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1 RACIOCÍNIO LÓGICO - AULA 1
Aula 1
Ensino Médio
Filosofia 
OBJETIVO: Levar os alunos à compreensão das características do conhecimento 
filosófico e de alguns temas próprios da filosofia como o seu nascimento, a 
sua relação com os mitos e o aparecimento da lógica dentro como uma das 
principais ferramentas para o filosofar sobre as “questões primeiras”, também 
conhecida como Metafísica.
Conteúdos
 • Introdução a Filosofia.
 • Origem da Filosofia.
 • Mito e Filosofia, Lógica e Metafísica
Educação 
a Distância 
EJA
2 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
INICIANDO O DIÁLOGO
Prezado(a) aluno(a), sem dúvida, nós, seres humanos, por um motivo ou por outro, independentemente 
da idade, do sexo ou do lugar onde nascemos, já nos pegamos perguntando: por que a vida é assim? 
Por que uns nascem tão ricos e outros tão pobres? Por que existem as guerras? Será que o mundo 
vai acabar mesmo? Será que Deus existe mesmo? Será que existem seres extraterrestres? Afinal, uma 
máquina pode pensar? Será que o nosso destino depende realmente de sorte? Existe vida após a 
morte? Por que nascemos em determinados lugares ou em certas famílias? 
De fato, esses não são pensamentos originais ou raros. Ao contrário, muito mais do que imaginamos, 
pessoas comuns, de todas as idades, inclusive crianças, mais cedo ou mais tarde, de uma forma ou 
de outra, por esse ou por aquele motivo, fazem a si mesmas algumas dessas perguntas. Geralmente, 
quando nos sentimos incomodados, inquietos, indecisos, preocupados com nosso futuro, sozinhos ou 
mesmo nos sentindo impotentes diante de alguma situação, nos colocamos a pensar e a questionar 
nossas concepções sobre a vida, sobre a morte, sobre o sentido de nossas existências, sobre a natureza 
etc. Alguns arriscam até a “filosofar”, isto é, arriscam a buscar e a correlacionar ideias que possam de 
alguma forma responder aos anseios e angústias provocados pelo “não saber”, pela fragilidade de 
nossas certezas e, principalmente, pelas limitações e provisoriedade do conhecimento humano. 
Vale ressaltar, caro aluno, que é justamente esse “não saber”, essa inquietude, esse incômodo que 
pode nos levar à busca pelo saber, isto é, a busca da sabedoria. De origem grega, a palavra filosofia, 
por definição, designa a afinidade e a amizade pela sabedoria. O filósofo, por assim dizer, não é aquele 
que “sabe tudo”, que é o “dono da verdade”, mas aquele que busca, por afinidade e com a lealdade de 
um amigo, à sabedoria, por intermédio do exercício do pensamento, da razão enfim. 
Assim, como o atleta exercita seus músculos, por meio de intensos treinamentos, a fim de 
superar seus limites e vencer desafios, o filósofo é aquele que exercita suas ideias pelos intensos 
questionamentos, a fim de superar e vencer os desafios e angústias gerados pelo encontro 
inevitável com o desconhecido, com a dúvida e com as perplexidades da existência humana. 
3 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Não é raro o fato de afirmamos ideias, pensamentos e definições, muitas vezes sem saber o que 
significam e de onde vieram; nesse sentido, pensar o mundo, inclusive, pensá-lo na companhia de 
mestres como Platão, Sócrates e muitos outros, revela-se no direito feliz, amistoso e tranquilo de 
intervir em nosso próprio destino, além de firmar, sem dúvida, um compromisso de reconstrução e 
transformação com o nosso Tempo. Vamos lá, filosofar é preciso!
LEITURA DE MUNDO
Philosophia é uma palavra grega (composta por philos = amigo; sophia = sabedoria), de modo que o 
filósofo seria o “amigo (ou amante) da sabedoria”. Tal significação remonta em sentido estrito a uma 
“forma de especular”, que se originou e, atingiu seu ápice, entre o povo grego e que se desenvolveu na 
civilização hoje culturalmente denominada de “mundo ocidental”. Esse “amigo da sabedoria”, a figura 
histórica do filósofo, longe de se constituir como o arquétipo do “sábio” ou “profeta”, aparece eternizada 
nas narrativas míticas ou religiosas como aquele que revela e detém a sabedoria, ao contrário, revela 
que há um jeito de se filosofar “à moda grega”. É um jeito que, por um lado, nos leva a buscar a verdade 
passível de ser descoberta pelo pensamento, para um conhecimento fundamentado da realidade 
(O que são as coisas? Por que são como que são? Qual o seu fim? etc.), e, por outro lado, nos remete 
para a sabedoria, não somente como ciência, mas como algo a ser vivido como sólidos referencias 
de nossa existência. Essa é uma boa pista para começarmos a entender que o exercício filosófico 
não é um mero exercício intelectual e contemplativo, mas um exercício de reflexão que se encontra 
inteiramente associado à ação e à transformação do éthos. O éthos é justamente o que os gregos 
denominavam de construção do “modo de estar” no mundo. 
