Prévia do material em texto
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde
corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos
que antecedem o término das provas.
1ºº DIA
4
CADERNO
ROSA
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
É necessário sempre acreditar que o sonho é possível
04
04
*010475RO1*
Azul 1
Amarelo 2
Branco 3
Rosa 4
Ledor 9
Libras 10
1 Azul
2 Amarelo
3 Branco
4 Rosa
9 Ledor
10 Libras
1 Dia
1°Capa
1 Dia
4°Capa
Libras 12
Ledor 11
Azul 7
Rosa 8
Cinza 6
Amarelo 5
2 Dia
1°Capa
12 Libras
11 Ledor
7 Azul
8 Rosa
6 Cinza
5 Amarelo
2 Dia
4°Capa
Bigurrilhos.indd 1Bigurrilhos.indd 1 14/06/2022 17:12:0614/06/2022 17:12:06
2 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01
No man is an island,
Entire of itself;
Every man is a piece of the continent,
A part of the main.
[...]
Any man’s death diminishes me,
Because I am involved in mankind.
DONNE, J. The Works of John Donne. Londres: John W. Parker, 1839 (fragmento).
Nesse poema, a expressão “No man is an island ” ressalta o(a)
A A medo da morte.
B B ideia de conexão.
C C conceito de solidão.
D D risco de devastação.
E E necessidade de empatia.
QUESTÃO 02
Things We Carry on the Sea
We carry tears in our eyes: good-bye father, good-bye
[mother
We carry soil in small bags: may home never fade in our
[hearts
We carry carnage of mining, droughts, floods, genocides
We carry dust of our families and neighbors incinerated
[in mushroom clouds
We carry our islands sinking under the sea
We carry our hands, feet, bones, hearts and best minds
[for a new life
We carry diplomas: medicine, engineer, nurse,
[education, math, poetry, even if they mean
[nothing to the other shore
We carry railroads, plantations, laundromats,
[bodegas, taco trucks, farms, factories, nursing
[homes, hospitals, schools, temples... built on
[our ancestors’ backs
We carry old homes along the spine, new dreams in our
[chests
We carry yesterday, today and tomorrow
We’re orphans of the wars forced upon us
We’re refugees of the sea rising from industrial wastes
And we carry our mother tongues
[...]
As we drift... in our rubber boats... from shore... to shore...
[to shore...
PING, W. Disponível em: https://poets.org. Acesso em: 1 jun. 2023 .
Ao retratar a trajetória de refugiados, o poema recorre à
imagem de viagem marítima para destacar o(a)
A A risco de choques culturais.
B B impacto do ensino de história.
C C importância da luta ambiental.
D D existência de experiências plurais.
E E necessidade de capacitação profissional.
QUESTÃO 03
The average american tosses 300 pounds of food
each year, making food the number one contributor to
America’s landfills. Eat your leftovers and keep your
perishables in the fridge – the Earth is counting on it.
Disponível em: https://mir-s3-cdn-cf.behance.net. Acesso em: 29 out. 2021 (adaptado).
Esse cartaz de campanha sugere que
A A os lixões precisam de ampliação.
B B o desperdício degrada o ambiente.
C C os mercados doam alimentos perecíveis.
D D a desnutrição compromete o raciocínio.
E E as residências carecem de refrigeradores.
*010475RO2*
3–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 04
“Oh, you’ll love working here. Nobody treats you any
differently just because of your age, race, or gender.”
Disponível em: www.cartoonstock.com. Acesso em: 25 out. 2021.
Ao retratar o ambiente de trabalho em um escritório, esse
cartum tem por objetivo
A A criticar um padrão de vestimenta.
B B destacar a falta de diversidade.
C C indicar um modo de interação.
D D elogiar um modelo de organização.
E E salientar o espírito de cooperação.
QUESTÃO 05
Spanglish
pues estoy creando Spanglish
bi-cultural systems
scientific lexicographical
inter-textual integrations
two expressions
existentially wired
two dominant languages
continentally abrazándose
in colloquial combate
imperio spanglish emerges
sobre territorio bi-lingual
las novelas mexicanas
mixing with radiorocknroll
immigrant/migrant
nasal mispronouncements
hip-hop, street salsa, spanish pop
standard english classroom
with computer technicalities
spanglish is literally perfect
LAVIERA, T. Benedición: The Complete Poetry of Tato Laviera.
Houston: Arte Público Press, 2014 (fragmento).
Nesse poema de Tato Laviera, o eu lírico destaca uma
A A convergência linguístico-cultural.
B B característica histórico-cultural.
C C tendência estilístico-literária.
D D discriminação cultural.
E E censura musical.
*010475RO3*
4 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01
Técnicas de manipulación y el resultado
Manipular es sembrar en la conciencia y en la mente
de la gente ideas, actitudes, conceptos y aspiraciones
— incluso falsas e inmorales — que sirvan a los objetivos
de sus manipuladores.
Manipular es una de las primeras cosas que
aprendemos en la vida. A muy temprana edad, los bebés
descubren el poder del llanto, el berrinche, los pataleos,
la risa o alguna “gracia” como recursos para demandar
atención, exigir comida, pedir ayuda o simplemente
mantener ocupada a la gente. Nuestras actitudes de
adultos reflejan lo mucho o poco que algunos maduraron,
procesaron y rebasaron ese periodo.
Para que exista un manipulador, debe haber una
base de ciudadanos indefensos, dóciles, desinformados.
El manipulador es celoso, a veces casi paranoico;
no admite cuestionamientos ni quiere que nadie ocupe
su espacio, sabe que su vigencia depende de presencia
controladora. Todos los días, hay que marcar la línea de
discurso, incidir en el debate. El ridículo vale la pena si
con ello se logra una cortina de humo.
Disponível em: www.forbes.com.mx. Acesso em: 7 out. 2021 (adaptado).
Nesse texto, a expressão “cortina de humo” revela que o
manipulador
A A amadurece tardiamente.
B B busca mascarar a verdade.
C C rejeita questionamentos alheios.
D D aproxima-se de pessoas indefesas.
E E faz-se presente de forma controladora.
QUESTÃO 02
TEXTO I
?
PorQUÉ ME CUESTA TANTO ESTUDIAR?
pORQUÉ ME CUESTA TANTO CONCENTRARME?
PoRQUÉ......
pORQUÉ......
?
?
?
?
......
PORQUé NO CONSIGO APRENDER COMO LOS DEMÁS?
?QUÉ ME PASA?:
Disponível em: www.otrasvoceseneducacion.org.Acesso em: 8 nov. 2022.
TEXTO II
Ishaan Awashi es un niño de 8 años cuyo mundo está
plagado de maravillas que nadie más parece apreciar:
colores, peces, perros y cometas, que simplemente no son
importantes en la vida de los adultos, que parecen más
interesados en cosas como los deberes, las notas o la
limpieza. E Ishaan parece no poder hacer nada bien en clase.
Cuando los problemas que ocasiona superan a sus padres,
es internado en un colegio para que le disciplinen. Las cosas
no mejoran en el nuevo colegio, donde Ishaan tiene además
que aceptar estar lejos de sus padres. Hasta que un día,
el nuevo profesor de arte, Ram Shankar Nikumbh, entra en
escena, se interesa por el pequeño Ishaan y todo cambia.
Disponível em: https://elfinalde.com. Acesso em: 26 out. 2021 (adaptado).
O filme Como estrellas en la tierra aborda o tema da
dislexia. Relacionando o cartaz do filme com a sinopse,
constata-se que o(a)
A A olhar diferenciado para com o outro gera mudanças.
B B estudante com dislexia apresenta um tom questionador.
C C abordagem para lidar com a dislexia é pautada na
disciplina.
D D contato com os pais prejudica o acompanhamento da
dislexia.
E E mudança de interesses ocorre na transição da infância
para a vida adulta.
*010475RO4*
5–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 03
Que quede claro
Cómo es posible que se cierren
tantas bocas, tantos ojos,
tantas puertas, muchas mentes ante un
acto xenofóbico sin precedentes.
Presidentes, ministros, cancilleres,
autoridades, responsables.
¿Quién pagará el daño causado a familiares?
Por un loco del estrada sin modales. [...]
Se alejó de aquel lugar donde su color era
mucho más que su color, era su raza.
Persiguiendo un sueño que desapareció,
que se fusionó y terminó en una pesadilla. [...]
Déjame que te cuente esta historia
que sucedió en el metro de Barcelona,
cuando aquella mañana la injusticia
y xenofobia se juntaron de la mano,
protagonizando una de las más feas escenas de racismo.
En aquel vagón viajaba un ángel de color diferente,
en su camino se interpuso aquel inconsciente,
que aún sabiendo lo que hacía,
seguía hablando con su gente.
Le dio al ángel dos patadas en su cara,
se rió de ella sin cambiar la mirada.
Y aún anda suelto, aún anda suelto...
ORISHAS. In: Cosita buena. Delaware: Suerte Publishing LLC, 2008 (fragmento).
A letra da canção Que quede claro, da banda cubana
Orishas, revela o(a)
A A indignação diante do desrespeito à diversidade.
B B violência característica das grandes metrópoles.
C C preconceito da sociedade com relação ao misticismo.
D D descuido da população com os sonhos dos imigrantes.
E E falta de segurança existente no transporte público
urbano.
QUESTÃO 04
Me niego rotundamente
A negar mi voz,
Mi sangre y mi piel.
Y me niego rotundamente
A dejar de ser yo,
A dejar de sentirme bien
Cuando miro mi rostro en el espejo
Con mi boca
Rotundamente grande,
Y mi nariz
Rotundamente hermosa,
Y mis dientes
Rotundamente blancos,
Y mi piel valientemente negra.
Y me niego categóricamente
A dejar de hablar
Mi lengua, mi acento y mi historia.
Y me niego absolutamente
A ser parte de los que callan,
De los que temen,
De los que lloran.
Porque me acepto
Rotundamente libre,
Rotundamente negra,
Rotundamente hermosa.
CAMPBELL BARR, S. Disponível em: https://negracubanateniaqueser.com.
Acesso em: 25 out. 2021.
Para enfatizar características e atitudes que reforçam
a identidade da mulher negra, o poema da escritora
costarriquenha apresenta
A A advérbios como “rotundamente” e “categóricamente”.
B B verbos reflexivos como “me niego” e “me acepto”.
C C adjetivos como “grande” e “hermosa”.
D D substantivos como “sangre” e “piel”.
E E adjetivos possessivos como “mi” e “mis”.
QUESTÃO 05
“Caramelos” en sus suelos
Las tierras de España, tu vista enamoran;
sus gentes; te amistan; ¿“cocinas”?, ¡“te molan”!
¿El plato común?, ¡pues «tortilla/patatas»!;
en bares, figones, o tascas, ¡las «tapas»!;
“sabor nacional”, ¡el «gazpacho», sus «vinos»,
«sangría», y «jamón» de sabrosos cochinos!
(Cual “sellos”, te grabas sus «Típicos Platos»;
¡sabrás por dó pasas, por sólo tu olfato!,
¡si en cada lugar, un sabor peculiar,
“al paso” cautiva tu buen paladar!).
¡Son más que “recetas”!, ¡será “alegoría”!,
¡será “identidad”! (¡hay “reserva” en su «Guía»!);
son platos allende un “timón conductor”,
¡son mar, ríos, sierras!, ¡son valles, son flor!,
¡y aportan “Conventos” a gastronomía,
sus «dulces»! (sabor “celestial”, ¡de ambrosía!).
QUIROZ Y LÓPEZ, M. Disponível em: https://pt.calameo.com. Acesso em: 25 out. 2021.
Nesse poema, o eu poético enaltece a
A A característica amistosa do povo espanhol.
B B beleza das paisagens naturais da Espanha.
C C variedade de pratos na gastronomia espanhola.
D D relação entre os sentidos do paladar e do olfato na
gastronomia.
E E gastronomia como representação da identidade
cultural de um povo.
*010475RO5*
6 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
Mestre e companheiro, disse eu que nos íamos despedir.
Mas disse mal. A morte não extingue: transforma; não aniquila:
renova; não divorcia: aproxima. Um dia supuseste “morta e
separada” a consorte dos teus sonhos e das tuas agonias,
que te soubera “pôr um mundo inteiro no recanto” do teu
ninho; e, todavia, nunca ela te esteve mais presente, no íntimo
de ti mesmo e na expressão do teu canto, no fundo do teu ser
e na face de tuas ações. Esses catorze versos inimitáveis, em
que o enlevo dos teus discípulos resume o valor de toda uma
literatura, eram a aliança de ouro do teu segundo noivado, um
anel de outras núpcias, para a vida nova do teu renascimento
e da tua glorificação, com a sócia sem nódoa dos teus anos
de mocidade e madureza, da florescência e frutificação de
tua alma. Para os eleitos do mundo das ideias a miséria
está na decadência, e não na morte. A nobreza de uma nos
preserva das ruínas da outra. Quando eles atravessavam essa
passagem do invisível, que os conduz à região da verdade
sem mescla, então é que entramos a sentir o começo do seu
reino, o reino dos mortos sobre os vivos.
BARBOSA, R. O adeus da Academia a Machado de Assis. Rio de Janeiro: Agir, 1962.
Esse é um trecho do discurso de Rui Barbosa na Academia
Brasileira de Letras em homenagem a Machado de Assis
por ocasião de sua morte. Uma das características desse
discurso de homenagem é a presença de
A A metáforas relacionadas à trajetória pessoal e criadora
do homenageado.
B B recursos fonológicos empregados para a valorização
do ritmo do texto.
C C frases curtas e diretas no relato da vida e da morte
do homenageado.
D D contraposição de ideias presentes na obra do
homenageado.
E E seleção vocabular representativa do sentimento de
nostalgia.
QUESTÃO 07
Disponível em: www.facebook.com/minsaude. Acesso em: 13 jun. 2018.
Essa campanha publicitária do Ministério da Saúde visa
A A divulgar um conjunto de benefícios proporcionados
pela amamentação.
B B apresentar tratamentos para infecções respiratórias
em bebês.
C C defender o direito das mulheres de amamentar em
público.
D D orientar sobre os exercícios para uma boa
amamentação.
E E informar sobre o aumento de anticorpos nas mães.
QUESTÃO 08
Carta aberta à população brasileira
Prezados Cidadãos e Cidadãs,
O envelhecimento populacional é um fenômeno
mundial. Infelizmente, nosso país ainda não está preparado
para atender às demandas dessa população.
Este é o retrato da saúde pública no Brasil, que,
apesar dos indiscutíveis avanços, apresenta um cenário
de deficiências e falta de integração em todos os níveis de
atenção à saúde: primária (atendimento deficiente nas
unidades de saúde da atenção básica), secundária
(carência de centros de referência com atendimento por
especialistas) e terciária (atendimento hospitalar com
abordagem ao idoso centrada na doença), ou seja, não
há, na prática, uma rede de atenção à saúde do idoso.
Diante desse cenário, a Sociedade Brasileira de
Geriatria e Gerontologia(SBGG) vem a público manifestar
suas preocupações com o presente e o futuro dos idosos
no Brasil. É preciso garantir a saúde como direito universal.
Esperamos que tanto nossos atuais quanto os futuros
governantes e legisladores reflitam sobre a necessidade
de investir na saúde e na qualidade de vida associada ao
envelhecimento.
Dignidade à saúde do idoso!
Rio de Janeiro, 15 de setembro de 2014.
Disponível em: www.sbgg.org.br. Acesso em: 20 out. 2021 (adaptado).
O objetivo desse texto é
A A sensibilizar o idoso a respeito dos cuidados com a
saúde.
B B alertar os governantes sobre os cuidados requeridos
pelo idoso.
C C divulgar o trabalho da Sociedade Brasileira de Geriatria
e Gerontologia.
D D informar o setor público sobre o retrocesso da
legislação destinada à população idosa.
E E chamar a atenção da população sobre a qualidade dos
serviços de saúde pública para o idoso.
*010475RO6*
7–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 09
A petição on-line criada por um cidadão paulista
surtiu efeito: casado há três anos com seu companheiro,
ele pedia a alteração da definição de “casamento” no
tradicional dicionário Michaelis em português. Na definição
anterior, casamento aparecia como “união legítima entre
homem e mulher” e “união legal entre homem e mulher,
para constituir família”.
O novo verbete não traz em nenhum momento as
palavras homem ou mulher — agora a definição de
casamento se refere a “pessoas”.
Para o diretor de comunicação do site onde a petição foi
publicada, a iniciativa mostra a “eficiência da mobilização”.
“Em dois dias, mudou-se uma definição que permanecia
a mesma há décadas”, afirma. E conclui: “A plataforma
serve para todos os tipos de causas, para as mudanças
que importam para as pessoas.”.
SENRA, R. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 29 out. 2015.
A notícia trata da mudança ocorrida em um dicionário da
língua portuguesa. Segundo o texto, essa mudança foi
impulsionada pela
A A inclusão de informações no verbete.
B B relevância social da instituição casamento.
C C utilização pública da petição pelos cidadãos.
D D rapidez na disseminação digital do verbete.
E E divulgação de plataformas para a criação de petição.
QUESTÃO 10
A neozelandesa Laurel Hubbard fez história nos Jogos
Olímpicos. Apesar de ter ficado de fora da disputa por
medalhas, a levantadora de peso deixou sua marca na
edição de Tóquio por ser a primeira mulher abertamente
transgênero a participar de uma competição olímpica.
No início da carreira, na década de 1990, a neozelandesa
participava de disputas na categoria masculina.
Em 2001, aos 23 anos, ela se afastou da atividade.
“A pressão de tentar me encaixar em um mundo que talvez
não tenha sido feito para pessoas como eu se tornou um
fardo muito grande para suportar.” Em 2012, Laurel começou
sua transição de gênero por meio de terapias hormonais e,
em 2013, declarou abertamente ser uma mulher trans. Para
o Comitê Olímpico Internacional, a participação de mulheres
trans nos Jogos é permitida caso o nível de testosterona,
hormônio que aumenta a massa muscular, esteja abaixo de
10 nanomols por litro por pelo menos 12 meses.
Disponível em: https://revistagalileu.globo.com. Acesso em: 18 nov. 2021 (adaptado).
No texto, os limites do potencial inclusivo do esporte são
dados pela
A A dificuldade de conseguir bons resultados esportivos.
B B dependência de características biológicas padronizadas.
C C inexistência de uma categoria para pessoas
transgênero.
D D necessidade de afastamento temporário das
competições.
E E impossibilidade de uso controlado de substâncias
exógenas.
QUESTÃO 11
“Ganhei 25 medalhas em mundiais, sete em Jogos
Olímpicos, e sou uma sobrevivente de abuso sexual.”
Foi assim que Simone Biles se apresentou ao comitê do
Senado norte-americano que investiga as supostas falhas
do FBI no caso Larry Nassar. Biles e outras três atletas,
vítimas dos abusos do ex-médico da equipe de ginástica
feminina dos EUA, exigiram que os agentes da investigação
sejam processados por falta de ação prévia contra Nassar,
agora preso. Biles esclareceu que culpa Larry Nassar
e “todo o sistema que o permitiu e o perpetrou”, acusando
a Federação de Ginástica e o Comitê Olímpico dos Estados
Unidos de saberem “muito antes” que ela havia sofrido
abusos. A melhor ginasta do mundo é um ícone. Nos Jogos
Olímpicos de Tóquio, uma lesão psicológica a impediu de
competir como previa. No entanto, ela chegou ao topo como
uma líder no trabalho de acabar com o preconceito com
os problemas de saúde mental. “Não quero que nenhum
outro atleta olímpico sofra o horror que eu e outras centenas
suportamos e continuamos suportando até hoje”, afirmou.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).
O fato relatado na notícia chama a atenção acerca da
necessidade de reflexão sobre a relação entre o esporte e
A A o desempenho atlético internacional.
B B a dimensão emocional dos atletas.
C C os comitês olímpicos nacionais.
D D as instituições de inteligência.
E E as federações esportivas.
QUESTÃO 12
O acesso às Práticas Corporais/Atividades Físicas
(PC/AF) é desigual no Brasil, à semelhança de outros
indicadores sociais e de saúde. Em geral, PC/AF prazerosas,
diversificadas, mais afeitas ao período de lazer estão
concentradas nas populações mais abastadas. As atividades
físicas de deslocamento, trajetos a pé ou de bicicleta para
estudar ou trabalhar, por exemplo, são mais frequentes
na classe social menos favorecida. Aqui, há uma relação
inversa e perversa entre variáveis socioeconômicas de acesso
às PC/AF. As maiores prevalências de inatividade física foram
em mulheres, pessoas com 60 anos ou mais, negros, pessoas
com autoavaliação de saúde ruim ou muito ruim, com renda
familiar de até quatro salários mínimos por pessoa, pessoas
que desconhecem programas públicos de PC/AF e residentes
em áreas sem locais públicos para a prática.
KNUTH, A. G.; ANTUNES, P. C. Saúde e Sociedade, n. 2, 2021 (adaptado).
O fator central que impacta a realização de práticas
corporais/atividades físicas no tempo de lazer no Brasil é a
A A diferença entre homens e mulheres.
B B inexistência de políticas públicas.
C C diversidade de faixa etária.
D D variação de condição étnica.
E E desigualdade entre classes sociais.
*010475RO7*
8 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 13
A indústria do esporte eletrônico é um mercado que
está crescendo em um ritmo mais rápido do que a economia
mundial. Sua popularidade cresceu muito e no Brasil não é
diferente. De acordo com os dados de uma pesquisa, mais de
64% dos brasileiros que jogam videogame já ouviram falar de
esporte eletrônico. No entanto, o que chama a atenção é o
crescimento superior a 10% do público praticante comparado
ao ano anterior, que subiu de 44,7% para 55,4%. Trata-se
de um percentual expressivo, já que o Brasil está no top 3
dentre os países que têm maior número de espectadores de
esporte eletrônico do mundo. Comparado ao ano anterior,
em 2020, o Brasil teve um marco de crescimento de 20%
na audiência. Mundo afora, a árdua dedicação de grandes
gamers contribuiu para o reconhecimento do Comitê Olímpico
Internacional, aliado a outras cinco federações esportivas
e suas desenvolvedoras de jogos, que direcionaram um
olhar mais atento ao assunto, permitindo dar o primeiro
passo para concretizar, pela primeira vez na história dos
jogos eletrônicos, um evento olímpico oficial.
Disponível em: https://chicoterra.com. Acesso em: 19 nov. 2021 (adaptado).
O contexto em que o esporte eletrônico é apresentado no
texto demonstra o(a)
A A condição favorável à expansão dessa modalidade.
B B promoção dessa prática por jogadores profissionais.
C C impulsionamento de um processo de marketing.
D D favorecimento de fabricantes dos jogos.
E E modificação da audiência televisiva.
QUESTÃO 14
O Marabaixo é uma expressão artístico-cultural
formada nas tradições e na identificação cultural entre as
comunidades negras do Amapá. Onome remonta às mortes
de escravizados em navios negreiros que eram jogados na
água. Em sua homenagem, hinos de lamento eram cantados
mar abaixo, mar acima. Posteriormente, o Marabaixo se
integrou à vivência das comunidades negras em um ciclo
de danças, cantorias com tambores e festas religiosas,
recebendo, em 2018, o título de Patrimônio Cultural do Brasil.
Disponível em: http://portal.iphan.gov.br. Acesso em: 15 nov. 2021 (adaptado).
A manifestação do Marabaixo se constituiu em expressão
de arte e cultura, exercendo função de
A A ressignificar episódios dramáticos em novas práticas
culturais.
B B adaptar coreografias como imitação dos movimentos
do mar.
C C lembrar dos mortos no passado escravista como forma
de lamento.
D D perpetuar uma narrativa de apagamento dos fatos
históricos traumáticos.
E E ritualizar a passagem de atos fúnebres nas produções
coletivas com espírito festivo.
QUESTÃO 15
O uso das redes sociais como forma de ampliar
universos foi uma descoberta recente para o artista Wolney
Fernandes, que começou a criar quando o ambiente em
Goiás era mais árido em relação às artes visuais. “Hoje, ser
diferente é uma potência e quem sabe o que quer com
a própria arte encontra espaço”, diz. As colagens artísticas
do goiano aparecem em capas de obras literárias pelo
Brasil e exterior.
Disponível em: https://opopular.com.br. Acesso em: 15 nov. 2021 (adaptado).
O artista goiano Wolney Fernandes busca expor seu
trabalho por meio de plataformas virtuais com o objetivo de
A A dar suporte à técnica de colagem em Artes Visuais,
contornando dificuldades práticas.
B B aproximar-se da estética visual própria da editoração
de obras artísticas, como capas de livros.
C C oferecer uma vitrine internacional para sua produção
artística, a fim de dar mais visibilidade a suas obras.
D D enfatizar o caráter original e inovador de suas criações
artísticas, diferenciando-se das artes tradicionais.
E E trazer um sentido tecnológico às suas colagens, uma
vez que as imagens artísticas são recorrentes nas
redes sociais.
QUESTÃO 16
O mais antigo grupo de rap indígena do país, Brô MCs,
surgiu em 2009, na aldeia Jaguapiru, em Dourados, Mato
Grosso do Sul. Os integrantes conheceram o rap pelo rádio,
ouvindo um programa que apresentava cantores e grupos
brasileiros desse gênero musical. O Brô MCs conseguiu
influenciar outros a fazerem rap e a lutarem pelas causas
indígenas. Um dos nomes do movimento, Kunumí MC,
é um jovem de 16 anos, da aldeia Krukutu, em São Paulo.
O adolescente enxerga o rap como uma cultura da defesa
e começou a fazer rimas quando percebeu que a poesia,
pela qual sempre se interessou, podia virar música.
Nas letras que cria, inspiradas tanto pelo rap quanto pelos
ritmos indígenas, tenta incluir sempre assuntos aos quais
acha importante dar voz, principalmente, a questão da
demarcação de terras.
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 13 nov. 2021 (adaptado).
O movimento rap dos povos originários do Brasil revela o(a)
A A fusão de manifestações ar tísticas urbanas
contemporâneas com a cultura indígena.
B B contraposição das temáticas socioambientais
indígenas às questões urbanas.
C C rejeição da indústria radiofônica às músicas indígenas.
D D distanciamento da realidade social indígena.
E E estímulo ao estudo da poesia indígena.
*010475RO8*
9–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 17
O sol começa a descer por trás da vegetação da Ilha
da Restinga, na outra margem do rio Paraíba, colorindo
o céu de amarelo, laranja e lilás. Então se ouvem as
primeiras notas do Bolero, do compositor francês Maurice
Ravel, executadas pelo saxofonista Jurandy. É assim o
pôr do sol da praia do Jacaré, em Cabedelo (Grande João
Pessoa). Depois do Bolero, Jurandy toca Asa branca,
de Luiz Gonzaga, e Meu sublime torrão, de Genival
Macedo, espécie de hino não oficial da Paraíba.
PINHEIRO, A. Sol se põe embalado pelo Bolero de Ravel. Disponível em:
http://tools.folha.com.br. Acesso em: 16 set. 2012 (adaptado).
A interpretação musical de Jurandy do Sax, codinome
de José Jurandy Félix, apresenta um repertório
caracterizado pela
A A inter-relação de referenciais estéticos aparentemente
distanciados.
B B valorização de músicas que revelam mensagens
de serenidade.
C C consagração do repertório erudito como cultura
dominante.
D D iniciativa de estímulo à vocação turística da cidade.
E E divisão hierárquica entre gêneros e estilos musicais.
QUESTÃO 18
TEXTO I
SEGALL, L. Eternos caminhantes. Óleo sobre tela, 138 x 184 cm.
Museu Lasar Segall, IbramMinc, São Paulo, 1919.
TEXTO II
Em 1933, a obra Eternos caminhantes ingressou
em uma das primeiras edições das exposições de Arte
Degenerada, promovida por membros do partido nazista
alemão. Nos anos seguintes, ela voltaria a ser exibida na
mostra denominada Exposição da Vergonha, promovida
por pequenos grupos abastados. Em 1937, essa obra foi
confiscada pelo Ministério da Propaganda daquele país, na
grande ação nacional-socialista contra a “Arte Degenerada”.
SCHWARTZ, J. Perseguição à Arte Moderna em tempos de
guerra. São Paulo: Museu Lasar Segall, 2018 (adaptado).
Quase cinquenta obras de Lasar Segall foram confiscadas
pelo regime totalitário alemão na primeira metade do
século XX, entre elas a obra Eternos caminhantes,
considerada degenerada por
A A representar uma estética tida como inconveniente para
o ideário político vigente.
B B manifestar um posicionamento político-cultural
concebido por grupos de oposição.
C C expressar a cultura artística por meio da representação
parcial do corpo humano.
D D apresentar uma composição que antecipa o imaginário
artístico germânico.
E E estimular discussões sobre o papel da arte na
construção coletiva de cultura.
QUESTÃO 19
TEXTO I
Logo no início de Gira, um grupo de sete bailarinas
ocupa o centro da cena. Mãos cruzadas sobre a lateral
esquerda do quadril, olhos fechados, troncos que pendulam
sobre si mesmos em vaguíssimas órbitas, tudo nelas
sugere o transe. Está estabelecido o caráter volátil do que
se passará no palco dali para frente. Mas engana-se quem
pensa que vai assistir a uma representação mimética dos
cultos afro-brasileiros.
TEXTO II
Disponível em: www.grupocorpo.com.br. Acesso em: 2 jul. 2019.
No diálogo que estabelece com religiões afro-brasileiras,
sintetizado na descrição e na imagem do espetáculo,
a dança exprime uma
A A crítica aos movimentos padronizados do balé clássico.
B B representação contemporânea de rituais ancestrais
extintos.
C C reelaboração estética erudita de práticas religiosas
populares.
D D releitura irônica da atmosfera mística presente no culto
a entidades.
E E oposição entre o resgate de tradições e a efemeridade
da vida humana.
*010475RO9*
10 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 20
Era um gato preto, como convinha a um cultor das boas
letras, que já lera Poe traduzido por Baudelaire. Preto e
gordo. E lerdo. Tão gordo e lerdo que a certa altura observei
que ia perdendo inteiramente as qualidades características
da raça, que são em suma o ódio de morte aos ratos. Já nem
os afugentava! Os ratos de Ouro Preto são também dignos
e solenes — não ria — tradicionalistas... descendentes de
outros ratos que naqueles mesmos casarões presenciaram
acontecimentos importantes da nossa história... No sobrado
do desembargador Tomás Antônio Gonzaga, imagine o
senhor uma reunião dos sonhadores inconfidentes, com
os antepassados daqueles ratos a passearem pelo sótão
ou mesmo pelo assoalho por entre as pernas dos homens
absortos na esperança da independência nacional! E
depois, os ancestres daqueles roedores que eu via agora
deslizar sutilmente no meu quarto podiam ter subido
pelo poste da ignomínia colonial, onde estava exposta a
cabeça do Tiradentes! E quando as órbitas se descarnaram
ignominiosamente, podiam até ter penetrado no recesso
daquele crânio onde verdadeiramente ardera a literatura,
com a simplicidade do heroísmo, a febre nacionalista...ALPHONSUS, J. Contos e novelas. Rio de Janeiro: Imago; Brasília: INL, 1976.
Descrevendo seu gato, o narrador remete ao contexto
e a protagonistas da Inconfidência para criar um efeito
desconcertante centrado no
A A desenho imaginativo do casario colonial de Ouro Preto.
B B efeito de apagamento de limites entre ficção e realidade.
C C vínculo estabelecido entre animais urbanos e literatura.
D D questionamento sutil quanto à sanidade dos inconfidentes.
E E contraste entre austeridade pomposa e imagem
repugnante.
QUESTÃO 21
Enquanto estivemos entretidos com os urubus outras
coisas andaram acontecendo na cidade. A Companhia
baixou novas proibições, umas inteiramente bobocas, só
pelo prazer de proibir (ninguém podia cuspir pra cima, nem
carregar água em jacá, nem tapar o sol com peneira, como
se todo mundo estivesse abusando dessas esquisitices);
mas outras bem irritantes, como a de pular muro pra cortar
caminho, tática que quase todo mundo que não sofria de
reumatismo vinha adotando ultimamente, principalmente
os meninos. E não confiando na proibição só, nem na força
dos castigos, que eram rigorosos, a Companhia ainda
mandou fincar cacos de garrafa nos muros. Achei isso um
exagero, e comentei o assunto com mamãe. Meu pai ouviu
lá do quarto e veio explicar. Disse que em épocas normais
bastava uma coisa ou outra; mas agora a Companhia
não podia admitir nenhuma brecha em suas ordens; se
alguém desobedecesse à proibição podia se cortar nos
cacos; se alguém conseguisse pular um muro quebrando
o corte de alguns cacos, ou jogando um couro por cima,
era apanhado pela proibição, nhoc — e fez o gesto de
quem torce o pescoço de um frango.
VEIGA, J. J. Sombras de reis barbudos. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978.
Sob a perspectiva do menino que narra, os fatos ficcionais
oferecem um esboço do momento político vigente na
década de 1970, aqui representado pelo
A A culto ao medo, infiltrado em situações do cotidiano.
B B sentimento de dúvida quanto à veracidade das
informações.
C C ambiente de sonho, delineado por imagens
perturbadoras.
D D incentivo ao desenvolvimento econômico com
a iniciativa privada.
E E espaço urbano marcado por uma política de isolamento
das crianças.
QUESTÃO 22
Migalhas
Entre a toalha branca e um bule de café
seria inapropriado dizer
eu não te amo mais.
Era necessário algo mais solene,
um jardim japonês
para as perdas pensadas,
um noturno de tempestade
para arrebentar de dor,
uma praia de pedras para chorar
em silêncio, uma cama alta
para o incenso da despedida,
uma janela
dando para o abismo.
No entanto você abaixa os olhos
e recolhe lentamente as migalhas de pão
sobre a mesa posta para dois.
MARQUES, A. M. A vida submarina. São Paulo: Cia. das Letras, 2021.
Nesse poema, a representação do sentimento amoroso
recupera a tradição lírica, mas se ajusta à visão
contemporânea ao
A A invocar o interlocutor para uma tomada de posição.
B B questionar a validade do envolvimento romântico.
C C diluir em banalidade a comoção de um amor frustrado.
D D transformar em paz as emoções conflituosas do casal.
E E condicionar a existência da paixão a espaços idealizados.
*010475RO10*
11–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 23
Passado muito tempo, resolvi tentar falar, porque
estava sozinha me embrenhando na mesma vereda que
Donana costumava entrar. Ainda recordo da palavra que
escolhi: arado. Me deleitava vendo meu pai conduzindo
o arado velho da fazenda carregado pelo boi, rasgando
a terra para depois lançar grãos de arroz em torrões
marrons e vermelhos revolvidos. Gostava do som redondo,
fácil e ruidoso que tinha ao ser enunciado. “Vou trabalhar no
arado.” “Vou arar a terra.” “Seria bom ter um arado novo,
esse arado tá troncho e velho.” O som que deixou minha
boca era uma aberração, uma desordem, como se no
lugar do pedaço perdido da língua tivesse um ovo quente.
Era um arado torto, deformado, que penetrava a terra de
tal forma a deixá-la infértil, destruída, dilacerada.
VIEIRA JR., I. Torto arado. São Paulo: Todavia, 2019.
Com a perda de parte da língua na infância, a narradora
tenta voltar a falar. Essa tentativa revela uma experiência que
A A reflete o olhar do pai sobre as etapas do plantio.
B B metaforiza a linguagem como ferramenta de lavoura.
C C explicita, na busca pela palavra, o medo da solidão.
D D confirma a frustração da narradora com relação à terra.
E E sugere, na ausência da linguagem, a estagnação do
tempo.
QUESTÃO 24
A escravidão
Esses meninos que aí andam jogando peteca não
viram nunca um escravo... Quando crescerem, saberão
que já houve no Brasil uma raça triste, votada à escravidão
e ao desespero; e verão nos museus a coleção hedionda
dos troncos, dos vira-mundos e dos bacalhaus; e terão
notícias dos trágicos horrores de uma época maldita: filhos
arrancados ao seio das mães, virgens violadas em pranto,
homens assados lentamente em fornos de cal, mulheres
nuas recebendo na sua mísera nudez desvalida o duplo
ultraje das chicotadas e dos olhares do feitor bestial. [...]
Mas a sua indignação nunca poderá ser tão grande como
a daqueles que nasceram e cresceram em pleno horror,
no meio desse horrível drama de sangue e lodo, sentindo
dentro do ouvido e da alma, numa arrastada e contínua
melopeia, o longo gemer da raça mártir — orquestração
satânica de todos os soluços, de todas as impressões, de
todos os lamentos que a tortura e a injustiça podem arrancar
a gargantas humanas.
BILAC, O. Disponível em: www.escritas.org. Acesso em: 29 out. 2021.
Publicado em 1902, o texto de Olavo Bilac enfatiza as
mazelas da escravidão no Brasil ao
A A descrever de modo impessoal as consequências da
exploração racial sobre as gerações futuras.
B B contrapor a infância privilegiada das crianças da época
à infância violentada das crianças escravizadas.
C C antecipar o futuro apagamento das marcas da
escravidão no contexto social.
D D criticar a atenuação da violência contra os povos
escravizados nas memórias retratadas pelos museus.
E E imaginar a reação de indiferença de seus
contemporâneos com os escravizados libertos.
QUESTÃO 25
E assim as coisas continuaram acontecendo entre os
dois, em quase sustos, um grande por acaso com cacoetes
de gestos definitivos. Com o Nunca Mais se oferecendo
o tempo todo, bastaria dizer foi um prazer ter te conhecido,
bastaria não trocar telefones nem e-mails e enterrar
a casualidade com a cal da sabedoria — nada poderia
ser definitivo, os encontros duravam duas horas ou duas
décadas ou duas vezes isso, mas em algum momento
necessariamente seria o fim. De todos os grandes amores.
De todos os pequenos. De todas as juras, das promessas,
de todos os na-alegria-e-na-tristeza. De todos os não
amores, os desamores, os casamentos para sempre,
os rancores para sempre, de todas as paralelas que só
se viabilizam na abstração da geometria, de todas as
pequenas paixões e de todas as grandes paixões, de tudo
que para na antessala da paixão, de todos os vínculos não
experimentados, de todos.
LISBOA, A. Rakushisha. Rio de Janeiro: Objetiva, 2014.
O recurso que promove a progressão textual, contribuindo
para a construção da ideia de que as relações amorosas
têm um enredo comum, é a
A A repetição do pronome indefinido “todos”.
B B utilização do travessão na marcação do aposto.
C C retomada do antecedente pelo pronome “isso”.
D D contraposição de ideias marcada pela conjunção “mas”.
E E substantivação de expressões pela anteposição do
artigo.
QUESTÃO 26
A garganta é a gruta que guarda o som
A garganta está entre a mente e o coração
Vem coisa de cima, vem coisa de baixo e de
[repente um nó (e o que eu quero dizer?)
Às vezes, acontece um negócio esquisito
Quando eu quero falar eu grito, quando eu quero
[gritar eu falo, o resultado
Calo.
ESTRELA D’ALVA, R. Disponível em: https://claudia.abril.com.br.
Acesso em: 23 nov. 2021 (fragmento).
A função emotiva presente no poema cumpre o propósito
do eu lírico de
A A revelar as desilusões amorosas.
B B refletirsobre a censura à sua voz.
C C expressar a dificuldade de comunicação.
D D ressaltar a existência de pressões externas.
E E manifestar as dores do processo de criação.
*010475RO11*
12 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 27
Alguém muito recentemente cortara o mato, que na
época das chuvas crescia e rodeava a casa da mãe de
Ponciá Vicêncio e de Luandi. Havia também vestígios
de que a terra fora revolvida, como se ali fosse plantar uma
pequena roça. Luandi sorriu. A mãe devia estar bastante
forte, pois ainda labutava a terra. Cantou alto uma cantiga
que aprendera com o pai, quando eles trabalhavam na terra
dos brancos. Era uma canção que os negros mais velhos
ensinavam aos mais novos. Eles diziam ser uma cantiga
de voltar, que os homens, lá na África, entoavam sempre,
quando estavam regressando da pesca, da caça ou de
algum lugar. O pai de Luandi, no dia em que queria agradar
à mulher, costumava entoar aquela cantiga ao se aproximar
de casa. Luandi não entendia as palavras do canto; sabia,
porém, que era uma língua que alguns negros falavam
ainda, principalmente os velhos. Era uma cantiga alegre.
Luandi, além de cantar, acompanhava o ritmo batendo com
as palmas das mãos em um atabaque imaginário. Estava
de regresso à terra. Voltava em casa. Chegava cantando,
dançando a doce e vitoriosa cantiga de regressar.
EVARISTO, C. Ponciá Vicêncio. Rio de Janeiro: Pallas, 2018.
A leitura do texto permite reconhecer a “cantiga de voltar”
como patrimônio linguístico que
A A representa a memória de uma língua africana extinta.
B B exalta a rotina executada por jovens afrodescendentes.
C C preserva a ancestralidade africana por meio da
tradição oral.
D D resgata a musicalidade africana por meio de palavras
inteligíveis.
E E remonta à tristeza dos negros mais velhos com
saudade da África.
QUESTÃO 28
TEXTO I
Zapeei os canais, como há dezenas de anos faço, e pá:
parei num que exibia um episódio daquela velha família do
futuro, Os Jetsons.
Nesse episódio em particular, a Jane Jetson, esposa
do George, tratava de dirigir aquele veículo voador
deles. Meu queixo foi caindo à medida que as piadinhas
machistas sobre mulheres dirigirem foram se acumulando.
Impressionante! Que futuro careta aqueles roteiristas
imaginavam! Seriam incapazes de projetar algo melhor, e não
apenas em termos de tecnologias, robôs e carros voadores?
Será que nossa máxima visão de futuro só atinge as coisas,
e jamais as pessoas? Como a Jane, uma mulher de 33 anos
no desenho, poderia ser o que foram as minhas bisavós?
O futuro, naquele desenho, se esqueceu de ser melhor
nas relações entre as pessoas. Aliás... tão parecido com a vida.
Fiquei de cara, como dizemos aqui, ou como dizíamos
na minha adolescência, pobre adolescência, aprendendo,
sem querer e sem muita defesa, um futuro tão besta quanto
o passado.
RIBEIRO, A. E. Disponível em: www.rascunho.com br. Acesso em: 21 out. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Masculino e feminino são campos escorregadios que
só se definem por oposição, sempre incompleta, um do
outro. São formações imaginárias que buscam produzir
uma diferença radical e complementar onde só existem,
de fato, mínimas diferenças. O resto é questão de estilo.
Até pelo menos a segunda metade do século 19, o divisor
de águas era claro: os homens ocupavam o espaço público.
As mulheres tratavam da vida privada. Privada de quê?
De visibilidade, diria Hannah Arendt. De visibilidade pública.
Do que as mulheres estiveram privadas até o século 20
foi de presença pública manifesta não em imagem, mas
em palavra. A palavra feminina, reservada ao espaço
doméstico, não produzia diferença na vida social.
KHEL, M. R. Disponível em: https://alias.estadao.com.br.
Acesso em: 19 out. 2021 (adaptado).
A representação da mulher apresentada no Texto I pode
ser explicada pelo Texto II no que diz respeito à(às)
A A censura a formas de expressão femininas.
B B ausência da figura feminina na vida pública.
C C construções imaginárias cristalizadas na sociedade.
D D limitações inerentes às figuras femininas e masculinas.
E E dificuldade na atribuição de papéis masculinos e
femininos.
QUESTÃO 29
Em tempos de isolamento
social por conta da pandemia de
covid-19, a Defensoria Pública
alerta para o aumento da
violência contra a mulher!
Não se cale! Denuncie!
A Defensoria não para!
#JuntasSomosMaisFortes
Disque 180
Disponível em: www.defensoriapublica.mt.gov.br. Acesso em: 29 out. 2021 (adaptado).
Esse anúncio publicitário, veiculado durante o contexto
da pandemia de covid-19, tem por finalidade
A A divulgar o canal telefônico de atendimento a casos de
violência contra a mulher.
B B informar sobre a atuação de uma entidade defensora
da mulher vítima de violência.
C C evidenciar o trabalho da Defensoria Pública em relação
ao problema do abuso contra a mulher.
D D alertar a sociedade sobre o aumento da violência
contra a mulher em decorrência do coronavírus.
E E incentivar o público feminino a denunciar crimes
de violência contra a mulher durante o período de
isolamento.
*010475RO12*
13–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 30
“São tantas formas de matar um preto
Que para alguns sua morte é justificada
Devia tá fazendo coisa errada
Se não era bandido, um dia ia ser
Por ser PRETO sua morte é defendida
O PRETO sempre merece morrer”.
A estrofe acima é do poeta e educador social Baticum
Proletário, que atua na periferia de Fortaleza, no Ceará,
preparando jovens — em quase sua totalidade negros
— para enfrentar as dificuldades impostas pelo racismo
estrutural no país.
É a partir da arte que Baticum consegue envolver
a juventude em um projeto de fortalecimento dessa
população ao promover batalhas de rimas, slams e saraus
com temáticas que discutem os problemas sociais. Não por
acaso, o tema mais explorado nas rimas, versos e prosas
é a violência. De acordo com o mais recente Atlas da
violência, em 2019, os negros representaram 77% das
vítimas de homicídios, quase 30 assassinatos por 100 mil
habitantes, a maioria deles jovens.
O Atlas revela ainda que um negro tem quase 2,7
vezes mais chance de ser morto do que um branco, o que
justifica o movimento de resistência crescente no Brasil.
