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A LUZ E AS TREVAS NA TUA 
MENTE! 
CONHEÇA E VENÇA O INIMIGO 
E SUAS ARTIMANHAS 
 
 
POR 
 
Lucas Gil Costa 
 
 
1º Edição 
2022 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Agradeço a Deus por este momento marcante em minha 
vida. Por me conceder neste tempo, jamais ter o desejo de 
desistir do alvo ao qual me propus realizar. Ainda que com 
muitas dificuldades, mas tendo a certeza que o Senhor sem- 
pre comigo caminhou. A todos que diretamente e 
indiretamente, participaram deste mo- mento. Louvo ao 
Senhor por colocá-los em meu caminho. 
 
Soli Deo Gloria! 
 
Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deusé a vida eterna em 
Cristo Jesus,nosso Senhor. (Romanos 6:23) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lucas Gil 
Sumário 
 
Prefácio ............................................................................ 5 
Mate o pecado ................................................................. 8 
Pecado de estimação. ...................................................... 15 
Pare de brincar com o pecado ......................................... 17 
Pornografia:uma ilusão que realmente aprisiona ........... 35 
A Razão de Nossas Quedas, Desvios e Pecados ............. 45 
O pecado não define quem você é .................................. 49 
O pecado nunca fará você feliz ..................................... 55 
Quebrando o ciclo da Masturbação. .............................. 64 
5 mentiras que o pecado me conta ................................. 67 
Orientações para odiar o pecado .................................... 69 
Paciência com o pecado dos outros ............................... 83 
CONCLUSÃO .............................................................. 90 
Prefácio 
“De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus 
pecados.” (Lamentações 3:39) 
Nesta passagem extraída do belíssimo livro de Lamentações de Jeremias 
– livro que revela o coração desse notável profeta, e o seus sentimentos 
para com a nação judaica – nos leva a algo interessante: o pecado traz 
consequências. 
Quando ele pergunta “de que se queixa, pois, o homem vivente?”, os 
israelitas estavam se queixando do sofrimento que estavam vivendo, das 
moléstias, derrotas, miséria, consequências do justo juízo de Deus, enfim, 
males trazidos pela própria mão de Deus. Isso os levava a se queixarem, 
como se dissessem: por que estou passando isso? Que tempo ruim, que 
tempo difícil, quanta peste, quanta desgraça, quanta destruição, não 
aguentamos mais! Entretanto o versículo continua assim: “queixe-se cada 
um dos seus pecados”. O profeta está ensinando que os sofrimentos 
foram causados pelos pecados, pela iniquidade dos israelitas, então, ao 
invés de queixarmo-nos das consequências, Jeremias nos diz para nos 
queixarmos é do que as trouxe: os pecados. 
Mas eu não quero aqui tratar das consequências do pecado e sim do que 
está no coração de muitos cristãos: a queixa por eles, a insatisfação por 
tê-los e cometê-los! Quero ilustrar essa passagem com algo assim: se tem 
algo que eu me incômodo, se tem algo que me fere, que me dói, que é o 
motivo do meu infortúnio, da minha tristeza… se tem algo que realmente 
me decepciona, esse algo são os meus pecados. 
Quantos cristãos sinceros e idôneos, que tentam viver uma vida santa, 
pautada nas Escrituras, têm uma vida razoável, muitas vezes até 
vitoriosa, consistente, feliz, mas, invariavelmente, essa sequência 
promissora é frustrada quando nos deparamos com nossos pecados, 
produzindo desânimo, sentimento de culpa, auto-julgamento, 
incapacidade, decepção… e todos aqueles sonhos que construímos 
pautados nas Escrituras de sermos cristãos, santos, poderosos, bem 
sucedidos, desabam na nossa frente por conta de tais pecados, logo vem a 
nossa queixa: “Oh, esses malditos pecados de novo! Mais uma vez eles 
estão no meu caminho, que ódio! Por que eles não saem? Por que não os 
venço?” 
Então isso nos deixa loucos, nos faz ficar remoendo em nosso interior e 
travar uma batalha interna colossal, que envolve nossos sentimentos, 
mente e até o corpo, ao ponto de quase nos levar à autoflagelação! “Ah, 
malditos pecados! Se pudesse destruí-los, se pudesse estirpá-los cem 
por cento da minha vida agora, se pudesse dormir e acordar sem vocês, 
se pudesse não errar, não falhar, não cometer mais nenhum delito e 
viver o resto da minha vida sem vocês, eu o faria agora!” 
Davi era um homem que se queixava muito de seus pecados – o livro de 
Salmos está repleto de suas queixas – uma delas está no Salmo 38.4: 
“Pois já as minhas iniquidades sobrepassam a minha cabeça; como carga 
pesada são demais para as minhas forças”. Outra queixa está no Salmo 
51.3: “Porque eu conheço as minhas transgressões, e o meu pecado está 
sempre diante de mim”. 
Irmãos, eu quero te mostrar o lado bom de tudo isso. À semelhança de 
Davi, apenas se queixam dos pecados pessoais os homens retos, 
íntegros e santos, que possuem o Espírito de Deus – só se queixam dos 
seus pecados os verdadeiros cristãos! Se você tem se incomodado, 
entristecido, sentido amargura e repulsa, isso tem o lado bom: é sinal 
que a graça está sobre você! Que o Espírito Santo está atuando na sua 
vida! É sinal que o pecado te incomoda demais, o que te faz repugná- 
lo, ainda que você o cometa! 
Na vida do apóstolo Paulo era assim: o mal que ele não queria fazer ele o 
fazia (Rm. 7.19). Esse mal que Paulo dizia está se referindo aos seus 
pecados, sendo assim, não devemos ficar desanimados, desistir ou 
decretar uma sentença a nós mesmos, pois vivemos num corpo de 
pecado, estamos debaixo da lei do pecado. Até sermos glorificados ele 
fará parte da nossa essência, porém se alegre, se anime, porque se você 
tem se queixado dos seus pecados, se eles ainda te incomodam e te 
entristecem é sinal de que Deus está sobre você, é sinal que você não se 
submeteu a eles, é sinal que mesmo fraco eles não têm domínio sobre 
você! 
O mal estaria se você não se queixasse e nem se entristecesse, ou mesmo, 
fosse indiferente a eles. Se erga, se levante e peça ajuda a Deus no 
combate a eles e não permita que tais deslizes, totalmente perdoados no 
Calvário, te paralizem. Vamos dizer como Davi: “Purifica-me com 
hissope, e ficarei puro; lava-me, e ficarei mais branco do que a neve. 
Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu 
quebraste”. (Sl. 51.7-8). 
Mate o pecado 
 
“Mate o pecado, ou o pecado estará matando você”. Duas difíceis 
alternativas. O que poderia ser mais urgente? No entanto, quanto 
pensamos, ouvimos ou lemos sobre matar o pecado? Esta é uma das 
citações mais famosas de John Owen. Ele salienta que é um imperativo 
constante e diário. “Esteja sempre fazendo isso enquanto você vive. Não 
cesse um dia deste trabalho”. As razões bíblicas que ele dá podem ser 
resumidas da seguinte maneira: o pecado que nos habita nunca 
desaparece ou interrompe sua atividade. Está sempre buscando nossa 
destruição. É também nosso dever crescer em graça e santidade todos os 
dias. Nossa vida espiritual depende de mortificarmos o pecado. 
Antes de Owen pronunciar estas famosas palavras, elas foram declaradas 
por Hugh Binning. Não é necessariamente provável que Owen estivesse 
ciente disso. Ainda assim, isto mostra que os escritores e ministros 
escoceses se igualaram aos grandes pregadores puritanos. Eles 
compartilhavam uma profunda compreensão das Escrituras e da 
experiência espiritual. O que se segue é um resumo atualizado dos 
sermões que Binning pregou em Romanos 8:13. 
Matar o Pecado é Uma Autodefesa Espiritual 
 
Binning apela para a lei natural da autodefesa. Devemos ter medo do 
“perigo infinito” envolvido em ceder ao pecado. O pecado é nosso 
inimigo. A vida de pecado será sua morte e vice-versa. Nos abraça 
apenas para nos estrangular. Nós somos enfraquecidos pelos seus efeitos. 
Quando nos estrangula, a nossa vida espiritual fica sem fôlego. Ele quer 
tirar-nos a vida. Devemos portanto estarengajados em matá-lo. Binning 
diz: 
“Seus pecados e luxúrias aos quais você está inclinado e acostumado, 
certamente o matarão, se você os abrigar [acomodá-los]” 
O amor-próprio, pelo menos, deve nos motivar a esse dever. Mesmo se 
não formos persuadidos (como deveríamos ser) pelo amor a Deus. 
“A própria natureza te ensina a lei da autodefesa: matar, antes de morrer, 
matar o pecado, antes que ele te mate, mortificar os feitos e luxúrias do 
corpo, que abundam entre vocês, ou eles certamente mortificarão vocês, 
isto é, farão vocês morrerem”. 
Permanece verdadeiro e sempre será que “o salário do pecado é a morte”. 
Assim como foi para Adão e Eva no jardim. Em sua incredulidade, eles 
acreditaram em promessas atrativas sobre o fruto proibido. “De qualquer 
modo vocês escolhem satisfazer os desejos de sua carne e fazem provisão 
para ela, negligenciando o bem-estar eterno de suas almas. Certamente 
acontecerá o mesmo com vocês”. Ele não lhes concederá suas promessas, 
em vez disso “trará a morte – a separação eterna da alma de Deus”. Se 
entendêssemos tudo isso tão bem como deveríamos, pensaríamos que não 
devemos nada ao pecado, senão “inimizade, ódio e mortificação 
[matar]”. Não podemos fazer progresso espiritual sem isso. 
Ecoando Romanos 8:13, Binning diz: 
“Se você mortificar os atos do corpo você viverá. Quando o pecado se 
deteriora você progride e cresce, à medida que os pecados morrem suas 
almas vivem, e haverá uma promessa segura da vida eterna para você”. 
Matar o Pecado é Doloroso 
 
Binning reconhece que não é nada fácil mortificar o pecado. Parece 
desagradável no começo. O coração dos homens diz: “Duro é este 
discurso; quem o pode ouvir?”. É realmente duro para nossa natureza 
corrupta. A Escritura descreve como grande esforço e dor, grande 
tormento e labor. 
É doloroso. Mas assim também é amputar uma parte do corpo com uma 
gangrena, para evitar que a infecção se espalhe. Você nunca será um 
perdedor ao mortificar o pecado. Você nunca se arrependerá disso. 
Morrer para nós mesmos e para o mundo, para matar o pecado interior 
[…] abre caminho para uma vida escondida deste mundo. Até mesmo 
“uma hora” de tal vida espiritual é melhor do que milhares de anos em 
prazer pecaminoso. 
“Na medida em que o pecado está mais perto de expirar, e mais próximo 
do túmulo, suas almas estão mais próximas daquela vida sem fim”. 
Crucificar o pecado significa uma morte dolorosa e prolongada (Gálatas 
5:24). Colocar o pecado à morte é “grande dor, mas é uma dor curta”. O 
prazer que resulta disso é maior. Também perdura mais do que o prazer 
que o pecado oferece. Por serem negligentes em colocar o pecado à 
morte, os cristãos só fazem a dor durar mais tempo. Eles permitem que 
“os cananeus vivam, e estes são espinhos e abrolhos cercando-os 
continuamente”. 
Matar o Pecado é Impossível Por Nós Mesmos 
 
É interessante que Binning enfatize muitos dos mesmos princípios que 
Owen afirmou mais tarde. Owen exortaria a “sinceridade universal”. Isso 
significa que os crentes devem estar preparados para resistir e matar todo 
e qualquer pecado. Não apenas aqueles aos quais eles não são 
particularmente propensos, ou aqueles que mais os incomodam. 
“Coloque-se imparcialmente contra todos os pecados conhecidos”, 
aconselha Binning. Certamente também precisamos identificar “os 
principais ídolos e inclinações predominantes” do coração. Devemos ser 
“particularmente contra o pecado mais amado, porque este interrompe 
mais a comunhão com Deus”. Isso separa você do seu Amado. Quanto 
mais estimado o pecado é para nós, mais perigoso ele se torna. 
John Owen enfatiza o seguinte como os dois principais meios para levar 
o pecado à morte: exercitar fé na morte de Cristo e confiar no poder do 
Espírito Santo. Estes são igualmente enfatizados por Hugh Binning. Ele 
diz: olhe para trás, para o Cristo que conquistou a vitória em nosso nome, 
e olhe ao redor agora, para a ajuda do Espírito Santo. Binning usa um 
jogo memorável de palavras. Ele diz que matar o pecado “será um 
negócio morto” se não formos estimulados por essas considerações. 
(1) Olhe Para a Morte de Cristo Pela Fé 
 
Cristo morreu para o pecado e viveu para Deus em Sua ressurreição. 
Nisso Ele estava representando crentes. Assim você pode concluir com 
Paulo: “Estou crucificado com Cristo” (Gálatas 2:20). “Fomos sepultados 
com ele pelo batismo na sua morte” (Romanos 6: 4). Considere que a 
união com Cristo crucificado e a vida brotará de Sua cruz, de Seu túmulo, 
para matar o pecado em você. Considere que o grande negócio já está 
feito e que a vitória foi conquistada em nossa Cabeça: “Esta é a vitória 
que vence o mundo, a nossa fé”. Creia, e então você terá vencido antes de 
vencer, e isso o ajudará pessoalmente a vencer. 
 
(2) Busque ajuda do Espírito Santo 
Olhe para o forte auxiliador que você tem, o Espírito. Nós só podemos 
“mortificar as obras do corpo” “pelo Espírito” (Romanos 8:13). Há 
alguém envolvido na guerra conosco que nunca nos deixará, nem nos 
abandonará. Ele apenas retira Sua ajuda de vez em quando para expor 
nossa fraqueza a nós mesmos e fazer-nos apegar mais rápido a Ele. Ele 
nos leva através de fraquezas, enfermidades, desmaios e lutas. Sua força 
é aperfeiçoada na fraqueza. Que quando somos fracos, então podemos ser 
mais fortes nEle (2 Coríntios 12:9). 
 
Nosso dever é seguir esse Espírito onde quer que Ele nos conduza. Um 
cristão deve ser dependente e subordinado ao Espírito de Deus. Preste 
muita atenção ao seu Líder. Sempre que o Espírito te puxar pelo coração 
ou atrair sua consciência para levá-lo a orar ou a outros deveres, não 
resista a essa atração. Não apague o Espírito. Se você negligenciar tais 
advertências, então você poderá entristecê-Lo, e isso será apenas 
amargura para você no final. 
Certamente, muitos cristãos são culpados disso. Eles se privam do 
benefício dessa liderança. Eles seguem tão devagar e precisam de muita 
pressão e persuasão para se engajar em qualquer dever. Devemos estar 
prontos para obedecer ao menor impulso. 
 
