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Discipulado 
Novos na Fé 
 
 
Sumário 
 
1 – IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL ....................... 1 
 
2 - A BÍBLIA SAGRADA: A PALAVRA DE DEUS ............. 5 
 
3 - SOU PECADOR ........................................................... 10 
 
4 - DEUS, JESUS E ESPÍRITO SANTO ........................... 13 
 
5 - SALVAÇÃO, POSSO TER CERTEZA? ....................... 21 
 
6 - OS SACRAMENTOS .................................................... 26 
 
7 - SANTIFICAÇÃO: DEIXANDO AS COISAS VELHAS . 33 
 
8 - O DÍZIMO ...................................................................... 35 
 
9 - LIÇÃO DA MORDOMIA ............................................... 41 
 
10 - A IGREJA E OS DONS DO ESPÍRITO ...................... 43 
 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 1 
 
1 – IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL 
 
 
1. ORIGEM HISTÓRICA: 
Martinho Lutero (Alemanha) 1517 = 95 teses; 
João Calvino (Suíça) 1509 – 1564; 
John Knox (Escócia) 1514 – 1572; 
Movimento Missionário do séc. XIX; 
Ashbel Green Simonton (Pensilvânia) 20/01/1833 – 09/12/1867; Chega ao Brasil (RJ) em 
12/08/1859; 
1ª EBD no Brasil em 22/04/1860; Organizada a 1ª IPB no RJ em 1862. 
 
2. ORGANIZAÇÃO E GOVERNO: 
O termo “presbiteriano” é referente à forma de governo adotada pela igreja: presbiterial. 
➢ Presbíteros – Anciãos, idosos, experientes (At 11.30; 14.23; 15.2; 20.17; 1Tm 5.17; Tt 
1.5; Tg 5.14; 1Pe 5.1); Presbíteros regentes / Presbíteros docentes (Ensino). 
➢ Diáconos (Diakonia) – Serviço; mordomos (At 6.1-6; 1Tm 3.8; 3.10, 12-130. 
 
3. CONCÍLIOS DA IPB: 
➢ Conselho da Igreja - Governo local, formado pelo pastor (ou pastores) e presbíteros, 
exercendo o poder de forma REPRESENTATIVA; 
➢ Presbitério - Concílio regional, formado por várias Igrejas Presbiterianas de uma 
determinada região. 1 Tm 4.14; 
➢ Sínodo – Concílio Regional, formado por vários presbitérios de uma determinada 
região; 
➢ Supremo Concílio - Órgão máximo da IPB, formado por todos os Sínodos, Presbitérios 
e Igrejas do Brasil, bem como seus demais setores, dentro e fora do país. 
 
4. CONFESSIONALIDADE 
Símbolos de Fé da IPB – Catecismo Maior, Catecismo Menor e Confissão de Fé. 
 
5. SOCIEDADES INTERNAS DA IPB: 
UCP – União de Crianças Presbiterianas, UPA – União Presbiteriana de Adolescentes, 
UMP – União de Mocidade Presbiteriana, SAF – Sociedade Auxiliadora Feminina, 
UPH – União Presbiteriana de Homens. 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 2 
 
6. CÓDIGO DE DISCIPLINA DA IPB: 
➢ Membros – Comungantes (batismo e profissão de fé) e não-comungantes (batismo na 
infância, menores de 18 anos). 
➢ Faltas - Pessoais: atingem o indivíduo; Gerais: atingem a coletividade; Públicas: 
tornam-se notórias; Veladas: desconhecidas da comunidade. 
➢ Penalidades - Admoestação (verbal ou escrito, reservadamente); Afastamento da 
comunhão (por tempo indeterminado); Exclusão; Deposição (destituição de pastor, 
presbítero ou diácono). 
Constituição e Código de Disciplina: Manual Presbiteriano, Manual das Sociedades 
Internas. 
 
7. SOMOS CRISTÃOS HISTÓRICOS 
A igreja Presbiteriana do Brasil faz parte da Igreja de Jesus Cristo sobre a face da Terra. Nossa fé 
está baseada nos ensinos de Jesus Cristo e dos Apóstolos, e proclamamos o senhorio de Jesus 
sobre tudo e sobre todos. Fundamentado nos mesmos princípios da fé da Igreja do Novo 
Testamento, o presbiterianismo nasceu durante o movimento da Reforma Protestante do século 
XVI, iniciado com Martinho Lutero, na Alemanha, e estabelecido na Europa pelo trabalho de João 
Calvino e João Knox. Assim como outras Igrejas protestantes nascidas no mesmo período, a Igreja 
Presbiteriana elaborou, em 1647, a sua confissão de fé, chamada Confissão de Fé de Westminster, 
e os seus catecismos, que expõem com clareza os fundamentos de sua fé. O presbiterianismo 
chegou ao Brasil em 1859, pelo trabalho do jovem missionário norte-americano Ashbel Green 
Simonton e desde então, temos crescido em número e na graça e no conhecimento de nosso 
Senhor Jesus Cristo. 
8. SOMOS CRISTÃOS REFORMADOS 
O movimento reformado é o ramo do protestantismo que surgiu na Suíça do século 
dezesseis, tendo como líderes originais Ulrico Zuínglio, em Zurique, e especialmente João 
Calvino, em Genebra. Nós damos maior importância para Calvino do que para Zwinglio ou 
Lutero pois ele foi o responsável por organizar didaticamente as ideias da Reforma 
Protestante como nenhum outro. Através de seus comentários blblicos e de seu livro mais 
conhecido, Instituições da Religião Cristã, Calvino foi mais longe do que todos os seus 
antecessores. 
E interessante que a grande marca dos reformados no mundo até hoje é a sua maneira de 
pensar e ser Igreja no mundo a partir da Biblia. Basicamente a grande diferença no 
pensamento dos cristãos reformados é a finne convicção na soberania de Deus. Ser um 
cristão reformado é olhar a vida com as lentes do controle total de Deus sobre todas as 
coisas. Deus não é apenas soberano na salvação, mas na política, no trabalho, na família, 
nos relacionamentos e em cada detalhe dos acontecimentos da história. 
Além disso, a Igreja reformada existe em todos os continentes e sempre se caracteriza 
aonde chega pela desejo de estudar as Escrituras e viver para a glória de Deus no mundo. 
Boa parte do desenvolvimento religioso, político, social e econômico do Ocidente foi 
moldado pela visão de cristãos envolvidos em todas as áreas do saber humano. Na época 
da reforma protestante os cristãos desenvolveram 5 pilares da fé reformada: 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 3 
 
➢ Sola Scriptura - somente a Escritura pode moldar nossa visão sobre Deus e normatizar 
nossa vivencia no mundo; 
➢ Sola fide - somente a fé em Cristo é capaz de nos aproximar de Deus; o nosso esforço 
pessoal ou boas obras não podem comprar nem contribuir para a nossa salvação; 
➢ Solo Christus - somente Cristo é suficiente para nos salvar do pecado, da morte e do 
juízo de Deus, pois ele é o nosso substituto que morreu na cruz. Nem a Igreja, Maria, 
santos ou qualquer outra pessoa pode mediar nossa relação com Deus, apenas Cristo 
é a ponte que nos leva para os braços do Pai; 
➢ Sola Gratia - somente a graça de Deus sendo dada como um presente pode salvar o 
ser humano de sua perdição. Não há iniciativa no próprio homem para se salvar; se 
Deus não fosse até nós, estaríamos para sempre perdidos; 
➢ Soli Deo gloria - somente a Deus devemos toda a glória, pois Ele é bom e amoroso. 
Toda respiração, pensamento, atitude e desejo devem ser elevados para glorificar o 
nome de Deus e de Cristo. 
 
9. SOMOS BÍBLICOS 
Nós cremos e aceitamos a Bíblia como Palavra de Deus. Afirmamos que somente a Bíblia 
pode mostrar a vontade de Deus para a nossa vida e, por isso, é a única regra plenamente 
válida para a nossa fé e nossa prática. Consideramos falsa qualquer doutrina ou atitude 
que possa contrariar o ensino da Palavra de Deus. 
Como cristãos bíblicos, reconhecemos como fundamentais os seguintes princípios da 
palavra de Deus: 
➢ Na Existência de um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo. 
➢ Na soberania de Deus, na criação, revelação, redenção e juízo final. 
➢ Na inspiração divina das Escrituras, veracidade e integridade da Bíblia, tal como 
revelada originalmente e sua suprema autoridade em matéria de fé e conduta. 
➢ Na pecaminosidade universal e culpabilidade de todos os homens, desde a queda de 
Adão, pondo-os sob a ira e condenação de Deus. 
➢ Na redenção da culpa, pena, domínio e corrupção do pecado, somente por meio da 
morte expiatória do Senhor Jesus Cristo, o Filho encarnado de Deus, nosso 
representante e substituto. 
➢ Na ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo e sua ascensão à direita de Deus Pai. 
➢ Na missão pessoal do Espírito Santo no arrependimento, na regeneração e a 
santificação dos cristãos. 
➢ Na justificação do pecador somente pela graçade Deus, por meio da fé em Jesus 
Cristo, como único mediador entre Deus e os homens. 
➢ Na única Igreja, Santa e Universal, que é o corpo de Cristo, a qual todos os cristãos 
verdadeiros pertencem e que na terra se manifesta nas congregações locais. 
➢ Na segunda vinda do Senhor Jesus Cristo em corpo glorificado e na consumação do 
Seu reino naquela manifestação. 
➢ Na ressurreição dos mortos, vida eterna dos salvos, e condenação eterna dos injustos. 
 
 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 4 
 
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 DISCIPULADO VIDA NOVA 5 
 
2 - A BÍBLIA SAGRADA: A PALAVRA DE DEUS 
Leia os textos: 2Tm.3.16,17 e 2Pe.1.21. 
 
1. DEFINIÇÃO 
Chama-se de Bíblia ou Escritura Sagradas o conjunto de livros sagrados que foram escritos 
por homens inspirados pelo Espírito Santo. A palavra Bíblia deriva-se de um vocábulo que 
significa “livros” (biblos). 
A Bíblia é constituída de duas partes: o Velho Testamento ou Antigo Testamento que 
compreende 39 livros, e descreve a história da criação do povo de Deus (Israel) até a vinda 
do Messias (Jesus) e o Novo Testamento, que contém 27 livros e descreve a história da 
vinda do Messias, sua morte e ressurreição, a história dos apóstolos e demais discípulos e 
a história da Igreja primitiva e a Segunda vinda de Cristo. Ao todo, a Bíblia compõe-se de 
66 livros inspirados. Os livros do AT. foram escritos na língua hebraica. Os do Novo 
Testamento foram escritos na língua grega. Tanto o Velho quanto no Novo Testamento há 
alguns pequenos textos escritos em aramaico. 
 
2. DIVISÃO 
➢ ANTIGO TESTAMENTO 
1º Livros da Lei - (Pentateuco), Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio. 
2º Históricos - Josué, Juizes, Rute, I e II Samuel, I e II Reis, I e II Crônicas, Esdras, 
Neemias, Ester. 
3º Poéticos - Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares. 
4º Profetas Maiores - Isaias, Jeremias, Lamentações, Ezequiel e Daniel. 
5º Profetas Menores - Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, 
Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. 
 
➢ NOVO TESTAMENTO 
1º Evangelhos (biografias) - Mateus, Marcos, Lucas, João. 
2º Históricos - Atos dos apóstolos. 
3º Epístolas Paulinas - I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossesnses, I e II 
Tessalonissenses, I e II Timóteo, Tito, Filemon. 
4º Epístolas Gerais - Tiago, I e II Pedro, I, II e III João, Judas. 
5º Proféticos – Apocalipse. 
Obs: Quanto à Epístola aos Hebreus, não se tem uma certeza de sua autoria. Há os que 
atribuem sua autoria a Paulo ou a outros. 
 
 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 6 
 
3. REVELAÇÃO, INSPIRAÇÃO, ILUMINAÇÃO, AUTORIDADE E 
SUFICIÊNCIA 
A Bíblia é um livro divino-humano, assim como Cristo também é o infinito eterno Deus- 
homem. Deus utilizou homens especialmente separados para este fim e os inspirou a 
escrever o que fosse da sua vontade. Três palavras são usadas para entendermos melhor 
o registro e ensino da Bíblia como palavra de Deus. 
➢ REVELAÇÃO - “É o ato de Deus pelo qual Ele se deu a conhecer ao homem, por 
seu estado de pecado, o homem jamais chegaria a conhecer Deus” (Is 59:2, Rm 
6:23). 
➢ INSPIRAÇÃO – A origem da Escritura está em Deus e não no homem. Deus, em sua 
infinita graça, insprou homens de várias culturas e em várias épocas da história para 
transcrever a sua Palavra. É a influência do Espírito Santo, que guiou escritores para 
registrarem facilmente os atos e as palavras do plano de Deus para a salvação. (2Tm 
3:16,17; 2Pe 1:21). 
➢ ILUMINAÇÃO - É a ação do Espírito Santo na mente do homem, a fim de compreender 
as vontades reveladas. Sem iluminação, o pecador jamais chegaria a conhecer a 
verdade revelada (I Co 2:14; 1:18) o Espírito Santo é capaz de ensinar o crente (Jo 
14:26). 
➢ AUTORIDADE - Unanimemente as Igrejas evangélicas sustentam que a “Bíblia é a 
regra de fé e prática, única e infalível do cristão”. Isto significa que nela encontramos 
toda orientação, tanto para a nossa fé, quanto para a nossa conduta; é a base da 
doutrina e da vida do crente. 
a. Ela fala em nome de Deus: Is.1:2 ; Mt.4:4. A frase: “assim diz o Senhor” ou 
equivalente, aparece mais de 2.000, vezes no Antigo Testamento. 
b. Jesus e os apóstolos apelarampara as Escrituras. Lc.10:25,28; 16.29 ; I Jo.3:12. 
c. Os fariseus foram surpreendidos por Cristo por darem maior valor às suas tradições: 
“Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. Em vão me 
adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. Negligenciando o 
mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens.” Mc 7:6-8. 
d. Acréscimo e decréscimo são rigorosamente proibidos: Ap.22:18; Dt.4:2. 
➢ SUFICIÊNCIA – A suficiência das Escrituras é uma das doutrinas fundamentais na 
Igreja de Cristo. Quando afirmamos que a Escritura é suficiente, estamos dizendo que 
a Bíblia contém tudo o que precisamos saber da parte de Deus para a nossa salvação. 
Essa doutrina ensina que não precisamos e não devemos buscar outras fontes sobre 
Deus e sua redenção fora da Escritura, pois ela é plenamente suficiente para nos revelar 
toda a sua vontade naquilo que Ele exige. Toda suposta igreja que deixa a Escritura de 
lado e vai atrás de outras fontes de revelação, constitui-se seita, pois a verdadeira Igreja 
de Jesus Cristo crê apenas nas Escrituras como Palavra de Deus e sabe que ela é 
suficiente para nos dar todo o conhecimento necessário para a salvação. 
 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 7 
 
4. POR QUE CRER NA BÍBLIA? 
Crer na Bíblia como a própria palavra de Deus é fundamental. Sem uma voz clara para 
dirigir os nossos caminhos, qualquer caminho será possível, inclusive os errados. Para que 
não haja dúvidas em sua mente escolhemos 6 critérios pessoais que te ajudaram a crer 
com o coração que a Bíblia é Palavra de Deus. Todos eles tem a ver com o testemunho 
interno que o Espírito Santo faz da palavra de Deus em nossos corações: 
1) Ela fala ao meu coração: Salmo 19.7-10; 
2) Ela alimenta o meu ser: Deuteronômio 8.3; 
3) Ela nos apresenta quem Deus realmente é: João 4.24, I João 4.7-8; 
4) Ela fala a verdade sobre Jesus Cristo: Hebreus 1.2, João 14.6; 
5) Ela é inspirada por Deus: 2Tm 3.16-17; 
6) Ela muda a minha vida: 2Tm 3.15, Salmo 119.11; 
5. O CÂNON DA BÍBLIA E OS LIVROS APÓCRIFOS 
Que livros fazem parte da Bíblia? Que diremos a respeito dos chamados livros apócrifos? 
Como foi que a Bíblia veio a ser composta de 66 livros? 
Essas são perguntas que fazem respeito ao Cânon das Escrituras. O cânon é a lista de 
todos os livros que pertencem à Bíblia. 
➢ Cânon - grego kanõn ("cana, régua"), hebraico kaneh "vara ou cana demedir" (Ez 40.3). 
“Cânone” vem de “medida ou dimensão”. Um livro canônico é aquele que mede até o 
padrão das Escrituras. Para que possamos confiar em Deus e obedecer a ele de modo 
absoluto. Precisamos de uma coleção de palavras sobre as quais temos certeza serem 
as palavras do próprio Deus para nós. 
A canonização é o processo pelo qual a Bíblia recebeu sua aceitação definitiva, 
referindo-se a padrão ou regra de conduta (Gl 6.16). 
Nunca deixaram de existir falsos livros e falsas mensagens. Por representarem ameaça 
constante, fez-se necessário que o povo de Deus revisse cuidadosamente sua coleção 
de livros sagrados. São discerníveis cinco critérios básicos, presentes no processo 
como um todo . 
➢ O livro é autorizado? Afirma vir da parte de Deus? - Para um livro pertencer ao 
cânon, é absolutamente necessário que ele tenha autoridade divina. 
Se as palavras do livro são palavras de Deus (embora de autores humanos), e se a 
igreja primitiva, sob a direção dos apóstolos, preservou o livro como parte das 
Escrituras, então o livro pertence ao cânon. Mas se as palavras do livro não são 
palavras de Deus, ele não pertence ao cânon. Se for provado que um escrito foi 
produzido por um apóstolo, então sua autoridade divina absoluta se estabelece 
automaticamente. Dessa forma, a igreja primitiva aceitou de imediato como parte do 
cânon os ensinos escritos dos apóstolos que estes desejaram preservar como 
Escrituras. Para alguns livros (Marcos, Lucas e Atos, e talvez Hebreus e Judas 
também), a igreja tinha, pelo menos em algumas áreas, o testemunho pessoal de 
alguns apóstolos vivos para confirmar a autoridade divina absoluta destes livros. 
➢ É profético? foi escrito por um servo de Deus? - Os conteúdos eram por natureza 
reveladores? 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 8 
 
