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pedagogia
Bruna Valesca Machado Saturnino de Oliveira
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE
Educação Infantil
Suzano
2019
Bruna Valesca Machado Saturnino de Oliveira
A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE
Educação Infantil
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para a obtenção do título de Licenciatura em Pedagogia.
Orientador: Prof. Suelen Bueno Carneiro Toledo
Suzano
2019
OLIVEIRA, Bruna Valesca Machado Saturnino de. A IMPORTÂNCIA DA AFETIVIDADE: Educação infantil. 2019. 35. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia) – Universidade Norte do Paraná – UNOPAR, Suzano, 2019.
RESUMO
Este trabalho visa analisar a importância da afetividade na educação infantil para o processo de aprendizagem, apontando para o fato de que a afetividade pode determinar o sucesso da criança na escola. O tema afetividade é importante para o relacionamento professor-aluno, aluno-aluno e no relacionamento familiar. É essencial que a criança se coloque no lugar do outro, tendo o professor como mediador deste processo. É de suma importância que o aluno sinta o afeto do professor, que ele se sinta amado, protegido, com certeza este sentimento auxilia no processo de aprendizado. Este artigo tem como objetivo despertar nos alunos a integração e a convivência em sociedade. O desenvolvimento se dá através de um projeto que integra o afeto, a amizade e o respeito ao próximo. O projeto é desenvolvido por rodas de conversa, leitura, interpretação de fábulas e demonstração de carinho e afeto através de desenhos e cartazes. Para este projeto serão necessários materiais básicos como: lápis de cor, papel, cartolina, lápis preto, borracha e cadernos. A avaliação ocorrerá durante todo o projeto, através de observação das mudanças de hábitos, a participação nas atividades e demonstração de afeto com os colegas. Este trabalho tem embasamento em pesquisas bibliográficas, onde a fundamentação teórica se baseia em teorias de Piaget, Henri Wallon e Vygotsky. Esses autores acreditam na importância da afetividade, como fator essencial para o desenvolvimento cognitivo.
Palavras-chave: Afetividade. Relação Afetiva. Escola. Professor. Respeito.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	5
2 REVISÃO BIBLIOGRAFICA	7
3 PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DO PROJETO DE ENSINO	17
3.1 Linha de Pesquisa e Tema..................................................................................17
3.2 Justificativa........................................................................................................17
3.3 Problematização.................................................................................................18
3.4 Objetivos ...........................................................................................................19
3.5 Conteúdos.........................................................................................................19
3.6 Metodologia ........................................................................................................20
3.7 Tempo de realização ..........................................................................................27
3.8 Recursos Humanos e materiais ..........................................................................27
3.9 Avaliação ...........................................................................................................28
4 CONCLUSÃO	29
REFERÊNCIAS	31
ANEXOS	32
INTRODUÇÃO
As relações de afetividade na educação infantil sempre me chamaram atenção, como trabalho na área da educação, a relação da afetividade entre professor-aluno, aluno-aluno e aluno-família sempre me causaram interesse.
O tema abordado a importância da afetividade na educação infantil, que segue a linha de pesquisa docência na educação infantil. 
Entendo por afetividade toda forma de carinho, atenção e respeito pelo outro, e acredito que esta forma de emoção causa motivação ao sujeito.
O aluno já chega à escola trazendo uma mistura de emoções e expectativas ele traz consigo as suas vivências familiares e como a escola nesta fase é um contexto totalmente novo, é necessário que ele se sinta amado e acolhido pelo professor e pelos colegas.
Devido a esses pontos escolhi para meu projeto a temática da Docência na Educação Infantil tendo como tema a Importância da Afetividade na Educação Infantil.
Este tema surgiu na tentativa de entender e analisar qual a importância do afeto no desenvolvimento cognitivo e fazer com que o professor entenda a sua importância e coloque em prática, considerando o fato de que quando o aluno gosta da matéria e do professor ele aprende mais e compreende melhor o conteúdo.
Surge daí o interesse de abordar o tema, para que todos possam compreender que ensinar com amor deve ser um ato consciente e traz motivação para o aprendizado.
Mais como demonstrar este afeto em sala de aula? As crianças não chegam às escolas “vazias”, por isso é importante que a professora possa ter um momento para conhecer seus alunos e entender suas necessidades, para que assim, também possa ajudar no convívio entre eles.
Este trabalho é destinado para o primeiro semestre, pois se tratando de um projeto destinado a crianças da educação infantil, devemos considerar que muitos precisam aprender sobre o convívio com outros alunos, e a professora deve estimular a demonstração de carinho e afeto entre os colegas.
O projeto tem como objetivo despertar nos alunos o valor da família, dos amigos, da integração entre família e escola e os princípios de respeito necessários para o convívio social. É importante despertar nos alunos a atitude de cooperação, compreender que o amigo deve ser tratado com carinho, respeitar limites e obedecer a regras.
Para a aplicação do projeto pode-se trabalhar conteúdos como: linguagem oral e escrita com o uso do dicionário e da coordenação motora; matemática com o trabalho de contagem e jogos e reconhecimento de números nos contexto diário; artes que podem ser trabalhadas através de recortes e colagens, desenhos e pinturas; música possibilitando movimento e natureza e sociedade através da identidade do eu e do outro e ensinando as regras de convivência.
Este projeto é formado por atividades diárias que incentivam a boa convivência entre os alunos e a professora. “Diariamente a professora deve incentivar o ‘Bom Dia”, o “Obrigado”, “Por Favor”, entre outras. A primeira parte para o sucesso do projeto é uma reunião de pais onde será apresentado o projeto a eles, deixando-os cientes da importância de suas participações. O projeto conta com atividades diárias que influenciaram a amizade e possibilitará que se conheçam através de rodas de conversas e demonstrações de carinho e afeto. Finalizando com a fabricação de desenhos que serão trocados entre eles através de um amigo secreto.
Os recursos utilizados serão: Sala de aula, lousa, giz, apagador, um lençol, folhas para desenhar, lápis de cor, cola branca, cartolina, dicionário, caderno de desenho, caderno brochura, tesoura, lápis preto, apontador, borracha, revistas, recortes, tapete e almofadas.
A avaliação deve ser semanal, através da construção da afetividade entre os alunos, nas atitudes positivas ou negativas com relação às atividades, capacidade de cooperação e aproveitamento de tempo.
Como o objetivo do presente projeto é a questão da importância da afetividade na educação infantil, busquei o embasamento teórico de Henri Wallon, Jean Piaget e Levi S. Vygotsky, devido à importância destes três autores na área da psicologia do desenvolvimento humano bem como na sua relação afetiva e cognitiva e que valorizam a afetividade aliada à educação para melhorar a aprendizagem dos alunos.
Sendo assim, este projeto tem como intuito a importância da afetividade entre professor- aluno, aluno-aluno e aluno-família para a formação de alunos e cidadãos melhores.
Revisão bibliografica
A afetividade é um tema que vem sendo discutido e defendido por grandes autores e profissionais da educação.
O afeto não podeser ignorado, pois é um elemento fundamental no desenvolvimento e faz parte da natureza humana podendo interferir de forma positiva ou negativa no processo cognitivo da criança.
 Segundo o dicionário Aurélio (1994), afetividade é uma palavra feminina e esta definida como: “Conjuntos de fenômenos sobre a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado de alegria ou tristeza”.
