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GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ 
SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA 
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA 
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
Alerta Epidemiológico n° 01 
 
Tema: Doença Meningocócica 
Contextualização 
 
A Secretaria Estadual de Saúde do estado do Pará- SESPA, por meio do 
sistema de informação detectou aumento no registro de casos de doença 
meningocócica - DM no mês de janeiro de 2024, na região metropolitana I 
(Belém, Ananindeua, Benevides, Marituba e Santa Bárbara). 
Até a semana epidemiológica nº 05, foram notificados 13 casos 
suspeitos de DM, sendo 09 (69%) confirmados, e 04 estão aguardando 
confirmação laboratorial. No mesmo período foram confirmados 02 óbitos 
residentes no município de Belém e Ananindeua e 02 estão aguardando 
resultado. Dos 09 casos confirmados, 04 (44%) casos foram do sorogrupo B e 
05 casos aguardam confirmação do sorogrupo. Vale ressaltar que no mesmo 
período do ano passado, não houve registro de casos e óbitos confirmados de 
DM no estado do Pará. 
Mediante este cenário, faz-se necessário que os profissionais de saúde 
estejam sensíveis a identificação precoce, notificação e investigação dos casos 
suspeitos da doença, tratamento e manejo adequado e oportuno dos casos. 
 
OBS: Profissional de saúde, da rede pública ou privada, em caso de 
atendimento de caso suspeito e/ou confirmado de DM, notificar 
IMEDIATAMENTE a vigilância epidemiológica municipal. 
 
 
 
 
Identificador de autenticação: 5f827370-8ed8-4e2d-9021-9a58acf30578
N° do Protocolo: 2024/2039534 Anexo/Sequencial: 2 Página: 1 de 5
 
 
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SECRETARIA DE ESTADO DE SAÚDE PÚBLICA 
DIRETORIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE 
DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA 
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
Informações Gerais 
 
A meningite é um processo inflamatório das meninges, podendo ser 
causada por bactérias, vírus, fungos, outros agentes ou processos não 
infecciosos. 
De um modo geral, a meningite bacteriana é a mais grave e dentre elas 
merecem atenção especial a Doença Meningocócica e a Meningite por 
Hemóphilus influenzae B (Hib). São as únicas para quais, dentro dos critérios 
padronizados, faz-se uso da quimioprofilaxia para os contatos. 
O risco de contrair meningite é maior entre crianças menores de cinco 
anos, no entanto pode acontecer em qualquer idade. 
Os principais sintomas são: febre, cefaleia, náuseas, vômitos, 
rigidez de nuca, sinais de irritação meníngea (Kernig e Brudzinski), dor 
muscular/articular, letargia, irritabilidade, dificuldade respiratória, 
alteração no estado mental e petéquias. Em crianças pequenas: 
abaulamento e/ou aumento de tensão da fontanela, gemência, 
irritabilidade e apatia que se alternam, recusa alimentar, respiração 
irregular. Convulsões, sinais neurológicos focais e coma são complicações 
que ocorrem dependendo do comprometimento encefálico. 
O diagnóstico laboratorial é feito através da análise do líquor, 
sangue e da hemocultura (enviar amostra ao LACEN-PA via vigilância 
epidemiológica municipal). 
 A antibioticoterapia, quando indicada, deve ser instituída o mais 
precocemente possível. 
A quimioprofilaxia deve ser realizada o mais rapidamente possível 
(preferencialmente dentro de 48hs) e a vigilância por 10 dias (do início dos 
sintomas) e estão indicadas para os contatos íntimos do doente, conforme 
orientações da Vigilância Epidemiológica. 
Identificador de autenticação: 5f827370-8ed8-4e2d-9021-9a58acf30578
N° do Protocolo: 2024/2039534 Anexo/Sequencial: 2 Página: 2 de 5
 