➢ É digno de confiança? - fala a verdade acerca de Deus, do homem etc? 
➢ É dinâmico? - Possui o poder de Deus que transforma vidas? Há capacidade do texto 
de transformar vidas: "... a palavra de Deus é viva e eficaz..." (Hb 4.12). O resultado é 
que ela pode ser usada "para ensinar, para repreender, para corrigir, para instruir em 
justiça" (2Tm 3.16,17). 
➢ É aceito pelo povo de Deus para o qual foi originariamente escrito? É reconhecido 
como proveniente de Deus? A marca final de um documento escrito autorizado é seu 
reconhecimento pelo povo de Deus ao qual originariamente havia destinado. Se 
determinado livro fosse recebido, coligido e usado como obra de Deus, pelas pessoas 
a quem originariamente se havia destinado, ficava comprovada a sua canonicidade. 
Algumas pessoas tem a Bíblia católica e percebem que ela é um pouco maior. Eles estão 
certos. A versão católica da Bíblia contém alguns livros apócrifos que a Bíblia protestante 
não tem. Apócrifo é um livro não inspirado por Deus. Quais são os livros apócrifos? No total 
são doze (12): I e 2 Esdras, Tobias, Judite, Baruque, Sabedoria, Eclesiástico, acréscimos 
em Ester e Daniel, Oração de Manassés e I e 2 Macabeus. Por que não os aceitamos como 
palavra de Deus? 
Para responder essa pergunta, quatro coisas podem ser ditas: 
➢ Embora sejam considerados bons documentos históricos e devocionais, são escritos 
puramente humanos, 2Macabeus, por exemplo, não se diz inspirado, pois pede 
desculpas se errou em alguma coisa. Neste caso, esses livros não servem para orientar 
nossas vidas. 
➢ Eles são contraditórios com boa parte das Escrituras, possuem informações erradas, e 
às vezes incentivam o povo de Deus em coisas que o próprio Deus proíbe, como oração 
pelos mortos; 
➢ Os judeus não os aceitaram como parte do Antigo Testamento; 
➢ Não eram reconhecidos pela maioria dos primeiros cristãos como inspirados. 
Relendo este capítulo, um amigo me lembrou que um dos principais pais da Igreja, 
Jerônimo (347-420 d.C), diz no prefácio da Vulgata 7 que os apócrifos não são livros 
canônicos, portanto, não devem fundamentar doutrinas. Estes doze livros a mais foram 
considerados canônicos pela Igreja Católica Apostólica Romana apenas no século XVI, no 
Concílio de Trento, de modo que não foram os protestantes que excluíram tais livros, foram 
os católicos que os acrescentaram. 
 
6. A IMPORTÂNCIA DA LEITURA DA BÍBLIA 
Você já passou vergonha por não achar um livro ou uma passagem em sua Bíblia? 
Normalmente, manejamos com mais facilidade aquilo que nos é familiar, que conhecemos 
bem. Só maneja bem a Bíblia quem se importa com ela e se dedica na sua leitura. 
Sustentamos que a leitura da Bíblia é fator seguro para avaliação da vida espiritual do 
crente. Sua leitura regular deve ser feita com muita atenção e reverência, ou a negligência 
desse dever, indica com muita segurança, o crente espiritualmente forte ou fraco. Ela nos 
torna sábios para salvação, pois contém toda a sabedoria de Deus revelada, ilumina e faz 
prosperar (Js 1.8; Sl 119.130). 
 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 9 
 
7. PRINCÍPIOS PARA A LEITURA DA BÍBLIA 
➢ Leia regularmente e com atenção a sua Bíblia - Isto é, leia todos os dias, ela é um 
alimento para nossa alma. Assim como o corpo precisa de alimento material, nossa 
alma precisa de alimento espiritual. Veja as palavras de Jesus em Mateus 4:4, não 
deixe de ler a Bíblia um dia sequer. Leia ainda Ap 1:3. 
➢ Leia metodicamente sua Bíblia - Neste ponto daremos duas recomendações 
necessárias: 1 - leia cada livro do princípio ao fim. Não adquira o hábito de satisfazer-
se apenas com versículosisolados da Bíblia, isto não bastará para o seu alimento de 
cada dia. 2 - Leia começando dos livros mais simples para os mais difíceis. 
➢ Leia reverentemente sua Bíblia - Dependemos da iluminação do Espírito Santo para 
podermos entender o que estamos lendo e faz-se necessário que tenhamos reverência 
e humildade para que o Espírito Santo tenha plena liberdade de ação em nós, para que 
possamos entender e praticar a palavra lida. 
 
8. CONCLUSÃO 
A Escritura deve ser posta em prática. É um livro dinâmico que exala o amor, a vida e a 
graça de Deus. Os que constroem suas vidas sobre essa Palavra certamente estarão 
construindo sobre a Rocha. Conheça, anuncie a Palavra a todos os homens, ame-a. 
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3 - SOU PECADOR 
1. DEFINIÇÃO 
Nosso primeiros pais, Adão e Eva, quebraram a aliança de amor e amizade com Deus. A 
Bíblia declara que todos os homens se tornaram pecadores através do pecado de Adão, o 
representante da raça umana, o pai da humanidade. Quando Adão desobedecer a Deus, 
ele matou-se juntamente com toda a sua descendência. Hoje vivemos independentes de 
Deus, caminhamos com as nossas próprias pernas. Somos pecadores rebeldes. Quando 
pecamos é como se estivéssemos dizendo para Deus: “Eu posso viver sem você!” É por 
isso que há sofrimento, frustração, traição, mentira e a morte. Por causa do pecado, nosso 
destino é a morte. 
2. TODA RAÇA HUMANA É HERDEIRA DO PECADO 
O pecado não ficou apenas com Adão e Eva. As Escrituras afirmam que o pecado de Adão 
se estendeu à toda a humanidade. Não somos pecadores porque pecamos, mas, pecamos 
porque somos pecadores. Precisamos nos atentar ao fato de que o epcado se estendeu à 
toda raça humana, tornando todos os homens pecadores, exceto a Jesus Cristo (1Pe 2.21-
22). 
O Senhor Jesus, embora tenha se tornado humano, não era da linhagem de Adão (terreno), 
mas da linhagem Divina (celestial). Ele nasceu da mulher, mas veio de Deus. Isso quer dizer 
que Ele não experimentou o pecado e nem foi manchado por ele. Ele não herdou o pecado 
de Adão e nem foi influenciado por ele. Ele andou no meio de pecadores, mas não era um 
deles. Ele era o próprio Deus humanizado entre os homens. 
 
3. O PECADO É UNIVERSAL 
O pecado não ficou apenas com Adão, ele se estendeu a todos os demais homens 
(humanidade). Homens, mulheres e crianças de todos os tempos e de todos os lugares do 
planeta já nascem em estado de pecado e morte espiritual (Rm 3.23; 5.12). 
Se alguém afirmar que não tem pecado, com isso acabou de pecar, pois tornou-se 
mentiroso e negou a Palavra de Deus. O pecado nos iguala diante do Criador. Todos nós 
precisamos de sua graça e misericórdia para nos perdoar e nos livrar da condenação que o 
pecado inevitavelmente causará. (Jo 8.7; 1Jo 1.8-10) 
Ninguém se torna pecador a partir de um momento de sua vida aqui na terra. Todos somos 
pecadores por natureza e já nascemos com o “vírus” do pecado impregnado em nossa carne 
e em nossa alma. Somos pecadores desde o ventre de nossa mãe. Nenhum pai ou mãe 
precisa ensinar o filho pequeno a pecar. Nenhum pai precisa ensinar, por exemplo, o filho 
pequeno a pegar birra; não precisa pois ele já faz isso sozinho, uma manifestação de sua 
natureza pecaminosa (Sl 51.5; 58.3). 
 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 11 
 
4. O PECADO RESULTA EM MORTE 
Deus não fez o homem para morrer. A morte é um mal adquirido pelo pecado que entrou 
na criação; ela é o resultado do pecado. A vontade de Deus é que os seus filhos tenham 
vida abundante e para isso é imprescindível que reconheçamos a Jesus Cristo como nosso 
Senhor e Salvador (Rm 6.23; Tg 1.15). 
Que tipo de morte o pecado causa? A morte física: é a separação entre a alma e o corpo 
(2Co 5.8). A morte espiritual: é a separação entre o ser e Deus, devido a um ato de 
desobediência (7.9). A morte eterna ou a “segunda morte”: é a separação irremediável e 
eterna entre o homem e Deus. Essas três modalidades de morte são consequência do 
pecado. 
A morte sobreveio a todos os homens, porque todos pecaram em Adão e porque o salário 
do pecado é a morte, a morte passou a todos os homens, uma vez que todos pecaram, 
sem distinção e sem exceção. Com a queda de Adão o homem perdeu o livre arbítrio, por 
isso ele é morto, ele não pode mais fazer o bem. Toda a inclinação do seu coração é para 
o mal. O homem tornou-se inimigo de Deus, rendido ao pecado. A morte é tanto a 
recompensa do pecado como o juízo de Deus sobre ele, a morte é a justa retribuição divina 
a essa transgressão deliberada de Adão. 
5. NÃO DEIXE O PECADO TE DOMINAR. 
Não jogue a culpa dos seus pecados nas pessoas ao seu redor, assuma as suas falhas diante de 
Deus e dos homens e procure corrigi-los. Abandonemos o pecado para que possamos servir a Deus 
com inteireza de coração. Que o nosso corpo seja instrumento de louvor ao nosso Senhor Deus 
eterno (Gn 4.7; Rm 6.12-13; Ef 4.26). 
O salvo não tem prazer no pecado (Sl 38.18), pois, ele nos aprisiona (Pv 5.22) e muitas 
vezes nos impede de fazer o bem, o que também é pecado (Pv 14.21; Tg 4.17) 
6. ARREPENDIMENTO 
Sem arrependimento não há perdão de pecados. Os nossos pecados só podem ser 
corrigidos diante de Deus, através do verdadeiro arrependimento, confessando-os ao 
Redentor Jesus Cristo. Pecado é ofensa direta a Deus, e, portanto, precisamos fazer aquilo 
que Ele exige para sermos perdoados: Ele exige arrependimento e fé em Jesus Cristo. 
Deus nos chama para uma vida santa com Ele, para isso, devemos confessar os nossos 
pecados a Ele e abandoná-los. Deus não tem compromisso com o pecado, mas sim com a 
sua Palavra, e Ele nos convida a desfrutar da sua misericórdia, a nos humilharmos em Sua 
presença, orar e buscar a Sua face e deixar os nossos pecados para trás. Ele promete 
bênçãos para aqueles que se comprometem com Ele (2Cr 7.14; Pv 28.13). 
Ninguém pode se achegar a Deus a não ser através de Jesus, o mediador. Ele derramou o 
seu sangue naquela cruz para que pudéssemos ter operdão dos nossos pecados e acesso 
ao Pai Eterno (Jo 1.29; Hb 9.28). Quando cremos em Jesus, passamos por uma 
transformação na alma, nas emoções e em todo nosso ser. Embora continuemos sujeitos 
ao pecado, todavia não permanecemos mais escravos dele (Rm 6.17-18; Cl 1.13-14). 
 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 12 
 
7. CONCLUSÃO 
O pecado nos afasta de Deus e atrai a correção de Deus sobre nós. Esforcemo-nos por 
buscar a Deus e nos aproximarmos Dele, pois só assim experimentaremos o verdadeiro 
arrependimento e o perdão que vem do Pai. 
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 DISCIPULADO VIDA NOVA 13 
 
4 - DEUS, JESUS E ESPÍRITO SANTO 
1. LEITURA BÍBLICA DIÁRIA 
Domingo: Deus é Espírito - Jo 4.19-30; A Encarnação do Verbo (Filho de Deus) - Jo 
1.1-16; A Promessa do Consolador - Jo 14. 
Segunda-feira: Deus é Eterno - Sl 90; Quem Vê o Filho Vê o Pai - Jo 14.1-15; O 
Cumprimento da Promessa - At 2.1-36. 
Terça-feira: Deus é Onipresente e Onisciente - Sl 139; A Expressão Exata de Deus - 
Hb 1.1-4; Nascendo do Espírito - Jo 3.1-15. 
Quarta-feira: A Trindade em Ação -Mt 3.13-17; O Testemunho do Pai – Mt 4.13-17; O 
Fruto do Espírito – Gl 5.16-26. 
Quinta-feira: Deus Providente - Mt 6.25-34; Fazendo-se Igual a Deus – Jo 5.1-18; Os 
Dons do Espírito - 1Co 12.1-11. 
Sexta-feira: O Deus que Intervém - Êx 3; A Confissão de Pedro – Mt 16.13-20; Selados 
Pelo Espírito – Ef 1.3-14. 
Sábado: Adotados Pelo Pai - Rm 8.12-17; O Esvaziamento de Cristo – Fp 2.5-11; 
Entristecendo o Espírito – Ef 4.25 – 5.2. 
2. INTRODUÇÃO 
A grande maioria das pessoas que conhecemos acreditam na existência de Deus, lhe fazem 
preces e dizem-se suas seguidoras, mas será que elas sabem quem é Deus? Na realidade, 
a grande maioria não tem a menor idéia de quem é Deus. Há ainda os que acreditam em 
Deus, um ser que criou todas as coisas, mas não conseguem enxergá-lo agindo e 
interferindo na vida de simples seres humanos como nós. 
A ignorância a cerca de Deus tem sido a causa da desgraça e infelicidade de inúmeras 
pessoas, pois se não conhecem a Deus, não podem relacionar-se com Ele e muito menos 
agir conforme Ele espera. Infelizmente, até mesmo dentro das igrejas, pode-se perceber 
desta ignorância. 
Ninguém pode conhecer totalmente a Deus, pelo menos nesta vida, mas a Bíblia revela-nos 
o suficiente para que tenhamos um bom relacionamento com Ele. Com este pequeno 
esboço pretendemos oferecer um mínimo de conhecimento a cerca de Deus e ao mesmo 
tempo provocar nos irmãos um santo interesse para conhecerem muito mais de Deus. 
 
3. QUEM DEUS NÃO É? 
➢ Energia - Deus é uma vibração ou forças positivas ou negativas: Nova Era, Astrologia. 
➢ Tudo o que existe - “Deus é o mundo, o homem, a alma, ele é tudo em todo lugar”: 
Hinduísmo, budismo e Monismo. 
➢ Vários deuses - Existem milhares de deuses (gregos): Politeísmo, Animismo. 
➢ Um Relojoeiro - Deus criou o mundo, mas não tem interação com ele: Deísmo. 
➢ Deus limitado - Deus não é soberano, não conhece todas as coisas, ele é apenas ama 
e sofre junto conosco: Teísmo aberto. 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 14 
 
➢ Um Ditador - Alá é um deus que exige minha submissão e ponto final: Islamismo. 
➢ Um mistério - Alguém que não pode ser conhecido: Agnosticismo. 
➢ Uma mentira - Alguém que não existe: Ateísmo. 
A Bíblia revela que Deus pode ser conhecido, pois ele mesmo se deu a conhecer a nós. 
Deus não é totalmente mistério, não é uma energia, ou força positiva como muitos pensam, 
a Escritura apresenta Deus como um ser pessoal e relacional, em outras palavras, ele 
existe para um relacionamento real com as suas criaturas. A Bíblia sempre apresenta o 
Senhor como um ser pessoal, pois Deus fala, geme, ama, cria, vê, ouve, toca, se ira, se 
agrada, se entristece, corrige e etc. 
4. QUEM É DEUS? 
A esta pergunta podemos responder que Deus é espírito, não possui corpo como nós, auto- 
existente, infinito, eterno e imutável, dotado de atributos perfeitos, sendo alguns exclusivos 
somente a Ele. 
A Bíblia ensina-nos inúmeras coisas a respeito de Deus, das quais destacamos: que Deus 
é amor (I Jo 4.8); Ele é imutável em seus propósitos (Ml. 3.6); conhece todas as coisas (Sl. 
139.4); vê tudo que se passa no céu e na terra (Pv. 15.3); é cheio de misericórdia (Sl. 57.10, 
Sl.100.5); está presente, ao mesmo tempo, em todos os lugares (Sl. 139.7-10); é onipotente, 
tem todo poder (Mt. 19.26); é onisciente, conhece e compreende os pensamentos dos 
homens antes deles serem verbalizados (Sl. 103.14; Sl. 139.4,5); é santo, nele não há 
pecado ou imperfeição alguma (Is. 6.3; Mt. 5.48); Ele é justo (Sl. 119.137) e terrível em 
seus juízos (Hb. 10.31). 
Mesmo revelando-nos tanto a cerca de Deus, nós, seres finitos, nunca compreenderemos 
Deus em sua totalidade. Quando falamos de Deus, Jesus e Espírito Santo, estamos 
biblicamente falando sobre a Trindade, um Deus Triúno, ou seja, que subsiste em três 
pessoas: O Pai, o Filho e o Espírito Santo (Mt. 27.19; 2 Co 13. 13). São três pessoas 
distintas, da mesma substância, iguaisem poder e glória, porém um só Deus, não são três 
deuses, a Bíblia, nos ensina com muita clareza que existe um só Deus verdadeiro ( I Co. 8. 
5,6; I Tm. 2. 5), e que o Pai é Deus (Gl. 1. 1; Ef. 6. 23), que o Filho é Deus (Jo 1.1 e 2 Pe. 
1.1) e que o Espírito Santo é Deus (At. 5. 3,4). 
 
