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FACULDADE ADVENTISTA DA BAHIA SEMINARIO ADVENTISTA LATINO-AMERICANO DE TEOLOGIA LEANDRO GONÇALVES DE SOUSA A EFICÁCIA DO EVANGELISMO PÚBLICO ASSOCIADO A AÇÃO SOCIAL CACHOEIRA 2023 LEANDRO GONÇALVES DE SOUSA A EFICÁCIA DO EVANGELISMO PÚBLICO ASSOCIADO A AÇÃO SOCIAL Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia da Faculdade Adventista da Bahia como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Dr. Charles Fabian. CACHOEIRA 2023 LEANDRO GONÇALVES DE SOUSA A EFICÁCIA DO EVANGELISMO PÚBLICO ASSOCIADO A AÇÃO SOCIAL Trabalho de Conclusão de Curso submetido ao Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia da Faculdade Adventista da Bahia como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de bacharel em Teologia, sob a orientação do Prof. Dr. Charles Fabian. Aprovado em:____/____/_____ BANCA EXAMINADORA __________________________________________________ Prof. Dr. Charles Fabian Orientador __________________________________________________ Prof. RESUMO O presente trabalho tem como objetivo compreender como o evangelismo público associado a ação social pode ser eficaz na pregação do evangelho, fazendo uma breve recapitulação de como estes modelos de evangelização juntos foram usados trazendo bons resultados desde a época no Antigo testamento até exemplos encontrados na Igreja Adventista do Sétimo Dia atualmente. Para a construção dessa pesquisa foi aplicado o método bibliográfico a fim de obter informações sobre o tema. O desenvolvimento desse artigo foi contem três categorias, a primeira refere-se à ação social como uma forma de evangelização encontradas ao longo das escrituras sagradas, a segunda retrata qual é o papel do verdadeiro evangelho ao apresentar Cristo e a terceira e última apresenta ações socias da Igreja Adventista do Sétimo Dia bem sucedidos que tem auxiliado na pregação do evangelho. Palavras- chaves: Evangelismo. Evangelismo Público. Ações Sociais. ABSTRACT The present work aims is to understand how the public evangelism associated with social action can be effective in preaching the gospel, making a brief recap of how these models of evangelization together were used, bringing good results from the time in the Old Testament to examples found in the Seventh-day Adventist church today. To construct this research, the bibliographic method was applied in order to obtain information on the topic. The development of this article contains three categories, the first refers to social action as a form of evangelization found throughout the sacred scriptures, the second portrays what is the role of the true gospel in presenting Christ and the third and last presents social actions of the successful Seventh-day Adventist Church who has helped in preaching the gospel. Keywords: Evangelism. Public Evangelism. Social actions. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 6 2 AÇÃO SOCIAL UMA FORMA DE EVANGELIZAÇÃO 7 2.1 AÇÃO SOCIAL E EVANGELISMO NO ANTIGO TESTAMENTO 8 2.1.1 Ação social e evangelismo no Novo Testamento 9 2.1.1.1 Ação social e o evangelismo na igreja primitiva 11 3 O VERDADEIRO EVANGELISMO 14 3.1 EVANGELISMO PÚBLICO COMO MÉTODO DE EVANGELIZAÇÃO 14 3.1.1 Ação social como estratégia de evangelização 16 3.1.1.1 Jesus um exemplo bem sucedido da unção entre evangelismo público e ação social 17 3.1.1.1.1 Ação social relevante 19 4 AÇÃO SOCIAL NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA 21 4.1 ASA E ADRA 21 4.1.1 Missão Calebe 22 4.1.1.1 Quebrando o silencio 23 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 25 REFERÊNCIAS 27 1 INTRODUÇÃO O evangelismo é um tema frequente nas Escrituras Sagradas e refere - se a salvação da humanidade, que necessita conhecer a mensagem de salvação, tal objetivo pode ser alcançado quando outros indivíduos que já conhecem tal mensagem, levam aos que a ela estão alheias, as boas novas da salvação que são encontradas através das mensagens contidas na Bíblia que podem ser apresentadas em conferencias no evangelismo público e ser demostradas através de ações, já que muitas são as pessoas que necessitam de auxilio em várias áreas da vida as ações socias podem ser usadas como uma estratégia eficaz para demonstrar aos indivíduos como o Deus da mensagem se importa com eles de forma integral. A junção do evangelismo público e ações sociais podem ajudar comunidades a conhecerem o evangelho por esta não ser uma estratégia nova, mas muito eficaz utilizada pelo próprio Cristo “O método de evangelismo de Jesus envolve o ministério da compaixão: alcançar as pessoas onde elas estão, tocá-las no ponto de suas necessidades e dar-lhes o lampejo do seu magnífico amor.” (ABDALA, 2009, p.75). Esta pesquisa apresentará de maneira breve como a associação de evangelismo público e as ações feitas em favor dos necessitados não é uma ideia atual, mas algo que foi estabelecido pelo próprio Deus a seu povo desde o Antigo testamento como forma de demonstrar aqueles que não conheciam a Deus o quanto Ele se preocupa não apenas com a salvação destes, mas também com suas necessidades mais básicas. O conceito de evangelismo na Bíblia nos foi apresentado logo em seus primeiros capítulos quando o pecado entra no mundo, após a desobediência do primeiro casal a ordem dada pelo próprio Deus, depois do momento da queda o Criador apresentou ao casal através da primeira profecia messiânica em Gênesis 3:15 a necessidade de um salvador que viria morrer pela raça caída. O dever de dar as boas novas da salvação foi dada aos nossos primeiros pais e posteriormente a nação escolhida por Deus e a apresentação destas deveriam serem dadas através também dos atos de compaixão, hoje não deve ser diferente é necessário que aqueles que dizem ser seguidores de Cristo demonstre o evangelho também em suas ações de compaixão dispensadas aos mais necessitados. 