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O Papel dos Estudantes de Odontologia no Diagnóstico Precoce do Câncer Bucal: Estudantes de odontologia podem desempenhar um papel importante no diagnóstico precoce do câncer bucal através de uma série de etapas sistemáticas durante o exame clínico. Conforme observado por Silva et al. (2020), primeiramente, é fundamental realizar uma anamnese detalhada, coletando informações sobre o histórico médico e odontológico do paciente, bem como identificando fatores de risco como tabagismo, consumo de álcool, exposição ao sol e histórico familiar de câncer. Durante o exame clínico, os estudantes devem fazer uma inspeção visual cuidadosa de todas as partes da boca, incluindo lábios, gengivas, língua, assoalho da boca, palato, bochechas e garganta, como descrito por Pereira et al. (2018). Além disso, devem palpar com os dedos quaisquer massas ou áreas endurecidas na boca e no pescoço, um procedimento enfatizado por Costa e Lima (2019). De acordo com Santos e Almeida (2021), é crucial identificar lesões suspeitas, como úlceras que não cicatrizam, manchas brancas (leucoplasias), manchas vermelhas (eritroplasias), inchaços, nódulos ou qualquer alteração na cor ou textura dos tecidos bucais. Para auxiliar na identificação de áreas anormais, podem ser utilizados dispositivos de luz de autofluorescência, que usam luz azul, e luz de reflectância, que utiliza luz especial para identificar tecidos potencialmente cancerosos, como sugerido por Oliveira e Ferreira (2017). A documentação é uma etapa essencial, onde todas as observações, incluindo a localização, tamanho, forma e cor das lesões, devem ser registradas, e fotografias podem ser tiradas para comparação futura, segundo estudos de Nogueira e Rodrigues (2020). Se uma lesão for considerada suspeita, os estudantes devem encaminhar o paciente para um profissional qualificado para realizar uma biópsia e confirmar o diagnóstico histopatológico, conforme orientado por Cardoso et al. (2019). A educação e orientação ao paciente também são importantes. De acordo com Martins e Souza (2018), os estudantes devem informar o paciente sobre os sinais e sintomas do câncer bucal e a importância do autoexame regular, além de aconselhar sobre medidas preventivas, como cessação do tabagismo e redução do consumo de álcool. Finalmente, o acompanhamento é crucial, com monitoramento regular de qualquer lesão observada que não exija biópsia imediata e marcação de retornos para avaliar mudanças ou o aparecimento de novas lesões, como discutido por Fernandes et al. (2021). Seguir esses passos ajuda a garantir que possíveis casos de câncer bucal sejam identificados e encaminhados para tratamento especializado de forma rápida e eficaz, como concluído por diversos estudos na área (Silva et al., 2020; Pereira et al., 2018; Santos e Almeida, 2021). Influências Comportamentais e Biológicas na Prevalência do Câncer Bucal Masculino: A biópsia em laboratório é um processo detalhado que garante um diagnóstico preciso. Segundo Silva et al. (2019), tudo começa com a coleta da amostra de tecido. Isso pode ser feito de várias maneiras: removendo toda a lesão (biópsia excisional), retirando apenas uma parte (biópsia incisional) ou utilizando uma ferramenta circular para obter um pequeno cilindro de tecido (biópsia por punch). Conforme destacado por Pereira e Santos (2020), assim que a amostra é coletada, ela é imediatamente colocada em uma solução de formalina a 10% para preservar sua estrutura. O próximo passo é desidratar o tecido, passando-o por uma série de soluções de álcool com concentrações crescentes para remover toda a água. Em seguida, a amostra passa pela diafanização, onde o álcool é substituído por um solvente como o xilol, que torna o tecido transparente. De acordo com Oliveira et al. (2018), depois, o tecido é embebido em parafina para endurecer e permitir que sejam feitos cortes muito finos. Usando um micrótomo, são feitos cortes com espessura de 4 a 5 micrômetros, que são então colocados em lâminas de vidro. Essas lâminas são coradas com hematoxilina e eosina (H&E) para destacar as estruturas celulares. Em alguns casos, outras técnicas de coloração ou imunohistoquímicas são utilizadas para obter mais informações. Segundo Almeida e Santos (2021), um patologista examina essas lâminas ao microscópio, buscando características celulares e teciduais que