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ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
dispostas da seguinte maneira: 
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo 
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão. 
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO. 
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES 
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e 
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos 
que antecedem o término das provas. 
1ºº DIA
4
CADERNO
ROSA
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
É necessário sempre acreditar que o sonho é possível
04
04
*010475RO1*
Azul 1
Amarelo 2
Branco 3
Rosa 4 
Ledor 9
Libras 10
1 Azul
2 Amarelo
3 Branco
4 Rosa
9 Ledor
10 Libras
1 Dia
1°Capa
1 Dia
4°Capa
Libras 12
Ledor 11
Azul 7
Rosa 8 
Cinza 6
Amarelo 5
2 Dia
1°Capa
12 Libras
11 Ledor
7 Azul
8 Rosa 
6 Cinza
5 Amarelo
2 Dia
4°Capa
Bigurrilhos.indd 1Bigurrilhos.indd 1 14/06/2022 17:12:0614/06/2022 17:12:06
2 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
No man is an island,
Entire of itself;
Every man is a piece of the continent,
A part of the main.
[...]
Any man’s death diminishes me,
Because I am involved in mankind.
DONNE, J. The Works of John Donne. Londres: John W. Parker, 1839 (fragmento).
Nesse poema, a expressão “No man is an island ” ressalta o(a)
A A medo da morte.
B B ideia de conexão.
C C conceito de solidão.
D D risco de devastação.
E E necessidade de empatia.
QUESTÃO 02 
Things We Carry on the Sea
We carry tears in our eyes: good-bye father, good-bye
[mother
We carry soil in small bags: may home never fade in our
[hearts
We carry carnage of mining, droughts, floods, genocides
We carry dust of our families and neighbors incinerated
[in mushroom clouds
We carry our islands sinking under the sea
We carry our hands, feet, bones, hearts and best minds 
[for a new life
We carry diplomas: medicine, engineer, nurse,
[education, math, poetry, even if they mean 
[nothing to the other shore
We carry railroads, plantations, laundromats,
[bodegas, taco trucks, farms, factories, nursing 
[homes, hospitals, schools, temples... built on 
[our ancestors’ backs
We carry old homes along the spine, new dreams in our
[chests
We carry yesterday, today and tomorrow
We’re orphans of the wars forced upon us
We’re refugees of the sea rising from industrial wastes
And we carry our mother tongues
[...]
As we drift... in our rubber boats... from shore... to shore...
[to shore...
PING, W. Disponível em: https://poets.org. Acesso em: 1 jun. 2023 .
Ao retratar a trajetória de refugiados, o poema recorre à 
imagem de viagem marítima para destacar o(a)
A A risco de choques culturais.
B B impacto do ensino de história.
C C importância da luta ambiental.
D D existência de experiências plurais.
E E necessidade de capacitação profissional.
QUESTÃO 03 
The average american tosses 300 pounds of food
each year, making food the number one contributor to 
America’s landfills. Eat your leftovers and keep your 
perishables in the fridge – the Earth is counting on it.
Disponível em: https://mir-s3-cdn-cf.behance.net. Acesso em: 29 out. 2021 (adaptado).
Esse cartaz de campanha sugere que
A A os lixões precisam de ampliação. 
B B o desperdício degrada o ambiente.
C C os mercados doam alimentos perecíveis. 
D D a desnutrição compromete o raciocínio. 
E E as residências carecem de refrigeradores.
*010475RO2*
3–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 04 
“Oh, you’ll love working here. Nobody treats you any 
differently just because of your age, race, or gender.”
Disponível em: www.cartoonstock.com. Acesso em: 25 out. 2021.
Ao retratar o ambiente de trabalho em um escritório, esse 
cartum tem por objetivo
A A criticar um padrão de vestimenta.
B B destacar a falta de diversidade.
C C indicar um modo de interação.
D D elogiar um modelo de organização.
E E salientar o espírito de cooperação.
QUESTÃO 05 
Spanglish
pues estoy creando Spanglish 
bi-cultural systems 
scientific lexicographical 
inter-textual integrations 
two expressions 
existentially wired 
two dominant languages 
continentally abrazándose 
in colloquial combate 
imperio spanglish emerges 
sobre territorio bi-lingual 
las novelas mexicanas 
mixing with radiorocknroll 
immigrant/migrant 
nasal mispronouncements 
hip-hop, street salsa, spanish pop 
standard english classroom 
with computer technicalities 
spanglish is literally perfect
LAVIERA, T. Benedición: The Complete Poetry of Tato Laviera. 
Houston: Arte Público Press, 2014 (fragmento).
Nesse poema de Tato Laviera, o eu lírico destaca uma
A A convergência linguístico-cultural.
B B característica histórico-cultural.
C C tendência estilístico-literária.
D D discriminação cultural.
E E censura musical.
*010475RO3*
4 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
Técnicas de manipulación y el resultado
Manipular es sembrar en la conciencia y en la mente 
de la gente ideas, actitudes, conceptos y aspiraciones 
— incluso falsas e inmorales — que sirvan a los objetivos 
de sus manipuladores.
Manipular es una de las primeras cosas que 
aprendemos en la vida. A muy temprana edad, los bebés 
descubren el poder del llanto, el berrinche, los pataleos, 
la risa o alguna “gracia” como recursos para demandar 
atención, exigir comida, pedir ayuda o simplemente 
mantener ocupada a la gente. Nuestras actitudes de 
adultos reflejan lo mucho o poco que algunos maduraron, 
procesaron y rebasaron ese periodo.
Para que exista un manipulador, debe haber una 
base de ciudadanos indefensos, dóciles, desinformados. 
El manipulador es celoso, a veces casi paranoico; 
no admite cuestionamientos ni quiere que nadie ocupe 
su espacio, sabe que su vigencia depende de presencia 
controladora. Todos los días, hay que marcar la línea de 
discurso, incidir en el debate. El ridículo vale la pena si 
con ello se logra una cortina de humo.
Disponível em: www.forbes.com.mx. Acesso em: 7 out. 2021 (adaptado).
Nesse texto, a expressão “cortina de humo” revela que o 
manipulador
A A amadurece tardiamente.
B B busca mascarar a verdade.
C C rejeita questionamentos alheios.
D D aproxima-se de pessoas indefesas.
E E faz-se presente de forma controladora.
QUESTÃO 02 
TEXTO I
?
PorQUÉ ME CUESTA TANTO ESTUDIAR?
pORQUÉ ME CUESTA TANTO CONCENTRARME?
PoRQUÉ......
pORQUÉ......
?
?
?
?
......
PORQUé NO CONSIGO APRENDER COMO LOS DEMÁS?
?QUÉ ME PASA?:
Disponível em: www.otrasvoceseneducacion.org.Acesso em: 8 nov. 2022.
TEXTO II
Ishaan Awashi es un niño de 8 años cuyo mundo está 
plagado de maravillas que nadie más parece apreciar: 
colores, peces, perros y cometas, que simplemente no son 
importantes en la vida de los adultos, que parecen más 
interesados en cosas como los deberes, las notas o la 
limpieza. E Ishaan parece no poder hacer nada bien en clase. 
Cuando los problemas que ocasiona superan a sus padres, 
es internado en un colegio para que le disciplinen. Las cosas 
no mejoran en el nuevo colegio, donde Ishaan tiene además 
que aceptar estar lejos de sus padres. Hasta que un día, 
el nuevo profesor de arte, Ram Shankar Nikumbh, entra en 
escena, se interesa por el pequeño Ishaan y todo cambia.
Disponível em: https://elfinalde.com. Acesso em: 26 out. 2021 (adaptado).
O filme Como estrellas en la tierra aborda o tema da 
dislexia. Relacionando o cartaz do filme com a sinopse, 
constata-se que o(a)
A A olhar diferenciado para com o outro gera mudanças.
B B estudante com dislexia apresenta um tom questionador.
C C abordagem para lidar com a dislexia é pautada na 
disciplina.
D D contato com os pais prejudica o acompanhamento da 
dislexia.
E E mudança de interesses ocorre na transição da infância 
para a vida adulta.
*010475RO4*
5–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 03 
Que quede claro 
Cómo es posible que se cierren
tantas bocas, tantos ojos,
tantas puertas, muchas mentes ante un
acto xenofóbico sin precedentes.
Presidentes, ministros, cancilleres,
autoridades, responsables.
¿Quién pagará el daño causado a familiares?
Por un loco del estrada sin modales. [...]
Se alejó de aquel lugar donde su color era
mucho más que su color, era su raza.
Persiguiendo un sueño que desapareció,
que se fusionó y terminó en una pesadilla. [...]
Déjame que te cuente esta historia
que sucedió en el metro de Barcelona,
cuando aquella mañana la injusticia
y xenofobia se juntaron de la mano,
protagonizando una de las más feas escenas de racismo.
En aquel vagón viajaba un ángel de color diferente,
en su camino se interpuso aquel inconsciente,
que aún sabiendo lo que hacía,
seguía hablando con su gente.
Le dio al ángel dos patadas en su cara,
se rió de ella sin cambiar la mirada.
Y aún anda suelto, aún anda suelto...
ORISHAS. In: Cosita buena. Delaware: Suerte Publishing LLC, 2008 (fragmento).
A letra da canção Que quede claro, da banda cubana 
Orishas, revela o(a)
A A indignação diante do desrespeito à diversidade.
B B violência característica das grandes metrópoles.
C C preconceito da sociedade com relação ao misticismo.
D D descuido da população com os sonhos dos imigrantes.
E E falta de segurança existente no transporte público 
urbano.
QUESTÃO 04 
Me niego rotundamente
A negar mi voz,
Mi sangre y mi piel.
Y me niego rotundamente
A dejar de ser yo,
A dejar de sentirme bien
Cuando miro mi rostro en el espejo
Con mi boca
Rotundamente grande,
Y mi nariz
Rotundamente hermosa,
Y mis dientes
Rotundamente blancos,
Y mi piel valientemente negra.
Y me niego categóricamente
A dejar de hablar
Mi lengua, mi acento y mi historia.
Y me niego absolutamente
A ser parte de los que callan,
De los que temen,
De los que lloran.
Porque me acepto
Rotundamente libre,
Rotundamente negra,
Rotundamente hermosa.
CAMPBELL BARR, S. Disponível em: https://negracubanateniaqueser.com. 
Acesso em: 25 out. 2021.
Para enfatizar características e atitudes que reforçam 
a identidade da mulher negra, o poema da escritora 
costarriquenha apresenta
A A advérbios como “rotundamente” e “categóricamente”.
B B verbos reflexivos como “me niego” e “me acepto”.
C C adjetivos como “grande” e “hermosa”.
D D substantivos como “sangre” e “piel”.
E E adjetivos possessivos como “mi” e “mis”.
QUESTÃO 05 
“Caramelos” en sus suelos
Las tierras de España, tu vista enamoran; 
sus gentes; te amistan; ¿“cocinas”?, ¡“te molan”!
¿El plato común?, ¡pues «tortilla/patatas»!; 
en bares, figones, o tascas, ¡las «tapas»!; 
“sabor nacional”, ¡el «gazpacho», sus «vinos», 
«sangría», y «jamón» de sabrosos cochinos! 
(Cual “sellos”, te grabas sus «Típicos Platos»; 
¡sabrás por dó pasas, por sólo tu olfato!, 
¡si en cada lugar, un sabor peculiar, 
“al paso” cautiva tu buen paladar!).
¡Son más que “recetas”!, ¡será “alegoría”!, 
¡será “identidad”! (¡hay “reserva” en su «Guía»!); 
son platos allende un “timón conductor”, 
¡son mar, ríos, sierras!, ¡son valles, son flor!, 
¡y aportan “Conventos” a gastronomía, 
sus «dulces»! (sabor “celestial”, ¡de ambrosía!).
QUIROZ Y LÓPEZ, M. Disponível em: https://pt.calameo.com. Acesso em: 25 out. 2021.
Nesse poema, o eu poético enaltece a
A A característica amistosa do povo espanhol.
B B beleza das paisagens naturais da Espanha.
C C variedade de pratos na gastronomia espanhola.
D D relação entre os sentidos do paladar e do olfato na 
gastronomia.
E E gastronomia como representação da identidade 
cultural de um povo.
*010475RO5*
6 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06 
Mestre e companheiro, disse eu que nos íamos despedir. 
Mas disse mal. A morte não extingue: transforma; não aniquila: 
renova; não divorcia: aproxima. Um dia supuseste “morta e 
separada” a consorte dos teus sonhos e das tuas agonias, 
que te soubera “pôr um mundo inteiro no recanto” do teu 
ninho; e, todavia, nunca ela te esteve mais presente, no íntimo 
de ti mesmo e na expressão do teu canto, no fundo do teu ser 
e na face de tuas ações. Esses catorze versos inimitáveis, em 
que o enlevo dos teus discípulos resume o valor de toda uma 
literatura, eram a aliança de ouro do teu segundo noivado, um 
anel de outras núpcias, para a vida nova do teu renascimento 
e da tua glorificação, com a sócia sem nódoa dos teus anos 
de mocidade e madureza, da florescência e frutificação de 
tua alma. Para os eleitos do mundo das ideias a miséria 
está na decadência, e não na morte. A nobreza de uma nos 
preserva das ruínas da outra. Quando eles atravessavam essa 
passagem do invisível, que os conduz à região da verdade 
sem mescla, então é que entramos a sentir o começo do seu 
reino, o reino dos mortos sobre os vivos.
BARBOSA, R. O adeus da Academia a Machado de Assis. Rio de Janeiro: Agir, 1962.
Esse é um trecho do discurso de Rui Barbosa na Academia 
Brasileira de Letras em homenagem a Machado de Assis 
por ocasião de sua morte. Uma das características desse 
discurso de homenagem é a presença de 
A A metáforas relacionadas à trajetória pessoal e criadora 
do homenageado.
B B recursos fonológicos empregados para a valorização 
do ritmo do texto.
C C frases curtas e diretas no relato da vida e da morte 
do homenageado.
D D contraposição de ideias presentes na obra do 
homenageado.
E E seleção vocabular representativa do sentimento de 
nostalgia.
QUESTÃO 07 
Disponível em: www.facebook.com/minsaude. Acesso em: 13 jun. 2018.
Essa campanha publicitária do Ministério da Saúde visa
A A divulgar um conjunto de benefícios proporcionados 
pela amamentação.
B B apresentar tratamentos para infecções respiratórias 
em bebês.
C C defender o direito das mulheres de amamentar em 
público.
D D orientar sobre os exercícios para uma boa 
amamentação.
E E informar sobre o aumento de anticorpos nas mães.
QUESTÃO 08 
Carta aberta à população brasileira
Prezados Cidadãos e Cidadãs,
O envelhecimento populacional é um fenômeno 
mundial. Infelizmente, nosso país ainda não está preparado 
para atender às demandas dessa população.
Este é o retrato da saúde pública no Brasil, que, 
apesar dos indiscutíveis avanços, apresenta um cenário 
de deficiências e falta de integração em todos os níveis de 
atenção à saúde: primária (atendimento deficiente nas 
unidades de saúde da atenção básica), secundária 
(carência de centros de referência com atendimento por 
especialistas) e terciária (atendimento hospitalar com 
abordagem ao idoso centrada na doença), ou seja, não 
há, na prática, uma rede de atenção à saúde do idoso.
Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de 
Geriatria e Gerontologia(SBGG) vem a público manifestar 
suas preocupações com o presente e o futuro dos idosos 
no Brasil. É preciso garantir a saúde como direito universal.
Esperamos que tanto nossos atuais quanto os futuros 
governantes e legisladores reflitam sobre a necessidade 
de investir na saúde e na qualidade de vida associada ao 
envelhecimento.
Dignidade à saúde do idoso!
Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2014.
Disponível em: www.sbgg.org.br. Acesso em: 20 out. 2021 (adaptado).
O objetivo desse texto é
A A sensibilizar o idoso a respeito dos cuidados com a 
saúde.
B B alertar os governantes sobre os cuidados requeridos 
pelo idoso.
C C divulgar o trabalho da Sociedade Brasileira de Geriatria 
e Gerontologia.
D D informar o setor público sobre o retrocesso da 
legislação destinada à população idosa.
E E chamar a atenção da população sobre a qualidade dos 
serviços de saúde pública para o idoso.
*010475RO6*
7–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 09 
A petição on-line criada por um cidadão paulista 
surtiu efeito: casado há três anos com seu companheiro, 
ele pedia a alteração da definição de “casamento” no 
tradicional dicionário Michaelis em português. Na definição 
anterior, casamento aparecia como “união legítima entre 
homem e mulher” e “união legal entre homem e mulher, 
para constituir família”.
O novo verbete não traz em nenhum momento as 
palavras homem ou mulher — agora a definição de 
casamento se refere a “pessoas”.
Para o diretor de comunicação do site onde a petição foi 
publicada, a iniciativa mostra a “eficiência da mobilização”. 
“Em dois dias, mudou-se uma definição que permanecia 
a mesma há décadas”, afirma. E conclui: “A plataforma 
serve para todos os tipos de causas, para as mudanças 
que importam para as pessoas.”.
SENRA, R. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 29 out. 2015.
A notícia trata da mudança ocorrida em um dicionário da 
língua portuguesa. Segundo o texto, essa mudança foi 
impulsionada pela
A A inclusão de informações no verbete.
B B relevância social da instituição casamento.
C C utilização pública da petição pelos cidadãos.
D D rapidez na disseminação digital do verbete.
E E divulgação de plataformas para a criação de petição.
QUESTÃO 10 
A neozelandesa Laurel Hubbard fez história nos Jogos 
Olímpicos. Apesar de ter ficado de fora da disputa por 
medalhas, a levantadora de peso deixou sua marca na 
edição de Tóquio por ser a primeira mulher abertamente 
transgênero a participar de uma competição olímpica. 
No início da carreira, na década de 1990, a neozelandesa 
participava de disputas na categoria masculina. 
Em 2001, aos 23 anos, ela se afastou da atividade. 
“A pressão de tentar me encaixar em um mundo que talvez 
não tenha sido feito para pessoas como eu se tornou um 
fardo muito grande para suportar.” Em 2012, Laurel começou 
sua transição de gênero por meio de terapias hormonais e, 
em 2013, declarou abertamente ser uma mulher trans. Para 
o Comitê Olímpico Internacional, a participação de mulheres 
trans nos Jogos é permitida caso o nível de testosterona, 
hormônio que aumenta a massa muscular, esteja abaixo de 
10 nanomols por litro por pelo menos 12 meses.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 18 nov. 2021 (adaptado).
No texto, os limites do potencial inclusivo do esporte são 
dados pela
A A dificuldade de conseguir bons resultados esportivos.
B B dependência de características biológicas padronizadas.
C C inexistência de uma categoria para pessoas 
transgênero.
D D necessidade de afastamento temporário das 
competições.
E E impossibilidade de uso controlado de substâncias 
exógenas.
QUESTÃO 11 
“Ganhei 25 medalhas em mundiais, sete em Jogos 
Olímpicos, e sou uma sobrevivente de abuso sexual.” 
Foi assim que Simone Biles se apresentou ao comitê do 
Senado norte-americano que investiga as supostas falhas 
do FBI no caso Larry Nassar. Biles e outras três atletas, 
vítimas dos abusos do ex-médico da equipe de ginástica 
feminina dos EUA, exigiram que os agentes da investigação 
sejam processados por falta de ação prévia contra Nassar, 
agora preso. Biles esclareceu que culpa Larry Nassar 
e “todo o sistema que o permitiu e o perpetrou”, acusando 
a Federação de Ginástica e o Comitê Olímpico dos Estados 
Unidos de saberem “muito antes” que ela havia sofrido 
abusos. A melhor ginasta do mundo é um ícone. Nos Jogos 
Olímpicos de Tóquio, uma lesão psicológica a impediu de 
competir como previa. No entanto, ela chegou ao topo como 
uma líder no trabalho de acabar com o preconceito com 
os problemas de saúde mental. “Não quero que nenhum 
outro atleta olímpico sofra o horror que eu e outras centenas 
suportamos e continuamos suportando até hoje”, afirmou.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).
O fato relatado na notícia chama a atenção acerca da 
necessidade de reflexão sobre a relação entre o esporte e
A A o desempenho atlético internacional.
B B a dimensão emocional dos atletas.
C C os comitês olímpicos nacionais.
D D as instituições de inteligência.
E E as federações esportivas.
QUESTÃO 12 
O acesso às Práticas Corporais/Atividades Físicas 
(PC/AF) é desigual no Brasil, à semelhança de outros 
indicadores sociais e de saúde. Em geral, PC/AF prazerosas, 
diversificadas, mais afeitas ao período de lazer estão 
concentradas nas populações mais abastadas. As atividades 
físicas de deslocamento, trajetos a pé ou de bicicleta para 
estudar ou trabalhar, por exemplo, são mais frequentes 
na classe social menos favorecida. Aqui, há uma relação 
inversa e perversa entre variáveis socioeconômicas de acesso 
às PC/AF. As maiores prevalências de inatividade física foram 
em mulheres, pessoas com 60 anos ou mais, negros, pessoas 
com autoavaliação de saúde ruim ou muito ruim, com renda 
familiar de até quatro salários mínimos por pessoa, pessoas 
que desconhecem programas públicos de PC/AF e residentes 
em áreas sem locais públicos para a prática.
KNUTH, A. G.; ANTUNES, P. C. Saúde e Sociedade, n. 2, 2021 (adaptado).
O fator central que impacta a realização de práticas 
corporais/atividades físicas no tempo de lazer no Brasil é a
A A diferença entre homens e mulheres.
B B inexistência de políticas públicas.
C C diversidade de faixa etária.
D D variação de condição étnica.
E E desigualdade entre classes sociais.
*010475RO7*
8 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 13 
A indústria do esporte eletrônico é um mercado que 
está crescendo em um ritmo mais rápido do que a economia 
mundial. Sua popularidade cresceu muito e no Brasil não é 
diferente. De acordo com os dados de uma pesquisa, mais de 
64% dos brasileiros que jogam videogame já ouviram falar de 
esporte eletrônico. No entanto, o que chama a atenção é o 
crescimento superior a 10% do público praticante comparado 
ao ano anterior, que subiu de 44,7% para 55,4%. Trata-se 
de um percentual expressivo, já que o Brasil está no top 3 
dentre os países que têm maior número de espectadores de 
esporte eletrônico do mundo. Comparado ao ano anterior, 
em 2020, o Brasil teve um marco de crescimento de 20% 
na audiência. Mundo afora, a árdua dedicação de grandes 
gamers contribuiu para o reconhecimento do Comitê Olímpico 
Internacional, aliado a outras cinco federações esportivas 
e suas desenvolvedoras de jogos, que direcionaram um 
olhar mais atento ao assunto, permitindo dar o primeiro 
passo para concretizar, pela primeira vez na história dos 
jogos eletrônicos, um evento olímpico oficial.
Disponível em: https://chicoterra.com. Acesso em: 19 nov. 2021 (adaptado).
O contexto em que o esporte eletrônico é apresentado no 
texto demonstra o(a)
A A condição favorável à expansão dessa modalidade.
B B promoção dessa prática por jogadores profissionais.
C C impulsionamento de um processo de marketing.
D D favorecimento de fabricantes dos jogos.
E E modificação da audiência televisiva.
QUESTÃO 14 
O Marabaixo é uma expressão artístico-cultural 
formada nas tradições e na identificação cultural entre as 
comunidades negras do Amapá. Onome remonta às mortes 
de escravizados em navios negreiros que eram jogados na 
água. Em sua homenagem, hinos de lamento eram cantados 
mar abaixo, mar acima. Posteriormente, o Marabaixo se 
integrou à vivência das comunidades negras em um ciclo 
de danças, cantorias com tambores e festas religiosas, 
recebendo, em 2018, o título de Patrimônio Cultural do Brasil.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 15 nov. 2021 (adaptado).
A manifestação do Marabaixo se constituiu em expressão 
de arte e cultura, exercendo função de
A A ressignificar episódios dramáticos em novas práticas 
culturais.
B B adaptar coreografias como imitação dos movimentos 
do mar.
C C lembrar dos mortos no passado escravista como forma 
de lamento.
D D perpetuar uma narrativa de apagamento dos fatos 
históricos traumáticos.
E E ritualizar a passagem de atos fúnebres nas produções 
coletivas com espírito festivo.
QUESTÃO 15 
O uso das redes sociais como forma de ampliar 
universos foi uma descoberta recente para o artista Wolney 
Fernandes, que começou a criar quando o ambiente em 
Goiás era mais árido em relação às artes visuais. “Hoje, ser 
diferente é uma potência e quem sabe o que quer com 
a própria arte encontra espaço”, diz. As colagens artísticas 
do goiano aparecem em capas de obras literárias pelo 
Brasil e exterior.
Disponível em: https://opopular.com.br. Acesso em: 15 nov. 2021 (adaptado).
O artista goiano Wolney Fernandes busca expor seu 
trabalho por meio de plataformas virtuais com o objetivo de
A A dar suporte à técnica de colagem em Artes Visuais, 
contornando dificuldades práticas.
B B aproximar-se da estética visual própria da editoração 
de obras artísticas, como capas de livros.
C C oferecer uma vitrine internacional para sua produção 
artística, a fim de dar mais visibilidade a suas obras.
D D enfatizar o caráter original e inovador de suas criações 
artísticas, diferenciando-se das artes tradicionais.
E E trazer um sentido tecnológico às suas colagens, uma 
vez que as imagens artísticas são recorrentes nas 
redes sociais.
QUESTÃO 16 
O mais antigo grupo de rap indígena do país, Brô MCs, 
surgiu em 2009, na aldeia Jaguapiru, em Dourados, Mato 
Grosso do Sul. Os integrantes conheceram o rap pelo rádio, 
ouvindo um programa que apresentava cantores e grupos 
brasileiros desse gênero musical. O Brô MCs conseguiu 
influenciar outros a fazerem rap e a lutarem pelas causas 
indígenas. Um dos nomes do movimento, Kunumí MC, 
é um jovem de 16 anos, da aldeia Krukutu, em São Paulo. 
O adolescente enxerga o rap como uma cultura da defesa 
e começou a fazer rimas quando percebeu que a poesia, 
pela qual sempre se interessou, podia virar música. 
Nas letras que cria, inspiradas tanto pelo rap quanto pelos 
ritmos indígenas, tenta incluir sempre assuntos aos quais 
acha importante dar voz, principalmente, a questão da 
demarcação de terras.
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 13 nov. 2021 (adaptado).
O movimento rap dos povos originários do Brasil revela o(a)
A A fusão de manifestações ar tísticas urbanas 
contemporâneas com a cultura indígena.
B B contraposição das temáticas socioambientais 
indígenas às questões urbanas.
C C rejeição da indústria radiofônica às músicas indígenas.
D D distanciamento da realidade social indígena. 
E E estímulo ao estudo da poesia indígena.
*010475RO8*
9–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 17 
O sol começa a descer por trás da vegetação da Ilha 
da Restinga, na outra margem do rio Paraíba, colorindo 
o céu de amarelo, laranja e lilás. Então se ouvem as 
primeiras notas do Bolero, do compositor francês Maurice 
Ravel, executadas pelo saxofonista Jurandy. É assim o 
pôr do sol da praia do Jacaré, em Cabedelo (Grande João 
Pessoa). Depois do Bolero, Jurandy toca Asa branca, 
de Luiz Gonzaga, e Meu sublime torrão, de Genival 
Macedo, espécie de hino não oficial da Paraíba.
PINHEIRO, A. Sol se põe embalado pelo Bolero de Ravel. Disponível em: 
http://tools.folha.com.br. Acesso em: 16 set. 2012 (adaptado).
A interpretação musical de Jurandy do Sax, codinome 
de José Jurandy Félix, apresenta um repertório 
caracterizado pela
A A inter-relação de referenciais estéticos aparentemente 
distanciados.
B B valorização de músicas que revelam mensagens 
de serenidade.
C C consagração do repertório erudito como cultura 
dominante.
D D iniciativa de estímulo à vocação turística da cidade.
E E divisão hierárquica entre gêneros e estilos musicais.
QUESTÃO 18 
TEXTO I
SEGALL, L. Eternos caminhantes. Óleo sobre tela, 138 x 184 cm.
Museu Lasar Segall, IbramMinc, São Paulo, 1919.
TEXTO II
Em 1933, a obra Eternos caminhantes ingressou 
em uma das primeiras edições das exposições de Arte 
Degenerada, promovida por membros do partido nazista 
alemão. Nos anos seguintes, ela voltaria a ser exibida na 
mostra denominada Exposição da Vergonha, promovida 
por pequenos grupos abastados. Em 1937, essa obra foi 
confiscada pelo Ministério da Propaganda daquele país, na 
grande ação nacional-socialista contra a “Arte Degenerada”.
SCHWARTZ, J. Perseguição à Arte Moderna em tempos de 
guerra. São Paulo: Museu Lasar Segall, 2018 (adaptado).
Quase cinquenta obras de Lasar Segall foram confiscadas 
pelo regime totalitário alemão na primeira metade do 
século XX, entre elas a obra Eternos caminhantes, 
considerada degenerada por
A A representar uma estética tida como inconveniente para 
o ideário político vigente.
B B manifestar um posicionamento político-cultural 
concebido por grupos de oposição.
C C expressar a cultura artística por meio da representação 
parcial do corpo humano.
D D apresentar uma composição que antecipa o imaginário 
artístico germânico.
E E estimular discussões sobre o papel da arte na 
construção coletiva de cultura.
QUESTÃO 19 
TEXTO I
Logo no início de Gira, um grupo de sete bailarinas 
ocupa o centro da cena. Mãos cruzadas sobre a lateral 
esquerda do quadril, olhos fechados, troncos que pendulam 
sobre si mesmos em vaguíssimas órbitas, tudo nelas 
sugere o transe. Está estabelecido o caráter volátil do que 
se passará no palco dali para frente. Mas engana-se quem 
pensa que vai assistir a uma representação mimética dos 
cultos afro-brasileiros.
TEXTO II
Disponível em: www.grupocorpo.com.br. Acesso em: 2 jul. 2019.
No diálogo que estabelece com religiões afro-brasileiras, 
sintetizado na descrição e na imagem do espetáculo, 
a dança exprime uma
A A crítica aos movimentos padronizados do balé clássico.
B B representação contemporânea de rituais ancestrais 
extintos.
C C reelaboração estética erudita de práticas religiosas 
populares.
D D releitura irônica da atmosfera mística presente no culto 
a entidades.
E E oposição entre o resgate de tradições e a efemeridade 
da vida humana.
*010475RO9*
10 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 20 
Era um gato preto, como convinha a um cultor das boas 
letras, que já lera Poe traduzido por Baudelaire. Preto e 
gordo. E lerdo. Tão gordo e lerdo que a certa altura observei 
que ia perdendo inteiramente as qualidades características 
da raça, que são em suma o ódio de morte aos ratos. Já nem 
os afugentava! Os ratos de Ouro Preto são também dignos 
e solenes — não ria — tradicionalistas... descendentes de 
outros ratos que naqueles mesmos casarões presenciaram 
acontecimentos importantes da nossa história... No sobrado 
do desembargador Tomás Antônio Gonzaga, imagine o 
senhor uma reunião dos sonhadores inconfidentes, com 
os antepassados daqueles ratos a passearem pelo sótão 
ou mesmo pelo assoalho por entre as pernas dos homens 
absortos na esperança da independência nacional! E 
depois, os ancestres daqueles roedores que eu via agora 
deslizar sutilmente no meu quarto podiam ter subido 
pelo poste da ignomínia colonial, onde estava exposta a 
cabeça do Tiradentes! E quando as órbitas se descarnaram 
ignominiosamente, podiam até ter penetrado no recesso 
daquele crânio onde verdadeiramente ardera a literatura, 
com a simplicidade do heroísmo, a febre nacionalista...ALPHONSUS, J. Contos e novelas. Rio de Janeiro: Imago; Brasília: INL, 1976.
Descrevendo seu gato, o narrador remete ao contexto 
e a protagonistas da Inconfidência para criar um efeito 
desconcertante centrado no
A A desenho imaginativo do casario colonial de Ouro Preto.
B B efeito de apagamento de limites entre ficção e realidade.
C C vínculo estabelecido entre animais urbanos e literatura.
D D questionamento sutil quanto à sanidade dos inconfidentes.
E E contraste entre austeridade pomposa e imagem 
repugnante.
QUESTÃO 21 
Enquanto estivemos entretidos com os urubus outras 
coisas andaram acontecendo na cidade. A Companhia 
baixou novas proibições, umas inteiramente bobocas, só 
pelo prazer de proibir (ninguém podia cuspir pra cima, nem 
carregar água em jacá, nem tapar o sol com peneira, como 
se todo mundo estivesse abusando dessas esquisitices); 
mas outras bem irritantes, como a de pular muro pra cortar 
caminho, tática que quase todo mundo que não sofria de 
reumatismo vinha adotando ultimamente, principalmente 
os meninos. E não confiando na proibição só, nem na força 
dos castigos, que eram rigorosos, a Companhia ainda 
mandou fincar cacos de garrafa nos muros. Achei isso um 
exagero, e comentei o assunto com mamãe. Meu pai ouviu 
lá do quarto e veio explicar. Disse que em épocas normais 
bastava uma coisa ou outra; mas agora a Companhia 
não podia admitir nenhuma brecha em suas ordens; se 
alguém desobedecesse à proibição podia se cortar nos 
cacos; se alguém conseguisse pular um muro quebrando 
o corte de alguns cacos, ou jogando um couro por cima, 
era apanhado pela proibição, nhoc — e fez o gesto de 
quem torce o pescoço de um frango.
VEIGA, J. J. Sombras de reis barbudos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
Sob a perspectiva do menino que narra, os fatos ficcionais 
oferecem um esboço do momento político vigente na 
década de 1970, aqui representado pelo
A A culto ao medo, infiltrado em situações do cotidiano.
B B sentimento de dúvida quanto à veracidade das 
informações.
C C ambiente de sonho, delineado por imagens 
perturbadoras.
D D incentivo ao desenvolvimento econômico com 
a iniciativa privada. 
E E espaço urbano marcado por uma política de isolamento 
das crianças.
QUESTÃO 22 
Migalhas
Entre a toalha branca e um bule de café
seria inapropriado dizer
eu não te amo mais.
Era necessário algo mais solene,
um jardim japonês
para as perdas pensadas,
um noturno de tempestade
para arrebentar de dor,
uma praia de pedras para chorar
em silêncio, uma cama alta
para o incenso da despedida,
uma janela
dando para o abismo.
No entanto você abaixa os olhos
e recolhe lentamente as migalhas de pão
sobre a mesa posta para dois.
MARQUES, A. M. A vida submarina. São Paulo: Cia. das Letras, 2021.
Nesse poema, a representação do sentimento amoroso 
recupera a tradição lírica, mas se ajusta à visão 
contemporânea ao
A A invocar o interlocutor para uma tomada de posição.
B B questionar a validade do envolvimento romântico.
C C diluir em banalidade a comoção de um amor frustrado.
D D transformar em paz as emoções conflituosas do casal.
E E condicionar a existência da paixão a espaços idealizados.
*010475RO10*
11–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 23 
Passado muito tempo, resolvi tentar falar, porque 
estava sozinha me embrenhando na mesma vereda que 
Donana costumava entrar. Ainda recordo da palavra que 
escolhi: arado. Me deleitava vendo meu pai conduzindo 
o arado velho da fazenda carregado pelo boi, rasgando 
a terra para depois lançar grãos de arroz em torrões 
marrons e vermelhos revolvidos. Gostava do som redondo, 
fácil e ruidoso que tinha ao ser enunciado. “Vou trabalhar no 
arado.” “Vou arar a terra.” “Seria bom ter um arado novo, 
esse arado tá troncho e velho.” O som que deixou minha 
boca era uma aberração, uma desordem, como se no 
lugar do pedaço perdido da língua tivesse um ovo quente. 
Era um arado torto, deformado, que penetrava a terra de 
tal forma a deixá-la infértil, destruída, dilacerada.
VIEIRA JR., I. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.
Com a perda de parte da língua na infância, a narradora 
tenta voltar a falar. Essa tentativa revela uma experiência que 
A A reflete o olhar do pai sobre as etapas do plantio.
B B metaforiza a linguagem como ferramenta de lavoura.
C C explicita, na busca pela palavra, o medo da solidão.
D D confirma a frustração da narradora com relação à terra. 
E E sugere, na ausência da linguagem, a estagnação do 
tempo.
QUESTÃO 24 
A escravidão
Esses meninos que aí andam jogando peteca não 
viram nunca um escravo... Quando crescerem, saberão 
que já houve no Brasil uma raça triste, votada à escravidão 
e ao desespero; e verão nos museus a coleção hedionda 
dos troncos, dos vira-mundos e dos bacalhaus; e terão 
notícias dos trágicos horrores de uma época maldita: filhos 
arrancados ao seio das mães, virgens violadas em pranto, 
homens assados lentamente em fornos de cal, mulheres 
nuas recebendo na sua mísera nudez desvalida o duplo 
ultraje das chicotadas e dos olhares do feitor bestial. [...]
Mas a sua indignação nunca poderá ser tão grande como 
a daqueles que nasceram e cresceram em pleno horror, 
no meio desse horrível drama de sangue e lodo, sentindo 
dentro do ouvido e da alma, numa arrastada e contínua 
melopeia, o longo gemer da raça mártir — orquestração 
satânica de todos os soluços, de todas as impressões, de 
todos os lamentos que a tortura e a injustiça podem arrancar 
a gargantas humanas.
BILAC, O. Disponível em: www.escritas.org. Acesso em: 29 out. 2021.
Publicado em 1902, o texto de Olavo Bilac enfatiza as 
mazelas da escravidão no Brasil ao
A A descrever de modo impessoal as consequências da 
exploração racial sobre as gerações futuras.
B B contrapor a infância privilegiada das crianças da época 
à infância violentada das crianças escravizadas.
C C antecipar o futuro apagamento das marcas da 
escravidão no contexto social.
D D criticar a atenuação da violência contra os povos 
escravizados nas memórias retratadas pelos museus.
E E imaginar a reação de indiferença de seus 
contemporâneos com os escravizados libertos.
QUESTÃO 25 
E assim as coisas continuaram acontecendo entre os 
dois, em quase sustos, um grande por acaso com cacoetes 
de gestos definitivos. Com o Nunca Mais se oferecendo 
o tempo todo, bastaria dizer foi um prazer ter te conhecido, 
bastaria não trocar telefones nem e-mails e enterrar 
a casualidade com a cal da sabedoria — nada poderia 
ser definitivo, os encontros duravam duas horas ou duas 
décadas ou duas vezes isso, mas em algum momento 
necessariamente seria o fim. De todos os grandes amores. 
De todos os pequenos. De todas as juras, das promessas, 
de todos os na-alegria-e-na-tristeza. De todos os não 
amores, os desamores, os casamentos para sempre, 
os rancores para sempre, de todas as paralelas que só 
se viabilizam na abstração da geometria, de todas as 
pequenas paixões e de todas as grandes paixões, de tudo 
que para na antessala da paixão, de todos os vínculos não 
experimentados, de todos.
LISBOA, A. Rakushisha. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
O recurso que promove a progressão textual, contribuindo 
para a construção da ideia de que as relações amorosas 
têm um enredo comum, é a
A A repetição do pronome indefinido “todos”.
B B utilização do travessão na marcação do aposto.
C C retomada do antecedente pelo pronome “isso”.
D D contraposição de ideias marcada pela conjunção “mas”.
E E substantivação de expressões pela anteposição do 
artigo.
QUESTÃO 26 
A garganta é a gruta que guarda o som
A garganta está entre a mente e o coração
Vem coisa de cima, vem coisa de baixo e de
[repente um nó (e o que eu quero dizer?)
Às vezes, acontece um negócio esquisito
Quando eu quero falar eu grito, quando eu quero
[gritar eu falo, o resultado
Calo.
ESTRELA D’ALVA, R. Disponível em: https://claudia.abril.com.br. 
Acesso em: 23 nov. 2021 (fragmento).
A função emotiva presente no poema cumpre o propósito 
do eu lírico de
A A revelar as desilusões amorosas.
B B refletirsobre a censura à sua voz.
C C expressar a dificuldade de comunicação.
D D ressaltar a existência de pressões externas.
E E manifestar as dores do processo de criação.
*010475RO11*
12 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 27 
Alguém muito recentemente cortara o mato, que na 
época das chuvas crescia e rodeava a casa da mãe de 
Ponciá Vicêncio e de Luandi. Havia também vestígios 
de que a terra fora revolvida, como se ali fosse plantar uma 
pequena roça. Luandi sorriu. A mãe devia estar bastante 
forte, pois ainda labutava a terra. Cantou alto uma cantiga 
que aprendera com o pai, quando eles trabalhavam na terra 
dos brancos. Era uma canção que os negros mais velhos 
ensinavam aos mais novos. Eles diziam ser uma cantiga 
de voltar, que os homens, lá na África, entoavam sempre, 
quando estavam regressando da pesca, da caça ou de 
algum lugar. O pai de Luandi, no dia em que queria agradar 
à mulher, costumava entoar aquela cantiga ao se aproximar 
de casa. Luandi não entendia as palavras do canto; sabia, 
porém, que era uma língua que alguns negros falavam 
ainda, principalmente os velhos. Era uma cantiga alegre. 
Luandi, além de cantar, acompanhava o ritmo batendo com 
as palmas das mãos em um atabaque imaginário. Estava 
de regresso à terra. Voltava em casa. Chegava cantando, 
dançando a doce e vitoriosa cantiga de regressar.
EVARISTO, C. Ponciá Vicêncio. Rio de Janeiro: Pallas, 2018.
A leitura do texto permite reconhecer a “cantiga de voltar” 
como patrimônio linguístico que
A A representa a memória de uma língua africana extinta.
B B exalta a rotina executada por jovens afrodescendentes.
C C preserva a ancestralidade africana por meio da 
tradição oral.
D D resgata a musicalidade africana por meio de palavras 
inteligíveis.
E E remonta à tristeza dos negros mais velhos com 
saudade da África.
QUESTÃO 28 
TEXTO I
Zapeei os canais, como há dezenas de anos faço, e pá: 
parei num que exibia um episódio daquela velha família do 
futuro, Os Jetsons. 
Nesse episódio em particular, a Jane Jetson, esposa 
do George, tratava de dirigir aquele veículo voador 
deles. Meu queixo foi caindo à medida que as piadinhas 
machistas sobre mulheres dirigirem foram se acumulando. 