2 AÇÃO SOCIAL UMA FORMA DE EVANGELIZAÇÃO Quando pensado sobre evangelismo grande parte das pessoas logo o associa a comissão evangelística dada pelo próprio Cristo em Mateus 28, onde o Mestre dá uma ordem a seus discípulos de pregarem o evangelho ao mundo inteiro. Não é de se admirar porque o evangelismo está explicito no texto de Mt 28 como base, mas apesar de ser importante, essa ordem de Jesus a seus seguidores de todas as épocas, é necessário pensar que a ordem de evangelização foi dada aos seres humanos muito antes do primeiro advento de Cristo a este mundo. Para Gohenn (2014) Deus já havia dado a Israel nos primórdios de sua história sua identidade missionária a fim de levar a redenção aos outros povos existentes. Olhando para a história bíblica não é difícil de identificar como o ato de evangelizar sempre esteve presente nesse planeta. Após a queda de Adão e Eva, nos primeiros capítulos do livro sagrado, encontramos em Gênesis 3:15 a primeira profecia de que seria necessário a vinda de um Messias para acabar com o pecado, desde então o evangelismo se faz presente nesse mundo caído. Desse modo entende-se que o ato de evangelizar não começou após a comissão evangelística de Cristo, mas desde muito antes, tendo raízes mais profundas. O primeiro versículo da Bíblia destaca a amplitude da preocupação de Deus e, por conseguinte, o palco das missões- “Os céus e a terra”. O mundo inteiro está dentro da esfera do interesse de Deus. Sua preocupação é primariamente universal. Antes de ser o Deus de Israel ele já era o Deus do Universo. E antes de ser o Deus da igreja é o Senhor de tudo e de todos. O próprio título “Senhor” traduz a palavra hebraica composta Adonái1 (Adon= Senhor ou Mestre; ái= tudo ou absoluto desse modo Gênesis 1.1 revela que, como Senhor de todas as coisas, o alvo de Deus desde a criação é o mundo inteiro. CARRIKER (2005, p.18) Analisando a pregação do evangelho como sendo um plano de Deus para alcançar a todos os povos em todos os tempos isso também implica a todas as classes sociais existentes inclusive as mais baixas, ou seja, aquelas que vivem a margem da sociedade e que necessitam dos maisvariados tipos de ajuda para enfrentarem as dificuldades que a condição a qual vivem as expõe. São muitos os versículos e relatos bíblicos que expressam a preocupação de Deus para com os vulneráveis, em um de seus salmos Davi declara “Voltem os ímpios ao pó, todas as nações que se esquecem de Deus! Mas os pobres nunca serão esquecidos, nem se frustrará a esperança aos necessitados” (Salmos 9:17-18), ou seja, o Deus todo poderoso nunca se esquece dos desvalidos muito pelo contrário, ele deve ser a esperança, ele é a esperança de todos os que são necessitados. O interesse de Deus por seus filhos mais necessitados está presente em toda às Escrituras sagradas. 2.1 AÇÃO SOCIAL E EVANGELISMO NO ANTIGO TESTAMENTO Nos primeiros livros da Bíblia Sagrada, em especial no livro de Levítico podem ser encontradas diversas leis dadas pelo próprio Deus ao seu povo através de Moisés e dentre as leis de saúde, cerimoniais, entre outras, encontram-se algumas as quais podemos chamá-las de leis sociais onde o Senhor deixa clara sua preocupação com os mais vulneráveis, como estrangeiros, escravos, órfãos, viúvas, para que os mesmos fossem bem tratados e que o povo de alguma maneira minimizasse os infortúnios dessas classes, “Quando segardes a messe na vossa terra, não colhereis até as extremidades da lavoura, tampouco recolhereis as espigas que caem aos vossos pés durante a colheita. Deixareis essa parte para o pobre e para estrangeiro.” (Levítico 23:22). Podemos perceber através desse texto que o Dono do Universo dá instruções claras para que o povo o representasse também através do auxílio aos pobres. Sobre esse tema de auxiliar aos pobres podemos ler: A lei de Deus dava aos pobres direito a certa parte dos produtos do solo. Estando com fome, tinha um homem liberdade de ir ao campo de seu vizinho, ou ao pomar ou à vinha, e comer do grão ou do fruto, para matar a fome. Foi de acordo com esta permissão que os discípulos de Jesus, ao passarem num dia de sábado por um campo de trigo, arrancaram espigas e comeram do grão. (WIHTE,2007, p.531) É essencial nesse ponto de vista compreendemos que: Não se pode compreender a natureza e a missão da igreja fora da natureza e da missão de Israel. Os dois, com efeito, consistem – no contexto da história salvífica - Uma unidade indissolúvel, correspondente, ademais, ao único plano salvífico de Deus: preparado de muitos modos em seu antigo povo, foi realizado mediante Cristo e deve ser prolongado. (SABUGAL,1997, p.27) Essas e outras leis dadas por Deus a Israel os distinguiam dos outros povos, pois ao obedecerem a elas estariam pelo exemplo representando a glória de Deus conforme explica Godinho (2012, p.48)” Israel foi chamado a santidade para que por meio da sua fidelidade, mostrasse a glória de Deus ao mundo.” Ou seja, através da benevolência para com os mais necessitados poderiam atrair os povos para o verdadeiro Deus que os havia colocado justamente na região da Palestina, o berço das primeiras civilizações. (GODINHO,2012). Dentre os textos bíblicos do Antigo Testamento que abordam esse assunto um relato destaca-se, a história comovente de Rute e sua sogra Noemi que ao ficarem viúvas começaram a passar por necessidades e partiram de Moabe para a cidade de Belém a qual Noemi pertencia (Rute 1,1) e com certeza sabia das leis de ajuda aos pobres. No capítulo 2 do mesmo livro nos versículos 2 e 3 encontramos as seguintes palavras da jovem viúva “Rute a moabita, disse a Noemi: Deixa-me ir ao campo, e apanharei espigas atrás daquele que me oferecer, ela lhe disse: Vai, minha filha! Ela se foi, chegou ao campo e apanhava após os segadores...) podemos através dessa história notar que apesar de se passar após muitos anos desde que Deus havia dado essa lei ao seu povo, eles ainda a cumpriam e Rute se encaixava em dois grupos distintos aos quais o Criador havia ordenado para que o povo auxiliasse, pois ela além de ser viúva também era estrangeira. As indicações de cuidado com os mais pobres não são encontradas apenas no Antigo Testamento, mas em toda escritura sagrada e o mais curioso é o fato de que o grande profeta Isaías em algumas das revelações dadas a ele por Deus descreve o Messias, que viria redimir as nações, o próprio filho de Deus como um homem de sofrimentos, entre elas pode se ressaltar Isaías 53, então se o próprio Primogênito do Pai quando esteve aqui em forma humana fez-se humilde para ganhá-los para seu reino os auxiliando em suas carências , nós como imitadores dele devemos fazer o mesmo e será necessário por muitas vezes, par que tal indivíduo seja salvo, esquecer de nossas próprias necessidades conforme (CACHILL et al.,2008.p.175) sugere: A salvação de almas, se um homem em alguma ocasião teve amor por pecadores que estão perecendo e por seu Mestre bendito, será uma paixão totalmente absorvente para ele. Há de levá-lo tão longe, que ele quase se esquecerá de si mesmo no afã de servir os outros. Será como o bombeiro corajoso, que não dá importância ao chamuscamento nem ao calor, contanto que possa salvar a pobre criatura que a verdadeira humanidade colocou em seu coração. 