Simple Physics: the ultimate bitesize study guide. Nova York: DK Children, 2021. p. 228. Representação das proporções de gases que formam o ar, quando seco e limpo. Normalmente, porém, o ar contém também quantidades variáveis de vapor de água e poeira. Representação da variação da atmosfera em função da altitude. As bolinhas representam os gases que formam o ar. A concentração do ar diminui conforme aumenta a altitude. Por isso, é comum sentir falta de ar em altitudes elevadas. IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. Fotografia da Terra, registrada a partir da Estação Espacial Internacional, 2017. É possível notar parte da atmosfera, que forma uma camada azul no horizonte. EL IZ AB ET H M AB RO UK /N AS A BE N TI N HO LEO TEIXEIRA Não existe uma separação exata entre a atmosfera e o espaço sideral. Por convenção, a Federação Astronáutica Internacional (IAF) considera que o espaço sideral se inicia a 100 quilômetros de altitude. Acima dessa altitude, embora ainda exista ar, ele é rarefeito demais para permitir o trânsito de aeronaves. No estudo da atmosfera, ela é dividida em cinco camadas de acordo com suas propriedades: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosferae exosfera. nível do mar 5050 Concepção artística da Terra após um longo ciclo de tempestades, que durou milhões de anos. Com o resfriamento da superfície, a água começou a se acumular e a formar os oceanos. Elaborado com base em: MARSHAK, Stephen; RAUBER, Robert M. Earth Science: the Earth, the atmosphere, and space. Nova York: W. W. Norton & Company, 2017. p. 314-315. SAIBA TAMBÉM De onde veio a água? Atualmente, há duas explicações principais para a origem da água na Terra. Alguns cientistas acreditam que a água veio do interior do planeta, onde teria sido “aprisionada” durante a formação da Terra. Essa água, então, teria sido expelida para a superfície na forma de vapor, junto com diferentes substâncias. Outros cientistas, baseados em pesquisas espaciais, defendem a ideia de que a água chegou ao planeta aos poucos, trazida por inúmeros asteroides e cometas que continham gelo. O surgimento da vida dependeu de condições específicas, como temperatura adequada e presença de água em estado líquido. NOTIFICAÇÃO Cometa Neowise (indicado pela seta), fotografado em 2020 no céu da França. BE N TI N HO AD VE N TU RE _P HO TO /G ET TY IM AG ES IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. 1. Desde a sua formação, a Terra permaneceu sem vida por quanto tempo? O que ajuda a explicar a ausência de vida nesse período? 2. Os oceanos só começaram a se formar depois que a temperatura da Terra baixou o suficiente. Por que a temperatura é importante nesse processo? NÃO ESCREVA NO LIVRO.ATIVIDADES 93 CONTEÚDOS Fotografias, ilustrações, mapas, gráficos, quadros e tabelas são alguns dos recursos que utilizamos para enriquecer as explicações e facilitar a sua compreensão. Você encontrará também o quadro Notificação, que sintetiza algumas ideias e dá suporte para uma reflexão a respeito da Questão central. PALAVRA-CHAVE Este quadro apresenta alguns conceitos que são essenciais para a compreensão do conteúdo. Entender o sentido das palavras-chave ajuda a conhecer a Ciência e seus mecanismos. GLOSSÁRIO O significado de alguns termos é apresentado na própria página. Sempre que tiver dúvida sobre uma palavra, você também pode consultar o professor ou um dicionário. D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 5D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 5 31/08/22 19:1231/08/22 19:12 5 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 5D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 5 02/09/22 16:1302/09/22 16:13 POR QUE ALGUNS PEIXES TÊM MERCÚRIO? ASSIM CIÊNCIASE FAZ IE PÉ – IN ST IT U TO D E PE SQ U IS A E FO RM AÇ ÃO IN DÍ G EN A SU N S0 7B U TT ER FL Y/ SH U TT ER ST O CK .C O M 198 1. A mistura de água e mercúrio é homogênea ou heterogênea? 2. Essa HQ o ajudou a conhecer qual é o problema ambiental causado pelo mercúrio? 3. Você acha que HQs podem ajudar na divulgação científica? Justifique. 4. Qual é a importância de comunicar o saber científico para a população usando os mais variados meios de comunicação? Como fazer com que essa comunicação seja efetiva? NÃO ESCREVA NO LIVRO.ATIVIDADES INSTITUTO DE PESQUISA E FORMAÇÃO INDÍGENA. [Por que alguns peixes têm mercúrio?]. Iepé. [S. l.], [2021]. p. 1-2. Disponível em: https://institutoiepe.org.br/wp-content/uploads/2021/03/HQ- Nossos-peixes-tem-mercurio.-Iepe.pdf. Acesso em: 25 abr. 2022. IE PÉ – IN ST IT U TO D E PE SQ U IS A E FO RM AÇ ÃO IN DÍ G EN A 199 ASSIM SE FAZ CIÊNCIA Nesta seção você terá maior contato com o fazer científico. Como é o trabalho de um cientista? Quais são os impactos dessa atividade? Essas e outras questões são trabalhadas aqui. TEMAMERGULHO NO O MAIOR SALTO DA HISTÓRIA Leitura e interpretação 1 O salto do austríaco Felix Baumgartner entrou para a história como o mais alto já empreendido por um ser humano. Ao abrir a escotilha de sua cápsula, alçada por um balão de hélio a impressionantes 39 quilôme- tros de altura […], Felix Baumgartner tinha literalmente a Terra a seus pés. Deixou-se cair e, 40 segundos depois, atingiu 1.350 quilô-metros por hora, tornando-se o primeiro homem a superar a barreira do som sem propulsão. Dessa forma, aumentou o que se conhecia sobre os limites do corpo humano […]. O recorde anterior de altitude em saltos havia sido fixado há mais de 50 anos pelo americano Joe Kittinger, de 31.333 metros. Aos 84 anos, Kittinger – ainda dono da marca de mais longa queda livre já realizada – acompanhou o mergulho do austríaco da sala de controle em Roswell, no deserto do Novo México, nos Estados Unidos. Também estavam em Roswell uma legião de engenheiros, médicos e outros profissionais para cuidar dos mínimos detalhes da operação. Mesmo assim, os perigos que envolviam um salto dessa magnitude eram muitos. E a menor falha nos equipamentos de segurança – principalmente no traje de astronauta que Baumgartner utilizou – seria fatal. De onde Baumgartner pulou, a pressão atmosférica é menos de um centésimo daquela com a que estamos acostumados ao nível do mar. Caso não estivesse equipado com um traje de astronauta pressurizado, a diferença entre a pressão interna e a estratosférica faria seu corpo simplesmente explodir. “É um efeito semelhante ao de se abrir uma lata de refrigerante”, diz o físico do Instituto de Física da USP Cláudio Furukawa. A questão é fundamental. Acredita-se que a despressurização tenha sido a causa da morte de duas pessoas que, como Baumgartner, tentaram quebrar o recorde de Joseph Kittinger – Pyotr Dolgov (1962) e Nick Piantanida (1966). Salto realizado do espaço, em 2012, por Felix Baumgartner, de um balão estratosférico a 39 km de altura. RED BULL STRATOS/RED BULL CONTENT POOL/AP PHOTO/IMAGEPLUS 54 Portanto, qualquer brecha ou falha no traje de astronauta ou na cápsula que transportou o paraquedista à estratosfera seria fatal. O material que compõe a roupa de astronauta também precisou ser suficientemente resistente para proteger o corpo de Baumgartner de mudanças bruscas de temperatura em um curtíssimo espaço de tempo. Quando deu seu salto estratosférico, ele estava num ambiente a aproximadamente 20 graus negativos. Ao atingir 20 quilômetros de altura, a temperatura abaixou para 60 graus negativos. A partir daí, conforme se aproximou do chão, a temperatura subiu para 10 graus negativos (a cinco quilômetros de altura) e só passou de 20 graus muito perto do solo. Tudo isso em nove minutos de queda.[...] [Devido à altura do salto], a viseira do traje espacial precisa ser revestida com um material extremamente escuro para proteger os olhos e a pele do paraquedista. “Nessa altura, a quantidade de radiação não só o cegaria, como seria letal para o corpo humano”, explica o professor Ricardo Hallak, também do departamento de Ciências Atmosféricas do IAG-USP. [...] CARVALHO, Ricardo; ROSA, Guilherme. Os perigos do salto de 39 quilômetros. Veja, São Paulo, 6 maio 2016.Disponível em: https://veja.abril.com.br/ciencia/os-perigos-do-salto-de-39-quilometros/. Acesso em: 22 mar. 2022. 1. Qual é o nome da camada da atmosfera de onde Felix saltou? Qual é a extensão dela? 2. Quais características da atmosfera representaram desafios para o salto? 3. Na altura da qual Felix saltou, a incidência de radiação ultravioleta é muito alta. O que explica isso? 4. O que você pensaria e sentiria caso você fosse realizar esse salto? a) Escreva uma crônica relatando como você imagina o dia do salto: antes, durante e depois do pulo. b) Leia para um colega e ouça a leitura dele. REFLEXÕES NÃO ESCREVA NO LIVRO. Após 4 minutos e 19 segundos de queda livre, Felix alcançou a velocidade de 1 342,8 km/h (superior à velocidade do som), liberou o paraquedas e pousou em segurança em terra firme. RE U TE RS 55 MERGULHO NO TEMA Nesta seção, os assuntos da Unidade são desenvolvidos em atividades que colocam você na posição de protagonista. Muitas delas são coletivas e trazem oportunidades de praticar o diálogo na resoluçãode conflitos e situações-problema. Experimentos, simulações, debates, leituras, campanhas de divulgação e construção de modelos são algumas das atividades que você encontrará aqui. 1. Em que país se iniciou a “Revolução Verde”? O que motivou a busca por novas tecno- logias agrícolas? 2. Quais são os principais impactos ambientais e sociais produzidos pela agricultura convencional ao utilizar monoculturas em larga escala, agrotóxicos e fertilizantes químicos? 3. As formas de produção agrícola que não empregam monoculturas nem usam fertili- zantes e defensivos agrícolas são capazes de produzir em larga escala? Expliquem. 4. De acordo com o que vocês pesquisaram, o uso intensivo de fertilizantes e agrotó- xicos é necessário para atender à demanda da população? Expliquem. SEM FERTILIZANTES E AGROTÓXICOS, O MUNDO PASSARIA FOME? Nos anos 1940, iniciou-se um esforço internacional de desenvol- vimento tecnológico voltado para a produção agrícola que gerou a chamada “Revolução Verde”. Foram criadas técnicas baseadas no uso intensivo de máquinas agrícolas e insumos químicos, especialmente fertilizantes e agrotóxicos, que aumentaram muito a produção de certos produtos e os tornaram mais baratos. Essa transformação da agri- cultura, porém, trouxe também uma série de danos de ordem ambiental e social. Uma ideia que se espalhou após a “Revolução Verde” é a de que sem agrotóxicos e fertilizantes a pro- dução mundial não seria suficiente para alimentar todas as pessoas. Será que é exatamente assim? Formem grupos e pesquisem, na internet ou em livros, as res- postas para as questões a seguir. VAMOS VERIFICAR Insumo: qualquer bem (trabalho, capital, terra, matéria-prima etc.) utilizado na produção de uma mercadoria. Trabalhadores aplicando defensivo agrícola em plantação de cana-de-açúcar em Planalto (SP), 2016. NÃO ESCREVA NO LIVRO.ATIVIDADES ® T HO M AZ V IT A N ET O /T YB A 76 VAMOS VERIFICAR Nesta seção você vai investigar boatos, ditados populares, fake news, entre outros. Esse processo vai aperfeiçoar sua habilidade de identificar mentiras e de checar a veracidade das informações que chegam a você. D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 6D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 6 31/08/22 19:0931/08/22 19:09 6 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 6D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 6 02/09/22 16:1302/09/22 16:13 Os sites indicados nesta obra podem apresentar imagens e textos variáveis, os quais não condizem com o objetivo didático dos conteúdos citados. Não temos controle sobre essas imagens nem sobre esses textos, pois eles estão estritamente relacionados ao histórico de pesquisa de cada usuário e à dinâmica dos meios digitais. FIM DE PAPO Retome a Questão central, apresentada na abertura da Unidade, e use as informações dos quadros Notificação para elaborar uma nova resposta. Por fim, compare essa resposta com a que você elaborou da primeira vez. O que mudou? QUESTÃO CENTRAL IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. NÃO ESCREVA NO LIVRO. M AR CO S G U IL HE RM E 61 FIM DE PAPO Esta seção traz uma relação dos principais conceitos que você viu ao longo da Unidade. É a sua chance de checar se domina o conteúdo ou se algum assunto precisa ser esclarecido. Você é convidado a rever suas respostas à Questão central e, por fim, com base no que aprendeu, a redigir uma nova resposta para ela. MAIS LIVRO O neurônio apaixonado. Roberto Lent. Rio de Janeiro: Editora Vieira e Lent, 2004.Nesse livro, são narradas as aventuras de Zé Neurim – um neurônio responsável pelas lembranças –, que, junto de outras células presentes no cérebro de um menino chamado Pedro, tem de lidar com as emoções e as reações que a paixão causa no corpo. FILMES Divertida Mente, direção de Pete Docter. EUA, 2015. Longa-metragem que narra a história de Riley, uma garota de 11 anos de idade, que enfrenta mudanças importantes em sua vida quando seus pais decidem se mudar para outra cidade. Dentro do cérebro de Riley, convivem várias emoções diferentes, como a Alegria, o Medo, a Raiva, o Nojinho e a Tristeza. A aventura começa quando ocorre uma confusão na sala de controle e as emoções ficam todas atrapalhadas.Flutuar, direção de Bobby Rubio. EUA, 2019. A animação narra a história de um pai que tenta esconder seu filho autista das outras pessoas e tem dificuldades em lidar com a condição do filho. W AL T DI SN EY P IC TU RE S/ PI XA R AN IM AT IO N S TU DI O S/ W AL T DI SN EY S TU DI O S M OT IO N P IC TU RE S VÍDEOS Cuerdas. Publicado por: Cuerdas Cortometraje Oficial. Vídeo (10min52s). Animação que narra a amizade entre Maria e Nicolás, seu novo colega de classe, que sofre de paralisia cerebral. Apresenta legendas em português. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4INwx_tmTKw. Ian, uma história comovente. Publicado por: Fundación Ian. Vídeo (9min45s).Animação que conta a história de Ian, garoto que nasceu com paralisia cerebral. Como todas as crianças, ele quer ter amigos, mas a discriminação e o bullying o impedem de ir ao playground e brincar com outras crianças. Ian, porém, não desiste facilmente e rompe com as barreiras do preconceito.Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=6dLEO8mwYWQ. Acessos em: 12 ago. 2022. W AL T DI SN EY P IC TU RE S/ PI XA R AN IM AT IO N S TU DI O S/ W AL T DI SN EY ST UD IO S M OT IO N P IC TU RE S ED IT O RA V IE IR A & L EN T LA F IE ST A P.C /P ED RO S OL IS G AR CÍ A FU N DA CI Ó N IA N 159 MAIS Este livro é apenas uma gota no oceano de conhecimento que você tem a seu dispor. A seção visa ajudá-lo a navegar nesse mar, apresentando sugestões de materiais – livros, vídeos, sites etc. – que você pode consultar, caso algum assunto abordado na Unidade tenha despertado mais seu interesse. Parabéns! Você chegou ao final da Unidade 5. Antes de seguir nos seus estudos, avalie seu domínio sobre alguns conceitos que foram apresentados. PONTO CHECAGEM DE NÃO ESCREVA NO LIVRO. 1. Liste na sequência o nome das estruturas oculares que são atravessadas pelos raios luminosos desde a entrada no olho até que eles incidam sobre a retina, região onde se localizam os fotorreceptores. 2. Avalie as duas situações a seguir. Cite qual deve ser o provável problema de visão de cada pessoa e o tipo de lentes corretivas que elas devem usar. Justifique sua resposta. Pessoa A: tem dificuldade em enxergar objetos próximos. Pessoa B: tem dificuldade em enxergar objetos distantes. 3. Em qual camada da pele estão localizados os receptores especializados em captar os estímulos de pressão? 4. Imagine uma partícula aromática de um alimento. Escreva um pequeno texto sobre o caminho que essa partícula percorreria e quais sentidos ela estimularia. 5. Sobre as orelhas, responda ao que se pede. a) Qual estrutura da orelha é responsável por captar os estímulos sonoros? Em que região da orelha ela se localiza? b) Qual estrutura da orelha ajuda a perceber a posição do corpo? Em que região da orelha ela se localiza? IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. SE LM A CA PA RR O Z Orelha externa Orelha média Orelha interna Canais semicirculares Bigorna Martelo Pavilhão auditivo Meato acústico externo Membrana timpânica Estribo Janela da cóclea Vestíbulo Tuba auditiva Cóclea 134 PONTO DE CHECAGEM Antes de encerrar os estudos da Unidade, é recomendável que você faça uma avaliação do que aprendeu, verificando seu domínio sobre os principais conceitos apresentados. D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 7D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 7 31/08/22 19:0931/08/22 19:09 7 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 7D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 7 02/09/22 16:1302/09/22 16:13 UNIDADE FORMATO E MOVIMENTOSDA TERRA ..... 12 O formato da Terra ............................................ 14 Atividades ........................................................ 15 As observações de Eratóstenes .................... 16 Esfera e abóbada celestes .............................. 17 Atividades ........................................................ 17 Percepção do formato da Terra .................... 18 Atividades ........................................................ 19 Assim se faz Ciência • Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica .......... 20 Vamos verificar • O mito da Terra plana ...... 21 Rotação ................................................................... 22 Translação .............................................................. 23 Atividade ......................................................... 23 Os movimentos da Terra e a vida .................24 Atividades ........................................................ 25 Mergulho no tema ............................................. 26 1. Localizando as direções cardeais pelo Sol ...................................... 26 2. Monumentos à cultura .......................... 28 3. Relógio de sol ........................................... 30 4. Modelo da esfera celeste....................... 32 5. Pôr do sol em dose dupla...................... 34 Mais .......................................................................... 35 Ponto de checagem ........................................... 36 Fim de papo .......................................................... 37 1 UNIDADE ESTRUTURA DA TERRA ................................ 38 Nosso planeta ...................................................... 40 Atividades ........................................................ 41 O interior da Terra ............................................. 42 Outras camadas .................................................. 43 Atividades ....................................................... 43 A litosfera .............................................................. 44 Vamos verificar • Se eu cavar sem parar, vou sair no Japão? ................................................. 45 A hidrosfera .......................................................... 46 Atividades ........................................................ 47 Mudanças no estado físico da água .......... 48 Ciclo da água ........................................................ 48 Atividades ........................................................ 49 A atmosfera .......................................................... 50 Atividade ......................................................... 52 Assim se faz Ciência • Estudos atmosféricos ............................................................ 53 Mergulho no tema ............................................. 54 1. O maior salto da história ....................... 54 2. Camadas da Terra ................................... 56 3. Time-lapse do céu ................................... 57 4. Ciclo da água ........................................... 58 Mais .......................................................................... 59 Ponto de checagem ........................................... 60 Fim de papo .......................................................... 61 2SUMÁRIO D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 8D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 8 25/08/22 01:4925/08/22 01:49 8 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 8D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 8 02/09/22 16:1302/09/22 16:13 N O PP HA RA T5 39 /S HU TT ER ST O CK .C O M N O PP HA RA T5 39 /S HU TT ER ST O CK .C O M UNIDADE ROCHAS E SOLO ................................................. 62 Rochas, minerais e minérios .......................... 64 Assim se faz Ciência • Ana Maria Primavesi .................................................................. 65 Rochas magmáticas ........................................... 66 Atividades ........................................................ 67 Rochas sedimentares ........................................ 68 Rochas metamórficas ........................................ 69 Atividades ........................................................ 69 Fósseis ......................................................................70 Atividades .........................................................71 Solo ........................................................................... 72 Atividade ......................................................... 73 Usos do solo ..........................................................74 Atividades .........................................................75 Vamos verificar • Sem fertilizantes e agrotóxicos, o mundo passaria fome? .........76 Mergulho no tema ............................................. 77 1. Coleção de rochas e minerais ............. 77 2. Estudo do solo ..........................................78 3. A vida do solo .......................................... 80 4. Importância e riscos da mineração .... 82 Mais .......................................................................... 83 Ponto de checagem ........................................... 84 Fim de papo .......................................................... 85 3 UNIDADE DAS CÉLULAS AO ORGANISMO ................... 86 Características dos seres vivos ...................... 88 Atividades ........................................................ 89 A reprodução ....................................................... 90 Atividades .........................................................91 Origem da vida .....................................................92 Atividades .........................................................93 Teorias sobre o surgimento da vida ........... 94 Atividades ........................................................ 95 Os primeiros seres vivos .................................. 96 Assim se faz Ciência • Ciência e aventura ...97 A célula ................................................................... 