5. DEUS E A CRIAÇÃO 
Deus é o criador de todas as coisas, do Universo e de tudo que nele se contém(Gn 1.1; Ef 
3.9). O ato da criação é aquele que melhor expressa a grandeza e a glória divina, na 
verdade, Ele criou todas as coisas para sua própria glória (Sl 19.1). 
Sua relação com a criação dá-se através de Seu governo e direção sobre todas as coisas. 
Sobre isto, ensina-nos a Escritura que Deus dirige o universo (Dn 4.35); que Deus o governa 
(Jó 34.12-15; Sl. 22.28, 103.9) e o preserva (Ne 9.6). Deus faz tudo isto através de Seu 
plano de ação eterno (Ef 1.11), portanto, nada acontece sem que Ele tenha ordenado ou 
permitido (Mt 10.29), Ele nunca improvisa, nem é surpreendido pelos acontecimentos. Ele 
dirige tudo segundo Sua própria vontade, entretanto, Ele não tira a liberdade, nem violenta 
a vontade do ser humano. Mediante tudo isto, podemos afirmar então, que Deus não 
apenas criou todas as coisas, mas que também intervém diretamente na criação, que o 
universo não está abandonado ao acaso. 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 15 
 
6. DEUS E O HOMEM 
O homem a coroa da criação, Deus também dirige, governa e intervém constantemente no 
curso da humanidade, especialmente na vida daqueles que buscam e rendem-se à direção 
divina, o que Ele espera que todos homens façam. O homem que busca a Sua vontade e 
procura obedecê-la, com certeza experimentará de maneira contínua da providência divina. 
Deus é um Ser pessoal, por isto Ele chama os homens à uma relação pessoal com Ele. “O 
fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre”, e isto deveria acontecer 
através de uma relação íntima e pessoal do homem com Deus, como a percebida no Éden 
antes da queda. Porém, a queda afetou este relacionamento e teria frustrado o propósito de 
Deus, porém, Ele providenciou um meio de redenção para o homem caído. Este meio de 
redenção consiste no envio de seu único Filho ao mundo, a encarnação de Jesus, para 
morrer na cruz no lugar dos pecadores e proporcionar novamente a possibilidade da 
comunhão do homem com Deus. 
Assim, evidenciando todo seu grande amor (I Jo. 4. 8), Deus adota como filhos todos 
aqueles que crêem em Jesus (Jo. 1. 12; Rm. 8. 15), e como tais, possuem o privilégio de 
uma relação especial com Deus. Os filhos de Deus não estão abandonado ao acaso e a 
oração é o canal através do qual eles se comunicam com o Pai, através dela, eles clamam 
“Pai nosso que estás nos céus...” (Mt. 6. 9-13), têm suas necessidades supridas (Lc. 11. 9-
13) e recebem tudo o que necessitam (Jo. 14. 13). As Escrituras registram e a experiência 
do Povo de Deus confirma, que, até mesmo com milagres Ele intervém na vida de seus 
filhos. 
 
7. JESUS, O FILHO 
Sem dúvida alguma, Jesus Cristo é a pessoa mais importante que pisou sobre a face da 
terra. O impacto causado por sua vida foi tão grande que a história, desde então, passou a 
dividir-se em duas, o antes e o depois de Cristo. Ninguém teve a vida tão estudada e 
pesquisada como a de Jesus. Ninguém conseguiu tantos seguidores para suas idéias como 
Jesus. Mas afinal de contas, quem foi Jesus, esta pessoa tão fascinante? A resposta a esta 
pergunta será determinante para nossa compreensão do próprio ensino e da obra de Jesus, 
portanto, busquemos tal compreensão. 
 
8. A DIVINDADE DE CRISTO 
Estudando a Bíblia não chegaremos a outra conclusão, senão que Jesus é Deus, mais 
precisamente, a segunda pessoa da Triunidade, Deus Filho. Várias são as afirmações sobre 
esta realidade, a começar do próprio Cristo, ele ensinou e admitiu sua divindade em várias 
ocasiões. Em Jo 5.18, Jesus afirmou que Deus era seu próprio Pai; em Jo 6.35 que era o 
pão da vida e quem dele comesse não teria fome; em Jo 8.12 que era luz do mundo; em Jo 
14 8,9 que quem O via, via o Pai, fazendo-se portanto igual a Deus. 
Várias pessoas que tiveram contato pessoal e físico com Jesus testificaram da sua 
divindade. João Batista disse: “eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29-
34); Pedro: “Jesus é o Cristo, o filho do Deus vivo” (Mt 16.15,16); André: “Jesus é o Messias” 
(Jo 1.41); João: “É o único Filho de Deus” (Jo 1.14); os samaritanos: “Jesus é o Salvador 
do mundo” Jo 4.42 e o oficial do exército romano, “Jesus é o Filho de Deus” Mt 27.54. 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 16 
 
Quanto ao testemunho dos apóstolos, é bom lembrar que, com exceção de João, todos os 
apóstolos morreram de forma violenta por acreditarem e pregarem que Jesus era o Filho de 
Deus. O mais importante testemunho a considerar é do próprio Deus. Os Evangelhos 
registram que durante o ministério de Jesus, em pelo menos três ocasiões a voz de Deus 
tornou-se audível, sendo que em duas delas Ele disse: “Este é o meu Filho amado” (Mt 3.17, 
17.5) 
Os nomes e títulos recebidos por Jesus, por seus significados, também indicam a divindade 
de Cristo, a começar de Jesus que significa Deus Salvador. Cristo significa o Ungido, a 
mesma coisa que Messias. Emanuel, por sua vez quer dizer Deus Conosco. E ainda, Filho 
de Deus, Deus Forte, Maravilhoso, Príncipe da Paz, Leão de Judá, Filho de Davi, Filho do 
Homem. Enfim, são fartas e amplas as evidências que apontam para a verdadeira 
identidade de Jesus, sem dúvida alguma Ele é Divino. 
9. A ENCARNAÇÃO E OBRA DE CRISTO 
Como Deus, Jesus sempre existiu (Jo 1.2, 8.58), mas Deus o enviou ao mundo, onde Ele 
tomou sobre si a natureza humana (Fp 2.6). Trata-se da encarnação de Deus, quando Ele 
veio ao mundo na forma simples de um bebê, concebido por uma virgem mediante o poder 
do Espírito Santo. 
A encarnação de Cristo coloca-nos diante de mais um mistério impossível de ser 
compreendido pela mente humana. O Cristo encarnado assume a natureza humana com 
todas as suas propriedades essenciais e enfermidades comuns, contudo sem pecado, mas 
continuou sendo Deus. Nele encontramos as duas naturezas, inteiras, perfeitas e distintas 
– a Divina e a Humana – unidas em uma só pessoa, sem conversão, sem composição, sem 
fusão e sem confusão. Cristo é o verdadeiro Deus e verdadeiro homem. 
A vinda de Cristo ao mundo tem como grande objetivo a salvação do homem, que, conforme 
já vimos, por causa de seus pecados está separado de Deus, irremediavelmente condenado 
à morte eterna. Jesus veio para ser o único Mediador entre Deus e o homem (At.4:12; I 
Tm.2:5). 
Sua encarnação representa uma grande prova de obediência ao Pai e de amor aos homens 
perdidos, pois ela exigiu de Cristo um esvaziamento de si mesmo (Fp.2:7). Cristo deixou a 
glória celeste, com todo o seu esplendor e honra para sujeitar às limitações do estábulo e 
da manjedoura. O Deus infinito e todo poderoso deixa-se limitar pela incapacidade humana. 
A descida de Cristo não termina por aí, pois mais do que encarnar, Ele precisava oferecer 
sua própria vida em sacrifício a favor dos pecados dos homens, o que O levou à cruz e ao 
sepulcro. Portanto, ao morrer na cruz, Cristo assume o pecado de toda a humanidade, 
proporcionando ao homem o perdão e a salvação. Esta foi a sua grande obra. Mas o 
sepulcro não foi seu destino final, pois como Deus, Ele tinha poder para vencer a própria 
morte, tendo ressuscitado ao terceiro dia (Mt 28.1-10). A ressurreição de Cristo representa 
a Sua vitória sobre o pecado, o diabo e sobre a morte. Ela é a garantia de que Jesus pode 
cumprir sua grande promessa de que, no último dia, todos os que a Ele se entregaram 
ressuscitarão e reinarão para sempre com Ele (1Co 15.20-28). 
Hoje, Jesus está glorificado e assenta-se à direita do Pai Todo Poderoso (Mt 26.64; At 2.33-
36, 5.31; Ef 1.20-22; 1Jo 2.1,2) onde intercedepor nós, os que Nele cremos. Antes de sua 
ascensão ao céu, o Cristo ressurreto confirmou a gloriosa promessa da vinda do Espírito 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 17 
 
Santo sobre toda a Igreja (At 1.8), portanto, a obra de Cristo na terra completou-se no 
Pentecostes, dia em que o Espírito Santo foi derramado sobre a igreja (At 2). 
 
10. O ESPÍRITO SANTO 
Nunca se falou tanto do Espírito Santo na igreja como nos nossos dias, contudo, a falta de 
conhecimento a respeito dele e de sua obra tem causado inúmeros problemas, divisões e 
heresias no meio da igreja. Por isto, mais do que nunca, precisamos debruçar-nos sobre 
as Escrituras para obtermos um conhecimento correto e equilibrado sobre o Espírito Santo. 
Com este estudo pretendemos abordar algumas coisas essenciais que as Escrituras nos 
revelam a respeito dele, desfazendo-se então alguns equívocos. 
 
11. O ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA 
Um dos maiores equívocos cometidos por muitas pessoas, inclusive algumas que se dizem 
cristãs, é imaginar que o Espírito Santo é apenas uma influência divina, uma energia positiva 
ou uma força impessoal. A Bíblia ensina-nos que Ele é uma pessoa, pois possui atributos 
inerentes a uma pessoa. Ele possui sentimentos (Rm 15.30; Ef 4.30) ama e fica triste; possui 
intelecto (1Co 2.11) conhece os planos de Deus e dos homens; possui vontade própria (At 
13.2; 1Co 12.11) escolhe as pessoas para a obra de Deus e distribui os dons conforme quer; 
uma pessoa pode mentir ao Espírito Santo (At 5.3) não se pode mentir para uma influência, 
para uma força ou para uma energia, só se pode mentir para uma pessoa. 
Mais do que uma pessoa, o Espírito Santo é uma pessoa divina, mais precisamente a 
terceira pessoa da Trindade. Em (At 5.3), o apóstolo Pedro adverte a Ananias que este 
estava mentindo ao Espírito, e logo em seguida afirma: “Não mentiste aos homens, mas a 
Deus” (At 5.4). Ora, esta afirmativa não deixa qualquer dúvida quanto à natureza divina do 
Espírito Santo, ademais, seu nome aparece lado a lado com o de Deus Pai e de Jesus, o 
Filho, na bênção batismal (Mt 28.19) e na bênção apostólica (2Co 13.13). 
 
12. A OBRA DO ESPÍRITO SANTO 
A obra do Espírito Santo é muito mais ampla do que muitos imaginam, a maioria das 
pessoas relacionam a obra do Espírito apenas com a concessão dos dons e a realização 
de sinais, prodígios e milagres. Na verdade, isto é apenas uma parte da sua grande e 
variada obra, pois não há aspecto nenhum na vida do crente e da igreja em que não haja 
ingerência do Espírito Santo. 
Sua participação na aplicação da redenção na vida das pessoas é ampla e vital, pois Ele é 
quem gera o novo nascimento (Jo 3.5); quem convence as pessoas de seus pecados (Jo 
16.8), que batiza a pessoa no Corpo de Cristo (1Co 12.13), sela os convertidos como 
propriedade divina (Ef 1.13), adota os convertidos como filhos de Deus (Rm 8.15,16) e faz 
neles morada (1Co 3.16). Mediante isto, conclui-se que não existe crente sem o Espírito 
Santo, pois sem Ele não há conversão, é o agente vital da obra de evangelização, pois 
capacita os discípulos ao testemunho (At 1.8). A evangelização efetiva só ocorre mediante 
a ação poderosa do Espírito Santo, afinal de contas, somente Ele tem o poder de convencer 
e regenerar as pessoas, conduz à verdade (Jo 16.3), nos auxilia em nossas fraquezas e 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 18 
 
intercede por nós (Rm 8.26), nos ensina e faz lembrar das palavras de Jesus (Jo 14.26), 
nos fortalece como Consolador (Jo 14.16) e nos santifica e justifica (1Co 6.11). 
13. O BATISMO COM O ESPÍRITO SANTO 
Antes de subir ao céu para ser glorificado, Jesus reafirma a promessa da vinda do Espírito, 
dizendo aos discípulos que os batizaria com o Espírito Santo (At 1.5,8). Esta promessa 
cumpriu-se quando os judeus comemoravam a festa do Pentecostes, naquele dia, o Espírito 
foi derramado sobre a igreja, passando a estar presente na vida de todos os crentes, uma 
vez que até então, a ação do Espírito Santo sobre as pessoas restringia-se a algumas 
poucas que eram especialmente usadas por Deus, reis, profetas e sacerdotes. 
A descida do Espírito Santo, que passou a ser conhecida como o Pentecostes, foi 
caracterizada por alguns sinais espetaculares, um som como de um vento impetuoso, 
línguas como de fogo que pousaram sobre cada discípulo e estes passaram a falar e ouvir 
em outras línguas. Naquele dia, concluiu-se o ministério terreno de Jesus e deu-se o início 
da era da Igreja. Os discípulos, por sua vez, passaram a vivenciar sua fé e relação com 
Deus em uma nova dimensão, tornaram-se intrépidos pregadores do Evangelho e através 
deles, Deus fazia prodígios e sinais, como resultado, as pessoas convertiam-se aos montes, 
assim, a igreja cresceu. 
A partir do Pentecostes, entendemos que todos os que se convertem de fato recebem o 
batismo com o Espírito Santo, entendemos que não há crente de fato que não o tenha 
experimentado. A pessoa recebe o Espírito Santo quando ela se converte e não como uma 
bênção posterior a ser buscada pelo convertido como querem muitos. Todo aquele que é 
batizado com o Espírito Santo, deve buscar ser cheio do Espírito. A busca pelo enchimento 
do Espírito deve ser uma constante na vida do crente. O crente deve buscar a plenitude do 
Espírito, e que esta, uma vez alcançada, irá produzir frutos, dons e manifestações 
tremendas em sua vida. 
Não há base bíblica para afirmar-se que só através do dom de línguas que percebemos que 
a pessoa foi batizada com o Espírito Santo, mas com outros dons que muitas vezes não 
são visíveis. Paulo ensina-nos que o Espírito distribui os dons conforme lhe apraz, 
salientando inclusive, que nem todos falam em línguas (1Co 12.11,29,30). 
 
14. RELACIONANDO-SE COM O ESPÍRITO SANTO. 
Conforme já vimos, o Espírito Santo fica triste com os nossos pecados (Ef 4.30), mas, 
infelizmente, o pecado pode fazer mais ainda, pode apagar o Espírito na vida de alguém 
(1Ts 5.19). Quando isto ocorre, O Espírito deixa de agir na vida das pessoas, perde-se o 
poder para testemunhar, os dons praticamente desaparecem, não se produz o fruto do 
Espírito e muito menos verifica-se manifestações de poder. Por isto, nossa relação com o 
Espírito Santo tem de ser pautada pela santidade. Uma pessoa convertida é uma nova 
criatura e como tal ela vai experimentar o processo de santificação em sua vida, que 
consiste no abandono do pecado e na obediência à Palavra de Deus, o que inclui a 
incorporação das virtudes cristãs na nova vida. 
A santificação só é possível mediante a ação do Espírito Santo na vida do crente, pois Ele 
orienta, lembra e revela a vontade de Jesus. Em contrapartida, o crente tem que entrar com 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 19 
 
o seu desejo, vontade e disciplina para vencer suas tentações e abandonar seus pecados. 
Nesta santa parceria, observa-se que quanto mais santificado um crente se apresenta ao 
Espírito, mais poder o Espírito vai conceder-lhe para vencer as tentações. Mais evidentes 
também serão os dons, os frutos, a capacidade para testemunhar e os milagres. Portanto, 
se quisermos relacionar-nos bem com o Espírito Santo e sermos cheios dEle, devemos 
oferecer-Lhe uma vida santificada. 
 
