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A ANTIGUIDADE OCIDENTAL - 
FUNDAÇÃO E MITOLOGIA
Empresa: Modular Criativo
Professora: Yasmin Maia
Faculdade Campos Elíseos (FCE) 
São Paulo – 2023
SUMÁRIO
A ANTIGUIDADE OCIDENTAL - FUNDAÇÃO E MITOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Introdução a História Antiga Ocidental: Mitos e Lendas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
Produção de Explicações de Mundo na Antiguidade Romana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Homero: Epopeia e Educação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
BIBLIOGRAFIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
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A A N T I G U I DA D E O C I D E N TA L - F U N DAÇ ÃO E 
M I TO LO G I A
Introdução a História Antiga Ocidental: Mitos e Lendas
A criação do mundo e o início da sociedade sempre foi um tema que inquietou 
em busca de respostas. Uma das civilizações que mais herdamos características 
foi a romana, mas pouco se conhecia sobre sua fundação. A fundação da cidade 
de Roma ligada à mitologia é difundida mundialmente, porém, há quem questione 
os elementos mitológicos nesta narrativa, como o fato dos gêmeos terem sido 
amamentados por uma loba. Todos esses questionamentos serão realizados ao 
longo deste tópico.
Figura 7 – Representação de Rômulo e Remo amamentados pela loba na Catedral 
de Siena.
Fonte: Ensinar História.
Um dos mitos fundadores que explica a criação de Roma e o mais popular é o 
de Rômulo e Remo, irmãos gêmeos filhos do rei Marte. O tio Amúlio então ordenou 
que ao nascerem, as crianças fossem jogadas no rio para morrer, mas acabaram 
sendo encontrados e amamentados por uma loba.
Em seguida, um pastor de ovelhas os encontrou e os criou. Após atingir a 
maioridade e ter alguns desentendimentos com o pai, Remo é entregue ao tio 
Amúlio e Rômulo descobre a verdade sobre a descendência deles. Dessa forma, 
acaba matando o tio e assumiram a missão de fundar uma cidade.
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Após algumas divergências sobre a localização da cidade, os irmãos entram 
em conflito que culmina na morte de Remo. Então, Rômulo decide fundar a cidade 
de Roma. A importância desse mito fundador é tão grande que os irmãos ainda hoje 
estão estampados na bandeira de Roma.
Há também uma outra versão e mito fundador relacionado a Roma. Este é 
contado na Eneida, escrita por Virgílio, e também na obra de Tito Lívio, que será 
discutida posteriormente, intitulada de A História de Roma ( Ab Urbe Condita), e 
conta a História do herói Enéias no contexto da guerra de Tróia, que juntou inúmeros 
sobreviventes, incluindo seu pai e seu filho, conforme a imagem 5, e fugiu em barcos 
tentando chegar a uma região da Itália, em que construiria seu reino. Acredita-se 
que Rômulo e Remo descenderam de Eneias nessa segunda versão. 
Parte dessa mitologia é explorada nas produções textuais e historiográficas 
do período, como Tito Lívio, por exemplo. Essas obras e suas contribuições para a 
explicação do mundo romano serão analisadas a seguir.
Figura 8 – Eneias foge de Tróia em chamas, de Federico Barocci.
Fonte: História das Artes.
Produção de Explicações de Mundo na Antiguidade Romana
 Levando em consideração os mitos da fundação de Roma, as produções 
historiográficas também buscam analisá-los e trazer explicações de mundo e que 
mostram como foi o surgimento da organização e os valores do povo Romano. 
Nesse sentido, um autor que se destaca é Tito Lívio, que em sua obra mais 
famosa, intitulada História de Roma, trata sobre algumas temáticas que têm grande 
importância para essa civilização:
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Historiografia
 Tito Lívio foi um historiador romano no Século I a.C. que escreveu desde os 
primórdios da História de Roma até a morte do imperador Nero Cláudio Buso, também 
no Século I a.C. Sua vasta obra, “História de Roma”, era composta originalmente por 
142 livros, dos quais, apenas 35 sobreviveram ao tempo. Porém, os 35 livros que 
foram permitidos que chegassem a nós produziram uma influência sem igual para 
a área da historiografia, qualificando Tito Lívio como um dos historiadores mais 
influentes da antiguidade, com os gregos Heródoto e Tucídides. 