MENDONÇA, F. Disponível em: www.cartacapital.com.br.
Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).
O uso de citação e de dados estatísticos nesse texto tem
o objetivo de
A A ressaltar a importância da poesia para denunciar a
morte de negros, que cresce a cada dia.
B B destacar o crescimento exponencial da temática do
preconceito na produção literária no Brasil.
C C demonstrar o incremento no quantitativo de expressões
artísticas na discussão de problemas sociais.
D D evidenciar argumentos que reforçam a ideia de que os
negros são vítimas em potencial da violência.
E E salientar o aumento da participação de jovens nos
movimentos de resistência na área da cultura.
QUESTÃO 31
No princípio era o verbo. A frase que abre o primeiro
capítulo do Evangelho de João e remete à criação do
mundo, assim como também faz o Gênesis, é a mais
famosa da Bíblia. A ideia de que o mundo é criado pela
palavra, porém, é tão estruturante que está presente
em outras religiões, para muito além das fundadas no
cristianismo. Como humanos, a linguagem é o mundo que
habitamos. Basta tentar imaginar um mundo em que não
podemos usar palavras para dizer de nós e dos outros
para compreender o que isso significa. Ou um mundo
em que aquilo que você diz não é entendido pelo outro,
e o que o outro diz não é entendido por você.
O que acontece então quando a palavra é destruída
e, com ela, a linguagem?
Durante séculos, em diferentes sociedades e
línguas, é importante lembrar, a linguagem serviu
— e ainda serve — para manter privilégios de grupos de
poder e deixar todos os outros de fora. Quem entende
linguagem de advogados, juízes e promotores, linguagem
de médicos, linguagem de burocratas, linguagem de
cientistas? A maior parte da população foi submetida à
violência de propositalmente serimpedida de compreender
a linguagem daqueles que determinam seus destinos.
Se o princípio é o verbo, o fim pode ser o silenciamento.
Mesmo que ele seja cheio de gritos entre aqueles que já não
têm linguagem comum para compreender uns aos outros.
BRUM, E. Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 5 nov. 2021.
Nesse texto, a estratégia usada para convencer o leitor de
que uma grande parcela da população não compreende
a linguagem daqueles que detêm o poder foi
A A revelar a origem religiosa da linguagem.
B B questionar o temor sobre o futuro da linguagem.
C C descrever a relação entre sociedade e linguagem.
D D apresentar as consequências do esfacelamento da
linguagem.
E E criticar o obstáculo promovido pelos usos especializados
da linguagem.
QUESTÃO 32
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal
do Ceará desenvolveu um dicionário para traduzir sintomas
de doenças da linguagem popular para os termos médicos.
Defruço, chanha e piloura, por exemplo, podem ser termos
conhecidos para muitos, mas, durante uma consulta médica,
o desconhecimento pode significar um diagnóstico errado.
“Isso é um registro histórico e pode ser muito útil para
estudos dessas comunidades, na abordagem médica delas.
É de certa forma pioneiro no Brasil e, sem dúvida, um instrumento
de trabalho importante, porque a comunicação é fundamental
na relação médico-paciente”, avalia o reitor da instituição.
Disponível em: https://g1.globo.com. Acesso em: 1 nov. 2021 (adaptado).
Ao registrarem usos regionais de termos da área médica,
pesquisadores
A A apontaram erros motivados pelo desconhecimento da
variedade linguística local.
B B explicaram problemas provocados pela incapacidade
de comunicação.
C C descobriram novos sintomas de doenças existentes
na comunidade.
D D propiciaram melhor compreensão dos sintomas dos
pacientes.
E E divulgaram um novo rol de doenças características
da localidade.
*010475RO13*
14 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 33
Mandioca, macaxeira, aipim e castelinha são nomes
diferentes da mesma planta. Semáforo, sinaleiro e farol
também significam a mesma coisa. O que muda é só o
hábito cultural de cada região. A mesma coisa acontece
com a Língua Brasileira de Sinais (Libras). Embora ela
seja a comunicação oficial da comunidade surda no Brasil,
existem sinais que variam em relação à região, à idade e até
ao gênero de quem se comunica. A cor verde, por exemplo,
possui sinais diferentes no Rio de Janeiro, Paraná e São
Paulo. São os regionalismos na língua de sinais.
Essas variações são um dos temas da disciplina
Linguística na língua de sinais, oferecida pela Universidade
Estadual Paulista (Unesp) ao longo do segundo semestre.
“Muitas pessoas pensam que a língua de sinais é universal,
o que não é verdade”, explica a professora e chefe do
Departamento de Linguística, Literatura e Letras Clássicas
da Unesp. “Mesmo dentro de um mesmo país, ela sofre
variação em relação à localização geográfica, à faixa etária
e até ao gênero dos usuários”, completa a especialista.
Os surdos podem criar sinais diferentes para identificar
lugares, objetos e conceitos. Em São Paulo, o sinal de
“cerveja” é feito com um giro do punho como uma meia-volta.
Em Minas, a bebida é citada quando os dedos indicador e
médio batem no lado do rosto. Também ocorrem mudanças
históricas. Um sinal pode sofrer alterações decorrentes dos
costumes da geração que o utiliza.
Disponível em: www.educacao.sp.gov.br. Acesso em: 1 nov. 2021 (adaptado).
Nesse texto, a Língua Brasileira de Sinais (Libras)
A A passa por fenômenos de variação linguística como
qualquer outra língua.
B B apresenta variações regionais, assumindo novo
sentido para algumas palavras.
C C sofre mudança estrutural motivada pelo uso de sinais
diferentes para algumas palavras.
D D diferencia-se em todo o Brasil, desenvolvendo cada
região a sua própria língua de sinais.
E E é ininteligível para parte dos usuários em razão das
mudanças de sinais motivadas geograficamente.
QUESTÃO 34
Como é bom reencontrar os leitores da Revista da
Cultura por meio de uma publicação com outro visual,
conteúdo de qualidade e interesses ampliados! ]cultura[,
este nome simples, e eu diria mesmo familiar, nasce entre
dois colchetes voltados para fora. E não é por acaso:
são sinais abertos, receptivos, propícios à circulação de
ideias. O DNA da publicação se mantém o mesmo, afinal,
por longos anos montamos nossas edições com assuntos
saídos das estantes de uma grande livraria — e assim
continuará sendo. Literatura, sociologia, filosofia, artes...
nunca será difícil montar a pauta da revista porque os
livros nos ensinam que monotonia é só para quem não lê.
HERZ, P. ]cultura[, n. 1, jun. 2018 (adaptado).
O uso não padrão dos colchetes para nomear a revista
atribui-lhes uma nova função e está correlacionado ao(à)
A A perfil de público-alvo, constituído por leitores exigentes
e especializados em leitura acadêmica.
B B propósito do editor, chamando a atenção para o rigor
normativo nos textos da revista.
C C exclusividade na seleção temática, direcionada para
a área das ciências humanas.
D D identidade da revista, voltada para a recepção e a
promoção de ideias circulantes em livros.
E E padrão editorial dos artigos, organizados em torno de
uma proposta de design inovador.
QUESTÃO 35
TEXTO I
Alegria, alegria
O sol nas bancas de revista
Me enche de alegria e preguiça
Quem lê tanta notícia
Eu vou
Por entre fotos e nomes
Os olhos cheios de cores
O peito cheio de amores vãos
Eu vou
Por que não, por que não?
VELOSO, C. Alegria, alegria. Rio de Janeiro: Polygram, 1990 (fragmento).
TEXTO II
Anjos tronchos
Uns anjos tronchos do Vale do Silício
Desses que vivem no escuro em plena luz
Disseram vai ser virtuoso no vício
Das telas dos azuis mais do que azuis
Agora a minha história é um denso algoritmo
Que vende venda a vendedores reais
Neurônios meus ganharam novo outro ritmo
E mais, e mais, e mais, e mais, e mais
VELOSO, C. Meu coco. Rio de Janeiro: Sony, 2021 (fragmento).
Embora oriundas de momentos históricos diferentes,
essas letras de canção têm em comum a
A A referência às cores como elemento de crítica a hábitos
contemporâneos.
B B percepção da profusão de informações gerada pela
tecnologia.
C C contraposição entre os vícios e as virtudes da vida
moderna.
D D busca constante pela liberdade de expressão individual.
E E crítica à finalidade comercial das notícias.
*010475RO14*
15–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 36
Dão Lalalão
Do povoado do Ão, ou dos sítios perto, alguém
precisava urgente de querer vir por escutar a novela do
rádio. Ouvia-a, aprendia-a, guardava na ideia, e, retornado
ao Ão, no dia seguinte, a repetia a outros.
Assim estavam jantando, vinham os do povoado
receber a nova parte da novela do rádio. Ouvir já
tinham ouvido tudo, de uma vez, fugia da regra: falhara
ali no Ão, na véspera, o caminhão de um comprador
de galinhas e ovos, seo Abrãozinho Buristém, que
carregava um rádio pequeno, de pilhas, armara um fio
no arame da cerca... Mas queriam escutar outra vez,
por confirmação. — “A estória é estável de boa, mal
que acompridada: taca e não rende...” — explicava o
Zuz ao Dalberto.
Soropita começou a recontar o capítulo da novela.
Sem trabalho, se recordava das palavras, até com
clareza — disso se admirava. Contava com prazer de
demorar, encher a sala com o poder de outros altos
personagens. Tomar a atenção de todos, pudesse contar
aquilo noite adiante. Era preciso trazer luz, nem uns
enxergavam mais os outros; quando alguém ria, ria de
muito longe. O capítulo da novela estava terminando.
ROSA, J. G. Noites do sertão (Corpo de baile). São Paulo: Global, 2021.
Nesse trecho do conto, o gosto dos moradores do
povoado por ouvir a novela de rádio recontada por
Soropita deve-se ao(à)
A A qualidade do som do rádio.
B B estabilidade do enredo contado.
C C ineditismo do capítulo da novela.
D D jeito singular de falar aos ouvintes.
E E dificuldadede compreensão da história.
QUESTÃO 37
As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro,
consumido pelas chamas no mês de setembro de 2018,
são mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes
raros. O museu abrigava, entre mais de 20 milhões de
peças, os esqueletos com as respostas para perguntas
que ainda não haviam sido respondidas — ou sequer
feitas — por pesquisadores brasileiros. E o incêndio
pode ter calado para sempre palavras e cantos indígenas
ancestrais, de línguas que não existem mais no mundo.
O acervo do local continha gravações de conversas,
cantos e rituais de dezenas de sociedades indígenas,
muitas feitas durante a década de 1960 com antigos
gravadores de rolo e que ainda não haviam sido
digitalizadas. Alguns dos registros abordavam línguas já
extintas, sem falantes originais ainda vivos. “A esperança
é que outras instituições tenham registros dessas línguas”,
diz a linguista Marilia Facó Soares. A pesquisadora, que
trabalha com os índios Tikuna, o maior grupo da Amazônia
brasileira, crê ter perdido parte de seu material. “Terei
que fazer novas viagens de campo para recompor meus
arquivos. Mas obviamente não dá para recuperar a fala de
nativos já falecidos, geralmente os mais idosos”, lamenta.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).
A perda dos registros linguísticos no incêndio do Museu
Nacional tem impacto potencializado, uma vez que
A A exige a retomada das pesquisas por especialistas de
diferentes áreas.
B B representa danos irreparáveis à memória e à identidade
nacionais.
C C impossibilita o surgimento de novas pesquisas na área.
D D resulta na extinção da cultura de povos originários.
E E inviabiliza o estudo da língua do povo Tikuna.
*010475RO15*
16 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 38
Na Idade Média, as notícias se propagavam com
surpreendente eficácia. Segundo uma emérita professora de
Sorbonne, um cavalo era capaz de percorrer 30 quilômetros
por dia, mas o tempo podia se acelerar dependendo do
interesse da notícia. As ordens mendicantes tinham um papel
importante na disseminação de informações, assim como
os jograis, os peregrinos e os vagabundos, porque todos
eles percorriam grandes distâncias. As cidades também
tinham correios organizados e selos para lacrar mensagens
e tentar certificar a veracidade das correspondências.
Graças a tudo isso, a circulação de boatos era intensa
e politicamente relevante. Um exemplo clássico de fake
news da era medieval é a história do rei que desaparece
na batalha e reaparece muito depois, idoso e transformado.
Disponível em: www.elpais.com.br. Acesso em: 18 jun. 2018 (adaptado).
A propagação sistemática de informações é um
fenômeno recorrente na história e no desenvolvimento
das sociedades. No texto, a eficácia dessa propagação
está diretamente relacionada ao(à)
A A velocidade de circulação das notícias.
B B nível de letramento da população marginalizada.
C C poder de censura por parte dos serviços públicos.
D D legitimidade da voz dos representantes da nobreza.
E E diversidade dos meios disponíveis em uma época
histórica.
QUESTÃO 39
Se a interferência de contas falsas em discussões
políticas nas redes sociais já representava um perigo
para os sistemas democráticos, sua sofisticação e maior
semelhança com pessoas reais têm agravado o problema
pelo mundo.
O perigo cresceu porque a tecnologia e os métodos
evoluíram dos robôs, os “bots” — softwares com tarefas
on-line automatizadas —, para os “ciborgues” ou “trolls”,
contas controladas diretamente por humanos com ajuda
de um pouco de automação.
Mas pesquisadores começam agora a observar outros
padrões de comportamento: quando mensagens não são
programadas, sua publicação se concentra só em horários
de trabalho, já que é controlada por pessoas cuja profissão
é exatamente essa, administrar um perfil falso durante o dia.
Outra pista: a pobreza vocabular das mensagens
publicadas por esses perfis. Um funcionário de uma
empresa que supostamente produzia e vendia perfis
falsos explica que às vezes “faltava criatividade” para criar
mensagens distintas controlando tantos perfis falsos ao
mesmo tempo.
GRAGNANI, J. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 16 dez. 2017.
De acordo com o texto, a análise de características da
linguagem empregada por perfis automatizados contribui
para o(a)
A A controle da atuação dos profissionais de TI.
B B desenvolvimento de tecnologias como os “trolls”.
C C flexibilização dos turnos de trabalho dos controladores.
D D necessidade de regulamentação do funcionamento
dos “bots”.
E E identif icação de padrões de disseminação de
informações inverídicas.
QUESTÃO 40
Maio foi colorido de amarelo, e o foi porque
mundialmente amarelo é a cor convencionada para as
advertências. No trânsito, essas advertências têm sido
fatais. A estimativa, caso nada seja feito, é a de que se
atinjam assustadoras 2,4 milhões de mortes no trânsito
em 2030 em todo o mundo.
A pressa constante, o sentimento de invencibilidade,
a certeza de invulnerabilidade, a necessidade de poder,
a falta de civilidade, a certeza de impunidade, a ausência
de solidariedade, a inexistência de compaixão e o
desrespeito por si próprio são circunstâncias reais que,
não raro, concorrem para o comportamento violento no
trânsito.
O Maio Amarelo, que preconiza a atenção pela vida,
é uma das iniciativas nesse sentido. E é precisamente
a atenção pela vida que está esquecida. Essa atenção,
por certo, requer menos pressa, mais civilidade,
limites assegurados, consciência de vulnerabilidade,
solidariedade, compaixão e respeito por si e pelo outro.
Reafirmar e praticar esses princípios e valores talvez seja
um caminho mais seguro e menos violento, que garanta
a vida e não celebre a morte.
Disponível em: http://portaldotransito.com.br. Acesso em: 11 dez. 2018 (adaptado).
Considerando os procedimentos argumentativos
utilizados, infere-se que o objetivo desse texto é
A A enumerar as causas determinantes da violência no
trânsito.
B B contextualizar a campanha de advertência no cenário
mundial.
C C divulgar dados numéricos alarmantes sobre acidentes
de trânsito.
D D sensibilizar o público para a importância de uma
direção responsável.
E E restringir os problemas da violência no trânsito a
aspectos emocionais.
*010475RO16*
17–LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 41
A sessão do Comitê Olímpico Internacional (COI)
aprovou uma mudança histórica e inédita no lema
olímpico, criado em 1894 pelo Barão Pierre de Coubertin
para expressar os valores e a excelência do esporte. Mais
de 120 anos depois, o lema tem sua primeira alteração
para ressaltar a solidariedade e incluir a palavra “juntos”:
mais rápido, mais alto, mais forte — juntos. A mudança
foi aprovada por unanimidade pelos membros do COI
e celebrada pelo presidente da entidade.
Disponível em: https://ge.globo.com. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
De acordo com o texto, a alteração do lema olímpico teve
como objetivo a
A A unificação do lema anterior ao atual.
B B aproximação entre o lema olímpico e o COI.
C C junção do lema olímpico com os princípios esportivos.
D D associação entre o lema olímpico e a cooperatividade.
E E vinculação entre o lema olímpico e os eventos atléticos.
QUESTÃO 42
Mais iluminada que outras
Tenho dois seios, estas duas coxas, duas mãos que me
são muito úteis, olhos escuros, estas duas sobrancelhas que
preencho com maquiagem comprada por dezenove e noventa
e orelhas que não aceitam bijuterias. Este corpo é um corpo
faminto, dentado, cruel, capaz e violento. Movo os braços
e multidões correm desesperadas. Caminho no escuro com
o rosto para baixo, pois cada parte isolada de mim tem sua
própria vida e não quero domá-las. Animal da caatinga. Forte
demais. Engolidora de espadas e espinhos.
Dizem e eu ouvi, mas depois também li, que o estado
do Ceará aboliu a escravidão quatro anos antes do restante
do país. Todos aqueles corpos que eram trazidos com
seus dedoscontados, seus calcanhares prontos e seus
umbigos em fogo, todos eles foram interrompidos no
porto. Um homem — dizem e eu ouvi e depois também
li — liderou o levante. E todos esses corpos foram buscar
outros incômodos. Foram ser incomodados.
ARRAES, J. Redemoinho em dia quente. São Paulo: Alfaguara, 2019.
Nesse texto, os recursos expressivos usados pela narradora
A A revelam as marcas da violência de raça e de gênero
na construção da identidade.
B B questionam o pioneirismo do estado do Ceará no
enfrentamento à escravidão.
C C reproduzem padrões estéticos em busca da valorização
da autoestima feminina.
D D sugerem uma atmosfera onírica alinhada ao desejo
de resgate da espiritualidade.
E E mimetizam, na paisagem, os corpos transformados
pela violência da escravidão.
QUESTÃO 43
De quem é esta língua?
Uma pequena editora brasileira, a Urutau, acaba de
lançar em Lisboa uma “antologia antirracista de poetas
estrangeiros em Portugal”, com o título Volta para a tua terra.
O livro denuncia as diversas formas de racismo a que
os imigrantes estão sujeitos. Alguns dos poetas brasileiros
antologiados queixam-se do desdém com que um grande
número de portugueses acolhe o português brasileiro.
É uma queixa frequente.
“Aqui em Portugal eles dizem / — eles dizem — / que
nosso português é errado, que nós não falamos português”,
escreve a poetisa paulista Maria Giulia Pinheiro, para
concluir: “Se a sua linguagem, a lusitana, / ainda conserva
a palavra da opressão / ela não é a mais bonita do mundo./
Ela é uma das mais violentas”.
AGUALUSA, J. E. Disponível em: https://oglobo.globo.com.
Acesso em: 22 nov. 2021 (adaptado).
O texto de Agualusa tematiza o preconceito em relação
ao português brasileiro. Com base no trecho citado pelo
autor, infere-se que esse preconceito se deve
A A à dificuldade de consolidação da literatura brasileira
em outros países.
B B aos diferentes graus de instrução formal entre os
falantes de língua portuguesa.
C C à existência de uma língua ideal que alguns falantes
lusitanos creem ser a falada em Portugal.
D D ao intercâmbio cultural que ocorre entre os povos dos
diferentes países de língua portuguesa.
E E à distância territorial entre os falantes do português
que vivem em Portugal e no Brasil.
*010475RO17*
18 –LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA–
QUESTÃO 44
Ainda daquela vez pude constatar a bizarrice dos
costumes que constituíam as leis mais ou menos constantes
do seu mundo: ao me aproximar, verifiquei que o
Sr. Timóteo, gordo e suado, trajava um vestido de franjas
e lantejoulas que pertencera a sua mãe. O corpete
descia-lhe excessivamente justo na cintura, e aqui
e ali rebentava através da costura um pouco da carne
aprisionada, esgarçando a fazenda e tornando o prazer de
vestir-se daquele modo uma autêntica espécie de suplício.
Movia-se ele com lentidão, meneando todas as suas franjas
e abanando-se vigorosamente com um desses leques de
madeira de sândalo, o que o envolvia numa enjoativa onda
de perfume. Não sei direito o que colocara sobre a cabeça,
assemelhava-se mais a um turbante ou a um chapéu
sem abas de onde saíam vigorosas mechas de cabelos
alourados. Como era costume seu também, trazia o rosto
pintado — e para isto, bem como para suas vestimentas,
apoderara-se de todo o guarda-roupa deixado por sua mãe,
também em sua época famosa pela extravagância com que
se vestia — o que sem dúvida fazia sobressair-lhe o nariz
enorme, tão característico da família Meneses.
CARDOSO, L. Crônica da casa assassinada. São Paulo: Círculo do Livro, s.d.
Pela voz de uma empregada da casa, a descrição
de um dos membros da família exemplifica a renovação
da ficção urbana nos anos 1950, aqui observada na
A A opção por termos e expressões de sentido ambíguo.
B B crítica social inspirada pelo convívio com os patrões.
C C descrição impressionista do fetiche do personagem.
D D presença de um foco narrativo de caráter impreciso.
E E ambiência de mistério das relações entre familiares.
QUESTÃO 45
Girassol da madrugada
Teu dedo curioso me segue lento no rosto
Os sulcos, as sombras machucadas por onde a
[vida passou.
Que silêncio, prenda minha... Que desvio triunfal
[da verdade,
Que círculos vagarosos na lagoa em que uma asa
[gratuita roçou...
Tive quatro amores eternos...
O primeiro era moça donzela,
O segundo... eclipse, boi que fala, cataclisma,
O terceiro era a rica senhora,
O quarto és tu... E eu afinal me repousei dos
[meus cuidados
ANDRADE, M. Poesias completas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013 (fragmento).
Perante o outro, o eu lírico revela, na força das memórias
evocadas, a
A A vergonha das marcas provocadas pela passagem do
tempo.
B B indecisão em face das possibilidades afetivas do
presente.
C C serenidade sedimentada pela entrega pacífica ao
desejo.
D D frustração causada pela vontade de retorno ao
passado.
E E disponibilidade para a exploração do prazer efêmero.
*010475RO18*
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde
corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos
que antecedem o término das provas.
1ºº DIA
4
CADERNO
ROSA
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
E pela minha lei, a gente era obrigado a ser feliz
2ª APLICAÇÃO
04
04
*010475RO1*
Azul 1
Amarelo 2
Branco 3
Rosa 4
Ledor 9
Libras 10
1 Azul
2 Amarelo
3 Branco
4 Rosa
9 Ledor
10 Libras
1 Dia
1°Capa
1 Dia
4°Capa
Libras 12
Ledor 11
Azul 7
Rosa 8
Cinza 6
Amarelo 5
2 Dia
1°Capa
12 Libras
11 Ledor
7 Azul
8 Rosa
6 Cinza
5 Amarelo
2 Dia
4°Capa
Bigurrilhos.indd 1Bigurrilhos.indd 1 14/06/2022 17:12:0614/06/2022 17:12:06
2 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01
MCPHAIL, W. Disponível em: https://fineartamerica.com. Acesso em: 25 out. 2021.
Ao utilizar a expressão “be a shame if something were to
happen to it”, o pássaro
A A expressa uma ideia de ameaça.
B B demonstra uma sugestão de alimento.
C C exprime uma sensação de vergonha.
D D revela uma ocorrência do passado.
E E retrata uma tentativa de aproximação.
QUESTÃO 02
Our physical alienation from India almost inevitably
means that we will not be capableof reclaiming precisely
the thing that was lost; that we will, in short, create fictions,
not actual cities or villages, but invisible ones, imaginary
homelands, Indias of the mind. […] It may be argued that
the past is a country from which we have all emigrated
[…], but I suggest that the writer who is out-of-country
and even out-of-language may experience this loss in an
intensified form.
RUSHDIE, S. Imaginary Homelands. Londres: Vintage Books, 2010 (adaptado).
Nesse fragmento de texto, ao abordar a literatura
anglo-indiana, o autor Salman Rushdie ressalta a relação
entre criação literária e
A A desejo de retorno à terra natal.
B B narrativas de espaços urbanos.
C C consequências da imigração de origem asiática.
D D invisibilidade de autores de literatura indiana.
E E distanciamento das raízes culturais.
QUESTÃO 03
Disponível em: https://images1.the-dots.com. Acesso em: 29 out. 2021.
Por meio de recursos verbais e não verbais, esse cartaz
de campanha objetiva
A A criticar os jovens por abandono do lar.
B B apontar as causas da violência doméstica.
C C relatar o drama da vulnerabilidade emocional.
D D divulgar o fundo de ajuda a pessoas desabrigadas.
E E destacar a fragilidade das construções para o inverno.
*010475RO2*
3LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 04
“We won’t ruin Mars. It’s too big and too good.” said
the captain.
“You think not? We Earth Men have a talent for ruining
big, beautiful things. The only reason we didn’t set up hot-dog
stands in the midst of the Egyptian temple of Karnak is
because it was out of the way and served no large commercial
purpose. And Egypt is a small part of Earth. But here, this
whole thing is ancient and different, and we have to set down
somewhere and start fouling it up. We’ll call the canal the
Rockefeller Canal and the mountain King George Mountain
and the sea the Dupont Sea, and there’ll be Roosevelt and
Lincoln and Coolidge cities, and it won’t ever be right, when
there are the proper names for these places.”
BRADBURY, R. And the Moon Be Still as Bright. In: The
Martian Chronicles. Londres: Harper Collins, 2014.
Nesse fragmento de um conto do autor Ray Bradbury,
o personagem revela ao capitão
A A sua dúvida sobre a preservação de lugares antigos.
B B seu entusiasmo com a descoberta de um território.
C C sua curiosidade sobre o desenvolvimento do Egito.
D D sua indiferença com o crescimento dos espaços urbanos.
E E sua preocupação com a exploração de um planeta.
QUESTÃO 05
we gave birth to a new generation,
AmeRícan, broader than lost gold
never touched, hidden inside the
puerto rican mountains.
we gave birth to a new generation
AmeRícan, it includes everything
imaginable you-name-it-we-got-it
society.
we gave birth to a new generation,
AmeRícan salutes all folklores,
european, indian, black, spanish
and anything else compatible.
AmeRícan,
yes, for now, for i love this, my second land,
and i dream to take the accent from
the altercation, and be proud to call
myself american, in the u.s. sense of the
word, AmeRícan, America!
LAVIERA, T. Benedición: The Complete Poetry of Tato Laviera.
Houston: Arte Público Press, 2014 (fragmento).
Nos versos desse poema, o eu lírico adota um tom de
A A objeção aos costumes de uma geração.
B B crítica à política monetária.
C C celebração de uma identidade plural.
D D homenagem à sociedade americana.
E E exaltação da geografia porto-riquenha.
*010475RO3*
4 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01
LINIERS, R. S. Disponível em: https://muhimu.es. Acesso em: 15 out. 2021.
Nessa tirinha, ao utilizar a expressão “doble vacación”, a
protagonista conclui que
A A enredos muito extensos são desafiadores.
B B obras com muitos personagens são instigantes.
C C narrativas sobre viagens são mais interessantes.
D D livros de conteúdo mais denso estão presentes na
vida dos jovens.
E E leituras diversificadas são um convite a conhecer
outras realidades.
QUESTÃO 02
Mujeres de la radio en la selva tropical
Tres valientes mujeres de Ecuador han emprendido
una lucha digital. Con micrófono y grabadora atraviesan la
selva tropical. Su pequeña emisora de radio se convierte
en bastión contra la explotación de su tierra. Los pueblos
indígenas de la selva amazónica están amenazados: las
empresas petroleras están invadiendo cada vez más sus
hábitats. Las reporteras radiales vuelven a sus raíces para
darles voz a las mujeres indígenas.
Mariana Canelos, Jiyun Uyunkar y Rupay Sumak
viven hoy en la ciudad, pero nacieron y se crearon en la
selva. Además del español, también hablan sus lenguas
tribales, lo que es indispensable para llegar a los oyentes
en los remotos pueblos amazónicos. “Hasta ahora nadie
ha dado voz a las mujeres de las aldeas. Pero nosotras
lo hacemos”, dice Mariana Canelos, “queremos mostrar
su vida cotidiana, grabar sus historias y canciones antes
de que se olviden”. Para ello, las mujeres de la radio se
trasladan en canoa por el Amazonas y sus afluentes,
incluso en las zonas más remotas.
Disponível em: www.dw.com. Acesso em: 28 out. 2021.
Nesse texto, o trecho “antes de que se olviden” revela o
temor das três mulheres de que
A A a emissora de rádio seja alvo de censura política.
B B os povos remotos percam o acesso ao rádio.
C C as histórias do seu povo sejam esquecidas.
D D a voz das mulheres indígenas seja calada.
E E os povos indígenas sejam ameaçados.
QUESTÃO 03
Pobre Juan
Juan se lanzó marchándose al norte
Iba en busca de una vida digna
Cruzando México por valles y por montes
Iba Juan lleno de fe
La historia es que Juan se iba a casar
Con María embarazada
Pero él no tenía ni un centavo
Ni un clavo que darle
Pero este Juan iba muy decidido
Y a la frontera él llegó con todo el filo
Se conectó con el mero mayor de los coyotes
Y la historia le contó
Mire usted que yo quiero cruzarme ya
A San Diego o Chicago
Dígame usted lo que hago
Qué precio le pago
Juan ya nunca regresó
En la línea se quedó
Pobre Juan
O la migra lo mató
O el desierto lo enterró
Pobre Juan
MANÁ. In: Revolución de amor. México: Warner Music Spain, 2002 (fragmento).
Considerando-se a temática abordada nessa letra de
canção, a palavra “coyotes”
A A descreve o animal característico das regiões áridas
percorridas pelos imigrantes.
B B ressalta o conhecimento dos habitantes das regiões
desérticas mexicanas.
C C indica o preço a ser pago pelos viajantes para se
casarem em outro país.
D D personifica a rede de exploração a que estão
submetidos os imigrantes.
E E representa a necessidade de vencer o deserto
escaldante.
*010475RO4*
5LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 04
Atender la diversidad supone reconocer que
cada alumno o alumna es una persona única e
irrepetible, con su propia historia, sus afectos,
motivaciones, necesidades, intereses, etc...
Esto exige que la escuela ofrezca respuestas
adecuadas a cada niño o niña.
TRADICIONALES padre y madre con hijos que
conviven en el mismo hogar
con hijos o hijas en adopción o
acogida temporal o permanente ADOPTIVAS
HOMOPARENTAL dos padres o dos madres
con hijos o hijas
un padre o una madre
con hijos e hijas MONOPARENTAL
SEPARADAS padres separados o divorciados que
se alternan la custodia de los hijos
progenitores que conviven
con una nueva pareja RECONSTITUIDAS
NUMEROSA con tres o más hijos en
la unidad familiar
con miembros de
distinta etnia MULTIÉTNICA
“FAMILIA NO solo hay una”
DIVERSIDAD
FAMILIAR en elaula
El alumnado procede de familias...
Disponível em: www.juntadeandalucia.es. Acesso em: 21 out. 2021.
Esse infográfico foi produzido com o objetivo de
A A defender uma política pela diversidade na constituição
familiar.
B B incentivar o convívio harmônico entre pais e filhos no
ambiente escolar.
C C fomentar o engajamento dos diferentes tipos de família
na vida escolar dos filhos.
D D apresentar a terminologia adequada para se referir
aos diferentes tipos de família.
E E promoveruma reflexão sobre o papel da escola no
acolhimento da diversidade familiar.
QUESTÃO 05
“Ni para cotufas, estoy en la lona”
Así se dice en Venezuela. En España diríamos: “Ni para
palomitas, estoy sin blanca”. Los argentinos utilizarían otra
forma, y los chilenos, y los mexicanos... Esta es una guía
básica de entendimiento entre los hispanohablantes.
España Argentina Chile México Venezuela
Tapa (de
comida) Picadita Picoteo Botana,
antojito Pasapalo
Lavabo Lavatorio Lavatorio Lavamanos Lavamanos
Perrito
caliente Pancho Hot dog Hot dog Perro
caliente
¿Diga? ¿Holá? ¿Aló? ¿Bueno? ¿Aló?
Autobús Colectivo Micro, bus,
liebre Camión Buseta,
carrito
Estar sin
blanca
Estar sin un
mango Estar pato Estar sin un
quinto
Estar en la
lona
Trabajo
temporal
Changa,
changuita
Pololo,
pololito
Tempora,
trabajo
trasitorial
Rebusque,
tigre
Colega Compinche Weon,
broder Cuate Pana
Estupendo Bárbaro Regio Padre Chévere
Palomitas Pochoclo Cabritas Palomitas Cotufas
Camarero Mozo Garzón Mesero Mesonero
MOLERO, A. El español de España y el español de América.
Madri: Editorial SM, 2003 (adaptado).
Esse texto reúne palavras e expressões para destacar a
A A identificação do falante com uma variedade específica.
B B interferência do estrangeirismo na língua espanhola.
C C necessidade de expandir o vocabulário do leitor.
D D presença do diminutivo em algumas variedades.
E E diversidade linguística do espanhol.
*010475RO5*
6 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
Disponível em: www.cnj.jus.br. Acesso em: 28 out. 2021.
Esse cartaz, parte de uma campanha publicitária, tem
como propósito
A A propagar a atuação de entidades de proteção a crianças.
B B divulgar políticas de combate a crimes de violência.
C C incentivar denúncias de violência contra crianças.
D D estimular a criação de canais de denúncias.
E E assegurar o anonimato dos denunciantes.
QUESTÃO 07
Rebeca Andrade superou a si mesma, fazendo história.
Aos 22 anos, entrou para o Olimpo da ginástica mundial,
ostentando a medalha de prata no individual geral feminino
e subindo ao topo do pódio olímpico na prova de salto.
Sua caminhada começou graças a uma tia que viu seu
talento e a apresentou à técnica de ginástica da cidade.
Não demorou para que ganhasse o apelido de “Daiane
dos Santos 2”. A atleta dá sequência a um legado iniciado
por ginastas como Daniele Hypólito e Daiane dos Santos,
respectivamente, primeira medalhista e primeira campeã
em campeonatos mundiais. Rebeca tornou-se a primeira
medalhista e campeã olímpica do Brasil na modalidade.
Daiane afirmou que admira a jovem atleta, cuja vitória é
permeada por simbolismos importantes. “Durante muito
tempo disseram que as pessoas negras não podiam fazer
alguns esportes, e a gente vê hoje a primeira medalha, de
uma menina negra. Tem uma representatividade muito grande
atrás de tudo isso”, falou. A ginasta Nádia Comaneci, dona
da primeira nota 10 na ginástica, parabenizou a brasileira
em suas redes.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 10 nov. 2021 (adaptado).
A relevância social da conquista de Rebeca Andrade na
ginástica se traduz no(a)
A A continuidade de um legado iniciado por outras atletas.
B B reconhecimento por atletas ícones da modalidade.
C C ingresso no esporte por intermédio da família.
D D visibilidade étnico-racial no esporte.
E E medalha de ouro na modalidade.
QUESTÃO 08
As práticas corporais representam uma possibilidade
de promoção da educação, do lazer e da saúde.
A identificação das preferências das práticas corporais
pode ser um incentivo para a adesão dos usuários aos
serviços de saúde mental. Desse modo, a interação
social por meio delas contribui para o desenvolvimento
da identidade dos usuários, uma vez que essas atividades
permeiam as dimensões cognitiva, emocional, social
e comportamental. Nesse contexto, realizar atividades
físicas, com um viés lúdico, converte-se numa maneira
de cuidado com o corpo, gerando avaliações positivas
dos usuários.
SILVA, D. P.; RODRIGUES, L. T.; FLORES, F. F. Estágio em educação física
na saúde mental: experiência em ministrar práticas corporais.
Ensino em Perspectivas, n. 1, 2021 (adaptado).
As práticas corporais realizadas em serviços de saúde
mental estimulam o(a)
A A aprimoramento cognitivo na realização de tarefas.
B B aquisição da linguagem para a interação social.
C C inserção no mercado de trabalho.
D D fortalecimento da identidade.
E E expansão da expressão corporal.
QUESTÃO 09
Se todos fossem iguais a você
Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
MORAES, V.; TOM JOBIM. Disponível em: http://letras.terra.com.br.
Acesso em: 16 set. 2011 (fragmento).
O locutor da letra da canção exalta as características de
uma pessoa ideal. O uso da palavra “se” contribui para
essa idealização, pois ela introduz no texto a
A A junção de dois perfis femininos.
B B explicação para um romance feliz.
C C consequência de uma vida feliz a dois.
D D superação da mulher amada pelas demais.
E E hipótese para a existência de um mundo prazeroso.
*010475RO6*
7LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 10
O corrupião
Escaveirado corrupião idiota,
Olha a atmosfera livre, o amplo éter belo,
E a alga criptógama e a úsnea e o cogumelo,
Que do fundo do chão todo o ano brota!
Mas a ânsia de alto voar, de à antiga rota
Voar, não tens mais! E pois, preto e amarelo,
Pões-te a assobiar, bruto, sem cerebelo
A gargalhada da última derrota!
A gaiola aboliu tua vontade.
Tu nunca mais verás a liberdade!...
Ah! Tu somente ainda és igual a mim.
Continua a comer teu milho alpiste.
Foi este mundo que me fez tão triste,
Foi a gaiola que te pôs assim!
ANJOS, A. Eu e outras poesias. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 30 out. 2021.
Nesse soneto, a imagem e o comportamento do pássaro
são utilizados pelo eu lírico para metaforizar o
A A sofrimento provocado pela solidão.
B B instinto de revolta perante as injustiças.
C C contraste entre natureza e civilização.
D D declínio relacionado ao envelhecimento.
E E gesto de resignação ante as privações diárias.
QUESTÃO 11
A animação Vida Maria
Produzido em computação gráfica 3D e finalizado
em 35 mm, o curta-metragem mostra personagens e
cenários modelados com texturas e cores pesquisadas
e capturadas no sertão cearense, no Nordeste do Brasil,
criando uma atmosfera realista e humanizada.
O filme nos mostra a história da rotina da personagem
Maria José, uma menina de cinco anos de idade que
se diverte aprendendo a escrever o nome, mas que é
obrigada pela mãe a abandonar os estudos e começar a
cuidar dos afazeres domésticos e trabalhar na roça.
Enquanto trabalha, ela cresce, casa e tem filhos e
depois envelhece, e o ciclo continua a se reproduzir nas
outras Marias suas filhas, netas e bisnetas.
Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 1 nov. 2021.
Esse fragmento é caracterizado como gênero sinopse,
pois apresenta
A A posicionamento da revista sobre a produção da
animação.
B B relato da história abordada no curta-metragem.
C C acontecimentos do cotidiano de uma família.
D D história sucinta com poucos personagens.
E E fatos da vida de uma menina e seus familiares.
QUESTÃO 12
KANDINSKY, W. Sem título (desenho para o Diagrama 17).
Nanquim sobre papel, 28,4 cm x 36 cm. Museu de Arte Mount
Holyoke College, South Hadley, 1925.
Disponível em: https://artmuseum.mtholyoke.edu/object/untitled-drawing-diagram-17.
O artista Wassily Kandinsky apresenta, em sua
produção, aspectos formais relacionados aos elementos
fundamentais da linguagem visual, que comprovam que
a linha é criada a partir do(a)
A A movimento do ponto.
B B criação da textura sobre o plano.
C C cor aplicada sobre a superfície.
D D mancha na relação formal.
E E plano visual sobre o volume.
QUESTÃO 13Disponível em: www.cnj.jus.br. Acesso em: 30 out. 2021.
A articulação entre os recursos verbais e não verbais
utilizados na construção do texto tem como objetivo
A A explicar para o público os efeitos de conteúdos
enganosos.
B B expor a fragilidade de tecnologias digitais na
manipulação de dados.
C C promover a partilha de conhecimentos por meio de
recursos tecnológicos.
D D orientar práticas para o reconhecimeto de mensagens
perigosas em ambientes digitais.
E E incentivar a adoção de comportamentos adequados
na disseminação de informações.
*010475RO7*
8 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 14
O Esporte Adaptado ou Paradesporto é compreendido
como prática que oportuniza às pessoas com deficiência
(PcD) o alcance de novos horizontes e perspectivas
de vida por meio de vivências motoras, psicológicas e
sociais diversificadas. Esse tipo de atividade consiste
na possibilidade de prática esportiva para PcD com
modificações relacionadas às regras da modalidade
ou à maneira como a modalidade se desenvolve.
Adicionalmente, o esporte para PcD é geralmente dividido
por grupos de deficiência específicos nos quais cada grupo
tem história distinta, organização, programa de competição
e abordagem diferentes. Registram-se atualmente
movimentos esportivos específicos para pessoas surdas,
para deficientes físicos, deficientes visuais e para pessoas
com deficiência intelectual. Uma grande variedade de
modalidades esportivas foram adaptadas para serem
praticadas por pessoas com diferentes deficiências, assim
como outras modalidades foram criadas exclusivamente
para PcD.
SIMIM, M. A. M. et al. O estado da arte das pesquisas em esportes
coletivos para pessoas com deficiência: uma revisão sistemática.
Arquivos de Ciências do Esporte, n. 1, 2018 (adaptado).
De acordo com esse texto, as práticas esportivas para
PcD são caracterizadas por
A A terem regras flexíveis em função do desempenho dos
atletas em cada modalidade.
B B ampliarem perspectivas de vida ao considerarem o
desenvolvimento integral das pessoas.
C C estarem voltadas para o estímulo à competitividade
dos atletas com deficiência.
D D buscarem a adesão do público para garantir apoio
financeiro às competições.
E E serem organizadas sem distinção para grupos de
diferentes deficiências.
QUESTÃO 15
Leão do Norte
Sou o coração do folclore nordestino
Eu sou Mateus e Bastião do boi-bumbá
Sou o boneco do Mestre Vitalino
Dançando uma ciranda em Itamaracá
Eu sou um verso de Carlos Pena Filho
Num frevo de Capiba
Ao som da Orquestra Armorial
Sou Capibaribe
Num livro de João Cabral
Sou mamulengo de São Bento do Una
Vindo no baque solto de maracatu
Eu sou um auto de Ariano Suassuna
No meio da Feira de Caruaru
Sou Frei Caneca do Pastoril do Faceta
Levando a Flor da Lira
Pra Nova Jerusalém
Sou Luiz Gonzaga
E eu sou mangue também
Eu sou mameluco, sou de Casa Forte
Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte
LENINE; PINHEIRO, P. C. Leão do Norte. In: LENINE.
Olho de peixe. São Paulo, 1993 (fragmento).
A letra da canção expressa a diversidade de danças,
sendo uma delas demonstrada no trecho:
A A “Eu sou mameluco, sou de Casa Forte”.
B B “Sou de Pernambuco, sou o Leão do Norte”.
C C “Sou Luiz Gonzaga / E eu sou mangue também”.
D D “Eu sou um auto de Ariano Suassuna / No meio da
Feira de Caruaru”.
E E “Eu sou Mateus e Bastião do boi-bumbá / Sou o
boneco do Mestre Vitalino”.
QUESTÃO 16
Construindo uma irmandade da língua
A ideia de que a língua portuguesa é pertença de
todos os seus falantes é hoje quase pacífica. Só meia
dúzia de ultranacionalistas portugueses insiste ainda no
disparate de se julgar proprietário exclusivo do idioma.
Aliás, ao contrário da Commonwealth e da francofonia,
a irmandade da língua portuguesa não tem um único centro
ou voz dominante, e essa é precisamente uma das suas
maiores virtudes.
AGUALUSA, J. E. O Globo, 8 maio 2021 (adaptado).
Nesse texto, o termo “Aliás” articula dois enunciados
envolvidos numa mesma relação argumentativa,
construindo, para o segundo, uma ideia de
A A questionamento da origem da língua portuguesa.
B B semelhança de condições sociais dos falantes do
português.
C C acréscimo de fato comprobatório sobre a língua
portuguesa.
D D comparação entre o português brasileiro e o europeu.
E E relevância do português sobre o inglês e o francês.
*010475RO8*
9LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 17
É vantajoso que as crianças possam entender
o funcionamento por trás da tecnologia que está
presente em diversos aspectos da vida cotidiana,
aproveitando a curiosidade infantil como impulso inicial.
A computação ajuda a desenvolver o raciocínio, a melhorar
a comunicação e a trabalhar a capacidade de resolver
problemas. Os computadores executam tarefas por meio
de comandos dados em uma programação. Essa, por sua
vez, é feita com linguagens próprias, que funcionam como
uma espécie de “idioma”, por meio do qual o programador
se comunica com as máquinas.
Porém, mais do que dominar essas linguagens,
o programador precisa empregar a lógica computacional.
O programador precisa expressar em seu código as
condições e seus efeitos, como “se acontecer A, faça
B, a não ser que haja X, então faça C”. A escrita de um
algoritmo é repleta de condições interconectadas, do tipo
“se”, “então”, “senão”, “ou”, “até que”, “enquanto” etc. Por
isso, para programar, é necessário compreender esse
tipo de raciocínio. Para as crianças, isso é tarefa fácil;
afinal elas têm uma capacidade incrível de assimilar
informações novas.
