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Redes de fornecedores H EA LT H CA RE M A N AG EM EN T FO R EX EC U TI V ES - H CA 53 2 - 1 .3 Must University/2018 Redes de fornecedores • 2/14 Objetivos de Aprendizagem • Entender a importância da rede de fornecedores na assistência à saúde americana; • Identificar a função de alguns profissionais pertencentes à rede de fornecedores; • Compreender qual rede de fornecedores não segue um padrão entre os planos de saúde. Redes de fornecedores Conteúdo organizado por Tamara Martins Vanini do livro Essentials of Managed Health Care, Sixth Edition de Peter R. Kongstvedt, 2012. https://player.vimeo.com/video/735875205 Redes de fornecedores • 3/14 Introdução A base para o funcionamento de qualquer plano de saúde gerenciado envolve a rede de provedores, que é composta por médicos contratados, hospitais e sistemas de saúde, profissionais não médicos, serviços e instalações auxiliares e terapêuticas, além de qualquer outro provedor de cuidados de atenção à saúde. Gestão de contratos É possível entender que uma típica organização de assistência à saúde de portes médio ou grande pode ter diversos contratos de provedores. Se engloba diferentes tipos de modelos de assistência, como HMO, POS e PPO, a organização pode ter contratos diferentes para cada produto ou um contrato principal com diferentes anexos para cada produto. É importante ressaltar que, embora os contratos possam mudar ao longo do tempo, as versões anteriores devem ser mantidas para evitar eventuais casos de litígios, resguardando, assim, à organização o contrato vigente em um determinado período. Além disso, entre outras mudanças comuns que um pagador deve acompanhar nos contratos estão as de endereço ou de informações de contato do provedor, as de registros de médicos que estejam ingressando ou deixando uma clínica etc. Redes de fornecedores • 4/14 Por fim, informações de credenciamento, como o status do licenciamento, a certificação do conselho e outros, devem ser rastreadas e gerenciadas de acordo com os padrões de credenciamento estabelecidos para esse tipo específico de plano. Sistemas de gerenciamento de contratos Atualmente, para o gerenciamento de contratos, muitos pagadores utilizam um software chamado de “sistema de gerenciamento de contratos” (CMS – contract management system). Um recurso de CMS é frequentemente incluído no principal sistema de tecnologia da informação (IT – information technology) da organização. Terceirização e manutenção de rede Em geral, era muito comum que todos os planos de saúde executassem funções de recrutamento, contratação e manutenção de rede usando seu próprio pessoal. Embora ainda não seja uma prática comum, a terceirização vem aumentando lentamente nos últimos anos, fato que tem ocorrido como tentativa de reduzir custos, uma vez que eram administrados gastos crescentes por conta da taxa de sinistralidade médica na Lei de Proteção e Cuidado ao Paciente (ACA), o que levou os pagadores a olharem alternativas diversas para a redução de custos, entre as quais se inclui a terceirização. https://player.vimeo.com/video/735875467 Redes de fornecedores • 5/14 Médicos e outros profissionais Médicos de atenção primária (PCPs – primary care physicians) e médicos de cuidados especializados (SCPs – specialty care physicians) A maioria das organizações de cuidados gerenciados divide a rede de médicos em PCPs, que são os médicos de atenção primária (ou de cuidados primários), e SCPs, que são os médicos responsáveis por cuidados especializados. Em praticamente todos os sistemas, os médicos especializados em prática familiar, medicina interna e pediatria são considerados PCPs. Para HMOs tradicionais, a distinção entre a designação de PCP e a designação de SCP é muito importante no que diz respeito à maneira pela qual os serviços de especialidade são autorizados e pagos. Em uma HMO tradicional o PCP atua como o coordenador de cuidados e deve autorizar qualquer visita a um especialista, ou seja, o acesso aos cuidados de saúde deve começar a partir do PCP para que, posteriormente, esse profissional encaminhe o paciente a um médico especialista, SCP. Contudo, muitos planos fornecem acesso aberto, ou seja, não exigem que um paciente receba autorização de seu PCP para consultar um especialista. Redes de fornecedores • 6/14 Médicos de hospitais (HBP – hospital-based physician) Em geral os HBPs se enquadram em uma das cinco especialidades: radiologia; anestesiologia; patologia; emergência; e o médico especializado no tratamento de pacientes hospitalizados (denominado “hospitalist”). Não médicos (NPCs – nonphysician clinicians) Entre os profissionais não médicos (NPCs) estão: médicos assistentes (PAs – physician assistants) e enfermeiros clínicos (NPs – nurse practitioners). Dentro do escopo dos NPs, podemos citar diferentes focos de atuação e treinamento, como os enfermeiros de prática avançada com registro/licença (APRNs – advanced practice registered nurses), enfermeiros obstétricos (NMs – nurse-midwives), enfermeiros anestesistas (NAs – nurse anesthetists) e enfermeiros clínicos especialistas (CNSs – clinical nurse specialists). Além disso, dentro do contexto dos NPCs, pode-se incluir profissionais como: psicólogos e farmacêuticos. Atualmente nos EUA, há uma crescente expansão desses profissionais atuantes na atenção primária. Assim, em alguns