2.1.1 Ação social e evangelismo no Novo Testamento O Mestre por excelência Sobre o amor para com os mais necessitados e o juízo final diz em (Mt 25:31-36): "Quando o Filho do homem vier em sua majestade e todos os anjos com ele, então, se assentará no trono da sua glória; e todas as nações serão reunidas em sua presença, e ele separará uns dos outros, como o pastor separa dos cabritos as ovelhas, e porá as ovelhas à sua direita, mas os cabritos, à esquerda; então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome, e me deste de comer; tive sede, e me destes de beber; fui forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; preso, e fostes ver-me.” Quando lemos esse texto no evangelho de Mateus podemos identificar quão importante a participação dos seres humanos no plano da evangelização ao levar a mensagem de Cristo através de ações as quais ajudarão com que as dificuldades enfrentadas na vida destes possam ser aliviadas, em relação a este contexto a escritora norte americana Ellen White escreveu o seguinte: “Quando as nações se reunirem diante dEle não haverá senão duas classes, e seu destino eterno será determinado pelo que houverem feito ou negligenciado fazer por ele na pessoa dos pobres e sofredores. Naquele dia Cristo não apresentará aos homens a grande obra que Ele fez em seu benefício, ao dar a própria vida pela redenção deles. Apresenta a fiel obra que fizeram por Ele.” (WHITE,2007, p.637) Para que a ação social seja usada como um instrumento de evangelização também se faz necessário o envolvimento; pessoal com aqueles que sofrem com as mazelas desse mundo, visto que não adianta apenas darmos algo material ao qual elas necessitam, mas devemos mostrar nosso interesse pelos desafortunados demonstrando empatia e interesse por seus sofrimentos e para isso será preciso ir até essas pessoas, no relato encontrado nas Santas Escrituras em João 4 vemos segundo (GODINHO,2012) o exemplo perfeito de evangelismo protagonizado por Jesus para com a Samaritana, ele fez ao contrário do que muitos crentes fazem de ficar esperando que os outros venham contar seus sofrimentos e angustias, no exemplo dado pelo próprio Mestre são seus seguidores que devem ir ao encontro dessas pobres almas. Nessa mesma linha de pensamento White (2004, p.128) afirma “Não esperem até que [os pobres] chamem sua atenção para as suas necessidades. Ajam como fazia Jó. Aquilo que não sabia, ele investigava. Façam um giro de inspeção e verifiquem o que é necessário, e como melhor pode ser suprido.” Vemos a menção de Jô como um exemplo a ser seguido também nesse sentido. No que diz respeito a mostrar interesse pelos mais carentes através do exemplo de Jesus, ainda para com a mulher de Samaria, Godinho (2012, p.67) com palavras certas declara: Se quisermos chamar atenção do mundo para o evangelho, temos que demonstrarinteresse semelhante ao de Jesus. Ele evidenciou isso ao auxiliar a samaritana, falando numa linguagem conhecida por ela. O sentimento que nos aproxima das pessoas, suscitando nelas o interesse pelo Evangelho é a compaixão. Em outra ocasião, Jesus deixou claro aos seus discípulos que eles deveriam demonstrar compaixão para quem quer que precisasse de auxílio. (Lc 10:25-37). Durante sua vida terrestre, Cristo por diversas vezes nos evangelhos menciona os pobres e se encontra com eles de maneira bastante pessoal, podemos ver a compaixão de Cristo quando este chama seus discípulos, na lista seleta a maioria eram homens de vida simples sem muito estudo, mas que prontamente se dispuseram a estar com o Mestre aprendendo das coisas eternas, ou seja, Jesus quando esteve na forma humana aqui na terra desempenhou uma missão integral, onde demonstrou importância para com os seres humanos em todos os sentidos almejando o bem estar de todos, conforme a visão de Lopes sobre a missão integral: A missão integral enfatiza de modo claro que a evangelização e a ação social não se separam, tornando necessário pregar Jesus Cristo como Senhor e Salvador de forma verbal e prática, verbal no que diz respeito à palavra de Deus e ao plano salvífico de Jesus, para a restauração, transformação, libertação e cura do homem e da mulher, ou seja, de toda humanidade através do poder do Espírito Santo na vida espiritual e no relacionamento com Deus; e prática no que diz respeito ao testemunho de amor e vida de Jesus, na ação física solidária para com as necessidades dos pobres e marginalizados trazendo restauração, transformação, libertação e cura no viver do próximo dentro da sociedade, através do Espírito Santo no contato pessoal e social. Desta forma, a missão integral reflete o cuidado e os propósitos de Deus pela pessoa como um todo, alcançando as quatro áreas em que Jesus cresceu - sabedoria (aplicação de verdades bíblicas na vida), estatura (atendimento de necessidades físicas), graça diante de Deus (ministério espiritual) e graça diante dos homens (atendimento social), reconhecendo Deus como importante, amoroso e capaz de transformar vidas, igrejas, comunidades e nações, fundamentando-se nos mandamentos bíblicos de Jesus de amar a Deus e ao próximo, demonstrando um estilo de vida de amor desempenhado por igrejas e indivíduos, seguidores de Jesus que demonstram a compaixão de Deus pelo seu próximo (LOPES, 2007, p.20-21) 2.1.1.1 Ação social e o evangelismo na igreja primitiva Quando Cristo sobe aos céus e um tempo depois os discípulos recebem o Espírito Santo no dia de pentecostes eles começaram uma empreitada na pregação do evangelho com um amor incondicional, diferente do que tudo que fizeram antes, pois o amor as pessoas e suas necessidades foi desperto no coração deles, de ajudar e comunicar a salvação aos outros por amor a estes e por seu Mestre, pois entendiam que só haveria esperança de salvação em Cristo e o amor deve ser a motivação nos seguidores de Jesus a fim de levar as novas da salvação, como a igreja primitiva fazia, por meio do amor comunicado aos perdidos. Sobre essa força motivadora encontramos a seguinte declaração: Ora, quando se crê que não há esperança a não ser em Cristo, é impossível ter um átomo de amor e interesse pelo ser humano e não ser tomado por um grande desejo de trazer pessoas para o caminho da salvação. Por essa razão não ficamos surpresos ao descobrir que a preocupação da situação dos ainda não evangelizados era uma das grandes forças motivadoras da pregação do evangelho na igreja primitiva. (GREEN,2020, p.264) A Convivência dos discípulos com o Mestre, os fez aprender uma grande lição relacionada ao cuidado que eles deveriam manter para com aqueles que entrariam em contato: “Ao se misturar com o povo