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Focus Concursos 
 
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Direito Constitucional 
 
 Direitos e deveres individuais e coletivos 
 Apostila única do artigo 5º 
Focus Concursos 
 
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1 Apresentação 
 
Sejam bem-vindos! 
É com prazer que iniciamos mais um capítulo do material PDF FOCADO do Focus 
Concursos. Apresentaremos conteúdos com normativas atuais, com abordagem bem 
didática e assertiva para a sua compreensão. 
 
Ressaltamos que o PDF FOCADO conta com a produção intelectual das aulas do 
professor, além das complementações, atualizações e revisões elaboradas pela nossa 
equipe Pedagógica do Focus Concursos. Destaca-se que este material foi elaborado 
pela equipe pedagógica do Focus Concursos, de acordo com a aula preparada e 
ministrada pelo professor Fernando Andrade. A presente degravação tem como 
objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na 
videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura 
exclusiva deste material. 
 
A respeito das complementações, frisamos que, este material pode conter 
informações além das trabalhadas em videoaulas. Mas, claro, com tudo que é 
necessário para a sua aprovação, com a profundidade necessária – nem mais, nem 
menos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Focus Concursos 
 
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2 Roteiro do PDF FOCADO 
 
Bom, feita esta análise geral, você já deve ter percebido que estamos no caminho 
certo. Preciso que você, futuro aprovado(a), juntamente com este professor que passa 
a ser o seu maior torcedor, organize seus estudos da seguinte forma: 
 
Estrutura do PDF FOCADO: 
• Material Teórico Escrito (conteúdo para o aluno complementar além das 
videoaulas. Este material pode conter informações além das trabalhadas em 
videoaulas. Mas, claro, com tudo que é necessário para a sua aprovação, com 
a profundidade necessária – nem mais, nem menos.); 
• Questões extra para treinar 
 
Você pode usar as videoaulas para entender a matéria como um todo e usar os PDFs 
para complementar e aprofundar ainda mais sobre os temas! 
 
E como eu disse, sem enrolação, vamos direto ao conteúdo para o seu concurso. 
VAMOS NESSA! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Focus Concursos 
 
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3 Sumário 
1 Apresentação ....................................................................................................................... 2 
2 Roteiro do PDF FOCADO ....................................................................................................... 3 
4 Direitos e deveres individuais e coletivos .............................................................................. 6 
Princípio da Legalidade ............................................................................................................................................... 6 
Direito à vida .............................................................................................................................................................. 8 
Vedação à tortura ..................................................................................................................................................... 10 
Princípio da Igualdade .............................................................................................................................................. 11 
Liberdade da manifestação de pensamento ............................................................................................................ 14 
Direito de resposta ................................................................................................................................................... 17 
Liberdade consciência, crença e culto ...................................................................................................................... 17 
Liberdade de expressão ............................................................................................................................................ 23 
Inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas ............................................................. 24 
Inviolabilidade de domicílio ...................................................................................................................................... 26 
Inviolabilidade das comunicações ............................................................................................................................ 28 
Liberdade Profissional .............................................................................................................................................. 30 
Liberdade de locomoção .......................................................................................................................................... 31 
Direito de reunião .................................................................................................................................................... 32 
Direito de associação ................................................................................................................................................ 33 
Direito de propriedade ............................................................................................................................................. 35 
Direitos aos autores.................................................................................................................................................. 37 
Propriedade industrial .............................................................................................................................................. 38 
Direito de Herança ................................................................................................................................................... 39 
Proteção ao consumidor .......................................................................................................................................... 39 
Direito de informação .............................................................................................................................................. 40 
Direito de petição e obtenção de certidões ............................................................................................................. 40 
Acesso ao Judiciário .................................................................................................................................................. 43 
Segurança jurídica .................................................................................................................................................... 44 
Juiz Natural ............................................................................................................................................................... 45 
Tribunal do Júri ......................................................................................................................................................... 46 
Legalidade e anterioridade da lei penal incriminadora. Irretroatividade da lei penal ‘’in pejus’’ ............................ 48 
Crimes constitucionais .............................................................................................................................................. 50 
Intranscedência da pena .......................................................................................................................................... 52 
Individualização e tipos de penas ............................................................................................................................. 53 
Direitos dos presos ................................................................................................................................................... 55 
Extradição .................................................................................................................................................................57 
Princípio do devido processo legal ........................................................................................................................... 59 
Inadmissibilidade das Provas Obtidas por Meios Ilícitos .......................................................................................... 60 
Princípio da Presunção da Inocência (de não culpabilidade) ................................................................................... 62 
Remédios Constitucionais ........................................................................................................................................ 63 
Habeas Corpus .......................................................................................................................................................... 63 
Mandado de Segurança ............................................................................................................................................ 67 
Mandado de Segurança Coletivo.............................................................................................................................. 69 
Ação Popular ............................................................................................................................................................ 70 
Mandado de Injunção – MI ...................................................................................................................................... 73 
5 Resumo – Remédios Constitucionais ................................................................................... 74 
6 Gratuidade na prestação da assistência jurídica ................................................................. 75 
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7 Exceção a irresponsabilidade do estado por ato judicial ..................................................... 76 
8 Gratuidade das certidões e das ações de habeas corpus e habeas data ............................... 76 
9 Direitos fundamentais e tratados internacionais ................................................................ 79 
10 Súmulas - Art. 5º - STF ........................................................................................................ 81 
11 Questões Extras (bônus) ..................................................................................................... 84 
11.1 Questões comentadas ........................................................................................................ 120 
12 Mapa de Conteúdo .......................................................................................................... 177 
13 LEI DETALHADA ................................................................................................................ 197 
 
 
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4 Direitos e deveres individuais e coletivos 
 
Os direitos e garantias individuais e coletivos estão elencados no Art. 5º da 
Constituição Federal. Vamos começar: 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade, nos termos seguintes: (...) 
 
O dispositivo constitucional enumera cinco direitos fundamentais – os direitos à vida, 
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Desses direitos é que derivam 
todos os outros, relacionados nos diversos incisos do art. 5º. 
 
Destaca-se que, apesar de o art. 5º, caput, referir-se apenas a ‘’brasileiros e 
estrangeiros residentes no país’’, a doutrina e o STF entendem que os direitos 
fundamentais abrangem qualquer pessoa que se encontre em território nacional. 
 
Princípio da Legalidade 
 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão 
em virtude de lei; 
 
Esse inciso trata o princípio da legalidade, que se aplica de maneira diferenciada aos 
particulares e ao Poder Público. Vejamos. 
No âmbito das relações particulares, pode-se fazer tudo o que a lei não proíbe, 
vigorando o princípio da autonomia da vontade, lembrando a possibilidade de 
ponderação desse valor com a dignidade da pessoa humana. Já para o Poder Público, 
este só poderá fazer o que a lei permitir. 
José Afonso da Silva afirma que o princípio da legalidade é nota essencial do Estado 
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de Direito. É também, por conseguinte, um princípio basilar do Estado Democrático 
de Direito. 
 
A expressão ‘’ em virtude de lei’’, a palavra ‘’lei’’ deve ser entendida em um sentido 
mais amplo, abrangendo não somente a lei em sentido estrito, mas todo e qualquer 
ato normativo estatal. Conclui-se que a Constituição determina a submissão e o 
respeito à ‘’lei’’, ou a atuação dentro os limites legais; no entanto, a referência que se 
faz é à lei sem sentido material. 
 
Importante salientar a diferenciação entre o princípio da legalidade e o princípio 
da reserva legal. O princípio da legalidade significa a submissão e o respeito à lei, ou 
a atuação dentro da esfera estabelecida pelo legislador. O princípio da reserva legal 
estabelece que a regulamentação de determinadas matérias seja por lei formal ou 
atos com força de lei. A palavra ‘’lei’’ é usada em um sentido mais restrito. 
 
Esquematizando ... 
 
 
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Direito à vida 
 
No que se refere ao direito à vida, a doutrina considera que é dever do Estado 
assegurá-lo em sua dupla acepção: 
• a primeira, enquanto direito de continuar vivo; 
• a segunda, enquanto direito de ter uma vida digna, uma vida boa. 
 
Destaca-se que nem mesmo o direito à vida é absoluto, sendo admitida pela 
Constituição Federal de 1988 a pena de morte em caso de guerra declarada. Outro 
aspecto importante destacar que o direito à vida abrange a vida extrauterina e vida 
intrauterina, dessa forma a prática de aborto não é permitida no Brasil. Contudo, há a 
possibilidade interrupção legal da gravidez se há grave ameaça à vida da gestante ou 
se a gravidez é resultante de estrupo. 
 
Relacionado a esse tema, há um importante julgado do STF o qual garantiu o direito 
à gestante da interrupção de gravidez de feto anencéfalo. Outro aspecto importante 
para analisar é a pesquisa por células-troncos embrionárias, o STF decidiu que as 
pesquisas com células-tronco embrionárias não violam o direito à vida, tampouco a 
dignidade da pessoa humana. 
 
Esquematizando ... 
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Por fim, vamos falar sobre a eutanásia. A palavra eutanásia derivada do grego eu 
(bom) e thanatos (morte), José Afonso da Silva descreve que esse termo tem vários 
sentidos: ‘’morte bela’’, ‘’morte suave, tranquila’’, sem dor. A eutanásia é enquadrada 
em muitas legislações atuais e éticas médicas mundiais, consistindo na prática da 
morte, visando atenuar os sofrimentos do enfermo e de seus familiares, haja vista a 
sua inevitável morte, sua situação incurável do ponto de vista médico. No Brasil, o 
atual Código Penal, não especifica o crime da eutanásia, a pessoa que tira a vida do 
seu paciente por compaixão comete o homicídio simples tipificado no art. 121, sujeito 
a pena de 6 a 20 anos de reclusão, ferindo ainda o princípio da inviolabilidade do 
direito à vida assegurado pela Constituição Federal. 
 
De acordo com Alexandre de Moraes, o direito à vida tem um conteúdo de proteção 
positiva que impede configurá-lo como o direito de liberdade que inclua o direito à 
própria morte. Então, constitucionalmente o homem tem direito à vida e não sobre a 
vida. 
 
 
 
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Questão: Sobre o direito à vida, previsto pela Constituição Federal, é correto afirmar: 
a) O direito à vida nãocomporta exceções. 
b) É vedada qualquer hipótese de aborto. 
c) O direito à vida impede a pesquisa com células-tronco embrionárias. 
d) Admite-se a eutanásia no Brasil. 
e) Permite-se, excepcionalmente, a instituição de pena de morte no Brasil. 
Gabarito: E 
 
 
 
Vedação à tortura 
 
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou 
degradante; 
 
Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante, 
sendo que a lei considera crime inafiançável e insuscetíveis de graça e anistia. A Lei 
n. 9.455/97 integrou a referida norma constitucional, definindo os crimes de tortura. 
Por sua vez, a Lei n. 12.847/2013, além de instituir o Sistema Nacional de Prevenção e 
Combate à Tortura, criou o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e o 
Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura. 
 
Outro aspecto importante para destacar que essa proibição não comporta exceção de 
qualquer natureza quanto à justificativa e abrange qualquer pessoa, sem distinção de 
cor, sexo e origem, sem exceção de qualquer espécie. Veda-se o tormento a brasileiros 
e a estrangeiros, residentes ou não-residentes, de qualquer cor, sexo ou raça. 
 
 
Esquematizando ... 
 
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Lei n. 9.455/97. Art. 1º - Art. 1º Constitui crime de tortura: 
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe 
sofrimento físico ou mental 
 
 
Princípio da Igualdade 
 
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à 
propriedade (...) 
 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos 
desta Constituição; 
 
O art.5º, caput, consagra serem todos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza. Deve-se, contudo, buscar não somente essa aparente igualdade formal, mas, 
principalmente, a igualdade material. Essa busca por uma igualdade substancial, 
inspirada na lição secular de Aristóteles, devendo-se tratar igualmente os iguais e 
desigualmente os desiguais na medida de suas desigualdades. 
 
Embora o caput do Art.5º consagre a igualdade genérica entre todos os brasileiros 
sem distinção de qualquer natureza, o primeiro inciso do Art. 5º reforçou a igualdade 
entre homens e mulheres. 
 
Esquematizando ... 
 
 
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Ações afirmativas 
Esses critérios podem servir de parâmetros para a aplicação das denominadas 
discriminações positivas tendo em vista que, segundo David Araujo e Nunes Júnior, 
‘’... o constituinte tratou de proteger certos grupos que, a seu entender, mereceriam 
tratamento diverso. Enfocando-os a partir de uma realidade histórica de 
marginalização social ou hipossuficiência decorrente de outros fatores, cuidou de 
estabelecer medidas de compensação, buscando concretizar, ao não sofreram as 
mesmas espécies de restrições’’. Nesse sentido, as ações afirmativas, como a reserva 
de vagas em universidades públicas para negros e índios, são consideradas 
constitucionais pelo STF. As cotas raciais em concursos públicos são admitidas pelo 
STF, podendo ser utilizados os critérios de autodeclaração e de heteroidentificação. 
 
A realização da igualdade material não proíbe que a lei crie discriminações, desde que 
estas obedeçam ao princípio da razoabilidade. Dessa forma, a Súmula 683 do STF 
afirma que é legítima a previsão de limites de idade em concursos públicos, quando 
justificada pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. 
 
 
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Liberdade da manifestação de pensamento 
 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 
Trata-se da liberdade de expressão, que é verdadeiro fundamento do Estado 
democrático de direito. A Constituição assegurou a liberdade de manifestação do 
pensamento, vedando o anonimato. Caso durante a manifestação do pensamento se 
cause dano material moral ou à imagem, assegura-se o direito de resposta, 
proporcional ao agravo, além da indenização. 
 
Assegura-se, aqui, o direito à livre manifestação do pensamento ou direito à opinião, 
que se constitui da faculdade que todos possuem de expressar um juízo de valor, uma 
convicção, seja de forma escrita ou verbal. 
 
Com base na vedação ao anonimato, o STF veda o acolhimento a denúncias anônimas. 
Em julgado, o Min. Celso de Mello aduziu não ser possível a utilização da denúncia 
anônima, pura e simples, para a instalação de procedimento investigatório, por violar 
a vedação ao anonimato. Entretanto, essas delações anônimas poderão servir de base 
para que o Poder Público adote medidas destinadas a esclarecer, em sumária e prévia 
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apuração, a verossimilhança das alegações que lhe foram transmitidas. Em caso 
positivo, poderá, então, ser promovida a formal instauração da "persecutio criminis", 
mantendo-se completa desvinculação desse procedimento estatal em relação às 
peças apócrifas. Dessa forma, conclui-se que as denúncias anônimas jamais poderão 
ser a causa única de exercício de atividade punitiva pelo Estado. 
 
Segundo o STF, as autoridades públicas não podem iniciar qualquer medida de 
persecução (penal ou disciplinar), apoiando-se apenas em peças apócrifas ou em 
escritos anônimos. As peças apócrifas não podem ser incorporadas, 
formalmente, ao processo, salvo quando tais documentos forem produzidos 
pelo acusado, ou, ainda, quando constituírem, eles próprios, o corpo de delito 
(como sucede com bilhetes de resgate no delito de extorsão mediante sequestro, 
por exemplo). É por isso que o escrito anônimo não autoriza, isoladamente 
considerado, a imediata instauração de "persecutio criminis". 
 
Esquematizando 
 
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A liberdade de expressão é ampla, mas não é absoluta, sendo proibidos os discursos 
de ódio. O hate speech, ou discurso do ódio, é aquele que visa a disseminar e promover 
o ódio em função da raça, religião, etnia, nacionalidade, deficiência física ou mental e 
orientação sexual, dentre outros fatores. Dessa forma, segundo Daniel Sarmento, o 
Brasil, inclusive o STF, não adotou o entendimento de que a garantia da liberdade de 
expressão abrangeria o hate speech. Ou seja, muito embora a ‘‘posição de 
preferência’’ que o direito fundamental da liberdade de expressão adquire no Brasil 
a liberdade de expressão não é absoluta, encontrando restrições ‘‘voltadas ao 
combate do preconceito e da intolerância contra minorias estigmatizadas’’. 
 
É importante saber que, tendo como fundamento a liberdade de expressão, o STF 
considerou que a exigência de diploma de jornalismo e de registro profissional no 
Ministério do Trabalho não são condições para exercício da profissão de jornalista. O 
relator do processo, Min. Gilmar Mendes, afirma que “o jornalismo e a liberdade de 
expressão são atividades que estão imbricadas por sua própria natureza e não podem 
ser pensados e tratados de forma separada”. 
 
Ressaltamos a importante decisão do STF sobre a constitucionalidade da chamada 
‘‘marcha da maconha’’. O Tribunal liberou a realização dos eventos, que reúnem 
manifestantes favoráveis à descriminalização da droga. Para os ministros, os direitos 
constitucionais de reunião e de livre expressão do pensamento garantem a realização 
dessas marchas. Muitos ressaltaram que a liberdade de expressão e de manifestação 
somente pode ser proibida quando for dirigida a incitar ou provocar ações ilegais e 
iminentes. 
 
Por fim, vamos tratar sobre a liberdade de manifestaçãodo pensamento e de 
expressão, tatuagens e concurso público. O tema foi apreciado pelo STF fixou as 
seguintes teses: 
I. os requisitos do edital para o ingresso em cargo, emprego ou função pública 
devem ter por fundamento lei em sentido formal e material; 
II. os editais de concurso público não podem estabelecer restrição a pessoas com 
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tatuagens, salvo situações excepcionais em razão do conteúdo que viole valores 
constitucionais. 
 
 
 
 
Direito de resposta 
 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da 
indenização por dano material, moral ou à imagem; 
 
Esquematizando 
 
 
Liberdade consciência, crença e culto 
 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado 
o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa 
nas entidades civis e militares de internação coletiva; 
 
Assegura-se a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, sendo 
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assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e suas liturgias. 
 
 
 
Desde o advento da República há separação entre o Estado e a Igreja, sendo o Brasil 
um país leigo, laico ou não confessional, não existindo, portanto, nenhuma religião 
oficial da República Federativa do Brasil. Apesar dessa realidade, a CF/88 foi 
promulgada ‘‘sob proteção de Deus’’. Dessa forma, conclui-se que o Brasil é um país 
leigo, laico e não confessional, lembrando que o Estado laico não significa Estado ateu. 
 
 
 
No contexto da liberdade de crença, o artigo 5º, inciso VII, da CF assegura, nos termos 
da lei, a prestação de assistência religiosa nas entidades civis e militares de internação 
coletiva, como os hospitais, penitenciárias, quarteis. 
 
 
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Questão - É assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência religiosa nas 
entidades civis e militares de internação coletiva. 
( ) Certo ( ) Errado 
Gabarito: Certo. Exatamente o que descreve o art. 5º, VII, CF/88. 
 
 
A liberdade religiosa é um tema que possui outros desdobramentos, destaca-se os 
seguintes para fins de concurso públicos: 
 
Ensino religioso nas escolas 
O art. 210, § 1º, estabelece que o ensino religioso, de matrícula facultativa, 
constituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
fundamental. 
Dessa forma, a escola não poderá reprovar o aluno pelo fato de não frequentar a aula 
de ensino religioso, já que este será de matrícula facultativa. Pedro Lenza descreve 
que embora o texto fale apenas em escola pública, em razão da natureza do ensino, 
entende-se que essa interpretação também poderá ser aplicada às particulares. 
 
Esquematizando 
 
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Transfusão de sangue nas Testemunhas de Jeová 
 
As testemunhas de Jeová adoram ao único Deus apresentado pela Bíblia, que é 
chamado Jeová, sendo esta ‘‘a mensagem inspirada de Deus para os humanos’’. 
Apesar de acreditarem tanto no ‘’Velho Testamento’’ como no ‘‘Novo Testamento’’, 
não se consideram fundamentalistas. 
 
 
Tendo sempre por base a Bíblia, não aceitam a transfusão de sangue, mesmo em 
situações de risco de vida. Essa recusa não configura demonstração de desejo suicida 
ou cura pela fé. Em seu site oficial, explicam: ‘‘isso é mais uma questão religiosa do 
que médica. Tanto o Velho como o Novo Testamento claramente nos ordenam a nos 
abster de sangue. Além disso, para Deus, o sangue representa a vida. Então, evitam 
tomar sangue por qualquer via não só em obediência a Deus, mas também por 
respeito a ele como Dador da vida.’’ 
 
Percebe-se que estamos diante da concorrência entre dois princípios fundamentais 
de igual hierarquia: o direito à vida e à liberdade religiosa. No caso de pacientes 
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maiores e capazes, prevalece a autonomia da vontade com base em um 
consentimento livre e genuíno informado expressamente pela pessoa. Quanto aos 
menores, esgotados todos os tratamentos alternativos, o médico pode decidir por 
salvar a vida da pessoa. Entretanto, o tema permanece polêmico e pode ser 
enfrentado novamente pelo STF em decisões futuras. 
 
Guarda sabática 
Outro ponto polêmico é a obrigatoriedade ou não de o Estado ter de designar data 
alternativa para a realização de concursos públicos quando a data da prova tiver sido 
fixada em dias que devam ser guardados, como acontece com os Adventistas do 
Sétimo Dia (sábado – dia de repouso e de culto) e com os Judeus (Shabat – do pôr 
do sol da sexta-feira até o pôr do sol do sábado). 
 
Em função da guarda sabática, o STF no RE 611874 fixou a seguinte tese de 
repercussão geral: “Nos termos do artigo 5º, inciso VIII, da Constituição Federal, é 
possível a realização de etapas de concurso público em datas e horários distintos dos 
previstos em edital, por candidato que invoca escusa de consciência por motivos de 
crença religiosa, desde que presente a razoabilidade da alteração, a preservação da 
igualdade entre todos os candidatos e que não acarreta ônus desproporcional à 
administração pública, que deverá decidir de maneira fundamentada”. 
 
 
Imunidade Religiosa 
Contempla o art. 150, VI, b, a denominada imunidade religiosa ao estabelecer, sem 
prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, a vedação à União, aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios de instituir impostos sobre templos de 
qualquer culto. 
Essa regra se mostra de grande relevância, pois impede que o Estado utilize, 
eventualmente, de seu poder de tributar para embaraçar o funcionamento dos cultos 
religiosos ou igrejas (art. 19, I). 
 
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Conforme estabeleceu o STF, a imunidade prevista no art. 150, VI, b, CF, deve abranger 
não comente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e 
os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas 
mencionadas. 
 
Isso posto, surge a questão: a maçonaria tem imunidade tributária religiosa? O STF 
decidiu que NÃO. Segundo o Superior Tribunal Federal a maçonaria é uma ideologia 
de vida e não uma religião, assim, a entidade não poderia ser isenta de pagar IPTU. 
 
 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de 
convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação 
legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em 
lei; 
 
Por fim, dispõe o artigo 5º, inciso VIII, da CF, que ninguém será privado de direitos por 
motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar 
para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação 
alternativa, fixada em lei. 
 
O dispositivo prevê aquilo que se conhece como “escusa de consciência”, garantindo 
que as pessoas possam se recusar (escusar) a cumprir, em virtude de suas convicções, 
uma obrigação a todos imposta, desde que cumpram a obrigação alternativa fixada 
na lei, se ela existir. 
 
E o que acontecerá se a pessoa se recusar a cumprir a prestação alternativa? Nesse 
caso, poderá sofrer restrições de direitos, poderá haver a perda de direitos políticos, 
na forma do art. 15, IV, da Constituição. Para isso são necessárias cumulativamente 
duas condições: 
• recusar-se a cumprir obrigação legal alegando escusa de consciência e 
• recusar-se a cumprir a prestação alternativa fixada pela lei. 
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Não existindo lei que estabeleça prestação alternativa, aquele quedeixou de cumprir 
a obrigação legal a todos imposta não poderá ser privado de seus direitos. Fica claro 
que o direito à escusa de consciência será garantido em sua plenitude. 
 
 
Liberdade de expressão 
 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de 
comunicação, independentemente de censura ou licença; 
 
É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, 
independente de censura ou licença. A liberdade de expressão aqui garantida é uma 
forma de manifestação do pensamento, vedada a sua censura. Veda-se a censura 
de natureza política, ideológica e artística (art. 200, § 2º), entretanto, a liberdade de 
expressão, como qualquer direito fundamental, é relativa. Se, durante as 
manifestações, houver violação da intimidade, vida privada, honra e imagem de 
pessoas, será assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral 
decorrente da violação. 
 
 
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Inviolabilidade da intimidade, vida privada, honra e imagem das pessoas 
 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, 
assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de 
sua violação; 
 
De acordo com o art. 5º, X, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a 
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação. 
 
• O direito à intimidade e à vida privada. Resguarda, portanto, a esfera mais 
secreta da vida de uma pessoa, tudo que diz respeito a seu modo de pensar e 
de agir. 
• O direito à honra. Blinda, desse modo, o sentimento de dignidade e a 
reputação dos indivíduos, o “bom nome” que os diferencia na sociedade. A 
honra do indivíduo pode ser dividida em objetiva e subjetiva. A honra 
objetiva protege o apreço moral do sujeito perante o seu meio de convivência, 
ou seja, é a percepção que a sociedade tem sobre a pessoa. Já a honra 
subjetiva, protege o apreço que o indivíduo tem sobre si mesmo e sua 
personalidade. 
• O direito à imagem. Defende a representação que as pessoas possuem perante 
si mesmas e os outros. 
Tal inciso visa proteger a utilização indevida da imagem, podendo ser indenizado 
pelos danos materiais ou morais sofridos. A garantia a inviolabilidade a intimidade, 
a vida privada, a honra e a imagem têm como objetivo resguarda a dignidade da 
pessoa humana, com o intuito de preservar o conhecimento por parte de terceiros 
sobre sua vida privada podendo se manifestar caso ocorra alguma violação ao direito 
assegurado. 
 
No entanto, esses direitos possuem uma inviolabilidade mitigada, vez que os 
indivíduos podem deixar de exercê-los por vontade própria, quando assinam um 
contrato e se dispõem a participar de um reality show, por exemplo. 
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Sigilo bancário 
A quebra de sigilo bancário está relacionada com à intimidade e à vida privada. Assim 
como todos os direitos fundamentais, o sigilo bancário não é absoluto. Nesse sentido, 
tem-se o entendimento do STJ de que “havendo satisfatória fundamentação judicial a 
ensejar a quebra do sigilo, não há violação a nenhuma cláusula pétrea constitucional.” 
Uma pergunta surge: quais autoridades podem determinar a quebra do sigilo 
bancário? Para responder essa pergunta vamos aprofundar nosso estudo acerca das 
jurisprudências do STF e do STJ. 
 
a) O Poder Judiciário pode determinar a quebra do sigilo bancário e do sigilo fiscal. 
b) As Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) federais e estaduais podem 
determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal. As CPIs municipais não podem 
determinar a quebra do sigilo bancário e fiscal. 
 
Em sua decisão, o STF deixou claro que os dados fornecidos pelas instituições 
financeiras às autoridades fiscais continuarão sob cláusula de sigilo. Os dados, antes 
protegidos pelo sigilo bancário, passarão a estar protegidos por sigilo fiscal. 
 
