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PROFISSIONALISMO NA ATUALIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO DO PROFESSOR 
Professor Me. Marcelo Cristian Vieira possui Mestrado em Ciência Social pela 
UEM - Universidade Estadual de Maringá (2014) com Bacharelado em Administração 
(2007). Pós-Graduado em Docência no Ensino Superior (2010), Pós-Graduado em 
Educação a Distância e Tecnologias Educacionais (2013) e Pós-Graduado em 
Auditoria e Controladoria (2012). 
Possui experiência na área comercial, onde atuou em grandes empresas do 
segmento do varejo como Lojas Americanas e C&A Modas, e também foi consultor 
pelo SEBRAE-PR, onde prestou consultoria em micro e pequenas empresas. 
Na área educacional atua desde 2008, possui experiência na coordenação e 
gerência de Pós-Graduação na Educação a Distância na Unicesumar, onde escreveu 
alguns livros para os cursos na área de gestão. Atualmente é Microempreendedor na 
área educacional e Professor Universitário nas modalidades a distância e presencial 
nos cursos de Graduação e Pós-Graduação. 
 
 
3 
 
UNIDADE I – RELACIONAMENTO INTERPESSOAL, TRABALHO EM EQUIPE E 
LIDERANÇA 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 Definir equipe e suas características; 
 Apresentar as características compartilhadas de uma equipe; 
 Conceituar liderança e suas características; 
 Apresentar os estilos que um líder pode ter; 
 Diferenciar os tipos de estruturas organizacionais: formal e informal; 
 Compreender sobre relacionamento interpessoal e suas características; 
 Demonstrar a importância da comunicação para uma boa relação interpessoal; 
 Apresentar exemplos de empresas que buscam o trabalho em equipe e o bom 
relacionamento entre seus funcionários. 
 
PLANO DE ESTUDO 
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nessa unidade: 
 TÓPICO 1 – RELACIONAMENTO ENTRE AS PESSOAS NO AMBIENTE DE 
TRABALHO 
 TÓPICO 2 – DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS, ESTILO DE LIDERANÇA, 
QUALIDADE DE UM LÍDER 
 TÓPICO 3 – HABILIDADES INTRAPESSOAIS E TRABALHO EM EQUIPE 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
Olá caro aluno, seja bem-vindo à disciplina de Profissionalismo na Atualidade. 
Primeiramente quero parabenizá-lo pela iniciativa de se dispor ao aprendizado e ao 
conhecimento que um curso superior pode proporcionar. O conteúdo dessa disciplina 
foi produzido com muita satisfação e pensado no perfil do aluno da Educação a 
Distância, ou seja, um aluno autônomo e condutor do próprio aprendizado. 
Nessa disciplina veremos que não é de hoje que as empresas de todos os tipos 
criam equipes para desempenhar melhor suas atividades. Há um provérbio africano 
que diz "Se quer ir rápido, vá sozinho. Se quer ir longe, vá em grupo". Pode ser que 
você já tenha visto esse provérbio, mas você já parou para refletir sobre ele? Já 
questionou sobre o trabalho em equipe ou sobre as suas vantagens e desvantagens? 
Bom, é nesse contexto que iremos trabalhar em nossa primeira unidade. Ela 
será dividida em três tópicos principais, sendo que no primeiro abordaremos sobre 
relacionamento entre as pessoas no ambiente de trabalho, será discutido sobre 
equipe, trabalho em grupo e as relações interpessoais nas organizações. 
Apresentaremos a definição de equipe, e as características compartilhadas. 
No segundo tópico, abordaremos sobre liderança. Veremos o que a literatura 
fala sobre o assunto e, também, descreveremos os estilos e as qualidades que um 
líder deve ter, bem como o conceito de liderança e suas características. Também, 
serão apresentados os tipos de estruturas organizacionais: formal e informal e 
discutiremos como ela se relaciona com o processo de liderança na organização. 
Por fim, falaremos sobre as habilidades intrapessoais e trabalho em equipe. 
Serão apresentadas as características necessárias que uma pessoa precisa ter para 
criar e manter bons relacionamentos interpessoais e também o que as empresas 
fazem para facilitar a integração e incentivar o trabalho em equipe. Será demonstrada 
a importância da comunicação para uma boa relação interpessoal e alguns exemplos 
de empresas que buscam o trabalho em equipe e o bom relacionamento entre seus 
funcionários. 
 
5 
 
Novamente quero agradecer a sua pré-disposição em adquirir conhecimento e 
desejar muito sucesso na sua caminhada profissional e que alcance suas metas e 
objetivos. 
 
 
6 
 
TÓPICO 1 – RELACIONAMENTO ENTRE AS PESSOAS NO AMBIENTE DE 
TRABALHO 
Olá aluno, hoje em dia é muito importante que as organizações estejam cientes 
de que por trás dos valores, da produção, dos resultados, estão as pessoas, cada qual 
com suas habilidades, competências e experiências. Sendo assim as relações 
interpessoais no trabalho e a capacidade de trabalhar em equipe estão cada vez mais 
valorizadas no mundo corporativo (SANTOS 2016). Pois, trabalhar em equipe 
potencializa as características individuais e aumenta a produtividade. 
Para entendermos melhor sobre o assunto, primeiramente, devemos 
compreender que equipe é quando várias pessoas se juntam para realizar a mesma 
tarefa ou o mesmo trabalho. Na esfera esportiva, temos como exemplo os times de 
futebol ou de vôlei, que tem como objetivo a participação em uma competição 
esportiva. Na esfera coorporativa verificamos grupo de pessoas, onde todos se 
dedicam à realização de uma tarefa, para atingir o objetivo principal da empresa. 
Vejamos outros exemplos: 
Grupo de Estudos Comissões de Escola 
Grupos Políticos Unidades Militares 
Grupos Musicais Equipes de Projetos 
Grupos de Pais e Mestres Clubes de Hobbies 
Grupos Religiosos Grupos Sindicais 
Grupo de Jovens Associações em geral 
Quadro 1: Exemplos de equipes 
Fonte: Adaptado de Maginn (1996) 
 
Conforme Maginn (1996) qualquer que seja a denominação para equipe (grupo, 
unidade, comissões, associações...), há sempre três características em comum que 
são compartilhadas. E você, conseguiu identificar quais são elas? 
Conforme o autor a primeira característica que uma equipe apresenta é o 
Propósito Compartilhado. As pessoas possuem diversas habilidades, percepções, 
 
7 
 
experiências, talentos, porém em uma equipe todos devem ter o mesmo foco. Essa é 
uma das vantagens da equipe, unir todas as características das pessoas em prol de 
um único resultado. 
Nesse sentido, temos a segunda característica, Cooperação. As pessoas 
precisam trabalhar juntas, temos que entender que um depende do outro, pois se as 
pessoas trabalharem isoladamente, as metas dificilmente serão alcançadas. Tente 
imaginar como seria uma empresa onde cada funcionário busca atingir seus objetivos 
de forma isolada. 
Vamos fazer uma analogia com as engrenagens de um relógio, conforme a 
imagem a seguir. 
 
Imagem 1: Engrenagens de um relógio 
Fonte: Pixabay (2017) 
 
Repare no trabalho em conjunto entre as catracas. Caso uma quebre ou deixe 
de fazer sua função, o relógio irá parar de funcionar. 
Por fim, a terceira característica, Benefício ou Compensação. É simples falar 
em Propósito Compartilhado e Cooperação, mas se não tiver algo em troca, uma 
equipe não é formada. As pessoas, para fazerem parte de algo, precisam ter ou 
receber algo em troca. Alcançar metas ou propósitos que beneficiam direta ou 
indiretamente os integrantes da equipe facilitará a união e cooperação das pessoas 
nos processos, além de deixar o trabalho mais interessante e satisfatório. 
 
8 
 
Um time de futebol, por exemplo, é composto por jogadores com diversas 
características (rápido, alto, forte, baixo, destro, canhoto), pois cada um 
desempenhará funções distintas no campo de jogo. 
 
. 
Imagem 2: Time de Futebol 
Fonte: Pixabay (2017) 
 
Mas, para se tornar uma equipe é preciso conter as três características 
compartilhadas (Propósito Compartilhado, Cooperação e Benefício ou 
Compensação). 
Nesse contexto e levando em consideração a economia globalizada, um tema 
que está muito em voga é o trabalho em equipe. Autorescomo Schein (2009); 
Carvalho (2010); Portal Educação (2013); Rocha (2009); Santos (2016), comentam 
que o trabalho em equipe passou a ser uma das características mais importantes, 
tanto para gestores quanto para os colaboradores da empresa. Com isso, muitas 
empresas estão percebendo que o conhecimento econômico, técnico e financeiro, não 
é suficiente, também é preciso ter conhecimento sobre comportamento interpessoal e 
a compreensão das pessoas com quem se relacionam, por isso, o investimento em 
 
9 
 
cursos, treinamentos e palestras sobre o tema qualificam melhor seus funcionários 
para o dia a dia, reduzindo ou preparando os funcionários a resolver conflitos no 
trabalho, problemas da empresa e problemas pessoais. 
- Preconceito - Diferença de interesses 
- Grosseria - Competição 
- Teimosia - Distorções na comunicação 
- Diferença de valores - Luta por status ou poder 
- Diferença de percepções - Vaidade desmedida 
Quadro 2: Exemplos de Causas de Conflitos 
Fonte: Adaptado de Carvalho (2010) 
 
Sendo assim, as relações interpessoais são fundamentais para o bom 
desenvolvimento da equipe, pois trabalhar em equipe, antes de tudo, significa ter uma 
boa comunicação, não basta apenas seguir ou dar ordens, é necessário que as tarefas 
sejam contextualizadas por prioridade, para que as tarefas importantes não sejam 
preteridas para outras de menor urgência (PORTAL EDUCAÇÃO, 2013). Portanto, 
aprender a trabalhar em equipe e a desenvolver as relações interpessoais é um passo 
muito importante que você terá que dar dentro de uma organização, pois caso não 
consiga exercer tais habilidades, as chances de ser rotulado como um profissional de 
difícil convivência dificultará, em muito, suas chances de crescimento profissional. 
 
TÓPICO 2 – DEFINIÇÃO E CARACTERÍSTICAS, ESTILO DE LIDERANÇA, 
QUALIDADE DE UM LÍDER 
 
Bom, caro aluno, vamos falar agora um pouco sobre liderança, aquela 
capacidade que algumas pessoas têm em conduzir outras pessoas para um 
determinado caminho. Vamos ver como Maximiano (2012, p.205 e 206) define 
liderança: “Liderança é o processo de conduzir as ações ou influenciar o 
 
10 
 
comportamento e a mentalidade de outras pessoas [...] é a realização de metas por 
meio da direção de colaboradores”. 
Atualmente, as organizações estão repletas de sistemas, processos e 
tecnologias, porém o fator humano, ainda é essencial para o bom desenvolvimento 
das atividades. Todos os dados e informações gerados pelos sistemas terão que ser 
interpretados pelas pessoas, que juntamente com seus conhecimentos e habilidades 
terão que tomar decisões e conduzir toda equipe, visando o melhor resultado para a 
organização. Portanto, o papel do líder nas organizações é muito importante, uma vez 
que se faz necessário que a empresa tenha um caminho a percorrer em busca de 
objetivos satisfatórios (PESSOTTI, 2016). 
 
Imagem 3: Liderança 
Fonte: Pixabay (2017) 
 
Maximiano (2012) descreve que a liderança não é apenas baseada nas 
habilidades de uma pessoa, ela dependerá de um contexto e de outros elementos, 
tais como: características do líder, características da tarefa, motivação dos liderados 
e a conjuntura (contexto). 
 
11 
 
Características do líder: independente da qualidade de cada um, muitas 
vezes as pessoas são colocadas em situação de liderança, onde deverá tomar 
decisões que conduzirá outros. Como no caso de professores, treinadores, gerentes 
ou até mesmo na situação de pai ou mãe. Na situação de liderança, algumas pessoas 
serão mais motivadas para realizar a tarefa, outras podem ter mais capacidade. 
Características da tarefa: é a responsável pela ligação entre líder e liderado, 
pois sem uma tarefa a ser realizada, não existiria o processo de liderança. As 
características de uma tarefa fornecerão os motivos, as motivações para os liderados. 
Motivação dos liderados: os liderados irão seguir o líder por algum motivo, e 
o interesse de realizá-lo dependerá do benefício conseguido. Neste sentido, 
entendemos que podem existir liderados fiéis e mercenários. Isso mesmo, 
encontraremos pessoas que seguirão um líder devido a uma mensagem intrínseca, 
em prol de uma missão e outros que buscarão algo material ou psicológico em troca. 
Temos como exemplo os soldados do exército que lutam até a morte pelo seu país, 
em busca de um sonho, de uma condição visualizada pelo seu líder. Por outro lado, 
temos um jogador de futebol, que se esforça em uma partida, para receber uma 
bonificação ofertada pelo clube. 
Conjuntura (contexto): é a representação dos fatores históricos, culturais e 
organizacionais nos quais ocorre o processo de liderança. Entender a 
contextualização fará com que compreenda o processo de liderança. No exército, por 
exemplo, é impossível exercer a liderança de baixo para cima, algo possível de ser 
enxergado em outros tipos de organizações. 
Entendido que em um processo de liderança existem essas características, 
vamos ver que cada líder tem um estilo e que esse estilo está relacionado com a forma 
de autoridade exercida. 
 
12 
 
 
Figura 1: Quatro estilos de liderança desde a antiguidade 
Fonte: Adaptado de Maximiano (2012) 
 
O estilo de liderança pode ser Autocrático ou Democrático, isso dependerá da 
forma como o líder conduzirá a autoridade com a equipe. Um líder Autocrático é 
aquele que centraliza o poder de decisão consigo, porém o abuso de poder o 
transforma em tirano. Por outro lado, um líder que compartilha o poder de decisão 
com a equipe, busca uma liderança democrática, mas o excesso de liberdade fará de 
sua liderança uma demagogia, uma vez que sempre buscará a popularidade e 
dificilmente entrará em conflito. 
A formalidade da liderança é um tema importante a ser abordado, pois ajudará 
na compreensão dos estilos citados. A estrutura formal da organização “[...] é aquela 
deliberadamente planejada e formalmente representada, em alguns de seus aspectos, 
pelo organograma” (OLIVEIRA, 2009, p. 65). Na mesma linha Johnson (1997, p. 163) 
define: 
Uma organização formal é um sistema social estruturado em torno de 
metas específicas e que, em geral, consiste de vários grupos ou 
subsistemas interrelacionados. É dirigida de acordo com normas 
estabelecidas de forma facilmente clara e rigidamente imposta. 
Empresas, a Igreja Católica, os sistemas judiciários, as reitorias de 
universidades e as forças militares exibem as propriedades das 
organizações formais. 
 
A princípio, a estrutura formal de uma organização é facilmente percebida, 
porém, nem tudo é explícito, em qualquer organização existem também as relações 
que não são visíveis na estrutura formal, são os chamados grupos informais, com 
 
13 
 
relações informais. Tais relações estão presentes entre as pessoas e não 
correspondem às regras, normas, organogramas estabelecidos pela estrutura formal. 
Os grupos informais, por exemplo, são grupos criados por iniciativa de seus próprios 
integrantes, para defender seus interesses ou atender a necessidade de convivência 
social. 
Sobre as relações informais nas organizações, Johnson (1997, p. 164) 
descreve que: 
 
Nas organizações formais, indivíduos muitas vezes participam de redes 
de informações informais, nas que as expectativas são menos 
rigidamente definidas e menos focalizadas em objetivos específicos. 
Amizades de escritório (e animosidades), por exemplo, com frequência 
desempenham uma parte importante no desempenho de papéis mais 
formais. 
 