Já no prefácio do primeiro livro sobre a história de Roma, Tito Lívio deixa 
claro que sua obra foi escrita para a “satisfação de ter contribuído, tanto quanto a 
condição humana permite, para a recordação dos feitos do mais importante povo da 
terra;” colocando Roma como o maior Império que já existiu na terra e que nenhum 
outro igual surgiria, mostrando seu forte sentimento civista. Para essa recordação, 
ele busca elementos do passado, como as origens do povo, a formação da cidade 
e o surgimento dos primeiros povoados onde ficaram localizados posteriormente 
a cidade de Roma e os fatos do passado, como a história de Rômulo e Remo. Ele 
afirma que existia uma preocupação entre os historiadores da época a se afastarem 
dos dizeres antigos, pois para esses historiadores, a verdade dos fatos deveria se 
afastar ainda mais das concepções antigas, passadas na maioria das vezes por 
meio da oralidade. Desse modo, o historiador Tito Lívio escreveu a História de Roma 
baseando-se justamente naquilo que fez com que Roma fosse grandiosa, através 
de seus feitos heróicos, sem, contudo, se preocupar com o abandono das tradições 
no presente, pois como ele mesmo argumenta: “livre de toda a preocupação, que, 
mesmo sem desviar o espírito do historiador da verdade, poderá, porém, trazê-lo 
angustiado.”
A chave da concepção histórica de Tito Lívio era fazer com que a história, 
mesmo baseada na oralidade, trouxesse para o tempo presente as tradições que 
foram perdidas no passado. Essa perda das tradições que Tito Lívio tanto fala e 
descreve ao longo de seu livro, ocorreu sobretudo por conta das várias relações 
que os romanos passaram a ter, principalmente, com os povos estrangeiros, 
proporcionando uma grande troca cultural entre os povos relacionados. Tito Lívio 
tenta resgatar as histórias heróicas de Roma para fazer com que as influências 
sejam deixadas de lado, a partir de sua profunda valorização do que é ser romano, 
um povo sem misturas e com um passado muito forte, permeado por vitórias e 
conquistas. 
Por isso, é possível compreender o porquê Tito Lívio cita, várias vezes, o 
modo como Roma viveu um passado de tão grande glória, que em sua opinião, 
havia chegado a um presente bem diferente. Sua historiografia é permeada por um 
profundo desapontamento com a realidade atual em que Roma estava atravessando, 
mostrando que esta já havia perdido suas tradições, relaxando em sua disciplina e 
entregando-se aos seus vícios, abandonando, desse modo, a virtude.
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Fundação, destino e deuses
 
A fundação de Roma segundo Tito Lívio aparece de duas possíveis maneiras, 
que são as que circulavam oralmente e tradicionalmente entre os habitantes. A 
primeira é que Enéias, tido como um homem virtuoso, foge da guerra de Tróia com 
o intuito de construir uma nova Tróia, que viria a ser a cidade de Roma.
 A segunda é a mais popular, que seria o mito de Rômulo e Remo, que conta 
que uma mulher vítima de violação tem dois filhos gêmeos que são também tidos 
como filhos de Marte, deus da guerra. Os bebês foram jogados na correnteza de 
um rio e, segundo a mitologia, foram encontrados e amamentados por uma loba. 
Tito Lívio, porém, desconstrói essa versão contando que as crianças teriam sido 
encontradas por pastores e entregues a uma prostituta que as amamentou, já que 
prostituta também seria conhecida pelos pastores como “loba”. Daí a origem do 
mito.
 A história se segue quando Rômulo e Remo já crescidos assassinam o rei. 
Assim, ambos decidem fundar uma cidade no lugar em que foram criados. Porém, 
graças a disputas por poder, Rômulo acaba matando Remo e torna-se o único rei 
de Roma.
