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Nutrição na Depressão: a ação dos nutrientes na prevenção e tratamento Nutrition in Depression: the action of nutrients in prevention and treatment Hellen De Figueiredo Lima Lopes, Flavia Fernandes de Almeida, Renan Moura de Oliveira Marinho. Orientadora: Letícia Quaresma Resumo A depressão é uma doença de origem multifatorial, cujos principais sintomas são incapacidade de realizar atividades básicas e perda do interesse pela vida. No mundo, mais de 300 milhões de pessoas convivem com o transtorno da depressão. No Brasil já são 11,5 milhões de indivíduos atingidos pela doença. O tratamento tradicional é realizado através de terapia medicamentosa, acompanhamento psicológico e incentivo à prática de exercícios físicos. No entanto, estudos apontam que determinadas deficiências nutricionais têm importante relação nas desordens mentais, e que o consumo frequente de alguns nutrientes, tais como vitaminas do complexo B, triptofano, magnésio, vitamina D, ômega 3 e 6, zinco e antioxidantes, pode colaborar para um tratamento adequado na recuperação e prevenção do quadro de depressão. O objetivo desse trabalho é relacionar a ação dos nutrientes na prevenção e tratamento do transtorno depressivo. Palavras-chave: nutrição, depressão, nutrientes, transtornos nutricionais, comportamento alimentar, eixo intestino-cérebro, neurotransmissores, depressive disorder, depression. Abstract Depression is a disease of multifactorial origin, whose main symptoms are inability to perform basic activities and loss of interest in life. Worldwide, more than 300 million people live with depression. In Brazil, there are already 11.5 million individuals affected by the disease. Traditional treatment is carried out through drug therapy, psychological support and encouragement to practice physical exercise. However, studies indicate that certain nutritional deficiencies have an important relationship with mental disorders, and that frequent consumption of some nutrients, such as vitamins from the B complex, tryptophan, magnesium, vitamin D, omega 3 and 6, zinc and antioxidants, can contribute to adequate treatment in recovering from depression. The objective of this work is to relate the action of nutrients in the prevention and treatment of depressive disorder. Keywords: nutrition, depression, nutrients, nutritional disorders, eating behavior, gut-brain axis, neurotransmitters, depressive disorder, depression. 1 INTRODUÇÃO O termo depressão pode ser considerado como relativamente novo na história. Foi usado pela primeira vez em 1960, para descrever um estado de prostração e perda de interesse pela vida. Já o desenvolvimento do conceito de depressão veio à tona a partir do declínio das crenças mágicas e supersticiosas que prevaleciam no entendimento dos transtornos mentais até então. (1) A depressão é um transtorno psiquiátrico que afeta a vida cotidiana através de alterações na capacidade de realizar atividades básicas, tais como: dormir, trabalhar, estudar, comer e se relacionar com as demais pessoas. Isto ocorre devido aos seus principais sintomas: melancolia, desânimo, insônia ou excessiva sonolência, perda de auto estima, isolamento, pessimismo, falta ou aumento do apetite e perda do interesse em atividades antes percebidas como prazerosas. Entre as principais causas da depressão, podemos citar fatores sociais, psicológicos, biológicos, ambientais e genéticos. Este transtorno psiquiátrico é hoje a principal causa de incapacidade no mundo, e a segunda maior causa de morte em indivíduos com idades entre 15 e 29 anos, sendo mais comum no sexo feminino (2)(3). Nos últimos 10 anos, a depressão atingiu mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro e no século XXI ficou conhecida popularmente como “o mal do século” diante da quantidade de casos diagnosticados (4), em especial no período da pandemia da Covid-19. Estes índices alarmantes aumentaram a preocupação quanto a saúde mental, o que, consequentemente, gerou também a ampliação deste mercado, fomentando então um maior acesso a psicofármacos e levando ao aumento das pesquisas nessa área (4). O psiquiatra é o médico habilitado a realizar o diagnóstico da depressão em parceria com o psicólogo. Os tratamentos tradicionais aplicados são realizados através de terapia medicamentosa, acompanhamento psicológico e incentivo ao hábito do exercício físico. No entanto, estudos apontam que determinadas deficiências nutricionais têm importante relação nas desordens mentais, e