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VIOLÊNCIA URBANA 
 
RESUMO 
A violência urbana vem aumentando constantemente nas cidades brasileiras. A violência urbana é um fenômeno social que tem se espalhado com grande velocidade nas cidades. A raiz desse problema pode estar no modo como a sociedade está estruturada, quais são seus valores culturais, desigualdade social, educação precária, desemprego, dentre outros problemas. Nas grandes cidades existem diversas organizações criminosas que atuam no recrutamento de jovens para o tráfico de drogas, armas e para cometer ilícitos. Muitos jovens acabam se envolvendo com essas organizações criminosas . 
Palavras-chave: Violência Urbana. Problema Social. Organizações Criminosas. Vítimas da violência. Cidades Violentas. 
INTRODUÇÃO
 O tema da violência urbana é bastante amplo e permite várias abordagens, nos últimos anos, a problemática da violência tornou-se objeto de interesse e discussão de especialistas, formadores de opinião e da população em geral, ocupando lugar central em suas preocupações, a violência surge como um fator que empurra cada cidadão para a paranoia da insegurança, em que a preocupação básica é o medo diário de sofrer algum ato de agressão.
 Busca fortalecer o debate acerca da ligação violência urbana, visto que muito se discute sobre o seu crescimento vertiginoso, expresso pelos índices de criminalidade, justamente após a redemocratização do Estado Brasileiro. Se objetiva compreender, portanto, de que modo a violência urbana verdadeiramente se relaciona com a pobreza, violência sexual, tráfico de droga, violência doméstica, desigualdade social etc. 
 Ao analisamos a violência urbana, o panorama que se apresenta como Crimes Sociais é muito amplo. A realidade dos fatos nos leva muito além daquilo que o Direito define como Crime, é preciso estender esses limites para que o crime seja visualizado na sua plenitude, o crescimento da violência seja sentido por toda a população, sua distribuição não ocorre de forma homogênea por todo o tecido urbano, mas possui especificidade, qualitativa e quantitativa. As regiões periféricas, por exemplo, apresentam maiores índices que apontam para os crimes contra a pessoa, enquanto nas regiões centrais, mais ricas, estão concentrados os crimes contra o patrimônio.
 Busca fortalecer o debate acerca da ligação entre democracia e violência urbana, visto que muito se discute sobre o seu crescimento vertiginoso, expresso pelos índices de criminalidade, justamente após a redemocratização do Estado Brasileiro. 
DEFINIÇÃO DE VIOLÊNCIA URBANA 
 É difícil encontrar uma definição unânime de violência urbana. Trata-se de um tema social extremamente abrangente e pouco elucidativo. Se por um lado, é um fenómeno social ,situação de marginalidade e desigualdades de alguns segmentos da sociedade conduz a comportamentos desviantes, os quais constituem hoje grandes 
preocupações. Por outro, o próprio conceito urbano, dá asas a esta fragmentação social.
 A própria cidade é considerada como espaço capaz de gerar por si mesmo a violência (Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Económicas, 1991: 44). Alina Esteves cita “algumas das características dos meios urbanos, como dimensão, densidade e heterogeneidade da sua população, influenciam a prática de atos delituosos, pois determinam as formas de controlo social e consequentemente as oportunidades para a execução de crimes, o número de habitantes influencia a vida social, na medida em que quanto maior o número de pessoas, maior a frequência de contatos entre desconhecidos e maiores oportunidades se geram para a prática de furtos, roubos e agressões, nível das diferenças sociais, económicas, étnicas e etárias entre as pessoas residentes, ou ao nível das atividades económicas desenvolvidas, é um elemento potenciador de atos criminosos. 
 No entanto, a violência urbana é extremamente abrangente, acolhe a violência doméstica, a violência ao património, a violência verbal, a poluição, a criminalidade… 
 Segundo Alina Esteves: 
Entre crime contra pessoas, são o homicídio, as ofensas corporais graves e simples, as injúrias, as ameaças os raptos e sequestros ou as violações; nos crimes contra o património, assumem especial destaque os furtos e roubos a pessoas e da propriedade, a burla a fraude; nos crimes contra a vida em sociedade, o tráfico e o consumo de drogas são responsáveis por grande parte dos valores, e entre os crimes contra o Estado destaca-se a desobediência e coação do funcionário.(1999: 27).
 Estas formas de violência e associado a delinquências, a princípios de 
 comportamentos e valores sociais, que consciente ou inconscientemente dá espaço a desigualdades raciais e de oportunidade. Neste contexto, a violência urbana deve ser vista, sob o seu aspecto ideológico. Não esquecendo, de alguma forma, os mecanismos de manutenção social, presentes nos atos de cidadania (Alves, 2008). 
 A concepção comum de violência urbana encontra-se assim, subdividida em três pontos: a diferença cultural, a diferença racial e a marginalidade social. Assim, do ponto de vista sociológico, a proliferação deste contexto é inevitável e a sua evolução tende a ser cada vez maior .
QUAL A DIFERENÇA ENTRE TIPOS DE VIOLÊNCIA?
 Os diversos tipos de violência diferem a partir da forma como se manifestam. Ocorrem a partir da utilização de força física ou poder sobre si mesmo, pessoa ou grupo, causando algum tipo de dano, os tipos de violência podem ser classificados como violência física, psicológica, moral, sexual, econômica e social.
 Os atos de violência podem utilizar um ou mais tipos de violência. Como nos casos de violência doméstica em que, geralmente, os atos de violência física podem vir acompanhados de violência psicológica, moral, sexual ou econômica.
			