Muitas vezes resistimos ao Espírito Santo. Isso é pior. Ele nos atrai, mas 
nos apegamos aos pecados amados. Ele nos puxa, mas nos afastamos dos 
deveres mais espirituais. Mas há conforto se você realmente se rendeu à 
orientação deste Espírito e sinceramente se esforçou para segui-Lo. Seja 
encorajado se você se lamenta em ser levado de volta ou for impedido 
pela tentação e pelo pecado. Você faz parte dos “filhos de Deus”. Deus 
não dá este guia para ninguém além de seus próprios filhos. “Todos os 
que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus”. Mesmo que 
você não siga todos os seus sussurros perfeitamente. 
Embora muitas vezes você seja expulso ou rejeitado, o Espírito não 
sustenta o seu coração? 
Este é um assunto grande, mas vital. Muito mais poderia ser dito. 
Mas precisamos da prática e não apenas da teoria. Você já começou a 
mortificar o pecado? Você vai começar a fazer isso? Será uma prioridade 
diária para você? 
Pecado de estimação 
 
Não há um justo sequer que não peque [esta é a declaração bíblica]. O 
pecado, em todas as suas ocorrências, ainda precisa ser apenas um 
acidente na vida de cada crente. Todavia, nós alimentamos as nossas 
fraquezas mais subjetivas e as nossas limitações mais intrínsecas com o 
passar do tempo e, por isto, existe sempre uma transgressãozinha lá no 
cantinho de nossas vontades naturalizadas, que enche os olhos de nossa 
carne e nos leva a um açougue de desejos, onde cada pecado foi 
especialmente pendurado para cada um de nós. 
Algumas pessoas têm dificuldades irrefutáveis com a sua sexualidade, 
outras não conseguem segurar a língua, também vejo problemas com 
insubmissão, falta completa de testemunho, presença humilde de muito 
orgulho e bastante facilidade com atitudes desonestas [falo de cristãos]. 
Nasce e se põe o sol e continuamos a praticar as mesmas mazelas que 
tanto nos épeculiar. No momento do ato, seja ele qual for, parece ser a 
melhor forma de desenvolver Dopamina, Serotonina e Noradrenalina em 
nosso cérebro. Depois dele, só resta cinzas de arrependimento e lágrimas 
de vergonha perante Deus. Daí é inevitável se indagar: mas de novo eu 
agi assim? 
Se considerarmos a tese que a natureza pecaminosa está presente em 
nosso corpo e que a natureza regenerada ocupa a nossa alma, poderemos 
conceber e estender a aflição poética de Paulo a todos os nascidos de 
mulher [Rm 7:15-23]. Por meio destas palavras, concluímos que há, de 
fato, confrontos travados nos altares de nossos anseios que se dividem 
em propósitos e em essência. Na maioria das vezes, vence o desejo mais 
cuidado, alimentado e massageado ao longo de nossos dias. É com isto 
que me preocupo. 
Além de entristecer o Espírito do Criador, pecar vai além de toda a nossa 
compreensão de crime e de transgressão social. Imagine-se como cristão 
no velho testamento. Se você pecasse, teria que se dirigir ao pasto e 
adquirir um cordeiro de um ano, macho e sem defeito, levá-lo para o 
sacrifício e, depois de amarrado na pedra da oferta, ouviria os gritos, 
choros e o ranger de dentes deste animal cujo sangue inocente fora 
derramado em seu lugar. Como cristão do novo concerto, você não 
passará por esta experiência, mas talvez cruzará piores estacas. Estará 
“crucificando de novo para si mesmo o Filho de Deus e o expondo à 
desonra pública” [Hb 6:6]. Seja em um concerto ou em outro, o seu 
pecado é uma desgraça e é necessário que você não o acolha como de 
estimação, não o alimente como faminto e não o customize como parte 
de você. 
Não podemos abusar da graça da salvação para nos instalar em práticas 
pecaminosas, [Rm 6:1-2; Gl 5:13]. O pecado, eu sei, é comum a todos e 
http://www.bibliaonline.com.br/nvi/rm/7
http://www.bibliaonline.com.br/nvi/hb/6
http://www.bibliaonline.com.br/nvi/rm/6
http://www.bibliaonline.com.br/nvi/gl/5
faz parte do processo de existência de cada um de nós. Mas ele não pode 
se tornar um engajamento rotineiro, normal, assíduo e constante. 
Temamos o “ser pecador”. 
 
 
 
 
 
 
 
Pare de brincar com o pecado 
(Parte 1): Não se embarace 
 
Alguém muito inteligente chamado Jonathan Edwards disse certa vez: “A 
perseverança é uma consequência necessária da salvação”. O que isso 
significa é que quando alguém é verdadeiramente salvo, quando alguém 
realmente se torna cristão, ele continuará por toda a sua vida amando a 
Jesus e obedecendo a sua Palavra. Tais pessoas vão pecar e tropeçar ao 
longo do caminho, às vezes, eles podem até mesmo se embaraçar, mas se 
forem realmente cristãos, se forem verdadeiramente convertidos, sempre 
se arrependerão do pecado e voltarão correndo para Jesus. Se eles não o 
fizerem, depois de uma semana, depois alguns meses ou mesmo depois 
de 20 anos, é porque nunca foram realmente cristãos, não importando o 
que disseram ou fizeram no passado. Estão mortos em pecado e 
enfrentarão as consequências do pecado, que é a ira boa e justa de um 
Deus santo, no inferno para sempre. A perseverança é extremamente 
séria e a falta de perseverança é simplesmente mortal. Cristãos 
verdadeiros correm a corrida até o final e, ao fazer isso, recebem a 
recompensa pela carreira. 
“Portanto, também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem 
de testemunhas, desembaraçando-nos de todo peso e do pecado que 
tenazmente nos assedia, corramos, com perseverança, a carreira que nos 
está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, 
Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a 
cruz, não fazendo caso da ignomínia, e está assentado à destra do trono 
de Deus” (Hb 12.1-2). 
O ponto principal deste texto é o único comando: CORRAMOS! Tudo o 
mais suporta, explica ou dá motivação para isso. CORRAMOS! Corra a 
corrida que está diante de você! Não passeie, não perca tempo, não 
vagueie sem rumo. Corra a corrida com perseverança, todo o caminho até 
a linha de chegada, porque tudo depende disso. 
Vamos dividir o texto em duas partes. Verifiquemos o que vamos fazer e 
como devemos fazer isso. O que e como? Em cada parte, vamos olhar 
para três coisas. Então, vamos entrar na primeira seção: o que devemos 
fazer? “Corramos”! Lembre-se, esse é o grande ponto da passagem. O 
que significa correr de verdade? Não se embarace, não deixe nada entrar 
no caminho e não desista. 
 
Não se embarace 
O livro de Hebreus foi escrito para uma igreja que havia se tornado muito 
confortável no mundo. Eles deixaram de ser distintos e começaram a 
vagar pela vida, e agora as circunstâncias em torno deles estavam 
mudando e estava se tornando impopular e desconfortável ser um cristão. 
Havia uma verdadeira tentação de desistir e retornar ao conforto e à 
segurança de suas vidas anteriores. 
Esse livro foi escrito para alertar as pessoas a não se afastarem de Jesus. 
Está repleto de advertências contra a rejeição de Cristo e lembranças das 
consequências de rejeitá-lo. 
Hebreus 2.1-3 adverte: “Por esta razão, importa que nos apeguemos, com 
mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos 
desviemos… como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande 
salvação?”. Como crentes devemos prestar muita atenção às coisas que 
ouvimos e lemos da Palavra de Deus. Não é uma brincadeira; não prestar 
atenção resulta em naufrágio, o que leva a um julgamento inescapável. 
Não se embarace em relação a Deus e à sua Palavra. 
Hebreus 3.12-13 adverte novamente: “Tende cuidado, irmãos, jamais 
aconteça haver em qualquer de vós perverso coração de incredulidade 
que vos afaste do Deus vivo; pelo contrário, exortai-vos mutuamente 
cada dia, durante o tempo que se chama Hoje, a fim de que nenhum de 
vós seja endurecido pelo engano do pecado”. Tenham cuidado, não se 
embaracem, examinem o seu coração, sejam responsáveis e encorajem-se 
mutuamente para que não enganem a si mesmos e venham a se tornar 
endurecidos quanto ao pecado. A responsabilidade individual e a 
responsabilidade corporativa da membresia na igreja são realmente 
importantes porque o pecado é enganoso e todo aquele que ler isso é um 
pecador. Jeremias 17.9 diz: “Enganoso é o coração, mais do que todas as 
coisas, e desesperadamente corrupto; quem o conhecerá?”. 
O autor de Hebreus está preocupado que as pessoas não estejam tomando 
os devidos cuidados em sua corrida; está preocupado que eles estejam 
desenvolvendo um senso preguiçoso de segurança e conforto. Ele está 
preocupado que as pessoas estejam brincando com Deus e ele escreve 
esse livro para alertar contra esse tipo de preguiça e insensatez. O autor 
dessa carta quer desesperadamente que nós vejamos o perigo de se 
embaraçar e se desviar na vida cristã. 
“Pois, com efeito, quando devíeis ser mestres, atendendo ao tempo 
decorrido, tendes, novamente, necessidade de alguém que vos ensine, de 
novo, quais são os princípios elementares dos oráculos de Deus; assim, 
vos tornastes como necessitados de leite e não de alimento sólido. Ora, 
todo aquele que se alimenta de leite é inexperiente na palavra da justiça, 
porque é criança. Mas o alimento sólido é para os adultos, para aqueles 
que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para discernir não 
somente o bem, mas também o mal” (Hb 5.12-14). 
Deus espera que os cristãos estejam avançando na corrida, crescendo da 
infância à maturidade. Devemos passar do leite para os alimentos sólidos: 
devemos crescer em retidão, nos tornar mais parecidos com Jesus e ser 
capazes de discernir o bem do mal. Não há lugar na corrida cristã para 
ficar parado, relaxar ou descansar em realizações ou decisões. A 
realidade para o crente é que estamos nos movendo em direção a Jesus ou 
nos distanciando dele. 
Nós nunca permanecemos no mesmo lugar, porque a corrida cristã é 
subida, como que contra o fluxo de uma escada rolante. Quando paramos 
de correr, quando paramos e começamosa relaxar, começamos a voltar 
para onde iniciamos. Perceba, corações caídos querem fugir de Deus, não 
ir em direção a ele. 
João 3.19-20 diz: “O julgamento é este: que a luz veio ao mundo, e os 
homens amaram mais as trevas do que a luz; porque as suas obras eram 
más. Pois todo aquele que pratica o mal aborrece a luz e não se chega 
para a luz, a fim de não serem arguidas as suas obras”. Quando deixamos 
nossas próprias carreiras, nos afastamos de Deus, e vivemos em um 
mundo cujo fluxo constante também está longe de Deus e da piedade. E 
não se esqueça, nós também temos um inimigo que está mais do que 
disposto a nos fazer tropeçar na escada rolante ou usar coisas para nos 
atrair com coisas agradáveis e nos fazer ficar paralisados. 
Então, vamos voltar ao nosso texto e ver por que o autor deste livro está 
tão preocupado em evitar que nos embaracemos. 
Brincar e deixar os resultados na incerteza leva ao desastre, e por isso há 
o mandamento: CORRAMOS. É necessário um esforço verdadeiro. 
Cave, cave fundo e siga em frente. 
 
 
 
 
 
 
 
Pare de brincar com o pecado 
(Parte 2): Não deixe nada 
atrapalhar 
 
Então, como avançamos? O que precisamos fazer para nos certificar de 
que estamos progredindo em nossa corrida? A resposta está em Hebreus 
12.1: “Deixem de lado todo peso e o pecado que se apega tão de perto”. 
A chave para continuar avançando é a rejeição de tudo que nos engana, 
nos enreda e atrapalha. Este comando não vem do nada. Como eu disse 
anteriormente, esse é o ponto de todo o livro de Hebreus. Corra, lute, 
fique alerta, fortaleça-se, não se desvie, não negligencie, permaneça 
firme, não presuma sobre a sua segurança eterna. Há alguns meses, 
comecei o processo de perder peso, e uma das coisas que fiz para 
conseguir isso foi correr. É um fato muito engraçado: quanto mais magro 
eu fico, mais fácil é correr. Nas Olimpíadas, você pode apostar que 
nenhum dos corredores terá sobrepeso — isso é parte da razão pela qual 
eles correm tão bem. 
Corra, lute, esteja alerta 
Como cristãos, o pecado nos torna espiritualmente embaraçados, também 
temos que estar vigilantes contra ele, identificá-lo rapidamente e 
estarmos prontos para nos arrependermos dele. O pecado nos arrasta para 
baixo, nos prende e nos impede de correr. O pecado nos leva com o fluxo 
do mundo e nos afasta de Jesus. 
Mas não estamos falando apenas dos pecados óbvios, como ficar bêbado 
ou drogado, dos quais precisamos estar alertas. Muitas das coisas que nos 
atrapalham, atrasam e embaraçam não são realmente pecaminosas em si 
mesmas. Muitas vezes são coisas boas, até dons de Deus, que 
transformamos em problemas. Pode ser comida e bebida; nossos amigos; 
podemos fazer dos nossos filhos a coisa mais importante do mundo; 
relações com o sexo oposto. Toda vez que pegamos algo bom e o 
colocamos acima de Deus, fazemos um ídolo que nos torna embaraçados, 
nos desacelera e nos impede de correr. Outro homem sábio disse: “O 
coração do homem é uma constante fábrica de ídolos”. Fazemos ídolos 
naturalmente, porque é fácil colocarmos coisas acima de Jesus. Então, se 
desejamos rejeitar o pecado, precisamos ser sábios e cuidadosos em 
nossa corrida. Não podemos simplesmente lidar com as coisas 
perguntando: “Isso é pecaminoso ou não?”. Antes, precisamos fazer uma 
pergunta mais profunda: “Isso é proveitoso? Isso me fará correr melhor? 
Sou maduro e sábio o suficiente para não transformar esse dom em um 
ídolo? 
Há uma razão pela qual Mez estabelece as regras a cada semana de 
ambientação, começando com um apelo para os solteiros manterem-se 
discretos. 
Aqui está um cenário para você. Eu me referirei aos rapazes, mas se 
aplicará às moças também. Você é um novo cristão e um recém- 
estagiário no 20schemes. Vocês estão todos entusiasmados por Jesus e 
animados em relação ao futuro — depois… você vê uma bela moça 
caminhando. Ainda melhor do que isso, ela sabe que você existe; na 
verdade, a amiga dela disse para o seu amigo que ela não acha você um 
completo idiota. Resultado: o melhor de tudo é que ela ama Jesus e vai à 
igreja, o que significa que não é pecado você cortejar essa garota. Dias 
felizes podem ser vividos. 
Há duas coisas aqui, pessoal: há um longo caminho entre “não acha que 
você é um completo idiota” e uma cerimônia de casamento. Esforce-se 
para disfarçar a sua insensatez durante esse período. Uma vez que você 
for casado, não há nada que você possa fazer para disfarça-la; ela 
descobrirá. Mas o importante é: antes de tomar a decisão, faça a pergunta 
certa. Faça a pergunta real, que não é “isso é pecaminoso?”, mas sim: 
“isso é proveitoso? Isso me ajudará a correr melhor a carreira? Isso me 
fará melhor na busca por Jesus?”. 
John Piper diz o seguinte: “A carreira da vida cristã não é bem corrida 
perguntando, ‘o que há de errado nisso ou naquilo?’, mas perguntando: 
‘isso me conduz à maiores fé, amor, pureza, coragem, humildade, 
paciência e domínio próprio?”. Não: “Isso é pecado?”, mas sim: “Isso me 
ajuda na corrida?”. Se a resposta a essa pergunta for: “Não, isso não me 
ajuda a corrida, é uma distração, atrai os meus olhos e meu coração para 
longe de Jesus” — então coloque-o de lado, lance-o fora, não deixe isso 
lhe atrapalhar. Cabeça para cima, olhos à frente, corra a corrida. 
Não desista 
Então não deixe nada lhe atrapalhar, e o ponto final dessa primeira seção: 
Não desista. Portanto, uma vez que estamos cercados por tão grande 
nuvem de testemunhas, vamos também deixar de lado todo embaraço e 
pecado que se apega tão de perto, e corramos com perseverança a carreira 
que nos está proposta. 
Esta palavra, perseverança, é absolutamente essencial para a tarefa de 
completar a corrida. Porque só quem perseverar até o fim e terminar a 
corrida receberá o prêmio. Resistência ou perseverança é o verdadeiro 
teste de autenticidade na vida cristã. Repetirei a citação de Edwards com 
a qual comecei: “A perseverança é uma consequência necessária da 
salvação”. Lembre-se do significado disso: quando alguém é 
verdadeiramente salvo, quando alguém realmente se torna cristão, ele 
continuará em toda a sua vida amando Jesus e obedecendo a sua Palavra. 
Eu disse anteriormente que o livro de Hebreus está repleto de 
advertências para perseverar porque o autor dessa carta 
desesperadamente quer que percebamos o perigo de nos afastarmos de 
Jesus e nos desviarmos dele. Ele quer que corramos, e não apenas 
comecemos a correr, mas continuemos correndo até o fim. Agora, eu sei 
que não é fácil correr a carreira cristã; na verdade, às vezes, é horrível. 
Viver como pessoas caídas em um mundo caído e corrompido pode ser 
brutal e doloroso. Às vezes, é necessário tudo o que temos para 
colocarmos um pé na frente do outro e prosseguirmos. Deus não espera 
que você corra como um Usain Bolt. Adoro essas palavras de Charles 
Spurgeon: “Pela perseverança, o caracol alcançou a arca”. Centímetro a 
centímetro, o caracol arrastou-se adiante e nós também precisamos fazê- 
lo. 
Pare de brincar com o pecado 
(Parte 3): Grande nuvem de 
testemunhas 
 