15. E A TRINDADE? 
A doutrina da Trindade não é algo fácil de entender. A Igreja cristã demorou 3 séculos para 
entender melhor a Triunidade (um Deus em três Pessoas) de Deus e até hoje não 
conseguimos entender isso com tanta precisão, pois Deus é imenso e infinito para as 
nossas mentes finitas. É fato que não existe a palavra "Trindade" na Bíblia, porém, isso não 
significa que a Bíblia não ensine esta doutrina. O Novo Testamento quando fala De Deus 
atribui a mesma divindade do Deus Pai ao Deus Filho e também do Deus Espírito Santo e 
sustenta que há apenas um Deus. Como entender isso? 
➢ Existe apenas um Deus - Não confunda jamais: tanto oAntigo Testamento quanto o 
Novo Testamento dizem que há um só Deus, isto é, nós enquanto cristãos somos 
monoteístas. Dê uma pausa e compare o que está escrito em Deuteronômio 6.4 e ICO 
8.4-6. Viu só como acreditamos em um só Deus? 
➢ Deus é um em essência e três em pessoa - Esta é a definição básica da Trindade. 
Embora Deus tenha uma só essência ou natureza (seu Ser), dentro de sua essência 
subsistem (ficam dentro dele) três pessoas. As três pessoas são: Deus Pai, Deus Filho 
e Deus Espírito Santo. As três Pessoas compartilham da mesma essência, pois todas 
as três tem a essência da divindade. No entanto, elas possuem também diferenças 
reais que não são essenciais. As diferenças de cada Pessoa da Trindade estão 
relacionadas a singularidade de suas frnções. Isso ficará mais claro no parágrafo 
abaixo. 
➢ O Pai é Deus, o Filho é Deus e o Espírito Santo é Deus - As três pessoas tem o 
mesmo poder, a mesma glória e as três são dignas da mesma adoração, pois são o 
Unico e Verdadeiro Deus. Porém, as três pessoas tem papéis ou funções diferentes: 
Deus Pai é o líder e mentor da Trindade (Jo 10.18, 30-33, 14.28, 15.10). Deus Filho é 
o executor dos planos de seu líder (Jo 1.18,8.8-11; 2Co 13.13; Cl 1.15-18; Hb 1.2-3; Jd 
3). Deus Espírito Santo é a fonte de sabedoria e poder do Pai e Filho, pois ele procede 
de amos. Ele também aplica a vontade do Pai e o trabalho do Filho no coração dos 
homens (Lc 1.35, 4.13, 5.17; Jo 3.6-8, 14.16-17, 26, 15.26; At 1.8). 
➢ O Pai, o Filho e o Espírito Santo se,pre trabalham juntos - As três pessoas trabalham 
e estão juntas ao mesmo tempo, em todas as coisas, em todos os momentos na 
eternidade e no tempo. No entanto, para efeitos didáticos, é possível entendermos a 
função de cada Pessoa em determinada ação. 
 
Ex: Criação 
Deus Pai = Planejou a Criação 
Deus Filho = Criou o mundo 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 20 
 
Deus Espírito Santo = Deu sabedoria ao Pai para planejar e poder ao Filho para criar o 
mundo. Ele também capacita o homem a entender como Deus está por trás da criação. 
Ex: Salvação 
Deus Pai = Planejou a nossa salvação 
Deus Filho = Executou a nossa salvação 
Deus Espírito Santo = Deu sabedoria ao Pai para planejar nossa salvação e poder ao 
Filho para executá-la. Ao mesmo tempo ele aplica a vontade do Pai e o trabalho do Filho 
em nosso coração. 
16. CONCLUSÃO 
Por nossas limitações somos incapazes de conhecer Deus em toda a sua grandeza, 
contudo, pela sua graça e misericórdia, Ele revela-nos o suficiente para entendermos que 
Ele nos criou, nos ama, cuida de nós e tem um propósito de salvação eterna para nós, os 
que cremos nele. 
A divindade de Cristo é uma realidade verificada na Bíblia e experimentada por aqueles que 
verdadeiramente têm se rendido a Ele. Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente 
homem e como tal, Ele pôde oferecer o sacrifício perfeito e eficaz a favor dos pecadores. 
Não há crente, não há vida cristã, não há igreja sem o Espírito Santo, pelo que devemos 
priorizar ao máximo nossa relação com Ele. Para isto é imprescindível que O conheçamos 
e não há melhor fonte de conhecimento sobre o Espírito Santo do que a Bíblia, afinal, foi 
Ele que a inspirou. O que a Palavra de Deus afirma sobre o Espírito Santo deve prevalecer 
sobre qualquer experiência com o Espírito, quer seja pessoal e principalmente de terceiros. 
 
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5 - SALVAÇÃO, POSSO TER CERTEZA? 
1. INTRODUÇÃO 
Toda pessoa que se arrepende de seus pecados e crê em Jesus Cristo como Salvador e 
Senhor, pode ter certeza e segurança de sua salvação. Esta certeza se baseia nas 
promessas que Deus nos Faz em sua palavra - a Bíblia Sagrada. E “Deus não é homem, 
para que minta, nem filho do homem, para que se arrependa. Porventura, tendo ele 
prometido, não o fará? Ou tendo falado, não o cumprirá?” (Nm.23:19). 
As constantes exortações que a Bíblia faz aos homens para que se arrependam e creiam 
em Jesus Cristo podem dar a idéia de que o homem é capaz de arrepender-se e crer por si 
mesmo. A verdade, todavia, é que o verdadeiro arrependimento e a fé salvadora são 
dádivas de Deus. Os crentes de Jerusalém, ao ouvirem a explanação que Pedro fez sobre 
a conversão de Cornélio e de seus familiares, glorificaram a Deus, dizendo: “Logo, também 
aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para a vida” (At.11:18). E o apóstolo 
Paulo escreveu aos efésios: “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem 
de vós, é dom de Deus” (Ef.2:8). 
De que eu sou salvo? Da ira de Deus. Para que eu fui salvo? Para boas obras. Por quem 
eu fui salvo? Por Jesus Cristo. Por que eu fui salvo? Porque Deus escolheu antes da 
fundação do mundo. Salvação tem Deus como paradigma. Depois do pecado, todos os 
homens se puseram debaixo da ira de Deus e a Sua ira será derramada sobre os 
impenitentes no dia do juízo. 
Quando Adão desobedeceu a Deus, ele trouxe o pecado sobre si e sobre toda a sua 
descendência e juntamente com o pecado, a morte. A partir daí, todos os homens 
indistintamente passaram a estar debaixo da ira de Deus, aguardando a manifestação de 
Seu juízo para a condenação. É por isso que Deus, ao olhar para a terra e não ver nem um 
justo sequer (Rm 3.10), resolve enviar o seu Filho Jesus Cristo, em forma de homem sem 
pecado para representar a humanidade diante de Deus e pagar por seus pecados, livrando-
os da morte. O plano da salvação é, sem dúvida, o maior e mais glorioso plano de toda a 
história da humanidade. É Deus se importando com o homem caído e vindo em seu favor 
(Jo 3.16). 
2. A PREDESTINAÇÃO E O CHAMADO PARA A SALVAÇÃO 
O apóstolo Paulo escreveu aos efésios que Deus “nos predestinou para ele, para a adoção 
de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef. 1:5). E que 
esta escolha foi feita “antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis 
perante ele” (Ef.1:4). 
A Bíblia Sagrada ensina que Deus, antes da fundação do mundo, escolheu as pessoas 
que seriam salvas. A doutrina da predestinação, à semelhança da doutrina da Trindade, 
está além da nossa compreensão. Por isto, muitos erros têm sido cometidos em relação a 
esta doutrina. Veja a seguir, alguns desteserros: 
➢ Algumas pessoas simplesmente rejeitam a doutrina da predestinação, afirmando 
que ela é incompatível com o ensino bíblico de que Deus “deseja que todos os 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 22 
 
homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (I Tm.2:4). 
Quando a isto devemos lembrar que o raciocínio de Deus não funciona como o 
raciocínio do homem. “Porque os meus pensamentos não são os vossos 
pensamentos,... diz o SENHOR; porque, assim como os céus são mais altos do que a 
terra, assim são os meus caminhos mais altos do que os vossos caminhos, e os meus 
pensamentos mais altos do que os vossos pensamentos” (Is.55:8,9). Não podemos 
submeter as ações de Deus ao juízo da lógica humana. Se quisermos submeter o 
ensino da Bíblia à lógica humana, deixaremos também de orar, pois Deus conhece 
todas coisas e não haveria necessidade de falarmos com ele sobre as nossas 
necessidades. Contudo, a Bíblia ao mesmo tempo em que ensina a onisciência de 
Deus, Afirma que Devemos orar “sem cessar” (I Ts.5:17). Logo, devemos observar 
aquilo que Deus nos diz em sua palavra, e não o que nos diz o nosso raciocínio. 
➢ Outras pessoas rejeitam a doutrina da predestinação, afirmando que Deus é 
justo, e não escolheria uns deixando de escolher outros. Quando a isto, o 
apóstolo Paulo responde: “Que diremos, pois? Há injustiça da parte de Deus? De modo 
nenhum. Pois ele diz a Moisés: Terei misericórdia de quem me aprouver ter 
misericórdia, e compadecer-me-ei de quem me aprouver ter compaixão” (Rm.9:14,15). 
Todos os homens são pecadores e, por isto, estão perdidos, condenados ao sofrimento 
eterno. E ninguém pode alegar que Deus é injusto, pelo fato de haver escolhido alguns 
pecadores para serem salvos, em Cristo. 
➢ Existem, também, pessoas que afirmam que Deus escolheu para a salvação 
aqueles que ele sabia que iam crer em Jesus Cristo. Mas não é assim. A base da 
predestinação é o amor de Deus, e não o seu conhecimento prévio de que a pessoa ia 
crer em Cristo. 
➢ Mas a pior situação é a daqueles que usam da doutrina da predestinação para dar 
lugar ao pecado. Eles afirmam: “Posso viver como quiser, pois se eu for um 
predestinado serei salvo de qualquer maneira”. Quem pensa e age assim desconhece 
o ensino bíblico de que fomos predestinados “para sermos santos e irrepreensível” 
(Ef.1:4). Tais pessoas vão pagar muito caro pelo mau uso que estão fazendo da 
misericórdia divina! 
➢ Por fim, existem aqueles que dizem que a doutrina da predestinação anula a 
pregação do evangelho. Quanto a isto, basta lembrar o que aconteceu com o apóstolo 
Paulo em Corinto: “Teve Paulo durante a noite uma visão em que o Senhor lhe disse: 
Não temas; pelo contrário, fala e não te cales; porquanto eu estou contigo e ninguém 
ousará fazer-te mal, pois tenho muito povo nesta cidade” (At 18.9). Deus tinha muitos 
escolhidos em Corinto, e Paulo devia continuar pregando ali para que eles fossem 
alcançados com a mensagem de salvação. A predestinação não elimina a pregação do 
evangelho. Pelo contrário, ela exige a pregação, pois os predestinados precisam ouvir 
o evangelho para crer. A fé, que é um dom de Deus, “vem pela pregação” (Rm 10.17). 
Deus usa a sua palavra e a atuação do Espírito Santo para chamar aqueles que ele 
predestinou. Foi o que aconteceu com Lídia. Paulo pregava. Ela e outras mulheres ouviam. 
E Deus, através do Espírito Santo, abriu o coração dela “para atender às cousas que Paulo 
dizia” (At.16:14). Os teólogos chamam isto de vocação eficaz, que é a atração irresistível 
que Deus, por meio da palavra e do Espírito Santo, exerce sobre o pecador levando-o a 
aceitar a Cristo como seu único Salvador. 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 23 
 
3. A REGENERAÇÃO E A CONVERSÃO 
A regeneração consiste na implantação do princípio da nova vida espiritual na pessoa que 
foi predestinada e que está sendo chamada, pela palavra, para a salvação. Esta disposição 
para viver uma nova vida que chamamos de regeneração. 
Podemos definir regeneração como a ação do Espírito Santo, na mente e no coração do 
pecador predestinado para salvação, dando-lhe uma disposição santa de servir a Deus em 
espírito e em verdade. Antes da regeneração, a atração pelo pecado domina o pecador. A 
partir da regeneração, ele passa a desejar o que é bom e justo. Isto pode ser visto na 
experiência de Zaqueu. Antes do seu encontro com Jesus, ele era um publicano ambicioso 
e, provavelmente, desonesto. Mas, ao encontrar-se com Mestre, ele declarou; “Senhor, 
resolvo dar aos pobres a metade dos meus bens; e, se nalguma cousa tenho defraudado 
alguém, restituo quatro vezes mais” (Lc.19:8). Antes ele desejava tirar do próximo; agora o 
seu desejo era repartir o que tinha com o próximo. 
Este toque regenerador do Espírito Santo leva o pecador à conversão. “Esta conversão é 
apenas a expressão externa da obra da regeneração, ou a mudança que a acompanha, 
efetuada na vida consciente do pecador. “Esta conversão tem dois aspectos, um ativo, o 
outro passivo. No primeiro, a conversão é contemplada como a mudança efetuada por Deus, 
na qual Ele muda o curso consciente da vida do homem. E no último, é considerada como 
o resultado desta ação divina. É aquele ato de Deus pelo qual ele faz o regenerado, na sua 
vida consciente, voltar para Ele com fé e arrependimento”. 
Conversão, portanto, é o resultado da ação do Espírito Santo que leva o pecador arrepender-
se de seus pecados e a crer em Cristo como o Salvador e Senhor. 
 
4. A JUSTIFICAÇÃO E A SEGURANÇA DE SALVO 
Justificação é o ato de Deus pelo qual ele nos declara justificados, isto é, ele anula a 
sentença de nossa condenação, mediante os méritos de Jesus Cristo. “A justificação 
remove a culpa do pecado e restaura o pecador a todos os direitos filiais envolvidos em seu 
estado de filho de Deus, incluindo uma herança eterna. A Justificação dá-se fora do pecador, 
no tribunal de Deus, e não muda a vida interior, embora a sentença lhe seja dada a conhecer 
na vida interna do homem e gradativamente afete todo o seu ser. A justificação acontece 
de uma vez por todas. Não se repete, e não é um processo; é imediatamente completa e 
para sempre.” A base da justificação é a obra redentora de Cristo. Deus nos declara justos 
ou justificados, porque Jesus tomou sobre si a culpa do nosso pecado. E como a obra de 
Cristo foi completa, podemos ter completa segurança da salvação. 
 
5. SALVAÇÃO – DEPENDE DE MIM OU DE DEUS? 
Muitos cristãos afirmam que a salvação vem de Deus, mas na prática, acreditam e dizem 
que somos os únicos responsáveis por ela. Afirmam que é Deus quem salva, mas acreditam 
que é o homem que decide isso. Afirmam que o homem tem a liberdade da escolha e que 
tudo está em suas mãos. Felizmente isso não é verdade, pois todos os homens decaíram-
se da presença de Deus e herdaram a morte pelo pecado; e um morto não pode decidir 
mais nada. 
Ninguém pode desejar a Deus se Ele mesmo não colocar esse desejo em seu coração. 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 24 
 
Você já viu em um velório o morto conversando com as pessoas? Já viu em um velório o 
morto tomando decisões osbre qualquer coisa? Impossível! Quem morre não pode decidir 
mais nada; assim é com quem está morto espiritualmente, não pode decidir nada no âmbito 
espiritual, pois está morto para isso. 
Não fomos nós que desejamos a Deus, foi Ele quem desejou nos salvar primeiro. Nâo fomos 
nós quem olhamos para Deus, mas Ele olhou para nós primeiro. Não fomos nós quem 
demos os passos na direção Dele, visto que estávamos mortos, mas foi Ele quem veio em 
nossa direção e começou a obra da vivificação em nós, que estávamos mortos. O Senhor 
Jesus disse: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a 
vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de 
que tudo quando pedirdesao Pai em meu nome, ele vo-lo conceda”. (Jo 15.16). 
 
6. POSSO PERDER A SALVAÇÃO? 
Perder a salvação é uma falácia, é algo impossível; chega a parecer uma blasfêmia contra 
o Salvador. Pense bem: Se o seu Salvador é o Senhor Jesus Cristo, que derramou o Seu 
sangue naquela cruz para te salvar, que nos substituiu na condenação e na morte, então 
pergunto: Como pode o salvo perder a salvação se foi o Senhor Jesus quem o Salvou? Se 
a salvação fosse obra dos homens, então poderíamos perde-la, mas sendo obra de Deus, 
torna-se impossível invalidá-la. Podemos ver algumas razões bíblicas para a nossa 
segurança da salvação. Duas se relacionam com o Pai, três com o filho e duas com o 
Espírito Santo. 
➢ O Propósito e o poder do Pai garantem a nossa salvação - Paulo escreveu aos 
efésios que “fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele 
que faz todas as cousas conforme o conselho da sua vontade” (Ef 1.11). E João 
escreveu: “Filhinhos, vós sois de Deus, e tendes vencidos os falsos profetas, porque 
maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1Jo 4.4). O Pai tem 
o propósito de nos salvar. Como ele não muda de propósito, podemos ter segurança da 
salvação. Satanás tem um propósito diferente. Ele quer nos levar para o inferno. Mas o 
poder de Deus garante a nossa salvação. Nós venceremos porque maior é aquele que 
está em nós do que aquele que está no mundo. Jesus também mostrou que o poder do 
Pai garante a nossa salvação. Ele disse: “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as 
conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, eternamente, 
e ninguém as arrebatará da minha mão. Aquilo que meu Pai me deu é maior do que 
tudo; e da mão do Pai ninguém pode arrebatar” (Jo 10.27-29) 
➢ A morte, a ressurreição e a intercessão de Cristo garantem a nossa salvação - O 
apóstolo Paulo escreveu: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? Quem 
os condenará? Cristo Jesus quem morreu, ou antes quem ressuscitou, o qual está à 
direita de Deus, e também intercede por nós” (Rm 8.33,34). Jesus morreu em nosso 
lugar, ressuscitou como prova de que o Pai aceitou o seu sacrifício e está 
constantemente intercedendo por nós. Ele é o nosso advogado diante do Pai. Por isto 
podemos ter a salvação. 
Para que o salvo perdesse a salvação, algumas coisas precisariam acontecer: O sangue 
de Jesus teria que perder o seu valor – isto é impossível! Algum pecado ou qualquer 
coisa teria de superar o poder do sangue do Senhor Jesus – isto é impossível! O Senhor 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 25 
 
Jesus, sendo chamado de Salvador, Bom Pastor, Redentor, perderia os seus títulos, 
pois, se alguém que foi salvo por Ele se perder, então diriam que o Salvador deixou de 
salvar, o Redentor deixou de redimir, o Bom Pastor perdeu a sua ovelha que havia 
salvado. Tudo isso é impossível! 
➢ O selo e o Penhor do Espírito Santo garantem a nossa salvação - “...depois que 
ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da nossa salvação, tendo nele também 
crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa 
herança até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef 1.13,14). Na 
antiguidade uma das funções do selo era garantir a propriedade de um objeto ou de um 
escravo. O selo era uma marca ou uma tatuagem, e o penhor era um objeto que garantia 
o pagamento de uma dívida. O Espírito Santo vem habitar em nós, a partir do momento 
em que cremos em Cristo como Salvador, assim ele nos sela como propriedade de 
Deus e, ao mesmo tempo, é o penhor de que o Pai cumprirá a promessa de nos salvar. 
 