98 O microscópio e a teoria celular ................98 Atividades ........................................................ 99 Estrutura da célula ........................................... 100 Atividades ...................................................... 101 Níveis de organização .................................... 102 Vamos verificar • Vírus são seres vivos? ..... 103 Atividades ...................................................... 103 Mergulho no tema ........................................... 104 1. Linha do tempo da vida ....................... 104 2. Um experimento do século XVII ........ 106 3. Célula tridimensional ............................ 107 4. Robôs e humanos podem conviver? ................................... 108 Mais ........................................................................ 109 Ponto de checagem ..........................................110 Fim de papo .........................................................111 4 D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 9D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 9 25/08/22 01:4925/08/22 01:49 9 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 9D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 9 02/09/22 16:1402/09/22 16:14 UNIDADE OS SENTIDOS ......................................................112 A captação dos estímulos ..............................114 Atividades .......................................................115 Visão .......................................................................116 Atividades .......................................................117 Atividades .......................................................119 Olfato e gustação ............................................. 120 Atividades .......................................................121 Audição e equilíbrio ........................................ 122 Atividades...................................................... 123 Tato .........................................................................124 Atividades .......................................................125 Vamos verificar • Supersentidos? ..................126 Assim se faz Ciência • Aparelhos auditivos com bluetooth mudam a vida dos usuários ........................................................ 127 Mergulho no tema ........................................... 128 1. Sinestesia ................................................. 128 2. A menor distância entre dois pontos ...........................................130 3. Ilusões de ótica ....................................... 132 Mais ........................................................................ 133 Ponto de checagem ......................................... 134 Fim de papo ........................................................ 135 5 UNIDADE OS SISTEMAS NERVOSO E LOCOMOTOR ................................................... 136 Interpretação dos estímulos ........................ 138 A organização do sistema nervoso ........... 139 Atividades ...................................................... 139 Sistema nervoso central (SNC) .................... 140 Sistema nervoso periférico (SNP) ...............141 Atividade ....................................................... 142 Funcionamento do sistema nervoso ........ 143 Atividades ...................................................... 145 O sistema nervoso e as drogas ................... 146 Atividade ....................................................... 147 Executando a resposta: ossos e músculos .............................................. 148 O esqueleto ......................................................... 148 A musculatura .................................................... 149 Atividades ...................................................... 150 O movimento ......................................................151 A coordenação conjunta.................................151 Atividades ...................................................... 152 Vamos verificar • O dedão do pé ...............153 Assim se faz Ciência • O que você precisa aprender com o neurocientista Miguel Nicolelis .................................................... 154 Mergulho no tema ........................................... 156 1. Inclusão e aceitação ............................. 156 2. As emoções ............................................ 158 Mais ........................................................................ 159 Ponto de checagem ......................................... 160 Fim de papo .........................................................161 6 D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 10D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 10 25/08/22 01:4925/08/22 01:49 10 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 10D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 10 02/09/22 16:1402/09/22 16:14 AL EK SA N DR _V IL LO U /S HU TT ER ST O CK .C O M AL EK SA N DR _V IL LO U /S HU TT ER ST O CK .C O M REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................208 UNIDADE A MATÉRIA E SUAS TRANSFORMAÇÕES ........................................ 162 Matéria e substâncias ..................................... 164 Atividades ...................................................... 165 Transformação da matéria ........................... 166 Atividades ...................................................... 167 Materiais sintéticos .......................................... 168 Fibras sintéticas ................................................. 168 Atividades ...................................................... 169 Medicamentos ....................................................170 Atividade ........................................................171 Plásticos ................................................................ 172 Atividades ...................................................... 173 Controlando algumas transformações......174 Atividades .......................................................175 Assim se faz Ciência • Pesquisadores criam plástico de mandioca: transparente e resistente .................................176 Vamos verificar • Como não chorar ao cortar cebola? ................................................ 178 Mergulho no tema ........................................... 179 1. Plásticos ................................................... 179 2. Cola feita com leite .............................. 180 3. Automedicação ..................................... 182 Mais ........................................................................ 183 Ponto de checagem ......................................... 184 Fim de papo ........................................................ 185 7 UNIDADE MISTURAS ........................................................... 186 O que são misturas .......................................... 188 Atividades .................................................. 189 Tipos de mistura .................................................190 Atividade ....................................................... 191 Separação de misturas ................................... 192 Catação ................................................................. 192 Decantação .......................................................... 192 Centrifugação ..................................................... 193 Atividades ...................................................... 193 Filtração ................................................................ 194 Evaporação .......................................................... 194 Destilação ............................................................ 194 Atividades ...................................................... 195 Destilação fracionada ..................................... 196 Dissolução ............................................................ 197 Atividade ....................................................... 197 Assim se faz Ciência • Por que alguns peixes têm mercúrio? ......................................... 198 Vamos verificar • Lavar ou não lavar? Eis a questão! .......................................................200 Mergulho no tema ........................................... 201 1. Tratamento da água ............................ 201 2. Construindo um filtro .......................... 202 3. Os catadores de materiais recicláveis ................................................ 203 Mais ........................................................................ 205 Ponto de checagem .........................................206 Fim de papo ........................................................ 207 8 D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 11D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-LA-G24.indd 11 25/08/22 01:4925/08/22 01:49 11 D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 11D2-CIE-F2-2109-V6-INICIAIS-001-011-MP-G24.indd 11 02/09/22 16:1402/09/22 16:14 BNCC Competências: Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 9 e 10 Ciências da Natureza: 1, 3, 5, 6 e 8 Habilidades: EF06CI13, EF06CI14 Tema Contemporâneo Transversal: Diversidade cultural INTRODUÇÃO A Unidade se propõe a conduzir os estudantes até a resposta da pergunta “Como podemos constatar o formato e os movi- mentos da Terra?”, por meio do estudo dos movimentos de rotação e translação do planeta e da análise de outros elementos. O ponto de partida para a inves- tigação são os fenômenos que podem ser observados diretamente. Ilustrações esquemáticas, que são abstratas e difíceis, são empregadas para complementar e aprofundar as explicações e a compreensão. Com esse propósito, a Unidade se inicia tratando da forma do planeta, que determina a maneira como enxergamos os astros no céu. São apresentados alguns parâmetros importantes para a observação do céu e, em seguida, parte-se para a análise dos fenô-menos que permitem constatar a rotação e a translação. A Unidade se encerra abordando a influência que esses movimentos exercem sobre os seres vivos, com enfoque nos aspectos climáticos. OBJETIVOS • Conhecer diferentes mitos sobre a origem e o formato da Terra, diferenciando-os do saber científico. • Reconhecer o modelo da esfe- ra celeste e seus componentes. • Selecionar argumentos e evi- dências que demonstrem a esfericidade da Terra. • Inferir sobre a rotação e a trans- lação da Terra pela observação das mudanças na sombra de um gnômon. • Compreender como os mo- vimentos da Terra afetam os seres vivos. 1. Analise a imagem e descreva o caminho que o Sol percorreu no céu ao longo do dia. É possível saber o sentido desse movimento? 2. O que explica o fato de o Sol ocupar diferentes posições no céu ao longo do dia? 3. O Sol percorre o mesmo caminho no céu todos os dias? 1. Espera-se que os estudantes descrevam que o Sol percorreu um caminho arqueado ou curvado no céu. Como a imagem foi registrada no Hemisfério Sul, o movimento se deu da direita para a esquerda. Se o local fosse no Hemisfério Norte, o movimento teria ocorrido da esquerda para a direita. Ao iniciarem esta Unidade, não é esperado que os estudantes saibam a resposta completa a esta questão. Esse movimento aparente do Sol é provocado pela rotação da Terra. 3. Não. A cada dia o movimento descrito pelo Sol muda um pouco em relação ao dia anterior, em um ciclo que se repete anualmente. As imagens que você vê na abertura são o resultado da combinação de diversas fotografias registradas ao longo de um dia, em um mesmo local. Santo Antônio do Pinhal (SP), junho de 2017. UNIDADE FORMATO E MOVIMENTOS DA TERRA1 ATENÇÃO Nunca olhe diretamente para o Sol. Isso pode prejudicar permanentemente sua visão. Como podemos constatar o formato e os movimentos da Terra? Anote suas ideias no caderno. Elas serão recuperadas ao final da Unidade. Ver orientações no Manual do professor. QUESTÃO CENTRAL FA BI O C O LO M BI N I 12 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 12D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 12 25/08/22 18:1025/08/22 18:10JUSTIFICATIVAS DOS OBJETIVOS Para valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, é necessário conhecê-los. Assim, esta Unidade apresenta brevemente a evolução do conhecimento astronômico, passando por mitos de diferentes povos. O modelo da esfera celeste é apresentado nesse contexto, possibilitando debater a relação entre mitos e Ciência. O conhecimento sobre como constatar o formato esférico da Terra favorece o desenvolvimento da capacidade argumentativa e, em conjunto com os estudos sobre os movimentos do planeta Terra, enriquece o conhecimento dos estudantes sobre o mundo físico. 12 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 12D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 12 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Abertura da Unidade A imagem escolhida para esta abertura é uma montagem criada a partir de múltiplas exposições. O fotógrafo posiciona o equipamento em um tripé e o mantém na mesma posição ao longo do dia, fazendo registros em diferentes momentos e depois unindo-os digitalmente. Para início de conversa É interessante discutir com os estudantes sobre a posição da câmera fotográfica para se fotografar o Sol a pino. Embora seja comum a ideia de que o Sol sempre fique a pino próximo ao meio-dia, isso só ocorre na zona intertropical, dois dias ao ano (e apenas um dia nas localidades situadas exatamente sobre os trópicos). Nas demais regiões do globo, isso nunca ocorre. Questão central A Questão central é uma pergunta abrangente que convida os estudantes a interpretá-la e respondê-la livremente. Avalie como eles utilizam seus conhecimentos prévios nesse momento. Essa pergunta pode ser retomada ao longo da Unidade, especialmente nos momentos em que o tópico estudado se relacionar diretamente à questão. Os quadros Notificação podem auxiliar nessas retomadas. Essa dinâmica possibilita concatenar outras questões ou comentários e, assim, mobilizar os saberes prévios dos estudantes. Com base neles, pode-se fazer uma breve avaliação diagnóstica que contribuirá para o planejamento das aulas subsequentes. Oriente os estudantes a escreverem, individualmente, sua resposta para a Questão central, deixando claro que ela será retomada ao final do estudo. 13 1. Analise a imagem e descreva o caminho que o Sol percorreu no céu ao longo do dia. É possível saber o sentido desse movimento? 2. O que explica o fato de o Sol ocupar diferentes posições no céu ao longo do dia? 3. O Sol percorre o mesmo caminho no céu todos os dias? 1. Espera-se que os estudantes descrevam que o Sol percorreu um caminho arqueado ou curvado no céu. Como a imagem foi registrada no Hemisfério Sul, o movimento se deu da direita para a esquerda. Se o local fosse no Hemisfério Norte, o movimento teria ocorrido da esquerda para a direita. Ao iniciarem esta Unidade, não é esperado que os estudantes saibam a resposta completa a esta questão. Esse movimento aparente do Sol é provocado pela rotação da Terra. 3. Não. A cada dia o movimento descrito pelo Sol muda um pouco em relação ao dia anterior, em um ciclo que se repete anualmente. PARA INÍCIO DE CONVERSA NÃO ESCREVA NO LIVRO. FA BI O C O LO M BI N I D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 13D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 13 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28 • Artigo: Astronomia na sala de aula: por quê? Publicado por: Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia. Disponível em: https://www. relea.ufscar.br/index.php/relea/ article/view/146. Artigo que se propõe a discutir a im- portância do ensino de Astronomia na educação básica, iniciando-se no Ensino Fundamental. • Cartilha: Astronomia: Ensi- no Fundamental e Médio. Salvador Nogueira; João Batista Garcia Canalle. Brasília, DF: MEC, 2009. Disponível em: http://portal. mec.gov.br/index.php?option= com_docman&view=download &alias=4232-colecaoexplorando oensino-vol11&category_slug= marco-2010-pdf&Itemid=30192. Cartilha elaborada pelo Minis- tério da Educação com textos e sugestões de atividade para o ensino de Astronomia. Acessos em: 12 ago. 2022. PARA O PROFESSOR 13 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 13D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 13 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 https://www.relea.ufscar.br/index.php/relea/article/view/146 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=4232-colecaoexplorandooensino-vol11&category_slug=marco-2010-pdf&Itemid=30192 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O formato da Terra Este tópico da Unidade se debruça sobre a análise do formato da Terra e provê argu- mentos e evidências que permitem aos estudantes concluir sobre a esfericidade do planeta, contri- buindo para o desenvolvi mento da habilidade EF06CI13. Questione os estudantes se eles sabiam que a Terra não é perfeitamente esférica, mas levemente abaulada. No senso comum, é frequente a noção de que o planeta seja uma esfera perfeita. Se julgar oportuno, comente que esse achatamento no eixo norte-sul se deve ao movimento de rotação do planeta. Ressalte que se trata de um achatamento muito pequeno, perfazendo apenas 0,3% do raio polar, aproximadamente. Dessa forma, não é incorreto considerar, para fins de transposição didática, que o planeta é esférico. Aborde com a turma os mitos apresentados sobre a origem e o formato da Terra ou do Universo. Destaque como cada povo se apro- priou de elementos importantes em suas realidades (oceanos e gelo, no caso nórdico; elefantes e terremotos, no caso hindu) para elaborar seus mitos de criação. Expanda a conversa solicitando aos estudantes que compartilhem mitos de criação da Terra que conheçam. Promova um ambiente de respeito e acolhimento para que todosse sintam seguros para compartilhar suas crenças pes- soais e familiares, valorizando as diferentes manifestações culturais dos povos que constituem o povo brasileiro. Essa contextualização do estudo, apoiada no TCT Diversidade cultural, contribui para o desenvolvimento das competências gerais 3 e 9. A história do debate acerca do formato da Terra é rica e O FORMATO DA TERRA A Terra tem um formato praticamente esfé- rico. Não dizemos que ela é uma esfera perfeita, basicamente, porque o planeta é um pouco acha- tado nos polos e abaulado na região da linha do equador. Por esses motivos, o termo esfe- roide, que significa parecido com uma esfera, é mais adequado para descrever o formato do planeta onde vivemos. Neste livro, para fins de simplificação, utilizaremos o termo esférico para nos referirmos ao formato do planeta. As evidências científicas sobre a esfericidade da Terra são relativamente recentes na história. Diferentes culturas, em diferentes épocas, criaram suas próprias visões de mundo. Para povos nórdicos, por exemplo, a Terra era como um disco ou uma calota, com superfície plana, apoiada na copa de uma enorme árvore sagrada. Para os hindus, nosso planeta era uma semiesfera apoiada nas costas de quatro grandes elefantes, que se equilibravam sobre uma tartaruga gigante. Uma das crenças mais antigas sobre o formato da Terra, presente em diferentes culturas, afirmava que nosso planeta é plano como um disco. Sobre ele, haveria uma abóbada celeste móvel, como uma tigela emborcada para baixo, onde estrelas e outros astros estariam fixados. Abaulado: saliente, curvado. Elaborado com base em: TEIXEIRA, Wilson et al. (org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007. Ilustração da Terra vista em corte. O planeta não tem o formato de uma esfera perfeita, o raio polar é um pouco menor que o raio equatorial. IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. Fonte: LODGE, Oliver. Pioneers of Science. London: Macmillan, 1893. p. 17. Representação do mito hindu a respeito da forma da Terra. Xilogravura colorida artificialmente. Representação de Yggdrasil, a árvore sagrada da mitologia nórdica, sobre a qual o mundo estaria apoiado. BAGGE, Oluf. Yggdrasil. 1847. Xilogravura, 20,2 x 28,3 cm. R ai o p o la r Polo Sul Polo Norte Linha do equador 6 378 km Raio equatorial 6 35 7 km SE LM A CA PA RR O Z M AG IT E HI ST O RI C/ AL AM Y/ FO TO AR EN A LA N M AS /A LA M Y/ FO TO AR EN A 14 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 14D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 14 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28fornece um bom exemplo de como se dá a construção do conhecimento científico – que, não raramente, desafia o senso comum ou as ideias predominantes em determinada sociedade e época. Essa abordagem dá continuidade ao desenvolvimento das competências gerais 1 e 2 e da competência específica 1 de Ciências da Natureza. • Artigo: Uso de textos históricos para uma abordagem pedagógica sobre a Natureza da Ciência. Publicado por: Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia. Disponível em: https:// www.relea.ufscar.br/index.php/relea/article/view/259. Acesso em: 12 ago. 2022. Artigo que debate o uso de textos históricos em aulas de Ciências da Natureza. PARA O PROFESSOR 14 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 14D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 14 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 Oriente a leitura da composição de fotos que representa o eclipse lunar, destacando que a sombra da Terra está projetada sobre a superfície lunar. Esclareça que esse fenômeno é diferente do que ocorre no ciclo de fases da Lua; neste caso, o aspecto da Lua muda conforme ela se move ao redor da Terra (revolução lunar), o que altera a porção da face lunar iluminada que está voltada para nós. Isso será tema de estudo em anos posteriores do Ensino Fundamental. Na Grécia antiga, Pitágoras (c. 570 a.C.-500-490 a.C.) foi o primeiro a defender a teoria de que nosso planeta era esférico, no século VI a.C. Cerca de dois séculos depois, também na Grécia, Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.) forneceu evidências empíricas de que a Terra não era plana. Ele notou que: • para um viajante que vai em direção a um dos polos, algumas constelações aparecem cada vez mais altas no céu, conforme ele se distancia da linha do equador; • a sombra projetada pela Terra sobre a Lua durante os eclipses lunares é redonda. Empírico significa com base em expe riên cia concreta. Um argumento empírico, por exemplo, é um argumento fundamentado naquilo que pode ser constatado diretamente (pelos nossos sentidos) ou indiretamente (por meio de sensores ou outros equipamentos). O empirismo tem papel central na produção do conhecimento científico. PALAVRA-CHAVE 1. O que significa a palavra esferoide? Por que ela é mais adequada para descrever o formato da Terra do que a palavra esfera? 