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Medo e ansiedade Aline Moura Gameleira O medo e a ansiedade são emoções protetivas; São queixas bem frequentes no consultório. O que avaliar? É um medo normal ou patológico? Qual prejuízo que ele tem com esse medo? Numa escala de 0-10 quanto que isso incomoda? É um medo normal para a idade? Quando iniciou esse medo? Os transtornos de ansiedade incluem transtornos que compartilham características de medo e ansiedade excessivos e distúrbios comportamentais relacionados. O medo é a resposta emocional a uma ameaça iminente real ou percebida, enquanto a ansiedade é a antecipação de uma ameaça futura. Esses dois estados se sobrepõem, mas também diferem, com o medo mais frequentemente associado a surtos de excitação autonômica necessários para lutar ou fugir, pensamentos de perigo imediato e comportamentos de fuga, já a ansiedade mais frequentemente associada à tensão muscular e vigilância em preparação para perigo futuro e comportamentos cautelosos ou evitativos. Os transtornos de ansiedade diferem do medo ou ansiedade normativos do desenvolvimento por serem excessivos ou persistirem além dos períodos apropriados ao desenvolvimento. Eles diferem do medo ou ansiedade transitórios, muitas vezes induzidos pelo estresse, por serem persistentes (por exemplo, geralmente com duração de 6 meses ou mais). Ansiedade de separação A maioria ocorre com mais frequência em meninas do que em meninos (proporção de aproximadamente 2:1). A. Medo ou ansiedade excessivo e inapropriado para o desenvolvimento em relação à separação daqueles a quem o indivíduo está ligado, evidenciado por pelo menos três dos seguintes: Sofrimento excessivo recorrente ao antecipar ou vivenciar a separação das figuras de apego; Preocupação persistente e excessiva com a perda de figuras importantes de apego ou com possíveis danos a elas, como doenças, ferimentos, desastres ou morte; Preocupação persistente e excessiva sobre experimentar um evento desagradável (por exemplo, perder-se, ser sequestrado, sofrer um acidente, adoecer) que causa a separação de uma figura importante de apego. 4. Relutância ou recusa persistente em sair, fora de casa, na escola, no trabalho ou em qualquer outro lugar por medo da separação. 5. Medo persistente e excessivo ou relutância em ficar sozinho ou sem a figura de apego 6. Relutância ou recusa persistente em dormir fora de casa ou em ir dormir principais figuras de apego em casa ou em outros ambientes. 7. Pesadelos repetidos envolvendo o tema da separação 8. Queixas repetidas de sintomas físicos (por exemplo, dores de cabeça, dores de estômago, náuseas, vômitos) quando ocorre ou é antecipada a separação das principais figuras de apego. B. O medo, ansiedade ou evitação é persistente, durando pelo menos 4 semanas em crianças e 6 meses em adolescentes ou adultos. C. A perturbação causa sofrimento clinicamente significativo ou prejuízo no funcionamento social, acadêmico, ocupacional ou em outras áreas importantes do funcionamento. D. A perturbação não é melhor explicada por outro transtorno mental. Dicas para trabalhar o medo Questionamento socrático Dramatização Dessensibilização sistemática Restruturação cognitiva Caça aos monstros Chapeuzinho amarelo Caixa do medo Capa da coragem Spray do medo ou da coragem Hidratante da calma Dicas para trabalhar a ansiedade Acróstico da calma Detetive Jogo operando Respiração milkeshake, da flor, conchinha, diafragmática Exercício de alongamento Livro: Não quero sair da bolsa e o canguru de pelúcia