Segundo a Wikipédia, “a afetividade é a relação de carinho ou cuidado que se tem com alguém íntimo ou querido. É o estado psicológico que permite ao ser humano demonstrar suas emoções e sentimentos a outro ser. É considerado também o laço criado entre humanos com uma amizade mais aprofundada”. O ato de afeto se inicia em casa, a partir do momento em que se nasce já há o afeto entre mãe e filho, pai e filho e seus parentes. A afetividade acompanha toda a nossa vida, seja de forma a agregar ou com a falta dela que causa muitos traumas familiares.
Vamos analisar também a importância da afetividade na Educação Infantil, que é a 1º etapa da Educação Básica, e tem como finalidade o desenvolvimento completo da criança. 	
Conforme a LDB- Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº 9394/96). Sobre a Educação Infantil, especificamente, a LDB se expressa assim:
“A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.” (LDB, CAP.II; SEÇÃOII; ART.29- LDB) 
De acordo com a LDB a afetividade deve fazer parte da rotina educacional. E fica claro que a Educação infantil é a primeira etapa da educação, mais isso não significa que a criança não vai trazer nenhum conhecimento, muito pelo contrario o aluno traz uma bagagem enorme, de coisas que ele aprendeu com sua família e parentes.
E este conhecimento prévio trazido pela criança pode ser construtivo ou atrapalhar o desenvolvimento de alguma maneira.
O afeto é considerado a energia que move as ações dos sujeitos, pois sem a troca, o calor e o afeto não há motivação nem interação o que pode dificultar o desenvolvimento cognitivo intelectual. 
A afetividade é necessária para a vida e essencial para a construção das relações entre os indivíduos.
Jean Piaget foi um dos primeiro autores a questionar as teorias da afetividade na educação e os desenvolvimentos cognitivos. Para Jean Piaget, “o desenvolvimento intelectual é considerado como tendo dois componentes: o cognitivo e o afetivo”. Seguindo junto com o desenvolvimento cognitivo está o desenvolvimento afetivo. 
A Afetividade inclui sentimentos, interesses, desejos, valores e emoções em geral. Conforme Piaget (1995) elas são inseparáveis e irredutíveis, pois, defende que toda ação e pensamento comportam um aspecto cognitivo, representado pelas estruturas mentais, e um aspecto afetivo, representado por uma energética, que é a afetividade. Segundo Piaget o aspecto afetivo por si só não pode modificar as estruturas cognitivas, mas pode influenciar quais estruturas modificar.
Para Piaget a inteligência humana só é desenvolvida através da interação com a sociedade:
O homem é um ser essencialmente social, impossível, portanto, de ser pensado fora do contexto da sociedade em que nasce e vive. Em outras palavras, o homem não social, o homem considerado como uma molécula isolada do resto de seus semelhantes, o homem visto com independente das influências dos diversos grupos que frequenta, o homem visto como imune aos legados da história e da tradição, este homem simplesmente não existe. (Piaget apud La Talle, 2003, p. 11)
Percebe-se claramente com esta declaração, segundo Piaget, que o homem precisa interagir com o outro e com o meio para que exista. Que é imprescindível a vivência e a comunicação, com troca e afeto.
Para Piaget é a partir destas relações que a criança se desprende do egocentrismo e começa a perceber a importância da relação com o outro.
Este conceito é extremamente importante para a relação do aluno com os colegas de classe, pois na escola deve haver o conceito de equipe, de fazer atividades em conjunto, de compartilhar materiais e o professor é o mediador desta relação.
Sendo assim Piaget afirma que a afetividade é determinante para a construção da aprendizagem, e cabe aos pais e professores entenderem a importância dos seus papeis para o desenvolvimento da criança.
Os pais mesmo sem ter esta intenção demonstram afeto, acontece de forma natural, só deve tomar cuidado para que isso não atrapalhe ou atrase o desenvolvimento de seu filho. É importante que os pais saibam a importância da demonstração deste carinho, saibam o valor que este afeto pode somar a vida da criança.
No mundo da criança as suas conquistas ocorrem no plano cognitivo e no plano afetivo, a afetividade serve como estimulo como suporte para a progressão da criança e da sua intelectualidade. Ao mesmo tempo em que a afetividade não é nada sem a inteligência que fornece meio e esclarece fins. As atividades afetivas e cognitivas fornecem um equilíbrio.
A afetividade é uma condição necessária à constituição da inteligência. 
(...) as funções superiores da inteligência e da afetividade tendem a um “equilíbrio móvel”, isto é, quanto mais estáveis, mais haverá mobilidade, pois, nas almas sadias, o fim do crescimento não determina de modo algum o começo da decadência, mas, sim, autoriza um progresso espiritual que nada possui de contraditório com o equilíbrio interior. (Piaget, 1964, p.12).
Desta forma é indiscutível colocarmos a relação afetiva como componente necessário a aprendizagem, uma vez que consideramos que a transmissão de conhecimento implica na interação entre pessoas e isso envolve sentimentos e emoções. Sendo assim, na relação professor-aluno o afeto deve estar sempre presente.
Para Piaget (apud LA TAILLE, 1992, p. 14), “o ‘ser social’ de mais alto nível é justamente aquele que consegue relacionar-se com seus semelhantes de forma equilibrada”.
E este equilíbrio que Piaget considera importante para o relacionamento entre professor-aluno, é necessário para manter a inteligência emocional dentro da sala de aula, respeitando os alunos, que são seres capazes de perceber, questionar e contribuir para o aprendizado. A afetividade na relação professor-aluno contribui para o sentimento de valorização que o aluno sente com relação ao seu mestre, isso ativa intensamente a autoestima e favorece o processo de aprendizagem.
O professor tem o papel de transmitir conhecimento para os alunos, se junto com esses conhecimentos o professor conseguir demonstrar amor, fazer com que seus alunos sintam o carinho vindo da professora, as chances de desenvolvimento dos alunos são bem maiores. Isso é comprovado, os alunos que se sentem amados e gostam das suas professoras aprendem com mais facilidades.
O afeto é a motivação que move as ações dos seres humanos, não há motivação sem interação, e essa falta de motivação causa uma dificuldade no desenvolvimento intelectual do individuo.
Piaget afirma que “para que a inteligência funcione, é preciso um motor que é o afetivo. Jamais se procurará resolver um problema se ele não lhe interessa. O interesse, a motivação afetiva é o móvel de tudo” (Bringuier, 1977, p. 71-72). 
O professor tem este papel de motivar, criar um laço de afeto com o aluno, para que ele sinta interesse em aprender, e para isso, deve haver interesses comuns, respeito, compreensão, amizade ou qualquer outra forma de relação que possa colaborar com o desenvolvimento da aprendizagem do aluno.
Para Piaget, o grande desafio da educação seria favorecer o desenvolvimento intelectual juntamente com o desenvolvimento afetivo-moral, para que aos poucos conquistem sua autonomia intelectual, afetiva e moral.
A afetividade é um tema central nos estudos de Henri Wallon. O educador francês se aprofundou na afetividade no processo evolutivo, ao estudar a criança ele não coloca a inteligênciacomo o principal componente do desenvolvimento.
O conceito de Wallon com relação à importância da afetividade para o desenvolvimento da criança é bem definido. Em sua opinião, ela tem papel imprescindível no processo de desenvolvimento da sua personalidade.