 
 
Direito ao esquecimento 
Por fim, o STF concluiu que o direito ao esquecimento, assim entendido como o poder 
de obstar, em razão da passagem do tempo, a divulgação de fatos ou dados verídicos 
e licitamente obtidos e publicados em meios de comunicação social analógicos ou 
digitais, não é compatível com a Constituição. Segundo a Corte, ‘‘eventuais excessos 
ou abusos no exercício da liberdade de expressão e de informação devem ser 
analisados caso a caso, com base em parâmetros constitucionais e na legislação penal 
e cível.’’ 
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Direito ao esquecimento consiste na possibilidade de que o indivíduo não queira 
que um fato ocorrido em determinado momento, mesmo que verdadeiro, seja 
exposto ao público. 
 
 
Inviolabilidade de domicílio 
 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem 
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para 
prestar socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial; 
 
 
O princípio da inviolabilidade domiciliar tem por finalidade proteger a intimidade 
e a vida privada do indivíduo, bem como de garantir-lhe, especialmente no período 
noturno, o sossego e a tranquilidade. 
 
O Supremo Tribunal Federal pacificou o entendimento mais amplo possível para o 
significado constitucional da palavra “casa”. Nesse contexto, a expressão compreende 
qualquer compartimento habitado, inclusive aposento ocupado de habitação coletiva 
(quartos de hotel, pensão, motel e hospedaria, desde que ocupados) e ainda qualquer 
compartimento não aberto ao público, onde se exerce profissão ou atividade (RHC 
90.376, rel. Min. Celso de Mello, j. em 3-4-2007, DJ de 18-5-2007). 
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Seguindo o estudo, em quais hipóteses se pode penetrar na casa de um indivíduo? 
O ingresso na “casa” de um indivíduo poderá ocorrer nas seguintes situações: 
a) Com o consentimento do morador. 
b) Sem o consentimento do morador, sob ordem judicial, apenas durante o dia. 
Perceba que, mesmo com ordem judicial, não é possível o ingresso na casa do 
indivíduo durante o período noturno. 
c) A qualquer hora, sem consentimento do indivíduo, em caso de flagrante delito 
ou desastre, ou, ainda, para prestar socorro. 
 
Resumindo, a regra geral é que somente se pode ingressar na casa do indivíduo com 
o seu consentimento. No entanto, será possível penetrar na casa do indivíduo mesmo 
sem o consentimento, desde que amparado por ordem judicial (durante o dia) ou, a 
qualquer tempo, em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar socorro. 
 
Um importante questionamento surge: Quando começa e termina o dia? O assunto 
está longe de ser pacificado na doutrina, que oferece critérios distintos. Luiz Alberto 
David Araújo, que adota o critério da iluminação solar, ou seja, enquanto esta não se 
findar será́ dia. Portanto, dia é o período entre o alvorecer e o anoitecer. Estabelecer 
um critério fixo em horas seria temerário, visto que em algumas regiões do Brasil o sol 
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surge mais cedo e se põe mais tarde. Outra parte da doutrina vem entendendo como 
dia o horário que vai de 6:00h até as 18:00h e que nesse horário somente é permitido 
o ingresso em casa de terceiros nas hipóteses emergências ou de urgências como 
(flagrante, desastre, prestar socorro e autorização judicial). Em setembro de 2019, 
todavia, foi promulgada a Lei nº 13.869/2019 (Nova Lei de Abuso de Autoridade), que 
tipificou como crime a conduta daquele que cumpre mandado de busca e apreensão 
domiciliar após as 21h (vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas). 
 
Resumindo 
 
 
 
Inviolabilidade das comunicações 
 
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XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicaçõestelegráficas, 
de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem 
judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de 
investigação criminal ou instrução processual penal; 
A constituição, além da proteção ao sigilo da correspondência, há proteção ao sigilo 
de 3 formas de comunicações, com ressalva expressa em relação a duas delas: 
• Correspondência e Comunicação telegráfica – sem ressalva expressa; 
 
• Comunicações de dados e Comunicações Telefônica – com ressalva expressa, 
exigindo ordem judicial e nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para 
fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 
 
Logo a inviolabilidade de correspondência e comunicação telegráfica, pode-se dizer 
que a Constituição Federal não estabelece exceções quando a sua violabilidade, 
diferentemente das comunicações de dados e telefônicas, visto que essas podem 
ser violadas por ordem judicial para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal. Não é esse, todavia, o entendimento que prevalece. Como não 
há direito absoluto no ordenamento jurídico brasileiro, admite-se, mesmo sem 
previsão expressa na Constituição, que lei ou decisão judicial também possam 
estabelecer hipóteses de interceptação das correspondências e das comunicações 
telegráficas, sempre que a norma constitucional esteja sendo usada para acobertar a 
prática de ilícitos. 
 
Deve-se levar em conta que a violabilidade só e possível pelo poder Judiciário, e por 
obediência a harmonia dos poderes e da cláusula de reserva jurisdicional, proibindo 
neste caso o legislador infraconstitucional de autorizar a quebra de tal sigilo, bem 
como decisões administrativas. Em relação a CPIs podem determinar quebra do sigilo 
fiscal, bancário e de dados, incluindo os telefônicos (lista de ligações feitas e/ou 
recebidas) mas não podem determinar interceptação telefônica (escuta, grampo) por 
conta da cláusula de reserva jurisdicional. 
 
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Liberdade Profissional 
 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas 
as qualificações profissionais que a lei estabelecer; 
 
A Constituição assegura a liberdade do exercício de qualquer trabalho, ofício ou 
profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer. Trata-se de 
norma constitucional de eficácia contida, podendo a legislação infraconstitucional 
limitar o seu alcance, fixando condições ou requisitos para o pleno exercício da 
profissão. 
 
Cabe destacar ainda que o STF considerou constitucional o exame da Ordem dos 
Advogados do Brasil (OAB). Para a Corte, o exercício da advocacia traz um risco 
coletivo, cabendo ao Estado limitar o acesso à profissão e o respectivo exercício. Dessa 
forma, o exame de suficiência discutido seria compatível com o juízo de 
proporcionalidade e não alcançaria o núcleo essencial da liberdade de ofício. No 
concernente à adequação do exame à finalidade prevista na Constituição – assegurar 
que as atividades de risco sejam desempenhadas por pessoas com conhecimento 
técnico suficiente, de modo a evitar danos à coletividade – aduziu-se que a aprovação 
do candidato seria elemento a qualificá-lo para o exercício profissional. 
 
Ainda relacionada à liberdade do exercício profissional, destacamos entendimento do 
STF no sentido de que é inconstitucional a exigência de inscrição em conselho de 
fiscalização para exercício da profissão de músico. Nesse sentido, o STF entendeu 
que essa necessidade apenas será razoável quando houver potencial lesivo na 
atividade. A regra, portanto, é a liberdade, e, ademais, a atividade de músico encontra 
garantia na liberdade de expressão, enquanto manifestação artística. 
 
Por fim, destaca-se que o STF derrubou a requisição de diploma de jornalista para 
o exercício da profissão. 
 
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Liberdade de locomoção 
 
XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo 
qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens; 
 
De acordo com o art. 5º, XV, é livre a locomoção no território nacional em tempo de 
paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens. No entanto, aquele que sofrer ou estiver ameaçado de sofrer violência 
ou coação em sua liberdade de locomoção poderá utilizar-se do remédio 
constitucional do habeas corpus (art. 5º, inciso LXVIII, da CF). 
 
Destaca-se que não há direito fundamental absoluto, a livre locomoção pode ser 
restringida diante de exceções constitucionais. No estado de sítio, por exemplo, pode 
ser determinada às pessoas a obrigação de permanência em uma localidade 
determinada (art. 139, inciso I); detenção em edifício não destinado a acusados ou 
condenados por crimes comuns (art. 139, I); suspensão da liberdade de reunião 
(art. 139, inciso IV). 
 
 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e 
fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de 
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a lei admitir a 
liberdade provisória, com ou sem fiança; 
 
O direito à liberdade é uma regra prevista na Constituição, que somente em 
situações excepcionais e taxativas poderá ser violada. O inciso LXI do art. 5º da 
Constituição traz as hipóteses em que é possível a prisão: 
 
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• Flagrante delito 
• Por ordem de juiz, escrita e fundamentada 
• Transgressão militar ou crime propriamente militar 
 
 
 
 
Direito de reunião 
 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao 
público, independentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião 
anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à 
autoridade competente; 
 
O direito de reunião é um tema central do Estado de direito democrático, pois é 
através do exercício desta liberdade que os cidadãos podem exprimir livremente a sua 
opinião, criticar o poder, fazer exigências, enfim, erguer a voz contra a injustiça e 
opressão. António Francisco de Sousa afirma que sem liberdade de reunião e de 
manifestação não há verdadeira democracia. 
 
O direito de reunião está assegurado a todos, e, muito embora seja um direito pessoal, 
o seu exercício se dá de modo coletivo (havendo uma finalidade comum entre os 
participantes a atraí-los), devendo ser observados os seguintes requisitos 
constitucionais: 
 
• Reunião pacífica; 
• Sem armas; 
• Em locais abertos ao público; 
• Independentemente de autorização; 
• Desde que não fruste outra reunião anteriormente convocada para o mesmo 
local; 
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• Sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente. 
Em relação ao aviso prévio à autoridade competente como pressuposto para o 
exercício da liberdade de reunião, o STF decidiu que basta veicular informação que 
permita ao poder público zelar para que seu exercício se dê de forma pacífica ou para 
que não fruste outra reunião no mesmo local. Portanto, a reunião em local público 
independe de aviso prévio às autoridades. Segundo a Corte, a inexistência de 
notificação não torna a reunião ilegal. Numa democracia, o espaço público não é só 
de circulação, mas de participação. 
 
Professor, quando a Polícia pode interpretar como uma reunião 
armada? Para o STF deve ser aplicado o princípio da 
proporcionalidade e razoabilidade. 
Exemplo: Há uma reunião com 100 mil integrantes, 5 indivíduos de 
má índole levam armas, a reunião não deve ser finalizada, estes 5 
sujeitos devem ser retirados da reunião e a mesma deve prosseguir. 
 
 
Direito de associação 
 
XVII - é plena a liberdade de associaçãopara fins lícitos, vedada a de caráter 
paramilitar; 
 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas 
independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu 
funcionamento; 
 
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, exigindo-se, no primeiro caso, o 
trânsito em julgado; 
 
A liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar, é plena. 
Portanto, ninguém poderá ser compelido a associar-se e, uma vez associado, será livre, 
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também, para decidir se permanece associado ou não. 
 
A criação de associações e, na forma da lei, a de cooperativas independem de 
autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento. Têm elas 
autonomia para formular seus estatutos. 
 
As associações só podem ser dissolvidas por decisão judicial transitada em julgado. 
Além disso, suas atividades só podem ser suspensas por decisão judicial (neste caso, 
não há necessidade de trânsito em julgado); pode-se implementá-la por meio de 
provimentos antecipatórios ou cautelares. 
 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a permanecer associado; 
 
Dessa forma, ninguém pode ser obrigado a se associar (filiar-se a uma associação) ou 
a permanecer associado. 
 
XXI - as entidades associativas, quando expressamente autorizadas, têm 
legitimidade para representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente; 
 
Quando expressamente autorizadas, as entidades associativas têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou extrajudicialmente, podendo, como substitutas 
processuais, defender, em nome próprio, o direito alheio de seus associados. 
 
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Direito de propriedade 
 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação por 
necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, mediante justa e 
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos previstos nesta 
Constituição; 
 
Como regra geral, assegura-se o direito de propriedade, que deverá atender à sua 
função social. Esse direito não é absoluto, visto que é necessário que o proprietário 
dê à propriedade uma função social. 
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Assim, inicialmente, dispõe o artigo 5º, inciso XXIV, da CF, que a lei estabelecerá o 
procedimento para desapropriação por necessidade ou utilidade pública, ou por 
interesse social, mediante justa e prévia indenização em dinheiro. 
 
Nesta hipótese de desapropriação, por necessidade pública, utilidade pública ou 
interesse social, o Estado deverá promover a justa e prévia indenização em dinheiro. 
 
Observe bem o que a Constituição nos afirma: a indenização, no caso de 
desapropriação, será mediante prévia e justa indenização em dinheiro, ressalvadas 
algumas exceções determinadas constitucionalmente. Em outras palavras, há casos 
em que a indenização pela desapropriação não será em dinheiro. E quais são esses 
casos? 
a) Desapropriação para fins de reforma agrária: Nos termos do artigo 184, da CF, 
compete à União desapropriar, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não 
esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em títulos da 
dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real, resgatáveis no prazo de até 
20 (vinte) anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja utilização será definida 
em lei. 
 
b) Desapropriação de imóvel urbano não-edificado que não cumpriu sua função 
social: Conforme o artigo 182, parágrafo 4º, da CF fica facultado ao Poder Público 
municipal, mediante lei específica para área incluída no plano diretor, exigir, nos 
termos da lei federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou 
não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena de, dentre 
outras medidas, desapropriação, com pagamento mediante títulos da dívida pública 
de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até 
10 (dez) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da 
indenização e os juros legais. 
 
c) Desapropriação confiscatória. O artigo 243, da CF descreve uma modalidade de 
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desapropriação em que não há indenização ao proprietário, a chamada 
“desapropriação confisco” ou expropriação. Segundo o dispositivo, as propriedades 
rurais e urbanas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de 
plantas psicotrópicas ou a exploração de trabalho escravo na forma da lei serão 
expropriadas e destinadas à reforma agrária e a programas de habitação popular, sem 
qualquer indenização ao proprietário e sem prejuízo de outras sanções previstas 
em lei. 
 
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá 
usar de propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização 
ulterior, se houver dano; 
 
O dispositivo trata da requisição administrativa, que ocorre quando o Poder Público, 
diante de perigo público iminente, utiliza seu poder de império (de coação) para usar 
bens ou serviços de particulares. 
 
Esquematizando ... 
a) Em caso de iminente perigo público, o Estado pode requisitar a propriedade 
particular. 
b) A requisição é compulsória para o particular. 
c) A propriedade continua sendo do particular: é apenas cedida gratuitamente ao 
Poder Público. 
d) O perigo público deve ser iminente, ou seja, deve ser algo que acontecerá em breve. 
 
Direitos aos autores 
 
XXVII- aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, publicação ou 
reprodução de suas obras, transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei 
fixar; 
 
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XXVIII- são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e à 
reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades 
desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das obras que 
criarem ou de que participarem aos criadores, aos intérpretes e às 
respectivas representações sindicais e associativas; 
 
 
Protege-se, por meio desses incisos, o direito do autor. O inciso XXVII garante aos 
autores de obras literárias e artísticas possuem direitos perpétuos sobre as suas obras 
(mas não podem ser transmitidos a terceiros, se aqueles assim concordarem). Além 
disso, seus herdeiros terão os mesmos direitos, porém por tempo limitado, 
estabelecidos por lei. 
 
O inciso XXVIII garante a participação econômica nas obras coletivas, bem como o 
direito de fiscalização desse aproveitamento econômico. 
 
 
 
 
 
Propriedade industrial 
 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais privilégio 
temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, 
à propriedade das marcas, aos nomes de empresas e a outros signos 
distintivos, tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento 
tecnológico e econômico do País; 
 
Diferentemente dos autores de obras literárias e artísticas, os autores de inventos 
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industriais têm titularidade temporária sobre os direitos da criação. Essa limitação visa 
permitir que a indústria nacional possa se beneficiar mais rapidamente das inovações 
tecnológicas. 
 
Direito de Herança 
 
XXX - é garantido o direito de herança; 
 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será regulada 
pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, sempre 
que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do "de cujus"; 
 
O inciso XXXI dispõe sobre a sucessão de bens de estrangeirossituados no País, 
que será regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, 
sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do de cujus. Ou seja, a sucessão 
de estrangeiro domiciliado no Brasil reger-se-á pela lei brasileira. Contudo, se a lei 
nacional do de cujus estrangeiro, aqui domiciliado, for mais favorável ao cônjuge ou 
aos filhos brasileiros, aplicar-se-á aquele ordenamento jurídico. 
 
Proteção ao consumidor 
 
XXXII – o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do consumidor; 
 
O inciso XXXII é uma típica norma de eficácia limitada, uma vez que é necessária a 
edição de uma lei que determine a forma pela qual o Estado fará a defesa do 
consumidor. Essa lei já existe: é o Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal nº 
8.078/90). 
 
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Direito de informação 
 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu 
interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no 
prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado; 
 
Essa norma traduz o direito à informação o qual assegura que qualquer pessoa tem o 
direito de receber dos órgãos públicos informações de seu interesse particular ou de 
interesse coletivo em geral. Todavia, os órgãos públicos não precisam fornecer toda e 
qualquer informação de que disponham. As informações cujo sigilo seja 
imprescindível à segurança da sociedade e do Estado não devem ser fornecidas. 
Destaca-se que, também são imunes ao acesso as informações pessoais, que estão 
protegidas pelo art. 5º, X, da CF/88 que dispõe que ‘’são invioláveis a intimidade, a 
vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo 
dano material ou moral decorrente de sua violação”. 
 
Direito de petição e obtenção de certidões 
 
XXXIV – são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas: 
 
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a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
 
Assegura-se a todos, independentemente do pagamento de taxas: 
 
- o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direito ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
- a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimentos de situações de interesse pessoal. 
 
O direito de petição, previsto no artigo 5º, inciso XXXIV, alínea “a”, da CF, é um 
remédio administrativo, segundo o qual é assegurado a todos, independentemente 
do pagamento de taxas, o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de 
direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. Pode ter como destinatário qualquer 
órgão ou autoridade do poder Público, de qualquer um dos três poderes (Executivo, 
Legislativo e Judiciário) ou atém mesmo do Ministério Público. Todas as pessoas físicas 
(brasileiros ou estrangeiros) e pessoas jurídicas são legitimadas para peticionar 
administrativamente aos Poderes Públicos. 
O direito de petição não se confunde com o direito de ação (art. 5º, inciso XXXV, da 
CF), o qual permite buscar, especificamente, o Estado Juiz (Judiciário), para resolver 
um conflito de interesses. 
 
Destaca-se a Súmula Vinculante nº 21, do STF, dispõe que é inconstitucional a 
exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro ou bens para 
admissibilidade de recurso administrativo. 
 
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“É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de 
dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo”. 
 
 
 
 
 
 
O direito de certidão tem como finalidades a defesa de direitos e o esclarecimento de 
situações de interesse pessoal. Registrado o pedido de certidão, e não atendido de 
forma ilegal ou por abuso de poder, o remédio cabível será o mandado de segurança, 
e não o habeas data. 
 
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Acesso ao Judiciário 
 
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito; 
 
Trata-se do princípio da inafastabilidade de jurisdição, também nominado direito 
de ação, ou princípio do livre acesso ao Judiciário. 
 
O inciso XXXV do art. 5º da CF estabelece que a lei não excluirá da apreciação do 
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Por meio dele, tanto se assegura ao 
Judiciário o monopólio da jurisdição, quanto faculta à pessoa o direito de ação. Aqui 
assegura que todos tem direito ao acesso à justiça para postular direitos individuais 
ou coletivos. Aqui, apenas garante o direito de ação, não a garantia de uma sentença 
de mérito, pois esta é necessário que as partes apresentem as condições de uma ação. 
 
 
Destaca-se que isso não impede que o particular recorra administrativamente ao ter 
um direito seu violado: ele poderá fazê-lo, inclusive apresentando recursos 
administrativos, se for o caso. Entretanto, todas as decisões administrativas estão 
sujeitas a controle judicial, mesmo aquelas das quais não caiba recurso administrativo. 
 
 
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Inexiste a obrigatoriedade de esgotamento da via administrativa para que a parte 
possa acessar o Judiciário, ou seja, quaisquer litígios, estejam eles concluídos ou 
pendentes de solução na esfera administrativa, podem ser levados ao Poder Judiciário. 
 
 
Todavia, há algumas exceções que somente é possível acionar o Poder Judiciário 
depois de prévio requerimento administrativo: 
 
a) habeas data: um requisito para que seja ajuizado o habeas data é a negativa ou 
omissão da Administração Pública em relação a pedido administrativo de acesso a 
informações pessoais ou de retificação de dados. 
 
b) requerimento judicial de benefício previdenciário: antes de recorrer ao Poder 
Judiciário para que lhe conceda um benefício previdenciário, faz-se necessário o 
prévio requerimento administrativo ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Sem 
o prévio requerimento administrativo, não haverá interesse de agir do segurado. 
 
c) controvérsias desportivas: o art. 217, § 1º, da CF/88, determina que “o Poder 
Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após 
esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.” 
 
Segurança jurídica 
 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a 
coisa julgada; 
 
Como regra, conferindo estabilidade às relações jurídicas, o constituinte originário 
dispôs que alei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa 
julgada. 
 
O art. 6º da LINDB – Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-lei nº 
4.657/42) assim define os institutos: 
• Direito adquirido: direito que o seu titular, ou alguém por ele, possa exercer, 
como aquele cujo começo do exercício tenha termo prefixo, ou condição 
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preestabelecida inalterável, a arbítrio de outrem; 
 
• Ato jurídico perfeito: ato já consumado segundo a lei vigente ao tempo em 
que se efetuou; 
 
• Coisa julgada: decisão judicial de que não caiba mais recurso. 
 
Consideram-se adquiridos os direitos que o seu titular, ou alguém por ele, possa 
exercer, como aqueles cujo começo do exercício tenha termo pré-fixo, ou condição 
pré-estabelecida inalterável, a arbítrio de outrem (p. ex.: o preenchimento de todos os 
requisitos para a aposentadoria; a aquisição do direito às férias). 
 
Juiz Natural 
 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
 
O dispositivo estabelece o princípio do juiz natural,um dos corolários do Estado 
Democrático de Direito, cuja premissa básica é garantir ao cidadão ser processado e 
julgado por juiz investido de competência, delineada abstratamente, de forma 
objetiva, com observância de critérios definidos em normas regimentais, previamente 
determinadas. Segundo o entendimento de Alexandre de Moraes, “tribunal de 
exceção é aquele criado após o cometimento do fato. Considera-se que neste tribunal 
há uma predisposição para condenar o réu, uma vez que foi instituído para proceder 
a um julgamento predeterminado, comprometendo a imparcialidade do juiz”. 
 
Segundo a doutrina, ‘’o conteúdo jurídico do princípio pode ser resumido na 
inarredável necessidade de predeterminação do juízo competente, quer para o 
processo, quer para o julgamento, proibindo-se qualquer forma de designação de 
tribunais para casos determinados. Na verdade, o princípio em estudo é um 
desdobramento da regra da igualdade. 
 
 
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Dessa forma, a doutrina caracteriza a garantia do juiz natural como tridimensional: 
 
• Não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
• Todos têm direito de submeter-se a julgamento (civil ou penal) por juiz 
competente, pré-constituído na forma da lei; 
• O juiz competente tem de ser imparcial. 
 
 
 
Tribunal do Júri 
 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der 
a lei, assegurados: 
 
a) a plenitude de defesa; 
 
b) o sigilo das votações; 
 
c) a soberania dos veredictos; 
 
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra a vida; 
 
 
O tribunal do júri é um tribunal popular, composto por um juiz togado, que o preside, 
e vinte e cinco jurados, escolhidos dentre cidadãos do Município (Lei Federal nº 
11.689/08) e entre todas as classes sociais. Segundo a doutrina, é visto como uma 
prerrogativa do cidadão, que deverá ser julgado pelos seus semelhantes. 
 
O tribunal do júri possui competência para julgamento de crimes dolosos contra a 
vida, porém essa regra de competência não é absoluta. Isso porque não alcança os 
detentores de foro especial por prerrogativa de função previsto na CF. Então, conclui-
se que o foro por prerrogativa de função prevalece sobre a competência do tribunal 
do júri, desde que esse foro especial decorra diretamente da Constituição Federal. 
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Sigamos nosso estudo, a dogmática constitucional prescreve quatro premissas 
básicas, norteadoras da atuação legislativa infraconstitucional, quando proceder à 
organização do Tribunal do Júri: 
 
• A plenitude de defesa prevista no Tribunal do Júri estabelece a utilização de 
todos os meios de defesa possíveis, tem o acusado o direito já garantido pela 
própria Constituição Federal, direito a ampla defesa. Contudo, o STF decidiu 
que a tese da “legítima defesa da honra” contraria os princípios constitucionais 
da dignidade da pessoa humana e da proteção à vida e da igualdade de gênero. 
Por isso, ela não pode ser usada em nenhuma fase do processo penal nem 
durante o julgamento perante o Tribunal do Júri, sob pena de nulidade. 
• O sigilo das votações significa que a opinião dos jurados deve ser resguardada, 
para que suas atuações não fiquem limitadas nem cercadas de 
constrangimentos, o que impediria que, por fatores outros, a verdade no 
julgamento prevalecesse 
 
• A soberania dos veredictos estabelece que as decisões do tribunal do júri não 
podem ser modificadas por outro órgão, no entanto há a possibilidade de 
impetrar recurso quando as decisões forem contrarias aos autos, podendo 
haver o pedido de um novo júri ou mesmo de uma revisão criminal. 
 
• A competência par julgamento dos crimes dolosos contra a vida é do 
Tribunal do Júri. Nada impede que outras competências sejam atribuídas ao 
Tribunal do Júri. Mas não é possível retirar a competência que lhe foi 
constitucionalmente conferida. Assim, cumpre destacar que são crimes dolosos: 
homicídio (tentado e consumado); instigação, auxílio ou induzimento ao suicídio; 
infanticídio; e aborto. 
 
 
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Legalidade e anterioridade da lei penal incriminadora. Irretroatividade da lei 
penal ‘’in pejus’’ 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia 
cominação legal; 
 
O art. 5º, inciso XXXIX, da CF/88, consagra a regra do nullum crimen nulla poena sine 
praevia lege. Destaca-se que, assim, de uma só vez, assegura tanto o princípio da 
legalidade (ou reserva legal), na medida em que não há crime sem lei que o defina, 
nem pena sem cominação legal, como o princípio da anterioridade, visto que não 
há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
 
Segundo o Prof. Cezar Roberto Bitencourt, “pelo princípio da legalidade, a elaboração 
de normas incriminadoras é função exclusiva da lei, isto é, nenhum fato pode ser 
considerado crime e nenhuma penalidade criminal pode ser aplicada sem que antes da 
ocorrência deste fato exista uma lei definindo-o como crime e cominando-lhe a sanção 
correspondente”. 
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O princípio da legalidade ou da reserva legal impõe que a criação de um tipo penal 
somente pode ser feita por lei em sentido estrito, lei ordinária ou lei complementar. 
 
O princípio da anterioridade penal informa que uma determinada ação ou omissão 
somente pode ser tida como crime – e punida de acordo – se prevista como tal por 
uma lei que lhe seja anterior – à ação ou omissão. 
 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu; 
 
Via de regra, a lei penal (e as leis em geral) não retroagem, o que quer dizer que, uma 
vez em vigor, a lei penal somente produzirá efeito para as situações que ocorrem dali 
em diante. 
 
Todavia, é importante termos em mente que a lei penal poderá, em certos casos, 
retroagir. É o que se chama de retroatividade da lei penal benigna: a lei penal 
poderá retroagir, desde que para beneficiar o réu. Dizendo de outra forma, a “novatio 
legis in mellius” retroagirá para beneficiar o réu. 
 