estados americanos, os NPs podem praticar a assistência primária de forma independente, ou seja, sem envolvimento médico, enquanto outros estados exigem a prática dos NPs em colaboração com médicos ou, em alguns estados, sob supervisão do médico. Provedores/fornecedores de saúde mental Há uma grande variedade de profissionais que fornecem serviços de saúde mental e dependência química. Muitos praticam de forma independente e podem estar sob um contrato direto com um pagador, enquanto outros prestam serviços como funcionários de uma organização que tem o contrato com o plano de saúde. Dentre os profissionais de assistência à saúde mental estão os médicos psiquiatras, além dos não médicos citados a seguir, de acordo com Kongstvedt (2012, [s.p.], tradução nossa): • Psicólogo: tem doutorado em psicologia (PhD, PsyD ou EdD) de um programa de doutorado credenciado e 2 anos de experiência profissional supervisionada; Redes de fornecedores • 7/14 • Assistente social clínico licenciado (LCSW – licensed clinical social worker): um conselheiro com um mestrado em trabalho social de um programa de pós-graduação credenciado; • Conselheiro profissional licenciado (LPC – licensed professional counselor): um conselheiro com um mestrado em psicologia, em aconselhamento ou em um campo relacionado; • Conselheiro de abuso de álcool e drogas com certificação: conselheiro com treinamento clínico específico em abuso de álcool e drogas e aconselhamento individual e em grupo; • Enfermeiro psiquiátrico ou enfermeiro psicoterapeuta: enfermeiro com especialização em enfermagem psiquiátrica e de saúde mental; em muitos estados dos EUA, ele também pode prescrever medicamentos psiquiátricos; • Terapeuta conjugal e familiar: conselheiro com mestrado e treinamento especial em terapia conjugal e familiar. Outros profissionais Outros tipos de profissionais também são normalmente encontrados na rede de um plano de saúde, embora exista considerável variação de plano para plano e de estado para estado. Assim, podemos citar profissionais como: podólogos, dentistas, ortodontistas, cirurgiões bucais, optometristas, quiropraxistas, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas, acupunturistas, fonoaudiólogos, terapeutas respiratórios e prestadores de cuidados de saúde a domicílio. Em resumo Dentro do contexto de cuidados de saúde gerenciados, a existência de uma rede de provedores é fundamental. Os planos de saúde gerenciados, como os PPOs e os HMOs, dependem de suas redes para oferecer assistência médica aos seus assinantes.Nesse sentido, pode-se dizer que mesmo os planos HMOs dependem em certa medida de uma rede de médicos e hospitais privados. Por fim, as redes estão sujeitas a termos regulamentares importantes, bem como às exigências do mercado. Redes de fornecedores • 8/14 Aplicação prática Em termos práticos, ao longo do desenvolvimento deste tema foi possível conhecer alguns profissionais envolvidos na assistência à saúde nos EUA. Nesse sentido, é crucial ressaltar que as características da atuação desses profissionais, bem como a presença de alguns deles em planos de saúde, podem variar de acordo com necessidades, diretrizes e exigências relacionadas aos planos. Além disso, com relação à atuação dos não médicos (NPCs), estados americanos apresentam exigências específicas a atribuições, deveres e direitos que devem variar de um estado para o outro. NPCs bem qualificados são geralmente considerados muito importantes na atenção gerenciada, pois são capazes de oferecer excelentes cuidados primários, além de outros serviços de manutenção da saúde e de promoção da saúde. Assim, os NPCs tendem a passar mais tempo com os pacientes e geralmente são muito bem aceitos pela maioria deles. Nesse sentido, no contexto atual, esses profissionais têm sido vistos com “bons olhos”, uma vez que a manutenção e a promoção de saúde são aspectos fundamentais para amenizar a instalação de doenças e agravos, além de reduzir os custos com saúde. Redes de fornecedores • 9/14 Saiba Mais Para aprofundar seus estudos no contexto da assistência à saúde nos EUA, não deixe de acessar o site da Kaiser Family Foundation (KFF). No link específico a seguir, você pode acessar informações de provedores e uso de serviços de saúde. Além disso, você terá acesso a dados sobre hospitais, lares de idosos, centros de saúde comunitários, centros de saúde rurais, médicos, prestadores de serviços não médicos e serviços de saúde nos EUA. “Providers and Service Use”. Disponível em: <https://www.kff.org/state- category/providers-service-use/>. Na ponta da língua https://www.kff.org/state-category/providers-service-use/ https://www.kff.org/state-category/providers-service-use/ https://player.vimeo.com/video/735875761 Redes de fornecedores • 10/14 Referências Bibliográficas Kongstvedt, P.R. (2012). Essentials of managed health care. Burlington: Jones and Bartlett Learning, 6. ed. Ledlow, G.R., Corry, A.P. & CWIEK, M.A. (2007). Optimize your healthcare supply chain performance. Chicago: Health Administration Press. White, K.R. & Griffith, J.R. (2015). The well-managed healthcare organization. Chicago: Health Administration Pressed. Redes de fornecedores • 14/14 Im ag en s: Sh utt er st oc k Você pode acessar o livro base deste tema na Biblioteca Lirn: Essentials of Managed Health Care, Sixth Edition Peter R. Kongstvedt Jones and Bartlett Learning © 2012