Uma vez que compreendemos, a partir da etimologia do termo “filosofia”, que seu exercício nada 
tem de meramente especulativo e que tais reflexões são dispositivos que acionam o pensamento em 
frequente movimento de busca, precisamos saber o que dá origem a essa experiência. Recorremos, 
então, a Aristóteles (Metafísica, A982b), filósofo que indicou com precisão a experiência que, na 
verdade, dá origem ao pensar filosófico, qual seja, a que os gregos chamavam da experiência do 
thauma (exatamente a da admiração, a do espanto e a da perplexidade).
4 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Para abdicar das respostas convencionais e, esse é o próximo passo em direção ao exercício 
filosófico, é ne-cessário abrir mão das “soluções de ordem prática”, que embora sejam importantes 
para a vivência diária e útil do ponto de vista pragmático, não exigem provas e demonstrações mais 
fundamentais, o exercício rigoroso do pensamento que, como tal, não somente revolucionou (e 
ainda revoluciona!) e elaborou teorias da física, as quais, por exemplo, resultaram, no Ocidente, na 
tecnologia moderna e, ainda as grandes teorias no campo da biologia, da medicina, da política, da 
economia etc., que revolucionaram a visão tradicional da vida, dos homens e das instituições humanas.
Toda essa produção intelectual, acertando às vezes e errando outras tantas, tem a ver com o tipo 
de pensamento desenvolvido no Ocidente, em outras palavras, tem a ver com a filosofia. Em 
uma sociedade capitalista como a nossa, a maioria concebe o conhecimento como um “bem de 
consumo”, em outras palavras, para além dos ensinos fundamental e médio, o acesso ao ensino 
superior tornou-se condição para se garantir um “lugar ao sol” no mercado de trabalho. Com 
efeito, a aquisição de conhecimento em nível superior tornou-se quase que uma obrigação na 
vida dos jovens e é o mercado de trabalho que tem “regulado” a “vocação” profissional dos jovens. 
Desenho: Nádia Filomena
5 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
 O que é isso? Por que é assim? Como é possível que seja assim? 
Por conseguinte, eis o primeiro passo em direção à atividade filosófica: ser atingido pelo espanto e pela 
perplexidade; estranhar as coisas a ponto de renunciar a ilusão, a ingenuidade e, até, a comodidade 
das explicações normalmente estabelecidas pelo senso acrítico. Vale lembrar, a acomodação do 
homem comum entorpecido por suas heranças simbólicas, isto é, pelo homem que não questiona 
de jeito algum o que “aprendeu” e “assimilou” durante sua vida, para quem a tradição que lhe formou 
comporta as únicas concepções cabíveis e indubitáveis de orientação de seus pensamentos. Parece 
que esse sentimento de “admiração” diante das coisas levaram (e ainda levam!) os homens, como 
levaram os primeiros filósofos, em face das dificuldades mais óbvias, a avançar e enunciar problemas 
a respeito da natureza, do universo, da existência humana e, principalmente, a pensar e redimensionar 
a vida humana e suas criações comportamentais, ideológicas, políticas, econômicas, culturais etc. 
Cabe também esclarecer que a experiência do thauma nada tem a ver com revoltar-se contra a tradição(experiência muito comum entre os jovens – o velho embate entre gerações!), mas sim se refere ao 
direito de renovação do próprio pensamento, renovação responsável, crítica e aberta ao debate, seja 
com reflexões antigas, seja com novas ideias. 
Uma vez tocado pelo estranhamento ou perplexo diante de algo e, principalmente quando perturbado 
por questões do tipo: O que é isso? Por que é assim? Como é possível que seja assim? etc., o homem 
em geral se vê acometido por uma exigência de explicações, ávido por encontrar um sentido para 
sua experiência. Quando isso acontece, desde as culturas mais primitivas, pois esse movimento é 
próprio da condição humana, um arsenal de explicações e respostas é produzido. (É comum que tais 
respostas estejam contidas em mitos, lendas, histórias e narrativas religiosas que passam de geração 
em geração.) Da mesma forma que é comum a inquietação de alguns diante do estabelecido, outros 
passam a vida toda sem indagar-se ou espantar-se com o que está estabelecido pelo senso comum. 
Podemos até observar que muitos aceitam, sem muitas exigências, não somente explicações dadas 
pelo mito, bem como aceitam passivamente quaisquer outras explicações prontas e fornecidas pelo 
meio social em que vivem, pela cultura dominante. 