que o consumo frequente de alguns nutrientes, tais como vitaminas do complexo B, triptofano, magnésio, vitamina D, ômega 3 e 6, zinco e antioxidantes, pode colaborar para um tratamento adequado na recuperação e também na prevenção do quadro de depressão. Com isso, a terapia nutricional vem pouco a pouco ganhando espaço na saúde mental e está sendo aplicada como coadjuvante no tratamento dos transtornos depressivos, principalmente uma vez que a ingestão adequada de nutrientes contribui não apenas no controle, como auxilia também na prevenção dos efeitos da doença, na facilitação da eficácia de alguns medicamentos utilizados no tratamento (5), além de viabilizar o melhor funcionamento do intestino, órgão de extrema importância em pacientes deprimidos, pois a microbiota intestinal participa da comunicação bidirecional do eixo intestino-cérebro, e assim sendo, alterações na sua composição, como por exemplo, as que ocorrem na disbiose, também podem ter relação com a depressão, bem como com outras patologias mentais. (6) A progressão do transtorno depressivo pode ter também relação com a ingestão excessiva de alimentos industrializados, ricos em açúcares simples, gorduras trans e saturadas. (7) Esses alimentos são considerados alimentos de conforto e a tendência é gerar alívio momentâneo dos sintomas, isto ocorre pois a alimentação, além de ser necessária à sobrevivência, é também um gesto de prazer, em decorrência da liberação de neurotransmissores, cuja função é justamente proporcionar sensação de prazer e bem estar, além da homeostase da pressão sanguínea, ritmo cardíaco, sono, regulação de humor, apetite, sensibilidade, temperatura corporal e ainda as funções intelectuais. (3) No entanto, a longo prazo, o consumo em excesso desses alimentos conhecidos como alimentos de conforto (industrializados, ricos em açúcares simples, gorduras trans e saturadas) pode piorar os quadros depressivos, além de aumentar o risco do desenvolvimento de outras doenças crônicas, tais como a obesidade, que tem também relação com sintomas da depressão. (3) Outra consequência do consumo excessivo de alimentos industrializados, é a substituição de alimentos de alto valor nutricional, por estes, que contém, em sua maioria, baixíssimo valor nutricional, e esta substituição, uma vez que reduz consequentemente a ingestão de aminoácidos essenciais, responsáveis pela síntese dos neurotransmissores envolvidos no mecanismo da depressão, pode ocasionar uma piora dos sintomas depressivos. O objetivo desse trabalho é relacionar a ação dos nutrientes na prevenção e tratamento da depressão. 2 JUSTIFICATIVA A alimentação é a base para a manutenção física e mental do nosso organismo. Assim sendo, diante do quadro crescente de depressão nestes últimos dez anos, consideramos de grande importância o investimento em estudos científicos que abordem sobre a ação dos nutrientes na prevenção e tratamento da depressão. 3 METODOLOGIA O estudo foi realizado como uma revisão de literatura narrativa sobre a ação dos nutrientes na prevenção e no tratamento da depressão. Os resultados serão apresentados de forma textual. A pesquisa foi realizada no Brasil, Rio de Janeiro, através da coleta de dados de artigos científicos e bases de dados como google acadêmico e Scielo, no período de Setembro a Novembro de 2023. Foram selecionados 57 artigos, dos quais foram utilizados28, tendo como critérios de inclusão os estudos realizados nos últimos 10 anos versando principalmente sobre depressão e/ou a ação dos nutrientes na fisiopatologia da doença. RESULTADOS EPIDEMIOLOGIA Segundo estudo epidemiológico realizado pelo Ministério da Saúde, a prevalência de depressão ao longo da vida no Brasil gira em torno de 15,5%.(8) De acordo com a OMS, a prevalência de depressão na rede de atenção primária de saúde é 10,4%, isoladamente ou associada a algum transtorno físico. Ainda segundo a OMS, a depressão se encontra em 4º lugar entre as principais causas de ônus, sendo responsável por 4,4% dos ônus ocasionados por todas as doenças durante a vida. Quando considerado o tempo de incapacitação ao longo da vida (11,9%), ocupa o 1º lugar. A doença costuma se manifestar no final da 3ª década da vida, mas pode começar em qualquer idade. A prevalência é de até 20% nas mulheres e 12% para os homens. (2) No mundo, há mais de 300 milhões de pessoas convivendo com o transtorno da depressão. No Brasil, são 11,5 milhões de pessoas afetadas pela mesma doença, sendo caracterizado ainda como o país de maior ansiedade e estresse do