2. Em dupla, escrevam uma história sobre qual poderia ser o formato da Terra, caso vocês não soubessem que ela é esférica. • Vocês devem incluir argumentos com base em suas observações e vivências, e podem acrescentar elementos de fantasia – como em um mito. • Elaborem um desenho para representar essa história. • Mostrem o desenho para o restante da turma e contem a história que inventaram. Ao final, com os demais colegas, discutam a questão: quais são as diferenças entre essas histórias e a explicação científica sobre o formato da Terra? 1. Esferoide significa quase esférico. A Terra é dita esferoide porque não é uma esfera perfeita: apresenta irregularidades na superfície e formato levemente achatado nos polos e abaulado na linha do equador. Ver orientações no Manual do professor. NÃO ESCREVA NO LIVRO. Montagem apresentando diversos momentos de um eclipse lunar registrado a partir da Inglaterra em 26 de abril de 2020. As diferentes mitologias e a Ciência oferecem explicações para o formato da Terra, cada uma a sua maneira. NOTIFICAÇÃO ATIVIDADES AL EX EY P AN FE RO V/ AL AM Y/ FO TO AR EN A 15 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 15D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 15 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28Atividades 2. Nesta atividade, os estudantes podem se basear em mitos que já conheçam, criando detalhes e informações para enriquecer a his- tória. Incentive-os a se inspirar em elementos importantes para a comunidade, por exemplo: o mar, caso se trate de um município litorâneo; algum rio importante; uma montanha ou outra formação geológica da região; algum animal ou planta característico, entre outros. Retome os exemplos apresentados das culturas nórdica e hindu para ressaltar a presença de elementos assim nos mitos. Ao final, conduza a discussão de modo a deixar claro que a Ciência e os mitos não são relacionados: a Ciência é baseada em fatos e se submete a testes de hipótese, o que faz com que o conhecimento científico esteja em constante transformação; mitos, por outro lado, têm caráter dogmático, isto é, indiscutível, inquestionável. 15 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 15D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 15 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS As observações de Eratóstenes O método utilizado por Eratóstenes para calcular a circun- ferência da Terra é relativamente simples e pode ser reproduzido com a turma. Por envolver conceitos matemáticos que talvez sejam ainda desconhecidos dos estudantes, é interessante conversar com o professor de Matemática para certificar-se da possibilidade de realização do experimento – que pode, inclusive, ser desenvolvido em conjunto pelos dois com- ponentes curriculares. O artigo “Revivendo Eratóstenes”, cujo trecho é apresentado na seção Formação continuada e que também é indicado na seção Para o professor, na página seguinte, traz uma proposta de como executar essa atividade na escola. Outra proposta listadanessa seção desenvolve a integração com Matemática ao trabalhar as proporções de tamanho e distância entre Terra e Lua. Explique aos estudantes que Eratóstenes não calculou o diâ- metro da Terra em quilômetros, mas em estádios – unidade de medida de distância que era utilizada naquela época. Não há consenso entre os historiadores quanto ao valor exato de um estádio; por isso, há mais de uma interpretação para a precisão do cálculo que ele fez. A maioria dos pesquisadores, porém, concorda que a estimativa feita por ele foi muito próxima da real. As observações de Eratóstenes No século III a.C., o astrônomo grego Eratóstenes (276 a.C.-194 a.C.) usou princípios matemáticos simples para argumentar que a Terra é esférica e conseguiu calcular o diâmetro do planeta com uma precisão notável para a época. Eratóstenes era diretor da Biblioteca de Alexandria. Ao ler o relato de um viajante, ficou sabendo que na cidade de Siena (atual Assuã, no Egito) era possível ver o Sol refletido no fundo de um poço, ao meio-dia de um determinado dia. Ele sabia que, para que o reflexo do Sol fosse visível no fundo do poço, sem projetar nenhuma sombra, o Sol deveria estar exatamente acima do observador. Em Alexandria, porém, isso não ocorria. Eratóstenes notou que, ao meio-dia, naquele mesmo dia, um obelisco na cidade produzia uma pequena sombra. 30º L Trópico de Câncer E G I TOLÍBIA SUDÃO JORDÂNIA IRAQUE SÍRIA ARÁBIA SAUDITA Mar Mediterrâneo M ar Verm elho ISRAEL Assuã Alexandria 0 240 IL U ST RA ÇÕ ES : T EL C O EL HO /G IZ D E CE RA SO N IA V AZ Norte da África e oeste da Ásia Eratóstenes deduziu que essa diferença só seria possível se a superfície da Terra fosse curvada. Sabendo as medidas da altura do obelisco em Alexandria e da sombra que ele produzia ao meio-dia, bem como a distância entre Siena e Alexandria, ele calculou a circunferência da Terra em torno de 40 000 quilômetros. A precisão dessa estimativa é impressionante: com uma tecnologia muito mais desenvolvida, hoje sabemos que a circunferência do planeta na linha do equador é de 40 076 quilômetros. IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. O Sol ocupa posições diferentes na abóbada celeste em Siena (atual cidade de Assuã, no Egito) e em Alexandria, no mesmo dia e hora. Elaborado com base em: PICAZZIO, Enos. O céu que nos envolve: introdução à Astronomia para educadores e iniciantes. São Paulo: Odysseus, 2011. p. 81. Representação dos estudos realizados por Eratóstenes. Em Siena, o Sol se encontra exatamente acima da cabeça de um observador. Em Alexandria, isso não ocorre. Superfície da Terra Poço em Siena Coluna em Alexandria Sombra Raios solares SE LM A CA PA RR O Z Fonte: IBGE. Atlas geográfico escolar. 8. ed. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. p. 45. 16 D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 16D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 16 29/08/2022 11:4129/08/2022 11:41 FORMAÇÃO CONTINUADA As primeiras especulações a res- peito da forma da Terra foram de natureza não científica. […] Os primeiros valores para a circun- ferência da Terra são de Aristóteles, que [...] cita como sendo de aproxi- madamente 400 000 estádios, mas não diz como nem quem obteve es- te valor. Arquimedes (c. 287-212 a.C.) [...] registra o valor de 300 000 está- dios, mas igualmente não cita quem nem como esse valor foi obtido [...]. O primeiro a detalhar um método e a chegar a valores mais realistas foi Era- tóstenes (c. 270-190 a.C.). Para isso ele deduziu que, sendo a Terra esférica e estando o Sol muito distante, a som- bra provocada pelo Sol ao meio-dia local deveria ter comprimentos dife- rentes em locais diferentes, embora localizados no mesmo meridiano. [...] [...] PEREIRA, Paulo Cesar R. Revivendo Eratóstenes. Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia, São Carlos, n. 3, p. 19-38, 2006. p.20-21. Disponível em: https://www.relea.ufscar.br/index.php/relea/ article/view/74/64. Acesso em: 8 jul. 2022. 16 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 16D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 16 04/09/22 23:1504/09/22 23:15 https://www.relea.ufscar.br/index.php/relea/article/view/74/64 estudantes, identificando eventu- ais dificuldades de compreensão. Tais noções serão retomadas ao longo dos próximos anos do Ensino Fundamental, no decorrer dos estudos de Astronomia. Se julgar oportuno, realize neste momento o tema 4 da seção Mergulho no tema, na qual é proposta a construção de um modelo da esfera celeste, com a subsequente identificação de elementos importantes, como zênite, horizonte e outros. Esse modelo físico pode ser mantido em sala de aula para auxiliar na retomada desses conceitos. Se julgar oportuno, um modelo em escala maior pode ser construído usando-se garrafas PET de maior capacidade (5 ou 6 litros, por exemplo) e uma bola de isopor maior. Reforce com os estudantes que a abóbada celeste é apenas imaginária, isto é, não tem exis- tência concreta, e que a inclinação dos diferentes caminhos do Sol depende da latitude. Na ilustração que representa a abóbada, o movimento aparente do Sol corres- ponde, aproximadamente, àquele constatado por um observador sobre o Trópico de Capricórnio. Atividades 1. Se a Terra fosse plana, as colunas não formariam sombra quando o reflexo do Sol fosse visível no fundo do poço, pois os raios solares incidiriam perpendicular- mente à superfície. Isso deve estar evidente nas ilustrações feitas pelos estudantes. Esta atividade exige capacidade de abstração dos estudan- tes. Por isso, é interessante acompanhar os estudantes na interpretação da ilustração do experimento de Eratóstenes. Certifique-se de que eles tenham compreendido o desenho, e oriente-os para que se baseiem nele para elaborar a resposta. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Esfera e abóboda celestes As noções de esfera e abóbada celestes, bem como de horizonte, zênite e meridiano são centrais para a análise astronômica quando se considera um observador na superfície da Terra. Dessa forma, é fundamental dedicar um tempo para acompanhar a leitura do texto e das imagens desta página com os ESFERA E ABÓBADA CELESTES Ao observarmos o céu, temos a impressão de que estamos debaixo de uma redoma esférica e cristalina, com as estrelas fixas na sua superfície, todas igualmente distantes de nós. Essa impressão é criada pela perspectiva do observador, ou seja, é imaginária. Cada estrela está a uma distância diferente do nosso planeta. Nossa visão não é capaz de diferenciar essas distâncias porque elas são enormes. O conceito de esfera celeste facilita a compreensão dos movimentos dos astros. Pense nela como uma esfera imaginária, de tamanho indefinido, com a Terra no centro. A parte da esfera celeste que conseguimos enxergar recebe o nome de abóbada celeste. Para analisar a posição e os movimentos dos astros no céu, precisamos conhecer alguns conceitos relacionados à abóbada celeste. • O horizonte é a linha que divide a superfície terrestre e o céu e rodeia o observador. • O zênite é o ponto na abóbada celeste logo acima do observador. • O meridiano é a linha imaginária que liga os pontos cardeais norte e sul, passando pelo zênite. Ele divide o céu nos hemisférios leste e oeste. IL U ST RA ÇÕ ES : S EL M A CA PA RR O Z Elaborado com base em: PICAZZIO, Enos. O céu que nos envolve: introdução à astronomia para educadores e iniciantes. São Paulo: Odysseus, 2011. p. 57. Esquema da esfera celeste, que facilita a compreensão do movimento dos astros. 1. Pensando no experimento de Eratóstenes, responda: se a Terra fosse plana, qual seria a relação entre o reflexo do Sol no poço em Siena e a sombra do obelisco em Alexandria? Faça um desenho para explicar sua resposta e represente os raios solares. 2. Identifique as afirmações incorretas e reescreva-as fazendo as correções necessárias. a) O Sol cruza a linha do meridiano todos os dias. A afirmação está correta.b) A esfera celeste é uma redoma que envolve e protege o planeta Terra. c) A linha que rodeia o observador e divide a superfície e o céu se chama abóbada celeste. Ver orientações no Manual do professor. 2. b) A esfera celeste é uma esfera imaginária que envolve a Terra. c) A linha que rodeia o observador e divide a superfície e o céu se chama horizonte. ATIVIDADES Elaborado com base em: LANGHI, Rodolfo. Aprendendo a ler o céu: pequeno guia prático para a Astronomia observacional. São Paulo: Livraria da Física, 2016. p. 30. Representação da abóbada celeste e os seus elementos. IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. NÃO ESCREVA NO LIVRO. Polo norte celeste Polo Norte Polo Sul Polo sul celeste Linha do equador Equador celeste Norte Oeste Sul HorizonteLeste Zênite Li nh a do m er id ia no Esfera celeste TerraTerra 17 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 17D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 17 01/09/22 17:5401/09/22 17:54 • Artigo: Revivendo Eratóstenes. Publicado por: Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia. Disponível em: http://www.relea. ufscar.br/index.php/relea/article/view/74/64. Acesso em: 10 jul. 2022. Artigo que descreve a atividade “Revivendo Era- tóstenes”, que propõe realizar uma medição do tamanho da Terra com base no raciocínio propos- to por Eratóstenes. PARA O PROFESSOR 17 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 17D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 17 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 http://www.relea.ufscar.br/index.php/relea/article/view/74/64 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Percepção do formato da Terra Embora a ideia de que nosso planeta seja esférico já tenha sido consolidada no senso comum, constatar esse fato não é tarefa trivial. Mesmo em alto-mar, onde não há obstáculos à frente do horizonte, temos a impressão de que a superfície da Terra é plana. Compreender que estamos sobre uma esfera exige capacidade de abstração e domínio de alguns conceitos. A seção Vamos verificar, permite aprofundar essa discussão. Comente que atualmente é muito fácil encontrar imagens do nosso planeta visto do espaço: elas estão em revistas, jornais, livros, filmes, programas televisivos etc. As primeiras fotografias desse tipo, no entanto, são relativamente recentes, datando do final da década de 1940. Para evidenciar que se trata de uma “novidade”, peça aos estudantes que pergun- tem aos seus avós ou a outros idosos de sua convivência se eles se lembram quando foi a primeira vez que viram uma fotografia da Terra vista do espaço e em que tipo de mídia (TV, livros, jornais) essas imagens eram encontradas. Acompanhe os estudantes na leitura das ilustrações desta e da próxima página. Certifique-se de que eles compreendem quais elementos estão retratados, e o fato de as ilustrações não manterem proporção de tamanho entre os elementos (a Terra foi bastante reduzida para que sua curvatura fosse retratada). Na ilustração que mostra o Cruzeiro do Sul, comente que a distância da constelação para o planeta também foi muito reduzida, e que as estrelas que a formam não ocupam um mesmo plano, embora seja essa a impressão passada a um observador na PERCEPÇÃO DO FORMATO DA TERRA Para um observador no espaço, distante da Terra, é fácil consta- tar visualmente que a Terra é esférica. Para quem está na superfície do planeta, no entanto, não é tão fácil chegar a essa conclusão. Dizer que a Terra é esférica pode até parecer contraintuitivo, pois, quando observamos o horizonte, a linha imaginária que separa a superfície do planeta da atmosfera, não conseguimos constatar nenhuma curvatura. A nossa visão não é um instrumento preciso o suficiente para constatar a curvatura da Terra a partir de sua superfície. No entanto, com atenção e um pouco de engenhosidade, é possível ir além das impressões iniciais e conhecer melhor o formato do planeta. Observar estrelas e constelações é uma forma de fazer isso, como já havia constatado Aristóteles. O Cruzeiro do Sul é uma constelação bastante conhecida e muito importante no Hemisfério Sul do planeta, aparecendo em bandeiras nacionais de países como Austrália, Nova Zelândia e Brasil. Ela é composta de cinco estrelas, sendo que quatro delas são bem mais brilhantes que a quinta. Essas quatro estrelas, ligadas por duas linhas imaginárias, formam uma cruz no céu. Para um observador próximo à linha do equador, o Cruzeiro do Sul nunca fica muito acima da linha do horizonte. Para um observador que esteja mais ao sul, no entanto, o Cruzeiro do Sul surge bem mais alto no céu. Se a superfície terrestre fosse plana, isso não deveria ocorrer. No entanto, essa diferença pode ser explicada se assumirmos que a Terra é esférica. Observe a ilustração a seguir. Contraintuitivo: que contraria a intuição. Representação do Cruzeiro do Sul visto por dois observadores em pontos diferentes da Terra. João está próximo à linha do equador e enxerga o Cruzeiro do Sul um pouco acima da linha do horizonte. Paulo, que está mais ao sul, enxerga a mesma constelação e precisa olhar para cima. Cruzeiro do Sul João Paulo Linha do equador Polo Sul Polo Norte IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. AL EX A RG O ZI N O 18 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 18D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 18 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28Terra. Este é um bom momento para realizar com a turma as atividades do tema 5 da seção Mergulho no tema. A Astronomia teve um notável desenvolvimento a partir de observações a olho nu, isto é, sem a utilização de equipamentos ou dispositivos e, posteriormente, com a ajuda de instrumentos fáceis de se construir ou obter atualmente, como o gnômon e a luneta. Muitos dos fenômenos estudados no Ensino Fundamental podem ser constatados por um observador na superfície do planeta, desde que devidamente orientado. Explorar essa possibilidade com os estudantes enriquece muito o ensino de Astronomia. 18 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 18D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 18 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 Questione o que os estudantes sabem sobre os eclipses e avalie a necessidade de explicações complementares. Compreender a ilustração que explica o “desaparecimento” da base das turbinas eólicas no horizonte exige certa abstração. Use o livro para simular a superfície do planeta e uma borracha para simular um navio. Inicialmente, para simular uma superfície plana, encoste a ponta do nariz na lombada do livro, mantendo-o deitado e o mais reto possível. Posicione a borracha sobre o livro, em frente ao nariz, e, lentamente, empurre-o até a outra ponta do livro. Os estudantes devem notar que a imagem da borracha diminui conforme ela se afasta, mas ela não “some”. Em seguida, curve o livro suavemente para baixo (representando a curvatura da superfície terrestre) e repita o processo. Deve ser possível notar que, conforme a borracha se afasta do nariz, a parte de baixo dela desaparece primeiro. Outro argumento empírico apresentado por Aristóteles é o eclipse lunar. Esse fenô- meno ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua ficam alinhados, de modo que a Lua fique no cone de sombra projetado pela Terra. Ao longo do eclipse, é possível notar que a sombra projetada na superfície lunar é sempre arredondada. Também é possível constatar a curvatura do planeta quando vemos um navio partir em direção ao horizonte. Conforme ele se afasta, vai “sumindo” gradualmente, de baixo para cima. Isso é mais fácil de constatar em um dia de céu claro e com a ajuda de binóculos. Esse fenômeno ocorre porque, conforme o navio se distancia para além do horizonte, a parte de baixo dele começa a ser “escondida” pelo planeta. Depois de se afastar o suficiente, ele some completamente. (A) Usina eólica na Holanda, 2021. Note que as torres mais afastadas estão parcialmente “escondidas” atrás da linha do horizonte,devido à distância. (B) Representação simplificada da situação. A B SE LM A CA PA RR O Z O LH A RO HU LY A/ IS TO CK PH OT O /G ET TY IM AG ES SE LM A CA PA RR O Z IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. A observação atenta dos astros, aliada a outras evidências, permite constatar o formato esférico da Terra. NOTIFICAÇÃO 1. A Estrela Polar, também conhecida como Polaris, surge no céu exatamente na direção do polo norte celeste. Observe a imagem ao lado. Explique a posição dessa estrela na abóbada celeste considerando um observa- dor localizado: a) próximo ao Polo Norte. b) na linha do equador. c) próximo ao Polo Sul. 2. Em grupo, discutam a seguinte afirmação: • A distância entre o observador e a linha do hori- zonte varia com a altura: quanto mais alto está o observador, mais longe está o horizonte. Vocês concordam com essa afirmação? Expliquem a res- posta de vocês citando um exemplo cotidiano. Façam um desenho para representar essa situação. Ver orientações no Manual do professor. ATIVIDADES NÃO ESCREVA NO LIVRO. Estrela Polar Polo Norte Polo Sul Linha do equador Sentido da rotação Elaborado com base em: KARTTUNEN, Hannu et al. Fundamental Astronomy. 6. ed. Berlin: Springer, 2017. p. 20. Ilustração da posição da estrela Polar em relação à Terra. IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. Observadora Horizonte da observadora Parte que a observadora não vê. Ver orientações no Manual do professor. 19 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 19D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 19 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28Atividades 1. a) A estrela Polar aparece bem próxima ao zênite. b) Próxima ao horizonte. c) Para um observador no Polo Sul, a estrela Polar não é visível, pois fica “atrás” da Terra. 2. Os exemplos citados devem deixar evidente a noção de que a Terra é esférica. Podem envolver o fato de que enxergamos mais longe quando estamos no topo de um prédio ou montanha, ou voando de avião, por exemplo. 19 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 19D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 19 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Assim se faz Ciência Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica Os estudantes podem ser reu- nidos em grupos para leitura do texto e discussão das questões propostas. Se possível, forneça acesso à internet durante a exe- cução desta atividade, para que os estudantes possam explorar as mídias da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e se familiarizar com os conteúdos e a proposta dessa competição. Atividades 1. Aproveite a discussão para trazer à tona sonhos e planos pessoais dos estudantes, ques- tionando-os se a ideia de atuar na área de Astronomia des- perta o interesse. Caso algum estudante já tenha participado da competição, incentive o compartilhamento dessa vivência, levando a turma a apropriar-se de conhecimen- tos e experiências que lhe possibilitem fazer escolhas alinhadas aos seus projetos de vida, com liberdade, auto- nomia, consciência crítica e responsabilidade. Esse trabalho contribui para o desenvolvimento da com- petência geral 6. 2. Espera-se que os estudantes reconheçam que eventos como a OBA atraem pessoas cujo cotidiano está distante da Ciência e podem engajá-las em novos conteúdos, contri- buindo para divulgar a Ciência e incentivar a participação e o engajamento das pessoas, sobretudo dos jovens. 