 
No mesmo sentido, em Oliveira (2009, p. 65) verifica-se: 
 
 
Estrutura formal é a rede de relações sociais e pessoais que não é 
estabelecida ou requerida pela estrutura formal. Surge da interação 
social das pessoas, o que significa que se desenvolve, 
espontaneamente, quando as pessoas se reúnem. Portanto, apresenta 
relações que, usualmente, não aparecem no organograma. 
 
Desta forma, as diferentes estruturas existentes que uma organização possa 
ter e seus diversoselementos e interações humanas, produzem líderes com 
características diferenciadas. Você consegue imaginar um líder dentro de um sistema 
formalizado? 
Bom, esse parece fácil, se você imaginou um presidente de um país, um 
treinador de algum clube esportivo, um gerente de um departamento, ou algo 
semelhante, você está certo. No sistema formal, a hierarquia é definida pela 
organização e os líderes são escolhidos, como por exemplo, Papa Francisco, Sir 
Winston Churchil, Barack Obama, Mao Tsé-tung, Margaret Thatcher, Nelson Mandela. 
E de maneira informal, você consegue imaginar um líder? 
 
14 
 
Esse líder irá surgir, não será escolhido e nem eleito, ele aparece e as pessoas 
o seguem. Um jogador de futebol, que não é o capitão do time (o capitão é a liderança 
formal), mas que consegue o respeito dos outros atletas e consegue exercer uma 
liderança informal. Outro exemplo seria um revolucionário que lidera um grupo em 
busca de algo maior, como por exemplo: Che Guevara, Joana d'Arc, Mahatma Gandhi, 
Martin Luther King Jr, 
E você, ocupa ou já ocupou uma situação de liderança? Conseguiu 
desempenhar com sucesso? Como você reage a essa situação? Com naturalidade? 
Quando se trata do futuro do trabalho, os gestores estão assumindo novas 
formas de atuação para que de fato se tornem grandes líderes. Em um artigo, 
Yamaoka (2015) descreveu algumas características, consideradas, fundamentais 
para um líder de sucesso. São elas: (1) Ser um líder atuante; (2) Assumir as 
responsabilidades; (3) Entender sobre as tecnologias; (4) Liderar pelo exemplo; (5) 
Pedir ajuda se necessário; (6) Acreditar na inteligência coletiva; (7) Ser um tomador 
de decisões; (8) Saber reconhecer os méritos; (9) Oferecer feedback; (10) Reconhecer 
os limites pessoais. 
 
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o link: 
http://exame.abril.com.br/pme/as-10-caracteristicas-fundamentais-de-um-lider-de-
sucesso/ 
O líder do futuro é aquele que possui ênfase em suas competências e comportamentos 
definidos a partir da organização e suas estratégias. Nesse sentido as competências para a 
liderança no futuro é ter uma visão ampla do negócio, saber gerenciar complexidade e 
mudanças, desenvolver a si mesmo e aos outros, ter alinhamento emocional e focar nos 
resultados. 
 
http://exame.abril.com.br/pme/as-10-caracteristicas-fundamentais-de-um-lider-de-sucesso/
http://exame.abril.com.br/pme/as-10-caracteristicas-fundamentais-de-um-lider-de-sucesso/
 
15 
 
Os modelos de liderança que estudamos nessa unidade estão relacionados ao 
comportamento, características humanas e nas estruturas organizacionais. Podemos 
perceber a existência de uma interdependência entre as partes, organização, líder e 
liderados. 
 
TÓPICO 3 – HABILIDADES INTRAPESSOAIS E TRABALHO EM EQUIPE 
Para Pereira (2013), na vida temos vários relacionamentos, porém os de 
trabalho são diferenciados, pois temos que realizar nossas atividades e obter 
resultados juntos de pessoas que não escolhemos para trabalhar e que muitas vezes 
não temos afinidade. É nesse ambiente e nessa situação que nos obrigamos a lidar 
com diferenças de opinião, de visão, de formação, de cultura e de comportamento. 
 
Imagem 4: Trabalho em Equipe 
Fonte: Pixabay (2017) 
 
Podemos perceber que essa situação não é muito fácil, alguns podem ter mais 
facilidades, mas outros têm mais dificuldades de adaptação. Para a autora, se 
basearmos nossos relacionamentos interpessoais em cinco pilares: 
Autoconhecimento, Empatia, Assertividade, Cordialidade e Ética, a adaptação se 
torna mais fácil. 
 
16 
 
Vejamos agora como os autores, Pereira (2013), Santos (2016), Dicio (2017) 
falam sobre as características dos cinco pilares. 
Autoconhecimento – Implica em reconhecer nossos traços de 
comportamento, o impacto que causamos nos outros e que comportamentos dos 
outros nos incomodam. Santos (2016) complementa dizendo que ao trabalhar o 
relacionamento interpessoal, as pessoas passam a conhecer melhor a si próprias 
(maior autoconhecimento), e sua maneira de relacionar-se com o mundo e com as 
pessoas, muda. 
Por exemplo: uma pessoa objetiva e dinâmica, que gosta de agir com 
independência e rapidez para atingir seus objetivos, pode ter conflitos na interação 
com um colega de perfil mais cauteloso e metódico, que segue regras à risca e tem 
um ritmo mais lento, por se preocupar com detalhes. Porém, se pelo menos um dos 
dois tiver autoconhecimento, pode utilizar estratégias que minimizam o conflito com o 
outro (PEREIRA, 2013). 
Empatia – Ação de se colocar no lugar de outra pessoa, buscando agir ou 
pensar da forma como ela pensaria ou agiria nas mesmas circunstâncias (DICIO, 
2017). Exemplo: A empatia também nos torna capazes de enxergar além do próprio 
umbigo e ampliar nossa percepção da realidade com os pontos de vista dos outros. 
Entre as várias coisas que se pode fazer para praticá-la, a mais básica é saber ouvir 
(PEREIRA, 2013). 
Assertividade – Aquele que possui uma afirmação categórica; afirmativo. Ter 
a habilidade de se expressar de forma franca, direta, clara, serena e respeitosa. 
Expressar segurança ao agir; que se comporta de maneira firme; que demonstra 
decisão nas palavras (DICIO, 2017). A palavra está ligada à forma de expor e defender 
posições. Exemplo: Pessoas assertivas não dispendem tempo com fofocas ou 
assuntos fora do contexto, é transparente nas suas intenções e colocações. 
Cordialidade – Tratar as pessoas com cordialidade, ser gentil e simpático. 
Demonstrar consideração pelo outro de várias formas. Ação de expressar carinho, 
afeto e amizade, ser educado em ambientes de trabalho (DICIO, 2017). 
 
17 
 
Exemplo: Pode ser com o “bom dia” com que saudamos o destinatário de nossa 
mensagem de e-mail, com o ato de segurar a porta do elevador para alguém entrar 
ou apanhar do chão um objeto que o colega deixou cair (PEREIRA, 2013). Tratar as 
pessoas de forma cordial e respeitosa é fundamental em um relacionamento 
duradouro. 
Ética – Reunião das normas de valor moral presentes numa pessoa, sociedade 
ou grupo social. Razões que ocasionam, alteram ou orientam a maneira de agir do ser 
humano (DICIO, 2017). 
Exemplo: Ser ético é ter atitudes que não prejudiquem os outros, não quebrem 
acordos e não contrariem o que se considera certo e justo. Podemos ter muito 
autoconhecimento, ser altamente empáticos e assertivos, mas, se não nos 
conduzirmos pela ética, não conseguiremos manter relacionamentos equilibrados 
(PEREIRA, 2013). 
Outra característica que é muito citada nas leituras e que podemos acrescentar 
como mais um elemento desse pilar é a Comunicação. 
Comunicação – O que se relaciona ou pode ocasionar a transmissão ou 
recepção de ideias ou de mensagens, buscando compartilhar informações. Ação de 
transmitir ou de receber essas mensagens: comunicação empresarial (DICIO, 2017). 
Exemplo: Rocha (2009) cita que uma boa comunicação é um fator relevante 
para a uma boa relação interpessoal, pois se em um ambiente de trabalho, os 
colaboradores possuírem a mesma linha de pensamento, as informações necessárias 
para o desenvolvimento das atividades serão facilmente absorvidas e as ações 
ocorrerão com maior êxito. 
A autora também alerta sobre a falta da comunicação: 
“A inexistência da comunicação entre os indivíduos em ambientes de 
trabalho é um fator negativo que influencia diretamente na organização 
de pessoas e, consequentemente, na má qualidade do processo 
produtivo, seja ele, por motivo de horário (os funcionários não são 
devidamente avisados de reuniões importantes), desenvolvimento das 
 
18 
 
ações, falta de afinidade entre os grupos e a precária liderança do 
gestor” (ROCHA, 2009, P. ONLINE). 
 
Conforme podemos observar, o ambiente corporativo é uma grande escola de 
relacionamento, por isso, desenvolver e fortalecer as características dos pilares 
melhorará não apenas a sua capacidade de serelacionar no ambiente de trabalho, 
mas também o ajudará nas áreas da vida, como familiar, social, ciclo de amizades. 
Conhecer seus sentimentos e emoções o ajudará a ter mais foco e ser mais produtivos 
no trabalho, além de propiciar maior capacidade de lidar e entender os outros, e 
trabalhar em equipe (SANTOS, 2016). 
 
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 
O Desafio do comprometimento da equipe 
O que você faria se fosse um técnico de futebol com a responsabilidade de ganhar o jogo e 
percebesse que a metade do seu time não está comprometido? Como você se sentiria? 
Link: https://www.elos360.com.br/artigos/o-desafio-do-comprometimento-da-equipe 
 
Outro ponto importante a ser abordado e que Santos (2016) exemplifica muito 
bem, é o fato de as empresas criarem o hábito, a cultura baseada nos princípios, nos 
pilares do trabalho em equipe. A autora traz alguns exemplos de grandes empresas 
que se empenham realmente nesse quesito. Vejamos o exemplo: 
O setor de RH da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desenvolve há algum 
tempo programas que visam estimular as relações interpessoais de seus 
colaboradores, através de dinâmicas de grupo e atividades destinadas à melhoria das 
relações, trabalhando, inclusive, questões trazidas pelos próprios funcionários. 
A loja de departamentos Magazine Luiza também investe em programas que 
trabalham o relacionamento interpessoal de seus colaboradores. Há 13 anos, 
https://www.elos360.com.br/artigos/o-desafio-do-comprometimento-da-equipe
 
19 
 
desenvolve um trabalho de fortalecimento de cultura e clima com os colaboradores, 
com o objetivo de internalizar valores da empresa - ética, colaboração, transparência, 
simplicidade, respeito, amor, fé - e de promover o amadurecimento das relações 
interpessoais, familiares, corporativas e, obviamente, com o cliente. 
Além disso, a cada nova loja do Magazine Luiza inaugurada, os colaboradores 
passam por um programa, chamado fortalecimento interno. O programa foca no 
autoconhecimento, na ampliação da consciência e da visão sistêmica e no 
fortalecimento interior, para somente depois, trabalhar as relações externas. Esse 
trabalho acaba sendo um preventivo de clima e promove o engajamento dos 
colaboradores. 
Esse tipo de ação aumenta a integração entre os membros da equipe, 
soluciona conflitos e proporciona o autoconhecimento, trazendo maior produtividade 
e comprometimento, o que é benéfico tanto para o colaborador, quanto para a 
empresa (SANTOS, 2016). 
Muitas empresas perceberam o quanto é importante cultivar hábitos com base 
em princípios sólidos e transmitir para todos os colaboradores. Organizações que 
buscam melhores desempenhos por meio, ou melhor, junto de seus colaboradores, 
devem se tornar exemplos, ser fonte de inspiração para seus colaboradores. 
Exemplo de bons relacionamentos e a criação de um bom ambiente de trabalho 
deve seguir a hierarquia, vir de cima para baixo. Os líderes devem atuar de forma 
incentivadora, investindo no bom relacionamento, sendo respeitoso e maduro com 
todos. Santos (2016) complementa dizendo que as empresas podem investir em 
programas e treinamentos que promovam o autoconhecimento, através de trabalhos 
de desenvolvimento, ou também, incentivar os colaboradores a participar de 
workshops e eventos. 
Portanto, é importante mencionar que relacionamento interpessoal não 
significa amizade e intimidade. Significa entender as pessoas e saber lidar com as 
diversidades, pois como vimos, cada pessoa possui sua personalidade, costumes e 
estilo de vida distintos dos demais. O segredo é focar na importância do 
 
20 
 
estabelecimento de confiança, respeito mútuo, ética e na percepção de saber escutar 
os outros e entender as diferenças (SANTOS, 2013). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Encerro nossa primeira unidade relembrando que as pessoas com suas 
habilidades, competências e experiências são essenciais para as organizações e as 
relações interpessoais no trabalho e a capacidade de trabalhar em equipe estão cada 
vez mais valorizados no mundo corporativo. 
Após ter definido equipe e compreendido sobre as características 
compartilhadas da mesma, foi possível aprender a trabalhar em equipe e a 
desenvolver as relações interpessoais, que é um passo muito importante que você 
terá que dar dentro de uma organização, pois caso não consiga exercer tais 
habilidades, as chances de ser rotulado como um profissional de difícil convivência 
dificultará, em muito, suas chances de crescimento profissional. 
Vimos também o conceito de liderança, que é o processo de conduzir as ações 
ou influenciar o comportamento e a mentalidade de outras pessoas para a realização 
de metas, por meio da direção de colaboradores, suas características e estilos. 
Foi possível entender que as organizações estão repletas de sistemas, 
processos e tecnologias, porém o fator humano, ainda, é essencial para o bom 
desenvolvimento das suas atividades, pois o papel do líder nas organizações é muito 
importante, uma vez que se faz necessário que a empresa tenha um caminho a 
percorrer em busca de objetivos satisfatórios. 
Com relação às características de um líder, vimos que a liderança não é 
baseada apenas nas habilidades de uma pessoa, ela dependerá de um contexto e de 
outros elementos, tais como: características do líder, características da tarefa, 
motivação dos liderados e a conjuntura (contexto), e que em um processo de liderança 
cada líder pode ter seu estilo e que esse está relacionado com a forma de autoridade 
exercida, que pode ser tirana, autocrata, democrata ou demagoga. 
Além das características pessoais de um líder, foi feita a diferenciação dos tipos 
de estruturas de organizacionais (formal e informal) e vimos também sobre a 
formalidade da liderança e como ela tem relação com os estilos estudados. Pois as 
 
22 
 
diferentes estruturas existentes que uma organização possa ter e seus diversos 
elementos e interações humanas, produzem líderes com características 
diferenciadas. 
Nesta unidade foi compreendido sobre relacionamento interpessoal e suas 
características, vimos que na vida temos vários relacionamentos, porém os de 
trabalho são diferenciados, pois temos que realizar nossas atividades e obter 
resultados juntos de pessoas que não escolhemos para trabalhar e que muitas vezes 
não temos afinidade. É nesse ambiente e nessa situação que nos obrigamos a lidar 
com diferenças de opinião, de visão, de formação, de cultura e de comportamento. 
Discutiu-se que nem todas as pessoas têm facilidade de se adaptar a um 
ambiente diferente, e que num relacionamento interpessoal existem cinco pilares que 
podem facilitar essa adaptação: Autoconhecimento, Empatia, Assertividade, 
Cordialidade e Ética. 
Sendo assim, desenvolver e fortalecer as características dos pilares melhorará 
não apenas a sua capacidade de se relacionar no ambiente de trabalho, mas também 
o ajudará nas áreas da vida, como familiar, social, ciclo de amizades. Conhecer seus 
sentimentos e emoções o ajudará a ter mais foco e ser mais produtivos no trabalho, 
além de propiciar maior capacidade de lidar e entender os outros, e trabalhar em 
equipe. 
Por fim, foi demonstrada a importância da comunicação para uma boa relação 
interpessoal e apresentados exemplos de empresas que buscam o trabalho em 
equipe e o bom relacionamento entre seus funcionários. Pois, muitas empresas 
perceberam o quanto é importante cultivar hábitos com base em princípios sólidos e 
transmitir para todos os colaboradores. Organizações que buscam melhores 
desempenhos por meio, ou melhor, junto de seus colaboradores, devem se tornar 
exemplos, ser fonte de inspiração para seus colaboradores. 
 