Impressionante! Que futuro careta aqueles roteiristas 
imaginavam! Seriam incapazes de projetar algo melhor, e não 
apenas em termos de tecnologias, robôs e carros voadores? 
Será que nossa máxima visão de futuro só atinge as coisas, 
e jamais as pessoas? Como a Jane, uma mulher de 33 anos 
no desenho, poderia ser o que foram as minhas bisavós?
O futuro, naquele desenho, se esqueceu de ser melhor 
nas relações entre as pessoas. Aliás... tão parecido com a vida.
Fiquei de cara, como dizemos aqui, ou como dizíamos 
na minha adolescência, pobre adolescência, aprendendo, 
sem querer e sem muita defesa, um futuro tão besta quanto 
o passado.
RIBEIRO, A. E. Disponível em: www.rascunho.com br. Acesso em: 21 out. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Masculino e feminino são campos escorregadios que 
só se definem por oposição, sempre incompleta, um do 
outro. São formações imaginárias que buscam produzir 
uma diferença radical e complementar onde só existem, 
de fato, mínimas diferenças. O resto é questão de estilo. 
Até pelo menos a segunda metade do século 19, o divisor 
de águas era claro: os homens ocupavam o espaço público. 
As mulheres tratavam da vida privada. Privada de quê? 
De visibilidade, diria Hannah Arendt. De visibilidade pública. 
Do que as mulheres estiveram privadas até o século 20 
foi de presença pública manifesta não em imagem, mas 
em palavra. A palavra feminina, reservada ao espaço 
doméstico, não produzia diferença na vida social.
KHEL, M. R. Disponível em: https://alias.estadao.com.br. 
Acesso em: 19 out. 2021 (adaptado).
A representação da mulher apresentada no Texto I pode 
ser explicada pelo Texto II no que diz respeito à(às)
A A censura a formas de expressão femininas.
B B ausência da figura feminina na vida pública.
C C construções imaginárias cristalizadas na sociedade.
D D limitações inerentes às figuras femininas e masculinas.
E E dificuldade na atribuição de papéis masculinos e 
femininos.
QUESTÃO 29 
Em tempos de isolamento
social por conta da pandemia de 
covid-19, a Defensoria Pública 
alerta para o aumento da 
violência contra a mulher! 
Não se cale! Denuncie!
A Defensoria não para!
#JuntasSomosMaisFortes
Disque 180
Disponível em: www.defensoriapublica.mt.gov.br. Acesso em: 29 out. 2021 (adaptado).
Esse anúncio publicitário, veiculado durante o contexto 
da pandemia de covid-19, tem por finalidade
A A divulgar o canal telefônico de atendimento a casos de 
violência contra a mulher.
B B informar sobre a atuação de uma entidade defensora 
da mulher vítima de violência.
C C evidenciar o trabalho da Defensoria Pública em relação 
ao problema do abuso contra a mulher.
D D alertar a sociedade sobre o aumento da violência 
contra a mulher em decorrência do coronavírus.
E E incentivar o público feminino a denunciar crimes 
de violência contra a mulher durante o período de 
isolamento.
*010475RO12*
13–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 30 
“São tantas formas de matar um preto
Que para alguns sua morte é justificada
Devia tá fazendo coisa errada
Se não era bandido, um dia ia ser
Por ser PRETO sua morte é defendida
O PRETO sempre merece morrer”.
A estrofe acima é do poeta e educador social Baticum 
Proletário, que atua na periferia de Fortaleza, no Ceará, 
preparando jovens — em quase sua totalidade negros 
— para enfrentar as dificuldades impostas pelo racismo 
estrutural no país.
É a partir da arte que Baticum consegue envolver 
a juventude em um projeto de fortalecimento dessa 
população ao promover batalhas de rimas, slams e saraus 
com temáticas que discutem os problemas sociais. Não por 
acaso, o tema mais explorado nas rimas, versos e prosas 
é a violência. De acordo com o mais recente Atlas da 
violência, em 2019, os negros representaram 77% das 
vítimas de homicídios, quase 30 assassinatos por 100 mil 
habitantes, a maioria deles jovens.
O Atlas revela ainda que um negro tem quase 2,7 
vezes mais chance de ser morto do que um branco, o que 
justifica o movimento de resistência crescente no Brasil.
MENDONÇA, F. Disponível em: www.cartacapital.com.br. 
Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).
O uso de citação e de dados estatísticos nesse texto tem 
o objetivo de
A A ressaltar a importância da poesia para denunciar a 
morte de negros, que cresce a cada dia.
B B destacar o crescimento exponencial da temática do 
preconceito na produção literária no Brasil.
C C demonstrar o incremento no quantitativo de expressões 
artísticas na discussão de problemas sociais.
D D evidenciar argumentos que reforçam a ideia de que os 
negros são vítimas em potencial da violência.
E E salientar o aumento da participação de jovens nos 
movimentos de resistência na área da cultura.
QUESTÃO 31 
No princípio era o verbo. A frase que abre o primeiro 
capítulo do Evangelho de João e remete à criação do 
mundo, assim como também faz o Gênesis, é a mais 
famosa da Bíblia. A ideia de que o mundo é criado pela 
palavra, porém, é tão estruturante que está presente 
em outras religiões, para muito além das fundadas no 
cristianismo. Como humanos, a linguagem é o mundo que 
habitamos. Basta tentar imaginar um mundo em que não 
podemos usar palavras para dizer de nós e dos outros 
para compreender o que isso significa. Ou um mundo 
em que aquilo que você diz não é entendido pelo outro, 
e o que o outro diz não é entendido por você.
O que acontece então quando a palavra é destruída 
e, com ela, a linguagem?
Durante séculos, em diferentes sociedades e 
línguas, é importante lembrar, a linguagem serviu 
— e ainda serve — para manter privilégios de grupos de 
poder e deixar todos os outros de fora. Quem entende 
linguagem de advogados, juízes e promotores, linguagem 
de médicos, linguagem de burocratas, linguagem de 
cientistas? A maior parte da população foi submetida à 
violência de propositalmente serimpedida de compreender 
a linguagem daqueles que determinam seus destinos.
Se o princípio é o verbo, o fim pode ser o silenciamento. 
Mesmo que ele seja cheio de gritos entre aqueles que já não 
têm linguagem comum para compreender uns aos outros.
BRUM, E. Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 5 nov. 2021.
Nesse texto, a estratégia usada para convencer o leitor de 
que uma grande parcela da população não compreende 
a linguagem daqueles que detêm o poder foi
A A revelar a origem religiosa da linguagem.
B B questionar o temor sobre o futuro da linguagem.
C C descrever a relação entre sociedade e linguagem.
D D apresentar as consequências do esfacelamento da 
linguagem.
E E criticar o obstáculo promovido pelos usos especializados 
da linguagem.
QUESTÃO 32 
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal 
do Ceará desenvolveu um dicionário para traduzir sintomas 
de doenças da linguagem popular para os termos médicos. 
Defruço, chanha e piloura, por exemplo, podem ser termos 
conhecidos para muitos, mas, durante uma consulta médica, 
o desconhecimento pode significar um diagnóstico errado.
“Isso é um registro histórico e pode ser muito útil para 
estudos dessas comunidades, na abordagem médica delas. 
É de certa forma pioneiro no Brasil e, sem dúvida, um instrumento 
de trabalho importante, porque a comunicação é fundamental 
na relação médico-paciente”, avalia o reitor da instituição.
Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 1 nov. 2021 (adaptado).
Ao registrarem usos regionais de termos da área médica, 
pesquisadores
A A apontaram erros motivados pelo desconhecimento da 
variedade linguística local.
B B explicaram problemas provocados pela incapacidade 
de comunicação.
C C descobriram novos sintomas de doenças existentes 
na comunidade.
D D propiciaram melhor compreensão dos sintomas dos 
pacientes.
E E divulgaram um novo rol de doenças características 
da localidade.
*010475RO13*
14 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 33 
Mandioca, macaxeira, aipim e castelinha são nomes 
diferentes da mesma planta. Semáforo, sinaleiro e farol 
também significam a mesma coisa. O que muda é só o 
hábito cultural de cada região. A mesma coisa acontece 
com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Embora ela 
seja a comunicação oficial da comunidade surda no Brasil, 
existem sinais que variam em relação à região, à idade e até 
ao gênero de quem se comunica. A cor verde, por exemplo, 
possui sinais diferentes no Rio de Janeiro, Paraná e São 
Paulo. São os regionalismos na língua de sinais.
Essas variações são um dos temas da disciplina 
Linguística na língua de sinais, oferecida pela Universidade 
Estadual Paulista (Unesp) ao longo do segundo semestre. 
“Muitas pessoas pensam que a língua de sinais é universal, 
o que não é verdade”, explica a professora e chefe do 
Departamento de Linguística, Literatura e Letras Clássicas 
da Unesp. “Mesmo dentro de um mesmo país, ela sofre 
variação em relação à localização geográfica, à faixa etária 
e até ao gênero dos usuários”, completa a especialista.
Os surdos podem criar sinais diferentes para identificar 
lugares, objetos e conceitos. Em São Paulo, o sinal de 
“cerveja” é feito com um giro do punho como uma meia-volta. 
Em Minas, a bebida é citada quando os dedos indicador e 
médio batem no lado do rosto. Também ocorrem mudanças 
históricas. Um sinal pode sofrer alterações decorrentes dos 
costumes da geração que o utiliza.
Disponível em: www.educacao.sp.gov.br. Acesso em: 1 nov. 2021 (adaptado).
Nesse texto, a Língua Brasileira de Sinais (Libras)
A A passa por fenômenos de variação linguística como 
qualquer outra língua.
B B apresenta variações regionais, assumindo novo 
sentido para algumas palavras.
C C sofre mudança estrutural motivada pelo uso de sinais 
diferentes para algumas palavras.
D D diferencia-se em todo o Brasil, desenvolvendo cada 
região a sua própria língua de sinais.
E E é ininteligível para parte dos usuários em razão das 
mudanças de sinais motivadas geograficamente.
QUESTÃO 34 
Como é bom reencontrar os leitores da Revista da 
Cultura por meio de uma publicação com outro visual, 
conteúdo de qualidade e interesses ampliados! ]cultura[, 
este nome simples, e eu diria mesmo familiar, nasce entre 
dois colchetes voltados para fora. E não é por acaso: 
são sinais abertos, receptivos, propícios à circulação de 
ideias. O DNA da publicação se mantém o mesmo, afinal, 
por longos anos montamos nossas edições com assuntos 
saídos das estantes de uma grande livraria — e assim 
continuará sendo. Literatura, sociologia, filosofia, artes... 
nunca será difícil montar a pauta da revista porque os 
livros nos ensinam que monotonia é só para quem não lê.
HERZ, P. ]cultura[, n. 1, jun. 2018 (adaptado).
O uso não padrão dos colchetes para nomear a revista 
atribui-lhes uma nova função e está correlacionado ao(à)
A A perfil de público-alvo, constituído por leitores exigentes 
e especializados em leitura acadêmica.
B B propósito do editor, chamando a atenção para o rigor 
normativo nos textos da revista.
C C exclusividade na seleção temática, direcionada para 
a área das ciências humanas.
D D identidade da revista, voltada para a recepção e a 
promoção de ideias circulantes em livros. 
E E padrão editorial dos artigos, organizados em torno de 
uma proposta de design inovador.
QUESTÃO 35 
TEXTO I
Alegria, alegria
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não?
VELOSO, C. Alegria, alegria. Rio de Janeiro: Polygram, 1990 (fragmento).
TEXTO II
Anjos tronchos
Uns anjos tronchos do Vale do Silício
Desses que vivem no escuro em plena luz
Disseram vai ser virtuoso no vício
Das telas dos azuis mais do que azuis
Agora a minha história é um denso algoritmo
Que vende venda a vendedores reais
Neurônios meus ganharam novo outro ritmo
E mais, e mais, e mais, e mais, e mais
VELOSO, C. Meu coco. Rio de Janeiro: Sony, 2021 (fragmento).
Embora oriundas de momentos históricos diferentes, 
essas letras de canção têm em comum a
A A referência às cores como elemento de crítica a hábitos 
contemporâneos.
B B percepção da profusão de informações gerada pela 
tecnologia.
C C contraposição entre os vícios e as virtudes da vida 
moderna.
D D busca constante pela liberdade de expressão individual.
E E crítica à finalidade comercial das notícias.
*010475RO14*
15–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 36 
Dão Lalalão
Do povoado do Ão, ou dos sítios perto, alguém 
precisava urgente de querer vir por escutar a novela do 
rádio. Ouvia-a, aprendia-a, guardava na ideia, e, retornado 
ao Ão, no dia seguinte, a repetia a outros.
Assim estavam jantando, vinham os do povoado 
receber a nova parte da novela do rádio. Ouvir já 
tinham ouvido tudo, de uma vez, fugia da regra: falhara 
ali no Ão, na véspera, o caminhão de um comprador 
de galinhas e ovos, seo Abrãozinho Buristém, que 
carregava um rádio pequeno, de pilhas, armara um fio 
no arame da cerca... Mas queriam escutar outra vez, 
por confirmação. — “A estória é estável de boa, mal 
que acompridada: taca e não rende...” — explicava o 
Zuz ao Dalberto.
Soropita começou a recontar o capítulo da novela. 
Sem trabalho, se recordava das palavras, até com 
clareza — disso se admirava. Contava com prazer de 
demorar, encher a sala com o poder de outros altos 
personagens. Tomar a atenção de todos, pudesse contar 
aquilo noite adiante. Era preciso trazer luz, nem uns 
enxergavam mais os outros; quando alguém ria, ria de 
muito longe. O capítulo da novela estava terminando.
ROSA, J. G. Noites do sertão (Corpo de baile). São Paulo: Global, 2021.
Nesse trecho do conto, o gosto dos moradores do 
povoado por ouvir a novela de rádio recontada por 
Soropita deve-se ao(à)
A A qualidade do som do rádio.
B B estabilidade do enredo contado.
C C ineditismo do capítulo da novela.
D D jeito singular de falar aos ouvintes.
E E dificuldadede compreensão da história.
QUESTÃO 37 
As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, 
consumido pelas chamas no mês de setembro de 2018, 
são mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes 
raros. O museu abrigava, entre mais de 20 milhões de 
peças, os esqueletos com as respostas para perguntas 
que ainda não haviam sido respondidas — ou sequer 
feitas — por pesquisadores brasileiros. E o incêndio 
pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas 
ancestrais, de línguas que não existem mais no mundo.
O acervo do local continha gravações de conversas, 
cantos e rituais de dezenas de sociedades indígenas, 
muitas feitas durante a década de 1960 com antigos 
gravadores de rolo e que ainda não haviam sido 
digitalizadas. Alguns dos registros abordavam línguas já 
extintas, sem falantes originais ainda vivos. “A esperança 
é que outras instituições tenham registros dessas línguas”, 
diz a linguista Marilia Facó Soares. A pesquisadora, que 
trabalha com os índios Tikuna, o maior grupo da Amazônia 
brasileira, crê ter perdido parte de seu material. “Terei 
que fazer novas viagens de campo para recompor meus 
arquivos. Mas obviamente não dá para recuperar a fala de 
nativos já falecidos, geralmente os mais idosos”, lamenta.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).
A perda dos registros linguísticos no incêndio do Museu 
Nacional tem impacto potencializado, uma vez que
A A exige a retomada das pesquisas por especialistas de 
diferentes áreas.
B B representa danos irreparáveis à memória e à identidade 
nacionais.
C C impossibilita o surgimento de novas pesquisas na área.
D D resulta na extinção da cultura de povos originários.
E E inviabiliza o estudo da língua do povo Tikuna.
*010475RO15*
16 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 38 
Na Idade Média, as notícias se propagavam com 
surpreendente eficácia. Segundo uma emérita professora de 
Sorbonne, um cavalo era capaz de percorrer 30 quilômetros 
por dia, mas o tempo podia se acelerar dependendo do 
interesse da notícia. As ordens mendicantes tinham um papel 
importante na disseminação de informações, assim como 
os jograis, os peregrinos e os vagabundos, porque todos 
eles percorriam grandes distâncias. As cidades também 
tinham correios organizados e selos para lacrar mensagens 
e tentar certificar a veracidade das correspondências. 
Graças a tudo isso, a circulação de boatos era intensa 
e politicamente relevante. Um exemplo clássico de fake 
news da era medieval é a história do rei que desaparece 
na batalha e reaparece muito depois, idoso e transformado.
Disponível em: www.elpais.com.br. Acesso em: 18 jun. 2018 (adaptado).
A propagação sistemática de informações é um 
fenômeno recorrente na história e no desenvolvimento 
das sociedades. No texto, a eficácia dessa propagação 
está diretamente relacionada ao(à)
A A velocidade de circulação das notícias.
B B nível de letramento da população marginalizada.
C C poder de censura por parte dos serviços públicos.
D D legitimidade da voz dos representantes da nobreza.
E E diversidade dos meios disponíveis em uma época 
histórica.
QUESTÃO 39 
Se a interferência de contas falsas em discussões 
políticas nas redes sociais já representava um perigo 
para os sistemas democráticos, sua sofisticação e maior 
semelhança com pessoas reais têm agravado o problema 
pelo mundo.
O perigo cresceu porque a tecnologia e os métodos 
evoluíram dos robôs, os “bots” — softwares com tarefas 
on-line automatizadas —, para os “ciborgues” ou “trolls”, 
contas controladas diretamente por humanos com ajuda 
de um pouco de automação.
Mas pesquisadores começam agora a observar outros 
padrões de comportamento: quando mensagens não são 
programadas, sua publicação se concentra só em horários 
de trabalho, já que é controlada por pessoas cuja profissão 
é exatamente essa, administrar um perfil falso durante o dia.
Outra pista: a pobreza vocabular das mensagens 
publicadas por esses perfis. Um funcionário de uma 
empresa que supostamente produzia e vendia perfis 
falsos explica que às vezes “faltava criatividade” para criar 
mensagens distintas controlando tantos perfis falsos ao 
mesmo tempo.
GRAGNANI, J. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 16 dez. 2017.
De acordo com o texto, a análise de características da 
linguagem empregada por perfis automatizados contribui 
para o(a)
A A controle da atuação dos profissionais de TI.
B B desenvolvimento de tecnologias como os “trolls”.
C C flexibilização dos turnos de trabalho dos controladores.
D D necessidade de regulamentação do funcionamento 
dos “bots”.
E E identif icação de padrões de disseminação de 
informações inverídicas.
QUESTÃO 40 
 Maio foi colorido de amarelo, e o foi porque 
mundialmente amarelo é a cor convencionada para as 
advertências. No trânsito, essas advertências têm sido 
fatais. A estimativa, caso nada seja feito, é a de que se 
atinjam assustadoras 2,4 milhões de mortes no trânsito 
em 2030 em todo o mundo.
A pressa constante, o sentimento de invencibilidade, 
a certeza de invulnerabilidade, a necessidade de poder, 
a falta de civilidade, a certeza de impunidade, a ausência 
de solidariedade, a inexistência de compaixão e o 
desrespeito por si próprio são circunstâncias reais que, 
não raro, concorrem para o comportamento violento no 
trânsito.
O Maio Amarelo, que preconiza a atenção pela vida, 
é uma das iniciativas nesse sentido. E é precisamente 
a atenção pela vida que está esquecida. Essa atenção, 
por certo, requer menos pressa, mais civilidade, 
limites assegurados, consciência de vulnerabilidade, 
solidariedade, compaixão e respeito por si e pelo outro. 
Reafirmar e praticar esses princípios e valores talvez seja 
um caminho mais seguro e menos violento, que garanta 
a vida e não celebre a morte.
Disponível em: http://portaldotransito.com.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
Considerando os procedimentos argumentativos 
utilizados, infere-se que o objetivo desse texto é
A A enumerar as causas determinantes da violência no 
trânsito.
B B contextualizar a campanha de advertência no cenário 
mundial.
C C divulgar dados numéricos alarmantes sobre acidentes 
de trânsito.
D D sensibilizar o público para a importância de uma 
direção responsável.
E E restringir os problemas da violência no trânsito a 
aspectos emocionais.
*010475RO16*
17–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 41 
A sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI) 
aprovou uma mudança histórica e inédita no lema 
olímpico, criado em 1894 pelo Barão Pierre de Coubertin 
para expressar os valores e a excelência do esporte. Mais 
de 120 anos depois, o lema tem sua primeira alteração 
para ressaltar a solidariedade e incluir a palavra “juntos”: 
mais rápido, mais alto, mais forte — juntos. A mudança 
foi aprovada por unanimidade pelos membros do COI 
e celebrada pelo presidente da entidade.
Disponível em: https://ge.globo.com. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
De acordo com o texto, a alteração do lema olímpico teve 
como objetivo a
A A unificação do lema anterior ao atual.
B B aproximação entre o lema olímpico e o COI.
C C junção do lema olímpico com os princípios esportivos.
D D associação entre o lema olímpico e a cooperatividade.
E E vinculação entre o lema olímpico e os eventos atléticos.
QUESTÃO 42 
Mais iluminada que outras 
Tenho dois seios, estas duas coxas, duas mãos que me 
são muito úteis, olhos escuros, estas duas sobrancelhas que 
preencho com maquiagem comprada por dezenove e noventa 
e orelhas que não aceitam bijuterias. Este corpo é um corpo 
faminto, dentado, cruel, capaz e violento. Movo os braços 
e multidões correm desesperadas. Caminho no escuro com 
o rosto para baixo, pois cada parte isolada de mim tem sua 
própria vida e não quero domá-las. Animal da caatinga. Forte 
demais. Engolidora de espadas e espinhos.
Dizem e eu ouvi, mas depois também li, que o estado 
do Ceará aboliu a escravidão quatro anos antes do restante 
do país. Todos aqueles corpos que eram trazidos com 
seus dedoscontados, seus calcanhares prontos e seus 
umbigos em fogo, todos eles foram interrompidos no 
porto. Um homem — dizem e eu ouvi e depois também 
li — liderou o levante. E todos esses corpos foram buscar 
outros incômodos. Foram ser incomodados.
ARRAES, J. Redemoinho em dia quente. São Paulo: Alfaguara, 2019.
Nesse texto, os recursos expressivos usados pela narradora
A A revelam as marcas da violência de raça e de gênero 
na construção da identidade.
B B questionam o pioneirismo do estado do Ceará no 
enfrentamento à escravidão.
C C reproduzem padrões estéticos em busca da valorização 
da autoestima feminina.
D D sugerem uma atmosfera onírica alinhada ao desejo 
de resgate da espiritualidade.
E E mimetizam, na paisagem, os corpos transformados 
pela violência da escravidão.
QUESTÃO 43 
De quem é esta língua?
Uma pequena editora brasileira, a Urutau, acaba de 
lançar em Lisboa uma “antologia antirracista de poetas 
estrangeiros em Portugal”, com o título Volta para a tua terra.
O livro denuncia as diversas formas de racismo a que 
os imigrantes estão sujeitos. Alguns dos poetas brasileiros 
antologiados queixam-se do desdém com que um grande 
número de portugueses acolhe o português brasileiro. 
É uma queixa frequente.
“Aqui em Portugal eles dizem / — eles dizem — / que 
nosso português é errado, que nós não falamos português”, 
escreve a poetisa paulista Maria Giulia Pinheiro, para 
concluir: “Se a sua linguagem, a lusitana, / ainda conserva 
a palavra da opressão / ela não é a mais bonita do mundo./ 
Ela é uma das mais violentas”.
AGUALUSA, J. E. Disponível em: https://oglobo.globo.com. 
 Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).
O texto de Agualusa tematiza o preconceito em relação 
ao português brasileiro. Com base no trecho citado pelo 
autor, infere-se que esse preconceito se deve
A A à dificuldade de consolidação da literatura brasileira 
em outros países.
B B aos diferentes graus de instrução formal entre os 
falantes de língua portuguesa.
C C à existência de uma língua ideal que alguns falantes 
lusitanos creem ser a falada em Portugal.
D D ao intercâmbio cultural que ocorre entre os povos dos 
diferentes países de língua portuguesa.
E E à distância territorial entre os falantes do português 
que vivem em Portugal e no Brasil.
*010475RO17*
18 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 44 
Ainda daquela vez pude constatar a bizarrice dos 
costumes que constituíam as leis mais ou menos constantes 
do seu mundo: ao me aproximar, verifiquei que o 
Sr. Timóteo, gordo e suado, trajava um vestido de franjas 
e lantejoulas que pertencera a sua mãe. O corpete 
descia-lhe excessivamente justo na cintura, e aqui 
e ali rebentava através da costura um pouco da carne 
aprisionada, esgarçando a fazenda e tornando o prazer de 
vestir-se daquele modo uma autêntica espécie de suplício. 
Movia-se ele com lentidão, meneando todas as suas franjas 
e abanando-se vigorosamente com um desses leques de 
madeira de sândalo, o que o envolvia numa enjoativa onda 
de perfume. Não sei direito o que colocara sobre a cabeça, 
assemelhava-se mais a um turbante ou a um chapéu 
sem abas de onde saíam vigorosas mechas de cabelos 
alourados. Como era costume seu também, trazia o rosto 
pintado — e para isto, bem como para suas vestimentas, 
apoderara-se de todo o guarda-roupa deixado por sua mãe, 
também em sua época famosa pela extravagância com que 
se vestia — o que sem dúvida fazia sobressair-lhe o nariz 
enorme, tão característico da família Meneses.
CARDOSO, L. Crônica da casa assassinada. São Paulo: Círculo do Livro, s.d.
Pela voz de uma empregada da casa, a descrição 
de um dos membros da família exemplifica a renovação 
da ficção urbana nos anos 1950, aqui observada na
A A opção por termos e expressões de sentido ambíguo. 
B B crítica social inspirada pelo convívio com os patrões.
C C descrição impressionista do fetiche do personagem.
D D presença de um foco narrativo de caráter impreciso.
E E ambiência de mistério das relações entre familiares.
QUESTÃO 45 
Girassol da madrugada
Teu dedo curioso me segue lento no rosto 
Os sulcos, as sombras machucadas por onde a
[vida passou.
Que silêncio, prenda minha... Que desvio triunfal
[da verdade,
Que círculos vagarosos na lagoa em que uma asa
[gratuita roçou...
Tive quatro amores eternos... 
O primeiro era moça donzela, 
O segundo... eclipse, boi que fala, cataclisma, 
O terceiro era a rica senhora, 
O quarto és tu... E eu afinal me repousei dos
[meus cuidados
ANDRADE, M. Poesias completas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013 (fragmento).
Perante o outro, o eu lírico revela, na força das memórias 
evocadas, a
A A vergonha das marcas provocadas pela passagem do 
tempo.
B B indecisão em face das possibilidades afetivas do 
presente.
C C serenidade sedimentada pela entrega pacífica ao 
desejo.
D D frustração causada pela vontade de retorno ao 
passado.
E E disponibilidade para a exploração do prazer efêmero.
*010475RO18*
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
dispostas da seguinte maneira: 
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo 
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão. 
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO. 
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES 
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e 
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos 
que antecedem o término das provas. 
1ºº DIA
4
CADERNO
ROSA
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
E pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz
2ª APLICAÇÃO
04
04
*010475RO1*
Azul 1
Amarelo 2
Branco 3
Rosa 4 
Ledor 9
Libras 10
1 Azul
2 Amarelo
3 Branco
4 Rosa
9 Ledor
10 Libras
1 Dia
1°Capa
1 Dia
4°Capa
Libras 12
Ledor 11
Azul 7
Rosa 8 
Cinza 6
Amarelo 5
2 Dia
1°Capa
12 Libras
11 Ledor
7 Azul
8 Rosa 
6 Cinza
5 Amarelo
2 Dia
4°Capa
Bigurrilhos.indd 1Bigurrilhos.indd 1 14/06/2022 17:12:0614/06/2022 17:12:06
2 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
MCPHAIL, W. Disponível em: https://fineartamerica.com. Acesso em: 25 out. 2021.
Ao utilizar a expressão “be a shame if something were to 
happen to it”, o pássaro
A A expressa uma ideia de ameaça.
B B demonstra uma sugestão de alimento.
C C exprime uma sensação de vergonha.
D D revela uma ocorrência do passado.
E E retrata uma tentativa de aproximação.
QUESTÃO 02 
Our physical alienation from India almost inevitably 
means that we will not be capableof reclaiming precisely 
the thing that was lost; that we will, in short, create fictions, 
not actual cities or villages, but invisible ones, imaginary 
homelands, Indias of the mind. […] It may be argued that 
the past is a country from which we have all emigrated 
[…], but I suggest that the writer who is out-of-country 
and even out-of-language may experience this loss in an 
intensified form. 
RUSHDIE, S. Imaginary Homelands. Londres: Vintage Books, 2010 (adaptado).
Nesse fragmento de texto, ao abordar a literatura 
anglo-indiana, o autor Salman Rushdie ressalta a relação 
entre criação literária e
A A desejo de retorno à terra natal.
B B narrativas de espaços urbanos.
C C consequências da imigração de origem asiática. 
D D invisibilidade de autores de literatura indiana.
E E distanciamento das raízes culturais.
QUESTÃO 03 
Disponível em: https://images1.the-dots.com. Acesso em: 29 out. 2021.
Por meio de recursos verbais e não verbais, esse cartaz 
de campanha objetiva
A A criticar os jovens por abandono do lar.
B B apontar as causas da violência doméstica. 
C C relatar o drama da vulnerabilidade emocional. 
D D divulgar o fundo de ajuda a pessoas desabrigadas. 
E E destacar a fragilidade das construções para o inverno.
*010475RO2*
3LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 04 
“We won’t ruin Mars. It’s too big and too good.” said 
the captain.
“You think not? We Earth Men have a talent for ruining 
big, beautiful things. The only reason we didn’t set up hot-dog 
stands in the midst of the Egyptian temple of Karnak is 
because it was out of the way and served no large commercial 
purpose. And Egypt is a small part of Earth. But here, this 
whole thing is ancient and different, and we have to set down 
somewhere and start fouling it up. We’ll call the canal the 
Rockefeller Canal and the mountain King George Mountain 
and the sea the Dupont Sea, and there’ll be Roosevelt and 
Lincoln and Coolidge cities, and it won’t ever be right, when 
there are the proper names for these places.”
BRADBURY, R. And the Moon Be Still as Bright. In: The 
Martian Chronicles. Londres: Harper Collins, 2014.
Nesse fragmento de um conto do autor Ray Bradbury, 
o personagem revela ao capitão
A A sua dúvida sobre a preservação de lugares antigos.
B B seu entusiasmo com a descoberta de um território.
C C sua curiosidade sobre o desenvolvimento do Egito.
D D sua indiferença com o crescimento dos espaços urbanos.
E E sua preocupação com a exploração de um planeta.
QUESTÃO 05 
we gave birth to a new generation,
AmeRícan, broader than lost gold
never touched, hidden inside the
puerto rican mountains.
we gave birth to a new generation
AmeRícan, it includes everything
imaginable you-name-it-we-got-it
society.
we gave birth to a new generation,
AmeRícan salutes all folklores,
european, indian, black, spanish
and anything else compatible.
AmeRícan,
yes, for now, for i love this, my second land,
and i dream to take the accent from
the altercation, and be proud to call
myself american, in the u.s. sense of the
word, AmeRícan, America!
LAVIERA, T. Benedición: The Complete Poetry of Tato Laviera. 
Houston: Arte Público Press, 2014 (fragmento).
Nos versos desse poema, o eu lírico adota um tom de
A A objeção aos costumes de uma geração.
B B crítica à política monetária.
C C celebração de uma identidade plural.
D D homenagem à sociedade americana.
E E exaltação da geografia porto-riquenha.
*010475RO3*
4 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
LINIERS, R. S. Disponível em: https://muhimu.es. Acesso em: 15 out. 2021.
Nessa tirinha, ao utilizar a expressão “doble vacación”, a 
protagonista conclui que
A A enredos muito extensos são desafiadores.
B B obras com muitos personagens são instigantes.
C C narrativas sobre viagens são mais interessantes.
D D livros de conteúdo mais denso estão presentes na 
vida dos jovens.
E E leituras diversificadas são um convite a conhecer 
outras realidades.
QUESTÃO 02 
Mujeres de la radio en la selva tropical
Tres valientes mujeres de Ecuador han emprendido 
una lucha digital. Con micrófono y grabadora atraviesan la 
selva tropical. Su pequeña emisora de radio se convierte 
en bastión contra la explotación de su tierra. Los pueblos 
indígenas de la selva amazónica están amenazados: las 
empresas petroleras están invadiendo cada vez más sus 
hábitats. Las reporteras radiales vuelven a sus raíces para 
darles voz a las mujeres indígenas.
Mariana Canelos, Jiyun Uyunkar y Rupay Sumak 
viven hoy en la ciudad, pero nacieron y se crearon en la 
selva. Además del español, también hablan sus lenguas 
tribales, lo que es indispensable para llegar a los oyentes 
en los remotos pueblos amazónicos. “Hasta ahora nadie 
ha dado voz a las mujeres de las aldeas. Pero nosotras 
lo hacemos”, dice Mariana Canelos, “queremos mostrar 
su vida cotidiana, grabar sus historias y canciones antes 
de que se olviden”. Para ello, las mujeres de la radio se 
trasladan en canoa por el Amazonas y sus afluentes, 
incluso en las zonas más remotas.
Disponível em: www.dw.com. Acesso em: 28 out. 2021.
Nesse texto, o trecho “antes de que se olviden” revela o 
temor das três mulheres de que
A A a emissora de rádio seja alvo de censura política.
B B os povos remotos percam o acesso ao rádio.
C C as histórias do seu povo sejam esquecidas.
D D a voz das mulheres indígenas seja calada.
E E os povos indígenas sejam ameaçados.
QUESTÃO 03 
Pobre Juan
Juan se lanzó marchándose al norte 
Iba en busca de una vida digna 
Cruzando México por valles y por montes 
Iba Juan lleno de fe
La historia es que Juan se iba a casar 
Con María embarazada 
Pero él no tenía ni un centavo 
Ni un clavo que darle
Pero este Juan iba muy decidido 
Y a la frontera él llegó con todo el filo 
Se conectó con el mero mayor de los coyotes 
Y la historia le contó
Mire usted que yo quiero cruzarme ya 
A San Diego o Chicago 
Dígame usted lo que hago 
Qué precio le pago
Juan ya nunca regresó 
En la línea se quedó 
Pobre Juan 
O la migra lo mató 
O el desierto lo enterró 
Pobre Juan
MANÁ. In: Revolución de amor. México: Warner Music Spain, 2002 (fragmento).
Considerando-se a temática abordada nessa letra de 
canção, a palavra “coyotes”
A A descreve o animal característico das regiões áridas 
percorridas pelos imigrantes.
B B ressalta o conhecimento dos habitantes das regiões 
desérticas mexicanas.
C C indica o preço a ser pago pelos viajantes para se 
casarem em outro país.
D D personifica a rede de exploração a que estão 
submetidos os imigrantes.
E E representa a necessidade de vencer o deserto 
escaldante.
*010475RO4*
5LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 04 
Atender la diversidad supone reconocer que 
cada alumno o alumna es una persona única e 
irrepetible, con su propia historia, sus afectos, 
motivaciones, necesidades, intereses, etc... 
Esto exige que la escuela ofrezca respuestas 
adecuadas a cada niño o niña. 
TRADICIONALES padre y madre con hijos que
conviven en el mismo hogar
con hijos o hijas en adopción o
acogida temporal o permanente ADOPTIVAS
HOMOPARENTAL dos padres o dos madres
con hijos o hijas
un padre o una madre
con hijos e hijas MONOPARENTAL
SEPARADAS padres separados o divorciados que
se alternan la custodia de los hijos
progenitores que conviven
con una nueva pareja RECONSTITUIDAS
NUMEROSA con tres o más hijos en
la unidad familiar
con miembros de
distinta etnia MULTIÉTNICA
“FAMILIA NO solo hay una”
DIVERSIDAD
FAMILIAR en elaula
El alumnado procede de familias...
Disponível em: www.juntadeandalucia.es. Acesso em: 21 out. 2021.
Esse infográfico foi produzido com o objetivo de
A A defender uma política pela diversidade na constituição 
familiar.
B B incentivar o convívio harmônico entre pais e filhos no 
ambiente escolar.
C C fomentar o engajamento dos diferentes tipos de família 
na vida escolar dos filhos.
D D apresentar a terminologia adequada para se referir 
aos diferentes tipos de família.
E E promoveruma reflexão sobre o papel da escola no 
acolhimento da diversidade familiar.
QUESTÃO 05 
“Ni para cotufas, estoy en la lona”
Así se dice en Venezuela. En España diríamos: “Ni para 
palomitas, estoy sin blanca”. Los argentinos utilizarían otra 
forma, y los chilenos, y los mexicanos... Esta es una guía 
básica de entendimiento entre los hispanohablantes. 
España Argentina Chile México Venezuela
Tapa (de 
comida) Picadita Picoteo Botana, 
antojito Pasapalo
Lavabo Lavatorio Lavatorio Lavamanos Lavamanos
Perrito 
caliente Pancho Hot dog Hot dog Perro 
caliente
¿Diga? ¿Holá? ¿Aló? ¿Bueno? ¿Aló?
Autobús Colectivo Micro, bus, 
liebre Camión Buseta, 
carrito
Estar sin 
blanca
Estar sin un 
mango Estar pato Estar sin un 
quinto
Estar en la 
lona
Trabajo 
temporal
Changa, 
changuita
Pololo, 
pololito
Tempora, 
trabajo 
trasitorial
Rebusque, 
tigre
Colega Compinche Weon, 
broder Cuate Pana
Estupendo Bárbaro Regio Padre Chévere
Palomitas Pochoclo Cabritas Palomitas Cotufas
Camarero Mozo Garzón Mesero Mesonero
MOLERO, A. El español de España y el español de América.
Madri: Editorial SM, 2003 (adaptado).
Esse texto reúne palavras e expressões para destacar a
A A identificação do falante com uma variedade específica.
B B interferência do estrangeirismo na língua espanhola.
C C necessidade de expandir o vocabulário do leitor.
D D presença do diminutivo em algumas variedades.
E E diversidade linguística do espanhol.
*010475RO5*
6 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06 
Disponível em: www.cnj.jus.br. Acesso em: 28 out. 2021.
Esse cartaz, parte de uma campanha publicitária, tem 
como propósito
A A propagar a atuação de entidades de proteção a crianças.
B B divulgar políticas de combate a crimes de violência.
C C incentivar denúncias de violência contra crianças.
D D estimular a criação de canais de denúncias.
E E assegurar o anonimato dos denunciantes.
QUESTÃO 07 
Rebeca Andrade superou a si mesma, fazendo história. 
Aos 22 anos, entrou para o Olimpo da ginástica mundial, 
ostentando a medalha de prata no individual geral feminino 
e subindo ao topo do pódio olímpico na prova de salto. 
Sua caminhada começou graças a uma tia que viu seu 
talento e a apresentou à técnica de ginástica da cidade. 
Não demorou para que ganhasse o apelido de “Daiane 
dos Santos 2”. A atleta dá sequência a um legado iniciado 
por ginastas como Daniele Hypólito e Daiane dos Santos, 
respectivamente, primeira medalhista e primeira campeã 
em campeonatos mundiais. Rebeca tornou-se a primeira 
medalhista e campeã olímpica do Brasil na modalidade. 
Daiane afirmou que admira a jovem atleta, cuja vitória é 
permeada por simbolismos importantes. “Durante muito 
tempo disseram que as pessoas negras não podiam fazer 
alguns esportes, e a gente vê hoje a primeira medalha, de 
uma menina negra. Tem uma representatividade muito grande 
atrás de tudo isso”, falou. A ginasta Nádia Comaneci, dona 
da primeira nota 10 na ginástica, parabenizou a brasileira 
em suas redes.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
A relevância social da conquista de Rebeca Andrade na 
ginástica se traduz no(a)
A A continuidade de um legado iniciado por outras atletas.
B B reconhecimento por atletas ícones da modalidade.
C C ingresso no esporte por intermédio da família.
D D visibilidade étnico-racial no esporte.
E E medalha de ouro na modalidade.
QUESTÃO 08 
As práticas corporais representam uma possibilidade 
de promoção da educação, do lazer e da saúde. 
A identificação das preferências das práticas corporais 
pode ser um incentivo para a adesão dos usuários aos 
serviços de saúde mental. Desse modo, a interação 
social por meio delas contribui para o desenvolvimento 
da identidade dos usuários, uma vez que essas atividades 
permeiam as dimensões cognitiva, emocional, social 
e comportamental. Nesse contexto, realizar atividades 
físicas, com um viés lúdico, converte-se numa maneira 
de cuidado com o corpo, gerando avaliações positivas 
dos usuários.
SILVA, D. P.; RODRIGUES, L. T.; FLORES, F. F. Estágio em educação física
na saúde mental: experiência em ministrar práticas corporais.
Ensino em Perspectivas, n. 1, 2021 (adaptado).
As práticas corporais realizadas em serviços de saúde 
mental estimulam o(a)
A A aprimoramento cognitivo na realização de tarefas.
B B aquisição da linguagem para a interação social.
C C inserção no mercado de trabalho.
D D fortalecimento da identidade.
E E expansão da expressão corporal.
QUESTÃO 09 
Se todos fossem iguais a você 
Se todos fossem iguais a você 
Que maravilha viver 
Uma canção pelo ar 
Uma mulher a cantar 
Uma cidade a cantar 
A sorrir, a cantar, a pedir 
A beleza de amar
MORAES, V.; TOM JOBIM. Disponível em: http://letras.terra.com.br.
Acesso em: 16 set. 2011 (fragmento).
O locutor da letra da canção exalta as características de 
uma pessoa ideal. O uso da palavra “se” contribui para 
essa idealização, pois ela introduz no texto a
A A junção de dois perfis femininos.
B B explicação para um romance feliz.
C C consequência de uma vida feliz a dois.
D D superação da mulher amada pelas demais.
E E hipótese para a existência de um mundo prazeroso.
*010475RO6*
7LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 10 
O corrupião
Escaveirado corrupião idiota, 
Olha a atmosfera livre, o amplo éter belo, 
E a alga criptógama e a úsnea e o cogumelo, 
Que do fundo do chão todo o ano brota!
Mas a ânsia de alto voar, de à antiga rota 
Voar, não tens mais! E pois, preto e amarelo, 
Pões-te a assobiar, bruto, sem cerebelo 
A gargalhada da última derrota!
A gaiola aboliu tua vontade. 