Disponível em: https://catracalivre.com.br. Acesso em: 25 nov. 2021.
Esse texto promove uma reflexão sobre o ensino de
programação na infância. A defesa da proposta está
ancorada na caracterização da programação com base
na sua
A A conexão com aspectos lúdicos da infância.
B B autonomia em relação ao raciocínio lógico.
C C presença crescente no dia a dia das pessoas.
D D similaridade com o funcionamento das línguas.
E E capacidade de inovação na resolução de tarefas.
QUESTÃO 18
Que Stendhal confessasse haver escrito um de seus
livros para cem leitores, coisa é que admira e consterna.
O que não admira, nem provavelmente consternará, é se
este outro livro não tiver os cem leitores de Stendhal,
nem cinquenta, nem vinte, e quando muito, dez. Dez?
Talvez cinco. Trata-se, na verdade, de uma obra difusa,
na qual eu, Brás Cubas, se adotei a forma livre de um
Sterne, ou de um Xavier de Maistre, não sei se lhe meti
algumas rabugens de pessimismo. Pode ser. Obra de
finado. Escrevia-a com a pena da galhofa e a tinta da
melancolia, e não é difícil antever o que poderá sair desse
conúbio. Acresce que a gente grave achará no livro umas
aparências de puro romance, ao passo que a gente frívola
não achará nele o seu romance usual; ei-lo aí fica privado
da estima dos graves e do amor dos frívolos, que são as
duas colunas máximas da opinião.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 8 ago. 2015.
No fragmento transcrito da dedicatória “Ao leitor”, em
Memórias póstumas de Brás Cubas, o autor serve-se da
figura do narrador-defunto para
A A desqualificar o gênero romance, forma literária à qual
Machado de Assis pouco se dedicou.
B B ressaltar a inverossimilhança dos fatos narrados,
confrontados com a realidade da burguesia carioca
do século XIX.
C C criticar a sociedade burguesa brasileira da época,
valendo-se do uso da terceira pessoa e do ponto de
vista distanciado.
D D sobrepor a “tinta da melancolia” ao aspecto humorístico,
de modo a valorizar o tom sóbrio e a temática realista
típicos do romance burguês brasileiro.
E E fazer intromissões na narrativa, introduzindo pausas
no relato durante as quais estabelece com o leitor um
diálogo de tom sarcástico e provocativo.
QUESTÃO 19
A solidão nas cidades grandes é muito mais um sinal da
precariedade do sentido da comunidade e da convivência,
é mais um problema socioculturaldo que de escolha individual.
Certamente ela reflete a impossibilidade de retornar
às florestas, como um dia fez Henry Thoreau. As florestas
estão em extinção, assim como, curiosamente, a ideia de
humanidade. Resta fugir para a moderna caverna na selva
de pedra — sem querer reeditar lugares-comuns — que
é a casa de cada um.
A solidão é, assim, a categoria política que expressa
a nostalgia de uma vivência de si mesmo. Ela é, por isso,
a tentativa de preservar a subjetividade e a intimidade
consigo mesmo que não tem lugar no contexto de relações
sociais transformadas em mercadorias baratas.
A sociedade da antipolítica precisa tratar a solidão
como uma pena e um mal-estar quando não consegue
olhar para a miséria da vez: o fetiche da hiperconectividade,
que ilude que não somos sozinhos.
TIBURI, M. Disponível em: http://revistacult.uol.com.br. Acesso em: 7 out. 2011.
Marcia Tiburi trata de um tema relevante para a sociedade
moderna: a convivência interpessoal e a hiperconectividade
vivenciada no ciberespaço. O texto classifica-se, quanto
ao gênero textual, como artigo de opinião, porque
A A busca resolver a causa da perda de sentido ocorrida
na convivência interpessoal.
B B procura definir a solidão como uma epidemia que está
além das doenças humanas.
C C tenta explicar o compor tamento do homem
contemporâneo tendo como padrão o homem das
cavernas.
D D objetiva expressar o ponto de vista de que o
mal-estar provocado na sociedade decorre da
hiperconectividade.
E E procura discutir os desejos dos antipolíticos que
destroem a intimidade na tentativa de preservar a
subjetividade.
*010475RO9*
10 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 20
O fim da história
Não creio que o tempo
Venha comprovar
Nem negar que a História
Possa se acabar
Basta ver que um povo
Derruba um czar
Derruba de novo
Quem pôs no lugar
É como se o livro dos tempos pudesse
Ser lido trás pra frente, frente pra trás
Vem a História, escreve um capítulo
Cujo título pode ser “Nunca Mais”
Vem o tempo e elege outra história, que escreve
Outra parte, que se chama “Nunca É Demais”
“Nunca Mais”, “Nunca É Demais”, “Nunca Mais”
“Nunca É Demais”, e assim por diante, tanto faz
Indiferente se o livro é lido
De trás pra frente ou lido de frente pra trás.
GILBERTO GIL. In: Parabolicamará. Rio de Janeiro: WEA, 1991.
Considerando-se o jogo de oposições presente nessa
letra de canção, infere-se que a narrativa histórica
A A está sujeita a diferentes interpretações.
B B é construída pela relação causa e efeito.
C C sucede-se em espaços de tempo cíclicos.
D D limita-se a fatos relevantes de um grupo social.
E E desenvolve-se em torno de uma mesma temática.
QUESTÃO 21
Jon Lord, fundador do Deep Purple, era um caso raro
na música. Depois de uma carreira bem-sucedida como
tecladista de duas das maiores bandas de rock do planeta,
aposentou-se em 2002 para compor peças eruditas.
Para ele, clássico e popular eram apenas aspectos de uma
mesma entidade, a boa música. O caminho era quase
natural. Tendo aprendido a tocar os clássicos no piano,
Lord apaixonou-se pelo rock ao ouvir Buddy Holly
e começou a tocar em combos de jazz, rhythm’n’blues
e depois rock. Em 1969, aos 27 anos, ele compôs, com
a ajuda do maestro Malcolm Arnold, um Concerto para
grupo e orquestra, temperando a estrutura de uma peça
erudita com a eletricidade agressiva da fase mais criativa
do Deep Purple, a mesma equipe que comporia Smoke
on the Water em 1972.
SOARES, M. Jon Lord foi um pioneiro na fusão entre rock e erudito.
Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 16 nov. 2021 (adaptado).
A circulação do tecladista Jon Lord (1941-2012) entre
gêneros aparentemente distantes como o rock e a música
erudita foi possível porque ele
A A conheceu muitos países e culturas ao longo das
constantes viagens em turnê.
B B superou eventuais barreiras estéticas ao se abrir para
novos estilos musicais.
C C aventurou-se em novas estéticas musicais após a
aposentadoria da banda.
D D reconheceu a limitação de possibilidades de
composição da música popular.
E E adaptou-se a um repertório musical mais amplo diante
do sucesso do grupo.
QUESTÃO 22
A verdade é que não me preocupo muito com
o outro mundo. Admito Deus, pagador celeste dos meus
trabalhadores, mal remunerados cá na terra, e admito
o diabo, futuro carrasco do ladrão que me furtou uma vaca
de raça. Tenho, portanto, um pouco de religião, embora
julgue que, em parte, ela é dispensável a um homem.
Mas mulher sem religião é horrível.
Comunista, materialista. Bonito casamento! Amizade
com o Padilha, aquele imbecil. “Palestras amenas
e variadas”. Que haveria nas palestras? Reformas sociais,
ou coisa pior. Sei lá! Mulher sem religião é capaz de tudo.
RAMOS, G. São Bernardo. Rio de Janeiro: Record, 1981.
Uma das características da prosa de Graciliano Ramos
é ser bastante direta e enxuta. No romance São Bernardo,
o autor faz a análise psicológica de personagens e expõe
desigualdades sociais com base na relação entre patrão
e empregado, além da relação conjugal. Nesse sentido,
o texto revela um(a)
A A narrador personagem que coloca no mesmo plano
Deus e o diabo, além de defender o livre-arbítrio
feminino no tocante à religião.
B B narrador onisciente, que não participa da história,
conhecedor profundo do caráter machista de Paulo
Honório e da sua ideologia política.
C C narração em terceira pessoa que explora o aspecto
objetivo e claro da linguagem para associar o espaço
interno do personagem ao espaço externo.
D D discurso em primeira pessoa que transmite o caráter
ambíguo da religiosidade do personagem e sua
convicção acerca da relação que a mulher deve ter
com a religião.
E E narrador alheio às questões socioculturais e
econômicas da sociedade capitalista e que defende
a divisão dos bens e o trabalho coletivo como modo
de organização social e política.
*010475RO10*
11LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 23
O voluntário
Quem não sabe o efeito produzido à beira do rio
pela notícia da declaração da guerra entre o Brasil e o
Paraguai?
Nas classes mais favorecidas da fortuna, nas cidades
principalmente, o entusiasmo foi grande e duradouro.
Mas entre o povo miúdo o medo do recrutamento para
voluntário da Pátria foi tão intenso que muitos tapuios se
meteram pelas matas e pelas cabeceiras dos rios, e ali
viveram como animais bravios sujeitos a toda a espécie
de privações.
[...]
Coisa terrível que era então o recrutamento!
Esse meio violento de preencher os quadros do
exército era ao tempo da guerra posto em prática com
barbaridade e tirania, indignas dum povo que pretende
foros de civilizado.
Suplícios tremendos eram infligidos aos que, fugindo a
uma obrigação não compreendida, ousavam preferir a paz
do trabalho e o sossego do lar à ventura de se deixarem
cortar em postas na defesa das estâncias rio-grandenses
e das aldeolas de Mato Grosso.
SOUZA, I. Contos amazônicos. Jundiaí: Cadernos do Mundo Inteiro, 2018 (fragmento).
Para descrever o modo como indígenas e ribeirinhos
eram recrutados para lutarem como “voluntários da
Pátria”, o texto de Inglês de Souza
A A enfatiza a capacidade de resiliência dos tapuios.
B B põe em evidência a brutalidade do alistamento
compulsório.
C C ironiza a importância atribuída à guerra pelas elites
da época.
D D relativiza a prevalência da disputa bélica sobre a
natureza pacífica.
E E critica a incompreensão da população acerca das
motivações do conflito.
QUESTÃO 24
A sobrevivência dos pomeranos
Ocorrem no Brasil atual casos como o da língua falada
pelos pomeranos, que imigraram para o Brasil devido à
Segunda Guerra Mundial, e que conseguiu manter-se viva
em pequenas comunidades do Rio Grande do Sul e do
Espírito Santo. Essa língua, em pleno uso e transmissão
no Brasil, não é mais falada na Europa Central, sua região
de origem. Após a guerra, a região onde ficava Pomerode
foi incorporada à Polônia pela força do regime soviético.
Quanto à etnia dospomeranos, praticamente foi extinta e
os sobreviventes dispersados pela Polônia. Mas a língua
permanece viva no Brasil.
CASAL JR., M. Disponível em: http://desafios.ipea.gov.br.
Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).
De acordo com esse texto, a língua falada pelos
pomeranos
A A continua sendo transmitida em Pomerode, na Polônia.
B B permanece preservada em algumas regiões do Brasil.
C C apresenta características distintas no Brasil.
D D contribui para o isolamento da Polônia no Leste
Europeu.
E E foi dispersada por ação do regime soviético.
QUESTÃO 25
Da calma e do silêncio
Quando eu morder
a palavra,
por favor,
não me apressem,
quero mascar,
rasgar entre os dentes,
a pele, os ossos, o tutano
do verbo,
para assim versejar
o âmago das coisas...
[...]
Quando meus pés
abrandarem na marcha,
por favor,
não me forcem.
Caminhar para quê?
Deixem-me quedar,
deixem-me quieta,
na aparente inércia.
Nem todo viandante
anda estradas,
há mundos submersos,
que só o silêncio
da poesia penetra.
EVARISTO, C. Poemas de recordação e outros movimentos.
Rio de Janeiro: Malê, 2021 (fragmento).
Na reflexão sobre motivos e soluções do trabalho com
a palavra, o eu lírico defende que a poesia
A A reflete as limitações inerentes à sua matéria-prima.
B B é um produto relacionado ao sentimento de angústia.
C C exige o engajamento social para a sua plena realização.
D D requer um tempo próprio de amadurecimento
e plenitude.
E E deve desvincular-se de questões de inspiração
metafísica.
*010475RO11*
12 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 26
TEXTO I
A nova opinião pública e as redes digitais
Todas as vezes que os injustiçados do mundo ganham
espaço nas telinhas dos gadgets de última geração e nas
correntes caudalosas de e-mails, e o barulho digital é tanto
que chega até aos veículos de comunicação tradicionais,
muita gente destaca as boas qualidades do que chamam
de uma nova opinião pública.
É difícil não nos confrontarmos com as novas formas
que a sociedade utiliza para se inteirar, integrar-se,
persuadir, manipular, controlar, aprender, fazer-se ver e
ser vista, conversar e fofocar. Isso porque, o tempo todo,
as multidões estão opinando, capturando imagens em
quantidade descomunal e disponibilizando-as facilmente
para audiências abrangentes.
Essa produção midiática da multidão, muitas vezes
formatada sem preocupações técnicas, éticas e estéticas,
com certeza não contribui para a consolidação de uma
conversação democrática, que respeite a alteridade,
dê tempo ao contraditório e à comunicação. Essa nova
opinião pública é rápida em linchamentos simbólicos e
em expressar preconceitos em mensagens rapidinhas,
de 140 caracteres.
AMADEU, S. Disponível em: www.sescsp.org.br. Acesso em: 26 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Uma nova opinião pública. Será?
A internet inverteu o ecossistema comunicacional.
O difícil não é falar. Agora, o grande problema é ser ouvido.
Todavia, quando alguém fala algo que todos queriam
ouvir, uma onda imediatamente se forma no oceano
informacional e pode gerar ações concretas nas ruas,
nos mercados, nas bolsas de valores.
A rede é um articulador coletivo de diversas
causas. Não podemos ter a ilusão de que somente ideias
democratizantes e ligadas à nobre causa da defesa
ambiental é que geram adeptos. Uma análise mais
aprofundada das ações e do ativismo em rede permite
observar que cada vez mais se formam redes de opinião
distintas e muitas vezes opostas.
Por fim, também é preciso notar que a internet é
uma rede de arquitetura distribuída. Por isso, sua natureza
é mais propícia às ações democratizadoras, livres e
favoráveis ao compartilhamento do que às posturas que
visam simplesmente à dominação, ao controle autoritário
e ao impedimento da troca de arquivos digitais.
NASSAR, P. Disponível em: www.sescsp.org.br. Acesso em: 26 nov. 2021 (adaptado).
Com relação à produção da opinião pública na
contemporaneidade, os textos I e II divergem sobre o(a)
A A compreensão da internet como espaço de construção
democrática.
B B uso mal-intencionado das tecnologias de informação
e comunicação.
C C entendimento da internet como meio de exposição
de pensamentos.
D D impacto das postagens nas redes de defensores
de causas minoritárias.
E E falta de curadoria dos conteúdos disponíveis nos
ambientes virtuais.
QUESTÃO 27
Disponível em: www.fapcom.edu.br. Acesso em: 20 nov. 2021.
Nesse texto, ao combinar os gêneros anúncio e manchete
de notícia, o autor pretende
A A destacar a variedade de informações divulgadas
na mídia.
B B aproximar o leitor da realidade vivenciada pelas
celebridades.
C C criticar a superficialidade de notícias em veículos
de comunicação.
D D ilustrar a inclusão da população carente em campanhas
publicitárias.
E E conscientizar o leitor acerca da responsabilidade
social nos anúncios.
*010475RO12*
13LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 28
Uma marca de eletrodomésticos que retornou para
o mercado brasileiro posicionou painéis em pontos
estratégicos da cidade de São Paulo com frases que
trazem histórias reais de mulheres que desafiaram
padrões e estereótipos, com a premissa de trazer uma
reflexão sobre o Dia da Igualdade Feminina.
Cada uma das 9 frases traz um contraponto instigante
e atualiza uma nova ideia em sintonia com o ambiente,
dialogando com a cidade, como “O cara que inventou
a cerveja foi uma mulher”, perto de bares, e “O melhor
artilheiro da seleção é uma mulher nordestina”, em frente
a estádios de futebol.
Frases como “O pai do wi-fi foi uma mulher, atriz e
refugiada”; “O gênio por trás do GPS foi uma mulher
negra”; “O arquiteto que projetou o MASP foi uma
mulher imigrante”; “O ator que mais vezes venceu o
Oscar foi uma mulher”; “O cientista precursor da energia
limpa foi uma mulher”; “O primeiro piloto de testes
da história foi uma mulher” e “O autor do primeiro
romance do mundo foi uma mulher japonesa” estavam
presentes em 15 pontos da cidade de São Paulo.
ALVES, S. Disponível em: www.b9.com.br. Acesso em: 5 nov. 2021 (adaptado).
Ao provocar a reflexão sobre o Dia da Igualdade Feminina,
a campanha descrita nesse texto fundamenta-se no(a)
A A oposição proposital entre as referências de gênero
presentes nas frases.
B B relação entre os dizeres do painel e o local estratégico
de instalação.
C C alusão a grandes feitos científicos que são amplamente
conhecidos.
D D padrão das frases que favorece a assimilação da
mensagem.
E E apresentação de temáticas muito presentes no
dia a dia.
QUESTÃO 29
A palavra saudade faz parte do vocabulário cotidiano
dos portugueses e, também, do povo brasileiro. Mas
afinal, qual é a sua verdadeira origem? Existem algumas
especulações sobre a origem de saudade. Há quem
defenda que a palavra vem do árabe saudah. Outros
entendem que a sua origem vem do latim sólitas, que
significa solidão.
Alguns especialistas indicam que palavras
como saud, saudá e suaida significam “sangue pisado” e
“preto dentro do coração”. A metáfora perfeita para alguém
que carrega no seu coração uma profunda tristeza, tristeza
esta que pode ser causada pela saudade. Os árabes
utilizam o termo as-saudá quando querem se referir
a uma doença do fígado, diagnosticada por eles como
“melancolia do paciente”.
Em certos idiomas, o significado de solitate foi mantido,
como é o caso do castelhano (soledad), do italiano
(solitudine) ou do francês (solitude). Em português e no
galego (soidade), alterou-se com o tempo. Assim sendo,
quando alguém dizia “tenho saudades de casa” significava
que sentia “solidão” por não estar em casa. De qualquer
forma, os portugueses foram atribuindo outros significados
a saudade. Dizem até que passou a fazer parte do
dicionário dos portugueses no tempo dos Descobrimentos
Marítimos. Saudade definia a solidão que os portugueses
tinham da sua terra, familiares e amigos, quando estes
partiam para o Brasil.
Disponível em: www.natgeo.pt. Acesso em: 24 nov. 2021 (adaptado).Esse texto, que trata da acepção da palavra “saudade”
em vários idiomas, tem como objetivo
A A questionar sua evolução histórica.
B B especular sobre suas origens etimológicas.
C C explicar seu processo de dicionarização.
D D problematizar seus diferentes sentidos na sociedade.
E E defender a tese acerca de sua origem desconhecida.
QUESTÃO 30
Quaresma despiu-se, lavou-se, enfiou a roupa de casa,
veio para a biblioteca, sentou-se a uma cadeira de balanço,
descansando. Estava num aposento vasto, e todo ele era
forrado de estantes de ferro. Havia perto de dez, com quatro
prateleiras, fora as pequenas com os livros de maior tomo.
Quem examinasse vagarosamente aquela grande coleção
de livros havia de espantar-se ao perceber o espírito
que presidia a sua reunião. Na ficção, havia unicamente
autores nacionais ou tidos como tais: o Bento Teixeira, da
Prosopopeia; o Gregório de Matos, o Basílio da Gama,
o Santa Rita Durão, o José de Alencar (todo), o Macedo,
o Gonçalves Dias (todo), além de muitos outros.
BARRETO, L. Triste fim de Policarpo Quaresma.
Rio de Janeiro: Mediafashion, 2008.
No texto, o uso do artigo definido anteposto aos nomes
próprios dos escritores brasileiros
A A demonstra a familiaridade e o conhecimento que
o personagem tem dos autores nacionais e de suas
obras.
B B consiste em um regionalismo que tem a função
de caracterizar a fala pitoresca do personagem
principal.
C C é uma marca da linguagem culta cuja função é enfatizar
o gosto do personagem pela literatura brasileira.
D D constitui um recurso estilístico do narrador para
mostrar que o personagem vem de uma classe social
inferior.
E E indica o tom depreciativo com o qual o narrador
se refere aos autores nacionais, reforçado pela
expressão “tidos como tais”.
*010475RO13*
14 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 31
Foram 11 bilhões de palavras examinadas em mais
de três milhões de livros que mostraram que a linguagem
usada em romances, durante mais de cem anos, é sexista.
Um grupo de cientistas realizou um descomunal trabalho
de campo no qual analisou de forma maciça textos escritos
em inglês em livros publicados entre 1900 e 2008. O que
foi analisado exatamente? A correlação entre gêneros
e qualificativos em busca de um padrão: o tratamento
diferente entre mulheres e homens em textos escritos.
O estudo utilizou um sistema baseado em inteligência
artificial e aprendizagem de máquina para analisar, palavra
por palavra, as obras publicadas nesse período. A análise
concluiu que as mulheres recebem apenas qualificativos
relacionados ao seu físico, enquanto para os homens as
referências se concentram principalmente em sua força
e personalidade. Os atributos negativos relacionados ao
físico e à aparência nessas obras são observados até
cinco vezes mais nas mulheres do que nos homens.
Os algoritmos aprendem com os textos já escritos e
publicados. Assim, um sistema pode considerar bom um
modelo que se repete várias vezes (por exemplo, aquele
relacionado à beleza e à mulher) e assimilá-lo em sua
execução atual.
ZURIARRAIN, J. M. Disponível em: https://brasil.elpais.com.
Acesso em: 5 nov. 2021 (adaptado).
O desenvolvimento de tecnologias, como os algoritmos
e a inteligência artificial, permite a análise de um grande
volume de dados. Nesse texto, a utilização desses
recursos
A A avalia as qualidades positivas atribuídas aos homens.
B B revela a materialidade linguística de estereótipos de
gênero.
C C indica a pouca eficácia da aprendizagem de máquina.
D D questiona a linearidade de padrões linguísticos.
E E atesta cientificamente as diferenças sociais.
QUESTÃO 32
Disponível em: https://facebook.com/SenadoFederal. Acesso em: 1 nov. 2021.
Com essa postagem, o enunciador busca
A A divulgar dispositivos legais criados para ajudar no
combate a um crime.
B B manifestar adesão a uma lei voltada para coibir a
prática de um delito.
C C incentivar o cidadão a obter informação sobre uma lei
por vias informais.
D D tornar pública uma lei voltada à criação de perfis nas
salas de bate-papo.
E E alertar o público usuário de redes sociais sobre
mudanças em uma lei vigente.
QUESTÃO 33
No tempo em que assistíamos
televisão no meio da praça
O que eu vou contar nestas próximas linhas não
fará sentido para os leitores mais jovens, mas houve
um tempo em que assistíamos televisão no meio da
praça. Nessa fase, a propriedade de aparelhos ainda
era restrita às camadas mais abastadas.
Seja no meio de uma praça pública, seja na sala
de casa, a televisão cumpriu um importante papel de
sociabilização, mesmo que de forma mitigada. Isso
porque, ao contrário do que acontecia na antiguidade,
as praças não eram (como ainda não são) espaços de
convivência pública ativa, no máximo um lugar para gastar
o tempo, bater um papo. Naqueles tempos, os aparelhos
de TV nas praças reverteram um pouco dessa lógica.
Ao que parece, está se inaugurando no Brasil um novo
tempo no campo da pesquisa sobre a televisão e sua
inserção sociocultural nas camadas populares.
Essas pesquisas não podem e não devem ignorar,
especialmente, a intensa concentração desses veículos
nas mãos de poucas famílias e grupos econômicos, sob o
risco de a televisão no Brasil continuar centrada num modelo
antidemocrático, antimediador, intransitivo, tendo como
consequência direta a limitação crescente da participação
da população nas instâncias públicas de decisão
(a televisão é uma concessionária de serviço público),
só que agora com o agravante da falsa sensação de que
a comunicação se tornou mais democrática com a internet.
Que a televisão permaneça por muitos e muitos anos,
mas que o seu atual modelo tenha seus dias contados!
Quem sabe com isso um dia voltemos para o meio da
praça, não mais para assistir TV, mas para fazermos
valer uma cultura de participação política realmente ativa
e instruída, como uma democracia de fato merece.
ARAÚJO, F. P. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br.
Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).
Embora reconheça o impacto social da televisão e seu
importante papel de sociabilização ao longo do tempo, o
texto defende que essa tecnologia passe por mudanças
que contribuam para
A A ampliar o acesso a aparelhos de TV para toda a
população.
B B transformar a praça pública em um lugar de convivência
social.
C C divulgar os resultados de pesquisas sobre sua inserção
social.
D D fomentar uma maior participação da população nas
esferas públicas.
E E viabilizar sua permanência no futuro em contraposição
ao advento da internet.
*010475RO14*
15LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 34
Proclamação do amor antigramática
“Dá-me um beijo”, ela me disse,
E eu nunca mais voltei lá.
Quem fala “dá-me” não ama,
Quem ama fala “me dá”
“Dá-me um beijo” é que é correto,
É linguagem de doutor,
Mas “me dá” tem mais afeto,
Beijo me-dado é melhor.
A gramática foi feita
Por um velho professor,
Por isso é tão má receita
Pra dizer coisas de amor.
O mestre pune com zero
Quem não diz “amo-te”. Aposto
Que em casa ele é mais sincero
E diz pra mulher: “te gosto”
Delírio dos olhos meus,
Estás ficando antipática.
Pelo diabo ou por deus
Manda às favas a gramática.
Fala, meu cheiro de rosa,
Do jeito que estou pedindo:
“Hoje estou menas formosa,
Com licença, vou se indo”.
Comete miles de erros,
Mistura tu com você,
E eu proclamarei aos berros:
“Vós és o meu bem querer”.
LAGO, M. Disponível em: www.mariolago.com.br. Acesso em: 30 out. 2021.
Nesse poema, o eu lírico defende o uso de algumas
estruturas consideradas inadequadas na norma-padrão
da língua. Esse uso, exemplificado por “me dá” e “te
gosto”, é legitimado
A A pelo contexto de situação discutido ao longo do poema.
B B pelas características enunciativas requeridas pelo
gênero poema.
C C pela interlocução construída entre o eu lírico e os
leitores do poema.
D D pela mobilização da função poética da linguagem na
composição do texto.
E E pelo reconhecimento do valor social da variedade de
prestígioem textos escritos.
QUESTÃO 35
Terça-feira, 30 de maio de 1893.
Eu gosto muito de todas as festas de Diamantina; mas
quando são na igreja do Rosário, que é quase pegada
à chácara de vovó, eu gosto ainda mais. Até parece que
a festa é nossa. E este ano foi mesmo. Foi sorteada para
rainha do Rosário uma ex-escrava de vovó chamada
Júlia e para rei um negro muito entusiasmado que eu
não conhecia. Coitada de Júlia! Ela vinha há muito tempo
ajuntando dinheiro para comprar um rancho. Gastou tudo
na festa e ainda ficou devendo. Agora é que eu vi como
fica caro para os pobres dos negros serem reis por um dia.
Júlia com o vestido e a coroa já gastou muito. Além disso,
teve de dar um jantar para a corte toda. A rainha tem uma
caudatária que vai atrás segurando na capa que tem uma
grande cauda. Esta também é negra da chácara e ajudou
no jantar. Eu acho graça é no entusiasmo dos pretos
neste reinado tão curto. Ninguém rejeita o cargo, mesmo
sabendo a despesa que dá!
MORLEY, H. Minha vida de menina. São Paulo: Cia. das Letras, 1998.
O trecho apresenta marcas textuais que justificam
o emprego da linguagem coloquial. O tom informal do
discurso se deve ao fato de que se trata de um(a)
A A narrativa regionalista, que procura reproduzir
as características mais típicas da região, como as falas
dos personagens e o contexto social a que pertencem.
B B carta pessoal, escrita pela autora e endereçada
a um destinatário específico, com o qual ela tem
intimidade suficiente para suprimir as formalidades
da correspondência oficial.
C C registro no diário da autora, conforme indicam
a data, o emprego da primeira pessoa, a expressão
de reflexões pessoais e a ausência de uma intenção
literária explícita na escrita.
D D narrativa de memórias, na qual a grande distância
temporal entre o momento da escrita e o fato narrado
impõe o tom informal, pois a autora tem dificuldade
de se lembrar com exatidão dos acontecimentos
narrados.
E E narrativa oral, em que a autora deve escrever como
se estivesse falando para um interlocutor, isto é, sem se
preocupar com a norma-padrão da língua portuguesa
e com referências exatas aos acontecimentos
mencionados.
QUESTÃO 36
QUANDO TUDO SE CONFUNDE QUALQUER MAPA É MÚNDI
LAERTE. Mapa-múndi. Disponível em: www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 24 out. 2021.
Nesse cartum, a predominância da função poética da
linguagem manifesta-se na
A A ênfase dada à dificuldade de compreensão de um
atlas.
B B articulação entre a expressão verbal e as imagens
representadas.
C C singularidade da percepção da autora sobre a área
de geografia.
D D construção de uma representação cartográfica
diferente.
E E forma de organização das informações do mapa-múndi.
*010475RO15*
16 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 37
TEXTO I
VIK MUNIZ. Segundo Warhol: dupla Mona Lisa. Fotografia da
composição, realizada com geleia e pasta de amendoim.
MAC Lima, Peru, 1999.
Disponível em: www.artnet.com. Acesso em: 1 nov. 2022.
TEXTO II
ARCIMBOLDO, G. Vertumnus (Imperador Rodolfo II).
Óleo sobre painel de madeira, 70 x 57 cm.
Castelo Skokloster, Suécia, circa 1590.
Disponível em: www.aventurasnahistoria.uol.com.br. Acesso em: 16 fev. 2023.
Produzidas com mais de 400 anos de diferença, as obras
de Vik Muniz e Giuseppe Arcimboldo têm em comum
a referência a alimentos. Contudo, enquanto na obra
de Arcimboldo os alimentos fazem parte de um jogo
de representação, em Muniz, são empregados como
matéria-prima, sinalizando uma
A A composição minimalista em contraposição aos
excessos do Barroco.
B B forma de questionar a importância do cânone na
pintura de Leonardo Da Vinci.
C C provocação sobre as mudanças de hábitos alimentares
com o passar dos séculos.
D D intenção parodística, estabelecendo um diálogo entre
a Pop Art e a tradição.
E E reafirmação da estética renascentista revisitada pela
contemporaneidade.
QUESTÃO 38
Basquiat representa uma das classes da sociedade
americana às quais as barreiras sociais impedem,
geralmente, o acesso à arte. Os seus quadros, objetos
pictóricos e desenhos apresentam-se cheios de sinais,
transcrições de textos e elementos figurativos, encadeados
em ritmos pictóricos de uma precisão empolgante — um
misto de pintura gráfica, símbolos populares americanos,
gírias de rua e alusões a obras de arte famosas.
HONNEF, K. Arte contemporânea. São Paulo: 1994 (adaptado).
As características pictóricas das obras de Basquiat
apresentadas no texto aproximam-se das que
encontramos no Brasil no
A A conjunto de azulejos da arte barroca.
B B óleo sobre tela A Batalha do Riachuelo, do artista
Victor Meirelles.
C C painel de pastilhas do mural de rua Imprensa, do
artista modernista Di Cavalcanti, localizado na cidade
de São Paulo.
D D óleo sobre tela intitulado Abaporu, da artista modernista
Tarsila do Amaral, em São Paulo.
E E óleo sobre tela do artista modernista Alfredo Volpi.
QUESTÃO 39
Plantas superpoderosas
A bióloga Joanne Chory já tinha 60 anos e um
diagnóstico de Parkinson quando decidiu se dedicar a um
projeto que capturasse gás carbônico da atmosfera — coisa
que as plantas fazem regularmente há 2,8 bilhões de anos.
Para isso, a pesquisadora começou a estudar algumas
espécies e alterá-las por meio de técnicas de horticultura
e manipulação genética. A ideia é que capturem mais
carbono e o armazenem em suas raízes. Uma dessas
plantas, um tipo de mostarda, já cresce no delta do rio
Mississipi. Caso funcione, a pesquisa tem potencial para
diminuir em 46% o excesso de CO2 jogado anualmente na
atmosfera. “Provavelmente não estarei aqui para ver os
resultados. Mas prefiro ser parte da solução a me sentar
e reclamar”, diz Joanne. Que as superplantas criadas pela
bióloga vinguem e vicejem!
CARNEIRO, F. Disponível em: https://veja.abril.com.br.
Acesso em: 23 out. 2021 (adaptado).
Esse texto descreve a pesquisa inovadora realizada por
uma bióloga de 60 anos com diagnóstico de Parkinson.
O trecho que permite uma referência indireta a essa
condição física é
A A “decidiu se dedicar a um projeto que capturasse gás
carbônico”.
B B “a pesquisadora começou a estudar algumas
espécies”.
C C “Caso funcione, a pesquisa tem potencial para diminuir
em 46% o excesso de CO2”.
D D “‘Provavelmente não estarei aqui para ver os
resultados’”.
E E “Que as superplantas criadas pela bióloga vinguem
e vicejem!”.
*010475RO16*
17LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 40
TEXTO I
Você vai ficar obsoleto
Vivemos numa época em que as coisas ficam
obsoletas cada vez mais rápido. Produtos e serviços
desaparecem substituídos por outros, como também
indústrias inteiras, devoradas por formas mais eficientes
de trabalho. O comportamento das pessoas também está
mudando; hoje aceitamos a inovação muito mais rápido.
Você sabia que a eletricidade demorou 46 anos
para ser adotada por pelos menos 25% da população
norte-americana? Para o telefone foram necessários
35 anos, 31 para o rádio, 26 para a televisão, 16 para
o computador, 13 para o celular e apenas 7 para a internet.
Dessa forma, tecnologia e empreendedorismo
formam uma combinação explosiva que afeta os
tradicionais setores econômicos, transformando modelos
de negócios inteiros e acelerando o envelhecimento das
coisas. Portanto, a chave para lidar com isso nos exige
sair constantemente da zona de conforto. Deixar para
trás o velho e abrir-se ao novo é despir-se do medo do
desconhecido. É deixar-se dominar pelo entusiasmo, pela
curiosidade e pela vontade de viver e fazer diferente.
SENGER, A. Disponível em: www.cloudcoaching.com.br.
Acesso em: 20 nov. 2021 (adaptado).
TEXTO II
A rotina obsoleta
Ser do tempo da máquina de escrever não me assusta
mais. Já é objeto de museu. De colecionador. Até seu
sucessor, o computador de mesa, está com os dias
contados. Tão mais prático o laptop! Mas também existe
o tablet, e quem sabe o que logo mais.
É surpreendente a velocidade com que meu cotidiano
se transforma. Objetos essenciaisaté um tempinho atrás
desapareceram.
Inventa-se um dispositivo, todo mundo tem, e,
dali a pouco, ele é trocado por outro, mais avançado.
A velocidade da mudança supera as eras anteriores.
O próprio papel está perdendo a razão de ser.
Documentos on-line são aceitos. Posso assinar um
contrato por e-mail. Houve um tempo em que ter xerox
de RG com firma reconhecida era um avanço. Hoje…
Quem faz xerox? Imagine, eu sou do tempo em que
na escola se faziam apostilas em xerox! Hoje, a gente
recebe on-line.
Parece estável? Vai sumir. A vida se torna obsoleta
a cada segundo. Mas o novo vai surgir. Isso torna a vida
fascinante. A realidade é deliciosamente instável.
CARRASCO, W. Disponível em: https://veja.abril.com.br. Acesso em: 20 nov. 2021.
Os textos I e II abordam a temática da obsolescência
e têm em comum a
A A expressão de uma latente nostalgia.
B B crítica à velocidade das inovações tecnológicas.
C C percepção de uma constante sensação de inutilidade.
D D opinião desfavorável a mudanças de hábitos e
comportamentos.
E E perspectiva otimista diante da impermanência do
mundo contemporâneo.
QUESTÃO 41
Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata
nela, ou outra coisa de metal, ou ferro; nem lha vimos.
Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos
e temperados como os de Entre-Douro-e-Minho, porque
neste tempo d’agora assim os achávamos como os de lá.
Águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa
que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa
das águas que tem! Contudo, o melhor fruto que dela
se pode tirar parece-me que será salvar esta gente.
E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza
em ela deve lançar. E que não houvesse mais do que ter
Vossa Alteza aqui esta pousada para essa navegação de
Calicute bastava. Quanto mais, disposição para se nela
cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber,
acrescentamento da nossa fé!
CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 31 out. 2021.
Esse texto é um fragmento da carta de Pero Vaz de
Caminha para o rei de Portugal, cuja importância
documental reside no fato de
A A apresentar usos pouco comuns do português padrão
da época.
B B descrever o estranhamento do autor ao chegar ao
Brasil.
C C fazer um inventário do expediente das rotinas de
navegação e achados da tripulação.
D D exemplificar procedimentos de comunicação formal
em um contexto de forte hierarquia.
E E ser um registro histórico e linguístico do período em
que foi redigido.
QUESTÃO 42
emicida
@emicida
#EmicidaLiveEmCasa
Aí, maloqueiro, aí, maloqueira
Levanta essa cabeça
Enxuga essas lágrimas, certo?
Respira fundo e volta pro ringue
Cê vai sair dessa prisão
Cê vai atrás desse diploma
Com a fúria da beleza do Sol, tendeu?
Faz isso por nóiz, faz essa por nóiz
Te vejo no pódio
10:35 PM . 10 de maio de 2020
Disponível em: https://twitter.com/emicida. Acesso em: 23 out. 2021.
Nessa postagem dirigida aos seus seguidores de rede
social, o autor utiliza uma linguagem
A A própria de manifestações poéticas.
B B aplicada em contextos da área desportiva.
C C característica àquela atribuída a falantes escolarizados.
D D empregada por falantes urbanos jovens de determinada
região.
E E marcada por uma relação de distanciamento entre
os interlocutores.
*010475RO17*
18 LC • 1º DIA • CADERNO 4 • ROSA • 2ª APLICAÇÃO
QUESTÃO 43
O grande hall do hotel estava repleto. [...] Os criados
passavam apressados, erguendo numa azáfama os pratos
de metal. Ao alto, os ventiladores faziam um rumor
de colmeias. Senhoras e cavalheiros, perfeitamente felizes,
as senhoras quase todas com largos boás de plumas brancas,
chalravam e sorriam. Estávamos bem na bizarra sociedade
de entalhe que é o escol dos hotéis. Alta, longa, comprida,
com uma cintura de esmaltes translúcidos e o ar empoado
de uma íntima do general Lafayette, a escritora americana
cuja admiração por Gonçalves Dias chegara a fazê-la
estudar e propagar o Brasil, mastigava gravemente. Logo
ao lado, um grupo de engenheiros, também americanos,
bebia, com gargalhadas brutais e decerto inconvenientes,
champanhe Mumm. [...] De vez em quando parava à porta
um novo hóspede, hesitava, percorria com o olhar a extensa
fila de mesas onde o debinage se acalorava. A um canto,
Mlles. Peres, filhas de um rico argentino, yatch-recorderman
nas horas vagas e vendedor de gado nas outras, perlavam
risadinhas de flerte para o solitário e divino Alberto Guerra,
seguro dos seus bíceps, dos seus brilhantes e quiçá dos
seus versos.
JOÃO DO RIO. Dentro da noite. São Paulo: Antiqua, 2002 (fragmento).
Nessa descrição, o narrador traça um panorama
sociocultural das primeiras décadas do século XX.
Sua perspectiva revela uma
A A percepção irônica da importação de valores e
modismos.
B B euforia generalizada com as facilidades da
modernidade.
C C visão otimista sobre as atitudes da mulher
emancipada.
D D adesão propagandística aos gostos burgueses
e ao luxo.
E E preocupação nacionalista com a integridade da
língua.
QUESTÃO 44
Para começar, ele nos olha na cara. Não é como
a máquina de escrever, que a gente olha de cima, com
superioridade. Com ele é olho no olho ou tela no olho.
Ele nos desafia. Parece estar dizendo: vamos lá, seu
desprezível pré-eletrônico, mostre o que você sabe fazer.
A máquina de escrever faz tudo que você manda, mesmo
que seja a tapa. Com o computador é diferente. Você
faz tudo que ele manda. Ou precisa fazer tudo ao modo
dele, senão ele não aceita. Às vezes, quando a gente
erra, ele faz “bip”. Assim, para todo mundo ouvir. Comecei
a usar o computador na redação do jornal e volta e meia
errava. E lá vinha ele: “Bip!” “Olha aqui, pessoal: ele errou.”
“O burro errou!”.
Outra coisa: ele é mais inteligente que você.
Esse negócio de que qualquer máquina só é tão inteligente
quanto quem a usa não vale com ele. Está subentendido,
nas suas relações com o computador, que você jamais
aproveitará metade das coisas que ele tem para oferecer.
A máquina de escrever podia ter recursos que você nunca
usaria, mas não tinha o mesmo ar de quem só aguentava
os humanos por falta de coisa melhor, no momento.
E a máquina, mesmo nos seus instantes de maior
impaciência conosco, jamais faria “bip” em público.
VERISSIMO, L. F. Pai não entende nada. Porto Alegre: L&PM, 1990.
Ao descrever sua relação com a máquina de escrever
e o computador, o cronista adota uma perspectiva que
A A põe em evidência a disparidade entre tecnologias.
B B critica a quantidade de recursos dos dispositivos.
C C defende a utilização de equipamentos obsoletos.
D D sobrepõe a inteligência humana à da máquina.
E E refuta o progresso técnico da comunicação.
QUESTÃO 45
PAULINO, R. Bastidores (detalhe). Gravura sobre tecido em
suporte de madeira para bordado, 1997.
Disponível em: www.galeriavirgilio.com.br. Acesso em: 29 out. 2010.
Sob a perspectiva em que o artista deve trabalhar com
as coisas que o tocam profundamente, a singularidade
da obra Bastidores, produzida com objetos do cotidiano
e de pouco valor material, mostra a boca, que expressa uma
A A situação religiosa afro-brasileira que envolve grande
parte da população.
B B condição particular da artista, deslocada de um
contexto sociocultural.
C C situação histórica em que as mulheres ainda bordavam
em bastidores.
D D condição vivida por parte das mulheres afro-brasileiras
trabalhadoras.
E E situação que se sugere, mas que não se aplica,
a parcelas da população.
*010475RO18*
1º DIA
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à áreade Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde
corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos
que antecedem o término das provas.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Cada qual anda alegre e sorridente.
04
*010475RO1*
2 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção: inglês)
QUESTÃO 01
Two hundred years ago, Jane Austen lived in a world
where single men boasted vast estates; single ladies
were expected to speak several languages, sing and play
the piano. In both cases, it was, of course, advantageous
if you looked good too. So, how much has — or hasn’t
— changed? Dating apps opaquely outline the demands
of today’s relationship market; users ruminate long and
hard over their choice of pictures and what they write in
their biographies to hook in potential lovers, and that’s just
your own profile. What do you look for in a future partner’s
profile — potential signifiers of a popular personality, a
good job, a nice car? These apps are a poignant reminder
of the often classist attitudes we still adopt, as well as
the financial and aesthetic expectations we demand from
potential partners.
GALER, S. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).
O texto aborda relações interpessoais com o objetivo de
A A problematizar o papel de gênero em casamentos
modernos.
B B apontar a relevância da educação formal na escolha
de parceiros.
C C comparar a expectativa de parceiros amorosos em
épocas distintas.
D D discutir o uso de aplicativos para proporcionar
encontros românticos.
E E valorizar a importância da aparência física na
seleção de pretendentes.
QUESTÃO 02
As my official bio reads, I was made in Cuba, assembled
in Spain, and imported to the United States — meaning my
mother, seven months pregnant, and the rest of my family
arrived as exiles from Cuba to Madrid, where I was born.
Less than two months later, we emigrated once more and
settled in New York City, then eventually in Miami, where
I was raised and educated. Although technically we lived
in the United States, the Cuban community was culturally
insular in Miami during the 1970s, bonded together by the
trauma of exile. What’s more, it seemed that practically
everyone was Cuban: my teachers, my classmates, the
mechanic, the bus driver. I didn’t grow up feeling different
or treated as a minority. The few kids who got picked on
in my grade school were the ones with freckles and funny
last names like Dawson and O’Neil.
BLANCO, R. Disponível em: http://edition.cnn.com. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).
Ao relatar suas vivências, o autor destaca o(a)
A A qualidade da educação formal em Miami.
B B prestígio da cultura cubana nos Estados Unidos.
C C oportunidade de qualificação profissional em Miami.
D D cenário da integração de cubanos nos Estados Unidos.
E E fortalecimento do elo familiar em comunidades
estadunidenses.
QUESTÃO 03
NOW THAT YOU ARE MY
BRIDE, YOU WILL NEVER
LEAVE THIS CASTLE!
WOW! YOUR
LIBRARY IS
AMAZING!
