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INTRODUÇÃO Olá, estudante! Seja bem-vindo à disciplina de Sensoriamento e geoprocessamento aplicados ao meio. No decorrer de seus estudos, você compreenderá que o sensoriamento remoto e o geoprocessamento são ferramentas amplamente utilizadas em estudos ambientais, dada sua aplicabilidade para diversos �ns, tais como levantamento do uso do solo, mapeamento de áreas de risco, espacialização de dados para controle epidemiológico (como a dengue), zoneamento ambiental, delimitação de bacias para planejamento, entre inúmeras outras possibilidades. Dessa forma, saber os conceitos básicos de geoprocessamento e sensoriamento remoto é fundamental para o uso de ferramentas de Sistema de Informações Geográ�cas (SIG) e aplicações em estudos ambientais, auxiliando em priorização de áreas de risco, tomada de decisões e planejamento ambiental, preservação, EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental) e valoração ambiental. Para isso, é importante que se dedique aos estudos, a �m de adquirir as competências necessárias para utilizar o geoprocessamento como ferramenta no mercado de trabalho. Vamos lá? Aula 1 INTRODUÇÃO ÀS GEOTECNOLOGIAS Conhecer e ser capaz de utilizar os principais comandos de um sistema de informações geográ�cas e realizar mapeamento temático com tecnologias de geoprocessamento. FUNDAMENTOS SOBRE GEOPROCESSAMENTO E SENSORIAMENTO REMOTO Aula 1 - Introdução às geotecnologias Aula 2 - Conceitos fundamentais Aula 3 - Sistema de projeção Aula 4 - Sistemas de coordenadas Aula 5 - Revisão da unidade Referências 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 1/33 COMO SURGIU O GEOPROCESSAMENTO? Olá! Vamos adentrar brevemente no histórico do geoprocessamento e sensoriamento remoto para entender como ocorreu os avanços tecnológicos que permitiram o uso de ferramentas de SIG. Desde os primórdios, o homem busca formas de se orientar, explorar e compreender o meio em que se encontra, logo, com o passar do tempo, foram elaborados os primeiros mapas (Figura 1). Figura 1 | Representação do mapa mundi do século VII a.C. Fonte: Wikimedia. E qual é a relação da elaboração de mapas com o geoprocessamento e o SIG? O geoprocessamento consiste em técnicas provenientes de tecnologias computacionais que, por meio de softwares especí�cos, permitem a análise, transformação, modelagem e comparação de dados georreferenciados na superfície terrestre. Em 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 2/33 Imprimir outras palavras, ele permite o estudo de fatos que ocorrem em um determinado local da superfície terrestre, coletando e tratando as informações espaciais (ROSA, BRITO; 1996; SILVA, LIMA, DANTAS; 2006). Podemos sintetizar o conceito de geoprocessamento em qualquer tipo de processamento de dados georreferenciados. Dentro do geoprocessamento, temos a área denominada SIG, que também pode ser encontrada com a nomenclatura de GIS (Geographic Information System), sendo caracterizada como uma ferramenta que permite, por meio de programas, a análise de dados geográ�cos espacializados alocados em um banco de dados, possibilitando processar, produzir, armazenar, analisar e representar, de forma integrada, informações sobre o espaço geográ�co (CÂMARA, DAVIS, MONTEIRO, 2005). Os primórdios dos estudos de dados espacializados com o uso de ferramentas de geoprocessamento remonta da década de 1960, no Canadá, quando o governo buscava formas de realizar o levantamento dos recursos naturais do país. Na década seguinte, iniciou-se o desenvolvimento de sistemas de dados espaciais comerciais, buscando diminuir os custos operacionais, associados à evolução das tecnologias computacionais. Porém, foi em 1980 que ocorreu maior movimentação dos países na busca de meios para ampliar o conhecimento e criar ferramentas que permitissem o mapeamento de dados presentes na superfície terrestre. No Brasil, diversas instituições promoveram a evolução do geoprocessamento, tais como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Telebrás e o Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), e todos esses avanços estão diretamente relacionados com o sensoriamento remoto. Mas qual o seu signi�cado? Como o próprio nome sugere, trata-se de uma técnica que, por meio da utilização de sensores de forma remota, realiza o mapeamento de áreas por meio da interação da energia re�etida, possibilitando a geração de imagens (ROSA, 2001; ROSA 2004; NOVO, 2010). Comumente, tais sensores se encontram alocados em satélites orbitais, como os Landsat, TERRA, NOAA, CBERS, entre outros, que começaram a ser colocados em órbita na década de 1960 (Figura 2). Figura 2 | Imagem ilustrativa do Landsat 1 Fonte: Flickr. A vantagem de se utilizar sensores alocados em satélites, dá-se, principalmente, pelo mapeamento periódico realizado, dado o movimento de rotação da Terra, visto que os mesmos se encontram na órbita terrestre, e é justamente esse aspecto que permite a comparação entre cenários em diferentes períodos, como a evolução do desmatamento em um determinado local (Figura 3). Figura 3 | Imagem de Fortaleza, obtida pelo sensor alocado no Landsat 7 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 3/33 Fonte: Wikimedia. Em 2022, com as melhorias tecnológicas na velocidade, capacidade de processamento, integração de dados e armazenamento, bem como a vasta quantidade de sensores remotos com acesso livre, há inúmeras possibilidades de estudos nas mais diversas áreas, como licenciamento ambiental, recuperação de áreas degradadas, mapeamento de focos de incêndios, entre outros! 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 4/33 QUAL A RELAÇÃO DAS GEOTECNOLOGIAS COM AS CIÊNCIAS AMBIENTAIS? Olá, estudante! Você consegue perceber os conceitos de geoprocessamento e sensoriamento remoto em seu dia a dia? Entende a importância na era tecnológica atual? Imagine que você, como consultor ambiental formado, precisa analisar a fragilidade ambiental de uma microbacia hidrográ�ca pequena, com cerca de 2 km², para tanto, precisa de informações de relevo, tipo de solo, uso da terra, formação �orestal, erodibilidade, bem como a rede hidrográ�ca do local; como a área é pequena, é possível utilizar equipamentos manuais para obtenção de dados, tal como o teodolito, trado e, até mesmo, cartas topográ�cas; além disso, você também precisa de dados empíricos, ou seja, contratar especialistas em análises ambientais. Diante disso, já deve ter imaginado que esse tipo de estudo não é barato, não é mesmo? Agora, imagine a complexidade em se estudar uma bacia hidrográ�ca como o sistema Cantareira, que é o responsável pelo abastecimento de água de grande parte de São Paulo, abrangendo uma extensão territorial de 2.279,5 km²? Como avaliar tamanha complexidade com dados de campo? É nesse momento que se destaca a atuação das geotecnologias. Possuímos uma imensa quantidade de dados que podem ser compilados e analisados por meio do geoprocessamento, tendo como vantagens o baixo custo associado à elevada precisão das informações; dessa forma, as geotecnologias são estratégias ex situ no monitoramento ambiental, ou seja, não há uma necessidade imediata de levantamento de dados de campo para se realizar análises ambientais complexas (CÂMARA, 1996). Diante disso, as geotecnologias são capazes de compilar e analisarnão só dados físicos do meio, mas também relacioná-los com variáveis bióticas e sociais (Figura 4), sendo amplamente utilizadas nas ciências ambientais, uma vez que o conceito de sustentabilidade envolve uma interação das variáveis ambientais, sociais e econômicas (JENSEN, 2009). Figura 4 | Relação das geotecnologias com as diferentes áreas do conhecimento Fonte: Jensen (2009, p. 12). 