Continente Latino Americano. (9) FISIOPATOLOGIA A hipótese mais conhecida e que há mais de 30 anos se esforça pra explicar a fisiopatologia da depressão é a teoria das monoaminas, que sugere que a depressão é causada por níveis reduzidos de neurotransmissores, em especial da serotonina, noradrenalina e dopamina. (3) (4) O estudo da neurobiologia da depressão avançou significativamente e, se até 1950 sua fisiopatologia era explicada apenas pela hipótese monoaminérgica (a de disfunção da neurotransmissão), hoje já existem outras hipóteses que sinalizam que ainda há bastante a ser estudado e descoberto sobre a fisiopatologia da doença. (4) Atualmente, os mecanismos mais importantes já identificados e que tem por objetivo explicar a fisiopatologia da depressão são: a hipótese monoaminérgica, a desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), a hipótese neurotrófica e fatores genéticos e ambientais. (5)(10) Há ainda outros possíveis mecanismos que podem contribuir na fisiopatologia da doença, tais como neogênese, aumento da secreção de citocinas inflamatórias e níveis elevados de fator de liberação de corticotrofina (CRF). (5) A modificação da microbiota intestinal, que participa da comunicação bidirecional do eixo intestino-cérebro, é também destacada como um possível e importante fator etiológico dos quadros depressivos, devido à disbiose, que intervêm na produção de citocinas, alterando a permeabilidade intestinal. O aumento da permeabilidade do epitélio intestinal, apresenta-se como o possível elo da a interação entre a microbiota, o intestino e o cérebro, já que esse mecanismo, quando modificado, transforma-se na via de acesso para as bactérias presentes no intestino e seus metabólitos, os lipopolissacarídeos (LPS) e também os peptideos neuroativos, estabelecerem contato com o sistema nervoso entérico, a corrente sanguínea, o sistema imunológico e outras vias neurais, modulando seu funcionamento. As citocinas inflamatórias atrapalham a neuroquímica do cérebro tornando os indivíduos mais vulneráveis à depressão, por essa razão, pessoas com doença inflamatória intestinal, podem sofrer de patologias mentais. (6) A hipótese monoaminérgica sugere que a depressão ocorre por um déficit de neurotransmissores, mais especificamente a serotonina, a noradrenalina e a dopamina, que têm ação na regulação do sono, humor, apetite e atividade psicomotora. (11) Já a hipótese da desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HHA) correlaciona o estresse, o HHA e as estruturas do sistema límbico (principalmente hipocampo e amígdala). O estresse pode influenciar na patogênese da depressão, e também na gravidade e na recorrência da doença. O perfeito funcionamento do eixo HHA é significativo para a capacidade de resposta do organismo em relação ao estresse, e a ativação do mesmo foi correlacionada à patogênese da depressão, por apresentar níveis altos de cortisona e aumento da glândula pituitária. Níveis aumentados de cortisol, em humanos, geram uma atrofia hipocampal e tem sido envolvido no déficit cognitivo percebido em pessoas com transtorno depressivo. (10) A hipótese neurotrófica da depressão, bastante estudada nos últimos anos, sugere que o estado depressivo tem relação com a redução da neuroplasticidade e atrofia neuronal em regiões do cérebro que atuam sobre o humor e a memória. (10) Ocorre uma grande perda de volume no córtex pré-frontal nos indivíduos acometidos pela doença, além de redução na densidade das células da glia (que proporcionam suporte e nutrição aos neurônios). (12) Estudos revelam que indivíduos com depressão demonstram redução dos níveis de BDNF (Brain derived neurotrofic fator), ou fator neurotrófico derivado do cérebro, que é uma neurotrofina indispensável ao crescimento da célula neuronal, e portanto, um possível alvo terapêutico. (10) Outro mecanismo que também vem sendo estudado por seu possível envolvimento na fisiopatologia da depressão, é o aumento de citocinas pró inflamatórias, que ocorre em pacientes acometidos pela doença, e que caracteriza uma resposta inflamatória, que é capaz de ativar o eixo HHA, de reduzir a disponibilidade do triptofano para a síntese de serotonina e portanto indivíduos com depressão têm um número alto de leucócitos sanguíneos, citocinas próinflamatórias e redução de serotonina. (10) Vale destacar que todas as teorias que almejam explicar a fisiopatologia da depressão, não tem o objetivo de negar a hipótese inicial (a monoaminérgica), ao contrário, visam complementar o que já foi