BEYOND THE CASTLE IS
A HIGH WALL WITH NO
GATE, AND BEYOND THAT
IS A DEEP, DARK FOREST
WITH NO PATH.
I SUPPOSE IT Ś
MY LIBRARY TOO,
NOW WE‛ RE
MARRIED.
THE FOREST IS CRAWLING
WITH RAVENOUS WOLVES,
MALIGNANT BIRDS AND
THE SPIRITS OF LONG-
DEAD TRAVELLERS.
SO MANY BOOKS!
I CAN´T BELIEVE
MY LUCK!
WHEN THE SUN SETS,
I TRANSFORM INTO A WILD
BEAST AND SOAR INTO
THE NIGHT, SEIZED BY
A TERRIBLE BLOODLUST!
OK. I´LL STAY
HERE AND READ.
SEE YOU IN THE
MORNING.
1 2
3 4
GAULD, T. Disponível em: www.tomgauld.com. Acesso em: 25 out. 2021.
Nessa tirinha, o comportamento da mulher expressa
A A revolta com a falta de sorte.
B B gosto pela prática da leitura.
C C receio pelo futuro do casamento.
D D entusiasmo com os livros de terror.
E E rejeição ao novo tipo de residência.
*010475RO2*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 3
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 04
I tend the mobile now
like an injured bird
We text, text, text
our significant words.
I re-read your first,
your second, your third,
Look for your small xx,
feeling absurd.
The codes we send
arrive with a broken chord.
I try to picture your hands,
their image is blurred.
Nothing my thumbs press
will ever be heard.
DUFFY, C. Disponível em: www.independent.co.uk. Acesso em: 27 out. 2021.
Nesse poema, o eu lírico evidencia um sentimento de
A A contentamento com a interação virtual.
B B zelo com o envio de mensagens.
C C preocupação com a composição de textos.
D D mágoacom o comportamento de alguém.
E E insatisfação com uma forma de comunicação.
QUESTÃO 05
A Teen’s View of Social Media
Instagram is made up of all photos and videos. There
is the home page that showcases the posts from people
you follow, an explore tab which offers posts from accounts
all over the world, and your own page, with a notification
tab to show who likes and comments on your posts.
It has some downsides though. It is known to make
many people feel insecure or down about themselves
because the platform showcases the highlights of
everyone’s lives, while rarely showing the negatives.
This can make one feel like their life is not going as well
as others, contributing to the growing rates of anxiety or
depression in many teens today. There is an underlying
desire for acceptance through the number of likes or
followers one has.
Disponível em: https://cyberbullying.org. Acesso em: 29 out. 2021.
O termo “downsides” introduz a ideia de que o Instagram
é responsável por
A A oferecer recursos de fotografia.
B B divulgar problemas dos usuários.
C C estimular aceitação dos seguidores.
D D provocar ansiedade nos adolescentes.
E E aproximar pessoas ao redor do mundo.
Questões de 01 a 05 (opção: espanhol)
QUESTÃO 01
Los niños de nuestro olvido
Escribo sobre un destino
que apenas puedo tocar
en tanto un niño se inventa
con pegamento un hogar
Mientras busco las palabras
para hacer esta canción
un niño esquiva las balas
que buscan su corazón
Acurrucado en mi calle
duerme un niño y la piedad
arma lejos un pesebre
y juega a la navidad
Arma lejos un pesebre
y juega a la navidad
y juega a la navidad
y juega, y juega, y juega...
La niñez de nuestro olvido
pide limosna en un bar
y lava tu parabrisas
por un peso, por un pan
Si las flores del futuro
crecen con tanto dolor
seguramente mañana
será un mañana sin sol
SOSA, M. In: Corazón libre. Argentina: E.D.G.E., 2004 (fragmento).
No texto, a expressão “un mañana sin sol ” é usada para
concluir uma crítica ao(à)
A A descaso diante da problemática de crianças em
situação de rua.
B B violência característica do cotidiano das grandes
metrópoles.
C C estímulo à mendicância nos centros urbanos.
D D tendência de informalização do trabalho.
E E falta de serviços de saúde adequados.
*010475RO3*
4 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 02
En los suburbios de La Habana, llaman al amigo mi
tierra o mi sangre. En Caracas, el amigo es mi pana o mi
llave: pana, por panadería, la fuente del buen pan para las
hambres del alma; y llave por... — Llave, por llave — me
dice Mario Benedetti. Y me cuenta que cuando vivía en
Buenos Aires, en los tiempos del terror, él llevaba cinco
llaves ajenas en su llavero: cinco llaves, de cinco casas,
de cinco amigos: las llaves que lo salvaron.
GALEANO, E. El libro de los abrazos. Madri: Siglo Veintiuno, 2015.
Nesse texto, o autor demonstra como as diferentes
expressões existentes em espanhol para se referir a
“amigo” variam em função
A A das peculiaridades dos subúrbios hispano-americanos.
B B da força da conexão espiritual entre os amigos.
C C do papel da amizade em diferentes contextos.
D D do hábito de reunir amigos em torno da mesa.
E E dos graus de intimidade entre os amigos.
QUESTÃO 03
Pequeño hermano
Es, no cabe duda, el instrumento más presente y más
poderoso de todos los que entraron en nuestras vidas. Ni la
televisión ni el ordenador, no hablemos ya del obsoleto fax o
de las agendas o los libros electrónicos, ha tenido tal influencia,
tal predicamento sobre nosotros. El móvil somos nosotros
mismos. Todo desactivado e inerte, inocuo, ya les digo. Y de
repente, tras un viaje y tres o cuatro imprudentes fotos, salta
un aviso en la pantalla. Con sonido, además, pese a que
tengo también todas las alertas desactivadas. Y mi monstruo
doméstico me dice: tienes un recuerdo nuevo. Lo repetiré:
tienes un recuerdo nuevo. ¿Y tú qué sabes? ¿Y a ti, máquina
demoníaca, qué te importa? ¿Cómo te atreves a decirme qué
son o no son mis recuerdos? ¿Qué es esta intromisión, este
descaro? El pequeño hermano lo sabe casi todo. Sólo hay
una esperanza: que la obsolescencia programada mate antes
al pequeño hermano y que nosotros sigamos vivos, con los
recuerdos que nos dé la gana.
FERNÁNDEZ, D. Disponível em: www.lavanguardia.com.
Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).
No texto, o autor faz uma crítica ao(à)
A A conhecimento das pessoas sobre as tecnologias.
B B uso do celular alheio por pessoas desautorizadas.
C C funcionamento de recursos tecnológicos obsoletos.
D D ingerência do celular sobre as escolhas dos
usuários.
E E falta de informação sobre a configuração de alertas
no celular.
QUESTÃO 04
Las lenguas originarias de nuestra nación
guardan gran parte de la riqueza cultural.
Son parte viva de nuestro país.
Si se hablan, son reconocidas y todos las
respetamos, protegemos nuestro
patrimonio nacional.
Diidxagola
Binnigula’ sa’
Nisa ri’ biraru’ mani’
Duxhu’dxa’ ndaani
(Proverbio zapoteco)
Te gustó?
?
INSTITUTO NACIONAL DE LENGUAS INDÍGENAS
www.inali.gob.mx
Contigo
es posible
SEPSECRETARÍA DE
EDUCACIÓN
PÚBLICA
Disponível em: www.inali.gob.mx. Acesso em: 2 dez. 2018.
Esse cartaz tem a função social de
A A difundir a arte iconográfica indígena mexicana.
B B resgatar a literatura popular produzida em língua
zapoteca.
C C questionar o conhecimento do povo mexicano sobre
as línguas ameríndias.
D D destacar o papel dos órgãos governamentais na
conservação das línguas no México.
E E defender a preservação das línguas originárias
garantindo a diversidade linguística mexicana.
*010475RO4*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 5
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 05
MATERNIDADES EN TIEMPOS DE PANDEMIA
Maternar nunca ha
sido fácil; es
agotador y
desgastante. El
cierre de escuelas y
guarderías por
covid-19incrementó
el trabajo.
Porque en este sistema
no hay lugar para la
queja, se da por
sentado que las
mujeres están hechas
para asumir la crianza
a pesar de las pocas o
nulas herramientas
que el Estado o la
sociedad les da para
ejercer la maternidad.
La maternidad está
romantizada. No todas
viven las mismas
condiciones, pero aún
así las madres ponen
lo mejor de sí para
sobrellevarlo.
PARA MATERNAR SE
NECESITA UNA TRIBU, LA
CRIANZA NO DEBERÍA VIVIRSE
EN SOLEDAD.
Mujeres en Red para la Igualdad de Género
MURIG
MURIG. Disponível em: https://murigcolectivafeminista.wordpress.com.
Acesso em: 26 out. 2021 (adaptado).
No texto, as palavras “crianza” e “tribu” são usadas para
A A evidenciar a importância de uma rede de apoio para
as mães na criação de seus filhos.
B B denunciar a disparidade entre o trabalho das mães de
diferentes classes sociais.
C C ressaltar o fechamento de escolas e creches durante
o período pandêmico.
D D ratificar a romantização da dedicação das mães na
educação das crianças.
E E enfatizar a proteção aos filhos em razão do isolamento
social das famílias.
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
Projeto na Câmara de BH quer a vacinação gratuita
de cães contra a leishmaniose
A doença é grave e vem causando preocupação na
região metropolitana da capital mineira
Ela é uma doença grave, transmitida pela picada do
mosquito-palha, e afeta tanto os seres humanos quanto
os cachorros: a leishmaniose. Por ser um problema de
saúde pública, a doença pode ganhar uma ação preventiva
importante, caso um projeto de lei seja aprovado na
Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH). Diante
do alto número de casos da doença na Grande BH, a
Comissão de Saúde e Saneamento da CMBH aprovou
a proposta de realização de campanhas públicas de
vacinação gratuita de cães contra a leishmaniose, tema
do PL 404/17, apreciado pelo colegiado em reunião
ordinária, no dia 6 de dezembro.
Disponível em: https://revistaencontro.com.br. Acesso em: 11 dez. 2017.
Essa notícia, além de cumprir sua função informativa,
assume o papel de
A A fiscalizar as ações de saúde e saneamento da
cidade.
B B defender os serviços gratuitos de atendimento à
população.
C C conscientizar a população sobre grave problema de
saúde pública.
D D propor campanhas para a ampliação de acesso aos
serviços públicos.
E E responsabilizar os agentes públicos pela demora na
tomada de decisões.
*010475RO5*
6 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
QUESTÃO 07
MANUAL DE ORIENTAÇÃO
O primeiro guia prático da Sociedade Brasileira de Pediatria para ajudar
pais e pediatras no desafio de educar nativos digitais
TRABALHO DE BASE
Até 2 anos De 2 a 5 anos Até 10 anos
A criança não deve ser exposta
passivamente às telas — TV,
tablet, celular etc. —, principalmente
durante as refeições e até 2
horas antes de dormir.
O tempo de exposição às telas deve
ser limitado a 1 hora por dia. Crianças
dessa faixa etária devem ser mais
protegidas da violência virtual, pois
não sabem separar fantasia de realidade.
Devem ter acesso controlado
a computadores e dispositivos
móveis. Crianças de até 10
anos não devem usar TV ou
computador no próprio quarto.
Disponível em: https://tab.uol.com.br. Acesso em: 25 ago. 2017 (adaptado).
O texto sobre os chamados nativos digitais traz informações com a função de
A A propor ações específicas para cada etapa da infância.
B B estabelecer regras que devem ser seguidas à risca.
C C explicar os efeitos do acesso precoce à internet.
D D determinar a incorporação de rituais à educação dos filhos.
E E educar com base em um conjunto de estratégias formativas.
QUESTÃO 08
Notas
Soluços, lágrimas, casa armada, veludo preto nos portais, um homem que veio vestir o cadáver, outro que
tomou a medida do caixão, caixão, essa, tocheiros, convites, convidados que entravam, lentamente, a passo surdo,
e apertavam a mão à família, alguns tristes, todos sérios e calados, padre e sacristão, rezas, aspersões d’água benta,
o fechar do caixão, a prego e martelo, seis pessoas que o tomam da essa, e o levantam, e o descem a custo pela
escada, não obstante os gritos, soluços e novas lágrimas da família, e vão até o coche fúnebre, e o colocam em cima
e traspassam e apertam as correias, o rodar do coche, o rodar dos carros, um a um... Isto que parece um simples
inventário eram notas que eu havia tomado para um capítulo triste e vulgar que não escrevo.
ASSIS, M. Memórias póstumas de Brás Cubas. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 25 jul. 2022.
O recurso linguístico que permite a Machado de Assis considerar um capítulo de Memórias póstumas de Brás Cubas
como inventário é a
A A enumeração de objetos e fatos.
B B predominância de linguagem objetiva.
C C ocorrência de período longo no trecho.
D D combinação de verbos no presente e no pretérito.
E E presença de léxico do campo semântico de funerais.
*010475RO6*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 7
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 09
São vários os fatores, internos e externos, que
influenciam os hábitos das pessoas no acesso à internet,
assim como nas práticas culturais realizadas na rede.
A utilização das tecnologias de informação e comunicação
está diretamente relacionada aos aspectos como:
conhecimento de seu uso, acesso à linguagem letrada,
nível de instrução, escolaridade, letramento digital etc.
Os que detêm tais recursos (os mais escolarizados)
são os que mais acessam a rede e também os que
possuem maior índice de acumulatividade das práticas.
A análise dos dados nos possibilita dizer que a falta
de acesso à rede repete as mesmas adversidades e
exclusões já verificadas na sociedade brasileira no que
se refere a analfabetos, menos escolarizados, negros,
população indígena e desempregados. Isso significa
dizer que a internet, se não produz diretamente a
exclusão, certamente a reproduz, tendo em vista
que os que mais a acessam são justamente os mais
jovens, escolarizados, remunerados, trabalhadores
qualificados, homens e brancos.
SILVA, F. A. B.; ZIVIANE, P.; GHEZZI, D. R. As tecnologias digitais e seus usos.
Brasília; Rio de Janeiro: Ipea, 2019 (adaptado).
Ao analisarem a correlação entre os hábitos e o perfil
socioeconômico dos usuários da internet no Brasil, os
pesquisadores
A A apontam o desenvolvimento econômico como
solução para ampliar o uso da rede.
B B questionam a crença de que o acesso à informação é
igualitário e democrático.
C C afirmam que o uso comercial da rede é a causa da
exclusão de minorias.
D D refutam o vínculo entre níveis de escolaridade e
dificuldade de acesso.
E E condicionam a expansão da rede à elaboração de
políticas inclusivas.
QUESTÃO 10
TEXTO I
A língua não é uma nomenclatura, que se apõe a
uma realidade pré-categorizada, ela é que classifica
a realidade. No léxico, percebe-se, de maneira mais
imediata, o fato de que a língua condensa as experiênciasde um dado povo.
FIORIN, J. L. Língua, modernidade e tradição. Diversitas, n. 2, mar.-set. 2014.
TEXTO II
As expressões coloquiais ainda estão impregnadas de
discriminação contra os negros. Basta recordar algumas
delas, como passar um “dia negro”, ter um “lado negro”,
ser a “ovelha negra” da família ou praticar “magia negra”.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 22 maio 2018.
O Texto II exemplifica o que se afirma no Texto I, na
medida em que defende a ideia de que as escolhas
lexicais são resultantes de um
A A expediente próprio do sistema linguístico que nos
apresenta diferentes possibilidades para traduzir
estados de coisas.
B B ato inventivo de nomear novas realidades que
surgem diante de uma comunidade de falantes de
uma língua.
C C mecanismo de apropriação de formas linguísticas que
estão no acervo da formação do idioma nacional.
D D processo de incorporação de preconceitos que são
recorrentes na história de uma sociedade.
E E recurso de expressão marcado pela objetividade que
se requer na comunicação diária.
QUESTÃO 11
QUANTO CUSTOU?
Proposta obriga órgão público a divulgar gasto
com anúncio na própria peça publicitária.
Qual sua opinião?
Disponível em: www.facebook.com/senadofederal. Acesso em: 9 dez. 2017.
Considerando-se a função social dos posts, essa imagem
evidencia a apropriação de outro gênero com o objetivo de
A A promover o uso adequado de campanhas publicitárias
do governo.
B B divulgar o projeto sobre transparência da
administração pública.
C C responsabilizar o cidadão pelo controle dos gastos
públicos.
D D delegar a gestão de projetos de lei ao contribuinte.
E E assegurar a fiscalização dos gastos públicos.
*010475RO7*
8 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 12
Firmo, o vaqueiro
No dia seguinte, à hora em que saía o gado, estava eu
debruçado à varanda quando vi o cafuzo que preparava o
animal viajeiro:
— Raimundinho, como vai ele?...
De longe apontou a palhoça.
— Sim.
O braço caiu-lhe, olhou-me algum tempo comovido;
depois, saltando para o animal, levou o polegar à boca
fazendo estalar a unha nos dentes: “Às quatro horas
da manhã... Atirei um verso e disse, para bulir com ele:
Pega, velho! Não respondeu. Tio Firmo, mesmo velho e
doente, não era homem para deixar um verso no chão...
Fui ver, coitado!... estava morto”. E deu de esporas para
que eu não lhe visse as lágrimas.
NETTO, C. In: MARCHEZAN, L. G. (Org.). O conto regionalista.
São Paulo: Martins Fontes, 2009.
A passagem registra um momento em que a
expressividade lírica é reforçada pela
A A plasticidade da imagem do rebanho reunido.
B B sugestão da firmeza do sertanejo ao arrear o cavalo.
C C situação de pobreza encontrada nos sertões
brasileiros.
D D afetividade demonstrada ao noticiar a morte do
cantador.
E E preocupação do vaqueiro em demonstrar sua
virilidade.
QUESTÃO 13
O bebê de tarlatana rosa
— [...] Na terça desliguei-me do grupo e caí no mar alto
da depravação, só, com uma roupa leve por cima da pele e
todos os maus instintos fustigados. De resto a cidade inteira
estava assim. É o momento em que por trás das máscaras
as meninas confessam paixões aos rapazes, é o instante
em que as ligações mais secretas transparecem, em que
a virgindade é dúbia, e todos nós a achamos inútil, a honra
uma caceteação, o bom senso uma fadiga. Nesse momento
tudo é possível, os maiores absurdos, os maiores crimes;
nesse momento há um riso que galvaniza os sentidos e o
beijo se desata naturalmente.
Eu estava trepidante, com uma ânsia de acanalhar-me,
quase mórbida. Nada de raparigas do galarim perfumadas
e por demais conhecidas, nada do contato familiar,
mas o deboche anônimo, o deboche ritual de chegar,
pegar, acabar, continuar. Era ignóbil. Felizmente muita
gente sofre do mesmo mal no carnaval.
RIO, J. Dentro da noite. São Paulo: Antiqua, 2002.
No texto, o personagem vincula ao carnaval atitudes e
reações coletivas diante das quais expressa
A A consagração da alegria do povo.
B B atração e asco perante atitudes libertinas.
C C espanto com a quantidade de foliões nas ruas.
D D intenção de confraternizar com desconhecidos.
E E reconhecimento da festa como manifestação cultural.
QUESTÃO 14
10 de maio
Fui na delegacia e falei com o tenente. Que homem
amavel! Se eu soubesse que ele era tão amavel, eu teria
ido na delegacia na primeira intimação. [...] O tenente
interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me
que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas
tem mais possibilidade de delinquir do que tornar-se util
a patria e ao país. Pensei: se ele sabe disto, porque não
faz um relatorio e envia para os politicos? O senhor Janio
Quadros, o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros?
Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira.
Não posso resolver nem as minhas dificuldades.
... O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já
passou fome. A fome tambem é professora.
Quem passa fome aprende a pensar no próximo,
e nas crianças.
JESUS, C. M. Quarto de despejo: diário de uma favelada. São Paulo: Ática, 2014.
A partir da intimação recebida pelo filho de 9 anos,
a autora faz uma reflexão em que transparece a
A A lição de vida comunicada pelo tenente.
B B predisposição materna para se emocionar.
C C atividade política marcante da comunidade.
D D resposta irônica ante o discurso da autoridade.
E E necessidade de revelar seus anseios mais íntimos.
*010475RO8*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 9
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 15
Esaú e Jacó
Bárbara entrou, enquanto o pai pegou da viola e
passou ao patamar de pedra, à porta da esquerda.
Era uma criaturinha leve e breve, saia bordada, chinelinha
no pé. Não se lhe podia negar um corpo airoso. Os cabelos,
apanhados no alto da cabeça por um pedaço de fita
enxovalhada, faziam-lhe um solidéunatural, cuja borla era
suprida por um raminho de arruda. Já vai nisto um pouco
de sacerdotisa. O mistério estava nos olhos. Estes eram
opacos, não sempre nem tanto que não fossem também
lúcidos e agudos, e neste último estado eram igualmente
compridos; tão compridos e tão agudos que entravam
pela gente abaixo, revolviam o coração e tornavam cá
fora, prontos para nova entrada e outro revolvimento.
Não te minto dizendo que as duas sentiram tal ou qual
fascinação. Bárbara interrogou-as; Natividade disse
ao que vinha e entregou-lhe os retratos dos filhos e os
cabelos cortados, por lhe haverem dito que bastava.
— Basta, confirmou Bárbara. Os meninos são seus filhos?
— São.
ASSIS, M. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
No relato da visita de duas mulheres ricas a uma vidente
no Morro do Castelo, a ironia — um dos traços mais
representativos da narrativa machadiana — consiste no
A A modo de vestir dos moradores do morro carioca.
B B senso prático em relação às oportunidades de renda.
C C mistério que cerca as clientes de práticas de
vidência.
D D misto de singeleza e astúcia dos gestos da
personagem.
E E interesse do narrador pelas figuras femininas
ambíguas.
QUESTÃO 16
A senhora manifestava-se por atos, por gestos,
e sobretudo por um certo silêncio, que amargava, que esfolava.
Porém desmoralizar escancaradamente o marido, não era
com ela. [...]
As negras receberam ordem para meter no serviço a gente
do tal compadre Silveira: as cunhadas, ao fuso; os cunhados,
ao campo, tratar do gado com os vaqueiros; a mulher e as
irmãs, que se ocupassem da ninhada. Margarida não tivera
filhos, e como os desejasse com a força de suas vontades,
tratava sempre bem aos pequenitos e às mães que os estavam
criando. Não era isso uma sentimentalidade cristã, uma ternura,
era o egoísta e cru instinto da maternidade, obrando por mera
simpatia carnal. Quanto ao pai do lote (referia-se ao Antônio),
esse que fosse ajudar ao vaqueiro das bestas.
Ordens dadas, o Quinquim referendava. Cada um
moralizava o outro, para moralizar-se.
PAIVA, M. O. Dona Guidinha do Poço. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.
No trecho do romance naturalista, a forma como
o narrador julga comportamentos e emoções das
personagens femininas revela influência do pensamento
A A capitalista, marcado pela distribuição funcional do
trabalho.
B B liberal, buscando a igualdade entre pessoas
escravizadas e livres.
C C científico, considerando o ser humano como um
fenômeno biológico.
D D religioso, fundamentado na fé e na aceitação dos
dogmas do cristianismo.
E E afetivo, manifesto na determinação de acolher
familiares e no respeito mútuo.
QUESTÃO 17
Era o êxodo da seca de 1898. Uma ressurreição de
cemitérios antigos — esqueletos redivivos, com o aspecto
terroso e o fedor das covas podres.
Os fantasmas estropiados como que iam dançando,
de tão trôpegos e trêmulos, num passo arrastado de
quem leva as pernas, em vez de ser levado por elas.
Andavam devagar, olhando para trás, como quem
quer voltar. Não tinham pressa em chegar, porque não
sabiam aonde iam. Expulsos de seu paraíso por espadas
de fogo, iam, ao acaso, em descaminhos, no arrastão dos
maus fados.
Fugiam do sol e o sol guiava-os nesse forçado
nomadismo.
Adelgaçados na magreira cômica, cresciam, como se
o vento os levantasse. E os braços afinados desciam-lhes
aos joelhos, de mãos abanando.
Vinham escoteiros. Menos os hidrópicos — de ascite
consecutiva à alimentação tóxica — com os fardos das
barrigas alarmantes.
Não tinham sexo, nem idade, nem condição nenhuma.
Eram os retirantes. Nada mais.
ALMEIDA, J. A. A bagaceira. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1978.
Os recursos composicionais que inserem a obra no
chamado “Romance de 30” da literatura brasileira
manifestam-se aqui no(a)
A A desenho cru da realidade dramática dos retirantes.
B B indefinição dos espaços para efeito de generalização.
C C análise psicológica da reação dos personagens à seca.
D D engajamento político do narrador ante as desigualdades.
E E contemplação lírica da paisagem transformada em
alegoria.
*010475RO9*
10 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 18
A escrava
— Admira-me —, disse uma senhora de sentimentos
sinceramente abolicionistas —; faz-me até pasmar como
se possa sentir, e expressar sentimentos escravocratas,
no presente século, no século dezenove! A moral
religiosa e a moral cívica aí se erguem, e falam bem
alto esmagando a hidra que envenena a família no mais
sagrado santuário seu, e desmoraliza, e avilta a nação
inteira! Levantai os olhos ao Gólgota, ou percorrei-os em
torno da sociedade, e dizei-me:
— Para que se deu em sacrifício o Homem Deus,
que ali exalou seu derradeiro alento? Ah! Então não é
verdade que seu sangue era o resgate do homem! É
então uma mentira abominável ter esse sangue comprado
a liberdade!? E depois, olhai a sociedade... Não vedes
o abutre que a corrói constantemente!… Não sentis a
desmoralização que a enerva, o cancro que a destrói?
Por qualquer modo que encaremos a escravidão, ela
é, e será sempre um grande mal. Dela a decadência do
comércio; porque o comércio e a lavoura caminham de
mãos dadas, e o escravo não pode fazer florescer a lavoura;
porque o seu trabalho é forçado.
REIS, M. F. Úrsula e outras obras. Brasília: Câmara dos Deputados, 2018.
Inscrito na estética romântica da literatura brasileira,
o conto descortina aspectos da realidade nacional no
século XIX ao
A A revelar a imposição de crenças religiosas a pessoas
escravizadas.
B B apontar a hipocrisia do discurso conservador na
defesa da escravidão.
C C sugerir práticas de violência física e moral em nome
do progresso material.
D D relacionar o declínio da produção agrícola e
comercial a questões raciais.
E E ironizar o comportamento dos proprietários de
terra na exploração do trabalho.
QUESTÃO 19
TEXTO I
Projeto Mural Eletrônico desenvolvido no INT,
semelhante a um totem, promete tornar o acesso à
informação disponível para todos
A inclusão de pessoas com deficiência se constituiu um
dos principais desafios e preocupações para a sociedade
ao longo das últimas décadas. E o uso da tecnologia tem
se revelado um aliado fundamental em muitas iniciativas
voltadas para essa área. Exemplo disso é uma das recentes
criações do Instituto Nacional de Tecnologia (INT) — unidade
de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações
e Comunicações (MCTIC). Ali, com o objetivo de que as
diferenças entre pessoas não sejam sinônimo de obstáculos
no acesso à informação ou na comunicação, engenheiros e
tecnólogos vêm trabalhando no desenvolvimento do projeto
Mural Eletrônico.
O Mural Eletrônico nasceu da necessidade de
promover a inclusão nas escolas. Com interface
multimídia e interativa, todos têm a possibilidade de
acessar o Mural Eletrônico. Por meio do equipamento,
podem ser disponibilizados vídeos com Libras,leitura
sonora de textos, que também estarão acessíveis em
uma plataforma de braille dinâmico, ao lado do teclado.
KIFFER, D. Inclusão ampla e irrestrita. Rio Pesquisa, n. 36, set. 2016 (adaptado).
TEXTO II
Projeto Surdonews, desenvolvido na UFRJ, garante
acesso de surdos à informação e contribui para
sua “inclusão científica”
Para não permitir que a falta de informação seja
um fator para o isolamento e a inacessibilidade da
comunidade surda, a jornalista e pesquisadora Roberta
Savedra Schiaffino criou o projeto “Surdonews: montando
os quebra-cabeças das notícias para o surdo”. Trata-se de
uma página no Facebook, com notícias constantemente
atualizadas e apresentadas por surdos em Libras, e
veiculadas por meio de vídeos.
A ideia de criar o projeto surgiu quando Roberta, ela
própria surda profunda, ainda cursava o mestrado. Para
isso, ela procurou traçar um diagnóstico do conhecimento
informal entre as pessoas com surdez. Ela entrevistou
cinquenta alunos surdos do ensino fundamental e viu que
eles tinham muita dificuldade de ler, além de não captar a
notícia falada. “Isso é muito grave, pois 90% do saber de
um indivíduo vem do conhecimento informal, adquirido em
feiras científicas, conversas, cinema, teatro, incluindo a
mídia, por todas as suas possibilidades disseminadoras”,
explica a pesquisadora. “Prezamos pelo conteúdo científico
em nossas pautas. Contudo, independentemente disso,
nosso principal trabalho é, além de informar e atualizar, fazer
com que os textos não sejam empobrecidos no processo de
‘tradução’ e, sim, acessíveis”.
KIFFER, D. Comunicação sem barreiras. Rio Pesquisa, n. 37, dez. 2016 (adaptado).
Considerando-se o tema tecnologias e acessibilidade, os
textos I e II aproximam-se porque apresentam projetos que
A A garantem a igualdade entre as pessoas.
B B foram criados por uma pesquisadora surda.
C C tiveram origem em um curso de pós-graduação.
D D estão circunscritos ao espaço institucional da escola.
E E têm como objetivo a disseminação do conhecimento.
QUESTÃO 20
Mas seu olhar verde, inconfundível, impressionante,
iluminava com sua luz misteriosa as sombrias arcadas
superciliares, que pareciam queimadas por ela, dizia logo
a sua origem cruzada e decantada através das misérias
e dos orgulhos de homens de aventura, contadores de
histórias fantásticas, e de mulheres caladas e sofredoras,
que acompanhavam os maridos e amantes através
das matas intermináveis, expostas às febres, às feras,
às cobras do sertão indecifrável, ameaçador e sem fim, que
elas percorriam com a ambição única de um “pouso” onde
pudessem viver, por alguns dias, a vida ilusória de família
e de lar, sempre no encalço dos homens, enfebrados pela
procura do ouro e do diamante.
PENNA, C. Fronteira. Rio de Janeiro: Tecnoprint, s/d.
Ao descrever os olhos de Maria Santa, o narrador
estabelece correlações que refletem a
A A caracterização da personagem como mestiça.
B B construção do enredo de conquistas da família.
C C relação conflituosa das mulheres e seus maridos.
D D nostalgia do desejo de viver como os antepassados.
E E marca de antigos sofrimentos no fluxo de consciência.
*010475RO10*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 11
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 21
Vanda vinha do interior de Minas Gerais e de dentro
de um livro de Charles Dickens. Sem dinheiro para criá-la,
sua mãe a dera, com seus sete anos, a uma conhecida.
Ao recebê-la, a mulher perguntou o que a garotinha
gostava de comer. Anotou tudo num papel. Mal a mãe
virou as costas, no entanto, a fulana amassou a lista e,
como uma vilã de folhetim, decretou: “A partir de hoje,
você não vai mais nem sentir o cheiro dessas comidas!”.
Vanda trabalhou lá até os quinze anos, quando
recebeu a carta de uma prima com uma nota de cem
cruzeiros, saiu de casa com a roupa do corpo e fugiu num
ônibus para São Paulo.
Todas as vezes que eu e minha irmã a importunávamos
com nossas demandas de criança mimada, ela nos contava
histórias da infância de gata-borralheira, fazia-nos apertar
seu nariz quebrado por uma das filhas da “patroa” com um
rolo de amassar pão e nos expulsava da cozinha: “Sai pra
lá, peste, e me deixa acabar essa janta”.
PRATA, A. Nu de botas. São Paulo: Cia. das Letras, 2013 (adaptado).
Pela ótica do narrador, a trajetória da empregada de sua
casa assume um efeito expressivo decorrente da
A A citação a referências literárias tradicionais.
B B alusão à inocência das crianças da época.
C C estratégia de questionar a bondade humana.
D D descrição detalhada das pessoas do interior.
E E representação anedótica de atos de violência.
QUESTÃO 22
TEXTO I
SILVEIRA, R. In absentia, 1983. Instalação, 17ª Bienal de São Paulo.
Disponível em: www.bienal.org.br. Acesso em: 1 set. 2016 (adaptado).
TEXTO II
O termo ready-made foi criado por Marcel Duchamp
(1887-1968) para designar um tipo de objeto, por ele
inventado, que consiste em um ou mais artigos de uso
cotidiano, produzidos em massa, selecionados sem
critérios estéticos e expostos como obras de arte em
espaços especializados (museus e galerias). Seu primeiro
ready-made, de 1912, é uma roda de bicicleta montada
sobre um banquinho (Roda de bicicleta). Ao transformar
qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma
crítica radical ao sistema da arte.
Disponível em: www.bienal.org.br. Acesso em: 1 set. 2016 (adaptado).
A instalação In absentia propõe um diálogo com o
ready-made Roda de bicicleta, demonstrando que
A A as formas de criticar obras do passado se repetem.
B B a recorrência de temas marca a arte do final do
século XX.
C C as criações desmistificam os valores estéticos
estabelecidos.
D D o distanciamento temporal permite a transformação
dos referenciais estéticos.
E E o objeto ausente sugere a degradação da forma
superando o modelo artístico.
QUESTÃO 23
O Recife fervilhava no começo da década de 1990, e
os artistas trabalhavam para resgatar o prestígio da cultura
pernambucana. Era preciso se inspirar, literalmente, nas
raízes sobre as quais a cidade se construiu. Foi aí que,
em 1992, com a publicação de um manifesto escrito
pelo músico e jornalista Fred Zero Quatro, da banda
Mundo Livre S/A, nasceu o manguebeat. O nome vem
de “mangue”, vegetação típica da região, e “beat”, para
representar as batidas e as influências musicais que o
movimento abraçaria a partir dali. Era a hora e a vez
de os caranguejos — aos quais os músicos recifenses
gostavam de se comparar — mostrarem as caras:
o maracatu e suas alfaias se misturaram com as batidas
do hip-hop, as guitarras do rock, elementos eletrônicos e
o sotaque recifense de Chico Science. A busca pelo novo
rendeu uma perspectiva diferente do Brasil ao olhar para o
Recife. A cidade deixou de ser o lugar apenas do frevo
e do carnaval, transformando-se na ebulição musical
que continua a acontecer mesmo após os 25 anos do
lançamento do primeiro disco da Nação Zumbi, Da lama
ao caos.FORCIONI, G. et al. O mangue está de volta. Revista Esquinas, n. 87, set. 2019 (adaptado).
Chico Science foi fundamental para a renovação da
música pernambucana, fato que se deu pela
A A utilização de aparelhos musicais eletrônicos em
lugar dos instrumentos tradicionais.
B B ocupação de espaços da natureza local para a
produção de eventos musicais memoráveis.
C C substituição de antigas práticas musicais, como o
frevo, por melodias e harmonias inovadoras.
D D recuperação de composições tradicionais folclóricas
e sua apresentação em grandes festivais.
E E integração de referenciais culturais de diferentes
origens, criando uma nova combinação estética.
*010475RO11*
12 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 24
“Vida perfeita” em redes sociais pode afetar a
saúde mental
Nas várias redes sociais que povoam a internet,
os chamados digital influencers estão sempre felizes
e pregam a felicidade como um estilo de vida. Essas
pessoas espalham conteúdo para milhares de seguidores,
ditando tendência e mostrando um estilo de vida sonhado
por muitos, como o corpo esbelto, viagens incríveis,
casas deslumbrantes, carros novos e alegria em tempo
integral, algo bem improvável de ocorrer o tempo todo,
aponta Carla Furtado, mestre em psicologia e fundadora
do Instituto Feliciência.
A problemática pode surgir com a busca incessante
por essa felicidade, que gera efeitos colaterais em quem
consome diariamente a “vida perfeita” de outros. Daí vem
o conceito de positividade tóxica: a expressão tem sido
usada para abordar uma espécie de pressão pela adoção
de um discurso positivo, aliada a uma vida editada para
as redes sociais. Para manter a saúde mental e evitar ser
atingido pela positividade tóxica, o uso racional das redes
sociais é o mais indicado, aconselha a médica psiquiatra
Renata Nayara Figueiredo, presidente da Associação
Psiquiátrica de Brasília (APBr).
Disponível em: https://agenciabrasil.ebc.com.br. Acesso em: 21 nov. 2021 (adaptado).
Associada ao ideário de uma “vida perfeita”, a positividade
tóxica mencionada no texto é um fenômeno social
recente, que se constitui com base em
A A representações estereotipadas e superficiais de
felicidade.
B B ressignificações contemporâneas do conceito de
alegria.
C C estilos de vida inacessíveis para a sociedade brasileira.
D D atitudes contraditórias de influenciadores digitais.
E E padrões idealizados e nocivos de beleza física.
QUESTÃO 25
TEXTO I
EL GRECO. Laocoonte. Óleo sobre tela, 1,37cm x 1,72cm.
National Gallery of Art, Washington, Estados Unidos, circa 1610-1614.
Disponível em: https://images.nga.gov. Acesso em: 28 jun. 2019.
TEXTO II
Essa impressionante obra apresenta o sacerdote
Laocoonte sendo punido pelos deuses por tentar alertar
os troianos da ameaça do Cavalo de Troia, que escondia
um grupo de soldados gregos. Enviadas pelos deuses,
serpentes marinhas são vistas matando Laocoonte e
seus dois filhos como forma de punição.
KAY, A. In: FARTHING, S. (Org.). Tudo sobre arte.
Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).
Produzida no início do século XVII, a obra maneirista
distingue-se pela
A A representação da nudez masculina.
B B distorção ao representar a figura humana.
C C evocação de um fato da cultura clássica grega.
D D presença do tema da morte como punição da família.
E E utilização da perspectiva para integrar os diferentes
planos.
QUESTÃO 26
TEXTO I
JUDD, D. Sem título. 1969.
Disponível em: https://dasartes.com.br. Acesso em: 16 jun. 2022.
TEXTO II
Embora não fosse um grupo ou um movimento
organizado, o Minimalismo foi um dos muitos rótulos
(incluindo estruturas primárias, objetos unitários, arte
ABC e Cool Art) aplicados pelos críticos para descrever
estruturas aparentemente simples que alguns artistas
estavam criando. Quando a arte minimalista começou
a surgir, muitos críticos e um público opinativo
julgaram-na fria, anônima e imperdoável. Os materiais
industriais pré-fabricados frequentemente usados não
pareciam “arte”.
DEMPSEY, A. Estilos, escolas e movimentos. São Paulo: Cosac & Naify, 2003 (adaptado).
De acordo com os textos I e II, compreende-se que a obra
minimalista é uma
A A representação da simplicidade pelo artista.
B B exploração da técnica da escultura cubista.
C C valorização do cotidiano por meio da geometria.
D D utilização da complexidade dos elementos formais.
E E combinação de formas sintéticas no espaço utilizado.
*010475RO12*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 13
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 27
Ciente de que, no campo da criação, as inovações
tecnológicas abrem amplo leque de possibilidades
— ao permitir, e mesmo estimular, que o artista
explore a fundo, em seu processo criativo, questões
como a aleatoriedade, o acaso, a não linearidade e a
hipermídia —, Leo Cunha comenta que, no que tange
ao campo da divulgação, as alternativas são ainda
mais evidentes: “Afinal, é imensa a capacidade de
reprodução, multiplicação e compartilhamento das
obras artísticas/culturais. Ao mesmo tempo, ganham
dimensão os dilemas envolvidos com a questão
da autoria, dos direitos autorais, da reprodução e
intervenção não autorizadas, entre outras questões”.
Já segundo a professora Yacy-Ara Froner, o uso de
ferramentas tecnológicas não pode ser visto como
um fim em si mesmo. Isso porque computadores,
samplers, programas de imersão, internet e intranet,
vídeo, televisão, rádio, GPD etc. são apenas suportes
com os quais os artistas exercem sua imaginação.
SILVA JR., M. G. Movidas pela dúvida. Minas faz Ciências,
n. 52, dez.-fev. 2013 (adaptado).
Segundo os autores citados no texto, a expansão de
possibilidades no campo das manifestações artísticas
promovida pela internet pode pôr em risco o(a)
A A sucesso dos artistas.
B B valorização dos suportes.
C C proteção da produção estética.D D modo de distribuição de obras.
E E compartilhamento das obras artísticas.
QUESTÃO 28
Ora, sempre que surge uma nova técnica, ela quer
demonstrar que revogará as regras e coerções que
presidiram o nascimento de todas as outras invenções
do passado. Ela se pretende orgulhosa e única. Como
se a nova técnica carreasse com ela, automaticamente,
para seus novos usuários, uma propensão natural a fazer
economia de qualquer aprendizagem. Como se ela se
preparasse para varrer tudo que a precedeu, ao mesmo
tempo transformando em analfabetos todos os que
ousassem repeli-la.
Fui testemunha dessa mudança ao longo de toda
a minha vida. Ao passo que, na realidade, é o contrário
que acontece. Cada nova técnica exige uma longa
iniciação numa nova linguagem, ainda mais longa na
medida em que nosso espírito é formatado pela utilização
das linguagens que precederam o nascimento da
recém-chegada.
ECO, U.; CARRIÈRE, J.-C. Não contem com o fim do livro.
Rio de Janeiro: Record, 2010 (adaptado).
O texto revela que, quando a sociedade promove o
desenvolvimento de uma nova técnica, o que mais
impacta seus usuários é a
A A dificuldade na apropriação da nova linguagem.
B B valorização da utilização da nova tecnologia.
C C recorrência das mudanças tecnológicas.
D D suplantação imediata dos conhecimentos prévios.
E E rapidez no aprendizado do manuseio das novas
invenções.
QUESTÃO 29
Papos
— Me disseram...
— Disseram-me.
— Hein?
— O correto é “disseram-me”. Não “me disseram”.
— Eu falo como quero. E te digo mais... Ou é “digo-te”?
— O quê?
— Digo-te que você...
— O “te” e o “você” não combinam.
— Lhe digo?
— Também não. O que você ia me dizer?
— Que você está sendo grosseiro, pedante e
chato. [...]
— Dispenso as suas correções. Vê se esquece-me.
Falo como bem entender. Mais uma correção e eu...
— O quê?
— O mato.
— Que mato?
— Mato-o. Mato-lhe. Mato você. Matar-lhe-ei-te.
Ouviu bem? Pois esqueça-o e para-te. Pronome
no lugar certo é elitismo!
— Se você prefere falar errado...
— Falo como todo mundo fala. O importante é me
entenderem. Ou entenderem-me?
VERISSIMO, L. F. Comédias para se ler na escola.
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (adaptado).
Nesse texto, o uso da norma-padrão defendido por um
dos personagens torna-se inadequado em razão do(a)
A A falta de compreensão causada pelo choque entre
gerações.
B B contexto de comunicação em que a conversa se
dá.
C C grau de polidez distinto entre os interlocutores.
D D diferença de escolaridade entre os falantes.
E E nível social dos participantes da situação.
*010475RO13*
14 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 30
Urgência emocional
Se tudo é para ontem, se a vida engata uma primeira
e sai em disparada, se não há mais tempo para paradas
estratégicas, caímos fatalmente no vício de querer que
os amores sejam igualmente resolvidos num átimo de
segundo. Temos pressa para ouvir “eu te amo”. Não vemos
a hora de que fiquem estabelecidas as regras de convívio:
somos namorados, ficantes, casados, amantes? Urgência
emocional. Uma cilada. Associamos diversas palavras ao
AMOR: paixão, romance, sexo, adrenalina, palpitação.
Esquecemos, no entanto, da palavra que viabiliza esse
sentimento: “paciência”. Amor sem paciência não vinga.
Amor não pode ser mastigado e engolido com emergência,
com fome desesperada. É uma refeição que pode durar
uma vida.
MEDEIROS, M. Disponível em: http://porumavidasimples.blogspot.com.br.
Acesso em: 20 ago. 2017 (adaptado).
Nesse texto de opinião, as marcas linguísticas revelam
uma situação distensa e de pouca formalidade, o que se
evidencia pelo(a)
A A impessoalização ao longo do texto, como em: “se
não há mais tempo”.
B B construção de uma atmosfera de urgência, em
palavras como: “pressa”.
C C repetição de uma determinada estrutura sintática,
como em: “Se tudo é para ontem”.
D D ênfase no emprego da hipérbole, como em: “uma
refeição que pode durar uma vida”.
E E emprego de metáforas, como em: “a vida engata
uma primeira e sai em disparada”.
QUESTÃO 31
O complexo de falar difícil
O que importa realmente é que o(a) detentor(a)
do notável saber jurídico saiba quando e como deve
fazer uso desse português versão 2.0, até porque não
tem necessidade de alguém entrar numa padaria de
manhã com aquela cara de sono falando o seguinte:
“Por obséquio, Vossa Senhoria teria a hipotética
possibilidade de estabelecer com minha pessoa uma
relação de compra e venda, mediante as imposições
dos códigos Civil e do Consumidor, para que seja
possível a obtenção de 10 pãezinhos em temperatura
estável para que a relação pecuniária no valor de
R$ 5,00 seja plenamente legítima e capaz de saciar
minha fome matinal?”.
