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Prévia do material em texto

Brasília-DF. 
SiStema de Comando de inCidenteS
Elaboração
Rodrigo Caselli Belém
Atualização
Marco Aurélio Rocha
Produção
Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração
Sumário
APRESENTAÇÃO ................................................................................................................................. 5
ORGANIZAÇÃO DO CADERNO DE ESTUDOS E PESQUISA .................................................................... 6
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 8
UNIDADE I
PRINCÍPIOS E CONCEITOS ................................................................................................................... 11
CAPÍTULO 1
PRINCÍPIOS DO SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES (SCI) ................................................. 11
CAPÍTULO 2
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES NO BRASIL E SUAS CARACTERÍSTICAS ........................ 20
CAPÍTULO 3
COMANDO UNIFICADO, CADEIA DE COMANDO E UNIDADES ................................................ 33
UNIDADE II
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO .................................................................. 39
CAPÍTULO 1
FUNÇÕES E ESTRUTURA .......................................................................................................... 39
CAPÍTULO 2
DESCRIÇÃO DAS ÁREAS FUNCIONAIS DO SCI ........................................................................ 43
CAPÍTULO 3
ESTRUTURA DETALHADA DO SCI .............................................................................................. 49
UNIDADE III
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI .................................................................................................... 52
CAPÍTULO 1
SEÇÕES DO SCI ..................................................................................................................... 52
CAPÍTULO 2
ESTABELECENDO O SCI E TRANSFERINDO O COMANDO ........................................................ 78
UNIDADE IV
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO ............................................................................. 82
CAPÍTULO 1
DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES E ZONAS DE ATENDIMENTO .................................................... 82
CAPÍTULO 2
RECURSOS A SEREM EMPREGADOS NOS INCIDENTES ............................................................. 94
CAPÍTULO 3
TREINAMENTO E AVALIAÇÃO .................................................................................................. 97
CAPÍTULO 4
FORMULÁRIOS UTILIZADOS NO SCI ....................................................................................... 104
PARA (NÃO) FINALIZAR ................................................................................................................... 110
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................ 111
5
Apresentação
Caro aluno
A proposta editorial deste Caderno de Estudos e Pesquisa reúne elementos que se 
entendem necessários para o desenvolvimento do estudo com segurança e qualidade. 
Caracteriza-se pela atualidade, dinâmica e pertinência de seu conteúdo, bem como pela 
interatividade e modernidade de sua estrutura formal, adequadas à metodologia da 
Educação a Distância – EaD.
Pretende-se, com este material, levá-lo à reflexão e à compreensão da pluralidade 
dos conhecimentos a serem oferecidos, possibilitando-lhe ampliar conceitos 
específicos da área e atuar de forma competente e conscienciosa, como convém 
ao profissional que busca a formação continuada para vencer os desafios que a 
evolução científico-tecnológica impõe ao mundo contemporâneo.
Elaborou-se a presente publicação com a intenção de torná-la subsídio valioso, de modo 
a facilitar sua caminhada na trajetória a ser percorrida tanto na vida pessoal quanto na 
profissional. Utilize-a como instrumento para seu sucesso na carreira.
Conselho Editorial
6
Organização do Caderno 
de Estudos e Pesquisa
Para facilitar seu estudo, os conteúdos são organizados em unidades, subdivididas em 
capítulos, de forma didática, objetiva e coerente. Eles serão abordados por meio de textos 
básicos, com questões para reflexão, entre outros recursos editoriais que visam tornar 
sua leitura mais agradável. Ao final, serão indicadas, também, fontes de consulta para 
aprofundar seus estudos com leituras e pesquisas complementares.
A seguir, apresentamos uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos 
Cadernos de Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes 
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor 
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita 
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante 
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As 
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Sugestão de estudo complementar
Sugestões de leituras adicionais, filmes e sites para aprofundamento do estudo, 
discussões em fóruns ou encontros presenciais quando for o caso.
Atenção
Chamadas para alertar detalhes/tópicos importantes que contribuam para a 
síntese/conclusão do assunto abordado.
7
Saiba mais
Informações complementares para elucidar a construção das sínteses/conclusões 
sobre o assunto abordado.
Sintetizando
Trecho que busca resumir informações relevantes do conteúdo, facilitando o 
entendimento pelo aluno sobre trechos mais complexos.
Para (não) finalizar
Texto integrador, ao final do módulo, que motiva o aluno a continuar a aprendizagem 
ou estimula ponderações complementares sobre o módulo estudado.
8
Introdução
O conceito de Sistema de Comando de Incidentes (SCI) nasceu da real necessidade 
de padronização e uniformização de posturas de coordenação e comando em 
situações de crise, que, via de regra, possui algumas características comuns 
que tornam esse tipo de ação cansativa, critica e, na maioria das vezes, não 
exitosas. 
Dentre tantos fatores, cabe destacar:
 » Atuação de diferentes agências e/ou órgãos de atendimento.
 » Terminologias diferentes adotadas e utilizadas por cada um dos 
presentes.
 » Planos de ação diferentes e, usualmente, muitos não consolidados.
 » Ruído e dificuldade de entendimento nas comunicações.
 » Dificuldade de adaptação das estruturas e em situações variantes.
 » Ausência de instalações com localização, disposição e denominação 
claras.
A presença desses fatores pode acarretar atendimento desordenado, geralmente 
ocasionando dispêndio desnecessário de recursos e, até certo ponto, com eficácia 
questionável por parte das agências de resposta e dos órgãos públicos responsáveis.
Como forma de tornarem efetivos o atendimento e a resposta, por meio da 
otimização e do adequado uso de recursos disponíveis (humanos e materiais), 
foi criado, na década de 1970, pelos bombeiros americanos, esse conceito 
de Sistema de Comando de Incidentes, que tem por essência a criação de 
ordenamento organizacional pré-definido, comum a todos os participantes e 
capaz de se adaptar aos mais variados tipos de ocorrências e porte de evento.
Dessa forma podemos dizer que o SCI aplica-se às mais diversas situações e 
eventos, tais como:
 » incêndios e explosões;
 » emergências químicas e ocorrências com armas de destruição em 
massa (QBN);
 » emergências no modal de transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, 
aquaviário e metroviário;
9
 » acidentes em plantas industriais e alto risco;
 » desastres naturais e ambientais;
 » situações de crise;
 » distúrbios civis e atentados terroristas;
 » operações e paradas militares;
 » visita de dignitários;
 » competições esportivas;
 » situações de calamidade pública.
Embora possua uma estrutura básica, esse modelo desistema permite adaptação 
a qualquer característica de serviço e tipo de operação, de forma a ser uma 
ferramenta gerencial útil e adaptável, não apenas um padrão rígido a ser seguido.
Objetivos
 » Entender os conceitos que tratam e definem o Sistema de Comando de 
Incidentes.
 » Entender a real importância do tema no Gerenciamento de Crises e 
Emergências.
 » Apresentar conceitos e instrumentos de utilização do Sistema de 
Comando de Incidentes.
 » Realizar estudo de caso de aplicação do Sistema de Comando de 
Incidentes em atendimento a incidentes e emergências.
 » Tratar do plano de ação de incidentes. 
 » Descrever as áreas funcionais e a estrutura do SCI.
 » Apresentar e tratar os recursos a serem empregados em incidentes e 
emergências.
 » Apresentar os Formulários SCI 201 e 202.
10
11
UNIDADE IPRINCÍPIOS E 
CONCEITOS
CAPÍTULO 1
Princípios do Sistema de Comando de 
Incidentes (SCI)
O que é, por que foi criado, quais são a sua 
finalidade e os seus benefícios e como é 
desenvolvido no Brasil?
O Sistema de Comando de Incidentes (SCI, em português e ICS em inglês) é 
um sistema de coordenação integrada de recursos, voltado para a resposta em 
situações críticas. 
Esse sistema – mundialmente utilizado – faz uso de adequada combinação de 
recursos humanos e material, procedimentos padronizados, comunicações 
uníssonas e instalações. Ademais, opera sempre por meios de metodologias e 
particularidades próprias, com o objetivo de administrar eficaz e corretamente 
os recursos disponíveis para obtenção de resposta efetiva ao evento, 
incidente ou operação que seja objeto do acionamento.
Podemos dizer que ele se baseia em princípios que permitem assegurar um início 
de ação rápido, coordenado e efetivo dos recursos disponíveis, evitando-se a 
alteração das funções e dos procedimentos operacionais próprios das 
instituições envolvidas.
Apresenta como princípios básicos:
 » comando unificado;
 » unidade de comando;
 » alcance de controle;
12
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » organização modular;
 » comunicações integradas;
 » terminologia comum;
 » instalações com localização determinada, denominação precisa e bem 
sinalizadas;
 » Planos de Ação de Incidente (PAI) integrados;
 » manejo integral dos recursos.
Podemos dessa forma definir o SCI como ferramenta de gerenciamento 
de incidentes padronizada, para os mais diversos tipos de incidentes e 
sinistros, e que permite adotar estrutura organizacional integrada visando 
suprir as diversas e complexas demandas de incidentes únicos ou múltiplos, 
independentemente das barreiras jurisdicionais. 
Veremos durante a disciplina que existem, em nosso país, outras denominações 
de sistemas de comando correlatos ao SCI. Esses sistemas diferem entre si 
no que se refere às especificidades e necessidades peculiares de cada região, 
ente ou órgão. Entretanto, todos mantêm a essência da doutrina e do padrão 
preconizados pelos diversos entes de atendimento e resposta a emergências e 
desastres dos Estados Unidos da América (EUA).
Como e por que o ICS foi criado?
Tudo aconteceu no início na década de 1970, logo após o acontecimento 
de uma série de incêndios florestais nos EUA, incêndio estes que quase 
destruíram o sudoeste da Califórnia. Depois de resultados não muito 
exitosos no que tange às questões de atuação integrada, foi identificado que 
o problema raiz estava relacionado à notória dificuldade dos órgãos que 
estavam atuando em terem coordenação única bem como desenvolverem 
ações uniformes quando envolviam diferentes órgãos e jurisdições. 
Após esse evento, foi então criado Firefighting Resources of Southern 
California Organized for Pontential Emergencies (FIRESCOPE) para 
identificar os problemas que estavam acontecendo. Com isso, foi constatado 
que o problema havia na dificuldade em coordenar as ações de diferentes 
órgãos e jurisdições de maneira articulada e eficiente, tais como:
13
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
 » Falta de estrutura de um comando claro, definido e adaptável às situações.
 » Dificuldade em estabelecer prioridades e objetivos comuns.
 » Falta de aplicação e utilização de terminologia comum entre as agências 
envolvidas.
 » Falta de integração e padronização das comunicações.
 » Falta de planos e ordens consolidados.
A partir de esforços comuns foram sanadas essas dificuldades, resultando 
no modelo original do SCI para gerenciamento de incidentes, sendo que 
o que fora desenvolvido para o combate a incêndios florestais, ganhou 
uma proporção bem maior, sendo emprego para todo e qualquer tipo de 
emergência, vindo a ter desta forma um resultado de aplicação diretamente 
de uma estrutura organizacional comum e princípios de gestão padronizados. 
Cronologia histórica do desenvolvimento do SCI:
 » 1970 – No decorrer de 13 dias, morreram 16 pessoas e cerca de 
700 edificações foram destruídas, além de quinhentos mil acres 
queimados.
 » 1971 – Foram destinados recursos específicos para a realização 
de pesquisas por meio do Serviço Florestal dos Estados Unidos 
(agência do Departamento de Agricultura dos EUA que administra 
as 154 florestas e 20 pradarias nacionais). Esses recursos 
foram disponibilizados no intuito de desenvolver um sistema 
que melhorasse a capacidade de resposta e gerenciamento das 
entidades de combate a incêndio do Sul da Califórnia, sobretudo 
no que se refere a coordenar ações interinstitucionais (entre 
agências) e alocar (disponibilizar e distribuir) de forma adequada 
os recursos em situações dinâmicas de múltiplos incêndios.
 » 1972 – Integram-se às pesquisas o Departamento do Meio Ambiente 
e Proteção contra Incêndio da Califórnia, o Centro de Operações de 
Emergência do governo da Califórnia, os Corpos de Bombeiros dos 
condados de Santa Bárbara e Ventura e o Corpo de Bombeiros da 
Cidade de Los Angeles.
 » 1973 – É finalizada a primeira versão do Incident Command System 
(ICS).
14
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » 1976 – Os diversos integrantes do Firefighting Resources of Southern 
California Organized for Pontential Emergencies (FIRESCOPE) 
concordam, formalmente, em adotar definições, denominações, 
procedimentos bem como funções do Incident Command System, 
sendo, posteriormente, realizadas aplicações práticas em campo.
 » 1978 – O Incident Command System é empregado com êxito no 
atendimento a diversos incêndios florestais, passando então a ser 
adotado para incêndios urbanos.
 » 1980 – O ICS mostra-se eficiente no combate a incêndios florestais e 
urbanos, começa a ser amplamente utilizado por outros condados e 
cidades da Califórnia e passa a ser adotado também por instituições 
de todas as esferas governamentais.
 » 1981 – O ICS é modificado e desenvolvido para atender os padrões 
norte-americanos de atendimento e resposta a emergências e desastres.
 » 1982 – Revisa-se toda a documentação sobre o Incident 
Command System de acordo com a terminologia e a organização 
do National Interagency Incident Management System (NIIMS), 
que é o Sistema Nacional de Gerenciamento Interinstitucional 
de Incidentes. Esse sistema é utilizado para integrar os níveis 
federal, estadual e municipal na resposta aos desastres nos EUA. 
Após aprovação, começou a ser empregado de forma padrão em 
todo o território norte-americano.
No ano de 2003, o Sistema de Comando de Incidentes foi adotado e ampliado aos 
poucos para outros tipos de eventos (incidentes), tendo sido padronizado pela 
Federal Emergency Management Agency (FEMA) e pelo Homeland Security 
Department, agências que têm a missão de zelar pela segurança interna dos 
Estados Unidos da América.
Com o sucesso das agências de resposta e gerenciamento de incidentes, os órgãos 
governamentais de emergência começaram a utilizar o Sistema de Comando de 
Incidentes no gerenciamento de emergências. 
O então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, expediu, dia 28 
de fevereiro de 2003, a Diretiva Presidencial de no 5 (Homeland Security 
Presidential Directive no 5 – HSPD 5), que instituiuo Incident Command System 
(SCI), estabelecendo, a partir de então definido o estabelecimento do Sistema 
15
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Nacional de Gerenciamento de Emergências (National Incident Management 
System – NIMS) e do Sistema de Comando de Incidentes (Incident Command 
System – ICS) como sistemas oficiais a serem utilizados para o gerenciamento 
de emergências e desastres em território norte-americano. Podemos dizer, 
dessa forma, que o SCI se tornou a ferramenta de gerenciamento de emergências 
oficialmente a ser utilizada, independentemente da causa, magnitude ou 
complexidade do evento (ocorrência, emergências e/ou desastre).
O SCI foi testado e validado em resposta aos mais diversos tipos de eventos e 
incidentes, incluindo situações não emergenciais, que vão eventos propagados 
e planejados com celebrações, paradas militares, shows, concertos etc. até o 
atendimento e resposta a desastre naturais, emergências com produtos perigosos, 
acidentes com múltiplas vítimas, dentre outros.
O SCI foi também testado em operações policiais envolvendo outros órgãos 
e agências, retomada de reféns, atentados terroristas, catástrofes, incêndios 
industriais e urbanos, missões de busca e salvamento, programas de vacinação 
em massa e controle de epidemias. Além dos tipos de incidentes citados, temos 
ainda:
 » Tremores de terra.
 » Explosões.
 » Incêndios em edificações com grande densidade de usuários (eventos 
públicos).
 » Incêndios em instalações e depósitos inflamáveis e combustíveis.
 » Incêndios florestais em áreas de relevante interesse ecológico e que 
fujam ao controle dos órgãos que têm atribuições específicas para 
combatê-los.
 » Acidentes no transporte aéreo, rodoviário, ferroviário, aquático e 
metroviário.
 » Acidentes em estruturas industriais (plantas de alto risco).
 » Intoxicações coletivas (químicas e biológicas).
 » Acidentes e ocorrências relacionados a agentes químicos, biológicos e 
nucleares (QBN).
16
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » Desastres relacionados à contaminação de mananciais e sistemas de 
abastecimento de águas.
 » Desastres relacionados a riscos de colapso ou exaurimento de 
recursos energéticos.
 » Situação de pânico em eventos de grande porte planejados, 
como celebrações, desfiles, concertos, visitas de dignitários, 
competições esportivas, grandes aglomerações de público.
Desastres relacionados à construção civil, tais como patologias 
das edificações, desabamentos de prédios, viadutos, pontes, entre 
outros.
 » Rompimento de barragens.
 » Eventos naturais como: tufões, tornados, vendavais, tempestades, 
alagamentos e inundações, estiagem e quedas intensas da umidade 
do ar.
 » Escorregamentos e deslizamentos da terra e subsidências de solo.
 » Incidentes relativos a segurança e a ordem pública como 
desocupação de prédios e/ou de áreas públicas invadidas, além 
de situações envolvendo fugas e motins em estabelecimentos 
prisionais e, ainda, raptos, sequestros e atentados terroristas.
 » Ações individuais, de bandos ou quadrilhas organizadas que 
comprometam a segurança pública com capacidade para gerar pânico 
ou aterrorizar a população.
Quais são as vantagens do ICS/SCI?
Uma vantagem facilmente notada de se empregar o Sistema de Comando de 
Incidentes (SCI), diz respeito ao processo de planejamento utilizado para 
modificar uma resposta reativa inicial de um incidente para uma resposta 
proativa. Em uma ocorrência, nos deparamos com diversos atores no 
teatro das operações – agentes públicos, organizações não governamentais, 
indústrias e público em geral – o que exige respostas multidisciplinares 
como regra, pela qual o conhecimento e a habilidade dos respondedores 
envolvidos são absolutamente essenciais para minimizar a perda de vidas, os 
danos ao meio-ambiente bem como garantir a segurança global da população 
e da propriedade. Sabemos que os incidentes e as emergências podem até 
17
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
ser parecidos, mas nunca idênticas. Falamos, então, que cada emergência é 
uma nova emergência, de modo que, logo após serem as ações de resposta 
iniciadas, os respondedores envolvidos devem continuamente analisar a 
situação e adaptar estratégias e táticas para ir ao encontro da realidade do 
que estão enfrentando no campo. 
O SCI foi criado e projetado para auxiliar os entes a efetivamente cumprir tarefas e 
missões de forma rápida, padronizada e eficaz. Podemos, assim, afirmar que o 
sistema é uma ferramenta de gerenciamento, comando e coordenação de incidentes 
padronizada que pode se adaptar e ser utilizada em todos os tipos de sinistros, 
com a premissa de que seus usuários adotem estrutura organizacional integrada 
como forma de suprir as possíveis situações de complexidade e demandas de 
incidentes únicos ou múltiplos, independentemente das barreiras jurisdicionais 
e agências/órgãos envolvidos no evento. 
Podemos inclusive notar isso atentando para o significado das palavras que formam 
a expressão Sistema de Comando de Incidentes (SCI):
 » Sistema: é um conjunto de mecanismo, aparelhagem, equipamentos 
e pessoal dispostos de forma a interagir para o desempenho de 
determinada tarefa.
 » Comando: é relativo à ação e seus efeitos de impulsionar, designar, 
orientar e conduzir recursos para um dado objetivo/fim.
 » Incidente: é um evento (natural ou provocado pelo homem) que 
necessita de intervenção e reposta de equipes de respondedores 
(serviços de emergência) de forma a proteger a saúde e integridade 
física das pessoas, preservar o meio ambiente e proteger o patrimônio 
(bens materiais).
Benefícios do uso do Sistema de Comando de 
Incidentes
O adequado emprego do SCI, como ferramenta gerencial visando padronizar as 
ações de resposta em situações críticas, traz muitos benefícios, dentre eles podemos 
destacar:
 » Propiciar a utilização e aplicação de um modelo de gerenciamento 
padronizado para as diversas situações e eventos críticos de qualquer 
natureza, porte e complexidade.