Enfim, encaram com naturalidade as explicações sobre o mundo que nos circunda, quer essas 
explicações se refiram ao mundo dos fenômenos físicos, quer ao âmbito das relações sociais, cujo 
sistema de organização, embora incomode com seus problemas de conduta, muitas vezes não chega 
a causar espanto em ninguém. É como se tudo fizesse parte da “ordem natural” e inevitável das coisas. 
6 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Como veremos no próximo capítulo, parece que a filosofia surgiu (pelo menos é a tese mais aceita 
pelos historiadores!) quando, por uma série de fatores complexos, as explicações e respostas dadas 
pelo mito e pela tradição não satisfizeram a certos homens gregos, os quais se mostraram, além de 
curiosos e perplexos, dispostos a não abrir mão da busca por explicações, pelos homens e no mundo 
dos homens, exigindo respostas que fossem além das fornecidas pelo senso comum.
Se for preciso, então, encontrar respostas no “mundo dos homens”, é preciso também definir a tarefa da 
filosofia, a fim de que possamos entender como seriam dadas as explicações dos homens interessados 
nesse novo empreendimento intelectual. Para abdicar das respostas convencionais e, esse é o próximo 
passo em direção ao exercício filosófico, é necessário abrir mão das “soluções de ordem prática”, que 
embora sejam importantes para a vivência diária e útil do ponto de vista pragmático, não exigem 
provas e demonstrações mais fundamentais, o exercício rigoroso do pensamento que, como tal, 
não somente revolucionou (e ainda revoluciona!) e elaborou teorias da física, as quais, por exemplo, 
resultaram, no Ocidente, na tecnologia moderna e, ainda as grandes teorias no campo da biologia, da 
medicina, da política, da economia etc., que revolucionaram a visão tradicional da vida, dos homens 
e das instituições humanas.
Toda essa produção intelectual, acertando às vezes e errando outras tantas, tem a ver com o tipo 
de pensamento desenvolvido no Ocidente, em outras palavras, tem a ver com a filosofia. Em uma 
sociedade capitalista como a nossa, a maioria concebe o conhecimento como um “bem de consumo”, 
em outras palavras, para além dos ensinos fundamental e médio, o acesso ao ensino superior tornou-
se condição para se garantir um “lugar ao sol” no mercado de trabalho. Com efeito, a aquisição de 
conhecimento em nível superior tornou-se quase que uma obrigação na vida dos jovens e é o mercado 
de trabalho que tem “regulado” a “vocação” profissional dos jovens. 
Desenho: Nádia Filomena
7 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Nesse sentido, nos endereçamos à própria etimologia da palavra filosofia: ela nos revela que o 
papel do filósofo não é o de detentor de um saber superior, o sábio, o erudito, mas, daquele que, ao 
contrário, “busca” com modéstia, seriedade e, por que não dizer, com amor, a manutenção do direito 
ao questionamento, questionamento do que parece normal e óbvio aos olhos dos outros. Nada fica 
de fora de seu questionamento: nem Deus, nem o homem com suas ciências e instituições, inclusive, 
nem os sistemas filosóficos já aceitos e elaborados e o próprio direito do filósofo de questionar. Por 
conseguinte, a filosofia acaba sendo, de fato e de direito, um saber crítico sobre todas as coisas, e, não 
se pode esquecer desse detalhe, nem ela própria pode escapar de seu próprio questionamento.
O questionamento, de fato e de direito, na maioria das vezes é responsável por transformações possíveis 
e alterações recorrentes na comunidade humana e, consequentemente pela vida e destino do planeta. 
Por isso, podemos concluir que a filosofia é justamente a ciência a partir da qual nada permanece tal 
e qual é. Sendo assim, é só entrar na filosofia para compreender que já, na contramão da maioria, não 
pertencemos mais ao grupo dos “obcecados por segurança” e “avessos a mudanças”, mas, ao time dos 
que apostam com vontade e coragem, na beleza e capacidade de criação do pensamento humano. 
Mas como a filosofia surgiu neste mundo? Quais eram as condições dos filósofos da época, como 
eles viviam? É o que aprenderemos no próximo tópico. Trataremos neste das origens do pensamento 
filosófico-científico, em uma referência à passagem das explicações míticas, por isso, a alusão ao 
mundo dos deuses, as explicações produzidas pela razão humana, as quais possibilitaram a filosofia 
e a ciência como as conhecemos hoje. Igualmente, abordaremos um assunto que, embora muito 
antigo, ainda faz parte de nossas vidas: o mundo mítico, o mundo mágico-religioso, no qual não 
há questionamentos analíticos nem compromisso com a lógica dos sentidos humanos. Ao mesmo 
tempo, mostraremos como a história da filosofia começa na passagem da concepção de um mundo 
“governado” e “explicado” pelo “sobrenatural” para a concepção de “mundo natural”, no qual a 
ocorrência de seus fenômenos e a própria vida são acessíveis à razão humana. 