e atendê-los em suas necessidades Jesus estava dizendo aos discípulos: “Para isso eu lhes chamei! As pessoas são importantes para mim! Quero que vivam em função delas, atendam suas necessidades, usem os dons que eu lhes der para que elas me conheçam.” (ROSA,2013, p.37) No relato bíblico mais a frente após a subida de Jesus aos céus quando seus discípulos assumiram o desafio de cuidar da igreja primitiva, após o derramamento do Espírito Santo podemos ver no livro de Atos 2:42-45 a seguinte declaração: “E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum. Vendiam suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade.” O crescimento do cristianismo, sobretudo em seus primeiros anos, ou seja, durante a atuação da igreja primitiva é alvo de estudos de pesquisadores que tem curiosidade sobre como o seu crescimento se deu. Considerando o que teria dado base e ainda dá para o sucesso desse movimento ao longo dos séculos encontramos a seguinte declaração, “A base para o sucesso dos movimentos de convenção é o crescimento por intermédio de redes sociais, por meio de uma estrutura de vínculos interpessoais íntimos e diretos.” (STARK, 2006, p.30), o que o sociólogo aqui expõe era justamente uma das bases usadas pelos cristãos primitivos que buscavam se relacionar de forma direta e intima com as pessoas necessitadas tanto do pão espiritual, quanto do pão material. Os conversos daquele período estavam sempre unidos e todas as coisas que possuíam lhes eram comuns como descrito no texto, se um estava em dificuldade o outro o auxiliava e assim viviam e muitos eram acrescentados como descrito em Atos 2:47. Sobre esse momento da igreja White declara: O relato Declara “Não havia, pois, entre eles necessitado algum.” Atos 4:34. E diz como as necessidades eram supridas. Aqueles dentre os crentes que tinham dinheiro e bens, alegremente sacrificavam-nos para socorrer na emergência. Vendendo suas casas ou suas terras, eles levavam o dinheiro e o depositavam aos pés dos apóstolos. “E repartia-se por cada um, segundo a necessidade que cada um tinha.” Atos 4:35. (WHITE, 2007, p.70) Tendo por base a Bíblia Sagrada que apresenta tanto no Antigo, bem como no Novo testamento e na vida exemplar de Jesus como a ação social é indispensável na apresentação do evangelho ao mundo, visto que por meio dessas ações as pessoas podem contemplar o salvador através da vida de serviços prestados aos mais necessitados, demonstrando a eles que o Criador de todo o universo importa com suas mazelas, deste modo o exemplo não atrairá apenas aqueles que serão auxiliados de forma direta, mas também a sociedade a qual estão inseridas que poderá se interessar em descobrir qual a motivação que faz com que tais agentes se importem com o sofrimento de outros, pois assim como Jesus o Filho Primogênito do Pai demonstrou compaixão para com os necessitados da época em que ele veio a esse mundo de sofrimento, seus seguidores não devem ser negligentes quanto a causa destes pequeninos que tanto necessitam de atenção e amor dispensados a eles e suas necessidades por mais básicas que possam parecer. 3 O VERDADEIRO EVANGELISMO A palavra evangelismo sempre esteve presente e é por diversas vezes utilizada nos púlpitos e nas conversas entre os membros em diversas congregações, mas apesar disso para que esse termo seja realmente compreendido em sua essência é importante buscarmos a sua definição através das Escrituras Sagradas no original, em especifico no Novo Testamento em que os autores utilizam essa palavra algumas vezes. A palavra básica para o evangelismo no Novo Testamento é evaggelizomai, que significa “anunciar as boas novas”. Essa era a tarefa espontânea dos cristãos perseguidos em muitos lugares para onde eram espalhados. O segundo termo é kerysso, significando “proclamar como um arauto”. Essa forma implica uma pregação mais formal e organizada, tal como a que foi apresentada por João Batista, Felipe e Jesus (Mt 3:1;4:17:At 8:5). Um terceiro termo relacionado ao evangelismo é martyreo que originou a palavra “mártir”,ouseja, alguém que dá testemunho de fatos experimentados. Um mártir é aquele que testemunha por palavras e ações. Pra muitos cristãos, era melhor morrer a parar de testemunhar de Cristo. E o ultimo termo a ser considerado é matheteou, principal verbo da passagem de Mateus 28:19-20, que nos ordena a ir e fazer discípulos. (ABDALA et al,2009, p.24,25) Evidenciados alguns dos termos Bíblicos no Novo Testamento para a palavra em questão, já apresentados acima, podemos perceber que o evangelismo tem faces diferentes, mas que ao mesmo tempo tem como principal objetivo apresentar Cristo Jesus como nosso único salvador pessoal, ainda sobre sua definição “Evangelizar é um mendigo dizer a outro mendigo onde encontrar alimento.” (ABDALA et al,2009, p.23). Sendo assim é dever de todo cristão anunciar o que Deus fez em sua vida e pode e quer fazer na vida de seus semelhantes. Para que a ordem de fazer discípulos seja bem sucedida para Abdala et al (2009) o evangelismo deve ser trabalhado em dois níveis que são inseparáveis, sendo este o espontâneo, ou seja, o testemunho dado pelos cristãos as outras pessoas de modo bem pessoal e o estratégico que consiste naquele em como o próprio nome sugere são elaborados estratégias e planejamentos a fim de alcançar diferentes grupos de pessoas. Deste modo partiremos então para uma das estratégias utilizadas nesse nível de trabalho, o evangelismo público. 3.1 EVANGELISMO PÚBLICO COMO MÉTODO DE EVANGELIZAÇÃO O método do evangelismo público pode muitas das vezes ser visto por alguns como uma das formas de evangelização ultrapassadas, conforme Abdala (2009) que não é capaz de trazer a igreja um resultado duradouro, pois para muitos às series realizadas para as grandes massas nada mais são do que perda de tempo, mas contra esse argumento podemos afirmar que: Jesus fez tudo que qualquer pessoa poderia ter feito, e ainda mais, para alcançar as multidões. A primeira coisa que fez quando iniciou seu ministério, numa atitude de muita ousadia, foi se identificar com o grande movimento de avivamento popular de sua época, por meio do batismo realizado por João Batista (Mc 1:9-11; Mt 3:13-17; Lc 3:21,22). Mais tarde, Jesus fez uma pausa em seu ministério para louvar o trabalho do grande profeta (Mt 11:7-15; Lc 7:24-28), e orava o tempo todo pelas multidões que o seguiam em seu ministério de operação de milagres. Ele as ensinava. Providenciou alimento quando viu que o povo tinha fome. Curou os doentes e expulsou os demônios que os oprimiam. Abençoou as criancinhas. De