18
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » Permitir que profissionais de diferentes agências e organizações se 
integrem de forma rápida e eficaz numa estrutura esquematizada de 
gerenciamento comum.
 » Facilitar a integração e fluidez das comunicações, os fluxos de 
informações, melhorando sobretudo os trabalhos de inteligência, 
compilação de dados e planejamento estratégico.
 » Fornecer adequado apoio logístico e administrativo para o pessoal 
operacional;
 » Melhorar e qualificar a articulação do comando com elementos 
envolvidos de forma direta e indireta na operação, facilitando as 
relações institucionais.
 » Agregar valor à operação – evitando a duplicação e o dispêndio de 
esforços – bem como ampliar as condicionantes de segurança aos 
envolvidos no evento.
O SCI como ferramenta de gestão
Podemos dizer que, do ponto de vista teórico, o SCI é uma ferramenta gerencial, 
que possui concepção sistêmica, contingencial e preconiza as ações de 
intervenção em incidentes de qualquer natureza, complexidade ou magnitude.
Por isso, entendermos que ele representa uma ferramenta adequada para 
gerenciamento de incidentes é muito importante, pois, quando devidamente 
empregado, esse sistema aumenta a eficácia das atividades de coordenação e 
comando, ampliando as condicionantes de segurança e reduzindo – e muito – a perda 
de vidas e de bens materiais, além de minimizar e/ou mitigar possíveis impactos e 
danos ambientais.
Só que o uso de um sistema padronizado, visando o comando, o controle e a 
coordenação de ações de resposta em situações complexas e críticas, trará junto 
dificuldades decorrentes do próprio dinamismo e da complexidade relativos a 
tais eventos.
Sabemos que o SCI já está consolidado como modelo padrão para a administração 
e o gerenciamento de incidentes, emergências e resposta a desastres em vários 
países, mas ainda é visível alguma resistência ao seu emprego ou até mesmo 
desconhecimento de seus benefícios como ferramenta de gestão.
19
PRINCÍPIOS E CONCEITOS│ UNIDADE I
Por isso, apenas conhecer os princípios norteadores do SCI não garante o seu 
adequado uso e funcionamento. É fundamental que quem escolher o SCI 
como ferramenta de gestão para atendimento a eventos críticos o utilize 
desde os primeiros minutos da situação crítica – de forma sistemática – e 
partindo das três grandes etapas, que são:
 » etapa de resposta imediata;
 » etapa de elaboração do Plano de Ação do Incidente (PAI); e
 » etapa final de desmobilização e retorno à normalidade.
Embora não exista uma sequência linear de caráter obrigatório para ser aplicável 
a todos os tipos de incidentes, via de regra, sugere-se que a etapa inicial de 
resposta imediata ao incidente crítico siga a ordem hierárquica descrita a seguir: 
 » Instalação do Sistema de Comando de Incidente.
 » Assunção formal do comando do incidente, podendo ser único 
(quando assumido por uma pessoa) ou unificado (quando 
representantes de várias agências e organizações o assumem de 
forma colegiada).
 » Instalação do Posto de Comando (PC).
 » Após a instalação do PC, deve ser identificado pelo CI um local 
apropriado para instalação da Área de Espera (AE), devendo ser 
designado alguém para assumir a função de encarregado dessa 
área.
 » Após a instalação da área de espera e a designação do seu 
encarregado, o CI passará a buscar informações – obtidas mediante 
relato de vítimas, testemunhas, integrantes das equipes de resposta 
etc. – sobre o incidente. É baseado nessas informações que o CI irá 
implementar o Plano de Ação Inicial (PAI), visando estabelecer 
objetivos e prioridades, conforme situação e recursos disponíveis 
e considerando um dado período operacional.
20
CAPÍTULO 2
Sistema de comando de incidentes no 
Brasil e suas características
Sistema de Comando de Incidentes no Brasil
Até o momento, não existe nenhuma legislação nacional que torne o Sistema 
de Comando de Incidentes (SCI) oficial e único para gerenciamento e 
coordenação de incidentes e emergências. Contudo, atualmente, profissionais 
de diferentes organizações que trabalham com emergências têm participado 
de treinamentos sobre o tema, e muitas instituições e corporações já estão 
adotando e introduzindo essa ferramenta tão importante para resolver os 
problemas de coordenação de ações e resposta em diversos desastres no 
Brasil. 
Alguns estados da Federação já usam o SCI e outros já iniciaram o processo de 
estudo para elaboração e implantação.
Mesmo que os sistemas de comando possam ter denominações (nomenclatura) 
diferentes, como será apresentado a seguir, eles devem manter os princípios 
básicos do SCI americano, de forma que, colocados em operação, os sistemas 
constituem ferramentas adequadas para coordenar, em situações diversas, 
a atuação de forma integrada de múltiplos entes (bombeiros, SAMU, 
concessionárias, polícias, órgãos federais, estaduais e municipais de proteção 
ambiental, dentre outros). Por isso, é importante destacar que o SCI é muito 
mais do que um organograma demonstrando as funções de cada um dos 
participantes.
Um dos estados que se destacou foi Santa Catarina, no qual, mediante união 
de esforço entre a Defesa Civil Estadual e a Universidade de Santa Catarina, 
iniciaram-se o estudo e o processo de implantação utilizando princípios 
do SCI, mas com outra denominação, qual seja, Sistema de Comando de 
Operações (SCO), denominação também seguida pelo Estado do Paraná. 
No Estado de São Paulo, após estudo e análise do SCI, o Corpo de Bombeiro 
também aderiu aos princípios, mas, da mesma forma que outros estados, o 
fez usando outra denominação: Sistema de Coordenação de Operações de 
Emergência (Sicoe). Podemos salientar que o Estado de São Paulo realiza, 
21
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
periodicamente, exercícios e simulados objetivando a aplicação constante da 
ferramenta e a melhoria contínua dos processos. Ademais, importa ressaltar 
que esse é o nosso maior estado em termos populacionais.
O Estado do Rio de Janeiro também adotou os princípios do SCI e ainda manteve 
a mesma nomenclatura dos Estados Unidos, isto é, Sistema de Comando de 
Incidentes. Nesse estado, foram alinhados as premissas e padrões básicos do 
SCI como também feito a customização para atendimento das necessidades 
específicas da região e atividades.
O Distrito Federal (DF), local de integração entre os órgãos que compõem 
o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social, estabeleceu um sistema de 
gerenciamento unificado, coordenado pela Secretaria de Segurança Pública 
do DF (SSP/DF) para situações críticas com envolvimento de órgão diverso 
para a sua resolução. O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, em 2011, 
publicou o Manual de Sistema de Comando de Incidentes (SCI), para ser 
usado como referência e ferramenta de resposta. 
Foi também criado em 2018, pelo governo de Brasília, o Centro Integrado 
de Operações de Brasília (Ciob). As atividades desenvolvidas para as 
operações e eventos ordinários e extraordinários compreendem a execução, 
o acompanhamento e a avaliação de atividades de prevenção e respostas 
às ameaças ou aos incidentes ocorridos no Distrito Federal, cujos locais 
possam caracterizar Áreas de Interesse Operacional (AIO) e Áreas 
Impactadas (AI). 
No Estado de Goiás, em 2008, formou-se, no Curso de Sistema de Comando 
de Incidentes em parceria com o CMBDF, a primeira turma de Oficiais da 
Corporação. Com esta turma de formandos, a ferramenta começou a ser 
difundida e empregada em diversas ocorrências, criando dessa forma um 
elo positivo para o crescimento do SCI nas outras cidades do estado. 
O CBMGO, ao longo dos últimos anos, tem colocado em pratica o SCI nas 
principais operações institucionais de eventos planejados e de grande 
emprego de recursos – como a Operação Férias (nos meses de julho), 
Operação Cerrado Vivo (de junho a novembro/período de estiagem), Operação 
Carnaval, Operação Romaria do Divino Pai Eterno e, mais recentemente, 
a Operação Goiás contra o Aedes (com quase dois anos ininterruptos 
de duração) –, nas quais o sucesso acontece pelo gerenciamento e pelo 
conhecimento do SCI. 
22
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
A corporação já teve, ao empregar a ferramenta em situações de operações 
não planejadas em incêndios, experiência em: unidade de processamento 
de carnes e derivados de aves e suínos na cidade de Rio Verde, em uma 
atacadista da região de campinas da cidade de Goiânia, uma indústria 
farmoquímica na cidade de Anápolis, incêndios florestais no Parque 
Nacional das Emas e no Parque Estadual da Serra de Caldas Novas.
Vemos então, com isso, a importância do SCI para nossos agentes de 
prevenção e resposta, bem como a todos os envolvidos no que diz respeito 
à Segurança Pública, ficando claro que a união entre todos os órgãos com 
um objetivo comum e único – sem vaidades e interesses difusos – faz com 
que o trabalho de salvar vidas, preservar o meio ambiente e proteger o 
patrimônio público ou privado não se transforme em uma catástrofe.
Características básicas do ICS: terminologia 
comum, organização modular, Plano de Ação de 
Incidentes (PAI) e manejo dos recursos
Considerando-se as particularidades dos órgãos e das entidades envolvidas no 
atendimento a um incidente, faz-se necessário o alinhamento e entendimento 
entres os responsáveis, uma vez que é complexa e dinâmica a natureza do 
desastre começando pela origem. Dessa forma, o SCI adota nove princípios 
que permitem assegurar um desfecho rápido, padronizado, coordenado e 
efetivo dos recursos disponíveis e utilizáveis, minimizando, assim, ruídos de 
comunicação e alteração de políticas e procedimentos operacionais dos entes 
envolvidos, visando solucionar e/ou mitigar os efeitos dos eventos adversos 
sobre as pessoas atingidas por eles. 
Terminologia comum
Terminologia comum significa utilizar os mesmos nomes e termos para todas 
as operações, de forma a evitar confusões, uma vez que no ICS há várias 
organizações atuando em conjunto. Visa, portanto, a comunicação eficaz entre 
os diferentesórgãos e o manejo eficiente dos recursos disponíveis. São exemplos 
da terminologia comum:
 » nomes comuns para recursos materiais e humanos;
 » instalações com denominações comuns e precisas;
 » funções e níveis de organização comuns e precisos.
23
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
O SCI adota linguagem única para os nomes, evitando dificuldades logísticas e de 
comando, promover comunicação clara e eficiente, facilitar o desencadeamento de 
ações e, consequentemente, a resposta rápida, efetiva e precisa por parte dos entes 
envolvidos.
A terminologia comum ajuda a definir ainda:
 » as instalações do incidente;
 » as descrições dos recursos;
 » os títulos de posições e a execução das ordens.
Por isso durante o processo de comunicação (interno e externo) deve ser 
feito de forma simples, objetiva e clara, propiciando o entendimento de 
todos os que estejam envolvidos – direta e/ou indiretamente, evitando o 
uso dos códigos de rádio (código Q) ou jargões específicos de dada agência, 
facilitando, assim, a compreensão por parte de todos os envolvidos. 
O processo de comunicação é de suma importância para o atendimento e a 
resposta a qualquer tipo de evento. A correta comunicação pode facilitar as 
diversas fases da resposta, assim como uma má comunicação pode gerar 
prejuízos notórios para o controle do evento e, até mesmo, uma situação 
catastrófica.
USA – Unidade de Suporte Avançado (Samu)
USB – Unidade de Suporte Básico (Samu)
UTE – Unidade Tática de Emergência (Bombeiro)
VIR – Veículo de Intervenção Rápida (Samu)
URSA – Unidade de Resgate e Salvamento Avançado (Bombeiro)
Qual a diferença entre os tipos de viaturas acima? Será que são 
os mesmos tipos de viaturas com nomes diferentes ou possuem 
efetivamente funções distintas? Além disso, há várias abreviaturas 
que podem ter diferentes significados. Uma IRA pode ser Insuficiência 
Renal Aguda, como também pode ser Insuficiência Respiratória Aguda.
Por isso conforme exposto, não devemos utilizar abreviaturas nem 
códigos de rádio (código Q, código 10) para não gerar margem de 
24
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
dúvidas quanto à mensagem a ser enviada. Esta deve ser clara, objetiva, 
curta, falada de forma pausada, sem abreviaturas ou códigos e em 
português normal (sem gírias e regionalismos). 
Organização modular
O ICS possui uma organização modular, ou seja, uma estrutura baseada em 
posições de comando e chefia, como será explicado posteriormente.
Esse modelo permite que as posições de trabalho (funções), possam somar-se 
(expansão do sistema) ou serem retiradas (retração) com facilidade.
O organograma (figura 1) mostra o exemplo de uma estrutura básica na qual o 
comandante do incidente preencheu toda a estrutura (funções do SCI), e o 
quantitativo de recursos humanos e materiais ainda não é o ideal.
Sempre partimos da premissa básica de que a primeira agência que chegar 
ao local do evento e que possua capacidade operacional deve assumir 
inicialmente o comando do incidente bem como desempenhar as tarefas de 
todas as funções previstas no SCI até que cheguem efetivo suficiente para 
delegar e distribuir as tarefas.
Figura 1. Organização modular.
 
Comandante 
do incidente
Grupo
Força-tarefa 
Equipe de int.
Recurso único
Fonte: Manual SCI, CBMDF (2011).
25
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Essa organização modular do SCI está alicerçada e projetada de acordo com o 
tipo, o porte e a complexidade do evento, de modo que a sua expansão ocorrerá 
verticalmente (de baixo para cima) à medida que os recursos são designados 
na cena, e estabelecida de cima para baixo, de acordo com as necessidades 
determinadas pelo comandante de incidentes. 
Dessa forma, é possível que as posições de trabalho possam somar-se (expansão) 
ou serem reduzidas (contração) com mais facilidade/agilidade, estar em 
consonância com o que chamamos de concepção contingencial, em que a 
estrutura organizacional de resposta aos incidentes tem que ser capaz de se 
adaptar (expandindo ou retraindo) de acordo com cada situação.
A sua distribuição obedecerá aos seguintes princípios:
 » tipo de evento, porte (magnitude) e complexidade;
 » planejamento de cima para baixo, de acordo com as necessidades ou o 
tipo de ação;
 » operacionalização de baixo para cima, em função dos recursos 
disponíveis e do alcance de controle.
Figura 2. Exemplo de estrutura de gerenciamento de resposta médica.
Coordenador Médico Geral 
(CMG)
Coordenador de 
Logística Médica
Coordenador do Posto 
Médico Avançado
Coordenador Apoio 
Psicologia
Coordenador Zona 
Vermelha
Coordenador Zona 
Amarela
Coordenador Zona 
Verde
Coordenador 
Regulador de Campo
Fonte: Adaptado pelo autor.
26
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Podemos dizer que o organograma do SCI nada mais é que a representação 
gráfica das funções estabelecidas na Estrutura Organizacional de Resposta 
(EOR), identificando de forma objetiva e clara quem é que está como 
responsável, naquele momento, por uma determinada função.
[Fim Atenção]
Tais princípios devem ser rigorosamente observados para se evitar o 
desenvolvimento de estrutura esteticamente adequada, mas operacionalmente 
ineficaz, de forma que as funções de assistência devem ser assumidas 
inicialmente, evoluindo, à medida que recursos humanos forem sendo 
disponibilizados para as funções de comando.
O Sistema de Comando de Incidentes, como vimos, foi desenvolvido e projetado 
para identificar as funções e atividades principais e primárias a serem ativadas 
para efetivamente responder ao evento. O modelo clássico e mais simplificado 
de estrutura do SCI é o apresentado abaixo, mas não podemos nos esquecer de 
que, a depender do sistema adotado – e como forma de garantir a manutenção 
da terminologia comum usual em cada nível da organização –, as funções e os 
responsáveis por elas possuem títulos diferentes que devem ser conhecidos e 
entendidos por todos que trabalham nesse dado sistema de gerenciamento.
Figura 3. Modelo do SCI.
COMANDO DO INCIDENTE
PLANEJAMENTOOPERAÇÕESLOGISTICAFINANÇAS
Assessoria 
Segurança
Porta-voz
Contatos 
Fonte: Adaptado pelo autor.
Na estrutura acima, temos o comando do incidente sendo assessorado por um 
porta-voz (Public Information Officer), uma pessoa responsável por fazer os 
27
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
contatos com outros órgãos (Liaison Officer) e um assessor de segurança (Safety 
Officer), este com a finalidade de verificar se há possibilidades de acidentes ou 
outras situações que possam colocar em risco a vida dos respondedores. 
Observem que o termo utilizado em inglês é Safety Officer, nomenclatura de 
segurança mais voltada para a prevenção de acidentes.
O comando é representado pelo comandante do incidente (Incident Commander) 
ou comandantes do incidente, quando o comando é unificado (explicado mais 
a frente), as funções de assessoria juntamente com o comandante do incidente 
formam o staff de comando.
Abaixo dessa estrutura de comando, vemos quatro seções (Finanças, Logística, 
Operações e Planejamento). Cada uma delas (explicadas mais a frente) é 
gerenciada por um chefe que,dependendo da complexidade da emergência e do 
tamanho da estrutura de resposta, pode ser um oficial, coordenador ou diretor.
Se prosseguirmos nessa estrutura, veremos níveis abaixo das seções, conforme a 
necessidade.
Planos de Ação de Incidentes (PAI) consolidados e 
integrados
Podemos defini-los como um planejamento operacional direcionado para a 
resposta a um dado incidente. Esses planos são elaborados no momento da 
resposta e consolidados em um só. 
A maioria dos incidentes não necessita de um PAI escrito, mas sim mental, uma 
vez que, para o período inicial (fase reativa), ou seja, as primeiras quatro horas 
do incidente, ele não se faz necessário, e se estrutura nos seguintes tópicos: 
objetivos, estratégias, organização e recursos requeridos. O plano de ação deve 
corresponder a cada período operacional. 
Os períodos operacionaisde qualquer evento quase nunca são superiores a 
24 horas. Pode-se dizer que, a partir do momento em que as ações se tornam 
ordinárias e rotineiras, os períodos operacionais podem ser prolongados, 
podendo perdurar até uma semana. Para a implementação do PAI, é importante 
realizar um briefing com a equipe de trabalho e repassar objetivos, estratégias, 
táticas e recursos requeridos.
O Plano de Ação de Incidente escrito caracteriza a fase proativa de resposta ao 
incidente.
28
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Considerações importantes para definição dos objetivos:
 » Inicialmente o comandante de incidente estabelece os objetivos.
 » Os objetivos devem ser atingíveis, mensuráveis e flexíveis.
 » Todo trabalho deve ser conduzido com base no resultado desejado.
 » Após definidos os objetivos, as estratégias e táticas são implementadas 
e trabalhadas pelo staff.
Considerações importantes para a definição das estratégias:
 » A estratégia nada mais é do que como chegar ao resultado esperado.
 » São determinadas pelo chefe de Seção de Operações.
 » Considere estratégias alternativas baseadas em considerações das 
prioridades e limitações.
 » Considere sempre a possibilidade: “E se...”.
Considerações para se atentar no estabelecimento das táticas:
 » As táticas que serão empregadas no evento devem ser estabelecidas 
pelo Chefe da Seção de Operações (CSO) com o devido suporte da 
Seção de Planejamento (SP).
 » Perguntas a serem feitas: Quem? O quê? Onde e quando?
Já que o Sistema de Comando de Incidentes (SCI) pressupõe a participação 
de vários entes e instituições atuando de forma conjunta num mesmo cenário 
acidental (teatro das operações), torna-se necessário que cada um dos 
participantes (respeitadas as atribuições, a autonomia e a jurisdição) possua 
um Plano de Ação de Incidentes (PAI) próprio, de forma consolidada, e que seja 
capaz de se integrar aos outros planos. Caso contrário, a tarefa de equacionar 
as diferenças e unificar os planos durante a ocorrência do evento será difícil 
e demandará tempo e esforço do comando do incidente, acarretando retardo 
nas ações e ineficiência na resposta. Para alcançar esse objetivo, tornam-se 
necessárias a atualização constante desses planos por parte de cada órgão, 
mediante exercícios próprios, e a avaliação permanente deles, por meio de 
exercícios conjuntos, visando a integração e articulação.