Você está preparado? Então vamos continuar!
8 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Origem da Filosofia: Mito e Razão
A identidade atual do ser humano (a partir da qual inferimos adjetivos, tais como: inteligente, evoluído, 
científico, culto etc.) comporta múltiplas expressões: a do homem que conhece, a do homem religioso, 
a do homem tecnológico etc., inclusive a do homem como espécie evoluída, classificado pela biologia 
tradicional como pertencente à classe dos mamíferos, do gênero Homo e da espécie sapiens. 
Nesse sentido, o atributo sapiens remete à capacidade humana de sapiência, em outras palavras, 
a capacidade do homem de conhecer e intervir, por intermédio de suas criações cognitivas e 
comportamentais, no mundo em que vive. Nem sempre, e isso podemos observar com facilidade, o 
homem dá explicações lógicas, racionais, tampouco práticas, aos problemas e enigmas que encontra 
durante sua existência. É fato assente que, ao longo da história da humanidade, o homem produziu, 
por um lado, muita ciência e tecnologia, as quais elevaram consideravelmente a expectativa de vida, 
e, por meio do pensamento laico e da produção de tecnologia, transformou a qualidade da existência 
humana, aumentando o aproveitamento dos recursos naturais, facilitando meios de locomoção, 
aumentando a comunicação entre os povos etc. No entanto, por outro lado, tem ainda de se curvar aos 
inumeráveis enigmas e mistérios da vida e do mundo, que não cessam de pôr em xeque os limites de 
nossas concepções racionais e nossas expectativas de intervenção no destino de nossas existências. 
Muitas vezes, e isso é inevitável, nos deparamos com situações não somente inexplicáveis, como também 
incontroláveis por nossa razão. Por conseguinte, diante do desconhecido e dos limites da razão,apela-
se recorrentemente ao mítico ou à manutenção, sem questionamento, das explicações convencionais.
 
Aquiles luta perto do rio, Johann Balthasar Probst (1673 - 1748), séc. XVIIIEros ou Cupido.
9 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Quem nunca ouviu estas expressões: “aquilo era ‘meu calcanhar de Aquiles’”, ou “foram ‘flechados 
pelo cupido’” e, ainda, “o ‘complexo de Édipo’”, “esse trabalho foi uma ‘odisseia’”, “este é um ‘presente 
de grego’” (em uma referência ao Cavalo de Troia) etc.? Tais expressões refletem simbolicamente 
mitos de origem grega, muitos dos quais apenas citamos por hábito ou crença, sem termos a menor 
noção de sua origem e de suas fantásticas histórias. Segundo historiadores da filosofia, o pensamento 
filosófico-científico, o que hoje denominamos “pensamento ocidental”, nasce na Grécia arcaica, 
alcança seu ápice na Grécia clássica e se expande para além das fronteiras gregas no período chamado 
helenístico. Portanto, vamos agora empreender uma viagem no tempo rumo à Grécia antiga, a fim de 
que possamos descobrir as origens da forma de se “pensar como pensamos” e as heranças simbólicas 
e reflexivas que nos legaram os então chamados primeiros filósofos.
De acordo com a periodização elaborada pela história do pensamento filosófico no Mundo Antigo, 
há quatro períodos: “mítico” ou “mágico-religioso” (de 1.200 a 800 a.C.); “arcaico” ou “pré-socrático” (do 
final do século VIII a.C. ao início do século V a. C.); “clássico” (do século V a.C. ao IV a.C.); e “helênico” 
(quando a Grécia passa para o domínio da Macedônia e depois para o domínio de Roma). Neste 
capítulo, abordaremos alguns aspectos do “mítico”, período em que os homens procuram interpretar 
e explicar os fatos de sua experiência, exclusivamente, pelos mitos, isto é, recorrendo ao sobrenatural 
e à “vontade dos deuses”. 
Há alguns pensadores da história do pensamento antigo que argumentam a favor da chamada 
“origem oriental” do pensamento filosófico, isto é, para eles, assim como para Heródoto e os filósofos 
Platão e Aristóteles, há reconhecidamente uma dívida intelectual dos gregos para com os orientais (os 
chamados bárbaros) e, também, não se pode deixar de considerar que, durante o helenismo, época em 
a Grécia estava sob o domínio, primeiro dos impérios de Alexandre e depois de Roma, estabeleceu-se 
uma aproximação entre “os gregos” e “os outros”, fato marcado, exemplarmente, por pensadores como 
Filo de Alexandria (pensador judaico) e Eusébio de Cesareia (padre cristão intelectualizado). De todo 
o modo, a tese mais aceita pelos historiadores é a de que a filosofia nasceu entre o final do século VII 
a.C. e o início do século VI a.C., nas colônias gregas da Ásia menor – especialmente as que formavam a 
Jônia. Agora vamos procurar saber como os homens gregos que viviam nesse momento faziam para 
entender o mundo à sua volta, nesse período anterior ao aparecimento da própria filosofia.
