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PÓS-GRADUAÇÃO 
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Lei 8.072/90
Professor Márcio Alberto Gomes Silva
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Código Penal comentado para Carreiras Policiais
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Introdução
• Existe crime tipificado no bojo da Constituição Federal (preceito primário e
preceito secundário)?
• A Constituição Federal assevera no inciso XLIII do seu artigo 5º que “a lei
considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a
prática de tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o
terrorismo e os definidos como crimes hediondos, por eles respondendo
os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem”.
• O dispositivo constitucional foi regulamentado pela Lei 8.072/90 (Lei de
crimes hediondos).
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Sistemas
Existem três sistemas de classificação dos crimes hediondos:
Sistema Comentário
Legal O legislador fixa, em rol taxativo, quais os crimes serão considerados
hediondos.
Judicial Cabe ao juiz, analisando o caso concreto, definir se o crime será
considerado hediondo ou não.
Misto O legislador cria critérios objetivos para determinar se um crime é
hediondo ou não e através deles o juiz, caso a caso, verifica a
natureza hedionda da conduta.
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Sistemas
• Adotamos o sistema legal, para definição dos crimes hediondos.
Destarte, o rol dos crimes hediondos é taxativo (apenas os que
aparecem na listagem da Lei 8.072/90 são considerados como tal).
• Cláusula salvatória é a possibilidade do juiz, no caso concreto, não
considerar o crime como sendo hediondo, apesar do mesmo constar
na lista taxativa da lei. Nosso sistema não a admite.
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Crimes equiparados a hediondos
• Crimes equiparados a hediondos: os crimes equiparados a hediondos 
são terrorismo, tráfico de drogas e tortura (estão listados no mesmo 
mandado de criminalização que trata dos crimes hediondos, no inciso 
XLIII do artigo 5º da Constituição Federal). 
• Terrorismo – Lei 13.260/16;
• Tráfico de drogas – Lei 11.343/06;
• Tortura – Lei 9.455/97;
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Crimes equiparados a hediondos
Crime equiparado a hediondo Comentários
Terrorismo O terrorismo é definido na Lei 13.260/16. Eis o artigo 2º do
mandamento legal:
Art. 2º O terrorismo consiste na prática por um ou mais
indivíduos dos atos previstos neste artigo, por razões de
xenofobia, discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia e
religião, quando cometidos com a finalidade de provocar
terror social ou generalizado, expondo a perigo pessoa,
patrimônio, a paz pública ou a incolumidade pública.
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Crime equiparado a hediondo Comentários
Tráfico de drogas Os crimes relacionados ao tráfico de drogas estão previstos na Lei 11.343/06.
O tráfico privilegiado (artigo 33, § 4º, da Lei 11.343/06) e a associação para o tráfico de drogas
(artigo 35 da mesma lei) não são crimes equiparados a hediondos - a Súmula 512/STJ foi
revogada (o Superior Tribunal de Justiça findou seguindo a interpretação do Supremo Tribunal
Federal, que não considera o crime de tráfico privilegiado equiparado a hediondo).
O Pacote Anticrime inseriu o entendimento jurisprudencial na Lei de Execução Penal:
Art. 112 (...)
§ 5º Não se considera hediondo ou equiparado, para os fins deste artigo, o crime de
tráficode drogas previsto no § 4º do art. 33 da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006.
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Crimes equiparados a hediondos
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Tortura O crime de tortura é descrito na Lei
9.455/97.
A tortura por omissão (tortura imprópria,
prevista no § 2º do artigo 2º da Lei
9.455/97) não é crime equiparado a
hediondo.
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Crimes
• É importante notar que só são hediondos os crimes da lista previstos 
no Código Penal (crimes idênticos capitulados no Código Penal Militar 
não são hediondos por expressa determinação legal).
• A hediondez alcança os crimes em suas formas consumada e tentada.