Muitas vezes, em função de diferentes cenários e situações, o PAI será definido 
durante a ação, mas será planejado e difundido a todos os participantes antes de 
sua execução.
29
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Como regra geral, cada plano deverá conter, em sua essência, as definições a 
cerca de:
 » objetivos do plano;
 » mecanismos de acionamento;
 » organização da estrutura;
 » estratégias de ação;
 » recursos a serem utilizados.
Podemos dizer dessa forma que o PAI é a expressão escrita dos objetivos, das 
estratégias operacionais, das táticas, dos recursos e das estruturas a serem 
cumpridos durante um período operacional visando controlar um incidente, um 
evento ou uma operação.
Componentes do Plano de Ação de Incidentes (PAI)
Todo Plano de Ação de Incidentes considera quatro aspectos fundamentais:
 » objetivos;
 » estratégias e táticas; 
 » alocação de recursos;
 » estrutura organizacional esperada.
Considerações que devemos ponderar para elaborar 
o PAI
Objetivos
Os objetivos do incidente devem ser:
 » específicos;
 » observáveis;
 » alcançáveis;
 » avaliável, baseado no tempo e nos recursos.
30
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Recursos
Deverá ser desenvolvida lista de recursos disponíveis e necessários (pessoal, 
veículos, equipamentos de comunicação etc.) de acordo com as estratégias e 
táticas propostas.
Estratégias
As boas estratégias devem:
 » Ser específicas.
 » Fornecer orientação geral. 
 » Ser viáveis, com a possibilidade de alcançar o resultado desejado.
 » Cumprir com os padrões de saúde e segurança estabelecidos.
 » Ser rentáveis e considerar os padrões de proteção ambiental, se aplicável.
Táticas
As táticas descrevem o que, onde e quando implementar ações específicas para 
atender os objetivos e implementar as estratégias. Dessa forma, podemos dizer 
que as táticas descrevem e direcionam a implantação e a direção dos recursos 
como meio de atender uma atribuição específica. 
Deverá ser desenvolvida lista descrevendo as equipes, as ferramentas e os 
acessórios que farão parte do PAI.
Período inicial
Período estabelecido variando de 1 a 4 horas, lembrando-se de que sempre haverá 
um período inicial.
Período operacional
É um espaço de tempo programado para executar um conjunto de objetivos e 
ações operacionais, conforme especificado no PAI. Os períodos operacionais 
variam de 12 a 24 horas.
Fatores para definir um período operacional
 » Condições de segurança.
 » Condição de recursos.
31
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
 » Estabelecer o período de tempo necessário ou disponível para cumprir 
as tarefas táticas.
 » Disponibilidade de pessoal de atendimento de urgência (socorro).
 » Envolvimento futuro de outras jurisdições ou instituições/agências 
adicionais.
 » Condições ambientais.
 » Resolução de problemas com enfoque analítico.
Para os períodos operacionais, faz-se necessário processo de planejamento 
operacional prévio, devendo ser preparado no PAI e registrado no Formulário 
específico (SCI-202), fazendo uso e apoio dos Formulários SCI-205 e SCI-206.
Figura 4. Fluxograma analítico.
Identificar o 
problema
Explorar as 
alternativas
Selecionar 
uma alternativa
Implementar a 
alternativa 
Avaliar a 
situação
Fonte: Adaptado pelo autor.
O Plano de Ação Inicial (PAI) tem que conter informações sobre o cenário 
acidental ou crítico (mapas, cartas topográficas, croquis), os objetivos 
estratégicos e táticos da operação, as principais atividades e operações a serem 
desenvolvidas, a estrutura organizacional de resposta do SCI, a descrição dos 
recursos humanos e materiais disponíveis, os dados relativos aos riscos e a 
estrutura de comunicações do SCI.
32
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Com base no PAI, o CI acompanha os trabalhos e continua reunindo 
informações, sendo que, do interior do PC, ele irá permanecer controlando 
as informações, os recursos, o organograma, os mapas e croquis e o plano de 
ação inicial, ou seja, a operação como um todo.
Quando o período operacional estipulado estiver chegando a fase final, o CI 
deve reunir-se com os integrantes do staff de comando visando avaliar os 
resultados obtidos e elaborar um novo plano de ação para mais um período. 
Cada período requer um novo PAI.
Matriz de análise de trabalho
Essa matriz serve de apoio e visa facilitar o estabelecimento dos objetivos, das 
estratégias e das táticas para a elaboração do Plano de Ação de Incidentes. 
Podemos dizer ainda que ela deve ser elaborada/confeccionada, em conjunto, 
pelos Chefes das Seções de Operações (CSO) e Planejamento (CSSP), devendo 
estar afixada em local visível, normalmente no posto de comando, já que ela 
será o foco permanente da operação, pois ali estarão estabelecidos os objetivos, 
as estratégias e as táticas.
Tabela 1. Modelo de Matriz de Análise de Trabalho.
Objetivo da operação Estratégia operacional
(Como?)
Tática
(Quem? O quê? Onde? Quando?
Fonte: Manual SCI, CBMDF (2011).
Manejo Integral dos recursos
Finalmente, como objetivo maior e final do Sistema de Comando de Incidentes, o 
manejo eficaz e integral de todos os recursos disponíveis (humanos e materiais), 
gerará uma resposta adequada e eficiente ao evento. Tal manejo permitirá ainda:
 » Otimizar o uso dos recursos.
 » Garantir a segurança do pessoal envolvido.
 » Contabilizar e controlar o uso de recursos humanos e materiais.
 » Unificar e reduzir a dispersão no fluxo de comunicações.
 » Reduzir as influências externas e dispersão dos comandos.
33
CAPÍTULO 3
Comando unificado, cadeia de 
comando e unidades
No Sistema de Comando de Incidentes (SCI), cadamembro da estrutura responde 
e informa somente a um designado (comandante do incidente, oficial, chefe, 
encarregado, coordenador, líder, supervisor), de forma a proporcionar o cumprimento 
das ordens de maneira eficaz e hierarquizada.
Comando unificado
Mesmo que um único comandante consiga desempenhar as funções de comando 
de modo eficaz e assertivo, a organização e emprego do SCI pode expandir para 
um sistema de comando unificado.
O comando unificado nada mais é que uma estrutura de gerenciamento que 
envolve todos os “Comandantes de Incidente” das agências e organizações 
envolvidas em um único evento, visando garantir a coordenação efetiva da 
resposta e do atendimento, ao passo que cada um dos comandantes cumpre 
com suas responsabilidades e atribuições funcionais e/ou jurisdicionais.
Assim, podemos dizer que o comando unificado se aplica quando várias 
instituições/agências com competências técnica e jurisdicional promovem 
acordos conjuntos visando atender e gerenciar um evento no qual cada 
inst i tuição conserva sua autoridade, responsabi l idade e obrigação 
institucional.
A definição do comando geral de um incidente é uma tarefa muitas vezes 
confusa, cujo desempenho esbarra em obstáculos de ordem político-
operacional das instituições envolvidas na ação. Será formado por 
instituições e órgãos com competências técnica, legal e jurisdicional 
diferentes. Uma definição prévia e precisa acerca dos papéis desenvolvidos 
por cada comando individualmente e da forma de trabalho conjunto, 
visando objetivos e estratégias comuns, é fundamental. 
34
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Depois de definido o comando unificado, levando em consideração o tipo de 
evento/incidente, as estratégias deverão ser baseadas em alguns princípios, a 
saber: 
 » Planejamento conjunto das atividades de atendimento e resposta.
 » Identificação e determinação dos objetivos em conformidade com o 
período operacional previsto.
 » Condução das atividades operacionais de forma integrada e efetiva.
 » Otimização e aproveitamento dos recursos disponíveis.
Embora todas as decisões sejam tomadas em conjunto, e cada instituição 
mantenha sua autoridade e responsabilidade institucional, somente uma 
pessoa deve assumir a função de comandante-geral do evento, com suas 
ordens passadas adiante e respeitadas por todos. A decisão sobre qual órgão 
ou instituição representará esse comando dependerá do tipo de evento e qual 
a instituição de maior pertinência ou competência legal está presente naquele 
momento.
Eventualmente, e a partir de planos de atendimento específicos bem como da 
magnitude do evento, pode-se ter como comando-gera, um comando único, e não 
unificado. Todas as decisões são tomadas em conjunto, mas somente um único 
comandante – representante da instituição – terá pertinência ou competência 
legal de acordo com o evento. 
Características principais do comando unificado:
 » Instalações compartilhadas.
 » Um posto de Comando de Incidente (PC).
 » Operações, planejamento, logísticas e administração e finanças 
compartilhadas.
 » Um processo coordenado/padronizado para solicitação de recursos.
 » Um processo padronizado de planejamento do Plano do Incidente ou de 
Emergência (PAI/PRE).
35
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Unidade de comando
Durante resposta a situações de crise, um dos grandes fatores de incertezas e 
dificuldades no seu manejo refere-se a situação em que, no desempenho de sua 
função, o indivíduo recebe ordens de diferentes fontes, tornando dispendiosa e 
ineficaz a sua ação, uma vez que tais ordens, geralmente, podem apresentar-se 
superpostas, gerando desperdício de recursos ou pessoal, ou ainda se apresentar 
contraditórias, gerando ações antagônicas que comprometem a eficácia da ação.
Um dos princípios mais importantes, do qual depende toda a dinâmica envolvida 
no SCI, é o que define que cada pessoa responde e informa somente a uma 
pessoa designada em função hierarquicamente superior. De forma clara, 
cada pessoa imbuída de função só pode receber ordem de uma única pessoa, 
entretanto, pode emitir ordens para mais de uma (alcance de controle).
Alcance de controle
Juntamente com a unidade de comando, o alcance de controle forma um 
processo dinâmico de atuação do Sistema de Comando de Incidentes. Podemos 
dizer, então, que o alcance de controle refere-se basicamente a quantidade de 
membros que são coordenados/comandados por uma única pessoa. 
Quando o sistema foi desenvolvido concluiu-se que o número de pessoas 
que deveriam se reportar a um líder, supervisor, coordenador e assim 
sucessivamente, teria que ter um limite. Portanto, esse princípio preconiza 
que o número de subordinados a cada indivíduo deve ser algo entre três e sete 
pessoas, e considera-se como valor ideal o número de cinco.
De acordo com os diversos Sistemas de Comando de Operações (SCO) 
existentes no Brasil, é recomendado o número de pessoas ou recursos sob 
a responsabilidade de um determinado coordenador, encarregado ou líder, 
compatível com a sua capacidade gerencial, logo, não deve ser inferior a 
três nem superior a sete.
Em função desses valores, serão avaliadas as reais necessidades de expansão 
ou retração da estrutura de comando definida para o evento, por isso sempre 
devemos atentar para que, à medida que os recursos forem chegando ao local 
da ocorrência, haja a necessária promoção da expansão da estrutura do Sistema 
de Comando de Incidentes (SCI), ficando, dessa forma, o alcance de controle 
sempre mantido com a mesma quantidade de pessoas. 
36
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
Devemos lembrar ainda de que durante o atendimento a incidentes, em especial 
as emergências, a chegada de informações bem como a tomada de decisões 
geralmente ocorrem de maneira rápida, intensa e sob pressão, motivo pelo 
qual podem facilmente não saírem como programadas.
Figura 5. Alcance e controle ideal.
Líder
1 2 3 4 5
Fonte: Adaptada pelo autor.
Podemos dizer que a amplitude de controle é influenciada por vários fatores, tais 
como: 
 » Natureza e porte da emergência ou da situação crítica.
 » Natureza e complexidade das tarefas, riscos específicos e fatores de 
segurança atribuídos.
 » Complexidade e especificidade dos cenários acidentais.
 » Número de membros participantes de cada seção.
 » Distância entre os recursos humanos e materiais etc. 
Figura 6. Amplitude de Controle – Inadequada.
Recurso Recurso Recurso Recurso 
Recurso 
 
Recurso 
 
Recurso 
 
Recurso 
Operações 
Fonte: Manual Gestão de Gerenciamento de Desastres, SNDC (2010).
37
PRINCÍPIOS E CONCEITOS │ UNIDADE I
Figura 7. Amplitude de Controle – Adequada.
Operações 
Grupo A Grupo B 
Recurso Recurso 
Recurso Recurso 
Recurso Recurso 
Recurso Recurso 
Fonte: Manual Gestão de Gerenciamento de Desastres, SNDC (2010).
Comunicações integradas
No desenvolvimento de uma estrutura de SCI, as comunicações representam 
um ponto crítico, cujo desempenho poderá determinar o fracasso ou sucesso da 
operação. Influenciada por uma série de fatores, seus mecanismos e sua tecnologia 
estão em constante aprimoramento, sendo uma ferramenta que deve estar em 
constante avaliação e aperfeiçoamento, por meio de exercícios e checagens 
constantes.
Por isso, na estrutura do SCI, as comunicações devem ser estabelecidas em um 
único plano, no qual é utilizada a mesma terminologia, os canais e as frequências 
devem ser comuns ou interconectados e as redes de comunicação devem ser 
estabelecidas dependendo do tamanho e da complexidade do incidente. Dessa 
forma, torna-se vital que o SCI processe um plano de comunicações no qual deverá 
prever uma série de condições operacionais, administrativas e outras que forem 
necessárias. Deve-se estar previsto quem falará com quem, como, quando, por 
meio de que etc. 
No plano de comunicação também devem estar previstas e estabelecidas as 
diferentes redes de comunicação que possam ser necessárias e que sejam 
exequíveis, visando evitarpossível congestionamento nas transmissões que 
atrapalham e dificultam o desenvolvimento da adequada resposta ao evento. As 
redes de comunicação geralmente são estabelecidas levando em consideração o 
porte, a especificidade e a complexidade do evento ou incidente.
Alguns princípios básicos devem ser seguidos:
 » Estabelecimento das comunicações em um único plano.
 » Formas e meio de comunicação simples, objetivo e direto.
38
UNIDADE I │ PRINCÍPIOS E CONCEITOS
 » Verificação da forma de recepção dos informes e informações.
 » Utilização de fraseologia única e uníssona.
 » Garantia da segurança das comunicações durante todas as fases do 
atendimento e da resposta ao evento.
 » Utilização de canais e frequências comuns ou com possibilidade de 
interconexão.
 » Determinação e dimensionamento do sistema de comunicação levando 
em consideração o porte, a criticidade e a complexidade do cenário 
acidental do evento e/ou incidente.
 » Não utilização de códigos que não sejam do conhecimento de todos os 
envolvidos.
 » Previsão de sistemas de contingência para fatos fortuitos ou eventos 
não previstos.
Instalações com localização determinada, 
denominação precisa e sinalizada
Logo após a instalação do Comando do Incidente e da identificação, reconhecimento e 
avaliação da cena, deverão ser definidas e delimitadas as áreas e os locais onde serão 
alocados e dispostos os recursos e desenvolvidas as atividades durante as fases de 
duração do atendimento e da resposta ao incidente. Essas definições e delimitações 
são importantes para evitar a dispersão ou a distribuição desordenada dos recursos, 
impedindo sua utilização efetiva e prejudicando o controle da ação pelo comando do 
incidente.
Além disso, tais áreas devem ter denominação comum e sinalização própria, 
facilitando a sua identificação e localização por todos os componentes do SCI.
Lembrando-se de que durante um desastre, essas instalações podem ter suas 
localizações alteradas em função de mudanças dinâmicas no cenário, devendo 
ser prevista a necessidade de retirada rápida de equipamentos e pessoal. Dessa 
forma, devemos sempre atentar para as condicionantes meteorológicas que estão 
presentes e/ou possam a vir estar presentes durante as fases do atendimento e 
da resposta ao evento, bem como observar e atentar para a geografia do local.
39
UNIDADE II
ÁREAS FUNCIONAIS E 
FUNÇÕES DO STAFF DE 
COMANDO
CAPÍTULO 1
Funções e estrutura
Organização funcional do SCI
O Sistema de Comando de Incidentes (SCI) é uma forma de organização funcional, 
na qual suas funções, atribuições e estrutura são desenhadas e definidas levando em 
consideração o porte, o tipo e a natureza do evento acidental envolvido, como, por 
exemplo, um evento complexo envolvendo tarefas e funções para um cenário de 
grande porte.
Cada ocorrência ou evento possui certas especificidades ou funções que devem 
ser desenvolvidas de modo a permitir a resolução desse evento. Assim, se o 
incidente é de pequeno porte, talvez uma única pessoa possa desenvolver todas 
as ações bem como assumir todas as funções para gerenciá-lo. No entanto, se o 
evento for de grande porte ou de alta complexidade, serão necessários mais 
membros, objetivando o desenvolvimento de todas as ações previstas no 
PAI/PRE, de maneira que cada uma dessas pessoas deverá compreender o 
papel que ela irá desempenhar naquela Estrutura Organizacional de Resposta 
(EOR) ou organograma funcional. Como já dissemos, a organização e o 
dimensionamento do SCI poderão se expandir ou contrair para atender às 
demandas relativas ao evento que está sendo atendido.
Durante o atendimento a uma emergência e/ou ocorrência, o Comandante do 
Incidente (CI) inicialmente desempenha todas as funções previstas no SCI, 
mas à medida que o evento aumenta e torna-se mais complexo ou que se tenha 
necessidade de pessoal, o CI poderá ativar seções e designar responsáveis 
para dirigi-las. Essa necessidade não depende dos limites institucionais 
dos respondedores, reforçando a importância do trabalho integrado das 
instituições.
40
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
As funções básicas de comando e assessoria ao comando são distribuídas e descritas 
na seguinte forma:
 » Comando do incidente: é a mais alta função no SCI e consiste em 
administrar, coordenar, dirigir e controlar os recursos na cena, seja 
por competência legal, institucional, hierárquica ou técnica. Pode ser 
exercido por um comandante ou por um comando unificado.
 » Funções de segurança: tem como missão apoiar o Comando do 
Incidente na avaliação de situações de risco, perigosas e/ou inseguras, 
elaborar, especificar e desenvolver medidas de segurança de acordo 
com os riscos específicos das tarefas versus cenário emergencial, bem 
como deve prevenir atitudes comportamentais inseguras por meio da 
cadeia normal de comando e alertar as questões de segurança durante 
a execução do Plano de Resposta à Emergência (PRE).
 » Funções de informação pública (porta-voz): serão desenvolvidas 
mediante contato com os meios de imprensa e o público em geral. São 
responsáveis pelo manejo dos dados acerca do incidente. Atua mediante 
um centro único de informações e comunicados periódicos à imprensa. 
 » Funções de ligação: auxiliam o comando-geral do incidente nas ações 
de contato com os representantes de instituições de ajuda e cooperação.
 » Funções de planejamento: promovem ações de previsão de 
necessidades; recolhimento, avaliação e difusão das informações sobre 
o andamento das ações no âmbito interno; realizar o controle dos 
recursos; compilar toda informação escrita do incidente, elaborar 
o plano de ação para o próximo período operacional (normalmente 
em 24 horas); e planejar a desmobilização de todos os recursos do 
incidente.
 » Funções de operações: executam todas as operações de resposta; 
implementam e desempenham o PRE; determinam as necessidades; e 
solicitam recursos adicionais que se façam necessários.
 » Funções de logística: proporcionam instalações, serviços e materiais 
para apoio durante o evento, operação ou incidente; e asseguram o bem-
estar de todo o pessoal, por meio de mantimentos e suprimentos às 
necessidades básicas das equipes.
 » Funções de administração/finanças: administram e justificam para 
as autoridades competentes os gastos e as necessidades que se façam 
necessários durante o evento.
41
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO │ UNIDADE II
Responsabilidades do comandante do incidente
O Comandante do Incidente (CI) é o membro da EOR que possui a maior 
autoridade do Sistema de Comando e deve estar plenamente qualificado 
para conduzir a resposta ao incidente, tendo como responsabilidades:
 » Assumir o comando da ocorrência e estabelecer o Posto de Comando 
(PC).
 » Zelar pela segurança dos respondedores e da segurança pública.
 » Avaliar as prioridades da ocorrência.
 » Determinar os objetivos operacionais.
 » Desenvolver e executar planos de atendimento (PRE, PAI, PEI etc.).