10 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Até o século VI a.C, portanto, a civilização grega era marcada por um modo de pensar e explicar o 
mundo e a vida por intermédio de causas sobrenaturais, ou melhor, pela interpretação que faziam 
do que deliberavam os deuses. Os gregos eram “politeístas”, o que significa a crença em vários deuses 
(Atenas, a deusa da justiça; Afrodite, a deusa do amor; Hades, o deus do inferno; Poseidon, o deus dos 
mares; Zeus, o deus dos deuses; dentre outros), e cada um dos deuses “expressava” seus desígnios, 
determinando, de um modo ou de outro, o destino dos homens. O mito aparece, então, como o recurso 
ao qual o homem grego recorre, anteriormente ao séc. VI a.C, para explicar o mundo em que vivia. 
Como toda tradição de povos da Antiguidade, o povo grego também tinha sua própria visão de 
mundo. O termo grego mythos (mito) caracteriza um tipo especial de discurso, isto é, um discurso 
fictício ou imaginário, entendido como a “palavra proferida por um representante da divindade”. Por 
intermédio desse tipo de discurso, o povo de determinada tradição explica aspectos fundamentais da 
realidade, ou seja, a origem do mundo, como se dá o funcionamento dos fenômenos da natureza e, 
também os princípios e valores básicos de vida. O discurso mítico se dá, normalmente, por meio de 
lendas e narrativas, cujas autorias e origens cronológicas são desconhecidas, fazendo parte, então, da 
tradição cultural e folclórica. 
A transmissão do mito é oral, envolvendo histórias, “casos” e imagens e, configurando como parte 
de uma tradição cultural, o mito traduz a própria visão de mundo dos membros de determinada 
comunidade e a maneira como experimentam suas existências. Nesse sentido, o mito supõe, a priori, 
pensamentos dogmáticos, prescritivos e inquestionáveis. Por conseguinte, não há lugar, entre aqueles 
que o seguem, para buscas de justificativas, fundamentos, críticas ou correções. Na verdade, é uma 
questão de “pertencimento” à determinada cultura: ou se aceita o mito (visão de mundo estabelecida) 
ou não se pertence a ela. Quanto à forma de explicar os fenômenos da natureza e ao que acontece aos 
homens, o mito prima pelo apelo ao mágico, ao sobrenatural e/ ou ao sagrado. 
Tudo no pensamento mítico é governado por uma realidade fora do mundo humano e natural, 
realidade sempre superior, cheia de mistérios e, para “fazer a ponte” entre esse mundo e o mundo 
dos homens, se estabelecem em cada comunidade os sacerdotes, iniciados, magos, bruxos, seres 
superdotados, incomuns etc. Esses são capazes de transmitir e interpretar a vontade dos deuses, 
mesmo que parcialmente. Os oráculos, os cultos, os rituais de magia e os sacrifícios religiosos são 
maneiras de se tentar alcançar benefícios, de agradecer, de aplacar a ira, além de formas de consultar 
e honrar os deuses. Entre os exemplos de religiões gregas, estão o orfismo e os mistérios de Elêusis. 
11 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Diógenes de Laércio (o primeiro “historiador” da filosofia de que se tem notícia), na verdade, o 
primeiro doxógrafo (o que reuniu e publicou a opinião dos filósofos antigos), foi quem defendeu 
o caráter absolutamente nativo e original da filosofia como um feito grego. Segundo Diógenes, 
nada nas culturas vizinhas e contemporâneas se comparam a ela. Para Martin Heidegger, filósofo 
contemporâneo, como para Diógenes de Laércio, a “filosofia fala grego”, o que significa que, de modo 
espontâneo e natural, os gregos são os pais da filosofia e ciência ocidentais, isto é, é a eles que se deve 
atribuir o “milagre” da criação do modo de pensar e de intervir sobre a realidade que ficou como uma 
herança para toda a posteridade ocidental, uma invenção nova e própria do Ocidente. 
A exposição de Hegel, filósofo alemão do século XIX, do surgimento da filosofia produziu uma corrente 
de historiadores da filosofia para os quais esse nascimento significa ruptura integral com a religião e 
os mitos. Nessa mesma linha de pensamento, Aristóteles, filósofo do período clássico do pensamento 
antigo (período ao qual fizemos referência no começo do capítulo), afirma ser Tales de Mileto (século 
VI a.C.) o primeiro a exprimir uma insatisfação com o tipo de explicação do real que encontramos no 
pensamento mítico, sendo esse pensador considerado o iniciador do pensamento filosófico-científico. 