Então, conclui-se que a lei penal favorável ao réu sempre retroagirá para beneficiá-lo, 
mesmo que tenha ocorrido trânsito em julgado de sua condenação. Por outro lado, a 
lei penal mais gravosa ao indivíduo só alcançará fatos praticados após sua vigência. 
É a irretroatividade da lei penal mais grave: a “novatio legis in pejus” não retroage. 
 
 
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Crimes constitucionais 
 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades 
fundamentais. 
XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito 
à pena de reclusão, nos termos da lei; 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou 
anistia a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, 
o terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo 
os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, 
civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
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O art. 5º, XLI, da CF, dispõe que não basta que o Estado Brasileiro respeite os direitos 
e liberdades fundamentais, ele deve, além disso, punir àqueles que não os respeitam 
e fazem discriminações que os ofendam. 
 
O inciso XLII, da CF, afirma que a pratica do racismo é crime inafiançável e 
imprescritível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei. 
 
O inciso XLII dispõe que são crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a 
prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os 
definidos como crimeshediondos, por eles respondendo os mandantes, os executores 
e os que, podendo evitá-los, se omitirem. 
 
O inciso XLIV estabelece que é crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos 
armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático. 
 
 
 
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Intranscedência da pena 
 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, podendo a 
obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de bens ser, nos 
termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles executadas, até o limite 
do valor do patrimônio transferido; 
 
 Esse dispositivo consagra o princípio da intranscendência das penas, também 
denominado pela doutrina de princípio da intransmissibilidade das penas. Dessa 
forma, a CF garante que a pena não passará da pessoa do condenado, ou seja, 
ninguém (nem mesmo os sucessores do condenado) deve responder pelos crimes 
executados por outrem. 
 
Todavia, no que diz respeito à obrigação de reparar o dano e à decretação do 
perdimento de bens, o princípio da intranscedência das penas não se aplica a essas 
situações. Dessa forma, a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento 
de bens podem ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles 
executadas, mas apenas até o limite do valor do patrimônio transferido. 
 
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Individualização e tipos de penas 
 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as 
seguintes: 
 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
 
O inciso XLVI prevê o princípio da individualização da pena, que determina que a 
aplicação da pena deve ajustar-se à situação de cada imputado, levando em 
consideração o grau de reprovabilidade (censurabilidade) de sua conduta e as 
características pessoais do infrator. 
 
A Constituição Federal prevê um rol não-exaustivo de penas que podem ser adotadas 
pelo legislador. 
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i) a privação ou restrição de liberdade; 
ii) a perda de bens; 
iii) multa; 
iv) prestação social alternativa; e 
v) suspensão ou interdição de direitos. 
 
Dessa forma, como se trata de um rol meramente exemplificativo, poderá a lei criar 
novos tipos de penalidade, desde que não estejam entre aquelas vedadas pelo art. 5º, 
XLVII, da CF. 
 
XLVII- não haverá penas: 
 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, 
XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
 
 
O inciso XLVII estabeleceu um rol exaustivo de penas inaplicáveis no ordenamento 
jurídico brasileiro. Pela interpretação, extrai-se que a pena de morte é admitida no 
Brasil em tempos de guerra externa declarada, vedada em qualquer outra época. 
 
No tocante à proibição de pena de caráter perpétuo, o art. 75 do CP prescreve que 
o tempo de cumprimento das penas privativas de liberdade não pode ser superior a 
40 anos. Trata-se de redação dada pela Lei nº 13.964/2019 (Pacote Anticrime), que 
aumentou o tempo máximo de 30 para 40 anos. 
 
Sobre a pena de banimento consiste em impor ao condenado a retirada do território 
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brasileiro por toda sua vida, bem como a perda da cidadania brasileira. A pena cruel 
é a que infringe sofrimento físico ou mental, sendo comparável à tortura. 
 
 
Direitos dos presos 
 
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com 
a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer 
com seus filhos durante o período de amamentação; 
 
O inciso XLVIII determina que a execução penal seja realizada de maneira 
individualizada, de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado. 
Então, presos de diferentes características e personalidades devem ser segregados, de 
forma a proteger os mais vulneráveis e, além disso, evitar que os menos perigosos 
sejam ‘’contaminados’’ pelos menos perigosos. 
 
 
 
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O inciso XLIX é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral. 
 
 
 
O inciso L da CF garante às mães o direito à amamentação e ao contato com o filho, 
permitindo que a criança tenha acesso ao leite materno. 
 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão 
comunicados imediatamente ao juiz competente e à família do preso ou à 
pessoa por ele indicada; 
 
Importante salientar que no Brasil não existe ‘’prisões secretas’’. Sempre que alguém 
for preso, tanto o ato de prisão como o local onde a pessoa está detida serão 
comunicados: 
• À família do acusado (ou àquele que ele indicar), para que ele possa ter a 
assistência necessária (contratação de advogado, recebimento de visitas, etc.). 
• Ao juiz competente, para que este possa apreciar a legalidade da prisão. Se a 
prisão for ilegal, o juiz deverá soltar imediatamente o acusado, conforme dispõe 
o inciso LXV. 
 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de 
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permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da família e de 
advogado; 
 
Imediatamente à prisão do acusado, a autoridade policial deverá informá-lo a respeito 
de seus direitos, os quais incluem: 
• Direito a permanecer calado: ninguém pode ser obrigado a produzir prova 
contra si mesmo. O preso tem o direito de ficar calado perante o delegado e 
perante o juiz, se preferir não se manifestar. 
• Assistência à família 
• Assistência de um advogado 
 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou 
por seu interrogatório policial; 
 
 
Extradição 
 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de 
crime comum, praticado antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, na forma da 
lei; 
 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime político ou de 
opinião; 
 
Extradição é o envio ao estrangeiro de pessoa que lá tenha cometido um crime para 
que seja julgado e punido. 
Há 2 (dois) tipos de extradição: 
• a extradição ativa; e 
• a extradição passiva. 
A extradição ativa acontecerá quando o Brasil requerer a um outro Estado 
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estrangeiro a entrega de um indivíduo para que aqui seja julgado ou punido; por sua 
vez, a extradição passiva ocorrerá quando um Estado estrangeiro requerer ao Brasil 
que lhe entregue um indivíduo. 
 
O brasileiro nato nunca será extraditado. Já o brasileiro naturalizado somente o pode 
ser em dois casos: 
• Se comprovada participação em tráfico de drogas praticados no exterior (não 
importa se aconteceu antes ou depois da naturalização); 
• No caso de crime comum praticado antes da naturalização (crime comum é 
aquele que não é crime político ou de opinião). 
 
Ninguém será extraditado (seja estrangeiro, seja brasileiro naturalizado) por crime 
político ou de opinião. 
 
 
 
Importante destacar algumas características da extradição: 
• Reciprocidade (ou tratado). 
• Princípio da especialidade. 
• Detração do tempo de prisão. 
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• Comutação. 
• Princípio dupla incriminação/dupla tipicidade e dupla punibilidade. 
• Vedação a pena de morte, pena cruel e pena de trabalhos forçados. Sendo 
como tempo máximo de prisão de 40 anos. 
• Não pode o país de destino agravar a pena por motivo político. 
• O Brasil não extradita para julgamento perante juízo ou tribunalde exceção. 
 
Princípio do devido processo legal 
 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido 
processo legal; 
 
O princípio do devido processo legal (due process of law) é uma das garantias 
constitucionais mais amplas e relevantes. Seguindo as premissas estabelecidas por 
Nelson Nery Junior, “devido processo legal é o conjunto de normas, garantias e 
princípios, que tem por objetivo resguardar os direitos fundamentais do indivíduo, 
principalmente a vida, liberdade e patrimônio, durante o desenrolar do processo, que 
deve ser finalizado em prazo razoável, de modo a permitir a justa composição da lide”. 
 
 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em 
geral são assegurados o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos 
a ela inerentes; 
 
As garantias do contraditório e da ampla defesa são corolários do princípio do 
devido processo legal, isto é, dele decorrem diretamente. 
 
• Ampla defesa: possibilidade de produção probatória maximizada. 
• Contraditório: manifestação sobre provas/pedidos da parte contrária. 
 
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A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal tem garantido a amplitude do direito 
de defesa, o exercício do contraditório e o devido processo legal (CRFB/88, art. 5o, LIV 
e LV) mesmo que em sede de inquéritos policiais e/ou processos originários, cujos 
conteúdos devam ser mantidos sob sigilo. 
 
O STF entende que, nos processos administrativos disciplinares, a ampla defesa e o 
contraditório podem ser validamente exercidos independentemente de advogado. 
Dessa forma, em um PAD instaurado para apurar infração disciplinar praticada por 
servidor, não é obrigatória a presença de advogado. Com base nesse entendimento, 
o STF editou a Súmula Vinculante nº 5: ‘’A falta de defesa técnica por advogado no 
processo administrativo disciplinar não ofende a Constituição.’’ 
Nessa esteira de pensamento surgiu a Súmula Vinculante 14: “É direito do defensor, 
no interesse do representado, ter acesso amplo aos elementos de prova que, já́ 
documentados em procedimento investigatório realizado por órgão com 
competência de polícia judiciaria, digam respeito ao exercício do direito de defesa”. 
 
Inadmissibilidade das Provas Obtidas por Meios Ilícitos 
 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos; 
 
A doutrina distingue o conceito de prova ilícitas e prova ilegítimas. As provas ilícitas, 
são aquelas que são obtidas com violação de direito material. Já as provas ilegítimas 
são aquelas que são obtidas por normas de direito processual. 
 
Provas Ilícitas 
Quando as provas são obtidas por meios ilícitos são consideradas nulas, devendo ser 
desentranhas do processo. 
 
Prova Ilícita por derivação – teoria do fruto da árvore envenenada (art. 157, §§ 
1° e 2° CPP) 
Provas que decorrem de uma prova ilícita originária, se houver demonstração de nexo 
causal entre elas ou quando derivadas não puderem ser obtidas na forma 
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independente, serão consideradas ILÍCITAS. 
Ex.: É o caso da confissão extorquida mediante tortura, que venha a fornecer 
informações corretas a respeito do lugar onde se encontra o produto do crime, 
propiciando a sua regular apreensão. 
 
Conduto, caso as provas derivadas não possui nexo causal, ou seja, é derivada da 
prova originária considerada ilícita, não será considerada contaminada. 
 
Descoberta Inevitável 
É a possibilidade da utilização de uma prova ilícita por derivação, caso fique 
demonstrado que ela seria, de qualquer modo, descoberta por meios lícitos no curso 
normal da investigação, ou seja, é aquela que seguindo os tramites que já estava em 
andamento, chegaria ao mesmo resultado. 
 
Fonte independente 
De acordo com art. 157, § 1º do CPP, o legislador excepciona o caso em que as provas 
derivadas puderem ser obtidas por uma fonte independente da prova ilícita. 
 
Provas Ilegítimas 
As provas ilegítimas são aquelas produzidas a partir da violação de normas de 
natureza eminentemente processual, não havendo prejuízo ao réu elas podem ser 
aproveitadas, caso seja um vicio insanável, ela é refeita. 
Ex.: Perícia por apenas um perito não-oficial (Art. 159, § 1°, CPP); reconhecimento 
judicial do réu sem observância das formalidades (Art. 226 do CPP). 
 
Serendipidade 
A serendipidade consiste na descoberta fortuita de delitos que não são objetos da 
investigação. 
1º Grau: As provas fortuitas encontradas de fatos conexos com os fatos investigados. 
2º grau: As provas fortuitas encontradas não possuem relação com os fatos sob 
investigação. 
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Princípio da Presunção da Inocência (de não culpabilidade) 
 
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença 
penal condenatória; 
 
Alguns doutrinadores fazem distinção do princípio presunção de inocência com o 
princípio da não culpabilidade, vez que o primeiro se encontra amparo no pacto de 
são José da Costa Rica. 
 
Convenção Americana de Direitos Humanos (CADH) Art. 8º § 2º Toda pessoa 
acusada de um delito tem direito a que se presuma sua inocência, enquanto 
não for legalmente comprovada a sua culpa. 
 
O princípio da presunção de inocência estabelece que que o acusado deve ser tratado 
como inocente, devendo o acusado, via de regra, responder ao processo em liberdade. 
Ex.: eliminação em concurso público com base em investigação em curso ou ação 
penal em andamento 
 
Situação jurídica de Inocência → inocência não é presumida, já existe desde o 
nascimento, persistindo até o trânsito em julgado da sentença penal condenatória 
(Eugênio Pacelli). 
 
Súmula 444 – É vedada a utilização de inquéritos policiais e ações penais em 
curso para agravar a pena-base. 
 
 
- Ônus da prova: em regra da acusação, devendo esta, fazer a prova dos fatos 
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constitutivos deste direito. 
 
Prisões cautelares 
A privação cautelar da liberdade de locomoção somete se justifica em hipóteses 
estritas, ou seja, a regra é que o acusado permaneça em liberdade durante o processo, 
enquanto que a imposição de medidas cautelares pessoais é a exceção. Somente se 
presentes os requisitos do art. 312 CPP, que são: garantia da ordem pública, 
conveniência da instrução penal e aplicação da lei penal. 
 
ATENÇÃO! NÃO É POSSÍVEL A EXECUÇÃO PROVISÓRIA DA PENA (ADCs 43, 44 e 
54) 
 
 
 
Remédios Constitucionais 
Os remédios constitucionais são garantias, ou seja, soluções dadas pelo legislador 
constituinte para a violação ou a ameaça de violação a os direitos constitucionais. 
 
Temos remédios constitucionais de natureza administrativa, que são o direito de 
informação, direito de petição e direito de certidão, e remédios de natureza judicial: o 
habeas corpus, o mandado de segurança (individual e coletivo), o mandado de 
injunção (individual e coletivo), o habeas data e a ação popular. 
 
Os remédios administrativos recebem essa designação porque são utilizados perante 
a Administração Pública. Por sua vez, os remédios judiciais são utilizados junto ao 
Poder Judiciário como verdadeiras ações constitucionais. 
 
Habeas Corpus 
LXVIII - conceder-se-á habeas corpus sempre que alguém sofrer ou se achar 
ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por 
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ilegalidade ou abuso de poder; 
 
O habeas corpus é uma espécie de remédio constitucional de natureza judicial que 
visa a garantir a liberdade de locomoção em face de ilegalidades ou abusos de poder. 
 
Espécies de Habeas Corpus 
Há dois tipos habeas corpus: preventivo e repressivo. 
a) Preventivo 
É também chamado de salvo conduto, sendo utilizado quando houver ameaça à 
liberdade de locomoção,devendo ainda, ser demonstrado a necessidade ou indicativo 
e que torne provável a ilegalidade e o abuso de poder. 
 
b) Repressivo 
Chamado de liberatório, utilizado quando já houver uma efetiva coação à liberdade 
de locomoção. 
 
Partes 
a) Impetrante 
É uma ação constitucional de natureza penal, cuja legitimidade ativa é universal, 
alcançando o Ministério Público e qualquer um do povo, nacional ou estrangeiro, 
independentemente de capacidade civil, de idade, de sexo, de estado mental, 
podendo ingressar em benefício próprio ou alheio 
 
Obs.: A jurisprudência do STF admite, também, que pessoa jurídica entre com o 
habeas corpus. Num primeiro momento, isso pode soar estranho, uma vez que a 
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pessoa jurídica não tem liberdade de locomoção. Na verdade, nesse caso, a pessoa 
jurídica é, apenas, a impetrante, tendo obrigatoriamente uma pessoa física como 
beneficiária da ordem (exemplo: empresa em benefício de seu diretor). 
 
b) Paciente 
É a parte que está sofrendo a restrição indevida a sua liberdade de locomoção, 
alcançando-se qualquer pessoa física. 
 
c) Impetrado (Autoridade Coatora) 
Como autoridade coatora, podem figurar tanto as autoridades públicas (situação mais 
comum), quanto pessoas privadas. 
Ex.: diretor de um hospital privado que determina a retenção de paciente que se 
encontra internado até que seja paga a conta do hospital. 
 
Características 
- Exigência de prova pré constituída 
- Ausência de dilação probatória 
- Ação Constitucional gratuita 
- Não necessita de advogado 
- Não necessita de formalidade 
- Vedado habeas corpus apócrifo 
- Sempre em língua estrangeira 
 
Obs.: se o estrangeiro for o próprio impetrante do habeas corpus, a jurisprudência do 
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STF estabelece que é obrigatório o uso do vernáculo (língua portuguesa), haja vista 
que o art. 13 determina que “a língua portuguesa é o idioma oficial da República 
Federativa do Brasil”. 
 
- É cabível liminar 
- Habeas Corpus pode ser concedido de ofício 
- Em julgamentos colegiados, em caso de empate concede-se a ordem 
 
 
Não cabe Habeas Corpus: 
- Não cabe habeas corpus contra decisão condenatória à pena de multa ou relativo a 
processo em curso por infração penal a que a pena pecuniária seja a única cominada 
(Súmula n. 693, STF); 
- Não cabe habeas corpus contra a imposição de pena de exclusão de militar ou de 
perda de patente ou função pública (Súmula n. 694, STF); 
- Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade (Súmula n. 
695, STF); 
- Não cabe habeas corpus contra determinação de perda da função pública, como 
efeito secundário da pena (HC n. 145.275, STJ); 
- Não cabe habeas corpus para pai garantir direito de visita a filho menor; 
- Não cabe habeas corpus originário para o Tribunal Pleno de decisão de Turma, ou 
do Plenário, proferida em habeas corpus ou no respectivo recurso (Súmula n. 606, 
STF). 
- Não cabe habeas corpus em relação a punições disciplinares militares art. 142, § 2º, 
da CF/88) 
 
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Mandado de Segurança 
LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, 
não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela 
ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica 
no exercício de atribuições do Poder Público; 
 
São requisitos para a utilização do mandado de segurança: 
a) Ato comissivo ou omissivo de autoridade pública ou de particular que exerça 
atribuições próprias do Poder Público; 
Ex.: quando ocorre negativa injustificada do direito de reunião, petição ou certidão. 
Obs.: equipara-se os representantes de partidos políticos 
 
Atenção! Somente será cabível Mandado de segurança contra ato de 
diretor de Sociedade de Economia Mista ou de Empresa Pública, em 
relação aos seus atos de gestão pública. 
 
b) Ilegalidade ou abuso de poder; 
Podem decorrer de ação ou omissão estatal 
Ex.: ausência de nomeação de candidato em concurso público 
 
c) Lesão ou ameaça de lesão a direito líquido e certo; 
d)Tratar-se de direito líquido e certo não amparado por habeas corpus ou habeas 
data (Natureza residual) 
 
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O que direito líquido e certo? Direito líquido e certo indica as condições de provar 
imediatamente a situação de fato, através de provas documentais pré-constituídas, 
sem a necessidade de dilação probatória. 
 
Características 
- Natureza jurídica: civil, ainda que impetrado contra ato do juízo criminal 
Ação constitucional mandamental (art. 5º, LXIX e LXX). 
- Legitimidade ativa: Qualquer pessoa física ou jurídica que satisfaça as condições 
para o exercício do direito de ação. 
- Legitimidade passiva: Em regra a autoridade pública ou concessionária ou 
permissionária de função pública. 
- Competência: Difusa (ver arts. 102, I, d; 105, I, b; 108, I, c; 109, VIII). 
- Prazo: decadencial de 120 dias para a impetração 
Obs.: somente se aplica ao MS repressivo 
- É necessário advogado para impetrar mandado de segurança. 
- Não é gratuito 
- Não tem efeitos patrimoniais diretos 
- Não é cabível condenação em honorários advocatícios 
 
Espécies de Mandado de Segurança 
Preventivo Repressivo 
Será cabível antes de o direito líquido e 
certo ser violado. 
- Não há prazo para a impetração 
Será cabível após a violação ao direito 
líquido e certo. 
- Só pode ser impetrado dentro do prazo 
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decadencial de 120 dias 
 
 
Não cabe Mandado de segurança: 
- Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial da qual caiba recurso com 
efeito suspensivo (art. 5º, II, LMS). 
- Não cabe mandado de segurança contra decisão judicial transitada em julgado (art. 
5º, III, da LMS e Súmula n. 268, STF). 
- Não cabe mandado de segurança contra lei em tese (Súmula n. 266 do STF) 
- Não cabe mandado de segurança contra ato do qual caiba recurso administrativo 
com efeito suspensivo, independentemente de caução (art. 5º, I, da LMS e Súmula n. 
267, STF). 
- Não cabe mandado de segurança contra decisões interlocutórias proferidas no 
âmbito dos Juizados Especiais (RE n. 576.847, STF). 
- Não cabe mandado de segurança, interposto pelo Ministério Público, para atribuir 
efeito suspensivo a recurso que não o possua (HC n. 299.398, STJ) 
 
Mandado de Segurança Coletivo 
LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou 
associados. 
O mandado de segurança coletivo tem por objetivo a preservação de direito líquido 
e certo não amparado por Habeas Corpus ou Habeas Data, quem tenha a 
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características de serem direitos coletivos ou individuais homogêneos. 
 
Legitimados: 
- Partidos Políticos com representação no Congresso Nacional 
- Sindicato ou entidade de classe 
- Associação, em pleno funcionamento há, pelo menos, um ano. 
 
Atenção! Não é necessário que haja autorização expressa dos 
sindicalizados/associados para o mandado de segurança coletivo (Súmula 
n. 629 do STF) 
 
Quando se fala no direito de associação – inciso XXI do art. 5º – estamos diante de 
regra que atrai o instituto da representação processual (RMS n. 21.514, STF). 
 
Ação Popular 
LXXIII – qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular 
ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à 
moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento das custasjudiciais e do ônus da 
sucumbência; 
A ação popular tem por objetivo preservar princípios que estejam sendo violados, 
tratando-se assim, do exercício da cidadania. 
São requisitos para ação popular: 
- Lesividade ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe; 
- Lesividade à moralidade administrativa; 
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- Lesividade ao meio ambiente; 
- Lesividade ao patrimônio histórico e cultural. 
 
Características: 
- Legitimidade ativa: Somente a pessoa física que, além de nacional, esteja na fruição 
plena de seus direitos políticos. 
Obs.: A ação é acompanhada e fiscalizada pelo Ministério Público no qual poderá 
assumir a titularidade em caso de omissão ou abandono do autor inicial. 
- Legitimidade passiva: Todas as pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, 
em nome das quais foi praticado o ato ou contrato a ser anulado; e todos aqueles que 
seriam beneficiários do ato que se reputa lesivo. 
- Competência: Justiça federal e estadual de primeira instância. 
Obs.: Caberá ao STF julgar ação popular quando a decisão criar um conflito entre o 
Estado e a União. 
- Natureza Jurídica: Ação constitucional de natureza difusa. 
- Objeto: Impedir ou fazer cessar qualquer dano à moralidade administrativa, ao 
patrimônio público, ao meio ambiente sustentável e ao patrimônio histórico e cultural. 
- Independe de prejuízo material aos cofres públicos. 
Isso porque o prejuízo pode ser de outras ordens, como ao patrimônio moral, cultural 
ou histórico (STF, ARE 824.781). 
- Não há foro por prerrogativa de função 
- Em caso de improcedência há reexame necessário 
- O autor da ação é isento de custas e sucumbências, exceto se demonstrada má-
fé. 
 
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Não podem propor ação popular: 
- Estrangeiros (excetuando-se os portugueses, desde que haja reciprocidade); 
- Apátridas (heimatlos); 
- Inalistáveis; inalistados; 
- Partidos políticos; 
- Organizações sindicais; e quaisquer outras pessoas jurídicas; 
- Brasileiros com direitos políticos suspensos ou que os tenham perdido (art. 15, 
CF/88). 
 
 
 
 
 
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Mandado de Injunção – MI 
No contexto das ações, “remédios” constitucionais, o mandado de injunção será 
proposto sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania (art. 5º, inciso LXXI, da CF). 
 
Segundo a sua eficácia social, as normas constitucionais podem ser divididas em 
normas de eficácia plena, contida e limitada. 
 
As normas constitucionais de eficácia social limitada são aquelas que precisam de uma 
complementação normativa para produzir efeitos, não bastando apenas a previsão 
constitucional. Sua aplicabilidade é, então, mediata, indireta ou diferida. Essa 
“complementação” normativa é feita, normalmente, por uma lei. 
 
É, justamente, a demora injustificada dos poderes públicos em editar tal norma, que 
justifica a propositura do mandado de injunção, que pode ser individual ou coletivo. 
 
Se julgada procedente, a ação permite que o titular do direito possa exercê-lo, 
imediatamente, valendo-se dos parâmetros estabelecidos na decisão e até que a 
norma complementar seja editada. 
 
Aqui é importante conhecermos a Súmula Vinculante n. 33, do Supremo Tribunal 
Federal (STF), a qual foi aprovada após a propositura de inúmeros mandados de 
injunção e visando, justamente, a redução do número de ações: 
o “Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da 
previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, 
inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica”. 
 
 
 
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5 Resumo – Remédios Constitucionais 
 
 
 
 
QUADRO RESUMO DOS REMÉDIOS CONSTITUCIONAIS 
REMÉDIO INCISO OBJETIVO RESUMO 
 
Habeas Corpus 
(HC) 
 
LXVIII e 
LXXVII 
Proteger a liberdade de 
locomoção, já retirada ou 
sob ameaça de sê-lo (ainda 
que de modo indireto) 
Pode ser impetrado em face de 
autoridade (abuso de poder) ou de 
particular (ilegalidade). É gratuito. 
De natureza penal. Pode ser 
preventivo ou repressivo 
 
Habeas Data (HD) 
 
LXXII e 
LXXVII 
a) Para conhecer informações 
pessoais em registros 
públicos ou de caráter 
público 
b) Para retificar dados 
A pessoa pode preferir fazer a 
retificação por outro meio, 
sigiloso, seja judicial ou 
administrativo 
É gratuito e depende de prévia 
negativa administrativa 
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Mandado de 
Segurança (MS) 
 
LXIX 
Proteger direito líquido e 
certo não amparado por HC 
ou HD 
É impetrado em face de autoridade 
pública ou de agente de pessoa 
jurídica no exercício de atribuições 
do poder público. 
 
Mandado de 
Segurança 
Coletivo (MSC) 
 
LXX 
Igual ao MS, sendo que a 
defesa é feita por partido 
político ou por ente coletivo 
agindo em defesa dos 
interesses de seus membros 
ou associados 
O partido político tem que ter 
representação no Congresso 
Nacional. Todavia, o requisito de 
um ano de constituição civil é 
exigido apenas para as entidades 
de classe ou organizações 
sindicais. 
 
Mandado de 
Injunção (MI) 
 
LXXI 
Suprir a falta de norma 
regulamentadora que torne 
inviável o exercício de 
direitos e liberdades 
constitucionais e das 
prerrogativas básicas. 
São consideradas prerrogativas 
básicas as inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. 
 
Ação Popular (AP) 
 
LXXIII 
Anular ato lesivo ao 
patrimônio público, histórico 
e cultural, ao meio ambiente 
ou à modalidade 
administrativa. 
Pode ser proposta por qualquer 
cidadão. Salvo comprovada má-fé, 
o autor está isento de custas 
judiciais e dos ônus da 
sucumbência. 
 
6 Gratuidade na prestação da assistência jurídica 
LXXIV – o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que 
comprovarem insuficiência de recursos. 
 