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 5/33 Mas por que o uso dessas tecnologias vem apresentando expansão? Justamente pela maior facilidade de obtenção de dados, uma vez que temos bancos com inúmeras informações gratuitas que podem ser utilizadas, tal como as disponibilizadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), relacionado ao desmatamento, queimadas e informações climáticas; pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), que fornece informações relevantes relacionadas ao solo, relevo e processos de degradação; e pelo Instituto Brasileiro de Geogra�a Estatística (IBGE), com dados relacionados aos aspectos sociais, como a população, infraestrutura, entre tantas outras possibilidades. A evolução nessa área é tamanha, e todas as informações conseguem ser tratadas e analisadas em Sistemas de Informações Geográ�cas (SIG), que são equipamentos e programas utilizados para análise da superfície terrestre, gratuitos, tal como o QGis (Quantum Gis), software livre desenvolvido, inicialmente, em 2002, por Gary Sherman. Vale ressaltarmos que esse programa possui como aspecto relevante o código aberto, que permite que qualquer pessoa possa desenvolver extensões, facilitando o avanço dos estudos ambientais (MOREIRA, 2011). Desse modo, o estudo das ciências ambientais somado às geotecnologias são capazes de promover uma maior compreensão do meio, subsidiando estudos de licenciamento ambiental, recuperação de áreas degradadas, modelos climáticos, de fragilidade ambiental, entre inúmeras possibilidades. Dessa forma, não deixe de se atualizar e aplicar tais informações em seu cotidiano pro�ssional, visto que poderá economizar tempo e dinheiro sem perder a qualidade dos dados analisados. Bons estudos! POR QUE UTILIZAR AS GEOTECNOLOGIAS NAS CIÊNCIAS AMBIENTAIS? Olá! O geoprocessamento de dados espacializados permite diversos estudos na área ambiental, desde levantamentos, diagnósticos, relatórios, acompanhamento, até com o viés para tomada de decisão, sendo uma das principais ferramentas utilizadas no mercado de trabalho! Isso ocorre dado o baixo custo, a facilidade na geração de dados, o acesso livre a informações, softwares livres, entre outros fatores. Neste momento, vamos conhecer diversas aplicações do geoprocessamento e sensoriamento remoto na área ambiental, para que compreenda o poder dessa ferramenta! Um exemplo é o uso das informações fornecidas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais relacionadas ao desmatamento da Amazônia, permitindo a elaboração de mapas que apresentam o acumulado em determinado período (Figura 5). Figura 5 | Desmatamento acumulado entre 2008 e 2020 no bioma amazônico 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 6/33 Fonte: elaborada pelo autor. E você lembra que, anteriormente, mencionamos que o geoprocessamento permite a comparação de cenários, uma vez que os dados são coletados periodicamente? Para esses dados, foram realizadas coletas periódicas (o sensor mapeava o local a cada 16 dias) e compiladas em um único mapa! Interessante, não? Para aproximar você cada vez mais dessa área, vamos lhe colocar em uma situação recorrente no mercado de trabalho: a elaboração de estudos para uma consultoria ambiental! Comumente, você deverá elaborar estudos e mapas para levantamento de áreas degradadas, delimitação de bacias hidrográ�cas, arborização urbana, licenciamento ambiental, entre outros. Quer um exemplo? Pense no licenciamento ambiental de um aterro sanitário. Para esse estudo, inicialmente, devem ser delimitadas as possíveis áreas de instalação do empreendimento e, após isso, realizados os diversos estudos, para se saber a viabilidade do local escolhido, entre eles: • Estudo de impacto de vizinhança. • Zoneamento ambiental. • Levantamento de áreas diretamente ou indiretamente afetadas. • Análise da profundidade do lençol freático. • Estudo das correntes de ar. • Proximidade com a área urbana. E qual a relação desses dados com o geoprocessamento? Comumente, são elaborados mapas que apresentam tais informações e são correlacionados entre si, a �m de corroborarem com os dados levantados. Ou seja, a análise conjunta dos dados permite a elaboração de um produto �nal que poderá lhe indicar a maior ou a menor viabilidade de cada um dos locais sugeridos. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 7/33 Em 2018, foi realizado um estudo utilizando-se o geoprocessamento para seleção de áreas para implantação de um aterro sanitário no município de Conceição das Alagoas, MG (Figura 6). Figura 6 | (A) Distância dos rios, (B) Distância das estradas, (C) Distância da Zona Urbana e (D) áreas adequadas e inadequadas para implementação do aterro Fonte: Carrilho; Candido; Souza (2018, p. 204-205). . Note que, no levantamento, é apresentado um estudo prévio para selecionar as possíveis localizações do aterro, levando em consideração diversos aspectos, entre eles, a proximidade da cidade, as vias de acesso e os corpos hídricos próximos, e esse é apenas um dos mapas elaborados! Na sequência, são elaborados outros mapas para subsidiar a tomada de decisão em relação ao local do empreendimento. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 8/33 Caro, estudante, é fundamental que você entenda e explore as possibilidades do uso dessa ferramenta em sua atuação pro�ssional, para isso, busque conhecer mais, para que o seu uso se torne um diferencial em seu currículo. VIDEO RESUMO O geoprocessamento e o sensoriamento remoto são ferramentas e técnicas fundamentais para o pro�ssional da área ambiental. Essas geotecnologias permitem a realização de estudos que são comuns em consultorias ambientais, órgãos governamentais e ONGs ligadas ao meio ambiente, dessa forma, é importante que o pro�ssional as conheça e saiba aplicá-las em seu dia a dia. Saiba mais O conceito de sustentabilidade envolve a consideração das variáveis ambientais, sociais e econômicas, diante disso, o uso de geotecnologias é amplamente aplicado, uma vez que permite a integração desses dados. Um estudo desenvolvido por Oliveira, Silva e Borges aplica tais conceitos para o planejamento urbano. Ficou curioso? OLIVEIRA, N.; SILVA, A.; BORGES, E. C. de O. Geotecnologias como ferramenta a serviço do planejamento urbano: uma análise para implantação de UBS em Boa Vista (Roraima) – 2019. Estrabão, Blumenau, v. 3, p. 114-129, 2022. O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) é um órgão vinculado ao Ministério da Ciência que provê inúmeros dados, nos quais podem subsidiar estudos ambientais. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Seguindo com nossos estudos, adentraremos nos conceitos básicos de cartogra�a, sensoriamento remoto e sua aplicação em estudos ambientais! Em linhas gerais, a cartogra�a consiste na ciência que possibilita a elaboração de mapas por meio de fundamentos relacionados à coleta de dados da superfície terrestre,os quais podem ser obtidos pelo sensoriamento remoto! Dessa forma, saber os conceitos básicos cartográ�cos e de sensoriamento remoto é fundamental para a utilização de ferramentas de geoprocessamento, bem como para a elaboração de produtos cartográ�cos, tais como mapas, cartas e outros objetos aplicados ao meio ambiente! Aula 2 CONCEITOS FUNDAMENTAIS Seguindo com nossos estudos, adentraremos nos conceitos básicos de cartogra�a, sensoriamento remoto e sua aplicação em estudos ambientais! 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=413948… 9/33 http://estrabao.press/ojs8/index.php/estrabao/article/view/13 http://estrabao.press/ojs8/index.php/estrabao/article/view/13 https://www.gov.br/inpe/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos Para isso, é importante que se dedique em seus estudos e consiga entender quais são os conceitos necessários para a utilização das ferramentas na elaboração de produtos recorrentes em sua atuação pro�ssional! Vamos lá? A CARTOGRAFIA E O SENSORIAMENTO REMOTO: CONCEITOS INICIAIS E A SUA INTERRELAÇÃO Olá! Um dos principais produtos gerados por meio do geoprocessamento e sensoriamento remoto são as cartas e os mapas, dessa forma, é importante compreender os conceitos básicos de cartogra�a. Segundo Timbó (2001), ela consiste na ciência e/ou estudo que visa a representar, na forma de mapas (Figura 1), cartas ou outras formas geográ�cas, as informações obtidas sobre a superfície terrestre, bem como os elementos que a compõem. Figura 1 | Mapa topográ�co do Peru 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 10/33 Fonte: Wikimedia. Note que, na �gura supracitada, temos o exemplo de um mapa que apresenta a topogra�a do Peru, e, para que você compreenda como esses estudos são elaborados, é fundamental entender os conceitos que envolvem a arte cartográ�ca e permitem o seu uso supracitado, vamos lá? Em primeiro lugar, é necessário entender qual o sistema de projeção a ser utilizado, pois, via de regra, a superfície terrestre é representada em mapas planos e, uma vez que esse não é o seu formato real, faz-se necessária a utilização de um sistema que a converta em um modelo adequado. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 11/33 Além disso, outro aspecto que deve ser mensurado na confecção de mapas cartográ�cos é a escala utilizada. Pense: a extensão territorial da Terra é de 510.100.000 km², sendo que a área do Brasil é de 8.516.000 km²; em uma analogia, a representação da área terrestre e a representação da área do Brasil, em um mapa com as mesmas dimensões, teriam escalas distintas! Aliás, em geral, a escolha da escala a ser adotada está diretamente relacionada ao tipo de estudo a ser realizado, como o estudo da arborização urbana de um município necessita de um nível de detalhes diferente do estudo do bioma Mata Atlântica. O levantamento das informações necessárias para a elaboração de mapas pode ser obtido pelo sensoriamento remoto, que, em termos gerais, consiste na obtenção de informações relacionadas à superfície terrestre e/ou aos alvos presentes nela por meio da radiação eletromagnética e sem que ocorra contato direto entre o sensor e o elemento sensoriado. Nesse aspecto, Rosa (2004) e Fitz (2008) salientam que existem duas etapas no sensoriamento remoto, sendo a primeira relacionada à coleta de dados pelos sensores, ou seja, pela interação da radiação eletromagnética já mencionada anteriormente, as quais são convertidas em imagens, mapas, grá�cos, entre outros; já a segunda está relacionada à utilização dos dados para elaboração de produtos, utilização em estudos ambientais ou demais aplicações. E por falar na utilização de dados coletados por meio do sensoriamento remoto, faz-se importante ressaltar que, em se tratando de uma ferramenta que possibilita a obtenção de dados gratuitamente (visto que diversos sensores permitem o download de cenas) e que está associada à existência de softwares de geoprocessamento livres (e que tem evoluído constantemente), tem se tornado cada vez mais comum o uso em estudos ambientais diversos, tais como levantamento �tossociológicos, plano de recuperação de áreas degradadas (PRAD), mapas de fragilidade ambiental, monitoramento de fauna e �ora, licenciamentos ambientais e qualquer outro que utilize dados espacializados. Aliás, é muito importante que pesquise outras possibilidades de utilização das ferramentas aqui apresentadas, aumentando as suas possibilidades futuras! Bons estudos! A CARTOGRAFIA E O SENSORIAMENTO REMOTO COMO FERRAMENTAS AMBIENTAIS Olá, estudante! Quando adentramos nos conceitos sobre a cartogra�a e o sensoriamento remoto, é notório o viés prático e a importância na área ambiental, uma vez que permitem a realização de estudos, levantamentos e projeções de forma simples, de baixo custo e e�cientes! Desses estudos, são obtidos mapas e cartas, mas qual a diferença entre ambos? Está diretamente relacionado ao tamanho da escala cartográ�ca utilizada em sua concepção, bem como no nível de detalhe dos elementos presentes. Em geral, os mapas são concebidos em escalas pequenas, em que não há enfoque no detalhamento, ou seja, o grau de detalhamento é baixo. Já as cartas são elaboradas utilizando-se escalas maiores e com elevado nível de detalhamento, dada a realização de levantamentos sistemáticos das informações da área. Também vale ressaltarmos que áreas com dimensões elevadas podem resultar na elaboração de diversas cartas, as quais formam um conjunto de folhas e cuja junção constitui um mapa! Interessante, não? Imagine o mapeamento da topogra�a do território brasileiro. Como é uma vasta área, seriam necessárias várias cartas/folhas, certo? O Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE) possui folhas topográ�cas produzidas em 1983 que retratam o relevo brasileiro (Figura 2). Figura 2 | Carta topográ�ca de São Paulo elaborada pelo IBGE 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 12/33 Fonte: adaptada de IBGE (1983). Na �gura acima, temos um pequeno recorte da carta mencionada, a nível de exempli�cação, uma vez que suas dimensões tornam inviável a sua apresentação nesta aula. Dessa forma, sugerimos que acesse a carta na integra, para conhecê-la, bem como as demais folhas! Até o momento, adentramos nas cartas, mapas, folhas e escala, porém como é possível a obtenção dessas informações para construção de tais objetos? E é nesse escopo que temos o sensoriamento remoto! Por meio de sensores que analisam o comportamento dos alvos no espectro eletromagnético, é possível mapear a superfície terrestre e os objetos/alvos presentes nela, além disso, esse mapeamento é realizado periodicamente, o que possibilita, além de estudos pontuais, como da cobertura do solo de determinado local, a veri�cação das mudanças nessa cobertura. Fantástico, não? E tudo isso pode ser realizado remotamente! Vale ressaltarmos que todo estudo a ser realizado deverá ser compatível com a escala de obtenção dos dados, bem como o tipo de sensor utilizado, visto que são aspetos que podem condicionar o sucesso da análise realizada. Determinados sensores são mais adequados a estudos em escalas maiores, enquanto outros apresentam menor tempo periódico de imageamento de uma área, dessa forma, é fundamental conhecer o escopo do estudo/trabalho a ser realizado para utilizaro sensor correto. Esperamos que tenha compreendido a diferença entre cartas (folhas) e mapas e os conceitos de utilização do sensoriamento remoto para elaboração dos mesmos! Sugerimos que busque conhecer mais os sensores e os produtos provenientes deles! Bons estudos! COMO UTILIZAR O SENSORIAMENTO REMOTO EM ESTUDOS AMBIENTAIS? Olá! O uso dos conceitos cartográ�cos, sensoriamento remoto e geoprocessamento para elaboração de mapas é fundamental para os pro�ssionais que visam a atuar na área ambiental no mercado de trabalho, sendo empresas públicas ou privadas, autônomos ou em consultorias ambientais. Para facilitar, vamos pensar em uma situação de implantação de um aterro sanitário cujos estudos foram realizados por uma consultoria contratada; para isso, entre os trabalhos realizados, fez-se o levantamento do cenário atual do local, a �m de se elaborar mapas para a representação do estado atual do local, da 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 13/33 necessidade de renovação periódica da licença ambiental e do acompanhamento da evolução do mesmo, bem como do seu entorno. Para exempli�car, observe a �gura a seguir (Figura 3). Figura 3 | Análise multitemporal da área ocupada no entorno de um aterro sanitário em Olinda, Pernambuco, em três períodos: (A) 1975 – anterior ao início das atividades; (B) 1986 – durante o período de operação do aterro; e (C) 2016 – após encerramento das atividades no aterro Fonte: adaptada de Lopes (2018). Observe que, ao longo do tempo, o entorno foi se alterando, tanto pela ocupação por construção quanto pela mudança na vegetação, dada pela supressão em prol da construção. E como você atuaria nesse cenário? Como pro�ssional, algumas das possibilidades são: • Consultor ambiental: atuando em uma consultoria que foi contratada para realizar a gestão e/ou estudos relacionados ao aterro. • Gestora do aterro: contratado como responsável técnico pelo monitoramento do aterro. • Ministério público: como perito, em caso de necessidade de perícia ambiental por denúncias e/ou irregularidades comprovadas no local. Qualquer que seja o cenário, a construção de mapas se faz válida para elucidar quaisquer questionamentos sobre a situação do local, bem como ajudar na tomada de decisão quanto à necessidade de adequações ambientais. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 14/33 Você percebe a amplitude das aplicabilidades do sensoriamento remoto na área ambiental? Vamos conhecer outras possibilidades? A academia ou órgãos públicos também são áreas em que estudos ambientais requerem o conhecimento de elaboração de mapas. Todos sabemos da importância da conservação dos biomas brasileiros, entre eles, podemos citar a Mata Atlântica que, originalmente, possui uma vasta extensão, sendo presente em 15 estados (Figura 4). Figura 4 | Área de cobertura original do Bioma Mata Atlântica Fonte: adaptada de Sistema Nacional de Informações Florestais (2022). Ao longo dos anos, com o desmatamento progressivo e acentuado, ocorreu uma drástica redução da área originalmente composta de vegetação nativa, e o sensoriamento remoto é uma ferramenta que, por meio da união dos conceitos já mencionados, permite análise comparativa de cenários e do remanescente desse bioma (Figura 5). Figura 5 | Área desmatada e remanescente vegetal no Bioma Mata Atlântica 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 15/33 Fonte: Almeida, et. al. (2015, p.15). Esperamos que tenha vislumbrado as possibilidades e que continue sempre se atualizando quanto ao uso do sensoriamento remoto em sua atuação pro�ssional! Bons estudos! VÍDEO RESUMO A cartogra�a apresenta os conceitos fundamentais na estruturação de mapas, os quais são fomentados por meio dos dados que podem ser obtidos por sensores remotos alocados em diversas plataformas, entre elas, satélites orbitais. Tais conhecimentos são fundamentais para os pro�ssionais que visam a atuar na área ambiental! Saiba mais A elaboração de mapas e o monitoramento de áreas são atividades recorrentes para os pro�ssionais que atuam na área ambiental. Para saber mais sobre a análise multitemporal de um aterro sanitário utilizando ferramentas de sensoriamento remoto. LOPES, M. B. Luz. Avaliação multitemporal da área ocupada pelo aterro sanitário de Aguazinha, Olinda-PE utilizando técnicas de fotointerpretação. 2018. Dissertação (Mestrado em Ciências Geodesicas e Tecnologias da Geoinformacao) – Centro de Tecnologia e Geociências, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2018. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 16/33 https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/33291/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Maxsuel%20Bomfim%20Luz%20Lopes.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/33291/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Maxsuel%20Bomfim%20Luz%20Lopes.pdf https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/33291/1/DISSERTA%C3%87%C3%83O%20Maxsuel%20Bomfim%20Luz%20Lopes.pdf INTRODUÇÃO Olá, estudante! Continuando nossos estudos no âmbito do geoprocessamento, é o momento de compreendermos o formato do planeta Terra e, dessa forma, entender por que é necessária a utilização de diferentes sistemas de projeção para representar a superfície terrestre. A partir dos dados obtidos por meio de sensores remotos, é possível especializar as informações da estrutura e objetos presentes na superfície do planeta em representações grá�cas (mapas, cartas); nesse caso, trata-se de um dos conceitos básicos de geoprocessamento e sensoriamento remoto que permite o uso de ferramentas de SIG e geração de produtos que são utilizados em estudos ambientais. Frente a isso, convidamos você a continuar os seus estudos e avançar cada vez mais na compreensão do geoprocessamento e sensoriamento remoto! Vamos lá? A TERRA É REDONDA? Você já deve ter ouvido falar sobre o formato da Terra, não é mesmo? Provavelmente, escutou, ao longo da sua vida, que a Terra é redonda, certo? Essa a�rmação não está totalmente errada, porém esse não é o real formato do nosso planeta. A busca pela compreensão do formato da Terra dá-se desde a Grécia Antiga e, já no século XVII, por meio de estudos realizados, tinha-se o conhecimento de que o formato se aproximava ao de um elipsoide, uma vez que os polos eram achatados. Conforme as tecnologias permitiram avanços nos estudos nesse espectro, foi possível chegar à conclusão de que, visto que a superfície terrestre possui formato acidentado e irregular, com variação de altitude ao longo da crosta, a melhor representação do formato do planeta Terra, ou seja, a que mais se aproxima dele, é a de um Geoide (Figura 1). Figura 1 | Representação da forma da superfície terrestre Aula 3 SISTEMA DE PROJEÇÃO Continuando nossos estudos no âmbito do geoprocessamento, é o momento de compreendermos o formato do planeta Terra e, dessa forma, entender por que é necessária a utilização de diferentes sistemas de projeção para representar a superfície terrestre. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 17/33 Fonte: Wikimedia. Dessa forma, é importante salientar que a Terra possui um campo gravitacional constante, o qual limita a superfíciedo geoide, promovendo a representação real do formato do Planeta (IBGE, 2017). Sabendo que existem variações na superfície terrestre, seria impossível a sua representação sem que fosse estipulado um modelo matematicamente adequado, para isso, adota-se um elipsoide de referência, visto que se aproxima do formato real da Terra e, tratando-se de uma �gura geométrica de�nida, possibilita a realização e normalização dos cálculos necessários. Então, toda a superfície terrestre é representada por um único elipsoide de referência? Não! Também denominados por elipsoide de revolução, cada local da superfície irá adotar o elipsoide de referência que melhor se adequar naquele local, ou seja, o utilizado pelo Brasil não será o mesmo utilizado pela Rússia. Aliás, a escolha do elipsoide de referência será responsável pela caracterização do sistema geodésico do local, que, também conhecido como datum geodésico, basicamente, de�ne-se pela posição do elipsoide de referência em relação ao geoide, bem como pela sua forma e tamanho. O Brasil já utilizou diversos sistemas de referência para representar a superfície terrestre, e, a partir de 2015, o sistema geodésico adotado é o Sistema de Referência geocêntrico para as Américas, também conhecido como SIRGAS 2000. Esse sistema, quando em comparação com os anteriores, apresenta orientação geocêntrica e tem, em sua concepção, a aplicação de ferramentas de navegação por satélite, tecnologia desenvolvida posteriormente à elaboração dos outros sistemas existentes até então. Exemplos de outros sistemas já utilizados no Brasil são: SAD69 (South American Datum) e WGS-84, considerado como um Datum mundial. Além disso, temos, também, o sistema de projeção utilizado, o qual pode ser plano ou geográ�co. O sistema de projeção plano possui as distâncias representadas em metros, enquanto a projeção geográ�ca é representada em graus. Quer um exemplo simples? Quando nos referimos à latitude e longitude, trata-se de um sistema de projeção geográ�ca que representa, em graus, a distância de um determinado local em relação à linha do equador e ao meridiano de Greenwich. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 18/33 É fundamental compreender o sistema de referência utilizado, visto que permite a representação da superfície com a menor distorção possível; sem ele, a elaboração de mapas e cartas se tornaria complexa e não apresentaria acurácia com as informações apresentadas. CONHECENDO A FORMA DA TERRA E A SUA REPRESENTAÇÃO CARTOGRÁFICA Para a representação do relevo da superfície terrestre em mapas e/ou cartas, tem-se alguns conceitos importantes que são primordiais, entre eles, tem-se o formato da Terra, que mais se aproxima de um Geoide. Note que mencionamos que esse é o formato que mais se aproxima, dado que a superfície terrestre é irregular e apresenta variações em diversos locais, apresentando maior e menor altitude, sejam em locais com maior profundidade (que podem ser cobertos por massa d’água), sejam por maior altitude (morros, montanhas, cordilheiras, entre outros). Nesse cenário, o elipsoide de referência adotado para cada local é concebido a partir da relação entre o relevo do local, a forma do geoide e a forma geométrica do elipsoide (Figura 2). Figura 2 | Representação comparativa entre a superfície terrestre, a forma do geoide e o elipsoide de referência Fonte: Wikimedia (2022). É por esses fatores que existem diferentes elipsoides de referência, para que atendam aos diferentes formatos da crosta terrestre! Basicamente, eles fazem a relação entre a distância das alturas e as linhas de referência, sendo: • Altura ortométrica: consiste na diferença entre a altura do geoide com o terreno. • Altura geoidal: consiste na diferença entre a altura do traçado do elipsoide e o geoide. • Altura elipsoidal: consiste na somatória das duas alturas supracitadas. Como já mencionado, desde 2015, o Sistema geodésico adotado pelo Brasil é o SIRGAS 2000, tendo ocorrido um período transicional para ele, iniciando em 25 de fevereiro de 2005 até 25 de fevereiro de 2015 e, a partir dessa data, tornou-se o único sistema de referência a ser utilizado no Brasil. Nesse período transacional, era passível a utilização do sistema geodésico anterior, ou seja, permitia-se a elaboração de produtos cartográ�cos utilizando o SAD 69 ou o Córrego Alegre. Mas qual a necessidade