O destinopara os antigos se dava a partir da vontade divina. No início do 
livro 1, Tito Lívio ao contar a história de Enéias fala que ao ser expulso de Tróia ele 
já estava sendo chamado pelo destino para fundar a nova cidade, que viria a ser 
Roma. Ao longo do texto o destino aparece de outras formas. Por Tito Lívio ser um 
historiador conservador que tinha como objetivo resgatar as tradições do passado, 
nos exemplos que ele cita no livro o destino aparece como sendo uma consequência 
das escolhas. Se o sujeito fosse virtuoso e seguisse os bons costumes, ele teria um 
destino favorável, se não seguisse os costumes e sim os vícios, teria um destino 
desagradável. Essa é a forma que ele encontra para que os leitores se sintam 
“convidados” a resgatar os costumes considerados bons pelo autor.
Os deuses ainda são muito presentes na narrativa, apesar de já no prefácio o 
autor deixar claro o desejo de se afastar um pouco dos textos literários e construir 
uma história mais verossímil. Já no início da obra, os gêmeos Rômulo e Remo 
aparecem como filhos do deus Marte, e graças a isso tinham qualidades guerreiras. 
Há versões de que após sua morte, Rômulo sobe aos céus e nunca mais aparece 
na terra, passando então a ser considerado como um deus para o povo de Roma.
Logo depois, seguindo o exemplo de alguns, começaram a gritar vivas em honra 
de Rômulo, como a um deus, filho de um deus, rei e pai da cidade de Roma, e 
implorando sua proteção suplicando-lhe que velasse por seus descendentes 
(LIVIO, 1989, pg. 41)
Além disso, outra referência aos deuses é a construção de um templo a Juno, 
que seria como um símbolo de paz. Quando o templo estivesse aberto, a cidade 
estava em guerra, mas se o templo estivesse fechado, a paz estava estabelecida 
entre os povos. Esse templo foi construído durante o reinado de Numa Pompílio 
que foi um rei que também consultava os deuses antes de ser eleito.
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Ao decorrer do livro, nos exemplos que Tito Lívio traz aos leitores, as preces 
e pedidos aos deuses também são bem presentes, principalmente se tratando 
de guerras, em que os deuses guerreiros eram invocados na esperança de um 
resultado favorável. Com isso ele mostra a relação que os homens tinham com os 
deuses na Roma antiga e as influências que eles poderiam trazer para o destino 
humano.
Política
Tratando do período da monarquia em Roma, entre 753 a.C – 509 a.C, 
pode-se destacar os principais aspectos do governo monárquico, daqueles que 
o governavam e as preocupações dos sete reis durante um período que durou 
244 anos e todo o esforço tiveram para transformar Roma em uma grande cidade 
(urbe). O livro “A história de Roma” de Tito Lívio, em si, não deixa de ser uma obra 
política, visto que em diversos aspectos ele mostram as virtudes de um passado, 
para que as pessoas da atualidade em que ele viveu tomem como exemplo para 
evitar os vícios e relaxamento dos costumes que se manifestam no presente. 
A obra inicia-se com a narrativa das lendas da fundação de Roma, onde 
Eneias, ao escapar de Tróia chega a território Laurentino e é feita uma aliança 
política entre ele e o rei Latino, onde ele recebe a mão de sua filha, Lavínia em 
casamento e fundam uma cidade que ele batizou de Lavínio, dando início a um 
desejo de um possível nascimento daquilo que seria um possível nascimento de 
uma grande cidade. Sendo esta uma das formas de política na época, a aliança 
através do casamento entre pessoas de importantes famílias. 
A lenda de Rômulo e Remo também demonstrava algumas preocupações ao 
que dizia respeito a fundação de Roma, esse projeto logo se transformará em uma 
disputa para decidir quem herdaria o trono e quem daria nome a cidade, visto que 
os dois irmãos eram gêmeos, a diferença de idade não seria capaz de decidir tal 
coisa. Com o assassinato de seu irmão, Rômulo via que agora era necessário a 
escolha de homens que iriam compor o corpo jurídico da cidade, eles escolheram 
então doze lictores, organizou também cem senadores em um conselho, função 
que foi de grande importância em âmbito político, sendo que os senadores tinham 
algum destaque até no período do império 270 a.C – 476 d.C, neste período, só não 
estavam acima do poder político dos imperadores romanos.