descrito, facilitando ainda mais para a compreensão da doença. Sendo assim, a união de todos esses fatores, através de mudanças estruturais e funcionais em diversas regiões do cérebro, podem contribuir de forma importante na construção da patogênese da depressão, uma vez que refletem numa disfunção na neurogênese e na neurotransmissão. (5) Por essa razão, as pessoas afetadas pela doença sofrem de uma sintomatologia diversa, que se traduz em um imenso problema de saúde mundial, com grande prevalência e que cada vez mais se reafirma como um forte fardo socioeconômico. (5) DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO O diagnóstico da depressão é feito a partir da manifestação de sintomas específicos que se apresentam numa certa intensidade e duração, também considera como parâmetro importante a história de vida do paciente. O estado depressivo pode ser um sintoma secundário a várias doenças, por essa razão é de extrema importância que se estabeleça o diagnóstico diferencial. (1) Existem quatro conjuntos de sintomas comuns em pacientes depressivos: 1 – Sintomas emocionais: tristeza, perda de prazer, melancolia, etc; 2 – Sintomas cognitivos: perda de concentração e memória, desesperança, visão negativa de si mesmo; 3 – Sintomas motivacionais: falta de iniciativa, passividade e prostração, dificuldade em manter a persistência; 4 – Sintomas físicos: aumento de dores e mal estar em atividades, mudança no ciclo do sono, mudança no apetite, fadiga. Quando o paciente apresenta todos esses sintomas, pode ser diagnosticado como depressivo (1), e de acordo com o aumento da quantidade e da intensidade dos sintomas apresentados, maior a gravidade da doença. É fundamental distinguir a depressão patológica de tristezas transitórias, como aquelas ocasionadas por acontecimentos desagradáveis, que são inerentes à vida de todos os seres humanos, tais como desentendimentos familiares, falecimento de um ente querido, dificuldades econômicas, términos de relacionamentos, etc. (1) As pessoas que não têm a doença e que passam por adversidades sofrem, se sentem tristes, mas logo encontram uma forma de superar.Já as pessoas que efetivamente vivem um quadro de depressão, tem dificuldade em administrar esses sentimentos, pois a tristeza e o desanimo são constantes, ainda que não haja uma causa aparente, e o interesse pelas atividades antes percebidas como prazerosas e promotoras de bem estar, desaparece. (1) De acordo com o DSM-5 (Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, 5ª edição), os transtornos depressivos incluem transtorno depressivo maior (incluindo episódio depressivo maior), transtorno depressivo persistente (distimia), transtorno disruptivo da desregulação do humor, transtorno depressivo induzido por substância/medicamento, transtorno disfórico pré-menstrual, transtorno depressivo devido a outra condição médica, transtorno depressivo especificado e transtorno depressivo não especificado. (11) O tratamento tradicional é realizado através de terapia medicamentosa, acompanhamento psicológico e incentivo à prática de exercícios físicos. No entanto, estudos apontam que determinadas deficiências nutricionais têm importante relação nas desordens mentais, e que o consumo frequente de alguns nutrientes, tais como vitaminas do complexo B, triptofano, magnésio, vitamina D, ômega 3 e 6, zinco, antioxidantes e ácido fólico, pode colaborar para um tratamento adequado na recuperação e prevenção do quadro de depressão. (12) NUTRIÇÃO NA DEPRESSÃO A terapia nutricional na depressão pode ser considerada como um importante tratamento complementar, uma vez que determinados nutrientes desempenham um papel fundamental na fisiopatologia da doença. Além disso, outra razão significativa para a implementação da terapia nutricional em pacientes deprimidos, é que é uma terapia isenta de efeitos colaterais e capaz de proporcionar a melhora geral da saúde do indivíduo. As deficiências de vitaminas do complexo B, triptofano, magnésio, vitamina D, ômega 3 e 6, zinco e antioxidantes são as mais comumente associadas a pacientes depressivos. (12) VITAMINAS DO COMPLEXO B As vitaminas B6 (piridoxina), B9 (ácido fólico ou folato) e B 12 (cobalamina ou cianocobalamina) desempenham uma significativa função na via metabólica envolvida no mecanismo de síntese dos neurotransmissores no SNC (Sistema nervoso central) e participam também do metabolismo da homocisteína, proteína que quando aumentada eleva de maneira importante a oxidação por radicais livres. O estresse oxidativo proveniente