É a garantia de gratuidade de justiça aos pobres, na forma da lei. Para viabilizar esse 
direito constitucional foram criadas as Defensorias Públicas. Assim, a partir da 
CRFB/88, quem defende aqueles que comprovarem insuficiência de recursos é a 
Defensoria e não o Ministério Público. O Estado tem de indenizar erro judiciário, assim 
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença. 
 
Se liga! 
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Lei 1.060/50: 
Art. 2º. Gozarão dos benefícios desta Lei os nacionais ou estrangeiros 
residentes no país, que necessitarem recorrer à Justiça penal, civil, militar ou 
do trabalho. 
Parágrafo único. - Considera-se necessitado, para os fins legais, todo aquele 
cuja situação econômica não lhe permita pagar as custas do processo e os 
honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família. 
Lei 13.105/2015: 
Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com 
insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os 
honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. 
 
➢ BASE: Súmula de nº 481 DO STJ 
 
 
7 Exceção a irresponsabilidade do estado por ato judicial 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim como o que 
ficar preso além do tempo fixado na sentença; 
 
É possível responsabilizar o Estado por erro judiciário na área criminal, acordando com 
o inciso LXXV, onde nos é trazido o DEVER do Estado em indenizar o indivíduo que 
tenha sido condenado por erro judiciário, assim como aquele que tenha ficado preso 
por um período de tempo maior do que o fixado na sentença. 
 
8 Gratuidade das certidões e das ações de habeas corpus e 
habeas data 
LXXVI – são gratuitos paraos reconhecidamente pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito. 
 
 
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O inciso estabelece que aos pobres não serão cobrados emolumento com relação a 
registro civil de nascimento e certidão de óbito, ou seja, são gratuitos o registro civil 
de nascimento e a certidão de óbito. Além disso, o habeas corpus e o habeas data são 
gratuitos para todos. A comprovação de pobreza consiste na declaração feita pelo 
próprio interessado, se este for analfabeto deverá ser acompanhado por duas 
testemunhas. 
 
 
Se liga! 
CF/88 
Art. 5º - XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento 
de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra 
ilegalidade ou abuso de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e 
esclarecimento de situações de interesse pessoal; 
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. 
§ 1º O casamento é civil e gratuito a celebração. 
 
 
 
 
 
❑ GRATUIDADE DAS CERTIDÕES 
Considerou-se inexistir conflito da Lei 9.534/97 com os arts. 5º, LXXVI e 236 
da CF, dado que o inciso LXXVI do art. 5º da CF, ao assegurar a gratuidade 
desses atos aos reconhecidamente pobres, determina o mínimo a ser 
observado pela lei, não impedindo que esta garantia seja ampliada, e, também, 
pelo fato de que os atos relativos ao nascimento e ao óbito são a base para o 
exercício da cidadania, sendo assegurada pela CF a gratuidade de todos os atos 
necessários ao seu exercício (CF, art. 5º, LXXVII). Salientou-se, ainda, que os 
oficiais exercem um serviço público, prestado mediante delegação, não 
havendo direito constitucional a percepção de emolumentos por todos os atos 
praticados, mas apenas o recebimento, de forma integral, da totalidade dos 
emolumentos que tenham sido fixados 
(...) 
Vencido o Ministro Maurício Corrêa, que indeferia o pedido, por entender que a 
CF apenas assegurou a gratuidade dos referidos atos somente àqueles 
reconhecidamente pobres (CF, art. 5º, LXXVI), e também pelo fato de que as 
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normas impugnadas inviabilizariam o funcionamento dos cartórios de notas e 
registros civis. Vencido, também, o Ministros Marco Aurélio, que não conhecia 
do pedido de liminar, visto ser ele incabível em ação declaratória de 
constitucionalidade, em face de seu efeito vinculante e indeferia o pedido, 
acompanhando o Min. Maurício Corrêa. Por diferente fundamento, o Min. Carlos 
Velloso, reconhecendo que as custas e emolumentos qualificam-se como taxa, 
também indeferia a liminar, por entender, à primeira vista, falecer competência 
à União para instituir isenção de tributo da competência dos Estados (CF, art. 
151, III). (Informativo 105). ADC 5-DF, rel. Min. Nelson Jobim, 
17.11.99. 
 
 
LXXVII – são gratuitas as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma 
da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania; 
 
Fácil é perceber que a gratuidade aí instituída tem por escopo facilitar o uso dessas 
ações que veiculam a defesa de dois direitos nobres: a liberdade de locomoção e a de 
informação. 
Se liga! 
CPC 
Art. 4º As partes têm o direito de obter em prazo razoável a solução integral 
do mérito, incluída a atividade satisfativa. 
 
LPA 
Art. 49-A. No âmbito da Administração Pública federal, as decisões 
administrativas que exijam a participação de 3 (três) ou mais setores, órgãos 
ou entidades poderão ser tomadas mediante decisão coordenada, sempre 
que: (Incluído pela Lei nº 14.210, de 2021) 
I - for justificável pela relevância da matéria; e 
II - houver discordância que prejudique a celeridade do processo 
administrativo decisório. 
. 
 
LXXVIII – a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a 
razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua 
tramitação. 
 
 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2021/Lei/L14210.htm
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Tal inciso visa garantir maior celeridade aos processos judiciais e administrativos, 
pode-se dizer que esse direito já estava assegurado ao estabelece o princípio da 
eficiência na administração pública e aos processos em geral. A celeridade consiste na 
rapidez de um processo, as partes devem ter uma prestação jurisdicional em um curto 
tempo. A razoável duração estar relacionada ao princípio da razoabilidade, ou seja, 
uma proporcionalidade, ponderação. Tudo isso, visa evitar o abarrotamento do poder 
judiciário. 
 
Se liga! 
LE 
Art. 97-A. Nos termos do inciso LXXVIII do art. 5o da Constituição Federal, 
considera-se duração razoável do processo que possa resultar em perda de 
mandato eletivo o período máximo de 1 (um) ano, contado da sua 
apresentação à Justiça Eleitoral. 
§ 1o A duração do processo de que trata o caput abrange a tramitação em 
todas as instâncias da Justiça Eleitoral. 
§ 2o Vencido o prazo de que trata o caput, será aplicável o disposto no art. 97, 
sem prejuízo de representação ao Conselho Nacional de Justiça. 
. 
9 Direitos fundamentais e tratados internacionais 
§ 1º – As normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais têm 
aplicação imediata. 
 
 
Os direitos previstos no artigo 5º são de aplicação imediata, ou seja, não precisam de 
regulamentação, lembrando que aqui estabelece apenas os previstos no artigo 5º 
desta constituição, pois os direitos sócias, culturais e econômicos na maioria das vezes 
dependem de regulamentação, são de eficácia limitada e aplicabilidade indireta. 
 
 
§ 2º – Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não excluem 
outros decorrentes do regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja parte. 
 
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Os direitos previstos no artigo 5º são exemplificativos, podendo ser ampliado. Sendo 
assim, os direitos e garantias que se estendem em outros tópicos desta constituição 
são considerados direitos fundamentais. Temos também a possibilidade de normas 
internacionais sobre direitos humanos agrupar no nosso ordenamento 
 
 
§ 3º – Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que 
forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às 
emendas constitucionais. 
 
 
Temos aqui, a possibilidade dos tratados e convenções sobre direitos humanos 
(direitos e garantias infraconstitucionais) incorporar ao direito constitucional pátrio 
que após aprovação serão considerados equivalentes a emenda constitucional. É 
importante estabelecer que para garantir a aplicação imediata da norma interna 
(tratados e convenções de direitos humanos) deve após a aprovação pelo Congresso 
Nacional deve ser promulgado pelo chefe do Poder Executivo 
 
 
Art 5º - §3º
Tratado e 
convenções 
internacionais
Objeto: Direitos 
Humanos
2 votações Congresso nacional
Câmara dos 
Deputados
Senado Federal
Quorum de 
aprovação de Τ3 5
Status 
Constitucional
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• Ementas Constitucionais 
• Constituição Federal 
• Tratados dos Direitos Humanos 
• Tratados dos Direitos Humanos 
(sem crivo) – infraconstitucionais e 
supralegais 
• Leis 
• Demais tratados 
Quadro 1 – Pirâmide hierárquica dos dispositivos legais. 
Fonte: Núcleo Editorial Focus. 
 
 
 
§ 4º – O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a 
cuja criação tenha manifestado adesão. 
 
Visando a defesa dos direitos humanos, determina tal inciso que o Brasil se submete 
à jurisdição do Tribunal Penal Internacional, nos casos de violação grave dos direitos 
humanos. Pois crimes de tal gravidadeconstitui ameaça à humanidade não podendo 
ficar impune. 
 
10 Súmulas - Art. 5º - STF 
 
SV 3 - Nos processos perante o TCU asseguram-se o contraditório e a ampla defesa 
quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que 
beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial 
de aposentadoria, reforma e pensão. 
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SV 5 - A falta de defesa técnica por advogado no processo administrativo disciplinar 
não ofende a Constituição. 
SV 11 - Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de fundado receio de fuga 
ou de perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, 
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar, civil 
e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que 
se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado. 
SV 14 - É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso amplo aos 
elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório realizado por 
órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício do direito de 
defesa. 
SV 21 - É inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento prévios de dinheiro 
ou bens para admissibilidade de recurso administrativo. 
SV 25 - É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do 
depósito. 
SV 26 - Para efeito de progressão de regime no cumprimento de pena por crime 
hediondo, ou equiparado, o juízo da execução observará a inconstitucionalidade do art. 
2º da Lei n. 8.072, de 25 de julho de 1990, sem prejuízo de avaliar se o condenado 
preenche, ou não, os requisitos objetivos e subjetivos do benefício, podendo determinar, 
para tal fim, de modo fundamentado, a realização de exame criminológico. 
SV 28 - É inconstitucional a exigência de depósito prévio como requisito de 
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda discutir a exigibilidade de crédito 
tributário. 
SV 45 - A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por 
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela constituição estadual. 
Súm. 667 - Viola a garantia constitucional de acesso à jurisdição a taxa judiciária 
calculada sem limite sobre o valor da causa. 
Súm. 603 - A competência para o processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular 
e não do tribunal do júri. 
Súm. 611 -Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo das 
execuções a aplicação de lei mais benigna. 
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Súm. 70 - É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para 
cobrança de tributo. 
Súm. 323 - É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para 
pagamento de tributos. 
Súm. 695 - Não cabe habeas corpus quando já extinta a pena privativa de liberdade. 
Súm. 629 - A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em 
favor dos associados independe da autorização destes. 
Súm. 630 - A entidade de classe tem legitimação para o mandado de segurança ainda 
quando a pretensão veiculada interesse apenas a uma parte da respectiva categoria. 
Súm.101 - O mandado de segurança não substitui a ação popular. 
Súm. 365 - Pessoa jurídica não tem legitimidade para propor ação popular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 Questões Extras (bônus) 
Lembrando que, as questões extras/bônus são para fixar o conteúdo durante a parte 
teórica. Essas questões fazem parte apenas do material em PDF, logo não são 
resolvidas em videoaulas! 
 
QUESTÃO 01. 
O Brasil adotou a forma republicana de governo e o modelo federativo de Estado que 
se embasa na autonomia e na soberania dos estados-membros, expressa pela 
capacidade destes de se auto-organizarem por meio das constituições estaduais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 02. 
O pluralismo político é princípio fundamental que assegura aos cidadãos até mesmo 
o apartidarismo. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 03. 
Acerca dos princípios, fundamentos e objetivos da Constituição Federal de 1988 (CF), 
julgue o item a seguir. Conforme o princípio democrático, todo o poder emana do 
povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 04. 
Acerca dos princípios, fundamentos e objetivos da Constituição Federal de 1988 (CF), 
julgue o item a seguir. 
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais 
constituem objetivos da República Federativa do Brasil expressos na CF. 
( ) Certo ( ) Errado 
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QUESTÃO 05. 
A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, pelos 
seguintes princípios: independência nacional; prevalência dos direitos humanos; 
autodeterminação dos povos; não intervenção; igualdade entre os Estados; defesa da 
paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação 
entre os povos para o progresso da humanidade e concessão de asilo político. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 06. 
A dignidade da pessoa humana e o pluralismo político são princípios fundamentais 
da República Federativa do Brasil. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 07. 
Acerca dos princípios fundamentais expressos na Constituição Federal de 1988 (CF), 
julgue o item a seguir. 
A prevalência dos direitos humanos, a concessão de asilo político e a solução pacífica 
de conflitos são princípios fundamentais que regem as relações internacionais do 
Brasil. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 08. 
Serão considerados equivalentes às emendas constitucionais os tratados 
internacionais sobre direitos humanos referendados em ambas as Casas do Congresso 
Nacional em dois turnos de votação e por um terço dos respectivos membros. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
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QUESTÃO 09. 
Considerando as regras do direito constitucional, julgue os itens a seguir. 
Embora os direitos e as garantias fundamentais se destinem essencialmente às 
pessoas físicas, alguns deles podem ser estendidos às pessoas jurídicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 10. 
Acerca dos princípios, fundamentos e objetivos da Constituição Federal de 1988 (CF), 
julgue o item a seguir. 
Os direitos e as garantias fundamentais constitucionais estendem-se aos estrangeiros 
em trânsito no território nacional, mas não às pessoas jurídicas, por falta de previsão 
constitucional expressa. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 11. 
O respeito aos direitos fundamentais deve subordinar tanto o Estado quanto os 
particulares, igualmente titulares e destinatários desses direitos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 12. 
Somente aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país é assegurado o direito 
de petição em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 13. 
No que concerne aos direitos e às garantias fundamentais, julgue o item que se segue. 
A ilimitabilidade é uma característica dos direitos fundamentais consagrados na CF, 
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pois esses são absolutos e, diante de casos concretos, devem ser interpretados com 
base na regra da máxima observância dos direitos envolvidos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 14. 
A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. 
O direito à vida desdobra-se na obrigação do Estado de garantir à pessoa o direito de 
continuar viva e de proporcionar-lhe condições de vida digna. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 15. 
Acerca dos direitose garantias fundamentais, de acordo com o disposto na 
Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item. 
A CF assegura a liberdade de pensamento, mas veda o anonimato, uma vez que o 
conhecimento da autoria torna possível a utilização do direito de resposta. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 16. 
Ainda com relação aos direitos humanos, julgue o próximo item à luz da CF. 
Como regra, não se admite a privação de liberdade de locomoção em razão de dívidas. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 17. 
Acerca dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos, 
julgue o item a seguir. 
A liberdade para o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão está 
condicionada ao atendimento das qualificações profissionais estabelecidas por lei, 
mas nem todos os ofícios ou profissões, para serem exercidos, estarão sujeitos à 
existência de lei. 
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( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 18. 
Acerca dos direitos humanos, à luz da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item 
subsequente. 
O direito de reunião constitui instrumento viabilizador do exercício da liberdade de 
expressão e propicia a ativa participação da sociedade civil mediante exposição de 
ideias, opiniões, propostas, críticas e reinvindicações. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 19. 
No que concerne aos direitos e deveres individuais e coletivos, à nacionalidade e aos 
direitos políticos, julgue o item que se segue, tendo como referência as disposições 
da CF. 
Depende de decisão judicial com trânsito em julgado a suspensão das atividades de 
associação que tenha praticado alguma ilegalidade. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 20. 
Ainda com relação aos direitos humanos, julgue o próximo item à luz da CF. 
As entidades associativas, se expressamente autorizadas, possuem legitimidade para 
representar seus filiados na esfera judicial. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 21. 
Acerca dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos, 
julgue o item a seguir. 
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Lei aprovada pelo Congresso Nacional para conferir proteção especial às mulheres, 
seja qual for o tratamento diferenciado entre os gêneros, contrariará a CF, que prevê 
a igualdade entre homens e mulheres em direitos e obrigações. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 22. 
 Julgue o item seguinte, acerca dos direitos e garantias fundamentais da República 
Federativa do Brasil. 
Ações afirmativas são mecanismos que visam viabilizar uma isonomia material em 
detrimento de uma isonomia formal por meio do incremento de oportunidades para 
determinados segmentos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 23. 
Ainda com relação aos direitos humanos, julgue o próximo item à luz da CF. 
Na hipótese de iminente perigo, o poder público competente poderá requisitar o uso 
de propriedade particular, estando assegurada ao proprietário a possibilidade de ser 
indenizado em caso de dano ao seu patrimônio. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 24. 
Acerca dos direitos e garantias fundamentais, de acordo com o disposto na 
Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item. 
O direito fundamental ao sigilo das comunicações telefônicas pode ser suspenso por 
determinação judicial, mas somente para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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QUESTÃO 25. 
No que concerne aos direitos e às garantias fundamentais, julgue o item que se segue. 
Nos processos judiciais, são assegurados aos litigantes os direitos fundamentais do 
contraditório e da ampla defesa. Entretanto, diante do princípio da autotutela 
administrativa, essa garantia é inaplicável aos processos administrativos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 26. 
A inviolabilidade da correspondência e das comunicações, sejam elas telegráficas, de 
dados ou telefônicas, constitui direito individual fundamental, razão por que o texto 
constitucional veda o reconhecimento de exceções ao exercício desse direito. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 27. 
A lei penal somente pode retroagir para que o réu seja beneficiado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 28. 
A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item que se segue. 
O princípio da razoável duração do processo e dos meios que garantam a celeridade 
de sua tramitação não alcança o inquérito policial em razão das peculiaridades que 
envolvem o trabalho investigativo. 
Resposta: ERRADO 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 29. Com relação aos direitos e garantias fundamentais, julgue o item que 
se segue. 
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Situação hipotética: Um servidor público federal ofereceu representação ao Ministério 
Público contra o presidente de uma grande empresa que lhe havia oferecido quantia 
indevida, a fim de obter favorecimento em um processo administrativo. O servidor 
apresentou como prova uma conversa telefônica por ele gravada. Assertiva: Nessa 
situação, em que pese a inexistência de autorização judicial, tal prova será considerada 
lícita. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 30. 
No que tange aos direitos e às garantias individuais e coletivos, julgue o item que se 
segue. 
O direito adquirido, entendido como aquele que já se incorporou ao patrimônio do 
seu titular, não poderá ser prejudicado por lei posterior. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 31. 
Julgue o item seguinte, a respeito do mandado de injunção. 
Entre os legitimados para a impetração do mandado de injunção, figura a pessoa 
natural. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 32. 
Julgue o item seguinte, a respeito do mandado de injunção. 
A concessão do mandado de injunção está condicionada à ausência de norma 
regulamentadora para o exercício de um direito, ainda que esta omissão seja parcial. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
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QUESTÃO 33. 
A respeito dos direitos e garantias fundamentais, julgue o item que se segue, tendo 
como referência a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 
É vedado ao legislador editar lei em que se exija o pagamento de custas processuais 
para a impetração de habeas corpus. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 34. 
A respeito das associações, julgue o item subsequente à luz das disposições da CF. 
A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de segurança 
coletivo independe de autorização. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 35. 
Julgue o item a seguir, a respeito dos direitos e garantias fundamentais. 
O habeas data não é meio de solicitação e obtenção de informações de terceiros, uma 
vez que tem como objetivo assegurar o conhecimento de informações relativas ao 
próprio impetrante. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 36. 
A respeito da teoria e do regime jurídico dos direitos fundamentais, julgue o item que 
se segue à luz das disposições da CF. 
Sob o aspecto da legitimidade ativa, por meio de habeas data é possível obter 
informações relativas a qualquer pessoa, desde que as informações sejam classificadas 
como públicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
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QUESTÃO 37. 
Acerca dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos, 
julgue o item a seguir. 
Se determinado dirigente de autarquia estadual editar ato administrativo lesivo ao 
patrimônio público, qualquer cidadão ou pessoa jurídica poderá propor ação popular 
para anular o referido ato, sem custas judiciais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 38. 
Em relação à teoria da constituição, ao poder constituinte, aos direitos fundamentais 
e aos remédios constitucionais,julgue o item que se segue. 
Entre os direitos fundamentais incluem-se os remédios constitucionais, como, por 
exemplo, o mandado de injunção, criado pela Constituição Federal de 1988 e que tem 
por finalidade suprir a falta de norma regulamentadora que inviabilize o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 39. 
Acerca dos remédios constitucionais, julgue o próximo item. 
Pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 40. 
Os direitos fundamentais arrolados pela CF balizam o trabalho do servidor público. 
Considerando as disposições constitucionais insculpidas nos artigos que vão do 5.º ao 
15, julgue os itens subsecutivos. 
O direito de petição só se aplica ao judiciário. 
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( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 41. 
Julgue o item a seguir, que se refere aos direitos e garantias fundamentais previstos 
na CF e à administração pública. Recentemente, o transporte foi incluído no rol de 
direitos sociais previstos na CF, que já contemplavam, entre outros, o direito à saúde, 
ao trabalho, à moradia e à previdência social, bem como a assistência aos 
desamparados. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 42. 
Com referência à Constituição Federal de 1988 e às disposições nela inscritas 
relativamente a direitos sociais e políticos, administração pública e servidores 
públicos, julgue o item subsequente. 
A Constituição Federal de 1988 proíbe expressamente a diferença de salários, de 
exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou 
estado civil. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 43. 
Com relação aos direitos sociais, aos direitos de nacionalidade, aos direitos políticos 
e aos partidos políticos, julgue o próximo item. 
O transporte e o lazer são direitos sociais expressamente previstos na CF. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 44. 
No que diz respeito a direitos sociais relacionados ao trabalho, julgue o item a seguir. 
A realização de trabalho noturno, perigoso ou insalubre por menor de dezoito anos 
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de idade é permitida desde que o empregador pague a esse trabalhador adicional 
pecuniário. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 45. 
À luz das disposições constitucionais relativas aos direitos sociais, julgue o item a 
seguir. Aos trabalhadores compete decidir sobre os interesses que devam defender 
por meio do exercício do direito de greve. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 46. 
À luz das disposições constitucionais relativas aos direitos sociais, julgue o item a 
seguir. 
É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos 
órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto 
de discussão e deliberação. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 47. 
No que concerne aos direitos e deveres individuais e coletivos, à nacionalidade e aos 
direitos políticos, julgue o item que se segue, tendo como referência as disposições 
da CF. Para que o filho de casal brasileiro nascido em país estrangeiro seja considerado 
brasileiro nato, ambos os pais devem estar, nesse país, a serviço da República 
Federativa do Brasil. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 48. 
Com base no disposto na CF, julgue o item abaixo, relativo aos direitos e deveres 
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individuais e coletivos. A extradição de brasileiro, expressamente vedada em caso de 
brasileiro nato, é admitida em caso de brasileiro naturalizado que tenha cometido 
crime comum antes da naturalização ou cujo envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes ou drogas afins tenha sido comprovado, ainda que após a 
naturalização. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 49. 
O cidadão que entender que seu direito líquido e certo foi violado por ato de agente 
do tribunal de contas que atuava no exercício de suas funções poderá se valer do 
remédio constitucional denominado 
a) mandado de injunção. 
b) ação popular. 
c) mandado de segurança. 
d) ação civil pública. 
e) ação rescisória. 
 
 
QUESTÃO 51. 
O princípio da proibição do reformatio in pejus não se aplica ao habeas corpus, pois 
esta garantia fundamental não possui natureza recursal. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 52. 
A isenção de custas processuais na ação popular para a defesa de interesse coletivo 
ou difuso inclui o ônus da sucumbência, salvo se comprovada má-fé. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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QUESTÃO 53. 
A ação constitucional que tem o cidadão como legitimado ativo e que objetiva 
defender interesse difuso para anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural denomina-se 
a) mandado de segurança. 
b) habeas data. 
c) habeas corpus. 
d) ação civil pública. 
e) ação popular. 
 
QUESTÃO 54. 
O habeas corpus pode ser impetrado por 
a) condenado a pena de multa, caso ele considere exorbitante o valor desta. 
b) militar, contra punição disciplinar imposta sem motivação. 
c) pessoa física, para impugnar determinação de suspensão de direitos políticos. 
d) estrangeiro, mas sempre em português. 
e) pessoa jurídica, em seu favor, quando ela for acusada de crime ambiental. 
 
QUESTÃO 55. 
Servidores públicos de determinado estado da Federação iniciaram movimento 
grevista, motivados pelo atraso no pagamento de seus vencimentos, na tentativa de 
regularizar a situação salarial. Inconformado com a paralisação de atividades que 
julgava essenciais, o gestor público expediu ato administrativo determinando o 
desconto do salário dos servidores grevistas, bem como o processamento da devida 
anotação funcional. 
Nessa situação hipotética, o instrumento processual de controle judicial que o 
sindicato dos servidores deverá invocar para suspender o ato administrativo de 
desconto e anotação dos dias não trabalhados é o 
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a) mandado de injunção. 
b) recurso ordinário. 
c) habeas corpus. 
d) habeas data. 
e) mandado de segurança. 
 
QUESTÃO 56. 
Jorge, cidadão brasileiro com dezoito anos de idade, deseja tomar medida jurídica, 
sob o fundamento de que determinada prerrogativa inerente a sua cidadania não 
pode ser usufruída em razão de omissão legislativa na edição de norma 
regulamentadora de dispositivo constitucional. 
Nessa situação hipotética, para buscar tutela jurisdicional, de acordo com o rol de 
direitos e garantias fundamentais, Jorge deverá valer-se de 
a) habeas data. 
b) mandado de injunção. 
c) mandado de segurança. 
d) ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 
e) ação popular. 
 
QUESTÃO 57. 
Jonas, servidor público federal, respondeu a processo administrativo disciplinar e, ao 
final, foi absolvido das acusações. No entanto, por um equívoco, no seu assentamento 
funcional passou a constar a informação de que ele havia sido condenado. Ao saber 
do erro, Jonas solicitou a retificação dos dados, mas o seu pedido foi indeferido. 
Nessa situação hipotética, a ação cabível, de acordo com a CF, é 
a) a ação direta de inconstitucionalidade. 
b) a ação popular. 
c) o habeas corpus. 
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d) o mandado de injunção. 
e) o habeas data. 
 
QUESTÃO 58. 
Se o mandado de segurança não for conhecido, será possível a renovação do pedido, 
desde que observado o prazo decadencial do remédio constitucional. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 59. 
Após ter sido negada a sua solicitação de financiamento para a aquisição de imóvel 
residencial — seu nome estava negativado no serviço de proteção ao crédito—, Pedro 
procurou a entidade responsável pelo banco de dados em questão, mas lhe foi 
negado o fornecimento de informações acerca de seu cadastro. 
Nessa situação hipotética, para garantir o acesso aos dados, o remédio constitucional 
cabível em sede judicial é o(a) 
a) mandado de injunção. 
b) habeas data. 
c) ação popular. 
d) mandado de segurança 
 
QUESTÃO 60. 
Sob o aspecto da legitimidade ativa, por meio de habeas data é possível obter 
informações relativas a qualquer pessoa, desde que as informações sejam classificadas 
como públicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 61. 
Compete exclusivamente ao STF o julgamento de habeas corpus impetrado por 
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ministro de Estado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 62. 
É considerado abuso de poder ato praticado pelo presidente da República contra o 
exercício de direito individual, podendo esse exercício ser protegido por meio de 
mandado de segurança, cujo julgamento será da competência do Supremo Tribunal 
Federal (STF). 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 63. 
O remédio constitucional do habeas data permite que o impetrante obtenha 
informações cadastrais relativas a todas as partes de um processo do qual seja parte, 
exceto aquelas protegidas por sigilo bancário. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 64. 
Se determinado dirigente de autarquia estadual editar ato administrativo lesivo ao 
patrimônio público, qualquer cidadão ou pessoa jurídica poderá propor ação popular 
para anular o referido ato, sem custas judiciais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 65. 
O remédio constitucional que representa, no plano institucional, a mais expressiva 
reação jurídica do Estado às instituições que lesem, efetiva ou potencialmente, os 
direitos de conhecimento de informações relativas à pessoa interessada constantes 
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, 
bem como de retificação de dados e complementação de registros existentes, é o(a) 
a) habeas data. 
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b) mandado de segurança. 
c) habeas corpus. 
d) ação popular. 
e) mandado de injunção. 
 