7. CONCLUSÃO 
A nossa salvação depende da graça divina, e não dos esforços humanos. Se dependesse 
de nós, não poderíamos ter segurança; pois somos fracos, imperfeitos, instáveis. Mas como 
depende só da graça de Deus, a situação é diferente. “Quando o próprio Deus é o guardião 
de nossa alma, podemos ficar tranqüilos, na certeza de que estamos de fato seguro sem o 
mínimo resquício de dúvida”. 
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva 
de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua 
maravilhosa luz” (1Pe 2.9). 
Deus nos escolheu, nos chamou, nos regenerou, nos justificou, para sermos o seu povo. 
“Ao único Deus, Nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória, majestade, 
império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os séculos. Amém.” (Judas 
25). 
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 DISCIPULADO VIDA NOVA 26 
 
6 - OS SACRAMENTOS 
1. INTRODUÇÃO 
A Igreja é uma comunidade que foi fundada por Jesus (Mateus 16.18). Ninguém tem 
autoridade para dizer o que a Igreja deve ou não deve fazer a não ser o próprio Cristo. E 
Jesus nos deu duas cerimónias para celebrar: o Batismo e a Ceia. Estas duas festas 
representam a essência do que Deus em Cristo fez em nossas vidas. 
Para entender melhor o que é o Batismo e a Ceia, leia as seguintes referências: Mateus 
28.19; Lucas 22.14-20; Romanos 6.4-11; Colossenses 2.11-15; 1 Coríntios 11.17-33. A 
igreja primitiva batizava e partia o pão. Essas duas cerimónias, ritos, foram nomeadas pela 
Igreja cristã de "Sacramentos". A maioria de nós sabe que as igrejas protestantes têm dois 
sacramentos, porém, muitos de nós temos dificuldade de discernir, desvendar o que é um 
sacramento. 
A palavra sacramento significa "ordenança". Isto é, são as ordenanças que Jesus deixou 
para a sua Igreja. Um sacramento é uma cerimônia que simboliza a ação de Deus na vida 
do crente. Ou seja, todo sacramento celebra simbolicamente o que Deus fez 
verdadeiramente na vida do salvo. Os sacramentos dados por Jesus simbolizam duas 
realidades espirituais, ações que Deus operou dentro de nós: 1. A regeneração (Batismo); 
2. Manutenção da fé (Ceia). No batismo celebramos que alguém nasceu de novo (no caso 
dos adultos), na Ceia celebramos que o mesmo Espírito que nos regenerou tem sustentado 
a nossa vida com o corpo e o sangue de Jesus Cristo. 
Os Sacramentos, assim como suas ministrações, são um meio exclusivo à igreja e um selo 
visível da graça de Deus sobre ela. A igreja se torna, portanto, despenseiro dessa graça ao 
ser dotada de autoridade - como corpo de Cristo - para distribuir ao santos a graça espiritual 
de Deus através da ministração dos sacramentos e da comunhão que esses símbolos 
trazem consigo. Quando o sacramento é recebido com fé, a graça de Deus o acompanha. 
2. BENEFÍCIOS DOS SACRAMENTOS 
Os sacramentos significam uma promessa dada a nós e por nós aceita,e servem para 
fortalecer a nossa fé com respeito ao cumprimento dessa promessa. Sendo assim, 
representam visivelmente e aprofundam a nossa consciência das bênçãos espirituais da 
aliança, da purificação dos nossos pecados e da nossa participação na vida que há em 
Cristo. Como sinais e selos, eles são meios de graça pelos quais se fortalece a graça interna 
produzida no coração pelo Espírito Santo. 
Visto que os sacramentos (o batismo e a santa ceia) são instituídos por Cristo e são um 
meio de graça, logo, não podem ser apenas um solene memorial. Porém, muito mais do 
que isso, através dos sacramentos, Jesus Cristo abençoa o seu povo santificando-o e 
preparando-o para o céu. Na celebração dos sacramentos a Igreja testemunha que não é 
deste mundo, mas pertence ao Reino dos Céus. 
Aquele que pela fé em Cristo Jesus participa dos sacramentos, recebe por parte de Deus 
vários benefícios. 
➢ Para confirmar melhor a nossa fé, pois por meio dela, conforme certas garantias que 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 27 
 
foram dadas, em sua grande misericórdia Deus, por assim dizer, se compromete 
conosco. 
➢ Para que fossem um símbolo e sinal daquela declaração mediante a qual a verdadeira 
igreja de Deus se distingue das demais igrejas. 
➢ Para que seja um meio de conservar e espalhar por todo o mundo a doutrina do 
evangelho. 
➢ Serve para unir os féis, para que continuem sendo tanto leais quando agradecidos ao 
seu Senhor Deus. 
➢ É o vínculo do amor mútuo entre os fiéis. 
É verdadeiramente um sinal e selo do vínculo da aliança. 
3. A ORIGEM DA CEIA 
A Santa Ceita é ensinada nas Escrituras como um pacto que dá testemunho da participação 
do crente com a morte e o sangue de Cristo, conciliando o crente com a obra salvadora do 
redentor. A ceia é um momento muito importante para a vida da Igreja, ela simboliza a morte 
de Cristo, permite que os crentes agradeçam o gracioso sacrifício da cruz, adorando a Deus 
pela salvação e testemunha a nossa união com Cristo, mostrando ao mundo que 
pertencemos a Ele. 
➢ A páscoa no AT - no âmago da vida e da adoração da comunidade cristã primitiva, 
estava a celebração da Ceia do Senhor. Tudo começa com a chamada de Moisés para 
libertar o seu povo. Durante o envio das 10 pragas enviadas contra Faraó. Deus 
anunciou a Moisés a décima praga, que traria sobre os egípcios. A praga seria a pior 
de todas as pragas, porque envolveria a morte dos filhos primogênitos de todos os 
egípcios, incluindo o primogênito de Faraó Ex 11.1-9, a décima praga tinha contido nela 
um grande significado. Ela aponta diretamente para Deus, e seu plano para libertar o 
povo. Em Êxodo 12.1-13, Deus Deus chamou a Moisés e instituiu a celebração da 
Páscoa ocorrida a partir dali, uma vez ao ano. Esta foi a mesma instituição que Jesus 
celebrou com seus discípulos. Este ritual tinha realmente um caráter de sinal de 
libertação. Era um sinal de redenção porque significava que essas pessoas escapariam 
da ira de Deus. 
➢ A páscoa no NT - No Novo Testamento, Jesus celebrou a Páscoa com seus discípuilos 
em Lucas 22.7-22, naquele cenário, Jesus celebrou a Ceia com os seus discípulos 
referindo-se ao passado, ao presente e ao futuro. Ele renova essa celebração e se 
apresenta como cordeiro perfeito. O pão é sua carne, oferecida pelo povo de Deus, o 
vinho, seu sangue derramado em favor do povo de Deus. O sangue, não era do cordeiro 
no Antigo Testamento, que serviu como marca nas ombreiras das portas, mas em 
essência, Jesus estava dizendo que Ele era a Páscoa, Ele era o próprio cordeiro pascal, 
perfeito e sem culpa, que seria sacrificado em favor dos filhos de Deus. O sangue de 
Jesus, do cordeiro perfeito, seria o bastante para afastar a ira de Deus e remir os 
pecados daqueles por quais ele morreria. 
A Páscoa é uma significação típica da Ceia, podemos vê-la não somente como uma 
celebração memorial da libertação do Egito, mas também como também um sinal e selo da 
libertação da escravidão do pecado, bem como da comunhão com Deus no Messias 
prometido. Por isso podemos afirmar que foi em conexão com a refeição pascal que Jesus 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 28 
 
instituiu a Santa Ceia. Ele não criou novos elementos, ele utilizou elementos presentes da 
Páscoa e efetuou uma transição muito natural para a nova. 
4. A ORIGEM DO BATISMO 
Muitos pensam que o batismo começou apenas no Novo Testamento com o profeta João 
Batista, mas, na verdade, o batismo é bem mais antigo do que João Batista; ele começou 
no Antigo Testamento, como odenança segundo a Lei, dada por Deus. No AT há a palavra 
batismo? Claro que não, pois o termo “baptizo” é um termo da língua grega e o Antigo 
Testamento foi escrito em hebraico, não em grego, logo, não iremos jamais encontrar o 
termo “baptizo” no AT. Deve ficar claro que pelo fato de não haver o termo “baptizo” no AT, 
não significa que não haja a prática ritual lá. 
A sua prática começou no livro de Números 19.11-22, com uma Lei dada por Deus chamada 
“Purificação”. A lei da purificação era também a lei da aspersão. Quando João Batista 
começa a batizar, ele não estava criando nenhuma doutrina nova, mas sim cumprindo a lei 
antiga que todos conheciam. João Batista não ensinou como se deve batizar, se por 
imersão, aspersão ou efusão. Muitos tem dúvidas sobre o modo do batismo, alegando que 
Joáo não ensinou detalhes sobre como fazer. Deve-se ficar claro para nós o porquê de 
João Batista não ensinar detalhes sobre o batismo; isso seria alvo de riso naquele contexto, 
pois em Israel todos estavam cansados de saber o que era o batismo; sabiam que era a 
mesma lei da purificação ensinada desde os dias de Moisés, João Batista está apenas 
pregando para um público de fala grega aquilo que foi ensinado inicialmente em língua 
hebraica, logo, João usa o termo grego conhecido “baptizo” para purificar o povo, o qual, 
nada mais é que a antiga purificação segundo a Lei. 
Não existe um consenso entre os cristãos sobre o modo do batismo. Alguns dizem que 
deve ser ministrado por imersão, outros por aspersão ou efusão. Nós, presbiterianos, 
cresmo que não é a forma do batismo que definirá o seu valor, e sim o seu propósito. Logo, 
aceitamos o batismo por imersão e efusão, mas na prática, prezamos pelo batismo por 
aspersão, por entender que se adequa mais ao ensinamento bíblico. 
 
5. O BATISMO É PARA SALVAÇÃO? 
O Espírito Santo é o instrumento que Jesus usa para tornar efetiva a regeneração do 
pecador (Tt 3.5-6). E Ele o faz, derramando sobre a pessoa Sua presença purificadora. É 
este o batismo que salva. O batismo com água, porém, não salva, mas é figura, um tipo do 
batismo com o Espírito Santo; um símbolo que testifica uma realidade interna. 
O batismo não é para salvação, a fé sim é para salvação, o batismo, portanto, é o 
testemunho dessa fé diante dos homens. O ladrão na cruz foi salvo, mas não foi batizado, 
ele apenas creu, mas não teve tempo de ser batizado (Lc 23.42-43). 
 
6. UM SINAL VISÍVEL DE UMA GRAÇA INVISÍVEL 
O batismo é um “sacramento”. No Catecismo Maior diz que sacramento “É um sinal 
visível de uma graça invisível. É uma santa ordenança instituída por Cristo, na sua igreja, 
para significar, selar e confirmar aqueles que estão no pacto da graça, os benefícios de 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 29 
 
mediação de Cristo, para os fortalecer e aumentar-lhes a fé e todas as mais graças, e 
obrigá-los à obediência, para testemunhar o seu amor e comunhão um para com os outros 
e para distinguir entre eles e os que estão de fora”. 
Já que ninguém pode olhar para dentro do seu coração e ver a fé e a transformação feita 
pelo Senhor Jesus, então, você tem a oportunidade de testemunhar o seu compromisso 
com Cristo através do batismo. O batismo é, também, um testemunho público de nossa fé 
em Cristo. É levantar a bandeira da fé em Cristo. 
O batismofoi instituído por Jesus em Mateus 28:19 e praticado desde o início da vida da 
igreja. A prática do batismo substituiu o uso da circuncisão. A circuncisão, por sua vez, 
significava um sinal de propriedade e era usado desde o início, conforme relata Gênesis. 
No Breve Catecismo, o batismo “é o rito de iniciação – sacramento no qual o lavar com água 
em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo, significa e sela a união do crente com Cristo 
e a participação das bênçãos do pacto da graça e a promessa de pertencermos ao Senhor”. 
7. O QUE O BATISMO NÃO É? 
➢ Não é renascimento - O texto de João 3.3-7 não está relacionado ao ato físico do 
batismo com água. Não! Refere-se à transformação do pecador pela ação e batismo 
regenerador do Espírito Santo. É um ato puramente espiritual: nascer do alto, de cima, 
do Espírito, não é físico/material. 
➢ Não implica no perdão do pecado original. O batismo com água não garante tal 
libertação, como afirma a doutrina da Igreja de Roma; muitos pelo contrário, a Bíblia 
afirma que “há um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem.” (1 Tm 
2.5; At 4.12). 
➢ Não perdoa pecados pessoais - O batismo com água ou nas águas não redime os 
pecados de ninguém. O perdão e remissão dos nossos pecados só é possível por meio 
do sangue de Jesus, que foi derramado em nosso lugar. (Ef 1.7; 1 Jo 1.7). 
➢ Não garante salvação da condenação eterna nem torna o homem filho de Deus - 
O batismo deve ser administrado àqueles que já foram, em Cristo, feitos filhos de Deus 
(1Jo 1.12; Mt 28.12). Os filhos de Israel que saíram do Egito em busca da terra 
prometida, foram rebeldes e desobedientes, e não obstante terem sido batizados, 
pereceram no deserto. O batismo não evitou a condenação e destruição deles. (Sl 
95.10-11; 1 Co 10.1-5; Jd 5). 
➢ Não é garantia de morte e sepultamento do velho homem - O texto de (Rm 6.3-5), 
não se refere ao batismo físico, mas sim, ao batismo no corpo de Cristo pela eficácia 
de sua morte. Este é um batismo essencialmente espiritual, no qual somos unidos a 
Cristo, ressurretos a fim de andarmos em novidade de vida. (Rm 6.4) O texto refere-se 
ao batismo que o Espírito Santo efetua no crente, isto é, no coração daquele que recebe 
Jesus como Senhor e Salvador pessoal, ligando-o ao corpo de Cristo, o qual é operado 
na conversão do pecador; que o regenera e o habilita a viver em “novidade de vida”. A 
água do batismo só dever ser administrada a quem já está vivendo uma nova vida, 
conforme 2 Co 5.17. 
 
 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 30 
 
8. O QUE O BATISMO É? 
➢ O batismo é uma ordenança bíblica - Afirmamos ser o batismo cristão uma 
“ordenação da igreja” porque se trata de algo que Jesus ordenou. (Mt 28.19; Mc 16.16). 
➢ O batismo é um testemunho de arrependimento e fé em Cristo - (At 2.38; 8.37 – Ex: 
Eunuco). 
➢ O batismo significa uma confissão pública de seu compromisso de seguir a Jesus 
Cristo como discípulo e testemunha (Rm 10.9; 1Pe 3.15) - É bom que se diga que 
batismo não salva, não perdoa os pecados e nem é absolutamente necessário à 
salvação; porém, este mandamento de Cristo é sinal e selo de que pertencemos a Ele. 
➢ O batismo significa uma ruptura do crente com o sistema MUNDO (1Jo 2.15, 5.19) 
- para conduzir a sua nova vida pelos padrões e valores absolutos da Palavra de Deus. 
(Rm 12.1-2). 
➢ Significa, ainda, posse de bênção para o crente em Jesus - prática que se tornou 
difundida na Igreja Primitiva (At 2.28,41) e ensino dos Apóstolos (1 Co 11.23-29). 
 
9. QUEM DEVE SER BATIZADO 
➢ Toda pessoa convertida a Cristo (At 2.38). 
➢ Todos os filhos menores dos crentes. Cremos na doutrina pactual ensinada em toda 
Escritura. No passado, Deus ordenou o Pacto por meio do sinal da circuncisão, ou seja, 
para ser membro da família de Deus na terra (povo de Israel), os meninos tinham que 
ser circuncidados (Gn 17. 9-14; At 2.39). 
A criança em Israel, era circuncidada para pertencer À mesma aliança que seus pais tinham 
com Deus; para pertencer à família de Deus aqui na terra. A criança era circuncidada ao 
oitavo dia para ser filho da aliança. Será que um menino de oito dias de nascido saia o que 
estava acontecendo? Será que o pai desse menino lhe perguntava se ele queria ser 
membro da família de Deus? Claro que não, pois um menino de oito dias não sabia e não 
sabe de nada o que está acontecendo. A responsabilidade era dos pais, e hoje não é 
diferente. Embora não circuncidemos os nossos filhos, nós os batizamos para pertencetem 
à família de Deus aqui na terra, que é a igreja (Lc 18.16-17). 
Se é pelo batismo que se torna membro da igreja de Cristo aqui na terra, então os filhos 
menores dos crentes precisam ser batizados para serem membros da família na fé. 
 