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Crimes
• Lista dos crimes hediondos:
Art. 1o São considerados hediondos os seguintes crimes, todos
tipificados no Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 -
Código Penal, consumados ou tentados:
I – homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de
grupo de extermínio, ainda que cometido por um só agente, e
homicídio qualificado (art. 121, § 2o, incisos I, II, III, IV, V, VI, VII e VIII);
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Crimes
Observação Comentário
1 Todo homicídio qualificado é crime hediondo (o legislador criou, no Pacote
Anticrime, nova modalidade de homicídio qualificado - homicídio qualificado
com emprego de arma de fogo de uso restrito ou proibido – mas o
presidente da República vetou o dispositivo – inciso VIII do § 2º do artigo 121
do Código Penal).
2 O único homicídio simples que é crime hediondo é o cometido em atividade
típica de grupo de extermínio, ainda que por um só agente.
3 O homicídio qualificado-privilegiado não é crime hediondo. Tal figura ocorre
quando o homicídio é privilegiado (considerado o aspecto subjetivo –
incidência de uma das causas de diminuição do § 1º do artigo 121 do Código
Penal) e qualificado (incidência de qualificadora de cunho objetivo, no § 2º
do artigo 121 do Código Penal).
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Algumas debates relevantes
• O homicídio perpetrado contra filho adotivo de integrante de órgão de
segurança pública em razão do serviço é crime hediondo?
• É possível cogitar prática de feminicídio que não se traduza em crime
hediondo?
• Homicídio motivado por homofobia/transfobia é crime hediondo (o debate
necessário acerca da ADO 26 e do MI 4733)?
• Veto da qualificadora do inciso VIII do § 2º do artigo 121 do Código Penal.
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Crimes
Art. 1º (...)
I-A – lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2o) e
lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 3o), quando praticadas
contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da
Constituição Federal, integrantes do sistema prisional e da Força
Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em
decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente
consanguíneo até terceiro grau, em razão dessa condição;
• Lesão corporal gravíssima perpetrada contra policial aposentado é crime
hediondo?
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Crimes
Art. 1º (...)
II – roubo:
a) circunstanciado pela restrição de liberdade da vítima (art. 157, § 2º, inciso 
V);
b) circunstanciado pelo emprego de arma de fogo (art. 157, § 2º-A, inciso I) 
ou pelo emprego de arma de fogo de uso proibido ou restrito (art. 157, § 2º-
B);
c) qualificado pelo resultado lesão corporal grave ou morte (art. 157, § 3º);
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Crimes• Antes da entrada em vigor da Lei 13.964/19, apenas o latrocínio era
crime hediondo. Com o Pacote Anticrime, passaram a ser
considerados hediondos as seguintes modalidades de roubo:
Roubo Dispositivo
Circunstanciado pela restrição de liberdade da 
vítima
Artigo 157, § 2º, inciso V
Circunstanciado pelo emprego de arma de 
fogo
Artigo 157, § 2º-A, inciso I
Circunstanciado pelo emprego de arma de 
fogo de uso proibido ou restrito
Artigo 157, § 2º-B
Qualificado pelo resultado lesão corporal grave Artigo 157, § 3º, inciso I
Qualificado pela morte Artigo 157, § 3º, inciso II
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Crimes
• Parece-me desproporcional considerar hediondo o crime de roubo em face
da restrição da liberdade da vítima ou pelo emprego de arma de fogo de
uso permitido. O legislador tem verdadeira predileção por tratar de
maneira mais gravosa o agente que pratica crimes violentos, mesmo que
individuais. Ocorre que, por vezes, crimes praticados sem violência ou
grave ameaça podem trazer grandes malefícios ao tecido social (desvio de
verbas públicas, por exemplo). Anoto aqui crítica a tal opção legislativa. É
preciso impor tratamento mais severo também a quem dilapida os cofres
públicos e atravanca o crescimento do nosso país. É muito mais grave
desviar milhares de reais das verbas saúde ou da educação que roubar uma
carteira portando um revólver calibre .38.