Tu nunca mais verás a liberdade!... 
Ah! Tu somente ainda és igual a mim.
Continua a comer teu milho alpiste. 
Foi este mundo que me fez tão triste, 
Foi a gaiola que te pôs assim!
ANJOS, A. Eu e outras poesias. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 30 out. 2021.
Nesse soneto, a imagem e o comportamento do pássaro 
são utilizados pelo eu lírico para metaforizar o
A A sofrimento provocado pela solidão.
B B instinto de revolta perante as injustiças. 
C C contraste entre natureza e civilização.
D D declínio relacionado ao envelhecimento.
E E gesto de resignação ante as privações diárias.
QUESTÃO 11 
A animação Vida Maria
Produzido em computação gráfica 3D e finalizado 
em 35 mm, o curta-metragem mostra personagens e 
cenários modelados com texturas e cores pesquisadas 
e capturadas no sertão cearense, no Nordeste do Brasil, 
criando uma atmosfera realista e humanizada.
O filme nos mostra a história da rotina da personagem 
Maria José, uma menina de cinco anos de idade que 
se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é 
obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a 
cuidar dos afazeres domésticos e trabalhar na roça.
Enquanto trabalha, ela cresce, casa e tem filhos e 
depois envelhece, e o ciclo continua a se reproduzir nas 
outras Marias suas filhas, netas e bisnetas.
Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 1 nov. 2021.
Esse fragmento é caracterizado como gênero sinopse, 
pois apresenta
A A posicionamento da revista sobre a produção da 
animação.
B B relato da história abordada no curta-metragem.
C C acontecimentos do cotidiano de uma família.
D D história sucinta com poucos personagens.
E E fatos da vida de uma menina e seus familiares.
QUESTÃO 12 
KANDINSKY, W. Sem título (desenho para o Diagrama 17). 
Nanquim sobre papel, 28,4 cm x 36 cm. Museu de Arte Mount 
Holyoke College, South Hadley, 1925.
Disponível em: https://artmuseum.mtholyoke.edu/object/untitled-drawing-diagram-17.
O artista Wassily Kandinsky apresenta, em sua 
produção, aspectos formais relacionados aos elementos 
fundamentais da linguagem visual, que comprovam que 
a linha é criada a partir do(a)
A A movimento do ponto.
B B criação da textura sobre o plano.
C C cor aplicada sobre a superfície.
D D mancha na relação formal.
E E plano visual sobre o volume.
QUESTÃO 13Disponível em: www.cnj.jus.br. Acesso em: 30 out. 2021.
A articulação entre os recursos verbais e não verbais 
utilizados na construção do texto tem como objetivo
A A explicar para o público os efeitos de conteúdos 
enganosos.
B B expor a fragilidade de tecnologias digitais na 
manipulação de dados.
C C promover a partilha de conhecimentos por meio de 
recursos tecnológicos.
D D orientar práticas para o reconhecimeto de mensagens 
perigosas em ambientes digitais.
E E incentivar a adoção de comportamentos adequados 
na disseminação de informações.
*010475RO7*
8 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 14 
O Esporte Adaptado ou Paradesporto é compreendido 
como prática que oportuniza às pessoas com deficiência 
(PcD) o alcance de novos horizontes e perspectivas 
de vida por meio de vivências motoras, psicológicas e 
sociais diversificadas. Esse tipo de atividade consiste 
na possibilidade de prática esportiva para PcD com 
modificações relacionadas às regras da modalidade 
ou à maneira como a modalidade se desenvolve. 
Adicionalmente, o esporte para PcD é geralmente dividido 
por grupos de deficiência específicos nos quais cada grupo 
tem história distinta, organização, programa de competição 
e abordagem diferentes. Registram-se atualmente 
movimentos esportivos específicos para pessoas surdas, 
para deficientes físicos, deficientes visuais e para pessoas 
com deficiência intelectual. Uma grande variedade de 
modalidades esportivas foram adaptadas para serem 
praticadas por pessoas com diferentes deficiências, assim 
como outras modalidades foram criadas exclusivamente 
para PcD.
SIMIM, M. A. M. et al. O estado da arte das pesquisas em esportes 
coletivos para pessoas com deficiência: uma revisão sistemática. 
Arquivos de Ciências do Esporte, n. 1, 2018 (adaptado).
De acordo com esse texto, as práticas esportivas para 
PcD são caracterizadas por
A A terem regras flexíveis em função do desempenho dos 
atletas em cada modalidade.
B B ampliarem perspectivas de vida ao considerarem o 
desenvolvimento integral das pessoas.
C C estarem voltadas para o estímulo à competitividade 
dos atletas com deficiência.
D D buscarem a adesão do público para garantir apoio 
financeiro às competições. 
E E serem organizadas sem distinção para grupos de 
diferentes deficiências.
QUESTÃO 15 
Leão do Norte
Sou o coração do folclore nordestino 
Eu sou Mateus e Bastião do boi-bumbá 
Sou o boneco do Mestre Vitalino 
Dançando uma ciranda em Itamaracá 
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho 
Num frevo de Capiba 
Ao som da Orquestra Armorial 
Sou Capibaribe 
Num livro de João Cabral 
Sou mamulengo de São Bento do Una 
Vindo no baque solto de maracatu 
Eu sou um auto de Ariano Suassuna 
No meio da Feira de Caruaru 
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta 
Levando a Flor da Lira 
Pra Nova Jerusalém 
Sou Luiz Gonzaga 
E eu sou mangue também 
 
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte 
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte
LENINE; PINHEIRO, P. C. Leão do Norte. In: LENINE. 
Olho de peixe. São Paulo, 1993 (fragmento).
A letra da canção expressa a diversidade de danças, 
sendo uma delas demonstrada no trecho:
A A “Eu sou mameluco, sou de Casa Forte”.
B B “Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte”.
C C “Sou Luiz Gonzaga / E eu sou mangue também”.
D D “Eu sou um auto de Ariano Suassuna / No meio da 
Feira de Caruaru”.
E E “Eu sou Mateus e Bastião do boi-bumbá / Sou o 
boneco do Mestre Vitalino”.
QUESTÃO 16 
Construindo uma irmandade da língua
A ideia de que a língua portuguesa é pertença de 
todos os seus falantes é hoje quase pacífica. Só meia 
dúzia de ultranacionalistas portugueses insiste ainda no 
disparate de se julgar proprietário exclusivo do idioma. 
Aliás, ao contrário da Commonwealth e da francofonia, 
a irmandade da língua portuguesa não tem um único centro 
ou voz dominante, e essa é precisamente uma das suas 
maiores virtudes.
AGUALUSA, J. E. O Globo, 8 maio 2021 (adaptado).
Nesse texto, o termo “Aliás” articula dois enunciados 
envolvidos numa mesma relação argumentativa, 
construindo, para o segundo, uma ideia de
A A questionamento da origem da língua portuguesa.
B B semelhança de condições sociais dos falantes do 
português.
C C acréscimo de fato comprobatório sobre a língua 
portuguesa.
D D comparação entre o português brasileiro e o europeu.
E E relevância do português sobre o inglês e o francês.
*010475RO8*
9LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 17 
É vantajoso que as crianças possam entender 
o funcionamento por trás da tecnologia que está 
presente em diversos aspectos da vida cotidiana, 
aproveitando a curiosidade infantil como impulso inicial. 
A computação ajuda a desenvolver o raciocínio, a melhorar 
a comunicação e a trabalhar a capacidade de resolver 
problemas. Os computadores executam tarefas por meio 
de comandos dados em uma programação. Essa, por sua 
vez, é feita com linguagens próprias, que funcionam como 
uma espécie de “idioma”, por meio do qual o programador 
se comunica com as máquinas.
Porém, mais do que dominar essas linguagens, 
o programador precisa empregar a lógica computacional. 
O programador precisa expressar em seu código as 
condições e seus efeitos, como “se acontecer A, faça 
B, a não ser que haja X, então faça C”. A escrita de um 
algoritmo é repleta de condições interconectadas, do tipo 
“se”, “então”, “senão”, “ou”, “até que”, “enquanto” etc. Por 
isso, para programar, é necessário compreender esse 
tipo de raciocínio. Para as crianças, isso é tarefa fácil; 
afinal elas têm uma capacidade incrível de assimilar 
informações novas.
Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 25 nov. 2021.
Esse texto promove uma reflexão sobre o ensino de 
programação na infância. A defesa da proposta está 
ancorada na caracterização da programação com base 
na sua
A A conexão com aspectos lúdicos da infância.
B B autonomia em relação ao raciocínio lógico.
C C presença crescente no dia a dia das pessoas.
D D similaridade com o funcionamento das línguas.
E E capacidade de inovação na resolução de tarefas. 
QUESTÃO 18 
Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus 
livros para cem leitores, coisa é que admira e consterna. 
O que não admira, nem provavelmente consternará, é se 
este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal, 
nem cinquenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez? 
Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa, 
na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um 
Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti 
algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de 
finado. Escrevia-a com a pena da galhofa e a tinta da 
melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse 
conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas 
aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola 
não achará nele o seu romance usual; ei-lo aí fica privado 
da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as 
duas colunas máximas da opinião.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 8 ago. 2015.
No fragmento transcrito da dedicatória “Ao leitor”, em 
Memórias póstumas de Brás Cubas, o autor serve-se da 
figura do narrador-defunto para
A A desqualificar o gênero romance, forma literária à qual 
Machado de Assis pouco se dedicou.
B B ressaltar a inverossimilhança dos fatos narrados, 
confrontados com a realidade da burguesia carioca 
do século XIX.
C C criticar a sociedade burguesa brasileira da época, 
valendo-se do uso da terceira pessoa e do ponto de 
vista distanciado.
D D sobrepor a “tinta da melancolia” ao aspecto humorístico, 
de modo a valorizar o tom sóbrio e a temática realista 
típicos do romance burguês brasileiro.
E E fazer intromissões na narrativa, introduzindo pausas 
no relato durante as quais estabelece com o leitor um 
diálogo de tom sarcástico e provocativo.
QUESTÃO 19 
A solidão nas cidades grandes é muito mais um sinal da 
precariedade do sentido da comunidade e da convivência, 
é mais um problema socioculturaldo que de escolha individual.
Certamente ela reflete a impossibilidade de retornar 
às florestas, como um dia fez Henry Thoreau. As florestas 
estão em extinção, assim como, curiosamente, a ideia de 
humanidade. Resta fugir para a moderna caverna na selva 
de pedra — sem querer reeditar lugares-comuns — que 
é a casa de cada um.
A solidão é, assim, a categoria política que expressa 
a nostalgia de uma vivência de si mesmo. Ela é, por isso, 
a tentativa de preservar a subjetividade e a intimidade 
consigo mesmo que não tem lugar no contexto de relações 
sociais transformadas em mercadorias baratas.
A sociedade da antipolítica precisa tratar a solidão 
como uma pena e um mal-estar quando não consegue 
olhar para a miséria da vez: o fetiche da hiperconectividade, 
que ilude que não somos sozinhos.
TIBURI, M. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br. Acesso em: 7 out. 2011.
Marcia Tiburi trata de um tema relevante para a sociedade 
moderna: a convivência interpessoal e a hiperconectividade 
vivenciada no ciberespaço. O texto classifica-se, quanto 
ao gênero textual, como artigo de opinião, porque
A A busca resolver a causa da perda de sentido ocorrida 
na convivência interpessoal.
B B procura definir a solidão como uma epidemia que está 
além das doenças humanas.
C C tenta explicar o compor tamento do homem 
contemporâneo tendo como padrão o homem das 
cavernas.
D D objetiva expressar o ponto de vista de que o 
mal-estar provocado na sociedade decorre da 
hiperconectividade.
E E procura discutir os desejos dos antipolíticos que 
destroem a intimidade na tentativa de preservar a 
subjetividade.
*010475RO9*
10 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 20 
O fim da história
Não creio que o tempo
Venha comprovar
Nem negar que a História
Possa se acabar
Basta ver que um povo
Derruba um czar
Derruba de novo
Quem pôs no lugar
É como se o livro dos tempos pudesse
Ser lido trás pra frente, frente pra trás
Vem a História, escreve um capítulo
Cujo título pode ser “Nunca Mais”
Vem o tempo e elege outra história, que escreve
Outra parte, que se chama “Nunca É Demais”
“Nunca Mais”, “Nunca É Demais”, “Nunca Mais”
“Nunca É Demais”, e assim por diante, tanto faz
Indiferente se o livro é lido
De trás pra frente ou lido de frente pra trás.
GILBERTO GIL. In: Parabolicamará. Rio de Janeiro: WEA, 1991.
Considerando-se o jogo de oposições presente nessa 
letra de canção, infere-se que a narrativa histórica
A A está sujeita a diferentes interpretações.
B B é construída pela relação causa e efeito.
C C sucede-se em espaços de tempo cíclicos.
D D limita-se a fatos relevantes de um grupo social.
E E desenvolve-se em torno de uma mesma temática. 
QUESTÃO 21 
Jon Lord, fundador do Deep Purple, era um caso raro 
na música. Depois de uma carreira bem-sucedida como 
tecladista de duas das maiores bandas de rock do planeta, 
aposentou-se em 2002 para compor peças eruditas. 
Para ele, clássico e popular eram apenas aspectos de uma 
mesma entidade, a boa música. O caminho era quase 
natural. Tendo aprendido a tocar os clássicos no piano, 
Lord apaixonou-se pelo rock ao ouvir Buddy Holly 
e começou a tocar em combos de jazz, rhythm’n’blues 
e depois rock. Em 1969, aos 27 anos, ele compôs, com 
a ajuda do maestro Malcolm Arnold, um Concerto para 
grupo e orquestra, temperando a estrutura de uma peça 
erudita com a eletricidade agressiva da fase mais criativa 
do Deep Purple, a mesma equipe que comporia Smoke 
on the Water em 1972.
SOARES, M. Jon Lord foi um pioneiro na fusão entre rock e erudito. 
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 nov. 2021 (adaptado).
A circulação do tecladista Jon Lord (1941-2012) entre 
gêneros aparentemente distantes como o rock e a música 
erudita foi possível porque ele
A A conheceu muitos países e culturas ao longo das 
constantes viagens em turnê.
B B superou eventuais barreiras estéticas ao se abrir para 
novos estilos musicais.
C C aventurou-se em novas estéticas musicais após a 
aposentadoria da banda.
D D reconheceu a limitação de possibilidades de 
composição da música popular.
E E adaptou-se a um repertório musical mais amplo diante 
do sucesso do grupo.
QUESTÃO 22 
A verdade é que não me preocupo muito com 
o outro mundo. Admito Deus, pagador celeste dos meus 
trabalhadores, mal remunerados cá na terra, e admito 
o diabo, futuro carrasco do ladrão que me furtou uma vaca 
de raça. Tenho, portanto, um pouco de religião, embora 
julgue que, em parte, ela é dispensável a um homem. 
Mas mulher sem religião é horrível.
Comunista, materialista. Bonito casamento! Amizade 
com o Padilha, aquele imbecil. “Palestras amenas 
e variadas”. Que haveria nas palestras? Reformas sociais, 
ou coisa pior. Sei lá! Mulher sem religião é capaz de tudo.
RAMOS, G. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1981.
Uma das características da prosa de Graciliano Ramos 
é ser bastante direta e enxuta. No romance São Bernardo, 
o autor faz a análise psicológica de personagens e expõe 
desigualdades sociais com base na relação entre patrão 
e empregado, além da relação conjugal. Nesse sentido, 
o texto revela um(a)
A A narrador personagem que coloca no mesmo plano 
Deus e o diabo, além de defender o livre-arbítrio 
feminino no tocante à religião.
B B narrador onisciente, que não participa da história, 
conhecedor profundo do caráter machista de Paulo 
Honório e da sua ideologia política.
C C narração em terceira pessoa que explora o aspecto 
objetivo e claro da linguagem para associar o espaço 
interno do personagem ao espaço externo.
D D discurso em primeira pessoa que transmite o caráter 
ambíguo da religiosidade do personagem e sua 
convicção acerca da relação que a mulher deve ter 
com a religião.
E E narrador alheio às questões socioculturais e 
econômicas da sociedade capitalista e que defende 
a divisão dos bens e o trabalho coletivo como modo 
de organização social e política.
*010475RO10*
11LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 23 
O voluntário
Quem não sabe o efeito produzido à beira do rio 
pela notícia da declaração da guerra entre o Brasil e o 
Paraguai?
Nas classes mais favorecidas da fortuna, nas cidades 
principalmente, o entusiasmo foi grande e duradouro. 
Mas entre o povo miúdo o medo do recrutamento para 
voluntário da Pátria foi tão intenso que muitos tapuios se 
meteram pelas matas e pelas cabeceiras dos rios, e ali 
viveram como animais bravios sujeitos a toda a espécie 
de privações.
[...]
Coisa terrível que era então o recrutamento!
Esse meio violento de preencher os quadros do 
exército era ao tempo da guerra posto em prática com 
barbaridade e tirania, indignas dum povo que pretende 
foros de civilizado.
Suplícios tremendos eram infligidos aos que, fugindo a 
uma obrigação não compreendida, ousavam preferir a paz 
do trabalho e o sossego do lar à ventura de se deixarem 
cortar em postas na defesa das estâncias rio-grandenses 
e das aldeolas de Mato Grosso.
SOUZA, I. Contos amazônicos. Jundiaí: Cadernos do Mundo Inteiro, 2018 (fragmento).
Para descrever o modo como indígenas e ribeirinhos 
eram recrutados para lutarem como “voluntários da 
Pátria”, o texto de Inglês de Souza
A A enfatiza a capacidade de resiliência dos tapuios.
B B põe em evidência a brutalidade do alistamento 
compulsório.
C C ironiza a importância atribuída à guerra pelas elites 
da época.
D D relativiza a prevalência da disputa bélica sobre a 
natureza pacífica.
E E critica a incompreensão da população acerca das 
motivações do conflito.
QUESTÃO 24 
A sobrevivência dos pomeranos
Ocorrem no Brasil atual casos como o da língua falada 
pelos pomeranos, que imigraram para o Brasil devido à 
Segunda Guerra Mundial, e que conseguiu manter-se viva 
em pequenas comunidades do Rio Grande do Sul e do 
Espírito Santo. Essa língua, em pleno uso e transmissão 
no Brasil, não é mais falada na Europa Central, sua região 
de origem. Após a guerra, a região onde ficava Pomerode 
foi incorporada à Polônia pela força do regime soviético. 
Quanto à etnia dospomeranos, praticamente foi extinta e 
os sobreviventes dispersados pela Polônia. Mas a língua 
permanece viva no Brasil.
CASAL JR., M. Disponível em: http://desafios.ipea.gov.br.
Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).
De acordo com esse texto, a língua falada pelos 
pomeranos
A A continua sendo transmitida em Pomerode, na Polônia.
B B permanece preservada em algumas regiões do Brasil.
C C apresenta características distintas no Brasil.
D D contribui para o isolamento da Polônia no Leste 
Europeu.
E E foi dispersada por ação do regime soviético.
QUESTÃO 25 
Da calma e do silêncio
Quando eu morder 
a palavra, 
por favor, 
não me apressem, 
quero mascar, 
rasgar entre os dentes, 
a pele, os ossos, o tutano 
do verbo, 
para assim versejar 
o âmago das coisas...
[...]
Quando meus pés 
abrandarem na marcha, 
por favor, 
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar, 
deixem-me quieta, 
na aparente inércia.
Nem todo viandante 
anda estradas, 
há mundos submersos, 
que só o silêncio 
da poesia penetra.
EVARISTO, C. Poemas de recordação e outros movimentos. 
Rio de Janeiro: Malê, 2021 (fragmento).
Na reflexão sobre motivos e soluções do trabalho com 
a palavra, o eu lírico defende que a poesia 
A A reflete as limitações inerentes à sua matéria-prima.
B B é um produto relacionado ao sentimento de angústia.
C C exige o engajamento social para a sua plena realização.
D D requer um tempo próprio de amadurecimento 
e plenitude.
E E deve desvincular-se de questões de inspiração 
metafísica.
*010475RO11*
12 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 26 
TEXTO I
A nova opinião pública e as redes digitais
Todas as vezes que os injustiçados do mundo ganham 
espaço nas telinhas dos gadgets de última geração e nas 
correntes caudalosas de e-mails, e o barulho digital é tanto 
que chega até aos veículos de comunicação tradicionais, 
muita gente destaca as boas qualidades do que chamam 
de uma nova opinião pública.
É difícil não nos confrontarmos com as novas formas 
que a sociedade utiliza para se inteirar, integrar-se, 
persuadir, manipular, controlar, aprender, fazer-se ver e 
ser vista, conversar e fofocar. Isso porque, o tempo todo, 
as multidões estão opinando, capturando imagens em 
quantidade descomunal e disponibilizando-as facilmente 
para audiências abrangentes.
 Essa produção midiática da multidão, muitas vezes 
formatada sem preocupações técnicas, éticas e estéticas, 
com certeza não contribui para a consolidação de uma 
conversação democrática, que respeite a alteridade, 
dê tempo ao contraditório e à comunicação. Essa nova 
opinião pública é rápida em linchamentos simbólicos e 
em expressar preconceitos em mensagens rapidinhas, 
de 140 caracteres.
AMADEU, S. Disponível em: www.sescsp.org.br. Acesso em: 26 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Uma nova opinião pública. Será?
A internet inverteu o ecossistema comunicacional. 
O difícil não é falar. Agora, o grande problema é ser ouvido. 
Todavia, quando alguém fala algo que todos queriam 
ouvir, uma onda imediatamente se forma no oceano 
informacional e pode gerar ações concretas nas ruas, 
nos mercados, nas bolsas de valores.
 A rede é um articulador coletivo de diversas 
causas. Não podemos ter a ilusão de que somente ideias 
democratizantes e ligadas à nobre causa da defesa 
ambiental é que geram adeptos. Uma análise mais 
aprofundada das ações e do ativismo em rede permite 
observar que cada vez mais se formam redes de opinião 
distintas e muitas vezes opostas.
 Por fim, também é preciso notar que a internet é 
uma rede de arquitetura distribuída. Por isso, sua natureza 
é mais propícia às ações democratizadoras, livres e 
favoráveis ao compartilhamento do que às posturas que 
visam simplesmente à dominação, ao controle autoritário 
e ao impedimento da troca de arquivos digitais.
NASSAR, P. Disponível em: www.sescsp.org.br. Acesso em: 26 nov. 2021 (adaptado).
Com relação à produção da opinião pública na 
contemporaneidade, os textos I e II divergem sobre o(a)
A A compreensão da internet como espaço de construção 
democrática.
B B uso mal-intencionado das tecnologias de informação 
e comunicação.
C C entendimento da internet como meio de exposição 
de pensamentos.
D D impacto das postagens nas redes de defensores 
de causas minoritárias.
E E falta de curadoria dos conteúdos disponíveis nos 
ambientes virtuais.
QUESTÃO 27 
Disponível em: www.fapcom.edu.br. Acesso em: 20 nov. 2021.
Nesse texto, ao combinar os gêneros anúncio e manchete 
de notícia, o autor pretende
A A destacar a variedade de informações divulgadas 
na mídia.
B B aproximar o leitor da realidade vivenciada pelas 
celebridades.
C C criticar a superficialidade de notícias em veículos 
de comunicação.
D D ilustrar a inclusão da população carente em campanhas 
publicitárias.
E E conscientizar o leitor acerca da responsabilidade 
social nos anúncios. 
*010475RO12*
13LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 28 
Uma marca de eletrodomésticos que retornou para 
o mercado brasileiro posicionou painéis em pontos 
estratégicos da cidade de São Paulo com frases que 
trazem histórias reais de mulheres que desafiaram 
padrões e estereótipos, com a premissa de trazer uma 
reflexão sobre o Dia da Igualdade Feminina.
Cada uma das 9 frases traz um contraponto instigante 
e atualiza uma nova ideia em sintonia com o ambiente, 
dialogando com a cidade, como “O cara que inventou 
a cerveja foi uma mulher”, perto de bares, e “O melhor 
artilheiro da seleção é uma mulher nordestina”, em frente 
a estádios de futebol.
Frases como “O pai do wi-fi foi uma mulher, atriz e 
refugiada”; “O gênio por trás do GPS foi uma mulher 
negra”; “O arquiteto que projetou o MASP foi uma 
mulher imigrante”; “O ator que mais vezes venceu o 
Oscar foi uma mulher”; “O cientista precursor da energia 
limpa foi uma mulher”; “O primeiro piloto de testes 
da história foi uma mulher” e “O autor do primeiro 
romance do mundo foi uma mulher japonesa” estavam 
presentes em 15 pontos da cidade de São Paulo.
ALVES, S. Disponível em: www.b9.com.br. Acesso em: 5 nov. 2021 (adaptado).
Ao provocar a reflexão sobre o Dia da Igualdade Feminina, 
a campanha descrita nesse texto fundamenta-se no(a)
A A oposição proposital entre as referências de gênero 
presentes nas frases.
B B relação entre os dizeres do painel e o local estratégico 
de instalação.
C C alusão a grandes feitos científicos que são amplamente 
conhecidos.
D D padrão das frases que favorece a assimilação da 
mensagem.
E E apresentação de temáticas muito presentes no 
dia a dia.
QUESTÃO 29 
A palavra saudade faz parte do vocabulário cotidiano 
dos portugueses e, também, do povo brasileiro. Mas 
afinal, qual é a sua verdadeira origem? Existem algumas 
especulações sobre a origem de saudade. Há quem 
defenda que a palavra vem do árabe saudah. Outros 
entendem que a sua origem vem do latim sólitas, que 
significa solidão.
Alguns especialistas indicam que palavras 
como saud, saudá e suaida significam “sangue pisado” e 
“preto dentro do coração”. A metáfora perfeita para alguém 
que carrega no seu coração uma profunda tristeza, tristeza 
esta que pode ser causada pela saudade. Os árabes 
utilizam o termo as-saudá quando querem se referir 
a uma doença do fígado, diagnosticada por eles como 
“melancolia do paciente”.
Em certos idiomas, o significado de solitate foi mantido, 
como é o caso do castelhano (soledad), do italiano 
(solitudine) ou do francês (solitude). Em português e no 
galego (soidade), alterou-se com o tempo. Assim sendo, 
quando alguém dizia “tenho saudades de casa” significava 
que sentia “solidão” por não estar em casa. De qualquer 
forma, os portugueses foram atribuindo outros significados 
a saudade. Dizem até que passou a fazer parte do 
dicionário dos portugueses no tempo dos Descobrimentos 
Marítimos. Saudade definia a solidão que os portugueses 
tinham da sua terra, familiares e amigos, quando estes 
partiam para o Brasil.
Disponível em: www.natgeo.pt. Acesso em: 24 nov. 2021 (adaptado).Esse texto, que trata da acepção da palavra “saudade” 
em vários idiomas, tem como objetivo
A A questionar sua evolução histórica.
B B especular sobre suas origens etimológicas.
C C explicar seu processo de dicionarização.
D D problematizar seus diferentes sentidos na sociedade.
E E defender a tese acerca de sua origem desconhecida.
QUESTÃO 30 
Quaresma despiu-se, lavou-se, enfiou a roupa de casa, 
veio para a biblioteca, sentou-se a uma cadeira de balanço, 
descansando. Estava num aposento vasto, e todo ele era 
forrado de estantes de ferro. Havia perto de dez, com quatro 
prateleiras, fora as pequenas com os livros de maior tomo. 
Quem examinasse vagarosamente aquela grande coleção 
de livros havia de espantar-se ao perceber o espírito 
que presidia a sua reunião. Na ficção, havia unicamente 
autores nacionais ou tidos como tais: o Bento Teixeira, da 
Prosopopeia; o Gregório de Matos, o Basílio da Gama, 
o Santa Rita Durão, o José de Alencar (todo), o Macedo, 
o Gonçalves Dias (todo), além de muitos outros.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Rio de Janeiro: Mediafashion, 2008.
No texto, o uso do artigo definido anteposto aos nomes 
próprios dos escritores brasileiros
A A demonstra a familiaridade e o conhecimento que 
o personagem tem dos autores nacionais e de suas 
obras.
B B consiste em um regionalismo que tem a função 
de caracterizar a fala pitoresca do personagem 
principal.
C C é uma marca da linguagem culta cuja função é enfatizar 
o gosto do personagem pela literatura brasileira.
D D constitui um recurso estilístico do narrador para 
mostrar que o personagem vem de uma classe social 
inferior.
E E indica o tom depreciativo com o qual o narrador 
se refere aos autores nacionais, reforçado pela 
expressão “tidos como tais”.
*010475RO13*
14 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 31 
Foram 11 bilhões de palavras examinadas em mais 
de três milhões de livros que mostraram que a linguagem 
usada em romances, durante mais de cem anos, é sexista. 
Um grupo de cientistas realizou um descomunal trabalho 
de campo no qual analisou de forma maciça textos escritos 
em inglês em livros publicados entre 1900 e 2008. O que 
foi analisado exatamente? A correlação entre gêneros 
e qualificativos em busca de um padrão: o tratamento 
diferente entre mulheres e homens em textos escritos.
O estudo utilizou um sistema baseado em inteligência 
artificial e aprendizagem de máquina para analisar, palavra 
por palavra, as obras publicadas nesse período. A análise 
concluiu que as mulheres recebem apenas qualificativos 
relacionados ao seu físico, enquanto para os homens as 
referências se concentram principalmente em sua força 
e personalidade. Os atributos negativos relacionados ao 
físico e à aparência nessas obras são observados até 
cinco vezes mais nas mulheres do que nos homens. 
Os algoritmos aprendem com os textos já escritos e 
publicados. Assim, um sistema pode considerar bom um 
modelo que se repete várias vezes (por exemplo, aquele 
relacionado à beleza e à mulher) e assimilá-lo em sua 
execução atual.
ZURIARRAIN, J. M. Disponível em: https://brasil.elpais.com.
Acesso em: 5 nov. 2021 (adaptado).
O desenvolvimento de tecnologias, como os algoritmos 
e a inteligência artificial, permite a análise de um grande 
volume de dados. Nesse texto, a utilização desses 
recursos
A A avalia as qualidades positivas atribuídas aos homens.
B B revela a materialidade linguística de estereótipos de 
gênero.
C C indica a pouca eficácia da aprendizagem de máquina.
D D questiona a linearidade de padrões linguísticos.
E E atesta cientificamente as diferenças sociais.
QUESTÃO 32 
 Disponível em: https://facebook.com/SenadoFederal. Acesso em: 1 nov. 2021.
Com essa postagem, o enunciador busca
A A divulgar dispositivos legais criados para ajudar no 
combate a um crime.
B B manifestar adesão a uma lei voltada para coibir a 
prática de um delito.
C C incentivar o cidadão a obter informação sobre uma lei 
por vias informais.
D D tornar pública uma lei voltada à criação de perfis nas 
salas de bate-papo.
E E alertar o público usuário de redes sociais sobre 
mudanças em uma lei vigente.
QUESTÃO 33 
No tempo em que assistíamos 
televisão no meio da praça
O que eu vou contar nestas próximas linhas não 
fará sentido para os leitores mais jovens, mas houve 
um tempo em que assistíamos televisão no meio da 
praça. Nessa fase, a propriedade de aparelhos ainda 
era restrita às camadas mais abastadas.
Seja no meio de uma praça pública, seja na sala 
de casa, a televisão cumpriu um importante papel de 
sociabilização, mesmo que de forma mitigada. Isso 
porque, ao contrário do que acontecia na antiguidade, 
as praças não eram (como ainda não são) espaços de 
convivência pública ativa, no máximo um lugar para gastar 
o tempo, bater um papo. Naqueles tempos, os aparelhos 
de TV nas praças reverteram um pouco dessa lógica.
Ao que parece, está se inaugurando no Brasil um novo 
tempo no campo da pesquisa sobre a televisão e sua 
inserção sociocultural nas camadas populares.
Essas pesquisas não podem e não devem ignorar, 
especialmente, a intensa concentração desses veículos 
nas mãos de poucas famílias e grupos econômicos, sob o 
risco de a televisão no Brasil continuar centrada num modelo 
antidemocrático, antimediador, intransitivo, tendo como 
consequência direta a limitação crescente da participação 
da população nas instâncias públicas de decisão 
(a televisão é uma concessionária de serviço público), 
só que agora com o agravante da falsa sensação de que 
a comunicação se tornou mais democrática com a internet.
Que a televisão permaneça por muitos e muitos anos, 
mas que o seu atual modelo tenha seus dias contados! 
Quem sabe com isso um dia voltemos para o meio da 
praça, não mais para assistir TV, mas para fazermos 
valer uma cultura de participação política realmente ativa 
e instruída, como uma democracia de fato merece.
ARAÚJO, F. P. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br.
Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).
Embora reconheça o impacto social da televisão e seu 
importante papel de sociabilização ao longo do tempo, o 
texto defende que essa tecnologia passe por mudanças 
que contribuam para
A A ampliar o acesso a aparelhos de TV para toda a 
população.
B B transformar a praça pública em um lugar de convivência 
social.
C C divulgar os resultados de pesquisas sobre sua inserção 
social.
D D fomentar uma maior participação da população nas 
esferas públicas.
E E viabilizar sua permanência no futuro em contraposição 
ao advento da internet.
*010475RO14*
15LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 34 
Proclamação do amor antigramática
“Dá-me um beijo”, ela me disse,
E eu nunca mais voltei lá.
Quem fala “dá-me” não ama,
Quem ama fala “me dá”
“Dá-me um beijo” é que é correto,
É linguagem de doutor,
Mas “me dá” tem mais afeto,
Beijo me-dado é melhor.
A gramática foi feita
Por um velho professor,
Por isso é tão má receita
Pra dizer coisas de amor.
O mestre pune com zero
Quem não diz “amo-te”. Aposto
Que em casa ele é mais sincero
E diz pra mulher: “te gosto”
Delírio dos olhos meus,
Estás ficando antipática.
Pelo diabo ou por deus
Manda às favas a gramática.
Fala, meu cheiro de rosa,
Do jeito que estou pedindo:
“Hoje estou menas formosa,
Com licença, vou se indo”.
Comete miles de erros,
Mistura tu com você,
E eu proclamarei aos berros:
“Vós és o meu bem querer”.
LAGO, M. Disponível em: www.mariolago.com.br. Acesso em: 30 out. 2021.
Nesse poema, o eu lírico defende o uso de algumas 
estruturas consideradas inadequadas na norma-padrão 
da língua. Esse uso, exemplificado por “me dá” e “te 
gosto”, é legitimado
A A pelo contexto de situação discutido ao longo do poema.
B B pelas características enunciativas requeridas pelo 
gênero poema.
C C pela interlocução construída entre o eu lírico e os 
leitores do poema.
D D pela mobilização da função poética da linguagem na 
composição do texto.
E E pelo reconhecimento do valor social da variedade de 
prestígioem textos escritos.
QUESTÃO 35 
Terça-feira, 30 de maio de 1893.
Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas 
quando são na igreja do Rosário, que é quase pegada 
à chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que 
a festa é nossa. E este ano foi mesmo. Foi sorteada para 
rainha do Rosário uma ex-escrava de vovó chamada 
Júlia e para rei um negro muito entusiasmado que eu 
não conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo 
ajuntando dinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo 
na festa e ainda ficou devendo. Agora é que eu vi como 
fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia. 
Júlia com o vestido e a coroa já gastou muito. Além disso, 
teve de dar um jantar para a corte toda. A rainha tem uma 
caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma 
grande cauda. Esta também é negra da chácara e ajudou 
no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos 
neste reinado tão curto. Ninguém rejeita o cargo, mesmo 
sabendo a despesa que dá!
MORLEY, H. Minha vida de menina. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
O trecho apresenta marcas textuais que justificam 
o emprego da linguagem coloquial. O tom informal do 
discurso se deve ao fato de que se trata de um(a)
A A narrativa regionalista, que procura reproduzir 
as características mais típicas da região, como as falas 
dos personagens e o contexto social a que pertencem.
B B carta pessoal, escrita pela autora e endereçada 
a um destinatário específico, com o qual ela tem 
intimidade suficiente para suprimir as formalidades 
da correspondência oficial.
C C registro no diário da autora, conforme indicam 
a data, o emprego da primeira pessoa, a expressão 
de reflexões pessoais e a ausência de uma intenção 
literária explícita na escrita.
D D narrativa de memórias, na qual a grande distância 
temporal entre o momento da escrita e o fato narrado 
impõe o tom informal, pois a autora tem dificuldade 
de se lembrar com exatidão dos acontecimentos 
narrados.
E E narrativa oral, em que a autora deve escrever como 
se estivesse falando para um interlocutor, isto é, sem se 
preocupar com a norma-padrão da língua portuguesa 
e com referências exatas aos acontecimentos 
mencionados.
QUESTÃO 36 
QUANDO TUDO SE CONFUNDE QUALQUER MAPA É MÚNDI
LAERTE. Mapa-múndi. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 24 out. 2021.
Nesse cartum, a predominância da função poética da 
linguagem manifesta-se na
A A ênfase dada à dificuldade de compreensão de um 
atlas.
B B articulação entre a expressão verbal e as imagens 
representadas.
C C singularidade da percepção da autora sobre a área 
de geografia.
D D construção de uma representação cartográfica 
diferente.
E E forma de organização das informações do mapa-múndi.
*010475RO15*
16 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 37 
TEXTO I
VIK MUNIZ. Segundo Warhol: dupla Mona Lisa. Fotografia da 
composição, realizada com geleia e pasta de amendoim.
MAC Lima, Peru, 1999.
Disponível em: www.artnet.com. Acesso em: 1 nov. 2022.
TEXTO II
ARCIMBOLDO, G. Vertumnus (Imperador Rodolfo II).
Óleo sobre painel de madeira, 70 x 57 cm.
Castelo Skokloster, Suécia, circa 1590. 
Disponível em: www.aventurasnahistoria.uol.com.br. Acesso em: 16 fev. 2023.
Produzidas com mais de 400 anos de diferença, as obras 
de Vik Muniz e Giuseppe Arcimboldo têm em comum 
a referência a alimentos. Contudo, enquanto na obra 
de Arcimboldo os alimentos fazem parte de um jogo 
de representação, em Muniz, são empregados como 
matéria-prima, sinalizando uma
A A composição minimalista em contraposição aos 
excessos do Barroco.
B B forma de questionar a importância do cânone na 
pintura de Leonardo Da Vinci.
C C provocação sobre as mudanças de hábitos alimentares 
com o passar dos séculos.
D D intenção parodística, estabelecendo um diálogo entre 
a Pop Art e a tradição.
E E reafirmação da estética renascentista revisitada pela 
contemporaneidade.
QUESTÃO 38 
Basquiat representa uma das classes da sociedade 
americana às quais as barreiras sociais impedem, 
geralmente, o acesso à arte. Os seus quadros, objetos 
pictóricos e desenhos apresentam-se cheios de sinais, 
transcrições de textos e elementos figurativos, encadeados 
em ritmos pictóricos de uma precisão empolgante — um 
misto de pintura gráfica, símbolos populares americanos, 
gírias de rua e alusões a obras de arte famosas.
HONNEF, K. Arte contemporânea. São Paulo: 1994 (adaptado).
As características pictóricas das obras de Basquiat 
apresentadas no texto aproximam-se das que 
encontramos no Brasil no
A A conjunto de azulejos da arte barroca.
B B óleo sobre tela A Batalha do Riachuelo, do artista 
Victor Meirelles.
C C painel de pastilhas do mural de rua Imprensa, do 
artista modernista Di Cavalcanti, localizado na cidade 
de São Paulo.
D D óleo sobre tela intitulado Abaporu, da artista modernista 
Tarsila do Amaral, em São Paulo.
E E óleo sobre tela do artista modernista Alfredo Volpi.
QUESTÃO 39 
Plantas superpoderosas
A bióloga Joanne Chory já tinha 60 anos e um 
diagnóstico de Parkinson quando decidiu se dedicar a um 
projeto que capturasse gás carbônico da atmosfera — coisa 
que as plantas fazem regularmente há 2,8 bilhões de anos. 
Para isso, a pesquisadora começou a estudar algumas 
espécies e alterá-las por meio de técnicas de horticultura 
e manipulação genética. A ideia é que capturem mais 
carbono e o armazenem em suas raízes. Uma dessas 
plantas, um tipo de mostarda, já cresce no delta do rio 
Mississipi. Caso funcione, a pesquisa tem potencial para 
diminuir em 46% o excesso de CO2 jogado anualmente na 
atmosfera. “Provavelmente não estarei aqui para ver os 
resultados. Mas prefiro ser parte da solução a me sentar 
e reclamar”, diz Joanne. Que as superplantas criadas pela 
bióloga vinguem e vicejem!
CARNEIRO, F. Disponível em: https://veja.abril.com.br.
Acesso em: 23 out. 2021 (adaptado).
Esse texto descreve a pesquisa inovadora realizada por 
uma bióloga de 60 anos com diagnóstico de Parkinson. 
O trecho que permite uma referência indireta a essa 
condição física é
A A “decidiu se dedicar a um projeto que capturasse gás 
carbônico”.
B B “a pesquisadora começou a estudar algumas 
espécies”.
C C “Caso funcione, a pesquisa tem potencial para diminuir 
em 46% o excesso de CO2”.
D D “‘Provavelmente não estarei aqui para ver os 
resultados’”.
E E “Que as superplantas criadas pela bióloga vinguem 
e vicejem!”.
*010475RO16*
17LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 40 
TEXTO I
Você vai ficar obsoleto
Vivemos numa época em que as coisas ficam 
obsoletas cada vez mais rápido. Produtos e serviços 
desaparecem substituídos por outros, como também 
indústrias inteiras, devoradas por formas mais eficientes 
de trabalho. O comportamento das pessoas também está 
mudando; hoje aceitamos a inovação muito mais rápido.
Você sabia que a eletricidade demorou 46 anos 
para ser adotada por pelos menos 25% da população 
norte-americana? Para o telefone foram necessários 
35 anos, 31 para o rádio, 26 para a televisão, 16 para 
o computador, 13 para o celular e apenas 7 para a internet. 
Dessa forma, tecnologia e empreendedorismo 
formam uma combinação explosiva que afeta os 
tradicionais setores econômicos, transformando modelos 
de negócios inteiros e acelerando o envelhecimento das 
coisas. Portanto, a chave para lidar com isso nos exige 
sair constantemente da zona de conforto. Deixar para 
trás o velho e abrir-se ao novo é despir-se do medo do 
desconhecido. É deixar-se dominar pelo entusiasmo, pela 
curiosidade e pela vontade de viver e fazer diferente. 