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	Características das agressões
	Atos de violência
	
	
	Características das agressões
	
	Violência física
	Utilização a força física
	· Golpes
· Ferimentos
	
	
	· 
	
	
	· Submissões físicas (puxões, empurrões, imobilização, etc.)
	Violência psicológica
	Opressão psicológica
	· Ameaças
· Humilhações
· Intimidações
	Violência moral
	Opressão ou exposição da pessoa
	· Difamações
· Calúnias
· Chantagens
	Violência sexual
	Imposição de cunho sexual sem consentimento
	· Abusos
· Assédio
· Estupro
· Exposição da ou à nudez
· Prática de atos sexuais indesejados
	Violência econômica
	Subtração de bens ou imposição de dependência econômica
	· Retenção de bens ou capital
· Roubo
· Furto
	Violência social
	Repressão ou opressão de grupos minoritários
	· Discriminação
· Segregação
· Intolerância
FATORES DETERMINANTES 
 A problemática violência urbana surge através dos valores sociais, culturais, económicos, políticos e morais de cada sociedade. Inicialmente, através da alusão ao universo da socialização primária e secundária. O mundo homogéneo em primeiro lugar transformado em heterogéneo posteriormente. 
 A sucessão ou sobreposição primária – secundária é frequentemente posta em questão pela ação socializadora muito precoce de universos sociais diferentes do universo familiar ou de autores estranhos ao universo familiar (Berger e Luckman, 1999). 
 Desta forma, a influência da família é apontada como o ponto chave para todo este fenómeno. Desde onde residem, a educação que tiveram, a categoria social em que se encontra, níveis de instrução escolar, qualificação profissional, meios económicos, meios culturais e a raça.
“O comportamento e ambiente familiares exercem grandes influências na maneira de ser do indivíduo e podem determinar a curto, médio e longo prazo. Meios familiares violentos, de grande exclusão social, onde o desemprego, a precariedade da habitação e do trabalho remu-
nerado e o desentendimento conjugal são permanentes, conduzem a situações de marginalização infantil e de futura delinquência e criminalidade.” (Esteves, 1999: 28).Os jovens são outro fator determinante para este acontecimento social. A sua vulnerabilidade, os assaltos socializantes a que estão sujeitos e as distinções sociais, construídas e reconhecidas por eles, contribuem de uma forma compartilhada para os conflitos interpessoais de valores empiricamente constituídos pela sociedade. Como afirma José Machado Pais “em consequência da incapacidade de os jovens se ajustarem às normas de comportamento dominantes e socialmente aceitáveis, incapacidade causada, por exemplo, por más famílias e lares desfeitos” (1993: 93).
 Não só a idade é constituída como fator, o sexo do indivíduo desempenha também uma causalidade no meio da violência urbana. Normalmente, é o sexo masculino que se dedica a esta inibição de criminalidade e desperta desde cedo práticas delinquentes. 
 A droga é uma grande preocupação social, culmina com atos violentos e com a atitude de quem a consome e/ou vende. Com ela cresce a violência urbana, surgem importantes inquietações na sociedade, onde começa a ser vista como uma nova ética social (Pais, 1993: 108). No entanto, as políticas sociais de cada sociedade, transformam a violência urbana e os seus fatores determinantes numa inegável luta social contra os governos que os representam.

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