 » Desenvolver Estrutura Organizacional de Resposta (EOR) adequada.
 » Manter o Alcance de Controle;
 » Coordenar os recursos (humanos e materiais).
 » Realizar a coordenação geral das atividades.
 » Coordenar as ações das demais agências e instituições que façam parte 
do SCI ou que estejam presentes no Teatro das Operações (TO).
 » Atualizar a divulgação das informações pelos meios de comunicação 
apropriada.
 » Manter o quadro de situação para assegurar a gestão do estado e a 
aplicação dos recursos empregados.
 » Encarregar-se da documentação e dos controles dos gastos bem como 
apresentar o relatório final.
Perfil do comandante do incidente
 » Ter poder de decisão.
 » Ser seguro, objetivo e calmo.
 » Possuir resiliência (adaptação ao meio físico), raciocínio ágil e flexível. 
42
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
 » Conhecer suas limitações.
 » Ter capacidade de delegar funções de forma clara, apropriada e oportuna 
visando manter o controle da situação.Todos os eventos, independentemente de porte, especificidade ou nível 
de complexidade, devem contar com apenas um Comandante do Incidente 
(CI). Ele é o responsável por, na chegada ao Teatro das Operações (TO), 
assumir a responsabilidade das ações até que a autoridade de comando 
seja transferida e instituída a outra pessoa ou ente.
43
CAPÍTULO 2
Descrição das áreas funcionais do SCI
Staff de comando
Conforme o evento e/ou incidente tome proporções maiores ou haja o acréscimo 
de recursos (humanos e/ou materiais), o Comando do Incidente (CI) pode atribuir 
(delegar) autoridade a outros membros para o desenvolvimento de algumas 
atividades específicas. É válido salientar que sempre que a expansão da 
estrutura do SCI se faça necessária, em termos de segurança, relacionamento 
com a imprensa e/ou articulação com outros agentes/instituições, deverão 
ser estabelecidas pelo comando as posições do staff de comando.
O CI pode designar, de acordo com o porte (magnitude) e a complexidade do 
incidente, qualquer uma de suas três áreas de apoio, que constituem a equipe de 
comando.
As designações dos ocupantes das funções descritas podem variar em função da 
magnitude do evento e de características próprias de cada instituição. 
De maneira didática apresentaremos no organograma abaixo a cadeia de comando 
básica entre o CI e seu staff:
Figura 8. Staff de Comando.
C
O
M
AN
D
O
 D
O
 IN
C
ID
EN
TE
Segurança
Porta-voz
Ligação
Fonte: Adaptado pelo autor.
44
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
Oficial de Segurança (OFS)
O oficial de segurança faz parte da equipe de comando. Ele é responsável por assessorar 
e apoiar o Comando do Incidente (CI) nas questões que envolvam o gerenciamento 
das ações de segurança associadas ao pessoal envolvido e aos recursos da estrutura de 
comando de incidentes, bem como quanto aos riscos inerentes aos cenários acidentais 
e às tarefas associados ao incidente e à área de operações.
A ele cabe ser o guardião e zelar pela segurança das operações em todas as suas fases, 
bem como avaliar situações perigosas e inseguras, tendo, assim, a responsabilidade 
pelo desenvolvimento de medidas para a segurança do pessoal envolvido no incidente. 
Tem ainda, dentro de suas atribuições e responsabilidades, o poder para prevenir 
ações inseguras quando a criticidade da situação exigir ações imediatas, 
geralmente faz as correções das ações com desvio ou condições inseguras por 
meio da cadeia de comando normal, respeitando a hierarquia estabelecida. O 
Oficial de Segurança (OFS) mantém-se inteirado e conhecedor de todas as 
ações e operações desenvolvidas.
Demais responsabilidades:
 » Obter relato do Comandante do Incidente (CI).
 » Apoiar o CI na reunião de objetivos e estratégias no que corresponde aos 
aspectos de segurança;
 » Identificar e reconhecer situações perigosas e de risco associados ao 
incidente e/ou à resposta à ocorrência.
 » Participar das reuniões de planejamento e auxiliar na revisão do Plano de 
Ação do Incidente (PIA).
 » Identificar situações potencialmente inseguras durante a execução de 
operações táticas e/ou ações de resposta. 
 » Fazer valer sua autoridade para prevenir e/ou neutralizar ações perigosas.
 » Investigar e analisar os incidentes e acidentes ocorridos no teatro das 
operações durante as ações de resposta.
 » Auxiliar na revisão do Plano Médico (SCI-206) e do Plano de Ação do 
Incidente.
 » Definir mensagens de segurança para o PAI.
45
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO │ UNIDADE II
Oficial de informação pública (porta-voz)
O Oficial de Informações Públicas (OIP) é um membro da equipe de comando 
que ficará responsável pelo fluxo de informações entre o evento e a parte externa, 
ficando, dessa forma, responsável pelo contato com os meios de comunicação ou 
outras organizações/instituições que busquem informação direta sobre o evento. 
Ainda que todos os órgãos que estejam respondendo ao incidente possam 
designar membros de seu pessoal como oficiais de informação pública, durante 
o evento haverá somente um “porta-voz”.
Os demais poderão servir como auxiliares e apoiar as fases do processo de 
comunicação, mas as informações partem, obrigatoriamente, do “porta-voz” e 
para ele convergem, uma vez que ele é o responsável formal por elas. 
Lembrando-se de que toda informação que vá ser emitida ou passada, deverá 
ser anteriormente validada e aprovada pelo Comando do Incidente (CI).
O oficial de informação tem, dentre várias responsabilidades, que:
 » Receber do comandante do incidente os relatos iniciais.
 » Coordenar todas as atividades de informação pública do incidente.
 » Atuar de acordo com protocolos locais levando em consideração a 
estrutura legal que se aplica (se houver).
 » Estabelecer contato com a instituição jurisdicional para coordenar as 
atividades de informações.
 » Preparar comunicados à imprensa e enviá-los ao CI para análise e 
aprovação.
 » Coordenar e preparar o terreno para as coletivas de imprensa de 
CI bem como preparar os relatórios de status para as autoridades, 
conforme solicitado pelo CI.
 » Coordenar, com a Seção de Logística, a organização do espaço de 
trabalho do pessoal, dos materiais, dos equipamentos e dos suprimentos 
necessários.
 » Garantir que informações consolidadas e consistentes sejam mantidas 
a fim de fornecer informes aos atores externos ao incidente bem 
como à comunidade em geral.
46
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
 » Manter e/ou consolidar o registro fotográfico do incidente, se solicitado 
pelo CI.
 » Estabelecer um centro único de informações, sempre que possível.
 » Receber cópias atualizadas dos Formulários SCI-201 e 211.
 » Preparar resumo inicial de informações depois de chegar ao teatro 
das operações.
 » Respeitar as limitações para a emissão de informação que imponha o 
CI e obter aprovação deste para a emissão de qualquer informação bem 
como emitir notícias aos meios de imprensa e enviá-las ao Posto de 
Comando e a outras instâncias relevantes.
 » Estar presente nas reuniões visando atualizar as notas de imprensa.
 » Sempre que acionado, responder às solicitações de informes e informações.
Formato resumido de comunicado de imprensa
 » nome do incidente, evento ou operação; 
 » número da declaração;
 » data e hora do lançamento;
 » breve descrição do incidente, evento ou operação;
 » ações realizadas até o momento;
 » resultados durante o período operacional;
 » instituições participantes;
 » recursos disponíveis;
 » evolução esperada;
 » assinatura do CI;
 » data e hora do próximo comunicado;
 » assinatura de quem preparou o comunicado.
47
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO │ UNIDADE II
Oficial de Ligação (OFL)
Podemos dizer que o oficial de ligação é o membro da equipe de comando responsável 
por articular as informações relativas às necessidades de gerenciamento do incidente 
com os atores externos do incidente e vice-versa.
É o ponto de contato entre os representantes das agências e órgãos públicos que 
estejam atuando na ocorrência ou que possam ser convocados para atuação. Isso 
inclui instituições e órgãos de primeira resposta, saúde, obras, energia elétrica, 
instituições públicas e privadas entre outras organizações no teatro das operações. 
Toda a informação deverá ser aprovada pelo Comando do Incidente (CI).
O oficial de ligação tem como responsabilidades principais:
 » Receber com o comandante do incidente o relato do evento.
 » Proporcionar um ponto de contato para os representantes de todas 
as agências e instituições presentes bem como manter atualização de 
referências por instituição/agências.
 » Atuar de acordo com protocolos locais e levando em consideração a 
estrutura legal que se aplica (se houver).
 » Fornecer um ponto de contato para representantes de instituições de 
ajuda e cooperação.
 » Desenvolver ações para resolver requisitos de gerenciamento de 
incidentes.
 » Monitorar operações para identificarproblemas atuais ou potenciais 
que possam vir a ocorrer entre as várias organizações presentes no 
teatro das operações.
 » Identificar os representantes de cada uma das instituições, incluindo 
sua localização e linhas de comunicação.
Decisão de expandir ou contrair a estrutura e os 
níveis de estrutura 
Sabemos que a flexibilidade atribuída à ferramenta SCI permite que ela tenha a 
prerrogativa de se expandir ou contrair visando atingir as diferentes necessidades 
impostas pelo incidente ao qual se está atendendo. Por isso, essa possibilidade de 
48
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
flexibilização torna o método de gerenciamento de incidentes mais assertivo 
e efetivo para qualquer tipo de evento, desde as complexas e críticas, as mais 
simples e comuns, tanto do ponto de vista financeiro (custo operacional) quanto 
da eficiência da abordagem do ponto de vista gerencial.
Em um evento, a decisão de expandir ou contrair a estrutura do SCI será 
fundamentada levando em consideração:
 » Proteção à vida. Esta é a prioridade para a decisão mais assertiva, na 
escala hierarquizada de tomada de decisão, essa é a principal. Por isso 
a prioridade zero deve ser sempre relativa à proteção da vida dos que 
respondem ao evento bem como da comunidade.
 » Estabilização do evento. O comando do incidente é o responsável por 
definir e estabelecer estratégia de tal forma que minimize os efeitos do 
sinistro sobre a área circundante e intensifique a resposta utilizando de 
forma racional e eficiente os recursos. Na ocorrência de um evento de 
pequeno porte, pode ser necessária a expansão diante da complexidade 
que se apresente (nível de exigência e de especificidade da resposta). 
 » Assertividade nas ações. Por exemplo: um incêndio em um pequeno 
depósito de produtos químicos agropecuários necessitará de uma 
estrutura expandida com posições especializadas (inflamáveis, tóxicos, 
venenos, explosivos). Já um incidente de grande magnitude, como um 
incêndio em uma grande madeireira, pode ser que se requeira estrutura 
simples de manejo de fogo e nada mais.
 » Preservação de bens patrimoniais. O Comando do Incidente tem sob 
sua guarda a responsabilidade de minimizar e/ou mitigar os danos 
patrimoniais, da mesma forma que cumpre com os objetivos de 
atendimento do evento.
Sempre que se necessitar de um tipo específico ou de uma quantidade de 
recursos que superam seu alcance de controle, outras seções poderão ser ativadas 
(Planejamento, Operações, Logística e Administração e Finanças) ou outras 
posições, conforme necessidade da demanda. Cada chefe de seção tem a liberdade 
e a autoridade para expandir ou retrair sua organização interna.
49
CAPÍTULO 3
Estrutura detalhada do SCI
Títulos e posições no SCI
As designações dos ocupantes das funções do Sistema de Comando de Incidentes 
(SCI) podem variar em função da magnitude (porte) do evento e de características 
próprias de cada instituição/agência envolvida no atendimento. De maneira didática, 
as designações seguem a seguinte terminologia:
 » Gerentes – também chamados de staffs de comando, assumem as 
funções de segurança, informação e ligação.
 » Chefes de seção – responsáveis por uma área funcional principal no 
incidente – planejamento, operações, logística e administração.
 » Encarregados – responsáveis pelo manejo de todas as atividades em 
uma instalação – por exemplo, a área de espera, a base.
 » Coordenadores, líderes ou supervisores – responsáveis por funções de 
apoio específicos a cada uma das funções anteriores.
Visando a execução coordenada e sistematizada das atividades desenvolvidas, deverá 
ser mantida uma organização, uma vez que, para que cada nível da organização e 
estrutura do SCI, existem posições específicas, e os responsáveis de cada estrutura 
têm títulos diferentes, os quais devem ser de conhecimento de todos que trabalham 
com esse sistema. Devemos observar e atentar a descrição abaixo:
 » Comando: comandante/oficiais
 » Seções: chefes
 » Setor: coordenador
 » Divisão/grupo: supervisores
 » Unidades: líderes
 » Instalações: encarregado
50
UNIDADE II │ ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO
Setor
Nível da estrutura com responsabilidade funcional ou geográfica designada pelo 
CI, sob direção de um chefe de seção.
O CI pode implementar setores funcionais (operações aéreas, controle de 
trânsito). Também podem ser setores geográficos que conduzirão operações em 
áreas geográficas delimitadas. Na estrutura do SCI os setores são encontrados 
nas seções de operações e logística.
Unidade
Nível da estrutura que tem a função de apoiar as atividades de planejamento, 
logística e administração e finanças.
Por exemplo, a Seção de Planejamento tem a Unidade de Documentação que recolhe 
e mantém todos os documentos do incidente; a Seção de Logística possui a Unidade 
Médica, a Unidade de Alimentos e outras.
Divisão
Nível da estrutura que tem a responsabilidade de atuar dentro de uma área geográfica 
definida. As divisões cobrem operações em áreas geográficas delimitadas quando o 
número de divisões ou grupos excede os cinco recomendados para o alcance de 
controle do chefe de seção. Caso existam várias instituições com competência 
no incidente, convém que os recursos sejam administrados sob suas linhas de 
subordinação.
Grupo
Nível da estrutura que tem a responsabilidade de uma designação funcional 
específica. Os grupos cobrem funções específicas de operação.
O primeiro nível da estrutura se define com recursos únicos, forças-tarefa e equipes 
de intervenção.
A divisão e o grupo são níveis organizacionais que se encontram entre força-tarefa, 
equipe de intervenção, recursos únicos e o nível de setor (caso este tenha sido 
implementado).
51
ÁREAS FUNCIONAIS E FUNÇÕES DO STAFF DE COMANDO │ UNIDADE II
Note-se que, a partir de grupo, as posições que seguem indicam níveis dentro da 
estrutura. Esses níveis serão estabelecidos à medida que o alcance de controle 
se faça necessário. Podem ter responsabilidades funcionais específicas (grupo) 
ou desempenhar funções em uma área geográfica delimitada (divisão). Em uma 
divisão poderão funcionar vários grupos.
Excedendo o alcance de controle no nível de grupo e divisão implementa-se 
setores para garantir esse princípio.
Essas mudanças ocorrem exclusivamente na seção de operações e está diretamente 
relacionada com o princípio do alcance de controle.
Excedendo o alcance de controle no nível de grupo e divisão implementam-se 
setores para garantir o princípio.
52
UNIDADE IIIFUNÇÕES DO STAFF 
GERAL DO SCI
CAPÍTULO 1
Seções do SCI
Seções da Estrutura Organizacional de 
Resposta (EOR) do organograma do SCI
As seções são níveis da estrutura de resposta que têm a responsabilidade de uma 
área funcional principal no incidente/evento (Planejamento, Operações, Logística, 
Administração e Finanças).
As seções são posições subordinadas diretamente ao comando do incidente, estão sob a 
responsabilidade de um chefe e contêm unidades específicas.
Figura 9. Staff Geral (Seções).
Comando do 
incidente
Planejamento Operações Logistica Finanças
Fonte: Adaptado pelo autor.
Cargos e responsabilidades da Seção de 
Planejamento
As funções dessa seção incluem recolher, avaliar, difundir e usar a informação 
acerca do desenvolvimento do incidente e manter um controle dos recursos. 
Ela elabora o Plano de Ação do Incidente (PAI), o qual define as atividades de 
resposta e o uso dos recursos durante um período operacional. Sob sua direção, 
53
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
estão os líderes das Unidades de Recursos, de Situação, de Documentação, de 
Desmobilização e Unidades Técnicas.
O chefe da Seção de Planejamento está subordinado diretamente ao comandante do 
incidente. É ele quem determina a estrutura interna da seção e é responsável por:
 » Obter diretamente com o Comando do Incidente (CI) as informações 
sobre o evento.
 » Acionar e ativar as unidades da Seção de Planejamento.
 » Designar, de forma apropriada,o pessoal de intervenção de acordo com 
as posições e necessidades face ao evento que está sendo atendido.
 » Definir e estabelecer as necessidades e agendas de informação para 
todo o Sistema de Comando do Incidente (SCI).
 » Notificar a Unidade de Recursos sobre todas as unidades da Seção 
de Planejamento que tenham sido acionadas, incluindo os nomes e 
os locais onde estão instalados e designados.
 » Estabelecer uma sistemática visando o recebimento de informações 
meteorológicas, quando necessário e aplicável.
 » Supervisionar a preparação do Plano de Ação do Incidente (PAI).
 » Organizar as informações sobre as estratégias diretas e alternativas. 
 » Organizar e desfazer as equipes de intervenção que não sejam designadas 
às operações.
 » Identificar a necessidade de uso de recursos (humanos e materiais) 
especializados. 
 » Prover o planejamento operacional da Seção de Planejamento.
 » Proporcionar previsões periódicas sobre o potencial do incidente.
 » Compilar e distribuir informações resumidas sobre o estado do evento.
Chefe da Seção de Planejamento
Ele é responsável por dirigir o processo de coleta, consolidação, análise e 
transformação das informações em planos de ação, além de controlar sua evolução 
– processo de coleta, consolidação, análise e transformação das informações – e 
representar através de indicadores. Tem como responsabilidades:
 » Dirigir a coleta e a documentação de todos os dados operacionais gerados 
no incidente.
54
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em 
consideração a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Assegurar a preparação do Plano de Ação para Incidentes (SCI-202).
 » Verificar se o SCI-205 e o SCI-206 foram desenvolvidos e suportam o 
PAI.
 » Fornecer informações relevantes ao CI e ao CSO no processo de 
preparação do PAI.
 » Realizar e facilitar as reuniões de planejamento.
 » Desenvolver a estrutura organizacional de sua seção.
 » Coletar e apresentar a análise da situação do incidente.
 » Fornecer previsões periódicas sobre o incidente e eventos associados.
 » Assumir o controle de todos os recursos.
 » Coordenar com o CSO a organização dos recursos do incidente.
 » Determinar a necessidade de recursos especializados.
 » Relatar mudanças significativas no status do incidente.
 » Recomendar ao CI a distribuição de pessoal de acordo com as posições 
definidas para o novo período operacional.
 » Estabelecer necessidades de reuniões e informações para todas as áreas 
da estrutura organizacional.
 » Compilar e distribuir informações resumidas sobre o status do incidente.
 » Notificar a Unidade de Recursos de todas as áreas que foram ativadas 
na Seção de Planejamento, incluindo nome do líder, ponto de contato e 
atribuição. O mesmo deve acontecer ao desmobilizar essas áreas.
 » Estabelecer o mecanismo oficial de informação meteorológica para o 
incidente, evento ou operação, quando necessário.
 » Assegurar-se de que todos os formulários de responsabilidade do 
pessoal da sua unidade sejam devidamente preenchidos e entregues 
à unidade de documentação antes da desmobilização, assim como os 
relatórios.
55
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
 » Preparar o plano de desmobilização.
 » O Chefe da Seção de Operações (CSO) consolida as informações 
geradas no Planejamento Operacional e prepara o PAI. Também se 
responsabiliza pela avaliação das informações e sua utilização na 
Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), assumindo o controle 
dos recursos.
 » Responsável pela elaboração e preparação do plano de desmobilização 
do incidente.
Líder da Unidade de Recursos (Lurec)
O líder da Unidade de Recursos é responsável por: 
1. Estabelecer todas as atividades de registro de recursos para o incidente. 
2. Preparar e processar as informações sobre mudanças no estado dos 
recursos. 
3. Preparar e manter todos os quadros de avisos, cartas e listas que refletem 
o status atual e a localização dos recursos para controle, transporte e 
suporte a veículos. 