SENGER, A. Disponível em: www.cloudcoaching.com.br.
Acesso em: 20 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO II
A rotina obsoleta
Ser do tempo da máquina de escrever não me assusta 
mais. Já é objeto de museu. De colecionador. Até seu 
sucessor, o computador de mesa, está com os dias 
contados. Tão mais prático o laptop! Mas também existe 
o tablet, e quem sabe o que logo mais.
É surpreendente a velocidade com que meu cotidiano 
se transforma. Objetos essenciaisaté um tempinho atrás 
desapareceram.
Inventa-se um dispositivo, todo mundo tem, e, 
dali a pouco, ele é trocado por outro, mais avançado. 
A velocidade da mudança supera as eras anteriores.
O próprio papel está perdendo a razão de ser. 
Documentos on-line são aceitos. Posso assinar um 
contrato por e-mail. Houve um tempo em que ter xerox 
de RG com firma reconhecida era um avanço. Hoje…
Quem faz xerox? Imagine, eu sou do tempo em que 
na escola se faziam apostilas em xerox! Hoje, a gente 
recebe on-line.
Parece estável? Vai sumir. A vida se torna obsoleta 
a cada segundo. Mas o novo vai surgir. Isso torna a vida 
fascinante. A realidade é deliciosamente instável. 
CARRASCO, W. Disponível em: https://veja.abril.com.br. Acesso em: 20 nov. 2021.
Os textos I e II abordam a temática da obsolescência 
e têm em comum a
A A expressão de uma latente nostalgia.
B B crítica à velocidade das inovações tecnológicas.
C C percepção de uma constante sensação de inutilidade.
D D opinião desfavorável a mudanças de hábitos e 
comportamentos.
E E perspectiva otimista diante da impermanência do 
mundo contemporâneo.
QUESTÃO 41 
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata 
nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos 
e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque 
neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá. 
Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa 
que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa 
das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela 
se pode tirar parece-me que será salvar esta gente. 
E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza 
em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter 
Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de 
Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela 
cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, 
acrescentamento da nossa fé!
CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 31 out. 2021.
Esse texto é um fragmento da carta de Pero Vaz de 
Caminha para o rei de Portugal, cuja importância 
documental reside no fato de
A A apresentar usos pouco comuns do português padrão 
da época.
B B descrever o estranhamento do autor ao chegar ao 
Brasil.
C C fazer um inventário do expediente das rotinas de 
navegação e achados da tripulação.
D D exemplificar procedimentos de comunicação formal 
em um contexto de forte hierarquia.
E E ser um registro histórico e linguístico do período em 
que foi redigido.
QUESTÃO 42 
emicida
@emicida
#EmicidaLiveEmCasa
Aí, maloqueiro, aí, maloqueira
Levanta essa cabeça
Enxuga essas lágrimas, certo?
Respira fundo e volta pro ringue
Cê vai sair dessa prisão
Cê vai atrás desse diploma
Com a fúria da beleza do Sol, tendeu?
Faz isso por nóiz, faz essa por nóiz
Te vejo no pódio
10:35 PM . 10 de maio de 2020
Disponível em: https://twitter.com/emicida. Acesso em: 23 out. 2021.
Nessa postagem dirigida aos seus seguidores de rede 
social, o autor utiliza uma linguagem
A A própria de manifestações poéticas.
B B aplicada em contextos da área desportiva.
C C característica àquela atribuída a falantes escolarizados.
D D empregada por falantes urbanos jovens de determinada 
região.
E E marcada por uma relação de distanciamento entre 
os interlocutores.
*010475RO17*
18 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 43 
O grande hall do hotel estava repleto. [...] Os criados 
passavam apressados, erguendo numa azáfama os pratos 
de metal. Ao alto, os ventiladores faziam um rumor 
de colmeias. Senhoras e cavalheiros, perfeitamente felizes, 
as senhoras quase todas com largos boás de plumas brancas, 
chalravam e sorriam. Estávamos bem na bizarra sociedade 
de entalhe que é o escol dos hotéis. Alta, longa, comprida, 
com uma cintura de esmaltes translúcidos e o ar empoado 
de uma íntima do general Lafayette, a escritora americana 
cuja admiração por Gonçalves Dias chegara a fazê-la 
estudar e propagar o Brasil, mastigava gravemente. Logo 
ao lado, um grupo de engenheiros, também americanos, 
bebia, com gargalhadas brutais e decerto inconvenientes, 
champanhe Mumm. [...] De vez em quando parava à porta 
um novo hóspede, hesitava, percorria com o olhar a extensa 
fila de mesas onde o debinage se acalorava. A um canto, 
Mlles. Peres, filhas de um rico argentino, yatch-recorderman 
nas horas vagas e vendedor de gado nas outras, perlavam 
risadinhas de flerte para o solitário e divino Alberto Guerra, 
seguro dos seus bíceps, dos seus brilhantes e quiçá dos 
seus versos.
JOÃO DO RIO. Dentro da noite. São Paulo: Antiqua, 2002 (fragmento).
Nessa descrição, o narrador traça um panorama 
sociocultural das primeiras décadas do século XX. 
Sua perspectiva revela uma
A A percepção irônica da importação de valores e 
modismos.
B B euforia generalizada com as facilidades da 
modernidade.
C C visão otimista sobre as atitudes da mulher 
emancipada.
D D adesão propagandística aos gostos burgueses 
e ao luxo.
E E preocupação nacionalista com a integridade da 
língua.
QUESTÃO 44 
Para começar, ele nos olha na cara. Não é como 
a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com 
superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho. 
Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu 
desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer. 
A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo 
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você 
faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo 
dele, senão ele não aceita. Às vezes, quando a gente 
erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei 
a usar o computador na redação do jornal e volta e meia 
errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.” 
“O burro errou!”.
Outra coisa: ele é mais inteligente que você. 
Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente 
quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido, 
nas suas relações com o computador, que você jamais 
aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer. 
A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca 
usaria, mas não tinha o mesmo ar de quem só aguentava 
os humanos por falta de coisa melhor, no momento. 
E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior 
impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.
VERISSIMO, L. F. Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1990.
Ao descrever sua relação com a máquina de escrever 
e o computador, o cronista adota uma perspectiva que
A A põe em evidência a disparidade entre tecnologias.
B B critica a quantidade de recursos dos dispositivos.
C C defende a utilização de equipamentos obsoletos.
D D sobrepõe a inteligência humana à da máquina.
E E refuta o progresso técnico da comunicação.
QUESTÃO 45 
 PAULINO, R. Bastidores (detalhe). Gravura sobre tecido em 
suporte de madeira para bordado, 1997.
Disponível em: www.galeriavirgilio.com.br. Acesso em: 29 out. 2010.
Sob a perspectiva em que o artista deve trabalhar com 
as coisas que o tocam profundamente, a singularidade 
da obra Bastidores, produzida com objetos do cotidiano 
e de pouco valor material, mostra a boca, que expressa uma
A A situação religiosa afro-brasileira que envolve grande 
parte da população.
B B condição particular da artista, deslocada de um 
contexto sociocultural.
C C situação histórica em que as mulheres ainda bordavam 
em bastidores.
D D condição vivida por parte das mulheres afro-brasileiras 
trabalhadoras.
E E situação que se sugere, mas que não se aplica, 
a parcelas da população.
*010475RO18*
1º DIA
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
dispostas da seguinte maneira: 
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à áreade Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo 
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão. 
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO. 
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES 
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e 
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos 
que antecedem o término das provas. 
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Cada qual anda alegre e sorridente.
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2 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
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2LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção: inglês)
QUESTÃO 01 
Two hundred years ago, Jane Austen lived in a world 
where single men boasted vast estates; single ladies 
were expected to speak several languages, sing and play 
the piano. In both cases, it was, of course, advantageous 
if you looked good too. So, how much has — or hasn’t 
— changed? Dating apps opaquely outline the demands 
of today’s relationship market; users ruminate long and 
hard over their choice of pictures and what they write in 
their biographies to hook in potential lovers, and that’s just 
your own profile. What do you look for in a future partner’s 
profile — potential signifiers of a popular personality, a 
good job, a nice car? These apps are a poignant reminder 
of the often classist attitudes we still adopt, as well as 
the financial and aesthetic expectations we demand from 
potential partners.
GALER, S. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).
O texto aborda relações interpessoais com o objetivo de
A A problematizar o papel de gênero em casamentos 
modernos.
B B apontar a relevância da educação formal na escolha 
de parceiros.
C C comparar a expectativa de parceiros amorosos em 
épocas distintas.
D D discutir o uso de aplicativos para proporcionar 
encontros românticos.
E E valorizar a importância da aparência física na 
seleção de pretendentes.
QUESTÃO 02 
As my official bio reads, I was made in Cuba, assembled 
in Spain, and imported to the United States — meaning my 
mother, seven months pregnant, and the rest of my family 
arrived as exiles from Cuba to Madrid, where I was born. 
Less than two months later, we emigrated once more and 
settled in New York City, then eventually in Miami, where 
I was raised and educated. Although technically we lived 
in the United States, the Cuban community was culturally 
insular in Miami during the 1970s, bonded together by the 
trauma of exile. What’s more, it seemed that practically 
everyone was Cuban: my teachers, my classmates, the 
mechanic, the bus driver. I didn’t grow up feeling different 
or treated as a minority. The few kids who got picked on 
in my grade school were the ones with freckles and funny 
last names like Dawson and O’Neil.
BLANCO, R. Disponível em: http://edition.cnn.com. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).
Ao relatar suas vivências, o autor destaca o(a)
A A qualidade da educação formal em Miami.
B B prestígio da cultura cubana nos Estados Unidos.
C C oportunidade de qualificação profissional em Miami.
D D cenário da integração de cubanos nos Estados Unidos.
E E fortalecimento do elo familiar em comunidades 
estadunidenses.
QUESTÃO 03 
NOW THAT YOU ARE MY
BRIDE, YOU WILL NEVER
LEAVE THIS CASTLE!
WOW! YOUR
LIBRARY IS
AMAZING!
BEYOND THE CASTLE IS
A HIGH WALL WITH NO
GATE, AND BEYOND THAT
IS A DEEP, DARK FOREST
WITH NO PATH.
I SUPPOSE IT Ś
MY LIBRARY TOO,
NOW WE‛ RE
MARRIED.
THE FOREST IS CRAWLING
WITH RAVENOUS WOLVES,
MALIGNANT BIRDS AND
THE SPIRITS OF LONG-
DEAD TRAVELLERS.
SO MANY BOOKS!
I CAN´T BELIEVE
MY LUCK!
WHEN THE SUN SETS,
I TRANSFORM INTO A WILD
BEAST AND SOAR INTO
THE NIGHT, SEIZED BY
A TERRIBLE BLOODLUST!
OK. I´LL STAY
HERE AND READ.
SEE YOU IN THE
MORNING.
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GAULD, T. Disponível em: www.tomgauld.com. Acesso em: 25 out. 2021.
Nessa tirinha, o comportamento da mulher expressa
A A revolta com a falta de sorte.
B B gosto pela prática da leitura.
C C receio pelo futuro do casamento.
D D entusiasmo com os livros de terror.
E E rejeição ao novo tipo de residência.
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LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 3
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2QUESTÃO 04 
I tend the mobile now
like an injured bird
We text, text, text
our significant words.
I re-read your first,
your second, your third,
Look for your small xx,
feeling absurd.
The codes we send
arrive with a broken chord.
I try to picture your hands,
their image is blurred.
Nothing my thumbs press
will ever be heard.
 DUFFY, C. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso em: 27 out. 2021.
Nesse poema, o eu lírico evidencia um sentimento de
A A contentamento com a interação virtual.
B B zelo com o envio de mensagens.
C C preocupação com a composição de textos.
D D mágoacom o comportamento de alguém.
E E insatisfação com uma forma de comunicação.
QUESTÃO 05 
A Teen’s View of Social Media
Instagram is made up of all photos and videos. There 
is the home page that showcases the posts from people 
you follow, an explore tab which offers posts from accounts 
all over the world, and your own page, with a notification 
tab to show who likes and comments on your posts.
It has some downsides though. It is known to make 
many people feel insecure or down about themselves 
because the platform showcases the highlights of 
everyone’s lives, while rarely showing the negatives. 
This can make one feel like their life is not going as well 
as others, contributing to the growing rates of anxiety or 
depression in many teens today. There is an underlying 
desire for acceptance through the number of likes or 
followers one has.
Disponível em: https://cyberbullying.org. Acesso em: 29 out. 2021.
O termo “downsides” introduz a ideia de que o Instagram 
é responsável por
A A oferecer recursos de fotografia.
B B divulgar problemas dos usuários.
C C estimular aceitação dos seguidores.
D D provocar ansiedade nos adolescentes.
E E aproximar pessoas ao redor do mundo.
Questões de 01 a 05 (opção: espanhol)
QUESTÃO 01 
Los niños de nuestro olvido
Escribo sobre un destino
que apenas puedo tocar
en tanto un niño se inventa
con pegamento un hogar
Mientras busco las palabras
para hacer esta canción
un niño esquiva las balas
que buscan su corazón
Acurrucado en mi calle
duerme un niño y la piedad
arma lejos un pesebre
y juega a la navidad
Arma lejos un pesebre
y juega a la navidad
y juega a la navidad
y juega, y juega, y juega...
La niñez de nuestro olvido
pide limosna en un bar
y lava tu parabrisas
por un peso, por un pan
Si las flores del futuro
crecen con tanto dolor
seguramente mañana
será un mañana sin sol
SOSA, M. In: Corazón libre. Argentina: E.D.G.E., 2004 (fragmento).
No texto, a expressão “un mañana sin sol ” é usada para 
concluir uma crítica ao(à)
A A descaso diante da problemática de crianças em 
situação de rua.
B B violência característica do cotidiano das grandes 
metrópoles.
C C estímulo à mendicância nos centros urbanos.
D D tendência de informalização do trabalho.
E E falta de serviços de saúde adequados.
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4 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
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2QUESTÃO 02 
En los suburbios de La Habana, llaman al amigo mi 
tierra o mi sangre. En Caracas, el amigo es mi pana o mi 
llave: pana, por panadería, la fuente del buen pan para las 
hambres del alma; y llave por... — Llave, por llave — me 
dice Mario Benedetti. Y me cuenta que cuando vivía en 
Buenos Aires, en los tiempos del terror, él llevaba cinco 
llaves ajenas en su llavero: cinco llaves, de cinco casas, 
de cinco amigos: las llaves que lo salvaron.
GALEANO, E. El libro de los abrazos. Madri: Siglo Veintiuno, 2015.
Nesse texto, o autor demonstra como as diferentes 
expressões existentes em espanhol para se referir a 
“amigo” variam em função
A A das peculiaridades dos subúrbios hispano-americanos.
B B da força da conexão espiritual entre os amigos.
C C do papel da amizade em diferentes contextos.
D D do hábito de reunir amigos em torno da mesa.
E E dos graus de intimidade entre os amigos.
QUESTÃO 03 
Pequeño hermano
Es, no cabe duda, el instrumento más presente y más 
poderoso de todos los que entraron en nuestras vidas. Ni la 
televisión ni el ordenador, no hablemos ya del obsoleto fax o 
de las agendas o los libros electrónicos, ha tenido tal influencia, 
tal predicamento sobre nosotros. El móvil somos nosotros 
mismos. Todo desactivado e inerte, inocuo, ya les digo. Y de 
repente, tras un viaje y tres o cuatro imprudentes fotos, salta 
un aviso en la pantalla. Con sonido, además, pese a que 
tengo también todas las alertas desactivadas. Y mi monstruo 
doméstico me dice: tienes un recuerdo nuevo. Lo repetiré: 
tienes un recuerdo nuevo. ¿Y tú qué sabes? ¿Y a ti, máquina 
demoníaca, qué te importa? ¿Cómo te atreves a decirme qué 
son o no son mis recuerdos? ¿Qué es esta intromisión, este 
descaro? El pequeño hermano lo sabe casi todo. Sólo hay 
una esperanza: que la obsolescencia programada mate antes 
al pequeño hermano y que nosotros sigamos vivos, con los 
recuerdos que nos dé la gana.
FERNÁNDEZ, D. Disponível em: www.lavanguardia.com. 
Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).
No texto, o autor faz uma crítica ao(à)
A A conhecimento das pessoas sobre as tecnologias.
B B uso do celular alheio por pessoas desautorizadas.
C C funcionamento de recursos tecnológicos obsoletos.
D D ingerência do celular sobre as escolhas dos 
usuários.
E E falta de informação sobre a configuração de alertas 
no celular.
QUESTÃO 04 
Las lenguas originarias de nuestra nación
guardan gran parte de la riqueza cultural.
Son parte viva de nuestro país.
Si se hablan, son reconocidas y todos las
respetamos, protegemos nuestro
patrimonio nacional.
Diidxagola
Binnigula’ sa’
Nisa ri’ biraru’ mani’
Duxhu’dxa’ ndaani
(Proverbio zapoteco)
Te gustó?
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INSTITUTO NACIONAL DE LENGUAS INDÍGENAS
www.inali.gob.mx
Contigo
es posible
SEPSECRETARÍA DE
EDUCACIÓN
PÚBLICA
 Disponível em: www.inali.gob.mx. Acesso em: 2 dez. 2018.
Esse cartaz tem a função social de
A A difundir a arte iconográfica indígena mexicana.
B B resgatar a literatura popular produzida em língua 
zapoteca.
C C questionar o conhecimento do povo mexicano sobre 
as línguas ameríndias.
D D destacar o papel dos órgãos governamentais na 
conservação das línguas no México.
E E defender a preservação das línguas originárias 
garantindo a diversidade linguística mexicana.
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2QUESTÃO 05 
MATERNIDADES EN TIEMPOS DE PANDEMIA
Maternar nunca ha
sido fácil; es
agotador y
desgastante. El
cierre de escuelas y
guarderías por
covid-19incrementó
el trabajo.
Porque en este sistema
no hay lugar para la
queja, se da por
sentado que las
mujeres están hechas
para asumir la crianza
a pesar de las pocas o
nulas herramientas
que el Estado o la
sociedad les da para
ejercer la maternidad.
La maternidad está
romantizada. No todas
viven las mismas
condiciones, pero aún
así las madres ponen
lo mejor de sí para
sobrellevarlo.
PARA MATERNAR SE
NECESITA UNA TRIBU, LA
CRIANZA NO DEBERÍA VIVIRSE
EN SOLEDAD.
Mujeres en Red para la Igualdad de Género
MURIG
MURIG. Disponível em: https://murigcolectivafeminista.wordpress.com. 
Acesso em: 26 out. 2021 (adaptado).
No texto, as palavras “crianza” e “tribu” são usadas para
A A evidenciar a importância de uma rede de apoio para 
as mães na criação de seus filhos.
B B denunciar a disparidade entre o trabalho das mães de 
diferentes classes sociais.
C C ressaltar o fechamento de escolas e creches durante 
o período pandêmico.
D D ratificar a romantização da dedicação das mães na 
educação das crianças.
E E enfatizar a proteção aos filhos em razão do isolamento 
social das famílias.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06 
Projeto na Câmara de BH quer a vacinação gratuita 
de cães contra a leishmaniose
A doença é grave e vem causando preocupação na 
região metropolitana da capital mineira
Ela é uma doença grave, transmitida pela picada do 
mosquito-palha, e afeta tanto os seres humanos quanto 
os cachorros: a leishmaniose. Por ser um problema de 
saúde pública, a doença pode ganhar uma ação preventiva 
importante, caso um projeto de lei seja aprovado na 
Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Diante 
do alto número de casos da doença na Grande BH, a 
Comissão de Saúde e Saneamento da CMBH aprovou 
a proposta de realização de campanhas públicas de 
vacinação gratuita de cães contra a leishmaniose, tema 
do PL 404/17, apreciado pelo colegiado em reunião 
ordinária, no dia 6 de dezembro.
Disponível em: https://revistaencontro.com.br. Acesso em: 11 dez. 2017.
Essa notícia, além de cumprir sua função informativa, 
assume o papel de
A A fiscalizar as ações de saúde e saneamento da 
cidade.
B B defender os serviços gratuitos de atendimento à 
população.
C C conscientizar a população sobre grave problema de 
saúde pública.
D D propor campanhas para a ampliação de acesso aos 
serviços públicos.
E E responsabilizar os agentes públicos pela demora na 
tomada de decisões.
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6 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
QUESTÃO 07 
MANUAL DE ORIENTAÇÃO
O primeiro guia prático da Sociedade Brasileira de Pediatria para ajudar
pais e pediatras no desafio de educar nativos digitais
TRABALHO DE BASE
Até 2 anos De 2 a 5 anos Até 10 anos
A criança não deve ser exposta
passivamente às telas — TV,
tablet, celular etc. —, principalmente
durante as refeições e até 2
horas antes de dormir.
O tempo de exposição às telas deve
ser limitado a 1 hora por dia. Crianças
dessa faixa etária devem ser mais
protegidas da violência virtual, pois 
não sabem separar fantasia de realidade.
Devem ter acesso controlado
a computadores e dispositivos
móveis. Crianças de até 10
anos não devem usar TV ou
computador no próprio quarto.
Disponível em: https://tab.uol.com.br. Acesso em: 25 ago. 2017 (adaptado).
O texto sobre os chamados nativos digitais traz informações com a função de
A A propor ações específicas para cada etapa da infância.
B B estabelecer regras que devem ser seguidas à risca.
C C explicar os efeitos do acesso precoce à internet.
D D determinar a incorporação de rituais à educação dos filhos.
E E educar com base em um conjunto de estratégias formativas.
QUESTÃO 08 
Notas
Soluços, lágrimas, casa armada, veludo preto nos portais, um homem que veio vestir o cadáver, outro que 
tomou a medida do caixão, caixão, essa, tocheiros, convites, convidados que entravam, lentamente, a passo surdo, 
e apertavam a mão à família, alguns tristes, todos sérios e calados, padre e sacristão, rezas, aspersões d’água benta, 
o fechar do caixão, a prego e martelo, seis pessoas que o tomam da essa, e o levantam, e o descem a custo pela 
escada, não obstante os gritos, soluços e novas lágrimas da família, e vão até o coche fúnebre, e o colocam em cima 
e traspassam e apertam as correias, o rodar do coche, o rodar dos carros, um a um... Isto que parece um simples 
inventário eram notas que eu havia tomado para um capítulo triste e vulgar que não escrevo.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 25 jul. 2022.
O recurso linguístico que permite a Machado de Assis considerar um capítulo de Memórias póstumas de Brás Cubas 
como inventário é a
A A enumeração de objetos e fatos.
B B predominância de linguagem objetiva.
C C ocorrência de período longo no trecho.
D D combinação de verbos no presente e no pretérito.
E E presença de léxico do campo semântico de funerais.
 
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2QUESTÃO 09 
São vários os fatores, internos e externos, que 
influenciam os hábitos das pessoas no acesso à internet, 
assim como nas práticas culturais realizadas na rede. 
A utilização das tecnologias de informação e comunicação 
está diretamente relacionada aos aspectos como: 
conhecimento de seu uso, acesso à linguagem letrada, 
nível de instrução, escolaridade, letramento digital etc. 
Os que detêm tais recursos (os mais escolarizados) 
são os que mais acessam a rede e também os que 
possuem maior índice de acumulatividade das práticas. 
A análise dos dados nos possibilita dizer que a falta 
de acesso à rede repete as mesmas adversidades e 
exclusões já verificadas na sociedade brasileira no que 
se refere a analfabetos, menos escolarizados, negros, 
população indígena e desempregados. Isso significa 
dizer que a internet, se não produz diretamente a 
exclusão, certamente a reproduz, tendo em vista 
que os que mais a acessam são justamente os mais 
jovens, escolarizados, remunerados, trabalhadores 
qualificados, homens e brancos.
SILVA, F. A. B.; ZIVIANE, P.; GHEZZI, D. R. As tecnologias digitais e seus usos. 
Brasília; Rio de Janeiro: Ipea, 2019 (adaptado).
Ao analisarem a correlação entre os hábitos e o perfil 
socioeconômico dos usuários da internet no Brasil, os 
pesquisadores
A A apontam o desenvolvimento econômico como 
solução para ampliar o uso da rede.
B B questionam a crença de que o acesso à informação é 
igualitário e democrático.
C C afirmam que o uso comercial da rede é a causa da 
exclusão de minorias.
D D refutam o vínculo entre níveis de escolaridade e 
dificuldade de acesso.
E E condicionam a expansão da rede à elaboração de 
políticas inclusivas.
QUESTÃO 10 
TEXTO I
A língua não é uma nomenclatura, que se apõe a 
uma realidade pré-categorizada, ela é que classifica 
a realidade. No léxico, percebe-se, de maneira mais 
imediata, o fato de que a língua condensa as experiênciasde um dado povo.
FIORIN, J. L. Língua, modernidade e tradição. Diversitas, n. 2, mar.-set. 2014. 
TEXTO II
As expressões coloquiais ainda estão impregnadas de 
discriminação contra os negros. Basta recordar algumas 
delas, como passar um “dia negro”, ter um “lado negro”, 
ser a “ovelha negra” da família ou praticar “magia negra”.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 22 maio 2018.
O Texto II exemplifica o que se afirma no Texto I, na 
medida em que defende a ideia de que as escolhas 
lexicais são resultantes de um
A A expediente próprio do sistema linguístico que nos 
apresenta diferentes possibilidades para traduzir 
estados de coisas.
B B ato inventivo de nomear novas realidades que 
surgem diante de uma comunidade de falantes de 
uma língua.
C C mecanismo de apropriação de formas linguísticas que 
estão no acervo da formação do idioma nacional.
D D processo de incorporação de preconceitos que são 
recorrentes na história de uma sociedade.
E E recurso de expressão marcado pela objetividade que 
se requer na comunicação diária.
QUESTÃO 11 
QUANTO CUSTOU?
Proposta obriga órgão público a divulgar gasto
com anúncio na própria peça publicitária.
Qual sua opinião?
Disponível em: www.facebook.com/senadofederal. Acesso em: 9 dez. 2017.
Considerando-se a função social dos posts, essa imagem 
evidencia a apropriação de outro gênero com o objetivo de
A A promover o uso adequado de campanhas publicitárias 
do governo.
B B divulgar o projeto sobre transparência da 
administração pública.
C C responsabilizar o cidadão pelo controle dos gastos 
públicos.
D D delegar a gestão de projetos de lei ao contribuinte.
E E assegurar a fiscalização dos gastos públicos.
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8 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
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2QUESTÃO 12 
Firmo, o vaqueiro
No dia seguinte, à hora em que saía o gado, estava eu 
debruçado à varanda quando vi o cafuzo que preparava o 
animal viajeiro:
— Raimundinho, como vai ele?...
De longe apontou a palhoça.
— Sim.
O braço caiu-lhe, olhou-me algum tempo comovido; 
depois, saltando para o animal, levou o polegar à boca 
fazendo estalar a unha nos dentes: “Às quatro horas 
da manhã... Atirei um verso e disse, para bulir com ele: 
Pega, velho! Não respondeu. Tio Firmo, mesmo velho e 
doente, não era homem para deixar um verso no chão... 
Fui ver, coitado!... estava morto”. E deu de esporas para 
que eu não lhe visse as lágrimas.
NETTO, C. In: MARCHEZAN, L. G. (Org.). O conto regionalista. 
São Paulo: Martins Fontes, 2009.
A passagem registra um momento em que a 
expressividade lírica é reforçada pela
A A plasticidade da imagem do rebanho reunido.
B B sugestão da firmeza do sertanejo ao arrear o cavalo.
C C situação de pobreza encontrada nos sertões 
brasileiros.
D D afetividade demonstrada ao noticiar a morte do 
cantador.
E E preocupação do vaqueiro em demonstrar sua 
virilidade.
QUESTÃO 13 
O bebê de tarlatana rosa
— [...] Na terça desliguei-me do grupo e caí no mar alto 
da depravação, só, com uma roupa leve por cima da pele e 
todos os maus instintos fustigados. De resto a cidade inteira 
estava assim. É o momento em que por trás das máscaras 
as meninas confessam paixões aos rapazes, é o instante 
em que as ligações mais secretas transparecem, em que 
a virgindade é dúbia, e todos nós a achamos inútil, a honra 
uma caceteação, o bom senso uma fadiga. Nesse momento 
tudo é possível, os maiores absurdos, os maiores crimes; 
nesse momento há um riso que galvaniza os sentidos e o 
beijo se desata naturalmente.
Eu estava trepidante, com uma ânsia de acanalhar-me, 
quase mórbida. Nada de raparigas do galarim perfumadas 
e por demais conhecidas, nada do contato familiar, 
mas o deboche anônimo, o deboche ritual de chegar, 
pegar, acabar, continuar. Era ignóbil. Felizmente muita 
gente sofre do mesmo mal no carnaval.
RIO, J. Dentro da noite. São Paulo: Antiqua, 2002.
No texto, o personagem vincula ao carnaval atitudes e 
reações coletivas diante das quais expressa
A A consagração da alegria do povo.
B B atração e asco perante atitudes libertinas.
C C espanto com a quantidade de foliões nas ruas.
D D intenção de confraternizar com desconhecidos.
E E reconhecimento da festa como manifestação cultural.
QUESTÃO 14 
10 de maio
Fui na delegacia e falei com o tenente. Que homem 
amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria 
ido na delegacia na primeira intimação. [...] O tenente 
interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me 
que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas 
tem mais possibilidade de delinquir do que tornar-se util 
a patria e ao país. Pensei: se ele sabe disto, porque não 
faz um relatorio e envia para os politicos? O senhor Janio 
Quadros, o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros? 
Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. 
Não posso resolver nem as minhas dificuldades.
... O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já 
passou fome. A fome tambem é professora. 
Quem passa fome aprende a pensar no próximo, 
e nas crianças.
JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.
A partir da intimação recebida pelo filho de 9 anos, 
a autora faz uma reflexão em que transparece a
A A lição de vida comunicada pelo tenente.
B B predisposição materna para se emocionar. 
C C atividade política marcante da comunidade.
D D resposta irônica ante o discurso da autoridade.
E E necessidade de revelar seus anseios mais íntimos. 
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LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 9
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2QUESTÃO 15 
Esaú e Jacó
Bárbara entrou, enquanto o pai pegou da viola e 
passou ao patamar de pedra, à porta da esquerda. 
Era uma criaturinha leve e breve, saia bordada, chinelinha 
no pé. Não se lhe podia negar um corpo airoso. Os cabelos, 
apanhados no alto da cabeça por um pedaço de fita 
enxovalhada, faziam-lhe um solidéunatural, cuja borla era 
suprida por um raminho de arruda. Já vai nisto um pouco 
de sacerdotisa. O mistério estava nos olhos. Estes eram 
opacos, não sempre nem tanto que não fossem também 
lúcidos e agudos, e neste último estado eram igualmente 
compridos; tão compridos e tão agudos que entravam 
pela gente abaixo, revolviam o coração e tornavam cá 
fora, prontos para nova entrada e outro revolvimento. 
Não te minto dizendo que as duas sentiram tal ou qual 
fascinação. Bárbara interrogou-as; Natividade disse 
ao que vinha e entregou-lhe os retratos dos filhos e os 
cabelos cortados, por lhe haverem dito que bastava.
— Basta, confirmou Bárbara. Os meninos são seus filhos?
— São.
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
No relato da visita de duas mulheres ricas a uma vidente 
no Morro do Castelo, a ironia — um dos traços mais 
representativos da narrativa machadiana — consiste no
A A modo de vestir dos moradores do morro carioca.
B B senso prático em relação às oportunidades de renda.
C C mistério que cerca as clientes de práticas de 
vidência.
D D misto de singeleza e astúcia dos gestos da 
personagem.
E E interesse do narrador pelas figuras femininas 
ambíguas.
QUESTÃO 16 
A senhora manifestava-se por atos, por gestos, 
e sobretudo por um certo silêncio, que amargava, que esfolava. 
Porém desmoralizar escancaradamente o marido, não era 
com ela. [...]
As negras receberam ordem para meter no serviço a gente 
do tal compadre Silveira: as cunhadas, ao fuso; os cunhados, 
ao campo, tratar do gado com os vaqueiros; a mulher e as 
irmãs, que se ocupassem da ninhada. Margarida não tivera 
filhos, e como os desejasse com a força de suas vontades, 
tratava sempre bem aos pequenitos e às mães que os estavam 
criando. Não era isso uma sentimentalidade cristã, uma ternura, 
era o egoísta e cru instinto da maternidade, obrando por mera 
simpatia carnal. Quanto ao pai do lote (referia-se ao Antônio), 
esse que fosse ajudar ao vaqueiro das bestas.
Ordens dadas, o Quinquim referendava. Cada um 
moralizava o outro, para moralizar-se.
PAIVA, M. O. Dona Guidinha do Poço. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.
No trecho do romance naturalista, a forma como 
o narrador julga comportamentos e emoções das 
personagens femininas revela influência do pensamento
A A capitalista, marcado pela distribuição funcional do 
trabalho.
B B liberal, buscando a igualdade entre pessoas 
escravizadas e livres.
C C científico, considerando o ser humano como um 
fenômeno biológico.
D D religioso, fundamentado na fé e na aceitação dos 
dogmas do cristianismo.
E E afetivo, manifesto na determinação de acolher 
familiares e no respeito mútuo.
QUESTÃO 17 
Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de 
cemitérios antigos — esqueletos redivivos, com o aspecto 
terroso e o fedor das covas podres. 
Os fantasmas estropiados como que iam dançando, 
de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de 
quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas. 
Andavam devagar, olhando para trás, como quem 
quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não 
sabiam aonde iam. Expulsos de seu paraíso por espadas 
de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos 
maus fados. 
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado 
nomadismo.
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se 
o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes 
aos joelhos, de mãos abanando.
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos — de ascite 
consecutiva à alimentação tóxica — com os fardos das 
barrigas alarmantes.
Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma. 
Eram os retirantes. Nada mais.
ALMEIDA, J. A. A bagaceira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978.
Os recursos composicionais que inserem a obra no 
chamado “Romance de 30” da literatura brasileira 
manifestam-se aqui no(a)
A A desenho cru da realidade dramática dos retirantes.
B B indefinição dos espaços para efeito de generalização.
C C análise psicológica da reação dos personagens à seca.
D D engajamento político do narrador ante as desigualdades.
E E contemplação lírica da paisagem transformada em 
alegoria.
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10 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
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2QUESTÃO 18 
A escrava
— Admira-me —, disse uma senhora de sentimentos 
sinceramente abolicionistas —; faz-me até pasmar como 
se possa sentir, e expressar sentimentos escravocratas, 
no presente século, no século dezenove! A moral 
religiosa e a moral cívica aí se erguem, e falam bem 
alto esmagando a hidra que envenena a família no mais 
sagrado santuário seu, e desmoraliza, e avilta a nação 
inteira! Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os em 
torno da sociedade, e dizei-me:
— Para que se deu em sacrifício o Homem Deus, 
que ali exalou seu derradeiro alento? Ah! Então não é 
verdade que seu sangue era o resgate do homem! É 
então uma mentira abominável ter esse sangue comprado 
a liberdade!? E depois, olhai a sociedade... Não vedes 
o abutre que a corrói constantemente!… Não sentis a 
desmoralização que a enerva, o cancro que a destrói?
Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela 
é, e será sempre um grande mal. Dela a decadência do 
comércio; porque o comércio e a lavoura caminham de 
mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura; 
porque o seu trabalho é forçado.
REIS, M. F. Úrsula e outras obras. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018.
Inscrito na estética romântica da literatura brasileira, 
o conto descortina aspectos da realidade nacional no 
século XIX ao
A A revelar a imposição de crenças religiosas a pessoas 
escravizadas.
B B apontar a hipocrisia do discurso conservador na 
defesa da escravidão.
C C sugerir práticas de violência física e moral em nome 
do progresso material.
D D relacionar o declínio da produção agrícola e 
comercial a questões raciais.
E E ironizar o comportamento dos proprietários de 
terra na exploração do trabalho.
QUESTÃO 19 
TEXTO I
Projeto Mural Eletrônico desenvolvido no INT, 
semelhante a um totem, promete tornar o acesso à 
informação disponível para todos
A inclusão de pessoas com deficiência se constituiu um 
dos principais desafios e preocupações para a sociedade 
ao longo das últimas décadas. E o uso da tecnologia tem 
se revelado um aliado fundamental em muitas iniciativas 
voltadas para essa área. Exemplo disso é uma das recentes 
criações do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) — unidade 
de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações 
e Comunicações (MCTIC). Ali, com o objetivo de que as 
diferenças entre pessoas não sejam sinônimo de obstáculos 
no acesso à informação ou na comunicação, engenheiros e 
tecnólogos vêm trabalhando no desenvolvimento do projeto 
Mural Eletrônico.
O Mural Eletrônico nasceu da necessidade de 
promover a inclusão nas escolas. Com interface 
multimídia e interativa, todos têm a possibilidade de 
acessar o Mural Eletrônico. Por meio do equipamento, 
podem ser disponibilizados vídeos com Libras,leitura 
sonora de textos, que também estarão acessíveis em 
uma plataforma de braille dinâmico, ao lado do teclado.
KIFFER, D. Inclusão ampla e irrestrita. Rio Pesquisa, n. 36, set. 2016 (adaptado).
TEXTO II
Projeto Surdonews, desenvolvido na UFRJ, garante 
acesso de surdos à informação e contribui para 
sua “inclusão científica”
Para não permitir que a falta de informação seja 
um fator para o isolamento e a inacessibilidade da 
comunidade surda, a jornalista e pesquisadora Roberta 
Savedra Schiaffino criou o projeto “Surdonews: montando 
os quebra-cabeças das notícias para o surdo”. Trata-se de 
uma página no Facebook, com notícias constantemente 
atualizadas e apresentadas por surdos em Libras, e 
veiculadas por meio de vídeos.
A ideia de criar o projeto surgiu quando Roberta, ela 
própria surda profunda, ainda cursava o mestrado. Para 
isso, ela procurou traçar um diagnóstico do conhecimento 
informal entre as pessoas com surdez. Ela entrevistou 
cinquenta alunos surdos do ensino fundamental e viu que 
eles tinham muita dificuldade de ler, além de não captar a 
notícia falada. “Isso é muito grave, pois 90% do saber de 
um indivíduo vem do conhecimento informal, adquirido em 
feiras científicas, conversas, cinema, teatro, incluindo a 
mídia, por todas as suas possibilidades disseminadoras”, 
explica a pesquisadora. “Prezamos pelo conteúdo científico 
em nossas pautas. Contudo, independentemente disso, 
nosso principal trabalho é, além de informar e atualizar, fazer 
com que os textos não sejam empobrecidos no processo de 
‘tradução’ e, sim, acessíveis”.
KIFFER, D. Comunicação sem barreiras. Rio Pesquisa, n. 37, dez. 2016 (adaptado).
Considerando-se o tema tecnologias e acessibilidade, os 
textos I e II aproximam-se porque apresentam projetos que
A A garantem a igualdade entre as pessoas.
B B foram criados por uma pesquisadora surda.
C C tiveram origem em um curso de pós-graduação.
D D estão circunscritos ao espaço institucional da escola.
E E têm como objetivo a disseminação do conhecimento.
QUESTÃO 20 
Mas seu olhar verde, inconfundível, impressionante, 
iluminava com sua luz misteriosa as sombrias arcadas 
superciliares, que pareciam queimadas por ela, dizia logo 
a sua origem cruzada e decantada através das misérias 
e dos orgulhos de homens de aventura, contadores de 
histórias fantásticas, e de mulheres caladas e sofredoras, 
que acompanhavam os maridos e amantes através 
das matas intermináveis, expostas às febres, às feras, 
às cobras do sertão indecifrável, ameaçador e sem fim, que 
elas percorriam com a ambição única de um “pouso” onde 
pudessem viver, por alguns dias, a vida ilusória de família 
e de lar, sempre no encalço dos homens, enfebrados pela 
procura do ouro e do diamante.
PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.
Ao descrever os olhos de Maria Santa, o narrador 
estabelece correlações que refletem a
A A caracterização da personagem como mestiça.
B B construção do enredo de conquistas da família.
C C relação conflituosa das mulheres e seus maridos.
D D nostalgia do desejo de viver como os antepassados.
E E marca de antigos sofrimentos no fluxo de consciência.
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LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 11
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2QUESTÃO 21 
Vanda vinha do interior de Minas Gerais e de dentro 
de um livro de Charles Dickens. Sem dinheiro para criá-la, 
sua mãe a dera, com seus sete anos, a uma conhecida. 
Ao recebê-la, a mulher perguntou o que a garotinha 
gostava de comer. Anotou tudo num papel. Mal a mãe 
virou as costas, no entanto, a fulana amassou a lista e, 
como uma vilã de folhetim, decretou: “A partir de hoje, 
você não vai mais nem sentir o cheiro dessas comidas!”.
Vanda trabalhou lá até os quinze anos, quando 
recebeu a carta de uma prima com uma nota de cem 
cruzeiros, saiu de casa com a roupa do corpo e fugiu num 
ônibus para São Paulo.
Todas as vezes que eu e minha irmã a importunávamos 
com nossas demandas de criança mimada, ela nos contava 
histórias da infância de gata-borralheira, fazia-nos apertar 
seu nariz quebrado por uma das filhas da “patroa” com um 
rolo de amassar pão e nos expulsava da cozinha: “Sai pra 
lá, peste, e me deixa acabar essa janta”.
PRATA, A. Nu de botas. São Paulo: Cia. das Letras, 2013 (adaptado). 
Pela ótica do narrador, a trajetória da empregada de sua 
casa assume um efeito expressivo decorrente da
A A citação a referências literárias tradicionais.
B B alusão à inocência das crianças da época.
C C estratégia de questionar a bondade humana.
D D descrição detalhada das pessoas do interior.
E E representação anedótica de atos de violência.
QUESTÃO 22 
TEXTO I
SILVEIRA, R. In absentia, 1983. Instalação, 17ª Bienal de São Paulo.
Disponível em: www.bienal.org.br. Acesso em: 1 set. 2016 (adaptado).
TEXTO II
O termo ready-made foi criado por Marcel Duchamp 
(1887-1968) para designar um tipo de objeto, por ele 
inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso 
cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem 
critérios estéticos e expostos como obras de arte em 
espaços especializados (museus e galerias). Seu primeiro 
ready-made, de 1912, é uma roda de bicicleta montada 
sobre um banquinho (Roda de bicicleta). Ao transformar 
qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma 
crítica radical ao sistema da arte.