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Crimes
Sobre o latrocínio:
Morte Subtração Latrocínio
SIM SIM Consumado
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NÃO SIM Tentado
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Crimes
Leia as Súmulas 610 e 603 do STF:
Súmula 610/STF - Há crime de latrocínio, quando o
homicídio se consuma, ainda que não realize o agente a
subtração de bens da vítima.
Súmula 603/STF - A competência para o processo e
julgamento de latrocínio é do juiz singular e não do tribunal
do júri.
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Crimes
Art. 1º (...)
III - extorsão qualificada pela restrição da liberdade da
vítima, ocorrência de lesão corporal ou morte (art. 158, §
3º);
• Em primeiro lugar, cumpre destacar que a extorsão é crime formal,
nos termos da Súmula 96/STJ - O crime de extorsão consuma-se
independentemente da obtenção da vantagem indevida.
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Crimes
• Antes do Pacote Anticrime discutia-se se a extorsão qualificada pela restrição da
liberdade da vítima com resultado morte constituía ou não crime hediondo. Explico. A Lei
8.072/90 considerava delito hediondo a extorsão qualificada pela morte, alocada no § 2º
do artigo 158 do Código Penal. A Lei 11.923/09 acrescentou no artigo 158 do Código
Penal o § 3º, que ficou conhecido como sequestro-relâmpago (em verdade crime de
extorsão qualificada pela restrição da liberdade da vítima). No bojo do referido § 3º há
também hipótese de aplicação de pena mais severa em face do resultado morte.
Contudo, como a Lei 8.072/90 não havia sido modificada para afirmar expressamente
que a extorsão qualificada pela morte tipificada no artigo 158 § 3º do Código Penal era
crime hediondo, havia robusto entendimento doutrinário que afirmava que não era
possível reconhecer a hediondez do sequestro relâmpago com resultado morte. Outra
parte da doutrina, contudo, afirmava (a meu ver com razão) que a extorsão qualificada
pela morte era crime hediondo onde quer se enquadrasse (seja no § 2º, seja no § 3º do
artigo 158 do Código Penal).
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Crimes
• Com o fito de solucionar o entrave, o Pacote Anticrime alterou o inciso III
do artigo 1º da Lei 8.072/90 para considerar crime hediondo a extorsão
qualificada pela restrição da liberdade da vítima, pela ocorrência de lesão
corporal ou morte. Contudo, a celeuma vai continuar. É que o legislador
não incluiu entre parênteses o § 2º do artigo 158 do Caderno Repressivo.
Haverá quem interprete que a Lei 13.964/19 constitui novatio legis in
mellius para quem cometeu crime de extorsão qualificada pela morte
tipificada no referido dispositivo, porquanto ele desapareceu no inciso III
do artigo 1º da Lei de Crimes Hediondos (com aplicação retroativa, mesmo
que o caso criminal conte com sentença condenatória transitada em
julgado – artigo 2º, parágrafo único, do Código Penal, com aplicação da
Súmula 611/STF).
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Crimes
• É preciso que se diga que o legislador findou considerando o roubo
majorado pelo emprego de arma de fogo hediondo, mas não fez o mesmo
em relação ao crime de extorsão. Ora, roubo e extorsão são delitos muito
próximos (ambos são crimes patrimoniais que envolvem violência ou grave
ameaça contra pessoa). Parece-me injustificável tal tratamento
diferenciado. Imagine que A, com emprego de arma de fogo, subtrai o
relógio de B. A conclusão será que A praticou crime de roubo majorado
pelo emprego de arma de fogo, hediondo a partir da entrada em vigor do
Pacote Anticrime. Suponha que C, com emprego de arma de fogo, obrigue
D a entregar-lhe o cartão de débito e a respectiva senha para que aquela
faça saques ilícitos na conta deste. Conclui-se que C praticou crime de
extorsão majorada, mas o crime não será hediondo.
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Crimes
Art. 1º (...)
IV - extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art.