4. Manter lista principal de chegadas e desmobilização do incidente, evento 
ou recursos operacionais.
Responsabilidades:
 » Verificar e implementar pontos de registro de recursos em coordenação 
com o CSO.
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em 
consideração a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Preparar e manter a estrutura organizacional do incidente, evento ou 
operação atualizada no PC.
 » Preparar e manter na Seção Planejamento quadro-negro ou similar 
atualizado, que inclua os recursos atualmente disponíveis, a entidade 
e a alocação.
 » Delegar as responsabilidades aos funcionários da unidade.
56
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Confirmar a expedição e a hora prevista de chegada dos funcionários 
da unidade.
 » Solicitar pessoal adicional, se necessário, e desmobilizar o excesso desse 
recurso.
 » Estabelecer contato com as instalações do incidente, evento ou 
operacional, para manter o status do recurso atualizado.
 » Participar de reuniões solicitadas pelo CSO.
 » Consolidar as informações de desmobilização de recursos do incidente.
 » Verificar se todo o pessoal foi desmobilizado e se sua partida foi 
registrada.
 » Verificar se todos os recursos da sua unidade são inventariados e 
liberados antes de sair.
 » Assegurar-se de que todos os formulários de responsabilidade do 
pessoal da unidade sejam devidamente preenchidos e entregues à 
unidade de documentação antes da desmobilização, assim como os 
relatórios.
 » Desenvolver o registro de atividades (SCI-214).
Líder de Unidade de Situação (Lusit)
O Líder da Unidade de Situação é responsável pela coleta e organização de 
informações sobre o status do incidente, evento ou operação, além de avaliar, 
analisar e divulgar as informações para uso da equipe do SCI, dos operadores de 
rádio das instituições e do Centro de Operações de Emergência (COE).
Responsabilidades:
 » Preparar e manter um quadro no PC com as informações da situação no 
momento, bem como anúncios importantes que se fizerem necessários.
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em 
consideração a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Atribuir as responsabilidades do pessoal da Unidade de Situação.
 » Confirmar o despacho e a hora aproximada de chegada do pessoal 
solicitado para a Unidade de Situação.
57
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
 » Solicitar pessoal adicional ou desmobilizar excesso de pessoal, conforme 
apropriado.
 » Coletar informações sobre o incidente o mais rápido possível e manter 
esse trabalho durante todo o incidente.
 » Preparar previsões em intervalos periódicos ou quando solicitado pelo 
CSO.
 » Colocar as informações nos quadros de avisos das unidades de trabalho 
e no PC, de acordo com uma agenda pré-determinada.
 » Participar de reuniões de planejamento de incidentes que sejam 
convocadas pelo CI/CSO.
 » Preparar relatórios resumidos sobre o status de incidente.
 » Fornecer informações sobre os recursos e a situação da resposta a 
solicitações específicas.
 » Manter registros sobre a situação da unidade.
 » Receber ordens de desmobilização da Unidade de Situação.
 » Manter o registro das informações descritas nas placas do PC e da seção.
 » Preparar listas de insumos que requerer reposição e enviá-las à Unidade 
de Aprovisionamento.
 » Assegurar que todos os recursos da sua unidade são inventariados e 
liberados antes de partir.
 » Assegurar-se de que todos os formulários de responsabilidade do pessoal 
da sua unidade sejam devidamente preenchidos e entregues à Unidade 
de Documentação antes da desmobilização, assim como os relatórios.
 » Participar do encerramento do incidente.
 » Desenvolver o registro de atividades (SCI-214).
Líder da Unidade de Documentação (Ludoc)
O líder da unidade de documentação é responsável por:
 » Manter os registros completos e precisos do incidente, eventoou 
operação.
 » Prestar serviços de fotocópias ao pessoal da estrutura organizacional. 
58
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Apoiar as demais seções no que se referir aos trâmites documentais.
 » Empacotar e armazenar arquivos do incidente para qualquer finalidade 
legal, analítica ou histórica. 
Responsabilidades:
 » Estabelecer uma área de trabalho.
 » Estabelecer e organizar os arquivos do evento bem como estabelecer 
serviços de fotocópia e responder a solicitações, quando aplicável.
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em consideração 
a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Acessar, organizar e arquivar cópias duplicadas de formulários e 
relatórios oficiais.
 » Verificar a precisão e a integridade dos relatórios enviados para 
arquivamento.
 » Corrigir erros ou omissões entrando em contato com os responsáveis 
pelo documento.
 » Fornecer duplicatas de relatórios e formulários para candidatos 
autorizados.
 » Preparar a documentação do incidente, evento ou operação para o 
CI/CSO quando solicitado.
 » Assegurar que todos os recursos da sua unidade são inventariados e 
liberados antes de partir.
 » Assegurar-se de que todos os formulários de responsabilidade do 
pessoal da sua unidade sejam devidamente preenchidos e entregues 
à Unidade de Documentação antes da desmobilização, assim como os 
relatórios.
 » Participar do encerramento do incidente.
 » Desenvolver o registro de atividades (SCI-214).
Líder da Unidade de Desmobilização (Lues)
O líder da unidade de desmobilização é responsável pela elaboração do plano de 
desmobilização e pela assistência às unidades e seções participantes do evento, 
59
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
quando esta terminar, garantindo a movimentação dos equipamentos e do pessoal 
de maneira organizada, segura e com o menor custo possível.
Responsabilidades:
 » Preparar e executar o plano de desmobilização após a aprovação do CI.
 » Revisar os registros de recurso (SCI-211) para determinar o tamanho 
provável do esforço de desmobilização.
 » Identificar com a CSO e a CI as prioridades e limitações da 
desmobilização.
 » Avaliar a capacidade de transporte ou de outros meios empregados 
para a desmobilização.
 » Preparar o plano de desmobilização e enviá-lo ao CSO.
 » Identificar as necessidades básicas e específicas de recursos para 
desmobilização.
 » Preparar o pressuposto e os recursos necessários para a desmobilização.
 » Identificar e disseminar os pontos de registro de saída, levando em 
consideração os insumos, os equipamentos, as equipes e os materiais 
empregados.
 » Estabelecer comunicação com as instalações do incidente, com as 
entidades de apoio e com os cooperadores, para definir o processo de 
desmobilização de seus recursos.
 » Verificar se todos os recursos da unidade são inventariados e liberados 
antes de partir.
 » Participar do fechamento operacional.
 » Desenvolver o registro de atividades (SCI-214).
Encarregado da Base (Ebas)
Ele é quem garante que os serviços de saúde, segurança e gerenciamento 
das instalações da base sejam conduzidos adequadamente e responde às 
responsabilidades do líder da unidade de instalações.
60
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
Responsabilidades:
 » Gerenciar a base.
 » Determinar necessidades ou restrições especiais das instalações ou 
operações.
 » Determinar as necessidades da equipe de suporte para administrar a 
base.
 » Solicitar equipamentos e suprimentos necessários para desenvolver sua 
tarefa.
 » Supervisionar o estabelecimento dos serviços necessários para a 
instalação (escritórios, salas, serviços sanitários, áreas para passar a 
noite, entre outros).
 » Estabelecer a regulamentação da segurança e convivência na base.
 » Assegurar que todos os serviços de manutenção e limpeza da base sejam 
fornecidos.
 » Preparar e entregar os relatórios solicitados.
 » Desmobilizar Unidade de acordo com Plano de Desmobilização.
 » Desenvolver o registro de atividades (SCI-214).
Encarregado de Acampamento (Ecam)
Em incidentes maiores, um ou mais acampamentos podem ser estabelecidos para 
fornecer suporte às operações.
Os acampamentos podem ficar em um local por vários dias ou podem ser movidos 
dependendo da natureza do incidente.
As funções desempenhadas em um acampamento são:
 » abastecimento/aprovisionamento;
 » serviços médicos;
 » apoio terrestre;
 » alimentação;
61
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
 » comunicações;
 » manutenção;
 » segurança.
Responsabilidades:
 » Responsabilizar-se pela coordenação geral do acampamento.
 » Coordenar o fornecimento de instalações adequadas para pernoites, 
banheiros e chuveiros.
 » Adaptar o espaço de recuperação da equipe.
 » Realizar a supervisão direta dos serviços de manutenção e de segurança 
nas instalações e áreas do acampamento.
 » Assegurar a estrita conformidade com todas as normas de segurança.
 » Garantir que todas as comunicações entre o campo e a base sejam 
centralizadas e coordenadas.
 » Garantir que todo o transporte do campo para a base tenha um cronograma 
centralizado e coordenado.
 » Preparar e entregar os relatórios solicitados.
 » Realizar a desmobilização da Unidade conforme o Plano de 
Desmobilização.
 » Desenvolver o registro de atividades (SCI-214).
Cargos e responsabilidades da seção de 
operações 
Essa seção é a responsável pela realização e operacionalização das ações de 
resposta ao incidente. O Chefe da Seção de Operações (CSO) reporta-se 
diretamente ao comando de incidentes, cabendo a ele determinar a estrutura 
organizacional interna da sua seção, dirigir, supervisionar e coordenar todas 
as operações, zelando pela segurança dos membros da Seção e, ainda, assistir o 
CI na elaboração e no desenvolvimento dos objetivos da resposta ao incidente, 
além de ter como atribuição a execução do Plano de Ação do Incidente (PAI) 
e/ou outro Plano de Resposta (Plano de Resposta de Emergência (PRE), Plano 
62
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
de Emergência Individual (PEI) ou Plano de Controle de Emergência (PCE). 
Dentre suas atribuições, destaca-se:
 » Receber do Comando do Incidente relatório do incidente.
 » Desenvolver a parte operacional do Plano de Ação do Incidente (PAI) 
ou do plano de Resposta a Emergência (PRE) em conjunto com a seção 
de planejamento.
 » Distribuir atividade e destinação dos membros da seção bem como 
fazer um relato da situação inicial e futura sobre o evento, devendo 
estar tudo em conformidade com o PAI/PRE.
 » Supervisionar as operações realizadas pelos membros da seção.
 » Determinar as necessidades e solicitar recursos adicionais e de 
especialistas.
 » Compor as equipes de resposta designadas para a Seção de Operações.
 » Manter atualizado e regularmente informado o CI sobre a execução 
das atividades especiais da operação.
Chefe da Seção de Operações (CSO)
O chefe de operações é responsável por gerenciar todas as operações diretamente 
aplicáveis à missão principal, supervisiona os recursos organizacionais de acordo 
com o plano de ação para incidentes (PAI) e dirige sua execução, além de orientar 
a preparação de planos operacionais, solicitações e entrega de recursos, faz 
alterações rápidas no Plano de Ação para Incidentes, conforme necessário, e 
reporta o mesmo ao Comandante do Incidente. 
Tem como responsabilidades:
 » Obter com o IC relatório inicial e detalhado do evento.
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em 
consideração a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Desenvolver as táticas expressas pelo CI.
 » Coordenar e preparar a reunião tática.
 » Liderar a reunião tática.
63
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
 » Executar o plano de segurança.
 » Desenvolver as estruturas internas da seção.
 » Implementar a parte operacional do PAI.
 » Formar forças-tarefa e equipes de intervenção a serem designadas.
 » Supervisionar operações de campo.
 » Determinar asnecessidades e solicitar recursos adicionais, se necessário.
 » Criar um arquivo e informar ao CI quaisquer alterações no PAI.
 » Manter o CI informado sobre atividades especiais, eventos e ocorrências.
 » Preencher/completar o Formulário SCI-204.
Encarregado de Área de Espera (EAE)
Responsável por gerenciar todas as atividades executadas na área de espera.
Responsabilidades:
 » Obter um reporte rápido do chefe da Seção de Operações.
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em 
consideração a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Estabelecer um diagrama da área de espera.
 » Definir site para o registro.
 » Marcar as áreas para identificação, sinalização e controle de tráfego.
 » Solicitar serviços de manutenção quando necessário.
 » Determinar necessidades e requisitos de alimentação, equipamentos, 
saúde e segurança e informar ao CSO.
 » Responder aos requisitos de alocação de recursos.
 » Manter o CSO informado sobre os recursos disponíveis na AE, podendo 
ser feito nas operações por meio do centro de comunicações de incidentes.
 » Relatar alterações no status dos recursos materiais.
64
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Manter a área de espera organizada e limpa.
 » Desmobilizar a área de espera de acordo com o plano de desmobilização 
de incidentes.
 » Assegurar que todo o pessoal tenha sido desmobilizado.
 » Garantir o inventário dos recursos utilizados antes de serem liberados.
 » Informar à Unidade de Desmobilização sua partida do incidente.
 » Certificar-se de que todos os formulários de responsabilidade da equipe 
de sua instituição sejam preenchidos.
 » Manter o registro de atividades – SCI-214.
Encarregado da Área de Concentração de Vítimas 
(EACV)
O Encarregado da ACV é responsável por gerenciar todas as atividades da área, tendo 
como responsabilidade:
 » Obter um reporte rápido do chefe da Seção de Operações.
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em 
consideração a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Estabelecer, se necessário, uma estrutura organizacional da ACV.
 » Manter registro das pessoas atendidas e/ou transferidas (SCI-207).
 » Classificar e transferir as vítimas.
 » Realizar a triagem das vítimas usando o protocolo específico.
 » Coordenar a transferência de pacientes com os centros hospitalares 
específicos.
 » Determinar a transferência de pacientes.
 » Determinar as necessidades dos pacientes e os recursos necessários e 
informar ao CSO ou ao CI.
 » Se ocorrer um óbito, coordenar as ações e trâmites com as autoridades 
pertinentes para esse fim.
65
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
 » Manter a ACV ordenada bem como definir e delimitar as rotas de 
entrada e saída de veículo.
 » Assegurar que todo o pessoal tenha sido desmobilizado ao final do 
evento.
 » Assegurar que todos os seus recursos sejam inventariados e liberados 
antes de sair.
 » Informar a Unidade de Desmobilização sua partida do incidente.
 » Certificar-se que todos os formulários de responsabilidade da equipe de 
sua instituição sejam preenchidos.
 » Manter registro de atividades – SCI-214.
Supervisor de Divisão/Grupo (SD/SG)
O supervisor de divisão e/ou de grupo informa ao chefe da Seção de Operações, 
ficando responsável pela implementação da sua parte ora designada no plano 
de ação de incidentes, pela alocação de recursos dentro da divisão e/ou grupo, 
bem como informar sobre o andamento das operações de controle e o status dos 
recursos de sua divisão e/ou grupo. Demais atribuições e responsabilidades:
 » Obter informações breves do chefe de operações.
 » Atuar de acordo com protocolos locais e levando em consideração a 
estrutura legal que se aplica (se houver).
 » Implementar o PAI quando a responsabilidade for da sua divisão/grupo.
 » Atribuir e revisar, juntamente com seus subordinados, as 
atribuições da divisão/grupo, bem como as atividades de incidentes 
correspondentes.
 » Certificar-se de que as unidades e/ou recursos de comunicação de 
incidentes estejam cientes de quaisquer alterações no status dos 
recursos atribuídos à divisão/grupo.
 » Coordenar as atividades com divisões adjacentes.
 » Determinar as necessidades de suporte para tarefas atribuídas a sua 
divisão/grupo.
66
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Enviar relatórios sobre o status e o status dos recursos ao chefe de 
operações.
 » Informar ocorrência de eventos como acidentes ou doenças ao 
supervisor imediato.
 » Resolver os aspectos logísticos dentro da divisão/grupo.
 » Manter o registro de atividades (Formulário SCI-214).
 » Participar das reuniões, conforme solicitado pelo Chefe da Seção de 
Operações (CSO).
 » Reconhecer os problemas logísticos relatados pelos seus subordinados.
 » Informar ao CSO quando o PAI deve ser modificado; se necessitam de 
recursos adicionais; se há mais recursos que o necessário; e ocorrências 
de situações perigosas ou eventos importantes.
 » Aprovar os informes médicos e relatórios de acidentes originários de 
sua divisão/grupo.
Líder da Equipe de Intervenção/Força-Tarefa (LEI/
LFT)
O líder da equipe de intervenção ou força-tarefa informa o supervisor de uma divisão 
e/ou grupo. 
Ele é responsável pela execução das tarefas táticas da equipe de intervenção e/ou 
força-tarefa. O líder informa sobre andamento do trabalho, status dos recursos, 
bem como quaisquer outras informações importantes para o supervisor da 
divisão/grupo e mantém registros do trabalho e do pessoal designado. 
É responsável por:
 » Obter com o chefe de operações, da divisão ou do supervisor do grupo 
informações e relatos breves da situação e do evento.
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em 
consideração a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Revisar com seus subordinados as áreas atribuídas.
 » Monitorar o andamento do trabalho e fazer as alterações necessárias.
67
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
 » Coordenar as atividades com equipes de intervenção, forças-tarefa e 
recursos simples adjacentes.
 » Enviar informações sobre a situação e o status dos recursos ao 
supervisor da divisão/grupo.
 » Acompanhar as atividades (Formulário SCI-214).
Encarregado de Helibase (EH)
É responsável por coordenar, juntamente com as autoridades aeroportuárias, as 
operações aéreas que serão realizadas, acompanhar a aeronave e revisar o plano 
de voo com os pilotos, de acordo com o previsto no PAI. É responsável por:
 » Obter com o coordenador as informações breves e especificas sobre o 
evento.
 » Atuar em conformidade com os protocolos locais, levando em 
consideração a estrutura e o arcabouço legal aplicável (se houver).
 » Conhecer o plano de ação para incidentes do SCI-202.
 » Participar das atividades de planejamento do grupo de apoio aéreo.
 » Informar o coordenador da área sobre as atividades nas helibases.
 » Monitorar o envio de recursos e suprimentos até que sejam entregues 
aos destinatários.
 » Assegurar a prestação de serviços de combustível e resgate em caso de 
acidentes nas helibases e nos helipontos.
 » Supervisionar o registro e o embarque de pessoal e carga.
 » Receber e responder solicitações especiais de logística aérea.
 » Supervisionar o pessoal responsável pela manutenção dos registros e 
relatórios de helicópteros da instituição.
 » Estabelecer a organização e o cronograma de trabalho de cada helibase e 
heliponto, incluindo as frequências de rádio.
 » Coordenar o abastecimento de aeronaves e assumir o controle do 
combustível da aeronave.
68
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Planificar o plano de voo.
 » Acompanhar o registro da aeronave e verifcar o nome do piloto.
 » Indicar aos pilotos o plano de voo e os locais atribuídos.
 » Acompanhar o controle do tanque das aeronaves e acompanhar os voos.
 » Acompanhar as atividades (Formulário SCI-14).
 » Passar um relatório diário ao CSO sobre o número de voos realizados, 
bem como combustívelgasto por cada aeronave e apresentar um resumo 
das operações aéreas.
Encarregado de Heliponto (EHP)
Ele é responsável por coordenar, orientar a aeronave (na decolagem e no pouso) e 
assumir o controle de equipamentos e pessoas que chegam ou saem do heliponto. 
Tem como responsabilidades:
 » Obter informações breves do encarregado da helibase.
 » Orientar a subida e a descida da(s) aeronave(s).
 » Atuar de acordo com os protocolos locais estabelecidos, levando em 
conta a estrutura legal que se aplica (se houver).
 » Revisar o plano de voo das operações aéreas.
 » Reportar-se ao EH ou CSO quando chegar ao heliponto.
 » Coordenar atividades com o responsável da helibase.
 » Verificar se o equipamento está bem embalado e acompanhar o peso.
 » Manter a lista do pessoal transportado.
 » Monitorar a conformidade com os padrões de segurança na subida e 
descida de pessoal.
 » Coordenar com a pessoa encarregada dos suprimentos especiais da 
helibase para suporte aéreo que sejam necessários.
 » Estabelecer local para o registro do pessoal a ser transportado.
 » Coordenar o cumprimento dos padrões e das normas de segurança.
 » Manter registros e informes das atividades (Formulário SCI-214).
69
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
Líder de Unidade de Comunicações (Lucom)
O líder da unidade de situação é responsável pela coleta e organização de informações 
sobre o status de incidente, evento ou operação, além de avaliar, analisar e divulgar 
as informações para uso da equipe do SCI, dos operadores de rádio das instituições 
e do Centro de Operações de Emergência (COE).