QUESTÃO 66. 
Pessoa jurídica pode impetrar mandado de injunção. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 67. 
Pessoa jurídica pode impetrar Habeas Corpus. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 68. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
O habeas corpus é instrumento viável para a revisão de súmulas de tribunais se o teor 
da súmula atentar abstratamente contra o direito à liberdade de locomoção. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 69. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
A utilização do habeas corpus como mecanismo judicial para salvaguarda do direito à 
liberdade de locomoção é limitada no tempo, sujeitando-se a preclusão e decadência. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
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QUESTÃO 70. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
A inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus, ou seja, de apreciação 
de um segundo habeas corpus quando ainda não definitivamente julgado o 
anteriormente impetrado, é relativizada se se tratar de ilegalidade flagrante e 
prontamente evidente. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 71. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
O habeas corpus é meio idôneo para impugnar ato de sequestro ou confisco de bens 
em processo criminal. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 72. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
O afastamento de cargo público é impugnável por habeas corpus. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 73. 
Como o habeas data não pode ser utilizado por pessoa jurídica, deve ser reconhecida 
a ilegitimidade ativa na hipótese de pessoa jurídica ajuizar habeas data para obter 
informações de seu interesse constante de dados de determinada entidade 
governamental. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
QUESTÃO 74. 
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O habeas data é recurso previsto no texto constitucional cuja finalidade é assegurar 
ao indivíduo o conhecimento de informações, relativas à sua pessoa, que estejam 
armazenadas em bancos de dados de entidades governamentais, ou banco de dados 
privados de interesse público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 75. 
Decai o mandado de segurança impetrado no TJDFT contra ato de autoridade coatora 
que deveria ser processada na justiça federal se o processo não for remetido ao juízo 
competente em até cento e vinte dias após a ocorrência do ato. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 76. 
A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de segurança 
coletivo independe de autorização. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 77. 
As associações possuem legitimidade para deduzir interpelação judicial como medida 
preparatória de ação penal em defesa da honra de seus associados. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 78. 
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos 
associados independe da autorização destes. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
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QUESTÃO 79. 
De acordo com o atual entendimento do STF, a decisão proferida em mandado de 
injunção pode levar à concretização da norma constitucional despida de plena 
eficácia, no tocante ao exercício dos direitos e das liberdades constitucionais e das 
prerrogativas relacionadas à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 80. 
A ação popular deve ser proposta somente por partido político com representação no 
Congresso Nacional. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 81. 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político que tenha 
representação no Congresso Nacional. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 82. 
Uma entidade de classe que estiver em funcionamento há apenas seis meses não 
possui, por essa razão, legitimidade para impetração de mandado de segurança 
coletivo em defesa de interesse de seus membros. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 83. 
Qualquer associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um 
ano é parte legítima para propor ação popular que vise à anulação de ato lesivo ao 
patrimônio público ou ao meio ambiente. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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QUESTÃO 84. 
O cidadão brasileiro, nato ou naturalizado, com capacidade eleitoral ativa, tem 
legitimidade para propor ação popular. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 85. 
Não viola a cláusula do devido processo legal a exigência de arrolamento prévio de 
bens para fins de admissibilidade de recurso administrativo. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 86 
A jurisprudência do STF acerca do mandado de injunção evoluiu para admitir que, 
além de declarar omisso o Poder Legislativo, o próprio tribunal edite a norma geral 
de que depende o exercício do direito invocado pelo impetrante. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 87. 
A legitimidade ativa do habeas data, destinado a assegurar o conhecimento de 
informações relativas ao impetrante constantes de registros ou banco de dados, está 
adstrita às pessoas físicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 88. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado sempre que 
alguém sofrer violência em sua liberdade de locomoção. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 89. 
No ordenamento jurídico brasileiro, o habeas corpus somente pode ser impetrado na 
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forma repressiva, ou seja, somente no caso de alguém efetivamente ter sofrido 
violência que limite liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 90. 
Terá legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo o partido político que 
tenha, no mínimo, um representante na Câmara dos Deputados e um no Senado 
Federal. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 91. 
A todos os cidadãos é gratuita a ação de habeas data. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 92. 
Entidade de classe somente pode impetrar mandado de segurança coletivo em favor 
de seus associados se for por eles expressamente autorizada. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 93. 
Para que uma entidade de classe ajuíze mandado de segurança coletivo em favor de 
seus associados, além do prazo mínimo de um ano de regular existência dessa 
entidade, é necessário que ela conte com autorização da respectiva assembleia. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 94. 
O mandado de injunção é impróprio para pleitear em juízo direito individual líquido e 
certo decorrente de norma constitucional autoaplicável. 
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( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 95. 
Para a retificação de informações constantes de cadastros de registros públicos ou 
banco de dados de entidades governamentais, é inadmissível a impetração de habeas 
data, cuja função é assegurar apenas o conhecimento dessas informações. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 96. 
Caracteriza-se como repressivo o “habeas corpus” impetrado por alguém que se 
julgue ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por 
ilegalidade ou abuso de poder. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 97. 
A jurisprudência do STF não admite impetração de “habeas corpus” em favor de 
pessoa jurídica, ainda que esta figure como ré em ação de crime contra o meio 
ambiente. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 98. 
A legitimidade para impetrar “habeas corpus” pertence apenas à pessoa natural 
afetada por qualquer medida que restrinja ou ameace restringir a sua liberdade de 
locomoção. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 99. 
Segundo a jurisprudência dominante do STF, é cabível “habeas corpus” contra decisão 
condenatória à pena de multa. 
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( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 100. 
É possível a desistência de mandado de segurança após a sentença de mérito, ainda 
que favorável ao impetrante, sem a anuência do impetrado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 101. 
De acordo com o entendimento do STF, o estado-membro não dispõe de legitimidade 
para propor, contra a União, mandado de segurança coletivo em defesa de supostos 
interesses da população residente na unidade federada. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 102. 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical, 
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados, mas não 
por partido político, que não possui representação para a defesa de direitos de 
categorias sociais em particular. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 103. 
O cidadão que esteja impedido de exercer direito individual em razão da ausência de 
norma regulamentadora poderá valer-se do mandado de injunção. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 104. 
Considere que Antônio, preso político durante a ditadura, pretenda obter informações 
de seu interesse constantes de banco de dados de entidade governamental. 
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Considere, ainda, que o pedido de Antônio seja indeferido na esfera administrativa. 
Nessa situação, Antônio deverá impetrar “habeas corpus” junto ao Poder Judiciário a 
fim de obter as informações desejadas. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 105. 
Para o cabimento do habeas data, não é necessário que o impetrante comprove prévia 
recusa do acesso a informações ou de sua retificação. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 106. 
O habeas data, importante ação constitucional, assegura o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de 
dados de entidades governamentais ou de caráter público, mas veda ao impetrante a 
retificação desses dados. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 107. 
Para propor ação popular objetivando anular ato lesivo ao patrimônio público, não é 
necessário que o indivíduo esteja no gozo de direitos que lhe permitam participar da 
vida política. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 108. 
Ao constatar que o esgoto produzido em uma edificação que sediava um órgão da 
administração pública era lançado diretamente no principal rio da cidade, um cidadão 
local, inconformado com tal situação de descaso com o meio ambiente, decidiu 
pleitear, pela via judicial, a obtenção de medida que protegesse o meio ambiente da 
agressão constatada. Nessa situação hipotética, para requerer a medida protetiva 
pretendida, o referido cidadão deverá impetrar: 
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a) habeas corpus. 
b) ação popular. 
c) mandado de segurança coletivo. 
d) habeas data. 
e) mandado de injunção. 
 
QUESTÃO 109. 
Todas as pessoas físicas ou jurídicas são partes legítimas para propor ação popular 
que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 110. 
Embora apenas o cidadão tenha legitimidade para o ajuizamento da ação popular, o 
Ministério Público pode, na hipótese de desistência da ação por parte do autor, 
promover o respectivo prosseguimento do feito. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 111. 
O direito à duração razoável de processos, tanto no âmbito judicial quanto no 
administrativo, é um direito fundamental previsto expressamente na CF. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 112. 
A liberdade de locomoção em tempo de paz, que engloba, em relação ao território 
nacional, as situações de acesso e ingresso, saída e permanência, assim como a 
possibilidade de deslocamento, constitui direito absoluto, que não comporta 
limitações. 
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( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 113. 
Os chamados remédios constitucionais, ou remédios do direito constitucional, 
constituem em meios à disposição do indivíduo para provocar a atuação das 
autoridades competentes, com o fim de evitar ou sanar ilegalidade e abuso de poder 
em prejuízo de direitos e interesses individuais ou coletivos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 114 
O “habeas corpus” pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poder público 
como contra ato de particular, sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 115. 
O sujeito passivo do “habeas corpus” será a autoridade pública, pois somente ela tem 
a prerrogativa de restringir a liberdade de locomoção individual em benefício do 
interesse público ou social, razão pela qual não se admite sua impetração contra ato 
de particular. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 116. 
Caso a sentença penal condenatória emanada de juiz militar imponha pena de 
exclusão de militar ou de perda de patente, será cabível a utilização do “habeas 
corpus”. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 117. 
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Ainda que já extinta a pena privativa de liberdade, é cabível a utilização de “habeas 
corpus” para pedido de reabilitação de paciente. 
( ) Certo ( ) ErradoQUESTÃO 118. 
Caso ocorra, ao fim de um processo penal, a fixação de pena de multa em sentença 
penal condenatória, ficará prejudicada a utilização do “habeas corpus”, haja vista a sua 
destinação exclusiva à tutela do direito de ir e vir. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 119. 
São legitimados para impetrar mandado de segurança a pessoa física, nacional ou 
estrangeira, e a pessoa jurídica privada, mas não a pública, visto o mandado de 
segurança ter como função garantir direito líquido e certo contra ato de autoridade 
pública. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 120. 
Será cabível, em qualquer circunstância, manejo de mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de 
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
do poder público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 121. 
O mandado de segurança pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do 
qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de 
caução. 
( ) Certo ( ) Errado 
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QUESTÃO 122. 
O mandado de segurança pode ser impetrado por pessoas naturais, mas não por 
pessoas jurídicas, em defesa de direitos individuais. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 123. 
Estrangeiro residente no exterior não pode impetrar mandado de segurança no Brasil. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 124. 
O partido político com representação nacional pode impetrar mandado de segurança 
coletivo contra ilegalidade ou abuso de poder. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 125. 
Diferentemente das organizações sindicais, das entidades de classe e das associações, 
os partidos políticos não têm legitimidade para impetrar mandado de segurança 
coletivo. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 126. 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por pessoas jurídicas, públicas 
ou privadas, como as organizações sindicais e as entidades de classe legalmente 
constituídas, mas não por partidos políticos. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 127. 
Qualquer partido político pode impetrar mandado de segurança coletivo para 
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proteção de direito líquido e certo. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 128. 
De acordo com a CF, o mandado de injunção é remédio destinado a suprir lacuna ou 
ausência de regulamentação de direito previsto na CF e em norma infraconstitucional. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 129. 
Segundo a CF, deve ser concedido habeas data sempre que a ausência de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e das liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 130. 
O STF adota a posição de que o mandado de injunção não tem função concretista, 
porque não cabe ao Poder Judiciário conferir disciplina legal ao caso concreto sob 
pena de violação ao princípio da separação dos poderes. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 131. 
O STF passou a admitir a adoção de soluções normativas para a decisão judicial como 
alternativa legítima de tornar a proteção judicial efetiva por meio do mandado de 
injunção. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
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QUESTÃO 132. 
O mandado de injunção tem como objeto o não cumprimento de dever constitucional 
de legislar que, de alguma forma, afete direitos constitucionalmente assegurados, 
sendo pacífico, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele só é 
cabível se a omissão tiver caráter absoluto ou total, e não parcial. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 133. 
Além das pessoas físicas, as pessoas jurídicas, os sindicatos e as associações, assim 
como o MP, dispõem de legitimidade para impetrar o mandado de injunção. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 134. 
O “habeas data” pode ser impetrado contra qualquer órgão do Estado, seja ele do 
Poder Executivo, do Poder Legislativo ou do Poder Judiciário, mas não contra pessoas 
jurídicas de direito privado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 135. 
A CF prevê, entre outras fundamentais, o mandado de injunção como instrumento 
para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 136. 
Segundo a CF, cabe mandado de injunção para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de 
dados de entidades governamentais ou de caráter público. 
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( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 137. 
Como a garantia constitucional do habeas data tem por finalidade disciplinar o direito 
de acesso a informações constantes de registros ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público relativo a dados pessoais pertinentes à pessoa 
do impetrante, a pessoa jurídica não tem legitimidade para o ajuizamento desse tipo 
de ação. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 138. 
Habeas data é o remédio constitucional adequado para o caso de recusa de 
fornecimento de certidões para defesa de direitos e esclarecimento de situações de 
interesse pessoal, próprio ou de terceiros, assim como para o caso de recusa de 
obtenção de informações de interesse particular, coletivo ou geral. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 139. 
Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas 
à pessoa do impetrante ou à de terceiros, constantes de registros ou bancos de dados 
de entidades governamentais ou de caráter público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 140. 
O habeas data destina-se a assegurar o conhecimento de informações pessoais 
constantes de registro de bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público, desde que geridas por servidores do Estado. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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QUESTÃO 141. 
Maria protocolou junto ao DETRAN requerimento com a finalidade de conhecer as 
informações acerca de sua pessoa constantes no banco de dados daquele órgão. O 
pedido foi negado pelo diretor, com base em portaria do órgão que proibia o acesso 
pretendido por Maria, apesar de as informações não serem de uso exclusivo do 
DETRAN. Para ter acesso às informações, Maria poderá valer-se do mandado de 
injunção. Essa ação constitucional destina-se a assegurar o acesso a informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 142. 
Na impetração do habeas data, o interesse de agir configura-se diante do binômio 
utilidade necessidade dessa ação constitucional, independentemente da apresentação 
da prova negativa da via administrativa. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 143. 
O habeas data pode ser impetrado ao Poder Judiciário, independentemente de prévio 
requerimento na esfera administrativa. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 144. 
Qualquer cidadão poderá impetrar habeas data no Poder Judiciário para assegurar o 
conhecimento de informações relativas a sua pessoa disponíveis na Agência Nacional 
de Telecomunicações (ANATEL), independentemente de ter formulado o pedido 
diretamente na agência. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 145. 
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A nacionalidade brasileira é condição necessária e suficiente para propor ação popular 
visando à declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural. 
( ) Certo( ) Errado 
 
QUESTÃO 146. 
A ação popular, que tem como legitimado ativo o cidadão brasileiro nato ou 
naturalizado, exige, para seu ajuizamento, o prévio esgotamento de todos os meios 
administrativos e jurídicos de prevenção ou repressão aos atos ilegais ou imorais 
lesivos ao patrimônio público. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 147. 
O mandado de injunção é o remédio constitucional adequado para anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 148. 
Se o autor da ação popular dela desistir, o MP poderá, entendendo presentes os 
devidos requisitos, dar-lhe prosseguimento. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
QUESTÃO 149. 
O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, ou seja, apenas quando a 
condenação fizer com que alguém fique preso além do tempo fixado na sentença. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
 
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QUESTÃO 150. 
É gratuita a certidão de óbito para os reconhecidamente pobres na forma da lei. 
( ) Certo ( ) Errado 
 
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11.1 Questões comentadas 
 
 
QUESTÃO 01. 
O Brasil adotou a forma republicana de governo e o modelo federativo de Estado que 
se embasa na autonomia e na soberania dos estados-membros, expressa pela 
capacidade destes de se auto-organizarem por meio das constituições estaduais. 
 
Resposta: ERRADA 
Comentário: Nos termos do artigo 1º, da CF, o Estado brasileiro adota a forma 
federativa e, como forma de governo, a republicana. A forma federativa de Estado 
aponta para a existência de entes autônomos – União, estados, DF e municípios -, mas 
não soberanos. Somente a República Federativa do Brasil possui soberania. 
 
QUESTÃO 02. 
O pluralismo político é princípio fundamental que assegura aos cidadãos até mesmo 
o apartidarismo. 
 
Resposta: CERTO 
Comentário: Como decorrência do princípio democrático, o pluralismo político (art. 
1º, inciso V, da CF) demanda uma sociedade na qual a diversidade de ideias e as 
liberdades devem ser amplamente respeitadas, incluindo-se ai, sem dúvidas, o direito 
a não filiação à uma corrente partidária. 
 
QUESTÃO 03. 
Acerca dos princípios, fundamentos e objetivos da Constituição Federal de 1988 (CF), 
julgue o item a seguir. Conforme o princípio democrático, todo o poder emana do 
povo, que o exerce diretamente ou por meio de representantes eleitos. 
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Resposta: CERTO 
Comentário: É o que vamos encontrar no parágrafo único, do artigo 1º, da 
Constituição Federal. 
 
QUESTÃO 04. 
Acerca dos princípios, fundamentos e objetivos da Constituição Federal de 1988 (CF), 
julgue o item a seguir. 
Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais 
constituem objetivos da República Federativa do Brasil expressos na CF. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Conforme previsto no artigo 3º, da Constituição Federal. 
 
QUESTÃO 05. 
A República Federativa do Brasil rege-se, nas suas relações internacionais, pelos 
seguintes princípios: independência nacional; prevalência dos direitos humanos; 
autodeterminação dos povos; não intervenção; igualdade entre os Estados; defesa da 
paz; solução pacífica dos conflitos; repúdio ao terrorismo e ao racismo; cooperação 
entre os povos para o progresso da humanidade e concessão de asilo político. 
Resposta: CERTO 
Comentário: A questão reproduz o conteúdo do artigo 4º, da Constituição Federal. 
 
QUESTÃO 06. 
A dignidade da pessoa humana e o pluralismo político são princípios fundamentais 
da República Federativa do Brasil. 
Resposta: CERTO 
Comentário: É o que encontramos no artigo 1º, incisos III e V, da Constituição Federal, 
que os coloca como fundamentos da República. 
 
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QUESTÃO 07. 
Acerca dos princípios fundamentais expressos na Constituição Federal de 1988 (CF), 
julgue o item a seguir. 
A prevalência dos direitos humanos, a concessão de asilo político e a solução pacífica 
de conflitos são princípios fundamentais que regem as relações internacionais do 
Brasil. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Conforme podemos conferir no artigo 4º, incisos II, VII, e X, da 
Constituição Federal. 
 
QUESTÃO 08. 
Serão considerados equivalentes às emendas constitucionais os tratados 
internacionais sobre direitos humanos referendados em ambas as Casas do Congresso 
Nacional em dois turnos de votação e por um terço dos respectivos membros. 
 
Resposta: ERRADO 
Comentário: Segundo dispõe o parágrafo 3º, do artigo 5º, da CF, somente os tratados 
e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada 
Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos 
respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais. 
 
QUESTÃO 09. 
Considerando as regras do direito constitucional, julgue os itens a seguir. 
Embora os direitos e as garantias fundamentais se destinem essencialmente às 
pessoas físicas, alguns deles podem ser estendidos às pessoas jurídicas. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Segundo entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), guardadas 
as suas características, a pessoa jurídica também pode ser titular de direitos 
fundamentais, como o direito de propriedade, de imagem. 
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QUESTÃO 10. 
Acerca dos princípios, fundamentos e objetivos da Constituição Federal de 1988 (CF), 
julgue o item a seguir. 
Os direitos e as garantias fundamentais constitucionais estendem-se aos estrangeiros 
em trânsito no território nacional, mas não às pessoas jurídicas, por falta de previsão 
constitucional expressa. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: É entendimento do STF de que também os estrangeiros não residentes 
no País (em trânsito) e as pessoas jurídicas, podem ser titulares de direitos 
fundamentais. 
 
QUESTÃO 11. 
O respeito aos direitos fundamentais deve subordinar tanto o Estado quanto os 
particulares, igualmente titulares e destinatários desses direitos. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Dada a sua essencialidade, os direitos fundamentais podem ser exigidos, 
opostos, em face do Estado (eficácia vertical) ou dos particulares, pessoas físicas ou 
jurídicas (eficácia horizontal). 
 
QUESTÃO 12. 
Somente aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no país é assegurado o direito 
de petição em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder. 
Resposta: ERRADA 
Comentário: O Supremo Tribunal Federal entende, em interpretação do artigo 5º, 
caput, da CF, que são titulares dos direitos fundamentais – o que inclui o direito de 
petição – também os estrangeiros não residentes no Brasil. 
 
QUESTÃO 13. 
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No que concerne aos direitos e às garantias fundamentais, julgue o item que se segue. 
A ilimitabilidade é uma característica dos direitos fundamentais consagrados na CF, 
pois esses são absolutos e, diante de casos concretos, devem ser interpretados com 
base na regra da máxima observância dos direitos envolvidos. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: Nenhum direito fundamental é absoluto. Havendo conflito entre dois 
direitos, na análise do caso concreto, ponderar-se-á pela aplicação daquele que, na 
oportunidade, se apresenta razoável, mais adequado. 
 
QUESTÃO 14. 
A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item a seguir. 
O direito à vida desdobra-se na obrigação do Estado de garantir à pessoa o direito de 
continuar viva e de proporcionar-lhe condições de vida digna. 
Resposta: CERTO 
Comentário: O direito à vida humana abarcadesde a garantia da existência física, de 
que ninguém será privado de sua vida arbitrariamente (art. 5º, caput, da CF), passando 
pela proteção da integridade física e mental (psíquica) das pessoas (art. 5º, inciso XLIX, 
da CF) até a garantia de uma vida com dignidade (art. 1º, inciso III e art. 170, da CF). 
 
QUESTÃO 15. 
Acerca dos direitos e garantias fundamentais, de acordo com o disposto na 
Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item. 
A CF assegura a liberdade de pensamento, mas veda o anonimato, uma vez que o 
conhecimento da autoria torna possível a utilização do direito de resposta. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Está conforme o artigo 5º, inciso IV, da CF: “é livre a manifestação do 
pensamento, sendo vedado o anonimato”. 
 
QUESTÃO 16. 
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Ainda com relação aos direitos humanos, julgue o próximo item à luz da CF. 
Como regra, não se admite a privação de liberdade de locomoção em razão de dívidas. 
Resposta: CERTO 
Comentário: É o que decorre da previsão feita pelo artigo 5º, inciso LXVII, da CF: “não 
haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel”. 
 
QUESTÃO 17. 
Acerca dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos, 
julgue o item a seguir. 
A liberdade para o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão está 
condicionada ao atendimento das qualificações profissionais estabelecidas por lei, 
mas nem todos os ofícios ou profissões, para serem exercidos, estarão sujeitos à 
existência de lei. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Conforme o artigo 5º, inciso XIII, da CF, a regra é o exercício livre de 
qualquer trabalho, ofício ou profissão, até que lei venha – se este for o caso – a 
estabelecer certas qualificações profissionais. 
 
QUESTÃO 18. 
Acerca dos direitos humanos, à luz da Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o item 
subsequente. 
O direito de reunião constitui instrumento viabilizador do exercício da liberdade de 
expressão e propicia a ativa participação da sociedade civil mediante exposição de 
ideias, opiniões, propostas, críticas e reinvindicações. 
Resposta: CERTO 
Comentário: A liberdade de reunião (art. 5º, inciso XVI, da CF) possui nítida feição 
coletiva e se coloca como um direito “meio”, pois viabiliza o direito amplo à liberdade 
de expressão. 
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QUESTÃO 19. 
No que concerne aos direitos e deveres individuais e coletivos, à nacionalidade e aos 
direitos políticos, julgue o item que se segue, tendo como referência as disposições 
da CF. 
Depende de decisão judicial com trânsito em julgado a suspensão das atividades de 
associação que tenha praticado alguma ilegalidade. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: Nos termos do artigo 5º, inciso XIX, da CF, a suspensão das atividades 
de uma associação pode ser determinada por decisão judicial que não tenha 
transitado em julgado. A dissolução da associação depende, contudo, que a decisão 
judicial que o determine já tenha transitado em julgado. 
 
QUESTÃO 20. 
Ainda com relação aos direitos humanos, julgue o próximo item à luz da CF. 
As entidades associativas, se expressamente autorizadas, possuem legitimidade para 
representar seus filiados na esfera judicial. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Esta é a figura da representação processual, conforme o artigo 5º, inciso 
XXI, da CF. 
 
 
QUESTÃO 21. 
Acerca dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos, 
julgue o item a seguir. 
Lei aprovada pelo Congresso Nacional para conferir proteção especial às mulheres, 
seja qual for o tratamento diferenciado entre os gêneros, contrariará a CF, que prevê 
a igualdade entre homens e mulheres em direitos e obrigações. 
Resposta: ERRADO 
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Comentário: Como vimos, o direito a um igual tratamento pela lei (art. 5º, caput, da 
CF), sem quaisquer distinções, comporta, no entanto, exceções, desde que razoáveis 
e justificadas. Assim, em princípio, “homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações” (art. 5º, inciso I, da CF), podendo haver, contudo, tratamento diferenciado, 
devidamente justificado e de acordo com os valores albergados pela nossa ordem 
jurídica. 
 
QUESTÃO 22. 
 Julgue o item seguinte, acerca dos direitos e garantias fundamentais da República 
Federativa do Brasil. 
Ações afirmativas são mecanismos que visam viabilizar uma isonomia material em 
detrimento de uma isonomia formal por meio do incremento de oportunidades para 
determinados segmentos. 
Resposta: CERTO 
Comentário: O direito à igualdade, assegurado pela Constituição Federal, não é só 
aquele formal. Nossa ordem constitucional dá guarida a medidas que visam 
estabelecer uma igualdade material. O objetivo dessas medidas, chamadas de 
“discriminação positiva”, de “ação afirmativa” é garantir uma igualdade de fato, 
substancial, social, a partir da concessão de iguais oportunidades a grupos ou pessoas 
marginalizadas socialmente ou hipossuficientes. 
 
QUESTÃO 23. 
Ainda com relação aos direitos humanos, julgue o próximo item à luz da CF. 
Na hipótese de iminente perigo, o poder público competente poderá requisitar o uso 
de propriedade particular, estando assegurada ao proprietário a possibilidade de ser 
indenizado em caso de dano ao seu patrimônio. 
Resposta: CERTO 
Comentário: É o que encontramos no artigo 5º, inciso XXV, da CF, o qual diz que “no 
caso de iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver 
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dano”. É a chamada “requisição administrativa”. 
 