O problema é que temos uma cultura de valorizar
quem demonstra ser inteligente ao invés de valorizar quem
é. Pela nossa lógica, todo mundo que fala difícil tende a
ser mais inteligente do que quem valoriza o simples, e
99,9% das pessoas que estivessem na padaria iriam ficar
boquiabertas se alguém fizesse uso das palavras que
eu disse acima em plenas 7 da manhã em vez de dizer:
“Bom dia! O senhor poderia me vender cinco reais de pão
francês?”.
Agora entramos na parte interessante: o que
realmente é falar difícil? Simplesmente fazer uso de
palavras que a maioria não faz ideia do que seja é um
ato de falar difícil? Eu penso que não, mas é assim que
muita gente age. Falar difícil é fazer uso do simples,
mas com coerência e coesão, deixar tudo amarradinho
gramaticalmente falando. Falar difícil pode fazer alguém
parecer inteligente, mas não por muito tempo. É claro que
em alguns momentos não temos como fugir do português
rebuscado, do juridiquês propriamente dito, como no
caso de documentos jurídicos, entre outros.
ARAÚJO, H. Disponível em: www.diariojurista.com. Acesso em: 20 nov. 2021 (adaptado).
Nesse artigo de opinião, ao fazer uso de uma fala
rebuscada no exemplo da compra do pão, o autor
evidencia a importância de(a)
A A se ter um notável saber jurídico.
B B valorização da inteligência do falante.
C C falar difícil para demonstrar inteligência.
D D coesão e da coerência em documentos jurídicos.
E E adequação da linguagem à situação de comunicação.
*010475RO14*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 15
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
022
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 32
TEXTO I
EI...
ME LEVE PARA SUA CASA!!!
ADOTE UM
ANIMAL DE RUA
14ª FEIRA DE ADOÇÃO
DE CÃES E GATOS
DOCUMENTOS OBRIGATÓRIOS PARA ADOÇÃO
CARTEIRA DE IDENTIDADE CPF COMPROVANTE DE RESIDÊNCIA
E muito amor!!
Disponível em: https://amigodobicho.wordpress.com. Acesso em: 10 dez. 2017.
TEXTO II
Nas ruas, na cidade e no parque
Ninguém nunca prendeu o Delegado. O vaivém de rua
em rua e sua longa vida são relembrados e recontados.
Exemplo de sobrevivência, liderança, inteligência canina,
desde pequenininho seu focinho negro e seus olhos
delineados desenharam um mapa mental olfativo-visual de
Lavras. Corria de quem precisava correr e se aproximava
de quem não lhe faria mal, distinguia este daquele. Assim,
tornou-se um cão comunitário. Nunca se soube por que
escolheu a rua, talvez lhe tenham feito mal dentro de quatro
paredes. Idoso, teve câncer e desapareceu. O querido foi
procurado pela cidade inteira por duas protetoras, mas
nunca encontrado.
COSTA, A. R. N. Viver o amor aos cães: Parque Francisco de Assis.
Carmo do Cachoeira: Irdin, 2014 (adaptado).
Os dois textos abordam a temática de animais de rua,
porém, em relação ao Texto I, o Texto II
A A problematiza a necessidade de adoção de animais
sem lar.
B B valida a troca afetiva entre os pets adotados e seus
donos.
C C reforça a importância da campanha de adoção de
animais.
D D exalta a natureza amigável de cães e de gatos.
E E promove a campanha de adoção de animais.
QUESTÃO 33
É ruivo? Tem olhos azuis? É homem ou mulher?
Usa chapéu? Quem jogou Cara a Cara na infância sabe
de cor o roteiro de perguntas para adivinhar quem é o
personagem misterioso do seu oponente.
Agora, o jogo está prestes a ganhar uma nova
versão. A designer polonesa Zuzia Kozerska-Girard está
desenvolvendo uma variação do Guess Who? (nome
do Cara a Cara em inglês), em que as personalidades do
tabuleiro são, na verdade, mulheres notáveis da história
e da atualidade, como a artista Frida Kahlo, a ativista
Malala Yousafzai, a astronauta Valentina Tereshkova e a
aviadora Amelia Earhart. O Who’s She? (“Quem é ela?”,
em português) traz, no total, 28 mulheres que representam
diversas profissões, nacionalidades e idades.
A ideia é que, em vez de perguntar sobre a aparência
das personagens, as questões sejam direcionadas aos
feitos delas: ganhou algum Nobel, fez alguma descoberta?
Para cada personagem há um cartão com fatos divertidos
e interessantes sobre sua vida. Uma campanha entrou no
ar com o objetivo de arrecadar dinheiro para desenvolver
o Who’s She?. A meta inicial era reunir 17 mil dólares.
Oito dias antes de a campanha acabar, o projeto já
angariou quase 350 mil dólares.
A chegada do jogo à casa do comprador varia de
acordo com a quantia doada — quanto mais você doou,
mais rápido vai poder jogar.
Disponível em: www.super.abril.com.br. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).
Ao divulgar a adaptação do jogo para questões relativas a
ações e habilidades de mulheres notáveis, o texto busca
A A contribuir para a formação cidadã dos jogadores.
B B refutar modelos estereotipados de beleza e
elegância.
C C estimular a competitividade entre potenciais
compradores.
D D exemplificar estratégias de arrecadação financeira
pela internet.
E E desenvolver conhecimentos lúdicos específicos dos
tempos atuais.
QUESTÃO 34
DETRAN ES
Causar um acidente
é algo que você leva
pro resto da vida.
Não beba se for dirigir.
ArrependimentoArrependimento
Causar um acidente
é algo que você leva
pro resto da vida.
Não beba se for dirigir.
DETRAN ES
Disponível em: www.portaldapropaganda.com.br. Acesso em: 29 out. 2013 (adaptado).
Para convencer o público-alvo sobre a necessidade de
um trânsito mais seguro, essa peça publicitária apela
para o(a)
A A sentimento de culpa provocado no condutor
causador de acidentes.
B B dano psicológico causado nas vítimas da violência
nas estradas.
C C importância do monitoramento do trânsito pelas
autoridades competentes.
D D necessidade de punição a motoristas alcoolizados
envolvidos em acidentes.
E E sofrimento decorrente da perda de entes queridos em
acidentes automobilísticos.
*010475RO15*
16 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 35
Assentamento
Zanza daqui
Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim
Vamos embora
Ver o capim
Ver o baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim
Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora
Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra:
Cana, caqui
Inhame, abóbora
Onde só vento se semeava outrora
Amplidão, nação, sertão sem fim
Ó Manuel, Miguilim
Vamos embora
BUARQUE, C. As cidades. Rio de Janeiro: RCA, 1998 (fragmento).
Nesse texto, predomina a função poética da linguagem.
Entretanto, a função emotiva pode ser identificada no verso:
A A “Zanza pra acolá”.
B B “Fim de feira, periferia afora”.
C C “A cidade não mora mais em mim”.
D D “Onde só vento se semeava outrora”.
E E “Ó Manuel, Miguilim”.
QUESTÃO 36
tem estrada para andar
Os homens
não choram.
Mulher ao volante,
perigo constante.
Disponível em: https://viva-porto.pt. Acesso em: 24 nov. 2021 (adaptado).
A articulação entre os elementos verbais e os não verbais
do texto tem como propósito desencadear a
A A identificação de distinções entre mulheres e homens.
B B revisão de representações estereotipadas de
gênero.
C C adoção de medidas preventivas de combate ao
sexismo.
D D ratificação de comportamentos femininos e
masculinos.
E E retomada de opiniões a respeito da diversidade dos
papéis sociais.
QUESTÃO 37
As línguas silenciadas do Brasil
Para aprender a língua de seu povo, o professor
Txaywa Pataxó, de 29 anos, precisou estudar os fatores
que, por diversas vezes, quase provocaram a extinção
da língua patxôhã. Mergulhou na história do Brasil e
descobriu fatos violentos que dispersaram os pataxós,
forçados a abandonar a própria língua para escapar da
perseguição. “Os pataxós se espalharam, principalmente,
depois do Fogo de 1951. Queimaram tudo e expulsaram
a gente das nossas terras. Isso constrange o nosso povo
até hoje”, conta Txaywa, estudante da Universidade
Federal de Minas Gerais e professor na aldeia Barra
Velha, região de Porto Seguro (BA). Mais de quatro
décadas depois, membros da etnia retornaram ao antigo
local e iniciaram um movimento de recuperação da língua
patxôhã. Os filhos de Sameary Pataxó já são fluentes —
e ela, que se mudouquando já era adulta para a aldeia,
tenta aprender um pouco com eles. “É a nossa identidade.
Você diz quem você é por meio da sua língua”, afirma a
professora de ensino fundamental sobre a importância
de restaurar a língua dos pataxós. O patxôhã está entre
as línguas indígenas faladas no Brasil: o IBGE estimou
274 línguas no último censo. A publicação Povos indígenas
no Brasil 2011/2016, do Instituto Socioambiental, calcula
160. Antes da chegada dos portugueses, elas totalizavam
mais de mil.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 11 jun. 2019 (adaptado).
O movimento de recuperação da língua patxôhã assume
um caráter identitário peculiar na medida em que
A A denuncia o processo de perseguição histórica sofrida
pelos povos indígenas.
B B conjuga o ato de resistência étnica à preservação
da memória cultural.
C C associa a preservação linguística ao campo da
pesquisa acadêmica.
D D estimula o retorno de povos indígenas a suas terras
de origem.
E E aumenta o número de línguas indígenas faladas
no Brasil.
*010475RO16*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 17
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 38
Ela era linda. Gostava de dançar, fazia teatro em São
Paulo e sonhava ser atriz em Hollywood. Tinha 13 anos
quando ganhou uma câmera de vídeo — e uma irmã.
As duas se tornaram suas companheiras de
experimentações. Adolescente, Elena vivia a criar
filminhos e se empenhava em dirigir a pequena Petra nas
cenas que inventava. Era exigente com a irmã. E acreditava
no potencial da menina para satisfazer seus arroubos de
diretora precoce. Por cinco anos, integrou algumas das
melhores companhias paulistanas de teatro e participou
de preleções para filmes e trabalhos na TV. Nunca foi
chamada. No início de 1990, Elena tinha 20 anos quando se
mudou para Nova York para cursar artes cênicas e batalhar
uma chance no mercado americano. Deslocada, ansiosa,
frustrada após alguns testes de elenco malsucedidos,
decepcionada com a ausência de reconhecimento e
vitimada por uma depressão que se agravava com a falta
de perspectivas, Elena pôs fim à vida no segundo semestre.
Petra tinha 7 anos. Vinte anos depois, é ela, a irmã caçula,
que volta a Nova York para percorrer os últimos passos da
irmã, vasculhar seus arquivos e transformar suas memórias
em imagem e poesia.
Elena é um filme sobre a irmã que parte e sobre a irmã
que fica. É um filme sobre a busca, a perda, a saudade, mas
também sobre o encontro, o legado, a memória. Um filme sobre
a Elena de Petra e sobre a Petra de Elena, sobre o que ficou de
uma na outra e, essencialmente, um filme sobre a delicadeza.
VANUCHI, C. Época, 19 out. 2012 (adaptado).
O texto é exemplar de um gênero discursivo que cumpre
a função social de
A A narrar, por meio de imagem e poesia, cenas da vida
das irmãs Petra e Elena.
B B descrever, por meio das memórias de Petra, a
separação de duas irmãs.
C C sintetizar, por meio das principais cenas do filme, a
história de Elena.
D D lançar, por meio da história de vida do autor, um filme
autobiográfico.
E E avaliar, por meio de análise crítica, o filme em
referência.
QUESTÃO 39
PALAVRA – As gramáticas classificam as palavras
em substantivo, adjetivo, verbo, advérbio, conjunção,
pronome, numeral, artigo e preposição. Os poetas
classificam as palavras pela alma porque gostam de
brincar com elas, e para brincar com elas é preciso ter
intimidade primeiro. É a alma da palavra que define,
explica, ofende ou elogia, se coloca entre o significante
e o significado para dizer o que quer, dar sentimento às
coisas, fazer sentido. A palavra nuvem chove. A palavra
triste chora. A palavra sono dorme. A palavra tempo
passa. A palavra fogo queima. A palavra faca corta.
A palavra carro corre. A palavra “palavra” diz. O que quer.
E nunca desdiz depois. As palavras têm corpo e alma,
mas são diferentes das pessoas em vários pontos.
As palavras dizem o que querem, está dito, e pronto.
FALCÃO, A. Pequeno dicionário de palavras ao vento.
São Paulo: Salamandra, 2013 (adaptado).
Esse texto, que simula um verbete para a palavra
“palavra’’, constitui-se como um poema porque
A A tematiza o fazer poético, como em “Os poetas
classificam as palavras pela alma”.
B B utiliza o recurso expressivo da metáfora, como
em “As palavras têm corpo e alma”.
C C valoriza a gramática da língua, como em “substantivo,
adjetivo, verbo, advérbio, conjunção”.
D D estabelece comparações, como em “As palavras têm
corpo e alma, mas são diferentes das pessoas”.
E E apresenta informações pertinentes acerca do
conceito de “palavra”, como em “As gramáticas
classificam as palavras”.
QUESTÃO 40
Morte lenta ao luso infame que inventou a calçada
portuguesa. Maldito D. Manuel I e sua corja de tenentes
Eusébios. Quadrados de pedregulho irregular socados à
mão. À mão! É claro que ia soltar, ninguém reparou que
ia soltar? Branco, preto, branco, preto, as ondas do mar
de Copacabana. De que me servem as ondas do mar de
Copacabana? Me deem chão liso, sem protuberâncias
calcárias. Mosaico estúpido. Mania de mosaico. Joga
concreto em cima e aplaina. Buraco, cratera, pedra
solta, bueiro-bomba. Depois dos setenta, a vida se
transforma numa interminável corrida de obstáculos.
A queda é a maior ameaça para o idoso. “Idoso”, palavra
odienta. Pior, só “terceira idade”. A queda separa a
velhice da senilidade extrema. O tombo destrói a cadeia
que liga a cabeça aos pés. Adeus, corpo. Em casa, vou
de corrimão em corrimão, tateio móveis e paredes, e
tomo banho sentado. Da poltrona para a janela, da janela
para a cama, da cama para a poltrona, da poltrona para
a janela. Olha aí, outra vez, a pedrinha traiçoeira atrás de
me pegar. Um dia eu caio, hoje não.
TORRES, F. Fim. São Paulo: Cia. das Letras, 2013.
O recurso que caracteriza a organização estrutural desse
texto é o(a)
A A justaposição de sequências verbais e nominais.
B B mudança de eventos resultante do jogo temporal.
C C uso de adjetivos qualificativos na descrição do cenário.
D D encadeamento semântico pelo uso de substantivos
sinônimos.
E E inter-relação entre orações por elementos linguísticos
lógicos.
*010475RO17*
18 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
ENEM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 41
Criado há cerca de 20 anos na Califórnia, o
mountainboard é um esporte de aventura que utiliza uma
espécie de skate off-road para realizar manobras similares
às das modalidades de snowboard, surf e do próprio
skate. A atividade chegou ao Brasil em 1997 e hoje possui
centenas de praticantes, um circuito nacional respeitável
e mais de uma dezena de pistas espalhadas pelo país.
Segundo consta na história oficial, o mountainboard foi
criado por praticantes de snowboard que sentiam falta
de praticar o esporte nos períodos sem neve. Para isso,
eles desenvolveram um equipamento bem simples:
uma prancha semelhante ao modelo utilizado na neve
(menor e um pouco menos flexível), com dois eixos
bem resistentes, alças para encaixar os pés e quatro
pneus com câmaras de ar para regular a velocidade que
pode ser alcançada em diferentes condições. Com essa
configuração, o esporte se mostrou possível em diversos
tipos de terreno: grama, terra, pedras, asfalto e areia.
Além desses pisos, também é possível procurar pelas
próprias trilhas para treinar as manobras.
Disponível em: www.webventure.com.br. Acesso em: 19 jun. 2019.
A história da prática do mountainboard representa
uma das principais marcas das atividades de aventura,
caracterizada pela
A A competitividade entre seus praticantes.
B B atividade com padrões técnicos definidos.
C C modalidade com regras predeterminadas.
D D criatividade para adaptações a novos espaços.
E E necessidade de espaços definidos para a sua realização.
QUESTÃO 42
Ser cronista
Sei que não sou, mas tenho meditado ligeiramente
no assunto.
Crônica é um relato? É uma conversa? É um resumo
de um estado de espírito? Não sei, pois antes de começar
a escrever para o Jornal do Brasil, eu só tinha escrito
romances e contos.
E também sem perceber, à medida que escrevia para
aqui, ia me tornando pessoal demais, correndo o risco
de em breve publicar minha vida passada e presente, o
que não pretendo. Outra coisa notei: basta eu saber que
estou escrevendo para o jornal, isto é, para algo aberto
facilmente por todo o mundo, e não para um livro, que
só é aberto por quem realmente quer, para que, sem
mesmo sentir, o modo de escrever se transforme. Não é
que me desagrade mudar, pelo contrário. Mas queria que
fossem mudanças mais profundas e interiores que não
viessem a se refletir no escrever. Mas mudar só porque
isso é uma coluna ou uma crônica? Ser mais leve só
porque o leitor assim o quer? Divertir? Fazer passar uns
minutos de leitura? E outra coisa: nos meus livros quero
profundamente a comunicação profunda comigo e com o
leitor. Aqui no jornal apenas falo com o leitor e agrada-me
que ele fique agradado. Vou dizer a verdade: não estou
contente.
LISPECTOR, C. In: A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
No texto, ao refletir sobre a atividade de cronista, a autora
questiona características do gênero crônica, como
A A relação distanciada entre os interlocutores.
B B articulação de vários núcleos narrativos.
C C brevidade no tratamento da temática.
D D descrição minuciosa dos personagens.
E E público leitor exclusivo.
QUESTÃO 43
A conquista da medalha de prata por Rayssa Leal,
no skate street nos Jogos Olímpicos, é exemplo da
representatividade feminina no esporte, avalia a âncora do
jornal da rede de televisão da CNN. A apresentadora, que
também anda de skate, celebrou a vitória da brasileira,
que entrou para a história como a atleta mais nova a subir
num pódio defendendo o Brasil. “Essa representatividade
do esporte nos Jogos faz pensarmos que não temos que
ficar nos encaixando em nenhum lugar. Posso gostar de
passar notícia e, mesmo assim, gostar de skate, subir
montanha, mergulhar, andar de bike, fazer yoga. Temos
que parar de ficar enquadrando as pessoas dentro de
regras. A gente vive num padrão no qual a menina ganha
boneca, mas por que também não fazer um esporte de
aventura? Por que o homem pode se machucar, cair de
joelhos, e a menina tem que estar sempre lindinha dentro
de um padrão? Acabamos limitando os talentos das
pessoas”, afirmou a jornalista, sobre a prática do skate
por mulheres.
Disponível em: www.cnnbrasil.com.br. Acesso em: 31 out. 2021 (adaptado).
O discurso da jornalista traz questionamentos sobre a
relação da conquista da skatista com a
A A conciliação do jornalismo com a prática do skate.
B B inserção das mulheres na modalidade skate street.
C C desconstrução da noção do skate como modalidade
masculina.
D D vanguarda de ser a atleta mais jovem a subir no pódio
olímpico.
E E conquista de medalha nos Jogos Olímpicos
de Tóquio.
*010475RO18*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação 19
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 44
Pisoteamento, arrastão, empurra-empurra, agressões,
vandalismo e até furto a um torcedor que estava caído no
asfalto após ser atropelado nas imediações do estádio do
Maracanã. As cenas de selvageria tiveram como estopim
a invasão de milhares de torcedores sem ingresso, que
furaram o bloqueio policial e transformaram o estádio
em terra de ninguém. Um reflexo não só do quadro de
insegurança que assola o Rio de Janeiro, mas também
de como a violência social se embrenha pelo esporte
mais popular do país. Em 2017, foram registrados
104 episódios de violência no futebol brasileiro, que
resultaram em 11 mortes de torcedores. Desde 1995,
quando 101 torcedores ficaram feridos e um morreu
durante uma batalha campal no estádio do Pacaembu,
autoridades têm focado as ações de enfrentamento à
violência no futebol em grupos uniformizados, alguns
proibidos de frequentar estádios. Porém, a postura
meramente repressiva contra torcidas organizadas
é ineficaz em uma sociedade que registra mais de
61 000 homicídios por ano. “É impossível dissociar
a escalada de violência no futebol do panorama de
desordem pública, social, econômica e política vivida
pelo país”, de acordo com um doutor em sociologia do
esporte.
Disponível em: https://brasil.elpais.com. Acesso em: 22 jun. 2019 (adaptado).
Nesse texto, a violência no futebol está caracterizada
como um(a)
A A problema social localizado numa região do país.
B B desafio para as torcidas organizadas dos clubes.
C C reflexo da precariedade da organização social no
país.
D D inadequação de espaço nos estádios para receber o
público.
E E consequência da insatisfação dos clubes com a
organização dos jogos.
QUESTÃO 45
Seis em cada dez pessoas com 15 anos ou mais
não praticam esporte ou atividade física. São mais de
100 milhões de sedentários. Esses são dados do estudoPráticas de esporte e atividade física, da Pnad 2015,
realizado pelo IBGE. A falta de tempo e de interesse são
os principais motivos apontados para o sedentarismo.
Paralelamente, 73,3% das pessoas de 15 anos ou mais
afirmaram que o poder público deveria investir em esporte
ou atividades físicas. Observou-se uma relação direta
entre escolaridade e renda na realização de esportes ou
atividades físicas. Enquanto 17,3% das pessoas que não
tinham instrução realizavam diversas práticas corporais,
esse percentual chegava a 56,7% das pessoas com
superior completo. Entre as pessoas que têm práticas
de esporte e atividade física regulares, o percentual de
praticantes ia de 31,1%, na classe sem rendimento, a
65,2%, na classe de cinco salários mínimos ou mais.
A falta de tempo foi mais declarada pela população adulta,
com destaque entre as pessoas de 25 a 39 anos. Entre
os adolescentes de 15 a 17 anos, o principal motivo foi não
gostarem ou não quererem. Já o principal motivo para praticar
esporte, declarado por 11,2 milhões de pessoas, foi relaxar
ou se divertir, seguido de melhorar a qualidade de vida ou o
bem-estar. A falta de instalação esportiva acessível ou nas
proximidades foi um motivo pouco citado, demonstrando
que a não prática estaria menos associada à infraestrutura
disponível.
Disponível em: www.esporte.gov.br. Acesso em: 9 ago. 2017 (adaptado).
Com base na pesquisa e em uma visão ampliada de
saúde, para a prática regular de exercícios ter influência
significativa na saúde dos brasileiros, é necessário o
desenvolvimento de estratégias que
A A promovam a melhoria da aptidão física da população,
dedicando-se mais tempo aos esportes.
B B combatam o sedentarismo presente em parcela
significativa da população no território nacional.
C C facilitem a adoção da prática de exercícios, com
ações relacionadas à educação e à distribuição de
renda.
D D auxiliem na construção de mais instalações esportivas
e espaços adequados para a prática de atividades
físicas e esportes.
E E estimulem o incentivo fiscal para a iniciativa privada
destinar verbas aos programas nacionais de
promoção da saúde pelo esporte.
*010475RO19*
1º DIA
ATENÇÃO: transcreva no espaço apropriado do seu CARTÃO-RESPOSTA,
com sua caligrafia usual, considerando as letras maiúsculas e minúsculas, a seguinte frase:
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2. Confira se a quantidade e a ordem das questões do seu CADERNO DE QUESTÕES estão de acordo
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde
corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5. Reserve tempo suficiente para preencher o CARTÃO-RESPOSTA e a FOLHA DE REDAÇÃO.
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
7. Somente serão corrigidas as redações transcritas na FOLHA DE REDAÇÃO.
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE
QUESTÕES e o CARTÃO-RESPOSTA/FOLHA DE REDAÇÃO.
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e
poderá levar seu CADERNO DE QUESTÕES ao deixar em definitivo a sala de prova nos 30 minutos
que antecedem o término das provas.
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
Conheço e não me confundo.
04
*010475RO1*
2 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção: inglês)
QUESTÃO 01
We walked on, the stranger walking with us.
Taylor Franklin Bankole. Our last names an instant
bond between us. We’re both descended from men
who assumed African surnames back during the 1960s.
His father and my grandfather had had their names
legally changed, and both had chosen Yoruba
replacement names.
“Most people chose Swahili names in the ’60s”,
Bankole told me. He wanted to be called Bankole.
“My father had to do something different. All his life
he had to be different”.
“I don’t know my grandfather’s reasons”, I said.
“His last name was Broome before he changed it,
and that was no loss’. But why he chose Olamina…?
Even my father didn’t know. He made the change before
my father was born, so my father was always Olamina,
and so were we.
BUTLER, O. E. Parable of the Sower. New York: Hachette, 2019 (adaptado).
Nesse trecho do romance Parable of the Sower, os nomes
“Bankole” e “Olamina” representam o(a)
A A priorização do uso do inglês.
B B resgate da identidade africana.
C C existência de conflitos de gerações.
D D afastamento da convivência familiar.
E E desconhecimento de origens genealógicas.
QUESTÃO 02
WHAT DO
I DO NOW? WHEN IS
HE GOING TO
TAKE MY
CARD?
HE
SEEMS A BIT
UNFRIENDLY.
WHOA !
PERSONAL
SPACE
INVASION !
I´M
NEXT, WHAT
SHOULD I
DO?
INTERNATIONAL ARRIVALS
Disponível em: https://twitter.com/cqfluency. Acesso em: 23 ago. 2017.
Os recursos verbais e não verbais do cartum fazem
referência a situações comuns em aeroportos, motivadas
pelo fato de que os(as)
A A hábitos culturais são diversos.
B B mulheres são ignoradas.
C C pessoas são impacientes.
D D saguões são congestionados.
E E atendentes são desqualificados.
QUESTÃO 03
How little we know of what there is to know. I wish
that I were going to live a long time instead of going to
die today because I have learned much about life in these
four days; more, I think than in all other time. I’d like to
be an old man to really know. I wonder if you keep on
learning or if there is only a certain amount each man can
understand. I thought I knew so many things that I know
nothing of. I wish there was more time.
HEMINGWAY, E. For Whom the Bells Toll. Madison, Wisconsin:
Demco Media, 1995.
Nessa passagem de um clássico de Ernest Hemingway,
o narrador
A A reclama de seu envelhecimento.
B B manifesta seu contentamento.
C C lamenta sua condição.
D D exibe sua sabedoria.
E E anseia por sua partida.
QUESTÃO 04
Letter to the Editor
Michael Gerson’s Oct. 19 Tuesday Opinion column,
“The state laboratory of idiocracystrikes again” did not
highlight the disservice done to the Black community
or any other minority group affected by White history.
I wonder about how this will manipulate the perceptions
of minorities in the eyes of students. The misguided
stereotypes and assumptions perpetuated by these
curriculum restrictions will likely prevent Black Americans
from expressing themselves safely.
It’s plausible to assume that continued miseducation
over generations could create a sense of false comfort
for Black Americans. Without proper access to history,
minorities might begin to forget the oppression they
have faced and the injustices they are currently dealing
with. Lacking this vital historical education only serves
to continue the longstanding issue of misinformation in
modern generations.
The problems are only the start of the issues that
could begin to plague the American education system.
Riley Kilcarr, Springfield.
Disponível em: www.washingtonpost.com. Acesso em: 29 out. 2021.
O autor dessa carta se reporta ao editor de um jornal para
A A criticar uma matéria.
B B manipular estudantes.
C C atacar uma comunidade.
D D revelar uma premonição.
E E propagar desinformação.
*010475RO2*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 3
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 05
FASHION IS THE 2ND HIGHEST POLLUTING
INDUSTRY IN THE WORLD BEHIND OIL
Around 80 billion new
pieces of clothing are
purchased worldwide
per year
400% MORE THAN 2
DECADES AGO!
82 pounds of textile waste
are produced per person
in the US
THAT´S 11 MILLION
POUNDS A YEAR!
Leftovers are
thrown away or
sold to flood
markets in
developing countries
2014: Average US
household spent $1,786
on apparel & accessories
= $250 BILLION TOTAL
Disponível em: www.gooddeedsthrift.com. Acesso em: 25 out. 2021 (adaptado).
Esse infográfico, composto de textos verbais e não
verbais, tem por finalidade
A A demonstrar como a indústria da moda agrava a poluição.
B B abordar o crescimento da produção de roupas nas
últimas décadas.
C C expor como a indústria da moda depende da
indústria petrolífera.
D D apresentar o efeito do aumento da poluição na
confecção de roupas.
E E evidenciar o investimento da indústria da moda
em novos mercados.
Questões de 01 a 05 (opção: espanhol)
QUESTÃO 01
i NINGÚN MOTIVO
JUSTIFICA LA VIOLENCIA!
#NI UNA MENOS
#QUE NO TE CONTROLE EL CELU
#QUE NO TE DIGA CUANDO SALIR
#NO A LA VIOLENCIA ECONÓMICA
NI GOLPES QUE LASTIMEN,
NI PALABRAS QUE HIERAN
ACERCATE A CEPIMO
Disponível em: www.informacionregional.com.ar. Acesso em: 5 dez. 2018 (adaptado).
Essa campanha publicitária evidencia um problema social
a fim de
A A promover palestras sobre a violência de gênero.
B B justificar algumas causas da agressão doméstica.
C C motivar as vítimas a buscarem ajuda especializada.
D D criar um programa que investigue casos de
brutalidade.
E E orientar as mulheres a evitarem atitudes geradoras
de conflitos.
QUESTÃO 02
Fútbol, pelota, gol, copa, recopa,
partido, promoción, campeonato,
equipo, portería, córner, falta,
quiniela, liga, entrenador y árbitro...
Bastan sólo estos términos precisos,
junto con otros pocos de igual rango,
para hablar de política, de ciencia,
de civismo y de paz con los hispánicos.
Otras palabras hay, pero no constan
más que en algún rincón del diccionario.
BADOSA, E. Dad este escrito a las llamas (1971-1973). Barcelona: Barral Editores, 1976.
O texto aproxima elementos culturais distintos na
construção poética. Nesse contexto,
A A explicita-se a necessidade de se admirar um pouco
mais o futebol.
B B critica-se o hábito dos espanhóis de nivelar temas como
futebol e política.
C C registra-se a quantidade insuficiente de palavras para
se referir ao futebol.
D D explora-se o grande interesse dos hispânicos pelo
futebol na atualidade.
E E mostra-se o fato de haver palavras sobre o futebol
não incluídas no dicionário.
*010475RO3*
4 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 03
Como en casa
Me he estado bañando en playas del Caribe, con
[ganas de volver
he andado por la Gran Manzana inclusive, a punto
[de devolver
yo he estado en todas partes
he visitado museos, he sentido el arte
he tenido empleos feos, y a veces he dormido
[parques […]
entre gente buena y gente mala...
he cambiado de gustos y de forma de ser
he perdido el contacto con todos para no perder mi fe
he tocado en Holanda, Alemania, México, Chile, ¡qué!
y he tocado en las salas minúsculas, no te olvides,
[man […]
he perdido muchas riendas y he cuidado muchos
[detalles
he conocido muchos sitios y muchas cosas he probado
pero como se está en Sevilla no se está en ningún
[lado...
Esta es mi casa...
este es... mi sitio, mi calle, mi plaza
mis bares, mi clima, mi centro... es mi casa...
Año tras año con los mismos conceptos
Creo, no necesito mucho más que esto
TOTEKING. T.O.T.E. Madri: BOA Música, 2008 (fragmento).
A expressão “Como en casa”, que intitula o texto,
evidencia seu tema central, que é a
A A defesa da postura de rebeldia condizente com o
universo do rap.
B B valorização da cultura no processo de formação do
compositor.
C C expressão do sentimento de pertencimento ao lugar
de origem.
D D revelação das dificuldades enfrentadas para tornar-se
músico.
E E negação da ostentação própria do mundo do
entretenimento.
QUESTÃO 04
Amistad
Lo que no tenemos lo encontramos en el amigo. Creo
en este obsequio y lo cultivo desde la infancia. No soy en
ello diferente de la mayor parte de los seres humanos.
La amistad es la gran liga inicial entre el hogar y el mundo.
El hogar, feliz o infeliz, es el aula de nuestra sabiduría
original pero la amistad es su prueba. Recibimos de la
familia, confirmamos en la amistad. Las variaciones,
discrepancias o similitudes entre la familia y los amigos
determinan las rutas contradictoriasde nuestras vidas.
Aunque amemos nuestro hogar, todos pasamos por el
momento inquieto o inestable del abandono (aunque lo
amemos, aunque en él permanezcamos). El abandono
del hogar sólo tiene la recompensa de la amistad. Es más:
sin la amistad externa, la morada interna se derrumbaría.
La amistad no le disputa a la familia los inicios de la vida.
Los confirma, los asegura, los prolonga. La amistad
le abre el camino a los sentimientos que sólo pueden
crecer fuera del hogar. Encerrados en la casa familiar, se
secarían como plantas sin agua. Abiertas las puertas de
la casa, descubrimos formas del amor que hermanan al
hogar y al mundo. Estas formas se llaman amistades.
FUENTES, C. En esto creo. Barcelona: Seix Barral, 2002 (adaptado).
Carlos Fuentes faz uma reflexão sobre o papel da amizade
na vida das pessoas. Na sua concepção, a amizade
A A desenvolve a afetividade não vivenciada no ambiente
familiar.
B B recompensa a experiência de crescer em um lar infeliz.
C C reafirma valores adquiridos nas relações familiares.
D D provoca disputa entre família e amigos.
E E gera novos sentimentos no âmbito familiar.
QUESTÃO 05
Diego Rosales viste y habla como gaucho. Para
poder sobrevivir, dice, sus antepasados resignaron
la cultura mapuche. Hubo entonces mestizaje y se
acriollaron. “Con la ayuda de la Confederación Mapuche
de Neuquén retomamos la cultura y la lengua mapuche.
Tomamos cursos para recuperar una identidad que
habíamos perdido. También, para pelear por nuestros
derechos ante los órganos públicos”, se sincera Rosales.
A su lado, Inocencia, de 80 años, que conserva la lengua
de su etnia, cuenta que cuando era joven todo era campo
fértil. Vendían cuero, lana, pieles de zorro y nutrias que
transportaban en burros, y subsistían con las cosechas
de quinta y la venta de animales. “He visto mi vida
arrinconarse; el campo se va terminando y los animales
no tienen qué comer. La vida debería ser más pareja”,
dice. Inocencia reclama personería jurídica para pedir
tierras. Ella aspira a una fracción de 1 600 hectáreas;
su nieto Rosales quiere un predio similar cerca del río.
Adquirir personería les permitiría iniciar juicio contra los
privados titulares de las tierras que ellos ocupan desde
hace décadas a través del pastoreo. La provincia no se
las da, dicen, porque los dueños especulan con las reservas
de gas de estas tierras y con el monopolio del agua.
Disponível em: www.lanacion.com.ar. Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).
Segundo o texto, a reivindicação de membros do povo
mapuche na Argentina tem o propósito de
A A retomar a posse da terra.
B B cuidar da fauna autóctone.
C C empoderar as novas gerações.
D D vetar a exploração de gás no território.
E E ensinar a língua indígena aos gaúchos.
*010475RO4*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 5
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
QUESTÃO 06
GASODUTO
PENETT. Disponível em: www.gazetadopovo.com.br. Acesso em: 10 dez. 2017.
No cartum, o confronto entre primatas produz um efeito
de humor que se vincula à função social de
A A criticar a postura humana de fazer piada com
assuntos sérios.
B B acentuar a necessidade de respeito entre as
diferentes espécies.
C C questionar a indiferença do homem em relação ao
meio ambiente.
D D alertar a população para a conveniência do
desenvolvimento tecnológico.
E E destacar a limitação humana para a percepção da
realidade da vida animal.
QUESTÃO 07
A produção em massa em grandes fábricas se tornou
o símbolo da Segunda Revolução Industrial. Agora, após
um século, uma nova transformação se anuncia. Ela é
trazida por aparelhos do tamanho de um micro-ondas
que constroem um objeto real a partir de um arquivo
digital: as impressoras tridimensionais. Elas funcionam
como uma impressora convencional que muitos têm em
casa. Basta apertar o botão na tela do computador para
que o arquivo digital, com o desenho em três dimensões
do objeto a fabricar, seja enviado para a máquina.
Em vez de tinta, elas usam materiais como plástico,
gesso, silicone, borracha ou metais para fazer sapatos,
próteses dentárias, joias, luminárias, brinquedos ou peças
de equipamentos hospitalares. Até há pouco tempo,
esses equipamentos custavam centenas de milhares de
reais e ficavam restritos às grandes indústrias. Hoje já
é possível levar para casa uma impressora 3D e usá-la
para fabricar objetos. “Uma nova revolução industrial está
a caminho”, diz o jornalista e físico Chris Anderson.
Disponível em: http://revistaepoca.globo.com. Acesso em: 17 fev. 2013 (adaptado).
Segundo esse texto, as impressoras tridimensionais
prenunciam uma nova Revolução Industrial porque são
tecnologias que
A A diminuíram de tamanho.
B B tiveram seus preços reduzidos.
C C trabalham com um arquivo digital.
D D facilitam a confecção de objetos 3D.
E E permitem a individualização da manufatura.
QUESTÃO 08
O sucesso das redes sociais é fruto da combinação
inteligente da capacidade de interagir dentro de uma
mesma página da internet e do uso de sistemas de
avaliação. Existem duas dinâmicas psicossociais
legitimando tais recursos de avaliação. Na primeira,
alguém produz conteúdo e é recompensado com essas
reações. Já na segunda dinâmica, a produção de
conteúdo serve de balão de ensaio para a vida off-line.
Prazer e aprendizado são, portanto, as duas
promessas originais das redes sociais (anteriores à
monetização), nas quais os algoritmos de recomendação
prometem reduzir o tempo e a energia para encontrar
aquilo que interessa a cada um, no mar de opções
disponibilizadas, levando a situação a outro patamar,
pela exposição reiterada dos usuários aos conteúdos que
agravam sua ansiedade.
Assim, por exemplo, pessoas que estão insatisfeitas
com o seu corpo fazem buscas que refletem esse
desconforto, procurando postagens relacionadas a essa
temática. O algoritmo, então, passa a recomendar cada
vez mais conteúdos nessa linha e, o que é pior, a convergir
para os mais extremos, já que estes tendem a fixar mais
a atenção. Em pouco tempo, o usuário “desconfortável”
está sendo bombardeado por vídeos que elevam em
muito o seu pessimismo e que muitas vezes servem de
caminho à anorexia, à bulimia e à depressão.
DIAS, A. M. Disponível em: www.uol.com.br. Acesso em: 5 nov. 2021 (adaptado).
As sociedades têm evoluído concomitantemente ao
desenvolvimento de tecnologias que buscam, cada vez
mais, automatizar a gestão das informações. No texto, uma
consequência negativa desse processo é o fato de ele
A A ser dirigido por um sistema de recomendações
individualizado.
B B estar vinculado ao aumento da satisfação e da
prática dos usuários.
C C sobrecarregar o usuário com um fluxo massivo
de informações.
D D guiar-se pela confluência das interações on-line em
busca de avaliações positivas.
E E focar no engajamento dos usuários em detrimento
de suas necessidades concretas.
QUESTÃO09
O povo indígena Wajãpi utiliza o Kusiwa —
reconhecido como bem imaterial da humanidade em
2003 — como repertório codificado de padrões gráficos
que decora e colore o corpo e os objetos. Para além de
enfeitar, Kusiwa aparece como “arte”, “marca”, “pintura” e
“desenho”. Esses grafismos ultrapassam a noção estética
e alcançam a cosmologia e as crenças religiosas.
ALMEIDA, C. S.; CARDOSO, P. B. Arte coussiouar, perspectivas históricas de alteridade e
reconhecimento. Espaço Ameríndio, n. 1, jan.-jul. 2021.
O povo Wajãpi, que vive na Serra do Tumucumaque,
entre Amapá, Pará e Guiana Francesa, vivencia práticas
culturais que
A A perdem significado quando desprovidas de elementos
gráficos.
B B revelam uma concepção de arte para além de funções
estéticas.
C C funcionam como elementos de representação
figurativa de seu mundo.
D D padronizam uma mesma identidade gráfica entre
diferentes povos indígenas.
E E primam pela utilização dos grafismos como
contraposição ao mundo imaginário.
*010475RO5*
6 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 10
Tiranos de nós mesmos: a servidão voluntária na
era da sociedade do desempenho
Byung-Chul Han, no opúsculo Sociedade do cansaço,
discute a ascensão de um novo paradigma social, em que
a sociedade disciplinar de Foucault é substituída pela
sociedade do desempenho. Esse novo modelo social
é movido por um imperativo de maximizar a produção.
Nós, sujeitos de desempenho, somos constante e
sistematicamente pressionados a aperfeiçoar nossa
performance e a aumentar nossa produção.
A crença subjacente, segundo Han, é a de que
nada é impossível. Nós podemos fazer tudo. Estamos
constantemente pressionados por um poder fazer
ilimitado. É um excesso de positividade, que se constitui
em verdadeira violência neuronal.
E por isso produzimos. Produzimos até a exaustão.
E, mesmo cansados, continuamos produzindo. Uma meta
é sempre substituída por outra. A tarefa nunca acaba.
É frustrante e esgotante. O resultado é uma sociedade
que gera fracassados e depressivos, a quem só resta
recorrer a medicamentos para continuar produzindo mais
eficientemente.
Disponível em: http://justificando.cartacapital.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).
Com base nessa reflexão acerca do livro Sociedade do
cansaço, que discute o novo modelo da sociedade do
desempenho, o resenhista a
A A conceitua, apresenta seus fundamentos e conclui
com suas consequências.
B B fundamenta com argumentos, apresenta sua
conclusão e oferece exemplos.
C C descreve, apresenta suas consequências e conclui
com sua conceituação.
D D exemplifica, apresenta sua fundamentação e avalia
seus resultados.
E E discute, apresenta seu conceito e promove uma
discussão.
QUESTÃO 11
Trechos do discurso de Ulysses Guimarães na
promulgação da Constituição em 1988
Senhoras e senhores constituintes.
Dois de fevereiro de 1987. Ecoam nesta sala as
reivindicações das ruas. A Nação quer mudar. A Nação
deve mudar. A Nação vai mudar. São palavras constantes
do discurso de posse como presidente da Assembleia
Nacional Constituinte.
Hoje, 5 de outubro de 1988, no que tange à
Constituição, a Nação mudou. A Constituição mudou
na sua elaboração, mudou na definição dos Poderes.
Mudou restaurando a federação, mudou quando quer
mudar o homem cidadão. E é só cidadão quem ganha
justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital
e remédio, lazer quando descansa.
A Nação nos mandou executar um serviço. Nós o
fizemos com amor, aplicação e sem medo.
A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria
o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar,
sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca.
Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios,
promulgamos o Estatuto do Homem, da Liberdade e da
Democracia, bradamos por imposição de sua honra.
Nós, os legisladores, ampliamos os nossos deveres.
Teremos de honrá-los. A Nação repudia a preguiça, a
negligência e a inépcia.
O povo é o superlegislador habilitado a rejeitar pelo
referendo os projetos aprovados pelo Parlamento.
Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira,
desbravadora.
Termino com as palavras com que comecei esta fala.
A Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação
vai mudar. A Constituição pretende ser a voz, a letra, a
vontade política da sociedade rumo à mudança.
Que a promulgação seja o nosso grito.
Mudar para vencer. Muda, Brasil!
Disponível em: www.senadofederal.br. Acesso em: 30 out. 2021.
O discurso de Ulysses Guimarães apresenta
características de duas funções da linguagem: ora revela
a subjetividade de quem vive um momento histórico,
ora busca informar a população sobre a Carta Magna.
Essas duas funções manifestam-se, respectivamente,
nos trechos:
A A “São palavras constantes do discurso de posse como
presidente da Assembleia Nacional Constituinte.” e
“A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade
política da sociedade rumo à mudança”.
B B “Nós o fizemos com amor, aplicação e sem medo.”
e “A Constituição mudou na sua elaboração, mudou
na definição dos Poderes”.
C C “Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios,
promulgamos o Estatuto do Homem, da Liberdade
e da Democracia, bradamos por imposição de
sua honra.” e “Nós, os legisladores, ampliamos os
nossos deveres. Teremos de honrá-los”.
D D “O povo é o superlegislador habilitado a rejeitar pelo
referendo os projetos aprovados pelo Parlamento.”
e “Termino com as palavras com que comecei
esta fala”.
E E “Não é a Constituição perfeita, mas será útil,
pioneira, desbravadora.” e “Que a promulgação seja
o nosso grito”.
*010475RO6*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 7
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 12
O lobo que não é mau
A primeira coisa a saber é que o guará não é, na
verdade, um lobo. Embora seja o maiorcanídeo silvestre da
América do Sul, sua espécie (Chrysocyon brachyurus) é de
difícil classificação. Alguns cientistas dizem que é parente
das raposas, outros, que é parente do cachorro-vinagre
sul-americano. Mas, de lobo mesmo, ele não tem nada. Além
disso, é um animal onívoro. Porém, em algumas regiões,
a sua dieta chega a quase 70% de frutas, especialmente
da lobeira, uma árvore típica das savanas brasileiras, que
contribui para a saúde do animal, prevenindo um tipo de
verminose que ataca os rins do guará.
O lobo-guará não é um animal perigoso ao homem.
