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Teoria da Pena – Aula 01 - Prof. Felipe Novaes Parte Geral · Teoria da Norma · Teoria do Crime · Teoria da Pena Teoria da Norma – Estuda os princípios elementos inerentes a aplicação da lei penal no tempo, aplicação da lei penal no espaço, a interpretação da lei penal. Teoria do crime – Estuda os elementos do crime · Tipicidade · Antijuridicidade/ilicitude · Culpabilidade Teoria da Pena – O Direito Penal adquiri esse nome devido a Teoria da Pena, veja que o Direito não é conhecido como direito criminal, mas sim como Direito Penal devido a sua importância. Enquanto a Teoria do Crime do estuda o crime, a Teoria da Pena estuda a sanção penal, ou seja, estuda a resposta que o Estado dá para a prática de um crime. Respostas do Estado – São a pena e a medida de segurança. · Pena – Imputável ou semi-imputável · Medida de Segurança – Ao inimputáveis. · Tratamento ambulatorial ou · Internação Princípios Constitucionais da Teoria da Pena – A teoria da pena é regida por princípios constitucionais que regulá-la. · Princípio da Legalidade (art. 5º, inc. XXXIX da CRFB/88) – Um exemplo do princípio da legalidade é a Súmula. O condenado que após adquirir o direito a progressão de regime tinha determinado pelo magistrado que para a concessão do regime aberto era necessário o cumprimento da pena restritiva de direitos, ocorre que essa determinação não estava prevista em lei, ferindo de tal maneira o princípio da legalidade, com isso surgiu a Súmula 493 do STJ, onde veda como condição para a concessão do regime aberto a imposição da pena restritiva de direitos (art. 44 do CP). A pena que é cumprida em regime aberto é uma pena restritiva de liberdade. O contrário ocorreu com a suspensão condicional da pena (art. 77 do CP), onde nos termos do art. 78, § 1º do CP, prevê a possibilidade do juiz determinar ao condenado a prestação de serviços à comunidade ou limitação de fim de semana, que são duas entre as existentes de modalidade da pena restritiva de direitos. Súmula 493 do STJ – “É inadmissível a fixação de pena substitutiva (CP, art. 44) como condição especial ao regime aberto.” · Princípio da intranscendência da pena/Princípio da pessoalidade (art. 5º, inc. XLV da CRFB/88) · Pena de multa – Por entender que a pena de multa é pena, está não poderá ser transferida aos sucessores, nem mesmo poderá ser cobrada da herança pois pelo princípio da “saisine”, que a morte opera a imediata transferência da herança aos sucessores legítimos, não poderá essa pena ser cobrado aos herdeiros, pois por ser pena, o princípio da intranscendência da pena não passar da pessoa do condenado. O que poderá ocorrer é cobrança da multa administrativa aos sucessores no limite do espólio deixado pelo de cujo, pois está não é uma pena. Princípio da Saisine (art. 1784 do CC) - Trata-se de princípio fundamental do Direito Sucessório, em que a morte opera a imediata transferência da herança aos seus sucessores legítimos e testamentários, visando impedir que o patrimônio deixado fique sem titular, enquanto se aguarda a transferência definitiva dos bens aos sucessores do falecido. · Princípio da Individualização da pena (art. 5º, inc. XLVI da CRFB/88) – · Princípio da humanidade (art. XLVII da CRFB/88) · De morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do art. 84, XIX – É a única pena que poderá sofrer exceção no caso de guerra. · De caráter perpétuo – As penas poderão ser de reclusão, detenção ou prisão simples, todavia, o condenado que tiver pena acima de 40 anos ocorrerá a unificação da pena, todavia, o condenado poderá ficar preso durante toda a sua vida, pois vindo a cometer novo crime após a sua condenação, haverá uma nova unificação da pena no limite de 40 anos (art. 75 do CP), nos termos do art. 75, § 2º do CP. Se o agente é condenado, e após esta 1ª condenação sobrevêm uma 2ª condenação por crime pratica anterior a 1ª condenação, não ocorrer com essa nova condenação a unificação da pena0 (art. 75, § 2º do CP), contudo, se o agente pratica um novo crime posterior a 1ª condenação, ocorrerá uma nova unificação da pena máxima obedecendo o limite máximo de 40 anos (art. 75 do CP). · De trabalhos forçados · De banimento · Cruéis QPP – É vedada ao condenado ficar preso durante toda a sua vida? ERRADO, o que é proibido é a pena de prisão perpétua, contudo, ocorrendo a unificação de sua pena no limite máximo de 40 anos (art. 75 do CP), vindo a cometer novo crime e sendo condenado, poderá ocorrer uma nova unificação de pena no período de 40 anos. Ex: O agente condenado e preso, vem a cometer durante a execução da pena, um crime de homicídio dentro presídio.