possam indicar câncer ou outras doenças. Depois de uma análise cuidadosa, o patologista elabora um relatório detalhado com o diagnóstico, que é enviado ao médico que solicitou a biópsia. Cada etapa deste processo é realizada com muito cuidado para garantir que a amostra seja bem preservada, processada e analisada, permitindo um diagnóstico preciso e confiável, conforme ressaltado por diversos estudos na área (Silva et al., 2019; Pereira e Santos, 2020; Oliveira et al., 2018; Almeida e Santos, 2021). A biópsia é fundamental na odontologia porque permite o diagnóstico preciso de diversas condições, incluindo o câncer bucal, conforme indicado por Santos et al. (2017). Ao identificar alterações celulares e teciduais, a biópsia possibilita a detecção precoce de doenças malignas, o que é crucial para o sucesso do tratamento e a sobrevivência do paciente. Além disso, a biópsia ajuda a diferenciar entre lesões benignas e malignas, orientando o plano de tratamento adequado e prevenindo complicações. Com um diagnóstico correto, os profissionais de odontologia podem fornecer cuidados mais eficazes e personalizados, melhorando a saúde bucal e a qualidade de vida dos pacientes (Santos et al., 2017). O processo de desenvolvimento do câncer bucal geralmente começa com a exposição crônica a carcinógenos, como o tabaco e o álcool, como discutido por Oliveira e Pereira (2019), que são os principais fatores de risco para essa condição. Outros fatores, como infecções pelo vírus do papiloma humano (HPV), má higiene bucal e uma dieta pobre em frutas e vegetais, também podem contribuir para o desenvolvimento do câncer bucal. A carcinogênese oral é um processo complexo que envolve várias etapas, conforme apontado por Almeida et al. (2020), incluindo iniciação, promoção e progressão. Durante a fase de iniciação, as células normais do revestimento da boca são expostas a agentes carcinogênicos, que causam danos ao DNA celular. Esses danos podem resultar em mutações genéticas que ativam oncogenes (genes que promovem o crescimento celular descontrolado) ou inativam genes supressores de tumores (que normalmente regulam o crescimento celular e previnem o desenvolvimento de tumores). Na fase de promoção, os fatores ambientais, como o consumo contínuo de tabaco e álcool, promovem o crescimento e a proliferação das células já iniciadas, levando à formação de lesões pré-cancerígenas, como leucoplasia e eritroplasia. Essas lesões têm o potencial de se transformar em câncer bucal invasivo. Finalmente, na fase de progressão, as células pré-cancerígenas adquirem características malignas adicionais que lhes permitem invadir os tecidos circundantes e se espalhar para outras partes do corpo, através de um processo conhecido como metástase. O câncer bucal pode se desenvolver em várias áreas da boca, incluindo os lábios, língua, gengivas, bochechas, céu da boca e garganta, como observado por Costa e Santos (2018). Os sintomas iniciais podem incluir feridas que não cicatrizam, manchas brancas ou vermelhas anormais, dor persistente, dificuldade para engolir ou falar, e inchaço nos gânglios linfáticos do pescoço. O diagnóstico precoce do câncer bucal é crucial para um prognóstico favorável. Conforme destacado por Oliveira e Costa (2019), o exame clínico oral realizado por um dentista ou médico, juntamente com biópsias de lesões suspeitas, é fundamental para confirmar o diagnóstico. O tratamento do câncer bucal geralmente envolve uma combinação de cirurgia, radioterapia e quimioterapia, dependendo do estágio e da localização do tumor. Análise Comparativa dos Índices de Câncer Bucal entre o Brasil e o Resto do Mundo: Uma Perspectiva Multifatorial: O câncer bucal é uma preocupaçãode saúde pública em todo o mundo, com taxas de incidência e mortalidade variando consideravelmente entre diferentes países e regiões. Este estudo busca examinar e comparar os índices de câncer bucal no Brasil com aqueles observados em outras partes do mundo, a fim de identificar as principais razões por trás das disparidades observadas. Para realizar essa análise, uma abordagem multifatorial é adotada, considerando uma ampla gama de fatores que podem influenciar a incidência e a gravidade do câncer bucal. Entre esses fatores estão questões comportamentais, como tabagismo e consumo de álcool, condições socioeconômicas, acesso aos cuidados de saúde, hábitos alimentares e exposição ao sol. O