de altas concentrações de homocisteína gera danos neurológicos, vasculares e reduz o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), o que altera o seu papel no hipocampo e deixa os neurônios mais vulneráveis a ação dos radicais livres. (12) O aumento da concentração de homocisteína no Sistema Nervoso Central, ocasionado de maneira importante principalmente pela deficiência de vitamina B12, contribui para o maior risco de doenças psiquiátricas, e pode gerar a redução da SAM (substrato de metilação da homocisteína), levando a alterações no funcionamento dos receptores de monoaminas, o que pode explicar a resposta insuficiente ao tratamento com antidepressivos em alguns pacientes que apresentam deficiência desta vitamina. (13) Outro aspecto importante observado quanto a interação das vitaminas do complexo B com os medicamentos usados para o tratamento da depressão, é o comportamento de baixas concentrações da vitamina B9. Pacientes acometidos pela depressão e com baixo nível de folato sérico são mais vulneráveis a não responderem a alguns medicamentos, como por exemplo, a fluoxetina, um dos principais antidepressivos utilizados no combate ao transtorno. Além disso, a baixa concentração de folato sérico os deixa também mais vulneráveis a recaídas. (12) Concomitantemente ao magnésio, as vitaminas B6, B9 e B12 também são essenciais para a enzima hidroxilase, que realiza a conversão do triptofano em serotonina. (12) Logo, o consumo insuficiente dessas vitaminas do complexo B, é fator de risco para a depressão, por elevação da concentração de homocisteína, pela alteração no funcionamento dos receptores de monoaminas, e pela queda na síntese de neurotransmissores. (12) (13) As principais fontes de vitamina B12 em alimentos são carnes, leite ou produtos lácteos e ovos. (14) As proteínas animais são excelentes fontes de vitamina B6 e B12, e as leguminosas, hortaliças e frutas são ótimas fontes de ácido fólico (B9). (12) TRIPTOFANO O triptofano tem um papel importante na fisiopatologia de doenças neuropsiquiátricas, por ser um aminoácido essencial, precursor da serotonina. (15) Sua concentração plasmática é determinada pelo balanço entre a ingestão e a retirada do plasma para síntese proteica. (12) A degradação desse aminoácido no organismo ocorre pela via da quinurenina, onde é convertido nessa substância e por fim em serotonina, que regula importantes funções humanas do sistema nervoso central (SNC) como apetite, memória, comportamento sexual e humor (16) A hipótese monoaminérgica sugere que a depressão ocorre por um déficit de neurotransmissores, mais especificamente a serotonina, a noradrenalina e a dopamina. (11) Logo, sendo o triptofano um precursor de serotonina, percebe-se a razão da sua importância para a prevenção e o tratamento da doença. A insônia, importante sintoma em casos de depressão, pode ser ocasionada por deficiência do hormônio melatonina, cujo precursor é também o triptofano, portanto esse aminoácido atua também na melhoria desse sintoma, consequentemente, na melhoria da qualidade do sono, importantíssimo para a prevenção e o tratamento da depressão. (17) Em tempos de redes sociais, o excesso de Internet e os jogos fazem com que os neurotransmissores, incluindo a serotonina, funcionem mal rotineiramente e outros neurotransmissores, como a dopamina, sejam liberados excessiva e continuamente, ficando fora de controle e afetando a homeostase do organismo. Portanto, como precursor da serotonina, o triptofano é necessário para muitas pessoas que sofrem de dependência da Internet, também muito observada em casos de depressão (17) Alguns autores descreveram deficiências nas concentrações de triptofano em pacientes com depressão, em relação a pacientes sem a doença. (18) Observou-se ainda que, em pacientes com depressão subclínica, o grupo que usou triptofano obteve melhora quanto a sintomatologia de humor depressivo (19). A serotonina é de extrema importância na fisiopatologia da depressão, e também no mecanismo de ação de fármacos antidepressivos, portanto, a ingestão adequada de seu precursor, o aminoácido triptofano, é essencial na prevenção e no tratamento da doença, uma vez que a quantidade de serotonina sintetizada provém da biodisponibilidade de triptofano plasmático e da enzima triptofano hidroxilase. (12) É possível encontrar triptofano em alimentos como feijão, carne bovina, arroz integral, peixe, abóbora, aves, manga e banana. (12) MAGNÉSIO O magnésio é um importante mineral com participação nas reações enzimáticas e