Após o rapto das sabinas, no intuito de fazer com que haja mais presença 
de mulheres em Roma, a cidade se envolve em inúmeras guerras, sendo a mais 
violenta contra os sabinos, até que as mulheres raptadas imploram para que cessem 
a guerra. Esta parte chega a ser interessante, porque não só Tito Lívio mostra 
que elas, apesar de tudo, no final preferiram ficar com os romanos, o que resultou 
também em uma aliança política entre dois povos, aumentando sua supremacia. 
Roma teve os conflitos bélicos como maior auxílio para a expansão territorial. 
 
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Com tudo isto, Rômulo acaba agradando mais o povo que seus senadores, daí 
surge a crença em que o Rei tenha sido assassinado. A partir daí houve uma grande 
disputa entre os senadores para decidir em reinaria, visto que não era aceitável que 
a cidade fosse governada por um rei estrangeiro. Dessa forma, os cem senadores 
dividiram-se em decúrias, grupos formados por dez membros onde um tinha um de 
cada decúria tinha um poder mais representativo no governo. A partir daí decidiram 
como seriam as eleições para o rei, o rei era eleito pelo povo, porém tinha que 
passar pela aprovação dos senadores para chegar ao poder de Roma. 
Foi eleito Numa Pompílio, rei que se destacou principalmente por seu 
conhecimento político e religioso, também por suas reformas religiosas na cidade, 
cidade esta que teria conhecido a muito tempo o poder das armas, criando assim 
homens belicosos. Uma de suas obras mais conhecidas fora o templo de Jano, 
uma divindade guardiã das portas, quando a porta estivesse aberta significaria 
que Roma estava em guerra, quando estava fechada significava que estariam em 
tempos de paz. Após o reinado de Numa Pompílio o templo só esteve fechado 
por duas vezes, principalmente no período do seu sucessor, Tulo Hostílio, que se 
demonstrou mais belicoso até que o próprio Rômulo. 
O governo de Numa Pompílio fez com que a política e a religião de Roma 
estivessem sempre de mãos dadas, ele via que eram necessárias reformas religiosas 
em uma cidade que até então tinha visto diversas guerras, por isso houve escolhas 
de donzelas para o culto de Vesta, escolheu doze Sálios que se encarregaram ao 
culto de Marte Gradivo e, por último e não menos importante surgirá a figura dos 
pontífices, que se encarregaram tanto ao culto de divindades como também de 
ritos funerários.
As práticas religiosas e as da guerra persistiram e, o novo rei que sucedeu 
Tulo Hostílio, Anco Marco utilizava-se de ambas para a guerra, antes de um conflito 
havia orações direcionadas diretamente a figuras divinas como Júpiter e a todos os 
demais deuses, pois tinha como crença de que para alcançar o que era justo devia 
se ter uma guerra justa e santa. 
Um dos fatos mais marcantes na política de Roma, fora o governo de Sérvio 
Túlio, um governo marcado por conflitos pessoais. Reza a lenda que durante a 
infância um presságio já indicava que Sérvio teria um futuro glorioso, quando no 
momento em que dormia, sua cabeça foi cercada por um círculo de fogo que 
logo se apagou quando a criança acordou. Logo após isso ele recebeu uma ótima 
educação que o prepararia para um futuro grandioso. 
Entretanto, os filhos de Anco Marco não gostavam da ideia de Sérvio Túlio 
ter direito ao trono e não eles, também pelo fato de não pertencer a Roma, já 
mostrando com isso uma política que permitia que, aos olhos de muitos, somente 
as pessoas que nasceram e viveram naquela cidade governasse. Muito menos se 
o indivíduo descendesse de escravos e não do sangue real. Logo após o atentado 
ao rei Tarquínio Prisco, Sérvio fora designado a assumir o trono provisoriamente, 
sendo que logo realizou diversas reformas, uma das mais notáveis foi a divisão da 
sociedade romana em classes. Como por exemplo, a divisão entre 80 centúriascomposta por 40 jovens e 40 idosos que seriam divididos em diversas classes 
entre si, equipadas militarmente. A construção do templo de Diana também foi um 
grande feito do reinado de Sérvio, pois a construção do tempo não só acrescentava 
uma grande obra arquitetônica a cidade, onde mostrava o empenho de inúmeras 
pessoas a adorarem harmonicamente os únicos deuses, mas, tais construções 
apresentavam um simbolismo que oferecia grandeza a cidade. 
