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Na tabela a seguir estão apresentadas algumas característ icas das frações do petróleo. Frações Composição Faixa de ebulicão Exemplo de utilização • aproximada ou fusão 1 Combustível e matéria-prima na síntese Gás natura l De 1 a 2 carbonos De 162 ·c a 75 ·c de compostos orgânicos e na fabricação de plásticos. Gás engarrafado Combustível, gás de cozinha e matéria-prima ou gás liquefeito De 3 a 4 carbonos De 42 ºC a 20 ºC na síntese de compostos orgâ nicos e na de petróleo GLP fabricacão de borracha. • Solvent es em lavagens a seco. O nome ét er Éter de petróleo De 5 a 6 carbonos De 60 ºC a 90 ºC vem da alta volatilidade desses hidrocarbonetos. Benzina De 7 a 8 carbonos De 20 ·c a 60 ·c Solvente orgâ nico. Nafta ou ligroína De 8 a 9 ca rbonos De 90 ·c a 120 ·c Solvente e matéria-prima na indústria petroquímica. Gasolina De 6 a 10 ca rbonos De40 ·c a 200 ·c Combustível de motores a explosão. Querosene De 10 a 16 carbonos De 150 ·c a 300 ·c li um inação, solvente, com bust ível domést ico e combustível para aviões. óleo diesel, ou De 15 a 18 carbonos De 250 ºC a 350 ºC Combustível de ônibus e cam inhões. óleo combustível Óleo lu brificante De 16 a 20 carbonos De 300 ·c a 400 ºC Lubrificantes de máqu inas e motores. Fa ixa de fusão: Lubrif icante, pomadas e cosméticos, indústria alimentícia (em produtos de Vaselina Acima de 20 carbonos de 58,0 ºC a 62,0 ºC. panificação e no processamento de frutas secas). Sólidos de massa molar Fa ixa de f usão: Fabricação de velas, indústria cosmética, Parafina elevada {por exemplo, indústria de alimentos, impermeabilização, cl6H14l- de 47 ·c a 65 ·e. revest imento de papel. 132 ·c (ponto de Mistura de hidrocarbonetos infla mação, ou seja, Pavimentação de ruas e calçadas, vedação de temperatura mínima parafínicos, aromáticos e encanamentos e paredes, impermeabilização na qual os vapores se Asfalto com postos heterocícl icos de cascos de embarcações, adesivos em inflamam na presença que contêm enxofre, la m i na dos elét ricos, revest imentos de uma cham a, nitrogênio e oxigênio. antioxidantes. apagando-se em seguida). Resíduo sólido da Redução do ferro em alto-forno, revestimento Coque de petróleo destilacão dest rutiva de fornos refratários, obt enção do alumínio ' (carbonização) do {eletrodos de carbono) e como fonte de gás de pet róleo. síntese. Petróleo, hulha. xisto e madeira 99 Craqueamento térmico ou catalítico O craqueamento é um processo químico que converte subs tâncias de determinada fracão de menor interesse comercial em • outras de uma fração mais rentável, baseando-se na quebra de moléculas longas de hidrocarbonetos de elevada massa molar. A diferença entre o processo térmico e o catalítico é que o tér mico necessita de temperatura e pressões elevadas para romper as i moléculas mais pesadas, enquanto o catalítico só exige a presença de ~ , 0~',!' catalisadores, o que pode tornar o processo mais seguro e econômico. ,/;(j .,.,<li O processo de craqueamento (que ocorre entre 450 ºC e 700 ºC) l" •• ,~•',t,'<' permite, por exemplo, que uma refinaria transforme óleo diesel, óleo A destilação fracionada do petróleo cru fornece ent re 7% e 15% de gasolina, o que não atende à demanda de mercado. Por isso, foram desenvolvidos alguns métodos de obtenção de gasolina a partir de hidrocarbonetos provenient es de outras frações do petróleo, como o craqueamento e a reforma catalítica. 100 Capítulo 4 lubrificante ou querosene em gasolina, para atender ao mercado. Exemplo: 1 C12H26(e) f ração querosene fração gasolina alceno Esse método proporciona um rendimento signif icativo, chegando a aumentar de 20% a 50% a quantidade de gasolina obtida por barril de petróleo cru. Além disso, muitos compostos, subprodutos do cra queamento do petróleo, são uti lizados pela indústria petroquímica na fabricação de plásticos e de borrachas. Reforma catalítica Trata-se também de um processo químico que tem por objetivo "reformar ou reestruturar" moléculas e consiste basicamente em trans formar hidrocarbonetos de cadeia normal em hidrocarbonetos de cadeia ram ificada (isomerização) ou hidrocarbonetos de cadeia normal em hidrocarbonetos cíclicos ou aromáticos. Na reforma catalítica, gera lmente o número de carbonos na molé cu la não muda. Exemplos: • isomerização do heptano em 2-metil-hexano H H3C-c - c - c - c - c - CH3 - • H3C- c-c - c - c - CH3 H2 H2 H2 H2 H2 1 H2 H2 H2 CH3 • reforma catalítica do hexano em ciclo-hexano H C-C-C-C - C - CH 3 3 H2 H2 H2 H2 + • reforma do hexano em benzeno H C-C - C- C-C-CH 3 3 Hz H2 H2 H2 100-2 101-2