 
 
23 
 
UNIDADE II – ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO E METAS PESSOAIS 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 Diferenciar administração do tempo de administração dos eventos e atividades 
pessoais; 
 Conceituaradministração; 
 Compreender sobre administração do tempo; 
 Refletir sobre como utilizamos nosso tempo; 
 Aprender a fazer um quadro de distribuição de atividades; 
 Aprender a elaborar um planejamento da utilização do tempo; 
 Entender a lei de Parkinson; 
 Aprender sobre mapa de prioridade; 
 Diferenciar as características do mapa de prioridade; 
 Apresentar dicas para melhorar o uso do tempo. 
 
PLANO DE ESTUDO 
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nessa unidade: 
 
 TÓPICO 1 – ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO? 
 TÓPICO 2 – COMO VOCÊ UTILIZA SEU TEMPO? 
 TÓPICO 3 – UTILIZANDO MELHOR O TEMPO 
 
 
 
24 
 
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
Olá caro aluno, é muito comum ouvirmos pessoas reclamando que não tem 
tempo para desenvolver suas atividades cotidianas devido ao excesso de tarefas que 
tem para realizar. Ao se questionar o que é tempo, verificará que é algo complexo sem 
uma resposta ou um conceito único. Ao refletir sobre o assunto você perceberá que o 
futuro não existe, o passado já aconteceu e o presente é apenas uma fração de 
segundo, pois ao pensar nele já se torna passado. 
Provavelmente, você já deve ter visto a expressão “tempo é dinheiro”. Para 
muitos, essa é a definição simplista de tempo. Se analisar o período de 1 ano, verá 
que existem 12 meses, dividido em 52 semanas ou 365 dias. Se dividir por hora 
encontrará 8.760, o equivalente a 525.600 minutos. 
A comparação com o dinheiro, fez do tempo algo valoroso, e 
consequentemente perigoso. A ansiedade em lidar com o tempo, pois poupar tempo 
tornou-se uma virtude, assim como poupar dinheiro. Com a criação dos dispositivos 
tecnológicos, poupar tempo é sinônimo de produtividade, de progresso. Desta forma, 
a perda de tempo é visto como algo pecaminoso, é a não produção, é a ineficiência 
do uso de recursos. 
Como você se sentiria se em um dia de semana, na parte da tarde, ficasse 
algumas horas assistindo TV ou lendo uma revista? A sensação de não estar fazendo 
nada, de não estar produzindo, está mais comum na nossa sociedade e aflige cada 
vez mais as pessoas. Você se lembra da relação tempo x dinheiro? Então, esse 
conceito moderno, é proveniente das revoluções industriais. 
Em nossa atual sociedade industrial um dos grandes desafios do homem 
moderno é saber lidar e gerenciar bem o tempo, ou seja, produzir o máximo dentro de 
um pequeno espaço de tempo. Bernhoeft (2009) explica que essa angustiosa 
realidade moderna, está diretamente ligada com a pressa, ou seja, uma necessidade 
(consciente ou inconsciente) de realizar determinada tarefa em um período de tempo 
escasso e comprimido. 
 
25 
 
O autor continua dizendo que essa realidade é igual para todos, o dom do 
tempo se reparte igualmente para todos, porém algumas pessoas conseguem realizar 
uma grande quantidade de atividades, com alto nível de qualidade, enquanto outras 
não conseguem avançar. Para essas pessoas, a resposta está sempre na ponta da 
língua.... Falta tempo!!! 
Mas afinal, por que algumas pessoas conseguem lidar melhor com o tempo do 
que outras? 
Para ajudar a compreender esse dilema, nessa unidade iremos trabalhar em 
três tópicos, sendo que no primeiro iremos diferenciar administração do tempo de 
administração dos eventos e atividades pessoais, para depois conceituar 
administração e, por fim, compreender sobre administração do tempo. 
No segundo tópico iremos refletir sobre como utilizamos nosso tempo e iremos 
aprender a fazer um quadro de distribuição de atividades. Por último, no terceiro tópico 
será visto como elaborar um planejamento da utilização do tempo e entender a lei de 
Parkinson. Após isso, aprenderemos sobre mapa de prioridade, suas características 
e serão apresentadas dicas para melhorar o uso do tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
TÓPICO 1 – ADMINISTRAÇÃO DO TEMPO? 
 
Imagem 5: Engrenagens de um relógio 
Fonte: Pixabay (2017) 
 
Você consegue administrar bem o seu tempo? Consegue realizar tudo aquilo 
que planejou? E se eu perguntar de forma diferente, você tem o costume de planejar 
suas tarefas? 
Quando iniciamos uma atividade, seja ela no trabalho, na faculdade ou no dia 
a dia, é comum focarmos mais no ‘o que’ fazer do que no ‘como fazer’. Medeiros 
(2015, p.6) explica que: 
 
[...] as pessoas quando aprendem em um curso acadêmico, ou mesmo 
ingressam de alguma forma em uma função, profissão, são sempre 
instruídas sobre “O que” fazer sendo ignorado o modo como se fazer o 
trabalho, principalmente aos detalhes que fazem o diferencial para se 
obter uma maior eficiência e eficácia. 
 
 
 
 
27 
 
Vamos primeiro ao exemplo, para depois discutirmos mais sobre o assunto. 
João é vendedor em uma grande empresa do varejo, seu horário de trabalho é 
das 8hrs as 18hrs de segunda a sábado. Como ele sempre buscou melhores 
condições de vida começou a fazer faculdade a noite, pois era o período que ele tinha 
livre. 
No decorrer do curso, João percebeu que precisava aprender um novo idioma, 
e se inscreveu em um curso de inglês aos sábados à noite, pois era o período em que 
ele não trabalhava e não tinha aula. João sabia o quanto essa jornada semanal era 
cansativa, mas também sabia que era passageiro, pois dentro de alguns anos ele 
terminaria seus estudos. Como não tinha muito tempo livre na semana, João prestava 
o máximo de atenção nas aulas e tentava realizar todas as atividades dentro desse 
período. 
Com relação ao seu trabalho, ele buscava desempenhar suas tarefas dentro 
de sua carga horária, tentando não levar trabalho para casa. Domingo era o dia em 
que João descansava e finalizava alguma atividade pendente. Num período de quatro 
anos essa foi a jornada de João, de segunda a sábado, nos períodos de manhã, tarde 
e noite, ele se dedicava ao trabalho e aos estudos, e aos domingos, buscava 
descansar. 
Talvez você tenha passado por algo semelhante, provavelmente, no período 
acadêmico. Também, é provável que conheça pessoas que não se submeteriam a tal 
jornada. Pois bem, o exemplo de João demonstra que não há grandes segredos para 
se utilizar bem o tempo; o que ele fez foi planejar e manter o foco no planejamento. 
Administrar ou gerenciar o tempo são termos comuns e empregados em várias 
leituras, porém, particularmente não acredito na administração do tempo, mas sim na 
administração dos eventos e atividades pessoais. 
Por que digo isso? 
Porque o tempo é algo que não se pode controlar e muito menos modificar. 
Kroehnert (2001 p.13) explica que o “correto seria autoadministração, pois não 
 
28 
 
podemos administrar o tempo em si, mas podemos nos administrar com maior 
eficiência”. Olhe para o relógio nesse momento, agora cruze os braços e tente lembrar 
qual é a marca de seu computador ou de seu celular. Lembrou? Bem, agora olhe 
novamente no relógio. Continua na mesma hora, minutos e segundos? Com certeza 
não. 
Essa pequena dinâmica foi para demonstrar como não temos controle sobre o 
tempo, mas temos sobre nossas ações. Portanto, o foco nessa unidade será como 
podemos administrar melhor nossas ações para que possamos aproveitar melhor o 
tempo. Para que isso seja possível, é importante conhecer melhor o conceito de 
administração. 
 
Processo Significado 
Planejar Decisões sobre objetivos e recursos necessários para realizá-los. 
Organizar Decisões sobre a divisão de autoridade, responsabilidades e recursos 
para realizar objetivos. 
Executar Decisões de execução de planos. Direção, coordenação e autogestão 
são estratégias de execução. 
Controlar Decisões de assegurar a realização dos objetivos. 
Quadro 3: Principais Funções da Administração 
Fonte: Adaptado de Maximiano (2012) 
 
O quadro acima demonstra as principais funções da administração. Ela se inicia 
com o Planejamento do que será feito, para depois Organizar os recursos e as 
responsabilidades. Após planejado e organizado é hora de colocar em prática, 
Executar. Conforme ocorre a execução, deve-sefazer o Controle, ou seja, verificar se 
o que foi planejado está realmente acontecendo. 
 
 
 
29 
 
 
 
TÓPICO 2 – COMO VOCÊ UTILIZA SEU TEMPO? 
Normalmente achamos que sabemos como utilizamos nosso tempo, porém 
nem sempre isso é verdade. Primeiramente, para utilizar bem o tempo, temos que 
priorizar as tarefas realmente importantes e que nos trazem maiores resultados. Fazer 
em primeiro lugar as mais importantes e não as mais fáceis. (MEDEIROS, 2015). 
Para que possamos definir quais são as tarefas mais importantes, temos que 
analisar e avaliar como estamos utilizando nosso tempo. Depois disso, temos que 
questionar: como poderia executar melhor as tarefas mais importantes? Como 
consigo melhorar os resultados? 
Para fazer a identificação com precisão de como utilizamos nosso tempo, 
Medeiros (2015) explica que temos de criar uma agenda, para conseguir dimensionar 
exatamente o percentual de tempo que usamos em cada tipo de tarefa. 
 
 
Imagem 6: Agenda de Trabalho 
Fonte: KROEHNERT (2001) 
 
 
30 
 
Afinal, se não sabemos como estamos utilizando nosso tempo, como 
poderemos dimensioná-lo melhor? 
Segue um texto “Cuidado com o jacaré”, muito interessante, do professor Luiz 
Carlos de Queirós Cabrera para fazermos algumas reflexões. 
 
 
Cuidado com o jacaré, por Luiz Carlos de Queirós Cabrera 
Como lidar com as tarefas (e pessoas) que ficam no seu pé só para tirar o seu foco. 
Estou muito impressionado com o número de profissionais, de todas as idades, que 
me contam estar preocupados com sua performance. 
Nós todos sabemos que, depois das reengenharias, “downsizings” e outros processos 
chamados de modernização organizacional, as pessoas estão com uma carga de 
trabalho que beira o limite físico. Por outro lado, a constante busca de ferramentas 
modernas, como os sistemas integrados de gestão, procura facilitar a rotina diária, 
mas, na verdade, está criando mais tensão, até essas ferramentas estarem 
perfeitamente implantadas. Tudo isso afeta a performance, fora o fato que hoje a 
competitividade exige tudo mais rápido, mais perfeito e mais barato. 
No entanto, quando estou entrevistando profissionais durante os processos de 
seleção que conduzo, tenho notado que existe um inimigo maior ainda, que afasta as 
pessoas da tão sonhada alta performance. É o jacaré. Deixe-me explicar: muitos anos 
atrás, ouvi numa aula do professor Larry Greiner, da University of Southern California, 
a seguinte frase: Se você tem um jacaré a lhe morder a perna, a tendência é esquecer 
que sua tarefa principal era drenar o pântano. 
Realmente, nessa hora a sobrevivência fala mais alto. Você entra no pântano, cheio 
de vontade de executar a tarefa de drená-lo. Aí, o jacaré morde a sua perna. E você 
vai querer matar o jacaré, claro. O pântano que espere. 
 
31 
 
O jacaré desta história é o nosso dia a dia. É a rotina que lhe ataca de manhã e que 
impede que você faça todas as tarefas que planejou para o dia. E ao final, exausto, 
você olha a pilha de jacarés mortos e é cobrado, pelo seu chefe, pelo pântano que 
não drenou. Saber enfrentar a rotina é uma tarefa fundamental para quem quer ter 
alta performance. Evitar o jacaré é planejar melhor, é testar todas as hipóteses, é 
prever os desvios e inconsistências. O jacaré detesta planejamento. Ele anda pela 
empresa com sua casca grossa, rabo comprido e braços curtos dizendo que 
planejamento não serve para nada, que nunca dá certo, que é um jogo de adivinhação. 
Tudo mentira. 
O jacaré morre de medo do PLANEJAMENTO, que, quando bem-feito, é um exercício 
de previsibilidade. E que não é feito para dar certo, mas sim para testar 
antecipadamente todas as hipóteses. Olhe bem a sua volta. Os jacarés estão por 
todos os lugares, com sua fala mansa e andar desengonçado. E, se você bobear, um 
deles ataca: Cadê a cópia do relatório A45 que você ficou de me mandar? Pronto, ele 
mordeu sua perna! Agora vai ter de matar este… e lá se vão quase duas horas do dia. 
Fique atento. Planeje bem o seu dia. 
Exercite o planejamento, pratique o exercício da previsibilidade, ou você vai se tornar 
um especialista em matar jacarés. E o duro desta vida é que o reconhecimento, as 
oportunidades e as recompensas só virão para os que drenarem o pântano. Vade 
retro, jacaré. 
Fonte: http://lock.com.br/port/noticia/noticias/cuidado-com-o-jacare 
 
 
Medeiros (2015) comenta que normalmente você recebe mensagens ou tarefas 
que não dizem respeito à sua atividade principal ou aquela em que você está focado. 
Encaminhe tal material diretamente para a pessoa responsável e dê um retorno ao 
remetente dizendo que foi encaminhado para o responsável pela tarefa. Evite assumir 
http://lock.com.br/port/noticia/noticias/cuidado-com-o-jacare
 
32 
 
atividades que não são suas, ou dar resposta do tipo: vou verificar e assim que 
possível lhe retorno. 
Dê as informações ou o encaminhamento necessário de imediato, não atue 
como intermediário, deixe que a própria pessoa pesquise e busque as informações 
necessárias. 
Seguindo as orientações de Medeiros (2015), a primeira coisa que deve ser 
feita para melhor utilizar seu tempo é verificar como ele está sendo empregado. O 
autor nos alerta sobre alguns pontos poderá encontrar em seu quadro e algumas 
conclusões que você poderá ter. 
 Decisões sobre assuntos importantes; 
 Conversas telefônicas que se estendem demasiadamente; 
 Período de interrupções constantes; 
 Concentração em assuntos poucos importantes; 
 Período de escravidão ao papel, onde se manuseiam muitos papéis sem 
importância; 
 Falta de tempo para pensar e planejar, ficando escravo da rotina; 
 Período de grandes atividades consertando ou refazendo atividades 
anteriores. 
Monte um quadro de registro de tempo, isso mesmo, faça um registro de um 
dia seu para te auxiliar na identificação do uso de tempo. 
Segue modelo de exemplo. 
 