Esse momento histórico de ruptura de uma “forma de pensar” a outra é reconhecidamente resultante 
de transformações significativas na sociedade grega da época, que se seculariza, tornando-se 
importante a atividade comercial dentre outros dados históricos como: escrita, o calendário, moeda 
e as navegações. Assim sendo, podemos dizer que o surgimento da filosofia nas colônias gregas da 
Jônia é bastante expressivo, já que ali se dava o maior contato com outras culturas, fazendo com que o 
pensamento tradicional grego (o mito que sustentava suas crenças, interpretações do mundo, valores 
etc.) fosse,junto com as práticas religiosas e, em face da diversidade cultural ora experimentada, 
postos à prova e relativizados. 
Doravante, o mito como explicação do real por intermédio de causas sobrenaturais será considerado 
insatisfatório, e os primeiros filósofos procurarão explicar a realidade natural por ela própria, donde 
deriva o termo “naturalismo” atribuído às primeiras escolas filosóficas. Para tal empreendimento, o 
novo pen-samento filosófico mostrará características para romper com a narrativa mítica, como as 
noções de physis (natureza) e de causalidade (interpretação do real em termos naturais). 
12 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Como você pode ver, a filosofia se preocupou ao longo do tempo com várias questões. Contudo, nos 
primeiros séculos da Filosofia, uma das principais questões que levaram os pensadores a desenvolver 
um método próprio, baseado no raciocínio lógico, foram sobre a realidade que nós chamamos de 
metafísica. Essa tentativa de conhecer as coisas não enquanto mera aparência, mas do ponto de vista 
do que o ser realmente foi fundamental para o desenvolvimento da Filosofia e de vários conceitos 
filosóficos que ainda hoje utilizamos em nosso dia a dia. 
Vamos aprofundar um pouco mais sobre este tema? 
O Pensamento lógico e o desenvolvimento da Metafísica.
Embora historiadores da filosofia considerem que a metafísica tenha começado com Parmênides 
e Platão, atribui-se seu nascimento comumente à Aristóteles, pois o filósofo, ao contrário de seus 
predecessores, afirma que é possível uma ciência teorética verdadeira sobre a natureza e a mudança: 
a física. Nesse sentido, Aristóteles professa que é preciso, primeiramente, demonstrar que o objeto 
da física (a natureza) é um ser real e verdadeiro, e, para tal empreendimento, é preciso lançar mão 
da filosofia primeira ou metafísica. Para o filósofo, a essência das coisas naturais, inclusive dos seres 
humanos e suas ações, estão no mundo sensível, nas próprias coisas e onde elas existem, e cabe 
à filosofia tomar para si a tarefa de conhecê-las, ali mesmo onde tudo se encontra, não no mundo 
inteligível, como queria Platão. 
Em linhas gerais, segundo uma ideia ainda muito difundida, o termo “metafísica” foi o nome dado 
por Andrônico de Rodes, no século I a.C, à série de livros de Aristóteles, ordenados por letras do 
alfabeto grego, que se referiam ao que o próprio Aristóteles chamou de “filosofia primeira”, “teologia” 
ou “sabedoria”. Como os livros em questão foram classificados após os oito livros da física, chamou-
lhes de metafísica, isto é, “as coisas que estão depois da física”. Se essa designação tem, inicialmente, 
um caráter meramente classificatório, vê-se, na época de São Tomás de Aquino, que esse título de 
catálogo seria empregado para designar a ciência suprema (abrangendo objetos como Deus e os 
Anjos, e conceitos como substância, qualidade, ser, potência, ato e muitos outros). Trata-se, então, 
de um saber que pretende ir além dos estudos referentes à natureza (nesse sentido, dizemos que a 
metafísica é um saber que transcende o saber físico ou “natural”).
13 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
Para Aristóteles, a metafísica (ou “filosofia primeira”) é uma ciência que estuda o “ser enquanto ser”, e 
o que propriamente lhe pertence. Essa ciência investigaria “os primeiros princípios e as causas mais 
elevadas”, merecendo, por isso, ser chamada de “filosofia primeira”. A filosofia, nos diz Aristóteles, tem 
tantas partes quantas substâncias há; assim, a parte que trata da substância natural é a “física” – uma 
“filosofia segunda”. Acima dessas partes, há uma ciência na qual se estuda o que é enquanto é, e 
não alguma espécie ou forma particular desse ser. Quanto ao objeto da metafísica, por um lado, o 
que chama “filosofia primeira”, ao ocupar-se do ser como ser, de suas determinações, princípios etc., 
ocupa-se, portanto, de algo que é superior e até supremo na ordem “do que é”. 