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Logo a própria filha do rei, Túlia, casada com um dos filhos de Anco Marco, 
conspirava contra o trono, fazendo seu marido acreditar que eles quem de fato 
mereciam estar naquela posição e que Túlio não passava de um rei que estava no 
trono de uma forma ilegítima, sem ter sido submetido ao sufrágio do povo. Porém, 
com o assassinato de Sérvio e a ascensão de Tarquinio Soberbo ao trono, este havia 
chegado a sua posição social sem o consentimento do povo nem dos senadores, 
inclusive, ele fora o primeiro a romper com a tradição de envolver os senadores 
com assuntos importantes. A tirania de Tarquínio Soberbo, segundo Tito Lívio, foi 
tão intensa que até o seu filho, Sexto Tarquínio, se voltou contra ele, unindo-se aos 
Gábios.
Se os eventos até então foram tratados pelo autor como tragédia, maior ainda 
foi a que marcou o fim da Monarquia, quando os Filhos do Rei presenciaram suas 
esposas em comportamentos diferentes, enquanto uma delas participava de um 
banquete com diversas amigas a outra esposa, Lucrécia, se encontrava em casa 
tecendo lã, algo que despertou um desejo de posse em Sexto Tarquínio que o fez 
invadir o quarto de Lucrécia a noite e a violentasse. Após este acontecimento, 
Lucrecia relatou tudo ao seu marido e ao rei, e depois, demonstrando um possível 
apego a sua honra e a Roma cometeu suicídio com um punhal.
Este acontecimento provocou inúmeros transtornos políticos em Roma, que 
não tardarão a pôr fim à monarquia devido a tamanho escândalo na família real. 
Tal forma de governo era tida como a melhor em Roma até então, pois ainda não 
haviam conhecido outra e, principalmente a uma série de eventos nos anos que a 
sucederam onde houve uma certa carência de governo na cidade. 
Feminino
Inicialmente, é necessário falar sobre a linha estrutural da obra de Tito Lívio e 
como as mulheres são representadas em sua obra e como representavam o feminino 
em Roma. O autor praticaria, seria uma obra “exemplar” com uma demasiada 
quantidade de exemplos a serem seguidos ou não. A sua obra pretende ensinar, 
tentar guiar a sociedade Romana, sobre o que ou não fazer. Seria uma história 
magistra vitae (Mestre da Vida).
Tito Lívio, por ser considerado conservador, não concordava com as mudanças. 
O passado deveria ser como exemplo no presente, quanto mais distantes, menos 
corrompido. Então, quando ele pontua a história de Lucrécia, Tulia, ele busca 
tornar exemplos que devem ou não ser seguidos, diferente do autor Tucídides que 
acreditava que era necessário escrever sobre o presente para isso servir como 
exemplo no futuro.
Existiria uma maior valorização do masculino, porém, encontramos uma 
partição feminina na sociedade. Por outro lado, não se pode dizer que Roma seja 
fruto apenas da ação masculina, os romanos gostavam de atribuir às mulheres um 
lugar e um papel privilegiados na formação da cidade, e todo o sexo feminino via 
reconhecida oficialmente a sua função na sociedade. Em Roma os homens seriam 
homens de idades e existiriam poucas mulheres, e isso seria desfavorável para 
toda a sociedade. Então, o autor Tito Lívio, descreve o Rapto das sabinas como um 
exemplo claro na formação da cidade, o autor descreve como Rômulo foi astuto, 
a preparar jogos solenes em honra a Netuno Eqüestre, decidiu anunciar a povos 
vizinhos sobre o grande evento, tornou os jogos mais atraentes e despertar uma 
maior curiosidade dos outros povos.