Então vamos seguir do que para o como. Você pode estar sentado agora 
mesmo, sentindo-se um pouco sobrecarregado, e pensando: “Você me 
disse que eu deveria correr a carreira sem me embaraçar e sem deixar 
nada entrar no caminho e que tenho que perseverar até o fim da corrida, e 
se eu não perseverar até o fim, estou condenado, mas na verdade você 
não me disse como fazer; as maratonas são muito difíceis e eu nem tenho 
certeza se isso pode ser feito”. Bem, tenha bom ânimo, usaremos o resto 
de nosso tempo para fornecer auxílio quanto a isso. 
Grande nuvem de testemunhas 
Em primeiro lugar, sejam encorajados pela grande nuvem de 
testemunhas, porque elas nos mostram tanto que a corrida pode ser 
realizada quanto como realizá-la. Nossa passagem começa: “Portanto, 
também nós, visto que temos a rodear-nos tão grande nuvem de 
testemunhas”, referindo-seao capítulo 11 e os relatos dos santos do 
Antigo Testamento. À luz dessa grande nuvem de testemunhas que agora 
nos cercam e nos animam no que diz respeito à nossa corrida, vamos ler 
um pouco do capítulo 11. Na verdade, vou ler quase todo o capítulo 11! 
Pela fé, Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício do que Caim; 
pelo qual obteve testemunho de ser justo, tendo a aprovação de Deus 
quanto às suas ofertas. Por meio dela, também mesmo depois de morto, 
ainda fala. Pela fé, Enoque foi trasladado para não ver a morte; não foi 
achado, porque Deus o trasladara. Pois, antes da sua trasladação, obteve 
testemunho de haver agradado a Deus. De fato, sem fé é impossível 
agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de 
Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o 
buscam. Pela fé, Noé, divinamente instruído acerca de acontecimentos 
que ainda não se viam e sendo temente a Deus, aparelhou uma arca para 
a salvação de sua casa; pela qual condenou o mundo e se tornou herdeiro 
da justiça que vem da fé. 
Pela fé, Abraão, quando chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar 
que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia. Pela fé, 
peregrinou na terra da promessa como em terra alheia, habitando em 
tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma promessa; porque 
aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e 
edificador. Pela fé, também, a própria Sara recebeu poder para ser mãe, 
não obstante o avançado de sua idade, pois teve por fiel aquele que lhe 
havia feito a promessa. Por isso, também de um, aliás já amortecido, saiu 
uma posteridade tão numerosa como as estrelas do céu e inumerável 
como a areia que está na praia do mar. 
Pela fé, Abraão, quando posto à prova, ofereceu Isaque; estava mesmo 
para sacrificar o seu unigênito aquele que acolheu alegremente as 
promessas, a quem se tinha dito: Em Isaque será chamada a tua 
descendência; porque considerou que Deus era poderoso até para 
ressuscitá-lo dentre os mortos, de onde também, figuradamente, o 
recobrou. Pela fé, igualmente Isaque abençoou a Jacó e a Esaú. 
Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de 
José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou. Pela fé, José, 
próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como 
deu ordens quanto aos seus próprios ossos. 
Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três 
meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram 
amedrontados pelo decreto do rei. Pela fé, Moisés, quando já homem 
feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser 
maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do 
pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas 
do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão. Pela fé, ele 
abandonou o Egito, não ficando amedrontado com a cólera do rei; antes, 
permaneceu firme como quem vê aquele que é invisível. Pela fé, celebrou 
a Páscoa e o derramamento do sangue, para que o exterminador não 
tocasse nos primogênitos dos israelitas. 
Pela fé, atravessaram o mar Vermelho como por terra seca; tentando-o os 
egípcios, foram tragados de todo. Pela fé, ruíram as muralhas de Jericó, 
depois de rodeadas por sete dias. Pela fé, Raabe, a meretriz, não foi 
destruída com os desobedientes, porque acolheu com paz aos espias. 
E que mais direi? Certamente, me faltará o tempo necessário para referir 
o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, 
de Samuel e dos profetas, os quais, por meio da fé, subjugaram reinos, 
praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam a boca de 
leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da 
fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em 
fuga exércitos de estrangeiros. 
(Hebreus 11:4-34) 
 
Estas são alguns daqueles que fazem parte da grande nuvem de 
testemunhas que agora nos cercam e nos animam a persistir na carreira 
até o fim, e mais importante, elas nos provam que a corrida pode 
realmente ser completada. Você pode estar pensando: “Mas eu não sou 
nem um pouco parecido com aqueles gigantes do passado — sou apenas 
um corredor comum, e honestamente eu sou um desastre”, ao que eu 
responderia: eles eram assim também. 
Noé poderia ter construído a arca, mas uma das primeiras coisas que ele 
faz depois de sair da arca é fazer vinho e embebedar-se. Abraão poderia 
ser um covarde, Sara riu na face de Deus quando ouviu a promessa pela 
primeira vez, Isaque era pouco masculino, Jacó era um vigarista, Moisés 
era um assassino, Raabe era uma prostituta, Gideão precisava de mais um 
sinal, Barak não faria o que Deus lhe disse a menos que Deborah fosse 
com ele, Sansão foi um pesadelo total, Jefté fez o voto mais tragicamente 
insensato, Davi era um adúltero e um assassino. 
Você vê, a verdade é que esses gigantes da nossa fé estavam tão falhos e 
defeituosos quanto você e eu. A única coisa que com que esses homens e 
mulheres fossem especiais foi o Deus em quem eles confiaram. Portanto, 
considere: você pode não ser Davi, mas você tem o Deus de Davi e, 
sinceramente, é tudo o que você precisará. Se você notou a constante 
repetição do capítulo 11, você aprendeu como esses antigos heróis 
correram: Abraão, Moisés, Davi e todos os que já correram o fizeram 
pela fé, e é assim que você e eu devemos correr também. 
Jesus, o autor e consumador da fé 
Voltemos ao nosso texto. “Portanto, também nós, visto que temos a 
rodear-nos tão grande nuvem de testemunhas, desembaraçando-nos de 
todo peso e do pecado que tenazmente nos assedia, corramos, com 
perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para 
o Autor e Consumador da fé, Jesus”. Olhe para Jesus, o autor e 
consumador da nossa fé. Eu amo esta frase, e você deveria amar também, 
porque é o evangelho. Olhe para Jesus e não para si mesmo, olhe para 
aquele que fez por você o que você nunca poderia ter feito por si mesmo. 
No coração do evangelho, existem algumas perguntas essenciais: 
Como um Deus santo e justo pode perdoar o pecado e julgar o 
culpado? 
Como um Deus justo pode justificar o ímpio? 
 
Como eu, pecador, posso encontrar o padrão exigido por um Deus 
santo e justo? 
Como eu, pecador, posso escapar da punição que mereço? 
 
A resposta a estas perguntas é: “Olhe para Jesus, o autor e consumador 
da nossa fé”. Olhe para ele, ele viveu a vida perfeita que você não viveu. 
Ele correu uma corrida perfeita. Ele atingiu os padrões que um Deus 
bom, santo e justo requer. Olhe para ele, ele morreu a morte que você 
merece, tomou sobre si o seu pecado e a ira de Deus contra o pecado e os 
pecadores. Olhe para ele, ele está ressuscitado e glorificado, vitorioso 
sobre Satanás, sobre pecado, a morte e a sepultura. Olhe para ele, ele 
subiu ao céu e está sentado à direita do Pai, e ali intercede por você como 
seu Grande Sumo Sacerdote. Olhe para ele, ele está voltando para 
estabelecer seu reino, julgar a terra, punir os culpados e galardoar os 
fiéis. Olhe para ele e tenha certeza disso: “Estou plenamente certo de que 
aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia de 
Cristo Jesus” (Filipenses 1:6). 
Olhe para Jesus, o autor e consumador de nossa fé, e seja tenha coragem, 
confiança e força para correr a carreira com base nessa gloriosa verdade. 
Jesus não responde apenas à nossa fé com ajuda. Ele é o autor, criador e 
fundador da fé, e é ele quem trabalha para aperfeiçoar a fé que ele cria. 
Ele trabalha para começá-la e trabalha para completá-la. Nossa fé se 
apega a Jesus em busca de ajuda, porque Jesus primeiro se apegou a 
nossos corações pela fé. Olhe para Jesus e corra. 
A alegria do triunfo 
Então, quando chegamos ao final de nossa meditação nessa passagem, 
vimos que corremos a corrida diante de nós colocando nossa fé e 
confiançaem Jesus, o autor e consumador da nossa fé, e fazendo isso 
recebemos a força e perseverança que precisamos para eliminar qualquer 
coisa que nos atrapalhe, lutar contra o pecado e alcançar a linha de 
chegada. E é na linha de chegada onde encontramos nossa motivação 
final para corrermos a corrida, porque é ali que a recompensa espera por 
nós. Nossa passagem nos fala que Jesus suportou a cruz pela alegria que 
lhe foi proposta, e como nosso Salvador, também devemos suportar as 
dificuldades, batalhas e provações que surgem em nosso caminho pela 
alegria que nos está proposta. 
Em Romanos 8.18, o apóstolo Paulo escreve: “Porque para mim tenho 
por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser 
comparados com a glória a ser revelada em nós”. 
Talvez você tenha lido a declaração de fé do 20schemes. Eu amo a parte 
final dessa declaração de fé porque nos lembra da grande recompensa 
que espera por aqueles de nós que correm a corrida. 
A Restauração de Todas as Coisas: Cremos no retorno pessoal, glorioso 
e corporal de nosso Senhor Jesus Cristo com os seus santos anjos, 
quando ele exercerá seu papel como Juiz final, e seu reino será 
consumado. Cremos na ressurreição corporal tanto dos justos como dos 
injustos — o injusto para juízo e punição consciente e eterna no inferno, 
como nosso próprio Senhor ensinou, e o justo para a bem-aventurança 
eterna na presença daquele que está sentado no trono e do Cordeiro, no 
novo céu e na nova terra, a habitação da justiça. Naquele dia, a Igreja 
será apresentada sem máculas diante de Deus por meio da obediência, 
sofrimento e triunfo de Cristo, todo pecado será purgado e seus efeitos 
miseráveis banidos para sempre. Deus será tudo em todos e o seu povo 
será maravilhado ao estar diante de sua indescritível santidade, e tudo 
será para o louvor da sua gloriosa graça. 
Há um dia vindouro para aqueles que perseveram até o fim, quando 
estaremos com Jesus na habitação da justiça, e todo pecado e seus efeitos 
miseráveis serão banidos para sempre e tudo será para o louvor da 
gloriosa graça de Deus. Esse é um prêmio pelo qual vale a pena 
concorrer. 
Terminarei com uma citação do puritano Thomas Brooks, para citar um 
último homem sábio que já faleceu. Ele disse: “Sua vida é breve, seus 
deveres são muitos, sua ajuda é grande e sua recompensa é garantida; 
portanto, não desanime, fique firme e persevere em fazer o que é bom, e 
no céu tudo será retificado”. 
 
Pornografia: uma ilusão que 
realmente aprisiona 
Meu objetivo ao escrever sobre esse tema não é fazer um exame 
estatístico, psicológico ou mesmo dos efeitos neurológicos sobre a 
questão da sexualidade humana e seus desdobramentos históricos. A 
sexualidade foi criada por Deus e dada ao homem e a mulher como meio 
de procriação, de satisfação e felicidade. Vale ressaltar que Deus criou a 
sexualidade com fins familiares, ou seja, o casamento. O sexo foi criado 
para um relacionamento de um homem e uma mulher perante seu criador, 
Deus quer que seus filhos desfrutem dessa bênção, no entanto, dentro do 
âmbito conjugal. Toda a manifestação sexual fora do casamento é 
pecado, e a Bíblia trata isso como fornicação e adultério. 
 
Com esse entendimento sobre sexualidade, baseado na Palavra de Deus, 
podemos falar um pouco agora sobre o problema que realmente tem sido 
um inimigo feroz na vida de muitas pessoas dentro da igreja: a 
pornografia. Numa média de dez anos atrás não tínhamos tanto problema 
com material pornográfico na proporção que temos hoje, embora o Brasil 
sempre foi “terra fértil” para o mercado pornográfico. Com o passar dos 
https://bereianos.blogspot.com/2014/08/pornografia-uma-ilusao-que-realmente.html
https://bereianos.blogspot.com/2014/08/pornografia-uma-ilusao-que-realmente.html
anos o Brasil se tornou uma grande indústria do sexo. Com o advento da 
internet a coisa mudou e muito, o que antes era limitado a revistas de 
mulheres nuas e a filmes pornôs, agora possui amplo material free, 
disponível na web. 
 
Ao analisarmos essa evolução é importante pontuarmos aqui que o 
problema não se limita a pessoas que estão fora da igreja, mas, as que 
estão dentro também. E mais, não são somente jovens que tem problemas 
com a pornografia, mas pessoas das mais variadas idades e de ambos os 
sexos. 
 
A pornografia, na verdade, começa com pensamentos libidinosos que são 
vendidos a desejos com pessoas com quem não são casadas. Desse desejo 
não mortificado surge a “necessidade” do prazer, isso é a porta para a 
pornografia e às práticas sexuais desenfreadas. A Pornografia está entre 
os negócios mais rentáveis do mundo, a sociedade e a mídia praticamente 
vivem em torno de sugestões sexuais. Adultérios são incentivados pelas 
novelas e filmes, nas redes sociais vivemos um momento bem curioso 
das selfs, é normal vermos jovens cristãs fazendo poses sensuais para 
seduzir e sugestionar desejo nos homens que admirarem suas fotos. 
 