159, caput, e §§ 1o, 2o e 3o);
• Qualquer forma de extorsão mediante sequestro é crime hediondo;
• Lembre que a extorsão mediante sequestro resta consumada quando há a
privação da liberdade da vítima, com a intenção de exigir preço pelo
resgate da mesma (ainda que esse preço não venha a ser pago) – crime
formal;
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Art. 1º (...)
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
• A ação penal em relação ao estupro é pública incondicionada (a Lei 13.718/18
alterou o artigo 225 do Código Penal).
• Considerações sobre as dificuldades investigativas e processuais em face da
prática de crimes contra a dignidade sexual (importância da palavra da vítima,
Síndrome da Mulher de Potifar, etc.).
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Crimes
Art. 1º (...)
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
• A prática do crime tipificado no artigo 217-A do Código Penal não reclama
violência ou grave ameaça. A vulnerabilidade descrita no tipo é de natureza
objetiva (leia o § 5º do artigo 217-A do Código Penal, incluído pela Lei
13.718/18), nos termos da Súmula 593/STJ - O crime de estupro de
vulnerável se configura com a conjunção carnal ou prática de ato
libidinoso com menor de 14 anos, sendo irrelevante eventual
consentimento da vítima para a prática do ato, sua experiência sexual
anterior ou existência de relacionamento amoroso com o agente.
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Crimes
Art. 1º (...)
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto
destinado a fins terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e §
1o-B, com a redação dada pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).
• Desproporcionalidade em relação ao tipo (aplicação da pena do tráfico de drogas,
desclassificação da prática para o crime de contrabando, excepcional reconhecimento do
princípio da insignificância, etc.).
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Crimes
• O crime de envenenamento de água potável ou de substância
alimentícia ou medicinal, qualificada pela morte (artigo 270 c/c artigo
285, ambos do Código Penal) constava na redação original da Lei
8.072/90 como crime hediondo, mas foi retirado do rol pela Lei
8.930/94 (por isso, não é crime hediondo).
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Crimes
Art. 1º (...)
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de
exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável
(art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).
IX - furto qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato
análogo que cause perigo comum (art. 155, § 4º-A).
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Crimes
• O Pacote Anticrime alçou à categoria de crime hediondo o furto
qualificado pelo emprego de explosivo ou de artefato análogo que
cause perigo comum.Curiosamente, o roubo majorado pela
destruição ou rompimento de obstáculo mediante o emprego de
explosivo ou de artefato análogo que cause perigo comum não foi
considerado crime hediondo pela Lei 13.964/19 (atropelo à
proporcionalidade)
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Crimes
Art. 1º (...)
Parágrafo único. Consideram-se também hediondos, tentados ou
consumados:
I - o crime de genocídio, previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei nº 2.889,
de 1º de outubro de 1956;
II - o crime de posse ou porte ilegal de arma de fogo de uso proibido,
previsto no art. 16 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
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Crimes
III - o crime de comércio ilegal de armas de fogo, previsto no art.
17 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
IV - o crime de tráfico internacional de arma de fogo, acessório
ou munição, previsto no art. 18 da Lei nº 10.826, de 22 de
dezembro de 2003;
V - o crime de organização criminosa, quando direcionado à
prática de crime hediondo ou equiparado.
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Crimes
• No inciso II, avista-se grave falha. É que o crime tipificado no artigo 16 da Lei
10.826/03 era considerado hediondo na redação alterada pelo Pacote Anticrime
(o Superior Tribunal de Justiça entendeu que até as figuras equiparadas previstas
no parágrafo único do referido dispositivo eram hediondas nos autos do HC
526916/SP, rel. Min. Nefi Cordeiro, j. 01/10/2019). Agora, com a redação
determinada pela Lei 13.964/19, apenas o crime de posse/porte de arma de fogo
de uso proibido será crime hediondo. O legislador esqueceu do crime de
posse/porte de arma de fogo de uso restrito.