3. Esse evento ocorre todos os anos e é bastante moti- vante para os participantes. Considere a possibilidade OLIMPÍADA BRASILEIRA DE ASTRONOMIA E ASTRONÁUTICA A Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) é realizada anualmente, desde 1998, pela Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB). Podem participar da olimpíada estudantes de escolas públicas e particulares de Ensino Fundamental e Médio, em todo território nacional. Nos seus primeiros 25 anos de existência, a OBA já contou com a participação de mais de 11 milhões de estudantes, distribuindo cerca de 50 mil medalhas por ano. Os melhores classifica- dos podem receber bolsas de iniciação científica e convites para participar de eventos ou visitar centros de pesquisa. Também podem representar o Brasil em competições internacionais, como a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica e a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica. Tradicionalmente, as equipes brasileiras obtêm resultados excelentes nessas competições. A OBA é dividida em quatro níveis, sendo os três primeiros destinados a estudantes do Ensino Fundamental, e o quarto para os estudantes do Ensino Médio. Estudantes e professores podem se preparar para a prova com ajuda do aplicativo Simulado OBA, disponível gratuitamente para celulares, tablets e computadores. O site da OBA e os perfis dela em redes sociais também são atualizados com conteúdos voltados aos participantes, inclusive com provas e gabaritos das edições anteriores. Você pode acessar essas páginas nos seguintes endereços: • Site da OBA. Disponível em: http://www.oba.org.br. Acesso em: 8 jun. 2022. • Canal de vídeos da OBA. Disponível em: https://www.youtube.com/channel/ UCirF7BI3b8vLAcDwqjRfbig. Acesso em: 8 jun. 2022. Representação visual do logotipo da Olímpiada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. ASSIM CIÊNCIASE FAZ Formem um círculo na sala e conversem sobre as seguintes questões. 1. Vocês já conheciam a OBA ou conhecem alguém que tenha participado dela? Compartilhem com o restante da turma. 2. De que maneira eventos como a OBA contribuem para a popularização da Ciência? 3. Caso você tenha interesse em participar da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica, converse com o professor e com os colegas que compartilham esse interesse, inclusive de outras turmas. Vocês podem montar um grupo de estudos e se preparar para representar sua escola na olimpíada. Resposta pessoal. Resposta pessoal. Resposta pessoal. NÃO ESCREVA NO LIVRO.ATIVIDADES PO LI N A ER O FE EV A/ SH U TT ER ST O CK .C O M JO ÃO B AT IS TA G AR CI A CA N AL LE , CO O RD EN AD O R DA O LI M PÍ AD A BR AS IL EI RA DE A ST RO N O M IA E A ST RO N ÁU TI CA . 20 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 20D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 20 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28de criar na escola um grupo de estudos permanente, voltado à preparação para essa competição, agrupando estudantes de diferentes faixas etárias e outros professores de Ciências. Esse grupo pode funcionar a partir de encontros semanais ou quinzenais, por exemplo, a depender da disponibilidade dos participantes. 20 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 20D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 20 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Vamos verificar O mito da Terra plana A internet é uma ferramenta que tornou extremamente fácil difundir informações, sejam elas verdadeiras ou não. Nos últimos anos, cientistas têm acompa- nhado com muita preocupação o crescimento da popularidade de ideias já refutadas pela Ciência, como é o caso do terraplanismo. Esse fenômeno, que desperta o interesse de pesquisadores, parece estar vinculado a uma crescente postura anticientífica fortalecida por contextos sociais em que instituições de poder até então relativamente hege- mônicas começam a ter sua validade contestada. Aprender a utilizar as tecnologias digitais de informação e comunicação de maneira crítica é necessário para o pleno desenvolvimento da competência geral 5 e da competência específica 6 de Ciências da Natureza. Ao propor a argumentação com base em fatos e evidências, incentiva-se ainda o desenvolvimento da competência geral 7 e da competência específica 5 de Ciências da Natureza. Para possibilitar que a atividade seja realizada é fundamental fazer uma boaseleção do material a ser analisado pelos estudantes. Opte por vídeos que empreguem linguagem adequada aos estu- dantes e apresentem argumentos baseados no que foi estudado. Liste os argumentos apresentados e prepare os contra-argumen- tos correspondentes. No dia da apresentação, deixe que os estudantes emitam suas opiniões, interferindo somente quando necessário. O MITO DA TERRA PLANA Nos últimos anos, a ideia de que a Terra é plana passou a ser propagada como se fosse verdade, especialmente na internet, com auxílio das redes sociais. Os argumentos usados para defender essa noção se baseiam em interpretações incorretas de conceitos científicos e, por isso, são classificados como pseudocientíficos (do grego pseuděs: falso, mentiroso). Embora o formato esférico do nosso planeta já tenha sido comprovado há muito tempo e de diferentes maneiras, o mito da Terra plana é com- partilhado nas redes sociais por dezenas de milhares de pessoas em diversos países. As plataformas on-line de compartilhamento de vídeos são uma das principais ferramentas usadas para disseminar esse tipo de desinformação. Por que será que tantas pessoas são convencidas de que a Terra é plana? VAMOS VERIFICAR Com seus colegas, forme um grupo seguindo as orientações do professor. Ele deve indicar, para cada grupo, um vídeo ou uma matéria que defenda o mito da Terra plana. Em conjunto, analisem com atenção o material e identifiquem os principais argumentos apresentados. 1. Listem os argumentos apontados pelo vídeo ou pela matéria. Respostas pessoais. a) Que falhas vocês identificam nesses argumentos? b) Algum argumento lhes pareceu correto? Como vocês podem verificar a veracidade dele? c) Escrevam um texto argumentativo para explicar a forma esferoide do planeta. 2. No dia combinado com o professor, mostrem para a turma o vídeo ou a matéria que seu grupo analisou. Quais foram as conclusões de vocês sobre os argumentos utilizados? Apresentem essas conclusões para a turma. Respostas pessoais. 3. Após a apresentação de todos os grupos, discutam as seguintes questões. • Por que a ideia de que a Terra é plana consegue tantos adeptos atualmente, mesmo com tantas provas contrárias? Respostas pessoais. • Quem se beneficia com a disseminação desse tipo de mentira? NÃO ESCREVA NO LIVRO.ATIVIDADES Representação fictícia do planeta utilizada por alguns grupos que defendem a ideia de que a Terra é plana. DANIEL BOGNI 21 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 21D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 21 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28 • Capítulo de livro: A ciência da TV para o YouTube: redes de autoridade e diferentes linguagens da comunicação científica na era digital. Thaiane Oliveira et al. In: Jhessica Reia et al. Da televisão ao YouTube. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2021. Texto que debate as novas formas de divulgação científica na era das redes sociais, com foco em uma plataforma de compartilhamento de vídeos. • Matéria: Você não pode convencer um terra- planista e isso deveria te preocupar. Publicado por: El País. Disponível em: https://brasil.elpais.com/ brasil/2019/02/27/ciencia/1551266455_220666.html. Acesso em: 8 jul. 2022. Matéria que apresenta dados sobre o terraplanismo em contexto global e entrevista especialistas de diferentes áreas sobre os motivos dessa rejeição à Ciência ser tão difundida. PARA O PROFESSOR 21 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 21D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 21 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 https://brasil.elpais.com/brasil/2019/02/27/ciencia/1551266455_220666.html ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Rotação Explore com os estudantes o conceito de movimento aparente dos astros, deixando claro que o movimento do Sol e de outras estrelas no céu terrestre se deve, basicamente, ao movimento de rotação. Certifique-se de que compreenderam a comparação com o passageiro em uma viagem de carro. Neste momento, os temas 1 e 3 da seção Mergulho no tema oferecem possibilidade de desenvolver esse conceito a partir de dados observacionais, ao mesmo tempo que contri- buem para o desenvolvimento da competência geral 2 e da competência específica 3 de Ciências da Natureza. O movimento que a Terra realiza no Universo é complexo e é dividido em diversos com- ponentes. Rotação e translação são os mais conhecidos, mas a precessão também é um movi- mento importante para determinar o que vemos no céu. Como o período desse movimento é de aproximadamente 26 mil anos, sabemos que nossos ancestrais no Paleolítico enxergavam as estrelas em posições diferentes das atuais; algumas constelações que hoje são exclusivas do Hemisfério Sul podiam ser vistas no Hemisfério Norte, e vice-versa. O fato de que a Terra está girando ao redor de si é bastante contraintuitivo e foi comprovado há relativamente pouco tempo – menos de dois séculos. Para saber mais, leia o texto na seção Formação continuada. ROTAÇÃO Quando estamos em um carro em movimento, o veículo parece parado em relação a nós, e a paisagem parece se mover. Com a Terra, ocorre o mesmo: o planeta está se movendo, e só conseguimos perceber isso quando olhamos para “fora”, isto é, para o espaço. Um dos movimentos que a Terra realiza é a rotação, na qual o planeta gira ao redor de si em torno de um eixo imaginário, como um pião. Para completar uma volta, a Terra leva 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. Esse período, geralmente arredondado para 24 horas, corresponde a um dia. Na face do planeta voltada para o Sol, é dia. Na metade do planeta que fica do lado oposto ao Sol e, portanto, não recebe luz, é noite. A rotação, portanto, é responsável pela alternância entre os dias e as noites. Elaborado com base em: PICAZZIO, Enos. O céu que nos envolve: introdução à astronomia para educadores e iniciantes. São Paulo: Odysseus, 2011. p. 75. O planeta gira em torno de um eixo imaginário que o atravessa do Polo Norte ao Polo Sul. Conforme o planeta gira, a porção que era iluminada pelo Sol desloca-se e adentra a região de sombra. Voltemos ao exemplo da viagem de carro. O movimento que o veículo e seus ocupantes realizam é denominado movimento próprio. Já o movimento que um ocupante observa na paisagem é chamado movimento aparente. A rotação é um movimento próprio da Terra e faz o Sol e outros astros realizarem um movimento aparente ao redor do planeta. Fotografia registrada ao longo de alguns minutos. Os riscos no céu são resultado no movimento aparente das estrelas. O ponto ao redor do qual as estrelas parecem girar corresponde ao polo sul celeste. Parque Nacional do Iguaçu em Foz do Iguaçu (PR), 2021. IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. SE LM A CA PA RR O Z AD RI AN O K IR IH AR A/ PU LS AR IM AG EN S 22 Raios solares Sentido da rotação NoiteDia Eixo de rotação D2_AV5-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 22D2_AV5-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 22 30/08/2022 12:2430/08/2022 12:24 • Texto: Precessão do eixo da Terra. Publicado por: Departamento de Astronomia do Instituto de Física da UFRGS. Disponível em: http:// astro.if.ufrgs.br/fordif/node8.htm. Acesso em: 8 jul. 2022. Texto ricamente ilustrado que explica o movimento de preces- são da Terra e suas implicações. PARA O PROFESSOR FORMAÇÃO CONTINUADA Evidência da rotação da Terra [...] na Grécia Antiga as opiniões se di- vidiam quanto à questão de a Terra girar em seu eixo ou de os corpos celestes se moverem em torno dela. [...] Aristóteles era inflexível na defesa de que a Terra era fixa; como foi adotada e propagada por Ptolomeu, sua opinião se tornou a crença dominante no Ocidente até que o modelo coperniciano a substituiu. [...] A suprema prova de que a Terra gi- ra foi dada em 1851 pelo físico francês Léon Foucault (1819-1868). Ele pendurou uma bola de chumbo revestida de latão no teto do Panteão de Paris; ela ainda está lá. Como a Terra gira embaixo do pêndulo, o planode seu balanço roda lentamente. Basta observá-la por alguns minutos para ver que a Terra se move; o plano do balan- ço se desloca onze graus por hora, ou cerca de um grau a cada cinco minutos. ROONEY, Anne. A história da Astronomia. São Paulo: M.Books, 2018. p. 101-102. 22 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 22D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 22 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 do Sol. É fundamental que os estudantes compreendam que a translação se dá em um plano, a eclíptica. A trajetória do planeta é uma elipse quase circular, e o Sol se encontra praticamente no centro dela – é isso que a figura procura evidenciar e, por isso, optamos por retratar essa situação em vista vertical. A situação está retratada como seria vista por um observador que se afasta da Terra verticalmente a partir do Polo Norte. Se o referencial partisse do Polo Sul, o sentido da translação na figura estaria invertido. Reforce que tanto o tamanho dos astros quanto a distância entre eles estão repre- sentados fora de proporção; para fins didáticos, a Terra foi ampliada, e a distância entre ela e o Sol foi reduzida. Atividade A atividade proposta favore- ce o trabalho com o raciocínio lógico e a capacidade de pro- duzir inferências. O fenômeno retratado nas ilustrações pode ser observado na prática, mas é necessário planejamento; é interessante que as duas obser- vações da sombra sejam feitas com um espaçamento temporal de um mês ou mais – se pos- sível, uma no verão e outra na primavera (sempre no mesmo horário do dia). A construção de um gnômon ou de um relógio de Sol favorece a constatação desse fenômeno. Considere, portanto, a possibilidade de realizar com os estudantes os temas 1 e 3 da seção Mergu- lho no tema, e planeje-se para retomar as observações em di- ferentes momentos ao longo do ano letivo. Essa dinâmica con- tribui para o desenvolvimento da competência geral 2 e da competência específica 3 de Ciências da Natureza. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Translação Neste momento, o foco é apenas introduzir a noção de que a Terra orbita o Sol; estudos aprofundados da translação e de seus efeitos no planeta Terra são desenvolvidos nos próximos anos do Ensino Fundamental. Dedique algum tempo à leitura do esquema que representa a órbita da Terra ao redor lá. Como a Terra gira embaixo do pêndulo, o plano de seu balanço roda lentamente. Basta observá-la por alguns minutos para ver que a Terra se move; o plano do balan- ço se desloca onze graus por hora, ou cerca de um grau a cada cinco minutos. ROONEY, Anne. A história da Astronomia. São Paulo: M.Books, 2018. p. 101-102. Os movimentos de rotação da Terra, em volta do próprio eixo, e de translação, ao redor do Sol, determinam o dia e o ano, respectivamente. NOTIFICAÇÃO TRANSLAÇÃO Outro movimento próprio da Terra é a translação, na qual o planeta percorre um caminho praticamente circular ao redor do Sol. O “caminho” que um astro percorre ao redor de outro recebe o nome de órbita. Para completar uma órbita ao redor do Sol, a Terra leva 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 46 segundos, ou um ano solar. No nosso calendário, ele é arredondado para 365 dias. Ao longo do ano, conforme a Terra se move ao redor do Sol, a inclinação do eixo de rotação em relação ao plano da órbita faz que o Sol percorra cami- nhos diferentes no céu a cada dia. No verão, o Sol descreve um arco maior, passando próximo ao zênite. No inverno, por outro lado, esse arco é menor, e o Sol se afasta menos do horizonte. IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. Elaborado com base em: KARTTUNEN, Hannu et al. Fundamental Astronomy. 6. ed. Berlin: Springer, 2017. p. 21. Representação da órbita da Terra ao redor do Sol a partir de um ponto afastado e perpendicular ao plano de translação. Note que é uma trajetória levemente elíptica, ou seja, tem a forma de círculo um pouco achatado. • As duas imagens representam um obelisco e sua sombra em dias diferentes, exatamente ao meio-dia. O que explica a diferença no tamanho da sombra nas duas situações? Essa diferença é explicada pela variação no movimento aparente do Sol ao longo do ano. A imagem A pode ter sido registrada no verão, quando o Sol passa mais próximo ao zênite. A imagem B pode representar o que ocorre no inverno, quando o Sol percorre um caminho mais próximo ao horizonte. Polo Norte Polo Norte Polo Sul Polo Sul Junho Dezembro Ângulo entre o zênite e o Sol, ao meio-dia Ângulo entre o zênite e o Sol, ao meio-dia Raios solares Raios solares Equador Elaborado com base em: SCHNEIDER, Stephen; ARNY, Thomas. Explorations: an introduction to astronomy. 8. ed. Nova York: McGraw-Hill Education, 2017. p. 23. Representação da incidência de raios solares em dois momentos do ano. Em junho, é inverno no Hemisfério Sul e verão no Hemisfério Norte. Em dezembro, é o inverso. Note que, no verão, o ângulo entre o zênite e o Sol, ao meio-dia, é menor que no inverno. DA N IE L BO G N I Órbita Sol Terra IL U ST RA ÇÕ ES : S EL M A CA PA RR O Z IL U ST RA ÇÕ ES : S EL M A CA PA RR O Z ATIVIDADE NÃO ESCREVA NO LIVRO. BA 23 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 23D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 23 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28 23 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 23D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 23 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Os movimentos da Terra e a vida Ressalte com os estudantes que a alternância entre dias e noites é uma condição ambiental que se manteve inalterada desde o surgimento da vida na Terra. Mesmo que a temperatura na superfície do planeta – e muitos outros parâmetros – tenha passado por alterações ao longo desse tempo, a alternância entre claro e escuro sempre se manteve, e é um fator ao qual praticamente todas as espécies se adaptaram para se perpetuar. Peça aos estudantes que listem exemplos de como os dias e as noites influenciam a vida de plantas e de animais, inclusive deles próprios. Se não houvesse rotação, dias e noites durariam aproximadamente seis meses cada um. Comente isso com os estudantes e questione como eles acham que seriam os seres vivos se a duração do dia fosse muito menor ou muito maior que 24 horas. Esclareça que, se os períodos da rotação e da translação fossem coincidentes, metade da superfície do planeta ficaria sempre voltada para o Sol, enquanto a outra ficaria sempre no escuro – em outras palavras, não haveria dias nem noites. Questione os estudantes sobre que impactos isso teria sobre o clima e os seres vivos. Exercícios mentais como esses, de criar suposições com base no que sabem sobre o assunto, auxiliam os estudantes a criar relações entre os conceitos estudados e permitem avaliar a compreensão deles sobre o assunto. OS MOVIMENTOS DA TERRA E A VIDA A sucessão de dias claros e noites influencia a vida da maioria dos organismos na Terra, de diferentes maneiras. Muitos animais se mantêm ativos somente durante um período do dia. Como a luz do Sol aquece a superfície do planeta, a alternância entre dias claros e noites também provoca variações na temperatura da superfície. As noites são quase sempre mais frias que os dias claros, e isso traz consequências para diversos seres vivos. A coruja é um predador de hábitos noturnos. Para conseguir localizar suas presas, ela conta com uma audição muito sensível e olhos capazes de enxergar mesmo com pouca luz. A flor da datura sagrada (Datura wrightii) desabrocha apenas durante a noite. Lagartos e serpentes, por exemplo, dependem da luz do sol para aquecer seus corpos. Após perderem calor durante a noite, muitos deles se expõem aos raios solares logo pela manhã. O calor do sol durante o dia claro faz com que as plantas percam água para o ambiente por transpiração. Nesse processo, o vapor de água é eliminado através de estruturas micros- cópicas localizadas nas folhas,chamadas estômatos. Ao longo do dia, quando a temperatura é mais elevada, muitas plantas fecham seus estômatos para reduzir a perda de água. À noite, por outro lado, quando a temperatura cai, os estômatos se abrem novamente. Lagarto (Liolaemus tenuis) aquecendo-se ao sol. Elaborado com base em: RAVEN, Peter H.; EVERT, Ray F.; EICHHORN, Susan E. Biology of plants. 8. ed. Nova York: W. H. Freeman and Company, 2013. Representação de uma folha e, em detalhe, um estômato aberto e dois fechados. Estômatos fechados Estômato aberto H2O H2O IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. AL EJ AN DR O _A LV AR EZ /S HU TT ER ST O CK .C O M ST EP HE N D AL TO N /N AT U RE /F OT O AR EN A JP HI LI PS O N /IS TO CK PH OT O /G ET TY IM AG ES PA UL O CE SA R PE RE IR A 11 cm 14 cm 30 cm 24 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 24D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 24 31/08/22 17:1431/08/22 17:14 FORMAÇÃO CONTINUADA A utilidade mais óbvia da observação do céu é a marcação do tempo. Não é di- fícil notar que, quando o Sol está no céu, o firmamento se torna azul-claro, e o am- biente fica iluminado. Foi essa condição que permitiu a locomoção, a caça, a coleta e todas as atividades importantes ao ser humano primitivo, vivendo com dificulda- des na África há centenas de milhares de anos. Esmiuçando essas observações, os antigos notaram que, ao longo do tempo, o chamado astro rei parecia fazer uma tra- vessia pelo céu (surgindo na região leste e se pondo para os lados do oeste), e quan- do ele sumia, em seguida, caía a noite. [...] Entretanto, é com o surgimento da agricultura, há aproximadamente 13 mil anos, que a observação do céu ga- nha um valor prático imensurável. Unindo a sofisticada noção humana de causa e efeito às estações do ano, a prática do plantio e da colheita ganha um instrumental extremamente útil. [...] 24 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 24D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 24 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 Ao tratar da importância dos movimentos da Terra para a vida, aborde também a influência deles sobre a vida humana, bem como a importância da Astronomia para o desenvolvimento das civilizações humanas. Conhecimentos astro- nômicos foram e são utilizados para dividir o tempo, orientar o deslocamento, planejar cultivos e muitas outras atividades. Isso é explorado no texto da seção Formação continuada e pode ser compartilhado com a turma. Atividades 2. Se julgar conveniente, amplie a atividade solicitando que os estudantes analisem a varia- ção anual da duração de dias e noites em outras localidades. Caso a escola se localize em uma latitude próxima ao equador, por exemplo, é inte- ressante comparar os dados com os de um município mais ao sul do país, e vice-versa. A influência da latitude na duração de dias e noites é estudada nos próximos anos do Ensino Fundamental. Ao longo do ano, a duração dos períodos de dia e de noite varia: no verão as noites são mais curtas e, no inverno, mais longas. Essa mudança tem relação com o movimento de translação da Terra e a inclinação do eixo de rotação em relação ao plano de órbita – fatores que determinam também as estações do ano. Talvez você conheça algumas plantas que florescem apenas na primavera, enquanto outras florescem no inverno. Esse fenômeno tem relação com diversos fatores ambientais, e a duração do dia e da noite é um deles. 