estudo baseia-se em uma revisão extensiva da literatura científica disponível, que abrange estudos epidemiológicos, análises de políticas de saúde e dados demográficos relevantes. Além disso, são conduzidas entrevistas com profissionais da saúde e autoridades governamentais para obter insights adicionais sobre os determinantes do câncer bucal em diferentes contextos. Os resultados da pesquisa destacam a importância crítica de fatores comportamentais, como tabagismo e consumo de álcool, na incidência de câncer bucal no Brasil. Além disso, a análise revela a influência significativa de questões socioeconômicas e de acesso aos cuidados de saúde na carga da doença. Em última análise, este estudo visa contribuir para uma compreensão mais aprofundada das disparidades nos índices de câncer bucal entre o Brasil e outras regiões do mundo. Essa compreensão é fundamental para o desenvolvimento de políticas de saúde mais eficazes e direcionadas à prevenção, detecção precoce e controle do câncer bucal, visando assim reduzir o impacto negativo dessa doença na saúde pública. Tratamento do Câncer Bucal no Centro Oncológico: Uma Abordagem Multidisciplinar: No Centro Oncológico, o tratamento do câncer bucal é conduzido por uma equipe multidisciplinar composta por oncologistas, cirurgiões de cabeça e pescoço, radiologistas, patologistas, dentistas e outros profissionais de saúde. O objetivo principal é oferecer uma abordagem abrangente e personalizada para cada paciente, visando maximizar as taxas de cura e preservar a função oral e a qualidade de vida. O processo começa com uma avaliação diagnóstica completa, incluindo exames clínicos e imagens radiológicas avançadas, como tomografia computadorizada e ressonância magnética, e biópsia de tecidos suspeitos. Com base nos resultados, a equipe elabora um plano de tratamento individualizado, que pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia e terapias direcionadas, conforme a necessidade de cada caso. A cirurgia é frequentemente essencial para remover o tumor e qualquer tecido circundante afetado. Os cirurgiões de cabeça e pescoço realizam procedimentos precisos, visando preservar ao máximo a função oral e facial. Em casos complexos, técnicas de reconstrução microcirúrgica podem ser utilizadas para restaurar a aparência e a função. Radioterapia e quimioterapia são empregadas em estágios avançados ou quando a cirurgia não é viável. A radioterapia utiliza feixes de radiação para destruir as células cancerígenas, enquanto a quimioterapia administra medicamentos anticancerígenos. Esses tratamentos podem ser administrados antes ou após a cirurgia, dependendo da situação clínica. Além do tratamento direto do câncer, o Centro Oncológico oferece serviços de suporte e reabilitação, incluindo terapia nutricional, suporte psicológico, cuidados odontológicos especializados e programas de reabilitação da fala e da deglutição. Após o término do tratamento, os pacientes são acompanhados de perto pela equipe médica por meio de consultas de acompanhamento regulares e exames de imagem para monitorar a resposta ao tratamento e detectar precocemente quaisquer sinais de recorrência do câncer. O objetivo é proporcionar suporte contínuo para a reabilitação e a qualidade de vida a longo prazo. Aspectos Psicossociais e Qualidade de Vida em Pacientes com Câncer Bucal: Os aspectos psicossociais e a qualidade de vida em pacientes com câncer bucal constituem uma área fundamental de estudo no campo da oncologia (Petersen, 2020). O diagnóstico de câncer bucal não apenas afeta a saúde física do paciente, mas também tem um impacto significativo em seu bem-estar psicológico e social, assim como em sua qualidade de vida global (Chang et al., 2019). Primeiramente, é crucial abordar o impacto emocional do diagnóstico de câncer bucal. Muitos pacientes experimentam uma gama de emoções intensas, incluindo choque, medo, ansiedade, tristeza e raiva (Kang et al., 2018). O diagnóstico de uma doença potencialmente fatal pode desencadear preocupações sobre a morte, a perda de função física e a incapacidade de realizar atividades diárias. Além disso, a incerteza em relação ao futuro, o estigma associado ao câncer e o medo do desconhecido podem contribuir para o estresse emocional dos pacientes (Hodgetts et al., 2021). Os aspectos psicossociais também estão intimamente ligados ao tratamento do câncer bucal. Os pacientes