Existe, de fato, um estimulo a sexualidade desenfreada, o culto ao sexo, e 
a precocidade disso tem sido prejudicial não só a sociedade, mas também 
a igreja. Muitos casamentos têm sido prejudicados pela pornografia. 
Materiais eróticos têm sido cultuados como um bem cultural. O que é 
interessante notar é que, quanto mais a pornografia se avoluma e as 
exposições do mundo erótico se tornam comuns, a tendência é um 
abismo chamar outro abismo. As exposições tendem a ficar cada vez 
mais intensas e provocantes, e a demanda por material pornográfico 
aumentar a cada dia. 
 
Os jovens cristãos e a pornografia 
 
 
A liberdade para navegar na internet tem sido um dos fatores que mais 
contribuem para o crescimento da procura por pornografia. Infelizmente 
muitos jovens cristãos têm caído nesse laço. Podemos identificar alguns 
motivos que mais tem levado jovens, que frequentam comunidades 
cristãs, a estarem envolvidos com pornografia, vejamos: 
 
1 - Pelo fato de não serem casados procuram um escape ao seu desejo 
sexual em material pornográfico. 
2 - Muitos foram inseridos no mundo erótico por amigos, parentes, 
namorados ou namoradas, e até mesmo pelos pais. 
3 - Por não poderem manter relações sexuais no namoro, buscam um 
escape na pornografia. 
É claro que temos uma lista de motivos muito maior que isso, mas, vale a 
reflexão. 
 
Como combater a pornografia em sua mente 
 
 
Como dissemos anteriormente, todo o processo erótico não começa 
quando se está na frente de um computador, mas, na mente. Ao alimentar 
pensamentos pecaminosos, ao desejar sexualmente pessoas que não são 
pares conjugais, ao manter um namoro libertino, o jovem está 
contribuindo para que sua vida continue presa nas correntes da 
pornografia. Mas, não devemos ficar no problema, e sim avançar para a 
solução. Primeiro, deve-se entender isso como pecado de idolatria. 
Quando um jovem não confia ao Senhor em suas afeições e suas 
necessidades, ele está sendo idólatra. Segundo, a busca pela pornografia é 
pecado e é uma afronta a Deus, a sexualidade está limitada ao casamento 
e toda manifestação sexual extraconjugal é prostituição. Terceiro, depois 
de uma convicção de pecado, arrependa-se. O arrependimento é o início 
do fim dessa prisão. Em quarto lugar, cultive em sua mente pensamentos 
espirituais. Deus lhe dará poder espiritual para vencer as tentações 
externas e internas. Leia a Palavra de Deus, uma vida devota ao Senhor é 
o maior instrumento para vencer as tentações. Ore, tenha uma vida de 
oração constante. 
Bom, até aqui falamos de armas espirituais, mas devem-se tomar alguns 
cuidados para não entrar em tentação. 
 
1 - Lembre-se da história de José – Ao ser abordado pela mulher de 
Potifar ele fugiu dela. Fuja do pecado, fuja de toda aparência do mal. 
2 - Evite circunstâncias que o leve facilmente a pornografia, como por 
exemplo, determinados sites, programas de televisão e revistas. 
3 - Cuidado com o que você está olhando no facebook, muitasfotos de 
“amigos e amigas” são sensuais e provocantes, isso é muito prejudicial e 
pode levar ao pecado de cobiça. Se necessário faça uma faxina no seu 
facebook, é melhor perder uma amizade virtual do que sofrer com esse 
peso. 
4 - Lembre-se do texto de Mateus 4 – Jesus estava sendo tentado por 
satanás, o inimigo lhe instigou para transformar pedras em pães, Jesus 
recusou. A Bíblia nos diz que Jesus estava com fome, mas aquele não era 
o tempo de comer. No final do texto nós lemos que os anjos o serviam. 
Espere o tempo de Deus, Ele o sustentará e ajudará. Deseje a Deus acima 
de tudo, o sexo não é a coisa mais importante da vida. Viver uma vida 
santificada é gratificante e fortalecedor. 
 
Creia que o Senhor Jesus é a fonte da vida e da liberdade, anseie ser 
servo somente de Cristo e não de práticas vis como a pornografia. Os 
cafetões do mundo pornográfico estão enriquecendo porque sabem que 
esse é o desejo mais baixo do ser humano. Não destrua sua vida e família 
por causa de um prazer momentâneo. Como dissemos, o sexo é bom e 
uma dadiva de Deus, dada exclusivamente ao matrimônio entre um 
homem e uma mulher. Considere o que dissemos aqui, sua felicidade não 
está na pornografia, toda verdadeira felicidade está em Cristo. A 
pornografia é uma prisão podre, fria e mortificadora. Se você leu esse 
texto e tem vivido nessa prisão, não foi por acaso que abriu essa página, 
procure refúgio em Deus e sua palavra, você vencerá essa situação 
quando zelar mais pela vontade de Deus do que a sua. Valorize as 
disciplinas espirituais: Leitura bíblica, meditação, oração e jejum. 
 
 
 
 
 
Como vencer o pecado da pornografia? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Já disse certo autor que a diferença entre os "grandes cristãos" e os de 
nossos dias, é que aqueles tinham a consciência de que eram fracos, 
enquanto nós sustentamos a falsa ideia de que somos fortes. Ele estava 
certo. 
https://bereianos.blogspot.com/2016/12/como-vencer-o-pecado-da-pornografia.html
A tentação às coisas pornográficas, sejam elas pelo computador ou 
andando pela rua e cobiçando as mulheres alheias (seja você casado ou 
não), quase sempre acontece nos momentos em que nós pensamos: "não 
vai acontecer nada". Sim, não minta para você mesmo. Nós homens (mas 
sem excluir as mulheres) sabemos que as inúmeras vezes em que caíamos 
neste pecado, há íntima relação com uma falta de confiança no Espírito 
Santo do Senhor, de maneira que quando nos apercebemos, já estamos 
envoltos ao pecado. 
 
- Pare de usar o computador; sim, possivelmente você pode - lembre de 
que é melhor entrar no Reino dos céus aleijado, do que ir com todo o 
corpo para o inferno (Mc 9.43). 
- Se você realmente não tem opção, então peça para alguém lhe 
supervisionar - é melhor confessar o pecado e ser sarado (Tg 5.16), do 
que viver na falsidade e pecado. 
- Sendo casado, converse com seu cônjuge e exponha sua 
dificuldade. Você tem a obrigação de fazer isso (clique aqui para ler um 
texto importante neste sentido) e seu cônjuge é seu melhor amigo, de 
maneira que o poderá sustentar e ajudar. 
- Procure transitar por ruas onde a "poluição visual" seja menor. 
- Limite seus passatempos e amizades, a fim de poder ser fortalecido. 
http://2timoteo316.blogspot.com.br/2013/08/o-quao-sincero-voce-e-com-seu-conjuge.html
Todavia, se o seu desejo é realmente ser livre (sem excluir os conselhos 
acima), eu recomendaria uma única coisa: ore, meu irmão(ã). Não existe 
nenhuma receita para "nunca mais ter problema com a pornografia" e eu 
não ousaria lhe dar "10 passos" ou "20 coisas para fazer", como se isto 
fosse resolver este pecado. Entenda, porém, que a Escritura nos é firme 
em nos dizer que nós sempre lutaremos contra o pecado, afinal, "a carne 
cobiça contra o Espírito, e o Espírito contra a carne; e estes opõem-se 
um ao outro, para que não façais o que quereis" (Gl 5.17). Quer dizer, 
não espere nunca mais ter dificuldades com a pornografia. 
 
Ademais, a Escritura nos dá uma série de exortações neste sentido de 
manter a oração e demonstra firmemente que, enquanto estivermos nesta 
terra, precisaremos buscar muito ao Senhor. Convém, porém, lembrar das 
santas palavras, sempre que você incorrer neste pecado: "Lembra-te, 
pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras" (Ap 
2.5). 
 
Em tempo, ainda, não raro a pornografia é a primeira porta para demais 
desgraças, conforme lemos: "Um abismo chama outro abismo" (Sl 42.7). 
Fuja da aparência do mal (1Ts 5.22)! 
Para alentar os corações que constantemente caem neste pecado, é bem 
verdade que a Bíblia diz, "vai-te, e não peques mais" (Jo 8.11), mas 
também nos dá o conforto: "Os sacrifícios para Deus são o espírito 
quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó 
Deus”(Sl 51.17). 
 
Portanto, da próxima que pecar com a pornografia, vá até Cristo e n'Ele 
busque guarida, porque como nos diz o salmista, "Foi-me bom ter sido 
afligido, para que aprendesse os teus estatutos" (Sl 119.71) e também 
como Davi, o qual após numerar a Israel e reconhecer o seu pecado, 
firmemente expressou: "Então disse Davi a Gade: Estou em grande 
angústia; caia eu, pois, nas mãos do Senhor, porque são muitíssimas as 
suas misericórdias; mas que eu não caia nas mãos dos homens"(1Cr 
21.13). 
Melhor nos será ser castigado por Deus e sofrer certas 
disciplinas, "Porque o Senhor corrige o que ama, E açoita a qualquer 
que recebe por filho" (Hb 12.6), do que nos afastarmos d'Ele e ficarmos 
sem correção, afinal, "se estais sem disciplina, da qual todos são feitos 
participantes, sois então bastardos, e não filhos" (Hb 12.8). 
Que Deus abençoe a todos os cansados e abatidos. Que Ele nos encha de 
um profundo senso de pecaminosidade, a fim de sempre buscarmos ao 
Seu Filho, o qual pela Igreja se entregou (Ef 5.25) e por ela tudo venceu. 
 
Deseja vencer este pecado da pornografia? Então obedeça a Escritura, 
pois "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos 
perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça" (1Jo 1.9). 
A Razão de Nossas Quedas, 
Desvios e Pecados 
 
Muito já se falou e já se escreveu sobre o porquê de esfriarmos na fé, 
desviarmos do caminho, cairmos repetidas vezes nos mesmos pecados. 
Uma enormidade de sermões já foram feitos à luz destes temas. As 
razões para tal desvio são as mais diversas. Existem aqueles que dizem: 
“Você deixou as Escrituras, volte a ler a Bíblia, você precisa ler mais”. 
Alguns argumentam: “Isso é falta de oração, você precisa orar mais. Mais 
tempo, mais intenso”. Outros ainda propõe: “Há quanto tempo você não 
jejua? Isso é falta de jejum. Faça um jejum forte”. Acredito piamente que 
todas essas coisas são necessárias, bíblicas e tem seu papel vital em nossa 
mortificação da carne e luta diária contra o pecado. Entretanto, com o 
passar do tempo, aqueles que andam com o Senhor tendem a amadurecer 
espiritualmente e enxergar detalhes da vida cristã mais acuradamente, 
compreendendo coisas que os primeiros anos de fé não os permitiram 
entender. 
Esse foi o meu caso. Lendo, estudando e meditado nas Escrituras com 
atenção, tendo comunhão diária com Deus através do seu Santo Espírito, 
percebei que não são aquelas “a grande” causa de nossa queda, desvio e 
ruína espiritual. Na verdade, o âmago de tudo isso reside no fato de 
“tirarmos os olhos de Cristo”. 
Nesse momento inicia-se o processo de queda, de desvio. Existe um 
trono em nosso coração, existe um altar em nosso interior, e estes só 
podem ser ocupados por Cristo. O amor por Ele começa se esfriar quando 
nesse altar vamos pouco a pouco colocando pequenos ídolos, e 
lentamente vamos empurrando Cristo da sua posição, até que o volume 
de ídolos chega a ser tão grande que não há mais espaço para Ele. Afinal 
de contas, “ninguém pode servir dois senhores, pois há de agradar a um e 
desagradar a outro”. 
Nessa queda espiritual, Cristo é o Senhora ser desagradado. Por essa 
razão caímos, pecamos e permanecemos no pecado. Não é somente por 
conta das tentações ou das inclinações de nossa natureza. Caímos por 
estarmos vazios de Cristo! Caímos, porque nosso coração está agora, 
suscetível a ser ocupado por outras coisas ou pessoas. Alguém que está 
cheio de Cristo não tem lugar para a pornografia, para o sexo ilícito ou 
qualquer fonte espúria de prazer, pois já está satisfeito Nele. 
Como alguém pode roubar, se embriagar, mentir, ou curtir noites e noites 
em orgias e dissoluções, quando está plenamente realizado em Cristo, a 
verdadeira fonte de prazer? As paixões que o mundo oferece, os atrativos 
à mostra na “Feira da Vaidade” e o próprio diabo em pessoa, mostrando 
todos os reinos da terra, não conseguem derrubar um homem que está 
completo em Cristo! Pois ele de nada tem falta! Nada pode ser 
comparado com a completude perene que Cristo proporciona. 
Caro leitor, se você que realmente deseja vencer essas tentações que 
estão exaurindo sua força; se você almeja abandonar essa vida de 
pecados, frieza, indiferença espiritual; você pode jejuar o quanto quiser, 
ler a Bíblia de “capa a capa”, e tentar ficar horas a fio orando. Isso não 
será suficiente. Ainda que você se mutilasse na tentativa de não mais 
pecar, ou se trancasse para sempre em um quarto escuro, sem saída, isso 
não lhe garantiria vitória. Você necessita ir ao CERNE do problema. E o 
problema é um só: “Você tirou os olhos do seu amado!”. Traiu Ele com 
seus inúmeros amantes! Expulso-o do lugar que só a Ele pertence, seu 
coração! Volte seus olhos novamente para Cristo. Compre de volta 
aquela pérola de grande valor que você vendeu. Mesmo que ela te custe 
TUDO! Eu disse TUDO! Preencha seu ser com o amado de sua alma, seu 
noivo, o mais formoso entre os milhares. CRISTO! Ele está à porta 
batendo novamente, dando-lhe um gentil convite. 
Mesmo fazendo as maiores barbáries com Ele, desprezando-o, 
ofendendo-o, e o deixando por um bom tempo, seu amor e misericórdia 
são tão grandes que Ele está pronto a perdoar e receber novamente em 
Seus braços, como fez com o filho prodigo. Vá querido irmão. 
Redescubra Cristo novamente! A centralidade Dele em sua vida. Diga a 
Ele: “Torna-me a dar a alegria da sua salvação”. Redescubra o prazer de 
servi-lo. E viva para Sua glória! Tudo fora de Cristo é o mais completo 
absurdo. 
Por Cristo nosso coração bate, o sangue corre em nossas veias. Por Cristo 
respiramos e, o ar só se encontra disponível neste exato momento, em 
razão da Sua misericórdia. “Nele nos movemos, existimos e vivemos”. 
Cristo é quem pinta as cores do universo, traz animação e beleza a toda a 
criação em nossa volta! Cristo é o único que dá sentido à vida. Sons, 
formas, tons, luz, trevas, dia, noite, vida! Tudo vem Dele e foi feito para 
Ele! Se preencha novamente do seu Senhor e Salvador. Então, nem o 
pecado, nem Satanás nem o presente século mal, acharão espaço em seu 
coração. 
O pecado não define 
quem você é 
 
Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, 
nele, fôssemos feitos justiça de Deus. (2 Coríntios 5.21) 
No cerne da fé cristã há uma grande troca. O povo de Deus traz seus 
pecados, falhas e culpa, e os trocam por perdão, por alegria, pela justiça 
de Cristo, o que conduz à vida eterna. Você já se maravilhou com isso 
recentemente? 
Permita-me contar a história mais uma vez. 
 