1. Dê exemplos de como a rotação e a translação do planeta influenciam sua vida cotidiana. 2. Em dupla, pesquisem como varia a duração dos dias e das noites ao longo do ano no local onde vocês vivem. Quando a noite é mais comprida? Quando ela é mais curta? 1. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes relacionem a rotação ao ciclo de dias e noites, e a translação ao ciclo de estações do ano. 2. Resposta variável. Essas informações podem ser obtidas em tabelas com os horários de nascer e ocaso do sol, disponíveis em sites de Astronomia e Meteorologia. A noite mais cumprida ocorre na data do solstício de inverno (por volta do dia 21 de junho no Hemisfério Sul), e a noite mais curta ocorre na data do solstício de verão (por volta do dia 21 de dezembro). O manacá-de-cheiro (Brunfelsia uniflora) é uma espécie nativa do Brasil que floresce no inverno, quando a duração do dia claro é menor que a da noite. A cosmos (Cosmos bipinnatus) floresce no verão, quando a duração do dia claro é maior. A rotação e a translação criam ciclos importantes para a vida na Terra. NOTIFICAÇÃO 3 m CA RI TA L IB ER AT O /IS TO CK PH OT O /G ET TY IM AG ES N IT IN U T3 80 /S HU TT ER ST O CK .C O M PH OT O N CA TC HE R/ SH U TT ER ST O CK .C O M NÃO ESCREVA NO LIVRO. ATIVIDADES 7 cm 3 m 25 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 25D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 25 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28 Entretanto, é com o surgimento da agricultura, há aproximadamente 13 mil anos, que a observação do céu ga- nha um valor prático imensurável. Unindo a sofisticada noção humana de causa e efeito às estações do ano, a prática do plantio e da colheita ganha um instrumental extremamente útil. [...] [...] Foi graças às técnicas cada vez mais sofisticadas de plantio – por- tanto, graças à agricultura – que a civilização pôde florescer e saltar do estágio da caça e coleta que marcou a humanidade antes da chamada “re- volução neolítica”, ocorrida há cerca de 10 mil anos. [...] BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Astronomia: ensino fundamental e médio. Brasília, DF: MEC, 2009. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ index.php?option=com_docman&view= download&alias=4232-colecaoexplorando oensino-vol11&Itemid=30192. Acesso em: 8 jul. 2022. 25 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 25D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 25 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=4232-colecaoexplorandooensino-vol11&Itemid=30192 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Mergulho no tema 1. Localizando as direções cardeais pelo Sol Esta atividade mobiliza con- ceitos explicados nos primeiros tópicos desta Unidade. Utilize-a para desenvolver a habilidade EF06CI14. A abordagem proposta também favorece o desenvolvi- mento da competência geral 2 e da competência específica 3 de Ciências da Natureza. Para aprofundar esse trabalho, explorando também a influência da translação na variação das sombras ao longo do ano, é necessário repeti-la em, ao menos, dois momentos distintos, de preferência, no verão e no inverno. Evite realizar as comparações entre a primavera e o outono, pois o movimento aparente do Sol nessas estações é similar e, consequentemente, será mais difícil notar alguma diferença. Comente que o método pro- posto nesta atividade permite localizar com boa precisão a direção dos polos geográficos do planeta. Como esses não coincidem exata- mente com os polos magnéticos, as direções obtidas serão um pouco diferentes daquelas indicadas por uma bússola. Acompanhe a previsão do tempo para aumentar as chances de sucesso da atividade, pois não é possível realizar a atividade em dias nublados ou chuvosos; é necessária a incidência direta de luz sobre o gnômon. A escolha do local é importante: além da incidência solar ao longo de todo o dia, é essencial que o terreno seja plano e pouco movimentado, pois um simples esbarrão no gnômon invalidará a atividade. Caso pretenda realizar a atividade em dois momentos ao longo do ano, é importante 1 LOCALIZANDO AS DIREÇÕES CARDEAIS PELO SOL Investigação O movimento aparente do Sol pode ser usado para determinar as direções cardeais. Isso pode ser feito com ajuda de um instrumento extremamente simples, o gnômon. Na sua forma mais básica, ele pode ser construído usando apenas uma vareta fixada verticalmente sobre uma superfícieplana. Mas como um instrumento tão simples pode ser usado para o estudo dos movimentos aparentes do Sol? Material • 1 haste reta de madeira de pelo menos 60 cm de comprimento • 2 estacas pequenas de madeira • 1 pedra • barbante (aproximadamente 60 cm) • giz de lousa branco • régua ou fita métrica Procedimento 1 Forme grupos de acordo com as instruções do professor. 2 Com a ajuda do professor, escolham um local ao ar livre onde a luz do Sol incida ao longo de todo o dia. 3 Fixem a haste maior no chão e assegurem-se que ela está na vertical. 4 Em algum momento da manhã, usem uma das estacas para marcar no chão a posição exata da extremidade da sombra que o gnômon projeta no chão. Esquema representando como saber se a haste está na vertical, amarrando uma pedra ao barbante e fixando-o no topo da haste. Se o barbante e a haste estiverem perfeitamente alinhados, é sinal de que a montagem está na vertical. TEMAMERGULHO NO LU IS M O U RA IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. 26 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 26D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 26 01/09/22 17:5401/09/22 17:54que a estaca permaneça exatamente na mesma posição durante as duas medições. Atente para os cuidados de segurança, especialmente para evitar que os estudantes fiquem muito tempo expostos ao sol. Oriente-os a não brincar com a pedra, a haste e as estacas de madeira. 26 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 26D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 26 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Reflexões 3. Como o caminho aparente que o Sol percorre no céu varia ao longo do ano, as sombras produzidas pelo gnômon também mudam. Peça aos estudantes que avaliem se é possível obter exatamente os mesmos resul- tados para esta atividade em dois dias distintos do ano. Isso é possível se a atividade for realizada em datas equi- distantes de um solstício; por exemplo, dois meses antes e dois meses depois do solstício de inverno. 5 Prendam o barbante à base do gnômon e o estiquem até a estaca. Amarrem o giz no barbante exata mente nessa distância. 6 Mantendo o barbante esticado, usem o giz para desenhar um arco no chão, da esquerda para a direita, como na figura. 7 Observem a sombra do gnômon du rante a tarde. Em algum momento, ela vai tocar novamente o arco de senhado no chão. Marquem esse ponto usando a segunda estaca. 1. Um dos segmentos de reta que foi traçado indica a direção leste-oeste. Conversem entre si e respondam: a) Qual dos segmentos tem essa função? Expliquem sua resposta. b) Para que lado fica o leste? E o oeste? Expliquem como chegaram a essa conclusão. 2. O outro segmento de reta corresponde ao meridiano do lugar, isto é, a linha imaginária que liga os polos Norte e Sul da Terra. Em que sentido fica o norte? E o sul? Expliquem suas respostas. 3. Se vocês repetirem essa atividade daqui a alguns meses, nos mesmos horários, a posição das estacas vai ser a mesma? Expliquem sua resposta. 2. Se a atividade foi realizada no Hemisfério Sul, onde se localiza a maior parte do território brasileiro, a base da haste indica o ponto cardeal norte, e a outra extremidade do segmento indica o sul. Caso a atividade tenha sido realizada no Hemisfério Norte, a base da haste indica o sul. Espera-se que os estudantes digam que a posição das estacas não será a mesma. REFLEXÕES NÃO ESCREVA NO LIVRO. IL U ST RA ÇÕ ES : L U IS M O U RA Esquema mostrando o movimento da sombra da esquerda para a direita da haste. Esquema mostrando a sombra à direita da haste. Estaca A B 8 Tracem uma linha ligando as duas estacas. Esse segmento de reta será denominado A. Com a régua, achem o ponto médio dele. 9 Tracem um segmento de reta ligando esse ponto à base da haste. Ele será denominado B. 1. a) O segmento A, que está alinhado com a direção em que o sol nasce e se põe. 1. b) Sabendo que o sol nasce a leste, a primeira estaca fixada marca a extremidade a oeste do segmento de reta A. A outra extremidade, consequentemente, aponta para o leste. Esclarecer para os estudantes que esse segmento de reta não aponta exatamente para os pontos cardeais leste e oeste (a menos que a atividade tenha sido realizada no equinócio), pois o caminho aparente do Sol no céu varia ao longo do ano, o que afeta a posição das sombras do gnômon. IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. 27 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 27D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 27 02/09/22 14:0602/09/22 14:06 • Artigo: A sombra de um gnômon ao longo de um ano: observações rotineiras e o ensino do movimento aparente do Sol e das quatro es- tações. Publicado por: Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia. Disponível em: https://www.relea.ufscar.br/index.php/relea/article/view/179. Artigo que analisa os resultados de uma atividade de acompanhamento da sombra de um gnômon ao longo de um ano. • Artigo: Movimento aparente do Sol, sombras dos objetos e medição do tempo na visão de alunos do sétimo ano do Ensino Fundamen- tal. Publicado por: Revista Latino-Americana de Educação em Astronomia. Disponível em: https://www.relea.ufscar.br/index.php/relea/article/view/8. Artigo que apresenta resultados de uma pesquisa com estudantes de Ensino Fundamental acerca de suas concepções sobre o movimento aparente do Sol, a sombra dos objetos e a passagem do tempo. • Artigo: Uma estratégia para construção de rosa dos ventos en- volvendo geometria, arte, astronomia e tecnologia. Publicado por: Física na escola. Disponível em: http://www1.fisica.org.br/fne/phocadownload/ Vol11-Num1/a061.pdf. Artigo que propõe uma atividade de localização dos pontos cardeais e construção de rosa dos ventos. Acessos em: 12 ago. 2022. PARA O PROFESSOR 27 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 27D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 27 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 http://www1.fisica.org.br/fne/phocadownload/Vol11-Num1/a061.pdf ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 2. Monumentos à cultura Ao longo da Unidade, os estudantes tiveram contato com conceitos que explicam o funcionamento de um relógio de sol e conheceram um pouco sobre a importância desse tipo de equipamento para diversos povos. Nesta atividade, esse último aspecto é aprofundado, ao mesmo tempo que se trabalha leitura e interpretação de um texto de divulgação científica. Ao valorizar os relógios solares como manifestações culturais de diferentes povos, é favorecido o desenvolvimento da competência geral 3. A turma pode ser dividida em grupos para leitura do texto. Procure agrupar estudantes com diferentes níveis de proficiência leitora, de modo que uns possam ajudar aos outros na leitura e interpretação das informações. Esse trabalho pode ser orientado pelas atividades 1 a 3, que focam na localização de informações do texto e na interpretação delas. Ter um dicionário à disposição da turma é sempre desejável, mas essa necessidade é especialmente destacada em atividades como esta, que trabalham a leitura de textos de diferentes origens. Incentive os estudantes a tentar inferir o significado dos termos que desconhecem a partir do contexto em que se inserem, usando o dicionário para verificar se as inferências estão corretas. Para aprofundar o trabalho com leitura inferencial, destaque para a turma o trecho “Os relógios foram úteis, pelo conhecimento dos movimentos do Sol e dos astros de modo geral, até para saber as coordenadas em muitos lugares do planeta. Até a direção das navegações ou limites territoriais dependem da determinação MONUMENTOS À CULTURA Leitura e interpretação 2 Relógios de Sol são monumentos à cultura humana Muitas cidades exibem relógios de sol instalados em praças ou parques por onde as pessoas passam e despertam curiosidade. É claro que, hoje, pouca gente usaria um relógio de sol para saber a hora certa ou acertar o relógio digital.Com tantos relógios desde os clássicos de ponteiros, passando pelos digitais, telefones celulares […] etc., fica difícil não saber a hora certa. Mas, mais que monumentos artísticos e arquitetônicos (obras de arte e arquite- tura), os relógios de sol são verdadeiros monumentos à cultura humana. Quem presta atenção ao formato de um relógio de sol e suas partes se pergunta sobre a direção da haste e para onde ela está apontando. Também indaga sobre as marcas das horas e a maneira como estão colocadas. Pode-se notar que, como a hora e os minutos dependem da posição do Sol, é o movimento desse astro que vai mostrar o horário para cada local onde o relógio é construído. […] [Diversos] tipos [de relógio de sol] podem ser construídos, e a hora pode ser conhe- cida não apenas pela sombra de uma haste, mas por furos feitos em placas onde a luz, ao passar, é projetada em outro local com as marcações das horas. Muitos projetos podem ser feitos com as mais diversas concepções orientadas pela gnomônica, a ciência e a arte de construção de relógios de sol, e com a ajuda de softwares específicos. É possível explorar pela internet um grande número de relógios de sol instalados pelo mundo todo. Desde uma fresta em uma caverna, ou uma simples estaca colocada na vertical, passando por grandes monumentos, relógios de sol foram construídos com a finali- dade de marcar o tempo. Muitos tipos desses equipamentos foram desenvolvi- dos ao longo da história, desde o Egito antigo, há cerca de 1.500 anos antes de Cristo ou anteriores a essa época. A divisão das horas e o conhe- cimento dos calendários ajudaram a sociedade a se organizar, registrar seus eventos, planejar-se e avaliar suas ações. Os relógios foram úteis, pelo conhecimento dos movimentos do Sol e dos astros de modo geral, até para saber as coordenadas em muitos lugares do planeta. Até a direção das navegações ou limites territoriais dependem da determinação da hora certa. Relógio de sol no Rio de Janeiro (RJ), 2018. IS M AR IN G BE R/ PU LS AR IM AG EN S 28 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 28D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 28 01/09/22 18:1401/09/22 18:14da hora certa”. Questione-os sobre como um relógio de sol contribui para a orientação e a localização espaciais. Espera-se que eles retomem o que aprenderam sobre o funcionamento do gnômon, um dos componentes do relógio de sol. Se julgar oportuno, esse tema pode ser aprofundado pela execução do tema 1 da seção Mergulho no tema. • Artigo: Funcionamento e traçado do relógio de sol. Publicado por: Revista Arquitectura Lusíada. Disponível em: http://revistas.lis.ulusiada.pt/index. php/ral/article/view/199. Acesso em: 12 ago. 2022. Artigo que explora a diversidade de tipos de relógios do sol e explica os princípios de funcionamento deles. PARA O PROFESSOR 28 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 28D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 28 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 http://revistas.lis.ulusiada.pt/index.php/ral/article/view/199 É provável que a hora indicada pelo equipamento seja um pouco diferente da hora legal (ou horário oficial). Esclareça que, de maneira simplificada, isso se deve ao fato de que o dia solar não tem exata- mente 24 horas (tem cerca de 23 horas e 56 minutos); com isso, geralmente observa-se uma pequena defasagem entre a hora oficial e o horário solar. A longitude do muni- cípio também interfere nessa diferença. Mais informações sobre tipos de relógio solar, bem como sobre a conversão da hora solar em hora legal, são apresentadas no artigo indicado na seção Para o professor, na página anterior. Caso o município não disponha de um relógio solar, proponha um debate sobre a importância desse equipamento – usando como sub- sídios as informações do texto e os conceitos apresentados ao longo da Unidade. Caso concluam que a instalação desse equipamento é importante para o município, o e-mail direcionado ao poder municipal pode solicitar essa instalação ou, alternativamente, solicitar autorização para que a própria comunidade construa esse dispositivo e o instale em algum local público, favorecendo o protagonismo dos estudantes em benefício de todos. Nesse último caso, é interessante solicitar a colaboração de um astrônomo para ajudar a planejar e instalar o relógio solar. A redação do e-mail pode ser feita em grupos ou alguns estudantes podem ser escolhidos como respon- sáveis pela redação, que deve ser validada e subscrita pelos demais estudantes. Esse trabalho contribui para o desenvolvimento da competência geral 10 e da competência específica 8 de Ciências da Natureza. que identifiquem o gnômon e o mostrador do relógio; questione se esse relógio é equatorial (o mostrador é inclinado em relação ao solo) ou horizontal (o mostrador é paralelo ao chão); entre outros questio- namentos. A visita deve ser realizada em um dia de céu limpo, de modo que seja possível fazer a leitura do horário indicado. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Reflexões 4. Caso o município disponha de um relógio solar em local público, é muito recomendá- vel levar a turma para visitá-lo e analisá-lo. Compare o equipamento com as ilustrações e fotografias fornecidas na Unidade; peça 29 […] Muitas cidades brasileiras ainda não têm um relógio de sol numa praça ou parque para visitação pública. O projeto de construção desses equipamentos poderia ficar a cargo de secretarias municipais de Educação, Cultura ou Turismo, pois está rela- cionado a todas essas áreas. O espaço pode ser visitado pelos alunos das escolas da cidade acompanhados pelos professores dos mais diversos níveis escolares em uma atividade diferente, fora da sala de aula. Como opção de cultura e lazer, o relógio de sol é uma forma de atração turística na cidade. É muito agradável fazer um passeio e, no caminho, encontrar algo que nos faça pensar e perguntar sobre assuntos que fazem parte da cultura humana há milhares de anos. Também é importante mostrar aos mais jovens que o conhecimento da huma- nidade foi formado e desenvolvido durante esse longo tempo e os relógios de sol são testemunhos dessa história. BRETONES, Paulo S. Relógios de sol são monumentos à cultura humana. Scientific American Brasil, São Paulo, c2020. Disponível em: https://sciam.com.br/relogios-de-sol-sao-monumentos-a-cultura-humana/. Acesso em: 8 jun. 2022. Após a leitura do texto, responda às perguntas a seguir. 1. Para o autor, que indagações um relógio de sol pode despertar em quem passa por ele? 2. Qual é a principal finalidade de um relógio solar? Qual a importância disso para a humanidade? 3. Como você interpreta o seguinte trecho: “[...] o conhecimento da humanidade foi formado e desenvolvido durante esse longo tempo e os relógios de sol são testemunhos dessa história”? 4. Com a turma toda, discutam: o município onde vocês vivem tem um relógio solar em local público? a) Em caso afirmativo, conversem com o professor sobre a possibilidade de visitá-lo. b) Em caso negativo, escrevam uma carta ou e-mail para a Prefeitura e a Câmara dos vereadores do seu município, explicando a relevância de um relógio de sol para a comunidade. 2. A finalidade do relógio de sol é marcar a passagem do tempo ao longo do dia. A divisão das horas e o conhecimento dos calendários ajudaram a sociedade a se organizar, registrar seus eventos, planejar-se e avaliar suas ações. 1. A pessoa se pergunta sobre a direção da haste (gnômon) e para onde ela está apontando. Também indaga sobre as marcas das horas e a maneira como estão colocadas. 3. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que conhecimentos produzidos há muito tempo (como os relógios de sol) foram e continuam sendo importantes para as sociedades. Ver orientações no Manual do professor. REFLEXÕES NÃO ESCREVA NO LIVRO. Relógio de sol em pedra em Delfinópolis (MG), 2022. AD RI AN O K IR IH AR A/ PU LS AR IM AG EN S 29 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd29D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 29 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28 29 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 29D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 29 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 3. Relógio de sol Um dos elementos de um relógio de sol é o gnômon, estudado também no tema 1 da seção Mergulho no tema. A construção e a utilização do relógio de sol, portanto, também colabora com o desenvolvimento da habilidade EF06CI14. A abordagem proposta também favorece o desenvolvi- mento da competência geral 2 e da competência específica 3 de Ciências da Natureza. As orientações desta atividade consideram um observador no Hemisfério Sul do planeta, pois é onde está a maior parte do território nacional. Para realizar esta atividade no Hemisfério Norte, são necessárias duas adaptações: • No mostrador do relógio, a numeração deve se iniciar na esquerda e seguir o sentido horário até a direita (a posi- ção é invertida em relação ao Hemisfério Sul). • O palito deve ser apontado para o sentido norte, não pa- ra o sul. Para desenhar o mostrador do relógio, trace uma linha reta paralela à borda do papel e alinhe um transferidor sobre ela. As marcações horárias devem estar distantes 15º entre si. 3 RELÓGIO DE SOL Construção de modelo Diferentes civilizações antigas utilizavam o movimento aparente do Sol no céu para marcar o tempo. Nesta atividade, vamos construir um relógio de sol simples e entender seu funcionamento. Material • folha de papel branco • compasso • transferidor • régua • cola ou fita adesiva • 1 palito de churrasco • tesoura com pontas arredondadas • pedaço de papelão Procedimento Formem grupos de acordo com as instruções do professor. 1 Dobrem o papel ao meio, no sentido do com- primento. Desdobrem-no e marquem a lápis o vinco formado. IL U ST RA ÇÕ ES : L U IS M O U RA Representação do semicírculo na parte superior do papel, com as marcações. Dobrar o papel ao meio, no sentido do comprimento. Marcar duas linhas a 5 cm de cada margem. 2 Tracem a lápis duas linhas perpendiculares à primeira, a 5 centímetros de distância das margens. 