Atividade Início Fim Total Percentual 
(480min=8hrs) 
Arrumação da Mesa 8:00 8:20 20 min 4,16% 
Reunião 8:30 9:40 70 min 15,22% 
Responder e-mails durante o dia ---- ---- 50 min 10,41% 
 
33 
 
Quadro 4: Quadro de Distribuição de Atividade 
Fonte: Próprio Autor (2017) 
 
 
Lembrando o modelo criado é apenas uma sugestão, você poderá acrescentar 
mais dados ou fazer qualquer modificação que achar necessário. O intuito é que você 
realmente faça um registro e depois uma análise sobre seu dia a dia. Caso não tenha 
uma rotina, tente criar um padrão, listar atividades semelhantes. 
 
TÓPICO 3 – UTILIZANDO MELHOR O TEMPO 
 
- Estabelecimento de prazo 
Depois de feito o registro e a análise de sua rotina, o próximo passo é começar 
a planejar suas atividades, seu dia. 
Você já deve ter ouvido a seguinte frase: “Se quer ver algo feito, peça a alguém 
que não tenha tempo; para se certificar de que isso não ficará feito, peça a alguém 
com tempo. A primeira pessoa não tem tempo porque faz tudo que lhe dizem para 
fazer; a segunda tem tempo porque não faz nada do que lhe pedem.” Alfonso Milagro. 
Em 1955 o historiador Cyril Northcote Parkinson, disse: "O homem mais 
ocupado é o que tem mais tempo livre". Essa é a essência da "Lei de Parkinson", o 
trabalho tende a preencher (ou adaptar-se) ao tempo disponível ou alocado para ele. 
Medeiros (2015) descreve que se você determinar trinta minutos para fazer uma tarefa 
usará esses trinta minutos. Mas ao invés de trinta minutos você determinar uma hora, 
provavelmente utilizará essa uma hora. 
Quando temos pouco tempo para realizar uma atividade, buscamos ser mais 
prático e objetivo, com mais foco para terminar no tempo restante. Agora, quando o 
prazo é maior, provavelmente relaxamos, deixando para começar a fazer mais 
próximo do prazo final. 
 
34 
 
Com base na lei de Parkinson, a lição que tiramos é que devemos estabelecer 
horas e datas para a entrega da tarefa, mesmo que possua um bom prazo. 
- Estabelecimento de prioridade 
No dia a dia de muitas empresasé comum recebermos tarefas consideradas 
urgentes, o famoso “apagar incêndio”. Ávila (2017) comenta que normalmente isso 
ocorre quando não existe muito planejamento e, muitas coisas precisam ser resolvidas 
sem se pensar na sua real importância. 
Quando falamos de problemas que surgem de forma inesperada e das nossas 
atividades rotineiras é preciso trabalhar com prioridades, a fim de organizar de forma 
mais eficaz nossos esforços. Uma forma de organizar é classificando como Prioridade, 
Urgência e Importância. As três classificações (conceitos) são parecidas e muitas 
vezes as usamos de forma equivocada. 
Entretanto, conforme Zapata (2014, online), “em um ambiente profissional, que 
exija que ações sejam efetuadas precisamente, que energia seja focada claramente 
em certas ações e em uma determinada ordem, é essencial saber diferenciar cada 
um desses conceitos”. 
De acordo com Zapata (2014), seguem suas definições quanto a Prioridade, 
Urgência e Importância. 
 
 Prioridade 
Definição do que deve ser feito primeiro, o lugar onde a energia precisa ser 
focalizada antes dos demais. 
Exemplo: É impossível fazer mais que uma coisa ao mesmo tempo. Mesmo 
quando alguém diz que faz multitarefa, no microcosmo esta pessoa está primeiro 
focando na tarefa A, e rapidamente foca na tarefa B, para voltar para a tarefa A. 
Mesmo se esse movimento for rápido, a prioridade é clara: primeiro fez A, depois B e 
 
35 
 
retornou para A. Em nenhum momento as tarefas A e B foram feitas ao mesmo tempo, 
sempre uma delas estava com a prioridade. 
 
 Urgência 
Está intimamente ligado a tempo, é algo que grita por atenção porque tem um 
tempo limite para ser feito. Se for ultrapassado aquele tempo limite, não faz mais 
sentido dar prioridade a tal tarefa, por mais insignificante que ela seja. 
Exemplo: Um telefone tocando no meio de uma reunião chama por atenção. 
Quem nunca parou rapidamente para checar quem estava telefonando, nem que seja 
para desligar o telefone e retornar depois? Pois bem, nesses poucos segundos o 
telefone se transformou em sua prioridade, por mais significativa que fosse a reunião 
onde você estava. Você inclusive parou de focar na reunião para checar o telefone. 
Ele era algo tão urgente que se tornou sua prioridade momentânea. 
 
 Importância 
Refere-se a impacto, ao tamanho do risco envolvido em não priorizar tal 
assunto. Se urgência chama por prioridade devido ao tempo limite que ele impõe, a 
importância chama por prioridade pelo impacto do assunto em questão. 
Exemplo: É importante fazer exercícios regularmente, mas você pode esperar 
alguns dias se estiver com algum projeto atrasado. Importante mas não urgente. 
Entendido as diferenças, vejamos como podemos usar os conceitos de forma 
mais prática 
 
36 
 
. 
Figura 2: Mapa de Prioridade 
Fonte: Zapata (2014) 
 
Você deverá montar uma matriz com 4 quadrantes, sendo que em cada 
quadrante deverá ser inserido as tarefas, de acordo com sua classificação. 
Quadrante 1 – Alta Urgência e Alta Importância; 
Quadrante 2 – Baixa Urgência e Alta Importância; 
Quadrante 3 – Alta Urgência e Baixa Importância; 
Quadrante 4 – Baixa Urgência e Baixa Importância. 
 
 
 
 
 
 
 
37 
 
 
 
Figura 3: Exemplo de Mapa de Prioridade 
Fonte: Zapata (2014). 
 
“Para um problema ser resolvido é necessário alocar recursos, destinar tempo, 
energia e atenção ao mesmo. Isso tudo custa caro, portanto é essencial que tenha 
sido escolhido o alvo certo para focar a energia [...]” (ZAPATA, 2014, online). 
Prioridade Atividade Início Fim Total Percentual 
(480min=8hrs) 
Urgente Arrumação da Mesa 8:00 8:20 20 min 4,16% 
Importante Reunião 8:30 9:40 70 min 15,22% 
Importante Responder e-mails durante o 
dia 
---- ---- 50 min 10,41% 
Quadro 5: Quadro de Distribuição de Atividade com Prioridades 
Fonte: Próprio Autor (2017) 
 
 
38 
 
Você também poderá aproveitar o quadro de distribuição de tarefa e 
acrescentar o nível de prioridade. Fazendo a Matriz ou o Quadro, você terá mais 
facilidade para visualizar as tarefas e sua importância. 
- Separação em Lotes 
Outra maneira de melhorar o uso do tempo é dividir suas tarefas em lotes, ou 
seja, agrupar atividades semelhantes e executá-las juntas. Assim você conseguirá 
economizar tempo e deslocamento. 
Vamos supor que você precise ir ao banco, desta forma você lista tudo que 
precisa ser feito nas proximidades do banco e elabora uma rota com os destinos e as 
tarefas. Assim, conseguirá aproveitar melhor a saída que teve que fazer. 
 
- Foco/Atenção 
Pereira (2016) faz um alerta com relação ao foco e atenção durante a execução 
das tarefas. Muitos autores escrevem sobre a gestão do tempo, porém pouco tem se 
falado sobre atenção. A autora descreve a situação clássica, onde ao ligar o 
computador para pagar uma conta, acaba desviando o foco e se entretendo com 
outras informações que acabam surgindo. 
Devido a essa dificuldade, Pereira (2016) separa algumas medidas que ela 
começou a fazer e que ajudou muito. 
1 - Dividiu o dia em duas partes. Pela manhã, cuida do varejo e a tarde do 
atacado. 
2 - Quando precisa se concentrar, silencia o celular e trabalha com o 
computador off-line. 
3 - Realiza uma tarefa por vez e, ao terminar, se permite a espiar um site 
interessante ou ler notícias. Distrações programadas são uma boa forma de 
descansar a mente após um período de concentração. 
 
39 
 
4 - Adotou o lema: faça logo, faça direito, faça até o fim. 
5 – Passou a usar uma agenda de papel, grande, em que podia visualizar a 
semana inteira, e marcou ali até as pequenas coisas que precisa fazer. 
6 - Parou de jogar Candy Crush. 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 
Leia a matéria, “Gestão do tempo não é tudo: é preciso também gerenciar a atenção”, 
na íntegra acessando o link: https://reginagiannetti.wordpress.com/2016/07/25/gestao-do-
tempo-gerenciamento-da-atencao/ 
 
 
Para encerrarmos o assunto, segue indicação de outro texto com dicas para 
melhorar a produtividade no dia a dia. 
No texto “Administração do tempo: 5 dicas para melhorar sua 
produtividade” você terá acesso a dicas importantes como: 
1. Limpe e organize: deixar o local de trabalho em condições de organização 
e limpeza, poupará tempo e evitará a perda de documentos importantes. 
2. Renove seus apps: instale bons aplicativos para organizar seus afazeres. 
Pomodo Timer, Evernote e Remember the Milk são alguns exemplos. 
3. Calcule e priorize: Calcular o tempo de trabalho e de compromissos e tentar 
respeitá-lo. 
 4. Seja rigoroso: Seja rigoroso com os cálculos de tempo que você estimou. 
Evite se distrair com outras coisas. 
https://reginagiannetti.wordpress.com/2016/07/25/gestao-do-tempo-gerenciamento-da-atencao/
https://reginagiannetti.wordpress.com/2016/07/25/gestao-do-tempo-gerenciamento-da-atencao/
 
40 
 
5. Descanso também tem hora: respeite seus intervalos para descansar, fazer 
alongamentos e se alimentar. 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 
Esse texto, “Administração do tempo: 5 dicas para melhorar sua produtividade”, você 
poderá ler na integra acessando o link: 
 http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-
planejamento/administracao-do-tempo-5-dicas-para-melhorar-sua-produtividade.html#rmcl 
 
 
Acredito que você levará um tempo para absorver essas novas técnicas, isso 
dependerá da sua motivação e da adaptação e capacidade em absorver coisas novas. 
Tente encarar essa oportunidade de mudança como algo que fará diferença na sua 
vida. Fácil, sei que não é, mas se criar o hábito do planejamento e de manter o foco 
na tarefa estipulada, os ganhos com a sua produtividade serão incríveis. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Você consegue administrar bem o seu tempo? Consegue realizar tudo aquilo 
que planejou? Esses foram os questionamentos que fiz ao iniciar a unidade. 
Vimos que é comum iniciarmos uma atividade, seja ela no trabalho, na 
faculdade ou no dia a dia, focandomais no ‘o que’ fazer do que no ‘como fazer’. Se 
dedicar ao como fazer é um dos segredos de se administrar melhor o tempo. Aliás, o 
‘termo administrar o tempo’ foi algo discutido na unidade. Particularmente não acredito 
na administração do tempo, mas sim na administração dos eventos e atividades 
http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/administracao-do-tempo-5-dicas-para-melhorar-sua-produtividade.html#rmcl
http://ecommerce.uol.com.br/impulso-digital/temas/diagnostico-e-planejamento/administracao-do-tempo-5-dicas-para-melhorar-sua-produtividade.html#rmcl
 
41 
 
pessoais e, por isso, que é importante se dedicar ao como fazer, pois o tempo é algo 
que não se pode controlar e muito menos modificar. 
Depois de diferenciar administração do tempo de administração dos eventos e 
atividades pessoais, foi conceituada Administração e suas principais funções 
(Planejar, Organizar, Executar e Controlar). Ela se inicia com o Planejamento do que 
será feito, para depois Organizar os recursos e as responsabilidades. Após planejado 
e organizado é hora de colocar em prática, Executar. Conforme ocorre a execução, 
deve-se fazer o Controle, ou seja, verificar se o que foi planejado está realmente 
acontecendo. 
Como normalmente achamos que sabemos como utilizar nosso tempo, porém 
isso nem sempre é verdade, vimos que para utilizar bem o tempo temos que priorizar 
as tarefas realmente importantes e que nos trazem maiores resultados. Fazer em 
primeiro as mais importantes e não as mais fáceis. 
Para que possamos definir quais são as tarefas mais importantes, temos que 
analisar e avaliar como estamos utilizando nosso tempo. Para isso, foi visto como criar 
uma agenda, para conseguir dimensionar exatamente o percentual de tempo que 
usamos em cada tipo de tarefa. A criação de um quadro de distribuição de atividade 
permitirá verificar como o seu tempo está sendo empregado no dia a dia. 
A reflexão de como utilizamos nosso tempo foi um dos objetivos da unidade, e 
de posse dessa ciência, a criação do mapa de prioridade se torna mais fácil. O mapa 
de prioridade visa classificar suas atividades em status como urgência e importância 
e, com isso determinar o que é prioridade. O conceito de Parkinson, também foi 
apresentado, nele percebemos como nos sabotamos ou procrastinamos quando 
temos mais ou menos prazo para cumprir uma tarefa. 
Por fim, vimos algumas dicas do que fazer para melhorarmos a produtividade 
em nosso dia a dia. Separar atividades por lote é uma das dicas, com isso podemos 
economizar mais tempo e se deslocar menos. Outra dica é que temos que manter o 
foco/atenção no que estamos fazendo, tomar cuidado para não cair nas armadilhas 
cotidianas, como por exemplo, abrir site de relacionamento social ou aplicativos no 
 
42 
 
smartphone. Com isso, devemos apagar aplicativos desnecessários, manter o local 
de trabalho organizado, e programar momento de descanso, pois corpo e mente 
cansados não têm o mesmo rendimento. 
Todo esse processo de mudança é lento e custoso, porém com um pouco de 
esforço e dedicação você conseguirá criar o hábito do planejamento e colher 
resultados incríveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
UNIDADE III – INTRAEMPREENDEDORISMO E FINANÇAS PESSOAIS 
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 Definir e conceituar intraempreendedorismo; 
 Apresentar as características de uma pessoa intraempreendedor; 
 Apresentar os 10 mandamentos do intraempreendedor; 
 Apresentar a importância de mudar hábitos; 
 Conceituar roda da vida; 
 Refletir sobre como gerenciamos as finanças pessoais; 
 Compreender sobre spread bancário; 
 Apresentar um controle financeiro; 
 Diferenciar tipos de gastos; 
 Apresentar dicas de controle das finanças pessoais. 
 