10. OBJEÇÕES AO BATISMO INFANTIL 
➢ A circuncisão era nada mais uma ordenança carnal e típica, por isso, destinada a 
cessar – colocar o batismo em lugar da circuncisão é continuar essa ordenança 
carnal - Refutação: A circuncisão aparecera antes da Lei de Moisés; e teria continuado 
como permanente selo da graça se o batismo não fosse introduzido para substituí-la. 
Na verdade, ela ganhou na lei uma importância tal, indispensável como selo pactual; 
um selo de um pacto espiritual que o Senhor fizera com Abraão. 
➢ Não há mandato explícito na Bíblia - Refutação: Seria “chover no molhado”! As 
crianças fazem parte do Pacto tanto no AT como no NT. Isso não desaprova a validade 
do batismo infantil. 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 31 
 
➢ Não há um exemplo de Batismo Infantil no NT - A Bíblia nos informa, no entanto, 
que tal rito fora administrado em famílias completas (At 11.14; 16.14-15, 32-34; 18.8; 
1Co 1.16). 
➢ O Batismo está condicionado a uma fé ativa revelada por si mesma em uma 
profissão - Usam para tal argumento Marcos 16.16. “Os infantes, dizem eles, não 
podem ser batizados, porque não podem exercitar fé. Refutação: “Quem não crê já 
está condenado”: Então, levando isso bem a sério e se isso não se refere apenas a 
adultos, todas as crianças vão ser condenadas. Deus é poderoso para salvar uma vida, 
independente de sua capacidade ou idade; uma criança pode ser chamada sem saber 
o que é fé. (Jr 1.4-8; At 22.12-15; Gl 1.15, 16). 
➢ Não sabemos se os meninos hão de ser crentes ou descrentes quanto adultos - 
Refutação: Quantos adultos professaram e se desviaram! (Jo 6.66; 2 Tm 4.9; 1 Jo 
2.19). Quantos de Abraão (do sangue dele) não se desviaram, embora crendo o 
patriarca no selo: Acã, Saul, Absalão, Acabe, etc. 
➢ Afirmam que as crianças não entendem que estão sendo batizadas e, por isso, 
nada lucram com esse ato - Refutação: As crianças que eram circuncidadas ao 
oitavo dia nada sabiam disso. Mas Abraão confiou nas promessas espirituais do 
Senhor. (Circuncisão não era um mero rito material desprovido do espiritual). Deus 
ordenou a Abraão; isso é fé indiscutível. 
➢ O batismo das crianças inconscientes é uma violação da sua liberdade de 
escolha pessoal - Não foi essa a visão de Josué quando disse: “Eu a minha casa 
srviremos ao Senhor” (Js 24.15). Nos pactos de Deus com o seu povo, os pais sempre 
foram legítimos representantes dos seus filhos (Gn 9.8,9, 17.7). 
11. FUNDAMENTOS BÍBLICOS DO BATISMO INFANTIL 
➢ A Aliança feita com Abraão era primariamente uma aliança espiritual, na qual a 
circuncisão era um selo - Esta natureza espiritual é confirmada no Novo Testamento 
(Rm 4.16-18; 2Co 6.16-18; Gl 3.8,9,14,16; Hb 8.10; 11.9,10,13). A circuncisão era um 
rito que tinha significação espiritual (Dt 10.16, 30.6; Jr 4.4, 9.25,26; At 15.1; Rm 2.26-
29, 4.11; Fp 3.2). 
➢ Esta Aliança ainda está em vigência e é essencialmente idêntica à “nova aliança” 
- A unidade e continuidade da aliança em ambas as dispensações segue-se do fato de 
que o Mediador é o mesmo: Cristo (At 4.12, 10.43, 15.10,11; Gl 3.16; 1Tm 2.5,6; 1Pe 
1.9-12); a condição é a mesma: a fé (Gn 15.6; Rm 4.3;Hb 11.6); as bênçãos são as 
mesmas: justificação (Sl 32.1,2,5; Rm 5.1; Gl 3.6); regeneração (Dt 30.6; Sl 51.10); vida 
eterna (Êx 3.6; Hb 4.9;11.10). No Pentecostes Pedro disse que a promessa era 
para os pais e para os filhos (At 2.39). 
➢ Pela determinação de Deus, as crianças participavam dos benefícios da Aliança 
– e, portanto, recebiam a circuncisão como sinal e selo - As crianças eram 
consideradas parte integrante de Israel como o povo de Deus (Dt 29.10-13; Js 8.35; 2 
Cr 20.13). 
➢ Na nova dispensação o batismo substituiu a circuncisão como sinal e selo 
iniciatórios da Aliança da Graça - As Escrituras insistem em afirmar que a circuncisão 
 não pode mais servir como tal. Se as crianças recebiam o sinal e o selo da antiga 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 32 
 
dispensação (a circuncisão) como deveriam elas ser inseridas na comunidade do povo 
de Deus senão por intermédio do batismo? 
➢ O termo empregado pelo apóstolo Pedro no primeiro sermão público da igreja 
cristã - (At 2). 
 
12. CONCLUSÃO 
O batismo possibilita o crente a participar e desfrutar de todos os deveres e privilégios da 
Igreja, tais como: participação da Santa Ceia, batizar os filhos, ocupar cargos efetivos, etc. 
É pelo batismo que o crente é unido como membro efetivo da igreja local militante. Daí a 
sua importância: o crente cresce na graça e conhecimento do Senhor, a Igreja é edificada 
e o reino de Deus é expandido e estabelecido. O mundo vê com seriedade o batismo do 
crente, por isso o ato e dia da celebração do seu batismo torna-se uma rara oportunidade 
para partilhar a sua fé em Cristo com sua família e com seus amigos. Convide-os para 
assistir o seu batismo. “O batismo do novo crente é sinal efetivo de sua ruptura com a antiga 
vida, e declaração pública de que ele é, de fato, uma nova criatura em Cristo Jesus.” Que 
assim seja. 
As crianças fazem parte da família de Deus. Deus firmou conosco uma aliança eterna, 
prometendo ser o nosso Deus e o Deus dos nossos filhos (Gn 17.1-10). 
 
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7 - SANTIFICAÇÃO: DEIXANDO AS COISAS 
VELHAS 
1. DEUS TEM PRAZER NA SANTIFICAÇÃO DOS SEUS FILHOS 
A santificação é a única etapa da redenção que Deus deixou ao nosso encargo, pois desde 
a nossa escolha na eternidade, passando pelo chamado para a salvação, e até a nossa 
justificação, foram operados soberanamente por Deus, sem a nossa participação, todavia, 
agora que somos salvos, devemos santificar a nossa vida para que manifestemos a glória 
de nosso Salvador a este mundo, através do nosso testemunho. 
A santificação é processo pelo qual o Espírito Santo opera e o homem coopera (Ef 1.4; Hb 
12.14). 
2. SANTIFICAÇÃO NÃO É OPÇÃO, É ORDEM DO SENHOR 
Deus ordena que sejamos santos. Não se trata de uma opção, mas sim de uma ordenança 
do Eterno. Somos habitação do Espírito Santo, então devemos zelar pela santidade. Honrar 
ao Senhor e manter comunhão com Ele (1Pe 1.14-16). 
Depois da conversão, continuamos pecadores, porém, em processo de santificação, 
operada pelo Espírito Santo. Nossa carne ainda irá desejar o mal, nossos pensamentos 
poderão nos trair, mas a presença de Cristo em nós sempre nos constrangerá e nos fará 
voltar para Deus em arrependimento e santificação (1Pe 5.8-9; Hb 12.1). 
3. SANTIFICAÇÃO É LUTAR CONTRA O PECADO 
Deus odeia o pecado. Ele a única barreira que nos separa de Deus. O pecado não pode 
prevalecer em nosso coração, pois ele nos priva de muitas bênçãos de Deus. além do mais, 
o pecado é a porta para todo mal em nossa vida. Sabedores dessa verdade, devemos lutar 
contra o pecado, deixar o erro e voltar para Deus (Tg 1.13-15; 1Jo 5.18). 
Quando recebemos a Cristo, passamos a ser nova criatura, mas ainda lutamos com os 
reflexos dos pecados passados, todavia, a presença de Jesus Cristo em nós nos capacita 
a lutar contra o mal e o pecado presente. Deus quer que você deixe de lado os erros e 
pecados que você claramente sabe que tem cometido. Seguem alguns exemplos a serem 
deixados imediatamente: Mentira, fofoca, idolatria, ódio, vício de bebida alcoólica, vício de 
cigarro, pornografia, sexo fora do casamento... (2Co 5.17; Cl 3.5-10). 
Deus nos tirou do mundo, mas não nos retirou do mundo. Isso significa que o Senhor Jesus 
nos salvou para o glorificarmos a partir deste mundo. Não podemos andar na linha de Deus 
e na rota do mundo ao mesmo tempo. Precisamos saber quem somos a partir de agora; 
não somos mais mundanos e inimigos de Deus, somos novas criaturas para servir ao 
Senhor. 
 
4. SANTIFICAÇÃO É FUGIR DO PECADO 
Pecar era natural quando ainda não conhecíamos ao Senhor Jesus. Fazíamos coisas 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 34 
 
erradas e nem ligávamos; agora, porém, as coisas mudarma. Hoje temos que ter aversão 
ao pecado, pois recebemos de Deus a ordem para fugirmos dele (Pv 28.13; 1Jo 3.8). 
Ainda que estejamos vivendo na carne, não valorizamos mais os desejos da carne. O nosso 
“eu” deseja muitas coisas erradas e abomináveis a Deus, mas a presença do Espírito Santo 
em nós sempre nos alertará quanto ao erro e nos conduczirá à Deus (2Co 10.3-5; Gl 2.20). 
 
5. CONCLUSÃO 
Precisamos consertar a nossa vida diante de Deus. Precisamos deixar todas as práticas de 
pecado que nos acompanham. Quem tem vida de casado e ainda não se casou, precisa se 
casar; quem etá em adultério, precisa se arrepender e consertar; quem se mantém em 
práticas ilícitas ou qualquer outra atividade condenada nas Escrituras, precisa voltar para 
Deus, se arrepender e abandonar as práticas pecaminosas. Todos nós precisamos buscar 
incansavelmente a santificação, pois sem ela, ninguém verá ao Senhor. 
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8 - O DÍZIMO 
1. LEITURA BÍBLICA DIÁRIA 
Domingo – O Dízimo Antecede a Lei – Gênesis 14 
Segunda-feira – O Objetivo do Dízimo – Números 
18:21-32 
Terça-feira – A Prioridade do Dízimo – Ageu 1:1- 11 
Quarta-feira – Roubando a Deus? – Malaquias 3:6-12 
Quinta-feira – Jesus Ratifica o Dízimo - Mateus 
23:23,24 
Sexta-feira – A Graça de Dar – II Coríntios 8:1-15 
Sábado – Os Perigos do Amor ao Dinheiro – I Timóteo 
6:3-19 
2. INTRODUÇÃO 
Talvez, o dízimo seja o ensino cristão que mais sofre críticas e rejeição, tanto pelos que 
negam a fé cristã, tanto pelos que a professam. Há uma expressão popular no meio 
evangélico que diz: “a última parte a ser convertida no homem é o seu bolso”; que reflete 
bem a dificuldade que as pessoas encontram em aceitar o mandamento do dízimo. 
A principal causa da rejeição ao dízimo é que o ser humano, uma vez corrompido pelo 
pecado, tornou-se extremamente materialista, ao ponto de muitos chegarem a cultuar o 
dinheiro. É por isto, que o apóstolo Paulo denomina a avareza como sendo a própria 
idolatria. 
Entretanto, a Bíblia é farta em ensinos, mandamentos, promessas e advertências quanto à 
fidelidade ou não na entrega dos dízimos. Nosso objetivo, ainda que nosso espaço seja 
pequeno, é formularmos uma visão bíblica sobre o Dízimo. 
A Palavra de Deus ensina que cada crente deve participar no sustento do trabalho de Deus: 
a expansão do Seu Reino. O plano divino para a manutenção do trabalho que a Igreja realiza 
aqui no mundo, requer a décima parte do total da renda dos “filhos de Deus”, isto é, dos 
crentes em Jesus, membros da Sua Igreja militante. E isto é dízimo. 
 
3. A BASE BÍBLICA DA DOUTRINA 
No Éden encontramos Abel apresentando ao Senhor “as primícias” de suas ovelhas em 
sacrifício aceitável, de que Deus se agradou, não acontecendo o mesmo a Caim, cuja 
manifestação de culto foi rejeitada (Gn 4.4-6; Hb 11.4). 
Mais tarde encontramos Abraão entregando o dízimo de tudo o que possuía a 
Melquisedeque, Rei de Salém, sacerdote do Deus Altíssimo. Jesus é o Sacerdote Eterno, 
da ordem de Melquisedeque e, segundo Hebreus 7.8, recebe dízimos dos crentes até hoje. 
Os dízimos dos filhos de Israel destinavam-se ao sustento dos Levitas, que por sua vez 
entregavam o dízimo aos sacerdotes. Eles cuidavam do serviço do templo não tendo 
recebido herança em Israel (Lv 27.30; Ne 18.23-26; Dt 12.11; Am 4.4). 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 36 
 
A responsabilidade da Igreja de Cristo é maior que a do povo de Israel, no AT. Temos um 
Evangelho a pregar ao mundo, como tarefa prioritária. Nossas tarefas secundárias, 
decorrentes da evangelização, incluem vestir os nus, alimentar os famintos, dessedentar os 
sedentos, socorrer os necessitados, etc. O sub-produto da evangelização é, em uma 
palavra, a beneficência. E tudo isto exige dos crentes um coração liberal, disposto a 
contribuir, para que o Reino de Deus se torne uma realidade entre os homens (Mt 25.31-46; 
Mc 16.15; Ef 4.28). 
 
4. A QUEM PERTENCE O DÍZIMO? 
Ninguém paga ou dá o dízimo ao Senhor. O dízimo é propriedade do Senhor. Ele é 
pertencente a Deus e é evidente que o homem não pode dar aquilo que não é seu. Ele 
apenas entrega a parte que pertence a Deus, devolve aquilo que é de Deus (Lv 27.30-32; 
Ml 3.8). O homem só dá alguma coisa a Deus a partir da devolução do Dízimo do Senhor. 
O crente infiel, que rouba o dízimo de Deus, além de não receber bênçãos em sua vida, 
experimenta o sabor amargo da maldição divina sobre seus empreendimentos (Ag 1.4-11; 
Ml 3.9; Gl 6.7). O crente que sonega o dízimo do Senhor e pensa que poderá administrá-lo 
à sua vontade está enganado! Pois Deus não permitirá isto! 
É necessário que o crente em Jesus reconheça que nada é seu, que tudo pertence a Deus. 
Somos apenas um mordomo, administrador dos bens que Deus houve por bem confiar-
nos. A Bíblia diz-nos reiteradamente que tudo é de Deus. (Êx 9.29, 19.5; Dt 10.14; 1Re 
8.27; Sl 24.1, 148.4-6; Ag 2.8). Haverá o dia em que ouviremos da boca do nosso Deus: 
“Presta contas da tua administração...” (Lc 10.1, 16.2). Que bom será se nos encontramos 
fiéis. 
5. OBJEÇÕES PESSOAIS CONTRA O DÍZIMO 
➢ Não dou o dízimo porque não sobra - Resposta: Deus requer as primícias, não as 
sobras. Ao crente avarento (ganancioso), Deus não permite que sobre nada. É hora de 
pôr em prova o Senhor. Faça o possível que Deus fará o impossível (Ml. 3.10). 
➢ Não dou dízimo, mas dou oferta. Cada um dá o quanto pode - Resposta: Reter o 
dízimo é sonegação (roubo). A oferta só é oferta depois da entrega do dízimo. Ofertas 
dadas depois da entrega do dízimo são holocaustos aceitáveis ao Senhor, que deles se 
agrada. Ofertas em lugar do dízimo são afronta ao Senhor. 
➢ Acho errado falar em dinheiro na igreja. As coisas espirituais são mais 
importantes - Reposta: Realmente, na igreja não se deve falar em dinheiro; deve-se, 
ao invés, estudar, ensinar e praticar a doutrina do dízimo. Dinheiro é uma coisa, dízimo 
é outra. Dízimo é doutrina para ser obedecida! 
 
6. DÍZIMO É UMA EXPRESSÃO DE FÉ 
Em Gênesis 14, nós encontramos pela primeira vez um servo de Deus consagrando seudízimo, o patriarca Abraão. Esta passagem é de uma importância vital para entendermos 
um pouco mais sobre o significado e importância do dízimo. 
A primeira coisa a aprender é que o dízimo antecede a lei, ou seja, ele foi instituído antes 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 37 
 
da lei mosaica, pelo menos 430 anos antes. Isto joga por terra a alegação de alguns de que 
o dízimo foi abolido juntamente com as demais leis mosaicas de caráter cerimonial. A prática 
do dízimo era uma tradição na vida dos patriarcas de Israel, pois em Gn 28.22, também 
encontramos Jacó referindo-se ao dízimo. A lei mosaica apenas o regulamentou. 
Mais importante ainda é que aprendemos que o dízimo é uma questão de fé. Nós sabemos 
que Abraão recebeu o honroso título de “Pai da Fé”, dada a sua pronta confiança em 
obedecer e confiar prontamente em Deus. 
A fé de Abraão fica clara no tocante aos bens materiais. Ele cria que todos os seus bens 
tinha como fonte a providência divina. Isto fica claro na oração de Melquisedeque, o 
sacerdote que recebe o dízimo de Abraão, que diz: “Bendito seja Abraão pelo Deus 
altíssimo; que possui os céus e a terra; ... que entregou os teus adversários nas tuas mãos.” 
Gn. 14. 19, 20. Abraão concorda com esta oração (22) e atribuindo a Deus a fonte de sua 
riqueza (23), ela não vinha da exploração de outros homens, nem do seu esforço próprio, 
mas de Deus. 
Em tempos de crise como estes que temos vivido, é preciso mais do que nunca ter fé para 
entregarmos fielmente nossos dízimos na certeza de que Deus tem todas as coisas em suas 
mãos e não permitirá que passemos necessidades. 
 