3 Usando compasso e transferidor, desenhem um semicírculo dividido em 12 fatias iguais. Numerem as marcações de 6 a 18, conforme a figura. Cuidado ao manusear o palito de churrasco. ATENÇÃO 30 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 30D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 30 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28 30 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 30D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 30 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 O ajuste da inclinação do mostrador em função da latitude visa deixar o plano do mostrador paralelo ao plano do equador – por isso, esse modelo é denominado relógio de sol equatorial. Ele é mais simples de ser projetado do que um relógio de sol hori- zontal, no qual o mostrador é paralelo ao chão; porém, tem a desvantagem de que a sombra pode ser projetada tanto na parte de cima quanto na de baixo do mostrador, dependendo da época do ano; neste último caso, a leitura deve ser feita observando-se a sombra através do papel. Além disso, nos dias próximos aos equinócios, os raios solares incidem paralelamente ao mostrador, o que dificulta a leitura. Tais particularidades desse modelo decorrem de questões que foram estudadas ao longo da Unidade, e podem ser investigadas com os estudantes. Reflexões Se necessário, retome com a turma as ilustrações que re- presentam a abóbada celeste (página 17) e a ilustração que mostra a variação na inclinação de incidência dos raios solares em diferentes épocas do ano (página 23) para subsidiar a elaboração das respostas. 4 Com o transferidor, tracem duas linhas inclina- das, como na figura. O ângulo que elas formam com a linha horizontal deve ser igual à latitude em que vocês estão. Para saber a latitude da sua localidade, vocês podem consultar um atlas ou usar um aplicativo de celular que informe a localização usando coordenadas. 5 Cortem e dobrem o papel como indicado na figura. Usem fita adesiva ou cola para deixar a montagem firme. 1. Na primavera e no verão, a sombra do ponteiro é projetada sobre o mostrador. Já no outono e no inverno, os raios solares iluminam o relógio por baixo do mostrador, e a sombra formada é visível através do papel. Por que existe essa diferença? 2. A palavra meridiano vem do latim e significa “metade do dia”. Pensando nisso, discutam: Por que, ao usar o relógio de sol, o palito de churrasco deve ser fixado alinhado ao meridiano? 1. O caminho que o Sol percorre no céu muda ao longo do ano. No outono e no inverno, o arco que ele descreve é mais baixo que na primavera e no verão. Quando o Sol cruza o meridiano, é exatamente a metade do dia (metade do período entre o nascer e o pôr do sol). Nesse momento, a sombra do palito deve ser projetada sobre o número 12 do relógio, isto é, o meio do mostrador. REFLEXÕES NÃO ESCREVA NO LIVRO. IL U ST RA ÇÕ ES : L U IS M O U RA Representação da montagem pronta. 6 Espetem o palito de churrasco no centro do mostrador, de modo que ele fique perpendicular ao papel. Fixem essa montagem no pedaço de papelão, que servirá de base. 7 O palito deve ficar alinhado com a direção norte-sul, apontando para o sentido sul. Isso pode ser feito com a ajuda de uma bússola ou com a atividade “Localizando as direções cardeais pelo Sol” na página 26. 8 O relógio está pronto. A hora é indicada pela sombra que o palito projeta no mostrador. Representação do semicírculo com os ângulos nas laterais. Estes ângulos devem ser iguais à latitude local. 6 18 5 4 3 2 1 12 13 14 15 16 17 Representação do semicírculo com os ângulos nas laterais. Cortar Cortar Dobrar Dobrar Cortar 6 18 5 4 3 2 1 12 13 14 15 16 17 Palito Base de papelão Fita adesiva 31 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 31D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 31 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28 31 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 31D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 31 03/09/22 19:4903/09/22 19:49 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 4. Modelo da esfera celeste A construção de um modelo de esfera celeste contribui para o estudo de muitos dos concei- tos apresentados ao longo da Unidade, pois facilita a visualização da tridimensionalidade e da dinâmica dos eventos estudados. Se julgar oportuno, execute essa atividade com a turma juntamente ao estudo do tópico Esfera e abóbada celestes, ao início da Unidade. Considere também a possibilidade de construir um modelo em escala maior, utilizando garrafas de maior capacidade (5 ou 6 litros, por exemplo) e uma bola de isopor maior. Esse modelo pode ser utilizado pelo professor como recurso auxiliar à explicação dos conceitos, sendo retomado sempre que necessário. 4 MODELO DA ESFERA CELESTE Construção de modelo Por causa das enormes distâncias que nos separam das estrelas, nossa visão gera a impressão de que todas estão à mesma distância, presas a uma superfície esférica que nos envolve. Atualmente sabemos que a esfera celeste é imaginária, mas os povos antigos acreditavam na existência concreta dela. Com base nessa hipótese, esses povos desenvolveram técnicas de localização e navegação espacial que são utilizadas até hoje e funcionam bem. Nesta atividade, seu grupo vai construir um modelo de esfera celeste para se apro- fundar nesse conceito. Material • 1 bola de isopor de 3 cm de diâmetro • 1 palito de churrasco • 2 garrafas PET de 2 litros, incolores • canetinhas hidrocor de cores diversas • fita adesiva • tesoura com pontas arredondadas Procedimento 1 Com as canetinhas, pintem a bola de isopor para simular a Terra. Marquem os dois polos geográficos e a linha do equador. 2 Marquem um pequeno “X” na bola para representar a posição de um observador. 3 Com cuidado, atravessem a bolade isopor com o palito de churrasco, passando pelos dois polos. Cuidado ao manusear o palito de churrasco e ao cortar a garrafa PET. ATENÇÃO Representação do modelo da esfera com o palito atravessado. ORACICART IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. 32 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 32D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 32 31/08/22 17:1431/08/22 17:14 FORMAÇÃO CONTINUADA [...] ao olharmos para o céu, temos a impressão de que estamos situados no meio de uma enorme esfera transpa- rente e giratória, onde as estrelas estão fixas em sua superfície [...], forman- do uma enorme abóbada celeste. Esta aparência, de um céu esférico, ocorre porque não conseguimos distinguir as diferentes distâncias entre os cor- pos celestes, por estarem muito longe de nós. Nossa mente constrói, portan- to, a imagem de que todos eles estão a uma mesma distância ao nosso re- dor, formando uma superfície esférica e transparente que abriga todas as es- trelas e demais corpos celestes, ou seja, uma esfera imaginária de raio infini- to, cujo centro localiza-se em nossos olhos. Esta era a ideia que os antigos tinham a respeito do céu, e seus cál- culos astronômicos baseavam-se nesta hipótese da esfera celeste, sen- do que muitos conceitos ainda são usados até hoje, especialmente para a navegação terrestre, marítima, aé- rea e espacial. E funcionam muito bem! LANGHI, Rodolfo. Aprendendo a ler o céu: pequeno guia prático para a astronomia observacional. 2. ed. São Paulo: Livraria da Física, 2016. p. 71. 32 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 32D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 32 04/09/22 20:2804/09/22 20:28 Antes de solicitar o início da construção do modelo, peça aos grupos que leiam todas as instruções até o final e esclareçam as eventuais dúvidas que surgirem. Se necessário, auxilie-os a cortar as garrafas PET. Um picote inicial pode ser feito com o estilete, pelo professor, facilitando a inserção da tesoura para finalizar o recorte. Use as atividades 1 a 3 para orientar a utilização do modelo e a interpretação dos conceitos de abóbada e esfera celestes, linha do horizonte, polos e equador celestes, zênite e outros. A discussão proposta pela atividade 4 visa propiciar o desenvolvimento da capacidade argumentativa dos estudantes. 4 Com cuidado, recortem a porção arredondada das duas garrafas PET. A parte de baixo pode ser reaproveitada como vaso ou organizador de objetos, por exemplo. 1. Localizem, nesse modelo, os dois polos celestes e o equador celeste. 2. O que deve ser feito para simular a rotação da Terra? Discutam entre si e realizem essa simulação. 3. Um observador no local marcado com “X” poderia enxergar qual região da esfera celeste? Conforme a Terra realiza a rotação, o que ocorre com as estrelas que o observador enxerga? 4. Como essa montagem ajuda a compreender a noção de movimento aparente dos astros? 1. Os polos celestes localizam-se nos pontos em que o eixo imaginário de rotação (representado pelo palito) encontra a esfera celeste. O polo sul celeste fica acima do Polo Sul geográfico, e polo norte celeste fica acima do Polo Norte geográfico. O equador celeste é a projeção da linha do equador (no mesmo plano) na esfera celeste. 3. Uma forma de analisar essa questão é posicionar a montagem com o “X” voltado para cima. Considerando-se um plano horizontal que passe por esse ponto, todas as estrelas acima desse plano estariam visíveis (aproximadamente). Conforme a Terra gira, as estrelas realizam um movimento aparente de leste para oeste; algumas nascem no horizonte, enquanto outras se põem. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que, conforme a Terra realiza a rotação, um observador em sua superfície tem a impressão de que é a esfera celeste que gira. REFLEXÕES NÃO ESCREVA NO LIVRO. 2. Espera-se que os estudantes concluam que a esfera celeste deve ficar fixa e o planeta deve girar dentro dela. O sentido do giro pode ser orientado pela figura da página 22. Se julgar interessante, propor a utilização de uma fonte de luz (como uma luminária) para simular o Sol. IL U ST RA ÇÕ ES : O RA CI CA RT Representação da montagem final do experimento. 5 Com canetinha preta, façam vários pontinhos na porção arredondada das garrafas PET. Esses pontos representam a imagem das estrelas projetada na esfera celeste. 6 O professor vai furar as duas tampinhas. Passem o palito de churrasco pelos furos, de modo a montar a esfera celeste. Fixem as duas partes de garrafa com fita adesiva. O modelo está pronto! Cortar as garrafas PET no local indicado. IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. 33 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 33D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 33 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28 33 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 33D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 33 04/09/22 20:2804/09/22 20:28 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS 5. Pôr do sol em dose dupla Esta atividade trabalha concei- tos relacionados ao formato da Terra e pode ser utilizada para favorecer o desenvolvimento da habilidade EF06CI13. Peça aos estudantes que leiam o trecho da matéria e dedique um tempo para sanar as eventuais dúvidas que surgirem. Comente que o Burj Khalifa está localizado no Oriente Médio, mais precisamente em Dubai, nos Emirados Árabes. A produção do desenho que acompanha a explicação pode ser feita coletivamente, na lousa. É importante ouvir e avaliar ideias distintas apresentadas pelos estu- dantes – por se tratar de uma atividade que envolve capacidade de abstração, é possível que os estudantes empreguem diferentes métodos para “visualizar” a resposta. O último parágrafo da matéria explica como o pôr do sol pode ser visto duas vezes no mesmo dia de maneira relativamente simples. Se possível, avalie a possibilidade de realizar esta atividade com os estudantes. Para isso, é importante que não existam obstáculos em frente ao local onde o sol se põe. Outra forma de visualizar esse fenômeno é com o uso de um drone, como pode ser visto em diversas filmagens disponíveis em plataformas de compartilhamento de vídeo, como a indicada na seção Para o estudante. PÔR DO SOL EM DOSE DUPLA Argumentação Em dupla, leiam o texto e façam o que se pede. 5 1. Em território brasileiro é possível ver o sol se pôr no mar? Expliquem usando um mapa do Brasil ou globo terrestre. 2. O fato de ser possível ver o pôr do sol duas vezes no mesmo dia tem relação com o formato do planeta? Expliquem sua resposta e façam uma ilustração para representá-la. 1. A maior parte da costa brasileira está voltada para o leste e, consequentemente, vê apenas o nascer do sol no mar. Em alguns municípios insulares, como Florianópolis (SC) e São Luís (MA), é possível ver o pôr do sol no mar. Isso também é possível em alguns municípios litorâneos da área continental, dependendo do contorno da costa. 2. Sim, esse fenômeno tem relação com o formato esférico do planeta. Quando o observador se desloca para um ponto mais elevado, a distância até a linha do horizonte aumenta. Espera-se que os estudantes retomem as respostas para a atividade 2 da página 19 e as refaçam para representar a situação-problema proposta nesta atividade. REFLEXÕES NÃO ESCREVA NO LIVRO. Paisagem de Dubai, mostrando o edifício Burj Khalifa, 2021. Com 828 metros de altura e 160 andares, esse edifício possui 49 elevadores, mas apenas dois deles podem levar uma pessoa diretamente do térreo ao topo. M AR KU S M AI N KA /A LA M Y/ FO TO AR EN A Burj Khalifa é tão alto que você pode ver o pôr do sol duas vezes no mesmo dia Eis uma curiosidade que vai lhe deixar surpreso: o Burj Khalifa, edifício mais alto do mundo, é tão alto que você pode ver o pôr do sol na base, subir até o topo e ver o pôr do sol de novo. […] Na verdade, você pode ver duas vezes o pôrdo sol usando qualquer estrutura alta, mas isso depende de chegar rápido ao topo. Dá até para ver o mesmo efeito em um dia calmo na praia, sem qualquer estrutura ou equipamento. Primeiro, deite na areia e olhe para o horizonte. Quando o Sol desaparecer completamente, pule o mais rápido que você puder. Você ainda conseguirá ver o fim do pôr do sol mais uma vez. […] DIAZ, Jesus. Burj Khalifa é tão alto que você pode ver o pôr do sol duas vezes no mesmo dia. Gizmodo Brasil. [S. l.], 11 jun. 2012. Disponível em: https://gizmodo.uol.com.br/burj-khalifa-e-tao- alto-que-voce-pode-ver-o-por-do-sol-duas-vezes- no-mesmo-dia/. Acesso em: 8 jun. 2022. 34 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 34D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 34 20/08/2022 21:2820/08/2022 21:28Reflexões 2. Conforme a distância até a linha do horizonte aumenta, é possível observar elementos que estavam abaixo dessa linha quando o observador estava em um ponto mais baixo. Ao tentarem representar o fenômeno, os estudantes exercitarão o raciocínio espacial, imaginando as diferentes posições e pontos de vista envolvidos. Incentive-os a usar a criatividade na elaboração dos desenhos. • Vídeo: Watching A Sunset Twice From A Drone. Publicado por: Drone Journal. Vídeo (3min43s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v =xqAOsI2Ekf0. Acesso em: 29 jul. 2022. Vídeo mostra o pôr do sol capturado duas vezes con- secutivas, no mesmo dia, com ajuda de um drone. PARA O ESTUDANTE 34 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 34D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 34 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 https://www.youtube.com/watch?v=xqAOsI2Ekf0 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Mais • Astronomia para crianças: um périplo astronômico As atividades apresentadas no livro podem ser utilizadas para despertar o interesse dos estudantes no assunto, bem como para investigar mais a fundo alguns conceitos apresentados nesta Unidade. • Céu noturno: uma introdução para crianças O livro vai além dos assuntos tratados nesta Unidade e apresenta temas relacionados a estrelas, galáxias e ao Universo. Por serem assuntos que geralmente desper- tam o interesse dos estudantes nessa faixa etária, o livro pode ser utilizado para expandir o conteúdo da Unidade. • Sociedade Astronômica Brasileira Recomende esse site como fonte de informação para pesquisas ou para obter mais informações sobre a Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. O site é rico em materiais didáticos. No menu “Instituições astronômicas” é possível localizar entidades ligadas à Astronomia em todo território nacional. • Afinal, que formato a Terra tem? Esse vídeo traz explicações mais detalhadas sobre o formato da Terra do que aquelas apresentadas no livro. Pode ser utilizado com a turma para aprofundar o estudo, caso o professor detecte interesse dos estudantes no assunto. • Quer que desenhe? Eratóstenes Vídeo de animação com lin- guagem bem-humorada que explica de maneira simplificada o experimento de Eratóstenes. Pode ser utilizado como recurso auxiliar no momento em que o assunto é estudado no livro, ao início da Unidade. MAIS LIVROS Astronomia para crianças: um périplo astronômico. Isabelle Catileau. Jandira: Ciranda Cultural, 2013. O livro conta com diversas atividades práticas que ensinam conceitos básicos de Astronomia de maneira lúdica. Céu noturno: uma introdução para crianças. Michael Driscoll. São Paulo: Panda Books, 2010. O livro aborda a formação de estrelas, planetas e constelações, entre outros conceitos de Astronomia. Além disso, traz informações valiosas para quem pretende identificar os astros no céu noturno. EDITORA CIRANDA CULTURAL PA N DA B O O KS VÍDEOS Afinal, que formato a Terra tem? Publicado por: Nerdologia. Vídeo (9min28s). Vídeo didático e bem humorado com explicações aprofundadas sobre o formato do planeta Terra. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=aW-qbx04gS4. Quer que desenhe? Eratóstenes. Publicado por: QuerQueDesenhe. Vídeo (4min9s). Animação curta que explica uma das versões para a história de como Eratóstenes calculou a circunferência da Terra. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=wiYE6tVUpXg. QUERQUEDESENHE/UMSABADOQUALQUER SITE Sociedade Astronômica Brasileira. Nessa página são divulgadas notícias sobre Astronomia, com foco no Brasil. Também é possível se informar sobre eventos e ter acesso a diversos materiais educativos. Disponível em: https://sab-astro.org.br. SOCIEDADE ASTRONOMICA BRASILEIRA(S.A.B) Acessos em: 8 jun. 2022. 35 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 35D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 35 31/08/22 17:1431/08/22 17:14 35 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 35D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 35 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Ponto de checagem Esta seção, as atividades que estão ao longo da Unidade e a seção Fim de papo têm a intenção de proporcionar oportunidades de avaliar o processo de ensino e de aprendizagem e, dessa forma, contribuir para que o professor possa direcionar e ajustar o seu plano de trabalho e garantir que os objetivos de aprendizagem propostos sejam atingidos. A proposta para que os estudantes avaliem seu domínio sobre os principais conceitos funciona como um parâmetro para que eles possam orientar seus estudos. Explique à turma que é o momento de rever o que apren- deram ao longo da Unidade e de avaliar como agiram durante o processo de ensino e de aprendi- zagem: quão bem eles consideram que aprenderam os conceitos apresentados e o quanto pre- cisam revisá-los. Isso favorece os processos metacognitivos, levando os estudantes a refletir sobre o que aprenderam e a identificar a própria evolução. 2. Por causa do formato esférico da Terra, quanto mais alto estiver o observador, maior será a distância entre ele e a linha do horizonte (maior campo de visão). Isso facilita a localização de terra firme ou outras embarcações, por exemplo. 6. O movimento aparente tem sentido contrário ao movimento próprio. Assim, é possível deduzir que a rotação da Terra ocorre do sentido oeste para o leste. A simulação proposta no tema 4 da seção Mergulho no tema pode auxiliar os estudan- tes a chegar à resposta desta questão. 7. Espera-se que os estudantes concordem com a menina. A sucessão de dias e noites se 1. Identifique as afirmações incorretas e reescreva-as fazendo as correções necessárias. a) A órbita da Terra ao redor do Sol é exatamente circular. b) O movimento da Terra ao redor do Sol se chama translação. A afirmação está correta. c) A rotação do Sol é responsável pelo movimento aparente dos astros no céu. d) Rotação e translação são dois movimentos aparentes da Terra. 2. Em navios a vela antigos, um posto de observa- ção era posicionado próximo ao topo de um dos mastros. Um marinheiro subia até esse local para tentar localizar terra firme ou outras embarcações, por exemplo. • Levando em conta o formato da Terra, explique a vantagem de se utilizar um posto de observa- ção elevado. 3. Como a observação atenta dos astros revela que a Terra é esférica? 4. Explique, resumidamente, como Eratóstenes constatou que a Terra é esférica. 5. Quanto tempo a Terra leva para completar o movimento de rotação? E de translação? 6. Sabendo que o movimento aparente do Sol vai do sentido Leste para o Oeste, é possível saber o sentido de rotação da Terra? Explique sua resposta. 7. Dois estudantes decidiram simular a alternância de dias e noites. Para isso, vão utilizar um globo terrestre para representar o planeta e uma lanterna para representar o Sol. Quando foram executar a simulação, porém, encontraram um impasse: 1. a) A órbita da Terra ao redor do Sol é levemente elíptica. 1. c) A rotação da Terra é responsável pelo movimento aparente dos astros no céu. Rotação e translação são dois movimentos próprios da Terra. Ver orientaçõesno Manual do professor. 5. Para completar uma rotação, a Terra leva 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. Esse período, arredondado para 24 horas, corresponde a um dia do nosso calendário. Para completar uma translação, a Terra leva pouco mais de 365 dias, o que equivale a um ano em nosso calendário. Ver orientações no Manual do professor. PONTO CHECAGEMDE NÃO ESCREVA NO LIVRO. Parabéns! Você chegou ao final da Unidade 1. Antes de seguir nos seus estudos, avalie seu domínio sobre alguns conceitos que foram apresentados. 3. Os estudantes podem citar a sombra arredondada que a Terra projeta na Lua durante um eclipse lunar; podem mencionar que a altura das estrelas no céu noturno varia conforme o observador se afasta de um polo em direção ao outro, ou que algumas estrelas podem ser vistas apenas em um hemisfério. 4. Eratóstenes reparou que, na mesma data e hora, a luz solar incidia na superfície com inclinação diferente em locais (latitudes) diferentes. Essa constatação não seria possível em um planeta plano, mas pode ser explicada assumindo-se que a Terra é esférica. Representação de marinheiro em posto de observação elevado. Você fica parada, e eu giro em volta, apontando a lanterna para o globo. Eu acho que nós dois temos de ficar parados, só o globo é que deve girar. EBER EVANGELISTA • Você concorda com algum dos estudantes? Explique sua resposta. Ver orientações no Manual do professor. DA N I M OT A 36 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 36D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 36 31/08/22 17:1531/08/22 17:15deve ao movimento de rotação, no qual a Terra gira em torno do seu eixo. A simulação retratada na atividade pode ser feita em sala de aula para enriquecer as explicações sobre a rotação da Terra. Marque um ponto no globo para servir de referencial, como se um observador estivesse naquele lugar. Em seguida, gire o globo e questione os estudantes se, para aquele observador, é dia ou noite. 