PLANO DE ESTUDO 
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nessa unidade: 
 
 TÓPICO 1 – INTRAEMPREENDEDORISMO E SUAS CARACTERÍSTICAS 
 TÓPICO 2 – MUDANÇA DE COMPORTAMENTO 
 TÓPICO 3 – GERENCIAMENTO PESSOAL: FINANÇAS 
 
 
 
44 
 
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
O empreendedorismo no Brasil vem ganhando espaço no mercado e passou a 
ser uma ótima opção de carreira para muitos. Diversos empresários cheios de novas 
ideias entram no mercado com suas empresas a todo instante. Dedicados e com 
dinheiro para investir, esses empreendedores encontram um mercado cada vez mais 
competitivo, onde a concorrência vem aumentado a uma velocidade incrível. 
Desta forma, as empresas precisam buscar inovações e diferenciais para se 
diferenciar no mercado. O que muitos empresários (empreendedores) ainda não 
perceberam, é que a “chave para o sucesso pode estar dentro da sua própria empresa 
e recebe o nome de Intraempreendedorismo” (SANTOS, 2017, ONLINE). 
Nesse mesmo contexto, surge intraempreendedorismo, onde Montenegro 
(2015, p.01) explica que é “um processo que ocorre dentro de uma empresa existente, 
independente de seu porte, e leva-a não somente a novos negócios, mas também a 
outras atividades e orientações inovadoras”. 
O intraempreendedor é um dos mais importantes recursos nas empresas de 
alta competitividade. As empresas perceberam a importância e a oportunidade de 
estimular o crescimento profissional de seus funcionários, para extrair todo o seu 
potencial, revertendo isso em benefícios para a empresa. Por isso, segundo Periard 
(2010, online) “as organizações buscam colaboradores que possam oferecer um “algo 
mais” para a elas, pessoas dedicadas que trabalhem como verdadeiros sócios do 
negócio”. 
Diante do contexto, a seguinte unidade foi dividida em três tópicos. No primeiro 
será definido e conceituado intraempreendedorismo e apresentado as características 
de uma pessoa intraempreendedora. Depois serão apresentados os 10 mandamentos 
do intraempreendedor. No segundo capítulo será abordado sobre a importância de 
mudar hábitos e apresentado o conceito da roda da vida. 
No terceiro e último tópico, será feita uma reflexão sobre a forma como 
gerenciamos nossas finanças. Será abordado o tema spread bancário e apresentado 
 
45 
 
controle financeiro. Por fim, será feito a diferenciação dos tipos de gastos e a 
apresentação de dicas de controle das finanças pessoais. 
 
 
 
 
46 
 
TÓPICO 1 – INTRAEMPREENDEDORISMO E SUAS CARACTERÍSTICAS 
O termo Intraempreendedorismo, conforme Santos (2017, online) “é a tradução 
de “intrapreneur” e nada mais é do que o empreendedorismo interno, ou seja, é a 
existência do espírito empreendedor nos funcionários que atuam como se fossem 
“donos do próprio negócio”, tornando-se verdadeiros líderes para os demais colegas”. 
 
Imagem 7: intraempreendedor 
Fonte: Pixabay (2017) 
 
Periard (2010) segue a mesma linha, e acrescenta dizendo que os profissionais 
internos “[...] possuem uma capacidade diferenciada de analisar cenários, criar ideias, 
inovar e buscar novas oportunidades para estas empresas. São eles que ajudam a 
movimentar a criação de ideias dentro das organizações, mesmo que indiretamente”. 
A similaridade é percebida nas palavras de Garcia et al. (2008) apud Munhoz e 
Santos (2014, p.52) “o intraempreendedorismo é fruto de comportamento de 
indivíduos dentro de organizações associados à sua capacidade e inovação, guiados 
por um sentido de visão e integração, determinação e competitividade, por meio de 
 
47 
 
um processo de liderança e iniciativa e voltados para resultados e busca de 
oportunidades. 
Costumo dizer que o intraempreendedor é aquele funcionário que ‘pensa com 
a cabeça do dono’. São funcionários que buscam melhorar o processo, não se 
contentam em apenas fazer sua função, querem o melhor para a empresa. 
Os intraempreendedores, segundo Santos (2014), têm as seguintes 
características: 
 Se sentem responsáveis pela empresa, agindo como “donos do 
negócio”; 
 São criativos, inovadores, ousados e proativos; 
 Possuem capacidade para analisar os diversos cenários e tomar 
decisões coerentes; Tem foco na solução; 
 Possuem autonomia; 
Rogers (2011), complementa, trazendo mais algumas características: 
 Estar disposto a assumir riscos; 
 Dedicar-se arduamente ao trabalho; 
 Ter planos; 
 Saber administrar; 
 Ser visionário; 
 Concentrar-se no lucro; 
 Ser inovador; 
 Aceitar ser comandado. 
 
O conhecimento das características que identificam os intraempreendedores 
pode contribuir para o desenvolvimento e melhoria dos processos da empresa. 
 
48 
 
Entendido o conceito de intraempreendedorismo, você se considera um 
intraempreendedor? Caso você seja proprietário de uma empresa, você tem ou já 
identificou algum intraempreendedor na sua empresa? 
 “Muitas organizações já perceberam nesse processo uma grande 
oportunidade de estimular o crescimento profissional de seus funcionários e extrair 
todo o seu potencial, revertendo isso em benefícios para a empresa” (SANTOS, 2014, 
ONLINE). A autora continua dizendo que é preciso observar quais funcionários 
possuem o perfil intraempreendedor, deve-se estimular a autonomia e criatividade na 
equipe, permitindo que os funcionários inovem e se sintam diretamente responsáveis 
pelo crescimento do negócio. 
Por ser um profissional que agrega valor à equipe, é comprometido com a 
empresa, busca soluções e traz benefícios como inovação e redução de custos, 
Santos (2014) explica que esse profissional é muito demandado no mercado e ter 
esse tipo de perfil na empresa pode trazer um bom diferencial competitivo. 
Periard (2010), com base no consultor Gifford Pinchot, traz os 10 
Mandamentos do intraempreendedor 
1 – Forme sua equipe. Intraempreendedorismo não é uma atividade solitária; 
2 – Compartilhe o mais amplamente possível as recompensas; 
3 – Solicite aconselhamento antes de pedir recursos; 
4 – É melhor prometer pouco e realizar em excesso; 
5 – Faça o trabalho necessário para atingir o seu sonho, independentemente 
de sua descrição de cargo; 
6 – Lembre-se de que é mais fácil pedir perdão do que pedir permissão; 
7 – Tenha sempre em mente os interesses de sua empresa e dos clientes, 
especialmente quando você tiver que quebrar alguma regra ou evitar a burocracia; 
 
49 
 
8 – Vá para o trabalho a cada dia disposto a ser demitido; 
9 – Seja leal à suas metas, mas realista quanto às maneiras de atingi-las; 
10 – Honre e eduque seus patrocinadores. 
 
Desta forma, com base em Periard (2010) e nos outros autores estudados, 
podemos perceber que a motivação interna é de suma importância para que os 
funcionários se sintam à vontade para trabalhar desta maneira. Pois, um funcionário 
que possua um perfil empreendedor pode desenvolver as habilidades de um 
intraempreendedor. Porém, para que isso aconteça é preciso que a empresa crie 
programas ou projetos que façam o acompanhamento dos colaboradores que se 
destacam. 
 
TÓPICO 2 – MUDANÇA DE COMPORTAMENTO 
Um belo dia, após ter ministrado mais uma aula, os alunos já se retirando da 
sala, uma aluna se aproxima e me pergunta se poderia conversar comigo. 
Naturalmente, como sempre faço, digo que sim e ela fala: 
- Professor, preciso de um conselho seu: é sobre meu namorado. 
- Claro, o que tem ele? 
- Professor, ele não me ama mais... só briga comigo... não me dá mais atenção. 
- Mas então, por que não termina? 
- PROFESSOR, eu “AMO ELE”. 
 
 
 
50 
 
Essa situação realmente aconteceu comigo, porém me baseei e fiz uma 
adaptação de Guindani, Martins e Cruz (2008). 
O que quero chamar atenção é com relação a como nos sujeitamos a certos 
sofrimentos ou ao medo da mudança, por gostar muito de algo (AMAR ELE). Muitas 
vezes nos acostumamos com certas situações até que aconteça algo que nos force a 
mudar. 
Tem uma parábola muito interessante que se chama A Vaquinha e o 
Precipício. Talvez já conheça, mas em suma ela conta o seguinte. 
 
Um mestre passeava por uma floresta com seu fiel discípulo, quando avistou 
ao longe um sítio de aparência pobre e resolveu fazer-lhe uma breve visita. Durante o 
percurso, ele falou ao aprendiz sobre a importância das visitas e as oportunidades de 
aprendizado que temos, também, com as pessoas que mal conhecemos. 
Chegando ao sítio, constatou a pobreza do lugar, sem calçamento, casa de 
madeira, os moradores – um casal e três filhos – vestidos com roupas rasgadas e 
sujas. Então, aproximou-se do senhor e perguntou-lhe: 
– Neste lugar, não há sinais de pontos de comércio e de trabalho. Como a sua 
família sobrevive aqui? 
O senhor respondeu: 
– Nós temos uma vaquinha que nos dá vários litros de leite. Uma parte do 
produto nós vendemos ou trocamos na cidade vizinha por comida e a outra 
produzimos queijo e coalhada para o nosso consumo, e assim vamos sobrevivendo. 
O sábio agradeceu, se despediu e foi embora. 
No meio do caminho, voltou ao seu discípulo e ordenou-lhe: 
– Aprendiz, pegue a vaquinha, leve-a ao precipício ali na frente e jogue-a. 
O jovem arregalou os olhos e questionou o mestre sobre o fato de a vaquinha 
ser o único meio de sobrevivência daquela família; mas, como percebeu o silêncio do 
seu mestre, cumpriu a ordem: empurrou a vaquinha morro abaixo e a viu morrer. 
Anos depois, ele resolveu largar tudo e voltar àquele lugar, pedir perdão e 
ajudar a família. Quando se aproximou, do local avistou um sítio bonito, com árvores 
floridas, carro na garagem e crianças brincando no jardim. Ficou desesperado, 
imaginando que a família tivera de vender o sítio para sobreviver. Chegando lá, foi 
 
51 
 
recebido por um caseiro simpático, a quem perguntou sobre as pessoas que ali 
moravam. 
Ele respondeu: 
– Continuam aqui. 
Espantado, entrou correndo casa adentro e viu que era mesmo a família que 
visitara antes com o mestre. Elogiou o local e perguntou ao senhor (o dono da 
vaquinha): 
– Como o senhor melhorou o lugar e agora está bem? 
O senhor, entusiasmado, respondeu: – Nós tínhamos uma vaquinha que caiu 
no precipício e morreu. Daí em diante, tivemos de fazer outras coisas e desenvolver 
habilidades que nem sabíamos que tínhamos e, assim, alcançamos o sucesso que 
seus olhos vislumbram agora. 
Muitas vezes temos que nos desvencilhar do que estamos habituados para 
podermos conhecer nossas verdadeiras habilidades. Cada dia, é uma oportunidade 
de refletirmos sobre a “nossa” vaquinha e empurrá-la morro abaixo... 
Fonte: https://pensador.uol.com.br/frase/MTQyNzE4MA/ 
Obs.: Caso queira assistir essa parábola em formato de animação, clique no 
link https://www.youtube.com/watch?v=Gbnj6c38NVU. 
 
 
Essa parábola nos remete a algumas reflexões sobre como nos prometemos 
várias mudanças, normalmente nas viradas de anos ou no início da semana, mas não 
cumprimos. Sabe aqueles quilinhos que sempre quis perder, aquele hábito ou vício 
que precisa ser descontinuado ou aquela prática de exercício que tanto precisa 
iniciar? 
 Então, muitas vezes nem as colocamos em prática, ficamos só na promessa. 
Mas quando a vaquinha cai no precipício, somos forçados a mudar. Caso faça ou 
https://www.youtube.com/watch?v=Gbnj6c38NVU
 
52 
 
tenha feito algum processo de Coaching Pessoal1, você irá se deparar com a Roda da 
Vida2, ou com algo semelhante. 
 
 
Figura 4: Roda da Vida 
Fonte: http://coachingnapratica.com.br/a-roda-da-vida/ 
 
Esse processo fará com que você faça uma autoanálise das diversas áreas e 
elabore ações de melhora. Nessa unidade irei focar em apenas uma dessas áreas, a 
área Financeira. 
 
 
 
1 O Coaching pessoal (também conhecido como Coaching de vida) é um dos ramos do Coaching e é uma técnica 
de desenvolvimento humano, que pretende alcançar a transformação pessoal. 
2 A Roda da Vida é uma ferramenta de Coaching que facilita o autoconhecimento, a percepção acerca das áreas 
que nos cercam. 
http://coachingnapratica.com.br/a-roda-da-vida/
 
53 
 
 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 
A Roda da Vida é uma das ferramentas mais utilizadas no processo de coaching.O motivo para isso é simples: a ferramenta fornece uma imagem que possibilita a imediata 
visualização de como se encontra o equilíbrio entre os diversos aspectos da vida em 
determinado momento. 
Para saber mais sobre o assunto, acesse o link abaixo: 
http://coachingnapratica.com.br/a-roda-da-vida/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://coachingnapratica.com.br/a-roda-da-vida/
 
54 
 
TÓPICO 3 – GERENCIAMENTO PESSOAL: FINANÇAS 
 
Imagem 8: Finanças Pessoais 
Fonte: Pixabay (2017) 
 
Começarei esse tópico fazendo algumas perguntas: Como gerencia seu 
dinheiro? Como aprendeu a gerenciar suas finanças? Talvez você seja um privilegiado 
e fez algum curso relacionado a área financeira, mas acredito que a grande maioria 
responderá: - Não sei, acho que aprendi sozinho. 
Pergunto isso, pois em nosso país não temos em nossas escolas uma disciplina 
que aborda sobre finanças e nos prepara a lidar com o dinheiro. Também não temos 
a cultura de trabalhar com o dinheiro, se verificarmos a história, veremos que há um 
pouco mais de vinte anos atrás tínhamos uma economia totalmente desestabilizada, 
com inflação superando o 100% ao mês. Esse cenário fazia com que os brasileiros 
gastassem todo o seu dinheiro, fazendo estoques, antes que ele se desvalorizasse. 
Naquela época, poupar ou economizar, era inviável e fazer compras parceladas 
era inimaginável, e esse costume foi passado por muitos pais para seus filhos, mesmo 
depois da estabilidade econômica. Hoje, vivemos em um cenário antagônico, temos 
um dos sistemas bancários mais desenvolvidos do mundo, porém, com uma 
 
55 
 
população despreparada, sem conhecimento para lidar com empresas 
especializadas. É o qualificado lidando com o desqualificado. 
E qual o reflexo disso? Um spread bancário imenso. 
O spread bancário é a diferença entre as taxas que as instituições 
financeiras pagam para captar recursos e as que cobram do cliente final. Ou 
seja, é a diferença entre quanto de juros o banco cobra de você quando pega 
um empréstimo, para quanto ele paga quando você investe. 
Para termos uma ideia, até o dia da escrita desse material, se você precisasse 
usar o crédito rotativo de seu cartão de crédito, pagaria 15,90% de juros mensais ou 
487,49% de juros anuais. 
 