• Considerando que o conceito de arma de uso proibido é diferente do conceito de
arma de fogo de uso restrito, não resta dúvida de que haverá novatio legis in
mellius em relação ao crime de posse/porte de arma de fogo de uso restrito.
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Crimes
• Armas de fogo de uso restrito, segundo os Decretos 9.845, 9.846 e 9.847,
todos de 25 de junho de 2019, são as armas de fogo automáticas,
semiautomáticas ou de repetição que sejam: a) não portáteis; b) de porte,
cujo calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na saída
do cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-
pé ou mil seiscentos e vinte joules; ou c) portáteis de alma raiada, cujo
calibre nominal, com a utilização de munição comum, atinja, na saída do
cano de prova, energia cinética superior a mil e duzentas libras-pé ou mil
seiscentos e vinte joules. Já armas de fogo de uso proibido são a) as armas
de fogo classificadas de uso proibido em acordos e tratados internacionais
dos quais a República Federativa do Brasil seja signatária; ou b) as armas de
fogo dissimuladas, com aparência de objetos inofensivos.
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Crimes
• Os incisos III e IV do parágrafo único do artigo 1º da Lei 8.072/90 (com
redação determinada pelo Pacote Anticrime) impuseram a hediondez aos
crimes de comércio ilegal de armas de fogo (artigo 17 da Lei nº 10.826/03)
e de tráfico internacional de arma de fogo, acessório ou munição (artigo 18
da Lei 10.826/03).
• Por fim, o inciso V do parágrafo único do artigo 1º da Lei 8.072/90
considerou hediondo (com redação determinada Lei 13.964/19) o crime de
organização criminosa, quando direcionado à prática de crime hediondo ou
equiparado.
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Outras observações
Art. 2º Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito
de entorpecentes e drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis
de:
I - anistia, graça e indulto;
II – fiança.
• Os crimes hediondos são insuscetíveis de anistia, graça, indulto e fiança
(mas é possível concessão de liberdade provisória – alteração do inciso II
do artigo 2º da Lei 8.072/90 pela Lei 11.464/07).
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Outras observações
• É importante, nesta toada, lembrar que o Pacote Anticrime proibiu
concessão de liberdade provisória ao agente reincidente, que integra
organização criminosa armada ou milícia, ouque porta arma de fogo de
uso restrito (novel § 2º do artigo 310 do Código de Processo Penal). Penso
que tal inserção é inconstitucional:
Art. 310. (...)
§ 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra
organização criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de
fogo de uso restrito, deverá denegar a liberdade provisória, com
ou sem medidas cautelares.
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Outras observações
Art. 2º (...)
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime fechado.
• Apesar da lei afirmar que a pena deve ser cumprida no regime inicialmente fechado (artigo 2º, § 1º, da Lei
8.072/90), o STF julgou ser inconstitucional tal previsão – vide HC 111.840/ES:
Habeas corpus. Penal. Tráfico de entorpecentes. Crime praticado durante a vigência da Lei nº
11.464/07. Pena inferior a 8 anos de reclusão. Obrigatoriedade de imposição do regime inicial
fechado. Declaração incidental de inconstitucionalidade do § 1º do art. 2º da Lei nº 8.072/90.
Ofensa à garantia constitucional da individualização da pena (inciso XLVI do art. 5º da CF/88).
Fundamentação necessária (CP, art. 33, § 3º, c/c o art. 59). Possibilidade de fixação, no caso
em exame, do regime semiaberto para o início de cumprimento da pena privativa de
liberdade. Ordem concedida.
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Outras observações
• Qual a linha do tempo em relação à progressão de regime de
cumprimento de pena dos crimes hediondos?