Disponível em: www.bienal.org.br. Acesso em: 1 set. 2016 (adaptado).
A instalação In absentia propõe um diálogo com o 
ready-made Roda de bicicleta, demonstrando que
A A as formas de criticar obras do passado se repetem.
B B a recorrência de temas marca a arte do final do 
século XX.
C C as criações desmistificam os valores estéticos 
estabelecidos.
D D o distanciamento temporal permite a transformação 
dos referenciais estéticos.
E E o objeto ausente sugere a degradação da forma 
superando o modelo artístico.
QUESTÃO 23 
O Recife fervilhava no começo da década de 1990, e 
os artistas trabalhavam para resgatar o prestígio da cultura 
pernambucana. Era preciso se inspirar, literalmente, nas 
raízes sobre as quais a cidade se construiu. Foi aí que, 
em 1992, com a publicação de um manifesto escrito 
pelo músico e jornalista Fred Zero Quatro, da banda 
Mundo Livre S/A, nasceu o manguebeat. O nome vem 
de “mangue”, vegetação típica da região, e “beat”, para 
representar as batidas e as influências musicais que o 
movimento abraçaria a partir dali. Era a hora e a vez 
de os caranguejos — aos quais os músicos recifenses 
gostavam de se comparar — mostrarem as caras: 
o maracatu e suas alfaias se misturaram com as batidas 
do hip-hop, as guitarras do rock, elementos eletrônicos e 
o sotaque recifense de Chico Science. A busca pelo novo 
rendeu uma perspectiva diferente do Brasil ao olhar para o 
Recife. A cidade deixou de ser o lugar apenas do frevo 
e do carnaval, transformando-se na ebulição musical 
que continua a acontecer mesmo após os 25 anos do 
lançamento do primeiro disco da Nação Zumbi, Da lama 
ao caos.FORCIONI, G. et al. O mangue está de volta. Revista Esquinas, n. 87, set. 2019 (adaptado).
Chico Science foi fundamental para a renovação da 
música pernambucana, fato que se deu pela
A A utilização de aparelhos musicais eletrônicos em 
lugar dos instrumentos tradicionais.
B B ocupação de espaços da natureza local para a 
produção de eventos musicais memoráveis.
C C substituição de antigas práticas musicais, como o 
frevo, por melodias e harmonias inovadoras.
D D recuperação de composições tradicionais folclóricas 
e sua apresentação em grandes festivais.
E E integração de referenciais culturais de diferentes 
origens, criando uma nova combinação estética.
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12 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
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2QUESTÃO 24 
“Vida perfeita” em redes sociais pode afetar a 
saúde mental
Nas várias redes sociais que povoam a internet, 
os chamados digital influencers estão sempre felizes 
e pregam a felicidade como um estilo de vida. Essas 
pessoas espalham conteúdo para milhares de seguidores, 
ditando tendência e mostrando um estilo de vida sonhado 
por muitos, como o corpo esbelto, viagens incríveis, 
casas deslumbrantes, carros novos e alegria em tempo 
integral, algo bem improvável de ocorrer o tempo todo, 
aponta Carla Furtado, mestre em psicologia e fundadora 
do Instituto Feliciência.
A problemática pode surgir com a busca incessante 
por essa felicidade, que gera efeitos colaterais em quem 
consome diariamente a “vida perfeita” de outros. Daí vem 
o conceito de positividade tóxica: a expressão tem sido 
usada para abordar uma espécie de pressão pela adoção 
de um discurso positivo, aliada a uma vida editada para 
as redes sociais. Para manter a saúde mental e evitar ser 
atingido pela positividade tóxica, o uso racional das redes 
sociais é o mais indicado, aconselha a médica psiquiatra 
Renata Nayara Figueiredo, presidente da Associação 
Psiquiátrica de Brasília (APBr).
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 21 nov. 2021 (adaptado).
Associada ao ideário de uma “vida perfeita”, a positividade 
tóxica mencionada no texto é um fenômeno social 
recente, que se constitui com base em
A A representações estereotipadas e superficiais de 
felicidade.
B B ressignificações contemporâneas do conceito de 
alegria.
C C estilos de vida inacessíveis para a sociedade brasileira.
D D atitudes contraditórias de influenciadores digitais.
E E padrões idealizados e nocivos de beleza física.
QUESTÃO 25 
TEXTO I
EL GRECO. Laocoonte. Óleo sobre tela, 1,37cm x 1,72cm. 
National Gallery of Art, Washington, Estados Unidos, circa 1610-1614.
Disponível em: https://images.nga.gov. Acesso em: 28 jun. 2019.
TEXTO II
Essa impressionante obra apresenta o sacerdote 
Laocoonte sendo punido pelos deuses por tentar alertar 
os troianos da ameaça do Cavalo de Troia, que escondia 
um grupo de soldados gregos. Enviadas pelos deuses, 
serpentes marinhas são vistas matando Laocoonte e 
seus dois filhos como forma de punição.
KAY, A. In: FARTHING, S. (Org.). Tudo sobre arte. 
Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).
Produzida no início do século XVII, a obra maneirista 
distingue-se pela
A A representação da nudez masculina.
B B distorção ao representar a figura humana.
C C evocação de um fato da cultura clássica grega.
D D presença do tema da morte como punição da família.
E E utilização da perspectiva para integrar os diferentes 
planos.
QUESTÃO 26 
TEXTO I
JUDD, D. Sem título. 1969.
Disponível em: https://dasartes.com.br. Acesso em: 16 jun. 2022.
TEXTO II
Embora não fosse um grupo ou um movimento 
organizado, o Minimalismo foi um dos muitos rótulos 
(incluindo estruturas primárias, objetos unitários, arte 
ABC e Cool Art) aplicados pelos críticos para descrever 
estruturas aparentemente simples que alguns artistas 
estavam criando. Quando a arte minimalista começou 
a surgir, muitos críticos e um público opinativo 
julgaram-na fria, anônima e imperdoável. Os materiais 
industriais pré-fabricados frequentemente usados não 
pareciam “arte”.
DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos. São Paulo: Cosac & Naify, 2003 (adaptado).
De acordo com os textos I e II, compreende-se que a obra 
minimalista é uma
A A representação da simplicidade pelo artista.
B B exploração da técnica da escultura cubista.
C C valorização do cotidiano por meio da geometria.
D D utilização da complexidade dos elementos formais.
E E combinação de formas sintéticas no espaço utilizado.
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2QUESTÃO 27 
Ciente de que, no campo da criação, as inovações 
tecnológicas abrem amplo leque de possibilidades 
— ao permitir, e mesmo estimular, que o artista 
explore a fundo, em seu processo criativo, questões 
como a aleatoriedade, o acaso, a não linearidade e a 
hipermídia —, Leo Cunha comenta que, no que tange 
ao campo da divulgação, as alternativas são ainda 
mais evidentes: “Afinal, é imensa a capacidade de 
reprodução, multiplicação e compartilhamento das 
obras artísticas/culturais. Ao mesmo tempo, ganham 
dimensão os dilemas envolvidos com a questão 
da autoria, dos direitos autorais, da reprodução e 
intervenção não autorizadas, entre outras questões”. 
Já segundo a professora Yacy-Ara Froner, o uso de 
ferramentas tecnológicas não pode ser visto como 
um fim em si mesmo. Isso porque computadores, 
samplers, programas de imersão, internet e intranet, 
vídeo, televisão, rádio, GPD etc. são apenas suportes 
com os quais os artistas exercem sua imaginação.
SILVA JR., M. G. Movidas pela dúvida. Minas faz Ciências, 
n. 52, dez.-fev. 2013 (adaptado).
Segundo os autores citados no texto, a expansão de 
possibilidades no campo das manifestações artísticas 
promovida pela internet pode pôr em risco o(a)
A A sucesso dos artistas.
B B valorização dos suportes.
C C proteção da produção estética.D D modo de distribuição de obras.
E E compartilhamento das obras artísticas.
QUESTÃO 28 
Ora, sempre que surge uma nova técnica, ela quer 
demonstrar que revogará as regras e coerções que 
presidiram o nascimento de todas as outras invenções 
do passado. Ela se pretende orgulhosa e única. Como 
se a nova técnica carreasse com ela, automaticamente, 
para seus novos usuários, uma propensão natural a fazer 
economia de qualquer aprendizagem. Como se ela se 
preparasse para varrer tudo que a precedeu, ao mesmo 
tempo transformando em analfabetos todos os que 
ousassem repeli-la.
Fui testemunha dessa mudança ao longo de toda 
a minha vida. Ao passo que, na realidade, é o contrário 
que acontece. Cada nova técnica exige uma longa 
iniciação numa nova linguagem, ainda mais longa na 
medida em que nosso espírito é formatado pela utilização 
das linguagens que precederam o nascimento da 
recém-chegada.
ECO, U.; CARRIÈRE, J.-C. Não contem com o fim do livro. 
Rio de Janeiro: Record, 2010 (adaptado).
O texto revela que, quando a sociedade promove o 
desenvolvimento de uma nova técnica, o que mais 
impacta seus usuários é a
A A dificuldade na apropriação da nova linguagem.
B B valorização da utilização da nova tecnologia.
C C recorrência das mudanças tecnológicas.
D D suplantação imediata dos conhecimentos prévios.
E E rapidez no aprendizado do manuseio das novas 
invenções.
QUESTÃO 29 
Papos
— Me disseram...
— Disseram-me.
— Hein?
— O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
— Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
— O quê?
— Digo-te que você...
— O “te” e o “você” não combinam.
— Lhe digo?
— Também não. O que você ia me dizer?
 — Que você está sendo grosseiro, pedante e 
chato. [...] 
 — Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me. 
Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
— O quê?
— O mato.
— Que mato?
 — Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te. 
Ouviu bem? Pois esqueça-o e para-te. Pronome 
no lugar certo é elitismo!
— Se você prefere falar errado...
 — Falo como todo mundo fala. O importante é me 
entenderem. Ou entenderem-me?
VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (adaptado).
Nesse texto, o uso da norma-padrão defendido por um 
dos personagens torna-se inadequado em razão do(a)
A A falta de compreensão causada pelo choque entre 
gerações.
B B contexto de comunicação em que a conversa se 
dá.
C C grau de polidez distinto entre os interlocutores.
D D diferença de escolaridade entre os falantes.
E E nível social dos participantes da situação.
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2QUESTÃO 30 
Urgência emocional
Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira 
e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas 
estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que 
os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de 
segundo. Temos pressa para ouvir “eu te amo”. Não vemos 
a hora de que fiquem estabelecidas as regras de convívio: 
somos namorados, ficantes, casados, amantes? Urgência 
emocional. Uma cilada. Associamos diversas palavras ao 
AMOR: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação. 
Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse 
sentimento: “paciência”. Amor sem paciência não vinga. 
Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência, 
com fome desesperada. É uma refeição que pode durar 
uma vida.
MEDEIROS, M. Disponível em: http://porumavidasimples.blogspot.com.br. 
Acesso em: 20 ago. 2017 (adaptado).
Nesse texto de opinião, as marcas linguísticas revelam 
uma situação distensa e de pouca formalidade, o que se 
evidencia pelo(a)
A A impessoalização ao longo do texto, como em: “se 
não há mais tempo”.
B B construção de uma atmosfera de urgência, em 
palavras como: “pressa”.
C C repetição de uma determinada estrutura sintática, 
como em: “Se tudo é para ontem”.
D D ênfase no emprego da hipérbole, como em: “uma 
refeição que pode durar uma vida”.
E E emprego de metáforas, como em: “a vida engata 
uma primeira e sai em disparada”.
QUESTÃO 31 
O complexo de falar difícil
O que importa realmente é que o(a) detentor(a) 
do notável saber jurídico saiba quando e como deve 
fazer uso desse português versão 2.0, até porque não 
tem necessidade de alguém entrar numa padaria de 
manhã com aquela cara de sono falando o seguinte: 
“Por obséquio, Vossa Senhoria teria a hipotética 
possibilidade de estabelecer com minha pessoa uma 
relação de compra e venda, mediante as imposições 
dos códigos Civil e do Consumidor, para que seja 
possível a obtenção de 10 pãezinhos em temperatura 
estável para que a relação pecuniária no valor de 
R$ 5,00 seja plenamente legítima e capaz de saciar 
minha fome matinal?”.
O problema é que temos uma cultura de valorizar 
quem demonstra ser inteligente ao invés de valorizar quem 
é. Pela nossa lógica, todo mundo que fala difícil tende a 
ser mais inteligente do que quem valoriza o simples, e 
99,9% das pessoas que estivessem na padaria iriam ficar 
boquiabertas se alguém fizesse uso das palavras que 
eu disse acima em plenas 7 da manhã em vez de dizer: 
“Bom dia! O senhor poderia me vender cinco reais de pão 
francês?”.
Agora entramos na parte interessante: o que 
realmente é falar difícil? Simplesmente fazer uso de 
palavras que a maioria não faz ideia do que seja é um 
ato de falar difícil? Eu penso que não, mas é assim que 
muita gente age. Falar difícil é fazer uso do simples, 
mas com coerência e coesão, deixar tudo amarradinho 
gramaticalmente falando. Falar difícil pode fazer alguém 
parecer inteligente, mas não por muito tempo. É claro que 
em alguns momentos não temos como fugir do português 
rebuscado, do juridiquês propriamente dito, como no 
caso de documentos jurídicos, entre outros.
ARAÚJO, H. Disponível em: www.diariojurista.com. Acesso em: 20 nov. 2021 (adaptado).
Nesse artigo de opinião, ao fazer uso de uma fala 
rebuscada no exemplo da compra do pão, o autor 
evidencia a importância de(a)
A A se ter um notável saber jurídico.
B B valorização da inteligência do falante.
C C falar difícil para demonstrar inteligência.
D D coesão e da coerência em documentos jurídicos.
E E adequação da linguagem à situação de comunicação.
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2QUESTÃO 32 
TEXTO I
EI...
ME LEVE PARA SUA CASA!!!
ADOTE UM
ANIMAL DE RUA
14ª FEIRA DE ADOÇÃO
DE CÃES E GATOS
DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA ADOÇÃO
CARTEIRA DE IDENTIDADE CPF COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA 
E muito amor!!
Disponível em: https://amigodobicho.wordpress.com. Acesso em: 10 dez. 2017.
TEXTO II
Nas ruas, na cidade e no parque
Ninguém nunca prendeu o Delegado. O vaivém de rua 
em rua e sua longa vida são relembrados e recontados. 
Exemplo de sobrevivência, liderança, inteligência canina, 
desde pequenininho seu focinho negro e seus olhos 
delineados desenharam um mapa mental olfativo-visual de 
Lavras. Corria de quem precisava correr e se aproximava 
de quem não lhe faria mal, distinguia este daquele. Assim, 
tornou-se um cão comunitário. Nunca se soube por que 
escolheu a rua, talvez lhe tenham feito mal dentro de quatro 
paredes. Idoso, teve câncer e desapareceu. O querido foi 
procurado pela cidade inteira por duas protetoras, mas 
nunca encontrado.
COSTA, A. R. N. Viver o amor aos cães: Parque Francisco de Assis. 
Carmo do Cachoeira: Irdin, 2014 (adaptado).
Os dois textos abordam a temática de animais de rua, 
porém, em relação ao Texto I, o Texto II
A A problematiza a necessidade de adoção de animais 
sem lar.
B B valida a troca afetiva entre os pets adotados e seus 
donos.
C C reforça a importância da campanha de adoção de 
animais.
D D exalta a natureza amigável de cães e de gatos.
E E promove a campanha de adoção de animais.
QUESTÃO 33 
É ruivo? Tem olhos azuis? É homem ou mulher? 
Usa chapéu? Quem jogou Cara a Cara na infância sabe 
de cor o roteiro de perguntas para adivinhar quem é o 
personagem misterioso do seu oponente.
Agora, o jogo está prestes a ganhar uma nova 
versão. A designer polonesa Zuzia Kozerska-Girard está 
desenvolvendo uma variação do Guess Who? (nome 
do Cara a Cara em inglês), em que as personalidades do 
tabuleiro são, na verdade, mulheres notáveis da história 
e da atualidade, como a artista Frida Kahlo, a ativista 
Malala Yousafzai, a astronauta Valentina Tereshkova e a 
aviadora Amelia Earhart. O Who’s She? (“Quem é ela?”, 
em português) traz, no total, 28 mulheres que representam 
diversas profissões, nacionalidades e idades.
A ideia é que, em vez de perguntar sobre a aparência 
das personagens, as questões sejam direcionadas aos 
feitos delas: ganhou algum Nobel, fez alguma descoberta? 
Para cada personagem há um cartão com fatos divertidos 
e interessantes sobre sua vida. Uma campanha entrou no 
ar com o objetivo de arrecadar dinheiro para desenvolver 
o Who’s She?. A meta inicial era reunir 17 mil dólares. 
Oito dias antes de a campanha acabar, o projeto já 
angariou quase 350 mil dólares.
A chegada do jogo à casa do comprador varia de 
acordo com a quantia doada — quanto mais você doou, 
mais rápido vai poder jogar.
Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).
Ao divulgar a adaptação do jogo para questões relativas a 
ações e habilidades de mulheres notáveis, o texto busca
A A contribuir para a formação cidadã dos jogadores.
B B refutar modelos estereotipados de beleza e 
elegância.
C C estimular a competitividade entre potenciais 
compradores.
D D exemplificar estratégias de arrecadação financeira 
pela internet.
E E desenvolver conhecimentos lúdicos específicos dos 
tempos atuais.
QUESTÃO 34 
DETRAN ES
Causar um acidente
é algo que você leva
pro resto da vida.
Não beba se for dirigir.
ArrependimentoArrependimento
Causar um acidente
é algo que você leva
pro resto da vida.
Não beba se for dirigir.
DETRAN ES
Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br. Acesso em: 29 out. 2013 (adaptado).
Para convencer o público-alvo sobre a necessidade de 
um trânsito mais seguro, essa peça publicitária apela 
para o(a)
A A sentimento de culpa provocado no condutor 
causador de acidentes.
B B dano psicológico causado nas vítimas da violência 
nas estradas.
C C importância do monitoramento do trânsito pelas 
autoridades competentes.
D D necessidade de punição a motoristas alcoolizados 
envolvidos em acidentes.
E E sofrimento decorrente da perda de entes queridos em 
acidentes automobilísticos.
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16 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
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2QUESTÃO 35 
Assentamento
Zanza daqui
Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim
Vamos embora
Ver o capim
Ver o baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim
Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora
Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra:
Cana, caqui
Inhame, abóbora
Onde só vento se semeava outrora
Amplidão, nação, sertão sem fim
Ó Manuel, Miguilim
Vamos embora
BUARQUE, C. As cidades. Rio de Janeiro: RCA, 1998 (fragmento).
Nesse texto, predomina a função poética da linguagem. 
Entretanto, a função emotiva pode ser identificada no verso:
A A “Zanza pra acolá”.
B B “Fim de feira, periferia afora”.
C C “A cidade não mora mais em mim”.
D D “Onde só vento se semeava outrora”.
E E “Ó Manuel, Miguilim”.
QUESTÃO 36 
tem estrada para andar
Os homens
não choram.
Mulher ao volante,
perigo constante.
Disponível em: https://viva-porto.pt. Acesso em: 24 nov. 2021 (adaptado).
A articulação entre os elementos verbais e os não verbais 
do texto tem como propósito desencadear a
A A identificação de distinções entre mulheres e homens.
B B revisão de representações estereotipadas de 
gênero.
C C adoção de medidas preventivas de combate ao 
sexismo.
D D ratificação de comportamentos femininos e 
masculinos.
E E retomada de opiniões a respeito da diversidade dos 
papéis sociais.
QUESTÃO 37 
As línguas silenciadas do Brasil
Para aprender a língua de seu povo, o professor 
Txaywa Pataxó, de 29 anos, precisou estudar os fatores 
que, por diversas vezes, quase provocaram a extinção 
da língua patxôhã. Mergulhou na história do Brasil e 
descobriu fatos violentos que dispersaram os pataxós, 
forçados a abandonar a própria língua para escapar da 
perseguição. “Os pataxós se espalharam, principalmente, 
depois do Fogo de 1951. Queimaram tudo e expulsaram 
a gente das nossas terras. Isso constrange o nosso povo 
até hoje”, conta Txaywa, estudante da Universidade 
Federal de Minas Gerais e professor na aldeia Barra 
Velha, região de Porto Seguro (BA). Mais de quatro 
décadas depois, membros da etnia retornaram ao antigo 
local e iniciaram um movimento de recuperação da língua 
patxôhã. Os filhos de Sameary Pataxó já são fluentes — 
e ela, que se mudouquando já era adulta para a aldeia, 
tenta aprender um pouco com eles. “É a nossa identidade. 
Você diz quem você é por meio da sua língua”, afirma a 
professora de ensino fundamental sobre a importância 
de restaurar a língua dos pataxós. O patxôhã está entre 
as línguas indígenas faladas no Brasil: o IBGE estimou 
274 línguas no último censo. A publicação Povos indígenas 
no Brasil 2011/2016, do Instituto Socioambiental, calcula 
160. Antes da chegada dos portugueses, elas totalizavam 
mais de mil.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 jun. 2019 (adaptado).
O movimento de recuperação da língua patxôhã assume 
um caráter identitário peculiar na medida em que
A A denuncia o processo de perseguição histórica sofrida 
pelos povos indígenas.
B B conjuga o ato de resistência étnica à preservação 
da memória cultural.
C C associa a preservação linguística ao campo da 
pesquisa acadêmica.
D D estimula o retorno de povos indígenas a suas terras 
de origem.
E E aumenta o número de línguas indígenas faladas 
no Brasil.
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2QUESTÃO 38 
Ela era linda. Gostava de dançar, fazia teatro em São 
Paulo e sonhava ser atriz em Hollywood. Tinha 13 anos 
quando ganhou uma câmera de vídeo — e uma irmã. 
As duas se tornaram suas companheiras de 
experimentações. Adolescente, Elena vivia a criar 
filminhos e se empenhava em dirigir a pequena Petra nas 
cenas que inventava. Era exigente com a irmã. E acreditava 
no potencial da menina para satisfazer seus arroubos de 
diretora precoce. Por cinco anos, integrou algumas das 
melhores companhias paulistanas de teatro e participou 
de preleções para filmes e trabalhos na TV. Nunca foi 
chamada. No início de 1990, Elena tinha 20 anos quando se 
mudou para Nova York para cursar artes cênicas e batalhar 
uma chance no mercado americano. Deslocada, ansiosa, 
frustrada após alguns testes de elenco malsucedidos, 
decepcionada com a ausência de reconhecimento e 
vitimada por uma depressão que se agravava com a falta 
de perspectivas, Elena pôs fim à vida no segundo semestre. 
Petra tinha 7 anos. Vinte anos depois, é ela, a irmã caçula, 
que volta a Nova York para percorrer os últimos passos da 
irmã, vasculhar seus arquivos e transformar suas memórias 
em imagem e poesia.
Elena é um filme sobre a irmã que parte e sobre a irmã 
que fica. É um filme sobre a busca, a perda, a saudade, mas 
também sobre o encontro, o legado, a memória. Um filme sobre 
a Elena de Petra e sobre a Petra de Elena, sobre o que ficou de 
uma na outra e, essencialmente, um filme sobre a delicadeza.
VANUCHI, C. Época, 19 out. 2012 (adaptado).
O texto é exemplar de um gênero discursivo que cumpre 
a função social de
A A narrar, por meio de imagem e poesia, cenas da vida 
das irmãs Petra e Elena.
B B descrever, por meio das memórias de Petra, a 
separação de duas irmãs.
C C sintetizar, por meio das principais cenas do filme, a 
história de Elena.
D D lançar, por meio da história de vida do autor, um filme 
autobiográfico.
E E avaliar, por meio de análise crítica, o filme em 
referência.
QUESTÃO 39 
PALAVRA – As gramáticas classificam as palavras 
em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção, 
pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas 
classificam as palavras pela alma porque gostam de 
brincar com elas, e para brincar com elas é preciso ter 
intimidade primeiro. É a alma da palavra que define, 
explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante 
e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às 
coisas, fazer sentido. A palavra nuvem chove. A palavra 
triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo 
passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta. 
A palavra carro corre. A palavra “palavra” diz. O que quer. 
E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma, 
mas são diferentes das pessoas em vários pontos.
As palavras dizem o que querem, está dito, e pronto.
FALCÃO, A. Pequeno dicionário de palavras ao vento. 
São Paulo: Salamandra, 2013 (adaptado).
Esse texto, que simula um verbete para a palavra 
“palavra’’, constitui-se como um poema porque
A A tematiza o fazer poético, como em “Os poetas 
classificam as palavras pela alma”.
B B utiliza o recurso expressivo da metáfora, como 
em “As palavras têm corpo e alma”.
C C valoriza a gramática da língua, como em “substantivo, 
adjetivo, verbo, advérbio, conjunção”.
D D estabelece comparações, como em “As palavras têm 
corpo e alma, mas são diferentes das pessoas”.
E E apresenta informações pertinentes acerca do 
conceito de “palavra”, como em “As gramáticas 
classificam as palavras”.
QUESTÃO 40 
Morte lenta ao luso infame que inventou a calçada 
portuguesa. Maldito D. Manuel I e sua corja de tenentes 
Eusébios. Quadrados de pedregulho irregular socados à 
mão. À mão! É claro que ia soltar, ninguém reparou que 
ia soltar? Branco, preto, branco, preto, as ondas do mar 
de Copacabana. De que me servem as ondas do mar de 
Copacabana? Me deem chão liso, sem protuberâncias 
calcárias. Mosaico estúpido. Mania de mosaico. Joga 
concreto em cima e aplaina. Buraco, cratera, pedra 
solta, bueiro-bomba. Depois dos setenta, a vida se 
transforma numa interminável corrida de obstáculos. 
A queda é a maior ameaça para o idoso. “Idoso”, palavra 
odienta. Pior, só “terceira idade”. A queda separa a 
velhice da senilidade extrema. O tombo destrói a cadeia 
que liga a cabeça aos pés. Adeus, corpo. Em casa, vou 
de corrimão em corrimão, tateio móveis e paredes, e 
tomo banho sentado. Da poltrona para a janela, da janela 
para a cama, da cama para a poltrona, da poltrona para 
a janela. Olha aí, outra vez, a pedrinha traiçoeira atrás de 
me pegar. Um dia eu caio, hoje não.
TORRES, F. Fim. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.
O recurso que caracteriza a organização estrutural desse 
texto é o(a)
A A justaposição de sequências verbais e nominais.
B B mudança de eventos resultante do jogo temporal.
C C uso de adjetivos qualificativos na descrição do cenário.
D D encadeamento semântico pelo uso de substantivos 
sinônimos.
E E inter-relação entre orações por elementos linguísticos 
lógicos.
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2QUESTÃO 41 
Criado há cerca de 20 anos na Califórnia, o 
mountainboard é um esporte de aventura que utiliza uma 
espécie de skate off-road para realizar manobras similares 
às das modalidades de snowboard, surf e do próprio 
skate. A atividade chegou ao Brasil em 1997 e hoje possui 
centenas de praticantes, um circuito nacional respeitável 
e mais de uma dezena de pistas espalhadas pelo país. 
Segundo consta na história oficial, o mountainboard foi 
criado por praticantes de snowboard que sentiam falta 
de praticar o esporte nos períodos sem neve. Para isso, 
eles desenvolveram um equipamento bem simples: 
uma prancha semelhante ao modelo utilizado na neve 
(menor e um pouco menos flexível), com dois eixos 
bem resistentes, alças para encaixar os pés e quatro 
pneus com câmaras de ar para regular a velocidade que 
pode ser alcançada em diferentes condições. Com essa 
configuração, o esporte se mostrou possível em diversos 
tipos de terreno: grama, terra, pedras, asfalto e areia. 
Além desses pisos, também é possível procurar pelas 
próprias trilhas para treinar as manobras.
Disponível em: www.webventure.com.br. Acesso em: 19 jun. 2019.
A história da prática do mountainboard representa 
uma das principais marcas das atividades de aventura, 
caracterizada pela
A A competitividade entre seus praticantes.
B B atividade com padrões técnicos definidos.
C C modalidade com regras predeterminadas.
D D criatividade para adaptações a novos espaços.
E E necessidade de espaços definidos para a sua realização.
QUESTÃO 42 
Ser cronista
Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente 
no assunto.
Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo 
de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar 
a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito 
romances e contos.
E também sem perceber, à medida que escrevia para 
aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco 
de em breve publicar minha vida passada e presente, o 
que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que 
estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto 
facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que 
só é aberto por quem realmente quer, para que, sem 
mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é 
que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que 
fossem mudanças mais profundas e interiores que não 
viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque 
isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só 
porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns 
minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero 
profundamente a comunicação profunda comigo e com o 
leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me 
que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou 
contente.
LISPECTOR, C. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
No texto, ao refletir sobre a atividade de cronista, a autora 
questiona características do gênero crônica, como
A A relação distanciada entre os interlocutores.
B B articulação de vários núcleos narrativos.
C C brevidade no tratamento da temática.
D D descrição minuciosa dos personagens.
E E público leitor exclusivo.
QUESTÃO 43 
A conquista da medalha de prata por Rayssa Leal, 
no skate street nos Jogos Olímpicos, é exemplo da 
representatividade feminina no esporte, avalia a âncora do 
jornal da rede de televisão da CNN. A apresentadora, que 
também anda de skate, celebrou a vitória da brasileira, 
que entrou para a história como a atleta mais nova a subir 
num pódio defendendo o Brasil. “Essa representatividade 
do esporte nos Jogos faz pensarmos que não temos que 
ficar nos encaixando em nenhum lugar. Posso gostar de 
passar notícia e, mesmo assim, gostar de skate, subir 
montanha, mergulhar, andar de bike, fazer yoga. Temos 
que parar de ficar enquadrando as pessoas dentro de 
regras. A gente vive num padrão no qual a menina ganha 
boneca, mas por que também não fazer um esporte de 
aventura? Por que o homem pode se machucar, cair de 
joelhos, e a menina tem que estar sempre lindinha dentro 
de um padrão? Acabamos limitando os talentos das 
pessoas”, afirmou a jornalista, sobre a prática do skate 
por mulheres.
Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).
O discurso da jornalista traz questionamentos sobre a 
relação da conquista da skatista com a
A A conciliação do jornalismo com a prática do skate.
B B inserção das mulheres na modalidade skate street.
C C desconstrução da noção do skate como modalidade 
masculina.
D D vanguarda de ser a atleta mais jovem a subir no pódio 
olímpico.
E E conquista de medalha nos Jogos Olímpicos 
de Tóquio.
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LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 19
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2QUESTÃO 44 
Pisoteamento, arrastão, empurra-empurra, agressões, 
vandalismo e até furto a um torcedor que estava caído no 
asfalto após ser atropelado nas imediações do estádio do 
Maracanã. As cenas de selvageria tiveram como estopim 
a invasão de milhares de torcedores sem ingresso, que 
furaram o bloqueio policial e transformaram o estádio 
em terra de ninguém. Um reflexo não só do quadro de 
insegurança que assola o Rio de Janeiro, mas também 
de como a violência social se embrenha pelo esporte 
mais popular do país. Em 2017, foram registrados 
104 episódios de violência no futebol brasileiro, que 
resultaram em 11 mortes de torcedores. Desde 1995, 
quando 101 torcedores ficaram feridos e um morreu 
durante uma batalha campal no estádio do Pacaembu, 
autoridades têm focado as ações de enfrentamento à 
violência no futebol em grupos uniformizados, alguns 
proibidos de frequentar estádios. Porém, a postura 
meramente repressiva contra torcidas organizadas 
é ineficaz em uma sociedade que registra mais de 
61 000 homicídios por ano. “É impossível dissociar 
a escalada de violência no futebol do panorama de 
desordem pública, social, econômica e política vivida 
pelo país”, de acordo com um doutor em sociologia do 
esporte.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).
Nesse texto, a violência no futebol está caracterizada 
como um(a)
A A problema social localizado numa região do país.
B B desafio para as torcidas organizadas dos clubes.
C C reflexo da precariedade da organização social no 
país.
D D inadequação de espaço nos estádios para receber o 
público.
E E consequência da insatisfação dos clubes com a 
organização dos jogos.
QUESTÃO 45 
Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais 
não praticam esporte ou atividade física. São mais de 
100 milhões de sedentários. Esses são dados do estudoPráticas de esporte e atividade física, da Pnad 2015, 
realizado pelo IBGE. A falta de tempo e de interesse são 
os principais motivos apontados para o sedentarismo. 
Paralelamente, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais 
afirmaram que o poder público deveria investir em esporte 
ou atividades físicas. Observou-se uma relação direta 
entre escolaridade e renda na realização de esportes ou 
atividades físicas. Enquanto 17,3% das pessoas que não 
tinham instrução realizavam diversas práticas corporais, 
esse percentual chegava a 56,7% das pessoas com 
superior completo. Entre as pessoas que têm práticas 
de esporte e atividade física regulares, o percentual de 
praticantes ia de 31,1%, na classe sem rendimento, a 
65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais. 
A falta de tempo foi mais declarada pela população adulta, 
com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre 
os adolescentes de 15 a 17 anos, o principal motivo foi não 
gostarem ou não quererem. Já o principal motivo para praticar 
esporte, declarado por 11,2 milhões de pessoas, foi relaxar 
ou se divertir, seguido de melhorar a qualidade de vida ou o 
bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas 
proximidades foi um motivo pouco citado, demonstrando 
que a não prática estaria menos associada à infraestrutura 
disponível.
Disponível em: www.esporte.gov.br. Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado).
Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de 
saúde, para a prática regular de exercícios ter influência 
significativa na saúde dos brasileiros, é necessário o 
desenvolvimento de estratégias que
A A promovam a melhoria da aptidão física da população, 
dedicando-se mais tempo aos esportes.
B B combatam o sedentarismo presente em parcela 
significativa da população no território nacional.
C C facilitem a adoção da prática de exercícios, com 
ações relacionadas à educação e à distribuição de 
renda.
D D auxiliem na construção de mais instalações esportivas 
e espaços adequados para a prática de atividades 
físicas e esportes.
E E estimulem o incentivo fiscal para a iniciativa privada 
destinar verbas aos programas nacionais de 
promoção da saúde pelo esporte.
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1º DIA
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
dispostas da seguinte maneira: 
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo 
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão. 
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO. 
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO. 
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE 
QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO. 
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e 
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos 
que antecedem o término das provas. 
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Conheço e não me confundo. 
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2 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
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2LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção: inglês)
QUESTÃO 01 
We walked on, the stranger walking with us. 
Taylor Franklin Bankole. Our last names an instant 
bond between us. We’re both descended from men 
who assumed African surnames back during the 1960s. 
His father and my grandfather had had their names 
legally changed, and both had chosen Yoruba 
replacement names.
“Most people chose Swahili names in the ’60s”, 
Bankole told me. He wanted to be called Bankole. 
“My father had to do something different. All his life 
he had to be different”.
“I don’t know my grandfather’s reasons”, I said. 
“His last name was Broome before he changed it, 
and that was no loss’. But why he chose Olamina…? 
Even my father didn’t know. He made the change before 
my father was born, so my father was always Olamina, 
and so were we.
BUTLER, O. E. Parable of the Sower. New York: Hachette, 2019 (adaptado).
Nesse trecho do romance Parable of the Sower, os nomes 
“Bankole” e “Olamina” representam o(a)
A A priorização do uso do inglês. 
B B resgate da identidade africana.
C C existência de conflitos de gerações.
D D afastamento da convivência familiar.
E E desconhecimento de origens genealógicas.
QUESTÃO 02 
WHAT DO
I DO NOW? WHEN IS
HE GOING TO
TAKE MY
CARD?
HE
SEEMS A BIT
UNFRIENDLY.
WHOA !
PERSONAL
SPACE
INVASION !
I´M
NEXT, WHAT
SHOULD I
DO?
INTERNATIONAL ARRIVALS
 Disponível em: https://twitter.com/cqfluency. Acesso em: 23 ago. 2017.
Os recursos verbais e não verbais do cartum fazem 
referência a situações comuns em aeroportos, motivadas 
pelo fato de que os(as)
A A hábitos culturais são diversos.
B B mulheres são ignoradas.
C C pessoas são impacientes.
D D saguões são congestionados.
E E atendentes são desqualificados.
QUESTÃO 03 
How little we know of what there is to know. I wish 
that I were going to live a long time instead of going to 
die today because I have learned much about life in these 
four days; more, I think than in all other time. I’d like to 
be an old man to really know. I wonder if you keep on 
learning or if there is only a certain amount each man can 
understand. I thought I knew so many things that I know 
nothing of. I wish there was more time.
HEMINGWAY, E. For Whom the Bells Toll. Madison, Wisconsin: 
Demco Media, 1995.
Nessa passagem de um clássico de Ernest Hemingway, 
o narrador
A A reclama de seu envelhecimento. 
B B manifesta seu contentamento.
C C lamenta sua condição.
D D exibe sua sabedoria.
E E anseia por sua partida.
QUESTÃO 04 
Letter to the Editor
Michael Gerson’s Oct. 19 Tuesday Opinion column, 
“The state laboratory of idiocracystrikes again” did not 
highlight the disservice done to the Black community 
or any other minority group affected by White history. 
I wonder about how this will manipulate the perceptions 
of minorities in the eyes of students. The misguided 
stereotypes and assumptions perpetuated by these 
curriculum restrictions will likely prevent Black Americans 
from expressing themselves safely.
It’s plausible to assume that continued miseducation 
over generations could create a sense of false comfort 
for Black Americans. Without proper access to history, 
minorities might begin to forget the oppression they 
have faced and the injustices they are currently dealing 
with. Lacking this vital historical education only serves 
to continue the longstanding issue of misinformation in 
modern generations.
The problems are only the start of the issues that 
could begin to plague the American education system.
Riley Kilcarr, Springfield.
Disponível em: www.washingtonpost.com. Acesso em: 29 out. 2021.
O autor dessa carta se reporta ao editor de um jornal para
A A criticar uma matéria.
B B manipular estudantes.
C C atacar uma comunidade.
D D revelar uma premonição.
E E propagar desinformação.
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LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 3
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2QUESTÃO 05 
FASHION IS THE 2ND HIGHEST POLLUTING
INDUSTRY IN THE WORLD BEHIND OIL
Around 80 billion new
pieces of clothing are
purchased worldwide
per year
400% MORE THAN 2
DECADES AGO!
82 pounds of textile waste
are produced per person
in the US
THAT´S 11 MILLION
POUNDS A YEAR!
Leftovers are
thrown away or
sold to flood
markets in
developing countries
2014: Average US
household spent $1,786
on apparel & accessories
= $250 BILLION TOTAL
Disponível em: www.gooddeedsthrift.com. Acesso em: 25 out. 2021 (adaptado).
Esse infográfico, composto de textos verbais e não 
verbais, tem por finalidade
A A demonstrar como a indústria da moda agrava a poluição.
B B abordar o crescimento da produção de roupas nas 
últimas décadas.
C C expor como a indústria da moda depende da 
indústria petrolífera.
D D apresentar o efeito do aumento da poluição na 
confecção de roupas.
E E evidenciar o investimento da indústria da moda 
em novos mercados.
Questões de 01 a 05 (opção: espanhol)
QUESTÃO 01 
i NINGÚN MOTIVO
JUSTIFICA LA VIOLENCIA!
#NI UNA MENOS
#QUE NO TE CONTROLE EL CELU
#QUE NO TE DIGA CUANDO SALIR
#NO A LA VIOLENCIA ECONÓMICA
NI GOLPES QUE LASTIMEN,
NI PALABRAS QUE HIERAN
ACERCATE A CEPIMO
Disponível em: www.informacionregional.com.ar. Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).
Essa campanha publicitária evidencia um problema social 
a fim de
A A promover palestras sobre a violência de gênero.
B B justificar algumas causas da agressão doméstica.
C C motivar as vítimas a buscarem ajuda especializada.
D D criar um programa que investigue casos de 
brutalidade.
E E orientar as mulheres a evitarem atitudes geradoras 
de conflitos.
QUESTÃO 02 
Fútbol, pelota, gol, copa, recopa, 
partido, promoción, campeonato,
equipo, portería, córner, falta, 
quiniela, liga, entrenador y árbitro... 
Bastan sólo estos términos precisos, 
junto con otros pocos de igual rango, 
para hablar de política, de ciencia, 
de civismo y de paz con los hispánicos.
Otras palabras hay, pero no constan 
más que en algún rincón del diccionario.
BADOSA, E. Dad este escrito a las llamas (1971-1973). Barcelona: Barral Editores, 1976.
O texto aproxima elementos culturais distintos na 
construção poética. Nesse contexto,
A A explicita-se a necessidade de se admirar um pouco 
mais o futebol.
B B critica-se o hábito dos espanhóis de nivelar temas como 
futebol e política.
C C registra-se a quantidade insuficiente de palavras para 
se referir ao futebol.
D D explora-se o grande interesse dos hispânicos pelo 
futebol na atualidade.
E E mostra-se o fato de haver palavras sobre o futebol 
não incluídas no dicionário.
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4 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
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2QUESTÃO 03 
Como en casa
Me he estado bañando en playas del Caribe, con 
[ganas de volver
 he andado por la Gran Manzana inclusive, a punto 
[de devolver
yo he estado en todas partes
he visitado museos, he sentido el arte
he tenido empleos feos, y a veces he dormido 
 [parques […]
 entre gente buena y gente mala...
he cambiado de gustos y de forma de ser
he perdido el contacto con todos para no perder mi fe
he tocado en Holanda, Alemania, México, Chile, ¡qué!
y he tocado en las salas minúsculas, no te olvides, 
[man […]
he perdido muchas riendas y he cuidado muchos 
[detalles
he conocido muchos sitios y muchas cosas he probado
 pero como se está en Sevilla no se está en ningún 
[lado...
Esta es mi casa...
este es... mi sitio, mi calle, mi plaza
mis bares, mi clima, mi centro... es mi casa...
Año tras año con los mismos conceptos
Creo, no necesito mucho más que esto
TOTEKING. T.O.T.E. Madri: BOA Música, 2008 (fragmento).
A expressão “Como en casa”, que intitula o texto, 
evidencia seu tema central, que é a
A A defesa da postura de rebeldia condizente com o 
universo do rap.
B B valorização da cultura no processo de formação do 
compositor.