Responsabilidades:
 » Desenvolver o plano de comunicação (SCI-205) e o plano alternativo de 
comunicação para uso efetivo das equipes e sistemas de comunicação de 
incidentes.
 » Supervisionar o centro de comunicações de incidente, evento ou operação.
 » Gerenciar todas as necessidades para a operação do centro de 
comunicações de incidentes, eventos ou operações e instalações 
relacionadas.
 » Instalar e testar equipamentos de comunicação.
 » Distribuir equipamentos de comunicação de acordo com o plano de 
comunicação (SCI-205).
 » Definir pontos de indução, entrega e manutenção de equipamentos 
dentro da base e/ou campo(s).
 » Assegurar que todos os equipamentos estejam instalados, testados, 
inventariados e operacionais.
 » Fornecer aconselhamento sobre o escopo e as limitações das comunicações 
no incidente, evento ou operação.
 » Estabelecer, se necessário, o centro de mensagens.
 » Instalar serviços telefônicos e anúncios públicos e manter o status 
atualizado dos recursos disponíveis.
 » Recuperar o equipamento de unidades desmobilizadas e realizar as 
respectivas manutenções.
 » Assegurar que todos os recursos da sua unidade sejam inventariados e 
liberados antes de partir.
70
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Assegurar-se de que todos os formulários da responsabilidade da equipe 
de sua unidade sejam devidamente preenchidos e entregues à unidade 
de documentação antes da desmobilização, bem como os relatórios.
 » Participar do encerramento operacional.
 » Desenvolver o registro de atividades (SCI-214).
Técnico de Comunicação (Tcom)
É o suporte técnico do líder da unidade de comunicações aos processos mais 
críticos de incidente, evento ou operação, pois garante o fluxo de informações 
entre as diferentes posições.
Responsabilidades:
 » Realizar instalação de antenas, rádios e sistemas de comunicação.
 » Realizar testes de desempenho do equipamento.
 » Realizar programação de frequência.
 » Vincular o sistema de informações de incidentes.
 » Apoiar o Líder de Comunicação (LCOM) na elaboração e preparação 
do plano de comunicação (SCI-205).
Líder da Unidade Médica (Luem)
O líder da unidade médica está localizado na Seção de Logística, no ramo de serviços, 
onde todas as atividades de suporte médico são administradas.
Responsabilidades:
 » Preparar, desenvolver e controlar no plano médico de incidentes, evento 
ou operação (SCI-206).
 » Obter e dispor ajuda médica e transporte para o pessoal atendido no 
incidente, evento ou operação.
 » Preparar informes e registros da unidade médica.
 » Determinar o nível de atividades médicas de emergência que foram 
desenvolvidas antes da ativação da unidade médica.
71
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
 » Proporcionar atenção médica e assistência às vítimas que resultarem do 
incidente.
 » Definir as prioridades em relação à atenção médica e coordenar com os 
centros hospitalares na área do incidente.
 » Declarar emergências médicas principais, conforme apropriado.
 » Responder solicitação de atendimento médico.
 » Responder solicitação de transporte médico.
 » Responder solicitação de suprimentos médicos.
 » Acompanhar as atividades (SCI-214 e SCI-207).
 » Realizar a instalação de antenas, rádios e sistemas de comunicação.
 » Realizar testes de desempenho do equipamento.
 » Realizar programação de frequência.
 » Vincular o sistema de informações de incidentes.
 » Apoiar o Líder de Unidade Médica (Luem) na elaboração e preparação do 
plano de comunicação (SCI-205).
Líder da Unidade de Alimentação (Lual)
O líder da unidade de alimentação está sob a direção do chefe da Seção de Logística 
(CSL). Sua principal função é proporcionar o bem-estar da equipe, em termos de 
necessidades básicas de alimentação e de hidratação.
Responsabilidades:
 » Determinar o número de pessoas que participam do incidente, evento ou 
operação, sua atribuição e local.
 » Identificar as necessidades de alimentação e hidratação do pessoal 
pertencente à estrutura organizacional de resposta ao evento ou operação.
 » Coordenar e gerenciar o fornecimento dos cardápios apropriados para 
cada situação.
 » Determinar as instalações necessárias para cozinhar e servir alimentos.
72
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Determinar as necessidades especiais para embalagem de alimentos.
 » Coordenar o fornecimento constante de hidratação a todo o pessoal.
 » Assegurar a manutenção geral das áreas de serviços de alimentação.
 » Solicitar os equipamentos e suprimentos necessários para operar as 
instalações de serviços de alimentação.
 » Coordenar com a unidade de transporte e, se for necessário, transferir 
alimentos para um local específico.
 » Garantir que todas as medidas adequadas de higiene, saúde e segurança 
sejam levadas em consideração.
 » Supervisionar cozinheiros e demais funcionários da unidade.
 » Manter um inventário de alimentos disponíveis e enviar pedidos de 
alimentos.
 » Desmobilizar a unidade de acordo com o plano de desmobilização.
 » Coordenar a disposição final de resíduos.
 » Manter o registro de atividades (SCI-214).
Cargos e responsabilidades da Seção de Logística 
A Seção de Logística (Selog) é responsável por prover instalações, serviços e 
materiais, incluindo o pessoal que operará os equipamentos solicitados para 
atender no incidente. 
É uma seção vital para o desenvolvimento das operações, sendo indispensável 
quando estas são desenvolvidas em áreas muito extensas e quando as operações 
perduram por muito tempo (longa duração). 
As funções dessa Seção são de apoio exclusivo às demais estruturas que atendem o 
evento. 
A Selog é responsável por supervisionar e coordenar: o setor de serviços; o 
coordenador do setor de apoio; os líderes das unidades médicas (proporciona 
atendimento ao pessoal de resposta ao incidente, e não às vítimas), as 
comunicações, a recepção e a distribuição, as instalações, as provisões, o 
apoio terrestre e de alimentação; os encarregados de base, as a equipes, o 
acampamento, a segurança e as requisições.
73
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
Responsabilidades:
 » Planejar a organização da Seção de Logística.
 » Designar lugares de trabalho e tarefas preliminares ao pessoal da seção.
 » Notificar à unidade de recursos sobre ativação das unidades da Seção 
de Logística, incluindo nome e localização do pessoal designado.
 » Comporos setores e proporcionar informação sumária aos 
coordenadores e aos líderes das unidades.
 » Participar da elaboração e preparação do plano de ação do incidente 
e/ou do plano de resposta a emergência.
 » Identificar os serviços e as necessidades de apoio para as operações 
planejadas e esperadas.
 » Opinar e revisar o plano de comunicações e o plano médico.
 » Coordenar e processar as solicitações de recursos adicionais.
 » Revisar o plano de ação do incidente e fazer uma estimativa das 
necessidades da seção para o período operacional seguinte.
 » Apresentar conselhos acerca das capacidades disponíveis de serviços e 
apoio. 
 » Preparar os elementos de serviços e apoio do plano de ação do incidente.
 » Fazer uma estimativa das necessidades futuras de serviços e apoio.
 » Receber o plano de desmobilização da seção de planejamento.
 » Recomendar a descarga de recursos da unidade de acordo com o plano 
de desmobilização.
 » Assegurar o bem-estar geral e a segurança do pessoal da Seção de 
Logística.
Chefe da Seção de Logística (CSL)
Essa chefia é de suma importância para o desenvolvimento das tarefas inerentes 
à resposta ao evento. É por meio de suas habilidades de gestão e otimização de 
recursos que as operações serão realizadas em tempo hábil e adequado. Além 
disso, seu apoio às diferentes posições da estrutura organizacional de 
resposta é vital para o fluxo de informações e também para manter a equipe 
74
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
concentrada em suas tarefas, já que as demandas e necessidades básicas da 
seção de operação bem como dos demais participantes das ações de resposta 
estarão sendo adequadamente atendidas. 
Ele está subordinado diretamente ao comandante do incidente, reportando-se 
somente a ele. Também é função do chefe determinar a estrutura organizacional 
interna da sua seção, bem como coordenar as atividades de todos os membros de 
forma direta ou remota (delegada).
Responsabilidades:
 » Coordenar o fornecimento de todos os serviços de transporte, 
comunicações, suprimentos, equipamentos, manutenção e 
abastecimento de combustível para o desenvolvimento ou suporte 
do incidente.
 » Garantir a provisão de serviços médicos, segurança e alimentação para o 
pessoal que trabalha no incidente
 » Garantir que os padrões de higiene e nutrição sejam cumpridos 
para todo o pessoal envolvido.
 » Dimensionar as necessidades de recursos e os requisitos de suporte 
para os próximos períodos operacionais.
 » Solicitar recursos adicionais conforme necessidade.
 » Garantir e supervisionar o desenvolvimento do atendimento a 
comunicações, unidades médicas e planos de tráfego, se necessário.
 » Revisar e comentar o plano de comunicações, o plano médico e o plano 
de circulação.
 » Revisar o plano de desmobilização e ver os requerimentos.
 » Supervisionar e coordenar as atividades de desmobilização da seção e 
dos recursos associados.
 » Participar do encerramento do incidente.
Cargos e responsabilidades da Seção de Finanças
Apesar de receber a importância que merece, a Seção de Finanças é crítica e 
de suma importância para manter o controle contábil que envolve o incidente. 
75
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
Essa seção se responsabiliza por justificar, controlar e registrar todos os gastos 
envolvidos nas diversas atividades e fases do evento. Ela deve manter atualizado a 
documentação requerida para possíveis processos indenizatórios.
A Seção de Finanças é especialmente importante quando o incidente apresenta 
um porte que poderia resultar na decretação de situação de emergência 
ou estado de calamidade pública. Essa seção também dirige os líderes das 
unidades de tempos, de provedoria e de custos.
O chefe se reporta diretamente ao CI, é responsável por determinar a 
estrutura organizacional interna da sua seção e coordenar as atividades de:
 » Obter breve informação do comando do incidente.
 » Participar das reuniões dos representantes de instituições para receber 
informação.
 » Participar das reuniões de planejamento para obter informação.
 » Identificar e solicitar insumos e necessidades de apoio para a Seção 
de Finanças.
 » Desenvolver plano operacional para o funcionamento das finanças no 
incidente.
 » Preparar objetivos de trabalho para seus subordinados e prestar 
breve relato ao seu pessoal.
 » Fazer designações e avaliar desempenhos.
 » Determinar as necessidades da operação de comissariado.
 » Informar ao comando do incidente e ao pessoal quando sua seção 
estiver em completa operacionalidade.
 » Reunir-se com os representantes das instituições de apoio quando 
for necessário.
 » Manter contato diário com as instituições no que diz respeito a 
assuntos financeiros.
 » Assegurar que todos os registros de tempo do pessoal sejam 
transmitidos à instituição, de acordo com as normas estabelecidas.
76
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
 » Participar de todo o planejamento de desmobilização.
 » Assegurar que todos os documentos de obrigações iniciados durante o 
incidente estejam devidamente preparados e completos.
 » Informar ao pessoal administrativo sobre todos os assuntos de manejo 
de negócios do incidente que requeira atenção, proporcionando-lhes 
andamento antes de deixar o incidente.
Chefe da Seção de Finanças (CSF)
O chefe da Seção de Finanças é responsável por todos os aspectos administrativos, 
financeiros e de custos do incidente e pela supervisão dos membros da seção. 
Responsabilidades:
 » Obter informações breves do comando do incidente.
 » Participar de reuniões de planejamento para obter informações e 
requisitos.
 » Coordenar a gestão dos recursos.
 » Desenvolver um plano para a operação das finanças relativas ao evento.
 » Estabelecer quadros de controle de acordo com os regulamentos 
estabelecidos.
 » Informar a equipe do plano de trabalho e atribuições e monitorar o 
desempenho e o cumprimento dos objetivos.
 » Informar o CI quando a Seção estiver totalmente operacional.
 » Acompanhar e controlar os investimentos que entram.
 » Acompanhar as despesas.
 » Assumir o controle e o monitoramento dos serviços contratados.
 » Cumprir os procedimentos e regulamentos estabelecidos para a gestão 
de fundos.
 » Reunir-se com representantes de instituições de apoio em questões 
financeiras.
77
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
 » Manter contato diário com as instituições no que diz respeito aos aspectos 
financeiros.
 » Assegurar que todos os registros de horas da equipe sejam transmitidos à 
instituição de acordo com as regras.
 » Participar das fases de planejamento para desmobilização de recursos.
 » Garantir que todos os documentos de obrigação iniciados durante o 
incidente sejam devidamente preenchidos.
 » Informar a equipe administrativa sobre questões relativas ao incidente 
que exija atenção e fornecer acompanhamento antes de concluí-lo.
78
CAPÍTULO 2
Estabelecendo o SCI e transferindo o 
comando
Numa situação adversa, a instalação do SCI se iniciará assim que a primeira 
pessoa com capacidade técnica e operacional chegar ao local do incidente. 
Alguns passos básicos deverão ser seguidos no estabelecimento do SCI:
 » Informar a base ou central da chegada a um local de incidente ou 
evento adverso.
 » Assumir e estabelecer um posto de comando.
 » Avaliar a situação.
 » Estabelecer um perímetro de segurança.
 » Estabelecer seus objetivos.
 » Determinar as estratégias.
 » Identificar e determinar a necessidade de recursos e das instalações.
 » Preparar as informações para transferir o comando.
Ao assumir e estabelecer um posto de comando, devem ser asseguradas as 
seguintes condições.
 » segurança e visibilidade;
 » facilidade de acesso e circulação;
 » disponibilidade de comunicação;
 » capacidade de expansão física;
 » distância da cena, ruído e confusão.
A avaliação da situação deve considerar os seguintes aspectos.
 » Qual a natureza do incidente?
 » O que ocorreu?
79
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III» Quais ameaças ainda estão presentes?
 » Qual o tamanho estimado da área afetada?
 » Como o incidente pode evoluir?
 » Como seria viável realizar o isolamento da área?
 » Quais seriam os locais mais adequados para instalação do PC, da 
AE e da ACV?
 » Quais as rotas de acesso e de saída mais seguras para permitir um 
fluxo seguro e adequado de materiais e pessoal?
 » Quais as necessidades em termos de recursos e organização?
Ao estabelecer um perímetro de segurança, devem ser consideradas as seguintes 
características do cenário.
 » Tipo de incidente.
 » Tamanho estimado da área afetada.
 » Topografia da região afetada e vizinha.
 » Localização do incidente em relação à via de acesso e áreas disponíveis 
ao redor.
 » Áreas sujeitas a deslizamentos, explosões, queda de escombros, cabos 
elétricos caídos etc.
 » Condições atmosféricas.
 » Possível entrada e saída de veículos.
A função de isolamento deve ser coordenada com o organismo de segurança 
correspondente no local, solicitando todas as pessoas que se encontrem na zona de 
risco sejam afastadas, exceto o pessoal autorizado.
Após o isolamento da área, devem ser estabelecidos objetivos da ação e estratégia 
para alcançar os mesmos. Tais ações podem fazer parte de um Plano de Ação 
de Incidente (PAI) já previamente definido, ou serem definidos a partir de um 
cenário novo que se faça presente.
80
UNIDADE III │ FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI
As necessidades de recursos e as localizações das possíveis instalações 
também já podem estar previamente definidas no PAI, ou serem avaliadas e 
identificadas no momento inicial.
Quando o pessoal tecnicamente qualificado ou com responsabilidade institucional 
definida chegar ao local do incidente, será necessário transferir para esse 
pessoala responsabilidade do comando do incidente. Essa transferência 
dar-se-á, num primeiro momento, pessoalmente, de forma verbal e, nesse 
momento, deverão ser transmitidas as seguintes as informações:
 » estado do incidente;
 » situação atual de segurança;
 » organização atual;
 » designação de recursos;
 » recursos solicitados e a caminho;
 » instalações estabelecidas;
 » plano de comunicações;
 » provável evolução.
O processo participativo de tomada de decisões deve ser sempre considerado pelo 
comandante do incidente, já que dificuldades práticas podem estar presentes no 
comando e no controle das diversas frentes de atuação. Isso pode acontecer 
sobretudo em eventos de alta complexidade e/ou quando este atinge grandes 
extensões geográficas.
Uma vez feita a transferência do comando, todo o pessoal em operação deverá 
ser informado da mudança, bem como da identificação do novo comandante do 
incidente
Devido a sua capacidade de expansão e contração, a estrutura do SCI é eficaz 
e eficiente no manejo de operações ou incidentes de qualquer natureza. Na 
grande maioria dos incidentes menores, somente a ativação das funções de 
comando e operações serão suficientes para uma resposta adequada.
Uma identificação inicial adequada e estimativa de prováveis consequências 
permitirá que se calcule o número de recursos necessários e a necessidade 
de expansão do sistema, delegando-se novas funções e alocando mais 
81
FUNÇÕES DO STAFF GERAL DO SCI │ UNIDADE III
recursos. A avaliação deve ser mantida durante toda a operação, e caberá 
ao comandante do incidente definir a necessidade de maior expansão, 
contração ou desmobilização de recursos e funções.
O comandante do incidente deve estar presente no Posto de Comando (PC) 
e não na área de intervenção. Se houver a real necessidade dele se afastar 
do posto de comando, deve ser designado um substituto, o qual assumirá 
temporariamente sua função, de forma que as equipes de intervenção e de apoio 
não percam a referência hierárquica da linha de comando.
82
UNIDADE IV
SISTEMA DE COMANDO 
DE INCIDENTES 
APLICADO
CAPÍTULO 1
Descrição das instalações e zonas de 
atendimento
Instalações são espaços físicos ou estruturas fixas ou móveis, designadas pelo 
comando do incidente para cumprir uma determinada função no Sistema de 
Comando de Incidentes (SCI).
No Sistema de Comando de Incidentes a premissa básica é que as instalações 
sejam localizadas de forma clara e precisa, com denominação comum e de 
conhecimento dos envolvidos e devem estar bem sinalizadas e instaladas em 
locais seguros (afastado da zona quente). 
Instalações comuns
São aquelas que cumprem com as necessidades na maioria dos cenários e incidentes, 
quais sejam:
 » Posto de Comando (PC);
 » Área de Espera (AE);
 » Área de Concentração de Vítimas (ACV).
Outras instalações
São aquelas que podem ser utilizadas ou não, a depender das características do 
evento, podendo ser:
 » base;
 » heliponto;
83
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
 » helibase;
 » acampamento.
A definição da necessidade e local das instalações serão realizadas pelo comando do 
incidente, após avaliar as ações prioritárias, as necessidades envolvidas, os riscos 
inerentes ao evento e aos locais estabelecidos.
Posto de Comando (PC)
O Posto de Comando será o local inicial para onde o comando do incidente iniciará 
sua execução. Poderá ser fixo ou móvel, devendo ser único no local e identificado 
pelo símbolo.
Figura 10. Posto de Comando.
PC 
Fonte: Manual SCI, CBMDF (2011).
No Posto de Comando serão instalados o comando do incidente ou comando 
unificado, os oficiais do staff de comando e os chefes de seção.
A escolha do local para instalação do Posto de Comando deve considerar 
as características e particularidades relativas ao tipo de cenário acidental 
(incêndio, resgate, atendimento a emergências químicas, vazamento e 
derrame de produto tóxico, evento natural etc.) e magnitude do evento 
(pequeno, médio ou grande porte), seu provável tempo de duração, se está 
o evento em fase de crescimento ou retração e se o espaço geográfico é 
suficientemente amplo e não oferece condições de risco para as pessoas 
que nele se instalaram. Em incidentes de longa duração ou que possa haver 
mudança das condicionantes atmosféricas ou da dinâmica do evento, é 
desejável selecionar uma área que ofereça boa ventilação, boa iluminação e 
que seja adequadamente protegida.
84
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
A Área de Espera (AE)
A Área de Espera é um local demarcado e identificado para onde se dirigirão 
os recursos operacionais que se integrarem ao SCI. É onde se fará a recepção 
(check-in) e o devido cadastramento dos recursos.
Se os recursos não forem necessários para uso imediato, devem ser acondicionados 
e permanecerem em condições de pronto emprego, aguardando o acionamento.