de se ter de�nido um sistema geodésico no país? Essa de�nição se deu com o intuito de se ter uniformidade nos produtos cartográ�cos elaborados, facilitando a coleta, elaboração e uso dos produtos produzidos a partir do geoprocessamento e sensoriamento remoto. Aliás, visando a garantir essa 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 19/33 padronização, o sistema geodésico que o Brasil utiliza é regulamento por resolução especí�ca, de competência do Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística (IBGE), sendo que a alteração para o Sirgas 2000 foi estabelecida por meio da Resolução nº 1, de 25 de fevereiro de 2005. É importante que você tenha conhecimento dessas informações, visto que, em sua atuação pro�ssional, no momento da elaboração de produtos cartográ�cos, será necessário utilizar as diretrizes corretas, e isso vale tanto para quem atua na área privada e pode prestar serviços para área pública (em uma contratação direta ou por meio de licitações) quanto para quem atua unicamente como pesquisador e/ou na área pública. Outro ponto importante é que, enquanto pro�ssional, você poderá ser contratado para realizar estudos/consultorias ambientais em áreas fora do território brasileiro e que, possivelmente, utilizam diferentes sistemas geodésicos. E por que não utilizar um sistema uni�cado? Pense no território do Chile, com suas cordilheiras, elevadas altitudes, relevo acidentado e dimensões inferiores ao Brasil; note que, em todos os aspectos, o relevo difere do território brasileiro, e é por esse motivo que, por vezes, opta-se pelo uso de um sistema de referência que mais se aproxime da realidade do local. Esperamos que tenha compreendido a importância dos conceitos apresentados! Bons estudos! QUAL A IMPORTÂNCIA DO SISTEMA GEODÉSICO? Olá, estudante! Até o momento, entendemos os conceitos básicos sobre o formato da Terra e as formas de projeções que permitem a representação dela em produtos cartográ�cos! É chegado o momento de compreender como isso se aplica em sua carreira pro�ssional. Vamos lá? Quando pensamos na padronização do sistema geodésico brasileiro, pode surgir a dúvida sobre a real necessidade disso, não é mesmo? Mas imagine que você tenha de realizar um levantamento sobre a recuperação de áreas que foram degradadas devido a incêndios em um município que está inserido no bioma amazônico. Nesse cenário, você poderia realizar um levantamento da evolução da supressão da vegetação local, em decorrência de incêndios, usando os dados de monitoramento fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (INPE), mas, em se tratando de um órgão governamental, em qual sistema os dados estarão contemplados? No Sirgas 2000. Perceba, então, que, a padronização na elaboração de produtos cartográ�cos auxilia no uso dos produtos desenvolvidos concomitantemente, mas e se nesse levantamento do histórico existirem dados anteriores a 2005, em que o sistema utilizado para elaboração era diferente? Não tem problema! As ferramentas atuais possibilitam a conversão das informações nos diferentes sistemas de projeção e geodésicos existentes, bastando ter a informação do sistema atual e escolher para qual será realizada a transposição. Em outra situação, podemos imaginar a elaboração de um estudo parasubsidiar o uso dos recursos hídricos de uma bacia hidrográ�ca para abastecimento de um município em uma região metropolitana; nesse cenário, um dos levantamentos para cálculo da disponibilidade hídrica seria a análise do tempo de retorno e, para isso, a coleta dos dados da séria histórica de precipitação dos últimos 30 anos. A partir desses dados, pode-se especializar, por meio do geoprocessamento, os locais onde ocorrem maior e menor precipitação dentro da bacia hidrográ�ca. Outro fator preponderante que poderia ser transformado em produtos cartográ�cas é o número de habitantes e a densidade demográ�ca, uma vez que são dados que in�uenciam diretamente a quantidade de água a ser utilizada. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 20/33 Ainda pensando em uma bacia hidrográ�ca, tem-se o conceito que elas são unidades de planejamento ambiental e necessitam de plano de manejo adequado para compatibilizar o seu uso e garantir a qualidade dos recursos hídricos, mas você imagina como o geoprocessamento pode lhe auxiliar? Se os sensores remotos realizam o mapeamento periódico da superfície terrestre, é possível elaborar mapas que apresentam as modi�cações no uso e ocupação do solo em uma bacia hidrográ�ca, podendo-se calcular a porcentagem na alteração dos cenários ao longo dos anos. Mas para se adquirir dados corretos, é necessário que estes estejam na mesma projeção e sistema geodésico (mesmo que, para isso, seja realizada a reprojeção dos dados para uniformizá-los). Por �m, em todo estudo, o uso de mapas facilita a compreensão das informações, dessa forma, continue avançando nos estudos nessa área, que poderá lhe auxiliar em sua atuação pro�ssional! VIDEO RESUMO Apesar do conceito de que a Terra é redonda, ela mais se aproxima da forma de um geoide, e, para que seja possível representá-la em mapas, é necessário adequá-la à forma geométrica de um elipsoide, bem como utilizar uma projeção adequada! Vamos conhecer mais esses conceitos? Bons estudos! Saiba mais Atualmente, o Brasil adota o Sirgas 2000 como o sistema geodésico atual. Para saber as motivações e suas características técnicas, não deixe de ler o artigo indicado. IBGE — Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Resolução nº 1, de 25 de fevereiro de 2005. Altera a caracterização do sistema geodésico brasileiro. Rio de Janeiro: IBGE, 2005. INTRODUÇÃO Olá, estudante! Vamos conhecer os diferentes sistemas de coordenadas utilizados na elaboração de produtos cartográ�cos, ou seja, em mapas e cartas? O tipo de coordenada utilizado está diretamente relacionado ao viés do trabalho a ser realizado, bem como ao tamanho da área e ao tipo de dados a ser obtido. O principal aspecto está relacionado à uniformização do tipo de dado utilizado, uma vez que, para correlacionar as informações de diferentes camadas (shape�les), é necessário adotar a mesma projeção. Aula 4 SISTEMAS DE COORDENADAS O tipo de coordenada utilizado está diretamente relacionado ao viés do trabalho a ser realizado, bem como ao tamanho da área e ao tipo de dados a ser obtido. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 21/33 https://geoftp.ibge.gov.br/metodos_e_outros_documentos_de_referencia/normas/rpr_01_25fev2005.pdf https://geoftp.ibge.gov.br/metodos_e_outros_documentos_de_referencia/normas/rpr_01_25fev2005.pdf Continue empenhado em seus estudos e você será capaz de utilizar as ferramentas do geoprocessamento para auxiliá-lo em suas atividades pro�ssionais! Vamos lá? DESVENDANDO O SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS E PLANAS Quando você se desloca da sua casa (ponto A) para o trabalho, supermercado, padaria, praças, bosques ou qualquer outro local (ponto B), está saindo de um ponto A para um ponto B, certo? Ambos os locais se encontram localizados na superfície terrestre e a sua posição pode ser de�nida por meio de coordenadas, e é justamente isso que nos permite a utilização de aplicativos de GPS para irmos até um determinado local, mesmo sem conhecer “o caminho”, pois esse local possui coordenadas de�nidas. Podemos, então, utilizar dois tipos de coordenadas: geográ�cas e planas. Vamos conhecê-las? A latitude e a longitude geográ�ca são as duas coordenadas do sistema geográ�co (Figura 1), também denominadas coordenadas geodésicas, e possuem sua notação em graus, minutos e segundos (STERN, 2004). Figura 1 | Representação do sistema de coordenadas geográ�cas (ou geodésicas) Fonte: adaptada de Wikimedia. A Latitude é a distância angular de um ponto da superfície terrestre e a linha do Equador, variando de 0º até 90º graus no sentido Norte-Sul; possui sinal positivo no hemisfério norte e negativo no hemisfério sul ou a indicação de N, quando estiver localizado no Norte, e S, no Sul. Já a Longitude é a distância angular de um ponto da superfície terrestre e o Meridiano de Greenwich, variando de 0º até 180º graus, no sentido Leste- Oeste; possui sinal positivo a leste do meridiano e negativo a oeste ou indicação da letra E, quando estiver localizado no Leste, e W, no Oeste. Na elaboração de produtos cartográ�cos, nem sempre é utilizado