C C expressão do sentimento de pertencimento ao lugar 
de origem.
D D revelação das dificuldades enfrentadas para tornar-se 
músico.
E E negação da ostentação própria do mundo do 
entretenimento.
QUESTÃO 04 
Amistad
Lo que no tenemos lo encontramos en el amigo. Creo 
en este obsequio y lo cultivo desde la infancia. No soy en 
ello diferente de la mayor parte de los seres humanos. 
La amistad es la gran liga inicial entre el hogar y el mundo. 
El hogar, feliz o infeliz, es el aula de nuestra sabiduría 
original pero la amistad es su prueba. Recibimos de la 
familia, confirmamos en la amistad. Las variaciones, 
discrepancias o similitudes entre la familia y los amigos 
determinan las rutas contradictoriasde nuestras vidas. 
Aunque amemos nuestro hogar, todos pasamos por el 
momento inquieto o inestable del abandono (aunque lo 
amemos, aunque en él permanezcamos). El abandono 
del hogar sólo tiene la recompensa de la amistad. Es más: 
sin la amistad externa, la morada interna se derrumbaría. 
La amistad no le disputa a la familia los inicios de la vida. 
Los confirma, los asegura, los prolonga. La amistad 
le abre el camino a los sentimientos que sólo pueden 
crecer fuera del hogar. Encerrados en la casa familiar, se 
secarían como plantas sin agua. Abiertas las puertas de 
la casa, descubrimos formas del amor que hermanan al 
hogar y al mundo. Estas formas se llaman amistades.
FUENTES, C. En esto creo. Barcelona: Seix Barral, 2002 (adaptado).
Carlos Fuentes faz uma reflexão sobre o papel da amizade 
na vida das pessoas. Na sua concepção, a amizade
A A desenvolve a afetividade não vivenciada no ambiente 
familiar.
B B recompensa a experiência de crescer em um lar infeliz.
C C reafirma valores adquiridos nas relações familiares.
D D provoca disputa entre família e amigos.
E E gera novos sentimentos no âmbito familiar.
QUESTÃO 05 
Diego Rosales viste y habla como gaucho. Para 
poder sobrevivir, dice, sus antepasados resignaron 
la cultura mapuche. Hubo entonces mestizaje y se 
acriollaron. “Con la ayuda de la Confederación Mapuche 
de Neuquén retomamos la cultura y la lengua mapuche. 
Tomamos cursos para recuperar una identidad que 
habíamos perdido. También, para pelear por nuestros 
derechos ante los órganos públicos”, se sincera Rosales. 
A su lado, Inocencia, de 80 años, que conserva la lengua 
de su etnia, cuenta que cuando era joven todo era campo 
fértil. Vendían cuero, lana, pieles de zorro y nutrias que 
transportaban en burros, y subsistían con las cosechas 
de quinta y la venta de animales. “He visto mi vida 
arrinconarse; el campo se va terminando y los animales 
no tienen qué comer. La vida debería ser más pareja”, 
dice. Inocencia reclama personería jurídica para pedir 
tierras. Ella aspira a una fracción de 1 600 hectáreas; 
su nieto Rosales quiere un predio similar cerca del río. 
Adquirir personería les permitiría iniciar juicio contra los 
privados titulares de las tierras que ellos ocupan desde 
hace décadas a través del pastoreo. La provincia no se 
las da, dicen, porque los dueños especulan con las reservas 
de gas de estas tierras y con el monopolio del agua.
Disponível em: www.lanacion.com.ar. Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).
Segundo o texto, a reivindicação de membros do povo 
mapuche na Argentina tem o propósito de
A A retomar a posse da terra.
B B cuidar da fauna autóctone.
C C empoderar as novas gerações.
D D vetar a exploração de gás no território.
E E ensinar a língua indígena aos gaúchos.
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2LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06 
GASODUTO
PENETT. Disponível em: www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 10 dez. 2017.
No cartum, o confronto entre primatas produz um efeito 
de humor que se vincula à função social de
A A criticar a postura humana de fazer piada com 
assuntos sérios.
B B acentuar a necessidade de respeito entre as 
diferentes espécies.
C C questionar a indiferença do homem em relação ao 
meio ambiente.
D D alertar a população para a conveniência do 
desenvolvimento tecnológico.
E E destacar a limitação humana para a percepção da 
realidade da vida animal.
QUESTÃO 07 
A produção em massa em grandes fábricas se tornou 
o símbolo da Segunda Revolução Industrial. Agora, após 
um século, uma nova transformação se anuncia. Ela é 
trazida por aparelhos do tamanho de um micro-ondas 
que constroem um objeto real a partir de um arquivo 
digital: as impressoras tridimensionais. Elas funcionam 
como uma impressora convencional que muitos têm em 
casa. Basta apertar o botão na tela do computador para 
que o arquivo digital, com o desenho em três dimensões 
do objeto a fabricar, seja enviado para a máquina. 
Em vez de tinta, elas usam materiais como plástico, 
gesso, silicone, borracha ou metais para fazer sapatos, 
próteses dentárias, joias, luminárias, brinquedos ou peças 
de equipamentos hospitalares. Até há pouco tempo, 
esses equipamentos custavam centenas de milhares de 
reais e ficavam restritos às grandes indústrias. Hoje já 
é possível levar para casa uma impressora 3D e usá-la 
para fabricar objetos. “Uma nova revolução industrial está 
a caminho”, diz o jornalista e físico Chris Anderson.
Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 17 fev. 2013 (adaptado).
Segundo esse texto, as impressoras tridimensionais 
prenunciam uma nova Revolução Industrial porque são 
tecnologias que
A A diminuíram de tamanho.
B B tiveram seus preços reduzidos.
C C trabalham com um arquivo digital.
D D facilitam a confecção de objetos 3D.
E E permitem a individualização da manufatura.
QUESTÃO 08 
O sucesso das redes sociais é fruto da combinação 
inteligente da capacidade de interagir dentro de uma 
mesma página da internet e do uso de sistemas de 
avaliação. Existem duas dinâmicas psicossociais 
legitimando tais recursos de avaliação. Na primeira, 
alguém produz conteúdo e é recompensado com essas 
reações. Já na segunda dinâmica, a produção de 
conteúdo serve de balão de ensaio para a vida off-line.
Prazer e aprendizado são, portanto, as duas 
promessas originais das redes sociais (anteriores à 
monetização), nas quais os algoritmos de recomendação 
prometem reduzir o tempo e a energia para encontrar 
aquilo que interessa a cada um, no mar de opções 
disponibilizadas, levando a situação a outro patamar, 
pela exposição reiterada dos usuários aos conteúdos que 
agravam sua ansiedade.
Assim, por exemplo, pessoas que estão insatisfeitas 
com o seu corpo fazem buscas que refletem esse 
desconforto, procurando postagens relacionadas a essa 
temática. O algoritmo, então, passa a recomendar cada 
vez mais conteúdos nessa linha e, o que é pior, a convergir 
para os mais extremos, já que estes tendem a fixar mais 
a atenção. Em pouco tempo, o usuário “desconfortável” 
está sendo bombardeado por vídeos que elevam em 
muito o seu pessimismo e que muitas vezes servem de 
caminho à anorexia, à bulimia e à depressão.
DIAS, A. M. Disponível em: www.uol.com.br. Acesso em: 5 nov. 2021 (adaptado).
As sociedades têm evoluído concomitantemente ao 
desenvolvimento de tecnologias que buscam, cada vez 
mais, automatizar a gestão das informações. No texto, uma 
consequência negativa desse processo é o fato de ele
A A ser dirigido por um sistema de recomendações 
individualizado.
B B estar vinculado ao aumento da satisfação e da 
prática dos usuários.
C C sobrecarregar o usuário com um fluxo massivo 
de informações.
D D guiar-se pela confluência das interações on-line em 
busca de avaliações positivas.
E E focar no engajamento dos usuários em detrimento 
de suas necessidades concretas.
QUESTÃO09 
O povo indígena Wajãpi utiliza o Kusiwa — 
reconhecido como bem imaterial da humanidade em 
2003 — como repertório codificado de padrões gráficos 
que decora e colore o corpo e os objetos. Para além de 
enfeitar, Kusiwa aparece como “arte”, “marca”, “pintura” e 
“desenho”. Esses grafismos ultrapassam a noção estética 
e alcançam a cosmologia e as crenças religiosas.
ALMEIDA, C. S.; CARDOSO, P. B. Arte coussiouar, perspectivas históricas de alteridade e 
reconhecimento. Espaço Ameríndio, n. 1, jan.-jul. 2021.
O povo Wajãpi, que vive na Serra do Tumucumaque, 
entre Amapá, Pará e Guiana Francesa, vivencia práticas 
culturais que
A A perdem significado quando desprovidas de elementos 
gráficos.
B B revelam uma concepção de arte para além de funções 
estéticas.
C C funcionam como elementos de representação 
figurativa de seu mundo.
D D padronizam uma mesma identidade gráfica entre 
diferentes povos indígenas.
E E primam pela utilização dos grafismos como 
contraposição ao mundo imaginário.
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6 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
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2QUESTÃO 10 
Tiranos de nós mesmos: a servidão voluntária na 
era da sociedade do desempenho
Byung-Chul Han, no opúsculo Sociedade do cansaço, 
discute a ascensão de um novo paradigma social, em que 
a sociedade disciplinar de Foucault é substituída pela 
sociedade do desempenho. Esse novo modelo social 
é movido por um imperativo de maximizar a produção. 
Nós, sujeitos de desempenho, somos constante e 
sistematicamente pressionados a aperfeiçoar nossa 
performance e a aumentar nossa produção.
A crença subjacente, segundo Han, é a de que 
nada é impossível. Nós podemos fazer tudo. Estamos 
constantemente pressionados por um poder fazer 
ilimitado. É um excesso de positividade, que se constitui 
em verdadeira violência neuronal.
E por isso produzimos. Produzimos até a exaustão. 
E, mesmo cansados, continuamos produzindo. Uma meta 
é sempre substituída por outra. A tarefa nunca acaba. 
É frustrante e esgotante. O resultado é uma sociedade 
que gera fracassados e depressivos, a quem só resta 
recorrer a medicamentos para continuar produzindo mais 
eficientemente.
Disponível em: http://justificando.cartacapital.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).
Com base nessa reflexão acerca do livro Sociedade do 
cansaço, que discute o novo modelo da sociedade do 
desempenho, o resenhista a
A A conceitua, apresenta seus fundamentos e conclui 
com suas consequências.
B B fundamenta com argumentos, apresenta sua 
conclusão e oferece exemplos.
C C descreve, apresenta suas consequências e conclui 
com sua conceituação.
D D exemplifica, apresenta sua fundamentação e avalia 
seus resultados.
E E discute, apresenta seu conceito e promove uma 
discussão.
QUESTÃO 11 
Trechos do discurso de Ulysses Guimarães na 
promulgação da Constituição em 1988
Senhoras e senhores constituintes.
Dois de fevereiro de 1987. Ecoam nesta sala as 
reivindicações das ruas. A Nação quer mudar. A Nação 
deve mudar. A Nação vai mudar. São palavras constantes 
do discurso de posse como presidente da Assembleia 
Nacional Constituinte.
Hoje, 5 de outubro de 1988, no que tange à 
Constituição, a Nação mudou. A Constituição mudou 
na sua elaboração, mudou na definição dos Poderes. 
Mudou restaurando a federação, mudou quando quer 
mudar o homem cidadão. E é só cidadão quem ganha 
justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital 
e remédio, lazer quando descansa.
A Nação nos mandou executar um serviço. Nós o 
fizemos com amor, aplicação e sem medo.
A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria 
o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, 
sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca.
Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, 
promulgamos o Estatuto do Homem, da Liberdade e da 
Democracia, bradamos por imposição de sua honra.
Nós, os legisladores, ampliamos os nossos deveres. 
Teremos de honrá-los. A Nação repudia a preguiça, a 
negligência e a inépcia.
O povo é o superlegislador habilitado a rejeitar pelo 
referendo os projetos aprovados pelo Parlamento.
Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, 
desbravadora.
Termino com as palavras com que comecei esta fala.
A Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação 
vai mudar. A Constituição pretende ser a voz, a letra, a 
vontade política da sociedade rumo à mudança.
Que a promulgação seja o nosso grito.
Mudar para vencer. Muda, Brasil!
Disponível em: www.senadofederal.br. Acesso em: 30 out. 2021.
O discurso de Ulysses Guimarães apresenta 
características de duas funções da linguagem: ora revela 
a subjetividade de quem vive um momento histórico, 
ora busca informar a população sobre a Carta Magna. 
Essas duas funções manifestam-se, respectivamente, 
nos trechos:
A A “São palavras constantes do discurso de posse como 
presidente da Assembleia Nacional Constituinte.” e 
“A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade 
política da sociedade rumo à mudança”.
B B “Nós o fizemos com amor, aplicação e sem medo.” 
e “A Constituição mudou na sua elaboração, mudou 
na definição dos Poderes”.
C C “Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, 
promulgamos o Estatuto do Homem, da Liberdade 
e da Democracia, bradamos por imposição de 
sua honra.” e “Nós, os legisladores, ampliamos os 
nossos deveres. Teremos de honrá-los”.
D D “O povo é o superlegislador habilitado a rejeitar pelo 
referendo os projetos aprovados pelo Parlamento.” 
e “Termino com as palavras com que comecei 
esta fala”.
E E “Não é a Constituição perfeita, mas será útil, 
pioneira, desbravadora.” e “Que a promulgação seja 
o nosso grito”.
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LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 7
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2QUESTÃO 12 
O lobo que não é mau
A primeira coisa a saber é que o guará não é, na 
verdade, um lobo. Embora seja o maiorcanídeo silvestre da 
América do Sul, sua espécie (Chrysocyon brachyurus) é de 
difícil classificação. Alguns cientistas dizem que é parente 
das raposas, outros, que é parente do cachorro-vinagre 
sul-americano. Mas, de lobo mesmo, ele não tem nada. Além 
disso, é um animal onívoro. Porém, em algumas regiões, 
a sua dieta chega a quase 70% de frutas, especialmente 
da lobeira, uma árvore típica das savanas brasileiras, que 
contribui para a saúde do animal, prevenindo um tipo de 
verminose que ataca os rins do guará.
O lobo-guará não é um animal perigoso ao homem. 
Não existe nenhum registro, em toda a história, de um guará 
que tenha atacado uma pessoa, mas, ainda assim, são 
vistos como “maléficos”. Por quê? Porque, em ambientes 
degradados, o lobo, para sobreviver, acaba atacando 
galinheiros ou comendo aves que são criadas soltas. Com 
a desculpa de “proteger sua criação”, pessoas com baixo 
nível de consciência ecológica acabam matando os animais.
Se não bastassem a matança e a destruição de 
ambientes naturais, o lobo-guará ainda apresenta grande 
índice de morte por atropelamento em estradas.
O fato é que o lobo-guará precisa de nós mais do que 
nunca na história.
FERRAREZI JR., C. Revista QShow, n. 20, nov. 2015 (adaptado).
Esse texto de divulgação científica utiliza como principal 
estratégia argumentativa a
A A sedução, mostrando o lado delicado e afetuoso do 
animal por meio da negação de seu nome popular.
B B comoção, relatando a perseguição que o animal 
sofre constantemente pelos fazendeiros com baixo 
grau de instrução.
C C intertextualidade, buscando contraponto numa 
famosa história infantil, confrontada com dados 
concretos e fatos históricos.
D D chantagem, modificando a verdadeira índole do 
lobo-guará para proteger as criações de animais 
domésticos em áreas degradadas.
E E intimidação, explorando os efeitos de sentido 
desencadeados pelo uso de palavras como 
“matança”, “perigoso”, “degradados” e “atacando”.
QUESTÃO 13 
Preconceito: do latim prae, antes, e conceptus, conceito, 
esse termo pode ser definido como o conjunto de crenças 
e valores aprendidos, que levam um indivíduo ou um 
grupo a nutrir opiniões a favor ou contra os membros de 
determinados grupos, antes de uma efetiva experiência 
com eles. Tecnicamente, portanto, existe um preconceito 
positivo e um negativo, embora, nas relações raciais e 
étnicas, o termo costume se referir ao aspecto negativo 
de um grupo herdar ou gerar visões hostis a respeito de 
um outro, distinguível com base em generalizações.
Essas generalizações derivam invariavelmente da 
informação incorreta ou incompleta a respeito do 
outro grupo.
CASHMORE, E. Dicionário de relações étnicas e raciais. 
São Paulo: Selo Negro, 2000 (adaptado).
Nesse verbete de dicionário, a apropriação adequada do 
uso padrão da língua auxilia no estabelecimento
A A da precisão das informações veiculadas.
B B da linguagem conotativa característica desse gênero.
C C das marcas do interlocutor como uma exigência para 
a validade das ideias.
D D das sequências narrativas como recurso de 
progressão textual.
E E do processo de contraposição argumentativa para 
conseguir a adesão do leitor.
QUESTÃO 14 
Cuidadora humilhada por erros de português ao enviar 
currículo para asilo recebe ofertas de emprego
Bom dia
Você se esqueceu de um pequeno
detalhe.
Da próxima vez, pergunte antes se
a empresa está precisando deste
tipo de serviço
É só uma dica, antes de enviar
tudo se nem pedimos
Fica feio
Que passaram esse número
E não estamos precisando
Passaram errado
Desculpa
Encomendar
É incomodar rs
Sim
E também não existe AGENTE é A
GENTE
seria bom você fazer um curso de
português, pode ser que seja por
isso que você não consegue uma
vaga de trabalho
Nossa desculpa
Porque agente nunca sabe dia de
amanhã
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MARTINS, J. Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 25 nov. 2021 (adaptado).
Nessa conversa por aplicativo, em que se evidencia uma 
forma de preconceito, a atendente avaliou a candidata a 
uma vaga de emprego pelo(a)
A A ausência de autocorreção durante um diálogo.
B B desleixo com a pontuação adequada durante um 
bate-papo.
C C desprezo pela linguagem utilizada em entrevistas de 
emprego.
D D descuido com os padrões linguísticos no contexto 
de busca por emprego.
E E negligência com a correção automática de palavras 
pelo corretor de textos do celular.
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8 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
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2QUESTÃO 15 
GUPTA, S. Booth B20 Thing (Coisa). Aço inoxidável e ferro, 
95 cm x 120 cm x 42 cm, Feira de Arte de Frieze, 2005.
Disponível em: https://art-sheep.com. Acesso em: 28 jun. 2022 (adaptado).
O ano de 2005 foi importante para a arte indiana em razão 
das novas conjunções entre a globalização e a economia 
do país. Mudanças geopolíticas e a evolução dos meios 
de comunicação intensificaram as trocas artísticas e a 
projeção dessa cultura, que pôde
A A trabalhar com novas mídias, instalações e 
performances.
B B modificar a arte contemporânea com objetos extraídos 
do cotidiano.
C C enfatizar a pintura e a escultura com a 
desmaterialização do objeto.
D D apresentar um novo conceito de uso das formas e 
materiais naturais.
E E retratar imagens múltiplas que expressam a agitação 
da modernidade.
QUESTÃO 16 
Claude Monet, influenciado por Turner, passou a 
pintar temas que apresentassem fluidez. Para isso, 
ele fragmentou a imagem com pinceladas de cor 
pura, passando a retratar a impressão captada diante 
do modelo. Monet inspirava-se, por exemplo, no pôr do 
sol, na luminosidade do feno ou num jardim florido. 
Suas obras contêm a característica de dissociação das 
cores e gradação dos tons complementares. As tintas não 
eram misturadas na palheta, dessa forma, a luz emanada 
das manchas e das pinceladas coloridas impressionava a 
retina, formando novas cores.
Disponível em: http://professormarioartes.blogspot.com. 
Acesso em: 12 ago. 2012 (adaptado).
Diante dessa nova concepção artística, a cor é
A A composta por uma substância química que, sob a 
incidência de raios luminosos, absorve-os, refletindo 
para os nossos olhos os raios de tons vermelhos.
B B formada pelo equilíbrio óptico causado pela 
impressão simultânea de cores como magenta, 
ciano e amarelo, consideradas cores primárias.
C C imaterial e só se pode senti-la, passando a ser uma 
sensação provocada pela ação dos raios de luz sobre 
os nossos olhos.
D D resultante da mistura óptica de duas outras que estão 
presentes em sua composição de origem, causando 
um equilíbrio entre elas.
E E física, presente nos raios solares e na luz branca, 
sendo impossível perceber sua existência pela 
decomposição da luz solar.
QUESTÃO 17 
A partir dos anos 1970, a diversidade étnica e cultural 
ganha maior reconhecimento com movimentos culturais, tais 
como o “Tropicalismo”,os “Afrobahianos”, as inserções 
de referências religiosas afro-brasileiras na Bossa Nova 
e o “Teatro do Oprimido”. Tudo isso foi antecipado pelo 
Movimento de Cultura Popular, fundado por Paulo Freire 
nos anos de 1960.
MEDEIROS, B. T. F. Quilombos, políticas patrimoniais e negociações. In: BARRIO, A. E.; 
MOTTA, A.; GOMES, M. H. (Org.). Inovação cultural, patrimônio e educação.
Disponível em: http://campus.usal.es. Acesso em: 4 set. 2017 (adaptado).
Essa ideia nacionalista surgiu dos sonhos de Mário de 
Andrade e da Semana de Arte Moderna de 1922, que 
visava o(a)
A A incorporação ao patrimônio nacional das culturas 
negra e portuguesa.
B B representação das realidades social e econômica do 
início do século.
C C reflexo da igualdade mestiça nos processos de 
patrimonialização.
D D ideal da diversidade cultural como categoria identitária 
nacional.
E E constituição da materialidade e da multiplicidade 
socioculturais.
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LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 9
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2QUESTÃO 18 
Harmonia do equilíbrio!
Cega dinâmica embaraçada entre linhas
De força magnética!
Em hélices seguindo e refletindo: dança de elétrons
[e prótons
Matéria-máter do mundo.
Poeira do sol, poeira do som, poeira de luz
Poeira!
Poeira da memória, da memória dos homens
Que irá se perder um dia no universo
— Cada átomo possui um número infinito de
 [partículas
— Cada partícula um número infinito de partículas
— Cada partícula de partícula um número...
 Campo mésico Etc. Etc.
 
 
corpúsculo
crepúsculo
2
 [tempo-matéria.
Poeira de ausências e lembranças: poeira do
É desse pó luminoso, manto luzente de
Que são feitas as ondas e as partículas
Num torvelinho de moídos corpos simples:
— Farinha de energias finíssimas e raras —
Selênio, Rubídio, Colúmbio, Germânio,
Samário, Rutênio, Paládio, Lutécio.
CARDOZO, J. Poemas selecionados. Recife: Bagaço, 1996 (fragmento).
O fragmento remete a uma composição poética inspirada 
no Futurismo das vanguardas modernistas, pois
A A propõe a ruptura com a racionalidade.
B B configura um lirismo ausente de emotividade.
C C extrai do repertório científico estética expressiva.
D D sugere uma literatura a serviço da indústria emergente.
E E revela o desencanto do eu lírico ante o contexto de 
guerra.
QUESTÃO 19 
Duas castas de considerações fez de si para consigo 
o cauto Conselheiro. Primeiramente foi saltar-lhe ao 
nariz a evidência de que ministro não visita empregado 
público, ainda que in extremis, mesmo a uma braça, ou 
duas, acima do chapéu do amanuense mais bisonho. 
Também não visita escritor enfermo por ser escritor, e 
por estar enfermo. Seriam trabalhos, ambos, a que não 
se daria um ministro, nem sempre ocupado das cousas, 
altas ou baixas, do Estado.
O tempo ministerial não se vai perdulariamente, 
não se faz em farinhas. Os titulares esquivam-se até 
a suspirar, que os suspiros implicam o desperdício de 
minutos se o suspiro é de minutos, além de permitirem 
ilações perigosas sobre a estabilidade do ministro, 
quando não do próprio gabinete.
A segunda ponderação remeteu-o à certeza de que 
terminantemente chegavam ao cabo seus dias; e de que as 
esperanças eram aéreas, atado agora à cama até que o 
encerrassem na urna, como um voto eleitoral frio.
MARANHÃO, H. Memorial do fim: a morte de Machado de Assis. São Paulo: Marco Zero, 1991.
O texto relata o momento em que, no leito de morte, 
Machado de Assis recebe a visita do Barão do Rio 
Branco, ministro de Estado. Criando a cena, o narrador 
obtém expressividade ao
A A representar com fidelidade os fatos históricos.
B B caracterizar a situação com profundidade dramática.
C C explorar a sensibilidade dos personagens envolvidos.
D D assumir a perspectiva irônica e o estilo narrativo do 
personagem.
E E recorrer a metáforas sutis e comparações de 
sentido filosófico.
QUESTÃO 20 
Foi o caso que um homenzinho, recém-aparecido na 
cidade, veio à casa do Meu Amigo, por questão de vida 
e morte, pedir providências. Meu Amigo sendo de vasto 
saber e pensar, poeta, professor, ex-sargento de cavalaria 
e delegado de polícia. Por tudo, talvez, costumava 
afirmar: — “A vida de um ser humano, entre outros seres 
humanos, é impossível. O que vemos é apenas milagre; 
salvo melhor raciocínio.” Meu Amigo sendo fatalista.
Na data e hora, estava-se em seu fundo de quintal, 
exercitando ao alvo, com carabinas e revólveres, 
revezadamente. Meu Amigo, a bom seguro que, no 
mundo, ninguém, jamais, atirou quanto ele tão bem — 
no agudo da pontaria e rapidez em sacar arma; gastava 
nisso, por dia, caixas de balas. Estava justamente 
especulando: — “Só quem entendia de tudo eram os 
gregos. A vida tem poucas possibilidades”. Fatalista 
como uma louça, o Meu Amigo. Sucedeu nesse comenos 
que o vieram chamar, que o homenzinho o procurava.
ROSA, J. G. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1967.
Os procedimentos de construção conferem originalidade 
ao estilo do autor e produzem, no fragmento, efeito de 
sentido apoiado na
A A reflexão filosófica em torno da brevidade da vida.
B B tensão progressiva ante a chegada do estranho.
C C nota irônica do perfil intelectual do personagem.
D D curiosidade natural despertada pelo anonimato.
E E erudição sutil da alusão ao pensamento grego.
*010475RO9*
10 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
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2QUESTÃO 21 
Reciclagem de hábitos ajuda a enfrentar a crise
Todo início de ano as pessoas fazem uma lista 
de propósitos para serem perseguidos ao longo dos 
próximos 12 meses. Ao que tudo indica, o próximo ano 
será um período de extrema dificuldade. Reciclar pode 
ser uma alternativa.
Esse conceito — por ser muito abrangente — nos 
propicia uma reflexão. No dia a dia pessoal, dentro de 
casa, podemos reciclar roupas,sapatos, objetos de uso 
pessoal etc. Ou seja, ao adotarmos tal atitude, não 
gastamos o escasso e suado dinheiro disponível. Vale 
também minimizar desperdícios. A vantagem dessa 
“consciência ecológica” acaba por beneficiar o meio 
ambiente e também o bolso.
Reciclar hábitos é muito difícil. Quantos se lembram 
de apagar a luz quando deixam um ambiente? E de 
desligar o chuveiro quando estão se ensaboando?
Se estou desempregado ou com pouco dinheiro, não 
preciso ir à academia (e me endividar ainda mais) para 
cuidar da saúde. Caminhar pelos parques ou jardins pode 
ser uma alternativa. Quantas vezes nos deparamos com 
pessoas andando — ou correndo — nas ruas? Isso pode 
ser imitado. Não tem custo algum!
E nas finanças pessoais? Disciplina, disciplina. 
Reduzir o consumo desenfreado, os gastos 
desnecessários e pesquisar muito antes de comprar 
o que é realmente essencial: supermercado, farmácia 
etc. Na verdade, as compras passam por gestão. 
Se compro roupa nova (necessária), deixo para comprar 
sapato ou bolsa no mês que vem. Além de evitar o 
endividamento numa hora de emprego difícil e renda 
baixa, o planejamento de gastos torna-se essencial.
Quem consegue poupar R$ 10,00 por semana 
terá R$ 40,00 no final do mês. Ao longo do ano, terá 
acumulado quase R$ 500. Sem sofrimento. Não foi uma 
reciclagem de hábito?
CALIL, M. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).
Para convencer o leitor de que a reciclagem de hábitos 
ajuda a enfrentar a crise, o autor desse texto
A A sugere o planejamento dos gastos familiares com o 
acompanhamento de um gestor.
B B revela o sofrimento ocasionado pela reciclagem de 
hábitos já arraigados na sociedade.
C C utiliza perguntas retóricas direcionadas a um público 
leitor engajado em causas ambientais.
D D apresenta sua preocupação em relação à dificuldade 
enfrentada pela indústria da reciclagem.
E E faz um paralelo entre os ganhos da reciclagem para o 
meio ambiente e para as finanças pessoais.
QUESTÃO 22 
O boato insiste em ser um gênero da comunicação. 
Um rumor pode nascer da má-fé, do mal-entendido 
ou de uma trapalhada qualquer. O primeiro impulso é 
acreditar, porque: 1 - confiamos em quem o transmite; 
2 - é fisicamente impossível verificar a veracidade 
de tudo; 3 - os meios de comunicação estão 
sistematicamente relapsos com a verificação de seus 
conteúdos e, se eles fazem isso, o que nos impede?
O boato não informa, mas ensina: mostra como uma 
sociedade se prepara para tomar posição. A nossa tem se 
aplicado na tarefa de desmantelar equipes de jornalistas 
que dão nome de “informação” a todo tipo de “copia e 
cola” difundido pela internet como se fosse um fato 
verídico. A comunicação atual depende, cada vez mais, 
do modo como vamos lidar com os rumores.
PEREIRA JR., L. C. Língua Portuguesa, n. 93, jul. 2013 (adaptado).
Em relação aos boatos que circulam ininterruptamente na 
internet, esse texto reconhece a importância da posição 
tomada pelo internauta leitor ao
A A confiar nos contatos pessoais que transmitiram a 
informação.
B B acompanhar e reproduzir o comportamento dos 
meios de comunicação.
C C seguir as contas dos jornalistas nas diversas redes 
sociais existentes.
D D excluir de seus contatos usuários que não confirmam 
a veracidade das notícias.
E E pesquisar em diferentes mídias a veracidade das 
notícias que circulam na rede.
*010475RO10*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 11
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2QUESTÃO 23 
A vida deveria nos oferecer um lugarzinho no rodapé 
da nossa história pessoal para eventuais erratas, 
como em tese de doutorado. Pelas vezes em que na 
infância e adolescência a gente foi bobo, foi ingênuo, 
foi indesculpavelmente romântico, cego e teimoso, 
devia haver uma errata possível. Como quando a gente 
acreditou que se fosse bonzinho ganharia aquela bicicleta; 
que todos os professores eram sábios e justos e todas as 
autoridades decentes; e quando a gente acreditou que 
pai e mãe eram imortais ou perfeitos.
Devia haver erratas que anulassem bobagens adultas: 
botei fora aquela oportunidade, não cuidei da minha grana, 
fui onipotente, perdi quem era tão precioso para mim, escolhi 
a gostosona em lugar da parceira alegre e terna; fiquei 
com aquele cara porque com ele seria mais divertido, mas 
no fundo eu não o queria como meu amigo e pai dos meus 
filhos. Profissionalmente não me preparei, não me preveni, 
não refleti, não entendi nada, tomei as piores decisões. 
Ah, que bom seria se essas trapalhadas pudessem ser 
anuladas com uma boa errata! Em geral, não podem.
Por todas as vezes que desviamos o olhar lúcido ou 
recolhemos o dedo denunciador, pagaremos — talvez 
num futuro não muito distante — um alto preço, durante 
um tempo incalculavelmente longo. E não haverá erratas.
LUFT, L. Errata de pé de página. Veja, n. 28, 18 jul. 2007 (adaptado).
No texto, a autora propõe o uso metafórico da errata 
como recurso para
A A assumir uma posição humilde diante da efemeridade 
da vida.
B B evitar decisões equivocadas advindas da inexperiência.
C C antecipar as consequências das nossas ações.
D D promover um maior amadurecimento intelectual.
E E rever atitudes realizadas no passado.
QUESTÃO 24 
Número total
de indígenas:
Indígenas que
vivem na zona
rural:
Indígenas que
vivem na zona
urbana:
Região com
maior número
de indígenas:
Região com
menor número
de indígenas:Número total de
línguas: 274
Dos indígenas
com 5 anos ou mais,
37,4% falavam
uma língua
indígena e 76,9%
falavam português
TICUNA COM
da população6,8%
896,9 mil
63,8%
502.783
36,2%
315.180
NORTE
342,8 mil
SUL
78,8 mil
78,9 mil pessoas residiam em
terras indígenas e se declararam
de outra raça (principalmente pardos, 67,5%),
mas se consideravam “indígenas” de acordo
com aspectos como tradições, costumes,
cultura e antepassados.
CONHEÇA A
DIVERSIDADE
INDÍGENA
BRASILEIRA
#RESISTÊNCIA INDÍGENA
LÍNGUA
Maior etnia:
?
CURIOSIDADE:
Disponível em: midianinja.org. Acesso em: 22 abr. 2021.
Pelo modo como seleciona e organiza as informações, 
esse infográfico cumpre a função de
A A questionar o processo de enfraquecimento da 
identidade indígena.
B B apresentar dados sobre a atual configuração da 
realidade indígena no país.
C C defender políticas de preservação da cultura 
indígena.
D D divulgar as etnias indígenas mais representativas do 
Brasil.
E E criticar a distribuição geográfica desigual das 
comunidades indígenas.
QUESTÃO 25 
Disponível em: www.cnbbsul1.org.br. Acesso em: 2 ago. 2019.
As informações contidas no texto dessa campanha têm 
o objetivo de
A A avaliar as políticas públicas para melhorar a qualidade 
dos serviços prestados ao povo brasileiro.
B B apresentar os canais de participação social, como os 
Conselhos previstos na Constituição Federal de 1988.
C C descrever o ciclo e as etapas de organização de uma 
política pública como incentivo à participação social.
D D fazer a distinção entre aspolíticas de governo e as 
políticas de Estado a fim de incentivar a busca por 
direitos.
E E estimular a participação da sociedade civil em políticas 
públicas para fortalecer a cidadania e o bem comum.
*010475RO11*
12 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
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2QUESTÃO 26 
Os homens estavam tratando de negócios e eu fiquei 
longe pra não atrapalhar. Já tinha ido com meu pai a muitos 
lugares e sabia que, quando ele queria falar de negócio, 
não gostava que eu ficasse por perto pedindo isso e aquilo. 
O secos e molhados era um mundo, enorme, eu me perdi lá 
dentro. Gostei de circular de um canto a outro [...]. Percebi 
que as vozes se alteravam e escutei a do meu pai apertada, 
mais baixa que as outras. Não sei por que, em vez de ver o 
que estava acontecendo, me escondi atrás das prateleiras 
e tentei ouvir o que eles diziam. Não entendi nada, mas 
pelo tom da conversa, percebi que meu pai estava triste. [...] 
O dono do armazém, cigarro pendurado na boca, 
sorriu, anotou qualquer coisa num saco de papel e 
enfiou a caneta sobre a orelha. Tinha uma cara feia 
e, ao mesmo tempo, me deu raiva e dó dele. [...] Meu 
pai disse, “Vamos, tá na hora”, e pagou a conta, a 
mercadoria não era boa, que ele compreendesse. 
Saímos. Antes de chegar na Kombi, olhei de rabo de olho 
e vi, surpreso, que meu pai estava chorando. Na hora eu 
achei que seria melhor não olhar, até procurei fingir, pra 
ele se controlar. Eu senti que ele se envergonharia se eu 
percebesse. Andamos depressa, a grande mão dele no 
meu ombro, num toque leve, um carinho resignado. Como 
quem não quer nada, fiz que estava atento ao movimento 
das ruas, mas via a dor cobrindo o rosto dele quando o sol 
cintilou seus olhos.
CARRASCOZA, J. A. Aos 7 e aos 40. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
No texto, a relação entre os personagens adquire uma 
representação tensa, na perspectiva do narrador- 
-personagem, que reconhece a
A A humilhação sofrida pelo pai na negociação.
B B ameaça nas atitudes do dono do comércio.
C C compaixão pelo comportamento paterno.
D D tensão entre os homens do armazém.
E E hierarquia entre adulto e criança.
QUESTÃO 27 
Bondade fazia jus ao apelido. Não tinha pouso certo. 
Morava em lugar algum, a não ser no coração de todos.
— Para que ter pouso certo? — dizia ele. — Homem 
devia ser que nem passarinho, ter asas para voar. Já rodei. 
Já vivi favela e mais favela, já vivi debaixo de pontes, 
viadutos... Já vivi matos e cidades. Já vaguei, vaguei... 
Muito tempo estou por aqui nesta favela. Aqui é grande 
como uma cidade. Há tanto barraco para entrar, tanta gente 
para se gostar!
O tempo ia passando, Bondade ficando ali. Comia em 
casa de um, bebia em casa de outro. Era amigo comum 
de dois ou mais inimigos. Não era traidor nem mediador 
também. Quando chegava à casa de um, por mais que 
indagassem, por mais que futricassem, Bondade não abria 
a boca. Desconversava, conversava, e a intriga morria logo. 
Vivia intensamente cada lugar em que chegava. Cada casa, 
cada pessoa, cada miséria e grandeza a seu tempo certo, 
no seu exato momento.
EVARISTO, C. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2018.
No texto, o apelido dado ao personagem incorpora 
valores humanos relativos à sua
A A generosidade em relação às demandas da 
comunidade onde vive.
B B capacidade de desprendimento material e 
benevolência afetiva.
C C experiência em ignorar as provocações de seus 
inimigos.
D D coragem em assumir uma vida de solidão e privações.
E E incapacidade de expressar emoções e sentimentos.
QUESTÃO 28 
Saúde aprova implantação de 82 academias em 
praças públicas na PB
Setenta e oito municípios paraibanos deverão 
receber 82 unidades das Academias da Saúde, que são 
espaços apropriados para a prática de atividades físicas. 
Os equipamentos são montados ao ar livre, e a população 
tem orientação gratuita sobre o uso dos aparelhos para 
se exercitar. A implantação das academias faz parte de 
um plano de ações estratégicas para o enfrentamento 
das doenças crônicas não transmissíveis, cuja meta é 
reduzir as mortes prematuras em 2% ao ano. O objetivo 
é alcançar melhorias em indicadores relacionados ao 
tabagismo, ao álcool, ao sedentarismo, à alimentação 
inadequada e à obesidade.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 11 nov. 2011 (adaptado).
No texto, a atividade física é associada à prevenção de 
doenças crônicas, à redução da mortalidade e à promoção 
da saúde. A partir de uma perspectiva ampliada e crítica 
sobre o conceito de saúde, interpretada como resultado 
de múltiplos fatores, o texto
A A reforça a necessidade de a atividade física ser 
orientada por um professor de educação física.
B B considera a saúde de forma multifatorial, ou seja, 
resultante da interferência de diversos fatores.
C C estabelece relação de causa-efeito entre atividade 
física e saúde, desconsiderando os condicionantes 
sociais.
D D destaca a importância da atividade física como lazer 
para a sociedade brasileira.
E E estabelece relações entre a prática de atividade física 
e a prevenção de doenças como a aids e a hepatite.
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2QUESTÃO 29 
Muitas brincadeiras preservam sua estrutura inicial, 
outras modificam-se recebendo novos conteúdos. 
A força de tais brincadeiras explica-se pelo poder da 
expressão oral. Como manifestação livre e espontânea 
da cultura popular, a brincadeira tradicional tem a função 
de perpetuar a cultura infantil, desenvolver formas de 
convivência social e permitir o prazer de brincar.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. 
São Paulo: Cortez, 1999.
Dentre os jogos e as brincadeiras expressos na cultura 
popular, que se perpetuam e se transformam pela tradição 
oral, podemos reconhecer o(a)
A A jogo popular do pião e do bilboquê.
B B jogo popular doqueimado e o voleibol.
C C brincadeira da amarelinha e a esgrima.
D D brincadeira de esconde-esconde e o balé.
E E jogo popular do taco e a ginástica artística.
QUESTÃO 30 
Diante de uma fórmula consagrada, mas dando indícios 
de desgaste, a Federação Internacional de Vôlei quis mudar. 
No calendário há quase três décadas, a Liga Mundial e o 
Grand Prix deram origem à nova Liga das Nações. Mas, 
além das mudanças de formato, a competição promete 
revolucionar a forma com que o esporte chega ao público 
e também atende a um pedido antigo das mulheres: 
a igualdade na premiação. A competição dará US$ 1 milhão 
para o campeão de cada gênero. Há algumas temporadas, 
as mulheres contestavam a diferença na premiação. A nova 
Liga das Nações, no entanto, atende ao pedido e iguala o 
valor recebido nos dois naipes. “Estamos compreendendo 
antes dos demais o espaço das mulheres no esporte. 
Até então tínhamos a Liga Mundial masculina, que 
pagava 1 milhão de dólares para o campeão, e o Grand 
Prix, que distribuía para a campeã feminina US$ 350 mil. 
Já no ano passado, o prêmio do Grand Prix subiu para 
US$ 600 mil. Com a criação da Liga das Nações, igualamos 
as premiações. Ao dar a mesma premiação para os dois 
gêneros, estamos dizendo ao mundo inteiro que homens 
e mulheres devem ter os mesmos direitos” — disse o 
presidente da FIVB.
Disponível em: https://globoesporte.globo.com. Acesso em: 9 jun. 2018 (adaptado).
A modalidade esportiva apresentada no texto caracteriza-se 
por ser
A A inovadora, ao equiparar a premiação para ambos os 
sexos.
B B obsoleta, ao premiar homens e mulheres de forma 
desigual.
C C reconhecida, ao manter o formato de seus eventos por 
décadas.
D D desgastada, ao não atender a uma demanda do público 
espectador.
E E conservadora, ao resistir à mudança do formato de 
seus eventos.
QUESTÃO 31 
Dentre as músicas clássicas que tinham potencial 
para ganhar as ruas das grandes cidades brasileiras, 
uma se destacou e acabou se transformando em um 
recado ao inconsciente coletivo: se as notas ouvidas 
lá longe são a melodia Für Elise, interpretada ao 
piano, é um caminhão vendendo gás que se aproxima. 