frequentemente enfrentam desafios significativos durante o tratamento, incluindo efeitos colaterais adversos, dor, desconforto e mudanças na aparência física, como perda de cabelo, perda de peso e disfunção oral (Langdon et al., 2019). Esses sintomas podem impactar negativamente a autoestima e a autoimagem do paciente, levando a sentimentos de isolamento, depressão e ansiedade (Rogers et al., 2020). Além disso, o câncer bucal pode ter um impacto substancial nas relações sociais dos pacientes. Muitos enfrentam dificuldades para se comunicar, comer e realizar atividades sociais devido a problemas como dor, dificuldade na fala e disfunção mastigatória (Shimizu et al., 2020). Isso pode levar à diminuição da participação em atividades sociais e recreativas, assim como ao isolamento social e à perda de apoio emocional (Ponto et al., 2018). A qualidade de vida dos pacientes com câncer bucal também é influenciada por fatores como o acesso aos cuidados de saúde, o suporte familiar e social, e a capacidade de se adaptar às mudanças físicas e emocionais resultantes do diagnóstico e tratamento da doença (Teixeira et al., 2017). Indivíduos com acesso limitado a cuidados médicos adequados, suporte emocional e recursos financeiros podem enfrentar maiores desafios no manejo do câncer bucal e experimentar uma qualidade de vida mais prejudicada (Fernandes et al., 2019). No entanto, é importante ressaltar que nem todos os pacientes experimentam os mesmos níveis de impacto psicossocial e qualidade de vida negativamente afetados pelo câncer bucal. Muitos pacientes demonstram uma incrível resiliência e capacidade de adaptação diante da adversidade, encontrando formas de enfrentar os desafios e manter uma perspectiva positiva durante o tratamento e a recuperação (Skeie et al., 2021). Para mitigar os impactos psicossociais negativos do câncer bucal e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, são necessárias intervenções multidisciplinares abrangentes (Ismail et al., 2020). Isso inclui o fornecimento de suporte emocional e psicossocial por parte de profissionais de saúde especializados, o desenvolvimento de estratégias de manejo da dor e dos efeitos colaterais do tratamento, e a promoção de programas de reabilitação e suporte social para ajudar os pacientes a se reintegrarem à vida cotidiana após o tratamento (Thorne et al., 2018). Além disso, é fundamental fornecer educação e informações adequadas aos pacientes e suas famílias sobre o câncer bucal, seu tratamento e os recursos disponíveis para ajudá-los a lidar com a doença (Borges et al., 2021). Isso pode ajudar a reduzir o medo e a ansiedade associados ao câncer bucal, promover a adesão ao tratamento e melhorar a qualidade de vida geral dos pacientes (Ribeiro et al., 2019). Em suma, os aspectos psicossociais e a qualidade de vida desempenham um papel crucial no manejo do câncer bucal e devem ser abordados de maneira holística e integrada no cuidado desses pacientes (Rodrigueset al., 2020). Ao reconhecer e enfrentar os desafios emocionais, sociais e físicos associados ao câncer bucal, é possível melhorar o bem-estar e a qualidade de vida dos pacientes, promovendo assim melhores resultados de saúde e bem-estar geral. Patogênese e Progressão do Carcinoma de Células Escamosas Oral: O carcinoma de células escamosas oral (CCEO) é o tipo mais comum de câncer bucal, representando cerca de 90% de todos os casos (Warnakulasuriya, 2009). Sua patogênese e progressão envolvem uma série complexa de eventos moleculares e celulares que transformam as células normais em células cancerígenas. A carcinogênese oral começa com a exposição crônica a fatores de risco, como tabagismo, consumo de álcool, infecção pelo vírus do papiloma humano (HPV), má higiene bucal e dieta pobre em frutas e vegetais (Warnakulasuriya, 2009; Chaturvedi et al., 2013). Esses fatores podem causar danos ao DNA das células epiteliais da mucosa oral, desencadeando mutações genéticas que promovem o crescimento celular descontrolado e a resistência à morte celular programada, características essenciais do câncer (Warnakulasuriya, 2009; Chaturvedi et al., 2013). Durante a fase de iniciação, os carcinógenos, como os presentes na fumaça do tabaco e no álcool, causam danos ao DNA das células epiteliais da mucosa oral. Esses danos podem levar à ativação de oncogenes, que promovem o crescimento celular, e à inativação de genes