vez em quando, era capaz de passar o dia inteiro cuidando das necessidades das pessoas, mesmo tendo que chegar “ao ponto de eles não terem tempo para comer” (Mc 6:31). De todas as formas possíveis, Jesus manifestou uma grande preocupação com as massas. Eram aquelas as pessoas que veio salvar. Ele as amava, chorou com elas e, no fim, morreu para salvá-las de seu pecado. (COLEMAN,2006. p.22) Com base nos argumentos deste autor e o estudo atento das escrituras podemos concluir que diferentemente do que alguns possam imaginar o evangelismo público, ou seja, para as grandes massas não foi em momento algum negligenciado por Cristo em seu ministério e seus discípulos, pois apesar dele ter trabalhado de forma mais intima com um pequeno grupo, ele não negligenciou as multidões e muitos dentre a multidão seguiram Jesus de maneira sincera. Hoje o mesmo resultado é possível, mas para isso é de suma importância que haja preparo por parte de todos que estejam envolvidos e sobre o sucesso de tal movimento podemos entender da que: Campanhas evangelísticas bem sucedidas possuem dois lados: o humano e o espiritual. O lado espiritual é a oração. Ação sem oração é arrogância, mas oração sem ação é hipocrisia. Tanto a oração quanto a ação são importantes. O lado humano é o envolvimento. Durante séculos, os líderes cristãos têm buscado um equilíbrio entre a parte de Deus e a parte dos homens. [ABDALA,2009, p57 apud HUSTON,1986, p.63] Para alguns o evangelismo público não seria mais uma ferramenta eficaz na pregação das boas novas da salvação, visto que cada vez as pessoas estão envolvidas com outras coisas e mesmo utilizando dos agentes aqui citados alguns ainda são céticos quanto as campanhas públicas, entretanto esse pensamento pode estar um tanto quanto equivocado, contra esse tipo de pensamento o autor a seguir comentando sobre essa temática rebate. Além disso, outros evangelistas estão tendo sucesso em atrair grandes multidões e batizar grande número de conversos. Qual o segredo? A resposta pode ser encontrada principalmente na qualidade da preparação feita na comunidade antes que a série inicie. Contatos pessoais são feitos, amizades desenvolvidas, estudos bíblicos realizados e corações aquecidos. Quando a série se inicia, essas pessoas estarão ansiosas para vir e receber respostas às questões vitais. Porém, o preparo não ocorrerá sem a mobilização total dos membros pra o trabalho na seara. (ABDALA, 2009. p.67) 3.1.1 Ação social como estratégia de evangelização Compreendido a questão de que ainda hoje o evangelismo público é sim uma ferramenta útil pensamos então em uma estratégia igualmente eficaz que necessita ser planejada antes mesmo das reuniões públicas propriamente ditas começarem, que são as ações sociais realizadas com a população carente que poderá se tornar um público fiel nas conferências, visto que essa estratégia cada vez mais vem sendo utilizada e demonstrando bons resultados, conforme os autores elucidam: Mais e mais evangelistas modernos estão combinando a pregação com projetos humanitários. No passado Charles Supergeon não apenas foi um dos mais populares pregadores de todos os tempos, mas o seu ministério abrangia um orfanato para meninas, um colégio para os pobres, um abrigo para viúvas, ministério de distribuição de alimentos e roupas, construção e combate a escravidão. (2009 et al LOGAN; SHORT,1984, p.17) É importante relembrarmos que a ação social sempre esteve presente e faz-se necessária na evangelização dos povos e provou sua eficiência nos exemplos deixados pelo Mestre. “Paulo nos chama a lembrarmos do poder por trás da mensagem: o próprio Cristo. “Ele nos fala da nossa grandiosa responsabilidade de ser representantes do reino de Deus. Somos embaixadores de Cristo. Fomos chamados a enxergar o próximo de modo diferente” (STILES,2015, p.116-117). Ainda sobre o exemplo de Cristo a ser seguido em relação às necessidades do próximo e como são importantes para o andamento da mensagem podemos ver: As pessoas não ouvirão a mensagem do evangelho, a menos que atendamos às suas necessidades mais urgentes nos locais onde acontecerá a cruzada. Jesus exemplificou isso, ao afirmar que o “filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua vida em resgate de muitos” (Mc 10:45). (ABDALA, 2009. p.74) Alguns daqueles que estudam os métodos que Jesus usou para conquistar pessoas concordam de forma unânime o destaque que o evangelismo para as massas merece. Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em Lhe seguir o trilho, hão de atrair grande número de pessoas, mantendo sua atenção, como Cristo fazia outrora. [...], Mas, quando a verdade em seu caráter prático é insistentemente apresentada ao povo porque o amais, almas se convencerão, porque o Espírito Santo de Deus há de impressionar os corações. (WHITE,2007, p.88) Quando praticamos nossa empatia para com o próximo cotidianamente, mas também no evangelismo público, para que as ações ajudem a quem precisa devemos pensar no planejamento, a fim de que possamos ser relevantes.” Uma vez conhecidas as suas características e as da comunidade, o agente poderá identificar os desafios sociais aos quais está apto a responder e aqueles para os quais não tem aptidão ou precisa aparelhar-se melhor. (GONÇALVES, 1991, p. 29). Como o autor destaca não devemos realizar ações sociais apenas por realizar e fazermos apenas aquilo que daremos conta de fazer. Para Abdala (2009) a fim de que resultados positivos aconteçam no evangelismo público é indispensávelque os envolvidos se misturem com as pessoas, o que não é possível fazer apenas durante as reuniões onde todos estarão reunidos, pois outras demandas deveram ser atendidas naquele momento e as necessidades básicas daqueles que frequentarão só poderão ser assistidas após um contato anterior e bem planejado. Enceramos este capitulo podendo compreender melhor o quanto é importante o método público de evangelização que apesar de alguns pensarem este ser uma formula ultrapassada o mesmo é defendido por estudiosos da área e confirmado nas escrituras sagradas no exemplo da pessoa de Jesus, bem como a utilização de ações sociais dispensadas as classes mais humildes e estando estes, evangelismo público e ações sociais unidas os resultados serão incomparavelmente melhores e as pessoas poderão ter uma transformação integral. 