As Escrituras ilustram o povo de Deus como uma mulher que antes não 
possuía nada, a não ser pecado e vergonha (Ezequiel 16; Oseias 1). 
Porém, de alguma forma, o justo Rei celestial decidiu se casar com ela. 
Ela estava pobre, nua e doente, sem qualquer esperança de recuperação. 
Ela, em seu leito de morte, era incapaz de levantar-se; o rei, em seu trono 
celestial, é adorado por anjos. Ela cometera rebelião contra o Rei, 
amaldiçoando-o em pecado, apesar de sua incessante bondade e provisão. 
A última coisa que ela esperava (e, de fato, que ela sequer procurava) era 
o amor e o perdão desse Rei lhe concederia. 
Ele veio e se fez pecado 
Do céu ele veio para buscá-la. Ele veio às antigas ruínas do Éden, 
assumiu um corpo humano e uma alma pensante, a fim de visitar sua 
criação caída. 
Embora ele tenha criado o mundo, o mundo não o conheceu. Ainda mais 
impressionante, ele foi até Israel, seu próprio povo, e eles ainda não o 
reconheceram. Ele ensinou entre eles como nenhum outro jamais fez. Ele 
curou enfermidades, expeliu demônios e trouxe mortos à vida. 
Ao dar pistas de sua identidade, os líderes espirituais de Israel não 
ficaram aliviados ou cativados, mas invejosos e furiosos. Eles o 
rejeitaram, se recusaram a segui-lo, questionaram-no em cada 
oportunidade, incitaram o povo contra ele e, no fim, o crucificaram. Mas 
não sem seu consentimento. Ele se entregou à morte por vontade própria, 
para trazer sua noiva, ainda ignorante e morta em delitos, à vida. Ele 
recebeu a ira que ela merecia. Ele se fez pecado, o nosso pecado, para 
que pudéssemos ser perdoados. 
Uma segunda troca? 
Espero que você tenha ouvido essa história antes e que ame ouvi-la 
várias vezes. Não há história melhor. 
Porém, será que enquanto nos banqueteamos com sua generosidade, 
extraindo forças para cada novo dia, esquecemos que essa foi uma troca 
de mão dupla? 
 
 
Para mim, muitas vezes enfatizo o que Jesus encarou em meu favor: ira, 
castigo, morte, pecado, abandono. Diante da cruz, canto com gratidão: 
 
Eis que temos uma firme fundação, 
Aqui está o refúgio do perdido; 
Cristo, a Rocha de nossa salvação 
Neste nome o perdão foi concedido. 
Cordeiro de Deus para o pecador ferido, 
Sacrifício que cancela toda culpa! 
Dessa forma jamais será confundido 
Aquele que por isso não se preocupa. 
 
 
Contudo, poucas são as vezes em que nos lembramos do que recebemos 
além do perdão da dívida. C. R. Wiley observa: 
A maioria dos cristãos está familiarizada com a salvação como uma 
transação, mas pensam em termos de imputação única. Eles acreditam 
que nossos pecados foram imputados a Cristo e é por isso que ele morreu 
na cruz, para que pudesse pagar por eles. Mas eles param por aí. Pensam 
que a morte de Cristo os deixou com saldo zero. 
Mas observe novamente o versículo: “Aquele que não conheceu pecado, 
ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” 
(2 Coríntios 5.21). Cristo não apenas perdoa nem somente cancela 
dívidas. Ele concede justiça de modo que nos tornamos a justiça de Deus. 
 
 
A vida perfeita de Cristo é nossa; sua perfeita obediência nos é atribuída. 
Nossas “contas bancárias de justiça” explodem com a eterna riqueza da 
perfeição de Cristo. 
Nossa luta “inacabada” 
Caro crente, embora você ainda tenha de mortificar a carne diariamente e 
carregar uma cruz em um mundo caído, lembre-se de que Cristo o 
formou, em um sentido real, vivo e perfeito. 
Sim, você ainda peca, mas todo pecado, passado e futuro, foi pago na 
cruz. “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos 
estão sendo santificados” (Hebreus 10.14). Sua santificação contínua, por 
mais lenta e árdua que seja, confirma uma realidade notável: a oferta de 
Cristo já o aperfeiçoou. Sentimos o “ainda não” de continuar lutando, 
mas quantas vezes nos deleitamos no “já” de nosso santo estado diante de 
Deus? 
Por que isso importa na prática? À medida que percebemos nossa posição 
em Cristo — a grande bênção que temos não apenas ao entregar a 
punição de nossos pecados a Cristo, mas em receber sua vida perfeita —, 
sabemos que somos amados e aceitos antes de darmos grandes passos na 
vida cristã. E reconhecer isso nos permite dar passos maiores. 
 
 
 
 
 
 
Como eleitos de Deus 
Como um dentre tantos exemplos, perceba com atenção a ordem das 
palavras de Paulo: 
Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos 
afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de 
longanimidade. Suportai-vosuns aos outros, perdoai-vos mutuamente, 
caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o 
Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós. (Colossenses 3.12–13) 
Quando Paulo nos ordena a nos revestirmos de misericórdia, bondade, 
humildade, mansidão, paciência e amor, ele insere uma frase que carrega 
o peso de dez mundos: façam isso como eleitos de Deus, santos e 
amados. 
Revistam-se de tais virtudes — ou seja, “revistam-se do Senhor Jesus 
Cristo” (Romanos 13.14) — como eleitos, já santos e amados. 
Continuem a buscar uma vida digna do evangelho tendo como base esta 
firme verdade: sua jornada à frente já é santa e já foi amada por Deus. 
Você não precisa conquistar o amor de Deus. Cristo já fez isso em seu 
lugar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
A consumação da santidade 
Do lado de cá da grande troca, ele lhe dá as boas-vindas antes que você 
continue a dar tais passos de humildade, mansidão e amor. Você não se 
revestirá de Cristo para se tornar definitivamente eleito, santo e amado, 
mas o fará como resposta ao que Cristo realizou há dois mil anos. À 
medida que progressivamente “aperfeiçoamos a santidade no temor de 
Deus” (2 Coríntios 7:1), fazemos isso já nos deleitando nas declarações 
de que somos santos e amados em Cristo. Crescemos na vida cristã em 
direção ao que já somos em união com nosso Salvador. 
No cerne do cristianismo está de fato uma grande troca, uma troca dupla. 
Cristo, nosso grande Noivo, se fez pecado e suportou a ira que 
merecíamos. E, em troca, recebemos sua vida perfeita e tudo o que vem 
com ela: o amor de Deus, a vida eterna, as recompensas celestiais, a 
unidade uns com os outros, a comunhão com Deus restaurada e 
indissolúvel. Somos ricos além da medida, tendo o próprio Deus como 
nosso tesouro, e isso nos capacita a viver inteiramente para ele. 
 
 
 
 
 
 
 
O pecado nunca fará você feliz 
 
Cravadas em cada árvore do jardim de Deus estão as palavras, “se 
morrer, produz muito fruto” (João 12.24). Uma palavra está gravada na 
carne de todo cristão: “Morreste” (Colossenses 3.3). E a confissão 
sincera de todo crente é: “Estou crucificado com Cristo” (Gálatas 2.20). 
Mas o que isso significa? Quem morreu quando eu me tornei cristão? 
Resposta: minha “carne” morreu. “E os que são de Cristo Jesus 
crucificaram a carne, com as suas paixões e concupiscências” (Gálatas 
5.24). Mas o que “carne” significa? Não é a minha pele. Não é o meu 
corpo. O meu corpo pode ser um instrumento de justiça (Romanos 6.13). 
Não, não é o meu corpo. 
Então, o que é? Vemos a resposta nos tipos de obras que a carne realiza. 
“As obras da carne” são coisas como idolatria, porfias, iras e invejas 
(Gálatas 5.19-21). São atitudes, não simplesmente atos imorais do corpo. 
O Que é a Carne? 
A passagem que chega mais perto de dar uma definição bíblica de 
“carne” é Romanos 8.7-8: “Por isso, o pendor da carne é inimizade 
contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 
Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus” (Romanos 
8.7-8). A carne é o “velho eu” que era rebelde contra Deus. Na carne, eu 
era hostil e insubordinado. Eu odiava a ideia de admitir que eu estava 
doente com pecado. Eu desafiava a ideia de que a minha maior 
necessidade era que o Bom Médico me curasse. Na carne, eu me voltei 
para a minha própria sabedoria, não para a sabedoria de Deus. Então, 
nada do que eu fiz na carne era agradável a Deus, pois “sem fé é 
impossível agradar a Deus” (Hebreus 11.6). A carne não faz nada com fé. 
Então, “a carne” é o “velho eu” – autoconfiante e sem fé. Isso é o que 
morreu quando Deus me salvou. Deus apertou as artérias do meu velho 
coração incrédulo de pedra. E quando ele morreu, ele me deu um novo 
coração (Ezequiel 36.26). 
Qual é a diferença entre esse novo coração que vive e o velho que 
morreu? A resposta está em Gálatas 2.19-20: “Estou crucificado com 
Cristo… e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de 
Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim”. O velho coração 
que morreu confiou em si mesmo; o novo coração depende de Cristo 
todos os dias. 
Lute Contra o Pecado Confiando em Jesus 
Como pessoas mortas lutam contra o pecado? Elas lutam contra o pecado 
confiando no Filho de Deus. Elas estão mortas para as mentiras de 
Satanás. Mentiras como essa: “Você será mais feliz se você confiar nas 
próprias ideias sobre como ser feliz em vez de confiar no conselho e nas 
promessas de Cristo”. Cristãos estão mortos para esse engano. Eles lutam 
contra Satanás confiando que os caminhos e as promessas de Cristo são 
melhores que os caminhos e as promessas de Satanás. 
Essa maneira de lutar contra o pecado se chama “combate da fé” (1 
Timóteo 6.12; 2 Timóteo 4.7). As vitórias dessa luta se chamam “obra da 
fé” (1 Tessaloniscenses 1.3; 2 Tessaloniscenses 1.11). Nessa guerra, os 
cristãos “são santificados pela fé” (Atos 26.18). 
Então, vamos refletir sobre esse combate da fé. Não é como brincar de 
guerra com armas de brinquedo. 
A eternidade está em jogo. Romanos 8.13 é o verso chave: “Porque, se 
viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, 
mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis”. Isso foi escrito 
para aqueles que professam a fé cristã, e o ponto central é que a nossa 
vida eterna depende de nossa luta contra o pecado. Não significa que, ao 
matar o pecado, nos tornamos merecedores da vida eterna. Não, é “pelo 
Espírito” que nós lutamos. A glória é dele, não nossa. 
Romanos 8.13 também não significa que lutamos ansiosos pela incerteza 
da vitória. Pelo contrário, mesmo enquanto lutamos, temos confiança de 
que “aquele que começou boa obra em vós há de completá-la até ao Dia 
de Cristo Jesus” (Filipenses 1.6). Romanos 8.13 também não significa 
que precisamos ser perfeitos agora em nossa vitória sobre o pecado. 
Paulo nega toda reivindicação de perfeição: “Não que eu o tenha já 
recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar 
aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus” (Filipenses 
3.12). 
O Combate que Deus Exige 
A exigência em Romanos 8.13 não é a impecabilidade, mas o combate 
mortal contra o pecado. Isso é completamente essencial na vida cristã. 
Caso contrário, não teremos evidência de que a carne foi crucificada. E se 
a carne não foi crucificada, nós não pertencemos a Cristo (Gálatas 5.24). 
Nessa guerra, há muitas coisas em jogo. O resultado é o Céu ou o 
inferno. 
De que maneira, então, os mortos podem “mortificar os feitos 
(pecaminosos) do corpo”? Nós já respondemos, “pela fé!” Mas o que 
exatamente isso significa? De que maneira é possível lutar contra o 
pecado pela fé? 
Suponha que eu esteja sendo tentado à cobiça. Alguma imagem sexual 
surge no meu cérebro e me convida a buscá-la. A maneira que essa 
tentação se torna mais forte é me convencendo a acreditar que eu serei 
mais feliz se eu ceder. O poder de toda tentação é a perspectiva de que 
ela me fará mais feliz. Ninguém peca por um senso de dever quando o 
que ele realmente quer é fazer o certo. 
Então, o que eu devo fazer? Alguns responderiam: “Sede santos, porque 
eu sou santo. “Lembre-se do mandamento de Deus para ser santo (1 
Pedro 1.16) e exercite a sua vontade para obedecer porque ele é Deus!” 
Mas esse conselho falta algo crucial: a fé. Muitas pessoas que se 
esforçam para progredir moralmente não são capazes de dizer: “A vida 
que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus” (Gálatas 2:20). 
Muitas pessoas tentam amar, mas não entendem que o que realmente 
conta é “a fé que atua pelo amor” (Gálatas 5:6). A luta contra a cobiça 
(ou contra a ganância, contra o medo ou qualquer outra tentação) é uma 
luta da fé. Caso contrário, o resultado é o legalismo. 
Lutando contra o Pecado pelo Espírito 
Quando a tentação à cobiça chega, Romanos 8.13 diz: “Se, pelo Espírito, 
mortificardes os feitos do corpo, certamente,vivereis”. Pelo Espírito! O 
que isso significa? No meio de toda a armadura que Deus nos dá para 
lutar contra Satanás, somente uma peça é usada para matar: a espada. É 
chamada de “espada do Espírito” (Efésios 6.17). Então, quando Paulo diz 
para matar o pecado pelo Espírito, eu entendo que o sentido é: “Dependa 
do Espírito, especialmente da sua espada”. 
O que é a espada do Espírito? É a Palavra de Deus (Efésios 6.17). É aí 
que entra a fé: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de 
Deus” (Romanos 10:17). A Palavra de Deus atravessa a neblina de 
mentiras de Satanás e me mostra onde a verdadeira e duradoura 
felicidade pode ser encontrada. Então, a Palavra me ajuda a parar de 
confiar no pecado em potencial para me fazer feliz e me incentiva a 
confiar na promessa de Deus de alegria (Salmo 16.11). 
Eu me pergunto quantos crentes hoje em dia tem consciência de que a fé 
não é meramente acreditar que Jesus morreu pelos nossos pecados. Fé é 
também a confiança de que o caminho dele é melhor do que o pecado. A 
vontade dele é mais sábia. A ajuda dele é mais segura. As promessas dele 
são mais preciosas. 
E a recompensa dele é mais gratificante. A fé começa olhando para a cruz 
do passado, mas vive olhando para as promessas de Deus para o futuro. 
Abraão “pela fé, se fortaleceu… estando plenamente convicto de que ele 
era poderoso para cumprir o que prometera” (Romanos 4.20-21). “Ora, a 
fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que se não 
vêem” (Hebreus 11.1). 
Quando a fé prevalece em meu coração, então Cristo e suas promessas 
me satisfazem. Esse é o sentido do que Jesus disse: “O que crê em mim 
jamais terá sede” (João 6:35). Se a presença e as promessas de Cristo 
satisfazem a minha sede por alegria, por um sentido, por uma paixão, o 
pecado perde o seu poder. Não queremos aquele sanduíche de carne 
quando vemos o delicioso churrasco na grelha. 
A Satisfação Mata o Pecado 
O combate da fé é uma luta para estar satisfeito com Deus. “Pela fé, 
Moisés… recusou… os prazeres transitórios do pecado… porque 
contemplava o galardão” (Hebreus 11.24-26). A fé não se contenta com 
“prazeres transitórios”. Ela é faminta por alegria. E a Palavra de Deus 
diz, “na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias 
perpetuamente” (Salmo 16.11). Assim, a fé não é desviada pelo pecado. 
Ela não desistirá tão facilmente em sua busca pela alegria máxima. 
A função da Palavra de Deus é alimentar a fome que a fé tem de Deus. 
Assim, ela afasta meu coração do enganoso sabor da cobiça. 
Inicialmente, a cobiça tenta me enganar com a sensação de que eu 
deixarei de experimentar um determinado prazer se eu seguir o caminho 
da pureza. Então, eu pego a espada do Espírito e começo a lutar. 
Eu leio que é melhor arrancar o meu olho e lançá-lo fora do que cobiçar 
(Mateus 5.29). Eu leio que se eu pensar nas coisas que são puras, 
amáveis e de boa fama, a paz de Deus estará comigo (Filipenses 4.7-8). 
Eu leio que o pendor da carne dá para a morte, mas que o pendor do 
Espírito dá para a vida e paz (Romanos 8.6). E enquanto eu oro para que 
a minha fé se satisfaça com a vida e a paz de Deus, a espada do Espírito 
remove a cobertura do veneno da cobiça. Eu passo a ver as coisas como 
elas realmente são. E pela graça de Deus, seu poder sedutor é anulado. 
A Fé que Olha para Frente 
É assim que os mortos lutam contra o pecado. Esse é o significado de ser 
um cristão. Estamos mortos no sentido de que o nosso velho eu incrédulo 
(a carne) morreu. Em seu lugar está uma nova criação. A fé faz com que 
seja novo. Não somente uma fé que olha para a morte de Jesus no 
passado, mas uma fé que olha para as promessas de Jesus no futuro. Não 
somente a certeza do que ele fez, mas a satisfação pelo que ele vai fazer. 
Com toda a eternidade na balança, nós lutamos o combate da fé. Nosso 
principal inimigo é a mentira que diz que o pecado sempre fará com que 
o nosso futuro seja mais feliz. Nossa principal arma é a verdade que diz 
que Deus fará com que o nosso futuro seja mais feliz. E a fé é a vitória 
que vence essa mentira, pois a fé se satisfaz com Deus. 
Então, o desafio que está diante de nós não é simplesmente fazer o que 
Deus diz porque ele é Deus, mas desejar o que Deus diz porque ele é 
bom. O desafio não é simplesmente buscar a justiça, mas preferir a 
justiça. O desafio é levantar de manhã e, em oração, meditar na Escritura 
até experimentar a alegria e a paz por crer nas “preciosas e mui grandes 
promessas” de Deus (Romanos 15.13; 2 Pedro 1.4). Com essa alegria 
diante de nós, os mandamentos de Deus não serão penosos (1 João 5.3) e 
a recompensa do pecado se mostrará muito passageira e superficial para 
nos atrair. 
 