Para Henri, WALLON (1954, p. 288) educador e médico:
A afetividade é um domínio funcional, cujo desenvolvimento dependente da ação de dois fatores: o orgânico e o social. Entre esses dois fatores existe uma relação recíproca que impede qualquer tipo de determinação no desenvolvimento humano, tanto que a constituição biológica da criança ao nascer não será a lei única do seu futuro destino. Os seus efeitos podem ser amplamente transformados pelas circunstâncias sociais da sua existência onde a escolha individual não está ausente. Wallon acredita que a afetividade seja de real importância na construção do individuo, primeiramente ele considera as reações incoerentes e confusas e em seguida destaca as emoções como sendo motivadoras e positivas para o desenvolvimento:
“O estudo da criança exigiria o estudo dos meios onde ela se desenvolve. É impossível de outra forma determinar exatamente o que é devido a este e o que pertence ao seu desenvolvimento espontâneo”. (WALLON, 1982:189). 
Na obra Walloriana, a afetividade tem um domínio funcional que se iguala a importância da inteligência. Afetividade e inteligência constituem um par inseparável, pois mesmo tendo funções distintas, é unido em seu desenvolvimento, permitindo a criança alcançar níveis de evolução cada vez maiores. É de se notar que entre emoção e cognição existe ligação e oposição, porque ao mesmo tempo em que está unida no desenvolvimento, a emoção se dissipa diante do intelectual.
Sendo assim, a emoção ocupa um lugar privilegiado nas concepções de Henri Wallon, pois para ele a emoção é vista como instrumento de sobrevivência imprescindível à espécie humana e por sua vez também a afetividade, onde as emoções se manifestam.
Apesar de Wallon centralizar seus estudos no lugar que ocupa a afetividade no desenvolvimento infantil, ele não descuidou do papel da escola nisso. As pesquisas Wallorianas sobre a afetividade trouxeram contribuições para questões relativas à atenção e ao interesse das crianças nas atividades escolares. 
Wallon foi o primeiro a levar não só o corpo da criança, mas também suas emoções para dentro da sala de aula. Fundamentou suas idéias em quatro elementos básicos que se comunicam o tempo todo: a afetividade, o movimento, a inteligência e a formação do eu como pessoa.
Para o autor devem-se considerar tudo que rodeia a criança, sejam as condições materiais ou sociais de sua existência para então promover um ambiente apropriado para o aprendizado, considerando que a escola é um ambiente que exerce uma grande reviravolta na vida da criança. Devido a isso a escola e o professor não devem esquecer as características individuais e as condições de vida de cada um de seus alunos para o planejamento de suas atividades,
Wallon considera a pessoa como um todo: humanizar a inteligência. Nesse sentido, a teoria do desenvolvimento cognitivo de Wallon é centrada na pessoa completa.
O prazer para aprender é fundamental para o processo ensino-aprendizagem. As interações que ocorrem no contexto escolar também são marcadas pela afetividade em todas as suas dimensões.
Seguindo os estudos de Wallon podemos também explorar a relação professor-aluno, suas investigações permitem esclarecer questões sobre a necessidade da formação do professor, ele considera que o professor precisa conhecer os problemas sociais da sua época, assumindo uma postura ativa e consciente diante deles. Somente assim poderá orientar seus alunos diante da realidade de seu país. 
A relação mantida entre professor e aluno deve ser cultivada com sentimentos positivos, o professor deve evitar opressão e criar um clima de igualdade de expressão e oportunidades.
O método adotado por Wallon é o da observação pura. Considera que essa metodologia permite conhecer a criança em seu contexto. Portanto, o professor deve aprender a lidar com o estado emotivo da criança para melhor poder estimular seu crescimento individual.
Outro autor importante na questão da afetividade é Lev S. Vygotsky, que defende sobre fatores biológicos e sociais no processo de aprendizagem do ser humano, ele destaca a importância das interações sociais, ressaltando a importância da mediação e da internalização como aspectos fundamentais para a aprendizagem e, defendendo que a construção do conhecimento ocorre a partir de um intenso processo de interação entre as pessoas. Portanto, é a partir de sua inserção na cultura que a criança, através da interação social com as pessoas que a rodeiam, vai se desenvolvendo na constituição do seu eu. 
Vygotsky menciona que a mente humana não possui conhecimentos que vem desde o nascimento. É por meio da vivência na sociedade e nas relações com outros seres humanos que a pessoa construirá novos conhecimentos e novas relações entre os objetos.
 O aluno não nasce com o conteúdo internalizado em sua mente, o conteúdo deve ser transmitido pelo professor, mas somente transmiti-lo não é o bastante, a socialização com o professor, a discussão e troca de idéias é fundamental para que o conteúdo se fixe de forma que o aluno elabore com suas próprias palavras o que foi aprendido.
De acordo com sua obra Vygotsky cita a importância dos conhecimentos construídos a partir da vivência do aluno, no sentido de que as experiências vividas durante o cotidiano são lembradas na hora dos estudos.
Desse modo as dimensões do afeto e da cognição estariam, desde cedo, íntima e relacionada. Nessa perspectiva a vida emocional está conectada a outros processos psicológicos e ao desenvolvimento da consciência de um modo geral. Nesse sentido o autor faz uma distinção entre emoções primitivas originais, como a alegria, o medo e a raiva, e as emoções “superiores” complexas, tais como o despeito e a melancolia. Ele postulava que as emoções primitivas originais poderiam desenvolver-se em emoções superiores mais sofisticadas.
De acordo com o autor a qualidade das emoções sofre mudanças á medida que o conhecimento e os processos cognitivos se desenvolvem.
Não existem sentimentos que, por causa de privilégio de nascimento, pertencem à classe superior, e ao mesmo tempo outros, que por sua própria natureza, podem ser considerados entre a classe inferior. A única diferença é uma diferença em riqueza, e complexidade, e todas as nossas emoções são capazes de ascender todos os passos de nossa evolução sentimental. (VYGOTSKY apud van der Veer e Valsiner, 1996, p. 385)
Com este citação podemos concluir que de acordo com Vygotsky o sentimento não surge por si só, é sempre antecedido por algum estimulo, seja ela externa ou interna.
Focando-se nas idéias de Vygotsky percebemos que esta se construindo uma visão basicamente social para o processo de aprendizagem. Numa perspectiva histórica cultural o enfoque esta nas relações sociais. É nas interações sociais com os outros que a criança internaliza os instrumentos culturais.
 Segundo Vygotsky, (2003, p.75): “É evidente que esse novo sistema de reações é totalmente determinado pela estrutura do ambiente no qual o organismo cresce e se desenvolve”. Por esse motivo, toda educação tem inevitavelmente um caráter social. A criança aprende, internaliza os hábitos culturais do ambiente que está inserida sendo assim é fundamental o meio social para formação do individuo.
Vygotsky defende a importância do outro para no processo de construção do conhecimento, sendo assim para ele a escola desempenha um papel importante no desempenho intelectual e conceitual das crianças, pois é ela que propicia conhecimentos e experiências culturais, desenvolvendo novos conhecimentos. 
A escola deve partir do que a criança já sabe e incentivar novos conhecimentos.
