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CONORTO ACÚSTICO O QUE É ACÚSTICA? É a ciência que estuda o som. • A Acústica Arquitetônica estuda o fenômeno sonoro que consiste na produção, propagação e recepção do som no espaço construído. SOM: • Sensação produzida no sistema auditivo; • Precisa de um meio líquido, gasoso ou sólido para se propagar; • Não se propaga no vácuo; • Transporta energia, sem que, a rigor, haja transferência de matéria. RUÍDO: • Som incômodo, de natureza negativa, indesejável. PRESSÃO SONORA: • Variação da pressão ambiente, em determinado ponto, expressa em pascal. POTÊNCIA SONORA: • Capacidade de energia possível de ser liberada por uma fonte (w). INTENSIDADE SONORA: • Quantidade de energia transmitida por unidade de superfície normal de deslocamento (w/m²). VELOCIDADE DO SOM: a 20ºC o som se move a 344 m/s. ADIÇÃO DE NÍVEIS SONOROS: ESPECTRO SONORO: FENÔMENOS SONOROS: REFLEXÃO: • O som que nosso ouvido percebe é a composição do som direto da fonte e as subsequentes reflexões sofridas pela onda sonora. • Ao incidir sobre uma superfície, parte da energia sonora é refletida, enquanto outra parte é absorvida pelo material. Normalmente, quanto mais poroso o material, maior a absorção. Cada vez que o raio sonoro sofre uma reflexão, tende a perder energia, em uma porcentagem que varia conforme o coeficiente de absorção do material da superfície. REFRAÇÃO: • Quando a onda passa de um meio para outro com índice de refração diferente; • ocorrendo, dessa forma, a variação da velocidade de propagação e a variação do comprimento de onda, mas nunca a variação da frequência, pois se trata de uma característica da fonte que está emitindo a onda. DIFRAÇÃO: • Capacidade de uma onda sonora transpor obstáculos, mudando sua direção e diminuindo sua intensidade. • Ao passarem o obstáculo, as ondas sofrem um desvio de propagação, transpondo o obstáculo. INTERFERÊNCIA OU SUPERPOSIÇÃO: • Quando ondas de fontes diferentes se chocam. RESONÂNCIA: • Vibração de um corpo com influência de outro (mesma frequência). • Se a estrutura for submetida a uma força externa periódica cuja frequência coincida com uma das frequências naturais, a amplitude da oscilação atingirá valores elevados que podem levar ao colapso da estrutura. Este fenômeno é denominado ressonância. EFEITO DOPPLER: • Movimento relativo entre a fonte sonora e o receptor. • Por exemplo, a sirene de uma ambulância passando por um ouvinte parado na calçada. Nota-se que, à medida que a fonte se aproxima, o som vai se tornando mais agudo e, à medida que a fonte se afasta, o som vai se tornando mais grave. DIFUSÃO: • as ondas sonoras se espalham em diversas direções, promovendo uma distribuição mais uniforme da pressão sonora e um ganho no conforto acústico. REVERBERAÇÃO: • Tempo que uma fonte sonora leva para se dissipar no ambiente; • ocorre quando a diferença entre os instantes de recebimento dos dois sons, propagando-se no ar, é pouco inferior a 0,1 segundos. Ou seja, o obstáculo deve estar a uma distância menor de 17 metros. ECO: • Percepção tardia do som; • ocorre quando os dois sons, direto e refletido, são recebidos num intervalo de tempo superior a 0,1 segundos. Ou seja, o obstáculo que refletirá o som, no ar, deve estar a uma distância maior de 17 metros. TRANSMISSÃO X ABSORÇÃO: ABSORÇÃO SONORA: • Fonte e receptor no mesmo ambiente; • determinante da qualidade acústica interna do local analisado. TRANSMISSÃO SONORA: • Fonte e receptor em ambientes distintos; • Quando o som atinge uma superfície: parte da fonte sonora reflete, parte é retida (vira calor), parte é transmita. • Quando uma onda que se propaga num dado meio encontra uma superfície que separa esse meio de outro (interface), essa onda pode retornar ao meio em que estava se propagando (reflexão) e/ou propagar-se no outro meio (refração). • Ao ar livre, a alteração da velocidade do som, na atmosfera, por variações de temperatura, pode provocar a refração das ondas sonoras, ocasionando um ligeiro desvio na trajetória original. • O ar a 0° C transporta o som a 1180 km/h; à temperatura de uma sala (20° C) o som viaja a 1250 km/h. • Para aumentar o isolamento acústico da parede deve-se aumentar a sua massa, aplicando a Lei de massa para calcular seu desempenho ou deve-se criar outra parede, transformando-a em parede dupla (executar a outra parede, deixando uma câmara de ar entre elas) e nesse caso aplicando a Lei de massa-mola-massa para calcular seu desempenho. RUÍDO AÉREO: • Chama-se ruído aéreo, todo ruído que se propaga pelo ar. A velocidade de transmissão no ar é de aproximadamente 340 m/s (metros por segundo). RUÍDO ESTRUTURAL: • O ruído estrutural se propaga pela estrutura das edificações, sendo gerado pelas vibrações de máquinas e equipamentos ou por impactos que atingem a estrutura do prédio. O ruído estrutural possui uma velocidade de propagação maior do