 
 
 
Figura 5: Taxa de Juros do Cartão de Crédito 
Fonte: http://www.bb.com.br/ (2017) 
 
http://www.bb.com.br/
 
56 
 
Agora, se você tivesse um pouco de dinheiro sobrando e decidisse investir 
nesse mesmo banco, você teria um retorno mensal de 0,48%, com um acumulado 
anual de 11,07%. 
 
Figura 6: Rentabilidade para Investimento de Curto Prazo 
Fonte: http://www37.bb.com.br/ (2017) 
 
Baseando-se nessas taxas, farei duas simulações. A primeira, utilizaremos um 
crédito rotativo de R$10.000 e a segunda faremos um investimento do mesmo valor. 
Ambos terão o mesmo período de um mês e o acumulado de um ano. 
 
 
Quadro 6: Simulação de Juros 
Fonte: Próprio Autor (2017) 
 
Surpreso? Pois é, em um ano você estaria devendo R$48.749,00 de juros mais 
os R$10.000 que utilizou, ou seja, R$58.749,00. Agora, se tivesse investido, teria 
recebido os míseros R$1.110,70. Isso porque me baseei no acumulado, onde a média 
Valor do Crédito 10.000,00R$ Valor do Investimento 10.000,00R$ 
1 mês 1.590,00R$ 1 mês 48,00R$ 
12 meses 48.749,00R$ 12 meses 1.110,70R$ 
http://www37.bb.com.br/
 
57 
 
de juros é um pouco maior do que 0,48% ao mês. Essa diferença recebe o nome de 
Spread Bancário. 
Compreendido sobre essa diferença percebemos que não há muita margem 
para o erro, e muitos brasileiros estão nessa situação. Abusaram nos gastos, se 
perderam nas dívidas e acabaram entrando no crédito rotativo ou no cheque especial, 
que é praticamente a mesma coisa. 
Como não temos uma fonte de renda ilimitada, é preciso tomar algumas 
providências para evitar essa situação e, consequentemente, usufruir do nosso 
dinheiro. Primeiro é preciso que organize suas finanças pessoais, faça um registro 
das entradas e saídas do seu dinheiro. Com isso saberá exatamente quanto ganha e 
quanto gasta. Caso não tenha esse controle, ficará surpreso, pois terá mais dinheiro 
do que imagina. 
Para auxiliar nesse controle, segue um exemplo de uma tabela que poderá 
montar, tanto num caderno quanto numa planilha em Excel. 
 
Controle Financeiro Valor R$ 
Receita 
Salário 
Outras Receitas 
Total das Receitas R$ 
 
Gastos Fixos: Contas 
necessárias que têm o 
mesmo valor todo 
mês. 
Aluguel/Prestação 
Condomínio 
Impostos (IPTU, IPVA...) 
Plano de Saúde 
Colégio/Curso 
Clube/Academia 
Plano de Aposentadoria 
Assinaturas 
TV/NET/Revista 
Outros 
Total dos Gastos Fixos R$ 
 
 
58 
 
Gastos Variáveis: 
Contas necessárias, 
mas que não têm o 
mesmo valor todo 
mês. 
Alimentação 
Água/Gás/Luz 
Telefone/Celular 
Cartão de Crédito 
Gasolina/Transporte 
Outros 
Total dos Gastos Variáveis R$ 
 
Gastos Arbitrários: São 
Gastos que você não, 
necessariamente, 
precisa ter. 
Viagem 
Cinema 
Restaurante 
Roupas/Acessórios 
Outros 
Total dos Gastos Arbitrários R$ 
 
Saldo Total (Receitas - Gastos) R$ 
Quadro 7: Modelo de Controle Financeiro 
Fonte: Próprio Autor (2017). 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 
Está com dificuldades de controlar os gastos e mal sabe o que entra e o que sai da sua conta 
corrente? Que tal criar uma planilha personalizada com a indicação de receitas e despesas 
para deixar claro se sua saúde financeira está boa ou se é hora de colocar o pé no freio? 
No link a seguir você encontrará um passo a passo de como montar uma planilha de controle 
financeiro. 
https://tecnologia.uol.com.br/album/2016/08/17/saiba-como-montar-uma-planilha-de-
gastos-mensais-personalizada.htm#fotoNav=4 
 
 
https://tecnologia.uol.com.br/album/2016/08/17/saiba-como-montar-uma-planilha-de-gastos-mensais-personalizada.htm#fotoNav=4
https://tecnologia.uol.com.br/album/2016/08/17/saiba-como-montar-uma-planilha-de-gastos-mensais-personalizada.htm#fotoNav=4
 
59 
 
Com o controle feito, é possível identificar onde estão os maiores gastos. Essa 
organização não depende de quanto tem, Luquet (2007, p.14) comenta que ao 
“organizar suas finanças com critérios definidos e sendo bastante realista com suas 
receitas e despesas, você acabará por descobrir que tem mais recursos do que 
imagina para fazer suas aplicações”. 
Para fazer com que seu orçamento caiba em seu salário, Luquet (2007) 
recomenda que devemos começar revendo os gastos Arbitrários e Variáveis. A autora 
explica que se conseguir reduzir uma parcela de cada item dos Gastos Variáveis, você 
consegue no final do mês ter uma folga. Nesse item, estamos falando em reduzir o 
consumo da água, luz, telefone. Com relação à alimentação, é trocar a marca de 
algum produto por outra mais barata, não ir ao supermercado com fome, tentar pagar 
tudo a vista, parcelar somente quando não tiver dinheiro. 
Conseguir reduzir os Gastos Variáveis é um grande passo, mas se conseguir 
cortar os Gastos Arbitrários, você terá sua independência financeira, pois com as 
sobra de dinheiro conseguirá fazer investimentos. Luquet (2007) explica que são 
gastos que você poderá cortar de imediato e quando tiver com suas finanças 
organizadas, poderá inseri-los aos poucos. Para cortar esses gastos você deve fugir 
das armadilhas do impulso, não carregue os cartões de crédito, aliás, cancele alguns, 
fique somente com alguns e carregue-os somente quando for comprar algo. Lembre-
se, o valor que tem em crédito não é extensão do seu salário. 
Não compre roupas, calçados e acessórios antes de fazer uma geral no guarda-
roupa e se mesmo assim identificar a necessidade, não compre sem antes rever seu 
controle financeiro. Além das orientações feitas por Luquet ((2007), Takar (2017) 
apresenta outras dicas para ajudar no controle das finanças pessoais, seguemalgumas delas: 
- Reveja as anotações: se não anotou nada, comece já. Se você já anota suas 
receitas e despesas, faça um balanço do ano. É um bom momento para descobrir 
falhas nas planilhas, perceber alguma despesa que fugiu do controle. 
 
60 
 
Anote tudo, mas tudo mesmo: é preciso lembrar de todas as despesas, 
valores pequenos, quando somados fazem toda a diferença no fim do mês. 
- Troque o restaurante pela marmita: em vez de comprar lanche ou almoçar 
perto do serviço, que normalmente é mais caro, você pode levar comida de casa ou 
passar no mercado antes do trabalho. 
- Lembretes para pagar as contas no dia certo: pagar contas após o 
vencimento aumentará em média 10%, acostume-se a colocar lembretes em locais 
estratégicos. 
- Reúna a família para economizarem juntos: falar sobre finanças em família 
ainda é um tema difícil. A conversa em família pode facilitar, por exemplo, a decisão 
de abrir mão da TV a cabo, de reduzir o plano de internet ou até de vender um carro. 
- Conserte, recicle, reaproveite, faça manutenção: cuide da manutenção do 
carro, conserte a máquina de lavar, ponha uma capa de proteção no celular para ele 
durar mais. 
- Explore as redes sociais, junte os amigos: você pode montar grupos de 
pais para comprar material escolar em quantidade, com desconto. Se o esquema der 
certo, você pode juntar essa mesma turma, uma vez por mês, para comprar comida e 
outros produtos em supermercados que vendem por atacado. 
- Estimule seus filhos a ajudar na economia: seus filhos também podem 
ajudar, buscando livros usados com colegas mais velhos e oferecendo os livros deles 
para os mais novos. Esse processo vai conscientizá-los a cuidar mais de cadernos e 
livros. 
- Nunca é tarde para mudar: o cheque especial e o rotativo do cartão são as 
dívidas mais comuns hoje porque não exigem nenhum esforço. Mas essa comodidade 
tem um preço. Se você recebe salário pelo banco, o consignado pode ser uma boa 
opção. 
 
61 
 
- Cuidado para não entrar em dívidas sem parar: pegue o dinheiro de 
empréstimos mais baratos para pagar as dívidas mais caras. As prestações ao longo 
dos próximos meses serão bem mais suaves. Mas tome cuidado para não cometer o 
erro de entrar de novo no cheque especial ou no cartão. 
- Comece a planejar hoje 2018, 2019… e 2048: separe uma parte das 
economias para os imprevistos e, principalmente, para os previstos, como o IPTU, 
IPVA e material escolar de 2018. 
Agora vamos ilustrar a situação onde você já possua um equilíbrio financeiro, 
tem os controles necessários e no final do mês sobre um pouco. Nesse caso vamos 
falar sobre o hábito de guardar dinheiro e de fazer investimento. Muitas pessoas têm 
a dificuldade de vencer a tentação do consumo, na maioria das vezes compram de 
forma desnecessária e com isso acabam não conseguindo poupar. Dessen (2015) 
descreve que para poupar é preciso ter um objetivo forte o suficiente para renunciar à 
tentação do consumo. 
 Todo objetivo precisa de prazo e valor para ser atingido, deve-se fazer um 
planejamento e estipular as metas. Caso contrário, poupar dinheiro perde o sentido e 
o que sobrar será entendido como uma “sobra” e facilmente será gasto com outras 
coisas. 
Outra forma de guardar dinheiro é programar investimento automático. O autor 
alerta para não esperar sobrar muito dinheiro para começar a poupar, comece aos 
poucos, com 5% e depois vai aumentando. Agende com o banco um valor para ser 
retirado de sua conta e depositado em algum investimento. Todo mês o valor 
estipulado será retirado e você deverá desconsiderar esse valor de suas receitas. 
Quando for possível você poderá aumentar o valor até chegar aos 20%, valor 
considerado ideal pelos especialistas. 
Um investimento que você pode fazer para aumentar a possibilidade de ganhar 
mais é na Educação. Pesquise cursos em áreas que te ajudará a ampliar suas 
qualificações profissionais e sua empregabilidade, como também, algo que você se 
identifica e traga satisfação. 
 
62 
 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nesta unidade vimos que intraempreendedor é o empreendedor interno, ou 
seja, é aquele funcionário que tem espírito empreendedor, que atua como se fosse 
‘dono do negócio’, tornando-se verdadeiro líder para os demais colegas. Essas 
pessoas têm características diferenciadas, são criativos, responsáveis, proativos, 
assumem riscos, são autônomos, visionários, enfim, ‘pensam’ com a cabeça do dono. 
O conhecimento das características que identificam os intraempreendedores 
pode contribuir para o desenvolvimento e melhoria dos processos da empresa e 
muitas organizações já perceberam nesse processo uma grande oportunidade de 
estimular o crescimento profissional de seus funcionários e extrair todo o seu 
potencial, revertendo isso em benefícios para a empresa. 
Também vimos sobre mudança de comportamento e o quanto ficamos presos 
a velhos hábitos por medo ou por termos medo de mudar. Sujeitamo-nos a certos 
sofrimentos ou ao medo da mudança, por gostar muito de algo, sendo que muitas 
vezes nos acostumamos com certas situações até que aconteça algo que nos force a 
mudar. 
Uma forma de conhecer melhor nossas características e analisar nossos 
hábitos é elaborando e aplicando a roda da vida. Essa técnica fará com que façamos 
uma autoanálise das diversas áreas e nos conduz a uma elaboração de ações de 
melhora. Como o foco do nosso estudo era a área financeira, foi feita uma autoanálise, 
uma reflexão de como gerenciamos nossas finanças pessoais. Vimos que a falta de 
conhecimento ou hábitos ruins são culturais, vindo de um período onde no Brasil os 
juros e a inflação eram exorbitantes, o que obrigavam nossos pais e avós a gastar seu 
salário o quanto antes, para não ser desvalorizado. 
Hoje, vivemos em um cenário antagônico, temos um dos sistemas bancários 
mais desenvolvidos do mundo, porém, com uma população despreparada, sem 
conhecimento para lidar com empresas especializadas. É o qualificado lidando com o 
 
63 
 
desqualificado. O resultado disso é o imenso spread bancário, a diferença entre as 
taxas que as instituições financeiras pagam para captar recursos e as que cobram do 
cliente final. 
Por meio de exemplos, foi possível perceber o quanto é perigoso se endividar 
com credito rotativo do cartão ou cheque especial. Como não temos uma fonte de 
renda ilimitada, é preciso tomar algumas providências para evitar essa situação e, 
consequentemente, usufruir do nosso dinheiro. Para isso, foram apresentados alguns 
modelos de controle financeiro, onde primeiramente diferenciamos os tipos de gastos, 
para posteriormente apresentarmos formas e metodologias de organizar e gerenciar 
bem os recursos financeiros pessoais. 
Foi estudado que reduzir os Gastos Variáveis é um grande passo, mas se 
conseguirmos cortar os Gastos Arbitrários, possivelmente, conquistaremos a tão 
sonhada independência financeira, pois com as sobras de dinheiro conseguiremos 
fazer investimentos. Para cortar os gastos devemos fugir das armadilhas das compras 
por impulso, como não carregando os cartões de crédito, pois o valor que temos em 
crédito não é extensão do nosso salário. 
Outras dicas foram apresentadas como rever o planejamento feito no ano 
anterior, para verificar o que deu certo ou errado, trocar produtos ou serviços por 
marcas mais em conta, expor para família a situação e incluí-los no processo, poupar 
e investir o quanto puder, não esperar sobrar muito dinheiro para fazer isso e começar 
a preparar o planejamento dos próximos anos. 
Outra forma de investimento é na educação, pois isso poderá dar a 
possibilidade de ganhos maiores, além de elevar sua qualificação profissional e 
empregabilidade. Pois, as empresas precisam buscar inovações e diferenciais para 
se diferenciar no mercado. O que muitos empresários (empreendedores) perceberam, 
é que a chave para o sucesso pode estar dentro da sua própria empresa e recebe o 
nome de Intraempreendedorismo.Portanto, esteja preparado e pense com a cabeça do dono! 
 
64 
 
 
 
 
 
 
 
 
65 
 
UNIDADE IV – ÉTICA PROFISSIONAL E A RESPONSABILIDADE SOCIAL 
 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM 
 Conceituar ética e moral; 
 Fazer a diferenciação de ética e moral; 
 Entender como funciona ética e moral nas organizações; 
 Compreender sobre código de ética profissional e empresarial; 
 Ver exemplos antiéticos; 
 Apresentar ações para criar uma cultura ética nas organizações; 
 Conceituar Responsabilidade Social Empresarial; 
 Entender o histórico de Responsabilidade Social Empresarial; 
 Compreender sobre as formas de atuação com Responsabilidade Social 
Empresarial. 
 