As interações sociais (entre alunos e professores) no contexto escolar passam a ser entendidas como condição necessária para a produção de conhecimentos por parte dos alunos, particularmenteaquelas que permitem o diálogo, a cooperação e troca de informações mútuas, o confronto de pontos de vista divergentes e que implicam na divisão de tarefas onde cada um tem uma responsabilidade que, somadas, resultarão no alcance de um objeto comum. Cabe, portanto, ao professor não somente permitir que elas ocorram como também promovê-las no cotidiano das salas de aula (VYGOTSKY apud REGO, 1995, p.110)
De acordo com o autor é necessário que haja uma integração entre professor aluno, é uma condição necessária para que se consigam conhecimentos por parte dos alunos. O professor deve criar um ambiente onde tenha diálogo, respeito, cooperação e amizade. O professor é responsável pelo ambiente da sua sala de aula, propor rodas de conversas para se conhecerem é de real importância para adquirir um clima favorável ao aprendizado.
O professor deve ter empatia, sensibilidade para perceber qual atividade ou qual método utilizar, de acordo com a realidade do aluno.
Seguindo a mesma perspectiva, Dantas (1994, p.79) enfatiza que é preciso haver empatia entre professor e aluno, pois isso acrescenta no aparecimento de uma simpatia mútua entre ambos. O professor deve ter claro que o processo de ensino e aprendizagem é uma via de mão dupla, um vai-e-vem dele para o aluno e do aluno para ele. Ele ensina, porém seu aluno também possui saberes que o professor nem sempre possui. Fica assim caracterizado o movimento da troca.
O professor deve criar uma maior aproximação afetiva com o aluno, criar diálogos, e até mesmo citar o nome do aluno algumas vezes, fazer perguntas e qualquer outra forma de interação, mostrando uma atitude afetiva, que de certa forma faz com que o aluno se sinta motivado.
Dantas (1994, p.65) também ressalta que a afetividade influencia na construção do conhecimento, pois o tempo, no qual a aprendizagem de conteúdos se processa, depende do clima afetivo na sala de aula. O professor deve se relacionar afetivamente com seus alunos para que não se sintam desmotivados, dificultando assim a aprendizagem do mesmo.
Vygotsky entende que existe uma relação muito grande do afeto que os professores têm pela matéria com a nossa vontade, vontade de aprender, vontade de entender o que é ensinado. Se o aluno não se sente bem com o professor, ele não vai gostar da matéria e não estará apto o suficiente para aprender. Esta ideia da ligação entre os estudos com a vontade de estudar pode ser direcionada ao interesse dos alunos, é esta vontade que mostra o interesse, é esta vontade de crescer, aprender, de buscar respostas com o professor ou através de outros meios que faz o aluno estar apto a entender o conteúdo. 
O professor afetivo é aquele que desenvolve estratégias e atividades pedagógicas, dinâmicas educativas e criativas, que demonstra prazer em ensinar, que estimula seus alunos, planeja suas aulas e que gosta do que faz.
A afetividade é importante para que “se estabeleça uma melhor relação educativa entre professores e alunos, favorável, consequentemente, a aprendizagem dos conteúdos escolares” (RIBEIRO e JUTRAS).
De acordo com tudo que falamos até este ponto, pelas discussões que se sustentam acerca deste tema, a afetividade é realmente um ponto muito importante no processo de aprendizagem das crianças na educação infantil, porque fundamenta a relação entre professor-aluno e aluno-aluno.
A afetividade não deve ser o único meio a ser pensado para atingir a aprendizagem, mais deve ser considerada como um elemento essencial no processo de ensino aprendizado.
Nesse sentido o autor destaca a importância do outro no processo de formação do conhecimento, e também na formação do próprio sujeito e de suas formas de agir. Ele afirma que “todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: no nível social, e depois no nível individual, isto é, acontece primeiramente entre pessoas e depois no interior da criança.”
A relação professor-aluno é mais do que ações, pois um se dirige ao outro, é uma relação afetada pelas ideias que um tem do outro, ou seja, pelas representações entre alunos e professores. Muitas vezes esta relação pode se mostrar conflituosa, mais é papel do professor fazer com que se reverta e se torne amigável.
Para Libâneo (1994. p.252): “Um professor eficaz se preocupa em ministrar e orientar a atividade mental dos alunos, de um modo que cada um deles seja um sujeito consciente, ativo e autônomo.”
Segundo Libâneo, (1994. p. 249) existem dois aspectos da interação Professor-aluno no trabalho docente:
O aspecto cognoscitivo (que diz respeito às formas de comunicação dos conteúdos escolares e às tarefas escolares indicadas aos alunos) e o aspecto sócio-emocional (que diz respeito às relações pessoais entre professor e aluno e às normas disciplinares indispensáveis ao trabalho docente).
A afetividade é um estado de afinidade profunda entre os sujeitos, na interação, cada sujeito intensifica sua relação consigo mesmo, sabe seus limites e ao mesmo tempo aprende a respeitar o limite do outro.
A afetividade é necessária para a formação de pessoas felizes, éticas, seguras e capazes de conviver com o mundo que os cerca.
É importante que demonstrações de afetos sejam trabalhadas com as crianças, de maneira a contribuir para o pleno desenvolvimento dos mesmos.
Para Libâneo o aspecto de transmissão de conhecimento é a própria relação pessoal entre professor e aluno e deve estar baseado na confiança, afetividade e respeito, cabendo ao professor orientar o aluno para seu crescimento interno, fortalecendo assim, suas bases morais e criticas.
Segundo Vygotsky (2003, p.75): “No processo de educação, o professor deve ser como os trilhos pelos quais avançam livres e independentemente os vagões, recebendo deles apenas a direção do próprio movimento”.
O professor deve orientar o caminho certo que os alunos devem seguir orientá-los sobre as oportunidades de um bom convívio com os colegas de sala, o professor deve incentivar para que seus alunos se tornem sujeitos autônomos e independentes.
O afeto deve estar presente na relação professor-aluno, seja dentro ou fora da sala de aula, este afeto deve estar voltado para o processo de ensino.
Indiferente das ideias dos autores, a conclusão é uma só, a afetividade é um ponto essencial e de suma importância para a aprendizagem dos alunos, o cognitivo e o afetivo trabalham em parceria e cabe ao professor saber como aplicar e fazer uso do afeto como uma motivação necessária.
processo de desenvolvimento do projeto de ensino
3.1 Linha de Pesquisa e Tema
O projeto é baseado na docência na Educação Infantil e tem como tema a Importância da afetividade na educação infantil.
As relações de afeto sempre me chamaram atenção, toda criança inicia sua vida escolar trazendo uma mistura de sentimentos e expectativas, como o medo, ansiedade, timidez, desconfiança e motivação. Como a escola é um lugar totalmente novo para ela, é necessário que ela se sinta amada, se sinta segura e acolhida neste novo ambiente que é a escola e é exatamente neste contexto que se encaixa a afetividade.
No tema afetividade vamos analisar o relacionamento com a família e amigos, incentivar o abraço, o agradecimento e todas as normas de convívio.
É importante entender que a afetividade constitui um fator essencial na vida escolar da criança, sendo assim o professor não deve estar alheio à vida do aluno, ele deve estar atendo a sua maneira de ser, atuar e falar. Uma criança que se sente amada consegue ter um melhor desenvolvimento cognitivo.