Pode-se dizer que essa área é o local onde os recursos humanos e materiais deverão, 
inicialmente, ser concentrados, até que sejam solicitados para desempenhar sua 
função. 
De acordo com a complexidade do evento e dos recursos envolvidos, pode-se fazer 
necessário mais de uma área de espera para um mesmo evento/incidente. 
No começo da emergência, pode ocorrer a designação direta dos recursos, sem 
passar pela Área de Espera, sendo necessário fazer o check-in pelo rádio. 
À proporção que o evento cresça, poderá ser necessário a mobilização de 
recursos adicionais. Visando evitar a convergência de grande quantidade de 
recursos diretamente na cena, muitas vezes desnecessária, bem como visando 
para administrá-los de forma mais efetiva, o Comandante do Incidente (CI) 
poderá definir e estabelecer tantas Áreas de Espera que julgar necessárias. 
É notório que fica mais difícil controlar e cadastrar os recursos operacionais 
que estão distribuídos pela área de operação (Teatro das Operações) do que 
os que estão devidamente concentrados em pontos específicos para isso.
Quanto ao posicionamento da Área de Espera (AE), desde que não haja 
comprometimento das condicionantes de segurança, é desejável que ela fique 
posicionada o mais próximo possível do local do evento, de forma a evitar perda 
desnecessária de tempo nouso de recursos operacionais e mobilização de outros 
recursos disponíveis.
Também é importante que a Área de Espera (AE) seja instalada em local de 
fácil acesso tanto para aqueles que chegam ao local da emergência como para 
seu pronto emprego na operação. Por isso, é de suma importância que ela seja 
corretamente sinalizada e de fácil identificação a quem chega ao local e que 
garanta que nenhum recurso seja extraviado ou não cadastrado.
Em eventos (incidentes e/ou emergências) que possam se prolongar por mais 
tempo, é recomendado que sejam estruturados na área de espera locais de apoio 
para descanso, hidratação, alimentação, reuniões, registro de dados etc.
85
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
Podemos dizer que a designação, a denominação e a implementação de uma 
área de espera podem variar em função das conformações da estrutura do SCI. 
Por isso, ela é descrita em algumas bibliografias como área de estacionamento 
(E). Ela também servirá de área de retenção ou estacionamento devendo ficar 
próxima da cena, com os recursos materiais, que devem permanecer lá até que 
sejam designados e distribuídos no teatro de operações.
Figura 11. Área de Espera.
 
 
E 
Fonte: Autoria própria. 
O estabelecimento do Posto de Comando (PC) e da Área de Espera (AE) deve 
obedecer ainda a alguns requisitos para suas instalações e delimitações.
 » Possuir visibilidade e segurança adequadas.
 » Facilitar o acesso e a circulação.
 » Possuir rotas diferentes para entrada e saída dos recursos.
 » Ter dimensões que possam acomodar os recursos humanos e materiais.
 » Manter a área segura, fora da zona quente ou de área de risco.
 » Garantir condições de segurança tanto para o pessoal quanto para os 
equipamentos.
 » Ter disponibilidade de comunicação.
 » Manter-se afastado da cena (distante da zona quente), do ruído, dos 
agentes químicos e da confusão.
 » Possuir capacidade de mobilização e expansão física.
86
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
Área de Concentração de Vítimas (ACV)
Quando numa emergência ou num evento houver um número elevado de 
vítimas ou pessoas necessitando de atendimento na cena, torna-se difícil 
dedicar atenção adequada para todos ao mesmo tempo. Dessa forma, a triagem 
de vítimas/pacientes deve ser usada como forma de auxiliar na identificação da 
gravidade das vítimas que podem necessitar de atendimento imediato ou com 
menor urgência. 
A Área de Concentração de Vítimas (ACV) deve ser instalada logo após a 
identificação de qualquer emergência que envolva muitas vítimas que venham a 
sobrecarregar as unidades de socorro de urgência (BERGERON et al, 2007).
Dessa forma, podemos definir Área de Concentração de Vítimas como o local 
estabelecido onde será efetuado a triagem, a classificação, a estabilização inicial 
e a destinação das vítimas de um incidente. Para definir sua instalação, devem 
ser levados em consideração alguns aspectos relacionados abaixo:
 » Quanto às condicionantes de segurança, é importante salientar que 
a área de concentração de vítimas deve ser instalada em um local 
seguro na zona de fria (área fria).
 » Quanto à proximidade ou posicionamento na cena, desde que não 
comprometa a segurança, é salutar que a ACV fique instalada o 
mais próximo do local da ocorrência, visando facilitar a triagem, o 
atendimento inicial e o início do transporte das vítimas para unidades 
hospitalares adequadas.
 » Acessibilidade aos veículos de evacuação.
 » Capacidade de expansão.
 » Isolamento do acesso ao público.
 » Que seja a ACV organizada e planejada de forma a facilitar um fluxo 
acelerado, mas seguro para as equipes de atendimento e viaturas 
(VTR) de emergência responsáveis pela triagem, pela estabilização 
e pelo transporte dos feridos até as unidades hospitalares, devendo, 
preferencialmente, possuir acessos e rotas diferenciadas de entrada e 
saída na área.
No que diz respeito à capacidade de ampliação da ACV, é importante que ela possa 
se expandir e ocupar espaços maiores quando houver necessidade .
87
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
Vale ressaltar que outro item importante é a atenção à segurança física das 
instalações através de vigilância, com o devido isolamento do local a fim de 
garantir proteção patrimonial aos equipamentos, materiais e bens pessoais dos 
envolvidos, bem como prevenção de barreiras para controle de acesso, evitando 
presença de pessoas que pode atrapalhar o atendimento (parentes das vítimas, 
curiosos etc.).
A simbologia usada para designar e/ou indicar a ACV é representada por um 
círculo de cor amarela com as letras ACV em cor preta no centro: 
Figura 12. Área de Concentração de Vítimas.
 
 Fonte: Autoria própria.
Recurso é todo equipamento e/ou pessoal disponíveis ou potencialmente disponíveis 
para sua aplicação tática em um incidente. Como exemplos, podemos citar: 
viaturas, medicamentos, bombeiros, médicos, ambulâncias, ferramentas etc.
Todos são inicialmente alocados na Área de Espera e devidamente registrados 
pelo encarregado da área, sendo passada a informação ao comando do incidente. 
A depender da necessidade e disponibilidade, esses recursos serão designados 
pelo comando do incidente para atuação em diferentes áreas no cenário.
As equipes de atendimento devem começar o atendimento das vítimas triadas 
conduzindo-as de maneira ordenada, levando em conta a triagem realizada 
bem como a sua gravidade, para a ACV. Na ACV as vítimas devem receber 
monitoramento constante e serem reclassificadas pela equipe de atendimento 
pré-hospitalar. Sempre que possível, a equipe deve atuar em quatro divisões: 
1. transporte;
2. estabilização e monitoramento; 
3. triagem; 
4. manejo/remoção de mortos (da ACV).
88
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
Figura 13. Disposição final das instalações.
Fonte: Manual SCI, CBMDF (2011).
Podemos dizer que as principais instalações cumprem com as necessidades da 
maioria das ocorrências, mas, em alguns eventos específicos, o Comando de 
Incidente poderá determinar a necessidade de outras instalações, tais como 
base, acampamento e heliponto.
Bases ou bases de apoio
A base de apoio é uma instalação utilizada em grandes eventos. É o lugar onde se 
desenvolvem as funções logísticas primárias e ordinárias. Geralmente há apenas 
uma base em cada evento. No entanto, em alguns eventos como incêndio 
florestal, é necessário haver bases auxiliares, que muitas vezes atuam em 
mais de uma frente de combate. A base, pela sua característica, regularmente 
é um bom local para se instalar o Posto de Comando (PC).
O sinal de identificação da Base é um círculo com fundo amarelo e um “B” de cor 
preta em seu interior, com 90 cm de diâmetro.
Figura 14. Simbologia Base.
 
 
B 
Fonte: Adaptado pelo autor.
Acampamento
O acampamento é um local estabelecido dentro da área geral do incidente. Ele 
deve ser equipado e adequadamente preparado para dar suporte no que tange a 
89
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
alojamento, alimentação, hidratação e instalações sanitárias. Ele pode localizar-se 
na Base e desempenhar, a partir dela, as funções específicas.
Em um evento, pode ser necessário o estabelecimento de mais de um Acampamento 
(A). É importante salientar que, para cada um desses acampamentos, deverá 
haver um encarregado identificado por nome geográfico ou número.
O sinal padronizado para a correta identificação e sinalização da área do 
Acampamento é um círculo com fundo amarelo e um “A” de cor preta em seu 
interior, com 90 cm de diâmetro.
Figura 15. Simbologia Acampamento.
 
 
A 
Fonte: Adaptado pelo autor.
Centro de Informação ao Público (CIP)
Os centros de informação pública não são comuns em emergências e ocorrência 
convencionais, mas em eventos de grande porte, de alta complexidade ou 
repercussão. A instalação desses centros tem sua importância, já que eles 
representam os locais onde serão desenvolvidas as atividades de atendimento à 
impressa.
Geralmente,esse Centro de Informação ao Público (CIP) é estabelecido quando 
há possibilidade de que o evento tenha presença considerável de profissionais da 
imprensa ou quando há necessidade de geração e disseminação de informações 
sobre as operações e situação do incidente.
Figura 16. Simbologia do Centro de Informação ao Público.
 
 
I 
Fonte: Adaptado pelo autor.
90
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
É importante que o CIP seja instalado a uma distância equilibrada (nem muito 
perto, nem muito longe do PC), de forma que o comando e seu staff de comando 
tenham garantida sua privacidade, mas também as equipes de mídia possam ter 
acesso facilitado às informações sem atrapalhar as ações realizadas no Teatro 
de Operações. Por isso, é importante que a sistemática de vigilância continuada 
tenha sido prevista visando a segurança dos equipamentos e dos materiais 
presentes no local.
Helibase
Localização definida para o estacionamento, abastecimento, manutenção e demais 
rotinas que se fizerem necessárias para a operacionalidade dos helicópteros.
O sinal padronizado para a correta identificação e sinalização da helibase é um 
círculo com fundo amarelo e um “H” de cor preta em seu interior, com 90 cm de 
diâmetro.
Figura 17. Simbologia Helibase.
 
 
H 
Fonte: Adaptado pelo autor.
Heliponto
É o local devidamente selecionado e preparado para que os helicópteros possam 
realizar operações de aterrissagem, decolagem, carregamento e descarregamento 
de pessoas, equipamentos e materiais diversos.
O sinal padronizado para a correta identificação e sinalização do heliponto é 
representado por um círculo com fundo amarelo e um “H1” (“H2”, “H3”) de cor 
preta em seu interior, com 90cm de diâmetro.
Figura 18. Simbologia Heliponto.
 
 
H1
11 Fonte: Adaptado pelo autor.
91
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
Abaixo, listaremos algumas informações relevantes que devem ser consideradas na 
instalação de helibases e helipontos:
 » As helibases e os helipontos deverão adotar normas específicas de 
segurança em função dos riscos específicos decorrentes das operações 
aéreas.
 » Deve ser previsto para as helibases vigilância continuada visando 
a proteção e a segurança patrimonial das aeronaves envolvidas nas 
operações, dos equipamentos, dos acessórios e dos demais materiais 
distribuídos na área, bem como para os bens pessoais das equipes de 
pilotos e demais envolvidos nas operações.
Zonas de atendimento (zonas de trabalho)
Quanto ao atendimento a incidentes, eventos críticos e/ou emergências, 
recomenda-se organizar e delimitar as áreas de atuação em diferentes zonas de 
trabalho. Deve-se dimensionar levando em consideração o tipo de ocorrência, 
magnitude, natureza e particularidades das ações e das tarefas que serão 
executadas, bem como os riscos inerentes ao cenário envolvido. 
A delimitação da área de atuação das equipes em zonas de trabalho visa facilitar 
a coordenação das operações específicas e o controle dos recursos empregados, 
além de realizar o controle de acesso efetivo ao ponto zero (área com maior 
risco), contribuindo, dessa forma, para ampliar as condicionantes de segurança 
relativas às operações desenvolvidas.
No caso específico de ocorrências com cargas perigosas em rodovias (estaduais ou 
federais), o adequado controle de acesso ao local da ocorrência tem por objetivo 
principal restringir o acesso ou a permanência de pessoas que não estejam 
envolvidas com as ações de resposta; ou que não estejam protegidas nas áreas 
sujeitas à possível exposição de produtos vazados e/ou derramados, ou outro 
local onde a utilização dos equipamentos de proteção individual (EPIs) seja 
obrigatória.
As zonas de trabalho devem ser delimitadas e sinalizadas com fitas coloridas, 
cones de sinalização ou outro recurso visual e, sempre que possível, mapeadas. 
Essas áreas farão parte do teatro de operações e serão delimitadas por 
acessos e corredores que servem para controlar a situação como um todo. 
A dimensão das zonas e os pontos de controle de acesso devem ser do 
conhecimento de todos os envolvidos na operação de resposta.
92
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
É importante comentar que o adequado delineamento das zonas de trabalho 
deve, sempre que possível, ser estabelecido com base em resultados de 
avaliações atmosféricas ambientais, associado ao conhecimento técnico do 
comando do incidente ou especialista presente no teatro de operações.
Zona quente 
As Zonas de Trabalho devem ser definidas dentro do perímetro de isolamento, 
considerando o grau de risco e os perigos inerentes ao avento. O procedimento 
deve ser iniciado a partir da zona mais perigosa (zona quente), que é a de maior 
risco, já que é a área diretamente impactada pelo produto. Sua delimitação 
se inicia no entorno dessa área diretamente afetada. Por isso, por questões 
de segurança, a aproximação, o acesso e a permanência nessa essa área são 
restritas a pessoas “autorizadas”, uma vez que podem ser necessários recursos 
adequados. É nessa área onde serão realizadas as operações de maior risco e 
complexidade. Portanto, o limite geográfico da parte externa da zona quente 
deve ser claramente demarcado com barreiras físicas que facilitem sua 
identificação à distância. Assim, será garantido que apenas pessoas equipadas 
e devidamente autorizadas adentrem ou permaneçam nela. 
Zona morna
Podemos dizer que a zona morna é o espaço de transição entre a área 
imediatamente impactada (zona quente) e as zonas livres de contaminação 
(zonas fria e de exclusão). 
A zona morna foi concebida para evitar que a movimentação de pessoas, 
veículos e equipamentos entre as diferentes zonas permita a contaminação 
cruzada, que ocorre quando se ultrapassa a zona impactada. Nessa zona 
(morna) é que deve ser instalado o corredor de redução de contaminação 
ou, conforme algumas bibl iograf ias , corredor de descontaminação. 
Nessa área, o acesso e a c irculação ainda são restr i tos a pessoas 
autorizadas, pois as condições de r isco não são tão altas. Assim, essa 
área torna-se o local onde os envolvidos no incidente podem receber e 
repassar orientações, o pessoal autorizado pode fazer troca e reposição 
de equipamentos e materiais , executar veri f icações de segurança e 
passar por procedimentos de descontaminação, ao sair ou antes de 
entrar propriamente na área quente. Portanto, a premissa básica é que 
qualquer entrada ou saída da zona quente seja real izada por esse ponto.
93
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
A partir dos limites externos da zona morna, inicia-se o perímetro das áreas isentas 
de exposição e/ou contaminação, que chamamos de zona fria. Nessa zona, o Posto 
de Comando (PC) será instalado e os recursos humanos e materiais serão 
armazenados para possibilitar atendimento às necessidades das equipes de 
intervenção, reserva (backup) e de redução de contaminação (descontaminação).
Zona fria
Essa zona deve ser localizada imediatamente após a faixa limítrofe da zona morna. 
Nesse espaço não pode haver qualquer concentração de produto perigoso, pois 
é o local onde estão posicionados o apoio da operação, o posto de comando, o 
comando do incidente, as equipes de apoio, os materiais, os equipamentos, os 
maquinários, as viaturas e as demais pessoas não paramentadas que estejam, de 
alguma forma, envolvidas com o atendimento do incidente.
Zona de exclusão
É delimitada a partir dos limites externos da zona fria. Nessa zona, devem 
permanecer as pessoas e as instituições que não possuem envolvimento direto 
com o evento, tais como, membros da comunidade, órgãos de imprensa, dentre 
outros. Há poucas citações bibliográficas a respeito da zona de exclusão. Nas 
edições mais antigas, apenas as zonas quente, morna e fria eram relatadas.
Figura 19. Delimitação das zonas de atendimento.
Fonte: CETESB/SP (2015).
94
CAPÍTULO 2
Recursos a serem empregados nos 
incidentes
Recurso únicoPodemos definir como equipamento, acessório e seu complemento, bem como 
recursos humanos que podem ser designados para compor uma ação tática 
em um incidente. Cada recurso deve estar registrado numa das instalações 
estabelecidas ou designado no incidente para que possa ser classificado como 
recurso único, e seu responsável é um líder.
Exemplos de recurso único: helicópteros com tripulação, ambulância com time de 
atendimento de urgência, cães para ações de busca e salvamento etc.
Figura 20. Recurso Único e/ou Resgate Aéreo.
 
 Fonte: Manual SCI, CBMDF (2011).
Equipe ou time de intervenção
Pode ser definido como o conjunto de recursos únicos de uma mesma classe e 
tipo, que conta com um só líder e comunicações integradas. O time deve atuar 
limitado a uma mesma área geográfica, respeitando o alcance de controle.
Os recursos podem ser descritos por sua classe e por seu tipo. Podemos 
dizer que a função do recurso está relacionada com a classe, por exemplo: 
um caminhão de combate a incêndio, uma ambulância de resgate, uma 
viatura de patrulhamento, um veículo de transporte de cargas. O tipo está 
diretamente relacionado com o nível de capacidade que o recurso oferece, 
como autonomia de trabalho de um equipamento/veículo, capacidade de 
carga a ser transportada etc.
95
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
Força tarefa 
Representa qualquer união/combinação de recursos únicos de diferentes classes 
e/ou tipos. Deve ser constituída para uma necessidade particular e específica e 
contar com um só líder e suas comunicações. A equipe dessa força tarefa deve ser 
autônoma, mas tem que desenvolver as atividades dentro de uma mesma área 
geográfica, devendo também ser respeitado o alcance de controle.
Líder da unidade de situação 
Ele é o responsável pela elaboração e disseminação do status da situação 
do incidente. O líder da unidade de situação é auxiliado por duas funções 
estabelecidas no sistema.
Figura 21. Estrutura da seção de planejamento.
 
 
Expositores de mapas e painéis 
Observadores de campo 
Fonte: Manual SCI, CBMDF (2011).
Observadores de campo
A eles cabem a responsabilidade de executar o levantamento inicial da situação 
relativa ao incidente e fazer o repasse dessa situação ao líder da unidade.
 » Os observadores devem possuir orientação clara sobre as exigências de 
informação.
96
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
 » As pessoas que estão designadas para a resposta do incidente podem 
ser utilizadas.
 » Geralmente as atividades executadas pelos observadores se dão in 
loco (no campo), mas algumas informações importantes poderão ser 
adquiridas em outro local e/ou frente de atuação.
 » Deve ser garantido o atendimento dos horários para elaboração e 
liberação do relatório da informação.
 » Aos observadores de campo, deverão ser garantidas condições 
operacionais e logísticas para que possam executar de forma 
adequada suas funções, sobretudo no que se relaciona a transporte 
e comunicações.
97
CAPÍTULO 3
Treinamento e avaliação
Assim como em qualquer procedimento técnico, o segredo para o sucesso ou 
o fracasso na realização está na repetição e avaliação constantes, que visam 
ajustar os erros, adequar as diferenças entre teoria e prática, e tornar a sua 
utilização difundida e bem conhecida por todos os envolvidos com situações de 
crise.
Dessa forma, é fundamental para o sucesso da aplicação do Sistema 
de Comando de Incidentes que sejam realizados exercícios básicos e 
complexos com todos os órgãos e instituições de resposta, para que seus 
planos de atendimento inicial sejam colocados em prática e estejam 
articulados entre si.
Figura 22. Simulado de Mesa (Table Top).