Não existe nenhum registro, em toda a história, de um guará
que tenha atacado uma pessoa, mas, ainda assim, são
vistos como “maléficos”. Por quê? Porque, em ambientes
degradados, o lobo, para sobreviver, acaba atacando
galinheiros ou comendo aves que são criadas soltas. Com
a desculpa de “proteger sua criação”, pessoas com baixo
nível de consciência ecológica acabam matando os animais.
Se não bastassem a matança e a destruição de
ambientes naturais, o lobo-guará ainda apresenta grande
índice de morte por atropelamento em estradas.
O fato é que o lobo-guará precisa de nós mais do que
nunca na história.
FERRAREZI JR., C. Revista QShow, n. 20, nov. 2015 (adaptado).
Esse texto de divulgação científica utiliza como principal
estratégia argumentativa a
A A sedução, mostrando o lado delicado e afetuoso do
animal por meio da negação de seu nome popular.
B B comoção, relatando a perseguição que o animal
sofre constantemente pelos fazendeiros com baixo
grau de instrução.
C C intertextualidade, buscando contraponto numa
famosa história infantil, confrontada com dados
concretos e fatos históricos.
D D chantagem, modificando a verdadeira índole do
lobo-guará para proteger as criações de animais
domésticos em áreas degradadas.
E E intimidação, explorando os efeitos de sentido
desencadeados pelo uso de palavras como
“matança”, “perigoso”, “degradados” e “atacando”.
QUESTÃO 13
Preconceito: do latim prae, antes, e conceptus, conceito,
esse termo pode ser definido como o conjunto de crenças
e valores aprendidos, que levam um indivíduo ou um
grupo a nutrir opiniões a favor ou contra os membros de
determinados grupos, antes de uma efetiva experiência
com eles. Tecnicamente, portanto, existe um preconceito
positivo e um negativo, embora, nas relações raciais e
étnicas, o termo costume se referir ao aspecto negativo
de um grupo herdar ou gerar visões hostis a respeito de
um outro, distinguível com base em generalizações.
Essas generalizações derivam invariavelmente da
informação incorreta ou incompleta a respeito do
outro grupo.
CASHMORE, E. Dicionário de relações étnicas e raciais.
São Paulo: Selo Negro, 2000 (adaptado).
Nesse verbete de dicionário, a apropriação adequada do
uso padrão da língua auxilia no estabelecimento
A A da precisão das informações veiculadas.
B B da linguagem conotativa característica desse gênero.
C C das marcas do interlocutor como uma exigência para
a validade das ideias.
D D das sequências narrativas como recurso de
progressão textual.
E E do processo de contraposição argumentativa para
conseguir a adesão do leitor.
QUESTÃO 14
Cuidadora humilhada por erros de português ao enviar
currículo para asilo recebe ofertas de emprego
Bom dia
Você se esqueceu de um pequeno
detalhe.
Da próxima vez, pergunte antes se
a empresa está precisando deste
tipo de serviço
É só uma dica, antes de enviar
tudo se nem pedimos
Fica feio
Que passaram esse número
E não estamos precisando
Passaram errado
Desculpa
Encomendar
É incomodar rs
Sim
E também não existe AGENTE é A
GENTE
seria bom você fazer um curso de
português, pode ser que seja por
isso que você não consegue uma
vaga de trabalho
Nossa desculpa
Porque agente nunca sabe dia de
amanhã
08:48
08:49
08:49
08:50
08:52
08:52
08:53
08:50
08:50
08:50
08:50
08:50
08:50
08:51
08:52
MARTINS, J. Disponível em: www.g1.globo.com. Acesso em: 25 nov. 2021 (adaptado).
Nessa conversa por aplicativo, em que se evidencia uma
forma de preconceito, a atendente avaliou a candidata a
uma vaga de emprego pelo(a)
A A ausência de autocorreção durante um diálogo.
B B desleixo com a pontuação adequada durante um
bate-papo.
C C desprezo pela linguagem utilizada em entrevistas de
emprego.
D D descuido com os padrões linguísticos no contexto
de busca por emprego.
E E negligência com a correção automática de palavras
pelo corretor de textos do celular.
*010475RO7*
8 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 15
GUPTA, S. Booth B20 Thing (Coisa). Aço inoxidável e ferro,
95 cm x 120 cm x 42 cm, Feira de Arte de Frieze, 2005.
Disponível em: https://art-sheep.com. Acesso em: 28 jun. 2022 (adaptado).
O ano de 2005 foi importante para a arte indiana em razão
das novas conjunções entre a globalização e a economia
do país. Mudanças geopolíticas e a evolução dos meios
de comunicação intensificaram as trocas artísticas e a
projeção dessa cultura, que pôde
A A trabalhar com novas mídias, instalações e
performances.
B B modificar a arte contemporânea com objetos extraídos
do cotidiano.
C C enfatizar a pintura e a escultura com a
desmaterialização do objeto.
D D apresentar um novo conceito de uso das formas e
materiais naturais.
E E retratar imagens múltiplas que expressam a agitação
da modernidade.
QUESTÃO 16
Claude Monet, influenciado por Turner, passou a
pintar temas que apresentassem fluidez. Para isso,
ele fragmentou a imagem com pinceladas de cor
pura, passando a retratar a impressão captada diante
do modelo. Monet inspirava-se, por exemplo, no pôr do
sol, na luminosidade do feno ou num jardim florido.
Suas obras contêm a característica de dissociação das
cores e gradação dos tons complementares. As tintas não
eram misturadas na palheta, dessa forma, a luz emanada
das manchas e das pinceladas coloridas impressionava a
retina, formando novas cores.
Disponível em: http://professormarioartes.blogspot.com.
Acesso em: 12 ago. 2012 (adaptado).
Diante dessa nova concepção artística, a cor é
A A composta por uma substância química que, sob a
incidência de raios luminosos, absorve-os, refletindo
para os nossos olhos os raios de tons vermelhos.
B B formada pelo equilíbrio óptico causado pela
impressão simultânea de cores como magenta,
ciano e amarelo, consideradas cores primárias.
C C imaterial e só se pode senti-la, passando a ser uma
sensação provocada pela ação dos raios de luz sobre
os nossos olhos.
D D resultante da mistura óptica de duas outras que estão
presentes em sua composição de origem, causando
um equilíbrio entre elas.
E E física, presente nos raios solares e na luz branca,
sendo impossível perceber sua existência pela
decomposição da luz solar.
QUESTÃO 17
A partir dos anos 1970, a diversidade étnica e cultural
ganha maior reconhecimento com movimentos culturais, tais
como o “Tropicalismo”,os “Afrobahianos”, as inserções
de referências religiosas afro-brasileiras na Bossa Nova
e o “Teatro do Oprimido”. Tudo isso foi antecipado pelo
Movimento de Cultura Popular, fundado por Paulo Freire
nos anos de 1960.
MEDEIROS, B. T. F. Quilombos, políticas patrimoniais e negociações. In: BARRIO, A. E.;
MOTTA, A.; GOMES, M. H. (Org.). Inovação cultural, patrimônio e educação.
Disponível em: http://campus.usal.es. Acesso em: 4 set. 2017 (adaptado).
Essa ideia nacionalista surgiu dos sonhos de Mário de
Andrade e da Semana de Arte Moderna de 1922, que
visava o(a)
A A incorporação ao patrimônio nacional das culturas
negra e portuguesa.
B B representação das realidades social e econômica do
início do século.
C C reflexo da igualdade mestiça nos processos de
patrimonialização.
D D ideal da diversidade cultural como categoria identitária
nacional.
E E constituição da materialidade e da multiplicidade
socioculturais.
*010475RO8*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 9
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 18
Harmonia do equilíbrio!
Cega dinâmica embaraçada entre linhas
De força magnética!
Em hélices seguindo e refletindo: dança de elétrons
[e prótons
Matéria-máter do mundo.
Poeira do sol, poeira do som, poeira de luz
Poeira!
Poeira da memória, da memória dos homens
Que irá se perder um dia no universo
— Cada átomo possui um número infinito de
[partículas
— Cada partícula um número infinito de partículas
— Cada partícula de partícula um número...
Campo mésico Etc. Etc.
corpúsculo
crepúsculo
2
[tempo-matéria.
Poeira de ausências e lembranças: poeira do
É desse pó luminoso, manto luzente de
Que são feitas as ondas e as partículas
Num torvelinho de moídos corpos simples:
— Farinha de energias finíssimas e raras —
Selênio, Rubídio, Colúmbio, Germânio,
Samário, Rutênio, Paládio, Lutécio.
CARDOZO, J. Poemas selecionados. Recife: Bagaço, 1996 (fragmento).
O fragmento remete a uma composição poética inspirada
no Futurismo das vanguardas modernistas, pois
A A propõe a ruptura com a racionalidade.
B B configura um lirismo ausente de emotividade.
C C extrai do repertório científico estética expressiva.
D D sugere uma literatura a serviço da indústria emergente.
E E revela o desencanto do eu lírico ante o contexto de
guerra.
QUESTÃO 19
Duas castas de considerações fez de si para consigo
o cauto Conselheiro. Primeiramente foi saltar-lhe ao
nariz a evidência de que ministro não visita empregado
público, ainda que in extremis, mesmo a uma braça, ou
duas, acima do chapéu do amanuense mais bisonho.
Também não visita escritor enfermo por ser escritor, e
por estar enfermo. Seriam trabalhos, ambos, a que não
se daria um ministro, nem sempre ocupado das cousas,
altas ou baixas, do Estado.
O tempo ministerial não se vai perdulariamente,
não se faz em farinhas. Os titulares esquivam-se até
a suspirar, que os suspiros implicam o desperdício de
minutos se o suspiro é de minutos, além de permitirem
ilações perigosas sobre a estabilidade do ministro,
quando não do próprio gabinete.
A segunda ponderação remeteu-o à certeza de que
terminantemente chegavam ao cabo seus dias; e de que as
esperanças eram aéreas, atado agora à cama até que o
encerrassem na urna, como um voto eleitoral frio.
MARANHÃO, H. Memorial do fim: a morte de Machado de Assis. São Paulo: Marco Zero, 1991.
O texto relata o momento em que, no leito de morte,
Machado de Assis recebe a visita do Barão do Rio
Branco, ministro de Estado. Criando a cena, o narrador
obtém expressividade ao
A A representar com fidelidade os fatos históricos.
B B caracterizar a situação com profundidade dramática.
C C explorar a sensibilidade dos personagens envolvidos.
D D assumir a perspectiva irônica e o estilo narrativo do
personagem.
E E recorrer a metáforas sutis e comparações de
sentido filosófico.
QUESTÃO 20
Foi o caso que um homenzinho, recém-aparecido na
cidade, veio à casa do Meu Amigo, por questão de vida
e morte, pedir providências. Meu Amigo sendo de vasto
saber e pensar, poeta, professor, ex-sargento de cavalaria
e delegado de polícia. Por tudo, talvez, costumava
afirmar: — “A vida de um ser humano, entre outros seres
humanos, é impossível. O que vemos é apenas milagre;
salvo melhor raciocínio.” Meu Amigo sendo fatalista.
Na data e hora, estava-se em seu fundo de quintal,
exercitando ao alvo, com carabinas e revólveres,
revezadamente. Meu Amigo, a bom seguro que, no
mundo, ninguém, jamais, atirou quanto ele tão bem —
no agudo da pontaria e rapidez em sacar arma; gastava
nisso, por dia, caixas de balas. Estava justamente
especulando: — “Só quem entendia de tudo eram os
gregos. A vida tem poucas possibilidades”. Fatalista
como uma louça, o Meu Amigo. Sucedeu nesse comenos
que o vieram chamar, que o homenzinho o procurava.
ROSA, J. G. Primeiras estórias. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1967.
Os procedimentos de construção conferem originalidade
ao estilo do autor e produzem, no fragmento, efeito de
sentido apoiado na
A A reflexão filosófica em torno da brevidade da vida.
B B tensão progressiva ante a chegada do estranho.
C C nota irônica do perfil intelectual do personagem.
D D curiosidade natural despertada pelo anonimato.
E E erudição sutil da alusão ao pensamento grego.
*010475RO9*
10 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 21
Reciclagem de hábitos ajuda a enfrentar a crise
Todo início de ano as pessoas fazem uma lista
de propósitos para serem perseguidos ao longo dos
próximos 12 meses. Ao que tudo indica, o próximo ano
será um período de extrema dificuldade. Reciclar pode
ser uma alternativa.
Esse conceito — por ser muito abrangente — nos
propicia uma reflexão. No dia a dia pessoal, dentro de
casa, podemos reciclar roupas,sapatos, objetos de uso
pessoal etc. Ou seja, ao adotarmos tal atitude, não
gastamos o escasso e suado dinheiro disponível. Vale
também minimizar desperdícios. A vantagem dessa
“consciência ecológica” acaba por beneficiar o meio
ambiente e também o bolso.
Reciclar hábitos é muito difícil. Quantos se lembram
de apagar a luz quando deixam um ambiente? E de
desligar o chuveiro quando estão se ensaboando?
Se estou desempregado ou com pouco dinheiro, não
preciso ir à academia (e me endividar ainda mais) para
cuidar da saúde. Caminhar pelos parques ou jardins pode
ser uma alternativa. Quantas vezes nos deparamos com
pessoas andando — ou correndo — nas ruas? Isso pode
ser imitado. Não tem custo algum!
E nas finanças pessoais? Disciplina, disciplina.
Reduzir o consumo desenfreado, os gastos
desnecessários e pesquisar muito antes de comprar
o que é realmente essencial: supermercado, farmácia
etc. Na verdade, as compras passam por gestão.
Se compro roupa nova (necessária), deixo para comprar
sapato ou bolsa no mês que vem. Além de evitar o
endividamento numa hora de emprego difícil e renda
baixa, o planejamento de gastos torna-se essencial.
Quem consegue poupar R$ 10,00 por semana
terá R$ 40,00 no final do mês. Ao longo do ano, terá
acumulado quase R$ 500. Sem sofrimento. Não foi uma
reciclagem de hábito?
CALIL, M. Disponível em: http://noticias.uol.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).
Para convencer o leitor de que a reciclagem de hábitos
ajuda a enfrentar a crise, o autor desse texto
A A sugere o planejamento dos gastos familiares com o
acompanhamento de um gestor.
B B revela o sofrimento ocasionado pela reciclagem de
hábitos já arraigados na sociedade.
C C utiliza perguntas retóricas direcionadas a um público
leitor engajado em causas ambientais.
D D apresenta sua preocupação em relação à dificuldade
enfrentada pela indústria da reciclagem.
E E faz um paralelo entre os ganhos da reciclagem para o
meio ambiente e para as finanças pessoais.
QUESTÃO 22
O boato insiste em ser um gênero da comunicação.
Um rumor pode nascer da má-fé, do mal-entendido
ou de uma trapalhada qualquer. O primeiro impulso é
acreditar, porque: 1 - confiamos em quem o transmite;
2 - é fisicamente impossível verificar a veracidade
de tudo; 3 - os meios de comunicação estão
sistematicamente relapsos com a verificação de seus
conteúdos e, se eles fazem isso, o que nos impede?
O boato não informa, mas ensina: mostra como uma
sociedade se prepara para tomar posição. A nossa tem se
aplicado na tarefa de desmantelar equipes de jornalistas
que dão nome de “informação” a todo tipo de “copia e
cola” difundido pela internet como se fosse um fato
verídico. A comunicação atual depende, cada vez mais,
do modo como vamos lidar com os rumores.
PEREIRA JR., L. C. Língua Portuguesa, n. 93, jul. 2013 (adaptado).
Em relação aos boatos que circulam ininterruptamente na
internet, esse texto reconhece a importância da posição
tomada pelo internauta leitor ao
A A confiar nos contatos pessoais que transmitiram a
informação.
B B acompanhar e reproduzir o comportamento dos
meios de comunicação.
C C seguir as contas dos jornalistas nas diversas redes
sociais existentes.
D D excluir de seus contatos usuários que não confirmam
a veracidade das notícias.
E E pesquisar em diferentes mídias a veracidade das
notícias que circulam na rede.
*010475RO10*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 11
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 23
A vida deveria nos oferecer um lugarzinho no rodapé
da nossa história pessoal para eventuais erratas,
como em tese de doutorado. Pelas vezes em que na
infância e adolescência a gente foi bobo, foi ingênuo,
foi indesculpavelmente romântico, cego e teimoso,
devia haver uma errata possível. Como quando a gente
acreditou que se fosse bonzinho ganharia aquela bicicleta;
que todos os professores eram sábios e justos e todas as
autoridades decentes; e quando a gente acreditou que
pai e mãe eram imortais ou perfeitos.
Devia haver erratas que anulassem bobagens adultas:
botei fora aquela oportunidade, não cuidei da minha grana,
fui onipotente, perdi quem era tão precioso para mim, escolhi
a gostosona em lugar da parceira alegre e terna; fiquei
com aquele cara porque com ele seria mais divertido, mas
no fundo eu não o queria como meu amigo e pai dos meus
filhos. Profissionalmente não me preparei, não me preveni,
não refleti, não entendi nada, tomei as piores decisões.
Ah, que bom seria se essas trapalhadas pudessem ser
anuladas com uma boa errata! Em geral, não podem.
Por todas as vezes que desviamos o olhar lúcido ou
recolhemos o dedo denunciador, pagaremos — talvez
num futuro não muito distante — um alto preço, durante
um tempo incalculavelmente longo. E não haverá erratas.
LUFT, L. Errata de pé de página. Veja, n. 28, 18 jul. 2007 (adaptado).
No texto, a autora propõe o uso metafórico da errata
como recurso para
A A assumir uma posição humilde diante da efemeridade
da vida.
B B evitar decisões equivocadas advindas da inexperiência.
C C antecipar as consequências das nossas ações.
D D promover um maior amadurecimento intelectual.
E E rever atitudes realizadas no passado.
QUESTÃO 24
Número total
de indígenas:
Indígenas que
vivem na zona
rural:
Indígenas que
vivem na zona
urbana:
Região com
maior número
de indígenas:
Região com
menor número
de indígenas:Número total de
línguas: 274
Dos indígenas
com 5 anos ou mais,
37,4% falavam
uma língua
indígena e 76,9%
falavam português
TICUNA COM
da população6,8%
896,9 mil
63,8%
502.783
36,2%
315.180
NORTE
342,8 mil
SUL
78,8 mil
78,9 mil pessoas residiam em
terras indígenas e se declararam
de outra raça (principalmente pardos, 67,5%),
mas se consideravam “indígenas” de acordo
com aspectos como tradições, costumes,
cultura e antepassados.
CONHEÇA A
DIVERSIDADE
INDÍGENA
BRASILEIRA
#RESISTÊNCIA INDÍGENA
LÍNGUA
Maior etnia:
?
CURIOSIDADE:
Disponível em: midianinja.org. Acesso em: 22 abr. 2021.
Pelo modo como seleciona e organiza as informações,
esse infográfico cumpre a função de
A A questionar o processo de enfraquecimento da
identidade indígena.
B B apresentar dados sobre a atual configuração da
realidade indígena no país.
C C defender políticas de preservação da cultura
indígena.
D D divulgar as etnias indígenas mais representativas do
Brasil.
E E criticar a distribuição geográfica desigual das
comunidades indígenas.
QUESTÃO 25
Disponível em: www.cnbbsul1.org.br. Acesso em: 2 ago. 2019.
As informações contidas no texto dessa campanha têm
o objetivo de
A A avaliar as políticas públicas para melhorar a qualidade
dos serviços prestados ao povo brasileiro.
B B apresentar os canais de participação social, como os
Conselhos previstos na Constituição Federal de 1988.
C C descrever o ciclo e as etapas de organização de uma
política pública como incentivo à participação social.
D D fazer a distinção entre aspolíticas de governo e as
políticas de Estado a fim de incentivar a busca por
direitos.
E E estimular a participação da sociedade civil em políticas
públicas para fortalecer a cidadania e o bem comum.
*010475RO11*
12 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 26
Os homens estavam tratando de negócios e eu fiquei
longe pra não atrapalhar. Já tinha ido com meu pai a muitos
lugares e sabia que, quando ele queria falar de negócio,
não gostava que eu ficasse por perto pedindo isso e aquilo.
O secos e molhados era um mundo, enorme, eu me perdi lá
dentro. Gostei de circular de um canto a outro [...]. Percebi
que as vozes se alteravam e escutei a do meu pai apertada,
mais baixa que as outras. Não sei por que, em vez de ver o
que estava acontecendo, me escondi atrás das prateleiras
e tentei ouvir o que eles diziam. Não entendi nada, mas
pelo tom da conversa, percebi que meu pai estava triste. [...]
O dono do armazém, cigarro pendurado na boca,
sorriu, anotou qualquer coisa num saco de papel e
enfiou a caneta sobre a orelha. Tinha uma cara feia
e, ao mesmo tempo, me deu raiva e dó dele. [...] Meu
pai disse, “Vamos, tá na hora”, e pagou a conta, a
mercadoria não era boa, que ele compreendesse.
Saímos. Antes de chegar na Kombi, olhei de rabo de olho
e vi, surpreso, que meu pai estava chorando. Na hora eu
achei que seria melhor não olhar, até procurei fingir, pra
ele se controlar. Eu senti que ele se envergonharia se eu
percebesse. Andamos depressa, a grande mão dele no
meu ombro, num toque leve, um carinho resignado. Como
quem não quer nada, fiz que estava atento ao movimento
das ruas, mas via a dor cobrindo o rosto dele quando o sol
cintilou seus olhos.
CARRASCOZA, J. A. Aos 7 e aos 40. São Paulo: Cosac Naify, 2013.
No texto, a relação entre os personagens adquire uma
representação tensa, na perspectiva do narrador-
-personagem, que reconhece a
A A humilhação sofrida pelo pai na negociação.
B B ameaça nas atitudes do dono do comércio.
C C compaixão pelo comportamento paterno.
D D tensão entre os homens do armazém.
E E hierarquia entre adulto e criança.
QUESTÃO 27
Bondade fazia jus ao apelido. Não tinha pouso certo.
Morava em lugar algum, a não ser no coração de todos.
— Para que ter pouso certo? — dizia ele. — Homem
devia ser que nem passarinho, ter asas para voar. Já rodei.
Já vivi favela e mais favela, já vivi debaixo de pontes,
viadutos... Já vivi matos e cidades. Já vaguei, vaguei...
Muito tempo estou por aqui nesta favela. Aqui é grande
como uma cidade. Há tanto barraco para entrar, tanta gente
para se gostar!
O tempo ia passando, Bondade ficando ali. Comia em
casa de um, bebia em casa de outro. Era amigo comum
de dois ou mais inimigos. Não era traidor nem mediador
também. Quando chegava à casa de um, por mais que
indagassem, por mais que futricassem, Bondade não abria
a boca. Desconversava, conversava, e a intriga morria logo.
Vivia intensamente cada lugar em que chegava. Cada casa,
cada pessoa, cada miséria e grandeza a seu tempo certo,
no seu exato momento.
EVARISTO, C. Becos da memória. Rio de Janeiro: Pallas, 2018.
No texto, o apelido dado ao personagem incorpora
valores humanos relativos à sua
A A generosidade em relação às demandas da
comunidade onde vive.
B B capacidade de desprendimento material e
benevolência afetiva.
C C experiência em ignorar as provocações de seus
inimigos.
D D coragem em assumir uma vida de solidão e privações.
E E incapacidade de expressar emoções e sentimentos.
QUESTÃO 28
Saúde aprova implantação de 82 academias em
praças públicas na PB
Setenta e oito municípios paraibanos deverão
receber 82 unidades das Academias da Saúde, que são
espaços apropriados para a prática de atividades físicas.
Os equipamentos são montados ao ar livre, e a população
tem orientação gratuita sobre o uso dos aparelhos para
se exercitar. A implantação das academias faz parte de
um plano de ações estratégicas para o enfrentamento
das doenças crônicas não transmissíveis, cuja meta é
reduzir as mortes prematuras em 2% ao ano. O objetivo
é alcançar melhorias em indicadores relacionados ao
tabagismo, ao álcool, ao sedentarismo, à alimentação
inadequada e à obesidade.
Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 11 nov. 2011 (adaptado).
No texto, a atividade física é associada à prevenção de
doenças crônicas, à redução da mortalidade e à promoção
da saúde. A partir de uma perspectiva ampliada e crítica
sobre o conceito de saúde, interpretada como resultado
de múltiplos fatores, o texto
A A reforça a necessidade de a atividade física ser
orientada por um professor de educação física.
B B considera a saúde de forma multifatorial, ou seja,
resultante da interferência de diversos fatores.
C C estabelece relação de causa-efeito entre atividade
física e saúde, desconsiderando os condicionantes
sociais.
D D destaca a importância da atividade física como lazer
para a sociedade brasileira.
E E estabelece relações entre a prática de atividade física
e a prevenção de doenças como a aids e a hepatite.
*010475RO12*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 13
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 29
Muitas brincadeiras preservam sua estrutura inicial,
outras modificam-se recebendo novos conteúdos.
A força de tais brincadeiras explica-se pelo poder da
expressão oral. Como manifestação livre e espontânea
da cultura popular, a brincadeira tradicional tem a função
de perpetuar a cultura infantil, desenvolver formas de
convivência social e permitir o prazer de brincar.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação.
São Paulo: Cortez, 1999.
Dentre os jogos e as brincadeiras expressos na cultura
popular, que se perpetuam e se transformam pela tradição
oral, podemos reconhecer o(a)
A A jogo popular do pião e do bilboquê.
B B jogo popular doqueimado e o voleibol.
C C brincadeira da amarelinha e a esgrima.
D D brincadeira de esconde-esconde e o balé.
E E jogo popular do taco e a ginástica artística.
QUESTÃO 30
Diante de uma fórmula consagrada, mas dando indícios
de desgaste, a Federação Internacional de Vôlei quis mudar.
No calendário há quase três décadas, a Liga Mundial e o
Grand Prix deram origem à nova Liga das Nações. Mas,
além das mudanças de formato, a competição promete
revolucionar a forma com que o esporte chega ao público
e também atende a um pedido antigo das mulheres:
a igualdade na premiação. A competição dará US$ 1 milhão
para o campeão de cada gênero. Há algumas temporadas,
as mulheres contestavam a diferença na premiação. A nova
Liga das Nações, no entanto, atende ao pedido e iguala o
valor recebido nos dois naipes. “Estamos compreendendo
antes dos demais o espaço das mulheres no esporte.
Até então tínhamos a Liga Mundial masculina, que
pagava 1 milhão de dólares para o campeão, e o Grand
Prix, que distribuía para a campeã feminina US$ 350 mil.
Já no ano passado, o prêmio do Grand Prix subiu para
US$ 600 mil. Com a criação da Liga das Nações, igualamos
as premiações. Ao dar a mesma premiação para os dois
gêneros, estamos dizendo ao mundo inteiro que homens
e mulheres devem ter os mesmos direitos” — disse o
presidente da FIVB.
Disponível em: https://globoesporte.globo.com. Acesso em: 9 jun. 2018 (adaptado).
A modalidade esportiva apresentada no texto caracteriza-se
por ser
A A inovadora, ao equiparar a premiação para ambos os
sexos.
B B obsoleta, ao premiar homens e mulheres de forma
desigual.
C C reconhecida, ao manter o formato de seus eventos por
décadas.
D D desgastada, ao não atender a uma demanda do público
espectador.
E E conservadora, ao resistir à mudança do formato de
seus eventos.
QUESTÃO 31
Dentre as músicas clássicas que tinham potencial
para ganhar as ruas das grandes cidades brasileiras,
uma se destacou e acabou se transformando em um
recado ao inconsciente coletivo: se as notas ouvidas
lá longe são a melodia Für Elise, interpretada ao
piano, é um caminhão vendendo gás que se aproxima.
Essa história, que torna a obra do compositor alemão
Ludwig van Beethoven um meme nacional, começou
quando as firmas de venda de gás porta a porta queriam
uma solução para substituir o barulho das buzinas
e os gritos de “Ó o gás”. Com o objetivo de diminuir a
poluição sonora, a prefeitura de São Paulo promulgou
a Lei n. 11 016, em 1991, que institui que “Fica proibido
o uso da buzina, pelos caminhões de venda de gás
engarrafado a domicílio, para anunciar a sua passagem
pelas vias e logradouros”. Entregadores de empresas
de distribuição de gás recorreram a chips com músicas
livres de direitos autorais. No início, não era apenas
Für Elise — notas de outros temas clássicos também
eram ouvidas. Mas a força da bagatela beethoveniana
composta em 1810 acabou se sobrepondo às demais e
virou praticamente um símbolo.
Disponível em: www.dw.com. Acesso em: 21 dez. 2020 (adaptado).
Ludwig van Beethoven (1770-1827) é mundialmente
conhecido como um dos maiores representantes da
música de concerto do período romântico. A adoção
de uma de suas obras mais difundidas como anúncio de
venda de gás engarrafado indica a
A A utilização da música erudita como forma de educar a
população em geral.
B B manutenção da música europeia nos mais variados
aspectos da cultura brasileira.
C C contribuição que a obra do compositor alemão tem na
diminuição da poluição sonora.
D D modificação da função que uma obra artística pode
sofrer em diferentes épocas e lugares.
E E articulação entre o poder público e as empresas para
contornar as limitações das leis de direito autoral.
*010475RO13*
14 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 32
��������
RAPOSO- RJ
DIA 21/07/2012
VALOR 230,00
PASSAGEM E HOTEL
TRATAR C/ ROMILDA
- 1104 E - 8744
Disponível em: www.nadaver.com. Acesso em: 20 jul. 2012.
Esse cartaz tem como função social conquistar clientes
para um evento turístico, e, por isso, seria recomendável
que fosse escrito na norma-padrão da língua portuguesa.
O comentário acrescentado por um interlocutor sugere
que a grafia incorreta da palavra “excursão”
A A interfere na pronúncia do vocábulo.
B B reflete uma interferência da fala na escrita.
C C caracteriza uma violação proposital para chamar a
atenção dos clientes.
D D diminui a confiabilidade nos serviços oferecidos pela
prestadora.
E E compromete o entendimento do conteúdo da
mensagem.
QUESTÃO 33
A busca do “texto oculto” na leitura de notícias
Os meus colegas jornalistas que me perdoem, mas
não dá mais para ler uma notícia de jornal apenas pelo
que está publicado. O nosso universo informativo ficou
muito mais complexo depois do surgimento da avalanche
informativa na internet.
Esse fenômeno, inédito na história do jornalismo,
está nos obrigando a tomar uma notícia de jornal apenas
como um ponto de partida para uma análise que,
necessariamente, envolve a preocupação em descobrir
o contexto do que foi publicado. A notícia de jornal não é
mais a verdade definitiva, mas a porta de entrada numa
realidade desconhecida e inevitavelmente complexa,
contraditória e diversa.
A principal mudança que todos nós teremos que
incorporar às nossas rotinas informativas é a necessidade
de sermos críticos em relação às notícias que leremos,
ouviremos ou assistiremos.
A busca de um novo modelo de formatação de notícias
baseado numa cultura da diversificação informativa
está apenas começando. O público passou a ter uma
importância estratégica na atividade profissional porque
os jornalistas necessitam, cada vez mais, dos blogs
pessoais, das páginas da web e das postagens em redes
sociais como fonte de notícias. A histórica dependência de
fontes governamentais e corporativas está rapidamente
sendo substituída pela notícia oriunda de comunidades,
grupos sociais organizados e influenciadores digitais.
A agenda de notícias das elites perde espaço para a
agenda do público.
É essa nova forma de ver a realidade que está na
base da necessidade do chamado “texto oculto”, um
jargão acadêmico para uma diversificação na nossa nova
forma de ler, ouvir e ver notícias.
CASTILHO, C. Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br.
Acesso em: 30 out. 2021 (adaptado).
Ao problematizar os modos de ler notícias e a necessidade
de se buscar o chamado “texto oculto”, o texto defende
que esse processo implicará
A A adaptação na forma como a imprensa e o jornalismo
abordam a informação.
B B alteração na prática interacional entre os usuários
de redes sociais.
C C ampliação da quantidade de informação disponível
na internet.
D D demanda por informações fidedignas em fontes
oficiais.
E E percepção da notícia como um produto acabado.
*010475RO14*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 15
EN
EM
2
02
2EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 34
TEXTO I
O homem atual está sacrificando conhecimentos
profundos de qualidade em prol de informações cada
vez mais reduzidas, o que dá uma imagem incompleta
do mundo em que cremos viver. Por isso as numerosas
notícias de hoje serão esquecidas amanhã, uma vez que
serão substituídas por outras numerosas notícias. Quanto
mais informações tem uma sociedade, um acúmulo
excessivo, menos memória guardamos, o que diminui
sua profundidade histórica, e, por conseguinte, também
a capacidade que se tem para conduzi-la com as nossas
próprias mãos.
Disponível em: www.revistaesfinge.com.br. Acesso em: 13 out. 2021 (adaptado).
TEXTO II
Esc (Caverna digital)
O que Maria vê
Seu João não vê
Dentro de cada universo
Cada um enxerga e sente
Com seu cada qual
O que Francisco diz
Bia num entendeu
Já tinha visto tanta coisa
Que na sua cabeça tudo logo se perdeu
Me faz lembrar onde estamos
Digitalmente perdidos
Me faz lembrar nosso rumo
Liquidamente entretidos [...]
Lá fora um vendaval (aqui na)
Caverna digital
Ficamos inventando histórias
Uma ilusão perfeita do que era pra ser
Olho que tudo vê
Ela ele você
SCALENE. Magnitite. São Paulo: Red Bull Studios, 2017 (fragmento).
Na comparação entre os dois textos, constata-se que a
crítica comum a ambos refere-se ao(à)
A A aversão ao controverso.
B B incompreensão entre as pessoas.
C C esvaziamento das relações sociais.
D D distanciamento sistemático da realidade.
E E incredulidade frente aos acontecimentos.
QUESTÃO 35
Conseguindo, porém, escapar à vigilância dos
interessados, e depois de curtir uma noite, a mais escura
de sua vida, numa espécie de jaula com grades de ferro,
Amaro, que só temia regressar à “fazenda”, voltar ao seio
da escravidão, estremeceu diante de um rio muito largo
e muito calmo, onde havia barcos vogando em todos
os sentidos, à vela, outros deitando fumaça, e lá cima,
beirando a água, um morro alto, em ponta, varando as
nuvens, como ele nunca tinha visto...
[...] todo o conjunto da paisagem comunicava-lhe uma
sensação tão forte de liberdade e vida, que até lhe vinha
vontade de chorar, mas chorar francamente, abertamente,
na presença dos outros, como se estivesse enlouquecendo...
Aquele magnífico cenário gravara-se-lhe na retina para
toda a existência; nunca mais o havia de esquecer, oh!
Nunca mais! Ele, o escravo, “o negro fugido”, sentia-se
verdadeiramente homem, igual aos outros homens, feliz de
o ser, grande como a natureza, em toda a pujança viril da
sua mocidade, e tinha pena, muita pena dos que ficavam
na “fazenda” trabalhando, sem ganhar dinheiro, desde a
madrugadinha té... sabe Deus!
CAMINHA, A. Bom Crioulo. São Paulo: Martin Claret, 2008.
A situação descrita no fragmento aproxima-o dos
padrões estéticos do Naturalismo em função da
A A fragilidade emocional atribuída ao indivíduo
oprimido.
B B influência da paisagem sobre a capacidade de
resiliência.
C C impossibilidade de superação dos traumas da
escravidão.
D D correlação de causalidade entre força física e origem
étnica.
E E condição moral do indivíduo vinculada aos papéis de
gênero.
*010475RO15*
16 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 36
TEXTO I
De casa para a escola
Saber respeitar limites, esperar, suportar, ter seus
desejos frustrados, fazer trocas e planejar é ter educação
financeira. E o exemplo vem de casa. Mas as atitudes dos
pais somente serão referências para a educação financeira
se eles mesmos usarem o dinheiro de forma consciente,
fizerem pesquisa de preço, comprarem à vista, pedirem
descontos, tiverem controle de suas finanças, souberem
o quanto têm e o quanto podem gastar, investir e poupar.
Portanto, boa parte das razões que levam um adulto a se
tornar consumista e a se endividar está na educação que
recebe quando criança ou na adolescência.
MACEDO, C. Revista Carta Fundamental, n. 37, abr. 2012 (adaptado).
TEXTO II
Educação financeira para crianças
Ensinar para os filhos o valor das coisas é
responsabilidade dos pais, mas, se lidar com dinheiro
é complicado para adultos, passar esse conhecimento
para crianças é uma tarefa bem mais delicada. De
acordo com a especialista em educação financeira infantil
Cássia D’Aquino, o momento certo de começar a ensinar
a criança a lidar com as finanças é anunciado pela
própria, na primeira vez em que pede aos pais para lhe
comprarem alguma coisa. Isso costuma acontecer por
volta dos dois anos e meio, e, nessa hora, o pequeno
mostra que já percebeu o que é dinheiro e que o
dinheiro “compra” as coisas que ele pode vir a querer.
À medida que os pequenos vão crescendo, os filhos vão
convivendo com a forma com que seus pais trabalham
com o dinheiro. Para Cássia, a melhor base para uma
educação financeira eficiente é aquela transmitida por
meio de atitudes simples na rotina do relacionamento
entre pais e filhos. Assim que a criança manifestar uma
noção básica em relação a dinheiro, os pais já podem, de
maneira gradual, adotar uma postura educativa.
Disponível em: http://brasil.gov.br. Acesso em: 27 fev. 2013.
Sob diferentes perspectivas, os textos I e II abordam o
tema educação financeira. No entanto, em ambos os
textos, os autores sustentam a opinião de que
A A os modelos familiares impostos na infância e na
juventude são espelhos para os filhos.
B B o sucesso da educação financeira está ligado à
forma como a escola trabalha o tema.
C C uma das tarefas mais difíceis do processo de
educação é estabelecer limites.
D D a educação imposta pela sociedade substitui aquela
recebida em casa.
E E os filhos devem poupar na infância para investirem
quando adultos.
QUESTÃO 37
A criança e a lógica
Uma menina vê a foto da mãe grávida e ouve a
seguinte explicação: “Você estava na minha barriga, filha”.
Imediatamente, a criança chega à incrível conclusão:
“Mamãe, então você éo lobo mau?”. A partir dos 2
anos, a criança começa a dominar as palavras, mas sua
lógica, que difere da do adulto, surpreende os pais pelas
associações. Para uma psicóloga infantil, esse raciocínio
se explica pelo fato de que a lógica, nos primeiros anos
de vida, é primitiva e rígida, não admite que para a
mesma questão existam várias possibilidades. Quando a
mãe diz que vai chegar em casa à noite, a criança não
compreende por que, afinal, a promessa ainda não foi
cumprida se já está escuro. Ou se ela já ouviu que as
pessoas morrem quando estão velhinhas e de repente
acontece de alguém próximo perder a vida ainda jovem,
ela pode custar a se conformar. “O importante é falar
a verdade e ter paciência. Com o tempo, as crianças
percebem que um fato pode ter mais de uma explicação,
e vários fatos influenciam uma mesma situação. A lógica
vai, assim, aprimorando-se e ficando mais próxima da do
adulto entre os 5 e 6 anos”, afirma a especialista.
Disponível em: http://revistacrescer.globo.com. Acesso em: 15 nov. 2014 (adaptado).
O texto cita a opinião de uma psicóloga como estratégia
argumentativa para
A A explicar as associações inesperadas das crianças
de 2 a 5 anos.
B B apresentar dados científicos sobre a falta de lógica
na infância.
C C gerar efeitos de credibilidade às informações
apresentadas.
D D justificar a natureza rudimentar do raciocínio infantil.
E E ajudar os adultos na interlocução com as crianças.
*010475RO16*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 17
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 38
Uma polêmica relacionada à covid-19 com clara
relação com a Educação Física foi a discussão sobre
a reabertura ou não das academias de ginástica em
plena pandemia. Entre os argumentos apresentados
pelos que defendiam a abertura estava o de que o
exercício teria um efeito protetor contra a covid-19,
pe lo for ta lec imento do s is tema imunológ ico.
A realização dessas práticas pode ser importante para
a saúde, inclusive com foco na melhoria/manutenção
da saúde mental, mas em muitas recomendações
há mais um sentido de “ter que fazer”, com caráter
“obrigatório”. Outro ponto ignorado diz respeito ao
aconselhamento para a realização de exercícios
físicos em casa durante a pandemia, considerando
aspectos como a habilidade das pessoas para
realizarem essas atividades, suas preferências, as
condições das residências etc. Entendemos que
essas recomendações, algumas vezes de caráter
persecutório e descontextualizadas da realidade
de muitas pessoas, não favorecem um olhar mais
ampliado sobre a saúde.
LOCH, M. R. et al. A urgência da saúde coletiva na formação em Educação Física:
lições com a covid-19. Ciência & Saúde Coletiva, n. 25, 2020 (adaptado).
Segundo o texto, no contexto da pandemia, a relação
entre exercício físico e saúde deveria considerar a
A A necessidade de que as academias se mantivessem
abertas para orientação das práticas corporais.
B B recomendação de que as atividades físicas
atendessem às preferências individuais.
C C relevância de adaptar as atividades físicas à realidade
social dos sujeitos.
D D obrigatoriedade de adotar o hábito de praticar atividades
físicas em casa.
E E importância de melhorar as defesas orgânicas contra
a doença.
QUESTÃO 39
A partir da década de 1980, o voleibol começa
a ser visto como um ótimo meio de comercialização
de produtos esportivos. Esse fenômeno apresenta
uma vertiginosa escalada na década de 1990, e
a Federação Internacional de Voleibol, tendo o
mexicano Rubem Acosta na presidência, vê-se
com a obrigação de alterar algumas regras para a
melhoria do voleibol como espetáculo, já que a alta
performance alcançada pelas equipes vinha tornando
enfadonhas as competições.
SANTOS NETO, S. C. A evolução das regras visando ao espetáculo no voleibol.
Disponível em: www.efdeportes.com. Acesso em: 3 ago. 2012 (adaptado).
Uma das principais mudanças nas regras do voleibol,
decorrentes do processo identificado no texto, refere-se à
A A restrição para que a bola possa ser tocada apenas
pelas partes do corpo acima da cintura, imprimindo
maior dinamicidade ao jogo.
B B modificação na contagem de pontos, com o fim do
sistema de vantagem, tornando as partidas mais
interessantes para as transmissões televisivas.
C C destinação de um espaço restrito e predefinido para
a realização do saque, permitindo um maior índice de
acertos nesse fundamento do jogo.
D D indicação de que contatos simultâneos sejam
considerados como toque apenas, permitindo maior
permanência da bola em disputa.
E E permissão ao chamado bloqueio ou ataque,
ampliando a possibilidade de utilização de recursos
técnicos e estratégicos no jogo.
QUESTÃO 40
Em nenhum outro tipo de literatura a fantasia
desempenha papel tão importante. Sapos se transformam
em príncipes, animais conversam com humanos, mesas
se põem sozinhas e contratempos insolúveis se resolvem
de um parágrafo para outro. Essa falta de verossimilhança
não afasta o leitor. Pelo contrário, juntamente com o
anonimato dos príncipes e princesas, que não têm
personalidade definida e vivem em terras distantes sem
localização exata, ela facilita a identificação com os
personagens. O mundo da fantasia abre espaço para
que coisas desagradáveis, que não seriam toleradas em
outros tipos de história, passem incólumes, como bruxas
comedoras de criancinha e anões cruéis que roubam
bebês. Boa parte do fascínio dos contos tem origem
justamente nesse mundo sombrio. Contos de fadas não
constituem sempre histórias agradáveis polvilhadas com
açúcar, como a casa de pão de ló de João e Maria. Pelo
contrário, as tramas são recheadas de malvadezas que
sobrevivem às dezenas de adaptações. Podem passar
despercebidas, mas estão lá. Ou é inofensiva a história
de uma menina e sua avó que são devoradas vivas
por um lobo? Ou é inocente o conto da menina que é
sequestrada e obrigada a passar a juventude trancada
no alto de uma torre? E o que dizer do bebê condenado à
morte no dia do seu batizado?
Disponível em: https://super.abril.com.br. Acesso em: 20 jun. 2019 (adaptado).
As perguntas ao final do texto estão relacionadas ao
argumento segundo o qual contos de fadas
A A manifestam aspectos obscuros da condição humana.
B B estimulam a fantasia e a imaginação dos leitores.
C C favorecem a identificação com os personagens.
D D são inadequados para a maioria das crianças.
E E são adaptados aos valores de cada época.
*010475RO17*
18 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
202
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 41
A anorexia é um transtorno alimentar caracterizado por
grande perda de peso, ausência de menstruação e distúrbio
na vivência do peso ou da forma corporal. Fatores familiares,
psicológicos, socioculturais e fisiológicos interagem entre
si, predispondo, precipitando e/ou mantendo o transtorno.
Anoréxicos têm medo doentio de engordar e experienciam
uma grande necessidade de controle sobre o peso e a
forma do corpo. Dietas exíguas, uso de laxantes, diuréticos
e indução de vômito são estratégias para manter o peso e
a forma corporal. O exercício também é uma estratégia
para perder e controlar o peso, sendo praticado de maneira
ritualizada e excessiva. O objetivo é alcançar um corpo
ideal condizente com os padrões de beleza, eliminando as
poucas calorias que o sujeito se permite ingerir.
CUMMING, G. et al. Experiências e expectativas em práticas de atividades físicas de
pessoas com anorexia nervosa. Movimento, n. 2, 2009 (adaptado).