• Com a entrada em vigor da Lei 13.964/19, a progressão de regime em
relação a condenados pela prática de crimes hediondos fica assim regulada
(alterações promovidas na Lei de Execução Penal) – a tabela expressa
apenas a progressão relacionada à prática de crimes hediondos (por óbvio,
se o crime hediondo foi praticado antes da entrada em vigor do Pacote
Anticrime e esse for mais gravoso para o condenado, não haverá aplicação
retroativa da Lei 13.964/19 e continuarão sendo aplicados os índices de
2/5 e 3/5 previstos no revogado § 2º do artigo 2º da Lei 8.072/90):
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Outras observações
Progressão de regime depois do Pacote Anticrime
40% da pena Apenado for condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, se
for primário
50% da pena a) Condenado pela prática de crime hediondo ou equiparado, com resultado
morte, se for primário, vedado o livramento condicional; b) condenado por
exercer o comando, individual ou coletivo, de organização criminosa
estruturada para a prática de crime hediondo ou equiparado; ou c)
condenado pela prática do crime de constituição de milícia privada;
60% da pena Apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado
70% da pena Apenado for reincidente em crime hediondo ou equiparado com resultado
morte, vedado o livramento condicional
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Outras observações
Art. 2º (...)
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá
fundamentadamente se o réu poderá apelar em liberdade.
• Necessidade de fundamentação, com base no artigo 315 do Código
de Processo Penal;
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Outras observações
Art. 2º (...)
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de
21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá
o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso
de extrema e comprovada necessidade.
• Prisão temporária diferenciada (30 dias com possibilidade de prorrogação
por mais 30 dias) - § 4º, do artigo 2º, da Lei 8.072/90;
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Outras observações
• Sobre livramento condicional:
Condenado Quantidade de pena 
cumprida
Requisito subjetivo Requisito objetivo Requisito subjetivo adicional se o crime 
for doloso, cometido com violência ou 
grave ameaça à pessoa
Não reincidente em
crime doloso
Mais de 1/3 Comprovado bom
comportamento durante a
execução da pena, não ter
cometido falta grave nos
últimos 12 meses, bom
desempenho no trabalho
que lhe foi atribuído e
aptidão para prover à
própria subsistência
mediante trabalho honesto
Tenha reparado, salvo efetiva
impossibilidade de fazê-lo, o
dano causado pela infração.
Constatação de condições pessoais que
façam presumir que o liberado não voltará
a delinquir.
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Outras observações
Reincidente em crime doloso Mais da metade Comprovado bom comportamento
durante a execução da pena, não
ter cometido falta grave nos
últimos 12 meses, bom
desempenho no trabalho que lhe
foi atribuído e aptidão para prover
à própria subsistência mediante
trabalho honesto
Tenha reparado, salvo efetiva
impossibilidade de fazê-lo, o dano
causado pela infração.
Constatação de condições pessoais que façam
presumir que o liberado não voltará a delinquir.
Pela prática de crime hediondo
ou equiparado a hediondo
Mais de 2/3 Comprovado bom comportamento
durante a execução da pena, não
ter cometido falta grave nos últimos
12 meses, bom desempenho no
trabalho que lhe foi atribuído e
aptidão para prover à própria
subsistência mediante trabalho
honesto
Tenha reparado, salvo efetiva
impossibilidade de fazê-lo, o dano
causado pela infração.
Constatação de condições pessoais que façam
presumir que o liberado não voltará a delinquir.
Reincidente específico em
crime hediondo ou equiparado
a hediondo ou condenado
primário pela prática de crime
hediondo ou equiparado, com
resultado morte
Não faz jus ao benefício - - -
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Outras observações
• Leia os artigos 3º e 8º da Lei 8.072/90:
Art. 3º A União manterá estabelecimentos penais, de segurança máxima, destinados
ao cumprimento de penas impostas a condenados de alta periculosidade, cuja
permanência em presídios estaduais ponha em risco a ordem ou incolumidade
pública.
Art. 8º Será de três a seis anos de reclusão a pena prevista no art. 288 do Código
Penal, quando se tratar de crimes hediondos, prática da tortura, tráfico ilícito de
entorpecentes e drogas afins ou terrorismo.
Parágrafo único. O participante e o associado que denunciar à autoridade o bando
ou quadrilha, possibilitando seu desmantelamento, terá a pena reduzida de um a
dois terços.