que a do ar, sendo da ordem de: 4.000 a 6.000 m/s. TRATAMENTO ACÚSTICO: • Se procura dar a um recinto, pela finalidade a que se destina, condições que permitam boa audição às pessoas nele presentes. • Compreende o isolamento acústico e/ ou condicionamento acústico. ISOLAMENTO ACÚSTICO: • Pode ser utilizada uma combinação de materiais isolantes, para o caso de queda de nível de som (Δ) elevada; e deve-se levar em conta a natureza dos ruídos ou sons a isolar (aéreos ou de impactos). CONDICONAMENTO ACÚSTICO: • Estabelecido o nível de som do recinto deve ser feito o estudo geométrico-acústico e determinado o tempo de reverberação. MEDIÇÃO DE PRESSÃO SONORA EM ÁREAS HABITACIONAIS: SONÔMETRO: • medidor integrador de nível sonoro. CALIBRADOR DE NÍVEL SONORO: • Utilizado integrado ao sonômetro. MICROFONE: • Outro tipo de medidor. REQUISITOS AMBIENTAIS: • Não se deve realizar medições em condições ambientais extremas; • As medições não podem ser realizadas durante precipitações pluviométricas, trovoadas ou sob condições ambientais de vento, temperatura e umidade relativa do ar em desacordo com as especificações das condições de operação dos instrumentos de medição estabelecidas pelos fabricantes. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA GLOBAL: • Nos dá uma ideia geral do barulho em um ambiente. NÍVEL DE PRESSÃO SONORA ESPECTRAL: • Analisa diferentes partes do som em frequências específicas. AVALIAÇÃO SONORA: • Os limites de horário para o período diurno e noturno da Tabela 3 podem ser definidos pelas autoridades de acordo com os hábitos da população. Porém, o período noturno não deve começar depois das 22 h e não deve terminar antes das 7 h do dia seguinte. Se o dia seguinte for domingo ou feriado, o término do período noturno não deve ser antes das 9 h. • A avaliação sonora é realizada pela comparação dos níveis de pressão sonora medidos ou calculados, caracterizados previamente, com os respectivos limites de avaliação apresentados nesta Norma, conforme o tipo de área habitada e os períodos/horários. NBR 15575 SISTEMAS DE PISOS: • Os sistemas de pisos, que separam unidades habitacionais autônomas em diferentes andares, devem garantir um desempenho adequado de isolamento acústico aéreo (conversações, TV, música, etc.) e de isolamento acústico ao ruído de impacto (passos, queda de objetos, arrastar de móveis, etc.). COMO ATINGIR O CONFORTO ACÚSTICO? • As características do ambiente construído – interior e exterior – são responsáveis pela qualidade acústica do espaço resultante. INFLUÊNCIAS NA PROPAGAÇÃO DO SOM AO AR LIVRE: VENTO: • Quando na mesma direção do som, a velocidade deste fica acrescida da velocidade do vento. TEMPERATURA: • A velocidade do som é maior no ar quente; • No vento quente o som muda sua direção de propagação. PERFIL DO SOLO E SEU REVESTIMENTO: • Um solo vegetal atenua mais a reflexão do som do que um solo pavimentado impermeável; • Também a topografia tem influência na propagação do som. ENTORNO: • As edificações do entorno podem gerar sombras acústicas ou intensificar o som; • Corredores de fachadas paralelas propiciaraminúmeras reflexões. BARREIRA ACÚSTICA: BARREIRA ACÚSTICA: • São anteparos posicionados entre a fonte produtora do ruído e a recepção. Para seu dimensionamento aplica-se o princípio de difração. MATERIAIS E SISTEMAS ABSORVENTES: • EFEITO MASSA/ MOLA/ MASSA: • Percebe-se, pela figura acima, que ao gerarmos espaços vazios ou preenchidos com material absorvente acústico, melhoramos muito o desempenho, sem termos que aumentar a massa da estrutura, otimizando o peso da mesma. Dois aspectos relevantes: • Quanto maior a massa da mola, maior a capacidade de isolamento acústico do sistema. • Quanto maior o afastamento entre as placas externas, melhor o isolamento acústico às baixas frequências. MATERIAIS ABOSORVENTES: • Bons absorventes acústicos são necessariamente materiais macios, porosos ou fibrosos, que têm capacidade de absorver sons que neles incidem: • Os materiais absorventes têm seu desempenho conforme a frequência do som, sendo, de forma geral, melhores absorventes às altas frequências. GEOMETRIA INTERNA DOS RECINTOS: • Superfícies muito próximas e paralelas podem gerar eco palpitante. • Distância muito grandes entre as paredes podem ocasionar ecos. • Afastamentos muito grandes entre o palco e as últimas fileiras prejudicam a audibilidade. • Diferenças de percursos dos sons diretos e os refletidos, superiores a 17m, comprometem a boa audibilidade. • O volume deve ser adequado à atividade. Volumes impróprios às destinações dos ambientes dificultam a correção do tempo de reverberação, requerendo o uso substancial de materiais absorventes e/ou refletores, elevando dessa forma o custo final do investimento; deve-se buscar uma relação coerente do volume per capita em função da destinação do recinto. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6