No entanto, esse ser superior ou supremo pode ser entendido de dois modos: ou como o estudo 
formal do que depois se chamarão “formalidades”, e, nesse caso, a metafísica será o que se chamará 
depois “ontologia”; ou como o estudo da substância separada e imóvel – o primeiro motor, Deus –, e, 
nesse caso, será, como Aristóteles lhe chama, “filosofia teológica”. 
Seja como for, nunca se perdeu, no termo “metafísica”, o sentido de uma investigação formal 
estreitamente relacionada com a lógica (ainda que não identificável com ela), de temas como 
o ser, os transcendentais, a substância, os modos, a essência, a existência etc., os quais têm sido 
tradicionalmente considerados objetos da metafísica. 
Muitos escolásticos medievais consideraram a metafísica como “a ciência primeira”. Para São Tomás de 
Aquino, ela é a “ciência da verdade, não de qualquer verdade, mas daquela verdade que é a origem de 
toda verdade, isto é, que pertence ao primeiro princípio pelo qual todas as coisas são”. Sendo Deus a 
fonte de toda a verdade, Deus (a “verdade primeira” ou “verdade incriada”) é o objeto da metafísica. A 
metafísica é, em suma, como a definiram Aristóteles e São Tomás, a ciência do ser enquanto ser. 
Na era moderna, acostumou-se, por um lado, a considerar a metafísica – enquanto Prima Philosophia 
– como o domínio da filosofia que trata de questões como a existência de Deus e como a distinção 
ontológica entre a alma (substância inextensa) e o corpo (substância extensa). Acostumou-se a 
considerar as reflexões metafísicas como meditações sobre as “primeiras verdades” ou, como vemos, 
por exemplo, nas duas primeiras Meditações de Descartes, uma meditação sobre a “verdade primeira”, 
a partir da qual o grande edifício da ciência poderia se “erguer de forma firme e constante”, sem que 
fosse ameaçado pelo ceticismo. Nesse caso, a metafísica seria possível como ciência quando se 
apoiasse numa verdade indubitável e absolutamente certa, por meio da qual seria possível alcançar 
“verdades eternas”, como a certeza da existência de Deus e consequentemente, do próprio mundo 
exterior sobre o qual a ciência formularia as suas leis. 
14 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
No que se refere à crítica da metafísica empreendida por alguns filósofos modernos, cabe-nos acentuar 
o ceticismo do empirismo radical de Hume e a consequente resposta da filosofia crítica de Kant, 
tanto ao racionalismo dogmático (que fez da metafísica uma ciência especulativa sem fundamentos) 
quanto ao próprio ceticismo (que negou a possibilidade de um conhecimento metafísico). Em uma 
linha de investigação análoga à de Hume, já no pensamento contemporâneo, vemos surgir uma nova 
crítica à metafísica, podendo, por um lado, ser entendida a partir do positivismo lógico, cuja marca 
indelével foi a de mostrar, por meio de um método de análise lógica da linguagem, que as proposições 
metafísicas seriam desti-tuídas de sentido.
Por outro lado, filósofos contemporâneos como Martin Heidegger e Merleau-Ponty argumentam que 
damos sentido ao mundo, transformamos coisas, criamos artefatos, obras de arte e instituições, apesar 
de sabermos que não criamos o mundo. Se não houvesse a consciência para apreender o mundo, não 
haveria mundo para nós, tampouco não teríamos nada para conhecer, nem agir sem o mundo. O que 
chamamos consciência humana desapareceria sem o mundo para apreender, nele estar e agir. Para os 
filósofos “estamos no mundo” e o mundo é mais velho que nós (na verdade, numa referência ao fato 
de não ter esperado o sujeito do conhecimento para existir), mas, ao mesmo tempo, eles enfatizam 
que somos capazes de dar sentido ao mundo, conhecê-lo e transformá-lo. 
Como um exercício sobre o tema Metafísica sugerimos, ao final desta nossa aula, o seguinte exercício:
Analise por que a questão “uma máquina pode pensar?” remete a uma indagação metafísica, 
destacando e justificando o problema metafísico a que se refere.
15 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA1
SAIBA MAIS
 • É característica do pensamento mítico a associação de imagens, cores, casos fantásticos às experiências 
difíceis de o homem compreender em sua vida cotidiana. Por isso, suas narrativas são sempre ricas em 
simbologias, afetando de modo intenso nossa sensibilidade. Pesquise e escolha na internet um mito grego, 
reproduza-o aqui resumidamente, comentando o que sentiu ao lê-lo.
 • Vimos nesta aula que a principal ferramenta para lidar com o tema da Metafísica é o pensamento lógico: 
pesquise e descreva em seu caderno como surgiu a Lógica, quais os tipos de lógica que existem e o que são 
os silogismos e as falácias.