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Outras observações
• Leia o artigo 9º-A da LEP (incluído pela Lei 12.654/12 e alterado pelo Pacote Anticrime):
Art. 9o-A. Os condenados por crime praticado, dolosamente, com violência de natureza grave
contra pessoa, ou por qualquer dos crimes previstos no art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de julho
de 1990, serão submetidos, obrigatoriamente, à identificação do perfil genético, mediante
extração de DNA - ácido desoxirribonucleico, por técnica adequada e indolor.
§ 1o A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados sigiloso, conforme
regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo.
§ 1º-A. A regulamentação deverá fazer constar garantias mínimas de proteção de dados
genéticos, observando as melhores práticas da genética forense.
§ 2o A autoridade policial, federal ou estadual, poderá requerer ao juiz competente, no caso
de inquérito instaurado, o acesso ao banco de dados de identificação de perfil genético.
§ 3º Deve ser viabilizado ao titular de dados genéticos o acesso aos seus dados constantes nos
bancos de perfis genéticos, bem como a todos os documentos da cadeia de custódia que
gerou esse dado, de maneira que possa ser contraditado pela defesa.
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Outras observações
•
§ 4º O condenado pelos crimes previstos no caput deste artigo que não tiver sido submetido à
identificação do perfil genético por ocasião do ingresso no estabelecimento prisional deverá
ser submetido ao procedimento durante o cumprimento da pena.
§ 5º (VETADO).
§ 6º (VETADO).
§ 7º (VETADO).
§ 8º Constitui falta grave a recusa do condenado em submeter-se ao procedimento de
identificação do perfil genético.
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Outras observações
• Há, basicamente, dois entendimentos acerca do artigo sobredito: a) os que o entendem inconstitucional
alegam que o dispositivo atropela o direito a não autoincriminação (obrigaria o condenado a produzir prova
contra si); b) os que defendem sua constitucionalidade afirma o artigo determina mera identificação criminal
(que não é voltada à solução de crime pretérito específico). Entendo correta a segunda linha de
pensamento.
• O artigo tem sua constitucionalidade discutida pelo Supremo Tribunal Federal nos autos do RE 973837,
relator Ministro Gilmar Mendes, com repercussão geral reconhecida pela Corte. O relator cita decisões do
Tribunal Europeu dos Direitos Humanos para demonstrar a relevância dos debates em torno do tema:
Em Van der Velden contra Holanda, 29514/05, decisão de 7.12.2006, o Tribunal considerou
que o método de colheita do material por esfregação de cotonete na parte interna da
bochecha é invasivo à privacidade. Também avaliou como uma intromissão relevante na
privacidade a manutenção do material celular e do perfil de DNA. Quanto a esse aspecto,
remarcou-se não se tratar de métodos neutros de identificação, na medida em que podem
revelar características pessoais do indivíduo. No entanto, a Corte avaliou que a adoção da
medida em relação a condenados era uma intromissão proporcional, tendo em vista o
objetivo de prevenir e investigar crimes.
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Outras observações
No caso S. e MARPER contra Reino Unido (decisão de 4.12.2008),
o Tribunal afirmou que a manutenção, por prazo indeterminado,
dos perfis genéticos de pessoas não condenadas, viola o direito
à privacidade, previsto no art. 8º da Convenção Europeia de
Direitos Humanos.
Por outro lado, no caso Peruzzo e Martens contra Alemanha
(30562/04 e 30566/04, decisão de 4 de dezembro de 2008),
considerou-se manifestamente infundada a alegação de que a
manutenção, em bancos de dados estatais, de perfis genéticos
de condenados por crimes graves violaria o direito à privacidade.
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Outras observações
• Leia o artigo 7º-A da Lei 12.037/09 (alterada pelo Pacote Anticrime):
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados
ocorrerá:
(...)
II - no caso de condenação do acusado, mediante requerimento,
após decorridos 20 (vinte) anos do cumprimento da pena.
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