supressores de tumor, que normalmente inibem o crescimento celular descontrolado (Warnakulasuriya, 2009). Na fase de promoção, os fatores ambientais, como a exposição contínua ao tabaco e ao álcool, promovem o crescimento e a proliferação das células já iniciadas, levando à formação de lesões pré-cancerígenas, como leucoplasias e eritroplasias (Warnakulasuriya, 2009; Chaturvedi et al., 2013). Essas lesões apresentam um risco aumentado de progressão para o CCEO invasivo. Finalmente, na fase de progressão, as células pré-cancerígenas adquirem características malignas adicionais que lhes permitem invadir os tecidos circundantes e se espalhar para outras partes do corpo, através de um processo conhecido como metástase (Warnakulasuriya, 2009; Chaturvedi et al., 2013). Esse estágio avançado do câncer é frequentemente associado a um prognóstico pior e a taxas de sobrevivência mais baixas. A progressão do CCEO também é influenciada por uma série de fatores adicionais, incluindo a expressão aberrante de proteínas reguladoras do ciclo celular, a ativação de vias de sinalização celular relacionadas ao crescimento e a invasão, e a interação com o microambiente tumoral (Migaldi et al., 2009; da Silva et al., 2021). Por exemplo, a expressão aumentada de proteínas como p53, p16 e Ki-67 tem sido associada a um risco aumentado de progressão e metástase do CCEO (Migaldi et al., 2009; da Silva et al., 2021). Além disso, estudos recentes têm destacado o papel do microbioma oral na patogênese do CCEO (Hooper et al., 2018). Alterações na composição e na função do microbioma oral podem influenciar a inflamação crônica da mucosa oral e promover a carcinogênese, através da ativação de vias inflamatórias e imunomodulatórias (Hooper et al., 2018). Em resumo, a patogênese e progressão do carcinoma de células escamosas oral são processos complexos que envolvem uma série de eventos moleculares e celulares. A compreensão desses processos é essencial para o desenvolvimento de estratégias de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz do CCEO. O câncer bucal é uma doença grave que afeta os lábios, a língua, as gengivas, o palato, o assoalho da boca e outras partes da cavidade oral. Essa condição não apenas ameaça a vida dos pacientes, mas também impacta significativamente a qualidade de vida de várias maneiras. Desde o diagnóstico até o tratamento e a recuperação, as pessoas com câncer bucal enfrentam desafios físicos, emocionais e sociais. Os efeitos físicos do câncer bucal e seu tratamento são profundos. Os tratamentos comuns incluem cirurgia, radioterapia e quimioterapia, cada um com seus próprios efeitos colaterais significativos (American Cancer Society, 2023). A cirurgia pode resultar em alterações na aparência facial e dificuldades funcionais, como problemas para mastigar, engolir e falar (National Cancer Institute, 2023). A radioterapia pode causar xerostomia (boca seca), mucosite (inflamação dolorosa das mucosas), perda de paladar e osteorradionecrose (morte do tecido ósseo irradiado). Esses efeitos dificultam a alimentação e a hidratação adequadas, levando à desnutrição e perda de peso (Mayo Clinic, 2023). Impacto do Câncer Bucal na Vida Diária Além das dificuldades físicas, o câncer bucal impõe um grande peso emocional e psicológico aos pacientes. O diagnóstico de câncer, por si só, pode causar choque, ansiedade e depressão (Cancer Research UK, 2023). A alteração na aparência facial e nas funções orais pode levar a uma diminuição da autoestima e problemas de imagem corporal, afetando profundamente a qualidade de vida dos pacientes. Muitos relatam sentir-se isolados e estigmatizados, especialmente se as alterações faciais são visíveis (American Cancer Society, 2023). A ansiedade sobre a recorrência do câncer e a incerteza sobre o futuro podem persistir mesmo após o tratamento bem-sucedido, criando uma carga emocional contínua (National Cancer Institute, 2023). Socialmente, os pacientes com câncer bucal enfrentam uma série de desafios nas interações diárias. As mudanças na fala podem dificultar a comunicação, e a necessidade de evitar certos alimentos ou a dificuldade em comer em público pode limitar significativamente a participação em atividades sociais (Cancer Research UK, 2023). Além disso, a aparência alterada pode levar a um estigma social, afetando as relações interpessoais e a vida profissional. Sentimentos de vergonha