nos processos bioquímicos do sistema nervoso, bem como na fluidez da membrana neuronal. Foi observada a deficiência desse mineral em pacientes com depressão (18) e que a sua ingestão reduzida relaciona-se a um significativo aumento do risco ao desenvolvimento de transtornos depressivos. (20) A deficiência de magnésio pode ter origem na ingestão inadequada desse mineral, na má absorção e em função da perda renal que pode ocorrer em certos níveis de doenças como alcoolismo e diabetes, e em terapias medicamentosas como, por exemplo, o uso de antidiuréticos. O desequilíbrio na dieta, ocasionado pela alta ingestão de gordura e cálcio podem aumentar a inadequação de magnésio também. O estresse crônico, além de aumentar o estresse oxidativo no organismo, tem ainda efeito na redução da concentração do magnésio. (12) Visto que a absorção e o aproveitamento do magnésio obtidopor via oral podem ser comprometidos, é vital buscar outras formas de ampliar a concentração cerebral desse mineral. Sendo assim, é importante considerar o uso de suplementação de magnésio associado a vitaminas antioxidantes em pacientes sob estresse crônico, o que costuma ser a realidade de muitos pacientes depressivos também. (12) As principais fontes alimentares de magnésio são os vegetais folhosos verdes, cereais integrais, nozes, espinafre, legumes e tubérculos (como a batata) e frutas. (21) VITAMINA D A vitamina D é um hormônio esteroide, que tem como principal função regular o metabolismo ósseo. A sua produção é endógena, nos tecidos cutâneos, mediante a exposição solar. É possível também obtê-la através do consumo de alimentos ricos nesse nutriente ou por suplementação. (22) Esta vitamina está sendo amplamente estudada como um tratamento complementar para a depressão, uma vez que, através de estudos clínicos em animais com transtornos neuropsiquiátricos, a sua utilização apresentou resultados positivos (23). Há também uma recente descoberta acerca da existência de receptores para a vitamina D em algumas células do cérebro, o que incentivou pesquisas com o objetivo de esclarecer a relação entre a deficiência desta vitamina no organismo e os transtornos depressivos. (12) Baixas concentrações de vitamina D no plasma podem prejudicar a produção de serotonina e dopamina (24), além de afetarem também o ciclo circadiano que, em desordem, influenciam negativamente os quadros de depressão. (12) É possível que haja também envolvimento da vitamina D na proteção neuronal, que é extremamente importante nos transtornos neuropsiquiátricos. (24) A metabolização desta vitamina ocorre no fígado e logo em seguida nos rins, para que se realize então a conversão na sua forma biologicamente ativa, o 1,25-dihidroxicalciferol (calcitriol). (12) A expressão de genes da enzima tirosina hidroxilase, precursora de noradrenalina, dopamina e norepinefrina, ocorre por estímulo da forma ativa da vitamina D, portanto, o calcitriol tem papel importante na elevação da disponibilidade desses neurotransmissores. (12) Estudos clínicos revelaram que baixos níveis de 25-hidroxicalciferol (forma de armazenamento da vitamina D no corpo humano) associaram-se à diminuição da função cognitiva e depressão. No entanto, é necessário considerar que pessoas deprimidas costumam se manter mais reclusas, por efeito da doença, e que este costume reduz a exposição à luz solar, o que permite que suas baixas concentrações de vitamina D sejam resultado da própria doença e não somente parte da causa dela. A suplementação pode trazer benefícios, mas ainda são necessários mais estudos para viabilizar uma recomendação específica nesses casos. As principais fontes alimentares de vitamina D são gema de ovo, óleo de fígado de bacalhau e peixes gordos (como salmão, atum, sardinha e cavala). (12) OMEGA 3 E 6 Ômega 3 e ômega 6 são ácidos graxos poliinsaturados (polyunsaturated fatty acids – PUFAs) essenciais, e que, portanto, não são sintetizados pelo organismo humano e precisam ser obtidos através da ingestão alimentar. (12) O ômega 3 tem influência importante no tratamento dos sintomas de depressão, uma vez que o baixo consumo de alimentos ricos nesse ácido graxo poliinsaturado foi relacionado a índices altos de doença mental. O EPA (ácido eicosapentaenoico), que apresenta efeito anti- inflamatório, e o DHA (ácido docosahexaenoico), que faz parte da composição de neurônios cerebrais, são elementos que compõem o ômega 3. (25) Os PUFAs constituem de forma importante a membrana celular e se apresentam em quantidades significativas no cérebro