De acordo com o estudo que fiz, obtive a certeza de que a afetividade tem um papel fundamental na motivação, interesse e desenvolvimento da criança, e que este afeto deve haver na escola e também em casa com os pais e familiares.
3.2 Justificativa
A elaboração deste projeto surgiu da tentativa de conhecer e entender a influência da afetividade no desenvolvimento cognitivo de crianças da educação infantil.
A proposta é fazer com que o afeto transforme o relacionamento entre professor-aluno, aluno e seus familiares, aluno e sociedade, as crianças precisam vivenciara diversidade e se colocar no lugar do outro.
Disse Rousseau: “Ensine as crianças e os jovens, com palavras e, sobretudo atitudes, a amar a espécie humana. Comente que, acima de sermos americanos, árabes, judeus, brancos, negros, ricos e pobres, somos uma espécie fascinante. Nos bastidores da nossa inteligência somos mais iguais do que imaginamos. Elogie a vida. Leve as crianças e jovens a sonhar. Se eles deixarem de acreditar na vida, não haverá futuro”.
Durante todo o meu percurso educacional, percebi que são poucos professores que se importa com o que acontece com os alunos fora da escola e o intuito é somente ensinar o saber.
Com a pesquisa realizada neste trabalho, pude concluir que fazer com que o aluno goste da matéria traz muito progresso na aprendizagem. 
Fiz a escolha deste tema porque acredito que a criança, assim como qualquer outro ser humano necessita sentir que é amada, respeitada e valorizada, pois durante todo o processo de aprendizagem ela apresenta comportamentos que demonstram seus sentimentos e emoções. 
A educação da emoção e da autoestima, o desenvolvimento da solidariedade e da tolerância é uma necessidade urgente que não visa apenas os alunos, mas também os professores e pais também precisam educar-se emocionalmente.
Surge daí a relevância de se abordar o tema afetividade, para entender que o educar com amor deve ser um ato consciente e que o afeto traz a criança motivação e vontade de aprender, gerando assim um melhor desenvolvimento na aprendizagem.
3.3 Problematização
Como fazer com que as crianças sintam afeto pelos colegas de classe e pela professora? Como fazer com que os alunos sintam o carinho da professora por eles? 
As crianças não chegam às escolas “vazias”, por isso é importante que a professora propicie um momento para conhecê-las é interessante saber o que elas entendem por carinho, afeto, família, e amigo. 
A professora deve levantar questionamentos tais como: porque não posso brigar com meu irmão? Porque não posso brigar com meu colega? E descontar, pode? Tenho que gostar do meu colega que puxa meu cabelo? Como fazer para ter afeto?
Os conteúdos trabalhados no curso de Pedagogia são essenciais para que possamos compreender e ter um melhor entendimento destas situações que podem ocorrer na educação infantil.
Dentre as disciplinas que tivemos durante o curso, algumas irão se sobressair com relação ao tema afetividade, entre elas temos: Natureza e sociedade, Psicologia da Educação, Ensino das Artes e da Música, Ensino das Artes nos Anos Iniciais, Ensino da Educação Física Escolar, Tecnologias em Educação, Ensino e Alfabetização II, Ensino da Matemática na Educação Infantil.
Essas matérias trouxeram elementos fundamentais para a compreensão do tema, é de suma importância a assimilação dos conteúdos com a prática educacional.
3.4 Objetivos
Esse é um projeto para crianças que acabam de chegar à escola, crianças que devem aprender a conviver com outros alunos, é indicado para o primeiro semestre do ano letivo e tem como objetivo estimular as crianças a demonstrar carinho e afeto com as pessoas a sua volta.
Despertar nos alunos das séries iniciais e finais a importância da família, dos colegas, da integração entre a família e a escola e os princípios inerentes à formação do ser humano bem como a influência do afeto na construção do seu conhecimento e para a convivência em sociedade, através de tarefas estabelecidas.
Tem como objetivos específicos:
· Despertar atitudes de cooperação e respeito;
· Desenvolver criatividade e a imaginação;
· Vivenciar situação de socialização e interação com a família e amigos;
3.5 Conteúdos
De acordo com a importância da afetividade na educação infantil, utilizei conteúdos coerentes para o desenvolvimento do projeto.
Linguagem oral e escrita:
· Produção textual
· Interpretação
· Uso do dicionário
· Coordenação motora
· Palavras mágicas
· Sentimentos
Matemática:
· Contagem
· Jogos
· Reconhecimento de números no contexto diário.
Artes:
· Recortes e Colagens
· Desenhos e pinturas
· Música
Movimento:
· Expressividade
· Esquema corporal
Natureza e Sociedade:
· Identificação do Eu/Outro
· Regras de convivência em grupo e o uso do espaço coletivo.
3.6 Metodologia
Primeiro momento: Reunião de pais
A primeira etapa para que esse projeto de desenvolva de forma efetiva é convocar uma reunião de pais, onde a proposta será apresentada e discutida frisando a importância da aceitação desses responsáveis em participar do projeto. Para dar ênfase na importância deste projeto será lido para os pais o seguinte texto: O Nó do Afeto (anexo A)
Após a leitura do texto, apresente um lenço ou lençol e fale que passará de mão em mão. Cada pessoa deverá dar um nó no lençol e falar sobre a forma como eles se sentem em relação a seus filhos.
Orientem para que os pais sejam breves em suas palavras para que todos tenham a oportunidade de participar.
Seguida desta dinâmica será apresentado o cronograma do projeto deixando os pais cientes que a participação dos mesmos será essencial para o sucesso do projeto.
Em sala de aula começará o desenvolvimento das atividades.
No decorrer do projeto a professora terá momentos que farão parte do projeto, todo o dia ao entrar na sala de aula a professora deve cumprimentar os alunos com um Bom Dia e fazer com que eles se cumprimentem entre si. 
Segundo momento: Semana para nos conhecermos melhor.
Terça-Feira: Conhecendo uns aos outros – Roda de Conversa
Primeiramente sente com os alunos em um círculo no chão; 
Inicie o momento de roda fazendo um pequeno relaxamento: convide as crianças a remarem por um rio de novidades. Neste rio elas conhecerão mais sobre cada um dos seus coleguinhas, e descobrirão muitas coisas legais, interessantes e divertidas sobre cada um deles. Solicite que elas façam o movimento de remar com as duas mãos para frente e depois as mãozinhas bem devagar, fazendo o movimento de remar para trás;
É de suma importância, criar um combinado no momento da rodinha: “QUANDO UM AMIGO FALA, EU ESCUTO, E QUANDO EU FALO MEUS AMIGOS ESCUTAM!”. Sempre que necessário, relembre este combinado com as crianças e solicite paciência para aguardarem seu momento. 
Coloque uma seta giratória no centro da roda e inicie uma brincadeira de perguntas e respostas, que ajudem a se conhecerem.
Sugestões de perguntas:
· Qual o seu nome?
· O que gosta de fazer?
· Qual sua cor favorita?
· Seu animal favorito?
· O que te deixa feliz?
· O que te deixa triste?
A professora deve ajudar nas perguntas e incentivar os alunos a participarem. Após todas as crianças responderem às perguntas, a professora deve solicitar que os alunos digam algumas coisas que se lembrarem de seus colegas para que possam interagir.
A roda de conversa deve ser finalizada com a professora dizendo um pouco sobre ela mesma.