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No dia dos jogos, muitas pessoas quiseram participar, os Sabinos vieram 
em grande quantidade junto com mulheres e crianças, o intuito de Rômulo seria 
sequestrar as sabinas e torná-las suas esposas. Durante os jogos, quando os 
Sabinos estavam concentrados nos jogos, os jovens romanos raptaram as donzelas. 
Rômulo dizia que os culpados pela violação seriam os próprios sabinos que haviam 
impedido qualquer possibilidade de união com seus vizinhos.
E a mulher Sabina não foi uma personagem passiva, além de concordar em 
casar ela também resolveu os conflitos originados pelo ato de Rômulo. Quando os 
crustuminos e os antenates, que também tiveram suas filhas raptadas, resolveram 
lutar contra os romanos, Hersília, a mulher de Rômulo, “cansada das súplicas das 
moças do rapto, rogou (a Rômulo) que perdoasse os seus pais e os aceitassem 
como cidadãos, pois assim, com a concórdia, o Estado poderia se fortalecer. Isto 
foi facilmente obtido” (XI). Mais tarde, quando os próprios sabinos atacam Roma e 
a batalha parecia levar a uma grande tragédia.
Os Pais das sabinas que foram raptadas estavam desolados e decidiram que 
queriam começar uma guerra por causa de tanta revolta no meio dessa grande 
tragédia, porém as mulheres intervieram e pediram para seus pais não continuarem 
com essa ideia pois teve que acontecer mesmo, as palavras das sabinas comoveram 
não só os combatentes, mas também os chefes e os dois lados não só decidiram 
ficarem em paz, como também fundiram os dois Estados num só.
Com essa narrativa, percebemos que o autor, tenta pontuar o papel das 
sabinas como a intervenção de uma futura guerra e isso seria um exemplo a se 
seguir.
Existem outros exemplos femininos no livro de Tito Lívio, como a história da 
Ambição de Túlia, esposa de Tarquínio que ajudou seu marido na luta pelo trono, 
e o autor narra a história da Túlia como um exemplo a não ser seguido pois não 
serviria para a sociedade Romana, já que Tito Lívio, classifica alguns exemplos de 
feminino como “vícios e virtudes”, e Túlia foi encaixada no Vício por ter ajudado seu 
esposo a conseguir seu trono apenas em busca do poder que ele oferecia. 
Uma mulher que se destaca por suas qualidades é Lucrécia. Lucrécia esteve 
no centro do turbilhão que culminou no fim do reinado de Tarquínio Soberbo e na 
derrocada da monarquia, conforme foi visto anteriormente. Porém, a protagonista 
de uma das mais dramáticas histórias do livro I, não foi a responsável pelo fatal 
resultado – a sua morte, o fim de uma família e de uma instituição. Foi a paixão – ou 
melhor dizendo, o desejo incontrolado, depois de Lucrécia ter sido estuprada, ela 
não aguenta tanta vergonha e se mata, seu marido e seu pai, dizia que “tentaram 
resolver o problema”. Mas a ideia de se tornar uma vergonha de mulher para Roma, 
seria uma grande tragédia resultando em seu suicídio. 
Lucrécia então disse: ”Vós cobraremos o que aquele homem deve. Mesmo isenta 
de culpa, não me sinto livre do castigo. Nenhuma mulher há de censurar Lucrécia 
por ter sobrevivido a sua desonra. Ao pronunciar essas palavras, cravou no peito 
o punhal que havia escondido em suas vestes e tombou agonizante em meio aos 
gritos do marido e do pai. (LIVIO, 1989, p. 99).
12
Para o autor, Lucrécia seria encaixada como virtude, pois é história a ser 
seguida, além do mais a história de Lucrécia representa o civismo (Fez por Roma), 
ela se matou em nome da “Honra” a Roma e isso é exemplar, além do mais existe 
a relação civismo X família, o amor por Roma, a honra por Roma seria maior que a 
própria família. Esse civismo deveria ser imitado pelos romanos, que deveriam amar 
a pátria sobre qualquer outra coisa.