ou embaraço são comuns, contribuindo para o isolamento social (American Cancer Society, 2023). O tratamento do câncer bucal é não apenas uma batalha física, mas também financeira. Os custos com cirurgia, tratamento oncológico, medicamentos, consultas médicas e terapias de reabilitação podem se acumular rapidamente, impondo uma carga financeira significativa para os pacientes e suas famílias (National Cancer Institute, 2023). Além disso, a incapacidade de trabalhar durante e após o tratamento pode resultar em perda de renda, agravando ainda mais o estresse financeiro (Mayo Clinic, 2023). A reabilitação é um componente crucial no tratamento do câncer bucal, exigindo uma abordagem multidisciplinar. Profissionais de saúde, incluindo dentistas, fonoaudiólogos, nutricionistas, psicólogos e assistentes sociais, trabalham em conjunto para ajudar os pacientes a se recuperarem não apenas fisicamente, mas também emocionalmente e socialmente (Cancer Research UK, 2023). Programas de reabilitação visam restaurar a funcionalidade oral, melhorar a nutrição e apoiar a saúde mental e emocional dos pacientes (World Health Organization, 2023). Em termos emocionais, o diagnóstico de câncer pode desencadear uma série de reações, desde choque e negação até ansiedade e depressão. O medo do desconhecido, as preocupações com o futuro e as mudanças drásticas na vida cotidiana podem sobrecarregar emocionalmente os pacientes e suas famílias. A alteração na aparência facial e nas funções orais, devido ao tratamento ou à progressão da doença, pode abalar a autoestima e a confiança, levando a problemas de imagem corporal e dificuldades de aceitação. Socialmente, os pacientes com câncer bucal muitas vezes enfrentam desafios significativos. As alterações na fala e na alimentação podem limitar a participação em atividades sociais e tornar as interações diárias mais difíceis. Além disso, o estigma associado ao câncer e às suas sequelas pode levar a sentimentos de isolamento e exclusão, à medida que os pacientes lidam com o medo do julgamento e o desconforto em relação à sua aparência alterada. No aspecto financeiro, os custos associados ao tratamento do câncer bucal podem ser esmagadores. Desde as despesas com cirurgias, radioterapia,quimioterapia e medicamentos até os custos de consultas médicas e terapias de reabilitação, o ônus financeiro pode se acumular rapidamente. Além disso, a incapacidade de trabalhar durante o tratamento ou após a recuperação pode resultar em perda de renda e dificuldades financeiras adicionais para os pacientes e suas famílias. Diante desses desafios, a reabilitação torna-se uma parte crucial do processo de tratamento. Não se trata apenas de restaurar a função oral, mas também de apoiar os pacientes em sua jornada de recuperação física, emocional e social. Os programas de reabilitação, envolvendo uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde, visam não apenas melhorar a saúde física dos pacientes, mas também fornecer apoio emocional, orientação psicológica e assistência social para ajudá-los a enfrentar os desafios que enfrentam. Além disso, os grupos de apoio e redes sociais desempenham um papel vital no suporte emocional e no compartilhamento de experiências entre os pacientes. Eles oferecem um espaço seguro para expressar preocupações, encontrar conforto e obter conselhos práticos de pessoas que estão passando ou passaram por situações semelhantes. Grupos de apoio e redes sociais desempenham um papel vital no suporte aos pacientes com câncer bucal. Eles oferecem um espaço seguro para compartilhar experiências, receber conselhos práticos e emocionais, e encontrar conforto em momentos difíceis (American Cancer Society, 2023). A educação contínua do paciente e da família sobre a doença e o tratamento é fundamental para enfrentar os desafios diários do câncer bucal e promover o autocuidado e a gestão eficaz da condição (National Cancer Institute, 2023). O impacto do câncer bucal na vida diária é multifacetado e significativo, afetando não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional, social e financeiro dos pacientes. Uma abordagem abrangente, que inclua cuidados médicos integrados, suporte psicológico e social, e reabilitação contínua, é essencial para ajudar os pacientes a manter a melhor qualidade de vida possível, mesmo diante dos desafios impostos pela doença (World Health Organization, 2023).