QUESTÃO 24. 
Acerca dos direitos e garantias fundamentais, de acordo com o disposto na 
Constituição Federal de 1988 (CF), julgue o próximo item. 
O direito fundamental ao sigilo das comunicações telefônicas pode ser suspenso por 
determinação judicial, mas somente para fins de investigação criminal ou instrução 
processual penal. 
Resposta: CERTO 
Comentário: A Constituição Federal estabelece, em princípio, ser “inviolável o sigilo 
da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações 
telefônicas” (art. 5º, inciso XI). Admite, no entanto, a violação das comunicações 
telefônicas “por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer, para 
fins de investigação criminal ou instrução processual penal”. 
 
QUESTÃO 25. 
No que concerne aos direitos e às garantias fundamentais, julgue o item que se segue. 
Nos processos judiciais, são assegurados aos litigantes os direitos fundamentais do 
contraditório e da ampla defesa. Entretanto, diante do princípio da autotutela 
administrativa, essa garantia é inaplicável aos processos administrativos. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: Está claro no artigo 5º, inciso LV, da CF, que aos litigantes, seja em 
processo judicial, seja administrativo, “são assegurados o contraditório e ampla 
defesa, com os meios e recursos a ela inerentes”. 
 
QUESTÃO 26. 
A inviolabilidade da correspondência e das comunicações, sejam elas telegráficas, de 
dados ou telefônicas, constitui direito individual fundamental, razão por que o texto 
constitucional veda o reconhecimento de exceções ao exercício desse direito. 
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Resposta: ERRADO 
Comentário: Em regra, nenhum direito fundamental é absoluto. Neste caso 
específico, o artigo 5º, inciso XII, da CF traz uma exceção explícita ao sigilo das 
comunicações telefônicas, “por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei 
estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal”. 
 
QUESTÃO 27. 
A lei penal somente pode retroagir para que o réu sejabeneficiado. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Conforme o artigo 5º, inciso XL, da CF, a regra é que a lei penal não 
retroagirá, salvo para beneficiar o réu, seja abolindo o crime, seja prevendo uma 
sanção menos gravosa. 
 
QUESTÃO 28. 
A respeito dos direitos fundamentais, julgue o item que se segue. 
O princípio da razoável duração do processo e dos meios que garantam a celeridade 
de sua tramitação não alcança o inquérito policial em razão das peculiaridades que 
envolvem o trabalho investigativo. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: O artigo 5º, inciso LXXVIII, da CF prevê que “a todos, no âmbito judicial 
e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que 
garantam a celeridade de sua tramitação”, sem estabelecer qualquer distinção. Sendo 
o inquérito policial um procedimento de natureza administrativa, ele também está 
sujeito àquela disposição. 
 
QUESTÃO 29. Com relação aos direitos e garantias fundamentais, julgue o item que 
se segue. 
Situação hipotética: Um servidor público federal ofereceu representação ao Ministério 
Público contra o presidente de uma grande empresa que lhe havia oferecido quantia 
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indevida, a fim de obter favorecimento em um processo administrativo. O servidor 
apresentou como prova uma conversa telefônica por ele gravada. Assertiva: Nessa 
situação, em que pese a inexistência de autorização judicial, tal prova será considerada 
lícita. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Conforme entendimento sedimentado no STF (vide o RExt 212.081/RO; 
DJ de 27.03.1988), a gravação de conversa telefônica feita por um dos interlocutores, 
mesmo sem conhecimento do outro, não constitui interceptação telefônica – que 
pressupõe a existência de um terceiro alheio -, podendo ser realizada 
independentemente do cumprimento dos requisitos mencionados no artigo 5º, inciso 
XII, da CF. 
 
QUESTÃO 30. 
No que tange aos direitos e às garantias individuais e coletivos, julgue o item que se 
segue. 
O direito adquirido, entendido como aquele que já se incorporou ao patrimônio do 
seu titular, não poderá ser prejudicado por lei posterior. 
Resposta: CERTO 
Comentário: É o que vamos encontrar no artigo 5º, inciso XXXVI, da CF: “a lei não 
prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada”. 
 
QUESTÃO 31. 
Julgue o item seguinte, a respeito do mandado de injunção. 
Entre os legitimados para a impetração do mandado de injunção, figura a pessoa 
natural. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Conforme entendimento jurisprudencial no âmbito do STF, o mandado 
de injunção pode ser impetrado tanto por pessoa física quanto por pessoa jurídica, 
para viabilizar o exercício dos direitos de que é titular, diante da ausência de norma 
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reguladora infraconstitucional. 
 
QUESTÃO 32. 
Julgue o item seguinte, a respeito do mandado de injunção. 
A concessão do mandado de injunção está condicionada à ausência de norma 
regulamentadora para o exercício de um direito, ainda que esta omissão seja parcial. 
Resposta: CERTO 
Comentário: A questão está conforme o disposto no inciso LXXI, do artigo 5º, da CF: 
“conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora 
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania”. 
 
QUESTÃO 33. 
A respeito dos direitos e garantias fundamentais, julgue o item que se segue, tendo 
como referência a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. 
É vedado ao legislador editar lei em que se exija o pagamento de custas processuais 
para a impetração de habeas corpus. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Isso, porque o artigo 5º, inciso LXXVII, da CF assegura que “são gratuitas 
as ações de habeas corpus e habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao 
exercício da cidadania” 
 
QUESTÃO 34. 
A respeito das associações, julgue o item subsequente à luz das disposições da CF. 
A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de segurança 
coletivo independe de autorização. 
Resposta: CERTO 
Comentário: É entendimento jurisprudencial consolidado que os legitimados à 
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propositura do mandado de segurança coletivo – o que inclui as associações - atuam 
como substitutos processuais, dispensando autorização expressa dos filiados ou 
associados (art. 5º, inciso LXX, da CF). 
 
QUESTÃO 35. 
Julgue o item a seguir, a respeito dos direitos e garantias fundamentais. 
O habeas data não é meio de solicitação e obtenção de informações de terceiros, uma 
vez que tem como objetivo assegurar o conhecimento de informações relativas ao 
próprio impetrante. 
Resposta: CERTO 
Comentário: O artigo 5º, inciso LXXII, da CF é claro ao afirmar que será concedido 
habeas data “para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante” apenas, não de terceiros. 
 
QUESTÃO 36. 
A respeito da teoria e do regime jurídico dos direitos fundamentais, julgue o item que 
se segue à luz das disposições da CF. 
Sob o aspecto da legitimidade ativa, por meio de habeas data é possível obter 
informações relativas a qualquer pessoa, desde que as informações sejam classificadas 
como públicas. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: O artigo 5º, inciso LXXII, da CF é claro ao dizer que somente se concederá 
habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas à própria pessoa 
do impetrante, não de terceiros. 
 
QUESTÃO 37. 
Acerca dos princípios fundamentais e dos direitos e deveres individuais e coletivos, 
julgue o item a seguir. 
Se determinado dirigente de autarquia estadual editar ato administrativo lesivo ao 
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patrimônio público, qualquer cidadão ou pessoa jurídica poderá propor ação popular 
para anular o referido ato, sem custas judiciais. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: Na sistemática do artigo 5º, inciso LXXIII, da CF, a ação popular é uma 
ação que somente pode ser manejada pelo cidadão, que necessariamente é uma 
pessoa física, no gozo de seus direitos políticos. 
QUESTÃO 38. 
Em relação à teoria da constituição, ao poder constituinte, aos direitos fundamentais 
e aos remédios constitucionais, julgue o item que se segue. 
Entre os direitos fundamentais incluem-se os remédios constitucionais, como, por 
exemplo, o mandado de injunção, criado pela Constituição Federal de 1988 e que tem 
por finalidade suprir a falta de norma regulamentadora que inviabilize o exercício dos 
direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania. 
Resposta: CERTO 
Comentário: É o que prevê o inciso LXXI, do artigo 5º, da Constituição Federal. 
 
QUESTÃO 39. 
Acerca dos remédios constitucionais, julgue o próximo item. 
Pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus. 
Resposta: CERTO 
Comentário: O habeas corpus tutela a liberdade de locomoção, direito que somente 
pode ser titularizado por uma pessoa física, pessoa natural. Assim, o paciente somente 
pode ser uma pessoa física. O impetrante da medida, contudo, pode ser uma pessoa 
jurídica, desde que em favor de uma pessoa física. 
 
QUESTÃO 40. 
Os direitos fundamentais arrolados pela CF balizam o trabalho do servidor público. 
Considerando as disposições constitucionais insculpidas nos artigos que vão do 5.º ao 
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15, julgue os itens subsecutivos. 
O direito de petição só se aplica ao judiciário. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: O direito de petição é, por assim dizer, o gênero, do qual o direito de 
ação é espécie. Conforme estabelece o artigo 5º, inciso XXXIV, da CF é assegurado o 
direito de petição “aos Poderes Públicos”, na defesa de direitos ou conta ilegalidade 
ou abuso de poder.Assim, o direito de petição não está limitado ao Poder Judiciário. 
 
QUESTÃO 41. 
Julgue o item a seguir, que se refere aos direitos e garantias fundamentais previstos 
na CF e à administração pública. Recentemente, o transporte foi incluído no rol de 
direitos sociais previstos na CF, que já contemplavam, entre outros, o direito à saúde, 
ao trabalho, à moradia e à previdência social, bem como a assistência aos 
desamparados. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Por meio da Emenda Constitucional n. 90, de 2015, o transporte foi 
incluído no artigo 6º, da CF, como direito social. 
 
QUESTÃO 42. 
Com referência à Constituição Federal de 1988 e às disposições nela inscritas 
relativamente a direitos sociais e políticos, administração pública e servidores 
públicos, julgue o item subsequente. 
A Constituição Federal de 1988 proíbe expressamente a diferença de salários, de 
exercício de funções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou 
estado civil. 
Resposta: CERTO 
Comentário: A questão está de acordo com o artigo 7º, inciso XXX, da CF: “proibição 
de diferença de salários, de exercício de funções e de critério de admissão por motivo de 
sexo, idade, cor ou estado civil”. 
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QUESTÃO 43. 
Com relação aos direitos sociais, aos direitos de nacionalidade, aos direitos políticos 
e aos partidos políticos, julgue o próximo item. 
O transporte e o lazer são direitos sociais expressamente previstos na CF. 
Resposta: CERTO 
Comentário: É o que encontramos no artigo 6º, da CF. 
QUESTÃO 44. 
No que diz respeito a direitos sociais relacionados ao trabalho, julgue o item a seguir. 
A realização de trabalho noturno, perigoso ou insalubre por menor de dezoito anos 
de idade é permitida desde que o empregador pague a esse trabalhador adicional 
pecuniário. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: Conforme o artigo 7º, inciso XXXIII, da CF, é proibida a realização de 
“trabalho noturno, perigoso ou insalubre a menores de dezoito”, independentemente 
do pagamento dos adicionais respectivos ou não. 
 
QUESTÃO 45. 
À luz das disposições constitucionais relativas aos direitos sociais, julgue o item a 
seguir. Aos trabalhadores compete decidir sobre os interesses que devam defender 
por meio do exercício do direito de greve. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Está conforme o artigo 9º, da CF, que preceitua: “É assegurado o direito 
de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e 
sobre os interesses que devam por meio dele defender”. 
 
QUESTÃO 46. 
À luz das disposições constitucionais relativas aos direitos sociais, julgue o item a 
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seguir. 
É assegurada a participação dos trabalhadores e empregadores nos colegiados dos 
órgãos públicos em que seus interesses profissionais ou previdenciários sejam objeto 
de discussão e deliberação. 
Resposta: CERTO 
Comentário: Tal previsão é feita pelo artigo 10, da CF. 
 
QUESTÃO 47. 
No que concerne aos direitos e deveres individuais e coletivos, à nacionalidade e aos 
direitos políticos, julgue o item que se segue, tendo como referência as disposições 
da CF. Para que o filho de casal brasileiro nascido em país estrangeiro seja considerado 
brasileiro nato, ambos os pais devem estar, nesse país, a serviço da República 
Federativa do Brasil. 
Resposta: ERRADO 
Comentário: Conforme o artigo 12, inciso I, alínea “c”, da CF, também são brasileiros 
natos “os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam 
registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República 
Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela 
nacionalidade brasileira”. 
 
QUESTÃO 48. 
Com base no disposto na CF, julgue o item abaixo, relativo aos direitos e deveres 
individuais e coletivos. A extradição de brasileiro, expressamente vedada em caso de 
brasileiro nato, é admitida em caso de brasileiro naturalizado que tenha cometido 
crime comum antes da naturalização ou cujo envolvimento em tráfico ilícito de 
entorpecentes ou drogas afins tenha sido comprovado, ainda que após a 
naturalização. 
Resposta: CERTO 
Comentário: É o que prevê o artigo 5º, inciso LI, da CF. 
 
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QUESTÃO 49. 
O cidadão que entender que seu direito líquido e certo foi violado por ato de agente 
do tribunal de contas que atuava no exercício de suas funções poderá se valer do 
remédio constitucional denominado 
a) mandado de injunção. 
b) ação popular. 
c) mandado de segurança. 
d) ação civil pública. 
e) ação rescisória. 
GABARITO: Alternativa correta é a letra C. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXIX, da CRFB/88, conceder-se-á 
mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de 
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público. 
 
QUESTÃO 51. 
O princípio da proibição do reformatio in pejus não se aplica ao habeas corpus, pois 
esta garantia fundamental não possui natureza recursal. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O que é reformatio in pejus? É o agravamento da situação jurídica 
do réu em face de recurso interposto exclusivamente pela defesa. E isso não pode, 
ou seja, melhorando a frase, é proibido agravar a situação jurídica em habeas corpus. 
A proibição da “reformatio in pejus” (ou seja, piorar o caso rs) aplica-se ao 
“habeas corpus”, cujo manejo jamais poderá agravar a situação jurídica 
daquele a quem busca favorecer. [STF. 2ª Turma. HC 126869/RS, Rel. Min. Dias 
Toffoli, julgado em 23/6/2015 (Info 791 STF)]. 
 
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QUESTÃO 52. 
A isenção de custas processuais na ação popular para a defesa de interesse coletivo 
ou difuso inclui o ônus da sucumbência, salvo se comprovada má-fé. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXIII, da CRFB/88, qualquer cidadão é 
parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio 
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao 
meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo 
comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
 
QUESTÃO 53. 
A ação constitucional que tem o cidadão como legitimado ativo e que objetiva 
defender interesse difuso para anular ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural denomina-se 
a) mandado de segurança. 
b) habeas data. 
c) habeas corpus. 
d) ação civil pública. 
e) ação popular. 
GABARITO: Alternativa E. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXIII, da CRFB/88, qualquer cidadão é 
parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando 
o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência. 
 
QUESTÃO 54. 
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O habeas corpus pode ser impetrado por 
a) condenado a pena de multa, caso ele considere exorbitante o valor desta. 
b) militar, contra punição disciplinar imposta sem motivação. 
c) pessoa física, para impugnar determinação de suspensão de direitos políticos. 
d) estrangeiro, mas sempre em português. 
e) pessoa jurídica, em seu favor, quando ela for acusada de crime ambiental. 
GABARITO: Alternativa D. 
COMENTÁRIOS: O habeas corpus pode ser impetrado por 
a) Alternativa A: ERRADO. Não cabe habeas corpus em face de decisão que 
condena a apenas o pagamentode multa (SÚMULA 693/STF). 
b) Alternativa B: ERRADO. Não cabe habeas corpus para analisar mérito de 
punição militar. Quando a alternativa se refere a "punição disciplinar imposta sem 
motivação", ela está se referindo a um ato discricionário, logo, trata-se do mérito 
administrativo. Lembrando que em relação à ilegalidade do ato, caberia habeas 
corpus. 
c) Alternativa C: ERRADO. Não cabe habeas corpus em relação à pena de 
suspensão de direitos políticos. 
d) Alternativa D: CORRETO. Via de regra, o habeas corpus não exige formalidades, 
bastando que a petição seja escrita no vernáculo (em português) e que não seja 
apócrifa (sem assinatura). 
e) Alternativa E: ERRADO. Pessoa jurídica não pode impetrar habeas corpus em 
seu favor, mas apenas em favor de uma pessoa física. 
 
QUESTÃO 55. 
Servidores públicos de determinado estado da Federação iniciaram movimento 
grevista, motivados pelo atraso no pagamento de seus vencimentos, na tentativa de 
regularizar a situação salarial. Inconformado com a paralisação de atividades que 
julgava essenciais, o gestor público expediu ato administrativo determinando o 
desconto do salário dos servidores grevistas, bem como o processamento da devida 
anotação funcional. 
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Nessa situação hipotética, o instrumento processual de controle judicial que o 
sindicato dos servidores deverá invocar para suspender o ato administrativo de 
desconto e anotação dos dias não trabalhados é o 
a) mandado de injunção. 
b) recurso ordinário. 
c) habeas corpus. 
d) habeas data. 
e) mandado de segurança. 
GABARITO: Alternativa E. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXIX, da CRFB/88, conceder-se-á 
mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por 
habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de 
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de 
atribuições do Poder Público. 
 
QUESTÃO 56. 
Jorge, cidadão brasileiro com dezoito anos de idade, deseja tomar medida jurídica, 
sob o fundamento de que determinada prerrogativa inerente a sua cidadania não 
pode ser usufruída em razão de omissão legislativa na edição de norma 
regulamentadora de dispositivo constitucional. 
Nessa situação hipotética, para buscar tutela jurisdicional, de acordo com o rol de 
direitos e garantias fundamentais, Jorge deverá valer-se de 
a) habeas data. 
b) mandado de injunção. 
c) mandado de segurança. 
d) ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 
e) ação popular. 
GABARITO: Alternativa B. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXI, da CRFB/88, conceder-se-á 
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mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne 
inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas 
inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
 
QUESTÃO 57. 
Jonas, servidor público federal, respondeu a processo administrativo disciplinar e, ao 
final, foi absolvido das acusações. No entanto, por um equívoco, no seu assentamento 
funcional passou a constar a informação de que ele havia sido condenado. Ao saber 
do erro, Jonas solicitou a retificação dos dados, mas o seu pedido foi indeferido. 
Nessa situação hipotética, a ação cabível, de acordo com a CF, é 
a) a ação direta de inconstitucionalidade. 
b) a ação popular. 
c) o habeas corpus. 
d) o mandado de injunção. 
e) o habeas data. 
GABARITO: Alternativa E. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXII, da CRFB/88, conceder-se-á habeas 
data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; e b) para a retificação de dados, quando 
não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
O habeas data é tido como uma ação personalíssima, o que quer dizer que o 
pedido não poderá ser requerido por terceiros. 
Por fim, o art. 5.º, LXXVII, da CRFB/88: “são gratuitas as ações de habeas corpus e 
habeas data, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da cidadania”. 
 
QUESTÃO 58. 
Se o mandado de segurança não for conhecido, será possível a renovação do pedido, 
desde que observado o prazo decadencial do remédio constitucional. 
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( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 6o, § 6o, da lei 12.106/09, o pedido de 
mandado de segurança poderá ser renovado dentro do prazo decadencial, se a 
decisão denegatória não lhe houver apreciado o mérito. 
 
QUESTÃO 59. 
Após ter sido negada a sua solicitação de financiamento para a aquisição de imóvel 
residencial — seu nome estava negativado no serviço de proteção ao crédito —, Pedro 
procurou a entidade responsável pelo banco de dados em questão, mas lhe foi 
negado o fornecimento de informações acerca de seu cadastro. 
Nessa situação hipotética, para garantir o acesso aos dados, o remédio constitucional 
cabível em sede judicial é o(a) 
a) mandado de injunção. 
b) habeas data. 
c) ação popular. 
d) mandado de segurança 
GABARITO: Alternativa B. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXII, da CRFB/88, conceder-se-á habeas 
data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; e b) para a retificação de dados, quando 
não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
O habeas data é tido como uma ação personalíssima, o que quer dizer que o 
pedido não poderá ser requerido por terceiros. 
 
 
QUESTÃO 60. 
Sob o aspecto da legitimidade ativa, por meio de habeas data é possível obter 
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informações relativas a qualquer pessoa, desde que as informações sejam classificadas 
como públicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXII, da CRFB/88, conceder-se-á habeas 
data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; e b) para a retificação de dados, quando 
não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
O habeas data é tido como uma ação personalíssima, o que quer dizer que o 
pedido não poderá ser requerido por terceiros. 
 
QUESTÃO 61. 
Compete exclusivamente ao STF o julgamento de habeas corpus impetrado por 
ministro de Estado. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A competência do STJ para julgar habeas corpus é determinada 
constitucionalmente em razão do paciente ou da autoridade coatora (CRFB/88, art. 
105, I, c). Nesse rol constitucionalmente afirmado, não se inclui a atribuição daquele 
Superior Tribunal para processar e julgar, originariamente, ação de habeas corpus 
na qual figure como autoridade coatora juiz de direito. 
 
QUESTÃO 62. 
É considerado abuso de poder ato praticado pelo presidente da República contra o 
exercício de direito individual, podendo esse exercício ser protegido por meio de 
mandado de segurança, cujo julgamento será da competência do Supremo Tribunal 
Federal (STF). 
( ) Certo ( ) Errado 
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GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O abuso de poder é gênero, dos quais são espécies: desvio de 
finalidade e excesso de poder. Caracterizando aquele que visa outra finalidade, 
mesmo atuando dentro dos seus limites, e o excesso de poder quando atua fora dos 
limites de sua competência. 
A assertiva trata de crime de responsabilidade e não de abuso de poder, conforme 
disposto no art. 85, III, da CRFB/88, é crime de responsabilidade o ato do 
Presidenteda República contra o exercício do direito individual. 
 
QUESTÃO 63. 
O remédio constitucional do habeas data permite que o impetrante obtenha 
informações cadastrais relativas a todas as partes de um processo do qual seja parte, 
exceto aquelas protegidas por sigilo bancário. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXII, da CRFB/88, conceder-se-á habeas 
data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; e b) para a retificação de dados, quando 
não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
O habeas data é tido como uma ação personalíssima, o que quer dizer que o 
pedido não poderá ser requerido por terceiros. 
 
QUESTÃO 64. 
Se determinado dirigente de autarquia estadual editar ato administrativo lesivo ao 
patrimônio público, qualquer cidadão ou pessoa jurídica poderá propor ação popular 
para anular o referido ato, sem custas judiciais. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
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COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXIII, da CRFB/88, qualquer cidadão é 
parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
A ação popular somente pode ser impetrada por cidadão, ou seja, o eleitor, que 
é a pessoa natural no gozo de sua capacidade eleitoral ativa. A comprovação da 
condição de eleitor deve ser feita por meio do título de eleitor. 
 
QUESTÃO 65. 
O remédio constitucional que representa, no plano institucional, a mais expressiva 
reação jurídica do Estado às instituições que lesem, efetiva ou potencialmente, os 
direitos de conhecimento de informações relativas à pessoa interessada constantes 
de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público, 
bem como de retificação de dados e complementação de registros existentes, é o(a) 
a) habeas data. 
b) mandado de segurança. 
c) habeas corpus. 
d) ação popular. 
e) mandado de injunção. 
GABARITO: Alternativa A. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXII, da CRFB/88, conceder-se-á habeas 
data: a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do 
impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; e b) para a retificação de dados, quando 
não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
 
QUESTÃO 66. 
Pessoa jurídica pode impetrar mandado de injunção. 
( ) Certo ( ) Errado 
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GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: Qualquer pessoa, física ou jurídica, que se veja impossibilitada de 
exercer direito constitucional por falta de norma regulamentadora é legitimada a 
propor mandado de injunção. Essa é, afinal, uma das diferenças entre o mandado 
de injunção e a ação direta de inconstitucionalidade por omissão. 
 
QUESTÃO 67. 
Pessoa jurídica pode impetrar Habeas Corpus. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: Habeas Corpus possui legitimação Universal para o seu 
ajuizamento. Assim, qualquer pessoa poderá impetrá-lo, mesmo estrangeiros (ainda 
que em trânsito), absolutamente incapaz e analfabetos. 
A pessoa jurídica pode impetrar habeas corpus? Sim. Desde que seja em favor 
de terceira pessoa física. É que apesar da pessoa jurídica poder figurar no polo ativo 
dessa relação processual, de outra banda não pode ela ser beneficiária do remédio, 
já que não ostenta o direito à liberdade ambulatória. Este mesmo raciocínio pode 
ser aplicado ao Ministério Público e à Defensoria Pública. Instituições que podem 
ser impetrantes, mas não podem ser pacientes de habeas corpus, já que não 
exercem o direito de locomoção. 
 
QUESTÃO 68. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
O habeas corpus é instrumento viável para a revisão de súmulas de tribunais se o teor 
da súmula atentar abstratamente contra o direito à liberdade de locomoção. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 103 – A, da CRFB/88, o Supremo Tribunal 
Federal poderá, de oficio ou por provocação, mediante decisão de dois terços de 
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seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar 
súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em 
relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e 
indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder a sua revisão 
ou cancelamento na forma estabelecida em lei. 
Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a provação, revisão ou 
cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor ação 
direta de inconstitucionalidade. 
 
QUESTÃO 69. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
A utilização do habeas corpus como mecanismo judicial para salvaguarda do direito à 
liberdade de locomoção é limitada no tempo, sujeitando-se a preclusão e decadência. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O habeas corpus não sofre qualquer peia, sendo-lhe estranhos 
os institutos da prescrição, da decadência e da preclusão ante o fator tempo. 
APELAÇÃO - JULGAMENTO - INTIMAÇÃO - DEFENSORIA PÚBLICA. A falta de 
intimação pessoal do defensor público para a sessão em que apregoado e julgado 
certo recurso torna insubsistente o acórdão proferido, pouco importando a 
passagem substancial de tempo, considerada a data da configuração do vício. (HC 
88672, Relator(a): Min. MARCO AURÉLIO, Primeira Turma, julgado em 27/03/2007, 
DJe-018 DIVULG 17-05-2007 PUBLIC 18-05-2007 DJ 18-05-2007 PP-00083 EMENT 
VOL-02276-02 PP-00264). 
 
QUESTÃO 70. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
A inadmissibilidade de impetração sucessiva de habeas corpus, ou seja, de apreciação 
de um segundo habeas corpus quando ainda não definitivamente julgado o 
anteriormente impetrado, é relativizada se se tratar de ilegalidade flagrante e 
prontamente evidente. 
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( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: Conforme o STF, a “inadmissibilidade de impetração sucessiva de 
habeas corpus, ou seja, de apreciação de um segundo habeas corpus quando ainda 
não definitivamente julgado o anteriormente impetrado, é relativizada se se tratar 
de ilegalidade flagrante e prontamente evidente”. (HC 108986 SC). 
 
QUESTÃO 71. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
O habeas corpus é meio idôneo para impugnar ato de sequestro ou confisco de bens 
em processo criminal. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXVIII, da CRFB/88, conceder-se-á habeas 
corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou 
coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
É incabível habeas corpus, pois nessa hipótese não está em jogo o direito de 
locomoção. 
 