AMPLIANDO HORIZONTES
 • Durante a semana, reserve um tempo para assistir o filme “O Mundo de Sofia”, também disponível no link: 
https://www.youtube.com/watch?v=tVeCiWA3I20. Este filme é baseado no livro de Jostein Gaarder e narra 
a história de uma garotinha que passeará pela História da Filosofia e o pensamento dos principais filósofos 
de cada período histórico.
 • As aulas de Filosofia do Novo Telecurso também poderão ajudar a entender de forma introdutória as 
principais características deste conhecimento que surgiu na Grécia Antiga. Reserve um tempo durante a 
semana para assisti-las e se preparar melhor para o nosso próximo encontro.
 • Pesquise em livros e na internet o que é o Mito da Caverna de Platão. Este mito está no livro VII da obra “A 
República” deste filósofo grego e muito fácil de encontrar nas bibliotecas e internet. Faça a leitura deste mito 
e tente reescreve-o em seu caderno.
16 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
TROQUE IDEIAS
 • Em seu famoso Mito da Caverna, Platão procurou demonstrar o que o povo grego havia feito com seu 
mestre, Sócrates: o mais sábio dos homens, ao tentar mostrar a verdade para os atenienses, acaba não sendo 
compreendido e morto pelos seus concidadãos. Platão queria demonstrar que para chegarmos a verdade, 
precisaríamos sair da caverna de nossas aparências e preconceitos e caminhar em direção à luz do verdadeiro 
conhecimento, que habita fora da caverna (o mesmo caminho trilhado por Sócrates)
 • Discuta com seus colegas e procurem definir: quais são as principais sombras e aparências que nós encontramos 
em nosso dia a dia, no trabalho, na família, no convívio com os amigos? Como podemos nos libertar destas 
aparências e caminhar rumo à verdade que habita fora da caverna? Ou seja, de que maneira Platão e seu 
Mito da caverna pode nos ajudar ainda hoje a nos livrar de nossos preconceitos e nossas falsas verdades?
VAMOS PRATICAR?
1. Sabemos que o termo “filosofia” comporta um sentido amplo, diferente da filosofia como disciplina 
acadêmica. Assinale o tipo de produção referente ao sentido estrito da filosofia: 
a) ( ) filosofia oriental 
b) ( ) livro de autoajuda 
c) ( ) livro de história do pensamento ocidental 
d) ( ) manual de medicina alternativa
17 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
2. Aristóteles indicou a experiência que, segundo ele, dá origem ao pensar filosófico. Qual das 
expressões a seguir traduz, com precisão, tal experiência? 
a) ( ) Thauma (espanto, admiração, perplexidade) 
b) ( ) Philía (amizade, afinidade, a viva afeição) 
c) ( ) Pathos (paixão, perturbação do ânimo, padecer) 
3. Qual das seguintes alternativas lhe parece uma questão filosófica? 
a) ( ) Quanto tempo vai durar a água disponível no planeta?
b) ( ) O que é o tempo?
c) ( ) Qual o efeito das queimadas no solo?
d) ( ) Quando as Américas foram descobertas?
4. Analise a frase a seguir, veja se lhe parece falsa ou verdadeira e, em seguida justifique em poucas 
linhas sua resposta: 
“Hoje em dia, o pensamento científico se tornou um mito para muitas pessoas.”
5. Qual das seguintes expressões não representa uma herança do mundo mítico? 
a) ( ) “Presente de grego”. 
b) ( ) “Calcanhar de Aquiles”.
c) ( ) “Cama de gato”.
18 FACULDADES DA INDÚSTRIA FILOSOFIA - AULA 1
6. No pensamento mítico, pode-se dizer que o “mito” aparece como: 
a) ( ) uma mera ficção. 
b) ( ) apenas parte do folclore. 
c) ( ) uma concepção de mundo. 
7. Das opções a seguir, diga qual delas constitui uma característica do pensamento mítico? 
a) ( ) A transmissão por linguagem escrita. 
b) ( ) A aceitação de um discurso mágico-religioso. 
c) ( ) O tipo de linguagem antiga da razão filosófica. 
8. Quais eram as vias de comunicação dos homens com os deuses? 
a) ( ) As grandes navegações. 
b) ( ) Os rituais religiosos, oráculos e sacerdotes. 
c) ( ) Os ritos de adivinhação. 
9. Em Aristóteles, a metafísica é conhecida como: 
a) ( ) Ciência Humana. 
b) ( ) Ciência Primeira. 
c) ( ) Ciência Natural. 
10. Para Aristóteles, a metafísica é: 
a) ( ) uma ciência que estuda o “ser enquanto ser” e o que propriamente lhe pertence. 
b) ( ) uma ciência que estuda os seres vivos e seu ambiente. 
c) ( ) uma ciência que estuda os preceitos morais para a conduta do homem.

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