Essa história, que torna a obra do compositor alemão 
Ludwig van Beethoven um meme nacional, começou 
quando as firmas de venda de gás porta a porta queriam 
uma solução para substituir o barulho das buzinas 
e os gritos de “Ó o gás”. Com o objetivo de diminuir a 
poluição sonora, a prefeitura de São Paulo promulgou 
a Lei n. 11 016, em 1991, que institui que “Fica proibido 
o uso da buzina, pelos caminhões de venda de gás 
engarrafado a domicílio, para anunciar a sua passagem 
pelas vias e logradouros”. Entregadores de empresas 
de distribuição de gás recorreram a chips com músicas 
livres de direitos autorais. No início, não era apenas 
Für Elise — notas de outros temas clássicos também 
eram ouvidas. Mas a força da bagatela beethoveniana 
composta em 1810 acabou se sobrepondo às demais e 
virou praticamente um símbolo.
Disponível em: www.dw.com. Acesso em: 21 dez. 2020 (adaptado).
Ludwig van Beethoven (1770-1827) é mundialmente 
conhecido como um dos maiores representantes da 
música de concerto do período romântico. A adoção 
de uma de suas obras mais difundidas como anúncio de 
venda de gás engarrafado indica a
A A utilização da música erudita como forma de educar a 
população em geral.
B B manutenção da música europeia nos mais variados 
aspectos da cultura brasileira.
C C contribuição que a obra do compositor alemão tem na 
diminuição da poluição sonora.
D D modificação da função que uma obra artística pode 
sofrer em diferentes épocas e lugares.
E E articulação entre o poder público e as empresas para 
contornar as limitações das leis de direito autoral.
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14 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
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2QUESTÃO 32 
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RAPOSO- RJ
DIA 21/07/2012
VALOR 230,00
PASSAGEM E HOTEL
TRATAR C/ ROMILDA
- 1104 E - 8744
Disponível em: www.nadaver.com. Acesso em: 20 jul. 2012.
Esse cartaz tem como função social conquistar clientes 
para um evento turístico, e, por isso, seria recomendável 
que fosse escrito na norma-padrão da língua portuguesa. 
O comentário acrescentado por um interlocutor sugere 
que a grafia incorreta da palavra “excursão”
A A interfere na pronúncia do vocábulo.
B B reflete uma interferência da fala na escrita.
C C caracteriza uma violação proposital para chamar a 
atenção dos clientes.
D D diminui a confiabilidade nos serviços oferecidos pela 
prestadora.
E E compromete o entendimento do conteúdo da 
mensagem.
QUESTÃO 33 
A busca do “texto oculto” na leitura de notícias 
Os meus colegas jornalistas que me perdoem, mas 
não dá mais para ler uma notícia de jornal apenas pelo 
que está publicado. O nosso universo informativo ficou 
muito mais complexo depois do surgimento da avalanche 
informativa na internet.
Esse fenômeno, inédito na história do jornalismo, 
está nos obrigando a tomar uma notícia de jornal apenas 
como um ponto de partida para uma análise que, 
necessariamente, envolve a preocupação em descobrir 
o contexto do que foi publicado. A notícia de jornal não é 
mais a verdade definitiva, mas a porta de entrada numa 
realidade desconhecida e inevitavelmente complexa, 
contraditória e diversa.
A principal mudança que todos nós teremos que 
incorporar às nossas rotinas informativas é a necessidade 
de sermos críticos em relação às notícias que leremos, 
ouviremos ou assistiremos.
A busca de um novo modelo de formatação de notícias 
baseado numa cultura da diversificação informativa 
está apenas começando. O público passou a ter uma 
importância estratégica na atividade profissional porque 
os jornalistas necessitam, cada vez mais, dos blogs 
pessoais, das páginas da web e das postagens em redes 
sociais como fonte de notícias. A histórica dependência de 
fontes governamentais e corporativas está rapidamente 
sendo substituída pela notícia oriunda de comunidades, 
grupos sociais organizados e influenciadores digitais. 
A agenda de notícias das elites perde espaço para a 
agenda do público.
É essa nova forma de ver a realidade que está na 
base da necessidade do chamado “texto oculto”, um 
jargão acadêmico para uma diversificação na nossa nova 
forma de ler, ouvir e ver notícias.
CASTILHO, C. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br.
Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).
Ao problematizar os modos de ler notícias e a necessidade 
de se buscar o chamado “texto oculto”, o texto defende 
que esse processo implicará
A A adaptação na forma como a imprensa e o jornalismo 
abordam a informação.
B B alteração na prática interacional entre os usuários 
de redes sociais.
C C ampliação da quantidade de informação disponível 
na internet.
D D demanda por informações fidedignas em fontes 
oficiais.
E E percepção da notícia como um produto acabado.
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2QUESTÃO 34 
TEXTO I
O homem atual está sacrificando conhecimentos 
profundos de qualidade em prol de informações cada 
vez mais reduzidas, o que dá uma imagem incompleta 
do mundo em que cremos viver. Por isso as numerosas 
notícias de hoje serão esquecidas amanhã, uma vez que 
serão substituídas por outras numerosas notícias. Quanto 
mais informações tem uma sociedade, um acúmulo 
excessivo, menos memória guardamos, o que diminui 
sua profundidade histórica, e, por conseguinte, também 
a capacidade que se tem para conduzi-la com as nossas 
próprias mãos.
Disponível em: www.revistaesfinge.com.br. Acesso em: 13 out. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Esc (Caverna digital)
O que Maria vê
Seu João não vê
Dentro de cada universo
Cada um enxerga e sente
Com seu cada qual
O que Francisco diz
Bia num entendeu
Já tinha visto tanta coisa
Que na sua cabeça tudo logo se perdeu
Me faz lembrar onde estamos
Digitalmente perdidos
Me faz lembrar nosso rumo
Liquidamente entretidos [...]
Lá fora um vendaval (aqui na)
Caverna digital
Ficamos inventando histórias
Uma ilusão perfeita do que era pra ser
Olho que tudo vê
Ela ele você
SCALENE. Magnitite. São Paulo: Red Bull Studios, 2017 (fragmento).
Na comparação entre os dois textos, constata-se que a 
crítica comum a ambos refere-se ao(à)
A A aversão ao controverso.
B B incompreensão entre as pessoas.
C C esvaziamento das relações sociais.
D D distanciamento sistemático da realidade.
E E incredulidade frente aos acontecimentos.
QUESTÃO 35 
Conseguindo, porém, escapar à vigilância dos 
interessados, e depois de curtir uma noite, a mais escura 
de sua vida, numa espécie de jaula com grades de ferro, 
Amaro, que só temia regressar à “fazenda”, voltar ao seio 
da escravidão, estremeceu diante de um rio muito largo 
e muito calmo, onde havia barcos vogando em todos 
os sentidos, à vela, outros deitando fumaça, e lá cima, 
beirando a água, um morro alto, em ponta, varando as 
nuvens, como ele nunca tinha visto...
[...] todo o conjunto da paisagem comunicava-lhe uma 
sensação tão forte de liberdade e vida, que até lhe vinha 
vontade de chorar, mas chorar francamente, abertamente, 
na presença dos outros, como se estivesse enlouquecendo... 
Aquele magnífico cenário gravara-se-lhe na retina para 
toda a existência; nunca mais o havia de esquecer, oh! 
Nunca mais! Ele, o escravo, “o negro fugido”, sentia-se 
verdadeiramente homem, igual aos outros homens, feliz de 
o ser, grande como a natureza, em toda a pujança viril da 
sua mocidade, e tinha pena, muita pena dos que ficavam 
na “fazenda” trabalhando, sem ganhar dinheiro, desde a 
madrugadinha té... sabe Deus!
CAMINHA, A. Bom Crioulo. São Paulo: Martin Claret, 2008.
A situação descrita no fragmento aproxima-o dos 
padrões estéticos do Naturalismo em função da
A A fragilidade emocional atribuída ao indivíduo 
oprimido.
B B influência da paisagem sobre a capacidade de 
resiliência.
C C impossibilidade de superação dos traumas da 
escravidão.
D D correlação de causalidade entre força física e origem 
étnica.
E E condição moral do indivíduo vinculada aos papéis de 
gênero.
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2QUESTÃO 36 
TEXTO I
De casa para a escola
Saber respeitar limites, esperar, suportar, ter seus 
desejos frustrados, fazer trocas e planejar é ter educação 
financeira. E o exemplo vem de casa. Mas as atitudes dos 
pais somente serão referências para a educação financeira 
se eles mesmos usarem o dinheiro de forma consciente, 
fizerem pesquisa de preço, comprarem à vista, pedirem 
descontos, tiverem controle de suas finanças, souberem 
o quanto têm e o quanto podem gastar, investir e poupar. 
Portanto, boa parte das razões que levam um adulto a se 
tornar consumista e a se endividar está na educação que 
recebe quando criança ou na adolescência.
MACEDO, C. Revista Carta Fundamental, n. 37, abr. 2012 (adaptado).
TEXTO II
Educação financeira para crianças
Ensinar para os filhos o valor das coisas é 
responsabilidade dos pais, mas, se lidar com dinheiro 
é complicado para adultos, passar esse conhecimento 
para crianças é uma tarefa bem mais delicada. De 
acordo com a especialista em educação financeira infantil 
Cássia D’Aquino, o momento certo de começar a ensinar 
a criança a lidar com as finanças é anunciado pela 
própria, na primeira vez em que pede aos pais para lhe 
comprarem alguma coisa. Isso costuma acontecer por 
volta dos dois anos e meio, e, nessa hora, o pequeno 
mostra que já percebeu o que é dinheiro e que o 
dinheiro “compra” as coisas que ele pode vir a querer. 
À medida que os pequenos vão crescendo, os filhos vão 
convivendo com a forma com que seus pais trabalham 
com o dinheiro. Para Cássia, a melhor base para uma 
educação financeira eficiente é aquela transmitida por 
meio de atitudes simples na rotina do relacionamento 
entre pais e filhos. Assim que a criança manifestar uma 
noção básica em relação a dinheiro, os pais já podem, de 
maneira gradual, adotar uma postura educativa.
Disponível em: http://brasil.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2013.
Sob diferentes perspectivas, os textos I e II abordam o 
tema educação financeira. No entanto, em ambos os 
textos, os autores sustentam a opinião de que
A A os modelos familiares impostos na infância e na 
juventude são espelhos para os filhos.
B B o sucesso da educação financeira está ligado à 
forma como a escola trabalha o tema.
C C uma das tarefas mais difíceis do processo de 
educação é estabelecer limites.
D D a educação imposta pela sociedade substitui aquela 
recebida em casa.
E E os filhos devem poupar na infância para investirem 
quando adultos.
QUESTÃO 37 
A criança e a lógica
Uma menina vê a foto da mãe grávida e ouve a 
seguinte explicação: “Você estava na minha barriga, filha”. 
Imediatamente, a criança chega à incrível conclusão: 
“Mamãe, então você éo lobo mau?”. A partir dos 2 
anos, a criança começa a dominar as palavras, mas sua 
lógica, que difere da do adulto, surpreende os pais pelas 
associações. Para uma psicóloga infantil, esse raciocínio 
se explica pelo fato de que a lógica, nos primeiros anos 
de vida, é primitiva e rígida, não admite que para a 
mesma questão existam várias possibilidades. Quando a 
mãe diz que vai chegar em casa à noite, a criança não 
compreende por que, afinal, a promessa ainda não foi 
cumprida se já está escuro. Ou se ela já ouviu que as 
pessoas morrem quando estão velhinhas e de repente 
acontece de alguém próximo perder a vida ainda jovem, 
ela pode custar a se conformar. “O importante é falar 
a verdade e ter paciência. Com o tempo, as crianças 
percebem que um fato pode ter mais de uma explicação, 
e vários fatos influenciam uma mesma situação. A lógica 
vai, assim, aprimorando-se e ficando mais próxima da do 
adulto entre os 5 e 6 anos”, afirma a especialista.
Disponível em: http://revistacrescer.globo.com. Acesso em: 15 nov. 2014 (adaptado).
O texto cita a opinião de uma psicóloga como estratégia 
argumentativa para
A A explicar as associações inesperadas das crianças 
de 2 a 5 anos.
B B apresentar dados científicos sobre a falta de lógica 
na infância.
C C gerar efeitos de credibilidade às informações 
apresentadas.
D D justificar a natureza rudimentar do raciocínio infantil.
E E ajudar os adultos na interlocução com as crianças.
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2QUESTÃO 38 
Uma polêmica relacionada à covid-19 com clara 
relação com a Educação Física foi a discussão sobre 
a reabertura ou não das academias de ginástica em 
plena pandemia. Entre os argumentos apresentados 
pelos que defendiam a abertura estava o de que o 
exercício teria um efeito protetor contra a covid-19, 
pe lo for ta lec imento do s is tema imunológ ico. 
A realização dessas práticas pode ser importante para 
a saúde, inclusive com foco na melhoria/manutenção 
da saúde mental, mas em muitas recomendações 
há mais um sentido de “ter que fazer”, com caráter 
“obrigatório”. Outro ponto ignorado diz respeito ao 
aconselhamento para a realização de exercícios 
físicos em casa durante a pandemia, considerando 
aspectos como a habilidade das pessoas para 
realizarem essas atividades, suas preferências, as 
condições das residências etc. Entendemos que 
essas recomendações, algumas vezes de caráter 
persecutório e descontextualizadas da realidade 
de muitas pessoas, não favorecem um olhar mais 
ampliado sobre a saúde.
LOCH, M. R. et al. A urgência da saúde coletiva na formação em Educação Física: 
lições com a covid-19. Ciência & Saúde Coletiva, n. 25, 2020 (adaptado).
Segundo o texto, no contexto da pandemia, a relação 
entre exercício físico e saúde deveria considerar a
A A necessidade de que as academias se mantivessem 
abertas para orientação das práticas corporais.
B B recomendação de que as atividades físicas 
atendessem às preferências individuais.
C C relevância de adaptar as atividades físicas à realidade 
social dos sujeitos.
D D obrigatoriedade de adotar o hábito de praticar atividades 
físicas em casa.
E E importância de melhorar as defesas orgânicas contra 
a doença.
QUESTÃO 39 
A partir da década de 1980, o voleibol começa 
a ser visto como um ótimo meio de comercialização 
de produtos esportivos. Esse fenômeno apresenta 
uma vertiginosa escalada na década de 1990, e 
a Federação Internacional de Voleibol, tendo o 
mexicano Rubem Acosta na presidência, vê-se 
com a obrigação de alterar algumas regras para a 
melhoria do voleibol como espetáculo, já que a alta 
performance alcançada pelas equipes vinha tornando 
enfadonhas as competições.
SANTOS NETO, S. C. A evolução das regras visando ao espetáculo no voleibol. 
Disponível em: www.efdeportes.com. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado).
Uma das principais mudanças nas regras do voleibol, 
decorrentes do processo identificado no texto, refere-se à
A A restrição para que a bola possa ser tocada apenas 
pelas partes do corpo acima da cintura, imprimindo 
maior dinamicidade ao jogo.
B B modificação na contagem de pontos, com o fim do 
sistema de vantagem, tornando as partidas mais 
interessantes para as transmissões televisivas.
C C destinação de um espaço restrito e predefinido para 
a realização do saque, permitindo um maior índice de 
acertos nesse fundamento do jogo.
D D indicação de que contatos simultâneos sejam 
considerados como toque apenas, permitindo maior 
permanência da bola em disputa.
E E permissão ao chamado bloqueio ou ataque, 
ampliando a possibilidade de utilização de recursos 
técnicos e estratégicos no jogo.
QUESTÃO 40 
Em nenhum outro tipo de literatura a fantasia 
desempenha papel tão importante. Sapos se transformam 
em príncipes, animais conversam com humanos, mesas 
se põem sozinhas e contratempos insolúveis se resolvem 
de um parágrafo para outro. Essa falta de verossimilhança 
não afasta o leitor. Pelo contrário, juntamente com o 
anonimato dos príncipes e princesas, que não têm 
personalidade definida e vivem em terras distantes sem 
localização exata, ela facilita a identificação com os 
personagens. O mundo da fantasia abre espaço para 
que coisas desagradáveis, que não seriam toleradas em 
outros tipos de história, passem incólumes, como bruxas 
comedoras de criancinha e anões cruéis que roubam 
bebês. Boa parte do fascínio dos contos tem origem 
justamente nesse mundo sombrio. Contos de fadas não 
constituem sempre histórias agradáveis polvilhadas com 
açúcar, como a casa de pão de ló de João e Maria. Pelo 
contrário, as tramas são recheadas de malvadezas que 
sobrevivem às dezenas de adaptações. Podem passar 
despercebidas, mas estão lá. Ou é inofensiva a história 
de uma menina e sua avó que são devoradas vivas 
por um lobo? Ou é inocente o conto da menina que é 
sequestrada e obrigada a passar a juventude trancada 
no alto de uma torre? E o que dizer do bebê condenado à 
morte no dia do seu batizado?
Disponível em: https://super.abril.com.br. Acesso em: 20 jun. 2019 (adaptado).
As perguntas ao final do texto estão relacionadas ao 
argumento segundo o qual contos de fadas
A A manifestam aspectos obscuros da condição humana.
B B estimulam a fantasia e a imaginação dos leitores.
C C favorecem a identificação com os personagens.
D D são inadequados para a maioria das crianças.
E E são adaptados aos valores de cada época.
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18 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
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2QUESTÃO 41 
A anorexia é um transtorno alimentar caracterizado por 
grande perda de peso, ausência de menstruação e distúrbio 
na vivência do peso ou da forma corporal. Fatores familiares, 
psicológicos, socioculturais e fisiológicos interagem entre 
si, predispondo, precipitando e/ou mantendo o transtorno. 
Anoréxicos têm medo doentio de engordar e experienciam 
uma grande necessidade de controle sobre o peso e a 
forma do corpo. Dietas exíguas, uso de laxantes, diuréticos 
e indução de vômito são estratégias para manter o peso e 
a forma corporal. O exercício também é uma estratégia 
para perder e controlar o peso, sendo praticado de maneira 
ritualizada e excessiva. O objetivo é alcançar um corpo 
ideal condizente com os padrões de beleza, eliminando as 
poucas calorias que o sujeito se permite ingerir.
CUMMING, G. et al. Experiências e expectativas em práticas de atividades físicas de 
pessoas com anorexia nervosa. Movimento, n. 2, 2009 (adaptado).
Uma causa determinante que contribui para a anorexia, 
vinculada ao exercício físico, é o(a)
A A busca por um modelo de corpo e beleza 
estereotipado socialmente.
B B conjunto de fatores familiares, psicológicos e 
socioculturais.
C C utilização de medicamentos e dietas restritivas.
D D recorrência da provocação do vômito.
E E medo exagerado de ganhar peso.
QUESTÃO 42 
Domésticas, de Fernando Meirelles e Nando Olival (2001)
Drama de trabalhadoras domésticas na cidade de 
São Paulo, mostradas a partir do cotidiano de Cida, 
Roxane, Quitéria, Raimunda e Créo. Uma quer se casar; 
a outra é casada, mas sonha com um marido melhor; uma 
sonha em ser artista de novela e a outra acredita que tem 
por missão na Terra servir a Deus e à sua patroa. Todas 
têm sonhos distintos, mas vivem a mesma realidade: 
trabalhar como empregada doméstica. Conduzido 
com humor (e uma trilha musical dos hits populares 
do Brasil brega dos anos 1970), o filme de Meirelles e 
Olival retrata o universo particular dessa categoria de 
trabalhadoras domésticas. É curioso que, em nenhum 
momento, aparecem patrões ou patroas. A narrativa de 
Domésticas se desenvolve segundo a ótica contingente 
das classes subalternas, dos de baixo, com seus anseios 
e sonhos, expectativas e frustrações. Não aparecem 
situações de luta social por direitos, o que sugere que 
o filme se detém na epiderme da consciência de classe 
contingente, expressando, desse modo, a fragmentação 
das perspectivas de vida e trajetórias das domésticas 
(quase como um destino, como observa na palavra final 
a doméstica Roxane). Do mesmo modo, ao retratar Zé 
Pequeno (em Cidade de Deus), Meirelles tratou sua sina 
de bandido quase como destino. É baseado na peça de 
teatro de Renata Melo (2005).
Disponível em: www.telacritica.org. Acesso em: 25 ago. 2017 (adaptado).
A sinopse, para convencer o leitor a assistir ao filme 
Domésticas, lança mão da seguinte estratégia de 
linguagem:
A A Reflexão sobre a língua utilizada pelas personagens 
do filme.
B B Avaliação positiva do filme disfarçada de 
comparação.
C C Referência à mídia cinematográfica.
D D Descrição de cenas do filme.
E E Apelação ao leitor.
QUESTÃO 43 
TEXTO I
Há uma geração inteira sem conseguir emprego. 
Grande parte sonha com um concurso público. Não é 
novidade, multidões sempre correram atrás de emprego 
municipal, estadual ou federal. Espanta é a disposição 
para trabalhar em qualquer área, fora do que consideravam 
sua vocação. Em crise, vocação é ter salário. Há quem 
continue na casa dos pais, indefinidamente. Ou quem volte. 
O problema é que nem sempre dá certo. Mães e pais que 
têm aposentadoria ainda asseguram a sobrevivência dos 
filhos. É uma geração à deriva.
CARRASCO, W. Disponível em: http://epoca.globo.com. Acesso em: 23 ago. 2017 
(adaptado).
TEXTO II
Ah, a casa da avó! Sinônimo de comidinha gostosa, 
muita brincadeira, vontades feitas. O imaginário de muita 
gente traz da infância as melhores lembranças da casa 
da avó. Mas o que para muitos é apenas um local para 
brincadeiras e férias, para outros, nos últimos tempos, tem 
sido sinônimo da casa principal, onde os netos moram e 
são criados.
Não só o mercado de trabalho levou as crianças 
para a casa das avós em tempo integral, mas também a 
sociedade moderna, com o divórcio e as novas constituições 
familiares. Com o divórcio, a correria do dia a dia no mercado 
de trabalho e a própria emancipação da mulher, muitas 
mães delegaram aos avós a tarefa de criar seus filhos.
MAIA, K. Disponível em: www.cnte.org.br. Acesso em: 23 ago. 2017 (adaptado).
Esses dois textos têm temáticas diferentes, na medida 
em que o Texto I trata da volta dos filhos à casa dos pais, 
e o Texto II, da permanência dos netos na casa dos avós. 
Entretanto, eles se aproximam no que diz respeito
A A ao aconchego que os filhos e netos encontram 
nesses lugares.
B B ao fator econômico, que é a causa do problema nos 
dois casos.
C C aos problemas de relacionamento que surgem 
nessas situações.
D D ao divórcio, que é apontado como comum nos 
dias de hoje.
E E à independência da mulher, que causa a ausência 
das mães.
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02
2QUESTÃO 44 
A historiografia do país demonstra que foi necessário 
considerável esforço do colonizador português em 
impor sua língua pátria em um território tão extenso. 
Trata-se de um fenômeno político e cultural relevante 
o fato de, na atualidade, a língua portuguesa ser 
a língua oficial e plenamente inteligível de norte a 
sul do país, apesar das especificidades e da grande 
diversidade dos chamados “sotaques” regionais. Esse 
empreendimento relacionado à imposição da língua 
portuguesa foi adotado como uma das estratégias de 
dominação, ocupação e demarcação das fronteiras do 
território nacional, sucessivamente, em praticamente 
todos os períodos e regimes políticos. Da Colônia ao 
Império, da República ao Estado Novo e daí em diante. 
Tomemos como exemplo o nheengatu, uma língua 
baseada no tupi antigo e que foi fruto do encontro, 
muitas vezes belicoso e violento, entre o colonizador 
e as populações indígenas da costa brasileira e 
de grande parte da Amazônia. Foi a língua geral de 
comunicação no período colonial até ser banida pelo 
Marquês de Pombal, a partir de1758, caindo em 
pleno processo de desuso e decadência a partir de 
então. Foram falantes de nheengatu que nominaram 
uma infinidade de lugares, paisagens, acidentes 
geográficos, rios e até cidades. Atualmente, resta 
um pequeno contingente de falantes dessa língua no 
extremo norte do país. É utilizada como língua franca 
em regiões como o Alto Rio Negro, sendo inclusive 
fator de afirmação étnica de grupos indígenas 
que perderam sua língua original, como os Barés, 
Arapaços, Baniwas e Werekenas.
Disponível em: http://desafios.ipea.gov.br.
Acesso em: 20 out. 2021 (adaptado).
Da leitura do texto, depreende-se que o patrimônio 
linguístico brasileiro é
A A constituído por processos históricos e sociais de 
dominação e violência.
B B decorrente da tentativa de fusão de diferentes línguas 
indígenas.
C C exemplificativo da miscigenação étnica da sociedade 
nacional.
D D caracterizado pela diversidade de sotaques e 
regionalismos.
E E resultado de sucessivas ações de expansão 
territorial.
QUESTÃO 45 
O SILÊNCIO APRISIONA
NÃO SOFRA CALADA. 
 
Vá até uma das Delegacias de Defesa da Mulher 
(DDM) e denuncie.
Apenas 40% das agressões
são denunciadas.
60% das mulheres
vítimas de agressão sofrem em
silêncio e não pedem ajuda,
pois muitas sentem vergonha ou
dependência emocional do
agressor ou até mesmo se culpam
pela violência sofrida.
Geralmente, a conduta
agressiva contra a mulher
começa com pequenos insultos, 
logo se seguem empurrões
e pancadas. 
As pessoas acreditam que
a violência doméstica acontece
apenas com classes baixas,
mas pesquisas mostram
que 50% dos casos
ocorrem com as
classes média e alta.
“A violência, seja qual for a
maneira como ela se manifesta,
é sempre uma derrota.”
Jean-Paul Sartre
Disponível em: http://aindaexisteluz.blogspot.com. Acesso em: 10 maio 2013.
Ao abordar a temática da violência contra a mulher, o 
cartaz conjuga as linguagens verbal e não verbal para
A A apresentar políticas públicas de combate à 
discriminação de gênero.
B B mobilizar a vítima para denunciar as agressões sofridas.
C C expressar a reação da sociedade em relação ao crime.
D D analisar as consequências resultantes do sofrimento.
E E discutir o comportamento psicológico do agressor.
*010475RO19*
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
dispostas da seguinte maneira: 
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 
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com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão. 
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 
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6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
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8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES 
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9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e 
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Um súbito silêncio enfreia os ventos 
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
*010475RO1*
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 1 09/09/2021 17:40:59
2 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO2*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Questão 01
The British (serves 60 million)
Take some Picts, Celts and Silures
And let them settle,
Then overrun them with Roman conquerors.
Remove the Romans after approximately 400 years
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Angles, Saxons, Jutes and Vikings, then stir vigorously.
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Sprinkle some fresh Indians, Malaysians, Bosnians,
Iraqis and Bangladeshis together with some
Afghans, Spanish, Turkish, Kurdish, Japanese
And Palestinians
Then add to the melting pot.
Leave the ingredients to simmer.
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Binding them together with English.
Allow time to be cool.
Add some unity, understanding, and respect for the future,
Serve with justice
And enjoy.
Note: All the ingredients are equally important. Treating 
one ingredient better than another will leave a bitter 
unpleasant taste.
Warning: An unequal spread of justice will damage the 
people and cause pain. Give justice and equality to all.
Disponível em: www.benjaminzephaniah.com. 
Acesso em: 12 dez. 2018 (fragmento).
Ao descrever o processo de formação da Inglaterra, o 
autor do poema recorre a características de outro gênero 
textual para evidenciar
A a riqueza da mistura cultural.
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C um impacto de natureza histórica.
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E a questão da intolerância linguística.
Questão 02
We are now a nation obsessed with the cult of 
celebrity. Celebrities have replaced the classic notion 
of the hero. But instead of being respected for talent, 
courage or intelligence, it is money, style and image the 
deciding factors in what commands respect. Image is 
everything. Their image is painstakingly constructed by a 
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behind them, believing in everything that celebrity believes 
in. Companies know that people will buy a product if a 
celebrity has it too. It is as if the person buying the product 
feels that they now have some kind of connection with 
the celebrity and that some of their perceived happiness 
will now be passed onto the consumer. So to look at it 
one way, the cult of celebrity is really nothing more than 
a sophisticated marketing scheme. Celebrities though 
cannot be blamed for all negative aspects of society. In 
reality society is to blame. We are the people who seemed 
to have lost the ability to think for ourselves. I suppose 
it’s easier to be told what to think, rather than challenging 
what we are told. The reason we are swamped by celebrity 
is because there is a demand for it.
Disponível em: www.pitlanemagazine.com. 
Acesso em: 7 dez. 2017 (adaptado).
O texto, que aborda questões referentes ao tema do culto 
à celebridade, tem o objetivo de
A destacar os méritos das celebridades.
B criticar o consumismo das celebridades.
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D culpar as celebridades pela obsessão dos fãs.
E valorizar o marketing pessoal das celebridades.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 2 09/09/2021 17:40:59
 3LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO3*
Questão 03
Becoming
Back in the ancestral homeland of Michelle Obama, 
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“gal” or “auntie” or worse. This so openly demeaned them 
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Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 28 dez. 2018 (adaptado).
A crítica do livro de memórias de Michelle Obama, 
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humanas na cidade natal da autora. Nesse contexto, o uso 
do vocábulo “unthinkable” ressalta que
A a ascensão social era improvável.
B a mudança de nome era impensável.
C a origem do indivíduo era irrelevante.
D o trabalho feminino era inimaginável.
E o comportamento parental era irresponsável.
Questão 04
SIPRESS. Disponível em: www.newyorker.com. Acesso em: 12 jun. 2018.
A presença de “at odds with” na fala da personagem do 
cartum revela o(a)
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C desejo de dominar novas tecnologias.
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E vontade de ler notícias positivas.
Questão 05
Exterior: Between The Museums — Day
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Americans always think Europe is perfect. But such 
beauty and history can be really oppressive. It reduces the 
individual to nothing. It just reminds you all the time you 
are just a little speck in a long history, where in America 
you feel like you could be making history. That’s why I like 
Los Angeles because it is so…
JESSE
Ugly?
CELINE
No, I was going to say “neutral”. It’s like looking at a 
blank canvas. I think people go to places like Venice on 

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too busy looking around at all the beautiful things. That’s 
what people call a romantic place — somewhere where 
the prettiness will contain your primary violent instinct. 
A real good honeymoon spot would be like somewhere in 
New Jersey.
KRIZAN, K.; LINKLATER, R. Before Sunrise: screenplay. 
New York: Vintage Books, 2005.
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sobre um lugar depende do(a)
A beleza do próprio local.
B perspectiva do visitante.
C contexto histórico do local.
D tempo de permanência no local.
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Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 3 09/09/2021 17:40:59
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*010475RO4*
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
Questão 01
Amuleto
Lo único cierto es que llegué a México en 1965 y me 
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y les dije aquí estoy para lo que gusten mandar. Y les 
debí de caer simpática, porque antipática no soy, aunque 
a veces soy pesada, pero antipática nunca. Y lo primero 
que hice fue coger una escoba y ponerme a barrer 
el suelo de sus casas y luego a limpiar las ventanas y 
cada vez que podía les pedía dinero y les hacía compra. 
Y ellos me decían con ese tono español tan peculiar, esa 
musiquilla distinta que no los abandonó nunca, como si 
encircularan las zetas y las ces y como si dejaran a las 
eses más huérfanas y libidinosas que nunca, Auxilio, me 
decían, deja ya de trasegar por el piso, Auxilio, deja esos 
papeles tranquilos, mujer, que el polvo siempre se ha 
avenido con la literatura.
BOLAÑO, R. A. Tres novelas. Barcelona: Círculo de Lectores, 2003.
No fragmento do romance, a uruguaia Auxilio narra 
a experiência que viveu no México ao trabalhar 
voluntariamente para dois escritores espanhóis. Com 
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A variação linguística do espanhol.
B sujeira dos livros de literatura.
C distintas maneiras de acolher do mexicano.
D orientações sobre a limpeza das casas dos espanhóis.
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empregada.
Questão 02
Se reunieron en un volumen todas las entrevistas 
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Lorca concedió 133 entrevistas; leyéndolas se sabrá 
qué estaba por detrás de la poética del escritor andaluz. 
Sobre su obra declaró en una de ellas: “No he sido nunca 
poeta de minoría. He tratado de poner en mis poemas 
lo de todos los tiempos, lo permanente, lo humano. 
A mí me ataca lo humano, es el elemento fundamental en 
toda obra de arte”. Y en otra dijo: “Hoy no interesa más 
que una problemática: lo social. La obra que no siga esa 
dirección está condenada al fracaso, aunque sea muy 
buena”. En su última entrevista, de junio de 1936, Lorca 
se muestra profético: “Ni el poeta ni nadie tiene la clave y 
el secreto del mundo. Quiero ser bueno. Sé que la poesía 
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agradable sorpresa de encontrarme con él. Pero el dolor 
del hombre y la injusticia constante que mana del mundo, 
y mi propio cuerpo y mi propio pensamiento, me evitan 
trasladar mi casa a las estrellas”.
AYÉN, X. Retrato del poeta como “muchachón gitanazo”. Disponível em: www.clarin.com. 
Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).
Esse trecho da resenha de um livro de entrevistas 
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A ressaltar a atração do entrevistado por questões 
místicas.
B divulgar a comoção das elites com as obras do 
entrevistado.
C salientar o compromisso do entrevistado com as 
questões sociais.
D mostrar a atualidade das obras poéticas e teatrais do 
entrevistado.
E criticar o interesse do entrevistado por particularidades 
da vida humana.
Questão 03
Por Dios!
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QUÉ LE HA
PASADO
AL MUNDO?
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GUERRA
CRISIS
INSEGURIDADMISERIAVIOLENCIA
LUJO
OBSCENO
NOSOTROS.
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A charge evoca uma situação de assombro frente a uma 
realidade que assola as sociedades contemporâneas. 
Seu efeito humorístico reside na crítica diante do(a)
A constatação do ser humano como o responsável pela 
condição caótica do mundo.
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enfrentadas pela humanidade.
C indignação dos trabalhadores em face das injustiças 
sociais.
D veiculação de informações trágicas pelos telejornais.
E manipulação das notícias difundidas pelas mídias.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 4 09/09/2021 17:40:59
 5LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO5*
Questão 04
Hoy, en cuestión de segundos uno es capaz de 
conocer la vida de un individuo o las actividades que lleva 
a cabo sin necesidad de contacto personal; las RRSS 
tienen la poderosa virtud de convocar concentraciones 
de gentes con idearios comunes y generar movimientos 
como la Primavera Árabe, por ejemplo.
Bajo ese parámetro, cualquier incidente puede ser 
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lo que a los aparatos celulares, más allá de su utilidad en 

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guillotina del siglo XXI”.
Así es. Son éstos los que han pasado a convertirse en 
artefactos con cuyo uso se han develado conversaciones, 
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que han dado curso a procesos de naturaleza legal e 
investigativa que han tumbado gobiernos, empresas, 
empresarios, políticos y que, incluso, ha servido en un caso 
reciente, para que un inocente recupere su libertad tras 
cuatro años de injusto encierro.
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O texto trata da evolução inerente às funcionalidades de 
recursos tecnológicos. A expressão “la guillotina del siglo 
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A oferecer recursos com funções múltiplas.
B reunir usuários com ideias semelhantes.
C divulgar informação instantânea.
D organizar movimentos sociais.
E assumir utilidade jurídica.
Questão 05
En el suelo, apoyado en el mostrador, se acurrucaba, 
inmóvil como una cosa, un hombre muy viejo. Los 
muchos años lo habían reducido ypulido como las aguas 
a una piedra o las generaciones de los hombres a una 
sentencia. Era oscuro, chico y reseco, y estaba como 
fuera del tiempo, en una eternidad.
BORGES, J. L. ��������	. Madri: Alianza Cien, 1995.
No âmbito literário, são mobilizados diferentes recursos 
que visam à expressividade. No texto, a analogia 
estabelecida pela expressão “como las aguas a una 
piedra” tem a função de
A enfatizar a ação do tempo sobre a personagem.
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C expor a anacronia da personagem.
D caracterizar o espaço do conto.
E narrar a perenidade da velhice.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 5 09/09/2021 17:41:00
6 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO6*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
Questão 06
ESSE PET É
DESCARTÁVEL.
ESSE NÃO
ABANDONO
LEI FEDERAL Nº 9 605/98
É CRIME.
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Disponível em: www.deskgram.org. Acesso em: 12 dez. 2018 (adaptado).
A associação entre o texto verbal e as imagens da garrafa 
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B desvincular o conceito de descarte da ideia de 
negligência.
C incentivar campanhas de adoção de animais em 
situação de rua.
D sensibilizar o público em relação ao abandono de 
animais domésticos.
E alertar a população sobre as sanções legais acerca 
de uma prática criminosa.
Questão 07
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Nessa tirinha, produzida na década de 1970, os recursos 
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A reforçar a luta por direitos civis.
B explicitar a autonomia feminina.
C ironizar as condições de igualdade.
D estimular a abdicação da vida social.
E criticar as obrigações da maternidade.
Questão 08
A crise dos refugiados imortalizada para sempre no 
fundo do mar
TAYLOR, J. C. A balsa de Lampedusa. Instalação. 
Museu Atlântico, Lanzarote, Canárias, 2016 (detalhe).
A balsa de Lampedusa, nome da obra do artista 
britânico Jason de Caires Taylor, é uma das instalações 
criadas por ele para compor o acervo do primeiro museu 
submarino da Europa, o Museu Atlântico, localizado em 
Lanzarote, uma das ilhas do arquipélago das Canárias.
Lampedusa é o nome da ilha italiana onde a grande 
maioria dos refugiados que saem da África ou de países 
como Síria, Líbano e Iraque tenta chegar para conseguir 
asilo no continente europeu.
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de profundidade nas águas cristalinas de Lanzarote.
Na balsa, estão dez pessoas. Todas têm no rosto a 
expressão do abandono. Entre elas, há algumas crianças. 
Uma delas, uma menina debruçada sobre a beira do bote, 
olha sem esperança o horizonte. A imagem é tão forte que 
dispensa qualquer palavra. Exatamente o papel da arte.
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Além de apresentar ao público a obra A balsa de 
Lampedusa, essa reportagem cumpre, paralelamente, a 
função de chamar a atenção para
A a ilha de Lanzarote, localizada no arquipélago das 
Canárias, com vocação para o turismo.
B as muitas vidas perdidas nas travessias marítimas 
em embarcações precárias ao longo dos séculos.
C a inovação relativa à construção de um museu 
no fundo do mar, que só pode ser visitado por 
mergulhadores.
D a construção do museu submarino como um memorial 
para as centenas de imigrantes mortos nas travessias 
pelo mar.
E a arte como perpetuadora de episódios marcantes da 
humanidade que têm de ser relembrados para que 
não tornem a acontecer.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 6 09/09/2021 17:41:00
 7LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO7*
Questão 09
O skate apareceu como forma de vivência no lazer 
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de patins pregados numa madeira qualquer, para sua 
composição, sendo as rodas de borracha ou ferro. 
O grande marco na história do skate ocorreu em 1974, 
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mais aderência às rodas. A dependência dos skatistas 
em relação a esse novo material igualmente alavancou 
o surgimento de novas manobras e possibilitou a um 
maior número de pessoas inexperientes começar a 
prática dessa modalidade. O resultado foi a criação de 
campeonatos, marcas, fábricas e lojas especializadas.
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De acordo com o texto, diversos fatores ao longo do tempo
A contribuíram para a democratização do skate.
B evidenciaram as demandas comerciais dos skatistas.
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D permitiram que a prática social do skate substituísse 
o surfe.
E indicaram a autonomia dos praticantes de skate.
Questão 10
Estojo escolar
Rio de Janeiro — Noite dessas, ciscando num desses 
canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas 
eletrônicas, bastava telefonar e eu receberia um notebook 
capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estação 
espacial.
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comprar aquilo que os caras anunciavam como o top do 
top em matéria de computador portátil.
No sábado, recebi um embrulho complicado que 
necessitava de um manual de instruções para ser aberto.
[…] De repente, como vem acontecendo nos últimos 
tempos, houve um corte na memória e vi diante de mim 
o meu primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o 
jardim de infância.
Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma 
tampa que corria nas bordas do corpo principal. Dentro, 
arrumados em divisões, havia lápis coloridos, um 
apontador, uma lapiseira cromada, uma régua de 20 cm 
e uma borracha para apagar meus erros.
[…] Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que 
nunca esqueci e que me tonteava de prazer. […]
O notebook que agora abro é negro e, em matéria de 
cheiro, é abominável. Cheira vilmente a telefone celular, 
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outro dia uma moça veio ver como sou por dentro. Acho 
que piorei de estojo e de vida.
CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2009 (adaptado).
No texto, há marcas da função da linguagem que nele 
predomina. Essas marcas são responsáveis por colocar 
em foco o(a)
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mundo das artes.
B código, transformando a linguagem utilizada no texto 
na própria temática abordada.
C contexto, fazendo das informações presentes no 
texto seu aspecto essencial.
D enunciador, buscando expressar sua atitude em 
relação ao conteúdo do enunciado.
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direcionamento dado à narrativa pelo enunciador.
Questão 11
A PESQUISA FOI O PRIMEIRO PASSO
NA PRODUÇÃO DESTE LIVRO
DEIXA DE DRAMA,
A MAIOR PARTE DO
MATERIAL ESTÁ ON-LINE.
SEGUIDA DA SELEÇÃO 
DAS INFORMAÇÕES E
DA ELABORAÇÃO
DE UM ROTEIRO
E DEPOIS EDITADO
E COLORIZADO DIGITALMENTE.
DEPOIS DE TODO
TRABALHO, ESTE LIVRO
SÓ PRECISA DE MAIS
UMA COISA:
SER LIDO.
O DESENHO
FEITO À TINTA NÃO OLHAAINDA!
LEMOS, A. Artistas brasileiras. Belo Horizonte: Miguilim, 2018.
O que assegura o reconhecimento desse texto em 
quadrinhos como prefácio é o(a)
A função de apresentação do livro.
B apelo emocional apoiado nas imagens.
C descrição do processo criativo da autora.
D referência à mescla dos trabalhos manual e digital.
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Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 7 09/09/2021 17:41:00
8 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO8*
Questão 12
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No texto, os recursos verbais e não verbais empregados 
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indiscriminado de aparelhos celulares.
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considerados prejudiciais às crianças.C relacionar o uso da tecnologia aos efeitos decorrentes 
da falta de exercícios físicos.