Uma causa determinante que contribui para a anorexia,
vinculada ao exercício físico, é o(a)
A A busca por um modelo de corpo e beleza
estereotipado socialmente.
B B conjunto de fatores familiares, psicológicos e
socioculturais.
C C utilização de medicamentos e dietas restritivas.
D D recorrência da provocação do vômito.
E E medo exagerado de ganhar peso.
QUESTÃO 42
Domésticas, de Fernando Meirelles e Nando Olival (2001)
Drama de trabalhadoras domésticas na cidade de
São Paulo, mostradas a partir do cotidiano de Cida,
Roxane, Quitéria, Raimunda e Créo. Uma quer se casar;
a outra é casada, mas sonha com um marido melhor; uma
sonha em ser artista de novela e a outra acredita que tem
por missão na Terra servir a Deus e à sua patroa. Todas
têm sonhos distintos, mas vivem a mesma realidade:
trabalhar como empregada doméstica. Conduzido
com humor (e uma trilha musical dos hits populares
do Brasil brega dos anos 1970), o filme de Meirelles e
Olival retrata o universo particular dessa categoria de
trabalhadoras domésticas. É curioso que, em nenhum
momento, aparecem patrões ou patroas. A narrativa de
Domésticas se desenvolve segundo a ótica contingente
das classes subalternas, dos de baixo, com seus anseios
e sonhos, expectativas e frustrações. Não aparecem
situações de luta social por direitos, o que sugere que
o filme se detém na epiderme da consciência de classe
contingente, expressando, desse modo, a fragmentação
das perspectivas de vida e trajetórias das domésticas
(quase como um destino, como observa na palavra final
a doméstica Roxane). Do mesmo modo, ao retratar Zé
Pequeno (em Cidade de Deus), Meirelles tratou sua sina
de bandido quase como destino. É baseado na peça de
teatro de Renata Melo (2005).
Disponível em: www.telacritica.org. Acesso em: 25 ago. 2017 (adaptado).
A sinopse, para convencer o leitor a assistir ao filme
Domésticas, lança mão da seguinte estratégia de
linguagem:
A A Reflexão sobre a língua utilizada pelas personagens
do filme.
B B Avaliação positiva do filme disfarçada de
comparação.
C C Referência à mídia cinematográfica.
D D Descrição de cenas do filme.
E E Apelação ao leitor.
QUESTÃO 43
TEXTO I
Há uma geração inteira sem conseguir emprego.
Grande parte sonha com um concurso público. Não é
novidade, multidões sempre correram atrás de emprego
municipal, estadual ou federal. Espanta é a disposição
para trabalhar em qualquer área, fora do que consideravam
sua vocação. Em crise, vocação é ter salário. Há quem
continue na casa dos pais, indefinidamente. Ou quem volte.
O problema é que nem sempre dá certo. Mães e pais que
têm aposentadoria ainda asseguram a sobrevivência dos
filhos. É uma geração à deriva.
CARRASCO, W. Disponível em: http://epoca.globo.com. Acesso em: 23 ago. 2017
(adaptado).
TEXTO II
Ah, a casa da avó! Sinônimo de comidinha gostosa,
muita brincadeira, vontades feitas. O imaginário de muita
gente traz da infância as melhores lembranças da casa
da avó. Mas o que para muitos é apenas um local para
brincadeiras e férias, para outros, nos últimos tempos, tem
sido sinônimo da casa principal, onde os netos moram e
são criados.
Não só o mercado de trabalho levou as crianças
para a casa das avós em tempo integral, mas também a
sociedade moderna, com o divórcio e as novas constituições
familiares. Com o divórcio, a correria do dia a dia no mercado
de trabalho e a própria emancipação da mulher, muitas
mães delegaram aos avós a tarefa de criar seus filhos.
MAIA, K. Disponível em: www.cnte.org.br. Acesso em: 23 ago. 2017 (adaptado).
Esses dois textos têm temáticas diferentes, na medida
em que o Texto I trata da volta dos filhos à casa dos pais,
e o Texto II, da permanência dos netos na casa dos avós.
Entretanto, eles se aproximam no que diz respeito
A A ao aconchego que os filhos e netos encontram
nesses lugares.
B B ao fator econômico, que é a causa do problema nos
dois casos.
C C aos problemas de relacionamento que surgem
nessas situações.
D D ao divórcio, que é apontado como comum nos
dias de hoje.
E E à independência da mulher, que causa a ausência
das mães.
*010475RO18*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação 19
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2
EN
EM
2
02
2QUESTÃO 44
A historiografia do país demonstra que foi necessário
considerável esforço do colonizador português em
impor sua língua pátria em um território tão extenso.
Trata-se de um fenômeno político e cultural relevante
o fato de, na atualidade, a língua portuguesa ser
a língua oficial e plenamente inteligível de norte a
sul do país, apesar das especificidades e da grande
diversidade dos chamados “sotaques” regionais. Esse
empreendimento relacionado à imposição da língua
portuguesa foi adotado como uma das estratégias de
dominação, ocupação e demarcação das fronteiras do
território nacional, sucessivamente, em praticamente
todos os períodos e regimes políticos. Da Colônia ao
Império, da República ao Estado Novo e daí em diante.
Tomemos como exemplo o nheengatu, uma língua
baseada no tupi antigo e que foi fruto do encontro,
muitas vezes belicoso e violento, entre o colonizador
e as populações indígenas da costa brasileira e
de grande parte da Amazônia. Foi a língua geral de
comunicação no período colonial até ser banida pelo
Marquês de Pombal, a partir de1758, caindo em
pleno processo de desuso e decadência a partir de
então. Foram falantes de nheengatu que nominaram
uma infinidade de lugares, paisagens, acidentes
geográficos, rios e até cidades. Atualmente, resta
um pequeno contingente de falantes dessa língua no
extremo norte do país. É utilizada como língua franca
em regiões como o Alto Rio Negro, sendo inclusive
fator de afirmação étnica de grupos indígenas
que perderam sua língua original, como os Barés,
Arapaços, Baniwas e Werekenas.
Disponível em: http://desafios.ipea.gov.br.
Acesso em: 20 out. 2021 (adaptado).
Da leitura do texto, depreende-se que o patrimônio
linguístico brasileiro é
A A constituído por processos históricos e sociais de
dominação e violência.
B B decorrente da tentativa de fusão de diferentes línguas
indígenas.
C C exemplificativo da miscigenação étnica da sociedade
nacional.
D D caracterizado pela diversidade de sotaques e
regionalismos.
E E resultado de sucessivas ações de expansão
territorial.
QUESTÃO 45
O SILÊNCIO APRISIONA
NÃO SOFRA CALADA.
Vá até uma das Delegacias de Defesa da Mulher
(DDM) e denuncie.
Apenas 40% das agressões
são denunciadas.
60% das mulheres
vítimas de agressão sofrem em
silêncio e não pedem ajuda,
pois muitas sentem vergonha ou
dependência emocional do
agressor ou até mesmo se culpam
pela violência sofrida.
Geralmente, a conduta
agressiva contra a mulher
começa com pequenos insultos,
logo se seguem empurrões
e pancadas.
As pessoas acreditam que
a violência doméstica acontece
apenas com classes baixas,
mas pesquisas mostram
que 50% dos casos
ocorrem com as
classes média e alta.
“A violência, seja qual for a
maneira como ela se manifesta,
é sempre uma derrota.”
Jean-Paul Sartre
Disponível em: http://aindaexisteluz.blogspot.com. Acesso em: 10 maio 2013.
Ao abordar a temática da violência contra a mulher, o
cartaz conjuga as linguagens verbal e não verbal para
A A apresentar políticas públicas de combate à
discriminação de gênero.
B B mobilizar a vítima para denunciar as agressões sofridas.
C C expressar a reação da sociedade em relação ao crime.
D D analisar as consequências resultantes do sofrimento.
E E discutir o comportamento psicológico do agressor.
*010475RO19*
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2.� ��������
�������
����
�
������
���� ���
�
����
����������������������
����
��������
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde
corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5.� �
��
�
�!�� ����
�
�!����!�
��"
��������#�$���%�����
���&�'*���������+#�-�
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
7.� ���
�
�
���������/��� �� ��
��2�
�
��� ���
� ����&�'*���������+#�-�
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
�������#�$���%����3&�'*���������+#�-�
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e
!��
�7�8
����
��������������������������
�<���
���
���
������ �8���
�!������� �30 minutos
que antecedem o término das provas.
ATENÇÃO=�
��� ��
������
!�2���!��!���������
������#�$���%����>
���� �����8�/������ ��8>���� ��
������� �8
�� ����? ��8� �
����? ��8� >���
/���
�@��
=
Um súbito silêncio enfreia os ventos
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
*010475RO1*
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 1 09/09/2021 17:40:59
2 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO2*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Questão 01
The British (serves 60 million)
Take some Picts, Celts and Silures
And let them settle,
Then overrun them with Roman conquerors.
Remove the Romans after approximately 400 years
����8�
��@��������&�
��"�
�� ��
Angles, Saxons, Jutes and Vikings, then stir vigorously.
[…]
Sprinkle some fresh Indians, Malaysians, Bosnians,
Iraqis and Bangladeshis together with some
Afghans, Spanish, Turkish, Kurdish, Japanese
And Palestinians
Then add to the melting pot.
Leave the ingredients to simmer.
� �
"
X���<�����Y8
����88�Z�
"
���8��/��/
�
��\���� "
Binding them together with English.
Allow time to be cool.
Add some unity, understanding, and respect for the future,
Serve with justice
And enjoy.
Note: All the ingredients are equally important. Treating
one ingredient better than another will leave a bitter
unpleasant taste.
Warning: An unequal spread of justice will damage the
people and cause pain. Give justice and equality to all.
Disponível em: www.benjaminzephaniah.com.
Acesso em: 12 dez. 2018 (fragmento).
Ao descrever o processo de formação da Inglaterra, o
autor do poema recorre a características de outro gênero
textual para evidenciar
A a riqueza da mistura cultural.
B � ���8
/�����
����/
��/
�/�7���-
C um impacto de natureza histórica.
D � ���!��Y8
����
�
��
����2��� ����8-
E a questão da intolerância linguística.
Questão 02
We are now a nation obsessed with the cult of
celebrity. Celebrities have replaced the classic notion
of the hero. But instead of being respected for talent,
courage or intelligence, it is money, style and image the
deciding factors in what commands respect. Image is
everything. Their image is painstakingly constructed by a
��8
�
��
��@���{
�
�
� ���/
���� �8
��
�
������
���
�
"
�
��
� !���
�Y8
� �
8
Y��
X�
"
X� ���-��"
�� ���
X� � � ��/"
�
behind them, believing in everything that celebrity believes
in. Companies know that people will buy a product if a
celebrity has it too. It is as if the person buying the product
feels that they now have some kind of connection with
the celebrity and that some of their perceived happiness
will now be passed onto the consumer. So to look at it
one way, the cult of celebrity is really nothing more than
a sophisticated marketing scheme. Celebrities though
cannot be blamed for all negative aspects of society. In
reality society is to blame. We are the people who seemed
to have lost the ability to think for ourselves. I suppose
it’s easier to be told what to think, rather than challenging
what we are told. The reason we are swamped by celebrity
is because there is a demand for it.
Disponível em: www.pitlanemagazine.com.
Acesso em: 7 dez. 2017 (adaptado).
O texto, que aborda questões referentes ao tema do culto
à celebridade, tem o objetivo de
A destacar os méritos das celebridades.
B criticar o consumismo das celebridades.
C � �
�8
������
�
����
��
��
\
<����� �@� -
D culpar as celebridades pela obsessão dos fãs.
E valorizar o marketing pessoal das celebridades.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 2 09/09/2021 17:40:59
3LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO3*
Questão 03
Becoming
Back in the ancestral homeland of Michelle Obama,
Y8��~� Z��
�� Z
�
� ���
8X� /���
��
"
� "�������� �� � ���
�� ->�Y�
�Z
�
�����
��YX�
"
�����
����
>���� ��!8X�� �
“gal” or “auntie” or worse. This so openly demeaned them
that many black women, long after they had left the South,
�
@�
��
�� �� Z
�� �@� ��88
�� YX�
"
��� ��
� ���
-��� ��
"
��and father in 1970s Texas named their newborn “Miss” so
that white people would have no choice but to address their
���/"
��YX�
"�
�
�
8
-��8��~�Z��
��Z
�
��
��
�@���
"
��
8��
���
"
�~�
�"
�>���� @����
�� �
"
X� �Z��
-��"
X�Z
�
>�YX�
�
���
���>���
� 8���
-��"
��
�X� ��
���@���Y8��~�Z������ �
��
�8��X��@�
"
�8���>�Z
88>�
"�
�Z��8��"��
�Y
����
"��~�Y8
-
Disponível em: www.nytimes.com. Acesso em: 28 dez. 2018 (adaptado).
A crítica do livro de memórias de Michelle Obama,
<$!���
���$������� ����>��Y�������"�
������� ��
8�2�
�
humanas na cidade natal da autora. Nesse contexto, o uso
do vocábulo “unthinkable” ressalta que
A a ascensão social era improvável.
B a mudança de nome era impensável.
C a origem do indivíduo era irrelevante.
D o trabalho feminino era inimaginável.
E o comportamento parental era irresponsável.
Questão 04
SIPRESS. Disponível em: www.newyorker.com. Acesso em: 12 jun. 2018.
A presença de “at odds with” na fala da personagem do
cartum revela o(a)
A � �
�
����
��
���
�����@����2�
�����7�
� -
B � �����8���
��
������8������@
�
�
���
�� -
C desejo de dominar novas tecnologias.
D � �
�����
�!
����
�
����!�����8-
E vontade de ler notícias positivas.
Questão 05
Exterior: Between The Museums — Day
CELINE
Americans always think Europe is perfect. But such
beauty and history can be really oppressive. It reduces the
individual to nothing. It just reminds you all the time you
are just a little speck in a long history, where in America
you feel like you could be making history. That’s why I like
Los Angeles because it is so…
JESSE
Ugly?
CELINE
No, I was going to say “neutral”. It’s like looking at a
blank canvas. I think people go to places like Venice on
"
���"��
X�����
����~
� ��
�
"
X���
���
�/���/�
���/"
�
@���
"
���
�
Z��Z
~ ��@�
"
���������/
�Y
���
�
"
X�88�Y
�
too busy looking around at all the beautiful things. That’s
what people call a romantic place — somewhere where
the prettiness will contain your primary violent instinct.
A real good honeymoon spot would be like somewhere in
New Jersey.
KRIZAN, K.; LINKLATER, R. Before Sunrise: screenplay.
New York: Vintage Books, 2005.
��� ��
�����$
����8"����� �!
� ���/
� >�
�
�
�"��
�����
�����
�����8�
�!
���
��
���"
�
����
������8��2���
sobre um lugar depende do(a)
A beleza do próprio local.
B perspectiva do visitante.
C contexto histórico do local.
D tempo de permanência no local.
E � ���8����
�������/
������� �
��
-
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 3 09/09/2021 17:40:59
4 '��$�������������
������$������$�����!8���2��
*010475RO4*
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
Questão 01
Amuleto
Lo único cierto es que llegué a México en 1965 y me
!8��
��
���� ���
�'
���&
8�!
�X�
���� ���
�%
���������� �
y les dije aquí estoy para lo que gusten mandar. Y les
debí de caer simpática, porque antipática no soy, aunque
a veces soy pesada, pero antipática nunca. Y lo primero
que hice fue coger una escoba y ponerme a barrer
el suelo de sus casas y luego a limpiar las ventanas y
cada vez que podía les pedía dinero y les hacía compra.
Y ellos me decían con ese tono español tan peculiar, esa
musiquilla distinta que no los abandonó nunca, como si
encircularan las zetas y las ces y como si dejaran a las
eses más huérfanas y libidinosas que nunca, Auxilio, me
decían, deja ya de trasegar por el piso, Auxilio, deja esos
papeles tranquilos, mujer, que el polvo siempre se ha
avenido con la literatura.
BOLAÑO, R. A. Tres novelas. Barcelona: Círculo de Lectores, 2003.
No fragmento do romance, a uruguaia Auxilio narra
a experiência que viveu no México ao trabalhar
voluntariamente para dois escritores espanhóis. Com
Y�
�����
8�2�������� �
���
��
>�
8���
\�
� �Y�
��� �
A variação linguística do espanhol.
B sujeira dos livros de literatura.
C distintas maneiras de acolher do mexicano.
D orientações sobre a limpeza das casas dos espanhóis.
E � ������8���
� �
� ��������2���
�
�
� !�
����
�
empregada.
Questão 02
Se reunieron en un volumen todas las entrevistas
���� �!���
8�!�
��X������
��/��&
�
������������'����-�
Lorca concedió 133 entrevistas; leyéndolas se sabrá
qué estaba por detrás de la poética del escritor andaluz.
Sobre su obra declaró en una de ellas: “No he sido nunca
poeta de minoría. He tratado de poner en mis poemas
lo de todos los tiempos, lo permanente, lo humano.
A mí me ataca lo humano, es el elemento fundamental en
toda obra de arte”. Y en otra dijo: “Hoy no interesa más
que una problemática: lo social. La obra que no siga esa
dirección está condenada al fracaso, aunque sea muy
buena”. En su última entrevista, de junio de 1936, Lorca
se muestra profético: “Ni el poeta ni nadie tiene la clave y
el secreto del mundo. Quiero ser bueno. Sé que la poesía
8
���X���
������
�
�
���
� ��"�X�����7 ��887�
�����8��
agradable sorpresa de encontrarme con él. Pero el dolor
del hombre y la injusticia constante que mana del mundo,
y mi propio cuerpo y mi propio pensamiento, me evitan
trasladar mi casa a las estrellas”.
AYÉN, X. Retrato del poeta como “muchachón gitanazo”. Disponível em: www.clarin.com.
Acesso em: 8 dez. 2017 (adaptado).
Esse trecho da resenha de um livro de entrevistas
����
���� �!���&
�
������������'�����
��!�������8����
A ressaltar a atração do entrevistado por questões
místicas.
B divulgar a comoção das elites com as obras do
entrevistado.
C salientar o compromisso do entrevistado com as
questões sociais.
D mostrar a atualidade das obras poéticas e teatrais do
entrevistado.
E criticar o interesse do entrevistado por particularidades
da vida humana.
Questão 03
Por Dios!
!
QUÉ LE HA
PASADO
AL MUNDO?
?
GUERRA
CRISIS
INSEGURIDADMISERIAVIOLENCIA
LUJO
OBSCENO
NOSOTROS.
��'��*-��� !����
8�
�=�"
! =33��� ����
-��/-���
��
�=����
�-�����-
A charge evoca uma situação de assombro frente a uma
realidade que assola as sociedades contemporâneas.
Seu efeito humorístico reside na crítica diante do(a)
A constatação do ser humano como o responsável pela
condição caótica do mundo.
B � �!
8�� �� �
8�/�� ����
� ����
� �� � ������8���
�
enfrentadas pela humanidade.
C indignação dos trabalhadores em face das injustiças
sociais.
D veiculação de informações trágicas pelos telejornais.
E manipulação das notícias difundidas pelas mídias.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 4 09/09/2021 17:40:59
5LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO5*
Questão 04
Hoy, en cuestión de segundos uno es capaz de
conocer la vida de un individuo o las actividades que lleva
a cabo sin necesidad de contacto personal; las RRSS
tienen la poderosa virtud de convocar concentraciones
de gentes con idearios comunes y generar movimientos
como la Primavera Árabe, por ejemplo.
Bajo ese parámetro, cualquier incidente puede ser
���
���
��
�
� �
!��
���� !��� /��Y������ �� �8������>� !���
lo que a los aparatos celulares, más allá de su utilidad en
������ ��
�����
� �����>�"�Y������
���8�����8� �������8��
guillotina del siglo XXI”.
Así es. Son éstos los que han pasado a convertirse en
artefactos con cuyo uso se han develado conversaciones,
���
��� >� �
/������ >� �"��
��
� X� ��� ��� ��� �
� "
�"� �
que han dado curso a procesos de naturaleza legal e
investigativa que han tumbado gobiernos, empresas,
empresarios, políticos y que, incluso, ha servido en un caso
reciente, para que un inocente recupere su libertad tras
cuatro años de injusto encierro.
�� !����
8�
�=�"
! =33
8!�
� �-�
-���
��
�=���-����-�����-
O texto trata da evolução inerente às funcionalidades de
recursos tecnológicos. A expressão “la guillotina del siglo
��� ¡��
������
�� ��
8�8��
��
�"��
�!��
�
A oferecer recursos com funções múltiplas.
B reunir usuários com ideias semelhantes.
C divulgar informação instantânea.
D organizar movimentos sociais.
E assumir utilidade jurídica.
Questão 05
En el suelo, apoyado en el mostrador, se acurrucaba,
inmóvil como una cosa, un hombre muy viejo. Los
muchos años lo habían reducido ypulido como las aguas
a una piedra o las generaciones de los hombres a una
sentencia. Era oscuro, chico y reseco, y estaba como
fuera del tiempo, en una eternidad.
BORGES, J. L. �������� . Madri: Alianza Cien, 1995.
No âmbito literário, são mobilizados diferentes recursos
que visam à expressividade. No texto, a analogia
estabelecida pela expressão “como las aguas a una
piedra” tem a função de
A enfatizar a ação do tempo sobre a personagem.
B � �
��
�
�����Y�
����2��������Y�
�
-
C expor a anacronia da personagem.
D caracterizar o espaço do conto.
E narrar a perenidade da velhice.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 5 09/09/2021 17:41:00
6 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO6*
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 06 a 45
Questão 06
ESSE PET É
DESCARTÁVEL.
ESSE NÃO
ABANDONO
LEI FEDERAL Nº 9 605/98
É CRIME.
!
.
Disponível em: www.deskgram.org. Acesso em: 12 dez. 2018 (adaptado).
A associação entre o texto verbal e as imagens da garrafa
������������/�����
��� ��
<!�
������
�Y� ��
A �
���8����
�?���� ��
���� $
��
� ����
��������� -
B desvincular o conceito de descarte da ideia de
negligência.
C incentivar campanhas de adoção de animais em
situação de rua.
D sensibilizar o público em relação ao abandono de
animais domésticos.
E alertar a população sobre as sanções legais acerca
de uma prática criminosa.
Questão 07
=
*��&�'-��� !����
8�
�=�"
! =33�
����-���-���
��
�=��¤���
-����������!
����-
Nessa tirinha, produzida na década de 1970, os recursos
�
�Y�� �
������
�Y�� � ���8����������8����
��
A reforçar a luta por direitos civis.
B explicitar a autonomia feminina.
C ironizar as condições de igualdade.
D estimular a abdicação da vida social.
E criticar as obrigações da maternidade.
Questão 08
A crise dos refugiados imortalizada para sempre no
fundo do mar
TAYLOR, J. C. A balsa de Lampedusa. Instalação.
Museu Atlântico, Lanzarote, Canárias, 2016 (detalhe).
A balsa de Lampedusa, nome da obra do artista
britânico Jason de Caires Taylor, é uma das instalações
criadas por ele para compor o acervo do primeiro museu
submarino da Europa, o Museu Atlântico, localizado em
Lanzarote, uma das ilhas do arquipélago das Canárias.
Lampedusa é o nome da ilha italiana onde a grande
maioria dos refugiados que saem da África ou de países
como Síria, Líbano e Iraque tenta chegar para conseguir
asilo no continente europeu.
� �
��8
��� ������
���
8¥�
���������������
�� �
de profundidade nas águas cristalinas de Lanzarote.
Na balsa, estão dez pessoas. Todas têm no rosto a
expressão do abandono. Entre elas, há algumas crianças.
Uma delas, uma menina debruçada sobre a beira do bote,
olha sem esperança o horizonte. A imagem é tão forte que
dispensa qualquer palavra. Exatamente o papel da arte.
�� !����
8�
�=�"
!=33���
<��!8��
�-���-Y�-���
��
�=�������-����¤�����!
����-
Além de apresentar ao público a obra A balsa de
Lampedusa, essa reportagem cumpre, paralelamente, a
função de chamar a atenção para
A a ilha de Lanzarote, localizada no arquipélago das
Canárias, com vocação para o turismo.
B as muitas vidas perdidas nas travessias marítimas
em embarcações precárias ao longo dos séculos.
C a inovação relativa à construção de um museu
no fundo do mar, que só pode ser visitado por
mergulhadores.
D a construção do museu submarino como um memorial
para as centenas de imigrantes mortos nas travessias
pelo mar.
E a arte como perpetuadora de episódios marcantes da
humanidade que têm de ser relembrados para que
não tornem a acontecer.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 6 09/09/2021 17:41:00
7LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO7*
Questão 09
O skate apareceu como forma de vivência no lazer
��!
����� ��
�Y��<���� ����� �
���������"
����������
� ����"�¡-� ��� ������� @����� �
�8����� �
�<� �
� �����"� �
de patins pregados numa madeira qualquer, para sua
composição, sendo as rodas de borracha ou ferro.
O grande marco na história do skate ocorreu em 1974,
���������
�/
�"
�������������"������&���~��� Z��
"X�
�
��Y��������
���>���
���8���� �\
<��
8>���
��@
�
����
mais aderência às rodas. A dependência dos skatistas
em relação a esse novo material igualmente alavancou
o surgimento de novas manobras e possibilitou a um
maior número de pessoas inexperientes começar a
prática dessa modalidade. O resultado foi a criação de
campeonatos, marcas, fábricas e lojas especializadas.
��������>��-¦�'����>�&-��-��-��� ~�
�
� �� �!� �Y�8����
�
���������� -�
Motriz>���8-$
-����������!
����-
De acordo com o texto, diversos fatores ao longo do tempo
A contribuíram para a democratização do skate.
B evidenciaram as demandas comerciais dos skatistas.
C de�������������
�����
� ~�
�
��!��� ����8-
D permitiram que a prática social do skate substituísse
o surfe.
E indicaram a autonomia dos praticantes de skate.
Questão 10
Estojo escolar
Rio de Janeiro — Noite dessas, ciscando num desses
canais a cabo, vi uns caras oferecendo maravilhas
eletrônicas, bastava telefonar e eu receberia um notebook
capaz de me ajudar a fabricar um navio, uma estação
espacial.
§¨©������!�
�����������
���� >�"�Y�8�
�$�
���
comprar aquilo que os caras anunciavam como o top do
top em matéria de computador portátil.
No sábado, recebi um embrulho complicado que
necessitava de um manual de instruções para ser aberto.
[…] De repente, como vem acontecendo nos últimos
tempos, houve um corte na memória e vi diante de mim
o meu primeiro estojo escolar. Tinha 5 anos e ia para o
jardim de infância.
Era uma caixinha comprida, envernizada, com uma
tampa que corria nas bordas do corpo principal. Dentro,
arrumados em divisões, havia lápis coloridos, um
apontador, uma lapiseira cromada, uma régua de 20 cm
e uma borracha para apagar meus erros.
[…] Da caixinha vinha um cheiro gostoso, cheiro que
nunca esqueci e que me tonteava de prazer. […]
O notebook que agora abro é negro e, em matéria de
cheiro, é abominável. Cheira vilmente a telefone celular,
����Y��
��
������>����!��
8"���
��8
�� ���/��������
�
outro dia uma moça veio ver como sou por dentro. Acho
que piorei de estojo e de vida.
CONY, C. H. Crônicas para ler na escola. São Paulo: Objetiva, 2009 (adaptado).
No texto, há marcas da função da linguagem que nele
predomina. Essas marcas são responsáveis por colocar
em foco o(a)
A me� �/
�>�
8
�����$������
/������
��Y�
��
�
�������
mundo das artes.
B código, transformando a linguagem utilizada no texto
na própria temática abordada.
C contexto, fazendo das informações presentes no
texto seu aspecto essencial.
D enunciador, buscando expressar sua atitude em
relação ao conteúdo do enunciado.
E in
�8���
��>� ��� ��
�����$�� �
!�� 7�
8� !
8��
direcionamento dado à narrativa pelo enunciador.
Questão 11
A PESQUISA FOI O PRIMEIRO PASSO
NA PRODUÇÃO DESTE LIVRO
DEIXA DE DRAMA,
A MAIOR PARTE DO
MATERIAL ESTÁ ON-LINE.
SEGUIDA DA SELEÇÃO
DAS INFORMAÇÕES E
DA ELABORAÇÃO
DE UM ROTEIRO
E DEPOIS EDITADO
E COLORIZADO DIGITALMENTE.
DEPOIS DE TODO
TRABALHO, ESTE LIVRO
SÓ PRECISA DE MAIS
UMA COISA:
SER LIDO.
O DESENHO
FEITO À TINTA NÃO OLHAAINDA!
LEMOS, A. Artistas brasileiras. Belo Horizonte: Miguilim, 2018.
O que assegura o reconhecimento desse texto em
quadrinhos como prefácio é o(a)
A função de apresentação do livro.
B apelo emocional apoiado nas imagens.
C descrição do processo criativo da autora.
D referência à mescla dos trabalhos manual e digital.
E � � ���
�
8
�
�
� �/�7��� ���8
��� �!������!?Y8���$�8��-
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 7 09/09/2021 17:41:00
8 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO8*
Questão 12
�� !����
8�
�=�"
! =33/�-/8�Y�-���-���
��
�=�������-����¤�����!
����-
No texto, os recursos verbais e não verbais empregados
têm por objetivo
A � ����8/��� ��@����2�
� ��
�
���� � �Y�
� �� � ��
indiscriminado de aparelhos celulares.
B � ��\�
������ �� 8
�
��� �� ������ �
�
��
�
� "7Y�
� �
considerados prejudiciais às crianças.C relacionar o uso da tecnologia aos efeitos decorrentes
da falta de exercícios físicos.
D � �������� �
���� �
����
� !���� �
���8��� ��
utilização de telefones pelo público infantil.
E sugerir aos pais e responsáveis a substituição de
dispositivos móveis por atividades lúdicas.
Questão 13
Singular ocorrência
— Há ocorrências bem singulares. Está vendo aquela
dama que vai entrando na igreja da Cruz? Parou agora
no adro para dar uma esmola.
— De preto?
— Justamente; lá vai entrando; entrou.
— Não ponha mais na carta. Esse olhar está dizendo
que a dama é uma recordação de outro tempo, e não há
de ser muito tempo, a julgar pelo corpo: é moça de truz.
— Deve ter quarenta e seis anos.
— Ah! conservada. Vamos lá; deixe de olhar para o
�"���
����
$�
�
���-��
7���?��>���
���8�
�
«
— Não.
— Bem; o marido ainda vive. É velho?
— Não é casada.
— Solteira?
¬�� ��>� � ��-� �
�
� �"����$
� "��
� �-� ������
de tal. Em 1860 florescia com o nome familiar de
Marocas. Não era costureira, nem proprietária, nem
mestra de meninas; vá excluindo as profissões e
chegará lá. Morava na Rua do Sacramento. Já então
era esbelta, e, seguramente, mais linda do que hoje;
modos sérios, linguagem limpa.
ASSIS, M. Machado de Assis: seus 30 melhores contos.
Rio de Janeiro: Aguilar, 1961.
��� ��78�/�>� �
���
����$
� � !
�
� � ��� �����2��� ���
mulher em meados do século XIX. O ponto de vista dos
personagens manifesta conceitos segundo os quais a
mulher
A �
����
��� ��� ����� �
� ��/������$
� ��� !�7
���� ���
caridade.
B preserva a aparência jovem conforme seu estilo de
vida.
C � �����������
�� Y
�$
��� ��
�Y�8����
� ���
casamento.
D tem sua identidade e seu lugar referendados pelo
homem.
E renuncia à sua participação no mercado de trabalho.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 8 09/09/2021 17:41:00
9LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO9*
Questão 14
Falso moralista
Você condena o que a moçada anda fazendo
e não aceita o teatro de revista
arte moderna pra você não vale nada
e até vedete você diz não ser artista
Você se julga um tanto bom e até perfeito
Por qualquer coisa deita logo falação
Mas eu conheço bem o seu defeito
e não vou fazer segredo não
Você é visto toda sexta no Joá
e não é só no Carnaval que vai pros bailes se acabar
&����
�
����������
�<�������!��"
���
e no bar com os amigos bebe bem a noite inteira
�
/����$@
�����"
/������
!��
�2��
pede dispensa para ir ao oculista
e vai curar sua ressaca simplesmente
Você não passa de um falso moralista
NELSON SARGENTO. Sonho de um sambista. São Paulo: Eldorado, 1979.
As letras de samba normalmente se caracterizam por
apresentarem marcas informais do uso da língua. Nessa
letra de Nelson Sargento, são exemplos dessas marcas
A “falação” e “pros bailes”.
B “você” e “teatro de revista”.
C “perfeito” e “Carnaval”.
D “bebe bem” e “oculista”.
E “curar” e “falso moralista”.
Questão 15
Introdução a Alda
Dizem que ninguém mais a ama. Dizem que foi uma
Y���!
��-������8"���
����
���� ��������� �
��������
�
�8�
�� �����
�
�
� 8
�Y�
� �
8�-� %�
���$��� �����
cidade triste de uniformes azuis e jalecos brancos, de
���
�����!®�
���� � ���-�'7>�
��� �/��
��$8"
� ����
��� >�
mal se aproxima, ou lhe batem, como se faz com sacos
de areia para treinar os músculos.
Sei que para todos ela já não é, e ninguém lhe daria
uma maçã cheirosa, bem vermelha. Mas não é verdade que
�8/����������!� ����� �����-�������$�-����$���������
a vejo por trás das grades de um palácio, onde se refugiou
princesa, chegada pelos caminhos da dor. Quando fora do
�
����
�
����������
���8� 8��2� >�
�
8��/
��!�
!���$
$
>�!�
������8"��-����$��������������2��Y�����������
���
sem medo. Uns pés descalços, uma mulher sem intenções.
�
�������
������>�� ��
�
� �@�
���$�������-
���+���>��-�'-�O sofredor do ver. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.
Ao descrever uma mulher internada em um hospital
psiquiátrico, o narrador compõe um quadro que expressa
sua percepção
A irônica quanto aos efeitos do abandono familiar.
B resignada em face dos métodos terapêuticos em vigor.
C alimentada pela imersão lírica no espaço da segregação.
D inspirada pelo universo pouco conhecido da mente
humana.
E demarcada por uma linguagem alinhada à busca da
lucidez.
Questão 16
O pavão vermelho
Ora, a alegria, este pavão vermelho,
está morando em meu quintal agora.
Vem pousar como um sol em meu joelho
quando é estridente em meu quintal a aurora.
Clarim de lacre, este pavão vermelho
sobrepuja os pavões que estão lá fora.
É uma festa de púrpura. E o assemelho
a uma chama do lábaro da aurora.
É o próprio doge a se mirar no espelho.
E a cor vermelha chega a ser sonora
neste pavão pomposo e de chavelho.
Pavões lilases possuí outrora.
Depois que amei este pavão vermelho,
� ��
� ���
�� �!���
�@����$
�
�Y���-
COSTA, S. Poesia completa: Sosígenes Costa. Salvador: Conselho Estadual de Cultura, 2001.
Na construção do soneto, as cores representam um
�
��� ��!��
������
�����/�������� ���/
�����������8�
o eu lírico
A re�
8������
�2����
�� �8��$
�
��
��
!�2�-
B simboliza a beleza e o esplendor da natureza.
C experimenta a fusão de percepções sensoriais.
D metaforiza a conquista de sua plena realização.
E expressa uma visão de mundo mística e espiritualizada.
Questão 17
LICHTENSTEIN, R. Garota com bola. Óleo sobre tela, 153 cm x 91,9 cm.
Museu de Arte Moderna de Nova York, 1961.
Disponível em: www.moma.org. Acesso em: 4 dez. 2018.
A obra, da década de 1960, pertencente ao movimento
artístico Pop Art, explora a beleza e a sensualidade
do corpo feminino em uma situação de divertimento.
Historicamente, a sociedade inventou e continua
reinventando o corpo como objeto de intervenções sociais,
buscando atender aos valores e costumes de cada época.
Na reprodução desses preceitos, a erotização do corpo
feminino tem sido constituída pela
A realização de exercícios físicos sistemáticos e
excessivos.
B utilização de medicamentos e produtos estéticos.
C educação do gesto, da vontade e do comportamento.
D construção de espaços para vivência de práticas
corporais.
E promoção de novas experiências de movimento
humano no lazer.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 9 09/09/2021 17:41:01
10 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO10*
Questão 18
Intenso e original, Son of Saul retrata horror
do holocausto
�
�
�� � �
� �8�
� �Y�
� �� "�8����
�� �7� @�����
produzidos em diversos países do mundo, mas nenhum
é tão intenso como o húngaro Son of Saul, do estreante
��8��/�$�
��/
� �'7 �8���
�
>��
��
������������
�
%��������¯?������?8
����&
���8��
�����
-
Ao contrário da grande maioria das produções
do gênero, que costuma oferecer uma variedade de
informações didáticas e não raro cruza diferentes pontos
�
���
�� �Y�
���"������������!���
�����
�
��2��>����8�
�
acompanha apenas um personagem.
Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de
conduzir as execuções de judeus como ele que, por um
dia e meio, luta obsessivamente para que um menino
�7����
��¬���
�!��
��������
��
���8"��¬�
�"�����
enterro digno e não seja simplesmente incinerado.
O acompanhamento da jornada desse prisioneiro é
no sentido mais literal que o cinema pode proporcionar:
a câmera está o tempo todo com o personagem, seja por
sobre seus ombros, seja com um close em primeiro plano
ou em sua visão subjetiva. O que se passa ao seu redor
é secundário, muitas vezes desfocado.
Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à
procura de um rabino que possa conduzir o enterro da
criança, e por isso pouco se envolve nos planos de fuga
que os companheiros tramam e, quando o faz, geralmente
atrapalha. “Você abandonou os vivos para cuidar de um
morto”, acusa um deles.
Ver toda essa via crucis é por vezes duro e exige
certa entrega do espectador, mas certamente é daquelas
<!
������ � ���
��
�/�7��� � ��
� !
����
�
�� ���
cabeça por muito tempo.
O longa já está sendo apontado como o grande
@�����
������ �����
��8�
�
���/���-��
�8
������
�
�
�>�
certamente não faltará quem diga que a Academia tem
����!�
@
������!�����
���Y������������
���-�%������ �
��
�
<�
��������
��
��
����
���������2��>�!�
�����
uma abordagem tão ousada e radical como Son of Saul
não deixaria de ser um passo à frente dos votantes.
Carta Capital, n. 873, 22 out. 2015.
A resenha é, normalmente, um texto de base
��/��
�
�
���-�����
�"������8�
�Son of Saul, o trecho
da sequência argumentativa que se constitui como
opinião implícita é
A � �§¨©����
�
��
�
��8��/�$�
��/
� �'7 �8���
�
>�
�
��
������������
�%��������̄ ?������?8
����&
���8�
de Cannes”.
B “Ele é Saul (Géza Röhrig), um dos encarregados de
conduzir as execuções de judeus […]”.
C “[…] a câmera está o tempo todo com o personagem,
seja por sobre seus ombros, seja com um close […]”.
D “Saul percorre diferentes divisões de Auschwitz à
procura de um rabino que possa conduzir o enterro
da criança […]”.
E “[…] premiar uma abordagem tão ousada e radical
como Son of Saul não deixaria de ser um passo à
frente dos votantes”.
Questão 19
Sinhá
Se a dona se banhou
Eu não estava lá
Por Deus Nosso Senhor
Eu não olhei Sinhá
Estava lá na roça
Sou de olhar ninguém
Não tenho mais cobiça
Nem enxergo bem
Para que me pôr no tronco
Para que me aleijar
Eu juro a vosmecê
Que nunca vi Sinhá
[…]
Por que talhar meu corpo
Eu não olhei Sinhá
Para que que vosmincê
Meus olhos vai furar
Eu choro em iorubá
Mas oro por Jesus
Para que que vassuncê
Me tira a luz.
�*�����������¦�¯�#�������-�Chico-������
�¯��
���=��� ���
��&���>�������@��/�
�
��-
No fragmento da letra da canção, o vocabulário empregado
e a situação retratada são relevantes para o patrimônio
linguístico e identitário do país, na medida em que
A remetem à violência física e simbólica contra os
povos escravizados.
B va8�������� � ��\����� ������8
�����@������� �Y�
���
música nacional.
C relativizam o sincretismo constitutivo das práticas
religiosas brasileiras.
D narram os infortúnios da relação amorosa entre
membros de classes sociais diferentes.
E problematizam as diferentes visões de mundo na
sociedade durante o período colonial.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 10 09/09/2021 17:41:01
11LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO11*
Questão 20
Um asteroide de cerca de um mil metros de diâmetro,
viajando a 288 mil quilômetros por hora, passou a uma
��
¥����� �� �/������
� ¬�
��
��� � �� ���� � ¬� ���
Terra, pouco mais do dobro da distância que nos separa
da Lua. Segundo os cálculos matemáticos, o asteroide
cruzou a órbita da Terra e somente não colidiu porque
ela não estava naquele ponto de interseção. Se ele
tivesse sido capturado pelo campo gravitacional do nosso
planeta e colidido, o impacto equivaleria a 40 bilhões
de toneladas de TNT, ou o equivalente à explosão de
40 mil bombas de hidrogênio, conforme calcularam os
computadores operados pelos astrônomos do programa
de Exploração do Sistema Solar da Nasa; se caísse no
continente, abriria uma cratera de cinco quilômetros, no
mínimo, e destruiria tudo o que houvesse num raio de
milhares de outros; se desabasse no oceano, provocaria
maremotos que devastariam imensas regiões costeiras.
����>������� �������!���8�!
-
�� !����
8�
�=�"
!=33Y����-
�-�� -Y�-���
��
�=��±��Y�-�����-
Qual estratégia caracteriza o texto como uma notícia
alarmante?
A A descrição da velocidade do asteroide.
B A recorrência de formulações hipotéticas.
C A referência à opinião dos astrônomos.
D A utilização da locução adverbial “no mínimo”.
E A comparação com a distância da Lua à Terra.
Questão 21
A draga
A gente não sabia se aquela draga tinha nascido ali, no
Porto, como um pé de árvore ou uma duna.
— E que fosse uma casa de peixes?
Meia dúzia de loucos e bêbados moravam dentro dela,
enraizados em suas ferragens.
�� ����
�
�������/��
���������
�����/���7���$!
/�$
$ �!�-
[...]
������� �7���� ����
�>� ��� 8�
��
�� �����8>�
�� �
���8�/���
��!���"���>��"����$���
��7���$��!
���$��!�²������
����²
���8�
��
�������@����$8"
��������@�������8�����8-
Queria captura em vez de pega para não macular (sic) a
língua nacional lá dele…
[...]
Da velha draga
Abrigo de vagabundos e de bêbados, restaram as
expressões: estar na draga, viver na draga por estar sem
dinheiro, viver na miséria
��
������@
�
2������8�8�/������8���������
��
�*�88����
Para que as registre em seus léxicos
Pois que o povo já as registrou.
BARROS, M. Gramática expositiva do chão: poesia quase toda. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1990 (fragmento).
Ao criticar o preciosismo linguístico do literato e ao sugerir
a dicionarização de expressões locais, o poeta expressa
uma concepção de língua que
A contrapõe características da escrita e da fala.
B ir����������������2���@������������$!�����-
C substitui regionalismos por registros formais.
D valoriza o uso de variedades populares.
E defende novas regras gramaticais.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 11 09/09/2021 17:41:01
12 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO12*
Questão 22
Que tal transformar a internet em palco para a dança?
O coreógrafo e bailarino Didier Mulleras se destaca
como um dos criadores que descobriram a dança de
outro ponto de vista. Mini@tures é uma experiência
emblemática entre movimento, computador, internet
e vídeo. Com os recursos da computação gráfica,
a dança das miniaturas pode caber na palma da
mão. Pelo fato de usar a internet como palco, o
processo de criação das miniaturas de dança levou
em consideração os limites de tempo de download
e o tamanho de arquivo, para que um número maior
de “espectadores” pudesse assistir. A graça das
miniaturas está justamente na contaminação entre
����� =� ���!�3���2�3���!�
�2��� /�7@���3��
��
-�
De fato, é a rede que faz a maior diferença nesse
grupo. Mini@tures explora uma nova dimensão que
�
��Y�
���
!�2�$
�!�����Z
Y�
�������
����������
território para a dança contemporânea. A qualquer
"���>����2����$8��
-
SPANGHERO, M. A dança dos encéfalos acesos.
São Paulo: Itaú Cultural, 2003 (adaptado).
Considerado o primeiro projeto de dança contemporânea
concebido para a rede, esse trabalho é apresentado
como inovador por
A adotar uma perspectiva conceitual como contraposição
à tradição de grandes espetáculos.
B � ������ ���� � @���� � �
� ��������
�
�� ��� �
�8����� ��
internet para divulgação das apresentações.
C privilegiar movimentos gerados por computação
/�7���>������� �Y
�
��2������!�8���!
8��
8�-
D produzir uma arte multimodal, com o intuito de ampliar
as possibilidades de expressão estética.
E � �
�
�������
<
� ���
���!��!� �
�����
!
7��8��!����
���!
7$8�����!