3.1.1.1 Jesus um exemplo bem sucedido da unção entre evangelismo público e ação social Podemos encontrar nas obras da autora Norte Americana Ellen White algumas recomendações quanto a importância dos dois agentes em destaque na presente pesquisa e sobre os métodos utilizados por Cristo em alcançar pessoas (White, 2009, p.87) comenta “Dos métodos de trabalho usados por Cristo podemos aprender muitas preciosas lições. Ele não seguiu apenas a um método; de várias maneiras procurou atrair a atenção das multidões. E então proclamou lhes as verdades do evangelho.” Sabendo que muitos foram os métodos utilizados pelo Salvador em relação a apresentação da verdade as pessoas que o cercavam veremos que as conferências públicas devem ser utilizadas ainda na atualidade sobre essa questão (White, 2009, p.88) argumenta “Aqueles que estudarem os métodos de ensino de Cristo, e se educarem em Lhe seguir o trilho, hão de atrair grande número de pessoas, mantendo sua atenção, como Cristo fazia outrora.” Sabendo ser o evangelismo público um método necessário para se dar às boas novas aos povos, mesmo assim por muitas vezes, para alguns dos seguidores de Cristo ajudar os pobres em suas necessidades vem sendo esquecido como apresenta Grudem e Asmus (2016), para combater esse tipo de atitude: A principal missão de Cristo estava na pregação do evangelho aos pobres. Ele interessava-Se em ministrar aos necessitados e ignorantes. Em simplicidade franqueava-lhes as bênçãos que pudessem receber, e assim despertava fome das almas para a verdade, o pão da vida. A vida de Cristo é um exemplo para todos os seus seguidores. (WHITE,2007, p.171) A fim de rebater esse tipo de pensamento reversivo em relação ao evangelismo e ações sociais encontramos a seguinte declaração: O desejo contemporâneo para reverter a “Grande Reversão” já começou a ser colocado em prática pelos evangélicos que certamente entendem que não há dicotomia entre fé e obras, palavra e ação. Estão começando atualmente a compreender que o fortalecimento da fé, os reavivamentos, e o interesse social podem dar as mãos e caminharem juntos. A esperança é que um dia compreendamos que evangelismo e interesse social são as mãos e pés do mesmo Corpo, o Corpo de Cristo. ( KUHN, 2013, p. 142) Encontramos outra fala relevante de Shepherd (2014, p.49) “Nos evangelhos, cada pessoa que veio a Jesus para conseguir ajuda dele, sempre recebeu a ajuda que exigiu.” e a receberam, pois Jesus sabia das suas necessidades e as ajudava por compaixão daqueles pobres sofredores a fim de trazer a estes alento e motivos para reconhecer a preocupação dele para com suas preocupações. Podemos perceber através dessa declaração que Jesus o Mestre por excelência tinha como objetivo pregar as boas novas aos pobres, mas antes os auxiliavam em suas necessidades básicas para após poder pregar as verdades do reino de Deus e esse deve ser a atitude daqueles que organizam series evangelísticas, primeiramente deve-se auxiliar os mais desvalidos em suas faltas e a partir dali convidá-los a escutar as maravilhosas mensagens da palavra de Deus. Ainda sobre a associação que Cristo fazia entre o auxílio e a pregação, podemos ler: Jesus trabalhava para aliviar todo caso de sofrimento que via. Pouco dinheiro tinha para dar, mas privava-Se muitas vezes de alimento, a fim de diminuir a necessidade dos que pareciam mais carecidos que Ele. Seus irmãos sentiam que Sua influência ia longe em anular a deles. Era dotado de tato que nenhum deles possuía, nem desejava obter. Quando falavam asperamente aos pobres e degradados, Jesus procurava exatamente aqueles seres, dirigindo-lhes palavras de animação. Aos que estavam em necessidade, oferecia um copo de água fria e puna-lhes no regaço Sua própria refeição. Aliviando-lhes os sofrimentos, as verdades que ensinava eram associadas a esses atos de misericórdia, sendo assim fixadas na memória. (WHITE,2007, p.173) 3.1.1.1.1 Ação social relevante O tema ação social nem sempre é apresentado aos membros das igrejas apesar de ser um tema recorrente nas escrituras sagradas segundo Grudem e Asmus (2016, p.21) “Na Bíblia, existem mais de dois mil versículos sobre a pobreza e os pobres, porém, a maioria dos púlpitos evangélicos está estranhamente silenciosa sobre um assunto com o qual Deus se importa profundamente.” Entretanto, para alguns de nada adianta ajudar pessoas que estão passando por necessidades, visto que a maioria daqueles que são assistidos estão apenas interessados na ajuda momentânea e após serem supridas suas necessidades momentâneas nada mais lhes importa. Contra esse tipo de argumento as igrejas devem pensar em ações sociais relevantes às quais a palavra de Deus aprova, mas antes de entrarmos no mérito da questão devemos entender que no Brasil: Um novo conceito de assistência social foi traçado primeiramente pela Constituição Federal de 1988 e, em 1993, aprofundado pela Lei Orgânica da Assistência social. Nesta nova perspectiva, ela se opõe à prática assistencialista, caracterizando-se como política pública: direito de cidadania e dever do Estado. O cidadão sai da condição subalterna de “assistido”, assumindo a posição de “usuário” dessa política. (MUZIO,2006,p.125). A Lei orgânica de assistência social traz os seguintes princípios que mais a frente podermos verificar como a Igreja Adventista do Sétimo Dia os pratica, os seguintes princípios: III – Respeito à dignidade do cidadão, à sua autonomia e ao seu direito a benefícios e serviços de qualidade, bem como à convivência familiar e comunitária, vedando-se qualquer comprovação vexatória de necessidade; IV – Igualdade de direitos no acesso ao atendimento, sem discriminação de qualquer natureza, garantindo-se equivalência às populações urbanas e rurais;(PNAS,2004) De acordo com o significado de ação social podemos compreender que ela vai muito além de apenas suprir necessidades momentâneas dos indivíduos vulneráveis, mas para que haja transformação através dela é importante ir além do mero assistencialismo como podemos ver no seguinte argumento: É necessário transcendermos á concepção de que a ação social se efetiva através do simples assistencialismo que não promove mudanças e nem desenvolvimento social, educacional, moral, moral, emocional e espiritual. A prática assistencialista, constituída de ações voltadas à pobreza, existe desde as origens das sociedades modernas, associada ao trabalho filantrópico, voluntário e espontâneo, e sempre esteve presente no meio social, assumida como paternalismo e baseada na benemerência e caridade, marginalizando quem dela necessita e negando as camadas mais pobres da população sua condição de cidadania. Essa cultura assistencialista, paternalista, clientelista e de dependência, que sempre identificou a assistência social como “ajuda aos pobres, desvalidos ou necessitados” a