 Assim, podemos verificar o quanto a escrita historiográfica contribui para a 
compreensão do mundo romano nas suas mais diversas temáticas. Lívio faz uma 
análise de diversos assuntos, levando em consideração o mythos e a ciência e 
falando a partir do seu lugar social. Dessa forma, colabora para as produções 
romanas acerca da criação do mundo e também contribui para a preservação da 
memória.
Um historiador antigo não “coloca notas de rodapé”. Quer faça pesquisas ori-
ginais ou trabalhede segunda mão, ele quer que se acredite em sua palavra; a 
menos que não se orgulhe de ter descoberto um autor pouco conhecido ou que 
deseje valorizar um texto raro e precioso, que é apenas para ele uma espécie de 
monumento mais do que uma fonte. (VEYNE, 1983. p. 15)
Conforme a citação acima, autores antigos como Tito Lívio não possuíam 
grandes preocupações com fontes ou com notas de rodapé em suas pesquisas, 
já que desejavam prender o leitor em sua narrativa a fim de que acreditassem e 
tomassem como verdade. Dessa forma, ele considera esses autores monumentos, 
pois escrevem a partir das tradições.
Homero: Epopeia e Educação
A Grécia antiga, entre os séculos VIII e IX a.C, viveu o período chamado de 
Homérico, que recebeu esse título devido a propagação das obras de Homero, 
principalmente a Odisseia e Ilíada. Com essas narrativas, o autor evidencia a 
importância das tradições, do conhecimento e da escrita, trazendo contribuições 
para a educação grega.
A educação ocidental na antiguidade tinha como objetivo principal criar figuras 
heróicas e difundir essas características para que os indivíduos também buscassem 
esse heroísmo, bem como o amor pela pátria e preservação da memória e dos 
mitos. Dessa forma, como Homero constrói em suas obras personagens dotados 
de coragem, o cidadão também tinha como objetivo conquistar esses atributos.
Dessa forma, os principais autores da época ocupavam-se em criar epopeias 
que contassem grandes aventuras, que mesclavam temáticas como a fundação 
da polis, mitologia e os heróis, que geralmente tinham características humanas e 
divinas. As pessoas ocupavam-se em decorar e recitar versos dessa epopeia, pois 
a retórica tinha grande importância nessa civilização.
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A Odisséia, escrita por Homero, é considerado um poema épico, que possui 
uma divisão em três partes principais:
A primeira parte relata como o reino de Ítaca se organizou durante os 10 anos 
em que o rei Ulisses estava em combate na guerra de Tróia. Já a segunda parte da 
epopeia demonstra como foi a saga de Ulisses após o fim da guerra, e como sua 
família reagiu ao não retorno para casa. O herói perde as rotas de volta para casa e 
acaba vagando no mar, enfrentando algumas aventuras, como é o caso de Calipso, 
uma ninfa que se apaixona por Ulisses e o mantém preso por 7 anos.
O estrondo, o pranto, os ais dos moribundos,
Lá nos retretes, a trancadas portas,
Em susto éramos todas, e teu filho
Por ordem paterna veio chamar-me.
Achei teu bravo Ulisses entre os mortos
Uns por cima dos outros: exultareis
De o ver leão sangrento e encarniçado!
Ele, fora os cadáveres em montes,
Fumiga o paço, e ordena que me sigas,
Andar, ambos de alegria abebera-vos,
Depois de tantas mágoas; a tão longa
Saudade se mitigue. Ele nos torna
Vivo e são; cá te encontra e o filho vosso;
Puniu já desta casa os malfeitores.
(HOMERO. s/d, p.247)
Na citação acima, podemos identificar o que acontece em seguida. Na última 
parte é narrado como ocorreu o retorno para casa após 20 anos e os conflitos 
familiares e de poder que Ulisses encontrou após sua chegada. Disfarça-se de 
mendigo para se vingar dos traidores e afastar os pretendentes de sua mulher, 
Penélope. Ao fim, revela sua identidade e se apropria novamente do trono. 