Quebrandoo ciclo de 
Masturbação 
 
Considere o que isso significa para a masturbação. Na mitologia popular, 
a masturbação é o menor dos dois males: é melhor masturbar-se do que 
encontrar alívio no sexo extraconjugal. 
A Bíblia não fala explicitamente sobre masturbação. No passado, os 
cristãos costumavam condená-la, mas tornou-se mais comum nos últimos 
anos sugerir que essa prática pode ser legítima. Talvez os cristãos do 
passado tenham sido influenciados por visões negativas da sexualidade; 
por outro lado, talvez hoje sejamos influenciados por psicologias 
seculares sub-bíblicas. Como a Bíblia não se refere explicitamente à 
masturbação, devemos ser cautelosos em fazer uma condenação geral. 
Mas, ao pensar em masturbação, considere o seguinte. 
 
Primeiro, é um pecado fazer sexo com alguém que não seja seu cônjuge, 
mesmo que esse sexo ocorra apenas em sua mente. O fato é que a 
masturbação é praticamente impossível sem que se recorra a fantasias 
sexuais, e você precisa confiar que essas fantasias honram a Deus. 
Segundo, a masturbação não alivia a tensão sexual, exceto em uma 
perspectiva, prioritariamente, de curto prazo. Ela a abastece. Ela reforça 
pensamentos sexuais e, geralmente, faz com que a tentação volte com 
mais rapidez e intensidade. Essa é uma das razões pelas quais as pessoas 
pensam que não conseguem parar de se masturbar. Estão aprisionadas em 
um ciclo vicioso de desejo, que, na verdade, é reforçado cada vez mais 
pela liberação temporária da masturbação. Todo ato de masturbação 
ímpia aumenta o poder da lascívia sobre sua vida. Não resolve nada. De 
fato, só agrava o problema. 
Terceiro, a masturbação não envolve a abnegação, que é parte integrante 
da relação sexual. Trata-se de uma expressão egoísta do sexo fora da 
aliança do casamento. Existem exceções a essa regra. A mais óbvia é a 
masturbação mútua dentro do casamento; outra é quando faz parte de 
algum tratamento de fertilidade. Mas, na maioria das vezes, é um ato de 
amor a si próprio. 
Na melhor das hipóteses, então, a masturbação é repleta de perigos. Para 
usar a linguagem bíblica: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas 
convêm. Todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar 
por nenhuma delas” (1Co 6.12). 
Então, faça a si mesmo as seguintes perguntas: 
 
• Minha prática de masturbação envolve fantasias sexuais inapropriadas? 
• Estou no controle dessa prática ou estou sendo dominado por ela? 
• A prática de me masturbar é benéfica? Fortalece meu casamento? 
Melhora meu serviço a Deus? 
• A prática de me masturbar é algo que eu posso fazer para a glória de 
Deus? 
O fato de você usar pornografia é um sinal claro de que sua masturbação 
é ímpia e doentia! Evidentemente, está fora de controle e produz frutos 
nocivos em sua vida. 
Você pode estar se masturbando há anos. Pode ter-se tornado a maneira 
normal de aliviar a tensão, o tédio ou o estresse. A vida sem ela parece 
inconcebível; seu domínio sobre sua vida parece completo. Mas descobri 
que muitos homens conseguem parar com a prática da masturbação 
habitual mais rapidamente do que imaginam. Quando se convencem de 
que a vida sem masturbação é melhor do que avida com masturbação, o 
ciclo virtuoso entra em ação. 
Todo ato de resistência fortalece sua determinação para a próxima vez. A 
santidade vai sendo reforçada. Não há soluções rápidas, mas os hábitos 
de pensamento podem ser realinhados tanto quanto os hábitos de ação. 
5 mentiras que o pecado 
me conta 
 
 
“o pecado… me enganou e me matou” (Rm 7.11) 
O pecado busca nos enganar com suas mentiras e não é só no dia 1 de 
Abril. Aqui estão 5 mentiras que ele nos conta: 
MENTIRA: Este é um pecado tão pequeno, insignificante! Não é 
realmente grande coisa aos olhos de Deus. 
VERDADE: Todo pecado é uma terrível ofensa a Deus. O pecado é a 
soma de todos os males, o oposto de tudo que é bom, santo e belo. Até 
mesmo o menor dos meus pecados exigiu a morte do Filho de Deus. Não 
existe isso de pecadinho. Todo pecado é uma traição cósmica. 
 
MENTIRA: Eu vou ceder ao pecado desta vez, aí acaba. Eu só preciso 
tirá-lo do meu sistema. 
VERDADE: Toda vez que caio em um pecado torna-se mais difícil 
quebrar o poder desse pecado. O pecado tem uma maneira de afundar 
seus ganchos farpados profundamente em meu coração. Eu não posso 
simplesmente pecar e depois me afastar ileso. Quanto mais eu ceder ao 
pecado, mais enredado eu fico. O pecado sempre deixa cicatrizes. 
 
MENTIRA: Este pecado é parte de quem eu sou. Eu sempre luto contra 
isso e eu sempre vou pecar dessa forma. 
VERDADE: O pecado não define a minha identidade! Eu sou uma nova 
criatura em Cristo. Cristo me libertou do poder escravizador do pecado. 
Eu definitivamente não tenho que obedecer às paixões pecaminosas que 
surgem em mim. Talvez eu tenha que lutar contra isso para sempre, mas 
o meu passado não define o meu futuro. 
 
MENTIRA: Eu preciso cair nesse pecado para ser feliz. 
VERDADE: O pecado nunca fornece a verdadeira felicidade. Ele 
promete doçura, mas em ultima instância oferece uma carga de 
destruição, insatisfação, relacionamentos arruinados e dureza de coração. 
 
 
MENTIRA: Deus quer que eu seja feliz, por isso está tudo bem cair em 
pecado. 
VERDADE: Deus quer mesmo que eu seja feliz. No entanto, a minha 
felicidade só crescerá tão alto quanto a minha santidade. O pecado, por 
fim, corrói e destrói a verdadeira santidade e verdadeira felicidade. 
Richard Baxter – Orientações 
para Odiar o Pecado 
(Parte I) 
 
 
I. Orientação – Se esforce tanto para conhecer a Deus quanto para 
ser afetado pelos Seus atributos. Viva sempre diante Dele. Ninguém 
pode conhecer o pecado perfeitamente porque ninguém pode 
conhecer Deus perfeitamente. Você não pode conhecer o pecado 
mais do que você conhece a Deus, contra quem o seu pecado é 
cometido; a malignidade formal do pecado é relativa, pois é contra 
a vontade e os atributos de Deus. O homem piedoso tem algum 
conhecimento da malignidade do pecado porque ele tem algum 
conhecimento do Deus que é ofendido pelo mesmo. O ímpio não 
tem um conhecimento prático e prevalente da malignidade do 
pecado porque eles não têm um conhecimento de Deus. Aqueles 
que temem a Deus temerão o pecado; aqueles que em seus corações 
são irreverentes e impertinentes para com Deus, serão, em seus 
corações e em suas vidas, a mesma coisa para com o pecado; o 
ateísta, que acha que não existe Deus, também acha que não há 
pecado contra Ele. 
 
II. Nada no mundo inteiro irá nos mostrar de maneira tão simples e 
poderosa a maldade do pecado, do que o conhecimento da 
grandeza, bondade, sabedoria, santidade, autoridade, justiça, 
verdade, e etc., de Deus. Portanto, o senso da Sua presença irá 
reviver em nós o senso da malignidade do pecado. 
II. Orientação – Considere bem o ofício de Cristo, Seu sangue 
derramado e Sua vida santa. Seu ofício é expiar o pecado e destruí-lo. 
Seu sangue foi derramado por ele. Sua vida o condenou. Ame a Cristo e 
você odiará o que causou Sua morte. Ame-O e você irá amar ser feito à 
imagem Dele, e odiará aquilo que é tão contrário a Ele. 
III. Orientação – Pense bem o quão santo é a obra e o ofício do 
Espírito Santo, e quão grande misericórdia isto é para nós. Irá o 
próprio Deus, a luz celestial, descer a um coração pecaminoso para 
iluminá-lo e purificá-lo? E ainda devo manter minha escuridão e 
corrupção, em oposição a essa maravilhosa misericórdia? Embora 
nem todo pecado contra o Espírito Santo seja uma blasfêmia 
imperdoável, tudo é ainda mais agravado por meio disso. 
IV. Orientação – Considere e conheça o maravilhoso amor e a 
misericórdia de Deus, e pense no que ele tem feito por você e você 
odiará o pecado, e terá vergonha dele. É um agravamento do 
pecado até mesmo para a razão comum e a ingenuidade, que 
devemos ofender um Deus de infinita bondade que encheu nossas 
vidas de misericórdia. Você será afligido se você tem injustiçado 
um extraordinário amigo; seu amor e sua bondade virão aos seus 
pensamentos e você sentirá raiva de sua própria maldade. De um 
lado veja a grande lista das misericórdias de Deus pra você, para 
sua alma e seu corpo. Do outro, observe satanás, escondendo o 
amor de Deus de você, e tentando você debaixo de uma pretensa 
humildade de negar Sua grande e especial misericórdia; procurando 
destruir seu arrependimento e humilhação escondendo também o 
agravamento do seu pecado. 
 
V. Orientação – Pense no propósito da existência da alma humana. Para 
que ela fora criada? Para amar, obedecer, e glorificar nosso Criador; e 
você verá o que é o pecado, pois ele perverte e anula esse propósito. 
Quão excelentemente grande e santa é a obra para o qual fomos criados e 
chamados para fazer! E deveríamos desonrar o templo de Deus? E servir 
ao diabo em sua imundície e tolice, quando deveríamos receber, servir, e 
glorificar nosso Criador? 
Orientações para Odiar o 
Pecado (Parte II) 
 
VI. Orientação – Pense bem quão puros e doces deleites uma alma 
santa pode desfrutar de Deus em Sua santa adoração; e então você 
verá o que o pecado é, pois ele rouba-nos destes deleites e prefere 
uma luxúria carnal ao invés deles. Oh com quão grande felicidade 
poderíamos realizar cada dever, quão grandes frutos poderíamos 
produzir servindo nosso Senhor, e que deleites encontraríamos em 
Seu amor e aceitação, e como pensaríamos mais na bem- 
aventurança eterna, se não fosse o pecado; o qual afasta as almas 
dos portões dos céus, e as faz cair, como um suíno, no seu amado 
lamaçal. 
 
VII. Orientação – Considere a vida que você deverá viver para 
sempre, se você for para o céu; e a vida que os santos vivem lá 
agora; e então não pense que o pecado, que é tão contrário a isso, 
não seja uma coisa tão vil e odiosa. Ou você viverá no céu, ou não. 
Se não, você não é um daqueles para quem eu falo. Se você for, 
você sabe que lá não há prática de pecado; não há mente mundana, 
orgulho, paixões, luxúria e prazeres 
 
carnais lá. Oh se você pudesse ver e ouvir apenas uma hora, como 
aqueles abençoados espíritos estão elevadamente amando e 
magnificando o glorioso Deus em pureza e em santidade, e quão 
longe eles estão do pecado, isso faria você repugnar o pecado e ver 
os pecadores num estado de extrema decadência como homens nus 
nadando em seus excrementos. Especialmente, pensar que vocês 
têm esperança de viver para sempre com aqueles santos espíritos; e, 
portanto o pecado será desgostoso para você. 
 
VIII. Orientação – Olhe para o estado e tormento dos condenados, e 
pense bem na diferença entre anjos e demônios, e aí saberá o que é 
o pecado. Anjos são puros; demônios são sujos; santidade e pecado 
são extremos. Pecado habita no inferno, e santidade no céu. 
Lembre-se que toda tentação vem do diabo, para fazer você ser 
como ele; e toda santa disposição vem de Cristo, para fazer você 
como Ele. Lembre-se que quando você peca, você está aprendendo 
e imitando o diabo, e está até agora sendo como ele (João 8:44). E o 
fim de tudo isso é que você sinta também os sofrimentos dele. Se o 
inferno de fogo não é bom, então o pecado nãoé também. 
 
IX. Orientação – Sempre veja o pecado como alguém que está pronto a 
morrer e considere como todo homem o julga no final. O que os homens 
no céu dizem a respeito do pecado? O que os homens no inferno dizem a 
respeito do pecado? E o que os homens à beira da morte dizem a respeito 
do pecado? E o que as almas convertidas e as consciências despertadas 
dizem? O pecado traz deleite e é algo que eles não temem como é agora? 
Eles o aplaudem? Irão alguns deles falar bem do pecado? Porém, todo 
mundo fala mal do pecado em geral agora, mesmo quando eles amam e 
cometem diversos atos; Você irá pecar quando estiver à beira da morte? 
X. Orientação – Sempre veja o pecado e o julgamento juntos. Lembre-se 
que você terá que responder por isso diante de Deus, dos anjos, e de todo 
o mundo; e você o conhecerá melhor. 
XI. Orientação – Olhe para a doença, pobreza, vergonha, desespero, 
podridão e morte na sepultura; e isso vai te ajudar um pouco a entender o 
que é o pecado. Estas são coisas que estão diante de ti e em seus 
sentimentos; você não precisa de fé para entendê-las. E por tais efeitos 
você poderá entender um pouco da sua causa. 
XII. Orientação – Olhe para algumas pessoas santas e eminentes sobre a 
terra e para o louco, profano e maligno mundo. E a diferença vai te dizer 
em parte o que é o pecado. 
Não há afabilidade numa pessoa santa e irrepreensível, que vive em 
amor para com Deus e para com as pessoas, e na alegre esperança da vida 
eterna? Não é um abominável beberrão, promíscuo, blasfemador, 
malicioso, perseguidor, uma criatura muito repugnante e deformada? Não 
é uma visão muito miserável o estado ímpio, louco, confuso e ignorante 
deste mundo? Não é nisso tudo em que o pecado consiste? 
 