7. DÍZIMO É UMA EXPRESSÃO DE OBEDIÊNCIA 
Com o advento da lei mosaica surge a regulamentação do dízimo, indicando a quem ele 
deveria ser entregue e em que seria empregado. Além do dízimo, a lei mosaica vai 
regulamentar também todas as outras ofertas, algumas obrigatórias e outras espontâneas. 
Segundo a lei, o dízimo deveria ser entregue aos levitas. Estes, compunham a tribo do 
mesmo nome e eram uma das doze tribos de Israel. Os levitas foram separados por Deus 
para trabalharem exclusivamente nos interesses religiosos, oferecer sacrifícios, interceder 
pelo povo, louvor, etc. Como eles deveriam dedicar-se exclusivamente, não receberam 
herança na distribuição da terra conquistada, por isto deveriam ser sustentados mediante o 
dízimo das outras tribos. 
Aqui aprendemos a lição de que o dízimo serve para o sustento da obra de Deus, portanto, 
deve ser entregue na igreja, que é o agente do Reino de Deus na terra. A administração do 
dízimo é de responsabilidade daqueles que Deus tem chamado para pastorear e administrar 
a igreja. Caso sejam relapsos e negligentes, com certeza terão de prestar contas a Deus. 
No Novo Testamento encontraremos as pessoas da igreja trazendo suas ofertas e as 
depositando “aos pés dos apóstolos”. Portanto, é errado a atitude de algumas pessoas que 
insistem em administrar seu dízimo, entregando a pessoas ou outras entidade que não seja 
a igreja. Mais importante aqui, é salientar que o dízimo é um mandamento e, como tal, 
precisa ser obedecido. Os mandamentos de Deus são absolutos, portanto, não se deve 
questioná-los, procurando explicações lógicas, mas simplesmente obedecê-los. 
Deus nos quer por inteiro, Ele quer ter primazia em nossas vidas e a melhor maneira de se 
mensurar nossa fidelidade a Ele é através da obediência. Por isto, vamos observar, 
principalmente no contexto do Antigo Testamento, que da obediência depende o 
cumprimento das promessas de Deus sobre a vida de seu povo. Em se tratando do dízimo 
isto fica evidente nas advertências feitas pelos profetas Ageu e Malaquias que atribuem as 
adversidades enfrentadas pelo povo à infidelidade quanto ao dízimo. Mais ainda, Deus 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 38 
 
desafia o povo a prová-lo, prometendo que se eles fossem fiel, Deus os abençoaria 
sobremaneira. 
Dízimo é uma questão de obediência, sejamos fieis porque Deus é fiel. 
 
8. DÍZIMO É UMA EXPRESSÃO DE GRAÇA E GENEROSIDADE 
Os oponentes da prática do dízimo costumam alegar que no Novo Testamento não há uma 
ordem em relação ao dízimo. Isto não é verdade, pois o próprio Jesus fala sobre o dízimo e 
da necessidade de sua prática. Veja o que Ele diz: “Ai de vós escribas e fariseus, hipócritas! 
Porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes negligenciado os 
preceitos mais importantes da lei, a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas 
cousas, sem omitir aquelas.” (Mt 23.23). Nota-se que Jesus condena o legalismo farisaico 
e não a prática do dízimo, esta, pelo contrário, deve ser cultivada. 
Aqui, aprendemos que o dízimo não deve ser consagrado a Deus por força da lei, mas sim 
como expressão de ações de graças, de reconhecimento de que Deus nos tem dado muito 
mais do que nossa capacidade de ofertar alguma coisa a Ele. A própria oportunidade de dar 
é uma prova das bênçãos de Deus sobre a nossa vida, por isto o apóstolo Paulo ensina: 
“Mais bem aventurado é dar que receber.” (At 20.35). 
Alegar que o dízimo é uma prática não prevista no Novo Testamento pode ser perigoso para 
aqueles que procuram uma desculpa para não meterem a mão no bolso, pois, na verdade, 
o Novo Testamento trata da questão de uma forma muito mais radical, afirmando que aquilo 
que deve ser consagrado a Deus é mais do que dez por cento, na verdade, tudo deve ser 
consagrado a Deus. Quer seja na entrega no templo, aos pés dos apóstolos ou para 
socorrer necessitados. 
As advertências de Jesus quanto ao materialismo, as riquezas, são muito sérias, chegando 
a dizer que a salvação de um rico só não é de todo impossível por causa da misericórdia 
divina. (Mt 19.23-26). É interessante observar que Jesus associou a salvação de Zaqueu à 
sua atitude em abrir mão de sua riqueza, dispondo-se a repartir seus bens com os pobres 
e restituir a qualquer pessoa que ele, porventura, tenha defraudado. (Lc 19.8,9). 
Todo cuidado é pouco em se tratando de valores materiais, devemos de tomar o máximo 
de cuidado para não cairmos na tentação de amarmos mais o dinheiro do que Deus e as 
pessoas. Jesus dizia que “onde está o teu tesouro aí está o teu coração.”, é por isto que Ele 
ensinava aos seus discípulos que os tesouros terrenos não possuem nenhum valor, 
portanto, é preferível acumular tesouros no céu, onde a traça, o ladrão e a ferrugem não 
têm acesso. (Mt 6.19-21). 
Confirmando o ensino de Jesus, o apóstolo Paulo vai tratar desta questão debaixo da 
mesma perspectiva, fazendo afirmações contundentes sobre os prejuízos causados pelo 
materialismo. Na visão de Paulo, a avareza é idolatria (Cl 3.5), pois os avarentos acabam 
fazendo do dinheiro o seu deus. Em outro lugar, ele afirma que a raiz de todos os males é 
o dinheiro (1Tm 6.10). Em ambas as ocasiões o apóstolo mostra que tal situação é fruto da 
corrupção pecaminosa do coração do homem, portanto, o apego do dinheiro é incompatível 
na vida de uma pessoa que se diz liberta pelo poder do sangue de Jesus. Portanto, a falta 
de fidelidade quanto ao dízimo reflete numa certa medida falta de libertação do jugo do 
pecado. 
Paulo ainda nos ensina que nossa contribuição deve ser liberal, ou seja, com 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 39 
 
espontaneidade e com abundância (Rm 12.8). Como já vimos anteriormente, para Paulo, a 
possibilidade de ofertar é um motivo de alegria (At 20.35) e não de pesar e tristeza. Algumas 
pessoas relutam muito em entregar seu dízimo e sua oferta, fazendo-o com muito pesar no 
coração e com mesquinharia. Tais ofertas jamais subirão como incenso agradável ao trono 
de Deus. 
Paulo aprendeu algo tremendo com os crentes macedônios, que apesar de serem 
extremamente pobres, fizeram questão de enviarem suas ofertas generosas aos crentes da 
Judéia que passavam por terríveis necessidades. Segundo Paulo,ele quisera poupá-los, 
mas eles insistiram pois para eles ofertar era uma graça (2Co 8.4) e não um fardo. Poder 
contribuir com dízimo e ofertas é uma GRAÇA. Uma graça que poucos desejam, mas é uma 
graça. 
Que nossas ofertas e dízimos sejam nossa expressão de gratidão pelas muitas bênçãos 
que Deus tem derramado sobre nós. 
 
9. BÊNÇÃOS RESULTANTES DA PRÁTICA FIEL DO DÍZIMO 
A Palavra de Deus promete bênçãos extraordinárias para os crentes liberais em sua 
contribuição. Não existiu, não existe, nem existirá jamais um dizimista fiel, em penúria, 
carente do essencial para viver decentemente. Deus é fiel e ele supra as necessidades do 
crente fiel (Sl 23.1; Mt 6.33; Fp 4.19). 
Quais são as promessas para o crente dizimista fiel? Vejamos o ensino bíblico de 
Provérbios 3.9-10 e Malaquias 3.10-11 
1. Mantimento na casa do Senhor; 2. Bênçãos incontáveis; 3. Produtividade nos campos e 
nos negócios; 4. Reconhecimento das bênçãos divinas, por parte do mundo. 
O crente que entrega o dízimo ao Senhor confessa sua dependência dEle em tudo e por 
tudo. Entregar o dízimo significa reconhecer a soberania de Deus sobre nossa vida. 
Entregar o dízimo é colocar, pela fé, a responsabilidade de nossa subsistência material e 
espiritual, inteiramente nas mãos do Senhor. (1Cr 29.11-14; 1Pe 5.7). 
O crente que não consagra as dízimas de suas rendas (bens, salários) ao Senhor está 
embaraçado pelo pecado da avareza, que para Deus é pecado de idolatria (Colossenses 
3.5). “O amor ao dinheiro é a raiz de todos os males...” (1 Timóteo 6.10). Quando o crente 
se liberta da avareza e entrega o dízimo ele estende a frágil mão, pela fé, e Deus lhe 
segura a mão e o conduz pelo caminho das bênçãos de Provérbios 3.9-10; Malaquias 3.10-
11; Mateus 6.33; Hebreus 13.5-6). 
 
10. CONCLUSÃO 
Apesar de tantas vozes contrárias, não há como negar a fundamentação bíblica da prática 
do dízimo, portanto, se quisermos servir a Deus com fidelidade, devemos entregar na casa 
do tesouro nossos dízimos e ofertas. 
O dízimo é uma oportunidade de expressarmos confiança, obediência e gratidão ao Deus 
que é dono dos céus, da terra e de tudo o que neles há. 
O Senhor Jesus aprovou o dízimo (Mateus 23.23). Todavia devemos entregá-los com 
espírito voluntário e alegremente e não por constrangimento. (2 Coríntios 9.6-8). Façamos 
tudo com ação de graças ao Senhor. Amém! 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 40 
 
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 DISCIPULADO VIDA NOVA 41 
 
9 - LIÇÃO DA MORDOMIA 
1. INTRODUÇÃO 
A doutrina da mordomia cristã estabelece como verdade que Deus é Senhor e o Dono de 
tudo quanto existe na terra e no céu e concedeu ao homem o privilégio e responsabilidade 
de administrar. Os homens não são os donos, mas mordomos. 
➢ “Mor” = maior e “domo” = casa (do latim “majordomus”, “o maior da casa”, ou “chefe da 
casa”). DO grego “oikonomos”, onde “oikos” = casa e “nomos = lei. Literalmente é a “lei 
da casa”. 
Essa doutrina é tão verdadeira que nem precisa de muito esforço para a assimilarmos. 
Basta olhar para trás, para as pessoas que já partiram desta vida e veremos que nenhuma 
delas levou nada desta terra. Basta olhar para frente e nos certificarmos de que também 
não levaremos nada. Tudo o que temos aqui na terra não é nosso e nem dos nossos filhos. 
Tudo pertence a Deus e, como mordomos que somos, temos que zelar bem, pois um dia 
teremos que prestar contas ao supremo Dono. 
 
2. DEUS É O DONO DE TODAS AS COISAS 
 
Tudo o que você pode imaginar petence a Deus; o céu, a terra, o mar, o ouro, a prata, as 
gandes e pequenas empresas, enfim, tudo é Dele. Os homens apenas tomam conta por 
um tempo e depois se vão, seus filhos tomarão conta por mais um tempo e irão também. 
No final das contas, veremos que ninguém é dono de absolutamente nada, pois não 
levaremos coisa alguma desta terra. (Sl 24.1, 89.11; Rm 11.36). 
➢ Somos mordomos da criação - Depois de criar todas as coisas, Deus constituiu o 
homem como seu mordomo (Gn 1.28). 
➢ Somos mordomos de tudo nesta vida - Os mordomos são responsáveis pela maneira 
como se conduzem em relação às coisas e às pessoas. Vemos em Lucas 12.45-46, o 
mordomo que abusa da alimentação e da bebida, bem como de sua autoridade sobre 
as outraspessoas e é punido pelo seu senhor. Semelhantemente, em Tito 1.7-9, o líder 
da igreja, como o “mordomo de Deus”, não deve ser soberbo, irascível, dado ao vinho, 
espancador e cobiçoso de torpe ganância. 
Como mordomos, todas as pessoas são responsáveis diante de Deus pela maneira como 
vivem suas vidas, como usamos o nosso tempo ou dele abusamos, como usamos nossas 
influências, nossas habilidades, nossas vantagens ou nossa autoridade. Tudo isso tem a 
ver com a mordomia (1Co 4.1; 1Pe 4.10). 
3. DEUS É O DONO DE TODAS AS COISAS 
 
Em tudo, mas seguem algumas dicas que normalmente costumamos negligenciar. 
➢ Do nosso tempo: “Portanto, vede prudentemente como andais, não como ignorantes, 
mas como sábios, remindo (aproveitando bem) o tempo porque os dias são maus” (Ef 
 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 42 
 
5.15-16). Nosso alvo é que nosso uso do tempo deste dia reflita uma genuína autoria 
de Deus. (Ef 5.16), remir o tempo é fazer o melhor de cada oportunidade’. 
O tempo é o recurso fundamental da nossa vida, a matéria prima básica de nossa 
atividade. Quando o nosso tempo termina, acaba a nossa vida. Não há maneiras de 
obter mais. Por isso, tempo é vida. Quem administra o tempo ganha vida, mesmo 
vivendo o mesmo tempo. O tempo não usado não pode ser estocado para ser usado 
no futuro. O tempo não é como riquezas, que podem ser acumuladas para uso 
posterior. Quem não administra o seu tempo joga sua vida fora, porque um dia só pode 
ser vivido uma vez. Enquanto estamos vivos, é distribuído igualmente para todos. O dia 
tem 24 horas tanto para o mais alto executivo como para o mais pobre desempregado. 
Todos recebemos 24 horas de tempo por dia. 
➢ Do nosso corpo - Nosso corpo é templo do Espírito Santo, assim sendo, temos o dever 
de cudar dele, zelando pela santificação e pela sua boa forma. Cuidar de nossa saúde 
é exercer bem a mordomia diante de Deus. (Rm 12.1). 
➢ Da igreja do Senhor - Por três vezes o Senhor Jesus ordenou a Pedro que 
apascentasse a sua Igreja. Temos que zelar e cuidar da Igreja de Cristo aqui na terra, 
pois fazemos parte dela e o Senhor nos comissionou a isso (Jo 21.17; Hb 10.25). 
Também somos mordomos do nosso conhecimento e inteligência (1Co 1.5); dos nossos 
bens (Pv 3.9); dos nossos Dízimos e Ofertas (Ml 3.10). 
 
4. CONCLUSÃO 
 
Quem ama a Deus e sabe que pertence a Ele, vive uma vida de glória em glória. Tudo o 
que se faz nesta vida, faz-se para a glória de seu Senhor, Jesus Cristo. O cristão verdadeiro 
sabe que tudo vem de Deus e voltará para Deus. Sabe que não somos senhores de nada, 
mas Jesus Cristo é o Senhor de tudo. O verdadeiro salvo reconhece que o seu corpo, sua 
saúde, seu tempo, sua família, seus bens, seu dinheiro e tudo o que possui não é seu, mas 
de Deus. Sabemos que estamos apenas cuidando temporariamente e sendo assim, 
precisamos cuidar muito bem, pois um dia daremos contas de tudo a Deus. 
A Bíblia fala sobre mordomia principalmente nos seguintes textos: 1 Co 4.1,2; I Pe 4.10. 
Em ambos os textos, a palavra “mordomos” é substituída por ________________. 
Mordomo ou ________________ é a pessoa que administra bens que não são seus, 
todavia lhe foram confiados pelo patrão, o dono do lugar onde trabalha. O mordomo deve 
ser fiel em tudo, e nada pode deixar faltar na casa. 
O mordomo deverá prestar contas de tudo que lhe foi confiado, quando o Senhor chegar. 
O texto de Mt 25.14-30 ilustra muito bem esta verdade na Parábola dos 
________________contada pelo Senhor Jesus Cristo. 
 