QUESTÃO 72. 
À luz da jurisprudência do STF, assinale a opção correta acerca de habeas corpus. 
O afastamento de cargo público é impugnável por habeas corpus. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: É incabível Habeas Corpus para impugnar penalidade imposta 
mediante decisão administrativa de caráter disciplina (advertência, suspensão, 
demissão, destituição de cargo em comissão, cassaçãode aposentadoria etc.), 
porque nessas hipóteses não está em jogo o direito de locomoção. 
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QUESTÃO 73. 
Como o habeas data não pode ser utilizado por pessoa jurídica, deve ser reconhecida 
a ilegitimidade ativa na hipótese de pessoa jurídica ajuizar habeas data para obter 
informações de seu interesse constante de dados de determinada entidade 
governamental. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A legitimatio ad causam para impetração de Habeas Data 
estende-se às pessoas físicas e jurídicas, nacionais e estrangeiras, porquanto 
garantia constitucional aos direitos individuais ou coletivos. (STF, RE 673.707/MG, 
Rel. Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 17/06/2015). 
 
QUESTÃO 74. 
O habeas data é recurso previsto no texto constitucional cuja finalidade é assegurar 
ao indivíduo o conhecimento de informações, relativas à sua pessoa, que estejam 
armazenadas em bancos de dados de entidades governamentais, ou banco de dados 
privados de interesse público. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: O habeas data tem como uma de suas funções assegurar ao 
indivíduo o conhecimento de informações, relativas à sua pessoa, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público. 
 
QUESTÃO 75. 
Decai o mandado de segurança impetrado no TJDFT contra ato de autoridade coatora 
que deveria ser processada na justiça federal se o processo não for remetido ao juízo 
competente em até cento e vinte dias após a ocorrência do ato. 
( ) Certo ( ) Errado 
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GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Não cabe falar em decadência nesse caso, uma vez que o 
impetrante buscou os seus direitos no Judiciário dentro do prazo. A demanda já foi 
submetida ao Judiciário, o que afasta a decadência. 
 
QUESTÃO 76. 
A atuação das associações na defesa de seus associados em mandado de segurança 
coletivo independe de autorização. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: É o que prevê a Súmula 629 do STF, segundo a qual “a impetração 
de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos associados 
independe da autorização destes”. Trata-se do instituto da substituição processual. 
 
QUESTÃO 77. 
As associações possuem legitimidade para deduzir interpelação judicial como medida 
preparatória de ação penal em defesa da honra de seus associados. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Segundo o STF, as associações não têm legitimidade para 
promover interpelação judicial em defesa da honra de seus associados, por se tratar 
de um direito personalíssimo de quem foi atingido em sua honra. 
 
QUESTÃO 78. 
A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de classe em favor dos 
associados independe da autorização destes. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correta. 
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COMENTÁRIOS: É isso mesmo! A impetração de mandado de segurança coletivo 
por entidade de classe independe da autorização dos associados. 
 
QUESTÃO 79. 
De acordo com o atual entendimento do STF, a decisão proferida em mandado de 
injunção pode levar à concretização da norma constitucional despida de plena 
eficácia, no tocante ao exercício dos direitos e das liberdades constitucionais e das 
prerrogativas relacionadas à nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correta. 
COMENTÁRIOS: O STF vem adotando a corrente concretista acerca dos efeitos do 
mandado de injunção. Nesse sentido, a Corte não tem se limitado a declarar a mora 
legislativa; ao contrário, as decisões do STF buscam concretizar a norma 
constitucional pendente de regulamentação. 
 
QUESTÃO 80. 
A ação popular deve ser proposta somente por partido político com representação no 
Congresso Nacional. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A ação popular não pode ser proposta por partido político. Ela 
deve ser proposta por cidadão, assim considerado aquele que está no pleno gozo 
dos direitos políticos. 
 
QUESTÃO 81. 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por partido político que tenha 
representação no Congresso Nacional. 
( ) Certo ( ) Errado 
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GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: Isso mesmo! O partido político com representação no Congresso 
Nacional é legitimado para impetrar mandado de segurança coletivo. 
 
QUESTÃO 82. 
Uma entidade de classe que estiver em funcionamento há apenas seis meses não 
possui, por essa razão, legitimidade para impetração de mandado de segurança 
coletivo em defesa de interesse de seus membros. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: As associações (e não as entidades de classe!) é que só podem 
impetrar mandado de segurança coletivo após 1 (um) ano de funcionamento. 
 
QUESTÃO 83. 
Qualquer associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um 
ano é parte legítima para propor ação popular que vise à anulação de ato lesivo ao 
patrimônio público ou ao meio ambiente. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: ERRADO. 
COMENTÁRIOS: Somente o cidadão pode propor ação popular. 
 
QUESTÃO 84. 
O cidadão brasileiro, nato ou naturalizado, com capacidade eleitoral ativa, tem 
legitimidade para propor ação popular. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De fato, qualquer cidadão tem legitimidade para propor ação 
popular, nos termos do art. 5o, LXXIII, da CF/88: LXXIII - qualquer cidadão é parte 
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legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público 
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada 
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
 
QUESTÃO 85. 
Não viola a cláusula do devido processo legal a exigência de arrolamento prévio de 
bens para fins de admissibilidade de recurso administrativo. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A questão cobra o conhecimento da Súmula Vinculante no 21 do 
STF, segundo a qual “ é inconstitucional a exigência de depósito ou arrolamento 
prévios de dinheiro ou bens para admissibilidade de recurso administrativo.” Tal 
exigência viola, sim, o devido processo legal. 
 
QUESTÃO 86 
A jurisprudência do STF acerca do mandado de injunção evoluiu para admitir que, 
além de declarar omisso o Poder Legislativo, o próprio tribunal edite a norma geral 
de que depende o exercício do direito invocado pelo impetrante. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: O examinador “forçou a barra” ao dizer que o tribunal pode editar 
norma para regular a Constituição, dando a impressão de que o Judiciário passou a 
assumir a função legiferante, típica do Poder Legislativo. Todavia, a questão foi 
considerada correta. Isso porque atualmente o STF tem adotado a posição 
concretista no julgamento dos mandados de injunção, suprindo a lacuna legislativa 
diante da omissão do legislador. 
 
QUESTÃO 87. 
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A legitimidade ativa do habeas data, destinado a assegurar o conhecimento de 
informações relativas ao impetrante constantes de registros ou banco de dados, está 
adstrita às pessoas físicas. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O habeas data pode ser ajuizado tanto por pessoas físicas como 
por pessoas jurídicas. 
 
QUESTÃO 88. O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado sempre que 
alguém sofrer violência em sua liberdade de locomoção. 
 ( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS:O remédio constitucional adequado para proteger o direito de 
locomoção é o habeas corpus (CRFB/88, art. 5º, LXVIII). 
 
QUESTÃO 89. 
No ordenamento jurídico brasileiro, o habeas corpus somente pode ser impetrado na 
forma repressiva, ou seja, somente no caso de alguém efetivamente ter sofrido 
violência que limite liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O habeas corpus pode ser impetrado, também, na forma 
preventiva (salvo conduto), quando o direito de locomoção de alguém estiver sendo 
ameaçado. 
 
QUESTÃO 90. 
Terá legitimidade para impetrar mandado de segurança coletivo o partido político que 
tenha, no mínimo, um representante na Câmara dos Deputados e um no Senado 
Federal. 
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( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A Constituição Federal exige que o partido político tenha 
representante no Congresso Nacional (CRFB/88, art. 5º, LXX, “a”). Basta, portanto, 
que ele tenha uma vaga ocupada na Câmara dos Deputados ou no Senado Federal. 
Não é necessário ter representante em ambas as Casas. 
 
QUESTÃO 91. 
A todos os cidadãos é gratuita a ação de habeas data. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De fato, a Constituição assegura que as ações de habeas data são 
gratuitas (CRFB/88, art. 5º, LXXVII). 
 
QUESTÃO 92. 
Entidade de classe somente pode impetrar mandado de segurança coletivo em 
favor de seus associados se for por eles expressamente autorizada. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A impetração de mandado de segurança coletivo por entidade de 
classe independe da autorização de seus associados. Trata-se de hipótese de 
substituição processual (súmula 629 do STF). 
 
QUESTÃO 93. 
Para que uma entidade de classe ajuíze mandado de segurança coletivo em favor de 
seus associados, além do prazo mínimo de um ano de regular existência dessa 
entidade, é necessário que ela conte com autorização da respectiva assembleia. 
( ) Certo ( ) Errado 
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GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Para a impetração de mandado de segurança coletivo, a 
Constituição Federal exige apenas que as associações estejam legalmente 
constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano. Essa exigência não se 
estende às entidades de classe (CRFB/88, art. 5o, LXX, “b”). Além disso, trata-se de 
hipótese de substituição processual, não havendo necessidade de autorização da 
respectiva assembleia (súmula 629 do STF). 
 
QUESTÃO 94. 
O mandado de injunção é impróprio para pleitear em juízo direito individual líquido e 
certo decorrente de norma constitucional autoaplicável. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De fato, o STF entende que se o direito independe de norma 
regulamentadora que viabilize seu exercício, não ocorre hipótese de mandado de 
injunção, que só é cabível exatamente quando a falta de norma regulamentadora 
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania (CRFB/88, art. 5º, 
LXXI). É impróprio, portanto, o uso do mandado de injunção para o exercício de 
direito decorrente de norma constitucional autoaplicável. 
 
QUESTÃO 95. 
Para a retificação de informações constantes de cadastros de registros públicos ou 
banco de dados de entidades governamentais, é inadmissível a impetração de habeas 
data, cuja função é assegurar apenas o conhecimento dessas informações. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXII, da CRFB/88, o habeas data é 
instrumento adequado, também, para a retificação de dados de cadastros de 
registros públicos ou banco de dados de entidades governamentais, quando não se 
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prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo. 
 
QUESTÃO 96. 
Caracteriza-se como repressivo o “habeas corpus” impetrado por alguém que se 
julgue ameaçado de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção por 
ilegalidade ou abuso de poder. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Nesse caso, o habeas corpus é preventivo, não repressivo. 
 
QUESTÃO 97. 
A jurisprudência do STF não admite impetração de “habeas corpus” em favor de 
pessoa jurídica, ainda que esta figure como ré em ação de crime contra o meio 
ambiente. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: O habeas corpus, de fato, não pode ter como paciente pessoa 
jurídica. 
 
QUESTÃO 98. 
A legitimidade para impetrar “habeas corpus” pertence apenas à pessoa natural 
afetada por qualquer medida que restrinja ou ameace restringir a sua liberdade de 
locomoção. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Tanto a pessoa natural quanto pessoa jurídica pode impetrar 
habeas corpus a favor de outra que esteja sendo afetada por medida que restrinja 
ou ameace restringir sua liberdade de locomoção. 
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QUESTÃO 99. 
Segundo a jurisprudência dominante do STF, é cabível “habeas corpus” contra decisão 
condenatória à pena de multa. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Pelo contrário! O STF entende que, nesse caso, não há qualquer 
possibilidade de violação ao direito de locomoção, sendo, por isso, descabido o 
habeas corpus. 
 
QUESTÃO 100. 
É possível a desistência de mandado de segurança após a sentença de mérito, ainda 
que favorável ao impetrante, sem a anuência do impetrado. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: A desistência do mandado de segurança é possível a qualquer 
tempo, mesmo após sentença de mérito favorável ao impetrante. 
 
QUESTÃO 101. 
De acordo com o entendimento do STF, o estado-membro não dispõe de legitimidade 
para propor, contra a União, mandado de segurança coletivo em defesa de supostos 
interesses da população residente na unidade federada. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De fato, o Estado-membro não é, segundo a Corte, legitimado a 
impetrar mandado de segurança coletivo contra a União, em defesa de sua 
população. 
 
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QUESTÃO 102. 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por organização sindical, 
entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo 
menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados, mas não 
por partido político, que não possui representação para a defesa de direitos de 
categorias sociais em particular. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Os partidos políticos com representação no Congresso Nacional 
podem impetrar mandado de segurança coletivo. 
 
QUESTÃO 103. 
O cidadão que esteja impedido de exercer direito individual em razão da ausência de 
norma regulamentadora poderá valer-se do mandado de injunção. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De acordo com o art. 5º, LXXI, da CRFB/88, conceder-se-á 
mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável 
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania. 
 
QUESTÃO 104. 
Considere que Antônio, preso político durante a ditadura, pretenda obter informações 
de seu interesse constantes de banco de dados de entidade governamental. 
Considere, ainda, que o pedido de Antônio seja indeferido na esfera administrativa. 
Nessa situação, Antônio deverá impetrar “habeas corpus” junto ao Poder Judiciário a 
fim de obter as informações desejadas. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
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COMENTÁRIOS: Reza a Constituição que o “habeas data” é remédio adequado para 
assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público (CRFB/88, art. 5º, LXXII). 
 
QUESTÃO 105. 
Para o cabimento do habeas data, não é necessário que o impetrante comprove prévia 
recusa do acesso a informações ou de sua retificação. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Como vimos, é necessário, sim, que se comprove a negativa da 
autoridade administrativa em garantir o acesso aos dados relativos ao impetrante. 
É o que dispõe a Lei 9.507/97 em seu art. 8º, parágrafo único. 
 
QUESTÃO 106. 
O habeas data, importante ação constitucional, assegura o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registro ou banco de 
dados de entidades governamentais ou de caráter público, mas veda ao impetrante a 
retificação desses dados. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O habeas data é, sim, ação adequada para a retificação de dados, 
quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou administrativo 
(CRFB/88, art. 5º, LXXII, “b”). 
 
QUESTÃO 107. 
Para propor ação popular objetivando anular ato lesivo ao patrimônio público, não é 
necessário que o indivíduo esteja no gozo de direitos que lhe permitam participar da 
vida política. 
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( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Pelo contrário! É necessário, sim, que o indivíduo esteja em pleno 
gozo de direitos políticos, uma vez que só o cidadão pode impetrar ação popular. 
 
QUESTÃO 108. 
Ao constatar que o esgoto produzido em uma edificação que sediava um órgão da 
administração pública era lançado diretamente no principal rio da cidade, um cidadão 
local, inconformado com tal situação de descaso com o meio ambiente, decidiu 
pleitear, pela via judicial, a obtenção de medida que protegesse o meio ambiente da 
agressão constatada. Nessa situação hipotética, para requerer a medida protetiva 
pretendida, o referido cidadão deverá impetrar: 
a) habeas corpus. 
b) ação popular. 
c) mandado de segurança coletivo. 
d) habeas data. 
e) mandado de injunção. 
GABARITO: Alternativa B. 
COMENTÁRIOS: A ação popular, como vimos, é o instrumento adequado a anular 
ato lesivo ao patrimônio público, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural. 
 
QUESTÃO 109. 
Todas as pessoas físicas ou jurídicas são partes legítimas para propor ação popular 
que vise anular ato lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e 
cultural. 
( ) Certo ( ) Errado 
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GABARITO: Errada. 
COMENTÁRIOS: Apenas o cidadão é parte legítima para propor ação popular. 
 
QUESTÃO 110. 
Embora apenas o cidadão tenha legitimidade para o ajuizamento da ação popular, o 
Ministério Público pode, na hipótese de desistência da ação por parte do autor, 
promover o respectivo prosseguimento do feito. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De fato, poderá o Ministério Público, nesse caso, ser sucessor do 
autor da ação popular. 
 
QUESTÃO 111. 
O direito à duração razoável de processos, tanto no âmbito judicial quanto no 
administrativo, é um direito fundamental previsto expressamente na CF. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De fato, trata-se de direito fundamental previsto no inciso LXXVIII 
do art. 5º da Constituição Federal. 
 
QUESTÃO 112. 
A liberdade de locomoção em tempo de paz, que engloba, em relação ao território 
nacional, as situações de acesso e ingresso, saída e permanência, assim como a 
possibilidade de deslocamento, constitui direito absoluto, que não comporta 
limitações. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A liberdade de locomoção em tempo de paz (CRFB/88, art. 5º, XV), 
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que engloba, em relação ao território nacional, as situações de acesso e ingresso, 
saída e permanência, assim como a possibilidade de deslocamento, não é direito 
absoluto. Ela poderá sofrer restrições, sendo uma norma constitucional de eficácia 
contida. 
 
QUESTÃO 113. 
Os chamados remédios constitucionais, ou remédios do direito constitucional, 
constituem em meios à disposição do indivíduo para provocar a atuação das 
autoridades competentes, com o fim de evitar ou sanar ilegalidade e abuso de poder 
em prejuízo de direitos e interesses individuais ou coletivos. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: Excelente definição de remédios constitucionais! 
 
QUESTÃO 114 
O “habeas corpus” pode ser impetrado tanto contra ato emanado do poder público 
como contra ato de particular, sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de 
sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: Desde que haja lesão ou ameaça de lesão ao direito de locomoção, 
é cabível o “habeas corpus”, seja contra ato do poder público ou de particular. 
 
QUESTÃO 115. 
O sujeito passivo do “habeas corpus” será a autoridade pública, pois somente ela tem 
a prerrogativa de restringir a liberdade de locomoção individual em benefício do 
interesse público ou social, razão pela qual não se admite sua impetração contra ato 
de particular. 
( ) Certo ( ) Errado 
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GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Também o particular pode ser sujeito passivo de “habeas corpus”. 
 
QUESTÃO 116. 
Caso a sentença penal condenatória emanada de juiz militar imponha pena de 
exclusão de militar ou de perda de patente, será cabível a utilização do “habeas 
corpus”. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Entende o STF que a imposição da pena acessória de perda da 
graduação e exclusão do militar dos quadros da Corporação, por não implicar, ainda 
que de forma indireta, atentado à liberdade de locomoção do paciente, não 
comporta exame na via estreita do habeas corpus. 
 
QUESTÃO 117. 
Ainda que já extinta a pena privativa de liberdade, é cabível a utilização de “habeas 
corpus” para pedido de reabilitação de paciente. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O entendimento do STF é o de que, desconstituído o objeto do 
habeas corpus, por julgada extinta a pena em face do seu integral cumprimento, 
resta prejudicado o pedido. Isso significa que a extinção da pena torna incabível a 
utilização do habeas corpus. Isso porque o habeas corpus visa a tutela do direito à 
locomoção, não se justificando quando esse direito não mais se encontra limitado 
ou ameaçado. 
 
QUESTÃO 118. 
Caso ocorra, ao fim de um processo penal, a fixação de pena de multa em sentença 
penal condenatória, ficará prejudicada a utilização do “habeas corpus”, haja vista a sua 
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destinação exclusiva à tutela do direito de ir e vir. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: Segundo o STF, não cabe habeas corpus contra decisão que fixa 
pena de multa, uma vez que não haverá ofensa à liberdade de locomoção. 
 
QUESTÃO 119. 
São legitimados para impetrar mandado de segurança a pessoa física, nacional ou 
estrangeira, e a pessoa jurídica privada, mas não a pública, visto o mandado de 
segurança ter como função garantir direito líquido e certo contra ato de autoridade 
pública. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errada. 
COMENTÁRIOS: As pessoas jurídicas de direito público também podem impetrar 
mandado de segurança. Questão incorreta.A orientação jurisprudencial do 
Supremo Tribunal Federal é firme no sentido de não admitir, salvo em situações 
excepcionais, mandado de segurança contra as suas próprias decisões jurisdicionais, 
inclusive as proferidas por qualquer de seus Ministros, uma vez que esses atos só 
podem ser reformados por via dos recursos admissíveis, ou, em se tratando de 
julgamento de mérito com trânsito em julgado, por meio de ação rescisória (MS 
30836 RJ, 06/10/2011). 
 
QUESTÃO 120. 
Será cabível, em qualquer circunstância, manejo de mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de 
poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições 
do poder público. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O mandado de segurança é uma ação residual, sendo cabível 
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apenas quando o direito não for protegido nem por “habeas corpus” nem por 
“habeas data”. 
 
QUESTÃO 121. 
O mandado de segurança pode ser interposto mesmo contra ato administrativo do 
qual caiba recurso administrativo com efeito suspensivo, independentemente de 
caução. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Pelo contrário! Não cabe mandado de segurança nesses casos (Lei 
2016/09, art. 5º, II). 
 
QUESTÃO 122. 
O mandado de segurança pode ser impetrado por pessoas naturais, mas não por 
pessoas jurídicas, em defesa de direitos individuais. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O mandado de segurança pode ser impetrado tanto por pessoas 
naturais quanto por pessoas físicas, na defesa de direito líquido e certo. 
 
QUESTÃO 123. 
Estrangeiro residente no exterior não pode impetrar mandado de segurança no Brasil. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Pode sim! São legitimadas a impetrar mandado de segurança 
todas as pessoas, físicas ou jurídicas, nacionais ou estrangeiras, domiciliadas ou não 
no Brasil. 
 
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QUESTÃO 124. 
O partido político com representação nacional pode impetrar mandado de segurança 
coletivo contra ilegalidade ou abuso de poder. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Para ser legitimado a impetrar mandado de segurança coletivo o 
partido político precisa ter representação no Congresso Nacional. 
 
QUESTÃO 125. 
Diferentemente das organizações sindicais, das entidades de classe e das associações, 
os partidos políticos não têm legitimidade para impetrar mandado de segurança 
coletivo. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Os partidos políticos podem, sim, impetrar mandado de segurança 
coletivo, desde que tenham representação no Congresso Nacional. 
 
QUESTÃO 126. 
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por pessoas jurídicas, públicas 
ou privadas, como as organizações sindicais e as entidades de classe legalmente 
constituídas, mas não por partidos políticos. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Os partidos políticos podem impetrar mandado de segurança 
coletiva, quando tem representação no Congresso Nacional. 
 
QUESTÃO 127. 
Qualquer partido político pode impetrar mandado de segurança coletivo para 
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proteção de direito líquido e certo. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Para que seja legitimado a impetrar mandado de segurança 
coletivo, é necessário que o partido político tenha representação no Congresso 
Nacional. 
 
QUESTÃO 128. 
De acordo com a CF, o mandado de injunção é remédio destinado a suprir lacuna 
ou ausência de regulamentação de direito previsto na CF e em norma 
infraconstitucional. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O STF entende que o mandado de injunção só é cabível para suprir 
lacuna ou ausência de regulamentação de direito previsto na CF. Não cabe mandado 
de injunção para suprir regulamentação de norma infraconstitucional. 
 
QUESTÃO 129. 
Segundo a CF, deve ser concedido habeas data sempre que a ausência de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e das liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à 
cidadania. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O instrumento adequado a sanar a lesividade da omissão do 
legislador, nesse caso, é o mandado de injunção, não o “habeas data” (CRFB/88, art. 
5º, LXXI). 
 
QUESTÃO 130. 
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O STF adota a posição de que o mandado de injunção não tem função concretista, 
porque não cabe ao Poder Judiciário conferir disciplina legal ao caso concreto sob 
pena de violação ao princípio da separação dos poderes. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O STF tem adotado a posição concretista, conferindo ao mandado 
de injunção o papel de superar, nos casos concretos, as consequências lesivas da 
inércia do Legislativo. 
 
QUESTÃO 131. 
O STF passou a admitir a adoção de soluções normativas para a decisão judicial como 
alternativa legítima de tornar a proteção judicial efetiva por meio do mandado de 
injunção. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: De fato, o STF passou a adotar a posição concretista em seus 
julgados, como forma de dar efetividade à proteção judicial. 
 
QUESTÃO 132. 
O mandado de injunção tem como objeto o não cumprimento de dever constitucional 
de legislar que, de alguma forma, afete direitos constitucionalmente assegurados, 
sendo pacífico, na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF), que ele só é 
cabível se a omissão tiver caráter absoluto ou total, e não parcial. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O mandado de injunção, segundo o STF, é cabível não só para 
omissões de caráter absoluto ou total como também para as omissões de caráter 
parcial. 
 
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QUESTÃO 133. 
Além das pessoas físicas, as pessoas jurídicas, os sindicatos e as associações, assim 
como o MP, dispõem de legitimidade para impetrar o mandado de injunção. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O mandado de injunção individual, como vimos, pode ser 
impetrado por qualquer pessoa, física ou jurídica, que se veja impossibilitada de 
exercer direito constitucional por falta de norma regulamentadora. Já o mandado 
de injunção coletivo tem como legitimados: 
✓ Partido político com representação no Congresso Nacional; 
✓ Organização sindical ou entidade de classe; 
✓ Associação legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos um 
ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados. 
✓ Ministério Público; 
✓ Defensoria Pública. 
 
QUESTÃO 134. 
O “habeas data” pode ser impetrado contra qualquer órgão do Estado, seja ele do 
Poder Executivo, do Poder Legislativo ou do Poder Judiciário, mas não contra pessoas 
jurídicas de direito privado. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O “habeas data” pode, sim, ser impetrado contra pessoas jurídicas 
de direito privado, desde que detentoras de dados de caráter público. 
 
QUESTÃO 135. 
A CF prevê, entre outras fundamentais, o mandado de injunção como instrumento 
para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público. 
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( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: É o “habeas data” (e não o mandado de injunção!) o instrumento 
para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, 
constantes de registros ou bancosde dados de entidades governamentais ou de 
caráter público. 
 
QUESTÃO 136. 
Segundo a CF, cabe mandado de injunção para assegurar o conhecimento de 
informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de 
dados de entidades governamentais ou de caráter público. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O instrumento adequado, nesse caso, é o “habeas data”. 
 
QUESTÃO 137. 
Como a garantia constitucional do habeas data tem por finalidade disciplinar o direito 
de acesso a informações constantes de registros ou banco de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público relativo a dados pessoais pertinentes à pessoa 
do impetrante, a pessoa jurídica não tem legitimidade para o ajuizamento desse tipo 
de ação. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Tanto a pessoa física quanto a jurídica têm legitimidade para 
impetrar “habeas data”. 
 
QUESTÃO 138. (CESPE: MPE-SE, 2010) Habeas data é o remédio constitucional 
adequado para o caso de recusa de fornecimento de certidões para defesa de 
direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal, próprio ou de 
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terceiros, assim como para o caso de recusa de obtenção de informações de 
interesse particular, coletivo ou geral. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O habeas data é remédio constitucional que se destina a garantir 
o acesso a informações relativas à pessoa do impetrante, jamais de terceiros. 
 
QUESTÃO 139. 
Conceder-se-á habeas data para assegurar o conhecimento de informações relativas 
à pessoa do impetrante ou à de terceiros, constantes de registros ou bancos de dados 
de entidades governamentais ou de caráter público. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Não cabe “habeas data” para conhecimento de informações 
relativas a terceiros. 
 
QUESTÃO 140. 
O habeas data destina-se a assegurar o conhecimento de informações pessoais 
constantes de registro de bancos de dados de entidades governamentais ou de 
caráter público, desde que geridas por servidores do Estado. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Não há necessidade de que as informações constantes do registro 
de dados sejam geridas por servidores do Estado. Não há tal condição no 
ordenamento jurídico. 
 
QUESTÃO 141. 
Maria protocolou junto ao DETRAN requerimento com a finalidade de conhecer as 
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informações acerca de sua pessoa constantes no banco de dados daquele órgão. O 
pedido foi negado pelo diretor, com base em portaria do órgão que proibia o acesso 
pretendido por Maria, apesar de as informações não serem de uso exclusivo do 
DETRAN. Para ter acesso às informações, Maria poderá valer-se do mandado de 
injunção. Essa ação constitucional destina-se a assegurar o acesso a informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de 
entidades governamentais ou de caráter público. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: O instrumento adequado, nesse caso, seria o “habeas data”, não o 
mandado de injunção. 
 