36 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 36D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 36 02/09/22 17:3602/09/22 17:36 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Fim de papo Aproveite esta seção para revisar o conteúdo estudado, avaliar a compreensão dos estudantes e permitir que eles avaliem seu progresso em relação aos objetivos da Unidade. Essa classificação pode ser pela criação de um quadro, como o mostrado abaixo. Verifique quais assuntos originaram mais dúvidas e avalie como retomá-los para esclarecê-las. Questão central Espera-se que os estudantes tenham adquirido mais informações sobre o formato e os movimentos da Terra, e que suas ideias iniciais tenham mudado, abrangendo agora mais conceitos e nuances. Peça aos estudantes que retomem a Questão central e redijam uma nova resposta a ela. Em seguida, solicite que comparem a resposta de agora com a primeira. Não há uma única resposta correta; as possibilidades são múltiplas. O intuito é favorecer os processos de metacognição, propiciando uma oportunidade para que os estudantes reflitam sobre a própria aprendizagem. Para complementar o fechamento da Unidade, pode ser proposta a produção coletiva de um material que simbolize o que foi estudado, segundo o entendimento dos estudantes. Pode ser um texto escrito com a colaboração de todos, uma pintura, um vídeo, uma escultura etc. – contribuindo para o desenvolvimento da com- petência geral 4. Realizando esse trabalho ao final de todas as Unidades, será possível acumular os materiais produzidos e criar uma exposição para a turma no final do ano letivo. Essa atividade propicia um momento de reflexão sobre o que foi estudado, no qual os estudantes podem falar sobre a importância dos assuntos aborda- dos, as dificuldades que tiveram, entre outros fatores. Com isso, é propiciado o desenvolvimento da competência geral 9. FIM DE PAPO IMAGENS FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. Retome a Questão central, apresentada na abertura da Unidade, e use as informações dos quadros Notificação para elaborar uma nova resposta. Por fim, compare essa resposta com a que você elaborou da primeira vez. O que mudou? Resposta pessoal. QUESTÃO CENTRAL NÃO ESCREVA NO LIVRO. M AR CO S G U IL HE RM E 37 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 37D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-LA-G24.indd 37 20/08/2022 21:2920/08/2022 21:29Eu consigo... ... conhecer diferentes mitos sobre origem e formato da Terra, diferenciando-os do saber científico. ... reconhecer o modelo da esfera celeste e seus componentes. ... selecionar argumentos e evidências que demonstrem a esfericidade da Terra. ... inferir sobre a rotação e a translação da Terra pela observação das mudanças na sombra de um gnômon. ... compreender como os movimentos da Terra afetam os seres vivos. • Compreendi bem. • Entendi, mas tenho dúvidas. • Não entendi. 37 D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 37D2-AV2-CIE-F2-2109-V6-U1-012-037-MP-G24.indd 37 04/09/22 20:2904/09/22 20:29 BNCC Competências: Gerais: 1, 2, 3, 4, 5, 7, 9 e 10 Ciências da Natureza: 1, 2, 5, 6 e 8 Habilidade: EF06CI11 INTRODUÇÃO A Unidade 2 se propõe a caracterizar a composição e a estrutura do planeta Terra, com foco em fatores abióticos. Para isso, começa tratando brevemente da posição especial do planeta no Sistema Solar e parte para a análise das camadas da Terra: crosta, manto e núcleo. O estudo prossegue dividindo o planeta em litosfera, hidrosfera e atmosfera. São apresentadas as principais características de cada uma dessas “esferas”, bem como a relação do ser humano com elas. Ao longo dos assuntos, texto e atividades procuram direcionar o olhar do estudante para o cuidado e a importância do conhecimento na nossa relação com o ambiente. OBJETIVOS • Identificar as camadas que estru- turam a Terra, desde as porções externas até a atmosfera. • Caracterizar as camadas inter- nas da Terra. • Compreender a hidrosfera e o ciclo hidrológico. • Compreender a composição da atmosfera e sua divisão em camadas. • Identificar relações entre litos- fera, atmosfera, hidrosfera e biosfera. JUSTIFICATIVAS DOS OBJETIVOS É necessário conhecer a macro- estrutura do planeta, desde suas camadas internas até a atmosfera, para que o estudante desenvolva noções mais precisas sobre o mundo natural e sobre como pode inter- ferir positiva ou negativamente sobre ele. Saberes sobre a estrutura interna são necessários para compreender a tectônica de placas, o vulcanismo e os terremotos, por exemplo. Conhecer a hidrosfera e o ciclo da água é neces- sário para compreender desde a importância de se economizar água até mudanças climáticas. Para esse último objetivo, o conhecimento sobre a atmosfera também é essencial. Localizada em um trecho da Serra do Mar, no município de Cunha (SP), a Pedra da Macela se situa a 1 840 metros de altitude. Do topo dessa enorme rocha, é possível ver o mar e a baía de Paraty (RJ). UNIDADE ESTRUTURA DA TERRA Como é o planeta Terra, desde o interior dele até as partes mais externas? Anote suas ideias no caderno. Elas serão recuperadas ao final da Unidade. QUESTÃO CENTRAL 2 1. Resposta pessoal. Existem diferentes formas de classificar os muitos elementos mostrados na imagem. Ouça e valorize as propostas dos estudantes antes de propor a divisão em litosfera, atmosfera, hidrosfera e biosfera. Explique que essa divisão nos permite conhecer um pouco mais sobre a história do planeta desde a sua formação. Ver orientações no Manual do professor. G AB RI EL R IB EI RO V AL LI M /S HU TT ER ST O CK .C O M 38 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 38D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 38 20/08/2022 21:5720/08/2022 21:57 38 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 38D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 38 04/09/22 20:3304/09/22 20:33 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Abertura da Unidade Ao observar umapaisagem natural, podemos ter a impressão de que o local foi sempre daquele jeito. Muitas das mudanças que definem o aspecto de um lugar, especialmente as que dizem respeito ao relevo, ocorrem geralmente em uma escala de tempo que é muito maior do que a vida de uma pessoa; o tempo geológico não nos é intuitivo. Instigue os estudantes na análise da fotografia com questões como: será que esses morros sempre estiveram aí? Será que sempre tiveram esse formato? O mar sempre esteve ali, formando aquela baía? O céu foi sempre dessa cor? O ar sempre foi como é hoje? Esse questionamento auxilia a levantar as concepções prévias dos estudantes quanto aos assuntos que serão tratados ao longo da Unidade. Para início de conversa Na abertura da Unidade, essas questões visam aguçar a curio- sidade dos estudantes, fazê-los refletir sobre o tema e manifestarem suas concepções, mais do que avaliar o que sabem. Ouça as respostas e registre as concepções alternativas que eventualmente surgirem, para desconstruí-las no decorrer do estudo. Ao final da Unidade, as questões da abertura, assim como a Questão central, podem ser retomadas para avaliar a compreensão dos estudantes quanto aos conceitos que elas abordam. Questão central A Questão central é uma pergunta abrangente que convida os estudantes a interpretá-la e respondê-la livremente. Avalie como eles utilizam seus conhecimentos prévios nesse momento. Essa pergunta pode ser retomada ao longo da Unidade, especialmente nos momentos em que o tópico estudado se relacionar diretamente à questão. Os quadros Notificação podem auxiliar nessas retomadas. Essa dinâmica possibilita concatenar outras questões ou comentários e, assim, mobilizar os saberes prévios dos estudantes. Com base neles, pode-se fazer uma breve avaliação diagnóstica que contribuirá para o planejamento das aulas subsequentes. Oriente os estudantes a escreverem, individualmente, sua resposta para a Questão central, deixando claro que ela será retomada ao final do estudo. 39 1. Observe os elementos que compõem a paisagem mostrada na imagem. Se você tivesse que classificá-los em categorias, como faria? 2. Em quais dos elementos que você men- cionou é possível encontrar água? 3. Ao viajar para locais de altitude elevada, muitas pessoas sentem falta de ar. Por que você acha que isso ocorre? Em altitudes elevadas, o ar é rarefeito. PARA INÍCIO DE CONVERSA NÃO ESCREVA NO LIVRO. 39 2. Além da água do mar na baía de Paraty, é possível encontrar água compondo o organismo das plantas e da menina. A água também compõe o ar atmosférico, na forma de vapor, e a neblina, que pode ser vista ao fundo. G AB RI EL R IB EI RO V AL LI M /S HU TT ER ST O CK .C O M D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 39D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 39 20/08/2022 21:5720/08/2022 21:57 39 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 39D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 39 02/09/22 17:3902/09/22 17:39 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Nosso planeta Explique aos estudantes que a Terra é um planeta rochoso, fato que determina as principais características que serão estudadas nesta Unidade. Comente que os planetas do Sistema Solar que estão além de Marte (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) são gasosos, isto é, compostos princi- palmente de gases – hidrogênio, hélio e metano, principalmente. Esses planetas são bem maiores que os rochosos e estão muito distantes do Sol. Para despertar o interesse dos estudantes sobre o assunto, comente que alguns planetas podem ser observados no céu a olho nu. Se julgar pertinente, comente com os estudantes que os pesqui- sadores podem adotar métodos diretos ou indiretos para estudar a estrutura interna da Terra. Os métodos diretos contam com observação das camadas acessíveis do planeta – limitadas à superfície —, utilização de sondas subterrâneas e estudo de magma e rochas. Esse tipo de estudo fornece informações mais precisas e em maior quantidade, mas limita-se principalmente às camadas mais superficiais do planeta. Os métodos indiretos de estudo são mais complexos, e envolvem o estudo de outros planetas rochosos, análise de meteoritos, análises sísmicas, medições da variação do campo gravitacional, entre outros. NOSSO PLANETA A Terra, até onde sabemos, é o único lugar onde existe vida. Um dos principais motivos para isso é que sua órbita se encontra na zona habitável, região do Sistema Solar onde é mais provável encontrar água em estado líquido. A presença de água líquida é indispensável para a existência da vida como a conhecemos. Além disso, se a Terra estivesse mais perto do Sol, seria muito quente; se estivesse mais longe, seria fria demais. A Terra é um planeta rochoso, isto é, formado basicamente por materiais metálicos e rochosos. Obter informações sobre o interior do planeta por métodos diretos é muito difícil. A escavação mais profunda já feita alcançou pouco mais de 12 quilômetros de profundidade e tinha apenas cerca de 5 cm de diâmetro. Embora uma escavação de 12 quilômetros pareça muito profunda, ela mal arranhou a “casquinha” do planeta, pois a distância entre o centro da Terra e a superfície é de quase 6 400 quilômetros. Apesar dessa dificuldade, os cientistas têm conseguido muitas informações sobre o interior do planeta por métodos indiretos. Um exemplo é o estudo de meteoritos, pois esses corpos celestes se formaram basicamente da mesma matéria que originou a Terra. Além disso, os pesquisadores também obtêm informações sobre o interior do planeta por meio do estudo de terremotos e de amostras de lava coletadas em erupções vulcânicas, entre outros métodos. BE N TI N HO NASA Marte Terra Vênus Mercúrio Sol Terra vista do espaço, em imagem obtida por satélite. Elaborado com base em: THE TRAPPIST-1 Habitable Zone. Nasa Jet Propulsion Laboratory. Washington, D.C., 22 fev. 2017. Disponível em: https://www.jpl.nasa.gov/images/pia21424-the-trappist- 1-habitable-zone. Acesso em: 9 maio 2022. Representação da zona habitável do Sistema Solar. Estão representados apenas o Sol e os quatro planetas mais próximos dele. IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. Zona habitável 40 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 40D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 40 25/08/22 01:2525/08/22 01:25 40 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 40D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 40 02/09/22 17:3902/09/22 17:39 Ao tratar do conceito de zona habitável de um sistema planetário, verifique se os estudantes com- preendem a figura apresentada. Se julgar oportuno, comente que não é apenas a distância entre o planeta e a estrela que determina se ele está na zona habitável; a composição da atmosfera também tem papel central na possibilidade de ocorrência de água em estado líquido. Estudos mais recentes do Sistema Solar sugerem que a zona habitável pode ser um pouco mais ampla do que o que é mostrado na ilustração, abrangendo também os planetas Vênus e Marte. Ao apresentar essa informação, destaque que o conhecimento científico está em constante evolução; à medida que novas descobertas são feitas, noções tidas até então como verdadeiras podem ser modificadas ou mesmo abandonadas. Esse tipo de abordagem favorece o desenvolvimento da competên- cia geral 1 e da competência específica 1 de Ciências da Natureza. Comente que os estudos da estrutura interna da Terra depen- dem de métodos indiretos, pois é impossível, com a tecnologia de que dispomos atualmente, enviar equipamentos (muito menos pessoas) para as camadas mais internas da Terra. A escavação mais profunda já feita alcançou 12 km, um valor ínfimo em com- paração com o raio do planeta, que passa de 6 300 km. Dessa maneira, a coleta e o estudo da lava expelida nas erupções é um recurso fundamental. Outros métodos utilizados para conhecer a composição do planetaenvol- vem a análise de terremotos, de meteoroides, o estudo do campo eletromagnético do planeta, entre outros. Esse assunto é retomado e ampliado no 7o ano, durante o estudo da tectônica de placas e da ocorrência de terremotos. AD AM S YL VE ST ER S CI EN CE S O U RC E/ FO TO AR EN A NÃO ESCREVA NO LIVRO.ATIVIDADES 1. Por que a Terra é classificada como planeta rochoso? 2. Leia o trecho de notícia e faça o que se pede. Astrônomos descobriram sete planetas fora do sistema solar (exoplanetas) que orbitam uma mesma estrela, têm tamanho parecido com o da Terra e três deles podem ser capazes de suportar a vida como conhecemos [...]. O Telescópio Espacial Spitzer, da Nasa, descobriu que três desses planetas estão dentro da zona habitável [...]. Os exoplanetas circulam a estrela TRAPPIST-1, que está somente a 39 anos- -luz da Terra, uma distância muito curta em termos cósmicos. [...] EXOPLANETAS: descoberto três “terras” perto da Terra. Jornal Alto Vale Online, [s. I.], 23 fev. 2017. Disponível em: https://www.jav.inf.br/2017/02/23/exoplanetas-descoberto-tres-terras-perto-da-terra/. Acesso em: 9 maio 2022. a) Por que os cientistas aceitam a ideia de que somente três dos sete planetas que orbitam a TRAPPIST-1 podem suportar a vida? b) O que é zona habitável? c) Quantos planetas se situam na zona habitável do Sistema Solar? d) O que o autor quer dizer com “distância muito curta em termos cósmicos”? Pesquisador coletando amostra de lava do vulcão Piton de la Fournaise, na Ilha de Reunião, 2016; pequena ilha francesa localizada na costa leste do continente africano. O estudo da lava permite analisar o material que forma o interior da Terra. 2. b) A zona habitável é uma região ao redor de uma estrela em que a probabilidade de encontrar planetas com água em estado líquido é maior. c) Somente o planeta Terra se encontra nessa região. A Terra é um planeta rochoso porque é constituída basicamente de material rochoso e metálico. Porque somente três estão na zona habitável. Embora a distância seja grande demais para ser percorrida por um ser humano, ela é pequena quando comparada à distância entre outros sistemas planetários e a Terra. 41 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 41D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 41 25/08/22 01:2525/08/22 01:25Atividades Empregue as atividades deste bloco para ava- liar a compreensão dos estudantes acerca dos principais conceitos apresentados nesta du- pla de páginas. A noção de que a Terra é um planeta rochoso será retomada em diversos momentos ao longo dos próximos anos do Ensino Fundamental, assim como o concei- to de zona habitável e sua importância para a Astrobiologia. 41 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 41D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 41 02/09/22 17:3902/09/22 17:39 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS O interior da Terra O estudo das camadas da Terra, desde sua estrutura interna até a atmosfera, é necessário para o desenvolvimento da habilidade EF06CI11. Ao apresentar as camadas da Terra, procure chamar a atenção para a dimensão delas. A crosta, camada sobre a qual toda a vida no planeta existe, é muito mais fina que as demais, de modo que é praticamente impossível representá-la em escala em uma ilustração. Uma forma de deixar isso claro é adotando uma escala mais próxima da que estamos acostumados a lidar, reduzindo os valores reais em cem mil vezes. Dessa forma, cada quilômetro corresponde a um centímetro; assim, a crosta teria entre 7 e 70 centímetros, enquanto o manto teria 29 metros de espessura (aproximadamente o comprimento de uma quadra oficial de basquete), e o núcleo, cerca de 35 metros de raio, ou 70 metros de diâmetro (largura aproximada de um campo de futebol). O buraco mais fundo já cavado tem, nessa escala, cerca de 12 centímetros. Esse trabalho com escalas favorece o desenvolvimento do racio- cínio matemático e pode ser desenvolvido de maneira mais elaborada com a colaboração do professor de Matemática. Ao tratar do magma, escla- reça que, quando ele chega à superfície do planeta, dá origem à lava. Além da lava, as erupções vulcânicas expelem gases e outras substâncias. Para enriquecer o estudo desse tema, inicie com a turma a realização do tema 2 da seção Mergulho no tema, no qual é proposta a construção de um A crosta terrestre é a camada mais externa do planeta. Ela é muito mais fina que as outras camadas, com espessura variando aproximadamente entre 5 quilômetros, no leito dos oceanos, e 50 quilômetros, nas cadeias de montanhas. Em comparação às camadas mais internas, as temperaturas da crosta são amenas. A crosta é composta basicamente de rochas e minerais em estado sólido. É sobre essa camada do planeta que habitam os seres vivos. O manto fica logo abaixo da crosta. Essa camada tem espessura de aproximada- mente 2 900 quilômetros e é composta basicamente de material rochoso em estado sólido. A temperatura no manto é muito elevada, podendo alcançar 3 000 °C. Em certas regiões, essa temperatura elevada pode levar à formação de um material rochoso pastoso, chamado magma. O núcleo é a camada mais interna do planeta, podendo chegar a 6 000 °C. Ele se inicia a 2 900 quilômetros de profun- didade e vai até o centro da Terra, a quase 6 400 quilômetros da superfície. É composto de metais, essencialmente ferro e níquel. Na porção que reveste o núcleo, chamada núcleo externo, esses metais se encontram em estado líquido; já a porção mais central, chamada núcleo interno, é sólida. O interior da Terra é composto de camadas com composições e dinâmicas diferentes. NOTIFICAÇÃO Crosta Manto Núcleo externo Núcleo interno Elaborado com base em: TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007. p. 59. Representação do planeta Terra em corte, evidenciando as camadas internas e a crosta. IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. LÁ PI S 13 B O interior da Terra Os diversos estudos sobre o interior da Terra revelaram que o planeta é formado por camadas com composições e dinâmicas diferentes: a crosta, o manto e o núcleo. 42 D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 42D2_AV2-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 42 29/08/2022 11:4429/08/2022 11:44modelo físico da Terra, desde as camadas mais internas até a atmosfera. Neste momento, pode ser construída a parte do modelo que inclui núcleo, manto e crosta; conforme a Unidade avança, incluindo as outras camadas do planeta, o modelo pode ser complementado, acompanhando o estudo. 42 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 42D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 42 04/09/22 20:3304/09/22 20:33 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Outras camadas Após apresentar as quatro camadas listadas nesta página, retome a fotografia da abertura da Unidade e solicite aos estudantes que identifiquem elementos de cada uma delas. Explore o fato de que essa classificação é uma simplificação didática, e que o limite entre as camadas não é preciso. Mencione exemplos, como a neblina sobre o mar (que tem elementos tanto da hidrosfera quanto da atmosfera) e as nuvens. Peça aos estudantes que listem outros exemplos. Para esclarecer o conceito de biosfera, explore a ilustração com os estudantes e esclareça que ela não está representada em escala; a biosfera se estende desde camadas elevadas da atmosfera até grandes profundidades nos oceanos. Por exemplo, na Fossa das Marianas, a fossa abissal mais profunda de que se tem conhecimento, pesquisadores encontraram, em 2015, peixes vivendo a cerca de 11 km abaixo da linha do mar. Uma espécie africana de abutre (Gyps rueppellii), considerada uma recordista quanto à altura do voo, é capaz de chegar a altitudes acima dos 11 km. Há ainda esporos de fungos, bactérias e outros microrganismos que podem ser carregados pela atmosfera em altitudes maiores ainda. Outras camadas No estudo do nossoplaneta também é comum dividirmos suas estruturas externas em outras quatro camadas. • Litosfera: nome de origem grega que significa “esfera de rocha”. Corresponde à crosta terrestre e à camada mais superficial do manto. • Hidrosfera: é a “esfera de água” do planeta. Corresponde a toda água presente no planeta: oceanos, rios, mares, depósitos subterrâneos, nuvens e outros. • Atmosfera: em grego, essa palavra significa “esfera de vapor”. Atualmente, é usada para designar a camada de gases que envolve a Terra. • Biosfera: é o conjunto de todas as regiões onde se encontra vida. É importante ter em mente que a divisão do planeta em camadas é apenas uma maneira de facilitar o estudo e a compreensão do assunto. Na realidade, todas as camadas que estudaremos aqui estão relacionadas e interligadas. NÃO ESCREVA NO LIVRO. ATIVIDADES 1. Identifique as afirmações incorretas e reescreva-as no caderno, tornando-as corretas. a) Da mais externa para a mais interna, as camadas da Terra são: núcleo, manto e crosta. b) Em certas partes do manto e do núcleo, o material rochoso se encontra no estado líquido. c) A crosta é a camada mais quente do planeta. d) Litosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera estão sempre isoladas entre si. 2. Em duplas, calculem qual seria a espessura das camadas da Terra numa escala em que mil quilômetros equivalem a 1 centímetro. Em seguida, recortem um fio de barbante com o comprimento igual ao raio da Terra na escala que vocês usaram. Usando canetas colori- das, pintem as camadas com diferentes cores, de acordo com os cálculos que fizeram. 