 
 
 
Orientações para Odiar o 
Pecado (Parte III) 
 
Embora a principal parte da cura seja fazer com que a vontade odeie o 
pecado, e isso é feito descobrindo sua malignidade; eu ainda adicionarei 
mais algumas orientações para a parte prática, supondo que o que já foi 
dito tenha causado efeito. 
I. Orientação – Quando você descobrir a sua enfermidade e perigo, 
se entregue a Cristo como o Salvador e médico de almas, e para o 
Espírito Santo como seu Santificador, lembrando que ele é 
suficiente e disposto a fazer o trabalho que Ele mesmo prometeu 
fazer. 
Não são vocês que devem salvar e santificar a vocês mesmos (a não ser 
que vocês façam isso através de Cristo). Mas aquele que assumiu fazê-lo, 
o faz para a sua glória. 
 
II. Orientação – Você deve estar preparado a ser obediente em aplicar 
os remédios que Cristo prescreveu a você; e observando as Suas 
orientações para que haja cura. Não seja tímido ou fraco dizendo 
que é muito amargo e muito dolorido; mas confie em Seu amor e no 
Seu cuidado; pegue aquilo que Ele te prescreveu ou te deu e não 
adicione mais nada. Não diga: “É muito penoso, e eu não consigo”. 
Porque o que Ele te ordena é seguro, proveitoso, e necessário; e se 
você não consegue, tente então carregar sobre você sua 
enfermidade, morte e o fogo do inferno! São a humilhação, 
confissão, restituição, mortificação e a santa diligência piores que o 
inferno? 
III. Orientação – Veja que você não tome parte com o pecado, nem 
dispute ou lute contra seu Médico, ou com qualquer coisa que lhe faça 
bem. Justificar o pecado, ir em direção a ele e subestimá-lo, lutar contra o 
Espírito e a consciência, ir contra os ministros e amigos piedosos, 
odiando a disciplina; estes não são os meios pelos quais você será curado 
e santificado. 
IV. Orientação – Veja aquela malignidade em cada um dos seus pecados 
particulares, que você pode ver e dizer que é generalizada. É um grotesco 
engano de vocês mesmo, se você vai falar muito do mal do pecado e não 
ver nenhuma malignidade em seu orgulho, em seu mundanismo, paixões 
e perversidades, em sua malícia e severidade, em suas mentiras, 
maledicências, escândalos, ou pecando contra a consciência por 
comodidade e segurança mundana. Que contradição é um homem orar e 
agravar seu pecado, e quando ele é reprovado por isso, tentar se esquivar 
ou justificar-se. É como se ele fosse falar contra a traição e contra os 
inimigos do rei, mas porque os traidores são os seus amigos e parentes, 
irá proteger ou escondê-los e tomar parte com eles. 
V. Orientação – Mantenha-se o mais longe que puder das tentações que 
alimentam e fortalecem o pecado que você dominaria. Ponha um cerco 
em seus pecados e os deixe morrer de fome afastando a comida e o 
combustível que o mantém vivo. 
VI. Orientação – Viva no exercício das graças e deveres que são 
contrários ao pecado que você está mais em perigo. Pois a graça e o 
dever são contrários ao pecado, isso o mata e nos cura, como o fogo nos 
cura do frio ou como a saúde nos cura da doença. 
VII. Orientação – Não seja enfraquecido ouvindo a incredulidade e a 
desconfiança, e não jogue fora os confortos de Deus, pois eles são sua 
força e podem te encorajar. 
Não é assustador, deprimente, nem desesperadamente desencorajador, 
estar apto a resistir ao pecado; mas o senso do amor de Deus e o senso de 
gratidão da graça recebida é um grande encorajamento (com temor 
cauteloso). 
VIII. Orientação – Sempre suspeite do amor próprio carnal, fique atento 
a isso. Pois essa é a fortaleza onde o pecado se esconde, e é também o 
seu patrono; sempre pronto para te arrastar para o pecado e para justificá- 
lo. Nós somos sempre muito propensos a sermos parciais em nosso 
próprio caso; como no caso de Judá com Tamar e Davi quando Natã o 
reprovou em sua parábola; isso mostra nossas próprias paixões, nosso 
próprio orgulho, nossa própria censura, nossa própria maledicência, 
nossas relações prejudiciais, nossa negligência nos deveres; estas coisas 
para nós parecem pequenas, desculpáveis, senão justificáveis. 
Considerando que poderíamos ver facilmente a culpa disso tudo nos 
outros, especialmente em um inimigo, deveríamos estar ainda mais 
familiarizado conosco e deveríamos amar mais a nós mesmos e, portanto 
odiando mais ainda nossos próprios pecados. 
Orientações para Odiar o 
Pecado (Parte IV) 
 
IX. Orientação – Considere seu primeiro e principal trabalho matar o 
pecado em sua raiz; limpar o coração, que é a fonte; pois é do coração 
que vem todo o mal em nossa vida. Saiba quais são as principais raízes; e 
use o seu maior cuidado e diligência para mortificá-las, especialmente as 
seguintes: 
1. Ignorância. 
2.Incredulidade. 
3.Inconsideração. 
4.Egoísmo e orgulho. 
5.Carnalidade, em agradar um apetite, luxúria e fantasia selvagens. 
6.Insensibilidade, dureza de coração e sonolência no pecado. 
X. Orientação – Conte o mundo todo e todos os seus prazeres; honras e 
riquezas não são melhores do que aparentam ser; assim satanás não vai 
conseguir encontrar iscas para te pegar. Como Paulo, considere tudo 
como esterco (Fil. 3:8) e nenhum homem vai pecar e vender sua alma, 
pois ele conta estas coisas como esterco. 
XI. Orientação – Mantenha-se em conversas celestiais, e então sua alma 
estará sempre na luz, assim como aos olhos de Deus; e ocupe-se com 
aqueles afazeres e deleites que o livram do prazer com as iscas do 
pecado. 
XII. Orientação – Que seu trabalho diário seja ser um cristão vigilante; 
embora haja distração e um medo desencorajador, nutra a perseverança. 
XIII. Orientação – Preste atenção no começo do pecado e suas 
primeiras abordagens. Oh quão grande diferença faz um pouco desse 
fogo aceso! E se você cair, levante rápido através de um profundo 
arrependimento, não importando o quanto isso pode te custar. 
XIV. Orientação – Faça do seu único labor e regra diligente o entender a 
Palavra de Deus. 
XV. Orientação – Em casos de dúvidas, não se aparte facilmente do 
julgamento unânime da maioria dos sábios e piedosos de todas as épocas. 
XVI. Orientação – Não seja precipitado nem aja por emoções, mas 
proceda deliberadamente e prove bem todas as coisas antes de sefirmar 
nelas. 
XVII. Orientação – Esteja familiarizado com a sua temperatura corporal 
e em quê o pecado é mais inclinado a você, e também em que situação o 
pecado te deixa mais vulnerável, e nisso você deve ser mais rigoroso. 
XVIII. Orientação – Mantenha sua vida em ordem santa, tal como Deus 
ordenou que você vivesse. Pois não há preservação para os retardatários 
que não se mantém no caminho, que abandonaram a ordem e o 
mandamento de Deus. E esta ordem está principalmente nestes pontos: 
1. Que você mantenha união com a universal igreja. Não esteja separado 
do corpo de Cristo sobre qualquer pretensão que seja. Esteja na igreja 
como um regenerado, mantendo a comunhão espiritual em fé, amor e 
santidade; como um congregado, mantendo a comunhão externa, na 
profissão de fé e na adoração. 
2. Se vocês não são mestres, vivam sob seus fiéis pastores como 
obedientes discípulos de Cristo. 
3. Que os mais piedosos, se possível, sejam seus amigos íntimos. 
4.Seja esforçado em algum chamado externo. 
XIX. Orientação – Coloque todas as providências de Deus, quer a 
prosperidade ou adversidade, contra seus pecados. Se ele te der saúde e 
prosperidade, lembre-se que por meio disso Ele requer sua obediência e 
tem um chamado especial para você. Se Ele te afligir, lembre-se que 
pode ser algum pecado pelo qual Ele está ofendido; portanto, agarre isso 
como Seu remédio e veja que você não obstrua essa obra, mas seja 
diligente, pois isso pode purgar seu pecado. 
XX. Orientação – Espere pacientemente em Cristo até que ele tenha 
realizado a cura, que não acabará até que essa árdua vida chegue ao fim. 
Persevere na assistência do Seu Espírito e dos Seus meios; pois Ele virá 
no tempo certo e não tardará. “Conheçamos e prossigamos em conhecer 
ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós com 
a chuva serôdia que rega a terra” (Os. 6:3). Ainda que você diga: “Não há 
cura para nós” (Jer. 14:19) “Eu curarei sua infidelidade, eu de mim de 
mesmo os amarei” (Os. 14:4). “Mas para vós outros que temeis o meu 
nome, nascerá o sol da justiça, trazendo curas nas suas asas” (Mal. 4:2) 
“e bem-aventurado todos os que nele esperam” (Is. 30:18). 
Deste modo, eu dei algumas orientações que podem ser úteis para o ódio 
ao pecado, humilhação e libertação dele. 
Paciência com o pecado 
dos outros 
A compreensão de como Deus trabalha na vida de seus filhos não 
somente nos ajuda a saber como amar os outros, mas também nos ensina 
a vermos a nós mesmos com mais exatidão, quando estamos presos a 
padrões de pecado dos quais sabemos que devemos nos livrar, mas não 
conseguimos. Deus planeja algo bom até por meio de nossos piores 
pecados – de fato, especialmente por meio deles. 
Quando compreendemos e experimentamos nossa profunda incapacidade 
de obedecer ou de arrepender-nos, podemos nos tornar pessoas mais 
pacientes, meigas e, por fim, vemos as traves, em nossos próprios olhos, 
mais claramente do que vemos o argueiro nos olhos dos outros (Mateus 
7.3-4). Nosso pecado pode nos moldar em pessoas que exortam 
amorosamente os outros ao arrependimento, sem um espírito de 
superioridade e julgamento, mas com tremendo amor e gentileza (Gálatas 
6.1). 
Existem várias áreas de minha vida em que gostaria de mudar; e tenho 
pedido a Deus que me transforme, mas eu mesma ainda não cresci. 
Por exemplo, luto para ser uma amável esposa de pastor para as mulheres 
em nossa igreja. Tenho uma amiga estimada que é o tipo de esposa de 
pastor que eu gostaria de ser: ela é amorosamente interessada na vida das 
pessoas em sua igreja, preocupa-se com elas e as serve com paciência; 
lembra-se de todos os aniversários e dos detalhes importantes e menos 
importantes da vida das pessoas e de seus filhos; planeja 
estrategicamente receber em sua casa pessoas para uma refeição e tem 
comunhão fiel com as mulheres de sua igreja, por meio de estudos 
bíblicos e eventos sociais. Esse é o tipo de esposa de pastor que eu 
gostaria de ser, mas Deus não me escolheu para me tornar no docinho de 
coco que eu gostaria de ser, que transborda amor para todos ao seu redor. 
 
Em vez disso, sou inclinada a avaliar as pessoas com base no que elas 
fazem ou deixam de fazer pela igreja (e numa igreja sempre há muito a 
ser feito!). Favoreço pessoas que valorizo, mas sou igualmente propensa 
a julgar e a não favorecer outras pessoas, bem como a ter um coração que 
se ira facilmente se acho que elas têm expectativas injustas a meu 
respeito. Neste exato momento, há uma pessoa em minha vida a quem 
deveria perdoar por uma ofensa seríssima, e não quero fazê-lo. Na 
verdade, mal posso olhar para essa mulher. 
Sei que não tenho motivo algum para guardar tamanho rancor. Deveria 
perdoá-la livremente, assim como fui perdoada, mas não quero fazer isso. 
O que devo fazer comigo mesma? De certo modo, esta frieza em meu 
coração se opõe a cada coisa que escrevi neste livro sobre as maravilhas 
do evangelho. Ainda assim, acho que não consigo amolecer o coração 
nem renuir desejo necessário para que ele seja amolecido. 
Estou presa, mas, ao mesmo tempo, posso estar em paz com minha 
incapacidade de fazer como deveria. Entendo que nunca serei capaz de 
querer perdoar sem um ato de Deus em meu coração. Na verdade, em 
outro sentido, tudo que sinto em meu coração neste momento confirma 
tudo que aprendi. Não existe um interruptor que eu possa ligar para me 
fazer querer amar esta senhora, nenhuma disciplina espiritual que eu 
possa exercer para colocar meu coração rebelde em ordem. Ao lutar, sem 
sucesso, com meu coração, Satanás zomba de mim regularmente com o 
Evangelho, dizendo: “Como você ousa ensinar outros sobre a graça e o 
perdão de Deus quando não consegue nem mesmo olhar para esta 
senhora sem desprezá-la?” De fato, ele está certo; eu não tenho direito 
nenhum de abrir minha boca, mas, antes de tudo, o evangelho não se 
focaliza em mim; pelo contrário, o evangelho diz respeito à maravilhosa 
graça de Deus que se manifestou em Jesus — a boa nova que agora é 
declarada por meio de mensageiros imperfeitos, que precisam 
desesperadamente da mesma graça sobre a qual falamos aos outros. 
Portanto, assim como posso ter compaixão das outras pessoas quando 
seus pecados tornam sua vida tremendamente difícil, posso confiar que 
Deus usará o pecado delas, que ele odeia, para realizar coisas boas que 
ele ama na vida delas. Posso ter compaixão de mim mesma — confiando 
que Deus usará meu próprio pecado para sua glória e para meu benefício. 
Afinal, mesmo agora, Jesus olha para o meu coração imperdoável e 
manchado de pecado e declara: “nenhuma condenação” (Romanos 8.1). 
Eu não deveria concordar com a avaliação de Deus quanto ao meu status 
diante dele mesmo, em vez de concordar com a avaliação de Satanás? 
 