QUESTÃO 142. 
Na impetração do habeas data, o interesse de agir configura-se diante do binômio 
utilidade necessidade dessa ação constitucional, independentemente da apresentação 
da prova negativa da via administrativa. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A negativa da autoridade administrativa é requisito para a 
impetração do habeas data. 
 
QUESTÃO 143. 
O habeas data pode ser impetrado ao Poder Judiciário, independentemente de prévio 
requerimento na esfera administrativa. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: É necessário, sim, que tenha havido prévio requerimento na esfera 
administrativa. Não havendo tal requerimento, será tido como inexistente o 
interesse de agir. Esse é o entendimento do STF, que exige o prévio esgotamento 
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da via administrativa para que o “habeas data” possa ser impetrado. 
 
QUESTÃO 144. 
Qualquer cidadão poderá impetrar habeas data no Poder Judiciário para assegurar o 
conhecimento de informações relativas a sua pessoa disponíveis na Agência Nacional 
de Telecomunicações (ANATEL), independentemente de ter formulado o pedido 
diretamente na agência. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: Qualquer pessoa poderá impetrar “habeas data” no Poder 
Judiciário, cumpridos os requisitos constitucionais e legais. Um desses requisitos é 
a prévia negativa administrativa. 
 
QUESTÃO 145. 
A nacionalidade brasileira é condição necessária e suficiente para propor ação popular 
visando à declaração de nulidade de ato lesivo ao patrimônio histórico e cultural. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: A cidadania é condição necessária e suficiente para propor ação 
popular. 
 
QUESTÃO 146. 
A ação popular, que tem como legitimado ativo o cidadão brasileiro nato ou 
naturalizado, exige, para seu ajuizamento, o prévio esgotamento de todos os meios 
administrativos e jurídicos de prevenção ou repressão aos atos ilegais ou imorais 
lesivos ao patrimônio público. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
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COMENTÁRIOS: Não há tal exigência para a ação popular. 
 
QUESTÃO 147. 
O mandado de injunção é o remédio constitucional adequado para anular ato lesivo 
ao patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, 
salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
COMENTÁRIOS: É a ação popular (não o mandado de injunção) o remédio 
constitucional adequado para anular ato lesivo ao patrimônio público ou de 
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente 
e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento 
de custas judiciais e do ônus da sucumbência. 
 
QUESTÃO 148. 
Se o autor da ação popular dela desistir, o MP poderá, entendendo presentes os 
devidos requisitos, dar-lhe prosseguimento. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: O Ministério Público poderá, nesse caso, atuar como sucessor do 
autor. 
 
QUESTÃO 149. 
O Estado indenizará o condenado por erro judiciário, ou seja, apenas quando a 
condenação fizer com que alguém fique preso além do tempo fixado na sentença. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Errado. 
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COMENTÁRIOS: A questão cobra o conhecimento do inciso LXXV do art. 5º da 
CF/88, segundo o qual o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, assim 
como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença. 
 
QUESTÃO 150. 
É gratuita a certidão de óbito para os reconhecidamente pobres na forma da lei. 
( ) Certo ( ) Errado 
GABARITO: Correto. 
COMENTÁRIOS: Cobra-se, na questão, o inciso LXXVI do art. 5º, da CRFB/88, 
segundo o qual são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na forma da lei o 
registro civil de nascimento e a certidão de óbito. 
 
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13 LEI DETALHADA 
Título II - Dos Direitos E Garantias 
Fundamentais 
Capítulo I 
Dos Direitos E Deveres Individuais E 
Coletivos 
 
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção 
de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros 
e aos estrangeiros residentes no País a 
inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos 
seguintes: 
 
Despenca em prova! 
“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer 
natureza” 
 
Entendimentos do STF: i) uniões homoafetivas 
são reconhecidas como entidades familiares; ii) 
não ofende o direito à vida a pesquisa com 
células-tronco embrionárias; iii) não viola o 
direito à vida a interrupção da gravidez de feto 
anencéfalo. 
I - homens e mulheres são iguais em direitos e 
obrigações, nos termos desta Constituição; 
 
 
Fique atento! 
Pode haver tratamento desigual entre pessoas, em situações 
diferentes. 
Exemplo: reserva de vagas em universidade para negros e 
índios (ações afirmativas) -> IGUALDADE MATERIAL 
As cotas raciais em concursos públicos são admitidas pelo 
STF, podendo ser utilizados os critérios de autodeclaração e 
de heteroidentificação. 
Na autodeclaração, o próprio indivíduo se declara como 
negro ou pardo. 
 Na heteroidentificação, é formada uma comissão plural 
responsável por entrevistar o candidato e verificar se a sua 
declaração foi verdadeira. O objetivo é evitar condutas 
fraudulentas e garantir que a política de cotas raciais possa 
efetivamente realizar a igualdade material. 
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer 
alguma coisa senão em virtude de lei; 
III - ninguém será submetido a tortura nem a 
tratamento desumano ou degradante; 
Esse inciso costuma ser cobrado em sua literalidade. 
A Súmula Vinculante nº 11 se relaciona a este inciso: 
Só é lícito o uso de algemas em casos de resistência e de 
fundado receio de fuga ou de perigo à integridade física 
própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, 
justificada a excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou 
da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato 
processual a que se refere, sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
 
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo 
vedado o anonimato; 
Entendimentos do STF: Segundo o STF, é legal a 
participação em eventos e manifestações a favor da 
legalização das drogas, aborto etc.; é vedado o 
acolhimento de denúncias anônimas, mas elas podem 
servir de base para que as autoridades competentes 
esclareçam ou investiguem determinados fatos; a 
liberdade de expressão exclui os discursos de ódio e a 
incitação ao racismo. 
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional 
ao agravo, além da indenização por dano material, 
moral ou à imagem; 
 
O direito de resposta aplica-se tanto a pessoas físicas 
quanto a pessoas jurídicas. Pode ser acumulado com 
indenização por dano material, moral ou a imagem 
 
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de 
crença, sendo assegurado o livre exercício dos 
cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a 
proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de 
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assistência religiosa nas entidades civis e militares 
de internação coletiva; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo 
de crença religiosa ou de convicção filosófica ou 
política, salvo se as invocar para eximir-se de 
obrigação legal a todos imposta e recusar-se a 
cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 
Essa norma constitucional, que trata da escusa de 
consciência, tem eficácia contida, podendo o legislador 
ordinário restringir tal garantia. 
IX - é livre a expressão da atividade intelectual, 
artística, científica e de comunicação, 
independentemente de censura ou licença; 
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a 
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito 
a indenização pelo dano material ou moral 
decorrente de sua violação; 
As pessoas jurídicas também poderão ser indenizadas 
por dano moral, uma vez que são titulares dos direitos 
à honra e à imagem. 
Entendimentos do STF: i) não se pode coagir suposto 
pai a realizar exame de DNA; ii) são admitidas as 
biografias não-autorizadas; iii) a quebra de sigilo 
bancário pode ser determinada por ordem judicial ou 
por CPI; iv) as autoridades fiscais podem requisitar às 
instituições financeiras informações protegidas por 
sigilo bancário; v) o TCU tem competência para 
requisitar informações relativas a operações de crédito 
originárias de recursos públicos. 
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém 
nela podendo penetrar sem consentimento do 
morador, salvo em caso de flagrante delito ou 
desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia, 
por determinação judicial; 
 
 
Entendimentos do STF: o conceito de “casa” revela-
se abrangente, estendendo-se a: i) qualquer 
compartimento habitado; ii) qualquer aposento 
ocupado de habitação coletiva; e iii) qualquer 
compartimento privado não aberto ao público, onde 
alguém exerce profissão ou atividade pessoal. 
XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das 
comunicações telegráficas, de dados e das 
comunicações telefônicas, salvo, no último caso, 
por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a 
lei estabelecer para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal; 
É norma de eficácia limitada. É necessário que exista 
uma lei para que o juiz possa autorizar, nas hipóteses e 
na forma por ela estabelecida, a interceptação das 
comunicações telefônicas. 
 
Fique atento! 
- A interceptação telefônica somente pode ser determinada 
pelo Poder Judiciário, para fins de investigação criminal ou 
instrução processual penal. A quebra do sigilo telefônico 
pode ser determinada pelo Poder Judiciário ou por CPI. 
- É lícita a prova obtida por policial a partir da verificação, no 
celular de indivíduo preso em flagrante delito, dos registros 
das últimas ligações telefônicas. 
- É válida a prova de um crime descoberta acidentalmente 
durante a escuta telefônica autorizada judicialmente para 
apuração de crime diverso. 
- É possível a gravação telefônica por um dos interlocutores 
sem a autorização judicial, caso haja investida criminosa 
daquele que desconhece que a gravação está sendo feita. 
- São ilícitas as provas obtidas por meio de interceptação 
telefônica determinada a partir apenas de denúncia anônima, 
sem investigação preliminar. 
 
XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, 
ofício ou profissão, atendidas as qualificações 
profissionais que a lei estabelecer; 
Norma de eficácia contida. O STF decidiu pela 
inconstitucionalidade da exigência de diploma de 
jornalismo para o exercício da profissão de jornalista e 
pela constitucionalidade do exame da Ordem dos 
Advogados do Brasil (OAB), por considerar que o 
exercício da advocacia traz um risco coletivo. 
XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e 
resguardado o sigilo da fonte, quando necessário 
ao exercício profissional; 
XV - é livre a locomoção noterritório nacional em 
tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos 
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens; 
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem 
armas, em locais abertos ao público, 
Exceções da inviolabilidade do domicílio
flagrante delito;
desastre;
prestação de socorro
Durante o dia, por determinação judicial
Escuta Telefônica
Captação da conversa 
telefônica, feita por um 
terceiro, com o 
conhecimento de um dos 
interlocutores da conversa. 
Exige-se autorização 
judicial.
Gravação Clandestina
Captação da conversa 
telefônica feita por um dos 
interlocutores da conversa; 
sem o conhecimento do 
outro. A autorização judical 
não é exigida.
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independentemente de autorização, desde que 
não frustrem outra reunião anteriormente 
convocada para o mesmo local, sendo apenas 
exigido prévio aviso à autoridade competente; 
XVII - é plena a liberdade de associação para fins 
lícitos, vedada a de caráter paramilitar; 
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a 
de cooperativas independem de autorização, sendo 
vedada a interferência estatal em seu 
funcionamento; 
XIX - as associações só poderão ser 
compulsoriamente dissolvidas ou ter suas 
atividades suspensas por decisão judicial, 
exigindo-se, no primeiro caso, o trânsito em 
julgado; 
Memorize! 
Atividades Suspensas: Decisão Judicia 
Compulsoriamente Dissolvidas: Decisão Judicial + Trânsito em 
Julgado 
 
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se 
ou a permanecer associado; 
XXI - as entidades associativas, quando 
expressamente autorizadas, têm legitimidade para 
representar seus filiados judicial ou 
extrajudicialmente; 
Representação Processual: Exige expressa 
autorização do associado para que seja válida, não 
podendo ser substituída por autorização genérica 
prevista em estatutos da entidade. 
XXII - é garantido o direito de propriedade; 
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; 
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para 
desapropriação por necessidade ou utilidade 
pública, ou por interesse social, mediante justa e 
prévia indenização em dinheiro, ressalvados os 
casos previstos nesta Constituição; 
 
XXV - no caso de iminente perigo público, a 
autoridade competente poderá usar de 
propriedade particular, assegurada ao proprietário 
indenização ulterior, se houver dano; 
Requisição administrativa da propriedade. 
A autoridade será competente para utilizar temporariamente 
o imóvel. Não requisição, a indenização só é devida em caso 
de dano à propriedade particular. 
 
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida 
em lei, desde que trabalhada pela família, não será 
objeto de penhora para pagamento de débitos 
decorrentes de sua atividade produtiva, dispondo a 
lei sobre os meios de financiar o seu 
desenvolvimento; 
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de 
utilização, publicação ou reprodução de suas obras, 
transmissível aos herdeiros pelo tempo que a lei 
fixar; 
Direito Autoral. 
Configura-se como um privilégio vitalício, transmissível aos 
herdeiros apenas pelo prazo que a lei determinar. Após o 
prazo estipulado, será de domínio público. 
 
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: 
a) a proteção às participações individuais em obras 
coletivas e à reprodução da imagem e voz humanas, 
inclusive nas atividades desportivas; 
b) o direito de fiscalização do aproveitamento 
econômico das obras que criarem ou de que 
participarem aos criadores, aos intérpretes e às 
respectivas representações sindicais e associativas; 
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos 
industriais privilégio temporário para sua utilização, 
bem como proteção às criações industriais, à 
propriedade das marcas, aos nomes de empresas e 
a outros signos distintivos, tendo em vista o 
interesse social e o desenvolvimento tecnológico e 
econômico do País; 
Os inventos industriais, diferentemente do direito 
autoral, são privilégios temporários. 
XXX - é garantido o direito de herança; 
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros 
situados no País será regulada pela lei brasileira em 
benefício do cônjuge ou dos filhos brasileiros, 
sempre que não lhes seja mais favorável a lei 
pessoal do "de cujus"; 
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a 
defesa do consumidor; Trata-se de norma de eficácia 
limitada. 
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos 
Desapropriação
Necessidade ou utilidade pública
Interesse social 
Urgência 
Conveniên
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públicos informações de seu interesse particular, ou 
de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas 
no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, 
ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível 
à segurança da sociedade e do Estado. 
Entendimentos do STF: é constitucional a divulgação 
da remuneração de servidores na Internet, em virtude 
do princípio da transparência. 
O remédio constitucional que protege o direito à 
informação é o mandado de segurança. 
XXXIV - são a todos assegurados, 
independentemente do pagamento de taxas: 
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em 
defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso 
de poder; 
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, 
para defesa de direitos e esclarecimento de 
situações de interesse pessoal; 
O direito à obtenção de certidões independe do 
pagamento de taxas. É protegido por meio de mandado 
de segurança. 
 
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder 
Judiciário lesão ou ameaça a direito; 
Fique atento! 
No Brasil, adota-se o sistema inglês de jurisdição. Como regra 
geral, não existe, em nosso ordenamento jurídico, a jurisdição 
condicionada 
Há alguns casos de jurisdição condicionada, em relação aos 
quais exige-se o prévio requerimento administrativo. São eles 
os seguintes: i) habeas data; ii) controvérsias desportivas; iii) 
reclamação contra o descumprimento de Súmula Vinculante 
pela Administração Pública e; iv) requerimento judicial de 
benefício previdenciário 
 
Súmula STF nº 667: Viola a garantia constitucional de 
acesso à jurisdição a taxa judiciária calculada sem 
limite sobre o valor da causa. constitucional a 
divulgação da remuneração de servidores na Internet, 
em virtude do princípio da transparência. 
Súmula Vinculante nº 20: É inconstitucional a 
exigência de depósito prévio como requisito de 
admissibilidade de ação judicial na qual se pretenda 
discutir a exigibilidade de crédito tributário. 
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o 
ato jurídico perfeito e a coisa julgada; 
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; 
Princípio do juiz natural. 
Não haverá juízo ou tribunal de exceção (art. 5º, XXXVII). 
Ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente (art. 5º, LIII). 
 
XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a 
organização que lhe der a lei, assegurados: 
a) a plenitude de defesa; 
b) o sigilo das votações; 
c) a soberania dos veredictos; 
d) a competência para o julgamento dos crimes 
dolosos contra a vida; 
Esse inciso deve ser memorizado. Geralmente é cobrado 
em sua literalidade! Decore cada uma dessas “alíneas”! 
Súmula STF nº 45: A competência constitucional do 
Tribunal do Júri prevalece sobre o foro por 
prerrogativa de função estabelecido exclusivamente 
pela Constituição estadual. 
Súmula Vinculante nº 603: A competência para o 
processo e julgamento de latrocínio é do juiz singular, 
e não do Tribunal do Júri. 
 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, 
nem pena sem prévia cominação legal; 
As “normas penais em branco” não violam a reserva legal 
em matéria penal. 
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar 
o réu; Admite-se, portanto, a retroatividade benigna. 
XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatóriados direitos e liberdades fundamentais; 
Trata-se de norma de eficácia limitada, dependente, 
portanto, de complementação legislativa. Evidencia um 
mandato de criminalização que busca efetivar a proteção 
dos direitos fundamentais. 
XLII - a prática do racismo constitui crime 
inafiançável e imprescritível, sujeito à pena de 
reclusão, nos termos da lei; 
Fique atento! 
Imprescritível é aquilo que não sofre prescrição. A prescrição 
é a extinção de um direito que se dá após um prazo, devido à 
inércia do titular do direito em protegê-lo. No caso, ao dizer 
que o racismo é imprescritível, o inciso XLII determina que 
este não deixará de ser punido mesmo com o decurso de 
longo tempo desde sua prática e com a inércia (omissão) do 
titular da ação durante todo esse período 
Inafiançável é o crime que não admite o pagamento de fiança 
(montante em dinheiro) para que o preso seja solto. 
As bancas examinadoras vão tentar te confundir e dizer que 
Habeas Data
Informações relativas à 
pessoa do impetrante
Mandado de Segurança
Certidão para 
esclarecimento de 
situações de interesse 
pessoal
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o racismo é punível com detenção. Não é! O racismo é punível 
com reclusão, que é uma pena mais gravosa do que a 
detenção. A apologia à discriminação contra os judeus é 
considerada racismo. 
 
Entendimentos do STF: , injúria racial é uma espécie 
de racismo. Logo, o delito de injúria racial também é 
imprescritível e inafiançável. 
XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e 
insuscetíveis de graça ou anistia a prática da tortura 
, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o 
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, 
por eles respondendo os mandantes, os executores 
e os que, podendo evitá-los, se omitirem; 
Mnemônico 
 
 
 
 
XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a 
ação de grupos armados, civis ou militares, contra 
a ordem constitucional e o Estado Democrático; 
 
Com a edição da Lei 8.072/90 regulamentou-se o 
dispositivo constitucional incluindo a vedação da 
concessão do indulto. 
XLV - nenhuma pena passará da pessoa do 
condenado, podendo a obrigação de reparar o 
dano e a decretação do perdimento de bens ser, 
nos termos da lei, estendidas aos sucessores e 
contra eles executadas, até o limite do valor do 
patrimônio transferido; Princípio da pessoalidade 
XLVI - a lei regulará a individualização da pena e 
adotará, entre outras, as seguintes: Princípio da 
individualização da pena 
a) privação ou restrição da liberdade; 
b) perda de bens; 
c) multa; 
d) prestação social alternativa; 
e) suspensão ou interdição de direitos; 
Rol meramente exemplificativo, poderá a lei criar novos 
tipos de penalidade. 
XLVII - não haverá penas: 
a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos 
termos do art. 84, XIX; 
b) de caráter perpétuo; 
c) de trabalhos forçados; 
d) de banimento; 
e) cruéis; 
Fique atento! 
Se a questão generalizar e afirmar que a CF não permite, em 
hipótese alguma, as seguintes penas, estará incorreto, visto 
que admite-se pena de morte excepcionalmente. 
Quanto ao caráter perpétuo, o máximo penal legalmente 
exequível, no ordenamento positivo nacional, é de 40 
(quarenta) anos. 
 
XLVIII - a pena será cumprida em 
estabelecimentos distintos, de acordo com a 
natureza do delito, a idade e o sexo do apenado; 
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à 
integridade física e moral; 
L - às presidiárias serão asseguradas condições para 
que possam permanecer com seus filhos durante o 
período de amamentação; 
Art. 14, § 4º da Lei nº 14.326, de 2022: Será assegurado 
tratamento humanitário à mulher grávida durante os 
atos médico-hospitalares preparatórios para a 
realização do parto e durante o trabalho de parto, bem 
como à mulher no período de puerpério, cabendo ao 
poder público promover a assistência integral à sua 
saúde e à do recém-nascido. 
LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o 
naturalizado, em caso de crime comum, praticado 
antes da naturalização, ou de comprovado 
envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e 
drogas afins, na forma da lei; 
LII - não será concedida extradição de estrangeiro 
por crime político ou de opinião; Concessão de asilo 
político 
LIII - ninguém será processado nem sentenciado 
TTTH
Tortura Terrorismo Tráfico ilícito de 
entorpecentes e 
drogras afins
Hediondos
Inafiançáveis e imprescritíveis
Racismo
Ação de grupos 
armados, civis ou 
militares, contra a 
ordem constitucional e 
o Estado Democrático 
Inafiançáveis e insuscetíveis 
de Graça ou anistia
Crimes hediondos
Tortura
Tráfico de drogras
Terrorismo
Crimes inafiançáveis e insuscetíveis 
de graça ou anistia 
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senão pela autoridade competente; Princípio do Juiz 
Natural. 
LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus 
bens sem o devido processo legal; Princípio do devido 
processo legal - Due process of law 
LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são 
assegurados o contraditório e ampla defesa, com os 
meios e recursos a ela inerentes; 
LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas 
obtidas por meios ilícitos; Fruto da árvore envenenada 
 
Entendimentos do STF: I) É ilícita a prova obtida por 
meio de interceptação telefônica sem autorização 
judicial. II) São ilícitas as provas obtidas por meio de 
interceptação telefônica determinada a partir apenas 
de denúncia anônima, sem investigação preliminar. III) 
São ilícitas as provas obtidas mediante gravação de 
conversa informal do indiciado com policiais, por 
constituir-se tal prática em “interrogatório sub-
reptício”, realizado sem as formalidades legais do 
interrogatório no inquérito policial e sem que o 
indiciado seja advertido do seu direito ao silêncio. IV) 
São ilícitas as provas obtidas mediante confissão 
durante prisão ilegal. Ora, se a prisão foi ilegal, todas 
as provas obtidas a partir dela também o serão.; V) É 
lícita a prova obtida mediante gravação telefônica feita 
por um dos interlocutores sem a autorização judicial, 
caso haja investida criminosa daquele que desconhece 
que a gravação está sendo feita. Nessa situação, tem-
se a legítima defesa. VI) É lícita a prova obtida por 
gravação de conversa telefônica feita por um dos 
interlocutores, sem conhecimento do outro, quando 
ausente causa legal de sigilo ou de reserva da 
conversação. VII) É lícita a prova consistente em 
gravação ambiental realizada por um dos 
interlocutores sem o conhecimento do outro. 
LVII - ninguém será considerado culpado até o 
trânsito em julgado de sentença penal 
condenatória; Princípio da presunção de inocência 
LVIII - o civilmente identificado não será submetido 
a identificação criminal, salvo nas hipóteses 
previstas em lei; 
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação 
pública, se esta não for intentada no prazo legal; 
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos 
processuais quando a defesa da intimidade ou o 
interesse social o exigirem; 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito 
ou por ordem escrita e fundamentada de 
autoridade judiciária competente, salvo nos casos 
de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei; 
 
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde 
se encontre serão comunicados imediatamente ao 
juiz competente e à família do preso ou à pessoa 
por ele indicada; 
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre 
os quais o de permanecer calado, sendo-lhe 
assegurada a assistência da família e de advogado; 
LXIV - o preso tem direito à identificação dos 
responsáveis por sua prisão ou por seu 
interrogatório policial; 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada 
pela autoridade judiciária; 
STF: Súmula Vinculante nº 11: Só é lícito o uso de 
algemas emcaso de resistência e de fundado receio 
de fuga ou de perigo à integridade física própria ou 
alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a 
excepcionalidade por escrito, sob pena de 
responsabilidade disciplinar, civil e penal do agente ou 
da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato 
processual a que se refere sem prejuízo da 
responsabilidade civil do Estado. 
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela 
mantido, quando a lei admitir a liberdade 
provisória, com ou sem fiança; 
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do 
responsável pelo inadimplemento voluntário e 
inescusável de obrigação alimentícia e a do 
depositário infiel; 
STF: Súmula vinculante nº 25: É ilícita a prisão civil de 
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do 
depósito. 
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre 
que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer 
violência ou coação em sua liberdade de 
locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; 
Principais garantias dadas ao preso
comunicação da prisão ao juiz competente e à 
família ou a pessoa indicada pelo preso;
identificação dos responsáveis por sua prisão ou por 
seu interrogatório policial;
permanecer calado e assistência de advogado e 
familiar;
a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela 
autoridade judiciária;
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LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para 
proteger direito líquido e certo, não amparado 
por "habeas-corpus" ou "habeas-data", quando o 
responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for 
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no 
exercício de atribuições do Poder Público; O mandado 
de segurança tem prazo decadencial de 120 (cento e vinte) dias. 
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser 
impetrado por: 
a) partido político com representação no Congresso 
Nacional; 
b) organização sindical, entidade de classe ou 
associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa 
dos interesses de seus membros ou associados; 
 
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção 
sempre que a falta de norma regulamentadora 
torne inviável o exercício dos direitos e liberdades 
constitucionais e das prerrogativas inerentes à 
nacionalidade, à soberania e à cidadania; É aplicável 
diante da falta de regulamentação de norma constitucional de 
eficácia limitada. 
LXXII - conceder-se-á "habeas-data": 
a) para assegurar o conhecimento de informações 
relativas à pessoa do impetrante, constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades 
governamentais ou de caráter público; 
b) para a retificação de dados, quando não se 
prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou 
administrativo; 
 
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para 
propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao 
patrimônio público ou de entidade de que o Estado 
participe, à moralidade administrativa, ao meio 
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, 
ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de 
custas judiciais e do ônus da sucumbência; 
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica 
integral e gratuita aos que comprovarem 
insuficiência de recursos; 
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro 
judiciário, assim como o que ficar preso além do 
tempo fixado na sentença; 
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente 
pobres, na forma da lei: 
a) o registro civil de nascimento; 
b) a certidão de óbito; 
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-
corpus" e "habeas-data", e, na forma da lei, os atos 
necessários ao exercício da cidadania. 
LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e 
administrativo, são assegurados a razoável duração 
do processo e os meios que garantam a celeridade 
de sua tramitação. 
LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à 
proteção dos dados pessoais, inclusive nos meios 
digitais. 
§ 1º As normas definidoras dos direitos e garantias 
fundamentais têm aplicação imediata. 
§ 2º Os direitos e garantias expressos nesta 
Constituição não excluem outros decorrentes do 
regime e dos princípios por ela adotados, ou dos 
tratados internacionais em que a República 
Federativa do Brasil seja parte. 
Habeas Corpus
Sofrer ou se achar ameaçado 
de sofrer violência ou coação 
em sua liberdade de 
locomoção
Mandado de Segurança Coletivo
Partido político com representação no 
Congresso Nacional;
Organização sindical;
Entidade de classe;
Associação legalmente constituída e em 
funcionamento há pelo menos 1 ano.
Habeas Data
Conhecimento de informações pessoais em registros de caráter 
público;
Retificação de dados;
Anotações nos assentamentos do interessado, de 
contestação ou explicação sobre dado verdadeiro, mas 
justitificável e que este sob pendência judicial ou amigável.
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§ 3º Os tratados e convenções internacionais 
sobre direitos humanos que forem aprovados, em 
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, 
por três quintos dos votos dos respectivos 
membros, serão equivalentes às emendas 
constitucionais. 
 
§ 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal 
Penal Internacional a cuja criação tenha 
manifestado adesão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratados e convenções internacionais 
Votação em 2 
turnos nas casas 
do Congresso 
Nacional 
3/5 dos votos
Serão equivalentes às 
emendas 
constitucionais
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