��8��
���@
�
�
�� �7��� -
Questão 23
TEXTO I
O mito da estiagem em São Paulo
Os estoques de água doce são inesgotáveis, na
medida em que são alimentados principalmente pelos
��
��� >������
� �����
��!���2���
�!�
��!�
�2��>����
��>�
pelo ciclo hidrológico, que depende de forças físicas as
quais o homem nunca poderá interromper. Enquanto
existirem, o ciclo funcionará e os estoques de água doce
�� ����
��
�
�
�����
!�
� ����
������
�
-
Obviamente que a água não se distribui
equitativamente pelo planeta. Há regiões com muita água,
normalmente na zona tropical, na qual a evaporação é
�����>�
��
/��
�7���� >����
>�!�������
�
!
����� ����
dinâmica climática, as taxas de evaporação são maiores
��� ��
� �� !�
��!�
�2��>� /
������ �����
� �
� �
!� �2��� �
�
estoques de água doce.
Disponível em: www.cartanaescola.com.br. Acesso em: 17 jan. 2015 (adaptado).
TEXTO II
O processo de sedimentação no fundo do lago de
um reservatório é um processo lento. Os sedimentos
vão formando argila, que é uma rocha impermeável.
Então, a água daquele lago não vai alimentar os
aquíferos. Mesmo tendo muita quantidade de água
�!
�����8>�
8�� ���� ���
/�
� !
�
���� ��� �8�� !����
alimentar os aquíferos. Se não for usada no consumo,
ela vai simplesmente evaporar e vai cair em outro lugar,
levada pelas correntesaéreas. Isso é outro motivo pelo
qual os aquíferos não conseguem recuperar seu nível,
porque não recebem água.
Disponível em: www.jornalopcao.com.br. Acesso em: 17 jan. 2015 (adaptado).
Os textos I e II abordam a situação dos reservatórios de
água doce do planeta. Entretanto, a divergência entre
eles está na ideia de que é possível
A manter os estoques de água doce.
B � �
�8�������7/��� �!
�����8�!��������� ���-
C repor os estoques de água doce em regiões áridas.
D reduzir as taxas de precipitação e evaporação da água.
E equalizar a distribuição de água doce nas diferentes
regiões.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 12 09/09/2021 17:41:01
13LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO13*
Questão 24
TEXTO I
����
���� �8���� ��
��
� >��Y������!����>�
�
��$
�
�
espalmou as mãos no teclado. Começou a tocar alguma
coisa própria, uma inspiração real e pronta, uma polca,
uma polca buliçosa, como dizem os anúncios. Nenhuma
repulsa da parte do compositor; os dedos iam arrancando
� ���
� >� 8�/����$� >��
�
����$� ¦� ���$
$�����
����� ��
compunha e bailava a um tempo. […] Compunha só,
teclando ou escrevendo, sem os vãos esforços da véspera,
sem exasperação, sem nada pedir ao céu, sem interrogar
os olhos de Mozart. Nenhum tédio. Vida, graça, novidade,
�������$8"
�����8���������
�����@��
�!
�
�
-
ASSIS, M. Um homem célebre. Disponível em: www.biblio.com.br.
Acesso em: 2 jun. 2019.
TEXTO II
Um homem célebre expõe o suplício do músico
!�!�8��� ��
� Y� ��� �
��/��� �� �Y8������
� ��� �Y��$!�����
clássica, e com ela a galeria dos imortais, mas que é traído
por uma disposição interior incontrolável que o empurra
implacavelmente na direção oposta. Pestana, célebre nos
saraus, salões, bailes e ruas do Rio de Janeiro por suas
���!� �2�
� ���
�
��
8�
�
� ���2��
>�
����
$
�
dos rumores à sua volta num quarto povoado de ícones
da grande música europeia, mergulha nas sonatas do
�8� ��� ��� ��
�
�
>� !�
!���$
� !���� �� �!�
��� �8
��
criativo e, quando dá por si, é o autor de mais uma
inelutável e saltitante polca.
WISNIK, J. M. Machado maxixe: o caso Pestana. Teresa: revista de literatura brasileira,
2004 (adaptado).
O conto de Machado de Assis faz uma referência
velada ao maxixe, gênero musical inicialmente
associado à escravidão e à mestiçagem. No Texto II, o
���\�
�����!
� ���/
��
�����!����Y�� ����/�
�����
representativo da
A pouca complexidade musical das composições
ajustadas ao gosto do grande público.
B prevalência de referências musicais africanas no
imaginário da população brasileira.
C incipiente atribuição de prestígio social a músicas
instrumentais feitas para a dança.
D tensa relação entre o erudito e o popular na
constituição da música brasileira.
E importância atribuída à música clássica na sociedade
brasileira do século XIX.
Questão 25
Devagar, devagarinho
Desacelerar é preciso. Acelerar não é preciso.
Afobados e voltados para o próprio umbigo, operamos,
automatizados, falas robóticas e silêncios glaciais. Ilustra
bem esse estado de espírito a música Sinal fechado
��¤³¤�>� �
� %��8��"�� ��� ´��8�-� ���
�$
� ��� "�
����� �
�
dois sujeitos que se encontram inesperadamente em
um sinal de trânsito. A conversa entre ambos, porém,
se deu rápida e rasteira. Logo, os personagens se
despedem, com a promessa de se verem em outra
�!��
������
-� %
��
Y
$
� ��� �
/�
��� �
� ��������2���
������
� �!
�����8>� �����
®����� @��� �� ���
�
�� 8�/
����
�
�!
�����8� ���
������ !
8� � ��
�8���
��
=� ��87>� �����
���«� 3� ��� ���� ����>�
� ���>�
���� Y
�«� 3� ����� Y
�>�
�� ���� ����� ����
���>� 3� !
/��� �
�� 8�/��� ��� @�
���-�
�����«�3������Y
�>�
�����������
��Y� ����
���� ����3�
������8�>���
�� �Y
«�3�����
��
�!�¨�3�%�� ��>�����
��
�!�¨� 3� �
� !
���
� �� !�
�� 3� �� �� �8��� �� � �� � �
�
/���� ¨�3��"²�����
���
���-�3����
��Y��� �������
a cem”.
O culto à velocidade, no contexto apresentado, se
coloca como fruto de um imediatismo processual que
�
8
Y������8����
��� ��� �
�����
� �����������8����
�
dos meios necessários para atingir determinado
propósito. Tal conjuntura favorece a lei do menor esforço
— a comodidade — e prejudica a lei do maior esforço
— a dignidade.
Como modelo alternativo à cultura fast, temos o
movimento slow life, cujo propósito, resumidamente, é
conscientizar as pessoas de que a pressa é inimiga da
perfeição e do prazer, buscando assim reeducar seus
sentidos para desfrutar melhor os sabores da vida.
��'´�>��-�&-�'-�Boletim UFMG, n. 1 749, set. 2011 (adaptado).
Nesse artigo de opinião, a apresentação da letra da
canção Sinal fechado é uma estratégia argumentativa
que visa sensibilizar o leitor porque
A adverte sobre os riscos que o ritmo acelerado da vida
oferece.
B �
<
�!8�������@�
�����
���������
<
���������� �
��2���
concreta.
C contrapõe situações de aceleração e de serenidade
na vida das pessoas.
D questiona o clichê sobre a rapidez e a aceleração da
vida moderna.
E apresenta soluções para a cultura da correria que as
pessoas vivenciam hoje.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 13 09/09/2021 17:41:01
14 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO14*
Questão 26
A história do futebol brasileiro contém, ao longo
de um século, registros de episódios racistas. Eis o
paradoxo: se, de um lado, a atividade futebolística
era depreciada aos olhos da “boa sociedade” como
profissão destinada aos pobres, negros e marginais,
�
���
��>���"���$
����
�������!��
���
��
!�
�
���
e projetar a nação em escala mundial. A Copa do Mundo
no Brasil, em 1950, viria a se constituir, nesse sentido,
em uma rara oportunidade. Contudo, na decisão contra
o Uruguai sobreveio o inesperado revés. As crônicas
esportivas elegiam o goleiro Barbosa e o defensor
Bigode como bodes expiatórios, “descarregando nas
costas” dos jogadores os “prejuízos” da derrota. Uma
chibata moral, eis a sentença proferida no tribunal
dos brancos. Nos anos 1970, por não atender às
expectativas normativas suscitadas pelo estereótipo
do “bom negro”, Paulo César Lima foi classificado
����� ���/����$!��Y8
��¡-� �8
�
Y�2���� �� �
��8
��
da chibata no futebol brasileiro. Enquanto Barbosa
e Bigode, sem alternativa, suportaram o linchamento
����8�����
���
���
��¤��>�%��8���� ������
��$�
������
� ���
�!�
����������
�7$8��!
8���� ��
���
��¤µ�-�
O jogador assumia as cores e as causas defendidas
pela esquadra dos pretos em todas as esferas da
vida social. “Sinto na pele esse racismo subjacente”,
revelou à imprensa francesa: “Isto é, ninguém ousa
pronunciar a palavra ‘racismo’. Mas posso garantir
que ele existe, mesmo na Seleção Brasileira”.
Sua ousadia consistiu em pronunciar a palavra
interdita no espaço simbólico do discurso oficial para
reafirmar o mito da democracia racial.
�� !����
8�
�=�"
! =33�Y
���
���������8@�
Y�8-���-Y�-���
��
�=�������-����¤�����!
����-
O texto atribui o enfraquecimento do mito da democracia
racial no futebol à
A responsabilização de jogadores negros pela derrota
������8������!���
��¤��-
B projeção mundial da nação por um esporte antes
destinado aos pobres.
C depreciação de um esporte associado à
marginalidade.
D interdição da palavra “racismo” no contexto esportivo.
E � �
�
��
����
�������
�������/����$!��Y8
��¡-
Questão 27
MEIRELLES, V. Moema. Óleo sobre tela, 129 cm x 190 cm.
Masp, São Paulo, 1866.
Disponível em: www.masp.art.br. Acesso em: 13 ago. 2012 (adaptado).
Nessa obra, que retrata uma cena de Caramuru, célebre
!�
��� �!���� Y�� �8
���>� �� �8��2��� ��
�
���� ���¥�
����
����@
�$
���
A �
<�8
�2�������
��
���
8����Y
8
���@
������-
B tematização da fragilidade humana diante da morte.
C � �
�/�����2����
��Y�� �����¥���
�8�
�7�����������8-
D representação dramática e idealizada do corpo da índia.
E oposição entre a condição humana e a natureza
primitiva.
Questão 28
Coincidindo com o Dia Internacional dos Direitos
da Infância, foram apresentados diversos trabalhos que
mostram as mudançasque afetam a vida das crianças.
Um desses estudos compara o que sonham e brincam
as crianças hoje em relação às dos anos 1990. E o que
se descobriu é que as crianças têm agora menos lazer
e estão mais sobrecarregadas por deveres e atividades
extracurriculares do que as de 25 anos atrás. As crianças
de hoje não só dedicam menos tempo para brincar, como
também, quando brincam, a maioria não o faz com outras
crianças no parque, na rua ou na praça, mas em casa
e muitas vezes sozinhas. E já não brincam tanto com
brinquedos, mas com aparelhos eletrônicos, entre os
quais predomina o jogo individual com a máquina.
OLIVA, M. P. O direito das crianças ao lazer… e a crescer sem carências.
El País, 20 nov. 2015 (adaptado).
O texto indica que as transformações nas experiências
lúdicas na infância
A fomentaram as relações sociais entre as crianças.
B tornaram o lazer uma prática difundida entre as crianças.
C incentivaram a criação de novos espaços para se
divertir.
D promoveram uma vivência corporal menos ativa.
E contribuíram para o aumento do tempo dedicado para
brincar.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 14 09/09/2021 17:41:01
15LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO15*
Questão 29
Os velhos papéis, quando não são consumidos pelo
fogo, às vezes acordam de seu sono para contar notícias
do passado.
É assim que se descobre algo novo de um nome
antigo, sobre o qual já se julgava saber tudo, como
Machado de Assis.
Por exemplo, você provavelmente não sabe que o
autor carioca, morto em 1908, escreveu uma letra do hino
nacional em 1867 — e não poderia saber mesmo, porque
os versos seguiam inéditos. Até hoje.
Essa letra acaba de ser descoberta, em um jornal
��
�/�� �
� &8������!�8� >� !
8�� !
��� ����� ���
!
��
�
�
&
8�!
��� �
�-
� ��� � \��
� �
�� ��
� "�Y�
�3� ��8
�� ��� ���
��
������8=3����"�����
�/8������
�%
���3���/�/��
������� �8¡>�
diz o começo do hino, composto de sete estrofes em
redondilhas maiores, ou seja, versos de sete sílabas
poéticas. O trecho também é o refrão da música.
O Pedro mencionado é o imperador Dom Pedro II.
O bruxo do Cosme Velho compôs a letra para o aniversário
de 42 anos do monarca, em 2 de dezembro daquele ano
— o hino seria apresentado naquele dia no teatro da
�����
��
��
���>���
�/�����
��
�&8������!�8� -
Disponível em: www.revistaprosaversoearte.com. Acesso em: 4 dez. 2018 (adaptado).
��� ��
�����$
� � � �!
��2�
� �
� �
������ �
�
informações na estruturação do texto, há interdependência
entre as expressões
A “Os velhos papéis” e “É assim”.
B “algo novo” e “sobre o qual”.
C “um nome antigo” e “Por exemplo”.
D “O gigante do Brasil” e “O Pedro mencionado”.
E “o imperador Dom Pedro II” e “O bruxo do Cosme Velho”.
Questão 30
RODRIGUES, S. Acervo pessoal.
A revolução estética brasiliense empurrou os
designers de móveis dos anos 1950 e início dos
1960 para o novo. Induzidos a abandonar o gosto
rebuscado pelo colonial, a trocar Ouro Preto por
Brasília, eles criaram um mobiliário contemporâneo
que ainda hoje vemos nas lojas e nas salas de espera
de consultórios e escritórios. Colada no uso de
madeiras nobres, como o jacarandá e a peroba, e em
materiais de revestimento como o couro e a palhinha,
�
���8�
�$
�����
�������@
�
���
�8��"� ��
� �
�
curvas suaves, nos moldes da capital no Cerrado.
CHAVES, D. Disponível em: www.veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jul. 2010.
Na reportagem sobre os 50 anos de Brasília, de Débora
�"��
>� ���� �� �
!����2��� @�
�/�7���� �
� ���
��� �
� !�8
���� � �
� ���/��� �����/�
>� �
�����$
� ��
� � �
elementos da estética brasiliense
A � �!��
�
���
����� ��� �8��"� ��
� ��� ��Y�
� -
B expressam o desenho rebuscado por meio das linhas.
C mostram a expressão assimétrica das linhas curvas
suaves.
D � �!��
�����������
��
���
����$!������
�8������
�� ���
fabricação.
E � ��/
����� ��!8����2����� ���@����2�
��� ��� ��
�
cada composição.
Questão 31
Thumbs Up
%��
��!� �
����!������&��
Y��~>���
�������������
ajeitada na casa para, quem sabe, não ser mais
���"
����� ����� ��
!�2�� ���
�
�-� �����
� �� &�>�
sua conferência anual, a empresa anunciou a maior
mudança de design do serviço em 5 anos. Agora, o
polêmico feed de notícias deixa de ser o protagonista,
e o queridinho da rede social se torna o segmento de
Grupos (é o Orkut fazendo escola?). Segundo Mark
Zuckerberg, mais de 1 bilhão de usuários mensais
entram nessa aba do aplicativo, e 400 mil deles já estão
��
/���� �
�� /��!� � �
� �� ��
� � �/�����
��� ¡-�
O objetivo agora é aumentar o tráfego, oferecendo mais
sugestões e ferramentas especiais para quem gerencia
essas comunidades. Além disso, o Marketplace, que já
tem mais de 800 milhões de usuários, vai ganhar mais
atenção e integração. Com isso, parece que há um
novo padrão se montando na rede social: sai o feed,
entra a segmentação, que pode ser uma boa porta para
monetização nos próximos anos. No mesmo evento,
·��~
�Y
�/�
��Y�����
���
���@�
�������&��
Y��~���
a privacidade, mas não deu muitos detalhes de como
vai proteger seus clientes daqui para frente. Evitar que
vazamentos de dados dos usuários aconteçam é um
bom começo.
¸&��������
�� !����
8�
�=�"
! =33
"
Y��
@-� �³-8�
$����/
-���-���
��
�=�±���������¤�����!
����-
O texto relata que uma rede social virtual realizará
sua maior mudança de design dos últimos anos.
Esse fato revela que as tecnologias de informação e
comunicação
A buscam oferecer mais privacidade.
B assimilam os comportamentos dos usuários.
C promovem maior interação em ambientes virtuais.
D oferecem mais facilidades para obter cada vez
mais lucro.
E ev�8�
�� !���� ����� ��� � !��
���� � ��� � ���� � �
outras.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 15 09/09/2021 17:41:01
16 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO16*
Questão 32
TEXTO I
HAZOUMÉ, R. Nanawax. Plástico e tecido. Galerie Gagosian, 2009.
Disponível em: www.actuart.org. Acesso em: 19 jun. 2019.
TEXTO II
As máscaras não foram feitas para serem usadas; elas
�����
�
�����!
�� ��� �!� �Y�8����
���
��!������� �
dos recipientes plásticos descartados e, ao mesmo tempo,
chamam a atenção para a quantidade de lixo que se
acumula em quase todas as cidades ou aldeias africanas.
&���*���>��-�Tudo sobre arte. Rio de Janeiro: Sextante, 2011 (adaptado).
Romuald Hazoumé costuma dizer que sua obra apenas
manda de volta ao oeste o refugo de uma sociedade de
consumo cada vez mais invasiva. A obra desse artista
africano que vive no Benin denota o(a)
A empobrecimento do valor artístico pela combinação
�
���@
�
�
���
���� $!���� -
B reposicionamento estético de objetos por meio da
mudança de função.
C convite aos espectadores para interagir e completar
obras inacabadas.
D militância com temas da ecologia que marcam o
continente africano.
E realidade precária de suas condições de produção
artística.
Questão 33
Comportamento geral
Você deve estampar sempre um ar de alegria
E dizer: tudo tem melhorado
Você deve rezar pelo bem do patrão
E esquecer que está desempregado
Você merece
Você merece
Tudo vai bem, tudo legal
Cerveja, samba, e amanhã, seu Zé
Se acabarem com teu carnaval
Você deve aprender a baixar a cabeça
E dizer sempre: muito obrigado
São palavras que ainda te deixam dizer
Por ser homem bem disciplinado
Deve pois só fazer pelo bem da nação
Tudo aquilo que for ordenado
%���/��"������@� ����������������8
����!8�����
�Y
�$���!��
���
GONZAGUINHA. Luiz Gonzaga Jr. Rio de Janeiro: Odeon, 1973 (fragmento).
Pela análise do tema e dos procedimentos
argumentativos utilizados na letra da canção composta
!��� �����/���"�� ��� ������� �
� �¤µ�>� ��@
�
$
� ��
objetivo de
A ironizar a incorporação de ideias e atitudes
conformistas.
B convencer o público sobre a importância dos deveres
cívicos.
C relacionar o discurso religioso à resolução de
problemas sociais.
D questionar o valor atribuído pela população às festas
populares.
E defender uma postura coletiva indiferente aos valores
dominantes.Questão 34
�
�@���!� ��
8>������$�
����
�=
— É lua cheia. A casa está vazia —
�����$�
����
�>�
���!���� �
*7��
��������� �!
�
�>�
���� ��
�
�
Me há de parecer teu rosto incerto.
�����$�
�Y� ����
�
� ������
Tão longo como a noite. Se é verdade
Que sem mim só vês monotonia.
E se te lembras do brilho das marés
De alguns peixes rosados
Numas águas
���� ��
� �!� ���8"��� >������$�
����
�=
— É lua nova —
E revestida de luz te volto a ver.
HILST, H. Júbilo, memória, noviciado da paixão. São Paulo: Cia. das Letras, 2018.
&�8����� ��� ��
��>� ��
�� 8������ �
�
8�$
� ����8������� ���
desejo que remete ao
A ceticismo quanto à possibilidade do reencontro.
B tédio provocado pela distância física do ser amado.
C sonho de autorrealização desenhado pela memória.
D julgamento implícito das atitudes de quem se afasta.
E qu
�����
�
�� �Y�
��� �/������������������
�
.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 16 09/09/2021 17:41:01
17LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO17*
Questão 35
O documentário O menino que fez um museu,
direção de Sérgio Utsch, produção independente de
brasileiros e britânicos, gravado no Nordeste em 2016,
mais precisamente no distrito Dom Quintino, zona rural
do Crato, foi premiado em Londres, pela Foreign Press
Association� �&%��>� �� � ����2��� �
� ����
!���
�
�
estrangeiros mais antiga do mundo, fundada em 1888.
De acordo com o diretor, O menino que fez um museu
foi o único trabalho produzido por equipes fora do eixo
�
��� ������ $����!��
�
�
�� ����8�
� -��������
�
7����
conta a história de um Brasil profundo, desconhecido
até mesmo por muitos brasileiros. É apresentado com o
���� ����
�%
����'��� �&
�
� �>������� -
Quando tinha 10 anos, Pedro Lucas criou o Museu
de Luiz Gonzaga, que fica no distrito de Dom Quintino.
A ideia surgiu após uma visita que o garoto fez, em
2013, quando tinha 8 anos, ao Museu do Gonzagão,
em Exu, Pernambuco. Pedro decidiu criar o próprio
lugar de exposição para homenagear o rei e o local
escolhido foi a casa da sua bisavó já falecida, que fica
ao lado da casa dele, na rua Alto de Antena.
Disponível em: www.opovo.com.br. Acesso em: 18 abr. 2018.
���
/����� !��7/��@�>� ���� ��
�2��� ������ ��
� ��
documentário “foi o único trabalho produzido por equipes
@�������
�<���
��� ������ $����!��
�
�
�� ����8�
� ¡-�
No texto, esse recurso expressa uma estratégia
argumentativa que reforça a
A originalidade da iniciativa de homenagem à vida e à
obra de Luiz Gonzaga.
B falta de concorrentes ao prêmio de uma das
associações mais antigas do mundo.
C proeza da premiação de uma história ambientada no
interior do Nordeste brasileiro.
D escassez de investimentos para a produção
���
��
�/�7�������
!
��
�
����!�� -
E importância da parceria entre brasileiros e britânicos
!�������
�8���2����� ��8��/
� -
Questão 36
A volta do marido pródigo
— Bom dia, seu Marrinha! Como passou de ontem?
— Bem. Já sabe, não é? Só ganha meio dia. […]
Lá além, Generoso cotuca Tercino:
¬� §¨©� ´���
�� @
�>� ����
� ��
$"��� >�
>� �������
chega, ainda é todo enfeitado e salamistrão!…
— Que é que hei de fazer, seu Marrinha… Amanheci
���� ���� �
���8/��¨� &���
�� ���� �� ��� �
� �!��"���
friagem…
— Hum…
— Mas o senhor vai ver como eu toco o meu serviço
e ainda faço este povo trabalhar…
[…]
Pintão suou para desprender um pedrouço, e teve de
pular para trás, para que a laje lhe não esmagasse um
pé. Pragueja:
— Quem não tem brio engorda!
— É… Esse sujeito só é isso, e mais isso… — opina
Sidu.
¬����Y��>�
����!����
8
� ���Y��>�
��������7��
�
�¨�
— diz Correia, suspirando e retomando o enxadão. —
“P’ra uns, as vacas morrem … p’ra outros até boi pega
a parir…”.
Seu Marra já concordou:
— Está bem, seu Laio, por hoje, como foi por doença,
eu aponto o dia todo. Que é a última vez!… E agora, deixa
�
�����
� �������
�����!
/�������@
����
�
�²
ROSA, J. G. Sagarana. Rio de Janeiro: José Olympio, 1967.
Esse texto tem importância singular como patrimônio
linguístico para a preservação da cultura nacional devido
A à menção a enfermidades que indicam falta de
cuidado pessoal.
B � ���
@
��������!��� �
��7�
<
��
� ���
������
������
a vida no campo.
C aos nomes de personagens que acentuam aspectos
de sua personalidade.
D ao emprego de ditados populares que resgatam
memórias e saberes coletivos.
E às descrições de costumes regionais que
�
��
��������
�2� �
� �!
�
�2�
-
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 17 09/09/2021 17:41:01
18 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO18*
Questão 37
O TATA CONTOU
SOBRE O CALUNGA, 0
MAR QUE NÃO ACABA.
NANA, SE A GENTE BEBER A
NSANGA E ENFRENTAR O CALUNGA,
PODEMOS FICAR JUNTOS LA NA
OUTRA TERRA.
LONGE DAQUI...
...LONGE DISSO TUDO.
1
2
3
4
5
6
D’SALETE, M. Cumbe-�����%��8�=�´
�
�>�����>�!-���$�������!
����-
A sequência dos quadrinhos conjuga lirismo e violência ao
A sugerir a impossibilidade de manutenção dos afetos.
B revelar os corpos marcados pela brutalidade colonial.
C representar o abatimento diante da desumanidade
vivida.
D acentuar a resistência identitária dos povos
escravizados.
E expor os sujeitos alijados de sua ancestralidade pelo
exílio.
Questão 38
Naquele tempo, Itaguaí, que, como as demais
vilas, arraiais e povoações da colônia, não dispunha de
imprensa, tinha dois modos de divulgar uma notícia; ou
por meio de cartazes manuscritos e pregados na porta da
Câmara, e da matriz; — ou por meio de matraca.
�� �
����
���� �
���
�
/������ �-����
��
���$
$
����"��
�>�!������������ ���� >�!����������� ���� �
do povoado, com uma matraca na mão. De quando em
�������
����������
����>��
����$
�/
�
>�
�
8
�����������
o que lhe incumbiam, — um remédio para sezões, umas
terras lavradias, um soneto, um donativo eclesiástico, a
melhor tesoura da vila, o mais belo discurso do ano, etc.
O sistema tinha inconvenientes para a paz pública; mas
era conservado pela grande energia de divulgação que
possuía. Por exemplo, um dos vereadores desfrutava a
reputação de perfeito educador de cobras e macacos, e
aliás nunca domesticara um só desses bichos; mas tinha
o cuidado de fazer trabalhar a matraca todos os meses.
�����
��� ���®���� ���
��8/��� �!
�� ����������
��
��
���� ����� ����2��������!
�
������
�
����¦������2���
!
�@
�
��
�
�@�8 �>��� � ���
��������Y �8�
��������2��
no sistema. Verdade, verdade, nem todas as instituições
do antigo regímen mereciam o desprezo do nosso século.
ASSIS, M. O alienista. Disponível em: www.dominiopubico.gov.br.
Acesso em: 2 jun. 2019 (adaptado).
O fragmento faz uma referência irônica a formas
de divulgação e circulação de informações em uma
8���8����
�
�� ��!�
� �-� ��� �
����� �� ������2�� ���
população no sistema da matraca, o narrador associa
esse recurso à disseminação de
A campanhas políticas.
B anúncios publicitários.
C notícias de apelo popular.
D � ��@����2�
�������
��/�� -
E serviços de utilidade pública.
Questão 39
No ano em que o maior clarinetista que o Brasil
���"
�
�>� �Y
8� &
��
���>� @����� ���� ��� >� �� �"���� �7�
mostras de vivacidade. É quase um paradoxo que essa
riquíssima manifestação da genuína alma brasileira seja
@��
��� ����
�
�!�������Y8�����@�8
���
����
�
��� ������� >�
a insensibilidade dos meios de comunicação e a amnésia
generalizada. “Ele trazia a alma brasileira derramada
em sua sonoridade ímpar. Artur da Távola, seguramente
�� ������ ���������>� @��� ��
�� �
8"��� �� �
����>� ¹�8���
sertaneja, toque mozarteano’”. O acervo do músico
autodidata nascido na mineira Coromandel, autor de 50
músicas, entre as quais Chorando baixinho (1942), que o
consagrou, amigo e parceiro de Pixinguinha, com quem
gravou Ingênuo (1958), permanece com os herdeiros à
espera de compilação adequada. O Museu da Imagem
e do Som do Rio de Janeiro tem a guarda do sax e do
clarinete, doados em 1995.
Na avaliação de Leonor Bianchi, editora da Revista
do Choro>� ����? ���� ��
���
�
�8� �����!��
���������
���
popular porque não vai à sala de concerto.O público em
geral tem interesse em samba, pagode e axé”. Ela atribui
essa situação à falta de conhecimento e à pouca divulgação
do gênero nas escolas.
&����·>��-��� !����
8�
�=�ZZZ-���
���!�
�8-���-Y�-�
Acesso em: 22 abr. 2015 (adaptado).
��� ��
�����$
������
<
�>���/�
���
���!?Y8���$�8��>�
os argumentos trazidos pela autora do texto buscam
A � �
��Y�������
���"
���
�
������Y����
��Y
8�&
��
����
ao ensino de música nas escolas.
B reivindicar mais investimentos estatais para a
preservação do acervo musical nacional.
C destacar a relevância histórica e a riqueza estética do
choro no cenário musical brasileiro.
D � �!�
�
��� ��� 8
�
��� ���� � Y��/�7��� � !�����
���"
���� � �Y�
���
���
������
��Y
8�&
��
���-
E constatar a impopularidade do choro diante da
preferência do público por músicas populares.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 18 09/09/2021 17:41:02
19LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO19*
Questão 40
Reaprender a ler notícias
Não dá mais para ler um jornal, revista ou assistir
a um telejornal da mesma forma que fazíamos
até o surgimento da rede mundial de computadores.
O Observatório da Imprensa antecipou isso lá nos idos
de 1996 quando cunhou o slogan “Você nunca mais vai
ler jornal do mesmo jeito”. De fato, hoje já não basta mais
ler o que está escrito ou falado para estar bem informado.
É preciso conhecer as entrelinhas e saber que não há
objetividade e nem isenção absolutas, porque cada ser
humano vê o mundo de uma forma diferente. Ter um pé
atrás passou a ser a regra básica número um de quem
passa os olhos por uma primeira página, capa de revista
ou chamadas de um noticiário na TV.
*7� ���� ��@
�
�2�� ��!��
��
�
�
�
� �
������� �
�
tudo e procurar ver o maior número possível de lados
�
�����
���@�
�>���������
�
�
�-��!
�� ��
�������
não resolve porque se trata de uma atitude passiva.
É claro, tudo começa com a dúvida, mas a partir dela
é necessário ser proativo, ou seja, investigar, estudar,
procurar os elementos ocultos que sempre existem numa
notícia. No começo é um esforço solitário que pode se
tornar coletivo à medida que mais pessoas descobrem
sua vulnerabilidade informativa.
Disponível em: www.observatoriodaimprensa.com.br. Acesso em: 30 set. 2015 (adaptado).
No texto, os argumentos apresentados permitem inferir
que o objetivo do autor é convencer os leitores a
A buscarem fontes de informação comprometidas com
a verdade.
B privilegiarem notícias veiculadas em jornais de grande
circulação.
C adotarem uma postura crítica em relação às
informações recebidas.
D questionarem a prática jornalística anterior ao
surgimento da internet.
E valorizarem reportagens redigidas com imparcialidade
diante dos fatos.
Questão 41
Não que Pelino fosse químico, longe disso; mas era
sábio, era gramático. Ninguém escrevia em Tubiacanga
que não levasse bordoada do Capitão Pelino, e mesmo
quando se falava em algum homem notável lá no Rio,
ele não deixava de dizer: “Não há dúvida! O homem
tem talento, mas escreve: ‘um outro’, ‘de resto’…”
E contraía os lábios como se tivesse engolido alguma
cousa amarga.
���������8���
���Y�����/�����
����$
����
!
�
���
o solene Pelino, que corrigia e emendava as maiores
glórias nacionais. Um sábio…
Ao entardecer, depois de ler um pouco o Sotero,
�� �������� �
� &�/�
��
��� ��� �� ��
��� '�!
>�
� �
�
��
passado mais uma vez a tintura nos cabelos, o velho
�
�
$
��8�� ���� ��/��� ��
�
� �
� �� �>� ���
��
�Y�
��������
��!�8
���
�Y�������
���>�
�
������"���$
$
�!������Y�
���������
� ���������� ��
�� ��
�!�� �-�
Conversar é um modo de dizer, porque era Pelino
������ �
� !�8���� >� 8���
����$
�
��$ ��
�
� �� �����-�
Quando, porém, dos lábios de alguém escapava a
menor incorreção de linguagem, intervinha e emendava.
“Eu asseguro, dizia o agente do Correio, que…” Por aí,
���
�
$
��8����
����"��������� �
��
�
���/�8���=�
“Não diga ‘asseguro’, Senhor Bernardes; em português
é garanto”.
E a conversa continuava depois da emenda, para ser
de novo interrompida por uma outra. Por essas e outras,
houve muitos palestradores que se afastaram, mas
Pelino, indiferente, seguro dos seus deveres, continuava
o seu apostolado de vernaculismo.
BARRETO, L. A Nova Califórnia. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br.
Acesso em: 24 jul. 2019.
���!��
���
���
��8��/��
���>����
@
����������$!������
!
8��!
� ���/
�������
����$
�!��
A contestar o ensino de regras em detrimento do
conteúdo das informações.
B resgatar valores patrióticos relacionados às tradições
da língua portuguesa.
C adotar uma perspectiva complacente em relação aos
desvios gramaticais.
D invalidar os usos da língua pautados pelos preceitos
da gramática normativa.
E desconsiderar diferentes níveis de formalidade nas
situações de comunicação.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 19 09/09/2021 17:41:02
20 LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 1ª Aplicação
*010475RO20*
Questão 42
Os linguistas têm notado a expansão do tratamento
informal. “Tenho 78 anos e devia ser tratado por senhor, mas
meus alunos mais jovens me tratam por você”, diz o professor
Ataliba Castilho, aparentemente sem se incomodar com a
informalidade, inconcebível em seus tempos de estudante.
O você, porém, não reinará sozinho. O tu predomina em
Porto Alegre e convive com o você no Rio de Janeiro e em
Recife, enquanto você é o tratamento predominante em São
Paulo, Curitiba, Belo Horizonte e Salvador. O tu já era mais
próximo e menos formal que você nas quase 500 cartas do
��
������$8��
��
�������
�
��2�������
� �
7���>����
�
��� �
�
� !�
� >� !�8�
��� �
� ��
�� � !
� ���8����
� ��� ���8� ���
século XIX e início do XX.
�� !����
8�
�=�"
!=33�
��
�!
��� �-@�!
!-Y�-���
��
�=�����Y�-����������!
����-
���
<
�>����
�
�$
���
�� �� � ��
�!�����
�������������
longo do tempo e que atualmente têm empregos diversos
pelas regiões do Brasil. Esse processo revela que
A a escolha de “você” ou de “tu” está condicionada à
idade da pessoa que usa o pronome.
B a possibilidade de se usar tanto “tu” quanto “você”
caracteriza a diversidade da língua.
C o pronome “tu” tem sido empregado em situações
informais por todo o país.
D a ocorrência simultânea de “tu” e de “você” evidencia a
inexistência da distinção entre níveis de formalidade.
E o emprego de “você” em documentos escritos demonstra
que a língua tende a se manter inalterada.
Questão 43
O solo A morte do cisne, criado em 1905 pelo russo
��~"��8�&�~��
���!��
��� ����? ����������!� �
��� @���� �
����88
�����
$��
� >��
��
����?8
���������
������ �
���
�
�
�����
�-�����
� ������/���8>�����Y��8�����������/������
impecavelmente branco e na ponta dos pés interpreta toda
a agonia da ave se debatendo até desfalecer.
Em 2012, John Lennon da Silva, de 20 anos, morador
do bairro de São Mateus, na Zona Leste de São Paulo,
8�Y��������������
�
���
����2��������
�/���������
�8������
pela bailarina Anna Pavlova. No lugar de um colã e das
sapatilhas, vestiu calça jeans, camiseta e tênis. Em vez
de balé, trouxe o estilo popping da street dance. Sua
apresentação inovadora de A morte do cisne, que foi ao ar
no programa Se ela dança, eu danço, virou hit no YouTube.
Disponível em: www.correiobraziliense.com.br. Acesso em: 18 jun. 2019 (adaptado).
A forma original de John Lennon da Silva reinterpretar a
���
�/������
�A morte do cisne demonstra que
A a ���!� �2��� ��� ���
�/����� @��� ��\�
������� !
8��
��8"������/�����-
B a ����2��� ��
�
���� �� Y
�
������� !
8��
����
���
de modelos oriundos de diferentes realidades
socioculturais.
C a variação entre os modos de dançar uma
mesma música evidencia a hierarquia que marca
manifestações artísticas.
D a formação erudita, à qual o dançarino não teve
acesso, resulta em artistas que só conhecem a
estética da arte popular.
E a ��
�!�
�2��>� !��� "��
� >� �
� ���
�/���� �
originalmente concebidas para mulheres exige uma
adaptação complexa.
Questão 44
Seus primeiros anos de detento foramdifíceis; aos
poucos entendeu como o sistema funciona. Apanhou
dezenas de vezes, teve o crânio esmagado, o maxilar
�
8�����>�Y��2� �
�!
��� ���
Y���� ¦�!�����>��������
�����8
����������!
�����������@�����/�������8��
��
����
pavilhão. Nem todas as vezes ele soube por que apanhou,
muito menos da última, quando foi deixado para morrer,
mas sobreviveu. Seu corpo, moído no inferno, aguarda
�� ��� �� �
� � ��� -� ¯7� ���� ��
����� ��� -� �Y
�
�
-�
Cumpre as ordens. Baixa a cabeça e se retira. Apanha,
às vezes com motivo, às vezes sem. Por onde passou,
derramaram seu sangue. Seu rastro pode ser seguido.
Intriga ter sobrevivido durante tantos anos. Pouquíssimos
chegaram à terceira idade encarcerados.
MAIA, A. P. Assim na terra como embaixo da terra. Rio de Janeiro: Record, 2017.
A narrativa concentra sua força expressiva no manejo de
�
��� � �@����� �
�������
!�
�
�2����������8���
A buscam perpetuar visões do senso comum.
B trazem à tona atitudes de um estado de exceção.
C promovem a interlocução com grupos silenciados.
D inspiram o sentimento de justiça por meio da empatia.
E recorrem ao absurdo como forma de traduzir a realidade.
Questão 45
– O senhor pensa que só porque o deixaram morar
neste país pode logo ir fazendo o que quer? Nunca ouviu
falar num troço chamado autoridades constituídas? Não
sabe que tem de conhecer as leis do país? Não sabe
que existe uma coisa chamada Exército Brasileiro, que
o senhor tem de respeitar? Que negócio é esse? [...] Eu
ensino o senhor a cumprir a lei, ali no duro: “dura lex”!
�
� ��8"� � ����� ���8
��
�
���
����
����
�
�� ��Y
��
que andaram incomodando o General, vai tudo em cana.
�����«� �
�� �����
��
��� /���/� � @
�
�� ��
�"��-� §---©� &���
então que a mulher do vizinho do General interveio:
– Era tudo que o senhor tinha a dizer a meu marido?
���
8
/�����!
�� ��8"��$�>�
!��
�����������
�
���
�
�-�
»�%�� �
�
������
� �Y
������
�
��
��Y���
��
��
���
�!� �
�������
�"��-��
���������������/���/���
���
� ��8"� �
são moleques. Se por acaso importunaram o General,
ele que viesse falar comigo, pois o senhor também está
�� � ��!��
������-� �� ���
� �Y
���� ��
� ��� Y�� �8
���>�
sou prima de um Major do Exército, sobrinha de um
�����
8>�
� �8"�� �
� ��� �
�
��8²� �����«� �
���
����>� ��
delegado só teve força para engolir em seco e balbuciar
humildemente: – Da ativa, minha senhora?.
������>�&-�����8"
����������"�-���=�Os melhores contos. Rio de Janeiro: Record, 1986.
A representação do discurso intimidador engendrada no
fragmento é responsável por
A ironizar atitudes e ideias xenofóbicas.
B conferir à narrativa um tom anedótico.
C dissimular o ponto de vista do narrador.
D acentuar a hostilidade das personagens.
E exaltar relações de poder estereotipadas.
Rosa LC CH 1 Dia P1.indb 20 09/09/2021 17:41:02
LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES SEGUINTES:
1. Este CADERNO DE QUESTÕES contém 90 questões numeradas de 01 a 90 e a Proposta de Redação,
dispostas da seguinte maneira:
a) questões de número 01 a 45, relativas à área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias;
b) Proposta de Redação;
c) questões de número 46 a 90, relativas à área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
ATENÇÃO: as questões de 01 a 05 são relativas à língua estrangeira. Você deverá responder apenas
às questões relativas à língua estrangeira (inglês ou espanhol) escolhida no ato de sua inscrição.
2.� ��������
�������
����
�
������
���� ���
�
����
����������������������
����
��������
com as instruções anteriores. Caso o caderno esteja incompleto, tenha defeito ou apresente qualquer
divergência, comunique ao aplicador da sala para que ele tome as providências cabíveis.
3. Para cada uma das questões objetivas, são apresentadas 5 opções. Apenas uma responde
corretamente à questão.
4. O tempo disponível para estas provas é de cinco horas e trinta minutos.
5.� �
��
�
�!�� ����
�
�!����!�
��"
��������#�$���%�����
���&�'*���������+#�-�
6. Os rascunhos e as marcações assinaladas no CADERNO DE QUESTÕES não serão considerados na
avaliação.
7.� ���
�
�
���������/��� �� ��
��2�
�
��� ���
� ����&�'*���������+#�-�
8. Quando terminar as provas, acene para chamar o aplicador e entregue este CADERNO DE QUESTÕES
�������#�$���%����3&�'*���������+#�-�
9. Você poderá deixar o local de prova somente após decorridas duas horas do início da aplicação e
!��
�7�8
����
��������������������������
�<���
���
���
������ �8���
�!������� �30 minutos
que antecedem o término das provas.
ATENÇÃO=�
��� ��
������
!�2���!��!���������
������#�$���%����>
���� �����8�/������ ��8>���� ��
������� �8
�� ����? ��8� �
����? ��8� >���
/���
�@��
=
As gentes vãs, que não nos entenderam
EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROVA DE LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS E REDAÇÃO
PROVA DE CIÊNCIAS HUMANAS E SUAS TECNOLOGIAS
*010475RO1*
_Rosa LC CH 1 Dia P2.indb 1 14/09/2021 16:32:52
2
*010475RO2*
LC - 1° dia | Caderno 4 - ROSA - 2ª Aplicação
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
Questão 01
A Guide to Harvard “A Cappella!”
A cappella is such a big deal on all college campuses
these days, I thought I’d write a post about what Harvard
"� �
���J
��K !��8
���8
�
=����M�����
��W8M�
�8
�
��/���! XY�
There are so many groups that we have a cappella jams
fairly often, and it’s always a good time to go hear the
other groups perform.
Some of my favorite memories are hanging out with
my a cappella group members both on campus and around
"
�����
�M�K���� ����
"
�Z��8�������/����� ���
��
���YX-�
The Harvard a cappella community is absurdly diverse
and talented – I think every Harvard student should take
�����
�/
��@��88�Z
�"��
�������!� �����/��
��� "�ZY
�� !��[�
8�
�=�"
! =33��88
/
-"������-
��-���
��
�=�\\��
]-�^_\`�K���!
���X-
A expressão “a cappellaz� �����
��]�� �� �
�� �
� ���
���
sem o acompanhamento de instrumentos musicais.
A expressão “big deal”, usada com relação a esse tema,
indica que
A a universidade contrata estudantes para participarem
de competições a cappella.
B os estudantes assinam acordos lucrativos para
integrarem grupos a cappella.
C a atividade de cantar a cappella� {� ��8���]����!
8� �
comunidades acadêmicas.
D � � � /����
�
�8
�
� � �
� *������� @�]
�� !��
� �
�
grupos a cappella.
E os maiores grupos a cappella�
��� 8���8�]��� �
��
Harvard.
Questão 02
Anyway
You can spend your whole life building
Something from nothin’
One storm can come and blow it all away
Build it anyway
You can chase a dream that seems so out of reach
And you know it might not ever come your way
Dream it anyway
[…]
�"� �Z��8�� �/��
����]M������
� �"����
��W
8�
�
That tomorrow will be better than today
Believe it anyway
You can love someone with all your heart
&����88�
"
���/"
��
� ��
In a moment they can choose to walk away
Love ’em anyway
McBRIDE, M. Disponível em: www.elyrics.net. Acesso em: 8 fev. 2013 (fragmento).
Com base na palavra “anyway”, que é título da canção,
entend
$
���
���@��/�
�
�
A destaca o valor das construções sólidas.
B revela o temor pelos rumos da humanidade.
C � ���!��
�8"�����
�
]���
����@�
����
������8�-
D expõe a descrença nas relações amorosas.
E in�
�
������!
� �
����������
��� ������8���
-
Questão 03
How On-line Gamers are Solving Science’s
Biggest Problems
��� !�!
�>� /��
� � ���� ��
�
�
� ���
� �� W�]���
�
union. But in reality, their two worlds aren’t leagues apart:
both involve solving problems within a given set of rules.
�
�
������8M � >�@�����
���
>�� ��W��
������/�
��
��
�
and patterns among seemingly random clusters of data.
&���
�
"
����8M � �� ���!�
��$ !�
��/�/��
�
"�
�8��� �
like Candy Crush, and, while aligning patterns and scoring
points, players can also be hunting for mutations that
���
�����
�>��8]"
��
�� ���
�
�������W
-
“Our brains are geared up to recognise patterns”,
says Erinma Ochu, a neuroscientist at the University
of Manchester, explaining why scientists