o sistema de coordenadas geodésicas (ou geográ�cas); por vezes, pode-se utilizar o sistema de coordenadas planas, comumente optando-se pela Universal Transversal de Mercator (UTM), também conhecido como Sistema Gauss-Kruger, que utiliza uma superfície de projeção de um cilindro transverso (Figura 2) Figura 2 | Representação do cilindro transverso utilizado na projeção Universal Transversa de Mercator 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 22/33 Fonte: adaptada de Wikimedia. Observe que, no sistema UTM, a superfície terrestre é dividida em 60 fusos no sentido do meridiano de Greenwich e 20 fusos no sentido paralelo à linha do Equador, sendo que tais áreas foram denominadas zonas. Nesse sistema, em vez de as coordenadas serem representadas por graus, elas são apresentadas em metros. Então, todas as coordenadas dos objetos são obtidas por meio de sensores remotos? Não! Além dos sensores remotos, existe a possibilidade da coleta de dados em campo por meio de levantamento topográ�co, para isso, os dados são coletados com auxílio de equipamentos como teodolito ou estação total, sendo realizados cálculos geométricos em relação à distância e à angulação dos pontos medidos, em que se considera (dado que esse tipo de levantamento é realizado em áreas com dimensões reduzidas) que a superfície terrestre é plana. Dessa forma, é fundamental conhecer as dimensões da superfície a ser estudada, para conseguir identi�car qual método se adequa melhor a sua necessidade! EXPLORANDO AS COORDENADAS GEOGRÁFICAS E PLANAS Vamos pensar que você está visitando a cidade de São Paulo, capital do estado de São Paulo, e que se encontra no Museu de Artes de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP), no entanto, decide ir até o Parque Ibirapuera. Para isso, é possível utilizar um GPS para traçar a rota mais rápida, de menor distância ou com quaisquer outras características que podem ser inseridas no momento da busca pelo trajeto (Figura 3). Figura 3 | Rota de deslocamento do Museu de Artes de São Paulo Assis Chateaubriand (MASP) até o Parque Ibirapuera 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 23/33 Fonte: Google Maps (2022). Nesse caso, se considerarmos o Sistema de ProjeçãoGeográ�ca, você se deslocou da Latitude -23° 33' 23.99" S e Longitude: -46° 39' 12.59" W para a Latitude -23° 35' 10.79" S e Longitude: -46° 39' 19.19" W, coordenadas de localização do MASP e do Parque Ibirapuera, respectivamente. Apenas a título de informação, visto que é pouco usual na produção cartográ�ca, em alguns casos, você poderá encontrar a Latitude sendo representada pela letra grega “�” e a Longitude pela letra “lambda”. Todo sistema de projeção se utiliza de uma superfície de projeção adotada que lhe permita representar o geoide, e, no caso do Sistema de Coordenadas Geográ�cas, tem-se um sistema de coordenadas esféricas que utiliza valores angulares para suas coordenadas; já o Sistema de Coordenadas Universal Transversa de Mercator se utiliza de valores lineares por meio de coordenadas planas. Em outras palavras, enquanto um sistema se utiliza de graus, minutos e segundos (valores angulares), o outro se aplica às distâncias em metros (valores lineares). Como já mencionamos, no sistema UTM (Figura 4), a superfície terrestre é dividida em zonas equidistantes entre si, de acordo com o sentido adotado; no sentido do meridiano de Greenwich, a divisão ocorre a cada 6 graus, e no sentido da linha do Equador, a cada 8 graus. A única exceção é a região localizada no polo norte, onde foram considerados 12 graus em sua divisão. Figura 4 | Zonas do sistema universal transversa de mercator (UTM) 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 24/33 Fonte: adaptada de Wikimedia Em cada zona UTM tem-se 10000000 m no sentido do Equador e 500000 m no sentido do meridiano central da zona, dessa forma, é necessário indicar no produto cartográ�co o fuso utilizado. Se você estiver realizando um estudo no município de Uberaba, Minas Gerais, utilizando o sistema UTM, a zona será 23K. Ambos os sistemas mencionados (geográ�co ou plano), perfazem levantamentos georreferenciados, ou seja, que possuem sua localização de�nida na superfície terrestre. Esse fato, em geral, não se aplica aos levantamentos topográ�cos, pois eles comumente se referem a um plano topográ�co local, para representação grá�ca de pequenas áreas, não apresentando dados georreferenciados (dado a natureza do estudo). Assim, reforçamos novamente a importância de conhecer a área a ser estudada, suas dimensões, bem como o objeto do estudo a ser realizado! Continue se aprofundando cada vez mais nas possibilidades que os sistemas de coordenadas podem lhe fornecer! COORDENADAS GEOGRÁFICAS E PLANAS APLICADAS EM ESTUDOS AMBIENTAIS 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 25/33 Olá, estudante! Até o momento, vimos os conceitos fundamentais para se compreender as diferenças entre o Sistema de Coordenadas Geográ�cas (também denominado Sistema de Coordenadas Geodésicas) e o Sistema de Coordenadas Planas; além disso, também foi possível compreender o funcionamento dos levantamentos topográ�cos, que se diferenciam dos dados georreferenciados que estão associados aos sistemas supracitados. Agora, vamos entender as diferentes aplicabilidades de cada um deles. Imagine que você ou a consultoria em que atua, por meio de uma iniciativa púbico-privada, foi contratada para realizar o monitoramento da supressão da vegetação do bioma Mata Atlântica, visando a garantir sua preservação. Nesse escopo, qual poderia ser o sistema de coordenada adotado? Pensando na extensão territorial e na distribuição do bioma, uma opção é o uso do sistema geográ�co, que permitirá a coleta dos dados com os mesmos parâmetros e no mesmo sistema. Mas por que essa é uma opção válida? Quando falamos do sistema de coordenadas UTM, você deve se recordar que ele é dividido por zonas, tanto paralelas à linha do Equador quanto ao meridiano de Greenwich, e isso faz com que um estudo em que a extensão da área territorial é vasta apresente diferentes fusos, podendo ocasionar ruídos na interação entre os dados, porém, no uso de coordenadas geográ�cas, uniformiza os dados coletados e permite a utilização uniforme. Então, para estudos ambientais, não é possível a aplicação da projeção UTM? Não! Em sua vida pro�ssional, ora você terá que atuar em estudos em grandes áreas (e um nível de detalhe menor), ora em áreas menores (com um nível de detalhes maior). Dessa forma, em certos momentos, a utilização da projeção UTM se faz mais adequada. Suponha que seja realizado o levantamento da supressão da vegetação para instalação da rede elétrica de uma barragem até a central de distribuição localizada em um município a 10 km de distância; nesse caso, as coordenadas UTM podem auxiliar nos levantamentos necessários, como os diagnósticos das áreas de in�uência, que são os locais que vão ter impactos pela instalação do empreendimento, variando em área de in�uência indireta, área de in�uência direta e área diretamente afetada. Existe, ainda, a possibilidade de, em sua atuação pro�ssional, utilizar os levantamentos topográ�cos para elaboração de relatórios ambientais simpli�cados, anotação de responsabilidade técnica (ART), entre outros. E quando isso poderá ser aplicado? Na elaboração do croqui de um posto de combustível; na estrutura da arborização ou lixeiras ecológicas de um condomínio fechado; na proposta de instalação de cortinas em áreas de tratamento de e�uentes; entre outros. Como já mencionado ao longo dos nossos estudos, o fator preponderante para todos os trabalhos realizados na área ambiental é conhecer o escopo, o nível de detalhamento e o tamanho da área a ser analisada, por isso, continue sempre buscando se aprofundar nessa área! VIDEO RESUMO Olá! Você consegue compreender a importância do uso do Sistema de Coordenadas Geográ�cas e o Sistema de Coordenadas Planas? Em sua atuação pro�ssional, você irá se deparar com a necessidade de aplicar ambos os sistemas em levantamentos ambientais, e para se preparar, é preciso conhecer os conceitos relacionados em ambos. Saiba mais 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 26/33 Em um cenário em que os dados estão em diferentes projeções, é possível a transposição das informações. Para saber mais sobre o conceito de transformação de coordenadas. CARTOGRAFIA, SISTEMA