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utilização de telefones pelo público infantil.
E sugerir aos pais e responsáveis a substituição de 
dispositivos móveis por atividades lúdicas.
Questão 13
Singular ocorrência
— Há ocorrências bem singulares. Está vendo aquela 
dama que vai entrando na igreja da Cruz? Parou agora 
no adro para dar uma esmola.
— De preto?
— Justamente; lá vai entrando; entrou.
— Não ponha mais na carta. Esse olhar está dizendo 
que a dama é uma recordação de outro tempo, e não há 
de ser muito tempo, a julgar pelo corpo: é moça de truz.
— Deve ter quarenta e seis anos.
— Ah! conservada. Vamos lá; deixe de olhar para o 
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— Não.
— Bem; o marido ainda vive. É velho?
— Não é casada.
— Solteira?
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de tal. Em 1860 florescia com o nome familiar de 
Marocas. Não era costureira, nem proprietária, nem 
mestra de meninas; vá excluindo as profissões e 
chegará lá. Morava na Rua do Sacramento. Já então 
era esbelta, e, seguramente, mais linda do que hoje; 
modos sérios, linguagem limpa.
ASSIS, M. Machado de Assis: seus 30 melhores contos. 
Rio de Janeiro: Aguilar, 1961.
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mulher em meados do século XIX. O ponto de vista dos 
personagens manifesta conceitos segundo os quais a 
mulher
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caridade.
B preserva a aparência jovem conforme seu estilo de 
vida.
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casamento.
D tem sua identidade e seu lugar referendados pelo 
homem.
E renuncia à sua participação no mercado de trabalho.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 8 09/09/2021 17:41:00
 9LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO9*
Questão 14
Falso moralista
Você condena o que a moçada anda fazendo
e não aceita o teatro de revista
arte moderna pra você não vale nada
e até vedete você diz não ser artista
Você se julga um tanto bom e até perfeito
Por qualquer coisa deita logo falação
Mas eu conheço bem o seu defeito
e não vou fazer segredo não
Você é visto toda sexta no Joá
e não é só no Carnaval que vai pros bailes se acabar
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e no bar com os amigos bebe bem a noite inteira
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pede dispensa para ir ao oculista
e vai curar sua ressaca simplesmente
Você não passa de um falso moralista
NELSON SARGENTO. Sonho de um sambista. São Paulo: Eldorado, 1979.
As letras de samba normalmente se caracterizam por 
apresentarem marcas informais do uso da língua. Nessa 
letra de Nelson Sargento, são exemplos dessas marcas
A “falação” e “pros bailes”.
B “você” e “teatro de revista”.
C “perfeito” e “Carnaval”.
D “bebe bem” e “oculista”.
E “curar” e “falso moralista”.
Questão 15
Introdução a Alda
Dizem que ninguém mais a ama. Dizem que foi uma 
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cidade triste de uniformes azuis e jalecos brancos, de 
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de areia para treinar os músculos.
Sei que para todos ela já não é, e ninguém lhe daria 
uma maçã cheirosa, bem vermelha. Mas não é verdade que 
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a vejo por trás das grades de um palácio, onde se refugiou 
princesa, chegada pelos caminhos da dor. Quando fora do 
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���+���>��-�'-�O sofredor do ver. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
Ao descrever uma mulher internada em um hospital 
psiquiátrico, o narrador compõe um quadro que expressa 
sua percepção
A irônica quanto aos efeitos do abandono familiar.
B resignada em face dos métodos terapêuticos em vigor.
C alimentada pela imersão lírica no espaço da segregação.
D inspirada pelo universo pouco conhecido da mente 
humana.
E demarcada por uma linguagem alinhada à busca da 
lucidez.
Questão 16
O pavão vermelho
Ora, a alegria, este pavão vermelho,
está morando em meu quintal agora.
Vem pousar como um sol em meu joelho
quando é estridente em meu quintal a aurora.
Clarim de lacre, este pavão vermelho
sobrepuja os pavões que estão lá fora.
É uma festa de púrpura. E o assemelho
a uma chama do lábaro da aurora.
É o próprio doge a se mirar no espelho.
E a cor vermelha chega a ser sonora
neste pavão pomposo e de chavelho.
Pavões lilases possuí outrora.
Depois que amei este pavão vermelho,
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COSTA, S. Poesia completa: Sosígenes Costa. Salvador: Conselho Estadual de Cultura, 2001.
Na construção do soneto, as cores representam um 
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o eu lírico
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B simboliza a beleza e o esplendor da natureza.
C experimenta a fusão de percepções sensoriais.
D metaforiza a conquista de sua plena realização.
E expressa uma visão de mundo mística e espiritualizada.
Questão 17
 LICHTENSTEIN, R. Garota com bola. Óleo sobre tela, 153 cm x 91,9 cm. 
Museu de Arte Moderna de Nova York, 1961.
Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 4 dez. 2018.
A obra, da década de 1960, pertencente ao movimento 
artístico Pop Art, explora a beleza e a sensualidade 
do corpo feminino em uma situação de divertimento. 
Historicamente, a sociedade inventou e continua 
reinventando o corpo como objeto de intervenções sociais, 
buscando atender aos valores e costumes de cada época. 
Na reprodução desses preceitos, a erotização do corpo 
feminino tem sido constituída pela
A realização de exercícios físicos sistemáticos e 
excessivos.
B utilização de medicamentos e produtos estéticos.
C educação do gesto, da vontade e do comportamento.
D construção de espaços para vivência de práticas 
corporais.
E promoção de novas experiências de movimento 
humano no lazer.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 9 09/09/2021 17:41:01
10 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO10*
Questão 18
Intenso e original, Son of Saul retrata horror 
do holocausto
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produzidos em diversos países do mundo, mas nenhum 
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Ao contrário da grande maioria das produções 
do gênero, que costuma oferecer uma variedade de 
informações didáticas e não raro cruza diferentes pontos 
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acompanha apenas um personagem.
Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de 
conduzir as execuções de judeus como ele que, por um 
dia e meio, luta obsessivamente para que um menino 
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enterro digno e não seja simplesmente incinerado.
O acompanhamento da jornada desse prisioneiro é 
no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar: 
a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por 
sobre seus ombros, seja com um close em primeiro plano 
ou em sua visão subjetiva. O que se passa ao seu redor 
é secundário, muitas vezes desfocado.
Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à 
procura de um rabino que possa conduzir o enterro da 
criança, e por isso pouco se envolve nos planos de fuga 
que os companheiros tramam e, quando o faz, geralmente 
atrapalha. “Você abandonou os vivos para cuidar de um 
morto”, acusa um deles.
Ver toda essa via crucis é por vezes duro e exige 
certa entrega do espectador, mas certamente é daquelas 
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uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul 
não deixaria de ser um passo à frente dos votantes.
Carta Capital, n. 873, 22 out. 2015.
A resenha é, normalmente, um texto de base 
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de Cannes”.
B “Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de 
conduzir as execuções de judeus […]”.
C “[…] a câmera está o tempo todo com o personagem, 
seja por sobre seus ombros, seja com um close […]”.
D “Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à 
procura de um rabino que possa conduzir o enterro 
da criança […]”.
E “[…] premiar uma abordagem tão ousada e radical 
como Son of Saul não deixaria de ser um passo à 
frente dos votantes”.
Questão 19
Sinhá
Se a dona se banhou
Eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor
Eu não olhei Sinhá
Estava lá na roça
Sou de olhar ninguém
Não tenho mais cobiça
Nem enxergo bem
Para que me pôr no tronco
Para que me aleijar
Eu juro a vosmecê
Que nunca vi Sinhá
[…]
Por que talhar meu corpo
Eu não olhei Sinhá
Para que que vosmincê
Meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá
Mas oro por Jesus
Para que que vassuncê
Me tira a luz.
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No fragmento da letra da canção, o vocabulário empregado 
e a situação retratada são relevantes para o patrimônio 
linguístico e identitário do país, na medida em que
A remetem à violência física e simbólica contra os 
povos escravizados.
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música nacional.
C relativizam o sincretismo constitutivo das práticas 
religiosas brasileiras.
D narram os infortúnios da relação amorosa entre 
membros de classes sociais diferentes.
E problematizam as diferentes visões de mundo na 
sociedade durante o período colonial.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 10 09/09/2021 17:41:01
 11LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO11*
Questão 20
Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro, 
viajando a 288 mil quilômetros por hora, passou a uma 
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Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa 
da Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroide 
cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque 
ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele 
tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso 
planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões 
de toneladas de TNT, ou o equivalente à explosão de 
40 mil bombas de hidrogênio, conforme calcularam os 
computadores operados pelos astrônomos do programa 
de Exploração do Sistema Solar da Nasa; se caísse no 
continente, abriria uma cratera de cinco quilômetros, no 
mínimo, e destruiria tudo o que houvesse num raio de 
milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria 
maremotos que devastariam imensas regiões costeiras. 
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Qual estratégia caracteriza o texto como uma notícia 
alarmante?
A A descrição da velocidade do asteroide.
B A recorrência de formulações hipotéticas.
C A referência à opinião dos astrônomos.
D A utilização da locução adverbial “no mínimo”.
E A comparação com a distância da Lua à Terra.
Questão 21
A draga
A gente não sabia se aquela draga tinha nascido ali, no 
Porto, como um pé de árvore ou uma duna.
— E que fosse uma casa de peixes?
Meia dúzia de loucos e bêbados moravam dentro dela, 
enraizados em suas ferragens.
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Queria captura em vez de pega para não macular (sic) a 
língua nacional lá dele…
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Da velha draga
Abrigo de vagabundos e de bêbados, restaram as 
expressões: estar na draga, viver na draga por estar sem 
dinheiro, viver na miséria
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Para que as registre em seus léxicos
Pois que o povo já as registrou.
BARROS, M. Gramática expositiva do chão: poesia quase toda. Rio de Janeiro: 
Civilização Brasileira, 1990 (fragmento).
Ao criticar o preciosismo linguístico do literato e ao sugerir 
a dicionarização de expressões locais, o poeta expressa 
uma concepção de língua que
A contrapõe características da escrita e da fala.
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C substitui regionalismos por registros formais.
D valoriza o uso de variedades populares.
E defende novas regras gramaticais.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 11 09/09/2021 17:41:01
12 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO12*
Questão 22
Que tal transformar a internet em palco para a dança?
O coreógrafo e bailarino Didier Mulleras se destaca 
como um dos criadores que descobriram a dança de 
outro ponto de vista. Mini@tures é uma experiência 
emblemática entre movimento, computador, internet 
e vídeo. Com os recursos da computação gráfica, 
a dança das miniaturas pode caber na palma da 
mão. Pelo fato de usar a internet como palco, o 
processo de criação das miniaturas de dança levou 
em consideração os limites de tempo de download 
e o tamanho de arquivo, para que um número maior 
de “espectadores” pudesse assistir. A graça das 
miniaturas está justamente na contaminação entre 
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grupo. Mini@tures explora uma nova dimensão que 
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território para a dança contemporânea. A qualquer 
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SPANGHERO, M. A dança dos encéfalos acesos. 
São Paulo: Itaú Cultural, 2003 (adaptado).
Considerado o primeiro projeto de dança contemporânea 
concebido para a rede, esse trabalho é apresentado 
como inovador por
A adotar uma perspectiva conceitual como contraposição 
à tradição de grandes espetáculos.
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internet para divulgação das apresentações.
C privilegiar movimentos gerados por computação 
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D produzir uma arte multimodal, com o intuito de ampliar 
as possibilidades de expressão estética.
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Questão 23
TEXTO I
O mito da estiagem em São Paulo
Os estoques de água doce são inesgotáveis, na 
medida em que são alimentados principalmente pelos 
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pelo ciclo hidrológico, que depende de forças físicas as 
quais o homem nunca poderá interromper. Enquanto 
existirem, o ciclo funcionará e os estoques de água doce 
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Obviamente que a água não se distribui 
equitativamente pelo planeta. Há regiões com muita água, 
normalmente na zona tropical, na qual a evaporação é 
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dinâmica climática, as taxas de evaporação são maiores 
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estoques de água doce.
Disponível em: www.cartanaescola.com.br. Acesso em: 17 jan. 2015 (adaptado).
TEXTO II
O processo de sedimentação no fundo do lago de 
um reservatório é um processo lento. Os sedimentos 
vão formando argila, que é uma rocha impermeável. 
Então, a água daquele lago não vai alimentar os 
aquíferos. Mesmo tendo muita quantidade de água 
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alimentar os aquíferos. Se não for usada no consumo, 
ela vai simplesmente evaporar e vai cair em outro lugar, 
levada pelas correntesaéreas. Isso é outro motivo pelo 
qual os aquíferos não conseguem recuperar seu nível, 
porque não recebem água.
Disponível em: www.jornalopcao.com.br. Acesso em: 17 jan. 2015 (adaptado).
Os textos I e II abordam a situação dos reservatórios de 
água doce do planeta. Entretanto, a divergência entre 
eles está na ideia de que é possível
A manter os estoques de água doce.
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C repor os estoques de água doce em regiões áridas.
D reduzir as taxas de precipitação e evaporação da água.
E equalizar a distribuição de água doce nas diferentes 
regiões.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 12 09/09/2021 17:41:01
 13LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO13*
Questão 24
TEXTO I
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espalmou as mãos no teclado. Começou a tocar alguma 
coisa própria, uma inspiração real e pronta, uma polca, 
uma polca buliçosa, como dizem os anúncios. Nenhuma 
repulsa da parte do compositor; os dedos iam arrancando 
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compunha e bailava a um tempo. […] Compunha só, 
teclando ou escrevendo, sem os vãos esforços da véspera, 
sem exasperação, sem nada pedir ao céu, sem interrogar 
os olhos de Mozart. Nenhum tédio. Vida, graça, novidade, 
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ASSIS, M. Um homem célebre. Disponível em: www.biblio.com.br. 
Acesso em: 2 jun. 2019.
TEXTO II
Um homem célebre expõe o suplício do músico 
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clássica, e com ela a galeria dos imortais, mas que é traído 
por uma disposição interior incontrolável que o empurra 
implacavelmente na direção oposta. Pestana, célebre nos 
saraus, salões, bailes e ruas do Rio de Janeiro por suas 
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dos rumores à sua volta num quarto povoado de ícones 
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criativo e, quando dá por si, é o autor de mais uma 
inelutável e saltitante polca.
WISNIK, J. M. Machado maxixe: o caso Pestana. Teresa: revista de literatura brasileira, 
2004 (adaptado).
O conto de Machado de Assis faz uma referência 
velada ao maxixe, gênero musical inicialmente 
associado à escravidão e à mestiçagem. No Texto II, o 
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representativo da
A pouca complexidade musical das composições 
ajustadas ao gosto do grande público.
B prevalência de referências musicais africanas no 
imaginário da população brasileira.
C incipiente atribuição de prestígio social a músicas 
instrumentais feitas para a dança.
D tensa relação entre o erudito e o popular na 
constituição da música brasileira.
E importância atribuída à música clássica na sociedade 
brasileira do século XIX.
Questão 25
Devagar, devagarinho
Desacelerar é preciso. Acelerar não é preciso. 
Afobados e voltados para o próprio umbigo, operamos, 
automatizados, falas robóticas e silêncios glaciais. Ilustra 
bem esse estado de espírito a música Sinal fechado 
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dois sujeitos que se encontram inesperadamente em 
um sinal de trânsito. A conversa entre ambos, porém, 
se deu rápida e rasteira. Logo, os personagens se 
despedem, com a promessa de se verem em outra 
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a cem”.
 O culto à velocidade, no contexto apresentado, se 
coloca como fruto de um imediatismo processual que 
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dos meios necessários para atingir determinado 
propósito. Tal conjuntura favorece a lei do menor esforço 
— a comodidade — e prejudica a lei do maior esforço 
— a dignidade.
Como modelo alternativo à cultura fast, temos o 
movimento slow life, cujo propósito, resumidamente, é 
conscientizar as pessoas de que a pressa é inimiga da 
perfeição e do prazer, buscando assim reeducar seus 
sentidos para desfrutar melhor os sabores da vida.
��'´�>��-�&-�'-�Boletim UFMG, n. 1 749, set. 2011 (adaptado).
Nesse artigo de opinião, a apresentação da letra da 
canção Sinal fechado é uma estratégia argumentativa 
que visa sensibilizar o leitor porque
A adverte sobre os riscos que o ritmo acelerado da vida 
oferece.
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concreta.
C contrapõe situações de aceleração e de serenidade 
na vida das pessoas.
D questiona o clichê sobre a rapidez e a aceleração da 
vida moderna.
E apresenta soluções para a cultura da correria que as 
pessoas vivenciam hoje.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 13 09/09/2021 17:41:01
14 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO14*
Questão 26
A história do futebol brasileiro contém, ao longo 
de um século, registros de episódios racistas. Eis o 
paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística 
era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como 
profissão destinada aos pobres, negros e marginais, 
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e projetar a nação em escala mundial. A Copa do Mundo 
no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido, 
em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra 
o Uruguai sobreveio o inesperado revés. As crônicas 
esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor 
Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas 
costas” dos jogadores os “prejuízos” da derrota. Uma 
chibata moral, eis a sentença proferida no tribunal 
dos brancos. Nos anos 1970, por não atender às 
expectativas normativas suscitadas pelo estereótipo 
do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado 
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da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa 
e Bigode, sem alternativa, suportaram o linchamento 
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O jogador assumia as cores e as causas defendidas 
pela esquadra dos pretos em todas as esferas da 
vida social. “Sinto na pele esse racismo subjacente”, 
revelou à imprensa francesa: “Isto é, ninguém ousa 
pronunciar a palavra ‘racismo’. Mas posso garantir 
que ele existe, mesmo na Seleção Brasileira”. 
Sua ousadia consistiu em pronunciar a palavra 
interdita no espaço simbólico do discurso oficial para 
reafirmar o mito da democracia racial.
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O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia 
racial no futebol à
A responsabilização de jogadores negros pela derrota 
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B projeção mundial da nação por um esporte antes 
destinado aos pobres.
C depreciação de um esporte associado à 
marginalidade.
D interdição da palavra “racismo” no contexto esportivo.
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Questão 27
MEIRELLES, V. Moema. Óleo sobre tela, 129 cm x 190 cm. 
Masp, São Paulo, 1866.
Disponível em: www.masp.art.br. Acesso em: 13 ago. 2012 (adaptado).
Nessa obra, que retrata uma cena de Caramuru, célebre 
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B tematização da fragilidade humana diante da morte.
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D representação dramática e idealizada do corpo da índia.
E oposição entre a condição humana e a natureza 
primitiva.
Questão 28
Coincidindo com o Dia Internacional dos Direitos 
da Infância, foram apresentados diversos trabalhos que 
mostram as mudançasque afetam a vida das crianças. 
Um desses estudos compara o que sonham e brincam 
as crianças hoje em relação às dos anos 1990. E o que 
se descobriu é que as crianças têm agora menos lazer 
e estão mais sobrecarregadas por deveres e atividades 
extracurriculares do que as de 25 anos atrás. As crianças 
de hoje não só dedicam menos tempo para brincar, como 
também, quando brincam, a maioria não o faz com outras 
crianças no parque, na rua ou na praça, mas em casa 
e muitas vezes sozinhas. E já não brincam tanto com 
brinquedos, mas com aparelhos eletrônicos, entre os 
quais predomina o jogo individual com a máquina.
OLIVA, M. P. O direito das crianças ao lazer… e a crescer sem carências. 
El País, 20 nov. 2015 (adaptado).
O texto indica que as transformações nas experiências 
lúdicas na infância
A fomentaram as relações sociais entre as crianças.
B tornaram o lazer uma prática difundida entre as crianças.
C incentivaram a criação de novos espaços para se 
divertir.
D promoveram uma vivência corporal menos ativa.
E contribuíram para o aumento do tempo dedicado para 
brincar.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 14 09/09/2021 17:41:01
 15LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO15*
Questão 29
Os velhos papéis, quando não são consumidos pelo 
fogo, às vezes acordam de seu sono para contar notícias 
do passado.
É assim que se descobre algo novo de um nome 
antigo, sobre o qual já se julgava saber tudo, como 
Machado de Assis.
Por exemplo, você provavelmente não sabe que o 
autor carioca, morto em 1908, escreveu uma letra do hino 
nacional em 1867 — e não poderia saber mesmo, porque 
os versos seguiam inéditos. Até hoje.
Essa letra acaba de ser descoberta, em um jornal 
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diz o começo do hino, composto de sete estrofes em 
redondilhas maiores, ou seja, versos de sete sílabas 
poéticas. O trecho também é o refrão da música.
O Pedro mencionado é o imperador Dom Pedro II. 
O bruxo do Cosme Velho compôs a letra para o aniversário 
de 42 anos do monarca, em 2 de dezembro daquele ano 
— o hino seria apresentado naquele dia no teatro da 
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Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).
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informações na estruturação do texto, há interdependência 
entre as expressões
A “Os velhos papéis” e “É assim”.
B “algo novo” e “sobre o qual”.
C “um nome antigo” e “Por exemplo”.
D “O gigante do Brasil” e “O Pedro mencionado”.
E “o imperador Dom Pedro II” e “O bruxo do Cosme Velho”.
Questão 30
RODRIGUES, S. Acervo pessoal.
A revolução estética brasiliense empurrou os 
designers de móveis dos anos 1950 e início dos 
1960 para o novo. Induzidos a abandonar o gosto 
rebuscado pelo colonial, a trocar Ouro Preto por 
Brasília, eles criaram um mobiliário contemporâneo 
que ainda hoje vemos nas lojas e nas salas de espera 
de consultórios e escritórios. Colada no uso de 
madeiras nobres, como o jacarandá e a peroba, e em 
materiais de revestimento como o couro e a palhinha, 
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curvas suaves, nos moldes da capital no Cerrado.
CHAVES, D. Disponível em: www.veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jul. 2010.
Na reportagem sobre os 50 anos de Brasília, de Débora 
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elementos da estética brasiliense
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B expressam o desenho rebuscado por meio das linhas.
C mostram a expressão assimétrica das linhas curvas 
suaves.
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cada composição.
Questão 31
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ajeitada na casa para, quem sabe, não ser mais 
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sua conferência anual, a empresa anunciou a maior 
mudança de design do serviço em 5 anos. Agora, o 
polêmico feed de notícias deixa de ser o protagonista, 
e o queridinho da rede social se torna o segmento de 
Grupos (é o Orkut fazendo escola?). Segundo Mark 
Zuckerberg, mais de 1 bilhão de usuários mensais 
entram nessa aba do aplicativo, e 400 mil deles já estão 
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O objetivo agora é aumentar o tráfego, oferecendo mais 
sugestões e ferramentas especiais para quem gerencia 
essas comunidades. Além disso, o Marketplace, que já 
tem mais de 800 milhões de usuários, vai ganhar mais 
atenção e integração. Com isso, parece que há um 
novo padrão se montando na rede social: sai o feed, 
entra a segmentação, que pode ser uma boa porta para 
monetização nos próximos anos. No mesmo evento, 
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a privacidade, mas não deu muitos detalhes de como 
vai proteger seus clientes daqui para frente. Evitar que 
vazamentos de dados dos usuários aconteçam é um 
bom começo.
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O texto relata que uma rede social virtual realizará 
sua maior mudança de design dos últimos anos. 
Esse fato revela que as tecnologias de informação e 
comunicação
A buscam oferecer mais privacidade.
B assimilam os comportamentos dos usuários.
C promovem maior interação em ambientes virtuais.
D oferecem mais facilidades para obter cada vez 
mais lucro.
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outras.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 15 09/09/2021 17:41:01
16 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO16*
Questão 32
TEXTO I
HAZOUMÉ, R. Nanawax. Plástico e tecido. Galerie Gagosian, 2009.
Disponível em: www.actuart.org. Acesso em: 19 jun. 2019.
TEXTO II
As máscaras não foram feitas para serem usadas; elas 
	
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dos recipientes plásticos descartados e, ao mesmo tempo, 
chamam a atenção para a quantidade de lixo que se 
acumula em quase todas as cidades ou aldeias africanas.
&���*���>��-�Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).
Romuald Hazoumé costuma dizer que sua obra apenas 
manda de volta ao oeste o refugo de uma sociedade de 
consumo cada vez mais invasiva. A obra desse artista 
africano que vive no Benin denota o(a)
A empobrecimento do valor artístico pela combinação 
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B reposicionamento estético de objetos por meio da 
mudança de função.
C convite aos espectadores para interagir e completar 
obras inacabadas.
D militância com temas da ecologia que marcam o 
continente africano.
E realidade precária de suas condições de produção 
artística.
Questão 33
Comportamento geral
Você deve estampar sempre um ar de alegria
E dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
E esquecer que está desempregado
Você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com teu carnaval
Você deve aprender a baixar a cabeça
E dizer sempre: muito obrigado
São palavras que ainda te deixam dizer
Por ser homem bem disciplinado
Deve pois só fazer pelo bem da nação
Tudo aquilo que for ordenado
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GONZAGUINHA. Luiz Gonzaga Jr. Rio de Janeiro: Odeon, 1973 (fragmento).
Pela análise do tema e dos procedimentos 
argumentativos utilizados na letra da canção composta 
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objetivo de
A ironizar a incorporação de ideias e atitudes 
conformistas.
B convencer o público sobre a importância dos deveres 
cívicos.
C relacionar o discurso religioso à resolução de 
problemas sociais.
D questionar o valor atribuído pela população às festas 
populares.
E defender uma postura coletiva indiferente aos valores 
dominantes.Questão 34
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— É lua cheia. A casa está vazia —
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Me há de parecer teu rosto incerto.
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Tão longo como a noite. Se é verdade
Que sem mim só vês monotonia.
E se te lembras do brilho das marés
De alguns peixes rosados
Numas águas
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— É lua nova —
E revestida de luz te volto a ver.
HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 2018.
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desejo que remete ao
A ceticismo quanto à possibilidade do reencontro.
B tédio provocado pela distância física do ser amado.
C sonho de autorrealização desenhado pela memória.
D julgamento implícito das atitudes de quem se afasta.
E qu
	
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Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 16 09/09/2021 17:41:01
 17LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO17*
Questão 35
O documentário O menino que fez um museu, 
direção de Sérgio Utsch, produção independente de 
brasileiros e britânicos, gravado no Nordeste em 2016, 
mais precisamente no distrito Dom Quintino, zona rural 
do Crato, foi premiado em Londres, pela Foreign Press 
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estrangeiros mais antiga do mundo, fundada em 1888.
De acordo com o diretor, O menino que fez um museu 
foi o único trabalho produzido por equipes fora do eixo 
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conta a história de um Brasil profundo, desconhecido 
até mesmo por muitos brasileiros. É apresentado com o 
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Quando tinha 10 anos, Pedro Lucas criou o Museu 
de Luiz Gonzaga, que fica no distrito de Dom Quintino. 
A ideia surgiu após uma visita que o garoto fez, em 
2013, quando tinha 8 anos, ao Museu do Gonzagão, 
em Exu, Pernambuco. Pedro decidiu criar o próprio 
lugar de exposição para homenagear o rei e o local 
escolhido foi a casa da sua bisavó já falecida, que fica 
ao lado da casa dele, na rua Alto de Antena.
Disponível em: www.opovo.com.br. Acesso em: 18 abr. 2018.
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documentário “foi o único trabalho produzido por equipes 
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No texto, esse recurso expressa uma estratégia 
argumentativa que reforça a
A originalidade da iniciativa de homenagem à vida e à 
obra de Luiz Gonzaga.
B falta de concorrentes ao prêmio de uma das 
associações mais antigas do mundo.
C proeza da premiação de uma história ambientada no 
interior do Nordeste brasileiro.
D escassez de investimentos para a produção 
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E importância da parceria entre brasileiros e britânicos 
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Questão 36
A volta do marido pródigo
— Bom dia, seu Marrinha! Como passou de ontem?
— Bem. Já sabe, não é? Só ganha meio dia. […]
Lá além, Generoso cotuca Tercino:
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chega, ainda é todo enfeitado e salamistrão!…
— Que é que hei de fazer, seu Marrinha… Amanheci 
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friagem…
— Hum…
— Mas o senhor vai ver como eu toco o meu serviço 
e ainda faço este povo trabalhar…
[…]
Pintão suou para desprender um pedrouço, e teve de 
pular para trás, para que a laje lhe não esmagasse um 
pé. Pragueja:
— Quem não tem brio engorda!
— É… Esse sujeito só é isso, e mais isso… — opina 
Sidu.
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— diz Correia, suspirando e retomando o enxadão. — 
“P’ra uns, as vacas morrem … p’ra outros até boi pega 
a parir…”.
Seu Marra já concordou:
— Está bem, seu Laio, por hoje, como foi por doença, 
eu aponto o dia todo. Que é a última vez!… E agora, deixa 
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ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.
Esse texto tem importância singular como patrimônio 
linguístico para a preservação da cultura nacional devido
A à menção a enfermidades que indicam falta de 
cuidado pessoal.
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C aos nomes de personagens que acentuam aspectos 
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D ao emprego de ditados populares que resgatam 
memórias e saberes coletivos.
E às descrições de costumes regionais que 
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Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 17 09/09/2021 17:41:01
18 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO18*
Questão 37
O TATA CONTOU
SOBRE O CALUNGA, 0
MAR QUE NÃO ACABA.
NANA, SE A GENTE BEBER A
NSANGA E ENFRENTAR O CALUNGA,
PODEMOS FICAR JUNTOS LA NA
OUTRA TERRA.
LONGE DAQUI...
...LONGE DISSO TUDO.
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D’SALETE, M. Cumbe-�����%��8�=�´
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A sequência dos quadrinhos conjuga lirismo e violência ao
A sugerir a impossibilidade de manutenção dos afetos.
B revelar os corpos marcados pela brutalidade colonial.
C representar o abatimento diante da desumanidade 
vivida.
D acentuar a resistência identitária dos povos 
escravizados.
E expor os sujeitos alijados de sua ancestralidade pelo 
exílio.
Questão 38
Naquele tempo, Itaguaí, que, como as demais 
vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de 
imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia; ou 
por meio de cartazes manuscritos e pregados na porta da 
Câmara, e da matriz; — ou por meio de matraca.
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o que lhe incumbiam, — um remédio para sezões, umas 
terras lavradias, um soneto, um donativo eclesiástico, a 
melhor tesoura da vila, o mais belo discurso do ano, etc. 
O sistema tinha inconvenientes para a paz pública; mas 
era conservado pela grande energia de divulgação que 
possuía. Por exemplo, um dos vereadores desfrutava a 
reputação de perfeito educador de cobras e macacos, e 
aliás nunca domesticara um só desses bichos; mas tinha 
o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os meses. 
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no sistema. Verdade, verdade, nem todas as instituições 
do antigo regímen mereciam o desprezo do nosso século.
ASSIS, M. O alienista. Disponível em: www.dominiopubico.gov.br. 
Acesso em: 2 jun. 2019 (adaptado).
O fragmento faz uma referência irônica a formas 
de divulgação e circulação de informações em uma 
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população no sistema da matraca, o narrador associa 
esse recurso à disseminação de
A campanhas políticas.
B anúncios publicitários.
C notícias de apelo popular.
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E serviços de utilidade pública.
Questão 39
No ano em que o maior clarinetista que o Brasil 
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mostras de vivacidade. É quase um paradoxo que essa 
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a insensibilidade dos meios de comunicação e a amnésia 
generalizada. “Ele trazia a alma brasileira derramada 
em sua sonoridade ímpar. Artur da Távola, seguramente 
	
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sertaneja, toque mozarteano’”. O acervo do músico 
autodidata nascido na mineira Coromandel, autor de 50 
músicas, entre as quais Chorando baixinho (1942), que o 
consagrou, amigo e parceiro de Pixinguinha, com quem 
gravou Ingênuo (1958), permanece com os herdeiros à 
espera de compilação adequada. O Museu da Imagem 
e do Som do Rio de Janeiro tem a guarda do sax e do 
clarinete, doados em 1995.
Na avaliação de Leonor Bianchi, editora da Revista 
do Choro>� ����?	���� ��	
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popular porque não vai à sala de concerto.O público em 
geral tem interesse em samba, pagode e axé”. Ela atribui 
essa situação à falta de conhecimento e à pouca divulgação 
do gênero nas escolas.
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Acesso em: 22 abr. 2015 (adaptado).
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os argumentos trazidos pela autora do texto buscam
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ao ensino de música nas escolas.
B reivindicar mais investimentos estatais para a 
preservação do acervo musical nacional.
C destacar a relevância histórica e a riqueza estética do 
choro no cenário musical brasileiro.
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E constatar a impopularidade do choro diante da 
preferência do público por músicas populares.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 18 09/09/2021 17:41:02
 19LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO19*
Questão 40
Reaprender a ler notícias
Não dá mais para ler um jornal, revista ou assistir 
a um telejornal da mesma forma que fazíamos 
até o surgimento da rede mundial de computadores. 
O Observatório da Imprensa antecipou isso lá nos idos 
de 1996 quando cunhou o slogan “Você nunca mais vai 
ler jornal do mesmo jeito”. De fato, hoje já não basta mais 
ler o que está escrito ou falado para estar bem informado. 
É preciso conhecer as entrelinhas e saber que não há 
objetividade e nem isenção absolutas, porque cada ser 
humano vê o mundo de uma forma diferente. Ter um pé 
atrás passou a ser a regra básica número um de quem 
passa os olhos por uma primeira página, capa de revista 
ou chamadas de um noticiário na TV.
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tudo e procurar ver o maior número possível de lados 
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não resolve porque se trata de uma atitude passiva. 
É claro, tudo começa com a dúvida, mas a partir dela 
é necessário ser proativo, ou seja, investigar, estudar, 
procurar os elementos ocultos que sempre existem numa 
notícia. No começo é um esforço solitário que pode se 
tornar coletivo à medida que mais pessoas descobrem 
sua vulnerabilidade informativa.
Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 30 set. 2015 (adaptado).
No texto, os argumentos apresentados permitem inferir 
que o objetivo do autor é convencer os leitores a
A buscarem fontes de informação comprometidas com 
a verdade.
B privilegiarem notícias veiculadas em jornais de grande 
circulação.
C adotarem uma postura crítica em relação às 
informações recebidas.
D questionarem a prática jornalística anterior ao 
surgimento da internet.
E valorizarem reportagens redigidas com imparcialidade 
diante dos fatos.
Questão 41
Não que Pelino fosse químico, longe disso; mas era 
sábio, era gramático. Ninguém escrevia em Tubiacanga 
que não levasse bordoada do Capitão Pelino, e mesmo 
quando se falava em algum homem notável lá no Rio, 
ele não deixava de dizer: “Não há dúvida! O homem 
tem talento, mas escreve: ‘um outro’, ‘de resto’…” 
E contraía os lábios como se tivesse engolido alguma 
cousa amarga.
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glórias nacionais. Um sábio…
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Conversar é um modo de dizer, porque era Pelino 
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Quando, porém, dos lábios de alguém escapava a 
menor incorreção de linguagem, intervinha e emendava. 
“Eu asseguro, dizia o agente do Correio, que…” Por aí, 
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“Não diga ‘asseguro’, Senhor Bernardes; em português 
é garanto”.
E a conversa continuava depois da emenda, para ser 
de novo interrompida por uma outra. Por essas e outras, 
houve muitos palestradores que se afastaram, mas 
Pelino, indiferente, seguro dos seus deveres, continuava 
o seu apostolado de vernaculismo.
BARRETO, L. A Nova Califórnia. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. 
Acesso em: 24 jul. 2019.
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A contestar o ensino de regras em detrimento do 
conteúdo das informações.
B resgatar valores patrióticos relacionados às tradições 
da língua portuguesa.
C adotar uma perspectiva complacente em relação aos 
desvios gramaticais.
D invalidar os usos da língua pautados pelos preceitos 
da gramática normativa.
E desconsiderar diferentes níveis de formalidade nas 
situações de comunicação.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 19 09/09/2021 17:41:02
20 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO20*
Questão 42
Os linguistas têm notado a expansão do tratamento 
informal. “Tenho 78 anos e devia ser tratado por senhor, mas 
meus alunos mais jovens me tratam por você”, diz o professor 
Ataliba Castilho, aparentemente sem se incomodar com a 
informalidade, inconcebível em seus tempos de estudante. 
O você, porém, não reinará sozinho. O tu predomina em 
Porto Alegre e convive com o você no Rio de Janeiro e em 
Recife, enquanto você é o tratamento predominante em São 
Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador. O tu já era mais 
próximo e menos formal que você nas quase 500 cartas do 
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longo do tempo e que atualmente têm empregos diversos 
pelas regiões do Brasil. Esse processo revela que
A a escolha de “você” ou de “tu” está condicionada à 
idade da pessoa que usa o pronome.
B a possibilidade de se usar tanto “tu” quanto “você” 
caracteriza a diversidade da língua.
C o pronome “tu” tem sido empregado em situações 
informais por todo o país.
D a ocorrência simultânea de “tu” e de “você” evidencia a 
inexistência da distinção entre níveis de formalidade.
E o emprego de “você” em documentos escritos demonstra 
que a língua tende a se manter inalterada.
Questão 43
O solo A morte do cisne, criado em 1905 pelo russo 
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impecavelmente branco e na ponta dos pés interpreta toda 
a agonia da ave se debatendo até desfalecer.
Em 2012, John Lennon da Silva, de 20 anos, morador 
do bairro de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo, 
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pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de um colã e das 
sapatilhas, vestiu calça jeans, camiseta e tênis. Em vez 
de balé, trouxe o estilo popping da street dance. Sua 
apresentação inovadora de A morte do cisne, que foi ao ar 
no programa Se ela dança, eu danço, virou hit no YouTube.
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).
A forma original de John Lennon da Silva reinterpretar a 
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de modelos oriundos de diferentes realidades 
socioculturais.
C a variação entre os modos de dançar uma 
mesma música evidencia a hierarquia que marca 
manifestações artísticas.
D a formação erudita, à qual o dançarino não teve 
acesso, resulta em artistas que só conhecem a 
estética da arte popular.
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originalmente concebidas para mulheres exige uma 
adaptação complexa.
Questão 44
Seus primeiros anos de detento foramdifíceis; aos 
poucos entendeu como o sistema funciona. Apanhou 
dezenas de vezes, teve o crânio esmagado, o maxilar 
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muito menos da última, quando foi deixado para morrer, 
mas sobreviveu. Seu corpo, moído no inferno, aguarda 
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Cumpre as ordens. Baixa a cabeça e se retira. Apanha, 
às vezes com motivo, às vezes sem. Por onde passou, 
derramaram seu sangue. Seu rastro pode ser seguido. 
Intriga ter sobrevivido durante tantos anos. Pouquíssimos 
chegaram à terceira idade encarcerados.
MAIA, A. P. Assim na terra como embaixo da terra. Rio de Janeiro: Record, 2017.
A narrativa concentra sua força expressiva no manejo de 
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A buscam perpetuar visões do senso comum.
B trazem à tona atitudes de um estado de exceção.
C promovem a interlocução com grupos silenciados.
D inspiram o sentimento de justiça por meio da empatia.
E recorrem ao absurdo como forma de traduzir a realidade.
Questão 45
– O senhor pensa que só porque o deixaram morar 
neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu 
falar num troço chamado autoridades constituídas? Não 
sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe 
que existe uma coisa chamada Exército Brasileiro, que 
o senhor tem de respeitar? Que negócio é esse? [...] Eu 
ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: “dura lex”! 
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que andaram incomodando o General, vai tudo em cana. 
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então que a mulher do vizinho do General interveio: 
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido? 
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são moleques. Se por acaso importunaram o General, 
ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está 
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sou prima de um Major do Exército, sobrinha de um 
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delegado só teve força para engolir em seco e balbuciar 
humildemente: – Da ativa, minha senhora?.
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����������"�-���=�Os melhores contos. Rio de Janeiro: Record, 1986.
A representação do discurso intimidador engendrada no 
fragmento é responsável por
A ironizar atitudes e ideias xenofóbicas.
B conferir à narrativa um tom anedótico.
C dissimular o ponto de vista do narrador.
D acentuar a hostilidade das personagens.
E exaltar relações de poder estereotipadas.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 20 09/09/2021 17:41:02
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação, 
dispostas da seguinte maneira: 
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 
 ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas 
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição. 
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com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer 
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis. 
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde 
corretamente à questão. 
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos. 
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6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na 
avaliação. 
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8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES 
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9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e 
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As gentes vãs, que não nos entenderam 
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
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_Rosa LC CH 1 Dia P2.indb 1 14/09/2021 16:32:52
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*010475RO2*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45 
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Questão 01
A Guide to Harvard “A Cappella!”
A cappella is such a big deal on all college campuses 
these days, I thought I’d write a post about what Harvard 
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There are so many groups that we have a cappella jams 
fairly often, and it’s always a good time to go hear the 
other groups perform.
Some of my favorite memories are hanging out with 
my a cappella group members both on campus and around 

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A expressão “a cappellaz� �����
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sem o acompanhamento de instrumentos musicais. 
A expressão “big deal”, usada com relação a esse tema, 
indica que
A a universidade contrata estudantes para participarem 
de competições a cappella.
B os estudantes assinam acordos lucrativos para 
integrarem grupos a cappella.
C a atividade de cantar a cappella� {� ��8���]����!
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comunidades acadêmicas.
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grupos a cappella.
E os maiores grupos a cappella�
	
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Harvard.
Questão 02
Anyway
You can spend your whole life building
Something from nothin’
One storm can come and blow it all away
Build it anyway
You can chase a dream that seems so out of reach
And you know it might not ever come your way
Dream it anyway
[…]
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That tomorrow will be better than today
Believe it anyway
You can love someone with all your heart
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In a moment they can choose to walk away
Love ’em anyway
McBRIDE, M. Disponível em: www.elyrics.net. Acesso em: 8 fev. 2013 (fragmento).
Com base na palavra “anyway”, que é título da canção, 
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A destaca o valor das construções sólidas.
B revela o temor pelos rumos da humanidade.
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D expõe a descrença nas relações amorosas.
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Questão 03
How On-line Gamers are Solving Science’s 
Biggest Problems
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union. But in reality, their two worlds aren’t leagues apart: 
both involve solving problems within a given set of rules. 
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and patterns among seemingly random clusters of data. 
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like Candy Crush, and, while aligning patterns and scoring 
points, players can also be hunting for mutations that 
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“Our brains are geared up to recognise patterns”, 
says Erinma Ochu, a neuroscientist at the University 
of Manchester, explaining why scientists

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