Quarta-Feira: Conhecendo os alunos
A professora inicia a atividade lendo o texto:
 QUAL É A CARA? (anexo B)
Após a leitura do texto a professora deve distribuir uma folha de sulfite para cada aluno com a descrição: 
· E você, como é? Desenhe você aqui.
Os alunos devem desenhar a si mesmos detalhadamente. A professora deve distribuir lápis de cor para todos os alunos e orientá-los caso necessário. 
Quinta-Feira: Quem é minha família.
A professora dará a cada aluno uma folha de sulfite com a descrição:
· E sua família, como é? 
Os alunos devem desenhar suas famílias, cada membro da família, a professora deve lembrar os alunos de não esquecer ninguém, caso haja animal de estimação deve ser solicitado que ele também esteja no desenho.
Sexta-Feira: Como eu me sinto (para casa)
Esta atividade deve ser entregue aos alunos para que eles façam em casa com seus pais e tragam de volta na segunda-feira.
Será entregue aos alunos uma folha de sulfite, dividida em duas com um traço, com os seguintes dizeres;
· O que deixa você mais feliz? Desenhe:
· O que te deixa mais triste? Desenhe:
Segunda-Feira: Cultivando a Amizade
A amizade entre os alunos da sala é muito importante para o desenvolvimento em conjunto de toda a classe, nesta parte do projeto vamostrabalhar e incentivar a amizade entre os colegas.
A professora deve iniciar esta atividade contando a historia: Bons amigos. (ANEXO C)
Após a leitura do texto a professora deve fazer os seguintes questionamentos a todos os alunos: 
· Quem tem amigos?
· Quem são estes amigos?
· O que vocês fazem pelos amigos?
· É bom ter amigos?
Deve deixar que as crianças respondam e interajam entre elas.
Em seguida a professora de organizar a confecção de um porta retrato onde as crianças desenharão o que quiserem. 
A professora deve organizar uma urna com o nome de todos os alunos, e fazer com que cada aluno presenteie um colega de classe com o seu desenho através de sorteio, para que todos ganhem.
Cuidado para que nenhuma criança fique sem presente.
Essa atividade deve terminar com um grande abraço de toda a turma.
Terça-Feira: Demonstrando amizade
Essa parte do projeto deve ser feito em grupo, para que haja trabalho em equipe e cooperação, os alunos criaram cartazes para expor na escola, demonstrando o valor da amizade.
A professora deve organizar um espaço para confecção dos cartazes, pode ser em uma grande mesa ou até mesmo no chão, onde as crianças devem ficar a vontade.
As crianças devem receber os materiais necessários; Cartolinas, lápis de cor, giz de cera, revistas para recortes, jornais, cola e tesoura.
A professora pode colocar frases de amizade na lousa para que as crianças possam copiar e fazer seus desenhos.
Modelos de frases:
· "Fui à Bahia comprar um chapéu Da cor da lua, da cor do céu Não é pra mim, não é pra ninguém É para o meu/minha amigo (a) __________ que eu quero bem!"
· Cada amigo é diferente... Porém, todos são especiais!
· "Um abraço vale mil palavras. Um amigo mais."
Os cartazes devem ser expostos nas paredes da escola, ao final desta semana as crianças devem ter em suas mentes o verdadeiro valor da amizade, é importante que a professora sinta que esta semana ajudou na união de seu grupo de alunos.
Quarta-Feira: Estudo da Fabula: A Abelha Chocolateira (ANEXO D)
Em uma roda de conversa a professora deve conversar e discutir com as crianças sobre a diferença entre os alunos da classe.
Quinta-Feira: A palavra respeito
Perguntar as crianças o que significa a palavra: RESPEITO.
A professora deve registrar no quando a fala das crianças
Após a formulação do conceito feito pelas crianças iremos apresentar a elas o dicionário e perguntaremos se alguém já conhece e sabe para que serve. Acabando essa breve conversação iremos mostrar como se procura as palavras no mesmo e então localizaremos a palavra Respeito. A professora irá ler o significado da palavra e servirá de escriba para passar no cartaz o conceito formulado pelas crianças e o significado do dicionário.
Em seguida, faremos o estudo e construção da palavra RESPEITO.
Quantas letras têm a palavra RESPEITO?
Tem alguém na sala com a mesma letra inicial da palavra RESPEITO?
A quantidade de letras da palavra RESPEITO e do nome da Rafaela é igual?
Qual palavra tem mais letras? E menos letras?
Cada criança individualmente irá fazer a comparação do seu nome e a palavra respeito em relação à quantidade de letras e letras iguais.
Sexta-Feira: Quais são as minhas preferências (para casa)
Os alunos levaram para casa uma folha com as lacunas a serem preenchidas com a ajuda dos pais.
Escreva seus preferidos:
Um brinquedo:___________________________________________
Uma cor:_______________________________________________
Uma comida:____________________________________________
Uma roupa:_____________________________________________
Um esporte:____________________________________________
Uma música:____________________________________________
Um amigo:______________________________________________
Uma brincadeira:_________________________________________
Um número:_____________________________________________
Um nome:______________________________________________
Uma flor:_______________________________________________
Um vídeo:______________________________________________
Um dia da semana:_______________________________________
Um passeio:_____________________________________________
Segunda-Feira: Como você quer que as pessoas lhe tratem
A professora deve conversar com os alunos sobre como querem ser tratadas e distribuir um alfabeto móvel para os alunos montarem palavras que são essenciais para o respeito ao próximo:
· Obrigada - Bom Dia - Com licença - Por favor
A professora deve deixar que as crianças montem as palavras e expliquem o que significam para elas.
Terça-Feira: A importância de respeitar as diferenças
Voltando a história A abelha chocolateira, vamos refletir sobre a moral da história. A professora deve fazer os seguintes questionamentos: como as outras abelhas operárias reagiram ao comportamento de Anita? No final da fábula, Anita esboçou um tímido sorriso. Pergunte: como ela estava se sentindo ao produzir um mel diferente? Alguma vez você já esboçou um tímido sorriso por algum sentimento? Conte em detalhes como foi.
Quarta-Feira: Desenhando as diferenças
A professora deve distribuir folhas e lápis de cor, para que os alunos possam desenhar e ilustrar sobre o que aprenderam sobre a fábula Abelha chocolateira.
Quinta-Feira: A professora deve confeccionar e afixar na sala um envelope para cada criança com seu nome. Elas poderão escrever para os amigos e colocar os bilhetes nos envelopes corretos. Após todos colocarem a professora faz a leitura dos bilhetes e cola-os em uma folha para entregar aos alunos.
Sexta-Feira: Confeccionando os bilhetes com os pais (para casa)
A professora deve enviar para casa instruções para que os pais ajudem os filhos na confecção dos bilhetes para os seus colegas de classe.
Segunda-Feira: Roda de conversa
Conversar com as crianças sobre a amizade. O que é ser amigo? O que é legal o amigo fazer? O que não é legal ele fazer? Registrar as respostas em um cartaz e expor na sala. 
Terça-Feira: Confeccionando cartazes 
Confeccionar com os cartazes para espalhar pela escola com o título Amizade é... Cada criança vai escrever o significado de amizade para ela.