fez vazia de conteúdo social transformador, caracterizando-a como um instrumento de manutenção e permanência de situações sociais perversas e indignas. (MUZIO, 2006, p.125) Desse modo veremos a partir de agora como as ações sociais realizadas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia utiliza a ação social de forma bem sucedida na pregação do evangelho, pois segundo Queiroz (2015) as igrejas devemtrabalhar imitando o exemplo de Jesus, que oferece o modelo perfeito de serviço e envia seus seguidores a fazer o mesmo. No manual de ação solidária da Igreja Adventista do Sétimo Dia (IASD) vemos a seguinte declaração sobre a pobreza: Vivemos em um mundo onde as oportunidades para o desenvolvimento humano são desiguais e as disparidades socioeconômicas são enormes, sendo esse contexto agravado pelas calamidades naturais ou causadas pelo próprio homem que estão acontecendo com maior frequência e intensidade. Apenas citando uma situação, enquanto as mesmas de alguns estão abundantemente abastecidas, outras passam fome. Vemos assim o sofrimento, a pobreza e a fome se alastrando em todo lugar. (DIVISÃO SUL-AMERICANA, 2013, p.10). 4 AÇÃO SOCIAL NA IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA Sobre a responsabilidade de atos de caridade Ellen (2007, p.105) nos exorta dizendo “Necessitamos na igreja [...] organização e provisão de trabalho prático a jovens, homens e mulheres, no campo da libertação das necessidades da humanidade.” A IASD colocando em prática os princípios bíblicos e as recomendações do espirito de profecia tem ajudado a muitos neste mundo sofredor, suprindo as necessidades básicas e também as espirituais sendo essas indissociáveis. 4.1 ASA E ADRA Podemos citar como grandes exemplos de ajuda prestados pela IASD A ação solidária Adventista (ASA) e a agência Adventista de desenvolvimento e recursos assistenciais, mas antes de tudo é necessário compreendermos que apesar de atenderem públicos parecidos e tenha como proposito servir ao próximo entre estas existem diferenças. A ADRA “É uma agência humanitária com status de organização não governamental” [...] É um ramo das atividades missionárias da igreja local.”(DIVISÃO SUL-AMERICANA,2013,p26) Sendo as duas utilizadas na pregação das boas novas associadas ao evangelismo público também. Em relação a ASA para além de trabalhar com projetos sócias imediatas, ou seja, ações assistenciais, através dela também são desenvolvidas as ações de desenvolvimento atendendo a Lei orgânica de assistência social. Primeiramente, é preciso compreender o conceito de desenvolvimento como sendo um processo dinâmico de mudanças e crescimento por meio do qual as pessoas são ajudadas a ultrapassar ou eliminar certos obstáculos que as impedem de alcançar seu potencial. (DIVISÃO SUL-AMERICANA,2013,p.41) Ainda sobre as ações de desenvolvimento “portanto, devemos nos interessar por mudanças duradouras e não tanto em ações de curto alcance, cujo impacto cessa quando a ajuda termina”. (DIVISÃO SUL-AMERICANA, 2013, p.41) que compreendem os cursos de orientação e auxiliares de formação, cursos de geração de renda e cursos profissionalizantes. Além dessas informações é importante sabermos em relação à ADRA que: A igreja adventista está presente em 206 dos 232 países do mundo. Nos locais em que não há presença da ADRA, a igreja está presente. Onde não há um trabalho sistemático, há um trabalho voluntário. Falamos de esperança em quase mil idiomas diferentes por todo mundo para proclamar nossa mensagem e ação as pessoas. (KÖHELER, 2014, p.150). Além de serem números muito interessantes e grandes os líderes da igreja querem expandi-los e preocupam-se com a salvação das pessoas de maneira integral como podemos ver: Contudo ainda existe a necessidade de avançar. Como igreja e religião que, falamos demasiadamente sobre salvação e um futuro com esperança, mas esquecemos que o futuro só é possível com a certeza de um presente. Não podemos pregar de uma esperança futura que,no presente, não é capaz de transformar a vida das pessoas. Não é nosso dever salvar as pessoas na miséria; é nossa missão salvá-las da miséria. É costume pregar o evangelho de Cristo para a salvação de alguém, mas também buscamos a salvação do desemprego, da fome e da ignorância- buscamos a salvação do ser humano por inteiro. (KÖHELER,2014, p.150). Através dessas informações e preocupações que a igreja adventista tem para com a salvação integral das pessoas sofredoras das mazelas desse mundo podemos concluir que a mesma segue o padrão bíblico em relação da salvação dos povos mais necessitados e desprezados. 4.1.1 Missão Calebe Outro projeto que tem como ênfase a pregação e a ajuda ao próximo da Igreja Adventista do Sétimo Dia é a missão Calebe. Em 2005, Nora Souza, Leonardo Luís e Estatielma Caires se uniram em uma iniciativa para arrecadar alimentos e ajudar pessoas necessitadas. Esses três jovens viviam no município de Cordeiros, no interior da Bahia, a cerca de 660 quilômetros da capital do estado. Foi nesse pequeno município, com aproximadamente de sete mil habitantes, que o trio teve a ideia de convidar outros jovens estudantes para realizar um projeto missionário e comunitário durante 15 dias, no período de férias escolares.2 Essa ideia chamava-se inicialmente Dízimo do Ano, como ficou conhecido em 2005 e 2006.3 A proposta foi posta em prática e a primeira edição do programa ocorreu em janeiro de 2006, no Centro Ceraíma, na cidade de Guanambi. O empenho de cinquenta jovens voluntários resultou no batismo de 38 pessoas. (BARACHO,2016, n.p.) Muitos foram e são os resultados adquiridos com a missão Calebe que tem como pilares a pregação e ação social. Todos os anos milhares de jovens de toda a divisão sul Americana se voluntariam em suas férias escolares ou do trabalho para serem as mãos de Cristo e cuidar das pessoas as quais tem contato, como podemos ler: Em dezembro de 2012, cerca de 66 mil jovens de toda a DSA participaram dos projetos da Missão Calebe previstos para aquele ano. Cerca de 2.300 desses voluntários foram distribuídos entre 215 pontos de pregação na região sul do estado do Pará, onde mais de mil pessoas foram batizadas. Nessa ocasião, alguns dos voluntários realizaram trabalho missionário na reserva indígena de Kayapó, localizada entre os municípios de Cumaru do Norte, Bannach, Ourilândia do Norte e São Félix do Xingu. Como resultado desse trabalho, no final do projeto, 32 indígenas, incluindo o chefe da tribo, foram batizados.20 No Peru, 22.500 voluntários estiveram envolvidos no projeto. No final do período de 2013, a Missão Calebe já tinha mobilizado mais de 30 mil jovens no país desde o início desse ministério em 2009, e mais de 17 mil batismos haviam sido realizados em resultado desse trabalho. (BARACHO,2016, n.p.) A missão Calebe a cada ano que passa vem sendo conhecida em muitos lugares e pode ser vista como um modelo a ser seguida em outras partes do mundo, onde também são pregadas as novas da salvação em Cristo Jesus, pois além da pregação da palavra de Deus nos lares e no evangelismo público esses jovens demonstram através de suas vidas dedicadas ao serviço honrando a Deus através das ações realizadas, pois como Keller (2013) Se não quisermos insultar a Deus é necessário auxiliarmos e demonstrarmos compaixão com os pobres. 