DE PROJEÇÃO E SISTEMA DE COORDENADAS Olá, estudante! Vamos retomar os principais conceitos abordados até o momento? Em primeiro lugar, é importante entender que o geoprocessamento é uma ferramenta recente que tem evoluído constantemente com os novos adventos tecnológicos, bem como se utilizado de novas tecnologias, tais como a possibilidade do sensoriamento remoto por meio de sensores alocados em satélites, permitindo o uso desses recursos e tecnologias em diversos estudos ambientais, por meio da elaboração de produtos cartográ�cos, como mapas temáticos e cartas. Nesse escopo, podemos citar a elaboração de estudos de fragilidade ambiental, o uso e a ocupação do solo em bacias hidrográ�cas e áreas de desmatamento, os estudos para licenciamento ambiental, EIA/RIMA, entre outros. Para isso, no entanto, é necessário o uso de conceitos cartográ�cos para representação e espacialização das informações levantadas, ou seja, a cartogra�a é a ciência que fornece subsídios para representar as informações da superfície terrestre em mapas ou em outros formatos adequados. Tais dados, comumente, são obtidos por meio do sensoriamento remoto, que consiste no uso de sensores alocados em satélites que possibilitam a coleta de informações da superfície terrestre (e objetos presentes nela), utilizando-seda interação com a radiação eletromagnética do alvo, sem a necessidade de contato entre o sensor e o objeto sensoriado. Ressaltamos que o sensoriamento remoto e contínuo da superfície terrestre faz com que o geoprocessamento das informações seja amplamente utilizado na área ambiental, quer seja pela facilidade de obtenção do dado, quer seja pela periodicidade, pelos custos e pelo fácil manuseio. Em relação ao formato da Terra, apesar do conceito difundido de que ela é redonda (ou esférica), a forma que mais se aproxima de sua realizada é a de um Geoide, visto que a sua superfície é irregular, com áreas acidentadas e/ou elevadas. Porém, para facilitar a representação da Terra, utiliza-se diferentes sistemas de projeção, os quais consideram que o planeta tem a forma de um elipsoide, sendo que, para cada região, adota-se um elipsoide de referência que mais se adeque àquele local, denominado Sistema geodésico. Desde 2015, o Brasil adota o SIRGAS 2000 como o seu sistema geodésico de referência, no entanto, além do sistema geodésico adotado, é importante saber quais são os tipos de coordenadas utilizados. Quando pensamos na espacialização dos dados da superfície terrestre, é importante saber que qualquer ponto na superfície terrestre pode ser identi�cado por meio de um par de coordenadas. Aula 5 REVISÃO DA UNIDADE 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 27/33 https://www.ufrgs.br/lageo/calculos/coord_exp.html As coordenadas podem ser geográ�cas ou planas; no primeiro caso, temos que qualquer ponto na superfície terrestre pode ser localizado por uma latitude e uma longitude representadas em graus. A Latitude consiste na distância angular de qualquer ponto da Terra em relação à linha do Equador, já a Longitude consiste na distância angular de qualquer ponto em relação ao meridiano de Greenwich. No segundo caso, temos que as coordenadas são representadas em metros, para isso, a superfície terrestre é dividida em zonas, elencadas por um conjunto de um número e uma letra, denominadas zonas UTM. É fundamental que você continue aprofundando os seus conhecimentos, bem como não deixe de retomar os conceitos já apresentados, caso tenha dúvidas, pois serão primordiais em sua atuação pro�ssional! REVISÃO DA UNIDADE Olá, estudante! Em nossos estudos, você pode compreender os conceitos relacionados à cartogra�a básica e como o geoprocessamento permite a espacialização dos dados da superfície terrestre na forma de mapas, bem como compreender o formato da Terra, os sistemas de projeções e de coordenadas e a sua aplicação em estudos ambientais. Para �xar o conteúdo, venho conosco nesta revisão, em que serão abordados os principais conceitos estudados. Vamos lá? ESTUDO DE CASO Os avanços tecnológicos nas últimas décadas associados à busca do homem para compreender a superfície terrestre, bem como o seu uso, ocupação, distribuição, entre outros, possibilitaram evoluções signi�cativas nas áreas da cartogra�a, principalmente pelo uso do geoprocessamento e do sensoriamento remoto, tornando-se uma ferramenta amplamente utilizada em estudos ambientais. Visto o baixo custo e a existência de softwares livres, é possível obter dados dos sensores gratuitamente e a elaboração dos produtos cartográ�cos con�áveis. Uma das aplicabilidades do geoprocessamento é a possibilidade de relacionar os dados entre si, ou seja, permite uma análise multicritério de um local. Quer um exemplo? Pense que uma determinada região apresenta um surto de dengue; se elaborarmos um levantamento dos casos e especializá-los em um mapa, veri�caremos as áreas de maior concentração de casos e, ainda, analisaremos se existe algum fator que possa estar in�uenciando essa situação, como terrenos baldios, ausência de saneamento básico, entre outros. Dessa forma, imagine que você atua em uma consultoria ambiental que foi contratada para auxiliar no processo de licenciamento ambiental de uma empresa de mineração que busca se instalar no município de Campo Mourão, Paraná; nessa equipe, você atuará para ajudar na elaboração dos estudos necessários para a liberação de exploração de uma lavra a céu aberto. Como você é o membro mais experiente da consultoria, �cará responsável pela coordenação dos levantamentos e será acompanhado por uma equipe de estagiários e recém-contratados, a �m de que eles se habituem e adquiram a experiência necessária para projetos futuros. Na divisão das atividades, você foi escolhido para a elaboração dos mapas necessários para o empreendimento, tais como: mapa de localização; de uso do solo; da localização da malha viária; da profundidade do lençol freático; da declividade; da hipsometria; dos corpos hídricos; da fragilidade ambiental; das áreas diretamente afetadas, de in�uência direta e indireta; bem como de quaisquer outros dados que possam ser espacializados e auxiliem no processo de licenciamento. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 28/33 Nesse cenário, sua equipe lhe questiona: por onde começar? Como podemos obter os dados para elaboração dos mapas? Como serão elaborados os mapas? Qual a projeção a ser utilizada? Qual o sistema de coordenadas mais adequado? Vamos lá? Re�ita A tecnologia nos dá inúmeras possibilidade de elaboração de produtos cartográ�cos; você consegue imaginar quais são essas possibilidades? Como você poderia utilizar o geoprocessamento em sua atuação pro�ssional? Apenas a área ambiental utiliza essa ferramenta? E quando vemos a previsão do tempo no jornal, existe alguma relação com o geoprocessamento? Re�ita sobre isso! RESOLUÇÃO DO ESTUDO DE CASO Olá, estudante! Retomando a situação, você atua em uma consultoria ambiental que foi contratada para compor e liderar uma equipe multidisciplinar que realizará todo o processo de licenciamento ambiental de uma empresa de mineração do município de Campo Mourão, Paraná. Você atuará na elaboração dos estudos necessários para a liberação de exploração de uma lavra a céu aberto, bem como será responsável pela elaboração dos mapas necessários para os estudos ambientais; diante disso, surgiram os seguintes questionamentos: por onde começar? Como podemos obter os dados para elaboração dos mapas? Como serão elaborados os mapas? Qual a projeção a ser utilizada? Qual o sistema de coordenadas mais adequado? Em primeiro lugar, faz-se importante de�nir os dados que serão levantados, como eles serão coletados e o tipo de sistema de projeção e coordenadas que será adotado. Visto que a área do empreendimento possui dimensões que não ultrapassam o tamanho de uma Zona UTM, adotaremos o sistema de coordenadas planas; além disso, como estabelecido pelo IBGE, o SIRGAS 2000 será o sistema geodésico adotado, sendo ele o sistema o�cial do Brasil desde 25 de fevereiro de 2015. Vale ressaltarmos que todos os dados deverão utilizar os mesmos sistemas, e, caso necessário, pode-se reprojetar os dados obtidos para uniformizá-los. Pensando nos mapas mencionados, podemos utilizar o imageamento dos sensores alocados em satélites para coletar a base para elaboração do mapa de uso do solo, mapa de