Quarta-Feira: Brincadeira de Roda
Colocar todas as crianças m uma roda e com base na cantiga popular “Eu fui a Bahia comprar um chapéu da cor da lua, da cor do céu, não é para mim, não é para ninguém é para o meu amigo que quero bem”, pedir as crianças que escolham um amigo e entreguem o chapéu a ele. A professora deve se atentar para que todas as crianças participem.
Quinta-Feira: Demonstração de afeto
Em uma roda de conversa a professora deve conversar com os alunos sobre o sentimento que adquiriram uns com os outros com estas atividades que realizaram nas ultimas semanas.
Deve solicitar aos alunos que escrevam os nomes de seus amigos em ordem alfabética e fale uma qualidade de cada um. A professora deve fazer a lista com todos os alunos da classe e suas qualidades, a professora deve iniciar a apresentação.
 Sexta-Feira: Relaxamento e amigo-secreto
As crianças devem deitar sobre almofadas, e a professora as incentivar, em voz baixa, a soltar a imaginação. A professora deve dizer, por exemplo: “Imaginem um lugar lindo onde vocês adorariam brincar com seus amigos”. Depois, a professora distribui folhas e lápis de cor e pede para cada um desenhar aquele lugar que imaginou. Em uma urna devem ser colocados papeizinhos com o nome de todos os alunos que participaram da atividade. A professora pede para que cada aluno tire um papelzinho. Todos abrem ao mesmo tempo. Em um momento de confraternização geral, cada aluno procura o colega sorteado e lhe entrega de presente o desenho que fez.
3.7 Tempo de realização
O tempo previsto para o desenvolvimento do projeto é de um mês. 
Tendo continuidade durante todo o ano letivo, diariamente através do relacionamento de afeto entre os alunos. A professora deve diariamente incentivar os alunos a dizerem Bom dia uns aos outros e Obrigada sempre que necessário, assim também com todas as outras formas de respeito ao próximo.
O desenvolvimento diário será de duas horas/aula, sempre antes do lanche, ou seja, as aulasdo projeto devem ocorrer sempre no primeiro horário entre 08h00min e 10h00min. 
3.8 Recursos humanos e materiais
Sala de aula, lousa, giz, apagador, lençol, folhas para desenhar, lápis de cor, cola branca, cartolina, durex, dicionário, caderno de desenho, caderno brochura, tesoura, lápis preto, apontador, borracha, revistas, recortes, tapete e almofadas.
3.9 Avaliação
A avaliação é uma parte importante, tanto para o aluno e também para a professora, pois através desta avaliação a professora pode rever suas atividades e métodos.
A avaliação deve ser semanal, pois o projeto é novo e novas situações devem surgir, a cada situação a professora deve colher a opinião das crianças e registrá-la, pedir para que, em casa, os pais mandem depoimentos sobre resultados positivos ou negativos relacionados ao projeto.
O projeto também será avaliado de acordo com a construção da afetividade entre os alunos, nas atitudes positivas ou negativas com relação às atividades, capacidade de cooperação e aproveitamento de tempo.
Deve haver conversas com os alunos durante todo o desenvolvimento do Projeto, a fim de serem observadas mudanças de pensamentos e de atitudes, assim também como a observação da participação dos alunos e cooperação entre eles.
considerações finais
O trabalho apresenta um projeto sobre afetividade que tem foco na área docência na educação infantil. Propõe-se que o docente compreenda que quando o aluno sente afeto pelo professor e gosta da matéria ele tem mais facilidade na aprendizagem.
Todo ser humano necessita de afeto, e esta emoção se inicia a partir do nascimento com os pais e familiares e deve ter continuidade na sala de aula, pois a relação entre professor e aluno necessita de carinho, amizade e respeito.
Os olhares dos teóricos estudados para a criação deste projeto mostram a real contribuição da afetividade em nosso desenvolvimento, pois eles deixam claro que o afeto é a motivação no que diz respeito ao sucesso ou fracasso no processo de aprendizagem, que começa logo que nascemos e nos acompanha por toda a vida.
Faz-se necessário reconsiderar por parte dos professores: “como analisar o aluno”, compreendendo-o como um ser capaz de construir seus próprios conhecimentos, um ser criativo e autônomo, pois desta forma sentimos a necessidade da ação e da emoção para a aprendizagem diária.
O projeto proposto considera a afetividade e toda forma de carinho e respeito pelo outro necessário para viver bem em sociedade e a intenção deste projeto é que os alunos possam compreender este objetivo.
O docente deve se lembrar de que a criança é um ser com características individuais e que precisa de estímulos para o seu crescimento e desenvolvimento, trabalhar em grupo é parte essencial deste projeto, mais nunca se esquecendo da individualidade de cada um.
Este projeto foi elaborado para ser aplicado no primeiro semestre, pois as relações de afetividade entre professor e aluno são significativas nesta fase escolar, que representa o primeiro núcleo social, depois da família, que a criança frequenta.
O primeiro professor de uma criança tem grande importância nas suas próximas relações, e a para cada criança o espaço escolar tem diferentes significados e isso é resultado do relacionamento que ela tem com seu professor.
Após a aplicação deste projeto pretende-se que os alunos possam se aproximar da professora e de seus colegas de classe, que com as atividades propostas os relacionamentos afetivos possam ser praticados através de cada gesto de carinho e amizade.
As formas de carinho e amor também devem estar presentes na forma de educar, tanto para pais como para educadores. A afetividade é essencial para o desenvolvimento infantil, no desenvolvimento cognitivo e nas relações futuras do individuo.
Desse modo posso concluir que crianças que se sentem amadas tanto em família quanto na escola possuem mais interesses de aprender e compreender, que é de extrema importância o vinculo afetivo na relação professor-aluno no processo de aprendizagem.
 A afetividade é uma motivação e crianças motivadas aprendem mais e são mais felizes, pois se sentem amadas e protegidas.
REFERÊNCIAS
_______. Parâmetros curriculares nacionais: apresentação dos temas transversais, ética/ Secretaria de Educação fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
p 25.
VYGOTSKY, Liev Semionovich. Psicologia pedagógica. São Paulo: Editora Martins
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Autor: desconhecido. O nó do afeto. Texto extraído de um folheto da Escola Irmã Catarina. Publicado no Portal da Família em 01/03/2003
DICIONÁRIO AURÉLIO. Novo dicionário da língua portuguesa. Editora Nova Fronteira. 1 cd-rom. 1994. 
PIAGET, VYGOTSKY, WALLON. Teorias psicogenéticas em discussão. Yves de La Taille, Martha Kohl de Oliveira, Heloysa Dantas. 14º ed.- São Paulo: Summus, 1992. 
PIAGET, J. et al. Abstração reflexionante. Relações lógico-elementares e ordem das relações espaciais. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. 
WALLON, Henri. A evolução psicológica da criança. São Paulo: Martins Fontes, 2007 (Coleção psicologia e pedagogia).
LA TAILLE, Yves de; OLIVEIRA, Marta Kohl; DANTAS, Heloysa. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
BRINGUIER, J. C. Conversando com Jean Piaget. Rio de Janeiro – São Paulo, 1977. 
CURY, A.J. Pais Brilhantes, professores fascinantes. Rio de Janeiro: Sextante, 
2003. 
HENRI, Wallon. Psicologia e Educação. 10ª Ed. São Paulo: Edições Loyola, 2010.