PLANO DE ESTUDO 
A seguir apresentam-se os tópicos que você estudará nessa unidade: 
 
 TÓPICO 1 – O QUE É ÉTICA E MORAL? 
 TÓPICO 2 – ÉTICA E MORAL NAS ORGANIZAÇÕES 
 TÓPICO 3 – RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E ALGUMAS 
FORMAS DE ATUAÇÃO 
 
66 
 
 
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 
Olá caro aluno, chegamos ao final do nosso livro, esta é última unidade. Nela 
vamos trabalhar conceitos importantes para o profissional, vamos falar sobre ética e 
moral. 
Pesquisas demonstram que o currículo, com as qualificações e competências 
técnicas, é a maior responsável pela contratação do profissional por uma empresa, 
porém a maioria dos desligamentos é proveniente do comportamento e 
relacionamento com as outras pessoas, poucos são desligados por falta de 
competência ou erro técnico. 
É com essa visão que essa unidade foi dividida em três tópicos, sendo que 
primeiro abordaremos sobre ética e moral; iremos trabalhar sobre conceituar a ética e 
a moral para depois fazermos as diferenciações e entendimento de como funciona 
dentro nas organizações, que é o assunto do segundo tópico. Nela estudaremos sobre 
código de ética profissional e empresarial. 
Veremos que o surgimento dos códigos profissionais pode ser considerado um 
dos componentes do progresso moral, uma vez que refletem o crescimento do valor 
da personalidade e estabelecem os princípios humanos nas relações entre as 
pessoas e profissionais. Serão trazidos alguns exemplos antiéticos, de algumas 
empresas e profissionais que apresentaram desvio de conduta e viraram caso de 
investigação e polícia. 
Também serão abordadas algumas ações que as empresas podem fazer para 
criar ou manter uma cultura ética, com o intuito de criar uma cultura organizacional 
ética como forma de base de sustentação e longevidade, que reflete em uma imagem 
empresarial sólida e transparente, diante do mercado em que atua. 
No terceiro e último tópico, será discutido sobre Responsabilidade Social 
Empresarial e algumas formas de atuação. Veremos que esse assunto é algo recente, 
dinâmico e polêmico, pois o modelo baseado em extração, transformação, 
 
67 
 
comercialização, exploração da mão de obra e descarte de recursos naturais, 
sustentado por muitos anos pelas organizações, desde as revoluções industriais, não 
é mais viável. 
Devido ao surgimento de ONGs (Organizações não Governamentais) e o 
desenvolvimento do Terceiro setor, no começo de 1990 no Brasil, muitas empresas 
brasileiras começaram a buscar formas de agregar valor social às suas atividades, 
interessando-se em desenvolver atividades sociais devido à importância e aos 
impactos positivos aos negócios. 
Com isso, termos e expressões como filantropia, cidadania empresarial, 
ética nos negócios, voluntariado empresarial e responsabilidade social foram 
incorporados ao vocabulário corporativo. 
Desta forma, o tópico apresentará possíveis ações que as organizações 
poderão fazer para ter um modelo econômico e sustentável, possibilitando a 
internalização de nova cultura gerencial revestida de máxima transparência e 
orientada por sólidos princípios éticos. 
Boa leitura e aprendizado!!! 
 
 
68 
 
TÓPICO 1 – O QUE É ÉTICA E MORAL? 
Escrever sobre ética é falar de um momento da humanidade onde o ser humano 
começou a viver em sociedade, a conviver e dividir espaço com outras pessoas. 
Dessas experiências surgiram normas e regras comportamentais para manter sadio o 
convívio. Nesse contexto surge a ética, onde os valores permanecem até hoje, porém 
constantemente são questionados e sofrem alterações ou até o esquecimento. 
Holanda, (1999, p.848) apud Egg (2012, p. 5) descreve que na “Língua 
Portuguesa, ética é o estudo dos juízos de apreciação que se referem à conduta 
humana susceptível de qualificação, do ponto de vista do bem e do mal, seja 
relativamente à determinada sociedade, seja de modo absoluto”. O autor, também, 
comenta que a palavra Ética tem sua origem no vocábulo grego ethos, que significa o 
modo de ser de um indivíduo, o seu caráter. 
Segundo Egg (2012) os filósofos gregos, na Grécia Antiga por volta do século 
IV a.C., foram os primeiros a pensar no conceito de ética. Uma vez que suas cidades-
estados estavam crescendo, necessitavam de honestidade, harmonia e felicidade 
entre os cidadãos e por isso o conceito se associava à ideia de moral, da cidadania. 
“Sócrates, Platão e Aristóteles são os pensadores gregos mais estudados e 
citados no campo da ética. De um modo geral, afirmavam que a conduta do ser 
humano deveria ser pautada no equilíbrio, a fim de evitar a falta de ética. Pregavam a 
virtude, a estreiteza moral e outras atitudes voltadas para a ética” (EGG, 2012, p.5). 
Ao pesquisar na literatura atual, diversas são as definições sobre ética. 
Seguem-se algumas delas, descritas por Mattos (2012): 
 “Ética é uma parte da Filosofia que reflete sobre a moral, e por isso recebe o 
nome de ‘filosofia moral’” (CORTINA, 2003, P. 14). 
“Ética, ou filosofia moral, é uma reflexão sistemática sobre o comportamento 
moral. Ela investiga, analisa e explica a moral de uma determinada sociedade. A ética 
não diz o que deve ser feito (moral), a ética tira conclusões, elaborando princípios 
sobre o comportamento moral” (CORDI ET AL. 1995, P.45). 
 
69 
 
 “Ética vem do grego ethos, que tem o mesmo significado de ‘costume’. Ética 
ou filosofia moral é a parte da Filosofia que se ocupa com a reflexão a respeito das 
noções e princípios que fundamentam a vida moral” (ARRUDA E MARTINS, 2003, P. 
305). 
“Ética vem de duas palavras gregas: ethos, que significa ‘o caráter de alguém’ 
e êthos, que significa ‘o conjunto de costumes instituídos por uma sociedade para 
formar, regular e controlar a conduta de seus membros’” (CHAUÍ, 2003, P. 307). 
De forma geral, podemos identificar nas definições dos autores sobre a ética, 
palavras como costumes, comportamento moral, conduta humana e valores. Neste 
contexto, Mattos (2012) explica que ética é a parte da Filosofia que reflete sobre a 
moral e concepção do indivíduo, instituindo valores que o orienta na sociedade. 
Repare que moral é constantemente citada pelos autores e para clarear um 
pouco mais o entendimento sobre a ética, vamos conhecer um pouco sobre a moral e 
suas definições. Moral vem do latim mos ou mores, que significa costumes, normas 
adquiridas por hábitos. Pereira (1991, p.11) apud Mattos (2012, p.19) complementa 
que “moral é tudo aquilo (ato, comportamento, fato, acontecimento,) que realiza o 
homem, que o enraíza em si mesmo e, por ele e para ele, ganha sentido humano”. 
No mesmo sentido, Chauí (2003, p.307) apud Mattos (2012, p.19) descreve que 
“moral vem de uma palavra latina: mos, moris, que quer dizer ‘o costume’, e no plural, 
mores, significa os hábitos de conduta ou de comportamento instituído por uma 
sociedade em condições históricas determinadas”. 
Mattos (2012, p.19) explica que os autores descrevem a moral como algo da 
“vida concreta, como uma prática objetiva das pessoas que se expressam nas ações, 
nos costumes, nos hábitos e nos valores que a cultura produz”. 
 
Em suma, baseando-se nos Significados (2017), pode-se entender que a Moral 
é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas continuamente por cada70 
 
cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as suas ações e os seus 
julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, bom ou mau. 
Já a Ética é um conjunto de conhecimentos extraídos da investigação do 
comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma racional, 
fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. 
 
 
Imagem 10: Ética e Moral 
Fonte: Shutterstock (2017) 
 
 “No sentido prático, a finalidade da ética e da moral é muito semelhante. São 
ambas responsáveis por construir as bases que vão guiar a conduta do homem, 
determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, e por ensinar a melhor forma de agir 
e de se comportar em sociedade” (SIGNIFICADOS, 2017, ONLINE). 
 
TÓPICO 2 – ÉTICA E MORAL NAS ORGANIZAÇÕES 
 
71 
 
 
Em nossa trajetória profissional podemos escolher diversas profissões e áreas 
de atuação. Porém, ao fazer uma escolha temos que seguir as normas de conduta da 
profissão, o chamado código de ética. 
Glock e Goldim (2005, p.2) apud Mattos (2012, p.23) explica que: 
 
[...] ao completar a formação em nível superior, a pessoa faz um 
juramento, que significa sua adesão e comprometimento com a 
categoria profissional onde formalmente ingressa. Isso caracteriza o 
aspecto moral da chamada ética profissional, esta adesão voluntária a 
um conjunto como sendo as mais adequadas para o seu exercício. 
 
Segundo o Código de Ética (2017, online) “O código de ética é um documento 
que busca expor os princípios e a missão de uma determinada profissão ou empresa. 
Seu conteúdo deve ser pensado para atender às necessidades que aquela categoria 
serve e representa”. Em maneira geral, os códigos são baseados na legislação 
vigente, na Declaração dos Direitos Humanos, nas Leis Trabalhistas, entre outras. 
Entre os códigos existem algumas diferenças e Código de Ética (2017, online) 
faz a distinção em: 
Códigos de Ética Profissionais - códigos em que estão especificados os 
direitos e deveres, o que é vetado eticamente naquele exercício profissional e as 
possíveis punições no caso de desobediência ao código. Ex.: código de ética do 
contador, código de ética do assistente social, etc. Os códigos mais conhecidos no 
Brasil são os de Medicina, Enfermagem, Psicologia e o da OAB (Ordem dos 
Advogados do Brasil). Cada um deles especifica o papel dessas profissões na 
sociedade e a importância do respeito à dignidade humana, no exercício de cada um 
desses trabalhos tão importantes. 
Códigos de Ética Empresariais - códigos em que estão contidos a missão, a 
visão e os princípios da empresa. Itens, os quais, todo funcionário da instituição deve 
 
72 
 
conhecer. Através do Código de ética institucional é possível perceber a função da 
empresa na sociedade e os valores que se cultivam lá dentro. 
Neste sentido, Mattos (2012, p.23) descreve que “o surgimento dos códigos 
profissionais pode ser considerado um dos componentes do progresso moral, uma 
vez que refletem o crescimento do valor da personalidade e estabelecem os princípios 
humanos nas relações entre as pessoas e profissionais”. 
Sendo assim, percebe-se que uma pessoa, ao ingressar em uma profissão, 
terá um conjunto de regras estabelecidas por sua confederação, que trará de forma 
detalhada suas responsabilidades, direitos e formas de punição, caso necessária. 
Por mais que as empresas e as confederações se esforcem na criação dos 
códigos, e em fazer com que os profissionais ajam conforme os mesmos, muitas vezes 
isso não acontece. Basta ligar a televisão ou ler um jornal para perceber isso. Várias 
são as reportagens que apresentam desvios de condutas de profissionais qualificados 
e muitas vezes renomados. 
 
Imagem 11: Antiético 
Fonte: Shutterstock (2017) 
 
73 
 
Vejamos alguns exemplos de reportagens: 
1 - Fraude da Volkswagen: Denúncia surgiu em 2015, nos EUA, mas 
investigação começou em 2009 
A Volkswagen está envolvida em um escândalo de falsificação de resultados 
de emissões de poluentes em motores a diesel. A montadora admitiu que, para burlar 
inspeções, usou um programa de computador em 11 milhões de carros em todo o 
mundo. 
O escândalo veio à tona em setembro de 2015, nos Estados Unidos, mas as 
suspeitas foram levantadas muito antes. Veja abaixo a cronologia do caso. 
Para ver a matéria na íntegra, acesse o link: 
http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/09/escandalo-da-volkswagen-veja-o-passo-
passo-do-caso.html 
 
2 - Novo laudo aponta que médica foi responsável por antecipar mortes 
Um laudo complementar, feito a pedido do Ministério Público do Paraná (MP-
PR), aponta que a médica Virgínia Soares de Souza foi a responsável pela 
antecipação de morte de pacientes. Ela chefiava a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 
do Hospital Evangélico, em Curitiba. 
Para ver a matéria na íntegra, acesse o link: 
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/07/novo-laudo-aponta-que-medica-foi-
responsavel-por-antecipar-mortes.html 
 
3 - Odebrecht condenado: Entenda as polêmicas envolvendo a maior 
construtora do país 
http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/09/escandalo-da-volkswagen-veja-o-passo-passo-do-caso.html
http://g1.globo.com/carros/noticia/2015/09/escandalo-da-volkswagen-veja-o-passo-passo-do-caso.html
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/07/novo-laudo-aponta-que-medica-foi-responsavel-por-antecipar-mortes.html
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2016/07/novo-laudo-aponta-que-medica-foi-responsavel-por-antecipar-mortes.html
 
74 
 
Ocorrida em junho do ano passado, a prisão do então presidente da Odebrecht, 
Marcelo Odebrecht, foi avaliada por analistas como um "duro golpe" para uma das 
maiores multinacionais brasileiras, que se tornou um dos ícones da projeção 
internacional do país. 
Para ver a matéria na íntegra, acesse o link: 
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160308_perfil_odebrecht_condena
cao_jf_ab 
 
4 - Advogados são acusados de dar golpe em aposentados rurais 
Trabalhadores rurais são obrigados a entregar parcelas atrasadas de benefício 
por meio de contratos abusivos. A reportagem especial do Fantástico conta a triste 
história de trabalhadores rurais, gente muito humilde, que esperou meses, até anos, 
para receber a aposentadoria a que tinha direito. 
Para ver a matéria na íntegra, acesse o link: 
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/01/advogados-sao-acusados-de-dar-
golpe-em-aposentados-rurais.html 
 
Muitas vezes as questões éticas são postas em prova perante a possibilidade 
de lucro ou vantagem nos negócios. Santos (2017) comenta que não só os 
profissionais devem seguir os padrões éticos sociais, mas também as empresas 
devem aplicar as normas internas. A presença da ética na cultura organizacional é a 
base de sustentação e longevidade que reflete em uma imagem empresarial sólida e 
transparente diante do mercado em que atua. 
Sendo assim, para finalizarmos o assunto, a autora apresenta em seu texto 
algumas ações que as empresas podem fazer para criar ou manter uma cultura ética, 
são elas: 
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160308_perfil_odebrecht_condenacao_jf_ab
http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2016/03/160308_perfil_odebrecht_condenacao_jf_ab
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/01/advogados-sao-acusados-de-dar-golpe-em-aposentados-rurais.html
http://g1.globo.com/fantastico/noticia/2015/01/advogados-sao-acusados-de-dar-golpe-em-aposentados-rurais.html
 
75 
 
Código de Conduta Ética Organizacional: criar ou seguir o Código de Ética 
de suas profissões. Quanto mais simples melhor. 
Disk Denúncia ou Canal Aberto: geralmente é uma Linha telefônica 
específica para receber denúncias anônimas de funcionários, clientes, fornecedores 
e etc., sobre atos fraudulentos e ações antiéticas ou até mesmo criminosas. 
Auditorias: implantar Auditorias em todas as áreas, a fim de verificar se os 
processos estão ocorrendo de forma transparente e de acordo com os princípiosda 
empresa, não somente a financeira. 
Avaliações: as avaliações periódicas e de Clima, também auxiliam os líderes 
a enxergarem e entenderem melhor o comportamento de seus funcionários e assim 
ajustar possíveis falhas. 
Desenvolvimento e Feedback: é papel do líder incentivar a verdade e a 
cultura de princípios. Encontros de desenvolvimento e feedback possibilitam a relação 
de trocas, propiciando a oportunidade de manifestação. 
 