Paciência com o pecado dos outros 
Em seus escritos, John Newton expressou tremenda compaixão para com 
os pecadores fracos e reincidentes. Ele argumenta desta maneira: 
Um grupo de viajantes cai num fosso: um deles pega o outro a fim de 
puxá-lo para fora. Agora, este não deve ficar irritado com os demais por 
haverem caído no fosso, nem por não terem saído, como ele. Ele não 
puxou a si mesmo para fora. Portanto, em vez de reprová-los, deve 
mostrar-lhes compaixão… Um homem verdadeiramente iluminado não 
desprezará os outros, assim como Bartimeu, depois de abertos seus 
próprios olhos, não pegaria uma vara e agrediria todos os cegos que 
encontrasse. 
William Cowper, poeta e compositor de hinos, foi originalmente educado 
para ser um advogado, mas teve de desistir dessa ambição por causa de 
sua depressão. Ele tentou o suicídio três vezes e foi internado por um 
tempo numa clínica psiquiátrica, devido à depressão severa. Foi nessa 
clínica que, por meio da influência de um médico evangélico, sua fé em 
Cristo teve início. Cowper começou a frequentar a igreja de Newton 
quando se mudou para Olney e logo se tornaram amigosíntimos, 
colaborando nos projetos de composição de hinos. Entretanto, suas lutas 
com a depressão retornaram ao ponto em que Cowper já não era nem 
mais capaz de ir à igreja. Newton continuou a cuidar de Cowper e a 
encorajá-lo, fazendo grandes caminhadas com ele e ajudando-o em meio 
ao terrível desespero. 
Que maravilhosa providência de Deus levou esses dois homens a serem 
ricamente abençoados um pelo outro! Newton viu a glória de Deus em 
Cowper e, com grande gentileza e paciência, procurou aliviar seu 
sofrimento e fazer com que seus dons estivessem à disposição do corpo 
de Cristo. Ele não repreendeu Cowper por sua fé fraca ou por sua luta 
contínua com a depressão, mas caminhou amorosamente com ele. 
Embora nunca tenha sido curado, Cowper viveu a restauração de sua 
depressão por cerca de nove anos, que coincidiram com sua descoberta 
da doutrina da graça. 
Esse fato aliviou sua consciência e o convenceu, em seus melhores 
momentos, de que sua segurança repousava nas mãos de Deus e não na 
força de sua própria fé. A compreensão de Newton quanto ao sofrimento 
que o pecado e a fraqueza causam fez com que ele se tornasse um 
homem cheio de misericórdia e graça para com os que permaneciam 
incapazes de prosperar emocionalmente sob os fardos que Deus os 
chamou a carregar. 
A análise cuidadosa de Newton sobre o estado do crente o fez, como o 
cristão maduro que ele descreveu em suas cartas, a levar em contra as 
falhas de outros crentes. Sua resposta àqueles que lhe escreviam em 
estado de desespero, devido a seus pecados recorrentes, nunca teve o tom 
de “Como você pôde fazer isso?” Ao contrário, sua resposta habitual era: 
“Mas é claro que você fez isso; você é um pecador, e é isso que os 
pecadores fazem”. Ele ponderava que existem tantas coisas agindo contra 
os pecadores neste mundo, que nunca devemos ficar chocados quando 
eles caem. Pelo contrário, devemos ficar constantemente admirados 
quando não o fazem! 
O primeiro desses enormes obstáculos que se colocam entre os crentes e 
a vida santificada é a realidade poderosa da corrupção ainda existente em 
nós. 
É algo triste e desagradável conhecer o evangelho, experimentar a 
incrível e poderosa graça de Deus e, ainda assim, pecar e querer pecar 
novamente contra ela. Pecar contra a lei de Deus é bastante desagradável, 
porém, muito pior é pecar contra Deus em face de seu amor excepcional 
e de sua provisão sacrificial em favor de todo o nosso pecado. No 
entanto, apesar disso, pecamos repetidamente. 
CONCLUSÃO: 
 
Portanto, temos de manter os olhos fixos no alvo que é Cristo. Nosso 
maior problema é que sempre estamos olhando para nós mesmos e para 
o mundo. Se pensarmos mais e mais sobre nós mesmos como peregrinos 
da eternidade (o que, de fato, somos), todo o nosso viver será 
transformado. Paulo afirmou isso no versículo 11 deste capítulo. 
 
Mantenham seus olhos nisso, eles disse em outras palavras; mantenham 
seus olhos no alvo. João disse a mesma coisa: “Amados, agora, somos 
filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. 
Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, 
porque haveremos de vê-lo como ele é. E a si mesmo se purifica todo o 
que nele tem esta esperança, assim como ele é puro” (1 Jo 3.2-3). A 
causa de muitos de nossos problemas, como crentes, é que vivemos 
demais para este mundo. Persistimos em esquecer que somos apenas 
“peregrinos e forasteiros” neste mundo. Pertencemos ao céu; nossa pátria 
está no céu (Fp 3.20), e estamos indo para lá. 
Se apenas mantivéssemos isso diante de nossa mente, o problema de 
nossa luta contra o pecado assumiria um aspecto diferente. 
Devemos nos mover agora do geral para o específico, relembrando-nos 
de que tudo é feito “pelo Espírito”, com uma mente iluminada por Ele. O 
que temos de fazer especificamente? O ensino do apóstolo pode ser 
considerado sob dois aspectos: direto e negativo, indireto e positivo. 
No aspecto direto ou negativo, a primeira coisa que o crente tem de fazer 
é abster-se do pecado. É bem simples e direto! Pedro disse: “Amados, 
exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que sois, a vos absterdes das 
paixões carnais, que fazem guerra contra a alma” (1 Pe 2.11). Esse é um 
ensino bastante claro. Aqui não há qualquer sugestão de que somos 
incapazes, temos de desistir da luta e entregar tudo ao Senhor 
ressuscitado. Amados, exorto-vos, como peregrinos e forasteiros que 
sois, a vos absterdes…” — parem de fazer isso, parem imediatamente, 
não o façam mais! Vocês precisam se abster totalmente desses pecados, 
essas “paixões carnais, que fazem guerra contra a alma”. Vocês não têm 
o direito de dizer: “Sou fraco, não posso; as tentações são poderosas”. 
A resposta do Novo Testamento é: “Parem de fazer isso”. 
Vocês não precisam de hospital e de um tratamento médico; precisam 
recompor-se e compreender que são “peregrinos e forasteiros”. “Exorto- 
vos a vos absterdes.” Vocês não têm qualquer negócio com essas coisas. 
Lembrem outra vez o ensino de Efésios 4: “Aquele que furtava não furte 
mais… Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe”. Não haja em 
vocês nenhuma dessas conversas ou gracejos tolos! Não façam isso! 
Abstenham-se! É tão simples e claro como estas palavras: parem de fazer 
isso! 
Em segundo lugar, de modo específico, citando outra vez as palavras do 
apóstolo em Efésios: “Não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das 
trevas; antes, porém, reprovai-as. Porque o que eles fazem em oculto, o 
só referir é vergonha” (Ef 5.11-12). Observe o que ele disse: “Não sejais 
cúmplices nas obras infrutíferas das trevas”. Vocês não devem apenas 
abster-se dessas coisas, mas também não ter comunhão com pessoas que 
fazem essas coisas ou têm esse modo de vida. “Não sejais cúmplices nas 
obras infrutíferas das trevas; antes, porém, reprovai-as.” O princípio 
governante de sua deve ser o não associar-se com pessoas desse tipo. 
Fazer isso é ruim para você e lhe será prejudicial… Não devemos ter 
qualquer comunhão com o mal; antes, precisamos fugir dele e manter-nos 
tão distantes quanto pudermos. 
Outro termo é “esmurrar” (1 Co 9.27). “Esmurro o meu corpo”, disse o 
apóstolo. “Todo atleta” — ou seja, aquele que compete nas corridas — 
em tudo se domina”. As pessoas que passam por treinos visando as 
grandes competições atléticas são bastante cuidadosas quanto à sua dieta; 
param de fumar e ingerem bebidas alcoólicas. Quão cuidadosos eles são! 
E fazem tudo isso porque desejam ganhar o prêmio! Se eles faziam isso, 
disse Paulo, por causa de coisas corruptíveis, quanto mais devemos 
disciplinar-nos a nós mesmos. O corpo tem de ser “esmurrado”. Nas 
palavras de nosso Senhor registradas em Lucas 21.34, há uma sugestão a 
respeito de como isso deve ser feito. Ele disse: “Acautelai-vos por vós 
mesmos, para que nunca vos suceda que o vosso coração fique 
sobrecarregado com as conseqüências da orgia, da embriaguez e das 
preocupações deste mundo, e para que aquele dia não venha sobre vós 
repentinamente”. Não coma bem beba demais; não se preocupe 
excessivamente com as coisas deste mundo. Coma o suficiente e o 
alimento correto; mas não se torne culpado de “excesso”. Se uma pessoas 
satisfaz em demasia seu corpo, com alimento, bebida ou outra coisa, ele 
achará mais difícil viver uma vida cristã santificada e mortificar os feitos 
do corpo. Portanto, evite todos esses obstáculos, pois, do contrário, seu 
corpo se tornará indolente, pesado, moroso e lânguido. 
Há uma intimidade tão grande entre o corpo, a mente e o espírito, que 
achará grande problema em seu conflito espiritual. “Esmurre o corpo.” 
Outra máxima usada pelo apóstolo, na Epístola aos Romanos, se acha no 
capítulo 13: “Revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e nada disponhais para 
a carne no tocante às suas concupiscências” (v. 14). Se querem mortificar 
os feitos do corpo, “nada disponhais para a carne no tocante às suas 
concupiscências”. Oque isso significa? Em Salmos 1, achamos um 
discernimento claro quanto ao significado dessas palavras do apóstolo. 
Eis a prescrição: “Bem-aventurado o homem que não anda no conselho 
dos ímpios, não se detém no caminho dos pecadores” (Sl 1.1). Se vocês 
querem viver esta vida piedosa e mortificar os feitos do corpo, não 
gastem tempo permanecendo nas esquinas das ruas, porque, se fizerem 
isso, provavelmente cairão em pecado. Se permanecerem no lugar por 
onde o pecado talvez passará, não se surpreendam se voltarem para casa 
em tristeza e infelicidade, porque caíram no pecado. Não se detenham no 
“caminho dos pecadores”. E, menos ainda, devem vocês assentar-se “na 
roda dos escarnecedores”. Se permanecerem em tais lugares, não haverá 
surpresa em caírem no pecado. Se vocês sabem que certas pessoas lhes 
são má influencia, evitem-nas, fujam delas. 
Talvez vocês digam: “Eu me ajunto com elas para ajudá-las, mas percebo 
que, todas as vezes, elas me levam ao pecado”. Se isso é verdade, não 
estão em condições de ajudá-las… 
No livro de Jó, o homem sábio disse: “Fiz aliança com meus olhos” (Jó 
31.1). Era como se dissesse: “Olhem diretamente, não olhem para a 
direita ou para a direita. Cuidem de seus olhos propensos a vaguear, esses 
olhos que se movem quase automaticamente e veem coisas que iludem e 
induzem ao pecado”. “Faça uma aliança com os seus olhos”, declara esse 
homem. Concorde em não olhar para coisas que tendem a levá-lo ao 
pecado. Se isso era importante naqueles dias, é muito mais importante em 
nossos dias, quando temos jornais, cinemas, outdoors, televisão e assim 
por diante! Se há uma época em que os homens precisam fazer aliança 
com seus olhos, esta época é agora. Tenham cuidado com o que leem. 
Certos jornais, livros e diários, se os lerem, eles lhes serão prejudiciais. 
Vocês devem evitar tudo que lhes prejudica e diminui sua resistência. 
Não olhem na direção dessas coisas; não queira nada com elas. Na 
Palavra de Deus, vocês são instruídos a mortificar “os feitos do corpo” e 
não satisfazer “a carne no tocante às suas concupiscências”. Agradeça a 
Deus pelo evangelho poderoso. 
Agradeça a Deus pelo evangelho que nos diz que agora somos seres 
responsáveis em Cristo e que nos exorta a agir de um modo que glorifica 
o Salvador. Portanto, “nada disponhais para a carne no tocante às suas 
concupiscências”. 
Meu próximo assunto é sobremodo importante: enfrentem as primeiras 
movimentações e impulsos do pecado em vocês; combatam-nos logo que 
aparecerem. Se não fizerem isso, estão arruinados. Vocês cairão, 
conforme somos ensinados na epístola de Tiago: “Ninguém, ao ser 
tentado, diga: Sou tentado por Deus; porque Deus não pode ser tentado 
pelo mal e ele mesmo a ninguém tenta. Ao contrário, cada um é tentado 
pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, 
depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez 
consumado, gera a morte”. O primeira moção do pecado é um 
encantamento, um leve incitação de cobiça e sedução. Esse é o momento 
em que temos de lidar com o pecado. Se deixarem de enfrentar o pecado 
nesse estágio, ele os vencerá. Cortem o mal pela raiz. Ataquem-no de 
imediato. Nunca lhes permitam qualquer avanço. Não o aceitem de 
maneia alguma. Talvez sintam-se inclinados a dizer: “Bem, não farei tal 
coisa”; mas, se aceitam a ideia em sua mente e começam a afagá-la e 
entretê-la em sua imaginação, vocês já estão derrotados. 
De acordo com o Senhor, vocês já pecaram. Não precisam realmente 
cometer o ato; nutri-lo no coração já é o suficiente. Permitir isso no 
coração significa pecar aos olhos de Deus, que conhece tudo a respeito de 
nós e vê até o que acontece na imaginação e no coração. Portanto, 
destruam o mal pela raiz, não tenham qualquer relação com ele, parem- 
no imediatamente, ao primeiro movimento, antes que comece a acontecer 
esse processo ímpio descrito por Tiago. 
No entanto, lembrem-se de que isto — que será nosso próximo assunto 
— não significa repressão. Se vocês apenas reprimirem uma tentação ou 
esse primeiro movimento do pecado, ele provavelmente surgirá 
novamente com mais vigor. Nesse sentido, concordo com a psicologia 
moderna. A repressão é sempre má. “Então, o que devo fazer?”, alguém 
pergunta. Eu respondo: quando sentir aquele primeiro movimento do 
pecado, erga-se e diga: “Isto é mau; isto é vileza; é aquilo que expulsou 
do Paraíso os nossos primeiros pais”. Rejeite-o, enfrente-o, denuncie-o, 
odeie-o pelo que é. Assim, terá lidado realmente com o pecado. Você não 
deve apenas fazê-lo recuar, com um espírito de temor e de maneira 
tímida. Traga-o à luz, exponha-o, analise-o e, denuncie-o pelo que ele é, 
até que o odeie. 
Meu último assunto neste tema é que, se você cair no pecado (e quem 
não cai?), não restaurem a si mesmos de modo superficial e apressado. 
Leiam 2 Coríntios 7 e considerem o que Paulo disse sobre a “a tristeza 
segundo Deus” que produz arrependimento. Outra vez, tragam à luz 
aquilo que fizeram, contemplem-no, analisem-no, exponham-no, 
denunciem-no, odeiem-no e denunciem a si mesmos. Mas não façam isso 
de um modo que os atire nas profundezas da depressão e desânimo! 
Sempre tendemos a ir aos extremos; ou somos muito superficiais ou 
muito profundos. Não devemos curar superficialmente a ferida (cf. Jr 
6.14), mas tampouco devemos lançar-nos no desespero e melancolia, 
dizendo que tudo está perdido, que não podemos ser crentes, e retornar 
ao estado de condenação. Isso é igualmente errado. Temos de evitar 
ambos os extremos. Façam uma avaliação honesta de si mesmos e do que 
fizeram, condenando totalmente a si mesmos e seu ato; porém 
compreendam que, confessando-o a Deus, sem qualquer desculpa, “ele é 
fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” 
(1 Jo 1.9). Se vocês fizerem essa obra de maneira superficial, cairão 
novamente no pecado. E, se vocês se lançarem em um abismo de 
depressão, hão de sentir-se tão desesperados que cairão em mais e mais 
pecado. Uma atmosfera de melancolia e fracasso leva a mais fracasso. 
Não caiam em nenhum desses erros, mas respondam à obra da maneira 
como o Espírito sempre nos instrui a fazê-la. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lucas Gil Costa, fundador, Renúncia Frases: Bacharel em Teologia pela Faculdade 
Batista de Minas Gerais. Casado e membro da Igreja Presbiteriana do Brasil. 
Contato (33) 988631628 
 
 
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Notas: 
 
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