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O rap Djonga afirma em um dos versos de sua música nomeada Bença “No país onde o homem aborta mais vai entender, né”. Denuncia a vida de sua avó que precisou criar sozinha seus filhos sem o apoio paterno e inserida numa situação de extrema pobreza. De forma análoga à arte, na realidade hodierna, a pauta sobre o abandono paternal necessita de maior discussão, visto que tal rejeição resulta em uma sobrecarga na vida dessas mães solos muitas vezes, abdicar de sua posição na área trabalhista, tendo em vista que a educação e os cuidados com a criança demandam tempo integral. Sendo assim, sem um apoio financeiro e impossibilitada de trabalhar, a situação econômica da família será escassa, podendo comprometer a criação e o seu desenvolvimento. Em primeira instância, é preciso reconhecer que as inúmeras propagandas dos anos 60 onde vinculava a figura da mulher como a responsável de cuidar do lar e dos filhos, desvinculando o pai dessa criação. Nesse sentido, habituamos em uma sociedade machista e patriarcal onde oculta a responsabilidade de seu papel, fato que pode ser evidenciado pelos dados do IBGE, o qual apresenta a categoria mulher sem cônjuge e com filhos, mas não apresenta a categoria homens sem cônjuge e com filhos. Logo, a normalização desse padrão auxilia para a falta de vínculo do pai com a criança e posteriormente o abandono. Em segunda analise, se faz necessário ressaltar que a falta de uma educação sexual no âmbito escolar também é uma consequência ao aumento de gravidez indesejáveis na adolescência, pois cada vez menos os jovens não são incentivados e ensinados aos métodos conceptíveis ou ainda não possui a responsabilidade das consequências que a falta de proteção pode ocasionar, prova disso são as pesquisas da invivo saúde, onde afirma que cerca de 1,1 milhão de adolescentes engravidam por ano no Brasil, resultando ainda em um propício a uma rejeição ao bebê. Entretanto a figura paterna possui a “escolha” de não assumir a criança, mas a mãe estar fardada a enfrentar as dificuldades de uma criação solo já que o único aborto legalizado no Brasil é ligado ao homem. Portanto, a falta de uma presença paterna resulta em grandes danos em uma vida monofamiliar