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A arquitetura islâmica se expressa através da construção de mesquitas, madrasas – escolas religiosas -, locais de retiro espiritual e túmulos. As técnicas variam de acordo com as etapas históricas e os territórios onde se desenvolvem. No centro do mundo árabe as mesquitas seguem todas o mesmo padrão – um átrio, uma sala para orações -, mas possuem decoração e formas diversificadas. No Irã utilizam-se amplamente o tijolo e o que se chama de iwans, formas específicas, e o arco persa. Já na Península Ibérica há uma opção por uma arquitetura colorida, enquanto na Turquia a influência bizantina manifesta-se através da presença de grandes cúpulas nas mesquitas. Os tapetes e tecidos desempenharam um papel essencial na cultura islâmica. Na época em que prevaleceu o nomadismo, as tendas eram decoradas com estas peças. À medida que os muçulmanos se tornaram sedentários, sedas, brocados e tapetes ganharam status de decoração em palácios e castelos, bem como nas mesquitas, nas quais os crentes ajoelham-se sobre tapetes, pois não devem ficar em contato com a terra. As oficinas mais importantes na confecção de tapetes foram as de Shiraz, Tabriz e Isfahan, no Oriente, e Palermo, no Ocidente. Uma rica diversidade de estilos e o uso de técnicas eficazes marcaram as artes visuais islâmicas, essencialmente decorativas e coloridas. Os arabescos eram utilizados tanto na arquitetura quanto na decoração de objetos. A produção de cerâmicas, vidros, a ilustração de manuscritos e o artesanato de madeira ou metal também foram muito importantes na cultura islâmica. A cerâmica é uma das primeiras artes decorativas muçulmanas, principalmente a decoração da louça de barro em esmalte, uma das mais admiráveis contribuições do Islã para esta arte. A ilustração de manuscritos é igualmente muito reverenciada nos países árabes, especialmente a pintura em miniatura, no período posterior às invasões dos mongóis (1220-1260). Da mesma forma a caligrafia teve seu papel de destaque como motivo decorativo, uma vez que a palavra escrita é considerada pelos muçulmanos como uma revelação divina. A pintura islâmica é expressa por meio de afrescos e miniaturas. Infelizmente, poucas pinturas sobreviveram ao tempo em bom estado. Elas eram em geral empregadas na decoração das paredes dos palácios ou de edifícios públicos. Seus temas abrangiam episódios de caça e do cotidiano da corte. O estilo era análogo ao da pintura helênica, mas sofria também influências da Índia, da cultura bizantina e também da chinesa.