localização, mapa de declividade e mapa de hipsometria; para isso, uma possibilidade são os dados do Landsat 8, já para a declividade, podemos nos municiar das informações do Topodata ou SRTM, que são levantamentos que foram realizados com o intuito de se conhecer a superfície terrestre. Já os dados dos corpos hídricos tanto podem ser levantados por meio dos dados do Landsat 8 quanto a partir de estudos que já tenham sido realizados no local e que possuam banco de dados disponíveis. Isso se aplica também à obtenção das informações da malha viária do local.A profundidade do lençol freático, geralmente, é realizada em campo, com equipamentos especí�cos e distribuídos em pontos ao longo da área. Para que seja possível espacializar as informações, é fundamental a coleta das coordenadas dos pontos. Como já mencionado, adotou-se o sistema de coordenadas planas e os pontos foram mensurando em metros, dentro da Zona UTM 22J. A fragilidade ambiental é realizada a partir da sobreposição das informações de todos os mapas produzidos, atribuindo-se pesos para cada critério adotado, permitindo veri�car os locais de maior e menor risco (caso existam). Por �m, o levantamento das áreas diretamente afetadas é feito a partir do raio de localização do empreendimento e condicionado aos dados obtidos nos demais estudos do local. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 29/33 RESUMO VISUAL Fonte: elaborada pela autora. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 30/33 Aula 1 CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. Introdução à ciência da geoinformação. Curitiba: MudoGEO, 2005. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. Acesso em: 28 ago. 2017. CÂMARA, G.; MEDEIROS, J. S de. Geoprocessamento para projetos ambientais. São José dos Campos: INPE, 1996. CARRILHO, A. N.; CANDIDO, H. G.; SOUZA, A. D. Geoprocessamento aplicado na seleção de áreas para a implantação de aterro sanitário no município de Conceição das Alagoas (MG). Engenharia Sanitaria e Ambiental, [S. l.], v. 23, p. 201-206, 2018. JENSEN, J. R. Sensoriamento remoto do ambiente: uma perspectiva em recursos terrestres. Tradução: José Carlos Neves Epiphanio. São José dos Campos: Parênteses, 2009. MOREIRA, M. A. Fundamentos do sensoriamento remoto e metodologias de aplicação. 4. ed. Atual Viçosa: Ed. UFV, 2011. NOVO, E. L. M. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. 4. ed. São Paulo: Blucher, 2010. ROSA, R.; BRITO, J. L. S. Introdução ao geoprocessamento: sistema de informações geográ�cas. Uberlândia: EDUFU, 1996. ROSA, R. Cartogra�a básica. Uberlândia: Ed. Da Universidade Federal de Uberlândia. 2004. ROSA, R. Introdução ao sensoriamento remoto. 4. ed. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 2001. SILVA, J. B.; LIMA, L. C.; DANTAS, E. W. C. Panorama da geogra�a brasileira. São Paulo: Annablume, 2006. Aula 2 ALMEIDA, C. O. et al. Mapeamento de unidades de produção com variedades de mandioca recomendadas pela Embrapa: biomas Caatinga e Mata Atlântica. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2015. FITZ, P. R. Cartogra�a básica. São Paulo: O�cina de Textos, 2008. IBGE – Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Carta topográ�ca de São Paulo. [s. d.]. Disponível em: https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/folhas_topogra�cas/editoradas/escala_250mil/sao_paulo499.pdf. Acesso em: 28 set. 2022. ROSA, R. Cartogra�a básica. Uberlândia: Ed. da Universidade Federal de Uberlândia, 2004. REFERÊNCIAS 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 31/33 http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/ https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/folhas_topograficas/editoradas/escala_250mil/sao_paulo499.pdf SNIF – Sistema Nacional de Informações Florestais. Perda da cobertura �orestal – Mata Atlântica – mapas. 2022. Disponível em: https://snif.�orestal.gov.br/pt-br/dados-complementares/236-perda-da-cobertura- �orestal-mata-atlantica-mapas. Acesso em: 28 set. 2022. TIMBÓ, M. A. Elementos de cartogra�a. Belo Horizonte: UFMG; Departamento de Cartogra�a, 2001. Aula 3 IBGE – Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Redes geodésicas. [s. d.]. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/rede-geodesica.html. Acesso em: 29 set. 2022. Aula 4 STERN, D. P. Latitude and longitude. 2004. Disponível em: http://www.iki.rssi.ru/mirrors/stern/stargaze/Slatlong.htm. Acesso em: 29 set. 2022. Aula 5 CÂMARA, G.; DAVIS, C.; MONTEIRO, A. M. V. Introdução à ciência da geoinformação. Curitiba: MudoGEO, 2005. Disponível em: http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/. Acesso em: 28 ago. 2017. CÂMARA, G.; MEDEIROS, J. S de. Geoprocessamento para projetos ambientais. São José dos Campos: INPE, 1996. CARRILHO, A. N.; CANDIDO, H. G.; SOUZA, A. D. Geoprocessamento aplicado na seleção de áreas para a implantação de aterro sanitário no município de Conceição das Alagoas (MG). Engenharia Sanitaria e Ambiental, [S. l.], v. 23, p. 201-206, 2018. JENSEN, J. R. Sensoriamento remoto do ambiente: uma perspectiva em recursos terrestres. Tradução: José Carlos Neves Epiphanio. São José dos Campos: Parênteses, 2009. MOREIRA, M. A. Fundamentos do sensoriamento remoto e metodologias de aplicação. 4. ed. Atual Viçosa: Ed. UFV, 2011. NOVO, E. L. M. Sensoriamento remoto: princípios e aplicações. 4. ed. São Paulo: Blucher, 2010. ROSA, R.; BRITO, J. L. S. Introdução ao geoprocessamento: sistema de informações geográ�cas. Uberlândia: EDUFU, 1996. ROSA, R. Cartogra�a básica. Uberlândia: Ed. Da Universidade Federal de Uberlândia. 2004. ROSA, R. Introdução ao sensoriamento remoto. 4. ed. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia, 2001. SILVA, J. B.; LIMA, L. C.; DANTAS, E. W. C. Panorama da geogra�a brasileira. São Paulo: Annablume, 2006. ALMEIDA, C. O. et al. Mapeamento de unidades de produção com variedades de mandioca recomendadas pela Embrapa: biomas Caatinga e Mata Atlântica. Cruz das Almas: Embrapa Mandioca e Fruticultura, 2015. FITZ, P. R. Cartogra�a básica. São Paulo: O�cina de Textos, 2008. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 32/33 https://snif.florestal.gov.br/pt-br/dados-complementares/236-perda-da-cobertura-florestal-mata-atlantica-mapas https://snif.florestal.gov.br/pt-br/dados-complementares/236-perda-da-cobertura-florestal-mata-atlantica-mapas https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/rede-geodesica.html http://www.iki.rssi.ru/mirrors/stern/stargaze/Slatlong.htm http://www.dpi.inpe.br/gilberto/livro/introd/ Imagem de capa: Storyset e ShutterStock. IBGE – Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Carta topográ�ca de São Paulo. [s. d.]. Disponível em: https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/folhas_topogra�cas/editoradas/escala_250mil/sao_paulo499.pdf. Acesso em: 28 set. 2022. ROSA, R. Cartogra�a básica. Uberlândia: Ed. da Universidade Federal de Uberlândia, 2004. SNIF – Sistema Nacional de Informações Florestais. Perda da cobertura �orestal – Mata Atlântica – mapas. 2022. Disponível em: https://snif.�orestal.gov.br/pt-br/dados-complementares/236-perda-da-cobertura- �orestal-mata-atlantica-mapas. Acesso em: 28 set. 2022. TIMBÓ, M. A. Elementos de cartogra�a. Belo Horizonte: UFMG; Departamento de Cartogra�a, 2001. IBGE – Instituto Brasileiro de Geogra�a e Estatística. Redes geodésicas. [s. d.]. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/rede-geodesica.html. Acesso em: 29 set. 2022. STERN, D. P. Latitude and longitude. 2004. Disponível em: http://www.iki.rssi.ru/mirrors/stern/stargaze/Slatlong.htm. Acesso em: 29 set. 2022. 14/08/2024, 10:37 wlldd_242_u1_sen_geo_apl_mei https://www.colaboraread.com.br/integracaoAlgetec/index?usuarioEmail=JEFERSONFURSEL%40HOTMAIL.COM&usuarioNome=JEFERSON+DOS+SANTOS+FURSEL&disciplinaDescricao=&atividadeId=41394… 33/33 https://storyset.com/https://www.shutterstock.com/pt/ https://geoftp.ibge.gov.br/cartas_e_mapas/folhas_topograficas/editoradas/escala_250mil/sao_paulo499.pdf https://snif.florestal.gov.br/pt-br/dados-complementares/236-perda-da-cobertura-florestal-mata-atlantica-mapas https://snif.florestal.gov.br/pt-br/dados-complementares/236-perda-da-cobertura-florestal-mata-atlantica-mapas https://www.ibge.gov.br/geociencias/informacoes-sobre-posicionamento-geodesico/rede-geodesica.html http://www.iki.rssi.ru/mirrors/stern/stargaze/Slatlong.htm