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Penélope, sua esposa, que passou muitos anos esperando pelo retorno de 
seu marido e tendo que conviver com inúmeros pretendentes também demonstra 
emoção com a volta, que todos desacreditaram, conforme passagem a seguir:
“Aqui, tendo Penélope a certeza,
Desfaleceu; depois, toda alvoroço,
Em pranto o colo do marido abraça,
E o beija e diz: “Ulisses, foste aos homens
O exemplo da prudência, não te enfades. 
(HOMERO. s/d, p.249)
As obras de Homero inspiraram várias produções culturais. A epopeia 
foi transformada em quadrinho por diversas editoras, que escolhem contar 
a História de forma resumida e investir em imagens para atrair crianças e 
adolescentes. Outras obras também foram produzidas com base nos escritos 
de Homero, como a adaptação cinematográfica "A Odisseia", dirigida por Andrei 
Konchalovsky no ano de 1997, que conta a História de Odysseus que retorna 
para casa após a guerra de Tróia, e no caminho enfrenta diversas criaturas 
mitológicas.
Já a Ilíada foi a primeira obra escrita por Homero no século VIII a.C e conta a 
História da guerra de Tróia, apesar de ter sido escrita 4 séculos após o evento. O 
destaque da obra é o rapto de Helena, esposa do rei de Esparta Menelau.
A epopeia conta principalmente histórias do conflito, como as derrotas dos 
gregos após a saída de Aquiles da guerra de Tróia. Porém, seu amigo Pátroclo, 
fingindo ser Aquiles para tentar vencer os conflitos, acabou sendo morto por 
Heitor. Esse fato força Aquiles a retornar a guerra para se vingar de Heitor, e acaba 
realmente o derrotando após uma terrível batalha. Por fim, a obra se encerra com 
os rituais fúnebres de ambas as partes e uma trégua na guerra devido ao luto, 
conforme a citação abaixo, retirada da própria Ilíada:
Na cova a metem, que por cima foram
De grossas lajes. Do sepulcro ereto
Em roda há sentinelas, que previnam
Dos de greve ou de qualquer ataque.
Já tumulado, aos paços reverteram,
Onde Príamo rei, de Jove aluno,
Lhes deu funéreo esplêndido convívio.
Heitor doma-corcéis tais honras teve. 
(HOMERO, s/d p.444)
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VITAL NAQUET (2002) considera a Ilíada o poema da guerra, e a Odisseia o 
poema da paz, pois na Ilíada o enredo desenvolve-se ao redor das tragédias que 
ocorreram por vingança durante a guerra de Tróia, enquanto a Odisseia conta sobre 
o retorno ao lar e o restabelecimento do trono e do papel na sociedade. Porém, 
ambas as obras tratam sobre os empecilhos dos heróis e como as circunstâncias 
vividas contribuem para o esquecimento.
Após a tempestade, Ulisses desembarca na terra dos comedores de lótus, os 
lotófagos. Trata-se de um fruto que faz perder a memória e o desejo de voltar 
ao lar. A memória é apanágio dos homens, e Ulisses se abstém de comer lotus. 
(VITAL-NAQUET, 2002, p. 34-35).
A citação acima trata-se de mais uma referência a memória e sua preservação, 
em que o herói Ulisses se recusa a comer lótus, uma planta que gera o esquecimento, 
a fim de preservar sua memória. Essa temática de preservação da memória e da 
História são bastante recorrentes, tanto no Oriente, como vimos anteriormente, 
quanto no Ocidente, evidenciado pelo exemplo acima.
Sendo assim, chegamos à conclusão de que as narrativas Homéricas 
desempenham papel importante para a sociedade grega pois mostrava o modelo 
heróico a ser seguido, bem como os valores que os cidadãos deveriam conter. Como 
esse reconhecimento e busca por valores era um dos maiores traços da educação 
grega, as obras de Homero passam a ser bastante procuradas e utilizadas com 
essa finalidade.
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	A ANTIGUIDADE OCIDENTAL - FUNDAÇÃO E MITOLOGIA
	Introdução a História Antiga Ocidental: Mitos e Lendas
	Produção de Explicações de Mundo na Antiguidade Romana
	Homero: Epopeia e Educação
	BIBLIOGRAFIA

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