4.1.1.1 Quebrando o silencio Quando falamos de pobres e mais vulneráveis por diversas vezes esquecemos um grupo muito grande e especial que sofre de acordo com Colon et al. (2014) mais de metade da população do planeta são mulheres e as mesmas sofrem com a falta de igualdade e são a grande maioria da população pobre. Muitos são os abusos sofridos pela população feminina, mas vamos falar em especial sobre o abuso sofrido por elas e é um fator grande dessas mulheres viverem na linha da pobreza. Como poderemos ver a seguir o abuso sofrido por mulheres é alarmante em todo o mundo: • A violência mata mais de 1,6 milhão de pessoas a cada ano; • 95% das vítimas de abuso na família são mulheres; • Em todo mundo, uma em cada três mulheres sofre algum tipo de abuso; • Abuso físico, sexual e psicológico ocorre em todos os níveis etários. (COLON,2014, p.107) Devido as ameaças e abusos sofridos pela população feminina de todo o mundo, segundo Collon (2014) essas mulheres se sentem desprotegidas e acabam não conseguindo ter formação profissional e ficam a mercê de seus abusadores, então faz-se necessário que as igrejas ajudem essas vítimas não as julgando, mas fazendo aquilo queseu Mestre faria. O projeto Quebrando o silêncio da IASD foi criado no ano de 2002 e vem ajudando mulheres em toda a Divisão Sul Americana a enfrentarem seus medos e encontrarem apoio da igreja contra o abuso a fim de que suas vidas possam ser transformadas por completo e encontrem a verdadeira felicidade em Cristo Jesus, por isso “O quarto sábado de agosto de cada ano é o “Dia de ênfase da prevenção do abuso” no calendário da igreja.” (COLLON,2014, p.107) Esses não são todos os projetos realizados pela igreja adventista do sétimo dia que promovem apoio as pessoas vulneráveis, existem outros espalhados pelas igrejas e diversos países, que fazem toda a diferença na vida das pessoas e todos ou a maioria deles atrelados ao evangelismo de massas como os citados na presente pesquisa nos trazendo novamente a confirmação de que evangelismo público e ações e atividades sociais não devem ser desassociados, visto que juntos podem fazer toda a diferença na vida das pessoas que ouvem e são assistidas da melhor maneira possível. 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante dos pontos observados, a pesquisa bibliográfica, adotada para a construção deste trabalho, possibilitou a utilização da leitura de livros e artigos de diferentes autores que tratam sobre a questão do evangelismo em geral e em especial o evangelismo público, bem como as contribuições de ações socias na prática da evangelização de pessoas. No primeiro capítulo apresentamos que o ato da evangelização teve seu inicio muito antes do primeiro advento de Jesus aqui nesta terra, pois já no livro de Gênesis após a queda de Adão e Eva a promessa de um Messias para libertar a humanidade do pecado foi dada por Deus ao primeiro casal. Junto com a mensagem da salvação que deveria ser compartilhada, as ações socias deveriam ser um elemento utilizado para demonstrar as pessoas ao longo dos tempos, desde o antigo testamento, através da vida dos seguidores de Cristo, bem como através do exemplo dado pelo Redentor e posteriormente pela igreja primitiva de que Deus se importa com suas necessidades mais básicas de todos indivíduos. Quanto ao segundo capítulo referimos a importância do evangelismo público que alguns julgam ser ultrapassado e de resultados não satisfatórios, mas que é defendido amplamente por autores e especialistas da área , mas para além da notoriedade do evangelismo público a associação deste com as ações sociais também foram defendidas, visto que para que a evangelização aconteça é necessário ter amor e empatia pelos sofrimentos do próximo, assim como o próprio Cristo, que é anunciado, fez quando veio a essa terra e falava para grandes multidões e auxiliava nas dores e necessidades daqueles que o cercavam. No terceiro e último capítulo são mencionados, agora voltado para os dias atuais, como a Igreja Adventista do Sétimo dia tem se preocupado e atuado junto as populações mais vulneráveis seguindo o exemplo de Cristo no cuidado para com pessoas que vivem em condições menos favorecidas. O cuidado e preocupação da IASD para com os mais vulneráveis são demonstrados através de vários tipos de ajuda prestados pela igreja para a pessoas carentes e em situações de emergência que são auxiliadas com a ajuda prestada pela ADRA que atua em locais muitas das vezes que sofrem com algum tipo de catástrofe, entre outros projetos que tem feito a diferença na vida das pessoas como, a missão Calebe que associa ao evangelismo público ações de ajuda para as comunidades a qual são realizadas, outro projeto que ajuda mulheres de toda a Divisão Sul Americana em suas dificuldades e abusos sofridos. Desse modo para as Escrituras Sagradas, especialistas e autores que falam sobre os temas de evangelismo público e ações socias evidenciam que a pratica dos dois são essências para a pregação do evangelho e quando estes dois elementos são combinados o verdadeiro evangelho é colocado em prática, tanto na proclamação das verdades bíblicas quanto nos atos de amor demonstrados através das ações realizadas juntas aos mais vulneráveis. Observa-se que mesmo que a Igreja Adventista do Sétimo Dia se importe e tenha muitas ações realizadas para auxiliar pessoas em situações de vulnerabilidade social em seus diversos aspectos a mesma possui uma carência de materiais que expõem tais ações de evangelização combinadas e como estas iniciaram, bem como resultados em números, o que inspira futuras pesquisas e publicações sobre a evangelização e ações sociais. REFERÊNCIAS ABDALA, Emílio. Manual para evangelistas: estratégias modernas para séries de colheita e plantio de igrejas. Cachoeira: CEPLIB,2009. 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