 
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DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA 
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
 O Programa Nacional de Imunizações disponibiliza gratuitamente 
vacinas (Pentavalente, Vacina Pneumocócica Conjugada 10, Vacina 
Meningocócica Conjugada C e ACWY) para a prevenção de meningites 
bacterianas, como por exemplo, o Haemophilus Influenzae B, meningococo, 
pneumococo, entre outros. Quanto ao sorogrupo B, não são 
disponibilizadas vacinas na rede pública. 
Diante do aumento do número de casos, torna-se necessário intensificar 
as ações de vigilância da doença como: 
• Divulgar a situação epidemiológica da doença para os profissionais de 
saúde; 
• Alertar os profissionais de saúde para o diagnóstico e tratamento 
precoce e adequado; 
• Notificar todo caso suspeito* imediatamente à vigilância epidemiológica 
municipal; 
• Fazer vigilância dos contatos íntimos por um período mínimo de 10 dias; 
• Realizar quimioprofilaxia e vacinação, quando houver indicação e de 
acordo com o protocolo da DEPI/SESPA; 
• Todo caso suspeito deverá ser encaminhado para avaliação hospitalar. 
 
 Divulgar para população em geral, creches, escolas, empresas, e outros 
locais: 
• A situação epidemiológica da doença, sinais e sintomas, transmissão e 
medidas de prevenção e controle; 
• Procurar serviço de saúde imediatamente frente a suspeita da doença; 
• A importância da higiene geral, boa alimentação, ventilação e insolação 
dos ambientes, dormitórios adequados, saneamento básico ideal; 
• Evitar locais fechados, com aglomeração de pessoas; 
Identificador de autenticação: 5f827370-8ed8-4e2d-9021-9a58acf30578
N° do Protocolo: 2024/2039534 Anexo/Sequencial: 2 Página: 3 de 5
 
 
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DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA 
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• Não usar medicação sem recomendação médica; 
• Manter o esquema vacinal em dia. 
Nos casos de meningococcemia, atentar para eritema / exantema, além 
de sinais e sintomas inespecíficos, como hipotensão, diarréia, dor abdominal, 
dor em membros inferiores, mialgia, ARTRALGIA, rebaixamento do sensório, 
entre outros. 
 Segue abaixo o fluxograma de atendimento de casos suspeitos de 
meningite bacteriana na região metropolitana I. 
 
 
 
Adriana Pimentel Veras 
Coordenadora da Divisão de Vigilância Epidemiológica/DEPI 
 
 
 
Daniele Monteiro Nunes 
Diretora do Departamento de Epidemiologia/DVS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Identificador de autenticação: 5f827370-8ed8-4e2d-9021-9a58acf30578
N° do Protocolo: 2024/2039534 Anexo/Sequencial: 2 Página: 4 de 5
 
 
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DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA 
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA 
 
Fluxograma – Casos Suspeitos de Meningite 
Bacteriana na Região Metropolitana I 
 
 
Identificador de autenticação: 5f827370-8ed8-4e2d-9021-9a58acf30578
N° do Protocolo: 2024/2039534 Anexo/Sequencial: 2 Página: 5 de 5
ASSINATURAS
Número do Protocolo: 2024/2039534
Anexo/Sequencial: 2
Este documento foi assinado eletronicamente na forma do Art. 6º do Decreto Estadual Nº
2.176, de 12/09/2018.
Assinatura(s) do Documento:
Assinado eletronicamente por: Adriana Pimentel Veras, CPF: ***.977.632-**
Em: 05/02/2024 14:50:08
Aut. Assinatura: b05563fc1529e29387a2e9de778f893778b94a4ab81093310b0547db38139e7b
Assinado eletronicamente por: Daniele Monteiro Nunes, CPF: ***.936.092-**
Em: 09/02/2024 09:57:09
Aut. Assinatura: 07c34d0e3e7fab8217109876b946614a264cda46bfaa10905a4f910f6f876b4a
Identificador de autenticação: 5f827370-8ed8-4e2d-9021-9a58acf30578
Confira a autenticidade deste documento em
https://www.sistemas.pa.gov.br/validacao-protocolo

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