DANTAS, Heloysa. Afetividade e a construção do sujeito na psicogenética de
Wallon. In: DE LA TAILLE, Piaget, Vygotsky e Wallon: teorias psicogenéticas em
discussão. São Paulo: Summus, 1992.
ANEXOS
ANEXO A – O NÓ DO AFETO
Era uma reunião numa escola. A diretora incentivava os pais a apoiarem as crianças, falando da necessidade da presença deles junto aos filhos. Mesmo sabendo que a maioria dos pais e mães trabalhava fora, ela tinha convicção da necessidade de acharem tempo para seus filhos.
Foi então que um pai, com seu jeito simples, explicou que saía tão cedo de casa, que seu filho ainda dormia e que, quando voltava, o pequeno, cansado, já adormecera. Explicou que não podia deixar de trabalhar tanto assim, pois estava cada vez mais difícil sustentar a família. E contou como isso o deixava angustiado, por praticamente só conviver com o filho nos fins de semana.
O pai, então, falou como tentava redimir-se, indo beijar a criança todas as noites, quando chegava em casa. Contou que a cada beijo, ele dava um pequeno nó no lençol, para que seu filho soubesse que ele estivera ali. Quando acordava, o menino sabia que seu pai o amava e lá estivera. E era o nó o meio de se ligarem um ao outro.
Aquela história emocionou a diretora da escola que, surpresa, verificou ser aquele menino um dos melhores e mais ajustados alunos da classe. E a fez refletir sobre as infinitas maneiras que pais e filhos têm de se comunicarem, de se fazerem presentes nas vidas uns dos outros. O pai encontrou sua forma simples, mas eficiente, de se fazer presente e, o mais importante, de que seu filho acreditasse na sua presença.
Para que a comunicação se instale, é preciso que os filhos "ouçam" o coração dos pais ou responsáveis, pois os sentimentos falam mais alto do que as palavras. É por essa razão que um beijo, um abraço, um carinho, revestidos de puro afeto, curam até dor de cabeça, arranhão, ciúme do irmão, medo do escuro, etc.
Uma criança pode não entender certas palavras, mas sabe registrar e gravar um gesto de amor, mesmo que este seja um simples nó.
E você? Tem dado um nó no lençol do seu filho?
ANEXO B – QUAL É A CARA?
PALHAÇO TEM CARA DE AQUARELA,
ESCULTURA TEM CARA DURA,
FILHO, A CARA DOS PAIS.
CARAMBOLA TEM CARA DE ESTRELA,
O AR TEM CARA INVISÍVEL,
GÊMEOS, CARAS IGUAIS.
DISCO TEM CARA DE BOLACHA,
JABUTI TEM CARA ESCONDIDA,
CARACOL, CARA ENROLADA.
MÁSCARA TEM CARA DOS OUTROS,
PAPAI NOEL TEM CARA BARBUDA,
FOTOGRAFIA, CARA PARADA.
ANEXO C – BONS AMIGOS
“Luisa é uma das crianças do bairro “ALEGRIA”, localizado na cidade: COMUNIDADE NOVA”. Esta comunidade é diferente... Nelanenhuma criança fica triste, porque ali prevalece a amizade.
Um belo dia chegou um caminhão de mudanças! Que coisa diferente! Há muito tempo não entrava no bairro pessoas diferentes!
As crianças logo se aproximaram e enorme foi à surpresa! Na cabine do caminhão vinham o motorista Sr. Saul e Dona Margarida e com eles quatro crianças! No início, as crianças ficaram tímidas, não sabiam o que fazer. Mas Dona Margarida foi logo se apresentando:
-Nós não poderíamos continuar no bairro TRISTEZA e nos disseram que por aqui, todos são amigos, é verdade?
As crianças do bairro então disseram:
- Moça, aqui todos somos amigos, nos ajudamos e sempre brincamos muito, pois temos um bom amigo com quem conversamos todos os dias e ELE nos aconselha dizendo que somos todos irmãos.
Dona Margarida prestou muita atenção e perguntou:
- Que amigo interessante é esse?
- Jesus! – responderam as crianças. – Aqui, todas as manhãs conversamos com ele! E temos certeza de que a vida de vocês será também de muita alegria! Mas, e os seus filhos? Queremos conhecê-los.
Dona Margarida apresentou os seus filhos (Jonas, José e Lúcia) e o seu marido Sr. Saul.
As crianças então falaram: “Vamos, venham todos! Vamos apresentar vocês a toda a comunidade! E seremos bons amigos!”
Dona Margarida e Sr. Saul, com o passar do tempo, puderam mudar de vida! A vida naquele local era muito agradável, ninguém ficava triste, nem aborrecido, era um convívio de fraternidade e camaradagem onde todos se ajudavam! E eles diziam:
- Agora, temos muitos amigos! Obrigado, meu Deus! Muito obrigado!
ANEXO D – A ABELHA CHOCOLATEIRA
Era uma vez uma abelha que não sabia fazer mel.
- Mas você é uma operária! - gritava a rainha - Tem que aprender.
Na colméia havia umas 50 mil abelhas e Anita era a única com esse problema. Ela se esforçava muito, muito mesmo. Mas nada de mel...
Todos os dias, bem cedinho, saíam atrás das flores de laranjeira, que ficavam nas árvores espalhadas pelo pomar. Com sua língua comprida, ela lambia as flores e levava seu néctar na boca. O corpinho miúdo ficava cheio de pólen, que ela carregava e largava, de flor em flor, de árvore em árvore.
Anita fazia tudo direitinho. Chegava à colméia carregada de néctar para produzir o mais gostoso e esperado mel e nada! Mas um dia ela chegou em casa e de sua língua saiu algo muito escuro.
- Que mel mais espesso e marrom... - gritaram suas colegas operárias.
- Iac, que nojo! - esbravejaram os zangões.
Todo mundo sabe que os zangões se zangam à toa, mas aquela história estava ficando feia demais. Em vez de mel, Anita estava produzindo algo doce, mas muito estranho.
- Ela deve ser expulsa da colméia! - gritavam os zangões.
- É horroroso, um desgosto para a raça! - diziam outros ainda.
Todas as abelhas começaram a zumbir e a zombar da pobre Anita. A única que ficou ao lado dela foi Beatriz, uma abelha mais velha e sábia.
Um belo dia, um menino viu aquele mel escuro e grosso sobre as plantas próximas da colméia, que Anita tinha rejeitado de vergonha. Passou o dedo, experimentou e, surpreso, disse:
- Que delícia. Esse é o mais saboroso chocolate que eu já provei na vida!
- Chocolate? Alguém disse chocolate? - indagou a rainha, que sabia que o chocolate vinha de uma fruta, o cacau, e não de uma abelha.
Era mesmo um tipo de chocolate diferente, original, animal, feito pela abelha Anita, ora essa, por que não...
Nesse momento, Anita, que ouvia tudo, esboçou um tímido sorriso. Beatriz, que também estava ali, deu-lhe uma piscadela, indicando que tinha tido uma idéia brilhante.
No dia seguinte, lá se foram Anita e Beatriz iniciar uma parceria incrível: fundaram uma fábrica de pão de mel, juntando o talento das duas para produzir uma deliciosa combinação de mel com chocolate.
Moral da história: as diferenças e riquezas pessoais, que existem em cada um de nós, são singulares e devem ser respeitadas.

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