 
76 
 
Figura 7: Exemplos de Condutas antiéticas 
Fonte: Toi e Carmo (2015). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 
Ética, ética Empresarial, Moral e Responsabilidade Social 
Ao iniciar um trabalho que envolve a ética como objeto de estudo, consideramos importante, 
como ponto de partida, estudar os conceitos de ética, ética empresarial e fazendo uma 
pequena abordagem sobre a Moral e a Responsabilidade Social, que consideramos muito 
importantes para o nosso trabalho. 
Para ler o texto na íntegra acesse o link: 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/etica-etica-empresarial-moral-e-
responsabilidade-social/57698/ 
 
 
 
 
 
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/etica-etica-empresarial-moral-e-responsabilidade-social/57698/
http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/etica-etica-empresarial-moral-e-responsabilidade-social/57698/
 
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TÓPICO 3 – RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E ALGUMAS 
FORMAS DE ATUAÇÃO 
O tema Responsabilidade Social é algo recente, dinâmico e polêmico, o modelo 
baseado em extração, transformação, comercialização, exploração da mão de obra e 
descarte de recursos naturais, sustentado por muitos anos pelas organizações, desde 
as revoluções industriais, não é mais viável. 
A escassez de recursos naturais, a conscientização social e a facilidade de 
disseminação de informação fizeram, ou estão fazendo, com que muitas organizações 
repensem seu modo de gestão. A exposição nas mídias de algo ruim feito por uma 
organização e a repercussão disso, fizeram surgir uma preocupação constante em 
não ter sua imagem vinculada a algo negativo. 
Essa exposição mais a melhoria no nível educacional da população propiciou 
o surgimento de um novo mercado, com um consumidor mais consciente e exigente, 
pressionando uma atuação mais responsável por parte das organizações. Garcia 
(2006, p.16) explica que “as organizações, cientes de que o mercado consumidor é 
cada vez mais um bem escasso, visto que a miséria exclui um grande contingente 
populacional do processo de consumo, por insuficiência de renda, assume um papel 
ativo na melhoria das condições, compartilhando essa atuação com o governo e a 
sociedade”. 
A atuação social das empresas surgiu no início do século XX, conforme 
menciona Tenório (2006). Até meados de 1950, devido aos avanços tecnológicos, a 
sociedade transitava da economia agrícola para a industrial, o que acarretava na 
mudança do processo produtivo. Com a difusão da Administração Científica3 e com 
um modelo econômico liberal4, muitas indústrias surgiram e com elas o acúmulo de 
 
3 Administração Científica é a corrente administrativa iniciada por Taylor e que enfatiza a administração das 
tarefas, isto é, focaliza a racionalização do trabalho operário, a padronização e o estabelecimento de princípios 
básicos de organização racional do trabalho. 
4 Liberalismo Econômico é uma ideologia baseada na organização da economia em linhas individualistas, o que 
significa que o maior número possível de decisões econômicas são tomadas por indivíduos e não por instituições 
ou organizações coletivas. 
 
78 
 
capital, a degradação da qualidade de vida, os problemas ambientais e a precariedade 
das relações de trabalho. 
Foi a partir desse período que segundo Tenório (2006, p.18) a “sociedade 
começou a se mobilizar, pressionando o governo e empresas a solucionarem os 
problemas gerados pela industrialização”. Diante disso, o conceito de 
responsabilidade social empresarial passou a ser entendido não somente pela 
geração de empregos, pagamentos de impostos e geração de lucro, mas também pelo 
cumprimento das obrigações legais, trabalhistas e ambientais. 
Sendo assim, Garcia (2006) afirma que as empresas já não podem atuar como 
um sistema fechado, devendo buscar a sobrevivência em longo prazo com equilíbrio 
entre o desempenho econômico, social e natural. 
Segundo Tenório (2006), devido ao surgimento de ONGs (Organizações não 
Governamentais) e o desenvolvimento do Terceiro setor, no começo de 1990 no 
Brasil, muitas empresas brasileiras começaram a buscar formas de agregar valor 
social às suas atividades, se interessando em desenvolver atividades sociais devido 
à importância e aos impactos positivos aos negócios. 
 
Com isso, termos e expressões como filantropia, cidadania empresarial, 
ética nos negócios, voluntariado empresarial e responsabilidade social foram 
incorporados ao vocabulário corporativo (TENÓRIO, 2006, p.23). Desta forma, 
seguem as definições conforme o próprio autor: 
Filantropia Empresarial: filantropia faz referência a caridade, a uma ação 
altruísta e desprendida. Significa ‘amor ao homem ou a humanidade’. Desta forma, a 
Filantropia Empresarial pode ser entendida como uma ação social de natureza 
assistencialista, caridosa e temporária, por meio de doações financeiras ou materiais. 
É valido frisar que a ação filantrópica não garante que a empresa esteja respeitando 
o ambiente social, pois se trata de algo esporádico. 
 
79 
 
Cidadania Empresarial: expressão utilizada para demonstrar o envolvimento 
da empresa em programas sociais, por meio de incentivo ao trabalho voluntário, a 
parcerias com a comunidade, ao investimento em projetos sociais nas áreas da saúde, 
educação e meio ambiente. As ações adotadas pelas empresas podem ser no âmbito 
interno e externo. 
Voluntariado Empresarial: conjunto de ações empresariais para incentivar os 
colaboradores a engajarem-se em atividades voluntárias na comunidade. As ações 
podem ser as mais variadas possíveis e passíveis de dispêndio de horas dos 
colaboradores e espaço físico da empresa. 
Responsabilidade Social: compromisso ético com os diversos agentes 
sociais participantes da cadeia produtiva. Remete à constituição de uma cidadania 
organizacional no âmbito interno e externo. Faz relação com os cumprimentos das 
obrigações legais e com o comprometimento do desenvolvimento econômico. 
Também visa o envolvimento da empresa com as atividades comunitárias, 
participando diretamente das ações em sua região e minimizando os danos 
ambientais, decorrentes do exercício de suas atividades. 
Young (2014, online) descreve Responsabilidade Social Empresarial como: 
[...] a forma de gestão que se define pela relação ética e transparente 
da empresa com todos os seus públicos e pelo estabelecimento de 
metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável 
(DS) da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais, 
respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades 
sociais. 
O autor traz em seu texto que muitas empresas buscam por uma visão mais 
ampla de si, de seus públicos e da sociedade. Com relação ao grau de 
responsabilidade interna é possível mensurar, utilizando-se de indicadores de 
Responsabilidade Social e o modelo de Balanço Social do Ethos. Há também as 
ferramentas desenvolvidas por instituições como Ibase, GRI e ISO, que se revelaram 
importantes para orientar as organizações quanto à aplicação das práticas de 
responsabilidade social. 
 
80 
 
Young (2014) acredita na construção de um país melhor, onde as empresas, 
que são poderosas agentes de transformação, adotem um comportamento 
socialmente responsável, se juntando com o Governo e com a sociedade civil. Pois a 
responsabilidade social empresarial implicaria na melhora do desempenho da 
empresa e também no impacto sobre o bem-estar humano. 
Porém,são grandes os desafios para se chegar a esse patamar. Primeiramente 
é fazer com que as empresas aderem aos indicadores de responsabilidade social 
empresarial, o autor descreve que atualmente no Brasil, cerca de 400 empresas 
aplicam regularmente os Indicadores Ethos de Responsabilidade Social, 200 publicam 
Balanços Sociais e outras utilizam as diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI). 
Outro ponto é a desigualdade social no país, onde a concentração de renda 
mantém na pobreza mais de 50 milhões de pessoas. Nessa situação, cerca de um 
terço da população brasileira convive com a insegurança alimentar, sendo que o Brasil 
é um dos maiores exportadores de carne e grãos do mundo. 
 
 
SAIBA MAIS SOBRE O ASSUNTO 
Responsabilidade Social Empresarial, Filantropia e Investimento Social 
Você realmente sabe o que isso significa? 
Em outras palavras, a responsabilidade social da atividade de negócios é econômica 
por natureza, pois a instituição de negócios é a unidade econômica base de nossa sociedade 
e sub-entende a competência e a excelência na gestão capaz de gerar lucros suficientes e 
adequados. 
Para ler o texto na íntegra acesse o link: 
http://www.revistanegociospe.com.br/materia/RESPONSABILIDADE-SOCIAL-
EMPRESARIAL-FILANTROPIA-E-INVESTIMENTO-SOCIAL 
 
http://www.revistanegociospe.com.br/materia/RESPONSABILIDADE-SOCIAL-EMPRESARIAL-FILANTROPIA-E-INVESTIMENTO-SOCIAL
http://www.revistanegociospe.com.br/materia/RESPONSABILIDADE-SOCIAL-EMPRESARIAL-FILANTROPIA-E-INVESTIMENTO-SOCIAL
 
81 
 
 
Outro desafio está na esfera governamental, que é desenvolver regulação de 
iniciativas que estimulem empresas que têm adotado estratégias de Responsabilidade 
Social. 
E também, possibilitar que ações para o desenvolvimento sustentável possam 
inspirar políticas públicas; possibilitar ações de redirecionamento fiscal em projetos de 
inclusão social e sustentabilidade; disseminar políticas sociais; criar mecanismos de 
monitoramento de RSE e desenvolvimento sustentável em conjunto com a sociedade 
civil; criar o Fórum Nacional de Responsabilidade Social e Desenvolvimento 
Sustentável; estimular a criação de um conselho e órgãos técnicos que deem suporte 
científico às iniciativas de RSE e desenvolvimento sustentável; disseminar nas 
universidades programas de capacitação em gestão socialmente responsável; 
reforçar os acordos e as decisões das conferências multilaterais, esforçando-se para 
implementá-los (YOUNG, 2014, ONLINE). 
Sendo assim, conforme Young (2014) “expandir a responsabilidade social 
empresarial como ferramenta concreta para uma referência de um modelo econômico 
sustentável significa avançar nos métodos, instrumentos, indicadores e processos de 
capacitação que possibilitem a internalização de nova cultura gerencial, revestida de 
máxima transparência e orientada por sólidos princípios éticos”. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Nessa última unidade do livro, primeiramente foi discutido sobre o conceito de 
ética e moral. Vimos que Ética é o conjunto de conhecimentos extraídos da 
investigação do comportamento humano ao tentar explicar as regras morais de forma 
racional, fundamentada, científica e teórica. É uma reflexão sobre a moral. 
Já, Moral, é o conjunto de regras aplicadas no cotidiano e usadas 
continuamente por cada cidadão. Essas regras orientam cada indivíduo, norteando as 
suas ações e os seus julgamentos sobre o que é moral ou imoral, certo ou errado, 
 
82 
 
bom ou mau. Pode-se entender que ambas são responsáveis por construir as bases 
que vão guiar a conduta do homem, determinando o seu caráter, altruísmo e virtudes, 
e por ensinar a melhor forma de agir e de se comportar em sociedade. 
Depois de conceituado e entendido as diferenças entre ética e moral, 
discutimos sobre como elas funcionam dentro das organizações. Vimos que em nossa 
trajetória profissional podemos escolher diversas profissões e áreas de atuação. 
Porém, ao fazer uma escolha temos que seguir as normas de conduta da profissão, o 
chamado código de ética. 
O código de ética é um documento que busca expor os princípios e a missão 
de uma determinada profissão ou empresa. Seu conteúdo deve ser pensado para 
atender às necessidades que aquela categoria serve e representa. São baseados na 
legislação vigente, na Declaração dos Direitos Humanos, nas Leis Trabalhistas, entre 
outras. 
Vimos, também, que por mais que as empresas e as confederações se 
esforcem na criação dos códigos, e em fazer com que os profissionais ajam conforme 
os mesmos, muitas vezes isso não acontece. Para exemplificar a afirmação, foram 
citados vários casos de desvios de condutas de empresas e profissionais qualificados. 
Os casos foram: Fraude da Volkswagen; Médica responsável por antecipar mortes; 
Condenação da Odebrecht; Acusação de advogados por dar golpe em aposentados 
rurais. 
Por meio dos exemplos, percebemos que, muitas vezes, as questões éticas 
são postas em prova perante a possibilidade de lucro ou vantagem nos negócios, e 
alguns acabam se desviando. Com base na situação, foram apresentadas algumas 
ações que as empresas podem fazer para criar ou manter uma cultura ética, como a 
criação do Código de Conduta Ética Organizacional e do Disk Denúncia, da execução 
de Auditorias e Avaliações periódicas e da elaboração de Feedback pelo líder. 
A Responsabilidade Social Empresarial foi outro assunto discutido na unidade, 
a escassez de recursos naturais, a conscientização social e a facilidade de 
disseminação de informação fizeram, ou estão fazendo, com que muitas organizações 
 
83 
 
repensassem seu modo de gestão, pois a exposição nas mídias de algo ruim feito por 
uma organização e a repercussão dessa ação fizeram surgir uma preocupação 
constante em não ter sua imagem vinculada a algo negativo. 
Devido aos avanços tecnológicos no início do século XX, a sociedade transitou 
da economia agrícola para a industrial, fazendo com que a forma de as empresas 
atuarem se modificassem. Foi a partir desse período que a sociedade começou a se 
mobilizar e pressionar o governo e empresas a solucionarem os problemas gerados 
pela industrialização. Essa pressão fez com que muitas empresas começassem a se 
preocupar com os aspectos sociais. 
Com surgimento de ONGs (Organizações não Governamentais) e o 
desenvolvimento do Terceiro setor, no começo de 1990 no Brasil, muitas empresas 
brasileiras começaram a buscar formas de agregar valor social às suas atividades, se 
interessando em desenvolver atividades sociais devido à importância e aos impactos 
positivos aos negócios. 
Hoje, existem algumas formas de atuação com Responsabilidade Social 
Empresarial, como filantrópica, uma ação social de natureza assistencialista, caridosa 
e temporária, por meio de doações financeiras ou materiais. Com cidadania 
empresarial, onde se envolve em programas sociais, por meio de incentivo ao trabalho 
voluntário, a parcerias com a comunidade, ao investimento em projetos sociais nas 
áreas da saúde, educação e meio ambiente. Há também o voluntariado empresarial, 
onde são criadas ações empresariais para incentivar os colaboradores a engajarem-
se em atividades voluntárias na comunidade. 
Vimos que são grandes os desafios para se chegar ao patamar desejado, pois 
no país há muita desigualdade social, sendo que a concentração de renda mantém 
na pobreza mais de 50 milhões de pessoas. Outro ponto é o número de empresas que 
aderem aos indicadores de Responsabilidade social empresarial, como balanço social 
e as diretrizes do Global Reporting Initiative (GRI). 
Enfim, podemos acreditar na construção de um país melhor, onde as empresas, 
que são poderosas agentes de transformação, adotem um comportamento 
 
84 
 
socialmente responsável, se juntando com o Governo e com a sociedade civil. Uma 
vez que a responsabilidade social empresarial implicaria na melhora do desempenho 
da empresa e também no impacto sobre o bem-estar humano.85 
 
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