Fonte: Autoria própria.
Cada instituição deve ter seu Plano de Resposta à Emergência (PRE) bem 
definido. Ele deve ser colocado em prática regularmente por meio de realização 
de exercícios simulados de mesa (table top), exercícios simulados parciais ou 
exercícios simulados completo. Lembrando que todas essas ações devem ser 
devidamente registradas por meio de formulários e relatórios de tal forma 
que permitam uma avaliação crítica após sua realização. Assim, será possível 
propor mudanças e melhorias visando aperfeiçoar a resposta a situações de 
desastres e/ou emergências.
98
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
O artigo abaixo (em inglês) relata a resposta ao atentado terrorista de 11 
de setembro de 2001, no Pentágono (EUA), e mostra as dificuldades 
encontradas, mesmo com o uso do ICS.
http://www.semp.us/publications/biot_reader.php?BiotID=135.
O site abaixo mostra apresentação em powerpoint sobre o ICS:
www.emacintl.com/docs/ICS%20Overview.ppt.
O site abaixo mostra como foi o atendimento inicial ao atentado terrorista de 
Oklahoma City e a resposta de comando:
http://www.ojp.usdoj.gov/ovc/publications/infores/respterrorism/chap2.html.
Dentre tantos benefícios oferecidos pelo SCI, podemos listar:
 » Atendimento às necessidades de incidentes de qualquer natureza e 
tamanho.
 » Permissão para que diferentes agências e instituições possam 
rapidamente estar dentro da mesma estrutura e time de atuação.
 » Providências rápidas e eficientes do apoio logístico e administrativo às 
equipes operacionais.
 » Impedimento da duplicação ações, que o torna altamente custo/efetivo.
Responsabilidade dos líderes
De acordo com a Federal Emergency Management Agency (Fema), os líderes devem 
possuir muitas responsabilidades. Um bom líder operacional deverá:
 » Assegurar práticas de trabalho seguras e eficientes.
 » Assumir a responsabilidade e a coordenação dos recursos de trabalho.
 » Motivar a equipe com atitude de “poder fazer com segurança”.
 » Demonstrar espírito de iniciativa e pró-atividade.
 » Comunicar-se de forma objetiva, fornecendo instruções específicas e 
solicitando feedback.
 » Supervisionar as ações de campo.
 » Avaliar a efetividade do plano.
 » Entender e aceitar a necessidade de modificação de instruções ou planos.
99
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
São deveres do líder operacional:
 » Assumir a coordenação e cumprir com suas responsabilidades de 
acordo com a hierarquia apropriada dentro da estrutura.
 » Estar preparado para sair de uma função tática e assumir uma função 
de liderança.
 » Ser eficiente em seu trabalho.
 » Tomar decisões no tempo adequado.
 » Ter certeza de que foi compreendido.
 » Preparar seus subordinados para ações futuras.
Comunicação integrada
Com relação à comunicação integrada, de acordo com a FEMA, é necessário estar 
assegurado quanto ao compartilhamento de informações. Todo profissional deve 
estar pronto para:
 › “Brifar” os demais sempre que necessário.
 › Ações de debriefing.
 › Comunicar riscos aos demais.
 › Receber e repassar informações e perguntar quando tiver dúvidas.
Briefing
Ao realizar o briefing, algumas ações devem estar claras:
 » Missão: o que terá que ser feito.
 » Propósito: por que terá que ser feito.
 » Conclusão: como saber que foi feito.
Gerenciamento por objetivos (segundo a FEMA).
O ICS é gerenciado por objetivos. Os objetivos são comunicados para toda a 
organização ICS a partir do processo de planejamento. Quais seriam os passos 
para estabelecer os objetivos?
 » Passo 1: entender a política e as ações da agência ou instituição.
 » Passo 2: acesso à situação do incidente.
100
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
 » Passo 3: estabelecer objetivos da ação.
 » Passo 4: seleção de estratégia apropriada para alcançar os objetivos.
 » Passo 5: fornecer direção tática.
 » Passo 6: prover follow-up.
Quais são as prioridades absolutas do ICS:
 » 1: Salvar vidas.
 » 2: Estabilizar o incidente.
 » 3: Preservação do patrimônio.
Cada incidente deve ter um plano de ação de incidentes que:
 » Especifique os objetivos do incidente.
 » Estabeleça as atividades a serem cumpridas.
 » Cubra um período de ações chamado período operacional.
Algumas perguntas que devem serrespondidas pelo Plano de Ação de Incidentes 
(PAI).
 » O que nós queremos fazer?
 » Quem é responsável por fazê-lo?
 » Como nos comunicamos uns com os outros?
 » Qual é o procedimento se alguém fica ferido?
O Bureau dos Serviços de Emergência do Estado de Idaho (USA) fez uma análise 
sob o ponto de vista de “lições aprendidas” no evento de 11 de setembro de 2001, 
no World Trade Center, sobretudo no quesito “Comando”.
 » New York City não tinha nem usava o ICS.
 » NYC Police Fire Departments possuem longa história de planejamentos 
independentes.
 » Planos dos bombeiros e da polícia eram particularmente incompatíveis.
 » Não havia nos bombeiros planos para eventos multicomplexos.
101
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
 » Não havia sistemas para avaliação de problemas multicomplexos. 
(Joint Exercises and Joint AAR).
 » Não havia planos formais nos bombeiros, em nível operacional.
 » Havia um agreement (assinado em 1993) para bombeiros e policiais 
compartilharem os helicópteros da polícia para atendimento a 
incêndios em prédios altos e para treinamento de combate a incêndios 
em edifícios.
 » Houve apenas um voo de familiarização com bombeiros e policiais 
antes de 11/9/2001 (sem registro). Nenhum treinamento conjunto 
foi realizado.
 » Os planos de resposta dos bombeiros acima do nível tático possuíam 
diversas lacunas no comando e no controle.
 » “Ninguém tinha um plano.” (Aide to Fire Chief killed in the collapse of 
the north tower).
 » Simulados raramente possuem mais de 100 participantes. Acima de 
1000 bombeiros responderam ao World Trade Center.
 » Bombeiros que sobreviveram disseram que entraram nas torres sem 
uma missão claramente definida.
 » Um comando unificado não foi estabelecido. 
 » Chefes de bombeiro realizaram comando nos lobbies das torres.
 » Comando da polícia foi estabelecido a três quarteirões além da esquina 
das ruas Church e Vessey.
 » A polícia não trabalhou em conjunto com os bombeiros, eu não sei o 
porquê. (Thomas Von Essen, Fire Commissioner, 1996-2001).
 » Comandantes da polícia e dos bombeiros raramente se falaram e não 
coordenaram estratégias em conjunto. 
 » Bombeiros, contrariamente às orientações, correram para carros de 
combate à incêndio que já estavam lotados.
 » Quando ordenados a deixarem os caminhões de bombeiros, passaram 
a dirigir-se às torres em carros privados e metrô.
102
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
 » Policiais da autoridade portuária abandonaram seus postos nas 
pontes, nos túneis e nos portos.
 » Um número exagerado de bombeiros foi enviado às torres gêmeas.
 » Muitos bombeiros entraram nas torres sem terem recebido orientação. 
(60 bombeiros que estavam de folga morreram).
 » Muitos bombeiros se autodespacharam para o local e ignoraram 
as áreas de estacionamento. O comando não sabia quantos e quais 
bombeiros estavam nas torres.
 » A Unidade de Serviços de Emergência do Departamento de Polícia 
(ESU) enviou equipes às duas torres.
 » Os policiais da ESU são treinados em táticas de resgate e frequentemente 
realizam as mesmas funções que os bombeiros.
 » Nas escadas, bombeiros e policiais da ESU ajudaram-se mutuamente 
no transporte de equipamentos, primeiros socorros e envio de 
mensagens.
 » Policiais da ESU não checaram com os bombeiros sobre quem estava 
no comando do resgate.
 » O sistema de rádios dos bombeiros falhou da mesma forma que tinha 
ocorrido no atentado à bomba no mesmo prédio em 1993.
 » Nenhuma outra instituição teve problemas de comunicação tão graves 
no dia 11 de setembro como os bombeiros.
 » Assistant Fire Chief Donald J. Jones, que participou do combate às 
chamas em 1993, escreveu: “façam planejamentos e construam 
planos de contingência”.
 » Chief Burns também escreveu um relatório federal em 1994: “nossa 
efetividade é boa na mesma proporção em que conseguimos nos 
comunicar”.
 » Enquanto dirigia-se para as torres, Chief Burns lembrou seus colegas a 
respeito dos graves problemas de comunicações que experimentaram 
em 1993, no atentado à bomba ao WTC.
103
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
 » Em 11 de setembro, ele assumiu o comando das operações na Torre Sul, 
o segundo edifício a ser atingido, mas o primeiro a desmoronar. Chief 
Burns faleceu.
 » Durante os minutos finais, a maioria dos bombeiros na Torre Norte não 
sabia que a Torre Sul havia desmoronado.
 » A maioria dos bombeiros na Torre Norte não sabia o quanto era urgente 
para eles abandonarem o edifício.
104
CAPÍTULO 4
Formulários utilizados no SCI
Existem muitos formulários padrões que são utilizados no SCI como forma de 
facilitar, padronizar e organizar as informações e tomadas de decisão. Listaremos 
apenas os formulários SCI-201 e 202, pois acreditamos serem os mais específicos 
para esse momento da disciplina. Outros formulários podem ser utilizados para 
elaboração do PAI, tais como: SCI-204; 205; 206; 211; 215; 219; e 234, que 
servem não somente para planejar, mas para controlar a operação de resposta.
Devemos levar em consideração que o SCI recomenda a utilização de formulários 
padronizados para facilitar a transmissão de todas as informações necessárias. 
Essa prática é especialmente importante durante a primeira transferência de 
comando, ainda na fase inicial da operação.
O Formulário padronizado SCI-201 serve para registrar uma série de informações 
básicas iniciais e deve ser preenchido pelo próprio comando (em alguns casos com 
o auxílio do chefe de operações ou de outra pessoa do staff do comando, quando 
tal função já estiver ativada).
Formulário SCI 201
Na primeira transferência de comando, as informações necessárias estão escritas 
no Formulário SCI-201, em virtude de o PAI não ter sido elaborado nesse 
período inicial.
O Formulário SCI-201 oferece ao comandante do incidente (ao staff de comando 
e às seções) a informação básica sobre a situação do incidente e a dos recursos já 
empenhados. Também serve como um registro permanente da resposta inicial que 
teve o incidente.
As informações contidas no SCI-201 podem ser usadas como ponto de partida 
para outros formulários ou documentos do SCI. 
Durante o processo de transferência do comando, um briefing no formato 
do SCI-201 dá ao comandante do incidente/comando unificado informações 
básicas sobre a situação do incidente e os recursos alocados. 
105
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
Importante! O formulário funciona como plano de ação do incidente em respostas 
iniciais, é mantido e continua a evoluir até que a Seção de Planejamento gere o 
primeiro PAI. 
O Formulário SCI-100 também é aplicável para fornecer informações sobre 
os recursos táticos por vir, bem como sobre as necessidades de avaliação do 
desempenho que sejam necessárias ao novo staff de comando.
O Formulário SCI-201 facilita documentar a situação atual, os objetivos da 
resposta inicial, as ações atuais e planejadas, os recursos utilizados na cena 
e os requisitados, a organização estrutural da cena e o potencial do incidente. 
Esse formulário é essencial para o planejamento futuro e gerência efetiva das 
atividades de primeira resposta.
Formulário SCI 202
O Formulário SCI-202, do Plano de Ação do Incidente (PAI), serve para 
descrever os objetivos para o período operacional, as estratégias, os 
recursos e a organização. Nele estão inclusas a previsão do tempo e as 
considerações de segurança a serem utilizadas durante o período. Esse 
formulário é elaborado pela Seção de Planejamento.
Quadro 1. Formulário SCI-201.
1. Nome do incidente
2. Preparado por
SCI-2013. Data
4. Horário
5. Mapa/croqui
6. Situação (resumo do incidente)
Fonte: Adaptado pelo autor.
106
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
Quadro 2. Formulário SCI-201.
1. Nome do incidente
2. Preparado por
SCI-2013. Data
4. Horário
7. Objetivos de resposta inicial, ações implementadas, ações planejadas.
8. Organização atual
Fonte: Adaptado pelo autor.
Quadro 3. FormulárioSCI-201.
1. Nome do incidente
2. Preparado por
SCI-2013. Data
4. Horário
9. Recursos.
Recurso Identificação Data/hora da solicitação Horário da entrada Local 10. Observações
Fonte: Adaptado pelo autor.
107
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
Quadro 4. Instruções de preenchimento do Formulário SCI-201.
1 Nome do incidente Informe o nome do incidente.
2 Elaborado por Informe o nome e o cargo de quem elabora o formulário.
3 Data Informe a data (mês, dia, ano).
4 Hora Informe a hora (formato 24h).
5 Mapa/croqui Especifique a área total de operação, a área do incidente, resultados adversos, trajetórias, áreas afetadas, ou outros 
gráficos que demonstrem o andamento da resposta.
6 Situação atual Descreva resumidamente as ações implementadas para a execução da resposta inicial.
7
Objetivos iniciais de 
resposta, ações atuais 
e planejadas
Escreva os objetivos da resposta inicial incluindo a hora, e informe situações relevantes para as ações futuras, bem 
como os problemas presentes.
8
Organização atual Informe os nomes e os cargos dos participantes do incidente. Modifique o gráfico se necessário, acrescentando ou 
retirando equipes. As linhas em branco do comando unificado são para as agências que também irão compor o 
atendimento ao Incidente.
9 Recurso Descrição do recurso.
9 Identificação Identificação do recurso (frequência do rádio, nome da embarcação, nome do fornecedor etc.).
9 Data/hora da 
solicitação
Hora e data da solicitação (formato 24h).
9 Hora de entrada Data e hora da chegada do recurso na área de espera.
9 No local “X” indica os recursos presentes.
10 Observações Localização do recurso, atividade que está sendo executada, e status do recurso (se não estiver atuando).
Fonte: Adaptado pelo autor.
Quadro 5. Formulário SCI-202.
Objetivos da resposta 1. Nome do incidente 2. Data da elaboração 2. Hora da elaboração
4. Período Operacional no ________________
Hora de início: ________________________
Data: _____________________
Hora de finalização:__________ 
5. Objetivos específicos para o período operacional:
6. Previsão do tempo (anexar folha de previsão respectiva):
7. Mensagem geral de segurança:
10. Estratégias:
SCI-202
1 de 4
8. Preparado por (chefe de Seção de 
Planejamento):
9. Aprovado por (comandante do incidente):
Fonte: Adaptado pelo autor.
108
UNIDADE IV │ SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO
Quadro 6. Formulário SCI-202.
Objetivos da resposta 1. Nome do incidente 2. Data da elaboração 2. Hora da elaboração
4. Período Operacional no________________
Hora de início: _________________________
Data: _____________________
Hora de finalização:__________ 
11. Recursos necessários: 12. Designação de trabalho: 13. Localização:
SCI-202
1 de 4
8. Preparado por (chefe da Seção de 
Planejamento):
9. Aprovado por (comandante do incidente):
Fonte: Adaptado pelo autor.
Quadro 7. Formulário SCI-202.
Objetivos da resposta 1. Nome do incidente 2. Data da elaboração 2. Hora da elaboração
14. Organização:
SCI-202
1 de 4
8. Preparado por (chefe da Seção de 
Planejamento):
9. Aprovado por (comandante do incidente):
Fonte: Adaptado pelo autor.
Quadro 8. Instruções de preenchimento do Formulário SCI-202.
No Título Instruções
1 Nome do incidente Escreva o nome designado para o incidente.
2 Data de elaboração Escreva a data (dia, mês, ano).
3 Hora de elaboração Escreva a hora (24 horas).
4 Período operacional Escreva o intervalo de tempo para o qual será aplicado o formulário. Registre com um número o período 
operacional, a hora de início, a hora de finalização e inclua data(s).
5 Objetivos para o período 
operacional
Escreva de maneira rápida, clara e concisa os objetivos de resposta para esse período operacional.
6 Previsão do tempo para 
o período operacional
Escreva a informação meteorológica que preveja as condições do tempo para o período operacional específico.
109
SISTEMA DE COMANDO DE INCIDENTES APLICADO │ UNIDADE IV
No Título Instruções
7
Mensagem geral de 
segurança
Escreva as informações que se referem aos perigos conhecidos para a segurança e especifique quais 
precauções devem ser tomadas durante o período operacional. Caso existam, devem ser citadas e anexadas 
na mensagem de segurança.
8 Elaborado por Escreva nome e posição da pessoa que prepara o formulário (usualmente é o chefe da Seção de 
Planejamento).
9 Aprovado por Escreva o nome e a posição da pessoa que aprova o formulário (usualmente é o comandante do incidente).
10 Estratégia Escreva, em relação a cada objetivo definido, as estratégias a executar para o período operacional proposto.
11 Recursos Descreva os recursos necessários detalhadamente, de acordo com objetivo e estratégia, e anote o número de 
recursos que requer para o período operacional proposto.
12 Designações de Trabalho Anote as designações específicas de trabalho para cada divisão ou grupo (ex.: remoção de escombros, 
avaliação estrutural, triagem etc.).
13 Localização Lugar onde se estabelecerá o recurso.
14 Organização Faça um esboço da estrutura organizacional para o período operacional.
15 Anexos Anexe o plano médico, o mapa do incidente, a distribuição de canais e as frequências de rádio.
Fonte: Adaptado pelo autor.
110
Para (não) Finalizar
Lições aprendidas
 » Planejamento independente = custa vidas.
 » Treinamento isolado = custa vidas.
 » Simulados independentes = custam vidas.
 » Falha de comunicações = custa vidas.
 » Simule o “Plano”.
 » Se o plano está ruim, modifique-o (por escrito).
 » Faça simulados com outras instituições em conjunto.
 » Simule o comando unificado.
 » Auto-despacho para socorro não deve ser aceito.
111
Referências
BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Política Nacional de Defesa Civil. 
Brasília: Secretaria Nacional de Defesa Civil, 2007. Disponível em: http://www.
defesacivil.gov.br/publicacoes/publicacoes/pndc.asp. Acesso em: 10 set. 2009.
BERGERON, J. David et al. Primeiros socorros. 2. ed. São Paulo: Atheneu Editora, 
2007.
_______. CBMGO. Manual Operacional de Bombeiros: SCI. Goiânia: 2017.
______. Sistema de Comando de Incidentes. Revista Emergência. Novo Hamburgo/
RS: 2017. 
_______. USAID/OFDA. Manual del Curso SCI elaborado por la Oficina de 
Asistencia para Desastres del Gobierno de los Estados Unidos. San José, 
Costa Rica: 2016.
_______. CBMDF. Manual de Sistema de Comando de Incidentes. Brasília/
DF: 2011.
_______. SENDC. Secretária Nacional de Defesa Civil. Manual de Gerenciamento 
de Desastres – Sistema de Comando de Operações. Florianópolis: 2010
______. CEPED/UFSC. Sistemas de Comando: Considerações Doutrinárias para 
a construção de um modelo nacional aplicável às ações de Defesa Civil. Florianópolis: 
2009. 
_______. SENASP. Secretaria Nacional de Segurança Pública, Curso de Sistema 
de Comando de Incidentes. 2. ed. Brasília: 2008.
CBMPR. Corpo de Bombeiros do Paraná. Manual de Sistema de Comando 
de Incidentes. Disponível em: http://www.defesacivil.pr.gov.br/arquivos/File/
publicacoes/ManualSCI.pdf. Acesso em: 6 dez. 2018.
Emergency Management Institute. Disponível em: http://training.fema.gov/IS/. 
Acesso em: 25 mar. 2011.
112
REFERÊNCIAS
ESTEVES JR., Hamilton Santos et al. Curso de Sistema de Comando de 
Incidentes. Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Brasília/DF: 
SENASP, 2008. 
U.S. Department of Homeland Security. National Incident Management 
System. Washington: DHS/FEMA, 2004. Disponível em: http://www.fema.
gov/emergency/nims/. Acesso em: 15 set. 2009.
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