1. a) Da mais externa para a mais interna, as camadas da Terra são: crosta, manto e núcleo. b) A afirmação está correta. c) O núcleo é a camada mais quente do planeta; ou a crosta é a camada mais amena do planeta. d) Litosfera, hidrosfera, atmosfera e biosfera estão relacionadas e interligadas. 2. Nessa escala, a crosta oceânica teria 0,05 mm (o que equivale à espessura de um fio de cabelo fino), e a crosta continental chegaria a 0,5 mm. Para representar isso no barbante, solicite aos estudantes que colem um fio de cabelo na ponta do barbante, ou peça que pintem apenas a extremidade dele, formando uma faixa com menos de um milímetro. O manto teria 29 cm, e o núcleo, 35 cm. Elaborado com base em: GATES, David M.; THOMPSON, Michael B.; THOMPSON, John N. Biosphere. Encyclopaedia Britannica. Chicago, 26 maio 2022. Disponível em: https://www.britannica. com/science/biosphere#/ media/1/66191/112176. Acesso em: 9 maio 2022. Representação das camadas da Terra. LÁ PI S 13 B Crosta continental Manto superior Crosta oceânica Oceano Solo IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. H id ro sfera H id ro sfera A tm o sfera A tm o sfera Lito sfera Lito sfera B io sfera B io sfera 43 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 43D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 43 02/09/22 14:1602/09/22 14:16Atividades Empregue as atividades deste bloco para ava- liar a compreensão dos estudantes acerca dos principais conceitos apresentados nesta dupla de páginas. São retomadas características das camadas internas da Terra e noções de tamanho delas, envolvendo o cálculo de escalas – tra- balho que se beneficia de uma abordagem interdisciplinar com Matemática. 43 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 43D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 43 02/09/22 17:3902/09/22 17:39 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS A litosfera O estudo da litosfera dá conti- nuidade ao desenvolvimento da habilidade EF06CI11. A Geologia é um campo de estudo abrangente, e os assuntos abordados neste nível de ensino são bastante propícios às abordagens interdisciplinares. Ao tratar dos minérios, por exemplo, podem-se explorar as características ambientais, históricas, sociais e econômicas da extração mineral, de modo a criar pontes com a Biologia, a História e a Geografia. O estudo do solo, por sua vez, tem relação com a Geografia, pois permite tratar do uso desse recurso pelo ser humano, das atividades econômicas que dependem dele, dos impactos ambientais, culturais e sociais relacionados a esses usos etc. O trabalho com a escala de tempo geológico e com as dimensões do planeta, por sua vez, pode ser enriquecido se for feito em parceria com a disciplina de Matemática. O estudo dos minérios e do solo é proposto na Unidade 3. A dinâmica das placas litosféricas é estudada em detalhes no 7o ano. Ao tratar sobre o boxe Saiba também, é interessante introduzir a concepção de que a crosta terrestre não é estática, movendo-se muito lentamente e de modo contínuo (eventualmente, com movimentos bruscos, que originam tremores de maior intensidade). Se julgar oportuno, acesse a página indicada com a turma e localize, na aba “Estações instaladas”, a estação mais próxima do município onde a escola se localiza. Considere a possibilidade de entrar em contato com a instituição responsável por essa estação e agendar uma visita monitorada, na qual os estudantes poderão conhecer mais sobre características do planeta e sobre como elas são estudadas. A LITOSFERA A litosfera é formada pela crosta e pela parte superior do manto terrestre. Ela é composta basicamente de rochas e solo, que serão estudados em detalhes na próxima Unidade. A litosfera não é uma camada contínua: ela é fragmentada em partes chamadas placas litosféricas. Essas placas ficam sobre o manto e se movem muito lentamente, alguns milímetros ou centímetros por ano. BENTINHO Crosta continental Crosta oceânica Rede Sismográfica Brasileira As placas litosféricas estão sujeitas a movimentos bruscos, chamados abalos sísmicos, também conhecidos como terremotos. Eles ocorrem quando uma placa litosférica se choca contra outra ou quando elas se friccionam lateralmente. A Rede Sismográfica Brasileira reúne grupos de diferentes universidades e centros de pesquisa brasileiros e tem por objetivo monitorar a sismicidade do território nacional, isto é, a ocorrência de abalos sísmicos. As informações geradas por ele são utilizadas em estudos da estrutura interna da Terra. Uma parte fundamental do trabalho é instalar e monitorar sismógrafos por todo o país. Muitas das informações coletadas ficam disponíveis no site desse grupo (http://rsbr.gov.br. Acesso em: 8 maio 2022). SAIBA TAMBÉM Logotipo da Rede Sismográfica Brasileira. Representação da região de encontro entre duas placas litosféricas. As partes da crosta que formam os leitos oceânicos são chamadas de crosta oceânica, enquanto os continentes se encontram sobre a crosta continental. IMAGEM FORA DE PROPORÇÃO. AS CORES NÃO SÃO REAIS. Elaborado com base em: TEIXEIRA, Wilson et al. Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007. p. 107. RS BR Parte superior do manto 44 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 44D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 44 31/08/22 17:1731/08/22 17:17 • Livro: Decifrando a Terra. Wilson Teixeira et al. (org.). São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2007. Livro de referência para o estudo de Geologia, rico em imagens e com explicações aprofundadas. • Livro: Geologia geral. José Henrique Popp. São Paulo: LTC, 2017. Livro de referência para o estudo de Geologia, apre- sentando conceitos atualizados de maneira clara. PARA O PROFESSOR 44 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 44D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 44 04/09/22 23:1704/09/22 23:17 limitante importante para a escavação do buraco citado. Outros fatores podem ser citados, como as elevadas resistência e dureza das rochas que constituem a crosta. 2. Os estudantes devem retomar a descrição das camadas inter- nas da Terra, apresentadas anteriormente na Unidade. Se julgar oportuno, comente que as elevadíssimas temperaturas encontradas nessas camadas fazem com que o material se torne incandescente; dessa forma, a maior parte do buraco seria iluminada. 3. a)A olho nu, os estudantes podem ter a impressão de que Brasil e Japão são antípo- das. Uma análise mais atenta, porém, desmente essa noção. b) Para encontrar o antípoda de um ponto no globo, os estudantes podem levar em conta a latitude e a longitude desse ponto e, então, calcu- lar as coordenadas do ponto exatamente oposto. Outra forma de encontrar o antípoda é utilizando recursos digitais, como o site Antipodes Map (disponível em: https://www. antipodesmap.com/. Acesso em: 31 jul. 2022. Em inglês). 4. Deixe claro que a HQ deve levar em conta as informa- ções levantadas por meio das questões anteriores, mas deve incluir também elementos de ficção, tornando-a mais atraente e divertida. Os mate- riais produzidos podem ser compartilhados com amigos e familiares dos estudantes. Esse trabalho favorece o desenvol- vimento das competências gerais 3 e 4, assim como da competência específica 6 de Ciências da Natureza. ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Vamos verificar Se eu cavar sem parar, vou sair no Japão? Nesta seção, parte-se de uma questão relativamente comum para desenvolver nos estudantes o raciocínio lógico e a capacidade de argumentação, ao mesmo tempo que mobiliza-se conhecimentos sobre os assuntos da Unidade. Esse trabalho contribui para o desenvolvimento da competência geral 7 e da competência específica 5 de Ciências da Natureza. Atividades 1. Espera-se que os estudantes retomem infor- mações sobre as elevadas temperaturas encontradas nas camadas mais internas da Terra e as identifiquem como um fator SE EU CAVAR SEM PARAR, VOU SAIR NO JAPÃO? Talvez você já conheça ou já tenha se feito essa pergunta. Em alguns casos, a pergunta troca o Japão pela China, mas a ideia é a mesma: seria possível cavar um buraco para sair em um ponto exatamente oposto do planeta? Nesta ati- vidade, você e seu grupo vão investigar essa questão. Pesquisem em livros ou na internet respostas para as seguintes questões. 1. Quais são os desafios para cavar um buraco que passe pelo centro da Terra e chegue ao lado oposto do planeta? 2. Caso fosse possível um viajante passar por tal buraco, o que ele poderia ver ao longo do caminho? 3. A palavra antípoda é usada para se referir a locais ou pessoas no ponto oposto do globo. Em alguns dicionários, esse termo é usado em exemplos como “Brasil e Japão são antípodas” ou “o antípoda do brasileiro é o japonês”. a) Analisem a posição do Brasil em um globo terrestre. A olho nu, Brasil e Japão parecem antípodas? b) Qual é o ponto no globo exatamente oposto ao que vocês estão? Proponham uma maneira de chegar a essa resposta. 4. Com base nas respostas das questões anteriores, elabore uma história em quadri- nhos de ficção científica envolvendo uma viagem através do planeta Terra. No dia combinado, compartilhe com o restante da turma. Ver orientações no Manual do professor. Ver orientações no Manual do professor. Ver orientações no Manual do professor. Ver orientações no Manual do professor. Ver orientações no Manual do professor. LEO TEIXEIRA Representação de uma pessoa cavando um buraco no chão. NÃO ESCREVA NO LIVRO.ATIVIDADES VAMOS VERIFICAR 45 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 45D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 45 20/08/2022 21:5720/08/2022 21:57 45 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 45D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 45 02/09/22 17:3902/09/22 17:39 https://www.antipodesmap.com/ ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS A hidrosfera O estudo da hidrosfera, uma das camadas que formam a Terra, dá continuidade ao desenvolvimento da habilidade EF06CI11. Retome o que os estudantes já sabem sobre a importância da água para a vida e expanda essa análise para a importância da água no cotidiano dos estudantes. Questione sobre como eles utilizam esse recurso no dia a dia, se acham que o economizam ou desperdiçam, e se acreditam que é importante economizá-lo. Ao tratar desse assunto, é importante sempre ressaltar que apenas uma pequena fração da água que compõe a hidrosfera está disponível para consumo humano; a maior parte se encontra na forma de água salgada, nos oceanos. Verifique se todos compreendem que a água salgada é inapropriada para consumo humano; comente que a ingestão dela é prejudicial ao nosso organismo, podendo induzir alterações da pressão arterial, diarreias e desidratação, entre outros. É interessante ter em mente que, quando falamos de água nesse contexto, não estamos nos referindo à substância pura H2O. A água encontrada na natureza – em rios, mares, reservas subterrâneas, geleiras etc. – está na forma de mistura, geralmente contendo variados sais minerais dissolvidos, entre outras substâncias. Esse assunto é explorado em detalhes na Unidade 8, durante o trabalho com a habilidade EF06CI01. A HIDROSFERA A hidrosfera é o conjunto de toda a água que existe no planeta. Ela pode ser encontrada no estado líquido em oceanos, rios, lagos, reservas subterrâneas, nuvens e, também, nos seres vivos. No estado sólido, em geleiras e icebergs. E no estado gasoso, como o vapor de água presente na atmosfera. No cotidiano, é comum dizermos que as nuvens ou a “fumacinha” que sai de uma panela com água fervente são feitas de vapor. Na verdade, o vapor de água é invisível. Quando o vapor começa a se condensar na atmosfera, ele forma gotas minúsculas, líquidas, que têm esse aspecto branco parecido com fumaça. São essas gotículas que formam as nuvens. A maior parte da água da hidrosfera está presente em mares e oceanos, em uma mistura chamada água salgada. Os sais minerais que se desprendem de rochas nos leitos dos rios são carregados pela água e lançados nos mares. Ao longo de bilhões de anos, esse processo resultou em um grande acúmulo de sais minerais dissolvidos, em especial o cloreto de sódio, também conhecido como sal de cozinha. A água salgada não é apropriada para o consumo humano, nem pode ser utilizada diretamente na pecuária ou na agricultura. A água presente nos continentes, conhecida como água doce, encontra-se princi- palmente em reservas subterrâneas, em lagos ou na forma de gelo. A quantidade de sais minerais na água doce é muito menor do que na água dos oceanos. Embora a água seja abundante na superfície terrestre, ela é um recurso escasso. A maior parte da água no planeta, cerca de 97,5%, é salgada. Do pouco que resta de água doce, apenas uma pequena fração está disponível para o consumo humano. Por esse motivo, é importante adotar medidas para o uso racional da água, sem desperdiçar. As águas continentais, especialmente de rios, lagos e reservas subterrâneas, são a principal fonte para uso humano. No entanto, a distribuição de rios e lagos na superfície do planeta é muito variável, e diversas regiões do mundo são carentes desses recursos. Em alguns casos, é possível perfurar poços para acessar a água presente em reservas subterrâneas. Iceberg: grande massa de gelo flutuante que se desprendeu de uma geleira. DO N FI N K/ IS TO CK PH OT O / G ET TY IM AG ES Geleira no mar, com nuvens ao fundo, na Baía do Almirantado, Antártica, 2020. As nuvens são constituídas de pequenas gotas de água na forma líquida. Em algumas há também água no estado sólido, na forma de pequenos cristais de gelo. 4646 D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 46D2_AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 46 20/08/2022 21:5720/08/2022 21:57 ATIVIDADE Para uma compreensão mais concreta da proporção da água no planeta, realize este experimento prático com feijões. Esta atividade pode ser desenvolvida em parceria com a disciplina de Matemática. Serão necessários aproximadamente 5 kg de feijão, uma balança de cozinha, 2 ou 3 garrafas PET de 2 litros, 5 copos, preferencialmente transparentes e idênticos, e etiquetas. Observe o gráfico da página 47 com os estudantes e pergunte como as proporções ali informadas poderiam ser representadas com a utilização de grãos defeijão. Ouça e avalie as propostas apresentadas. Para manter a atividade em uma escala prática, sugerimos que um grão de feijão represente toda a água presente em lagos. A quantidade de feijões que representa a água salgada é muito grande, o que torna pouco prático contar os grãos um a um. Em vez disso, use a balança para quantificar a massa de 100 grãos de feijão e multiplique esse valor por 155,5 para saber a massa aproximada de grãos que representa a água salgada. Com ajuda da balança, pese essa quantidade. O feijão correspondente à água salgada deve ser colocado nas garrafas PET; para as outras categorias, utilize os copos. Identifique cada categoria usando as etiquetas. O quadro a seguir pode ser apresentado na lousa e consultado durante ou ao final da atividade. Fonte Quantidade de feijões Água salgada 15 550 Glaciares 274 Água subterrânea 120 Gelo superficial 3 Lagos 1 Outras (somadas) 0,5 46 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 46D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 46 04/09/22 20:4704/09/22 20:47 Acompanhe os estudantes na leitura do gráfico de distribuição da água no mundo. Informe que a água recobre cerca de 70% da superfície do planeta e explique que a segunda coluna representa somente a categoria “Água doce” da primeira coluna, enquanto a terceira coluna representa a categoria “Água doce na superfície e outros” da segunda coluna. Para avaliar se compreenderam essa representação, pergunte se há mais água na forma de gelo superficial (terceira coluna) ou em reservas subterrâneas (segunda coluna). Espera-se que os estudantes apontem esta última opção como correta. Para desenvolver a análise das informa- ções apresentadas nesse gráfico, realize a atividade complementar sugerida a seguir. Esse trabalho contribui para o desenvolvimento da competência específica 6 de Ciências da Natureza. NÃO ESCREVA NO LIVRO. ATIVIDADES 1. Consulte o gráfico da distribuição da água no mundo, nesta página, e responda. a) Quais são as principais fontes de água para o ser humano? b) Qual dessas fontes é a mais abundante? E qual é a mais escassa? 2. Em grupo, analisem o gráfico ao lado e respondam à questão. • O uso racional da água é um dever de toda a população. Incentivar as pessoas a não desperdiça- rem água em suas tarefas diárias é suficiente para garantir que esse recurso não falte no futuro? Expliquem. Rios, lagos e reservas subterrâneas. As reservas subterrâneas são as mais abundantes; os rios são a fonte mais escassa. Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que os setores agrícola e industrial são responsáveis pela maior parte do consumo de água. Assim, para garantir o uso sustentável desse recurso, não basta solicitar que a população economize; é necessário criar medidas para reduzir o consumo agrícola e industrial. Fonte: AQUASTAT – FAO's Global Information System on Water and Agriculture. Food and Agriculture Organization of the United Nations. [S. l.], c2022. Disponível em: www.fao.org/nr/water/ aquastat/water_use/index.stm. Acesso em: 22 mar. 2022. Consumo de água no Brasil e no mundo, por setor. * O termo “municipal” refere-se ao consumo em residências, comércios, escolas, hospitais etc. Mundo Brasil Agrícola 69% Industrial 19% Municipal* 12% Agrícola 60% Industrial 17% Municipal* 23% ED IT O RI A DE A RT E Fonte: WATER SCIENCE SCHOOL. Where is Earth's Water? United States Geological Survey. [S. l.], 6 jun. 2018. Disponível em: https://www.usgs.gov/special-topics/water-science-school/science/where-earths-water. Acesso em: 22 mar. 2022. ED IT O RI A DE A RT E Distribuição da água no mundo Água no mundo Água doce Água doce na superfície e outros Água doce 2,5% Água salgada 97,5% Água subterrânea 30,1% Glaciares e calotas de gelo 68,7% Gelo superficial 69,0% Outros 1,2% Lagos 20,9% Atmosfera 3,0% Rios 0,46% Pântanos 2,6% Umidade no solo 3,8% Seres vivos 0,24% 47 D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 47D2_AV-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-LA-G24.indd 47 01/09/22 17:5701/09/22 17:57PET; para as outras categorias, utilize os copos. Identifique cada categoria usando as etiquetas. O quadro a seguir pode ser apresentado na lousa e consultado durante ou ao final da atividade. Fonte Quantidade de feijões Água salgada 15 550 Glaciares 274 Fonte Quantidade de feijões Água subterrânea 120 Gelo superficial 3 Lagos 1 Outras (somadas) 0,5 Ao final, promova uma discussão com a turma sobre a importância de usar água sem desperdício. Chame a atenção para o fato de que a água presente em rios, pântanos, na atmosfera, nos seres vivos e na umidade do solo totaliza apenas meio grão de feijão. Os rios, que são uma das principais fontes de captação de água, correspondem a aproximadamente um quarenta avos, ou 0,025 grão de feijão. 47 D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 47D2-AV1-CIE-F2-2109-V6-U2-038-061-MP-G24.indd 47 04/09/22 23:2004/09/22 23:20 ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS Mudanças no estado físico da água As mudanças de estado físico da água são objeto de estudo tradicional dos anos iniciais do Ensino Fundamental. Avalie o domínio desse conceito pelos estudantes pedindo que contem como se formam as nuvens. Se julgar necessário, aprofunde a explicação desse assunto nas páginas seguintes, que tratam do ciclo hidrológico. Para auxiliar nas explicações, desenhe na lousa uma representação esquemática das mudanças de estado físico. Ciclo da água A ilustração do ciclo da água sintetiza bastante informação e, por isso, é interessante dedicar um tempo à leitura dela com os estudantes. Reforce a importância central do Sol como fonte de energia para a circulação da água no planeta e peça aos estudantes que forneçam exem- plos de fenômenos do dia a dia relacionados ao ciclo da água, como a evaporação de água de poças, a chuva e a transpiração das plantas. Mudanças no estado físico da água A água chega à atmosfera pela evaporação vinda, em grande parte, de oceanos, mares, rios, lagos e lagoas, embora existam diversas outras fontes. A água presente em roupas que secam no varal, poças e solos úmidos, por exemplo, também evapora e passa para a atmosfera. Os seres vivos contribuem para esse processo de várias formas. Por exemplo: parte da água que as plantas retiram do solo, por meio das raízes, é lançada no ar pela transpiração. Diversos animais também transpiram, além de liberarem água no ambiente por meio de urina e fezes. Expostos ao ambiente, esses resíduos perdem água para a atmosfera por evaporação. Na atmosfera, especialmente nas regiões mais altas e frias, o vapor de água pode se condensar e dar origem a pequenas gotas (gotículas). De tão pequenas, essas gotículas permanecem em suspensão no ar, formando nuvens. Em determinadas circunstâncias, essas gotículas se aglutinam em gotas maiores, que se precipitam na forma de chuva. Quando isso ocorre em camadas muito frias da atmosfera, com temperatura abaixo de 0 ºC, a água congela dentro da nuvem e pode cair na forma de neve ou de granizo. Quando cai sobre solo permeável, a água pode se infiltrar pelo solo e por poros e fraturas das rochas, compondo as águas subterrâneas. Parte dessa água desce até atingir uma camada menos permeável, formada por rocha. Essa água que fica retida no subsolo forma reservas subterrâneas, também conhecidas como lençóis freáticos. Quando não se infiltra imediatamente no solo, a água das chuvas escorre para as regiões mais baixas da superfície, onde pode contribuir para a formação de córregos e rios. Esse escoamento, em geral, tem como destino os oceanos. Ciclo da água De onde vem a chuva? E a água de um rio? Para onde vai a água que se acumula no chão após uma chuva? No nosso cotidiano, é fácil perceber que a água circula na natu- reza. Depois de uma chuva, por exemplo, notamos que a água é absorvida pelo solo ou fica empoçada e, depois, evapora. Ao cuidar