e na retina, especialmente o ácido docosahexaenoico (DHA) da família ômega 3 e o ácido araquidônico (AA) da família ômega 6. Esses PUFAs além de constituírem a membrana de células do sistema nervoso, são também de significativa relevância para a regulação do processo inflamatório (12), portanto, considera-se a possibilidade do seu uso nos episódios depressivos, já que a doença revela marcadores inflamatórios através dos exames bioquímicos, como a PCR (Proteína C reativa). (25) O EPA da família ômega 3 dá origem a moléculas que têm propriedades anti-inflamatórias, já o AA da família ômega 6 origina moléculas pró-inflamatórias. Uma vez que esses PUFAs disputam enzimas nas vias metabólicas comuns, é fundamental que haja um equilíbrio na ingestão desses nutrientes para que haja também equilíbrio entre a produção de moléculas pró inflamatórias e de moléculas anti-inflamatórias. (12) O processo inflamatório aumentado tem capacidade de prejudicar o SNC e as neurotransmissões, portanto, consumir alimentos fonte e/ou suplementos de ômega-3 e ômega-6 de forma adequada pode auxiliar no tratamento da depressão. As carnes, e óleos de girassol e soja são alguns dos mais relevantes alimentos fonte de ômega 6. Já os peixes de água fria, como o arenque, cavala, salmão, sardinha e atum são ricos em EPA e DHA, e são considerados as mais importantes fontes alimentares de ômega 3. (12) ZINCO O zinco é um mineral necessário ao funcionamento de centenas de enzimas relacionadas à manutenção de importantes vias metabólicas do organismo. (26) As funções mais significativas desempenhadas por este mineral são a participação no crescimento estatural, no mecanismo de diferenciação celular, na defesa imunológica e no desenvolvimento neurológico. (26) Tem papel relevante para os níveis de BDNF, que estão diretamente relacionados à depressão em razão da sua capacidade de elevar a sobrevivência das células do SNC (12), e portanto, a carência de zinco é frequentemente observada na depressão clínica, estando associada ao aumento dos sintomas depressivos. (27) Quanto ao sistema imunológico, tem sido verificada a relação entre a suplementação de zinco em humanos e a redução significativa de diferentes marcadores inflamatórios, como a proteína C reativa, a interleucina-6 e o fator de necrose tumoral. Uma vez que níveis elevados de tais marcadores inflamatórios estão relacionados a sintomas depressivos, é possível observar que a participação do zinco no sistema imune configura mais um efeito antidepressivo deste mineral. Alguns alimentos importantes fontes de zinco são: leites e derivados, feijão, carne vermelha, castanha de caju e amêndoas (12). ANTIOXIDANTES O estresse oxidativo é um estado em que o organismo se encontra quando as concentrações de antioxidantes não são adequadas o suficiente para compensarem os nocivos efeitos dos radicais livres. Esse estado pode acelerar o processo de inflamação e disfunção mitocondrial, e é um fator de alerta para os pacientes depressivos que costumam apresentar altos índices de estresse oxidativo. (28) Os antioxidantes podem ser enzimáticos (produzidos de forma endógena) ou provenientes da dieta (não enzimáticos), auxiliam na recuperação do estado de equilíbrio do organismo, a fim de compensar os efeitos nocivos dos radicais livres, e têm como principais funções descritas na literatura, a ação anti-inflamatória, anticancerígena, neuroprotetora e antidepressiva, portanto, são de grande importância na prevenção e controle da depressão. Algumas das principais fontes alimentares de antioxidantes são o morango, cujos antioxidantes contidos são as antocianinas, a uva que contém o potente resveratrol, a maçã que apresenta a quercetina e o chá verde que contém as catequinas. (28) CONCLUSÃO Até a presente data não há ainda uma dieta e/ou recomendação nutricional específica que se possa considerar como padrão ouro e coadjuvante na prevenção e no tratamento da depressão, no entanto, verificou-se através do desenvolvimento deste trabalho, que apesar da ausência de estudos científicos mais robustos e conclusivos quanto a funçãoda nutrição na depressão, a participação de diversos nutrientes em mecanismos envolvidos na fisiopatologia da doença deixa evidente a importância de um padrão alimentar saudável para auxiliar na prevenção e no tratamento dos transtornos depressivos. REFERÊNCIAS 1. Rufino, S., Leite, R. S., Freschi, L., Venturelli, V. K., Oliveira, E. D., & Mastrorocco Filho, D. A. M. (2018). 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