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 DISCIPULADO VIDA NOVA 43 
 
10 - A IGREJA E OS DONS DO ESPÍRITO 
1. INTRODUÇÃO 
Qual a primeira coisa que te vem à mente quando você ouve a palavra igreja? A igreja em 
muitos lugares tem vivido uma crise de identidade. Alguns confundem igreja com prédios e 
grandes monumentos. Outros enxergam a igreja como um mero clube de amigos. Ainda 
tem aqueles que imaginam a igreja como um convênio médico gratuito e imediato, e a pior 
comparação de todas: a igreja como um trampolim para a prosperidade financeira. Será 
que é isso que a Bíblia diz ser a igreja? 
As Escrituras dizem que a igreja é o corpo de Cristo (ICO 12.27), a noiva de Cristo (Ef 5.22-
32), o edifício de Deus, templo do Espírito, santuário de Deus (l co 3, 16), família de Deus 
(Ef 2.19). O que estas imagens nos ensinam sobre o significado da igreja? Simples, igreja 
é o povo de Deus. E o povo eleito por Deus Pai para a salvação em Jesus Cristo, atraído a 
ele pelo Espírito Santo e pela pregação do evangelho. Uma das formas de entendermos 
melhor que tipo de povo é a Igreja é através de suas marcas. 
2. QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS DA IGREJA 
➢ A Igreja é adoradora - a verdadeira igreja de Jesus é adoradora em sua natureza. E 
impossível fazer parte da Igreja de Jesus e não ser um adorador (Rm 12. l). A igreja 
não é apenas uma reunião de amigos, é uma comunidade de adoradores (Jo 4.23-24). 
Tudo o que a Igreja é ou faz é uma forma de adorar e glorificar a Deus. Por esta causa, 
o culto é algo que determina o "DNA" da Igreja. Além de adorar a Deus em todo o tempo 
e lugar, o culto público é de suprema importância para a Igreja, pois é nele que nos 
conectamos com a Igreja Universal de Cristo espalhada pela terra (Hb 10.25). É através 
do culto público que nós simbolizamos a reunião cósmica do povo de Deus adorando 
a Cristo no novo céu e nova terra. 
Fora o culto, outra forma de viver um estilo de vida em adoração é pela constante vida 
de oração e reflexão nas Escrituras. A Igreja é o povo de Deus que vive em seus joelhos 
e alimenta a mente das palavras da Trindade. São estas duas disciplinas aliadas com 
a graça de Deus que tornam a Igreja santa. Toda igreja local deve buscar uma vivência 
de adoração saudável. Uma igreja que não é adoradora não pode ser identificada como 
Igreja.As Escrituras dizem que a igreja é o corpo de Cristo (ICO 12.27), a noiva de 
Cristo (Ef 5.22-32), o edifício de Deus, templo do Espírito, santuário de Deus (l co 3, 
16), família de Deus (Ef 2.19). O que estas imagens nos ensinam sobre o significado 
da igreja? Simples, igreja é o povo de Deus. E o povo eleito por Deus Pai para a 
salvação em Jesus Cristo, atraído a ele pelo Espírito Santo e pela pregação do 
evangelho. Uma das formas de entendermos melhor que tipo de povo é a Igreja é 
através de suas marcas. 
➢ A Igreja é proclamadora - A verdadeira Igreja de Jesus é proclamadora e ensinadora 
em sua natureza. Outra coisa que está no "DNA" da Igreja de Cristo é o ensino das 
Escrituras. Nós somos o povo do livro, por isso, somos o povo que ensina e prega o 
livro para os "de dentro" e para os 'de fora". Ensinar a Biblia significa proclamar quem 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 44 
 
é Deus, quem é Cristo, quem é ser humano, o que é a vida, o que é a morte, o que é 
bom, o que é mal. 
A Igreja Primitiva perseverava "na doutrina dos apóstolos" (At 2.42). A tarefa 
pedagógica da Igreja deve ser desenvolvida dentro e fora do culto. Novamente na 
antiga igreja vemos essa marca de forma clara: "E todos os dias, no templo e de casa 
em casa, não cessavam de ensinar e de pregar Jesus, o Cristo." (At 5.42). Da mesma 
forma, toda igreja local deve buscar profundidade no fiel ensino das Escrituras para que 
todos nós sejamos apresentados maduros no Dia de Cristo (2Co I l . 1-2). E nenhuma 
Igreja pode serrealmente Igreja sem a marca do ensino e pregação da palavra. 
➢ A Igreja é uma família - a verdadeira Igreja de Jesus é uma irmandade em sua 
natureza. A Igreja é o corpo de Cristo e a família de Deus. Essas duas imagens 
representam o caráter relacional e interdependente do povo de Deus. Muito mais do 
que amigos uns dos outros, somos uns dos outros, membros do mesmo corpo, irmãos 
atraídos pelo mesmo sangue. Por esta razão, o povo de Deus deve se amar com o 
mesmo amor que Cristo nos amou. 
Isso implica em praticar hospitalidade, (Rm 12.13) multiplicar alegrias e dividir tristezas 
(Rm 12.15), fazer refeições em conjunto (At 2.46) e resolver os conflitos uns dos outros 
(ICO 6.3-7). Viver como irmãos desta forma é uma consequência de chamarmos o 
mesmo Deus de Pai. Esse tipo de relacionamento deve também por natureza erradicar 
a necessidade dos necessitados de uma comunidade local. Na igreja primitiva os 
crentes vendiam suas propriedades e bens para que ninguém da igreja passasse 
necessidade, At 2.45. Pelas razões até aqui vistas, concluímos que é impossível ser 
Igreja, povo de Deus, e não pafticipar de uma comunidade local. Da mesma forma que 
é impossível ter um Pai em comum e não viver em família. 
➢ A Igreja é serva - a verdadeira Igreja de Jesus é serva em sua natureza. Note as 
palavras do apóstolo Pedro sobre serviço: "Servi uns aos outros, cada um conforme o 
dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus. Se alguém 
fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que 
Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado" ( l Pe 4.10-11). 
Serviço faz parte do "DNA" da Igreja porque Deus nos dá dons ao entrarmos para a 
família da fé. Precisamos servir uns aos outros, como um corpo bem ajustado, cada um 
suprindo uma necessidade com aquilo que foi capacitado por Deus para fazer. 
Além do serviço comunitário, a Igreja tem a tarefa de servir o mundo. A Igreja é o sal 
da terra, o elemento que impede a putrefação do mundo. Além de sal, somos a luz do 
mundo, através das nossas boas obras o mundo abrirá os olhos e glorificará a Deus, 
Mt 5.13-16. 
➢ A Igreja é missionária - a verdadeira Igreja de Jesus é missionária em sua natureza. 
A tarefa que Jesus deu para a Igreja é fazer discípulos dele em todas as nações e 
ensina-los a viver de acordo com as suas palavras. Por isso, é impossível ser Igreja e 
não ter um "DNA" missionário. Na Igreja todos os crentes são essencialmente 
missionários, não apenas os pastores, missionários transculturais, evangelistas ou 
presbíteros. 
Todos nós somos capacitados pelo Espírito Santo a fazer novos discípulos para Jesus. 
Outra coisa indispensável é o entendimento que cada perdido é um "campo 
missionário". Não precisamos necessariamente sair de nosso bairro, cidade, ou país 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 45 
 
para encontrarmos pessoas perdidas, elas estão em toda parte — obviamente existem 
povos menos alcançados que outros. Todas as pessoas que ainda não conhecem o 
Salvador são alvo da nossa ação. De certa fonna, tudo o que a Igreja faz é para que, 
em última análise, novos discípulos sejam formados. 
Que a nossa oração seja: "Deus, que enquanto nós te adorarmos, os perdidos sejam 
tocados para te adorar também; enquanto ensinarmos, os incrédulos queiram aprender 
e viver; enquanto nos amarmos como irmãos, os de fora queiram entrar para a nossa 
família; enquanto servirmos, eles glorifiquem a ti e sirvam conosco; e enquanto 
anunciarmos o evangelho salvador, seus corações sejam atraídos para um encontro 
contigo." Toda igreja local deve orientar o foco de suas ações para a glória de Deus 
humanos perdidos. 
3. QUEM SOU EU NO CORPO DE CRISTO? 
“Como posso descobrir meus dons espirituais e colocá-los em operação?” Algumas 
perguntas precisam ser respondidas: 
 
➢ Tenho certeza de que Jesus Cristo é meu Salvador e Senhor? Como está meu 
relacionamento com Ele? (Somente os crentes em Jesus recebem dos espirituais). 
➢ Estou disposto(a) a gastar tempo em oração, pedindo a Deus que me ajude a 
descobrir meus dons? 
➢ Estou disposto a assumir meu lugar no Corpo de Cristo? Estou disposto a assumir 
compromisso, a trabalhar, a deixar de “esquentar banco”, deixando que outros façam 
o trabalho? 
➢ Estou disposto a estudar sobre este assunto seriamente? 
4. PASSOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE SEUS DONS: 
Estude os dons e elimine os dons que você não tem: 
➢ Identifique-se com um ou mais dons. A descrição de alguns dons pode combinar 
bastante com você. O exercício bem sucedido de nossos dons nos traz alegria. 
➢ Busque confirmação por terceiros, que conhecem bem sua vida pessoal e seu trabalho 
para Deus. Identificações e/ou confirmações precipitadas levam a “assumir” dons que 
não possuímos, com resultados negativos, “orgulho espiritual” e frustrações. 
5. ALGUNS TERÃO DIFICULDADES PARA IDENTIFICAÇÃO INDIVIDUAL 
DE SEUS DONS: 
➢ Jovens e recém-convertidos, com pouca experiência no trabalho de Deus; 
➢ Aquele que não aceita a si próprio, ou vive representando um papel; 
➢ O crente morno e inativo, que não está exercendo seus dons de maneira normal; 
➢ Os crentes com experiência grande e diversificada no serviço do Senhor, que 
aprenderam a fazer relativamente bem muitas coisas. 
 
6. TRANSFORMANDO DONS EM MINISTÉRIOS (2 CORÍNTIOS 5:18-19) 
O propósito de Deus ao conceder dons espirituais aos membros da igreja é habilitá-los 
para o ministério em favor dos outros. (Ver I Timóteo 4:14-16; II Timóteo 2:15; Efésios 
4:15-16). Estude o gráfico abaixo. Ele dá uma ideia do que pode ser feito com cada dom. 
Um dom se converte em ministério, somente quando este é dedicado a Deus, exercitado 
ou desenvolvido, e aplicado em uma atividade que não seja temporal, senão que esta 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 46 
 
se constitua em permanente. 
 
Dom Atividade possível - ministérios 
1. Serviço 1. Diácono, presbítero, visitação, etc. 
2. Misericórdia 2. Visitas em hospitais, serviços comunitários, 
ministério nas prisões. 
3. Exortação 3. Aconselhar, grupos de apoio, ministério
 jovem, pregação. 
4. Contribuição 4. Fazer doações para as necessidades regulares e 
especiais. 
5. Hospitalidade 5. Recepcionista (atendentes), atividades nos 
pequenos grupos, serviços à comunidade. 
6. Ensino 6. Professor de Escola Dominical, Pequenos Grupos, 
Estudos Bíblicos, Seminários. 
7. Conhecimento/ Sabedoria 7. Encontrar pessoas para cada atividade, ensinar. 
8. Pastorado 8. Visitação, coordenar área espiritual, líder de 
grupos, pregação e exposição das Escrituras. 
10. Liderança 10. Presbítero, diácono, líder de ministérios. 
11. Administração 11. Organizar atividades, dirigir e liderar. 
12. Evangelização 12. Ministério pessoal, trabalho com pessoas que não 
conhecem a Jesus. 
13. Dom Missionário 13. Trabalhar em outras regiões ou culturas. Fundar 
igrejas, planejar novos ministérios, servir em áreas 
não-penetradas. 
 
Com base neste quadro, é possível você começar a pensar em que ministérios da Igreja 
poderá atuar, colocando à disposição do Senhor dos dons e talentos que Ele te deu, 
mediante o derramar do Espírito Santo em sua vida. 
 
7. COMO ME ENVOLVER NO CORPO DE CRISTO 
Depois de estudarmos tudo o que estudamos é hora de apresentar um pouco da dimensão 
prática da fé cristã. Escolhemos cinco aspectos que são essenciais na vida de qualquer 
cristão verdadeiro que almeja a maturidade na fé. Sobretudo é uma proposta para todos 
aqueles que desejam servir a Jesus na Igreja Presbiteriana Vida Nova. Lembre-se que não 
adianta nada você aprender sobre tudo que foi visto anteriormente e não praticar essas 
dicas que serão dadas neste momento. 
➢ Santidade - A partir de agora, como cristão, você deve buscar num nível máximo 
expressar seu amor a Deus e seu desejo por Ele através de dois exercícios espirituais: 
1. Oração; 2. Meditação nas Escrituras. Uma vez perguntaram paraA.W. Tozer o que 
era mais importante, orar ou ler a Blblia? Ele respondeu: "O que é mais importante para 
um pássaro, a asa da direita ou a asa da esquerda?" Nós somos como aves, se as 
nossas duas asas não estiverem funcionando bem jamais voaremos alto com Deus. 
Oração é o meio de comunicação que temos para falar com Deus. Meditar nas 
Escrituras é o meio que Deus utiliza para falar conosco. E através dessas duas 
disciplinas espirituais que o nosso caráter dia a dia será moldado conforme o caráter 
de Jesus Cristo. 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 47 
 
➢ Serviço - é hora de pensar quais são os dons que Deus te deu para servi-lo no mundo 
e na Igreja. Todos nós ao recebermos Jesus, recebemos por tabela um ou mais dons 
espirituais. Todo dom é útil para servir a Deus e edificar o seu povo. Quais são os dons 
que Deus tem de dado para servir a Deus na igreja? Quais são os dons que Deus te 
deu para servi-lo no mundo? Quais são as necessidades que você percebeu em nossa 
igreja? O que você pode fazer para saná-las? 
➢ Investimento - Outra coisa muito importante para todo cristão verdadeiro é o seu 
investimento pessoal na obra de Deus. Nós podemos fazer isso de várias formas, seja 
com o nosso tempo, trabalho, em causas sociais e humanitárias. No entanto, há uma 
coisa que a palavra de Deus nos orienta: contribuir financeiramente na Igreja local que 
frequentamos. Contribuir financeiramente com a igreja local é o investimento mais 
estratégico para o crescimento do povo de Deus no mundo. Existem dois níveis de 
contribuição, o primeiro chamamos de Dízimo, o segundo chamamos de Oferta. 
O Dízimo é a décima parte daquilo que alcançamos com o nosso trabalho e, então, 
oferecemos para o trabalho missionário da igreja local. Ele é importante para a 
manutenção fixa estrutural da igreja (pagamento de contas prediais, obreiros, pastores 
e funcionários), socorro material dos crentes pobres, auxílio material dos necessitados 
da comunidade e para a igreja avançar em seu desafio de pregar o evangelho a todas 
as pessoas do mundo. 
As ofertas são contribuições voluntárias de acordo com aquilo que cada um propôs em 
seu coração. Elas geralmente são alçadas para propósitos específicos como reformas, 
causas não previstas e urgentes, missionános e outras coisas. 
➢ Relacinamentos - Enquanto cristãos precisamos desenvolver um bom relacionamento 
com todas as pessoas. Não devemos nos cansar de promover e incentivar 
relacionamentos de amor. No ambiente comunitário é nosso dever fazer amizades 
espirituais que nos deem crescimento espiritual, que nos ajudem a rir e chorar diante 
das circunstâncias da vida. Somos um corpo, e por isso, totalmente interdependentes. 
Precisamos viver em comunhão com a nossa Igreja, com o povo de Deus. 
E por esta razão que temos os Pequenos Grupos. Essa é a estratégia que temos para 
investir em nossos relacionamentos e buscar maturidade espiritual. Cremos que esse 
é um modelo bíblico, pois a igreja começou na casa dos crentes (Atos 2. 46) e o mais 
saudável para promover o crescimento da Igreja. O encontro é centrado na Palavra de 
Deus (louvor, estudo, oração e comunhão). Portanto, além de participar dos cultos e 
demais programações da igreja, sendo um membro da IPB Vida Nova você é desafiado 
a ingressar em um PG para crescer e ajudar outros a amadurecer na fé cristã. 
➢ Evangelismo - A missão que está no cerne do que é um cristão é compartilhar o 
Evangelho com pessoas que ainda não tiveram um encontro real com Deus. Nós 
fazemos isso com atitudes e palavras. Deus nos enviou ao mundo e nos encheu com 
o poder do Espírito Santo para proclamarmos que Ele está em busca de adoradores 
que o adorem em nome de Jesus Cristo. 
Cristo nos chama para mostrar o seu amor na sala de aula, sala de reuniões, fábrica, 
parque infantil, vestiário, empresa, restaurante, shopping, casa e em nossa vizinhança. 
Nosso campo missionário é a vida diária, é a nossa rotina, são as pessoas que ouvimos 
e vemos todos os dias. Elas são o alvo da mensagem do evangelho. 
Você se compromete a evangelizar pessoas no dia a dia da sua vida? Espero que tudo 
isso que estudamos até aqui -- foi uma longa jornada — tenha feito você um discípulo 
radical, sábio que busca pensar, desejar e viver como Jesus. Não existe coisa mais 
maravilhosa e feliz do que ter um relacionamento com Jesus. Nossa vida ganha uma 
nova cor e nossa alma descansa tranquila nos braços do Pai. 
Que por causa deste relacionamento especial com Jesus você se sinta capacitado pelo 
Espírito Santo a evangelizar, anunciar, convidar e desafiar outras pessoas fora do 
 DISCIPULADO VIDA NOVA 48 
 
caminho para entrarem na família da fé. 
Você se compromete a cumprir todos esses compromissos com Deus e com a igreja? 
 
8. CONCLUSÃO 
 
Portanto, preste atenção: como membro do Corpo de Cristo (a igreja), você deve 
desempenhar ministérios na Igreja, exercendo os dons e talentos que você tem, como bom 
mordomo que sabe da responsabilidade que tem para com o seu Senhor. Lembre-se que 
Ef 4.12 nos diz que os dons são para o aperfeiçoamento dos_____________ e 
para a edificação do . 
 
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	1 – IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL
	2 - A BÍBLIA SAGRADA: A PALAVRA DE DEUS
	3 - SOU PECADOR
	4 - DEUS, JESUS E ESPÍRITO SANTO
	5 - SALVAÇÃO, POSSO TER CERTEZA?
	6 - OS SACRAMENTOS
	7 - SANTIFICAÇÃO: DEIXANDO AS COISAS VELHAS
	8 - O DÍZIMO
	9 - LIÇÃO DA MORDOMIA
	10 - A IGREJA E OS DONS DO ESPÍRITO

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